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Estudo de Inventário do Rio Uruguai no Trecho Compartilhado entre Argentina e Brasil INFORMATIVO Novembro de 2010

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Estudo de Inventário do Rio Uruguai no Trecho

Compartilhado entre Argentina e Brasil

INFORMATIVO

Novembro de 2010

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Estudo de Inventário do Rio Uruguai no Trecho

Compartilhado entre Argentina e Brasil

INFORMATIVO

Novembro de 2010

ELETROBRAS - Centrais Elétricas Brasileiras S.A.

DE – Diretoria de Planejamento e Engenharia

EG – Superintendência de Geração

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Estudo de Inventário do Rio Uruguai no Trecho Compartilhado entre Argentina e Brasil

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Novembro de 2010

Apresentação

A Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobras e a EBISA – Emprendimientos Binacionales S.A. desenvolveram novos estudos de inventário hidrelétrico do trecho binacional do rio Uruguai com o objetivo de reavaliar o potencial hidroelétrico identificado anteriormente, na década de 70.

Uma vez que aqueles estudos foram desenvolvidos em um contexto de menor percepção dos impactos ambientais, tornou-se obrigatório revisar as premissas que nortearam os trabalhos. Assim, nos atuais estudos os Saltos de Yacumã foram preservados e buscou-se reduzir a afetação às populações ribeirinhas.

Como resultado do novo inventário, foram escolhidos para o prosseguimento dos estudos das usinas hidrelétricas, apenas dois locais: Garabi e Panambi.

Agora, após a aprovação dos Governos dos dois países envolvidos, será realizada a etapa de estudos mais detalhados, nos quais será perseguida a viabilidade técnica, econômica e ambiental dos dois aproveitamentos hidroelétricos.

Uma licitação internacional será publicada na Argentina, para a contratação de empresas de consultoria para o desenvolvimento dos estudos técnicos e dos projetos necessários para a obtenção das licenças ambientais em ambos os países.

Cabe destacar que na etapa vindoura, serão realizados os Estudos de Impacto Ambiental com o levantamento de dados de campo para os meios físico, biótico e socioeconômico com o objetivo de aprofundar a análise dos impactos negativos e positivos de cada aproveitamento. Com base nestas análises serão propostas ações e medidas para minimizar, mitigar e compensar os aspectos negativos e potencializar os positivos que deverão compor o Plano de Gestão Ambiental a ser aplicado a todas as etapas de implantação dos dois empreendimentos.

Em paralelo, prevê-se a implantação de um Plano de Comunicação Social para divulgar, esclarecer e interagir com todas as partes interessadas, sobre o desenvolvimento dos estudos e projetos.

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ÍNDICE

1 Introdução............................................................................................................................... 1 

2 Etapas para a Concretização de um Aproveitamento Hidrelétrico ................................... 2 

3 Objetivos do Estudo de Inventário ....................................................................................... 3 

4 Área do Estudo....................................................................................................................... 3

5 Estudo de Inventário de 1974 ............................................................................................... 4

6 Estudo de Inventário de 2010................................................................................................ 5 

7 Dados da alternativa selecionada no Estudo de 2010........................................................ 8 

7.1 Aspectos da Engenharia................................................................................................. 8 

7.2 Aspectos Ambientais ...................................................................................................... 9 

7.2.1 Impactos Negativos ................................................................................................ 10 

7.2.2 Impactos Positivos .................................................................................................. 12 

7.2.3 Avaliação Ambiental Integrada.............................................................................. 12 

7.3 Orçamentos Unificados dos Aproveitamentos........................................................... 13 

7.4 Arranjo dos Aproveitamentos Garabi 89,0 m e Panambi 130,0 m ............................ 13

7.5 Fichas Técnicas Resumidas dos Aproveitamentos Selecionados........................... 18 

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Estudo de Inventário do Rio Uruguai no Trecho Compartilhado entre Argentina e Brasil

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Novembro de 2010

1 Introdução

O Estudo de Inventário do rio Uruguai no trecho compartilhado entre Argentina e Brasil foi desenvolvido com fundamento no que se dispõe no “Tratado entre o Governo da República Argentina e o Governo da República Federativa do Brasil para o Aproveitamento dos Recursos Hídricos Compartilhados dos Trechos Limítrofes do Rio Uruguai e de seu Afluente Rio Pepirí-Guaçú”, de 17 de maio de 1980. O Tratado dispõe que a EBISA e a ELETROBRAS são as empresas responsáveis pelas obras dos aproveitamentos hidrelétricos a serem realizados.

Entre os anos de 1972 e 1977 realizaram-se os estudos de inventário hidrelétrico para o trecho compartilhado, e em 1986 foram completados os estudos de Projeto Básico para Garabi. Na ocasião da realização dos estudos, as normativas e a gestão ambiental não estavam desenvolvidas como no presente. Atualmente, as questões ambientais são introduzidas desde o planejamento do desenvolvimento hidrelétrico em nível de bacia. Por este motivo foi fundamental realizar os estudos de inventário novamente para incorporar a variável ambiental no processo de seleção de alternativas.

Em 2009, através da “Licitação Pública Internacional nº 1/2008 - Contratação de Empresas Especializadas para realização dos Estudos de Inventário hidrelétrico da bacia do rio Uruguai no trecho compartilhado entre a Argentina e o Brasil”, a EBISA contratou o Consórcio CNEC-ESIN-PROA (CEP), com a concordância da ELETROBRAS, para executar os estudos de inventário hidroelétrico do rio Uruguai. Os estudos foram desenvolvidos segundo os critérios, procedimentos e instruções constantes no Manual de Inventário Hidroelétrico de Bacias Hidrográficas (MME/CEPEL – 2007 – Brasil), do Manual de Gestión Ambiental para Obras Hidráulicas com Aprovechamientos Hidroeléctricos de la Argentina (Res. 718/87) e do Manual de Costos de Aprovechamientos Hidroeléctros de la Argentina (SE 2009).

Destaca-se que foram estudados somente aproveitamentos hidrelétricos no curso principal do rio Uruguai, a jusante dos Saltos do Moconá, e que o sítio do aproveitamento Garabi, definido no Projeto Básico de 1986, foi considerado fixo para todas as alternativas de divisão de queda redefinindo-se, no atual estudo, a cota do reservatório de forma antecipada.

Na continuação, são apresentadas as etapas de planejamento de um aproveitamento hidrelétrico e uma síntese do Estudo de Inventário do Rio Uruguai no Tramo Compartilhado entre Argentina e Brasil.

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2 Etapas para a Concretização de um Aproveitamento Hidrelétrico

O ciclo de implantação, dos aproveitamentos de Garabi e Panambi, compreende as seguintes fases:

• Estimativa do Potencial Hidrelétrico da bacia hidrográfica. Consiste em uma análise preliminar das características da bacia hidrográfica, a fim de verificar sua aptidão e potencialidade para a geração de energia elétrica.

• Inventário Hidrelétrico da bacia hidrográfica. Essa etapa se caracteriza pela concepção e analise de várias alternativas de divisão de queda para a bacia hidrográfica, formadas por um conjunto de projetos, que são comparadas entre si, visando selecionar aquela que apresente melhor equilíbrio entre os custos de implantação, benefícios energéticos e impactos socioambientais. Essa analise e efetuada com base em dados secundários, complementados com informações de campo, e pautado em estudos básicos cartográficos, hidrometeorólogicos, energéticos, geológicos e geotécnicos, socioambientais e de usos múltiplos de água. Dessa analise resultara um conjunto de aproveitamentos, suas principais características, índices custo/beneficio e índices socioambientais. Faz parte dos Estudos de Inventario submeter os aproveitamentos da alternativa selecionada a um estudo de Avaliação Ambiental Integrada visando subsidiar os processos de licenciamento.

• Viabilidade e Estudo de Impacto Ambiental. Nesta fase se realizam estudos mais detalhados para a análise da viabilidade técnica, energética, econômica e ambiental, a fim de definir o aproveitamento ótimo. Estes estudos contemplam investigações de campo no local, e compreendem o dimensionamento do aproveitamento, do reservatório, da sua área de influência, e das obras de infraestrutura locais e regionais necessárias para sua implantação com o menor impacto ambiental negativo possível. Nesta etapa se desenvolve o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). Uma vez finalizado o EIA, este é encaminhado às autoridades ambientais para análise e obtenção das licenças e autorizações correspondentes no Brasil (Licença Prévia - LP) e na Argentina (Declaração de Impacto Ambiental). Nesta etapa também são realizadas Audiências Públicas para consulta à sociedade.

• Projeto Básico e Projeto Básico Ambiental. O aproveitamento concebido nos Estudos de Viabilidade é detalhado a fim de definir com maior precisão as características técnicas do projeto, as especificações técnicas das obras civis e equipamentos eletromecânicos. No Brasil, após a obtenção da LP devem ser detalhadas as ações e medidas ambientais propostas no EIA visando a obtenção da Licença de Instalação (LI), que autoriza a instalação do empreendimento e permite a contratação das obras. Tais ações e medidas serão detalhadas no Plano de Gestão Ambiental (PGA).

• Projeto Executivo e Construção. Estudos que contemplam os detalhes das obras civis e dos equipamentos eletromecânicos, necessários para a execução da obra e a montagem dos equipamentos. Nesta etapa são consideradas todas as medidas pertinentes à área do reservatório, incluindo a implementação dos programas ambientais, para prevenir, mitigar ou compensar os danos ao meio natural e antrópico.

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• Formação da represa e Operação. Finalizada a construção é iniciada a fase de enchimento do reservatório e o início da operação, na qual a geração de energia é acompanhada por ações de monitoramento e, eventualmente, de correção de medidas adotadas em etapas anteriores. No Brasil, só poderá ser iniciada a operação após a obtenção da Licença de Operação (LO).

3 Objetivos do Estudo de Inventário

O estudo consistiu na reavaliação do potencial hidrelétrico mediante a identificação do conjunto de aproveitamentos tecnicamente viáveis, através de uma análise multiobjetivo, maximizando a eficiência econômico-energética, associada a um mínimo de impactos ambientais negativos. Adotou-se como premissa o cumprimento das normativas ambientais dos dois países e, em particular, que nenhum dos aproveitamentos considerados afetasse os Saltos de Moconá-Yucumã.

Isto significou definir primeiramente a localização tecnicamente viável dos locais dos aproveitamentos, e com isso determinar todas as alternativas possíveis dividindo a queda disponível no trecho. Para cada alternativa foram definidos os níveis máximos do reservatório e a energia gerada, assim como quantificados os impactos ambientais negativos e os custos associados. A combinação dos indicadores energéticos e ambientais permitiu a seleção da alternativa mais conveniente desde o ponto de vista técnico, econômico e ambiental.

Para elaborar o Inventário foram realizados os estudos Cartográficos, Geológicos e Geotécnicos, Hidrometeorológicos, Energéticos e os Estudos Ambientais. Para a Avaliação Ambiental Integrada foram realizados cenários de crescimento com e sem a implantação dos aproveitamentos.

Em relação à Cartografia, esta foi confeccionada para o trecho binacional em escala 1:10.000, que é suficiente para suprir as necessidades da etapa de viabilidade dos estudos. De forma complementar foi elaborado o Sistema de Informação Geográfica (SIG), contendo a informação restituída, topográfica e geodésica utilizada.

4 Área do Estudo

A bacia do rio Uruguai faz parte da bacia do rio da Prata. A área de estudo envolve o trecho médio da bacia do rio Uruguai, compartilhado entre a Argentina e o Brasil, ou seja, desde a foz do rio Pepirí-Guaçú até a foz do rio Quaraí, que limita o Brasil com o Uruguai, com uma superfície de 116.000 km2. Nesse trecho, o rio Uruguai percorre cerca de 725 km, tendo na margem esquerda o estado brasileiro do Rio Grande do Sul e na margem direita as províncias argentinas de Misiones e Corrientes.

Na área de estudo se observam dois importantes biomas: o bioma Pampa, ao sul, associado às sub-bacias dos rios Ibicuí (Brasil) e Aguapeí (Argentina) e o bioma Mata Atlântica, dominante na região norte, ligado a sub-bacia do rio Ijuí.

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Do ponto de vista socioeconômico as principais atividades identificadas são a criação de gado bovino e ovino na porção sul de ambas as margens, os cultivos de soja, trigo, milho e erva mate na margem brasileira, o cultivo de arroz em ambas as margens e a silvicultura na margem argentina. As cidades que têm relação com as atividades primárias são as que prestam serviços a atividade agropecuária. A indústria é predominantemente tradicional, destacando-se a de produtos alimentícios e bebidas, com predomínio de unidades de pequeno e médio porte.

5 Estudo de Inventário de 1974

No estudo de inventário realizado em 1974, pelas empresas AyE (Argentina) e Eletrobras (Brasil), foram definidos 3 barramentos com as seguintes características:

Quadro 5.1-1 –Características dos Barramentos do Estudo de Inventário de 1974

APROVEITAMENTO NÍVEL DO

RESERVATÓRIO (m)

POTÊNCIA (MW)

ENERGIA (GWh/ano)

ÁREA DO RESERVATÓRIO

(ha)

San Pedro (Inv. 1974) 52,0 710 3.612 177.000

Garabi (P. Básico 1986) 94,0 1.800 6.083 81.000

Roncador (Inv. 1974) 164,0 2.200 8.985 115.800

Figura 4.1 – Mapa de Localização da Bacia

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Figura 5.1 – Estudo de Inventário AyE (Arg.) – Eletrobras (Bra.) – Ano 1974

6 Estudo de Inventário de 2010

Os estudos desenvolvidos na etapa de Inventário foram feitos em três etapas distintas: Planejamento, Estudos Preliminares e Estudos Finais.

• Planejamento dos Estudos

Nesta etapa se identificaram os possíveis locais dos aproveitamentos e foi elaborada uma avaliação preliminar do potencial hidrelétrico do trecho. Foram planejados os trabalhos de campo e gabinete a realizar.

− Locais identificados:......................................................................10

− Alternativas estudadas:.................................................................42

− Alternativas selecionadas para continuar o estudo:......................24

• Estudos Preliminares

Os Estudos Preliminares foram subdivididos, por sua vez, em duas etapas. A primeira etapa definiu a cota do Aproveitamento de Garabi e a segunda resultou em uma seleção preliminar das alternativas que seriam estudadas com maior detalhe na fase dos Estudos Finais.

− Alternativas estudadas:.................................................................24

− Alternativas selecionadas para continuar o estudo:........................5

A primeira etapa dos Estudos Preliminares mostrou que as alternativas de divisão de queda composta por Garabi com reservatório à cota 94,0 m apresentavam impactos ambientais elevados, e que os benefícios econômico-energéticos não compensavam estes impactos, motivo pelo qual foram descartadas.

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Nessa etapa também ficou manifestada a inviabilidade econômica e ambiental do aproveitamento San Pedro, à cota 52,0 m, sendo, portanto descartado. Este aproveitamento teria uma área de reservatório de quase 2 mil km2, para pouco mais de 700 MW de potência instalada, o que indica uma relação muito baixa de potencia pela área inundada, e que afetaria diversas áreas urbanas, considerável infra-estrutura e uma população a ser reassentada de aproximadamente 16 mil pessoas. Além disso, seu custo de energia ficou na ordem de 60% superior ao custo de referencia, com o que já seria suficiente para sua exclusão das alternativas de divisão de queda.

Antes da sua exclusão, foram analisadas alternativas possíveis para reduzir os mencionados impactos ambientais, diminuindo a cota do reservatório de 52,0 m para 50,0 m, e conseqüentemente a área inundada. Porém, a pesar da redução do custo das obras e das ações ambientais, o custo da energia resultou 50% superior ao custo de referência, confirmando sua exclusão do estudo de inventário.

• Estudos Finais

Nos Estudos Finais é desenvolvido com mais detalhes o processo de seleção das alternativas de divisão de queda, no qual se consideram os benefícios energéticos, os impactos socioambientais negativos e positivos, a caracterização física dos aproveitamentos que compõem as alternativas, os orçamentos e, por fim, a avaliação ambiental integrada para a alternativa selecionada.

− Alternativas estudadas:...................................................................5

− Alternativa selecionada:..................................................................1

As alternativas de divisão de queda foram compostas por somente dois aproveitamentos: Garabi (cota 89,0 m), e um aproveitamento a montante, que poderia estar localizado em 3 diferentes sítios: Roncador, Panambi e Porto Mauá. Para os aproveitamentos em Roncador e Panambi, foram considerados dois diferentes níveis de reservatório: 120,5 m e 130,0 m, enquanto que para Porto Mauá considerou-se apenas a cota de 130,0 m, devido à inviabilidade física de rebaixamento de cota.

Em todas as alternativas foi considerada como restrição a não afetação dos Saltos de Moconá / Yucumá na definição da cota máxima normal do reservatório.

• Resultado Final dos Estudos de Inventário de 2010

Como conclusão do estudo realizado foi selecionada a alternativa com 2 barramentos com as seguintes características:

Quadro 6.1-1 – Características dos Aproveitamentos do Estudo de Inventário de 2010

APROVEITAMENTO NÍVEL DO

RESERVATÓRIO(m)

POTÊNCIA (MW)

ENERGIA (GWh/ano)

ÁREA DO RESERVATÓRIO

(ha)

Garabi 89 89,0 1.152 5.970 64.200

Panambi 130 130,0 1.048 5.470 32.760

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Figura 6.1 – Estudo de Inventário – EBISA (Arg.) – ELETROBRAS (Bra.) - Ano 2010

O mapa a seguir apresenta a localização dos aproveitamentos hidrelétricos selecionados.

Figura 6.2 - Localização dos aproveitamentos hidrelétricos selecionados

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O Relatório Final dos Estudos é composto por 23 volumes, sendo 2 volumes de Texto, 1 volume de Desenhos e 20 volumes de apéndices de Cartografia e Estudos Topográficos, Estudos Geológicos e Geotécnicos, Hidrometeorológicos, Socioambientais, Estudo de Alternativas e Avaliação Ambiental Integrada.

7 Dados da alternativa selecionada no Estudo de 2010

7.1 Aspectos da Engenharia

As principais características econômico-energéticas da alternativa selecionada nos Estudos Finais são apresentadas no Quadro 8.1-1.

Quadro 7.1-1 : Alternativas de divisão de queda

Alternativa Potência Instalada

(MW) Energia média

(MWmédios) Custo da energia

(US$/MWh) Índice Custo-

Benefício (US$/MWh)

Garabi 89,0 m 1.152 681,7 55,6 62,08

Panambi 130,0 m 1.048 624,6 55,1 62,08

* Custo da energia = investimento total dividido pela geração média.

A avaliação energética foi realizada utilizando o programa SINV 6.0.3, que através de iterações permite determinar a alternativa que otimiza a geração de energia firme e através de um fator de capacidade determina a potência instalada.

Os estudos contaram com a elaboração de um Modelo Digital do Terreno, através da realização de novos serviços de cartografia, na escala de 1:10.000, que permitiu quantificar os volumes das obras, elaborar as curvas cota–área–volume e estimar as áreas alagadas, os impactos ambientais e os custos associados para cada um dos reservatórios estudados.

Para o dimensionamento das estruturas civis e equipamentos eletromecânicos foram utilizados parâmetros básicos tais como potência, queda, vazão, tipo de turbina, para cada um dos aproveitamentos, conforme planilhas do Manual de Inventário brasileiro.

Com base no Orçamento Padrão Eletrobras e no Manual de Custos Argentino foram elaborados os orçamentos dos aproveitamentos em estudo. A potência total a ser instalada nos dois aproveitamentos é da ordem de 8% da potência instalada no Sistema Argentino de Interconexão, e de cerca de 2% do Sistema Interligado Nacional, do Brasil.

• Garabi 89,0 m

O barramento de Garabi se localiza no km 863 do rio Uruguai, aproximadamente a 6 km a jusante (rio abaixo) das localidades de Garruchos (Argentina e Brasil).

O nível d’água máximo do reservatório está definido na cota 89,0 m e a queda é da ordem de 33 metros. A Potência Instalada é de 1.152 MW, distribuída em 8 conjuntos turbina-gerador.

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O vertedouro permite a descarga de uma vazão de aproximadamente 80 mil m3/s, associada a um período de recorrência de 10 mil anos. Está prevista uma barragem de terra que completará o fechamento em ambas as margens. O coroamento do aproveitamento fica na cota 93,0 e tem uma largura de 10 m.

Ver a Ficha Técnica do aproveitamento apresentada no item 7.5.1.

• Panambi 130,0 m

O eixo do aproveitamento está localizado no km 1.016 do rio Uruguai, a aproximadamente 10 km a montante (rio acima) das localidades de Panambi (Argentina) e Porto Vera Cruz (Brasil).

O nível d’água máximo do reservatório está definido na cota 130,0 m e a queda é da ordem de 35 metros. A Potência Instalada é de 1.048 MW, distribuída em 7 conjuntos turbina-gerador.

O Vertedouro permite a descarga de uma vazão de aproximadamente 81 mil m³/s, associado a um período de recorrência de 10 mil anos. O coroamento do aproveitamento está na cota 134,0 m e tem uma largura de 10 m.

A Ficha Técnica do aproveitamento apresentada no item 7.5.2.

7.2 Aspectos ambientais

Os estudos ambientais desenvolvidos na etapa de Inventário se centram na compreensão do conjunto de elementos existentes na área de estudo, considerando o atual estado de conhecimento de seus atributos e qualidades, as funções que exercem nos processos e suas interações. A análise ambiental realizada nesta etapa de trabalho está dirigida à avaliação dos impactos ambientais negativos e positivos de forma a fornecer respostas em relação aos aproveitamentos estudados e a composição das alternativas.

O objetivo da análise ambiental do Estudo de Inventário não é avaliar os impactos ambientais de cada aproveitamento. Essa avaliação corresponde ao Estudo de Impactos Ambientais (EIA), que será realizado na etapa seguinte. No Estudo de Inventário procura-se comparar as alternativas para que, juntamente com os aspectos de engenharia e econômicos, possa ser selecionada a melhor alternativa.

Portanto, foram selecionados os indicadores de impactos mais representativos e capazes de demonstrar níveis de diferenças relevantes e possíveis de serem expressos, nesta etapa de avanço de conhecimento da área de estudo. Foram desenvolvidos indicadores para os seis componentes síntese: ecossistemas aquáticos, ecossistemas terrestres, organização territorial, modos de vida, base econômica e patrimônio arqueológico / comunidades indígenas.

O conhecimento da área de estudo foi construído com base nas informações secundárias disponíveis nos organismos estatísticos federais, provinciais (Argentina) e estaduais (Brasil), além dos trabalhos de campo que incluíram visitas de equipes multidisciplinares, entrevistas e coleta de dados. A escala de trabalho de referência adotada foi de 1:250.000 e utilizaram-se informações mais detalhadas quando estiveram disponíveis.

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7.2.1 Impactos Negativos Para esclarecer o alcance da estimativa de impactos realizada nesta etapa, apresenta-se uma síntese dos principais impactos negativos por aproveitamento, e posteriormente apresentam-se alguns dados principais.

• Aproveitamento Garabi 89,0 m

O aproveitamento Garabi está localizado na área de transição entre a formação biogeográfica dos campos e dos remanescentes dos bosques mistos, na margem brasileira. Na margem argentina predominam os campos paranaenses. Da vegetação nativa serão afetadas perto de 44 mil ha, o que representa menos de 1% da cobertura natural identificada na bacia.

Em relação as unidades de conservação, o aproveitamento Garabi 89,0 m deverá inundar em torno de 4.4% de áreas do Parque Ruta Costera do rio Uruguay e 82% da área da Reserva Privada Santa Rosa, ambos localizados na Argentina. As Áreas de Interesse Ecológico Relevante afetadas somam 30 mil ha, ou seja 0,5% do total identificada para a bacia. Do lado brasileiro serão afetados trechos das margens do rio Uruguai e do rio Ijuí, onde existe indicação para a formação de um corredor biológico que chegue até o rio Turvo. Do lado argentino serão afetadas as AICAs (Áreas de Importancia para la Conservación de las Aves) C. Martires – Barra S. María, Azara e Barra Concepción.

A implantação do aproveitamento Garabi na cota 89,0 m implicará na afetação direta de áreas urbanas e rurais dos núcleos de Garruchos (Arg.) e Garruchos (BR.), e também, ainda que em menor escala, dos núcleos de Azara, San Javier, Itacaruaré e Porto Xavier. Estimou-se que a população urbana total a ser afetada é de cerca de 2.100 pessoas e na área rural é da ordem de 3.800 pessoas. Também serão afetadas vias pavimentadas principais, secundárias e vicinais.

Com relação às atividades agropecuárias, serão afetadas a atividade pecuária, o cultivo de erva mate, a soja, o arroz e as áreas florestadas.

No estudo foram consideradas nove áreas indígenas que se encontram a uma distância de 15 km do rio Uruguai (distância de referência), todas localizadas na provincia Misiones. Destas, três (Comunidades Ojo de Agua, Pindo Ty e Y Haka Miri), encontram-se a menos de 15 km do empreendimento Garabi, mas nenhuma delas será inundada. Outras comunidades indígenas foram identificadas, tanto na Argentina quanto no Brasil, no entanto todas se encontram a mais de 15 km do rio.

Com relação aos sítios arqueológicos, 11 dos 87 identificados na área dos aproveitamentos serão afetados. Destes 11, um deles pertence à categoria Cazador Recolector Pleistocénico e 10 à categoria Horticultor Guaraní.

• Aproveitamento Panambi 130,0 m

O aproveitamento Panambi afetará aproximadamente 19 mil ha de vegetação nativa. No caso das Unidades de Conservação, o impacto sobre o Parque Estadual do Turvo (Brasil) será de aproximadamente 60 ha, e sobre a Reserva de Biosfera Yabotí (Argentina), de 34 ha. Outros impactos decorrentes da transformação permanente dos ambientes lóticos em lénticos, e como eles afetarão os ecossistemas das unidades de conservação requerem estudos específicos que serão realizados na fase de viabilidade do empreendimento.

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O aproveitamento Panambi afetará as cidades de Alba Posse e Porto Mauá. Estima-se que o total de população urbana afetada será de cerca de 1.300 pessoas na área urbana e cerca de 5.400 pessoas na área rural.

Com base na informação obtida nos estudos de inventário, avaliou-se que o aproveitamento não gera impactos diretos sobre os territórios ocupados pelas comunidades indígenas. Entretanto, poderá produzir-se um impacto indireto, já que seis das nove áreas indígenas localizadas em território argentino encontram-se a menos de 15 km do rio (variando entre 4,3 e 14,4 km). Outras comunidades indígenas foram identificadas, tanto na Argentina quanto no Brasil, no entanto todas se encontram a mais de 15 km do rio.

Com relação ao patrimônio arqueológico, serão afetados 6 sítios arqueológicos da categoria Cazador Recolector Holocénico e 15 de Horticultor Guaraní.

• Principais interferências ambientais da alternativa

A seguir, no quadro a seguir, apresenta-se a estimativa das principais interferências devido à formação dos reservatórios para a alternativa selecionada. Cabe destacar que, por se tratar de um estudo de inventário cujos dados baseiam-se em informações secundárias, as cifras são aproximadas. As mesmas deverão ser atualizadas nos estudos das etapas seguintes.

Quadro 7.2.1-1 - Principais interferências Ambientais da Alternativa

Aproveitamento Garabi 89,0m Panambi 130,0m

Área Inundada (km²) 520 212

Área de Proteção Permanente a ser formada (km²) 162 137

Unidade de Conservação de Proteção Integral afetada (ha) - 60

Estimativa de população afetada na área rural 3.800 5.400

Estimativa de população afetada na área urbana* 2.100 1.300

Núcleos urbanos afetados Garruchos, Azara, Itacaruaré,

San Javier (Arg.) e Garruchos e Porto Xavier (Bra.),

Alba Posse (Arg) e Porto Mauá (Bra)

Custos Ambientais Diretos (US$*1.000) 382.203 272.329

Relação dos Custos Ambientais Diretos sobre o custo direto Total 25.7% 20,20%

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Nas próximas etapas de desenvolvimento dos projetos os estudo serão aprofundados para melhor identificar e avaliar os impactos ambientais negativos e propor medidas para mitigá-los ou compensá-los.

7.2.2 Impactos Positivos Os principais impactos positivos da alternativa selecionada identificados nesta etapa dos estudos são:

− Promoção do desenvolvimento regional da área. Neste caso é necessário que a planificação da obra seja inserida dentro do manejo integrado da bacia e dos planos estratégicos de desenvolvimento da região;

− Desenvolvimento da infra-estrutura e incremento da melhoria dos serviços na área, como estradas, pontes, escolas, hospitais e serviços de saúde e educação;

− Aumento da arrecadação a nível orçamentário provincial/estadual e municipal, através do pagamento de royalties ou de compensações financeiras pela exploração dos recursos hídricos. A utilização destes fundos deve integrar-se a uma estratégia de desenvolvimento regional ou local;

− Criação de emprego tanto na etapa de construção, como na etapa de operação do empreendimento.

− Os estudos e o planejamento dos aproveitamentos podem servir de base para gerar uma estratégia de uso racional dos recursos hídricos da bacia, através da promoção dos usos múltiplos, controle de enchentes, irrigação, navegação fluvial, abastecimento de água potável, abastecimento para as atividades agro-pecuárias;

− A promoção do turismo e recreação, especialmente no entorno do reservatório.

Nas próximas etapas de desenvolvimento dos projetos os estudo também serão aprofundados para melhor identificar e avaliar os impactos positivos e serão propostas medidas para potencializá-los.

7.2.3 Avaliação Ambiental Integrada A Avaliação Ambiental Integrada (AAI) tem como objetivo complementar os estudos ambientais realizados, de forma a dar um panorama da situação ambiental futura da bacia hidrográfica com os aproveitamentos que compõem a alternativa da divisão de queda selecionada.

Sua elaboração contempla a identificação e avaliação dos efeitos sinérgicos e cumulativos da implantação do conjunto de aproveitamentos sobre o ambiente natural e socioeconômico/cultural, considerando também os empreendimentos existentes e em fase de implantação na área.

Na AAI foram utilizados o diagnóstico ambiental da área de estudo para subsidiar a avaliação ambiental distribuída, a elaboração de cenários com e sem a implantação dos empreendimentos, a definição de indicadores de sustentabilidade e a elaboração de diretrizes e recomendações.

As diretrizes e recomendações foram desenvolvidas considerando o cenário com a implantação do empreendimento e os conflitos existentes e potenciais. Foram definidas pelo estudo:

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• Diretrizes para o Licenciamento de Empreendimentos do Setor Elétrico:

− Recursos Hídricos e Ecossistemas Aquáticos: Qualidade da Água e Transporte de Sedimentos; monitoramento da ictiofauna;

− Meio Físico e Ecossistemas Terrestres: Conservação dos Ambientes Ribeirinhos;

Conservação dos Ambientes Terrestres; Erosão dos Solos;

− Meio Socioeconômico: Ordenamento Territorial e os Usos Múltiplos dos Reservatórios; Reassentamento da População Rural; Compensação Ambiental; Educação Ambiental.

• Recomendações para Sistema de Gestão da Implantação e Operação dos AHEs;

− Implantação de um Plano de Comunicação Social;

− Comitê de Bacia do rio Uruguai para o trecho compartilhado Argentina e Brasil;

− Revitalização do rio Uruguai.

• Recomendação para Estudos Complementares:

− Conservação da Ictiofauna: Caracterização da diversidade ictiofaunística da bacia do

Uruguai; Estudo dos movimentos migratórios de peixes na bacia do Uruguai; Programa de conservação e desenvolvimento da ictiofauna; Estudo de viabilidade para a instalação de um sistema de transferência de peixes; Programa de monitoramento da Pesca (artesanal e esportiva) no rio Uruguai na área de afetação do reservatório;

− Estudo específico sobre impactos no Parque Estadual do Turvo;

− Sistema de Informações Geográficas;

− Antecipação dos Estudos de Arqueologia. 7.3 Orçamentos Unificados dos Aproveitamentos

Conforme definido pelos estudos realizados, os custos totais dos aproveitamentos são:

Garabi 89,0 m: U$S 2.728 x 106

Panambi 130,0 m: U$S 2.474 x 106

Os orçamentos foram elaborados com preços unitários de referência e incluem os juros durante a construção. Os valores são em dólares americanos a dezembro de 2008.

7.4 Arranjo dos Aproveitamentos Garabi 89,0 m e Panambi 130,0 m

A seguir apresentam-se os desenhos do arranjo geral das obras correspondentes aos aproveitamentos selecionados: Garabi 89,0 m e Panambi 130,0 m.

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• Garabi 89,0 m

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• Panambi 130,0 m

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7.5 Fichas Técnicas Resumidas dos Aproveitamentos Selecionados

Nas páginas seguintes são anexadas as Fichas Técnicas Resumidas dos aproveitamentos selecionados. 7.5.1 Garabi 89,0 m

Ficha Técnica Resumo - Inventario

IDENTIFICACION / IDENTIFICAÇÃO: Nombre del aprovechamiento /

Nome do aproveitamento GARABI 89,0

Rio URUGUAY

Progresiva / Distância a Foz 863 km Area de drenaje del aprovechamiento / Área de drenagem

do aproveitamento 116.850 km²

Latitud / Latitude 28° 13' 15" S

Longitud / Longitude 55° 41' 49" W

Provincias / Estado(s) Argentina: Corrientes y Misiones Brasil: Rio Grande do Sul

DATOS BASICOS / DADOS BÁSICOS:

Topografia:

Mapeos aerofotogrameticos disponibles / Mapeamentos aerofotogramétricos :

Entidad / Entidade

Ejecutor / Executor Escala Fecha /

Data Contrato

EBISA Fototerra

Digimapas Global Survey

1:10000 2009 / 2010

Relevamiento con sistema LIDAR y Aerofotogrametría escala de vuelo 1:30000 /

Levantamento com sistema LIDAR e Aerofotogrametria escala de voo 1:30000

Geologia:

Embalse / Reservatório

Descripcion sucinta / Descrição suscinta:

Predominancia de basaltos de la Formación Serra Geral en toda el área de estudio / Predominância de basaltos da

Formação Serra Geral em toda a área de estudo

Tipo de roca predominante en la zona / Tipo de rocha predominante no local:

Basaltos de la Formación Serra Geral, masivos microcristalinos densos, amigdaloides y brechas volcánicas" / "Basaltos da Formação Serra Geral, massivos microcristalinos

densos, amigdaloides e brechas vulcânicas

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Hidrometeorologia:

Clasificacion Climatica / Classificação climática: Seg. Koppen Zona Cfb: Clima Temperado

Temperaturas:

Máxima: 34°C

Mínima 3°C

Evaporacion liquida / Evaporação líquida:

Evaporacion liquida / Evaporação líquida 387.8 mm / año

Pluviometria:

Precipitacion media anual: 1.700 mm

Caudales y niveles de agua / Vazões e níveis d'água:

MLT / media de largo plazo 2771 m³ / seg

Minimo caudal medio mensual / Mínima vazão média mensal 102 m³ / seg

Maximo caudal diario observado / Máxima vazão diária observada 41.934 m³ / seg (Jul 1983)

Caudal decamilenario / Vazão decamilenar 80.066 m³ / seg Caudal minimo de efluente (establecido por restricciones

ambientales y/o operacionales) / Vazão mínima defluente: (estabelecida por restrições ambientais e/ou operacionais)

121 m³ / seg

Nivel de Agua de minimo caudal medio observado / NA da min. vazão média obs. 52,56 m

Nivel de agua de caudal decamilenario / NA da vazão decamilenar 77,56 m

Embalse / Reservatório:

Nivel de agua max normal / Nível d'água máximo normal (Namáx) 89 m

Nivel de agua min normal / Nível d'água mínimo normal (Namín) 86,55 m

Nivel de agua normal aguas abajo / NA Normal de Jusante 56,6

Volumen total 7.304,35 hm³

Area del embalse en NA max / Área do Reservatorio no Namáx 642,0 km²

Tiempo de residencia / Tempo de residência (dias) 31

PARÂMETROS ENERGÉTICOS:

Salto bruto máximo / Queda bruta máxima (Hb1) 33,81 m

Salto neto máximo / Queda líquida máxima (H1) 33,13 m

Potencia instalada / Potência instalada (P) 1.152 MW

Energia media anual 5.970 GWh/Ano

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TERRENOS RELOCALIZACIONES Y OTRAS ACCIONES SOCIO AMBIENTALES / TERRENOS, RELOCAÇÕES E OUTRAS AÇÕES SÓCIOAMBIENTAIS:

Terreno y mejoras urbanas afectadas / Terrenos e benfeitorias urbanas afetados:

Argentina:

Área total: 1.075,1 Área afetada / Area afectada: 151,5 (14%) (ha) Poblacion total / População total: 12.516 Poblacion afectada / População afetada: 1.059

Brasil:

Área total: 250,2 Área afetada / Area afectada: 51,8 (21%) (ha) Poblacion total / População total: 6.760 Poblacion afectada / População afetada: 1.007

Terrenos y mejoras rurales afectada / Terrenos e benfeitorias rurais afetados (sem faixa de 100m):

Argentina:

Área total: 2.140 Área afetada / Area afectada: 264,02 (km²) População total / Poblacion total: 22.341 População afetada / Poblacion afectada: 1.251 (22 %)

Brasil:

Área total: 4.275 Área afetada / Area afectada: 257,09 ( km²) População total / Poblacion total: 29.753 População afetada / Poblacion afectada: 2.534 (12 %)

Area rural afectada por faja de 100m/ Área rural afetada na faixa de 100 m:

Argentina + Brasil = 160,73 km²

CASA DE MAQUINAS / CASA DE FORÇA:

Tipo Exterior

Tipo de Turbina y Nº de unidades Kaplan eixo vertical / 8

DESVIO Y CONTROL DEL RIO / DESVIO E CONTROLE DO RIO:

Caudal de desvio / Vazão de desvio 35.641 m³ / seg

Tiempo de recurrencia / Tempo de recorrência 50 años / anos

Tipo de esquema: Através de canal

PRESAS Y DIQUES / BARRAGENS E DIQUES:

Tipo Homogénea - Materiales sueltos /- Barragem de terra

Altura máxima 41 m

Longitud / Comprimento 2450 m

Altura média 25 m

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VERTEDERO / VERTEDOURO:

Tipo Ojiva alta controlada

Crecida de proyecto / Cheia de projeto 80.066 m³ / seg

Tiempo de recurrencia / Tempo de recorrência 10.000 años

Altura máxima 40,50 m

Numero de compuertas / Número de comportas 22

Tipo de Compuertas / Tipo de comporta Segmento

Ancho de compuertas / Largura das comportas 19,2 m

Altura de compuertas / Altura das comportas 20 m

TOMA DE AGUA Y ADUCTORES / TOMADA D'ÁGUA E ADUTORAS:

Toma de agua / Tomada d'água:

Tipo Incorporada

Altura máxima 54 m

Numero de tomas / Número de tomadas 8

Numero de compuertas / Número de comportas 24

Tipo de Compuertas / Tipo de comporta Plana

Ancho de compuerta / Largura das comportas 6,52 m

Altura de compuertas / Altura das comportas 15 m

VOLUMENES PRINCIPALES DE OBRA CIVIL / Volume das obras civis

Ataguias / Ensecadeiras 4.909.225 m3

Excavacion comun / Escavacao comun 3.194.734 m3

Excavacion en roca / Escavacao em rocha 2.248.350 m3

Hormigon / Concreto 1.114.152 m3

Terraplen / Aterro 4.862.993 m3

PRESUPUESTO TOTAL / Orçamento total Fecha de referencia de costos / Data de referência dos

orçamentos Dic. 2008 / Dez 2008

Moneda usada para costos y coronograma de desembolso / Moeda usada para custos e cronograma de

desembolso US$

Costo Total de Construcción con intereses / Custo Total de Construção com juros 2.727.767.476,00

Plazo de construcción / Prazo de Construção 5 años

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7.5.2 Panambi 130,0 m

Ficha Técnica Resumo - Inventario

IDENTIFICACION: / IDENTIFICAÇÃO Nombre del aprovechamiento /

Nome do aproveitamento PANAMBI 130,0

Rio URUGUAY

Progresiva / Distância a Foz 1.016 km Area de drenaje del aprovechamiento / Área de drenagem

do aproveitamento 94.388 km²

Latitud / Latitude 27º38' 57'' S

Longitud / Longitude 54º 54' 22'' O

Provincias / Estado(s) Argentina: Corrientes y Misiones Brasil: Rio Grande do Sul

DATOS BASICOS / DADOS BÁSICOS:

Topografia:

Mapeos aerofotogrameticos disponibles / Mapeamentos aerofotogramétricos

Entidade / Entidad

Executor / Ejecutor Escala Data /

Fecha Contrato

EBISA Fototerra

Digimapas Global Survey

1:10000 2009 / 2010

Relevamiento con sistema LIDAR y Aerofotogrametría escala de vuelo 1:30000 /

Levantamento com sistema LIDAR e Aerofotogrametria

escala de voo 1:30000

Geologia:

Embalse / Reservatorio

Descripcion sucinta / Descrição sucinta:

Predominancia de basaltos de la Formación Serra Geral en toda el área de estudio. Existen lineamientos estructurales que condicionan en ciertos

tramos el curso del río. Sin importancia para la estanqueidad. / Predominância de basaltos da Formação Serra Geral em toda a área de

estudo. Existem lineamentos estruturais que condicionam em certos trechos do curso do rio. Sem importância para a estanqueidade.

Tipo de roca predominante en la zona / Tipo de rocha

predominante no local:

Basaltos de la Formación Serra Geral, masivos microcristalinos densos, amigdaloides y brechas volcánicas" / "Basaltos da Formação Serra Geral,

massivos microcristalinos densos, amigdaloides e brechas vulcânicas

Hidrometeorologia: Clasificacion Climatica / Classificação climática Seg. Koppen Zona Cfb: Clima Temperado

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Temperaturas:

Máxima: 34°C

Mínima 3°C

Evaporacion liquida / Evaporação líquida: Evaporacion liquida /

Evaporação líquida anual 331,8 mm (periodo 1971-2008)

Pluviometria:

Precipitacion media anual: 1.677 mm

Caudales y niveles de agua / Vazões e níveis d'água:

Media de largo plazo / MLT 2.308 m³ / s

Minimo caudal medio mensual / Mínima vazão média mensal 92 m³ / s Maximo caudal diario observado / Máxima vazão diária

observada 48.234 m³ / s

Caudal decamilenario / Vazão decamilenar 81.511 m³ / s

Caudal mínimo de efluente (establecido por restricciones ambientales y/o operacionales)

/ Vazão mínima defluente: (estabelecida por restrições ambientais e/ou operacionais)

81 m³ / s

Nivel de Agua de minimo caudal medio observado / NA da min. vazão média obs. 92,84 m

NA da vazão decamilenar / Nivel de agua de caudal decamilenario 116,77 m

Embalse / Reservatório: Nivel de agua max normal / Nível d'água máximo normal

(Namáx) 130 m

Nivel de agua min normal / Nível d'água mínimo normal (Namín) 128,24 m

Nivel de agua normal aguas abajo / NA Normal de Jusante 94,50 m

Volume total 4.365,58 hm³

Area del embalse en NA max / Área do reservatório no Namáx 327,63 km² Tiempo de residencia /

Tempo de residência (dias) 21.9

PARÂMETROS ENERGÉTICOS: Salto bruto máximo / Queda bruta máxima (Hb1) 35,98 m

Salto neto máximo / Queda líquida máxima (H1) 35,26 m

Potencia instalada / Potência instalada (P) 1.048 MW

Energia Firme anual

Energia media anual 5.470 GWh

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TERRENOS RELOCALIZACIONES Y OTRAS ACCIONES SOCIO AMBIENTALES / TERRENOS, RELOCAÇÕES E OUTRAS AÇÕES SÓCIO-AMBIENTAIS:

Terreno y mejoras urbanas afectadas / Terrenos e benfeitorias urbanas afetados:

Argentina:

Área total: 43,9 Área afetada / Area afectada: 39,2 (89%) (ha) Poblacion total / População total: 481 Poblacion afectada / População afetada: 417

Brasil:

Área total: 54,1 Área afetada / Area afectada: 31,2 (58%) (ha) Poblacion total / População total: 924 Poblacion afectada / População afetada: 867

Terrenos y mejoras rurales afectada / Terrenos e benfeitorias rurais afetados (sin faja 100m):

Argentina:

Área total: 3.925 Área afetada / Area afectada: 124,77 ( km²) População total / Poblacion total: 56.210 População afetada / Poblacion afectada: 2.393 (4,0 %)

Brasil:

Área total: 2.854 Área afetada / Area afectada: 86,79 ( km²) População total / Poblacion total: 51.020 População afetada / Poblacion afectada: 2.994 (6,0 %)

Area rural afectada por faja de 100m:

Argentina + Brasil= 137,36 (km²)

CASA DE MAQUINAS / CASA DE FORÇA:

Tipo Exterior

Tipo de Turbina y Nº de unidades Kaplan eixo vertical / 7

DESVIO Y CONTROL DEL RIO / DESVIO E CONTROLE DO RIO:

Caudal de desvio / Vazão de desvio 37.467 m³ / seg

Tiempo de recurrencia / Tempo de recorrência 25 anos

Tipo de esquema: Adufas - Canal

PRESAS Y DIQUES: / BARRAGENS E DIQUES

Tipo Hormigon - Gravedad / Concreto - Gravidade

Altura máxima 34,50 m

Longitud / Comprimento (entre vertederos) 90 m

Altura média 34,50 m

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VERTEDERO / VERTEDOURO:

Tipo Ojiva alta controlada

Crecida de proyecto / Cheia de projeto 81.511 m³ / seg

Tiempo de recurrencia / Tempo de recorrência 10.000 años

Altura máxima Margen izquierda 44 m, en cauce 74 m

Numero de compuertas / Número de comportas 22

Tipo de Compuertas / Tipo de comporta Segmento

Ancho de compuertas / Largura das comportas 19,55 m

Altura de compuertas / Altura das comportas 20 m

TOMA DE AGUA Y ADUCTORES / TOMADA D'ÁGUA E ADUTORAS:

Toma de agua / Tomada d'água:

Tipo Incorporada

Altura máxima 55 m

Numero de tomas / Número de tomadas 7

Numero de compuertas / Número de comportas 21

Tipo de Compuertas / Tipo de comporta Plana

Ancho de compuerta / Largura das comportas 6,91 m

Altura de compuertas / Altura das comportas 17 m

VOLUMENES PRINCIPALES DE OBRA CIVIL

Ataguias / Ensecadeiras 4.037.937 m3

Excavacion comun / Escavacao comun 432.586 m3

Excavacion en roca / Escavacao em rocha 3.880.835 m3

Hormigon sin cemento / Concreto sem cimento 1.422.662 m3

PRESUPUESTO TOTAL Fecha de referencia de costos / Data de referência dos custos Dic. 2008

Moneda usada para costos y cronograma de desembolso / Moeda usada para custos e cronograma de desembolso US$

Costo Total de Construcción con intereses / Custo Total de Construção com juros 2.474.032.168

Plazo de construcción / Termo de Construção 5 años

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DE – Diretoria de Planejamento e Engenharia EG – Superintendência de Geração

Av. Presidente Vargas, 409 - 13º andar Rio de Janeiro – RJ

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