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Escola Judicial - TRT18 Núcleo de Gestão da Informação e do Conhecimento Seção de Jurisprudência e Legislação Informativo Semanal Lex Jurisprudência do TRT 18ª Região - STF- STJ - TST - TRTs Ano 12 - nº 10 - Goiânia - 6ª feira, 16.3.2012

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Escola Judicial - TRT18Núcleo de Gestão da Informação e do Conhecimento

Seção de Jurisprudência e Legislação

Informativo Semanal Lex

Jurisprudência do TRT 18ª Região - STF- STJ - TST - TRTs

Ano 12 - nº 10 - Goiânia - 6ª feira, 16.3.2012

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Informativo Semanal Lex Escola Judicial - TRT/18ª Região

Núcleo de Gestão da Informação e do Conhecimento Seção de Jurisprudência e Legislação

PresidenteDesembargador Mário Sérgio Bottazzo

Vice-PresidenteDesembargador Júlio César Cardoso de Brito

Membros do Conselho Consultivo:Desembargadora Elza Cândida da Silveira - Diretora

Desembargador Ouvidor Aldon do Vale Alves TaglialegnaDesembargador aposentado Saulo Emídio dos Santos

Juiz do Trabalho Ari Pedro LorenzettiJuíza do Trabalho Fernanda Ferreira

Coordenação Ana Beatriz Braga Pereira

Editoração Anderson Abreu de Macêdo

Sugestões, críticas, cadastro ou cancelamento deste serviço, [email protected]

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Sumário

1- Jurisprudência STJ

2- Jurisprudência TST

3- Jurisprudência TRT18

4- Últimas notícias

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1- Jurisprudência STJ:

CONSELHO. FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL. REGIME JURÍDICO.A controvérsia está em saber a natureza do vínculo jurídico da recor-rente com o conselho de fiscalização profissional, a fim de ser apre-ciada a legalidade do ato de sua demissão. A Min. Relatora ressaltou que o regime jurídico dos funcionários dos conselhos de fiscalização profissional, por força do art. 1º do DL n. 968/1969, era o celetista até o advento da CF/1988, que, em conjunto com a Lei n. 8.112/1990, art. 243, instituiu o regime jurídico único. Essa situação perdurou até a edição do art. 58, § 3º, da Lei n. 9.469/1998, que instituiu novamente o regime celetista para os servidores daqueles conselhos, em razão da promulgação da EC n. 19/1998, que aboliu o regime jurídico único dos servidores públicos. Entretanto, destacou que, no julgamento da ADI 1.171-DF, o STF declarou a inconstitucionalidade dos §§ 1º, 2º, 4º, 5º, 6º, 7º, 8º e do caput do art. 58 da Lei n. 9.649/1998, reafir-mando a natureza de autarquia especial dos conselhos de fisca-lização profissional, cujos funcionários continuaram celetistas, pois permaneceu incólume o § 3º da norma em comento, que submetia os empregados desses conselhos à legislação trabalhista. Porém, frisou que essa situação subsistiu até 2/8/2007, quando o Pretório Excelso, no julgamento da ADI 2.135-DF, suspendeu, liminarmente, com efei-tos ex nunc, a vigência do art. 39, caput, do texto constitucional, com a redação dada pela EC n. 19/1998. Com essa decisão, subsiste, para os servidores da administração pública direta, autarquias e fundações públicas, a obrigatoriedade de adoção do regime jurídico único, ressalvadas as situações consolidadas na vigência da legislação editada nos termos da norma suspensa. In casu, a recorrente manteve vínculo trabalhista com o conselho de fiscalização de 7/11/1975 até 2/1/2007, ou seja, antes do retorno ao regime estatutário por força da decisão do STF (na ADI 2.135-DF). Assim, visto que à época a recorrente não estava submetida ao regime estatutário, sendo, portanto, de nature-za celetista a relação de trabalho existente, não cabe invocar normas estatutárias para infirmar o ato de dispensa imotivada. Dessarte, a Tur-ma, prosseguindo o julgamento, negou provimento ao recurso. Prece-dente citado: REsp 820.696-RJ, DJe 17/11/2008. REsp 1.145.265-RJ, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 14/2/2012.

2- Jurisprudência TST:

SEÇÃO ESPECIALIZADA EM DISSÍDIOS COLETIVOS:

AÇÃO DECLARATÓRIA. PISO SALARIAL. LEI ESTADUAL. NÃO OBSERVÂNCIA. PEDIDO ABSTRATO. CONFIGURAÇÃO. INCIDÊN-

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CIA DA ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL N.º 7 DA SDC.Considerando o fato de o interesse de agir na ação declaratória pres-supor a incerteza jurídica quanto a direitos e obrigações individualiza-das no caso concreto, e tendo em vista a inviabilidade do manejo da referida ação para se discutir lei em abstrato, a SDC, por unanimidade, negou provimento ao recurso ordinário, fazendo incidir, na hipótese, a Orientação Jurisprudencial n.º 7 da referida Seção. In casu, a Federa-ção das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) ajuizou ação declaratória requerendo a exclusão da aplicação da Lei Complementar do Estado de Santa Catarina n.º 459/2009 aos empregados que te-nham piso salarial definido em convenção ou acordo coletivo de traba-lho firmado com os sindicatos representados pela referida federação, bem como a declaração da possibilidade de firmar cláusula de piso salarial em instrumento coletivo com valores abaixo dos patamares es-tabelecidos na referida lei. TST-RO-491-03.2010.5.12.0000, SDC, rel. Min. Mauricio Godinho Delgado, 12.3.12DC. Exigência de aprovação da greve por assembleia (art. 4º da Lei n.º 7.783/89). Inobservância. Abusividade do movimento paredista. Não configuração. Requisito suprido pela ampla adesão e participação dos trabalhadores.A despeito da inexistência de prova da ocorrência de assembleia-geral regular, se os elementos dos autos permitirem a convicção de ter havi-do aprovação da greve pelos empregados envolvidos, considera-se su-prida a formalidade prevista no art. 4º da Lei n.º 7.783/89, razão pela qual a inobservância do referido requisito não caracteriza a abusividade do movimento paredista. Com esse entendimento, a SDC, por unanimi-dade, conheceu do recurso ordinário e, no mérito, por voto prevalente da Presidência, negou-lhe provimento. Vencidos os Ministros Walmir Oliveira da Costa, Fernando Eizo Ono e Márcio Eurico Vitral Amaral, que davam provimento ao apelo para declarar a abusividade da greve. TST-RODC-2017400-02.2009.5.02.0000, SDC, rel. Min. Mauricio Godinho Delgado, 12.3.2012.

SUBSEÇÃO I ESPECIALIZADA EM DISSÍDIOS INDIVIDUAIS:

RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA. CONFIGURAÇÃO. TÉCNI-CO EM INFORMÁTICA. CONDUÇÃO DE VEÍCULO EM RODOVIAS INTERMUNICIPAIS. ÓBITO. CULPA EXCLUSIVA DE TERCEIRO. TEORIA DO RISCO DA ATIVIDADE ECONÔMICA. AÇÃO DE RE-GRESSO.A SBDI-I, por maioria, negou provimento aos embargos, mantendo a decisão da 8ª Turma, que reconhecera a responsabilidade objetiva da empregadora no caso em que o trabalhador, técnico em informática, cuja atividade envolvia a condução de veículo em rodovias intermunici-

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pais, veio a falecer em decorrência de acidente automobilístico causado por culpa exclusiva de terceiro. Na espécie, asseverou o relator que as más condições nas rodovias brasileiras são fato notório, razão pela qual o perigo ocasionado ao reclamante permite classificar o trabalho por ele exercido como atividade de risco. Assim, ainda que ausente culpa do empregador, a teoria do risco da atividade econômica atrai a responsabilidade da empresa pelos danos gerados, facultando-lhe, tão somente, oajuizamento de ação de regresso contra aquele que efetivamen-te provocou o dano objeto de reparação. Vencidos os Ministros Ives Gandra, Brito Pereira e Renato de Lacerda Paiva. TST-E-RR-1299000-69.2008.5.09.0016, SBDI-I, rel. Min. Aloysio Corrêa da Veiga, 16.2.2012.

AÇÃO CIVIL PÚBLICA. COMÉRCIO VAREJISTA. TRABALHO AOS DOMINGOS E FERIADOS. PERÍODO ANTERIOR A 9 DE NOVEM-BRO DE 1997. NECESSIDADE DE AJUSTE EM NORMA COLETIVA.Mesmo no período anterior a 9 de novembro de 1997, a que se refere o parágrafo único do art. 6º da edição n.º 36 da MP n.º 1539, convertida na Lei n.º 10.101/00, posteriormente alterada pela Lei n.º 11.603/07, fazia-se necessário o ajuste em norma coletiva autorizando o trabalho aos domingos e feriados no comércio varejista. Com base nessa pre-missa, a SBDI-I, por maioria, conheceu dos embargos e, no mérito, deu-lhes provimento para julgar procedente o pedido formulado na ação civil pública, determinando aos réus que se abstenham de exigir de seus empregados labor em domingos e feriados sem o amparo de norma coletiva. Vencidos os Ministros Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, relatora, Milton de Moura França, Ives Gandra da Silva Martins Filho e Renato de Lacerda Paiva. TST-E-ED-RR-89600-90.2002.5.08.0009, SBDI-I, rel. Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, red. p/ acórdão Min. Brito Pereira, 16.2.2012.

CEEE. RECONHECIMENTO DE VÍNCULO E CONCESSÃO DE VAN-TAGENS SALARIAIS DELE DECORRENTES. CUMULAÇÃO DE PE-DIDOS DE NATUREZA DECLARATÓRIA E CONDENATÓRIA. PRES-CRITIBILIDADE SOMENTE DO PEDIDO CONDENATÓRIO. ART. 7º, XXIX, DA CF. IMPRESCRITIBILIDADE DO PEDIDO DECLARA-TÓRIO. ART. 11, § 2º, DA CLT.Havendo cumulação de pedidos de natureza declaratória e condenató-ria, o pedido declaratório não se modifica, permanecendo imprescritível (art. 11, § 2º, da CLT), ao passo que o pedido condenatório fica sujeito aos prazos prescricionais previstos no art. 7º, XXIX, da CF. Com esse entendimento, e invocando o decidido no processo TST-E-ED-RR-46540-86.1999.5.04.0008, a SBDI-I, à unanimidade, conheceu do recurso

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de embargos por divergência jurisprudencial e, no mérito, por maio-ria, vencidos parcialmente os Ministros Aloysio Corrêa da Veiga e Rosa Maria Weber e, totalmente, os Ministros Milton de Moura França e Brito Pereira, deu-lhe provimento para afastar a prescrição total e determi-nar o retorno dos autos à 5ª Turma para que prossiga no julgamento do recurso de revista quanto aos demais temas. Na espécie, trata-se de reclamatória ajuizada contra a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), visando ao reconhecimento de vínculo de emprego e à concessão de vantagens salariais dele decorrentes. TST-E-ED-RR-111100-29.1996.5.04.0271, SBDI-I, rel. Min. Horácio Raymundo de Senna Pires, 23.2.2012.

DEPÓSITO RECURSAL. GUIA GFIP. INDICAÇÃO EQUIVOCADA DO NÚMERO DO PROCESSO E DA VARA NA GUIA DE RECOLHIMEN-TO. DESERÇÃO. CONFIGURAÇÃO.O preenchimento incorreto da guia de depósito recursal constitui irre-gularidade que compromete a eficácia do ato processual praticado, vis-to que não atendida a sua finalidade de garantia do juízo. Na hipótese, a guia GFIP foi preenchida erroneamente quanto ao número do pro-cesso e da vara por onde tramitou o feito, em desacordo com a diretriz da Instrução Normativa n.º 18/99 do TST. Com esse entendimento, a SBDI-I, por maioria, conheceu dos embargos e deu-lhes provimento para restabelecer o acórdão do Regional que julgou deserto o recurso ordinário da reclamada. Vencidos os Ministros Renato de Lacerda Paiva, relator, Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, Antônio José de Barros Leve-nhagen, Brito Pereira, Aloysio Corrêa da Veiga e João Oreste Dalazen. TST-E-ED-RR-877540-47.2001.5.09.0013, SBDI-I, rel. Min. Renato de Lacerda Paiva, red. p/ acórdão Min. Lelio Bentes Corrêa, 8.3.2012.

EMBARGOS INTERPOSTOS SOB A ÉGIDE DA LEI N.º 11.496/2007. CONHECIMENTO. ARGUIÇÃO DE CONTRARIEDADE A SÚMULA DE CONTEÚDO PROCESSUAL. POSSIBILIDADE.O conhecimento de embargos regidos pela Lei n.º 11.496/2007, por contrariedade a súmula ou orientação jurisprudencial de direito proces-sual, viabiliza-se, excepcionalmente, na hipótese em que, do conteúdo da própria decisão da Turma, verifica-se afirmação ou manifestação que diverge do teor do verbete jurisprudencial indicado como contra-riado pela parte. No caso, a Turma, para firmar seu convencimento, foi buscar na sentença fatos não reportados no acórdão do Regional, registrando-os. Assim, a SBDI-I, por maioria, conheceu do recurso de embargos por contrariedade à Súmula n.º 126 do TST, e, no mérito, deu-lhe provimento para determinar o retorno dos autos à Turma para que prossiga no julgamento do recurso de revista da demandada, como entender de direito, atendo-se apenas à matéria fática registrada no

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acórdão do TRT. Vencidos os Ministros Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, Antônio José de Barros Levenhagen, Ives Gandra, Brito Pereira, Re-nato de Lacerda Paiva e Dora Maria da Costa. TST-E-ED-RR-142200-62.2000.5.01.0071, SBDI-I, rel. Min. Augusto César Leite de Carvalho, 8.3.2012.Responsabilidade subsidiária. Ajuizamento de ação autônoma apenas contra o tomador de serviços. Impossibilidade. Existência de sentença condenatória definitiva prolatada em ação em que figurou como parte somente o prestador de serviços.Não é possível o ajuizamento de ação autônoma pleiteando a respon-sabilidade subsidiária do tomador de serviços quando há sentença condenatória definitiva prolatada em ação anteriormente proposta pelo mesmo reclamante, em que figurou como parte apenas o prestador de serviços. Tal procedimento afrontaria a coisa julgada produzida na primeira ação e o direito à ampla defesa e ao contraditório, resguar-dado ao tomador de serviços. Assim, reiterando a jurisprudência da Corte, a SBDI-I, por unanimidade, conheceu dos embargos por di-vergência jurisprudencial e, no mérito, por maioria, negou-lhes pro-vimento. Vencidos os Ministros Augusto César Leite de Carvalho, José Roberto Freire Pimenta e Delaíde Miranda Arantes. TST-E-RR-9100-62.2006.5.09.0011, SBDI-I, rel. Min. Horácio Raymundo de Senna Pires, 8.3.2012.

PRESCRIÇÃO. ARGUIÇÃO EM CONTESTAÇÃO. PRIMEIRA CON-DENAÇÃO IMPOSTA AO RECLAMADO EM SEDE DE RECURSO DE REVISTA. NECESSIDADE DE EXAME. PRINCÍPIO DA AMPLA DE-VOLUTIVIDADE.Na hipótese em que a primeira condenação imposta ao reclamado ocorre em sede de recurso de revista, cabe ao colegiado o exame da prejudicial de prescrição, arguida oportunamente na contestação, em respeito ao princípio da ampla devolutividade (art. 515, §§ 1º e 2º, do CPC). Com esse entendimento, a SBDI-I, por maioria, conheceu do recurso de embargos e, no mérito, deu-lhe provimento para pronunciar a prescrição da pretensão quanto às parcelas exigíveis anteriormente a 12.8.1993, nos termos da Súmula n.º 308, I, do TST. Vencidos os Ministros Aloysio Corrêa da Veiga, Ives Gandra, Brito Pereira, Renato de Lacerda Paiva, Horácio Raymundo de Senna Pires e Dora Maria da Costa. TST-E-ED-ED-RR-669206-29.2000.5.17.0005, SBDI-I, rel. Min. Lelio Bentes Corrêa, 8.3.2012.

SUBSEÇÃO II ESPECIALIZADA EM DISSÍDIOS INDIVIDUAIS:

MS. EXECUÇÃO PROVISÓRIA. LIBERAÇÃO DOS VALORES DEPO-SITADOS EM JUÍZO. APLICABILIDADE DO ART. 475-O DO CPC.

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MATÉRIA CONTROVERTIDA. AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO.A discussão em torno da aplicação, no processo do trabalho, do art. 475-O do CPC, o qual autoriza a liberação de valores em fase de execução provisória, não pode ser travada em sede de mandado de segurança, pois se trata de matéria controvertida nos tribunais. Assim, não vislumbrando direito líquido e certo do impetrante, a SBDI-II, por unanimidade, deu provimento ao recurso ordinário para denegar a segurança pretendida. TST-RO-1110-25.2010.5.05.0000, SBDI-II, rel. Min. Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, 28.2.2012.

AR. PRAZO DECADENCIAL. MARCO INICIAL. PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO PROFERIDO PELO STF RECONHECENDO A CONSTITU-CIONALIDADE DO ART. 71 DA LEI N.º 8.666/93. IMPOSSIBILI-DADE.A mudança do entendimento que ensejou a alteração da redação da Súmula n.º 331, IV, do TST, em razão de decisão proferida pelo STF na ADC n.º 16, reconhecendo a constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei n.º 8.666/93, não tem o condão de alterar o marco inicial do prazo de-cadencial para ajuizamento da ação rescisória, que, nos termos do art. 495 do CPC e do item I da Súmula n.º 100 do TST, é de dois anos a contar do dia imediatamente subsequente ao do trânsito em julgado da última decisão proferida na causa. Com base nessa premissa, a SBDI-II, por unanimidade, negou provimento a recurso ordinário, ressaltan-do que, na espécie, a decisão proferida na ADC n.º 16 é posterior ao trânsito em julgado da decisão rescindenda, não havendo que se falar, portanto, em interrupção ou suspensão, diante da natureza do prazo em questão. TST-ReeNec e RO-291-59.2011.5.12.0000, SBDI-II, rel. Min. Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, 28.2.2012.

AR. HORAS EXTRAORDINÁRIAS. BASE DE CÁLCULO. INCLUSÃO DA GRATIFICAÇÃO SEMESTRAL PAGA COM HABITUALIDADE. APLICAÇÃO POSTERIOR DA SÚMULA Nº 115 DO TST. BIS IN IDEM. CONFIGURAÇÃO. VIOLAÇÃO DOS ARTS. 884 E 885 DO CC.O fato de a gratificação semestral paga com habitualidade já haver integrado o cálculo das horas extraordinárias torna inaplicável a diretriz fixada na Súmula n.º 115 do TST, sob pena de caracterização de bis in idem. Com esse entendimento, a SBDI-II, à unanimidade, conheceu do recurso ordinário do autor e, no mérito, deu-lhe provimento para, re-conhecida a afronta aos arts. 884 e 885 do CC, rescindir parcialmente o acórdão do Regional e, em juízo rescisório, excluir da condenação as diferenças de gratificação semestral decorrentes dos reflexos das horas extraordinárias deferidas. Na espécie, a despeito de a Vara do Trabalho de origem, ao deferir à reclamante como extraordinárias as horas labo-

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radas além da 6ª diária, ter computado na respectiva base de cálculo a gratificação semestral percebida com habitualidade, o TRT da 9ª Região reconheceu, firmado na Súmula n.º 115 do TST, o direito aos reflexos das horas extras habituais no cálculo da gratificação semestral. TST-RO-4300-19.2009.5.09.0000, SBDI-II, rel. Min. Guilherme Augusto Caputo Bastos, 6.3.2012.

CC. ART. 475-P, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC. APLICAÇÃO SUB-SIDIÁRIA AO PROCESSO DO TRABALHO. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE OMISSÃO NA CLT.A existência de previsão expressa no art. 877 da CLT sobre a compe-tência para a execução das decisões judiciais torna incabível a aplica-ção subsidiária, ao processo do trabalho, do parágrafo único do art. 475-P do CPC, que permite ao exequente optar pelo cumprimento da sentença pelo Juízo do local onde se encontram bens sujeitos à expro-priação ou do atual domicílio do executado. Com esse entendimento, a SBDI-II, por maioria, vencido o Ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, conheceu do conflito negativo de competência e julgou-o pro-cedente, declarando a competência da Vara do Trabalho de Indaial/SC para prosseguir na execução. Na espécie, a juíza titular da 7ª Vara do Trabalho de São Paulo/SP suscitou conflito de competência, em face do encaminhamento de reclamação trabalhista pelo juiz titular da Vara do Trabalho de Indaial/SC que acolhera requerimento formula-do pelo exequente, nos termos do art. 475-P do CPC. TST-CC-3533-59.2011.5.00.0000, SBDI-II, rel. Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, 6.3.2012.

- Inteiro teor:EMBARGOS EM EMBARGOS DECLARATÓRIOS EM RECURSO DE REVISTA. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABA-LHO. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA. O artigo 118 da Lei 8.213/91 não faz distinção entre contrato por prazo determinado e indeterminado, pelo que inviável a pretensão recursal de restringir o direito à estabilidade provisória decorrente do acidente de trabalho apenas aos trabalhadores contratados por tempo indeter-minado. Nesse contexto, reconhecido o acidente de trabalho, com per-cepção do benefício previdenciário, faz jus o empregado à estabilidade provisória. Precedente da excelsa Suprema Corte no sentido de exten-são dos direitos sociais previstos no artigo 7º da Constituição Federal aos servidores contratados temporariamente. Recurso de embargos conhecido e não provido.Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos em Recurso de Revista n° TST-E-RR-73740-05.2005.5.02.0464, em que é Embargante TOMÉ ENGENHARIA E TRANSPORTES LTDA. e Embargado FERNANDO

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LUIZ CAVALCANTI.A e. 1ª Turma, por meio do v. acórdão às fls. 188-198, conheceu do recurso de revista do reclamante no tocante à estabilidade provisória em contrato de experiência decorrente de acidente de trabalho e, no mérito, deu-lhe provimento para julgar procedente o pedido de indeni-zação correspondente ao período estabilitário.A reclamada interpõe recurso de embargos (fls. 202-210). Alega que os arestos que colaciona são divergentes, uma vez que explicitam en-tendimento no sentido de que a indenização estabilitária de 12 meses decorrente de acidente de trabalho é incompatível com o contrato de experiência. Denuncia divergência jurisprudencial.Foi aduzida impugnação às fls. 214-226, não sendo hipótese de remes-sa dos autos ao d. Ministério Público do Trabalho, ante o que dispõe o artigo 83, II, do RITST.É o relatório.V O T OSatisfeitos os pressupostos referentes a tempestividade (fls. 199 e 202) e representação (fl. 86), passo à análise dos específicos do apelo.1 - CONHECIMENTO1.1 - CONTRATO DE EXPERIÊNCIA - ACIDENTE DE TRABALHO - ESTA-BILIDADE PROVISÓRIA - ARTIGO 118 DA LEI 8.213/91 - POSSIBILIDA-DEA e. Turma assim decidiu:- O Tribunal Regional mediante as decisões a fls. 113-115 e fl. 123, negou provimento ao recurso ordinário do reclamante, mantendo a decisão de origem que indeferiu o pedido de reintegração no emprego ou indenização pelo equivalente, no curso do contrato de experiência. Consignou, a fls. 113-115, in verbis:O recorrente alega ter sofrido acidente do trabalho no curso do seu contrato de experiência. Sustenta ter sido admitido em 26/11/2003, contrato que foi prorrogado até o dia 23/02/2004, sendo que no dia 14/01/2004 sofreu acidente de trabalho, vindo a receber o auxílio-do-ença acidentário, tendo obtido alta no dia 16/09/2004, como fez prova a comunicação de resultado médico com a inicial (fl. 75). Assevera que o acidente de trabalho constitui causa de interrupção do contrato de trabalho e não de suspensão, cabendo à recorrida rescindi-lo no seu termo final, caso não mais tivesse interesse em manter o contrato de trabalho a título de experiência. Como não o fez, passou a vigorar sem determinação de prazo.Entende ser detentor do direito à garantia pelo prazo de 12 meses após a cessação do auxílio-doença acidentário (após 16/09/2004), possuin-do a garantia provisória no emprego até o dia 16/09/2005.Em defesa a reclamada alega que o reclamante foi admitido por meio de Contrato de Experiência, em 26/11/2003, por prazo determinado,

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de 45 dias, o qual foi prorrogado por mais 45 dias, ou seja, o contrato foi prorrogado até o dia 23/02/2004, com a anuência do reclamante que assinou o termo de prorrogação (fls. 140/142).Incontroverso, portanto, que o reclamante foi contratado a título de experiência.O documento de fl. 40 comprova que o acidente de trabalho ocorreu em 14/01/2004, ou seja, enquanto em vigor o contrato de experiência.Certo é que o contrato de experiência constitui modalidade de contrato por prazo determinado, firmado sob condição resolutiva, que tem ter-mo certo para findar. Não há dispensa, mas resolução do contrato entre as partes pelo advento do termo final, o que se revela, então, incom-patível com a estabilidade provisória, que tem sentido para impedir o despedimento nos casos de contrato por prazo indeterminado.Nesse sentido destaco as seguintes ementas de julgado:CONTRATO DE EXPERIÊNCIA - ACIDENTE DE TRABALHO - ESTABILI-DADE PROVISÓRIA DO ART. 118 DA LEI Nº 8.213/91 - Tendo em vista ser da essência do contrato a prazo, modalidade em que se insere o contrato de experiência, a sua extinção com o advento do termo final ou da condição resolutiva, impõe-se a conclusão de não lhe serem apli-cáveis garantias de emprego ou estabilidades provisórias, provenientes indiferentemente da Constituição, de leis ou de instrumentos norma-tivos. Do contrário, estar-se-ia desnaturando o contrato a prazo por fato alheio à sua celebração, dando-lhe ultratividade incongruente com o preceito consolidado. A tese ora acolhida de ser inconciliável com o contrato de experiência a garantia de emprego do art. 118 da Lei nº 8.213/91 acha-se já consagrada nesta Corte, através da OJ paradig-mática de nº 196, segundo a qual a empregada gestante, contratada mediante contrato de experiência, não tem direito à estabilidade provi-sória prevista no art. 10, alínea ‘b’, do ADCT da Constituição de 1988. Recurso conhecido e provido. (TST - RR 816.634/2001.5 - 1ª R. - 4ª T. - Rel. Min. Barros Levenhagen - DJU 06.12.2002 - p. 608). CONTRATO DE EXPERIÊNCIA - ACIDENTE DE TRABALHO - ESTABILI-DADE - Tratando-se de acidente de trabalho ocorrido na vigência de contrato de experiência, inexiste garantia de estabilidade no emprego, conforme previsto no art. 118 da Lei nº 8.213/91. 2. No contrato de experiência, que corresponde a uma das modalidades de contrato a termo, o instituto da estabilidade acidentária torna-se inaplicável, pois a aludida estabilidade objetiva a proteção da continuidade do víncu-lo de emprego, supondo necessariamente, a vigência do contrato por tempo indeterminado. 3. Recurso de Revista conhecido e provido para julgar improcedente o pedido de estabilidade provisória no emprego. (TST - RR 475.587/98.6 - 1ª T. - Rel. Min. João Oreste Dalazen - DJU 12.04.2002 - p. 519).Vê-se, então, que o acidente de trabalho no curso do contrato de

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experiência não gera ao empregado direito à estabilidade da Lei nº 8.213/91.Assim, mantenho a decisão recorrida que indeferiu o pedido de reinte-gração no emprego ou indenização pelo equivalente. Nego provimento ao recurso.Dessa decisão, a reclamante interpõe recurso de revista, a fls. 125-136, requerendo a aplicabilidade da Súmula nº 378 do TST. Sustenta que para a caracterização da garantia de emprego a Lei nº 118 da Lei nº 8.213/91 impõe, apenas, dois requisitos, quais sejam, a ocorrência de acidente de trabalho e a percepção de auxílio-doença acidentário. Aduz que tais requisitos já foram reconhecidos pela Súmula nº 378, II, do TST.Alega que restou provado nos autos que foi contratado em caráter experimental, em 3/4/2007, para exercer a função de auxiliar aplica-dor impermeabilizante, e, em 30/4/2007, sofreu acidente de trabalho ao cair de um andaime, fraturando ombro e tornozelo, permanecendo afastado do trabalho até 31/7/2007, percebendo auxílio-doença aci-dentário.Aduz, portanto, que os requisitos necessários à configuração da estabi-lidade estão presentes, não havendo, portanto óbice à sua concessão, já que a lei não faz distinção acerca da natureza do contrato de traba-lho, se por prazo determinando ou indeterminado.Na hipótese, o reclamante estava ainda em período de experiência, quando vitimado por acidente do qual resultou o seu afastamento do trabalho por período superior a quinze dias.O recurso de revista viabiliza-se na forma da alínea ‘a’ do art. 896 da CLT. O paradigma oriundo do 15º Tribunal Regional exibe tese jurídica divergente daquela que se espelha no acórdão recorrido, notadamente por admitir que, ocorrido o acidente na vigência do contrato de traba-lho, positiva-se o direito à estabilidade provisória no emprego, inde-pendentemente da modalidade da contratação, se a prazo determinado ou indeterminado.Conheço do recurso de revista, por divergência jurisprudencial.(...)Esta 1ª Turma já teve a oportunidade de enfrentar o tema ora posto em discussão e o fez de maneira a adotar, unanimemente, conclusões totalmente favoráveis à pretensão recursal, exatamente por admitir que o contrato de experiência distingue-se das demais modalidades de contratação por prazo determinado, por trazer, ínsita, uma expec-tativa de continuidade da relação entre as partes, às quais aproveita, em igual medida, teoricamente, um resultado positivo da experiência. Nesse sentido é o lapidar acórdão da relatoria do Exmo. Ministro Lelio Bentes Corrêa, que menciono e adoto como razão de decidir:ACIDENTE DE TRABALHO. PERÍODO DE EXPERIÊNCIA. BENEFÍCIO PRE-

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VIDENCIÁRIO. SUSPENSÃO CONTRATUAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA NO EMPREGO. ARTIGO 118 DA LEI Nº 8.213/91. COMPATIBILIDADE COM O CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO DE EXPERIÊNCIA. PACTO CELEBRADO COM ÂNIMO DE CONTINUIDADE . Discute-se a possibilidade de se aplicar a estabilidade provisória prevista no artigo 118 da Lei nº 8.213/91 a empregado submetido a contrato de trabalho temporário de experiência. No caso sob exame, o contrato encontrava-se em vigor quando ocorreu o infortúnio evento imprevisível e capaz de impedir que o contrato alcançasse o termo final predeterminado pelas partes. O artigo 472, § 2º, da Consolidação das Leis do Trabalho deve ser interpretado de forma sistemática, em consonância com outras nor-mas de caráter tutelar consagradas no ordenamento jurídico pátrio, en-tre elas o artigo 476 da Consolidação das Leis do Trabalho e o artigo 63 da Lei nº 8.213/91. Tais dispositivos consagram proteção especial ao trabalhador acidentado, devendo prevalecer sobre outras normas, de caráter genérico, como o artigo 472, § 2º, da CLT, cuja aplicabilidade restringe-se aos períodos de afastamento não resultantes de acidente de trabalho. De se notar, entretanto, que a estabilidade acidentária é compatível com o contrato a termo somente quando este for celebrado a título de experiência, porquanto, neste caso, presente o ânimo de continuidade da relação de emprego. Conquanto não se possa anteci-par se a experiência será exitosa ou não, o incidente ocorrido no curso desse contrato a termo frustra totalmente a possibilidade de perma-nência do trabalhador no emprego após o período de experiência. Ora, o ânimo de permanência no emprego, que resulta da celebração do contrato de experiência, é o elemento que distingue esta modalidade de contrato a termo das demais hipóteses para efeito de incidência da norma garantidora da estabilidade acidentária. Assim, o acidente de trabalho ocorrido por culpa do empregador, que detém o encargo de estabelecer mecanismos tendentes a evitar infortúnios no ambiente laboral - cumprindo as normas de saúde, segurança e higiene -, bem como a responsabilidade social do detentor dos meios de produção pe-los riscos do empreendimento inferida da exegese do artigo 170, inciso III, da Carta Política -, coloca sob ônus do empregador a manutenção do vínculo empregatício enquanto o obreiro estiver em período de in-capacidade ou redução da capacidade laborativa que, de acordo com a norma preconizada no artigo 118 da Lei nº 8.213/91, tem a duração de um ano. Não se olvide, ainda, que o juiz aplicará a lei atendendo aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum (artigo 5º da Lei de Introdução ao Código Civil). Ao aplicador da lei, portanto, cabe lançar mão do método teleológico, para encontrar o sentido da norma que realize os fins sociais por ela objetivados. Assim, não se re-alizará os fins sociais da lei de proteção ao trabalhador se este, vítima de acidente laboral, for lançado ao mercado de trabalho. A dificuldade

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de colocação desse trabalhador no mercado de trabalho afeta o ideal de realização de justiça social e atenta contra o princípio da dignidade da pessoa humana consagrado no artigo 1º, III, da Constituição da República. Recurso de revista conhecido e provido.Dou provimento ao recurso para, declarando a nulidade da rescisão contratual operada, julgar procedente o pedido de pagamento de inde-nização pelo período estabilitário de doze meses, com os consectários legais pertinentes, invertendo-se o ônus da sucumbência- (destaquei) (fls. 193-197).Alega a reclamada que outras Turmas do Tribunal Superior do Traba-lho decidem no sentido de que a indenização estabilitária de 12 meses decorrente de acidente de trabalho é incompatível com o contrato de experiência, sendo divergente, pois, da decisão proferida pela e. 1ª Turma.Denuncia divergência com os arestos às fls. 206-209.Vejamos.O primeiro aresto à fl. 206, proferido pela e. 2ª Turma/TST, ao explici-tar tese de que a estabilidade prevista no artigo 118 da Lei 8.213/91 é incompatível com o contrato de experiência, mostra-se divergente do v. acórdão recorrido.Conheço.2 - CONHECIMENTO2.1 - CONTRATO DE EXPERIÊNCIA - ACIDENTE DE TRABALHO - ESTA-BILIDADE PROVISÓRIA - ARTIGO 118 DA LEI 8.213/91 - POSSIBILIDA-DECinge-se a controvérsia à estabilidade provisória, decorrente de aci-dente do trabalho, no contrato de experiência.Em decisão pretérita, proferida no RR-768129, DJ 23/4/2004, quando atuei como juiz convocado nesta Corte, posicionei-me pela incompati-bilidade da estabilidade provisória decorrente do acidente do trabalho com o contrato por prazo determinado.Tal posicionamento, naquela época, encontrava eco na jurisprudência desta Casa, à qual me curvei.Contudo, já me manifestei favorável, no processo TST-E-ED-RR-249100-26.2007.5.12.0004, quanto à estabilidade provisória da gestante, no curso do aviso-prévio.Naquela oportunidade registrei a então recente decisão monocrática proferida pelo Exmo. Ministro Dias Toffoli, do excelso Supremo Tribunal Federal, a qual deu provimento a recurso extraordinário para reformar julgado desta Corte, reconhecendo o direito da empregada gestan-te, contratada por prazo determinado, à estabilidade provisória (RE-458807/BA, DJ de 11/03/2010, trânsito em julgado em 19/03/2010).São citados nessa decisão, ainda, os seguintes precedentes:- AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDO-

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RAS PÚBLICAS E EMPREGADAS GESTANTES. LICENÇA-MATERNIDADE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ART. 7º, XVIII, DA CONSTITUIÇÃO. ART. 10, II, “B”, do ADCT. O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido de que as servidoras públicas e empregadas gestantes, in-clusive as contratadas a título precário, independentemente do regime jurídico de trabalho, têm direito à licença-maternidade de cento e vinte dias e à estabilidade provisória desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto, nos termos do art. 7º, XVIII, da Constituição do Brasil e do art. 10, II, ‘b’, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimen-to’ (RE nº 600.057/SC-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 23/10/09).‘DIREITO CONSTITUCIONAL E DO TRABALHO. LICENÇA-MATERNIDADE. CONTRATO TEMPORÁRIO DE TRABALHO. ART. 7º, XVIII, DA CONSTI-TUIÇÃO FEDERAL. ART. 10, II, “b”, DO ADCT. 1. A empregada gestan-te, independentemente do regime jurídico de trabalho, tem direito à licença-maternidade, nos termos do art. 7º, XVIII da CF e do art. 10, II, ‘b’, do ADCT. Precedentes do Supremo Tribunal Federal. 2. Agravo regimental improvido- (RE nº 568.985/SC-AgR, Segunda Turma, Rela-tora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 28/11/08).- No mesmo sentido a seguinte decisão monocrática: RE nº 600.173/SC-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 9/2/10-.Esses entendimentos reforçam a tese aqui adotada.Com efeito, não se pode restringir a estabilidade provisória decorrente do acidente de trabalho ao contrato por tempo indeterminado.Isso porque não consta do artigo 118 da Lei 8.213/91 distinção entre contrato por prazo determinado ou indeterminado. Eis a redação do dispositivo:- O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo pra-zo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, indepen-dentemente da percepção de auxílio-acidente.-O entendimento, ora consagrado, encontra eco em precedentes desta Corte.Louvo-me, particularmente, de julgado da lavra do Ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, que assim sintetiza sua decisão:-I. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA - ESTABILIDA-DE PROVISÓRIA. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA. A potencial a ofensa ao art. 118 da Lei nº 8.213/91 aconselha o processamento do recurso de revista. Agravo de instrumento conhecido e provido. II. RECURSO DE REVISTA. ESTABILIDADE PROVISÓRIA DECORRENTE DE ACIDENTE DO TRABALHO (ART. 118 DA LEI Nº 8.213/91). CONTRATO DE EXPERIÊN-CIA. CABIMENTO. 1. -O contrato de experiência é modalidade de ajuste a termo, de curta duração, que propicia às partes uma avaliação subje-

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tiva recíproca: possibilita ao empregador verificar as aptidões técnicas e o comportamento do empregado e a este último analisar as condi-ções de trabalho- (Desembargadora Alice Monteiro de Barros). Cuida-se de contrato especial, diverso daqueles (de prazo determinado) a que a Lei o irmana, na medida em que traz como ínsita à sua natureza a expectativa de prorrogação e indeterminação, sendo esta circunstân-cia chancelada pela normalidade dos fatos, pelo que ordinariamente acontece. Em tal espécie, não está o contrato ligado a trabalho ou atividade empresarial transitórias, mas se agrega ao absoluto cotidiano dos contratos de prazo indeterminado mantidos pelo empregador, salvo pela possibilidade de se definir prazo de duração. 2. O art. 118 da Lei nº 8.213/91, respondendo à diretriz do art. 7º, XXII, da Carta Magna, afirma que -o segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente da percepção de auxílio-acidente.- 3. Com aten-ção aos fins sociais buscados pela Lei (LICC, art. 5º), não se deve, no entanto, rejeitar a estabilidade provisória do empregado acidentado no curso de contrato de experiência. O infortúnio do trabalhador ceifa-lhe a oportunidade de manutenção do trabalho - expectativa que legitima-mente mantém -, impondo-lhe o desemprego por força de evento que, acrescido o dano à sua saúde, decorre de fato estritamente vinculado à atividade empresarial. Não se espera que, ante o ônus que a Lei or-dena, permitindo-se-lhe o desfazimento do pacto laboral, opte o em-pregador pela sua prorrogação. Mesmo que viessem a ser aprovadas as suas aptidões técnicas, o empregado amargará as consequências de sua saúde deteriorada sob a austeridade e sofrimento do desem-prego. Não disporá do prazo que o ordenamento objetivo, sabiamente, disponibilizaria à sua recuperação. 4. Devida a estabilidade provisó-ria, ainda quando se cuide de contrato de experiência. Precedente. Recurso de revista conhecido e parcialmente provido.- (RR - 125540-21.2007.5.01.0047, Relator Ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, 3ª Turma, DEJT 20/11/2009.)Cito ainda, os seguintes precedentes:-RECURSO DE REVISTA - CONTRATO DE EXPERIÊNCIA - ESTABILIDA-DE PROVISÓRIA - ACIDENTE DO TRABALHO - ARTIGO 118 DA LEI N° 8.213/91. 1. A interpretação teleológica do art. 118 da Lei nº 8.213/91 conduz à conclusão de que o dispositivo não comporta leitura restritiva, no sentido de não estender a estabilidade provisória decorrente de aciden-te de trabalho aos contratos de experiência, eis que prevê garantia ao empregado para reinserção e aproveitamento no mercado de trabalho. 2. Não se pode entender que a finalidade do contrato de experiência foi cumprida, quando, diante do infortúnio, o Autor é tolhido da possi-

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bilidade de demonstrar desempenho satisfatório na incipiente relação de emprego, especialmente quando o sinistro guarda conexão com a própria prestação de serviços - tanto que restou caracterizado o aci-dente de trabalho, nos termos da legislação previdenciária. Recurso de Revista conhecido e desprovido.- (RR-398200-65.2008.5.09.0663, Relatora Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, 8ª Turma, DJE 17/09/2010).-ACIDENTE DE TRABALHO. PERÍODO DE EXPERIÊNCIA. BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. SUSPENSÃO CONTRATUAL. ESTABILIDADE PROVI-SÓRIA NO EMPREGO. ARTIGO 118 DA LEI Nº 8.213/91. COMPATIBILI-DADE COM O CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO DE EXPERIÊN-CIA. PACTO CELEBRADO COM ÂNIMO DE CONTINUIDADE . Discute-se a possibilidade de se aplicar a estabilidade provisória prevista no artigo 118 da Lei nº 8.213/91 a empregado submetido a contrato de trabalho temporário de experiência. No caso sob exame, o contrato encontrava-se em vigor quando ocorreu o infortúnio evento imprevisível e capaz de impedir que o contrato alcançasse o termo final predeterminado pelas partes. O artigo 472, § 2º, da Consolidação das Leis do Trabalho deve ser interpretado de forma sistemática, em consonância com outras nor-mas de caráter tutelar consagradas no ordenamento jurídico pátrio, en-tre elas o artigo 476 da Consolidação das Leis do Trabalho e o artigo 63 da Lei nº 8.213/91. Tais dispositivos consagram proteção especial ao trabalhador acidentado, devendo prevalecer sobre outras normas, de caráter genérico, como o artigo 472, § 2º, da CLT, cuja aplicabilidade restringe-se aos períodos de afastamento não resultantes de acidente de trabalho. De se notar, entretanto, que a estabilidade acidentária é compatível com o contrato a termo somente quando este for celebrado a título de experiência, porquanto, neste caso, presente o ânimo de continuidade da relação de emprego. Conquanto não se possa anteci-par se a experiência será exitosa ou não, o incidente ocorrido no curso desse contrato a termo frustra totalmente a possibilidade de perma-nência do trabalhador no emprego após o período de experiência. Ora, o ânimo de permanência no emprego, que resulta da celebração do contrato de experiência, é o elemento que distingue esta modalidade de contrato a termo das demais hipóteses para efeito de incidência da norma garantidora da estabilidade acidentária. Assim, o acidente de trabalho ocorrido por culpa do empregador, que detém o encargo de estabelecer mecanismos tendentes a evitar infortúnios no ambiente laboral - cumprindo as normas de saúde, segurança e higiene -, bem como a responsabilidade social do detentor dos meios de produção pe-los riscos do empreendimento inferida da exegese do artigo 170, inciso III, da Carta Política -, coloca sob ônus do empregador a manutenção do vínculo empregatício enquanto o obreiro estiver em período de in-capacidade ou redução da capacidade laborativa que, de acordo com a norma preconizada no artigo 118 da Lei nº 8.213/91, tem a duração de

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um ano. Não se olvide, ainda, que o juiz aplicará a lei ate n dendo aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum (artigo 5º da Lei de Introdução ao Código Civil). Ao aplicador da lei, portanto, cabe lançar mão do método teleológico, para encontrar o sentido da norma que realize os fins sociais por ela objetivados. Assim, não se re-alizará os fins sociais da lei de proteção ao trabalhador se este, vítima de acidente laboral, for lançado ao mercado de trabalho. A dificuldade de colocação desse trabalhador no mercado de trabalho afeta o ideal de realização de justiça social e atenta contra o princípio da dignidade da pessoa humana consagrado no artigo 1º, III, da Constituição da República. Recurso de revista conhecido e provido- (Proc. TST-RR-1762/2003-027-12-00; Ac. 1ª Turma; Rel. Min. Lelio Bentes Corrêa; DJ 04/04/2008).Destaque-se, por fim, que recentemente esta e. Subseção decidiu no mesmo sentido da solução aqui proposta, nestes termos:-RECURSO DE EMBARGOS EM RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO EMBARGADO PUBLICADO SOB A ÉGIDE DA LEI 11.496/2007. GARAN-TIA DE EMPREGO. ACIDENTE DE TRABALHO. CONTRATO DE TRABALHO A TERMO. COMPATIBILIDADE. EMPREGADO CONTRATADO POR EXPERI-ÊNCIA. 1.-As regras vigem, os princípios valem; o valor que neles se insere se exprime em graus distintos. Os princípios, enquanto valores fundamentais, governam a Constituição, o regímen, a ordem jurídica. Não são apenas a lei, mas o Direito em toda a sua extensão, substan-cialidade, plenitude e abrangência. A esta altura, os princípios se medem normativamente, ou seja, têm alcance de norma e se traduzem por uma dimensão valorativa, maior ou menor, que a doutrina reconhe-ce e a experiência consagra. Consagração observada de perto na positividade dos textos constitucionais, donde passam à esfera decisó-ria dos arestos, até constituírem com estes aquela jurisprudência principal, a que se reporta, com toda a argúcia, García de Enterría. Essa jurisprudência tem feito a força dos princípios e o prestígio de sua normatividade - traço coetâneo de um novo Estado de Direito cuja base assenta já na materialidade e preeminências dos princípios. A impor-tância vital que os princípios assumem para os ordenamentos jurídicos se torna cada vez mais evidente, sobretudo se lhes examinarmos a função e presença no corpo das Constituições contemporâneas, onde aparecem como os pontos axiológicos de mais alto destaque e prestígio com que fundamentar na Hermenêutica dos tribunais e legitimidade dos preceitos da ordem constitucional. Como vão longe os tempos em que os princípios, alojados nos Códigos, exercitavam unicamente a função supletiva ou subsidiária, vinculados à -questão da capacidade ou suficiência normativa do ordenamento jurídico-, conforme a doutri-na positivista da compreensão do Direito como mero sistema de leis, com total exclusão de valores, ou seja, com ignorância completa da

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dimensão axiológica dos princípios!(...) O ponto central da grande transformação por que passam os princípios reside, em rigor, no caráter e no lugar de sua normatividade, depois que esta, inconcussa-mente proclamada e reconhecida pela doutrina mais moderna, salta dos Códigos, onde os princípios eram fontes de mero teor supletório, para as Constituições, onde em nossos dias se convertem em funda-mento de toda a ordem jurídica, na qualidade de princípios constitucio-nais. Postos no ponto mais alto da escala normativa, eles mesmos, sendo normas, se tornam, doravante, as normas supremas do ordena-mento. Servindo de pautas ou critérios por excelência para a avaliação de todos os conteúdos normativos, os princípios, desde sua constitucio-nalização, que é ao mesmo passo positivação no mais alto grau, rece-bem como instância valorativa máxima categoria constitucional, rodea-da do prestígio e da hegemonia que se confere às normas inseridas na Lei das Leis. Com esta relevância adicional, os princípios se convertem igualmente em norma normarum, ou seja, norma das normas- (PAULO BONAVIDES, Curso de Direito Constitucional - 18ª ed. - São Paulo: Malheiros , 2006, pp. 288-90). 2. -Onde não houver respeito pela vida e pela integridade física do ser humano, onde as condições mínimas para uma existência digna não forem asseguradas, onde a intimidade e identidade do indivíduo forem objeto de ingerências indevidas, onde sua igualdade relativamente aos demais não for garantida, bem como onde não houver limitação do poder, não haverá espaço para a dignida-de da pessoa humana, e esta não passará de mero objeto de arbítrio e injustiças. A concepção do homem-objeto, como visto, constitui justa-mente a antítese da noção da dignidade da pessoa humana (...). No que concerne à vinculação aos direitos fundamentais, há que ressaltar a particular relevância da função exercida pelos órgãos do Poder Judiciário, na medida em que não apenas se encontram, eles próprios, também vinculados à Constituição e aos direitos fundamentais, mas que exercem, para além disso (e em função disso), o controle da constitucionalidade dos demais atos estatais, de tal sorte que os tribunais dispõem - consoante já se assinalou em outro contexto - si-multaneamente do poder e do dever de não aplicar os atos contrários à Constituição, de modo especial os ofensivos aos direitos fundamentais, inclusive declarando-lhes a inconstitucionalidade. É neste contexto que se têm sustentado que são os próprios tribunais, de modo especial a Jurisdição Constitucional por intermédio de seu órgão máximo, que definem, para si mesmos e para os demais órgãos estatais, o conteúdo e sentido -correto- dos demais direitos fundamentais. Paralelamente a esta dimensão negativa da vinculação do Poder Judiciário aos direitos fundamentais, J. Miranda, ilustre mestre de Lisboa, aponta a existência de uma faceta positiva, no sentido de que os juízes e tribunais estão obrigados, por meio da aplicação, interpretação e integração, a outor-

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gar às normas de direitos fundamentais a maior eficácia possível no âmbito do sistema jurídico. Ainda no âmbito destas funções positiva e negativa da eficácia vinculante dos direitos fundamentais, é de desta-car-se o dever de os tribunais interpretarem e aplicarem as leis em conformidade com os direitos fundamentais, assim como o dever de colmatação de eventuais lacunas à luz das normas de direitos funda-mentais, o que alcança inclusive, a Jurisdição cível, esfera na qual - ainda que numa dimensão diferenciada - também se impõe uma análise da influência exercida pelos direitos fundamentais sobre as normas de direito privado. Neste contexto, constata-se que os direitos fundamentais constituem, ao mesmo tempo, parâmetros materiais e limites para o desenvolvimento judicial do Direito. Por outro lado, a condição peculiar do Poder Judiciário, na medida em que, sendo simul-taneamente vinculado à Constituição (e aos direitos fundamentais) e às leis, possui o poder-dever de não aplicar as normas inconstitucionais, revela que eventual conflito entre os princípios da legalidade e da constitucionalidade (isto é, entre lei e Constituição) acaba por resolver-se em favor do último- (INGO WOLFGANG SARLET, Eficácia dos Direitos Fundamentais. São Paulo: Editora Livraria do Advogado, 2001, pp. 110-1 e 335-6). 3. Incumbe ao empregador, independentemente da modalidade de vínculo, o dever de proporcionar ao empregado as condições de higiene, saúde e segurança no ambiente laboral, sob pena de afronta ao princípio da prevenção do dano ao meio ambiente, exteriorizado, no âmbito do Direito do Trabalho, na literalidade do artigo 7º, XXII, da Carta Magna, segundo o qual é direito dos trabalha-dores, urbanos e rurais, dentre outros, -a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene segurança-. 4. A exegese perfilhada permite que se atribua ao mencionado princípio má-xima efetividade, outorgando-lhe -o sentido que mais eficácia lhe dê (....)- e conferindo a essa norma fundamental, -ligada a todas as outras normas, o máximo de capacidade de regulamentação e de realização- (JORGE MIRANDA, Manual de Direito Constitucional. Tomo II - Constituição. 5ª. ed., revista e atualizada. Lisboa: Coimbra Editora, 2003, pág. 291), de modo a permitir a concretização não apenas do direito fundamental a um meio ambiente equilibrado (CR, arts. 200, caput e VIII, e 225), mas também do direito fundamental à saúde do trabalhador (CR, art. 6º), uma das dimensões do direito à vida, o qual constitui -suporte para existência e gozo dos demais direitos (....), sendo necessário, para sua proteção, assegurar-se os seus pilares básicos: trabalho digno e saúde- (RAIMUNDO SIMÃO DE MELO, Prote-ção legal e tutela coletiva do meio ambiente do trabalho. In: Meio Ambiente do Trabalho - coordenação Associação Nacional dos Procura-dores do Trabalho. São Paulo: LTr, 2002, pp. 13-4). 5. -Quando o constituinte estabeleceu que a ordem econômica deve se atentar para

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o princípio da função social da propriedade (art. 170, III), atingiu a empresa que é uma das unidades econômicas mais importantes no hodierno sistema capitalista . Nessa direção Enzo Roppo observa, com acerto, que o atual processo econômico é determinado e impulsionado pela empresa, e já não pela propriedade em sua acepção clássica. Ao esquadrinhar a dicção do mencionado dispositivo constitucional, Eros Grau sublinha: ‘O que mais releva enfatizar, entretanto, é o fato de que o princípio da função social da propriedade impõe ao proprietário - ou a quem detém o poder de controle, na empresa - o dever de exercê-lo em benefício de outrem e não, apenas, de não o exercer em prejuízo de outrem. Isso significa que a função social da propriedade atua como fonte da imposição de comportamentos positivos - prestação de fazer, portanto, e não, meramente, de não fazer - ao detentor do poder que deflui da propriedade’. Indubitavelmente, essa imposição de comporta-mento positivo ao titular da empresa, quando manifestada na esfera trabalhista, significa um atuar em favor dos empregados, o que, na prática, é representado pela valorização do trabalhador, por meio de um ambiente hígido, salário justo e, acima de tudo, por um tratamento que enalteça a sua dignidade enquanto ser humano (arts. 1º, 3º, 6º, º, 170 e 193, todos da CF)- (JOSÉ AFFONSO DALLEGRAVE NETO in Responsabilidade Civil no direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 2ª ed., 2007, p. 335). 6. -A boa-fé expande as fontes dos deveres obrigacio-nais, posicionando-se ao lado da vontade e dotando a obrigação de deveres orientados a interesses distintos dos vinculados estritamente à prestação, tais como o não-surgimento de danos decorrentes da prestação realizada ou a realização do melhor adimplemento- (JORGE CESA FERREIRA DA SILVA, A Boa-fé e a Violação Positiva do Contrato - Rio de Janeiro: Renovar, 2002, p. 270). 7. Tendo o empregador o dever de proteção, de segurança, de zelo pela incolumidade física e mental de seus empregados, não se harmonizacom a boa-fé objetiva, tampouco com a função social da empresa, o rompimento do contrato de trabalho, logo após o retorno do afasta-mento ocasionado pelo acidente de trabalho sofrido na entrega do la-bor ao empreendimento patronal, ainda que o liame tenha sido firmado a termo, presumindo-se - presunção juris tantum - discriminatória a extinção do vínculo em tais circunstâncias, considerada a situação de debilidade física comumente verificada no período que sucede a alta previdenciária, a acarretar a ilicitude da dispensa, pelo abuso que tra-duz, e viciar o ato, eivando-o de nulidade. 8. O art. 3º, IV, da Carta Po-lítica situa entre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil o combate a todas as formas de discriminação. 9. A Convenção 117 da OIT, sobre os objetivos e normas básicas da política social, ra-tificada pelo Brasil em 24.3.69 e promulgada pelo Decreto 66.496/70, estabelece, no art. 14, que os Estados Membros devem construir uma

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política social que tenha por finalidade a supressão de todas as formas de discriminação, especialmente em matéria de legislação e contratos de trabalho e admissão a empregos públicos ou privados e condições de contratação e de trabalho. 10. Mais recentemente, a Declaração da OIT sobre os Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho, de 1998, ao reconhecer a necessidade de se respeitar, promover e aplicar um patamar mínimo de princípios e direitos nas relações de trabalho, que são fundamentais para os trabalhadores, novamente entroniza o princípio da não-discriminação em matéria de emprego ou ocupação, reafirmando, assim, o compromisso e a disposição das nações partici-pantes dessa organização. 11. Embora não desejado por nenhuma das partes, abstraindo a questão relativa à culpa, o acidente de trabalho reflete fatalidade que é suportada por toda a sociedade: pelo Estado - mediante pagamento dos benefícios previdenciários pertinentes-, pelo empregador - com a manutenção do emprego por no mínimo um ano após o retorno do afastamento-, pelo empregado - parte naturalmen-te mais prejudicada no evento danoso. 12. O empregado acidentado, após o afastamento e gozo do benefício previdenciário, quando retorna, passa a entregar novamente sua força de trabalho em contraprestação à remuneração percebida, sem prejuízo para o empregador. 13. Logo, a extensão da garantia de emprego ao empregado em contrato de ex-periência, longe de exigir maiores sacrifícios por parte do empregador, apenas assegura a manutenção do vínculo a trabalhador selecionado pela própria parte patronal, para experimentação e ulterior contratação - condicionada aos resultados do lapso experimental, os quais, em caso de acidente de trabalho ocorrido justamente nesse período, resultam evidentemente prejudicados. 14. A própria interpretação literal do art. 118 da Lei 8.213/91 - que não distingue entre as modalidades de contrato de trabalho - viabiliza o alcance da garantia de emprego a trabalhador acidentado em contrato a termo - compreensão que, com maior razão, abraça os contratos firmados por experiência. 15. Cabe a esta Justiça Especializada, na interpretação do ordenamento jurídico e na aplicação dos princípios constitucionalmente consagrados, assegurar que empregados pessoalmente vitimados não tenham seus prejuízos majorados com a perda do meio de sustento, em momento no qual tentam retornar ao estado, físico e mental, em que se encontravam anteriormente ao acidente de trabalho sofrido na inserção de sua mão-de-obra na cadeia produtiva do empregador. 16. Consideradas tais pe-culiaridades, a atual jurisprudência desta Casa tem se inclinado no sen-tido da ampla compatibilidade dos contratos de experiência e demais contratos a termo com a garantia de emprego decorrente de acidente de trabalho, consoante revelam recentes precedentes. 17. Impõe-se concluir que o empregado contratado por experiência, uma vez aci-dentado, tem o contrato de trabalho suspenso até o efetivo retorno ao

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trabalho, e, tratando-se de suspensão do contrato de trabalho, o prazo avençado para o seu termo volta a correr após o retorno ao trabalho, sendo absorvido pelo próprio período da garantia de emprego. 18. O argumento da embargante, no sentido de que o direito positivo vigen-te não ampara a garantia de emprego do empregado acidentado em contrato por experiência não alcança êxito. 19. Ao reconhecer o direito do autor à indenização referente ao período estabilitário de 12 meses e consectários, a Turma privilegiou os princípios da proporcionalidade, da dignidade da pessoa humana, da valorização social do trabalho, da função social da empresa, do meio ambiente de trabalho seguro, da boa-fé objetiva e da não-discriminação, imprimindo interpretação sistemática da legislação pertinente, à luz da Constituição da República - norma fundamental do ordenamento jurídico. Recurso de embargos conhecido e não provido-. (destaquei).(Processo: E-RR - 9700-45.2004.5.02.0465 Data de Julgamento: 27/06/2011, Relatora Ministra: Rosa Maria Weber, Subseção I Especia-lizada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT 05/08/2011).Destaque-se, ainda, que o excelso STF, em recente decisão monocrá-tica proferida pelo e. Ministro Ayres Brito, reforçou o entendimento daquela Corte, no sentido de estender os direitos sociais previstos no artigo 7º da CF ao servidor contratado temporariamente nos moldes do artigo 37, IX, da CF.Eis seus termos:-(...)2. Da leitura dos autos, observo que a instância judicante de origem confirmou sentença que reconhecera ao ora recorrido, agente peniten-ciário contratado temporariamente, o direito ao recebimento de adi-cional noturno em decorrência da efetiva prestação de serviços neste turno, mesmo sem haver previsão no contrato temporário firmado.(...)5. Tenho que a insurgência não merece acolhida. Isso porque esta nossa Casa de Justiça tem-se posicionado no sentido de que é devida a extensão de direitos sociais previstos no art. 7º do Magno Texto a servidor contratado temporariamente, nos moldes do inciso IX do art. 37 da Lei Maior. Confira-se, a propósito, a ementa do RE 287.905, da relatoria do ministro Joaquim Barbosa:-CONSTITUCIONAL. LICENÇA-MATERNIDADE. CONTRATO TEMPORÁRIO DE TRABALHO. SUCESSIVAS CONTRATAÇÕES. ESTABILIDADE PROVI-SÓRIA. ART. 7º, XVIII DA CONSTITUIÇÃO. ART. 10, II, b do ADCT. RE-CURSO DESPROVIDO. A empregada sob regime de contratação tempo-rária tem direito à licença-maternidade, nos termos do art. 7º, XVIII da Constituição e do art. 10, II, b do ADCT, especialmente quando celebra sucessivos contratos temporários com o mesmo empregador. Recurso a que se nega provimento-.

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6. No mesmo sentido, vejam-se os AIs 837.352-AgR, da relatoria da ministra Cármen Lúcia; e 832.740, da relatoria do ministro Gilmar Mendes-. (destaquei).(Processo RE-505361/MG, Rel. Ministro Ayres Brito, decisão monocráti-ca publicada no DJe disponibilizado em 7/10/2011).Não obstante a decisão citada referir-se à contratação temporária prevista no artigo 37, IX, da CF, verifica-se a pertinência da adoção do mesmo entendimento ao caso analisado, na medida em que onde existir a mesma razão, deve-se aplicar o mesmo direito (ubi eadem est ratio, ibi idem jus).Assim, no caso em apreço, acometido o reclamante de doença profis-sional, decorrente de acidente de trabalho, tem direito à estabilidade provisória prevista no artigo 118 da Lei 8.213/91, conforme decidido no v. acórdão recorrido.Ante o exposto, nego provimento ao recurso de embargos.ISTO POSTOACORDAM os Ministros da Subseção I Especializada em Dissídios Indi-viduais do Tribunal Superior do Trabalho, por unanimidade, conhecer do recurso de embargos, por divergência jurisprudencial e, no mérito, por maioria, negar-lhe provimento, vencido o Exmo. Ministro Milton de Moura França.Brasília, 18 de Outubro de 2011.Horácio Raymundo de Senna PiresMinistro RelatorPROCESSO Nº TST-RR-73740-05.2005.5.02.0464 - FASE ATUAL: E

3- Jurisprudência TRT18:

‘JUS POSTULANDI’. PRINCÍPIO DA SIMPLICIDADE. RECLAMAN-TE QUE POSTULA HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. EXERCÍCIO ILEGAL DA ADVOCACIA. NÃO CARACTERIZAÇÃO.Dada a vigência do ‘jus postulandi’, bem como pautando-se pela singe-leza e simplicidade dos atos processuais, inerentes ao Direito Proces-sual do Trabalho, não há que se falar em exercício ilegal da advocacia quando o reclamante, médico, ajuíza reclamação trabalhista sem advo-gado e insere, em sua exordial, o pedido de pagamento de honorários advocatícios. Sentença reformada.Certifico e dou fé que a Terceira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária hoje realizada, com a presença dos Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente), ELZA CÂNDIDA DA SIL-VEIRA e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO, bem como do Exce-lentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU, representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho, decidiu, por unanimidade,

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conhecer de ambos os recursos, negar provimento ao da Reclamada e dar parcial provimento ao do Reclamante, tudo nos termos do voto da Relatora. Certidão publicada em substituição ao acórdão (art. 895, §1º, IV, da CLT).Processo TRT - RO - 0000605-98.2011.5.18.0012RELATOR(A): DESEMBARGADORA ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRARecorrente: ASSERT SERVIÇOS E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO LTDA.ADVOGADO: BATISTA BALSANUFO E OUTRO(S)Recorrente: CÉLIO RIBEIRO DE BARROSADVOGADO: JOÃO BOSCO PERES E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOSORIGEM: 12ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): FABIANO COELHO DE SOUZADisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.104.

AÇÃO CIVIL PÚBLICA. MOTORISTAS. ADIANTAMENTO PARA DESPESAS DE VIAGEM E PAGAMENTO DE AJUDANTES DE DES-CARGA. NATUREZA JURÍDICA.Considerando que a empregadora pagava aos motoristas, com ampa-ro nas normas coletivas da categoria, adiantamento de numerário no início das viagens destinado a cobrir as despesas com a viagem e o pa-gamento de ajudantes de descarga (chapas), estando os empregados dispensados da prestação de contas, a verba possui natureza indeni-zatória, conforme previsto em referidos instrumentos normativos, não integrando a remuneração do empregado.DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Primeira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer do recurso e, no mérito, NEGAR-LHE PRO-VIMENTO, nos termos do voto do Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembar-gadores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBU-QUERQUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e ALDON DO VALE ALVES TAGLIALEGNA. Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU (Sessão de julgamento do dia 07 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0000891-50.2011.5.18.0053RELATOR(A): DESEMBARGADOR GENTIL PIO DE OLIVEIRARecorrente: MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHOADVOGADO: PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 18ª RE-GIÃORecorrido: SUPERVIDA DISTRIBUIDOR LTDA.ADVOGADO: RODRIGO MIKHAIL ATIÊ AJI E OUTRO(S)ORIGEM: 3ª VT DE ANÁPOLISJUIZ(A): SEBASTIÃO ALVES MARTINS

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Disponibilização: DEJT Nº 936/2012, de 12.03.2012, pág.56.

ACIDENTE DE TRABALHO. RESPONSABILIDADE CIVIL DA EM-PREGADORA.Os requisitos ensejadores da responsabilidade civil por acidente do trabalho estão previstos no artigo 7º, inciso XXVIII, da Constituição Federal, combinado com o artigo 186 do Código Civil. Não havendo prova nos autos da existência do acidente de trabalho, nem mesmo nexo de causalidade direta entre a moléstia acometida pelo empregado e as atividades laborais, não há que se falar em responsabilidade civil da empregadora por acidente de trabalho típico ou por doença ocupa-cional.DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Primeira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer do recurso e, no mérito, NEGAR-LHE PRO-VIMENTO, nos termos do voto do Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembar-gadores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBU-QUERQUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e ALDON DO VALE ALVES TAGLIALEGNA. Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU (Sessão de julgamento do dia 07 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0000748-39.2010.5.18.0201RELATOR(A): DESEMBARGADOR GENTIL PIO DE OLIVEIRARecorrente: EMIVAL OLIVEIRA FONSECAADVOGADO: HEBERT BATISTA ALVES E OUTRO(S)Recorrido: VOTORANTIM METAIS NÍQUEL S.A.ADVOGADO: DENISE DE CÁSSIA ZÍLIO ANTUNES E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE URUAÇUJUIZ(A): ANTÔNIO GONÇALVES PEREIRA JÚNIORDisponibilização: DEJT Nº 936/2012, de 12.03.2012, pág.54/55.

ACIDENTE DE TRABALHO. TRATAMENTO ODONTOLÓGICO. RE-CONHECIMENTO, NA VIA ADMINISTRATIVA, DO PEDIDO PLEI-TEADO. EXTINÇÃO DO PROCESSO COM JULGAMENTO DE MÉRI-TO. ART. 269, II, CPC.Consta nos autos, fls. 359/372, que a reclamada (ECT) reconheceu, na via administrativa, ser devido ao reclamante o tratamento odontológico postulado na inicial (colocação de implantes). Tal fato implica no reco-nhecimento do pedido constante da presente demanda, o que enseja a extinção do processo com resolução do mérito, nos termos do art. 269, II, do CPC. Precedente do STJ.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária,

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por unanimidade, conhecer de ambos os recursos, negar provimento ao adesivo do Reclamante e dar parcial provimento ao da Reclamada, tudo nos termos do voto do Relator.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho a Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI. (Sessão de julgamento do dia 07 de março de 2012)Processo TRT - RO - 0001473-12.2011.5.18.0001RELATOR(A): JUIZ PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADERecorrente: EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS - ECTADVOGADO: IRLAINE SILVA GUTERRES E OUTRO(S)Recorrente: TIAGO HENRIQUE RODRIGUES DOS SANTOS (ADESIVO)ADVOGADO: MIKELLY JULIE COSTA D’ABADIARecorrido: OS MESMOSORIGEM: 1ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): MARCELO NOGUEIRA PEDRADisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.37.

ACIDENTE DO TRABALHO. CULPA DO EMPREGADOR. INDENIZA-ÇÃO DEVIDA. Sendo incontroverso que o empregado sofreu acidente de trabalho e comprovado o nexo e a culpa do empregador, é devida a indenização por danos morais e materiais decorrentes do acidente ocorrido, nos termos da legislação civil.ACORDAM os Desembargadores da terceira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimi-dade, conhecer de ambos os recursos e dar parcial provimento ao da Reclamada; por maioria, decidiu negar provimento ao do Reclamante, tudo nos termos do voto da Relatora. Vencido, em parte, o Desembar-gador Geraldo Rodrigues do Nascimento que dava provimento parcial menos amplo ao apelo do obreiro.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Fe-derais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente), ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRA e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO. Representando o d. Ministério Público do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 13 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0000654-43.2011.5.18.0141RELATOR(A): DESEMBARGADORA ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRARecorrente: ELETROSOM S.A.ADVOGADO: ANA AMÉLIA FERNANDES RODRIGUES BOZI E OUTRO(S)Recorrente: ROSEMAR VIEIRA

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ADVOGADO: CRISTIANE DE OLIVEIRA KOZIEL DIASRecorrido: OS MESMOSORIGEM: 1ª VT DE CATALÃOJUIZ(A): ÉDISON VACCARIDisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.32.

ACORDO EXTRAJUDICIAL. FASE DE EXECUÇÃO. AUSÊNCIA DE ASSISTÊNCIA DE ADVOGADO. HOMOLOGAÇÃO. FACULDADE DO JUÍZO.A homologação de acordo celebrado extrajudicialmente entre as partes, sem assistência do advogado constituído pelo trabalhador, demanda avaliação prudente por parte do Juízo da inexistência de elementos que possam evidenciar manifesto prejuízo à parte hipossuficiente tanto econômica quanto cultural e juridicamente, mormente quando se en-contra a execução em fase adiantada e garantida por patrimônio apto a satisfazê-la. Mantida a decisão que negou homologação.ACÓRDÃO: Vistos e relatados estes autos de Agravo de Petição, em que são partes as acima indicadas.Decidiu a Segunda Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, hoje realizada, por unanimidade, conhecer do agravo de petição e, por maioria, vencido o Desembarga-dor BRENO MEDEIROS, negar-lhe provimento, nos termos do voto do relator.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRE-NO MEDEIROS e PAULO PIMENTA. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. (Ses-são de Julgamento do dia 07 de março de 2012).Processo TRT - AP - 0000680-71.2010.5.18.0013RELATOR(A): DESEMBARGADOR PAULO PIMENTAAgravante: LIMPADORA E CONSERVADORA APARECIDENSE LTDA.ADVOGADO: HÉBERTE RODRIGUES GONÇALVES E OUTRO(S)Agravado: REGINA LEANDRO BORGESADVOGADO: ALBERIZA RODRIGUES DA SILVAORIGEM: 13ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): LUCIANO SANTANA CRISPIMDisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.13.

ACORDO. EXTINTO CONTRATO DE TRABALHO. VALIDADE.Ficando estipulado no acordo que a quitação da verbas não se restringe apenas ao objeto da lide, mas ao extinto contrato de trabalho, dando quitação geral, nada mais pode ser reclamado posteriormente a qual-quer título, mesmo que as matérias correlacionadas na ação posterior-mente ajuizada sejam mais abrangentes. Verifica-se, no caso, a ocor-

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rência de coisa julgada, incidindo o disposto no art. 475-N, inciso III, do CPC,que admite a transação mais abrangente que a lide.ACORDAM os Desembargadores da 3ª Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimi-dade, conhecer do recurso e negar-lhe provimento, nos termos do voto da Relatora.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Fe-derais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente), ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRA e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO. Representando o d. Ministério Público do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 13 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0000902-83.2011.5.18.0181RELATOR(A): DESEMBARGADORA ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRARecorrente: RUTINALDO DE JESUS SOUSAADVOGADO: EDNALDO RIBEIRO PEREIRARecorrido: DENUSA - DESTILARIA NOVA UNIÃO S.A. (EM RECUPERA-ÇÃO JUDICIAL)ADVOGADO: MARLLUS GODOI DO VALE E OUTRO(S)Recorrido: MIGUEL PEREIRA BARBOSAADVOGADO: MARLLUS GODOI DO VALE E OUTRO(S)Recorrido: ARMANDO PEREIRA BARBOSAADVOGADO: MARLLUS GODOI DO VALE E OUTRO(S)Recorrido: DIMAS PEREIRA E ABRAHÃOADVOGADO: MARLLUS GODOI DO VALE E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE SÃO LUIS DE MONTES BELOSJUIZ(A): HELVAN DOMINGOS PREGODisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.33/34.

ACORDO. CLÁUSULA PENAL. ATRASO NO PAGAMENTO DA PAR-CELA. REDUÇÃO.Não tendo a reclamada apresentado e comprovado razão plausível para o pagamento da parcela acordada fora do prazo firmado em Juízo, não há que se falar em exclusão da cláusula penal fixada no acordo enta-bulado entre as partes. Nada obstante isso, sobreleva ressaltar que a multa em tela possui natureza de cláusula penal, sendo passível de re-dução pelo órgão jurisdicional (art. 413 do CC), especialmente porque a obrigação foi integralmente cumprida pela parte, tendo havido atraso ínfimo no pagamento da última parcela, o que justifica a redução da cláusula penal, diante da natureza e finalidade do negócio. Recurso parcialmente provido.ACORDAM os Desembargadores da 3ª Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimi-dade, conhecer do agravo de petição e dar-lhe parcial provimento, nos

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termos do voto da Relatora.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Fe-derais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente), ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRA e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO. Representando o d. Ministério Público do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 13 de março de 2012.Processo TRT - AP - 0002043-59.2011.5.18.0013RELATOR(A): DESEMBARGADORA ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRAAgravante: WELLINGTON RODRIGUES DE PAULAADVOGADO: GILBERTO FALEIRO DE RAMOS JÚNIOR E OUTRO(S)Agravado: STYLO CLÁSSICO ESTOFADOS LTDA. - MEADVOGADO: WELINGTON LUÍS PEIXOTO E OUTRO(S)ORIGEM: 13ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): LUCIANO SANTANA CRISPIMDisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.38/39.

ACÚMULO DE FUNÇÕES. ADICIONAL INDEVIDO.Em tendo sido a Reclamante contratada para a função de serviços gerais, não há que se falar em adicional por exercício concomitante das funções de recepcionista e cozinheira, visto que o desempenho de am-bas as tarefas são compatíveis com a sua ampla qualificação originária.Certifico E DOU FÉ que, julgando o presente processo de rito sumaríssi-mo, a Primeira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária hoje realizada, decidiu, por unanimidade, conhecer do recurso e, no mérito, DAR-LHE PARCIAL PROVIMENTO, nos termos do voto do Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembar-gadores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBU-QUERQUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e ALDON DO VALE ALVES TAGLIALEGNA. Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 07 de março de 2012. Celso Alves de Moura. Coordenador da Primeira Turma Julgadora.Processo TRT - RO - 0001240-20.2011.5.18.0161RELATOR(A): DESEMBARGADOR ALDON DO VALE ALVES TAGLIALEGNARecorrente: SINDFLEGO - SINDICATO DOS FUNCIONÁRIOS DO LEGIS-LATIVO GOIANIENSEADVOGADO: CARLOS EDUARDO RAMOS JUBÉRecorrido: ROSINALVA FELIX DA CRUZ MEDEIROSADVOGADO: CARLOS MARTINS DE OLIVEIRA E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE CALDAS NOVASJUIZ(A): CLEIDIMAR CASTRO DE ALMEIDADisponibilização: DEJT Nº 936/2012, de 12.03.2012, pág.74.

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ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. RISCO DE CHOQUE ELÉTRI-CO. TÉCNICO EM INSTALAÇÕES.“ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. RISCO DE CHOQUE ELÉTRICO. TÉCNICO EM INSTALAÇÕES. Tendo o laudo pericial concluído que o empregado, no exercício de suas atribuições, estava exposto de forma habitual e intermitente a risco de choque elétrico, faz jus ao adicional de periculosidade, independentemente do cargo, categoria ou ramo da empresa, nos termos da Lei nº 7.369/85 e Decreto nº 93.412/86.” (RO ¿ 0000416-66.2010.5.18.0009, Relator Desembargador Daniel Viana Júnior, 2ª Turma, publicado em 08/02/2011)ACORDAM os Desembargadores da terceira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por una-nimidade, conhecer parcialmente de ambos os recursos, dar parcial provimento ao do Reclamante e negar provimento ao da 1ª Reclamada (LINK-TEL TELECOMUNICAÇÕES LTDA.), tudo nos termos do voto da Relatora.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Fe-derais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente), ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRA e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO. Representando o d. Ministério Público do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 13 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0000674-97.2010.5.18.0002RELATOR(A): DESEMBARGADORA ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRARecorrente: UESLEI SOARES FERREIRAADVOGADO: UBIRATAN BORGES DA SILVARecorrente: LINK-TEL TELECOMUNICAÇÕES LTDA.ADVOGADO: CARLOS EDUARDO MURICY MONTALVÃO E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOSRecorrido: NET GOIÂNIA LTDA.ADVOGADO: LORENA COSTA MONINI E OUTRO(S)ORIGEM: 2ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): SAMARA MOREIRA DE SOUSADisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.32/33.

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. SISTEMA ELÉTRICO DE PO-TÊNCIA. DECRETO Nº 93.412/86, ART. 2º, § 1º.‘É assegurado o adicional de periculosidade apenas aos empregados que trabalham em sistema elétrico de potência em condições de risco, ou que o façam com equipamentos e instalações elétricas similares, que ofereçam risco equivalente, ainda que em unidade consumidora de energia elétrica’ OJ-SDI1-324 do TST.Certifico e dou fé que a Terceira Turma do Egrégio Tribunal Regional

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do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária hoje realizada, com a presença dos Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e do Excelentíssimo Juiz convocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE, bem como da Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI, representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho, decidiu, por unanimidade, conhecer parcialmente do recurso da 2ª Reclamada (CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO CAMARGO CORRÊA S.A.) e negar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator. Certidão publicada em substituição ao acórdão (art. 895, §1º, IV, da CLT).Processo TRT - RO - 0001132-51.2011.5.18.0141RELATOR(A): JUIZ PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADERecorrente: CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO CAMARGO CORRÊA S.A.ADVOGADO: CARLOS ROBERTO DE SIQUEIRA CASTRO E OUTRO(S)Recorrido: RAFAEL DE SOUZA CRUZADVOGADO: FILOMENO FRANCISCO DOS SANTOSRecorrido: VOITH HYDRO SERVICES LTDA.ADVOGADO: VANDERLEI SILVEIRA E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE CATALÃOJUIZ(A): ÉDISON VACCARIDisponibilização: DEJT Nº 936/2012, de 12.03.2012, pág.85/86.

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. NÃO OBSERVÂNCIA DO PRAZO DE VALIDADE DO EPI.Constatado pelo laudo técnico emprestado de outros autos que a elimi-nação do agente insalubre estava condicionada à observância do prazo de validade dos equipamentos de proteção individual e ficando compro-vado que a empregadora não substituía regularmente os EPI’s, per-mitindo que estes fossem utilizados além do período estimado de sua durabilidade, impõe-se o deferimento do adicional de insalubridade.DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Primeira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer do recurso e, no mérito, por maioria, ven-cida a Desembargadora KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUERQUE, DAR-LHE PARCIAL PROVIMENTO, nos termos do voto do Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembar-gadores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBU-QUERQUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e ALDON DO VALE ALVES TAGLIALEGNA. Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU (Sessão de julgamento do dia 07 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0000318-41.2011.5.18.0011RELATOR(A): DESEMBARGADOR GENTIL PIO DE OLIVEIRA

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Recorrente: KEILA GOMES MARQUES DE SOUZAADVOGADO: CELINA MARA GOMES CARVALHORecorrido: JBS S.A.ADVOGADO: ADAHYL RODRIGUES CHAVEIRO E OUTRO(S)ORIGEM: 11ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): CELSO MOREDO GARCIADisponibilização: DEJT Nº 936/2012, de 12.03.2012, pág.53.

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. BASE DE CÁLCULO. PRINCÍ-PIO DA ADSTRIÇÃO.A condenação deve se ater aos limites do pedido. Trata-se do princí-pio da adstrição do Juiz ao pedido da parte, expresso no artigo 128 do CPC, que estabelece que o Juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta. Não tendo o autor postulado que a base do referido adicional levasse em conta as parcelas de natureza salarial, merece reforma a sentença para que seja utilizado o salário básico do autor como base de cálculo do adicional deferido.ACORDAM os Desembargadores da terceira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimi-dade, conhecer do recurso e dar-lhe parcial provimento, nos termos do voto da Relatora.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Fe-derais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente), ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRA e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO. Representando o d. Ministério Público do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 13 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0000691-03.2011.5.18.0131RELATOR(A): DESEMBARGADORA ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRARecorrente: BRASFRIGO S.A.ADVOGADO: MÔNICA ALVES DE OLIVEIRA RESENDE E OUTRO(S)Recorrido: WANDER CHRISTIAN DE ALMEIDAADVOGADO: MÁRCIO JOSÉ DE BARROS E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE LUZIÂNIAJUIZ(A): MARIA APARECIDA PRADO FLEURY BARIANIDisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.33.

ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. CARÁTER DEFINITIVO OU PROVISÓRIO. CRITÉRIOS PARA DISTINÇÃO.O art. 469, CLT, não estabelece critério para a distinção entre caráter definitivo ou provisório da transferência, sendo, portanto de conteúdo aberto, a requerer sua integração do magistrado, conforme o caso. A jurisprudência tem se valido da regra de que a permanência do empre-gado no novo local de trabalho, por mais de um ano, dá caráter defini-

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tivo à transferência, que assim não gera direito ao adicional respectivo.ACÓRDÃO: DECIDIU a Primeira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, por unanimidade, conhecer dos recursos e, no mérito, DAR PARCIAL PROVIMENTO AO DA RECLAMADA E NEGAR PRO-VIMENTO AO DO RECLAMANTE, nos termos do voto do Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembarga-dores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUER-QUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e o juiz convocado EUGÊ-NIO JOSÉ CESÁRIO ROSA (RA nº 96/2011). Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 07 de março de 2012(data do julgamento).Processo TRT - RO - 0001810-62.2011.5.18.0013RELATOR(A): JUIZ EUGÊNIO JOSÉ CESÁRIO ROSARecorrente: SEARA ALIMENTOS S.A.ADVOGADO: BENEDICTO CELSO BENÍCIO JÚNIOR E OUTRO(S)Recorrente: HUNGARO KARLO DE ANDRADE BARROSADVOGADO: JOÃO MARCELO SOUZA RANULFO E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOSORIGEM: 13ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): LUCIANO SANTANA CRISPIMDisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.60.

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA.É inviável a condenação subsidiária do órgão público pelo pagamento dos direitos trabalhistas dos empregados que laboram em seu proveito por intermédio de empresa prestadora de serviços quando, a par de a contratação ter sido precedida de regular processo licitatório, há aspec-tos denotando a iniciativa do tomador no sentido de compelir a contra-tada a agir dentro dos parâmetros da legalidade, bem como evidências de que ele procedia à fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas. Recurso da reclamante a que se nega provimento.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da segunda Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordi-nária, por unanimidade, conhecer do recurso e negar-lhe provimento, nos termos do voto do relator.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRE-NO MEDEIROS e DANIEL VIANA JÚNIOR. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. (Sessão de julgamento do dia 7 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0001508-97.2011.5.18.0121RELATOR(A): DESEMBARGADOR PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHORecorrente: MICHELLE PEREIRA COSTAADVOGADO: ROMES SÉRGIO MARQUES

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Recorrido: AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS - ANAADVOGADO: PROCURADORIA FEDERAL EM GOIÁSRecorrido: ENTERPOL - ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇOS ESPECIALIZA-DOS LTDA.ORIGEM: 1ª VT DE ITUMBIARAJUIZ(A): RADSON RANGEL FERREIRA DUARTEDisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.31.

AFETAÇÃO PATRIMONIAL (ARTIGO 30-B, PARÁGRAFO 5º, IN-CISO V, DA MP 2.221/2001). OPOSIÇÃO EM EXECUÇÃO TRABA-LHISTA. IMPOSSIBILIDADE.“As normas que estabeleçam a afetação ou a separação, a qualquer título, de patrimônio de pessoa física ou jurídica não produzem efeitos em relação aos débitos de natureza fiscal, previdenciária ou trabalhista, em especial quanto às garantias e aos privilégios que lhes são atribuí-dos.” (Artigo 76 da Medida Provisória n° 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, em vigor em face da Emenda Constitucional n° 32/2003).DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Primeira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer do recurso e, no mérito, NEGAR-LHE PRO-VIMENTO, nos termos do voto do Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembar-gadores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBU-QUERQUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e ALDON DO VALE ALVES TAGLIALEGNA. Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU (Sessão de julgamento do dia 07 de março de 2012).Processo TRT - AP - 0031000-46.2006.5.18.0013RELATOR(A): DESEMBARGADOR GENTIL PIO DE OLIVEIRAAgravante: NÍVEL ASSESSORIA EM EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA.ADVOGADO: DOUGLAS SFOSIN CALVO E OUTRO(S)Agravado: EDSON CASSIMIRO CARDOSOADVOGADO: FERNANDA ESCHER DE OLIVEIRA XIMENESORIGEM: 13ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): LUCIANO SANTANA CRISPIMDisponibilização: DEJT Nº 936/2012, de 12.03.2012, pág.60.

AGRAVO DE INSTRUMENTO. OBJETO. ADEQUAÇÃO.O agravo de instrumento tem por objeto único a impugnação da de-cisão que denega seguimento a outras espécies recursais, consoante alinhavado na alínea “b”, do art. 897, da CLT. Logo, o mérito desta insurgência restringe-se a questão afeta ao fundamento pelo qual o recurso foi trancado, objetivando a comprovação, à luz do legalmente

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preconizado, dos pressupostos de admissibilidade hábeis a elevá-lo ao conhecimento da Corte Revisora, daí porque inadequado que inove combatendo outras matérias, tais como a imposição de custas de liqui-dação. Recurso parcialmente conhecido.ACÓRDÃO: Vistos e relatados estes autos de Agravo de Instrumento, em que são partes as acima indicadas.Decidiu a Segunda Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, hoje realizada, por unanimidade, co-nhecer parcialmente do agravo de instrumento e negar-lhe provimento, nos termos do voto do relator.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRE-NO MEDEIROS e PAULO PIMENTA. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. (Ses-são de Julgamento do dia 07 de março de 2012).Processo TRT - AIAP - 0060201-90.2007.5.18.0161RELATOR(A): DESEMBARGADOR PAULO PIMENTAAgravante: FURNAS - CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.ADVOGADO: ALEXANDRE RYUZO SUGIZAKI E OUTRO(S)Agravado: JOSEMIR MATEUS DE PAULAADVOGADO: SELMA GOMES MARÇAL BELO E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE CALDAS NOVASJUIZ(A): CARLOS ALBERTO BEGALLESDisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.26.

AGRAVO DE PETIÇÃO. RESPONSABILIDADE DO SÓCIO/DIRI-GENTE RETIRANTE. Não tendo os sócios/dirigentes retirantes se be-neficiado da prestação de serviço do autor, não há falar em responsa-bilizá-los quanto aos créditos trabalhistas, cerne da presente execução. Agravo improvido.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer do agravo de petição e negar-lhe provi-mento, nos termos do voto do Relator.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho a Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI. Goiânia, 07 de março de 2012.Processo TRT - AP - 0151400-85.2007.5.18.0003RELATOR(A): DESEMBARGADOR GERALDO RODRIGUES DO NASCI-MENTOAgravante: IVANILDO DA MOTA PEREIRA

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ADVOGADO: WELLINGTON ALVES RIBEIRO E OUTRO(S)Agravado: ASSOCIAÇÃO BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS DO DF.Agravado: RAIMUNDO NONATO VIANA DA ROCHAADVOGADO: GUSTAVO PESSOA DE SOUZAAgravado: CLÉRISTON RIOS E SILVAADVOGADO: FELIPE BORBA ANDRADEORIGEM: 3ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): WANDA LÚCIA RAMOS DA SILVADisponibilização: DEJT Nº 937/2012, de 13.03.2012, pág.84/85.

AGRAVO DE PETIÇÃO. COMANDO JUDICIAL.Considerando que o cálculo agravado está em consonância com os comandos contidos no título exequendo no tocante à apuração das repercussões das diferenças salariais em antecipação salarial e diferen-ça de gratificação adicional, impõe-se o não provimento do agravo de petição.ACORDAM os Desembargadores da 3ª Turma do Egrégio Tribunal Re-gional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimida-de, conhecer parcialmente do agravo de petição e negar-lhe provimen-to, nos termos do voto da Relatora.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRA e o Excelentíssimo Juiz convocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Públi-co do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 13 de março de 2012.Processo TRT - AP - 0137400-27.2005.5.18.0011RELATOR(A): DESEMBARGADORA ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRAAgravante: CONSÓRCIO DE EMPRESAS DE RADIODIFUSÃO E NOTÍCIAS DO ESTADO DE GOIÁS - CERNE (EM LIQUIDAÇÃO)ADVOGADO: JOSÉ ANTÔNIO DE PODESTÁ FILHO E OUTRO(S)Agravado: RUPERT IRINEU KRUGGER NICKERSONADVOGADO: NELIANA FRAGA DE SOUSA E OUTRO(S)ORIGEM: 11ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): VALÉRIA CRISTINA DE SOUSA SILVADisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.42.

AJUDANTE DE MOTORISTA. JORNADA EXTERNA. HORAS EX-TRAS.O simples fato de o veículo utilizado pelo autor possuir sistema de ras-treamento via satélite, bem como a entrega de aparelho celular ao mo-torista do caminhão, não leva à conclusão de que a jornada de trabalho seja controlada, pois tais equipamentos visam aumentar a segurança dos caminhões, das mercadorias e dos empregados, inclusive, dimi-

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nuindo o valor do seguro. Por analogia, aplica-se o disposto na OJ 332 da SDI-1 do TST. Portanto, o autor enquadra-se na exceção prevista no art. 62, I, da CLT. Recurso improvido.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer do recurso e negar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator. Sustentou oralmente, pelo Reclamante, o Dr. Eudis Filipi. Presente na tribuna, pela Reclamada, o Dr. Tarcísio de Pina Bandeira.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho a Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI.Julgamento, 07 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0002206-29.2011.5.18.0081RELATOR(A): JUIZ PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADERecorrente: LUIZ CARLOS LIMA BEZERRAADVOGADO: FLÁVIO CARDOSO E OUTRO(S)Recorrido: CRISTAL ALIMENTOS LTDA.ADVOGADO: TARCÍSIO DE PINA BANDEIRA E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE APARECIDA DE GOIÂNIAJUIZ(A): WHATMANN BARBOSA IGLESIASDisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.38/39.

ALTERAÇÃO DA VERDADE DOS FATOS. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. INDEFERIMENTO DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA.O pleito de FGTS + 40%, quando reconhecidamente o reclamante rece-beu a parcela demonstra, de forma inequívoca, a sua má-fé processual, o que enseja a aplicação de multa por litigância de má-fé (CPC, art. 17, II). A parte que litiga de má-fé, utilizando-se do processo para tentar obter vantagem indevida, não faz jus à concessão dos benefícios da justiça gratuita.ACORDAM os Desembargadores da 3ª Turma do Egrégio Tribunal Re-gional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimida-de, conhecer parcialmente do recurso do Reclamante e integralmente do apelo da Reclamada, dar parcial provimento ao do obreiro e negar provimento ao patronal, tudo nos termos do voto da Relatora.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Fe-derais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente), ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRA e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO. Representando o d. Ministério Público do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 13 de março de

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2012.Processo TRT - RO - 0001033-23.2010.5.18.0010RELATOR(A): DESEMBARGADORA ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRARecorrente: GERALDO CLARETE REIS GONÇALVES LIMAADVOGADO: JORGE CARNEIRO CORREIA E OUTRO(S)Recorrente: REAL EXPRESSO LTDA.ADVOGADO: MARCUS VINÍCIUS LUZ FRANCA LIMA E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOSORIGEM: 10ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): RODRIGO DIAS DA FONSECADisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.34.

ASSÉDIO MORAL. ÔNUS DO RECLAMANTE. NÃO COMPROVAÇÃO.A acusação de assédio moral reveste-se de gravidade suficiente a exi-gir prova convincente a respeito. Inexistindo comprovação do alegado dano sofrido, há de ser indeferido o pleito de indenização.DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Primeira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer parcialmente do recurso e, no mérito, NEGAR-LHE PROVIMENTO, nos termos do voto do Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembar-gadores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBU-QUERQUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e ALDON DO VALE ALVES TAGLIALEGNA. Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Presen-te na tribuna, para sustentar oralmente pelo recorrido, a Drª ELIANE OLIVEIRA DE PLATON AZEVEDO (Sessão de julgamento do dia 07 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0001919-03.2011.5.18.0102RELATOR(A): DESEMBARGADOR GENTIL PIO DE OLIVEIRARecorrente: JOCELITO DALCIMADVOGADO: JAIRO DANTAS PINTO E OUTRO(S)Recorrido: ITAÚ UNIBANCO S.A.ADVOGADO: ELIANE OLIVEIRA DE PLATON AZEVEDO E OUTRO(S)ORIGEM: 2ª VT DE RIO VERDEJUIZ(A): ARI PEDRO LORENZETTIDisponibilização: DEJT Nº 936/2012, de 12.03.2012, pág.58/59.

ASSÉDIO MORAL NO AMBIENTE DE TRABALHO. INAÇÃO COM-PULSÓRIA. CARACTERIZAÇÃO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MO-RAIS.O assédio moral caracteriza-se pela prática de variados artifícios levados a efeito no ambiente de trabalho pelo assediador, superior hierárquico ou não do assediado, que, de forma deliberada e sistemá-

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tica, repetitiva e/ou continuada, comete violência psicológica contra a vítima, com o objetivo de ir minando a sua autoestima, dignidade e reputação, até destruir, por completo, a capacidade de resistência dessa pessoa que, humilhada, desestabilizada psicologicamente e totalmente impotente diante de tal situação, acaba por pedir dispensa do emprego. No caso, a prova testemunhal revelou que a Reclamada, deliberada e continuamente, deixou de repassar serviços à Reclaman-te, restando evidenciada a prática da denominada inação compulsória, que configura evidente assédio moral no ambiente de trabalho e viola o princípio fundamental da dignidade da pessoa humana, previsto no art. 1º, inciso III, da Constituição Federal.DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer do recurso e negar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator. Presente na tribuna, pela Reclamada, a Dra. Graciele Barbosa de Oliveira.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. (Sessão de Julgamento do dia 13 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0001294-60.2011.5.18.0007RELATOR(A): DESEMBARGADOR ELVECIO MOURA DOS SANTOSRecorrente: ATENTO BRASIL S.A.ADVOGADO: CARLOS ROBERTO DE SIQUEIRA CASTRO E OUTRO(S)Recorrido: SANDRA ARAÚJO DE OLIVEIRAADVOGADO: PATRÍCIA QUIRINO GONÇALVES E OUTRO(S)ORIGEM: 7ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): ANTÔNIA HELENA GOMES BORGES TAVEIRADisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.44.

ASSÉDIO MORAL. ALEGAÇÃO DE PERSEGUIÇÃO DURANTE TODO O VÍNCULO.O Assédio moral, diferencia-se do simples dano moral, exatamente porque aquele importa em atos diários praticados no local de trabalho, com o nítido propósito de minar as forças do empregado, a ponto de culminar em um pedido de demissão. A perseguição é tamanha que torna insuportável à vítima continuar trabalhando, porque há isola-mento, diminuição da força produtiva, depressão etc. Assim, um fato isolado acontecido no início do pacto laboral não pode levar à conclusão de perseguição, se outros não se deram durante o vínculo, mormen-te considerando que o ato não foi grave a ponto de justificar o abalo

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moral alegado.DECISÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos, DECIDIU a Pri-meira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, por unanimidade, conhecer do recurso e, no mérito, NEGAR-LHE PRO-VIMENTO, nos termos do voto do Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembarga-dores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUER-QUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e o juiz convocado EUGÊ-NIO JOSÉ CESÁRIO ROSA (RA nº 96/2011). Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 07 de março de 2012 (data do julgamento).Processo TRT - RO - 0001245-16.2011.5.18.0008RELATOR(A): JUIZ EUGÊNIO JOSÉ CESÁRIO ROSARecorrente: CASSIUS LIELL CANTARELLE QUINTÃO OLÍMPIOADVOGADO: PETERSON FERREIRA BISPO E OUTRO(S)Recorrido: CORAL EMPRESA DE SEGURANÇA LTDA.ADVOGADO: POLYANA CHRISTINA ALVES DE OLIVEIRA E OUTRO(S)ORIGEM: 8ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): MARILDA JUNGMANN GONÇALVES DAHERDisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.54/55.

ATIVIDADE EXTERNA. POSSIBILIDADE DE CONTROLE DA JOR-NADA. HORAS EXTRAS DEVIDAS.A fiscalização da jornada de trabalho não se dá apenas quando o em-pregado permanece todo o tempo sob a vista do empregador. Com-provada a possibilidade de controle da jornada de trabalho do obreiro, ainda que de maneira indireta, não se pode considerar o reclamante abrangido pela exceção prevista no artigo 62, I, da CLT. Nego provi-mento.ACORDAM os Desembargadores da terceira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimi-dade, conhecer dos recursos da 1ª Reclamada (OZÓRIO TRANSPORTES LTDA.), do Reclamante e da 2ª Reclamada (BRF BRASIL FOODS S.A.) e dar-lhes parcial provimento, sendo o da 1ª Reclamada por maioria, vencido, em parte, o Desembargador Elvecio Moura dos Santos que lhe dava provimento parcial menos amplo; ainda, por maioria, decidiu, de-clarar, de ofício, a ilegitimidade do obreiro para pleitear indenização por dano moral coletivo e decretar a extinção do processo, sem resolução de mérito, quanto ao mencionado pleito, com base no artigo 267, VI, do CPC, tudo nos termos do voto da Relatora, vencido aqui, também, o Desembargador Elvecio Moura dos Santos quanto a referida declaração de ofício.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Fe-derais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente), ELZA

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CÂNDIDA DA SILVEIRA e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO. Representando o d. Ministério Público do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 13 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0000246-96.2011.5.18.0191RELATOR(A): DESEMBARGADORA ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRARecorrente: OZÓRIO TRANSPORTES LTDA.ADVOGADO: DOUGLAS LOPES LEÃO E OUTRO(S)Recorrente: DILMO MARTINS DE OLIVEIRAADVOGADO: SORMANI IRINEU RIBEIRO E OUTRO(S)Recorrente: BRF BRASIL FOODS S.A.ADVOGADO: DOUGLAS LOPES LEÃO E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOSORIGEM: 1ª VT DE MINEIROSJUIZ(A): ALCIANE MARGARIDA DE CARVALHODisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.29.

AUSÊNCIA DE CITAÇÃO VÁLIDA. PRESSUPOSTO PROCESSUAL DE EXISTÊNCIA. NULIDADE.Ausente pressuposto processual de existência do processo, qual seja, a citação válida, impõe-se a declaração de nulidade da notificação e dos demais atos processuais, em atenção às garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa e do devido processo legal (CF, art. 5º, LIV e LV). Trata-se de matéria de ordem pública, que não pode ser ignorada em virtude de eventual omissão da empresa em atualizar seu endereço junto à Receita Federal.Certifico e dou fé que a Terceira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária hoje realizada, com a presença dos Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente), ELZA CÂNDIDA DA SIL-VEIRA e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO, bem como do Exce-lentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU, representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho, decidiu, por unanimidade, conhecer de ambos os recursos e dar provimento ao da Reclamada, para declarar a nulidade da citação, determinando o retorno dos autos à Vara de origem, a fim de que a empresa seja notificada no endereço correto, prosseguindo-se com o agendamento de nova audiência inicial, instrução e prolação de nova sentença, restando prejudicada a análise do recurso do Reclamante, tudo nos termos do voto da Relatora. Certi-dão publicada em substituição ao acórdão (art. 895, §1º, IV, da CLT).Processo TRT - RO - 0000428-37.2011.5.18.0012RELATOR(A): DESEMBARGADORA ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRARecorrente: JOSÉ NILDO DE ABREUADVOGADO: ADRIANA GARCIA ROSA ANASTÁCIO E OUTRO(S)

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Recorrente: VL ACABAMENTOS LTDA. - MEADVOGADO: MÉRCIA ARYCE DA COSTARecorrido: OS MESMOSORIGEM: 12ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): CARLOS ALBERTO BEGALLESDisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.103.

AUSÊNCIA DA RECLAMADA À AUDIÊNCIA. CONFIGURAÇÃO DA REVELIA E DA CONFISSÃO QUANTO À MATÉRIA FÁTICA.A ausência da reclamada à audiência, apesar de devidamente intimada do dia, do horário e do local de realização do referido ato processual, bem como da obrigatoriedade de seu comparecimento para apresen-tação de defesa, querendo, e dos efeitos decorrentes de sua ausência, faz incidir a regra insculpida no artigo 844 da CLT. Recurso não provido.Certifico e dou fé que a Terceira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária hoje realizada, com a presença dos Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e do Excelentíssimo Juiz convocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE, bem como do Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU, representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho, decidiu, por unanimidade, conhecer parcialmente do recurso e negar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator. Cer-tidão publicada em substituição ao acórdão (art. 895, §1º, IV, da CLT).Processo TRT - RO - 0002396-89.2011.5.18.0081RELATOR(A): DESEMBARGADOR GERALDO RODRIGUES DO NASCI-MENTORecorrente: CASA FORTE INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS EM AÇO INOX LTDA.ADVOGADO: TALITA DE PAIVA JORGE LÔBO E OUTRO(S)Recorrido: DAMON IGOR NATAN ULTIMO NUNES QUINTÃOADVOGADO: JOÃO BATISTA CAMARGO FILHOORIGEM: 1ª VT DE APARECIDA DE GOIÂNIAJUIZ(A): MARIA DAS GRAÇAS GONÇALVES OLIVEIRADisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.112.

AUSÊNCIA OU ATRASO NO PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓ-RIAS. DANO MORAL. FAZENDA PÚBLICA.O simples inadimplemento das verbas rescisórias pode não ser razão suficiente a escorar pretensão indenizatória por dano moral. Porém, se comprovadas as consequências dessa conduta omissiva pelo empre-gador, na vida social e econômica do trabalhador, e, especialmente, se ficar demonstrado que o retardo no pagamento dos direitos básicos e inequívocos do empregado tratou-se de ardil utilizado pelo ente patro-

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nal, que se estriba em alegação de necessidade de processo adminis-trativo, mesmo estando sabidamente subordinado às regras celetistas, não há dúvida da necessidade de o trabalhador ser indenizado. Recurso conhecido e parcialmente provido.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer dos recursos do Reclamado (MUNICÍPIO DE GOIÂNIA) e da Reclamante e dar-lhes parcial provimento, tudo nos termos do voto do Relator, sendo que o da obreira foi por maioria, ven-cido, em parte, o Juiz Paulo Canagé que lhe negava provimento.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho a Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI. Goiânia, 07 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0001059-11.2011.5.18.0002RELATOR(A): DESEMBARGADOR GERALDO RODRIGUES DO NASCI-MENTORecorrente: MUNICÍPIO DE GOIÂNIAADVOGADO: PEDRO ULYSSES BURITISAL ALVES DE SOUZARecorrente: JOSINERE CAMPOS DA COSTAADVOGADO: RODRIGO FARIA BASTOS CAMPOS E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOSORIGEM: 2ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): EUGÊNIO JOSÉ CESÁRIO ROSADisponibilização: DEJT Nº 937/2012, de 13.03.2012, pág.80.

AUTO DE ARREMATAÇÃO. ASSINATURA. ACORDO CELEBRADO ENTRE EXEQUENTE E EXECUTADO. REPERCUSSÃO.De acordo com o artigo 694 do CPC, “Assinado o auto pelo juiz, pelo arrematante e pelo serventuário da justiça ou leiloeiro, a arrematação considerar-se-á perfeita, acabada e irretratável, ainda que venham a ser julgados procedentes os embargos do executado”. Deste modo, eventual acordo celebrado entre exequente e executado após a assina-tura do auto de arrematação não tem o condão de desfazer a arrema-tação.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordiná-ria, por unanimidade, conhecer parcialmente do agravo de petição do Arrematante e, por maioria, dar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator. Vencido o Desembargador Geraldo Rodrigues do Nascimento que negava provimento ao apelo.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Fede-

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rais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e .GERAL-DO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz convocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho a Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚ-JO DOS SANTOS VILANI. Julgamento, 07 de março de 2012.Processo TRT - AP - 0096300-02.2001.5.18.0054RELATOR(A): JUIZ PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADEAgravante: DOMINGOS GOUVEIA LIMAADVOGADO: MARCELO MENDES FRANÇA E OUTRO(S)Agravado: PORTO RICO EXTRAÇÃO DE AREIA LTDA. E OUTRO(S)ADVOGADO: IVETE APARECIDA GARCIA RODRIGUES DE SOUSAAgravado: EDSON CAMARGOS GOMESADVOGADO: JOSÉ MÁRIO GOMES DE SOUSA E OUTRO(S)ORIGEM: 4ª VT DE ANÁPOLISJUIZ(A): LUIZ EDUARDO DA SILVA PARAGUASSUDisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.39.

AUXÍLIO/CESTA ALIMENTAÇÃO. ALTERAÇÃO DA NATUREZA JU-RÍDICA POR INTERMÉDIO DE INSTRUMENTO COLETIVO. POSSI-BILIDADE.A autonomia coletiva privada restou assegurada na Carta Maior de 1988, autorizando a flexibilização dos direitos trabalhistas, desde que garantido o patamar civilizatório mínimo. Nessa medida, é possível a instituição de natureza jurídica diversa da efetivamente portada pela parcela, assegurado, em cada caso, o direito adquirido. Recurso obreiro a que se nega provimento.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da segunda Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordi-nária, por unanimidade, conhecer do recurso e negar-lhe provimento, nos termos do voto do relator.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRE-NO MEDEIROS e DANIEL VIANA JÚNIOR. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. (Sessão de julgamento do dia 7 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0001951-20.2011.5.18.0001RELATOR(A): DESEMBARGADOR PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHORecorrente: JOÃO BATISTA SÁVIO E SOUSAADVOGADO: ALCILENE MARGARIDA DE CARVALHO LOPES LIMA E OUTRO(S)Recorrido: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CAIXAADVOGADO: RODRIGO DE FREITAS MUNDIM LÔBO REZENDE E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE GOIÂNIA

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JUIZ(A): JEOVANA CUNHA DE FARIADisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.32.

BANCÁRIA. HORAS EXTRAS. GERENTE. ART. 224, § 2º, DA CLT. ENQUADRAMENTO.Configurado o exercício de funções de confiança, não deve a autora ser enquadrada na jornada bancária normal de seis horas por dia. Recurso patronal provido.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer de ambos os recursos e negar provimen-to ao da Reclamante; por maioria, dar provimento ao apelo patronal, vencido o Desembargador Elvecio Moura dos Santos que lhe negava provimento, tudo nos termos do voto do Relator. Presente na tribuna, pelo Reclamado, a Dra. Eliane Oliveira de Platon Azevedo.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho a Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI. Goiânia, 07 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0001021-81.2011.5.18.0007RELATOR(A): DESEMBARGADOR GERALDO RODRIGUES DO NASCI-MENTORecorrente: ITAÚ UNIBANCO S.A.ADVOGADO: ELIANE OLIVEIRA DE PLATON AZEVEDO E OUTRO(S)Recorrente: REJANE MARTINS RODRIGUES DOS PASSOSADVOGADO: MARCELO AMÉRICO MARTINS DA SILVA E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOSORIGEM: 7ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): LÍVIA FÁTIMA GONDIMDisponibilização: DEJT Nº 937/2012, de 13.03.2012, pág.79.

BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA COMPLEMENTAR. COMPETÊN-CIA MATERIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO.A Justiça do Trabalho é competente para apreciar pedido de comple-mentação de aposentadoria decorrente do contrato de trabalho.DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Segunda Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer de ambos os recursos, dar provimento ao do reclamante, para afastar a prescrição total declarada na origem e julgar improcedentes os pedidos formulados na exordial, e negar provi-mento ao recurso adesivo da reclamada, nos termos do voto do relator. Divergia parcialmente da fundamentação o Desembargador BRENO

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MEDEIROS.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRE-NO MEDEIROS e DANIEL VIANA JÚNIOR. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. Goiânia, 7 de março de 2012 (data do julgamento).Processo TRT - RO - 0001076-18.2011.5.18.0141RELATOR(A): DESEMBARGADOR DANIEL VIANA JÚNIORRecorrente: ELCIRO TORQUATO PEREIRAADVOGADO: RENNER SILVA FONSECA E OUTRO(S)Recorrente: CAVA - CAIXA VICENTE DE ARAÚJO DO GRUPO BANCO MERCANTIL DO BRASIL (ADESIVO)ADVOGADO: LISA FABIANA BARROS FERREIRA E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOSRecorrido: BANCO MERCANTIL DO BRASIL S.A.ADVOGADO: LORENA ALBERNAZ ALVES E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE CATALÃOJUIZ(A): ÉDISON VACCARIDisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.02.

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. EXERCÍCIO DE FUNÇÃO TÉCNICA. ART. 224, § 2º, DA CLT. FUNÇÃO DE CONFIANÇA. NÃO ENQUA-DRAMENTO.O reclamante, no exercício das funções de “Tesoureiro de Retaguarda/Técnico Operacional de Retaguarda”, desenvolvia atividades meramen-te técnicas, sem traços de fidúcia especial e sem poderes de mando e gestão. Assim, não se enquadra na exceção prevista no art. 224, § 2º, da CLT. Por consequência, sendo incontroverso o fato de que realizava jornada de 8 horas, faz jus à percepção das 7ª e 8ª horas como extras. No entanto, do valor apurado a título de horas extras deverá ser dedu-zida a diferença entre a gratificação do cargo em comissão 8 horas e a gratificação do cargo em comissão 6 horas, haja vista o entendimento contido na OJ Transitória 70 da SDI-1 do TST.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordi-nária, por unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU.(Sessão de julgamento do dia 13 de março de 2012)

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Processo TRT - RO - 0001585-60.2011.5.18.0007RELATOR(A): JUIZ PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADERecorrente: JOSÉ ISMAR RODRIGUESADVOGADO: JOÃO HERONDINO PEREIRA DOS SANTOS E OUTRO(S)Recorrido: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CAIXAADVOGADO: LONZICO DE PAULA TIMÓTEO E OUTRO(S)ORIGEM: 7ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): ANTÔNIA HELENA GOMES BORGES TAVEIRADisponibilização: DEJT Nº 938/2012, de 14.03.2012, pág.39.

CARTÕES DE PONTO COM HORÁRIOS RÍGIDOS. JORNADA COM-PATÍVEL COM A EXTRAÍDA DOS DEMAIS ELEMENTOS DE PROVA. VALIDADE DOS REGISTROS.Os cartões de ponto consignando horários rígidos devem subsistir como meio de prova da jornada quando os demais elementos de prova dos autos informam que a jornada verdadeiramente praticada pelo recla-mante é compatível com a neles registrada. A ausência de registro das pequenas variações de minutos, que sequer são computadas na jorna-da, nos termos do § 1º, do art. 58 celetista, por si só, não lhes retira a credibilidade.DECISÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos, DECIDIU a Pri-meira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, por unanimidade, NÃO CONHECER DO RECURSO DA RECLAMADA; conhecer do recurso do reclamante e, no mérito, DAR-LHE PARCIAL PROVIMENTO, nos termos do voto do Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembarga-dores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUER-QUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e o juiz convocado EUGÊ-NIO JOSÉ CESÁRIO ROSA (RA nº 96/2011). Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 07 de março de 2012 (data do julgamento).Processo TRT - RO - 0001240-80.2011.5.18.0141RELATOR(A): JUIZ EUGÊNIO JOSÉ CESÁRIO ROSARecorrente: EDNALDO APARECIDO LOPESADVOGADO: ANTÔNIO MANOEL DO NASCIMENTORecorrente: BRASIL VERDE AGROINDÚSTRIAS LTDA.ADVOGADO: DIMAS ROSA RESENDE JÚNIORRecorrido: OS MESMOSORIGEM: 1ª VT DE CATALÃOJUIZ(A): ELIAS SOARES DE OLIVEIRADisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.54.

COMISSIONISTA MISTO. HORAS EXTRAS. ADICIONAL.Tratando-se de comissionista misto, incide o entendimento pacificado

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pelo col. TST através de sua OJSDI-1 de nº 397, devendo ser pago ao empregado apenas o adicional de horas extras no que se refere à parte variável do salário.ACORDAM os Desembargadores da 3ª Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimi-dade, conhecer do recurso e dar-lhe parcial provimento, nos termos do voto da Relatora.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Fe-derais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente), ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRA e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO. Representando o d. Ministério Público do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 13 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0001827-65.2011.5.18.0121RELATOR(A): DESEMBARGADORA ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRARecorrente: AGROPECUÁRIA PRIMAVERA LTDA. E OUTRO(S)ADVOGADO: RUBENS ALVES DE OLIVEIRA E OUTRO(S)Recorrido: ROGÉRIO FRANCELINO BEZERRAADVOGADO: OSVALDO GAMA MALAQUIAS E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE ITUMBIARAJUIZ(A): ROSANE GOMES DE MENEZES LEITEDisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.38.

CONTRATAÇÃO DE MOTORISTA AUTÔNOMO. PRESENÇA DOS REQUISITOS DO ART. 3º DA CLT. DECLARAÇÃO DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO.Embora tenha sido o obreiro contratado na qualidade de motorista autônomo, restando demonstrado nos autos a presença dos requisitos previstos no art. 3º consolidado, quais sejam, pessoalidade, onerosida-de, subordinação e a não eventualidade dos serviços prestados, impõe-se, nos termos do art. 9º da CLT, o reconhecimento do vínculo empre-gatício entre as partes.DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Segunda Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer do recurso e negar-lhe provimento, nos termos do voto do relator. Presente na tribuna para sustentar oralmen-te as razões do recorrido a Dra. Gislene Maria de Oliveira.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRE-NO MEDEIROS e DANIEL VIANA JÚNIOR. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. Goiânia, 7 de março de 2012 (data do julgamento).Processo TRT - RO - 0000312-90.2011.5.18.0251RELATOR(A): DESEMBARGADOR DANIEL VIANA JÚNIOR

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Recorrente: VALDIVINO DE SOUZA FERREIRAADVOGADO: ALICE DE ARAÚJO FEITOSA MACIELRecorrido: RONEY BATISTA NEVESADVOGADO: GISLENE MARIA DE OLIVEIRAORIGEM: 1ª VT DE PORANGATUJUIZ(A): NARA BORGES KAADI P. DE PASSOS CRAVEIRODisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.01.

CONTRATO DE EMPREITADA. DONO DA OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL. RESPONSABILIDADE.OJ 191 da SDI-1 DO TST: “CONTRATO DE EMPREITADA. DONO DA OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL. RESPONSABILIDADE. (nova redação) - Res. 175/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011. Diante da inexistência de previsão legal específica, o contrato de empreitada de construção civil entre o dono da obra e o empreiteiro não enseja responsabilidade solidária ou subsidiária nas obrigações trabalhistas contraídas pelo empreiteiro, salvo sendo o dono da obra uma empresa construtora ou incorporadora”.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer de ambos os recursos, dar total provimento ao da 1ª Reclamada (ÂNCORA ENGENHARIA LTDA.) e parcial provimen-to ao adesivo do Reclamante, tudo nos termos do voto do Relator.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho a Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI. (Sessão de julgamento do dia 07 de março de 2012)Processo TRT - RO - 0000725-89.2011.5.18.0191RELATOR(A): JUIZ PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADERecorrente: ÂNCORA ENGENHARIA LTDA.ADVOGADO: FERNANDO BARBOSA DE ABREU E SILVA E OUTRO(S)Recorrente: JOÃO ALVES DA SILVA (ADESIVO)ADVOGADO: JANE DE JESUS GOMES E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOSRecorrido: GRUPO LE CARAVELLE EMPREENDIMENTOS E PARTICIPA-ÇÕES LTDA.ADVOGADO: FERNANDO BARBOSA DE ABREU E SILVA E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE MINEIROSJUIZ(A): ALCIANE MARGARIDA DE CARVALHODisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.35.

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CONTRATO DE SAFRA. PACTOS SUCESSIVOS. UNICIDADE CON-TRATUAL.Tratando-se de pactuação de trabalho por prazo determinado, ao con-trato de safra aplicam-se, subsidiariamente, as regras insertas no art. 452 da CLT, consoante preceito contido no art. 1º da Lei do Trabalhador Rural (Lei nº 5.889/73). Assim, firmados sucessivos pactos de mesma natureza, em intervalos inferiores a seis meses, com o fito de atender à realização de atividades perenes do empreendimento empresarial, resta descaracterizado o contrato a termo, por força do disposto no art. 9º da CLT.DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer do recurso e, por maioria, dar-lhe parcial provimento, nos termos do voto do Relator. Vencido, em parte, o De-sembargador Geraldo Rodrigues do Nascimento que dava provimento parcial mais amplo ao apelo.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Fede-rais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERAL-DO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz convocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI. (Sessão de Julgamento do dia 7 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0001585-09.2011.5.18.0121RELATOR(A): DESEMBARGADOR ELVECIO MOURA DOS SANTOSRecorrente: SUSANA RIBEIRO DE MENDONÇA E OUTROS E OUTRO(S)ADVOGADO: RUBENS ALVES DE OLIVEIRA E OUTRO(S)Recorrido: PAULO HENRIQUE LOPESADVOGADO: OSVALDO GAMA MALAQUIAS E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE ITUMBIARAJUIZ(A): ROSANE GOMES DE MENEZES LEITEDisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.09.

CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. ACORDO JUDICIAL SEM RECONHECIMENTO DE VÍNCULO DE EMPREGO. ALÍQUOTA INCI-DENTE.Segundo a Orientação Jurisprudencial nº 398 da SBDI-1 do TST, a contribuição social incidente sobre os valores pagos no acordo judicial celebrado sem o reconhecimento do vínculo de natureza empregatícia deve ser calculada observando a alíquota de 20%, de responsabilida-de do tomador de serviço (art. 22, III, da Lei 8.212/91), acrescida da alíquota de 11% devida pelo prestador de serviços, na qualidade de contribuinte individual (arts. 21 e 30, § 4º, da Lei 8.212/91), inciden-tes sobre o total do acordo e respeitado o valor teto de contribuição. Agravo de petição a que se nega provimento.

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DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer do agravo de petição e negar-lhe provi-mento, nos termos do voto do Relator.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. (Sessão de Julgamento do dia 13 de março de 2012).Processo TRT - AP - 0000650-32.2011.5.18.0003RELATOR(A): DESEMBARGADOR ELVECIO MOURA DOS SANTOSAgravante: TURQUEZA TECIDOS & VESTUÁRIOS LTDA.ADVOGADO: FABIANA DINIZ ALVES E OUTRO(S)Agravado: MARCÍLIO LOPES DE MOURAADVOGADO: FERNANDA HELENA FERREIRAAgravado: UNIÃOADVOGADO: PROCURADORIA FEDERAL ESPECIALIZADA DO INSS EM GOIÁSORIGEM: 3ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): WANDA LÚCIA RAMOS DA SILVADisponibilização: DEJT Nº 938/2012, de 14.03.2012, pág.34.

DANO MORAL. LESÃO À HONRA/IMAGEM DA EMPRESA. INDENI-ZAÇÃO.O Código Civil, em seu art. 52, determina aplicar-se às pessoas jurídi-cas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. Ainda, a Súmula 227, do STJ, fixou a possibilidade de a pessoa jurídica sofrer dano moral. Viável, pois, o seu reconhecimento na hipótese de ser promovida violação à sua imagem, e, conseqüentemente, devida a compensação correspondente. Recurso patronal parcialmente provido, no particular.ACÓRDÃO: Vistos e relatados estes autos de Recurso Ordinário, em que são partes as acima indicadas.Decidiu a Segunda Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, hoje realizada, por unanimidade, conhecer de ambos os recursos, negar provimento ao do reclamante e dar provimento parcial ao do reclamado, nos termos do voto do relator.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRE-NO MEDEIROS e PAULO PIMENTA. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. (Ses-são de Julgamento do dia 07 de março de 2012).

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Processo TRT - RO - 0002150-70.2010.5.18.0003RELATOR(A): DESEMBARGADOR PAULO PIMENTARecorrente: HELENO ANTÔNIO ROCHAADVOGADO: SIVALDO PEREIRA CARDOSO E OUTRO(S)Recorrente: ADAIR SILVESTRE DE PAIVA FILHO - MEADVOGADO: CLEONE DE ASSIS SOARES JÚNIORRecorrido: OS MESMOSORIGEM: 3ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): MÂNIA NASCIMENTO BORGES DE PINADisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.23/24.

DANO MORAL. CADIN. CADASTRO INDEVIDO EM RAZÃO DE ERRO PATRONAL.Ao ter seu nome inscrito em cadastro de inadimplentes, o recorrente teve prejuízos extrapatrimoniais, já que lhe foi imputada dívida que não gerou, ensejando efetivo constrangimento moral e, de conseguin-te, emergindo o direito de reparação. Calha mencionar que, provado o dano, não é exigida a comprovação da dor experimentada pelo recor-rente, que decorre do próprio fato em si (damnum in re ipsa).ACÓRDÃO: DECIDIU a Primeira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, por unanimidade, conhecer do recurso e, no mérito, por maioria, vencido parcialmente o Desembargador ALDON DO VALE ALVES TAGLIALEGNA, DAR-LHE PARCIAL PROVIMENTO, nos termos do voto do Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembar-gadores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBU-QUERQUE (Presidente), ALDON DO VALE ALVES TAGLIALEGNA e o juiz convocado EUGÊNIO JOSÉ CESÁRIO ROSA (RA nº 96/2011). Represen-tou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Sustentou oralmente pelo recorrente, o Dr. ODAIR DE OLIVEIRA PIO. Goiânia, 07 de março de 2012(data do julgamento).Processo TRT - RO - 0000645-51.2011.5.18.0054RELATOR(A): JUIZ EUGÊNIO JOSÉ CESÁRIO ROSARecorrente: GERALDO LINO RIBEIROADVOGADO: ODAIR DE OLIVEIRA PIO E OUTRO(S)Recorrido: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CAIXAADVOGADO: RODRIGO DE FREITAS MUNDIM LÔBO REZENDE E OUTRO(S)ORIGEM: 4ª VT DE ANÁPOLISJUIZ(A): LUIZ EDUARDO DA SILVA PARAGUASSUDisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.51.

DANO MORAL. OFENSA À DIGNIDADE DO TRABALHADOR. INDE-

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NIZAÇÃO DEVIDA.Por ferir a honra do empregado e chocar-se com o princípio da digni-dade da pessoa humana, o comportamento da reclamada de dirigir-se aos empregados em alta voz, inclusive xingando-os de “merda”, oca-siona dano moral, ensejando a indenização.ACORDAM os Desembargadores da terceira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimi-dade, não conhecer do segundo recurso interposto pela Reclamada (fls. 116/125), em razão da preclusão consumativa; conhecer parcialmente do primeiro recurso apresentado pela Reclamada (fls.102/111) e, por maioria, negar-lhe provimento, tudo nos termos do voto da Relatora. Vencido, em parte, o Desembargador Geraldo Rodrigues do Nascimento que dava parcial provimento ao primeiro apelo patronal.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Fe-derais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente), ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRA e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO. Representando o d. Ministério Público do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 13 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0001326-71.2011.5.18.0102RELATOR(A): DESEMBARGADORA ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRARecorrente: ANDREIA MANDELICHE E CIA. LTDA. - MEADVOGADO: DOUGLAS LOPES LEÃO E OUTRO(S)Recorrido: ÉDER MENDONÇA DE MAGALHÃESADVOGADO: NILTON RODRIGUES GOULART E OUTRO(S)ORIGEM: 2ª VT DE RIO VERDEJUIZ(A): ARI PEDRO LORENZETTIDisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.35/36.

DANO MORAL. ENCARGO PROBATÓRIO.Diferentemente dos casos em que a indenização decorre de acidente de trabalho ou doença ocupacional, em que o dano moral é presumível por serem óbvias as consequências (dor, angústia, sequelas, incapacidade, etc), nas demais hipóteses, o dano moral necessita ser demonstrado nos autos. No presente caso, não existindo provas sobre o fato, decide-se contra quem detinha legalmente o encargo probatório. Recurso obreiro a que se nega provimento.DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Segunda Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer do recurso e negar-lhe provimento, nos termos do voto do relator. Presente na tribuna para sustentar oralmen-te as razões da recorrida a Dra. Nayrene Pereira Camilo.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRE-

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NO MEDEIROS e DANIEL VIANA JÚNIOR. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. Goiânia, 7 de março de 2012 (data do julgamento).Processo TRT - RO - 0001371-51.2011.5.18.0013RELATOR(A): DESEMBARGADOR DANIEL VIANA JÚNIORRecorrente: RANIACK RODRIGUES CÂNDIDO CAROLINOADVOGADO: FRANCISLEY FERREIRA NERY E OUTRO(S)Recorrido: AUTO LESTE PEÇAS E SERVIÇOS LTDA.ADVOGADO: ÊNIO SALVIANO DA COSTA E OUTRO(S)ORIGEM: 13ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): CÉLIA MARTINS FERRODisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.02.

DANO MORAL. TRANSPORTE DE VALORES ENTRE ESTABELECI-MENTOS BANCÁRIOS. NÃO CARACTERIZAÇÃO.“DANO MORAL. TRANSPORTE DE VALORES ENTRE ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS. NÃO CARACTERIZAÇÃO. Salvo a existência de alguma circunstância específica como, por exemplo, a existência de prova de efetiva tentativa de assalto, não configura dano moral o simples fato de o empregado bancário sentir medo e apreensão ao transportar valores entre uma agência e outra, ainda que em seu veículo particular e sem escolta.” (RO–00181-2006-082-18-00-0; RELATOR: DESEMBARGADOR PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO; Data do julgamento: 11 de abril de 2007).ACÓRDÃO: DECIDIU a Primeira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, por unanimidade, conhecer do recurso e, no mérito, por maioria, vencida parcialmente a Desembargadora KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUERQUE, DAR-LHE PARCIAL PROVIMEN-TO, nos termos do voto do Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembarga-dores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUER-QUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e o juiz convocado EUGÊ-NIO JOSÉ CESÁRIO ROSA (RA nº 96/2011). Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Sustentou oralmente pelo reclamado, a Drª ELIANE OLIVEIRA DE PLATON AZEVEDO. Goiânia, 07 de março de 2012(data do julgamento.Processo TRT - RO - 0001383-95.2011.5.18.0003RELATOR(A): JUIZ EUGÊNIO JOSÉ CESÁRIO ROSARecorrente: WELLINGTON MARTINS DIASADVOGADO: MARCELO AMÉRICO MARTINS DA SILVA E OUTRO(S)Recorrido: ITAÚ UNIBANCO S.A.ADVOGADO: ELIANE OLIVEIRA DE PLATON AZEVEDO E OUTRO(S)ORIGEM: 3ª VT DE GOIÂNIA

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JUIZ(A): MÂNIA NASCIMENTO BORGES DE PINADisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.56/57.

DEDUÇÃO. MONTANTE APURADO EM CONTA DE LIQUIDAÇÃO.Inexiste diferença entre abater valores pagos sob mesma rubrica, como pretende em arrazoado, e descontar do montante apurado em conta de liquidação ao reclamante, como determinou o d. Juiz, pois somados todos haveres devidos. Recurso não provido.Certifico e dou fé que a Terceira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária hoje realizada, com a presença dos Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e do Excelentíssimo Juiz convocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE, bem como do Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU, representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho, decidiu, por unanimidade, conhecer parcialmente do recurso e negar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator. Cer-tidão publicada em substituição ao acórdão (art. 895, §1º, IV, da CLT).Processo TRT - RO - 0000473-25.2011.5.18.0082RELATOR(A): DESEMBARGADOR GERALDO RODRIGUES DO NASCI-MENTORecorrente: INTERHOTÉIS HOTÉIS E TURISMO LTDA.ADVOGADO: DIEGO SILVA CAMILO E OUTRO(S)Recorrido: MARCO ANTÔNIO FERREIRA DE SOUZAADVOGADO: MAGNA GONÇALVES MAGALHÃES SILVA E OUTRO(S)ORIGEM: 2ª VT DE APARECIDA DE GOIÂNIAJUIZ(A): ATAÍDE VICENTE DA SILVA FILHODisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.103/104.

DESERÇÃO. CUSTAS. ATO CONJUNTO N.º 21/2010 – TST.CSJT.GP.SG.O recolhimento das custas processuais por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais – DARF contrariando o Ato Conjunto nº 21/2010 – TST.CSJT.GP.SG. que fixa o pagamento das custas e dos emolumentos exclusivamente mediante Guia de Recolhimento da União – GRU Judicial, a partir de 01.01.2011, acarreta o não conhecimento do recurso por deserção.ACORDAM os Desembargadores da 3ª Turma do Egrégio Tribunal Re-gional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimida-de, não conhecer do recurso, nos termos do voto da Relatora.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Fe-derais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente), ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRA e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO. Representando o d. Ministério Público do Trabalho o Excelentíssimo

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Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 13 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0000001-02.2011.5.18.0251RELATOR(A): DESEMBARGADORA ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRARecorrente: ENGER ENGENHARIA S.A.ADVOGADO: LUÍS AUGUSTO ALVES PEREIRA E OUTRO(S)Recorrido: SAID ELIAS JORGEADVOGADO: MARCELO PEREIRA DE OLIVEIRA E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE PORANGATUJUIZ(A): NARA BORGES KAADI P. DE PASSOS CRAVEIRODisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.28/29.

DESVIO FUNCIONAL E REENQUADRAMENTO. PRESCRIÇÃO.Em se tratando de pedido de reenquadramento, a prescrição é total, contada da data do enquadramento do empregado. (Súmula 275, inci-so II, do C. TST)ACÓRDÃO: DECIDIU a Primeira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, por unanimidade,conhecer do recurso, julgar EXTINTO O PROCESSO, SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO, em relação aos anuênios e licenças-prêmio, tendo em vista a existência de coisa julga-da em relação a estes pleitos e, no mérito, NEGAR-LHE PROVIMENTO. Declarar o recorrente litigante de má-fé, aplicando-lhe multa de 1% sobre o valor da causa, reversível em favor da recorrida, nos termos do voto do Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembarga-dores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUER-QUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e o juiz convocado EUGÊ-NIO JOSÉ CESÁRIO ROSA (RA nº 96/2011). Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 07 de março de 2012(data do julgamento).Processo TRT - RO - 0001829-77.2011.5.18.0010RELATOR(A): JUIZ EUGÊNIO JOSÉ CESÁRIO ROSARecorrente: VALDIVINO ALVES FERREIRAADVOGADO: ROBERTO GOMES FERREIRA E OUTRO(S)Recorrido: COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO - CONABADVOGADO: APOENA ALMEIDA MACHADO E OUTRO(S)ORIGEM: 10ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): RODRIGO DIAS DA FONSECADisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.60/61.

DESVIO DE FUNÇÃO. INEXISTÊNCIA DE QUADRO DE CARREIRA FORMALIZADO. O fato de haver no âmbito da empregadora divisão das atividades entre diferentes funções, com distintos padrões de re-muneração, é suficiente para o reconhecimento do direito a diferenças

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salariais por desvio de função, ainda que não haja quadro de carreira formalizado.DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Primeira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordi-nária, por unanimidade, NÃO CONHECER DO RECURSO DA RECLAMA-DA. Em seguida, após os votos do Relator - conhecendo e provendo o recurso obreiro - e da Excelentíssima Desembargadora KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUERQUE - conhecendo e negando provimento ao recurso do reclamante o julgamento foi suspenso pelo pedido de VISTA REGIMENTAL do Excelentíssimo Juiz EUGÊNIO JOSÉ CESÁRIO ROSA.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembarga-dores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUER-QUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e o juiz convocado EUGÊ-NIO JOSÉ CESÁRIO ROSA (RA nº 96/2011). Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Sustentou oralmente a Drª. NELIANA FRAGA DE SOU-SA, (Sessão de Julgamento do dia 08 de fevereiro de 2012).Prosseguindo o julgamento, ACORDAM os Desembargadores da Primei-ra Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, NÃO CONHECER DO RECURSO DA RECLAMADA; Também por unanimidade, conhecer do recurso do recla-mante e, no mérito, por maioria, vencida a Desembargadora KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUERQUE, DAR-LHE PROVIMENTO, nos termos do voto do Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembarga-dores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUER-QUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e o juiz convocado EUGÊ-NIO JOSÉ CESÁRIO ROSA (RA nº 96/2011). Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Presente na tribuna, para sustentar oralmente pelo 2º recorrente, a Drª NELIANA FRAGA DE SOUSA (Sessão de julgamento do dia 07 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0000438-08.2011.5.18.0004RELATOR(A): DESEMBARGADOR GENTIL PIO DE OLIVEIRARecorrente: CARREFOUR COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDA.ADVOGADO: ROBERTO TRIGUEIRO FONTES E OUTRO(S)Recorrente: ROSEVALDO LUCIANO SOUZAADVOGADO: NELIANA FRAGA DE SOUSA E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOSORIGEM: 4ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): EDUARDO TADEU THONDisponibilização: DEJT Nº 936/2012, de 12.03.2012, pág.53/54.

DIFERENÇAS DE HORAS EXTRAS. DEMONSTRAÇÃO. ÔNUS DO

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RECLAMANTE.É do Autor o ônus de demonstrar, ainda que seja por amostragem, a existência de eventuais diferenças entre as horas extras registradas nos cartões de ponto e as quitadas nos contracheques. Não se desin-cumbindo desse encargo, impõe-se o indeferimento das diferenças pretendidas.DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer dos recursos do Reclamante e da Reclama-da e negar-lhes provimento, nos termos do voto do Relator, sendo que o patronal foi por maioria, vencido, em parte, o Juiz Paulo Canagé de Freitas Andrade que lhe dava parcial provimento.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. (Sessão de Julgamento do dia 13 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0001538-92.2011.5.18.0102RELATOR(A): DESEMBARGADOR ELVECIO MOURA DOS SANTOSRecorrente: OTÁVIO ALVES DA SILVAADVOGADO: SANDRA MIRANDA ROCHA LEMESRecorrente: KADE ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO LTDA.ADVOGADO: DOUGLAS LOPES LEÃO E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOSORIGEM: 2ª VT DE RIO VERDEJUIZ(A): DANIEL BRANQUINHO CARDOSODisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.44/45.

DISPENSA SEM JUSTA CAUSA. ATRASO NA HOMOLOGAÇÃO DO TRCT. MULTA DO ART. 477, § 8º, DA CLT. PENALIDADE DEVIDA.Mesmo ocorrendo a quitação das verbas rescisórias dentro do prazo previsto em lei (art. 477, § 6º, da CLT), a homologação do termo de rescisão a destempo também enseja a aplicação da multa em comento. Isso porque o pagamento do acerto rescisório não é a única obrigação do empregador por ocasião da rescisão contratual (Súmula nº 20 desta Egrégia Corte).DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer parcialmente do recurso da Reclamada e integralmente do adesivo do Reclamante; dar parcial provimento ao patronal e total provimento ao do obreiro, tudo nos termos do voto do Relator.

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Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. (Sessão de Julgamento do dia 13 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0001775-51.2010.5.18.0009RELATOR(A): DESEMBARGADOR ELVECIO MOURA DOS SANTOSRecorrente: INBRANDS S.A.ADVOGADO: ROMÁRIO SILVA DE MELO E OUTRO(S)Recorrente: JORGE LUIZ VIEIRA MATTOS (ADESIVO)ADVOGADO: PEDRO HENRIQUE MIRANDA MEDEIROS E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOSORIGEM: 9ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): CLEUZA GONÇALVES LOPESDisponibilização: DEJT Nº 938/2012, de 14.03.2012, pág.36.

DISPENSA POR JUSTA CAUSA. EXISTÊNCIA DE PROVA DE ATO DE CONCORRÊNCIA DESLEAL. VALIDADE DA DISPENSA.A dispensa por justa causa é a pena mais grave aplicável na esfera trabalhista, podendo trazer ao empregado consequências que trans-cendem o ambiente profissional. Em razão disso, a falta ensejadora da dispensa motivada exige prova cabal e inequívoca, ônus que incumbe ao empregador, por ser fato extintivo do direito postulado pelo obreiro (art. 818 da CLT c/c o art. 333, II, do CPC). Restando provada a falta grave praticada pelo empregado (ato de concorrência desleal), impõe-se a manutenção da sentença que reputou legítima a dispensa por justa causa.DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer parcialmente do recurso da Reclamante e integralmente do recurso das terceiras interessadas (DAIANE CRISTI-NA PAIVA e VANESSA CAMPOS); negar provimento ao da obreira e dar provimento ao das testemunhas, tudo nos termos do voto do Relator.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. (Sessão de Julgamento do dia 13 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0001140-30.2011.5.18.0011RELATOR(A): DESEMBARGADOR ELVECIO MOURA DOS SANTOS

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Recorrente: LEONICE SOARES SANTIAGOADVOGADO: FERNANDA ESCHER DE OLIVEIRA XIMENES E OUTRO(S)Recorrente: VANESSA CAMPOS E OUTRO(S)ADVOGADO: FERNANDA ESCHER DE OLIVEIRA XIMENES E OUTRO(S)Recorrido: NONINDO SPAZEN LTDA.ADVOGADO: FERNANDO RIOS DE BRITO MADUREIRA E OUTRO(S)ORIGEM: 11ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): ROSANA RABELLO PADOVANIDisponibilização: DEJT Nº 938/2012, de 14.03.2012, pág.34/35.

DOENÇA OCUPACIONAL EQUIPARADA A ACIDENTE DE TRA-BALHO. EXISTÊNCIA DE DANO, NEXO CAUSAL (CONCAUSA) E CULPA DO EMPREGADOR. DANOS MATERIAIS E MORAIS. INDE-NIZAÇÕES DEVIDAS.Restando demonstrados os danos causados ao reclamante, bem como o nexo concausal entre a doença e as atividades laborativas do obreiro, além da culpa da empregadora ao ser omissa na adoção de medidas preventivas e eficazes para eliminar os riscos ocupacionais do trabalho, são devidas as indenizações por danos materiais e morais decorrentes da doença ocupacional de que foi acometido o empregado.DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer do recurso, rejeitar a preliminar suscitada e, no mérito, negar-lhe provimento, determinando que, após o trân-sito em julgado da decisão, seja remetido ofício ao Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS com cópia do presente acórdão (art. 91, caput e § 2º, do Provimento Geral Consolidado deste Regional), bem como seja encaminhada cópia deste julgado à Procuradoria-Geral Federal, por intermédio do endereço de e-mail institucional [email protected], conforme Recomendação Conjunta GP.CGJT nº 2/2011, de 28.10.2011, tudo nos termos do voto do Relator. Divergiu de fundamentação o Juiz Paulo Canagé de Freitas Andrade. Sustentou oralmente, pela Reclamada, o Dr. Rinaldo José Muniz.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho a Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI. (Sessão de Julgamento do dia 7 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0001108-83.2011.5.18.0121RELATOR(A): DESEMBARGADOR ELVECIO MOURA DOS SANTOSRecorrente: METALÚRGICA SL LTDA.ADVOGADO: RINALDO JOSÉ MUNIZ E OUTRO(S)

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Recorrido: CÁSSIO MARTINS FEITOZAADVOGADO: AMELINA MORAES DO PRADO E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE ITUMBIARAJUIZ(A): ROSANE GOMES DE MENEZES LEITEDisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.08/09.

DOMINGOS TRABALHADOS. PAGAMENTO EM DOBRO.Restou demonstrado nos autos, mormente pela confissão do preposto e dos depoimentos prestados pelas testemunhas, que o reclamante laborou durante os domingos da contratualidade, sem a devida folga compensatória, os quais deverão ser pagos em dobro, na forma deferi-da na sentença. Recurso improvido.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da terceira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordi-nária, por unanimidade, conhecer parcialmente do recurso e negar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator. Sustentou oralmente, pela Reclamada, o Dr. André Luiz Ignácio de Almeida.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho a Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI. Goiânia, 07 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0000832-59.2011.5.18.0054RELATOR(A): DESEMBARGADOR GERALDO RODRIGUES DO NASCI-MENTORecorrente: PLUMATEX COLCHÕES INDUSTRIAL LTDA.ADVOGADO: ANDRÉ LUIZ IGNÁCIO DE ALMEIDA E OUTRO(S)Recorrido: JALES NAVES DOS SANTOSADVOGADO: DANIELE ASSIS RODRIGUESORIGEM: 4ª VT DE ANÁPOLISJUIZ(A): LUIZ EDUARDO DA SILVA PARAGUASSUDisponibilização: DEJT Nº 937/2012, de 13.03.2012, pág.78.

DONO DA OBRA – RESPONSABILIDADE.Conquanto a Orientação Jurisprudencial nº 191 da SBDI-1 do C. TST seja no sentido de afastar a responsabilidade do dono da obra para a hipótese de contratação mediante empreitada, tal entendimento só prevalece quando verificada a idoneidade por parte do empreiteiro con-tratado. Constatada a culpa in eligendo do dono da obra, que contrata para a execução dos serviços empresa inidônea, deve ele responder subsidiariamente pelo pagamento dos direitos trabalhistas a que faz jus o reclamante.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da segunda Turma do

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Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordi-nária, por unanimidade, conhecer do recurso e, por maioria, vencido o Desembargador DANIEL VIANA JÚNIOR, dar-lhe provimento, nos termos do voto do relator.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRE-NO MEDEIROS e DANIEL VIANA JÚNIOR. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. (Sessão de julgamento do dia 7 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0001764-88.2011.5.18.0008RELATOR(A): DESEMBARGADOR PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHORecorrente: RONILDO CORDEIRO CARDOSOADVOGADO: LERY OLIVEIRA REISRecorrido: ADOLF INDERMAURADVOGADO: LUCIMEIRE DE FREITAS E OUTRO(S)Recorrido: FREITAS E CRUZ LTDA. - MEORIGEM: 8ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): ARMANDO BENEDITO BIANKIDisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.31/32.

DUPLO ARQUIVAMENTO. PEDIDOS DISTINTOS. PEREMPÇÃO. INEXISTÊNCIA.A perempção no processo trabalhista está prevista no art. 732, c/c art. 731 da CLT, e decorre da desídia do reclamante que, por duas vezes seguidas, dá causa ao arquivamento da ação por falta de compareci-mento à audiência inaugural (art. 844 da CLT). Incontroverso que as duas ações anteriormente ajuizadas à presente reclamatória tratavam de pedidos distintos, inexiste perempção, porquanto necessária a iden-tidade de matérias.ACORDAM os Desembargadores da 3ª Turma do Egrégio Tribunal Re-gional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimida-de, conhecer do recurso e dar-lhe provimento, nos termos do voto da Relatora.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Fe-derais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente), ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRA e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO. Representando o d. Ministério Público do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 13 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0001747-41.2011.5.18.0141RELATOR(A): DESEMBARGADORA ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRARecorrente: ANTONIO ARCANJO DONIZETE DOS SANTOSADVOGADO: FILOMENO FRANCISCO DOS SANTOSRecorrido: CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO CAMARGO CORRÊA S.A.

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ADVOGADO: CARLOS ROBERTO DE SIQUEIRA CASTRO E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE CATALÃOJUIZ(A): ELIAS SOARES DE OLIVEIRADisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.37.

EMPRESA PÚBLICA. REGRAS PROCESSUAIS DE EXECUÇÃO CON-TRA A FAZENDA PÚBLICA. INAPLICABILIDADE.Como empresa pública federal, a CONAB está submetida ao regime ju-rídico próprio das empresas privadas, nos termos do art. 173, § 1º, II, da CF, não lhe sendo aplicáveis as regras atinentes à execução contra a Fazenda Pública. Agravo de petição a que se nega provimento.ACÓRDÃO: Vistos e relatados estes autos de Agravo de Petição, em que são partes as acima indicadas.Decidiu a Segunda Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, hoje realizada, por unanimidade, conhecer do agravo de petição e negar-lhe provimento, nos termos do voto do relator.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRE-NO MEDEIROS e PAULO PIMENTA. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. (Ses-são de Julgamento do dia 07 de março de 2012).Processo TRT - AP - 0000896-41.2010.5.18.0010RELATOR(A): DESEMBARGADOR PAULO PIMENTAAgravante: COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO - CONABADVOGADO: APOENA ALMEIDA MACHADO E OUTRO(S)Agravado: LEONÍDIO JOSÉ DOS SANTOSADVOGADO: MARCELO GOMES FERREIRA E OUTRO(S)ORIGEM: 10ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): RODRIGO DIAS DA FONSECADisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.15/16.

EMPRESA EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL. ALIENAÇÃO. SUCESSÃO. RESPONSABILIDADE.Definiu o STF, na ADI nº 3.034-2, que a teor dos arts. 60, parágrafo único, e 141, II, da Lei nº 11.101/2005, a alienação de empresa em recuperação judicial não importa em sucessão trabalhista. De con-seguinte, não há responsabilidade do adquirente nas obrigações da empresa em processo de recuperação judicial.DECISÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos, DECIDIU a Pri-meira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, por unanimidade, conhecer dos recursos e, no mérito, NEGAR PROVI-MENTO AO DO RECLAMANTE e DAR PARCIAL PROVIMENTO AO DA 1ª LITISCONSORTE (LOS GROBO), nos termos do voto do Relator.

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Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembarga-dores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUER-QUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e o juiz convocado EUGÊ-NIO JOSÉ CESÁRIO ROSA (RA nº 96/2011). Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Presente na tribuna, para sustentar oralmente pelo 2º recorrente, o Dr. RAFAEL LARA MARTINS. Goiânia,07 de março de 2012 (data do julgamento).Processo TRT - RO - 0000647-90.2011.5.18.0128RELATOR(A): JUIZ EUGÊNIO JOSÉ CESÁRIO ROSARecorrente: AFFONSO MAGRO JÚNIORADVOGADO: SÍLVIO ARANTES DE OLIVEIRA E OUTRO(S)Recorrente: LOS GROBO BRASIL CENTRAL NEGÓCIOS DE ORGANIZA-ÇÃO AGRÍCOLA S.A. (ADESIVO)ADVOGADO: RAFAEL LARA MARTINS E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOSRecorrido: SEMENTES SELECTA S.A. (EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL)ADVOGADO: LEONARDO ISSY E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE GOIATUBAJUIZ(A): VIRGILINA SEVERINO DOS SANTOSDisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.51/52.

ENQUADRAMENTO SINDICAL DOS EMPREGADOS DAS USINAS DE AÇÚCAR E ÁLCOOL. CRITÉRIO. ATIVIDADE DESENVOLVIDA PELO OBREIRO.“ENQUADRAMENTO SINDICAL DOS EMPREGADOS DAS USINAS DE AÇÚCAR E ÁLCOOL. CRITÉRIO. ATIVIDADE DESENVOLVIDA PELO OBREIRO. Para o correto enquadramento sindical dos empregados das usinas de açúcar e álcool é preciso apurar a natureza da ativida-de desenvolvida pelo empregado. Assim, se ele desenvolve atividade tipicamente rural, será considerado rurícola, não se aplicando a ele as normas coletivas celebradas com o sindicato dos industriários”. (Súmu-la nº 21 do TRT da 18ª Região).DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe parcial provimento, nos termos do voto do Relator.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Fe-derais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente), ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRA e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho a Excelen-tíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI. (Sessão de Julgamento do dia 7 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0000587-25.2011.5.18.0191

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RELATOR(A): DESEMBARGADOR ELVECIO MOURA DOS SANTOSRecorrente: BRENCO - COMPANHIA BRASILEIRA DE ENERGIA RENOVÁ-VELADVOGADO: DENISE CABRAL GARCIA NOGUEIRA E OUTRO(S)Recorrido: CLÁUDIO ANTÔNIO DA SILVAADVOGADO: SORMANI IRINEU RIBEIRO E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE MINEIROSJUIZ(A): ALCIANE MARGARIDA DE CARVALHODisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.08.

ENQUADRAMENTO SINDICAL. AERONAUTA.“ENQUADRAMENTO SINDICAL. AERONAUTA. É aeronauta o técnico em enfermagem que presta serviços exclusivamente dentro de aero-nave ambulância, no acompanhamento de pacientes enfermos, ainda que não possua registro específico junto ao Departamento de Aviação Civil. A ausência do requisito formal de habilitação, exigida pelo art. 2º da Lei 7.183/1984, não é óbice ao correto enquadramento sindical se as normas da categoria específica se revelam mais adequadas e vantajosas à realidade vivida pelo trabalhador.” (TRT 5ª da Região, RO – 0137300-36.2008.5.05.0009, Desembargador Relator Alcino Felizola, julgado em 11/05/2010).ACORDAM os Desembargadores da 3ª Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimi-dade, conhecer do recurso e negar-lhe provimento, nos termos do voto da Relatora.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Fe-derais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente), ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRA e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO. Representando o d. Ministério Público do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 13 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0002147-09.2010.5.18.0006RELATOR(A): DESEMBARGADORA ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRARecorrente: CENTRO CÁRDIO SERVIÇOS MÉDICOS S/C LTDA.ADVOGADO: ELIANE OLIVEIRA DE PLATON AZEVEDO E OUTRO(S)Recorrido: ANDRÉ LUIZ DA SERRAADVOGADO: MARIA CAROLINA FONSECA ANDRADE E OUTRO(S)ORIGEM: 6ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): ROSA NAIR DA SILVA NOGUEIRA REISDisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.39.

ENTIDADE DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO. OBSERVÂNCIA DAS REGRAS VIGEN-TES À ÉPOCA DA CONTRATAÇÃO E SUBSEQUENTES ALTERAÇÕES

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MAIS FAVORÁVEIS AO EMPREGADO.Conforme entendimento consubstanciado na Súmula nº 288 do Colen-do TST, em se tratando de complementação de aposentadoria, serão aplicadas as normas vigentes na data da admissão do empregado, com as alterações posteriores, desde que mais favoráveis. As Leis Comple-mentares nº 108/01 e 109/01 só têm efeito imediato em relação aos planos de previdência complementar contratados ou alterados após a edição dos referidos diplomas legais, cujas alterações somente alcan-çam os empregados contratados posteriormente, salvo se mais bené-ficas ao trabalhador, sob pena de se admitir a retroatividade da lei em prejuízo do trabalhador e ferir o princípio basilar de segurança jurídica.DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer dos recursos do Reclamado e adesivo do Reclamante e negar-lhes provimento, tudo nos termos do voto do Re-lator.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. (Sessão de Julgamento do dia 13 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0001281-89.2010.5.18.0009RELATOR(A): DESEMBARGADOR ELVECIO MOURA DOS SANTOSRecorrente: INSTITUTO DE SEGURIDADE SOCIAL DOS CORREIOS E TELÉGRAFOS POSTALISADVOGADO: VALDETE MORAIS DE SOUSA E OUTRO(S)Recorrente: MAURÍCIO NASCIMENTO (ADESIVO)ADVOGADO: JOÃO WESLEY VIANA FRANÇARecorrido: OS MESMOSORIGEM: 9ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): BLANCA CAROLINA MARTINS BARROSDisponibilização: DEJT Nº 938/2012, de 14.03.2012, pág.35.

ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. CONTRIBUI-ÇÃO PREVIDENCIÁRIA. ISENÇÃO.Nos termos do art. 195, § 7º, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, são isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigên-cias estabelecidas em lei. A Lei 12.101/2009 fixa os requisitos para en-quadramento na isenção supra. Ficando comprovado que a reclamada é detentora de Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social, nos termos da referida lei, é imperioso conceder a postulada isenção

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das contribuições previdenciárias. Recurso provido no particular.ACORDAM os Desembargadores da 3ª Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimi-dade, conhecer do recurso e dar-lhe parcial provimento, nos termos do voto da Relatora.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Fe-derais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente), ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRA e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO. Representando o d. Ministério Público do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 13 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0001559-53.2011.5.18.0010RELATOR(A): DESEMBARGADORA ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRARecorrente: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE GOIÂNIAADVOGADO: LEIZER PEREIRA SILVA E OUTRO(S)Recorrido: EMÍLIA CÂNDIDA DA SILVAADVOGADO: SALET ROSSANA ZANCHETA E OUTRO(S)ORIGEM: 10ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): RODRIGO DIAS DA FONSECADisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.36.

EQUIPARAÇÃO SALARIAL. REQUISITOS.Demonstrada a existência dos elementos configuradores da equipa-ração salarial, e não se desincumbindo a reclamada de seu encargo probatório quanto aos fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito alegado, são devidas as diferenças salariais e reflexos pleitea-dos.ACÓRDÃO: Vistos e relatados estes autos de Recurso Ordinário, em que são partes as acima indicadas.Decidiu a Segunda Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, hoje realizada, por unanimidade, co-nhecer de ambos os recursos, dar provimento parcial ao da reclamada e negar provimento ao do reclamante, nos termos do voto do relator.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRE-NO MEDEIROS e PAULO PIMENTA. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. (Ses-são de Julgamento do dia 07 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0001088-42.2010.5.18.0052RELATOR(A): DESEMBARGADOR PAULO PIMENTARecorrente: COMPANHIA DE BEBIDAS DAS AMÉRICAS - AMBEVADVOGADO: RODRIGO VIEIRA ROCHA BASTOS E OUTRO(S)Recorrente: ELIAS LOPESADVOGADO: WELLINGTON ALVES RIBEIRO E OUTRO(S)

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Recorrido: OS MESMOSORIGEM: 2ª VT DE ANÁPOLISJUIZ(A): QUÉSSIO CÉSAR RABELODisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.17/18.

ESTABILIDADE PROVISÓRIA DA GESTANTE. RECUSA À OFERTA DE RETORNO AO TRABALHO. RENÚNCIA À GARANTIA DO EM-PREGO.O fim colimado pela norma do artigo 10, II, alínea “b”, do ADCT, da CF/88 é a proteção ao nascituro, mediante a garantia do emprego da gestante, ficando autorizada a indenização pecuniária substitutiva apenas quando verificada a impossibilidade de reintegração, o que não restou provado. Assim, a recusa da reclamante em retornar ao empre-go sem justificativa plausível, configurou inequívoca renúncia ao direito à estabilidade ou à indenização substitutiva, impondo-se a manutenção da sentença que rejeitou os pleitos em questão.DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer do recurso e negar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator. Sustentou oralmente, pela Reclamante, o Dr. André Buchner Barbieux da Rosa Sampaio.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. (Sessão de Julgamento do dia 13 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0001440-16.2011.5.18.0003RELATOR(A): DESEMBARGADOR ELVECIO MOURA DOS SANTOSRecorrente: EDINEIDE BARBOSA DE MIRANDAADVOGADO: ANDRÉ BUCHNER BARBIEUX DA ROSA SAMPAIORecorrido: JUNTA-PLASS INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. E OUTRO(S)ADVOGADO: ÁLVARO VIEIRA DOS SANTOS JÚNIORORIGEM: 3ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): MÂNIA NASCIMENTO BORGES DE PINADisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.44.

ESTABILIDADE PRÉ-APOSENTADORIA. NULIDADE DA DISPENSA ÀS VÉSPERAS DA RESPECTIVA AQUISIÇÃO. REINTEGRAÇÃO AO EMPREGO.Revela-se presumivelmente arbitrário, e não dentro do limite potestati-vo patronal, o ato demissional imotivado a pouco tempo do implemento da condição do direito à estabilidade prevista em norma coletiva, mor-

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mente quando não evidenciada nenhuma conduta repreensível pratica-da pelo empregado nos duradouros anos de prestação de serviço (27 anos, 6 meses e 23 dias). Interpretação analógica do pensamento (não cancelado) proferido pela Conclui-se pela intenção maliciosa e frau-datória do empregador. Declarada a nulidade da dispensa, com efeito reintegratório do obreiro. Recurso conhecido e provido. Alta Corte Tra-balhista, via Súmula nº 26.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe provimento, nos ter-mos do voto do Relator. Sustentou oralmente, pelo Reclamado, a Dra. Eliane Oliveira de Platon Azevedo.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho a Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI. Goiânia, 07 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0001825-43.2011.5.18.0009RELATOR(A): DESEMBARGADOR GERALDO RODRIGUES DO NASCI-MENTORecorrente: ADUILDO PURCENA DA SILVAADVOGADO: JOÃO HERONDINO PEREIRA DOS SANTOS E OUTRO(S)Recorrido: ITAÚ UNIBANCO S.A.ADVOGADO: ELIANE OLIVEIRA DE PLATON AZEVEDO E OUTRO(S)ORIGEM: 9ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): CLEUZA GONÇALVES LOPESDisponibilização: DEJT Nº 937/2012, de 13.03.2012, pág.83.

ESTABILIDADE PROVISÓRIA. INEXISTÊNCIA. AUSÊNCIA DE PROVA DO ACIDENTE DE TRABALHO NOTICIADO NA INICIAL.A teor do disposto no art. 118 da Lei nº 8.213/91, é garantido o direito à estabilidade provisória ao empregado que for vítima de acidente de trabalho, por um período mínimo de doze meses após a cessação do auxílio-doença acidentário. No presente caso, o Autor não se desincum-biu o ônus de provar a ocorrência do acidente de trabalho alegado na inicial, não havendo que se falar em estabilidade provisória.DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe parcial provimento, nos termos do voto do Relator.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-

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vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. (Sessão de Julgamento do dia 13 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0001595-20.2010.5.18.0111RELATOR(A): DESEMBARGADOR ELVECIO MOURA DOS SANTOSRecorrente: DANIEL RODRIGUESADVOGADO: WELITON CÂNDIDO DE LIMA E OUTRO(S)Recorrente: REDE ELETROSOM LTDA. (ADESIVO)ADVOGADO: LUCIANO CÂNDIDO BOZI E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOSORIGEM: 1ª VT DE JATAÍJUIZ(A): EDUARDO DO NASCIMENTODisponibilização: DEJT Nº 938/2012, de 14.03.2012, pág.36.

ESTABILIDADE PROVISÓRIA. MEMBRO DA CIPA. INDENIZAÇÃO PELO PERÍODO ESTABILITÁRIO.Prevalecendo o entendimento de que os sucessivos contratos de safra foram fraudulentos e de que as partes mantiveram contrato único por prazo indeterminado, a eleição do reclamante como membro da CIPA garantiu-lhe estabilidade, que deveria ter sido observada até um ano após a data prevista para o fim do mandato. Tendo a reclamada dis-pensado o autor antes do fim do período estabilitário e tendo decorrido o prazo para a reintegração até a data da prolação da decisão, correta é a determinação do pagamento de indenização substitutiva.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da segunda Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordi-nária, por unanimidade, conhecer em parte do recurso e dar-lhe provi-mento parcial, nos termos do voto do relator.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRE-NO MEDEIROS e DANIEL VIANA JÚNIOR. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. (Sessão de julgamento do dia 7 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0001018-56.2010.5.18.0171RELATOR(A): DESEMBARGADOR PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHORecorrente: AGRO-RUB AGROPECUÁRIA LTDA.ADVOGADO: RONALDO PIRES PEREIRA DE ANDRADE E OUTRO(S)Recorrido: ANTÔNIO MANOEL DO AMARALADVOGADO: MARILDA FERREIRA MACHADO LEALORIGEM: 1ª VT DE CERESJUIZ(A): ENEIDA MARTINS PEREIRA DE SOUZADisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.29.

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EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE. RECOR-RIBILIDADE IMEDIATA.“EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE. RECORRIBI-LIDADE IMEDIATA. I. Na exceção de pré-executividade é admissível apenas a arguição de matérias de ordem pública ou nulidades abso-lutas, desde que haja prova pré-constituída. II. A decisão que acolhe ou rejeita a exceção de pré-executividade tem natureza terminativa em relação ao incidente processual e comporta o manejo de agravo de petição, dispensada a garantia do juízo, ficando vedada a rediscussão da matéria em sede de embargos à execução.” (Súmula 15 do TRT da 18ª Região).ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer do agravo de petição e dar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho a Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI. (Sessão de julgamento do dia 07 de março de 2012)Processo TRT - AP - 0061400-96.2008.5.18.0102RELATOR(A): JUIZ PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADEAgravante: TORNEADORA PAIS E FILHOS LTDA. - MEADVOGADO: SIMONE OLIVEIRA GOMES E OUTRO(S)Agravado: CLÉBER PEREIRA BESSAADVOGADO: REYKA CATRINNE COSTA BARBOSA FIGUEIREDO E OUTRO(S)ORIGEM: 2ª VT DE RIO VERDEJUIZ(A): ARI PEDRO LORENZETTIDisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.39.

EXCESSO DE EXECUÇÃO. JULGAMENTO ULTRA PETITA.Não estando fixados os limites da parcela deferida no título judicial, porém, tendo sido delimitado o seu valor na petição inicial, a liquida-ção do julgado deverá observar os limites nesta traçados, ensejando o julgamento ultra petita a decisão proferida em execução que mantém a apuração em valor superior.DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da 2ª Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em Sessão Ordinária, por unanimidade, conhecer do agravo de petição e dar-lhe provimento parcial, nos termos do voto do relator.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-

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bargadores BRENO MEDEIROS (Presidente), PAULO PIMENTA e DA-NIEL VIANA JÚNIOR. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. Impedido de partici-par do julgamento o Excelentíssimo Desembargador PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (art. 134, IV, CPC). Goiânia, 7 de março de 2012 (data do julgamento).Processo TRT - AP - 0214700-38.2009.5.18.0007RELATOR(A): DESEMBARGADOR DANIEL VIANA JÚNIORAgravante: BANCO BGN S.A.ADVOGADO: CIRO DE OLIVEIRA VELOSO MAFRA E OUTRO(S)Agravado: SUZILEIDE HIPÓLITO SEMIEMAADVOGADO: WELINGTON LUÍS PEIXOTO E OUTRO(S)ORIGEM: 7ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): ANTÔNIA HELENA GOMES BORGES TAVEIRADisponibilização: DEJT Nº 936/2012, de 12.03.2012, pág.52/53.

EXECUÇÃO FISCAL. DESCONSITUIÇÃO DO TÍTULO EXECUTIVO.A situação flagrada pela fiscalização envolve o transporte de trabalha-dores, que não são beneficiados pelo vale-transporte, sendo inaplicá-veis à executada o art. 4°, do Decreto n° 95.247/87 e a penalidade prevista na Lei n° 7.855/89. Agravo de petição da União a que se nega provimento.DECISÃO: DECIDIU a Primeira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, por unanimidade,conhecer do recurso e, no mérito, NEGAR-LHE PROVIMENTO, nos termos do voto do Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembarga-dores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUER-QUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e o juiz convocado EUGÊ-NIO JOSÉ CESÁRIO ROSA (RA nº 96/2011). Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 07 de março de 2012(data do julgamento).Processo TRT - AP - 0002695-40.2010.5.18.0101RELATOR(A): JUIZ EUGÊNIO JOSÉ CESÁRIO ROSAAgravante: UNIÃOADVOGADO: PROCURADORIA DA FAZENDA NACIONAL EM GOIÁSAgravado: SUSANA RIBEIRO DE MENDONÇA E OUTRO(S)ADVOGADO: HÉLIO RUBENS PEREIRA NAVARRO E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE RIO VERDEJUIZ(A): ELIAS SOARES DE OLIVEIRADisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.64.

EXECUÇÃO. RECURSOS PÚBLICOS NÃO AFETADOS A UMA DES-TINAÇÃO SOCIAL ESPECÍFICA E COMPULSÓRIA. IMPENHORABI-LIDADE AFASTADA.

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A impenhorabilidade prevista no art. 649, IX, do CPC não abrange todo e qualquer montante recebido da Fazenda Pública por particulares, mas apenas aqueles afetados pelo ente público a uma destinação compulsó-ria em educação, saúde e assistência social, hipótese em que o inte-resse particular do credor não pode se sobrepor ao interesse público. Todavia, este não é o caso dos autos, em que os valores recebidos in-corporam-se ao patrimônio da executada, que pode dispor deles como bem lhe aprouver, não estando obrigada a reverter tais verbas em prol do interesse público. Agravo de petição a que se nega provimento.DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer do agravo de instrumento da Reclamada e dar-lhe provimento; passando ao julgamento do agravo de petição destrancado, decidiu dele conhecer e, no mérito, negar-lhe provimento, tudo nos termos do voto do Relator.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. (Sessão de Julgamento do dia 13 de março de 2012).Processo TRT - AIAP - 0015801-54.2008.5.18.0161RELATOR(A): DESEMBARGADOR ELVECIO MOURA DOS SANTOSAgravante: SOCIEDADE DE ENSINO DE CALDAS NOVAS LTDA.ADVOGADO: NILCE RODRIGUES BARBOSAAgravado: GETÚLIO ALVES DE FREITASADVOGADO: GETÚLIO ALVES DE FREITAS E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE CALDAS NOVASJUIZ(A): CARLOS ALBERTO BEGALLESDisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.45.

FORNECIMENTO DE TRANSPORTE GRATUITO PELA EMPRESA A SEUS EMPREGADOS. COMODIDADE X ESSENCIALIDADE.Embora a disponibilização de transporte gratuito pelo empregador seja um ato louvável, porque, sem dúvida nenhuma, garante maior comodi-dade aos trabalhadores, essa ilação ganha outros contornos quando o local de trabalho passa a ser considerado de difícil acesso ou não ser-vido por transporte público regular, pois em tais situações o transporte deixa de ser conforto ao trabalhador para ser essencial às necessidades do próprio empregador, que carece do meio de locomoção para atrair força de trabalho. Recurso conhecido e provido.Certifico e dou fé que a Terceira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária hoje realizada, com a

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presença dos Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e do Excelentíssimo Juiz convocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE, bem como da Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI, representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho, decidiu, por unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator. Certidão publicada em substituição ao acórdão (art. 895, §1º, IV, da CLT).Processo TRT - RO - 0002504-58.2011.5.18.0101RELATOR(A): DESEMBARGADOR GERALDO RODRIGUES DO NASCI-MENTORecorrente: GUSTAVO ALVES PACHECOADVOGADO: TERESA APARECIDA VIEIRA BARROS E OUTRO(S)Recorrido: CONSÓRCIO QUEIROZ GALVÃO - VIAADVOGADO: CRISTIANO ABRAS SILVA E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE RIO VERDEJUIZ(A): ANA DEUSDEDITH PEREIRADisponibilização: DEJT Nº 936/2012, de 12.03.2012, pág.95.

FRAUDE À EXECUÇÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO.Restando comprovado nos autos que a alienação do bem deu-se an-tes mesmo da data em que foi realizada a penhora e não tendo sido demonstrada a má-fé na sua aquisição, não há falar-se em fraude à execução.DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Segunda Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade,conhecer do agravo de petição e negar-lhe provimen-to, nos termos do voto do relator. Presente na tribuna para sustentar oralmente pelos recorridos o Dr. Sérgio Martins Nunes.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRE-NO MEDEIROS e DANIEL VIANA JÚNIOR. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. Goiânia, 7 de março de 2012 (data do julgamento).Processo TRT - AP - 0001780-17.2011.5.18.0081RELATOR(A): DESEMBARGADOR DANIEL VIANA JÚNIORAgravante: DORVALINO DIAS DOS SANTOSADVOGADO: PAULO HENRIQUE SILVA PINHEIROAgravado: RAIMUNDO RAIRTON PAULO DE ASSUNÇÃO E OUTRO(S)ADVOGADO: SÉRGIO MARTINS NUNES E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE APARECIDA DE GOIÂNIAJUIZ(A): SARA LÚCIA DAVI SOUSADisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.03.

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GORJETAS “POR FORA”. GARÇOM. ENCARGO PROBATÓRIO.Por ser fato constitutivo do direito perseguido pelo reclamante, a ele incumbe a prova da prática de pagamento de gorjetas “por fora”, bem assim, do valor médio indicado na peça de ingresso (art.818, CLT c/c art. 333, I, do CPC). Não se desincumbindo deste encargo a contento, não faz jus às diferenças reflexas postuladas. Recurso da reclamada a que se dá provimento.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da segunda Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão or-dinária, por unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe provimento parcial, nos termos do voto do relator.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRE-NO MEDEIROS e DANIEL VIANA JÚNIOR. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. (Sessão de julgamento do dia 7 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0001497-16.2011.5.18.0009RELATOR(A): DESEMBARGADOR PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHORecorrente: BOIZINHO BAR LTDA. - MEADVOGADO: FLÁVIO AUGUSTO DE SANTA CRUZ POTENCIANO E OUTRO(S)Recorrido: FRANCISCO JOSÉ DE ARAÚJO CUNHAADVOGADO: ALCIMÍNIO SIMÕES CORRÊA JÚNIOR E OUTRO(S)ORIGEM: 9ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): CLEUZA GONÇALVES LOPESDisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.31.

GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADES GERENCIAIS (GAD). AGETOP E CRISA.“GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADES GERENCIAIS (GAD). AGETOP E CRI-SA. I. É incontroversa a sucessão de empregadores, nos moldes do art. 10 e 468 da CLT, em que a AGETOP é sucessora do CRISA. II. Os direitos alcançados por empregados do CRISA de acordo com o PCS daquele ente continuam resguardados após o seu remanejamento para o quadro de pessoal da AGETOP.III. Atendidos os requisitos formal e temporal, quais sejam, investidura em função de chefia arrolada na norma interna por um ano comple-to, faz jus o trabalhador ao recebimento da GAD prevista no PCS do CRISA” (PROCESSO - RO-0000013-24.2010.5.18.0001. RELATOR: DES. MÁRIO SÉRGIO BOTTAZZO).ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer parcialmente do recurso e negar-lhe provi-mento, nos termos do voto do Relator.

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Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Fe-derais do Trabalho ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRA (Presidente) e GERAL-DO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz convocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MAR-COS DA CUNHA ABREU. Julgamento, 13 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0002347-22.2010.5.18.0004RELATOR(A): JUIZ PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADERecorrente: AGÊNCIA GOIANA DE TRANSPORTES E OBRAS - AGETOPADVOGADO: FANNY FERREIRA DA SILVA E OUTRO(S)Recorrido: JOSÉ CARLOS BOTELHO ULHÔAADVOGADO: NELIANA FRAGA DE SOUSA E OUTRO(S)ORIGEM: 4ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): ALDIVINO A. DA SILVADisponibilização: DEJT Nº 938/2012, de 14.03.2012, pág.40.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.Posto que não atendidos os requisitos especificados na Lei nº 5.584/70 - art. 14 - nos termos da jurisprudência remansada pela Súmula nº 219, do C. TST, não procede o pedido de pagamento de honorários advocatícios.Certifico E DOU FÉ que, julgando o presente processo de rito sumaríssi-mo, a Primeira Turma do egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária hoje realizada, decidiu, por unanimidade, conhecer dos recursos e, no mérito, NEGAR-LHES PROVIMENTO, nos termos do voto do Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembarga-dores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUER-QUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e o juiz convocado EUGÊ-NIO JOSÉ CESÁRIO ROSA (RA nº 96/2011). Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 07 de março de 2012. Celso Alves de Moura. Coordenador da Primeira Turma Julgadora.Processo TRT - RO - 0001558-65.2011.5.18.0011RELATOR(A): JUIZ EUGÊNIO JOSÉ CESÁRIO ROSARecorrente: TCI - TOCANTINS CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA.ADVOGADO: FELIPE MELAZZO DE CARVALHO E OUTRO(S)Recorrente: CLEIDISSON DE SOUSA SILVA (ADESIVO)ADVOGADO: PAULO SÉRGIO FERREIRARecorrido: OS MESMOSORIGEM: 11ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): ROSANA RABELLO PADOVANIDisponibilização: DEJT Nº 936/2012, de 12.03.2012, pág.76/77.

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HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. LIDE DECORRENTE DE RELAÇÃO DE EMPREGO. APLICAÇÃO DA SÚMULA 219 DO TST.Consoante art. 5º da Instrução Normativa nº 27/2005, do Colendo TST, sendo a lide decorrente da relação de emprego, os honorários advocatícios não são devidos pela mera sucumbência, pois somente são devidos se o empregado estiver assistido pelo sindicato da sua categoria profissional e comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do mínimo legal ou encontra-se em situação econômica que não lhe permite demandar sem prejuízo do seu próprio sustento ou de sua família, nos termos do artigo 14 da Lei nº 5.584/70 e das Súmulas nº 219 e 329 do Colendo TST. Considerando que o Reclamante não está assistido pelo sindicato de sua categoria profissional, não faz jus aos honorários advocatícios.DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer dos recursos do Reclamado e da Reclaman-te e dar-lhes parcial provimento, tudo nos termos do voto do Relator.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. (Sessão de Julgamento do dia 13 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0001589-66.2011.5.18.0082RELATOR(A): DESEMBARGADOR ELVECIO MOURA DOS SANTOSRecorrente: AUTO POSTO BESSA LTDA.ADVOGADO: HÉLIO FRANÇA DE ALMEIDA E OUTRO(S)Recorrente: LUCILENE CONCEIÇÃO COSMOADVOGADO: VANESSA KRISTINA GOMES E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOSORIGEM: 2ª VT DE APARECIDA DE GOIÂNIAJUIZ(A): ATAÍDE VICENTE DA SILVA FILHODisponibilização: DEJT Nº 938/2012, de 14.03.2012, pág.35/36.

HORAS EXTRAS. AUSÊNCIA DE CARTÕES DE PONTO DE DETER-MINADO PERÍODO. SUPOSTAS FALTAS AO TRABALHO. ÔNUS DA PROVA DA RECLAMADA.Não tendo a reclamada trazido aos autos os cartões de ponto refe-rentes aos meses de julho, agosto e dezembro do ano de 2010 e não havendo nos autos qualquer indício de que o reclamante não tenha trabalhado nos referidos meses, correto o deferimento de horas extra-ordinárias no referido período.

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ACORDAM os Desembargadores da terceira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimi-dade, conhecer parcialmente do recurso e dar-lhe parcial provimento, nos termos do voto da Relatora.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Fe-derais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente), ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRA e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO. Representando o d. Ministério Público do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 13 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0000411-10.2011.5.18.0009RELATOR(A): DESEMBARGADORA ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRARecorrente: ISOTEX - FABRICAÇÃO INDUSTRIAL LTDA.ADVOGADO: LUCIANO DE PAULA CARDOSO QUEIROZ E OUTRO(S)Recorrido: LUISMAR ROBERTO DA COSTAADVOGADO: ANA CÉLIA VILELA GODOI BORGESORIGEM: 9ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): JULIANO BRAGA SANTOSDisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.31.

HORAS IN ITINERE. NÃO APLICAÇÃO DA SÚMULA 340 E OJ 235 DA SDI-I DO TST.Uma vez que o autor não produzia durante o período de percurso, não tendo havido a respectiva contraprestação, afasta-se a aplicação da OJ 235 da SDI-I e Súmula 340 do TST.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da Segunda Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordi-nária, por unanimidade, conhecer de ambos os recursos e negar-lhes provimento, nos termos do voto do relator.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRE-NO MEDEIROS e DANIEL VIANA JÚNIOR. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. Goiânia, 7 de março de 2012. (Data do Julgamento)Processo TRT - RO - 0000378-19.2011.5.18.0171RELATOR(A): DESEMBARGADOR BRENO MEDEIROSRecorrente: JALLES MACHADO S.A.ADVOGADO: EDUARDO DA COSTA SILVA E OUTRO(S)Recorrente: ABDON DE ARAÚJO OLIVEIRA (ADESIVO)ADVOGADO: CHRYSTIANN AZEVEDO NUNESRecorrido: OS MESMOSORIGEM: 1ª VT DE CERESJUIZ(A): MARCELO ALVES GOMESDisponibilização: DEJT Nº 936/2012, de 12.03.2012, pág.52.

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HORAS IN ITINERE. FACILIDADE DO ACESSO. ÔNUS DA PROVA.A facilidade do acesso ao local de serviço, quando fornecida condução pelo empregador, é fato impeditivo ao direito do autor de ver as horas in itinere acrescidas à sua jornada diária, o que faz pender para o lado da empresa, o ônus de prová-la. O fato de constar em acordo coletivo que a sede da empresa está em local de fácil acesso, retirando-se, em razão disso, o direito dos empregados ao seu recebimento, confunde-se com a supressão de horas in itinere por negociação coletiva, o que atrai a aplicação da Súmula 8 deste Egrégio Regional, com invalidação da cláusula respectiva. Assim, se demonstradas nos autos a dificuldade de acesso e a incompatibilidade de horários do transporte coletivo regular com os horários de trabalho, as horas in itinere devem ser deferidas.DECISÃO: DECIDIU a Primeira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, por unanimidade, conhecer do recurso e, no mérito, por maioria, vencida a Desembargadora KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUERQUE, NEGAR-LHE PROVIMENTO, nos termos do voto do Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembarga-dores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUER-QUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e o juiz convocado EUGÊ-NIO JOSÉ CESÁRIO ROSA (RA nº 96/2011). Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 07 de março de 2012 (data do julgamento).Processo TRT - RO - 0001692-13.2011.5.18.0102RELATOR(A): JUIZ EUGÊNIO JOSÉ CESÁRIO ROSARecorrente: BRF - BRASIL FOODS S.A.ADVOGADO: DOUGLAS LOPES LEÃO E OUTRO(S)Recorrido: JANILSON FREITAS DE OLIVEIRAADVOGADO: IRAÍDES FRANCO BORGES FERREIRAORIGEM: 2ª VT DE RIO VERDEJUIZ(A): ARI PEDRO LORENZETTIDisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.58/59.

HORAS EXTRAS. USO DO BIP OU DE TELEFONE CELULAR. NÃO CARACTERIZAÇÃO DO ‘SOBREAVISO’.No diapasão da OJ 49 da SBDI-1 do TST, o empregado que não perma-nece em sua residência aguardando, a qualquer momento, a convoca-ção para o serviço, a despeito do uso do BIP ou de telefone celular, não tem direito ao recebimento das horas extras caracterizadas pelo regime de sobreaviso.ACÓRDÃO: DECIDIU a Primeira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, por unanimidade,conhecer do recurso e, no mérito, NEGAR-LHE PROVIMENTO, nos termos do voto do Relator.

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Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembarga-dores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUER-QUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e o juiz convocado EUGÊ-NIO JOSÉ CESÁRIO ROSA (RA nº 96/2011). Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Presente na tribuna, para sustentar oralmente pelo recorrido, a Drª ELIANE OLIVEIRA DE PLATON AZEVEDO. Goiânia, 07 de março de 2012(data do julgamento).Processo TRT - RO - 0001749-47.2010.5.18.0011RELATOR(A): JUIZ EUGÊNIO JOSÉ CESÁRIO ROSARecorrente: LEILA SOUSA MACEDOADVOGADO: JOÃO JOSÉ VIEIRA DE SOUZA E OUTRO(S)Recorrido: ITAÚ UNIBANCO S.A.ADVOGADO: ELIANE OLIVEIRA DE PLATON AZEVEDO E OUTRO(S)ORIGEM: 11ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): VALÉRIA CRISTINA DE SOUSA SILVADisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.59/60.

HORAS ‘IN ITINERE’. TRABALHO FORA DO PERÍMETRO URBA-NO. ÔNUS DA PROVA.Fornecendo o empregador condução até o local de trabalho, localizado fora do perímetro urbano, portanto, com presunção de local de difícil acesso, é ônus seu a prova do fato impeditivo ao direito à percepção das horas in itinere, isto é, que existe disponibilidade de transporte público regular no trajeto e com horários compatíveis com a jornada de trabalho.CERTIFICO E DOU FÉ que, julgando o presente processo de rito su-maríssimo, a Primeira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Traba-lho da 18ª Região, em sessão ordinária hoje realizada, decidiu, por unanimidade, conhecer do recurso e, no mérito, por maioria, vencido parcialmente o Relator, DAR-LHE PARCIAL PROVIMENTO. Acórdão pelo Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembarga-dores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUER-QUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e o juiz convocado EUGÊ-NIO JOSÉ CESÁRIO ROSA (RA nº 96/2011). Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 07 de março de 2012. Celso Alves de Moura. Coordenador da Primeira Turma Julgadora.Processo TRT - RO - 0001991-81.2011.5.18.0007RELATOR(A): JUIZ EUGÊNIO JOSÉ CESÁRIO ROSARecorrente: CONSÓRCIO ATERPA EBATEADVOGADO: CARLOS ROBERTO DE SIQUEIRA CASTRO E OUTRO(S)Recorrido: FERNANDO RINEY MIGUEL

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ADVOGADO: LEANDRO CORRÊA DA SILVAORIGEM: 7ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): ANTÔNIA HELENA GOMES BORGES TAVEIRADisponibilização: DEJT Nº 937/2012, de 13.03.2012, pág.89/90.

HORAS EXTRAS. CARTÕES DE PONTO COM HORÁRIOS VARIA-DOS. PRESUNÇÃO DE VEROSSIMILITUDE NÃO DERRUÍDA PELO ACERVO PROBATÓRIO. NÃO PREVALÊNCIA DA JORNADA LABO-RAL INDICADA EM VESTIBULAR.Os cartões de ponto carreados aos autos revelam horários de entrada e de saída variados, circunstância que não atrai a incidência do item III da Súmula n° 338 do Colendo Tribunal Superior do Trabalho. O acervo probatório do caderno processual, a seu turno, não corrobora a tese obreira de incorreção dos registros diários. Por outro lado, evidencia genuinidade das horas consignadas nos controles de jornada. Portanto, não derruída a presunção de verossimilitude dos cartões de ponto, es-correita a r. sentença ao não reconhecer a jornada laboral indicada em vestibular. Recurso ordinário conhecido e não provido, no particular.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, não conhecer do recurso da Reclamada, por irregula-ridade de representação processual; conhecer do recurso da Reclaman-te e negar-lhe provimento, tudo nos termos do voto do Relator.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho a Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI. Goiânia, 07 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0001026-97.2011.5.18.0009RELATOR(A): DESEMBARGADOR GERALDO RODRIGUES DO NASCI-MENTORecorrente: SBF COMÉRCIO DE PRODUTOS ESPORTIVOS LTDA.ADVOGADO: SHEILA GOMES FERREIRA E OUTRO(S)Recorrente: ANDRESSA SILVA TEIXEIRAADVOGADO: MARIANA NUNES INÁCIO CARNEIRO E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOSORIGEM: 9ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): JULIANO BRAGA SANTOSDisponibilização: DEJT Nº 937/2012, de 13.03.2012, pág.79/80.

HORAS EXTRAS. CARTÕES DE PONTO NÃO INVALIDADOS.Quando a empregadora junta cartões de ponto e recibos de pagamento de horas extras, compete ao empregado apresentar provas robustas

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para infirmar os horários registrados. Sendo considerados válidos os cartões, compete ao reclamante apontar, pelo menos por amostragem, a existência de horas extras laboradas e não quitadas.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer do recurso e negar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho a Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI. (Sessão de julgamento do dia 07 de março de 2012)Processo TRT - RO - 0000623-97.2011.5.18.0181RELATOR(A): JUIZ PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADERecorrente: JORGE MENDES BORBAADVOGADO: ITAMAR COSTA DA SILVA E OUTRO(S)Recorrido: ANICUNS S.A. ÁLCOOL E DERIVADOSADVOGADO: JANETE CRISTIANE DE QUEIROZORIGEM: 1ª VT DE SÃO LUIS DE MONTES BELOSJUIZ(A): KLEBER MOREIRA DA SILVADisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.34/35.

HORAS À DISPOSIÇÃO. PAGAMENTO. ÔNUS.Constatado que o reclamante dependia do transporte fornecido pela reclamada, sendo obrigado a chegar à empresa bem antes do início de sua jornada contratual, ocasião em que vestia o uniforme e lanchava, ficando aguardando no pátio por um período médio de 45 minutos para iniciar seu labor, tal período deve ser considerado tempo à disposição. Ainda que nesse ínterim o empregado não estivesse aguardando or-dens da empregadora, tal ônus deve ser suportado pela empresa, pois é dela o poder diretivo para fixar os horários de trabalho e de transpor-te dos trabalhadores e é ela quem deve assumir os riscos da atividade econômica, a teor do que dispõe a norma celetista em seu artigo 2º. Dou provimento parcial ao apelo.Certifico e dou fé que a Terceira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária hoje realizada, com a presença dos Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e do Excelentíssimo Juiz convocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE, bem como da Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI, representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho, decidiu, por unanimidade, conhecer de ambos

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os recursos e negar provimento ao do Reclamante; por maioria, dar parcial provimento ao da Reclamada, vencido, em parte, o Relator que dava provimento parcial mais amplo ao apelo patronal e que adaptará o voto nos termos da divergência apresentada pelo Desembargador El-vecio Moura dos Santos. Certidão publicada em substituição ao acórdão (art. 895, §1º, IV, da CLT).Processo TRT - RO - 0000815-92.2011.5.18.0128RELATOR(A): DESEMBARGADOR GERALDO RODRIGUES DO NASCI-MENTORecorrente: VALDIVINO ALVES DE OLIVEIRAADVOGADO: HITLER GODOI DOS SANTOS E OUTRO(S)Recorrente: SADIA S.A.ADVOGADO: OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOSORIGEM: 1ª VT DE GOIATUBAJUIZ(A): RADSON RANGEL FERREIRA DUARTEDisponibilização: DEJT Nº 936/2012, de 12.03.2012, pág.84.

HORAS IN ITINERE. NORMA COLETIVA.Incontroverso o tempo de percurso alegado na exordial (3h30 diários), diante da ausência de impugnação específica acerca do assunto, por ocasião da apresentação da peça de defesa, em nítido desatendimento ao disposto no artigo 302 do Código de Processo Civil. Logo, mostra-se desarrazoada a pactuação, em acordo coletivo de trabalho, de 30 mi-nutos/dia a tal título, o que afasta sua aplicação. Inteligência do inciso II da Súmula nº 08 desta Eg. Corte. Apelo provido.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer parcialmente do recurso e dar-lhe provi-mento, nos termos do voto do Relator.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho a Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI. Goiânia, 07 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0004437-50.2011.5.18.0171RELATOR(A): DESEMBARGADOR GERALDO RODRIGUES DO NASCI-MENTORecorrente: SEBASTIÃO AUGUSTO DE OLIVEIRAADVOGADO: JOHNATAN SILVEIRA FONSECA E OUTRO(S)Recorrido: JALLES MACHADO S.A.ADVOGADO: EDUARDO DA COSTA SILVA E OUTRO(S)Recorrido: CODORA ENERGIA LTDA.

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ADVOGADO: EDUARDO DA COSTA SILVA E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE CERESJUIZ(A): MARCELO ALVES GOMESDisponibilização: DEJT Nº 937/2012, de 13.03.2012, pág.84.

HORAS EXTRAS DEFERIDAS EM AÇÃO TRABALHISTA DIVERSA. PEDIDO DE REFLEXOS NO AVISO PRÉVIO E NA INDENIZAÇÃO DE 40% SOBRE OS DEPÓSITOS FUNDIÁRIOS FORMULADO APE-NAS NA DEMANDA ULTERIOR. ÊXITO DA PRETENSÃO.Bem apreciado o pedido de horas extras formulado em ação trabalhista anterior, mantida incólume a sentença por este Tribunal, logra êxito a postulação dos reflexos da referida parcela trabalhista, com habituali-dade reconhecida, no aviso prévio e na indenização de 40% sobre os depósitos fundiários, pretensão constante tão somente da demanda ulterior. Recurso ordinário conhecido e não provido, no particular.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer do recurso e negar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho a Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI. Goiânia, 07 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0207900-94.2009.5.18.0006RELATOR(A): DESEMBARGADOR GERALDO RODRIGUES DO NASCI-MENTORecorrente: HSBC BANK BRASIL S.A. - BANCO MÚLTIPLOADVOGADO: DANIELA VIEIRA ROCHA BASTOS MARINHO E OUTRO(S)Recorrido: ERNESTINO MOREIRA FILHOADVOGADO: VALDECY DIAS SOARES E OUTRO(S)ORIGEM: 6ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): CAMILA BAIÃO VIGILATODisponibilização: DEJT Nº 937/2012, de 13.03.2012, pág.85.

HORAS EXTRAS. COMPROVAÇÃO DE PARTE DO PERÍODO ALEGA-DO. OJ-SDI1-233 - DJ 20.04.2005.A decisão que defere horas extras com base em prova oral ou docu-mental não ficará limitada ao tempo por ela abrangido, desde que o julgador fique convencido de que o procedimento questionado superou aquele período.Certifico E DOU FÉ que, julgando o presente processo de rito sumaríssi-mo, a Primeira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª

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Região, em sessão ordinária hoje realizada, decidiu, por unanimidade, conhecer do recurso e, no mérito, DAR-LHE PARCIAL PROVIMENTO, nos termos do voto do Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembarga-dores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUER-QUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e o juiz convocado EUGÊ-NIO JOSÉ CESÁRIO ROSA (RA nº 96/2011). Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 07 de março de 2012. Celso Alves de Moura. Coordenador da Primeira Turma Julgadora.Processo TRT - RO - 0001867-89.2011.5.18.0010RELATOR(A): JUIZ EUGÊNIO JOSÉ CESÁRIO ROSARecorrente: JBS S.A.ADVOGADO: ADAHYL RODRIGUES CHAVEIRO E OUTRO(S)Recorrido: RAFAEL ALVES DA SILVAADVOGADO: DIVINA DE LOURDES DIAS MORAIS E OUTRO(S)ORIGEM: 10ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): RODRIGO DIAS DA FONSECADisponibilização: DEJT Nº 936/2012, de 12.03.2012, pág.78.

ILICITUDE DOS DESCONTOS. RESTITUIÇÃO. CABIMENTO.Não tendo a reclamada logrado comprovar a licitude dos descontos re-alizados nos créditos do obreiro, forçoso é convir que foram indevidos.Certifico e dou fé que a Terceira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária hoje realizada, com a presença dos Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente), ELZA CÂNDIDA DA SIL-VEIRA e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO, bem como do Exce-lentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU, representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho, decidiu, por unanimidade, conhecer de ambos os recursos, dar total provimento ao da Reclamada e parcial provimento ao do Reclamante, tudo nos termos do voto da Relatora. Certidão publicada em substituição ao acórdão (art. 895, §1º, IV, da CLT).Processo TRT - RO - 0002852-30.2011.5.18.0181RELATOR(A): DESEMBARGADORA ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRARecorrente: ANICUNS S.A. ÁLCOOL E DERIVADOSADVOGADO: JANETE CRISTIANE DE QUEIROZ E OUTRO(S)Recorrente: OSCAR DA SILVA SOUZAADVOGADO: LUDMILLE GRACIELE MENDANHARecorrido: OS MESMOSORIGEM: 1ª VT DE SÃO LUIS DE MONTES BELOSJUIZ(A): HELVAN DOMINGOS PREGODisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.112/113.

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INCORPORAÇÃO DA GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO. CONDUTA OBSTATIVA.Recebendo o autor gratificação pelo exercício de função de confiança por pouco mais de 9 anos e 2 meses, a supressão do referido paga-mento é obstativa ao implemento da condição temporal para a incorpo-ração (exercício por 10 anos).Certifico e dou fé que a Terceira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária hoje realizada, com a presença dos Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente), ELZA CÂNDIDA DA SIL-VEIRA e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO, bem como do Exce-lentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU, representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho, decidiu, por unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe parcial provimento, nos termos do voto da Relatora. Certidão publicada em substituição ao acórdão (art. 895, §1º, IV, da CLT).Processo TRT - RO - 0002511-04.2011.5.18.0181RELATOR(A): DESEMBARGADORA ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRARecorrente: EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS - ECTADVOGADO: IRLAINE SILVA GUTERRES E OUTRO(S)Recorrido: ELI MATEUS TINOCOADVOGADO: MEIRI NOGUEIRA FERREIRA DE ABREUORIGEM: 1ª VT DE SÃO LUIS DE MONTES BELOSJUIZ(A): KLEBER MOREIRA DA SILVADisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.112.

INDENIZAÇÃO DO ART. 14 DA LEI 5.889/73.Com a promulgação da atual Constituição, os trabalhadores rurais fo-ram equiparados aos empregados urbanos e o regime do FGTS passou a ser obrigatório para todos, exceto para os empregados domésticos, haja vista o disposto no art. 7º, III, da CF/88. Assim, este Relator possui o entendimento no sentido de que a indenização prevista no art. 14 da Lei 5.889/73 não é devida para o safrista contratado após 05.10.1988, data da promulgação da atual Constituição Federal, pois foi substituída pelo recolhimento do FGTS do período trabalhado. Ademais, em diversos outros autos, este Relator já expôs que ambas as parcelas possuem a mesma natureza, qual seja, uma garantia pelo tempo de serviço prestado. Contudo, esta 3ª Turma, em sua maioria, passou a decidir que não há incompatibilidade entre a referida inde-nização e o regime do FGTS. Assim, ressalvando meu entendimento, acompanho o novo posicionamento desta 3ª Turma.Certifico e dou fé que a Terceira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária hoje realizada, com a

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presença dos Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e do Excelentíssimo Juiz convocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE, bem como do Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU, representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho, decidiu, por unanimidade, conhecer do recurso e negar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator. Certidão publica-da em substituição ao acórdão (art. 895, §1º, IV, da CLT).Processo TRT - RO - 0001525-27.2011.5.18.0221RELATOR(A): JUIZ PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADERecorrente: ANICUNS S.A. ÁLCOOL E DERIVADOSADVOGADO: JANETE CRISTIANE DE QUEIROZ E OUTRO(S)Recorrido: GERALDO DE OLIVEIRA SANTANAADVOGADO: ALAN BATISTA GUIMARÃES E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE GOIÁSJUIZ(A): CLÉBER MARTINS SALESDisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.108.

INTERVALO PARA RECUPERAÇÃO TÉRMICA. NEUTRALIZAÇÃO DO AGENTE INSALUBRE FRIO POR EPI’S. DEVIDO.O fornecimento de EPI’s para neutralização do agente frio não exime o empregador da obrigação de, também, conceder os intervalos para recuperação térmica previsto no art. 253 da CLT, porque as normas legais e regulamentares que regem o caso não preveem essa exceção. Ao contrário, impõem providências que se complementam, em busca da preservação da higidez física do trabalhador exposto ao agente insa-lubre, como garantido no art. 7º, XXII e XXIII, da Constituição Federal.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da segunda Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordi-nária, por unanimidade, não conhecer do recurso da reclamada, conhe-cer do recurso do reclamante e dar-lhe provimento parcial, nos termos do voto do relator.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRE-NO MEDEIROS e DANIEL VIANA JÚNIOR. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. (Sessão de julgamento do dia 7 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0001252-71.2011.5.18.0181RELATOR(A): DESEMBARGADOR PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHORecorrente: CLEUDINEY FÉLIX OLIVEIRAADVOGADO: RODRIGO CHAFIC CINTRA ELAOUAR E OUTRO(S)Recorrente: MINERVA S.A. (ADESIVO)ADVOGADO: GUSTAVO GALHARDO E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOS

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ORIGEM: 1ª VT DE SÃO LUIS DE MONTES BELOSJUIZ(A): KLEBER MOREIRA DA SILVADisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.30.

INTERVALO INTRAJORNADA. PERMANÊNCIA OBRIGATÓRIA DOS EMPREGADOS NAS DEPENDÊNCIAS DA EMPRESA. FRIGORÍFICO. PECULIARIDADE.Conquanto a obrigação imposta aos empregados de permanecerem nas dependências da empresa represente inegável restrição à sua liberdade de locomoção, a natureza da atividade social explorada pelo reclamado (indústria de carnes) associada às exigências sanitárias que lhe são peculiares, bem como à prova de que os trabalhadores, efetivamente, usufruíam do tempo destinado ao descanso, em local apropriado dis-ponibilizado para tanto, não havendo - nem eventualmente - prestação real de serviço naquele horário, justificam a excepcional exigência, não afastando, por conseguinte, a regularidade da concessão do intervalo intrajornada. Sentença mantida.ACÓRDÃO: Vistos e relatados estes autos de Recurso Ordinário, em que são partes as acima indicadas.Decidiu a Segunda Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, hoje realizada, por unanimidade, não conhecer do recurso da reclamada, conhecer do recurso do reclamante e negar-lhe provimento, nos termos do voto do relator.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRE-NO MEDEIROS e PAULO PIMENTA. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. (Ses-são de Julgamento do dia 07 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0000686-02.2011.5.18.0221RELATOR(A): DESEMBARGADOR PAULO PIMENTARecorrente: ADEMILSON MOREIRA ALVESADVOGADO: OTÁVIO AUGUSTO CAIADO DE CASTRO ROMA E OUTRO(S)Recorrente: ABATEDOURO SÃO SALVADOR LTDA.ADVOGADO: JEAN CARLO DOS SANTOS E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOSORIGEM: 1ª VT DE GOIÁSJUIZ(A): RONIE CARLOS BENTO DE SOUZADisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.13/14.

JUSTA CAUSA. CONFIGURAÇAO.Tendo o autor confessado que deixou seu posto de trabalho, antes do término da jornada e sem autorização, resta configurada a justa causa que autoriza o empregador a dispensá-lo por ato de indisciplina ou

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insubordinação, na forma do art. 482, h, da CLT.Certifico E DOU FÉ que, julgando o presente processo de rito sumaríssi-mo, a Primeira Turma do egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária hoje realizada, decidiu, por unanimidade, conhecer dos recursos e, no mérito, DAR PARCIAL PROVIMENTO AO DA RECLAMADA E NEGAR PROVIMENTO AO DO RECLAMANTE, nos termos do voto do Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembarga-dores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUER-QUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e o juiz convocado EUGÊ-NIO JOSÉ CESÁRIO ROSA (RA nº 96/2011). Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 07 de março de 2012. Celso Alves de Moura. Coordenador da Primeira Turma Julgadora.Processo TRT - RO - 0001548-51.2011.5.18.0001RELATOR(A): JUIZ EUGÊNIO JOSÉ CESÁRIO ROSARecorrente: ASSOCIAÇÃO ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIO-NAL DOS CIRURGIÕES- DENTISTAS - EAP/GOIÁSADVOGADO: LEONARDO WASCHECK FORTINI E OUTRO(S)Recorrente: ALEXANDRE FARIA MATOS (ADESIVO)ADVOGADO: GEOGITON RIBEIRO FRANCORecorrido: OS MESMOSORIGEM: 1ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): JEOVANA CUNHA DE FARIADisponibilização: DEJT Nº 936/2012, de 12.03.2012, pág.76.

JUSTA CAUSA. IMPROBIDADE. CARACTERIZAÇÃO.Demonstrada a prática de ato de improbidade pelo empregado e, em consequência, a quebra da confiança indispensável para a manutenção da relação de emprego, mostra-se legítima a sua dispensa por justa causa, mormente quando presentes os requisitos da proporcionalidade e imediaticidade.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer do recurso e negar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU.(Sessão de julgamento do dia 13 de março de 2012)Processo TRT - RO - 0000313-13.2011.5.18.0013

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RELATOR(A): JUIZ PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADERecorrente: JOÃO DONIZETE GUERRAADVOGADO: KELEN CRISTINA WEISS SCHERER E OUTRO(S)Recorrido: BANCO BRADESCO S.A.ADVOGADO: GEOVANNI JOSÉ SERVA CAFÉ CARVALHAES E OUTRO(S)ORIGEM: 13ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): CÉLIA MARTINS FERRODisponibilização: DEJT Nº 938/2012, de 14.03.2012, pág.36/37.

JUSTIÇA GRATUITA. SÓCIO PESSOA FÍSICA. SIMPLES DECLARA-ÇÃO.Nos termos da Lei 1.060/50, a assistência judiciária gratuita é um benefício concedido, mediante simples declaração, àqueles que não puderem demandar sem prejuízo do sustento próprio ou da família. Portanto, a simples afirmação do estado de pobreza é suficiente para conferir este direito tanto ao empregado quanto ao empregador pessoa física, sendo ônus da parte contrária desconstituir a declaração firma-da. No caso dos autos, tendo o segundo reclamado, na condição de sócio quotista (pessoa física), firmado declaração de hipossuficiência, é mister conhecer do apelo interposto por ele em conjunto com a empre-sa demandada.ACORDAM os Desembargadores da 3ª Turma do Egrégio Tribunal Re-gional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimida-de, conhecer do recurso dos Reclamados e negar-lhe provimento, nos termos do voto da Relatora.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Fe-derais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente), ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRA e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO. Representando o d. Ministério Público do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 13 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0001637-25.2011.5.18.0082RELATOR(A): DESEMBARGADORA ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRARecorrente: 3R TECNOLOGIA LTDA. E OUTRO(S)ADVOGADO: NILZO MEOTTI FORNARIRecorrido: FRANCISCO GOMES DE LIMAADVOGADO: ELIANE FERREIRA PEDROSA DE ARAÚJO ROCHA E OUTRO(S)ORIGEM: 2ª VT DE APARECIDA DE GOIÂNIAJUIZ(A): ATAÍDE VICENTE DA SILVA FILHODisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.36.

LABOR PROVISÓRIO POR VÁRIOS MESES EM LOCALIDADES DIVERSAS DA DE CELEBRAÇÃO DO PACTO LABORAL. PREVISÃO

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CONTRATUAL DA POSSIBILIDADE DE TRABALHO EM LOCAIS DISTINTOS DO DE ORIGEM. INEXISTÊNCIA DE ÓBICE PARA A PERCEPÇÃO DO ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA.“LABOR PROVISÓRIO POR VÁRIOS MESES EM LOCALIDADES DIVER-SAS DA DE CELEBRAÇÃO DO PACTO LABORAL. PREVISÃO CONTRATU-AL DA POSSIBILIDADE DE TRABALHO EM LOCAIS DISTINTOS DO DE ORIGEM. INEXISTÊNCIA DE ÓBICE PARA A PERCEPÇÃO DO ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. Há de ser acolhido pleito de pagamento de adi-cional de transferência quando exsurgir incontroverso da prova dos au-tos que o reclamante, em caráter provisório, laborou por vários meses em localidades diversas daquela em que firmou o contrato de trabalho, sendo certo, nos termos da OJ nº 113 da SDI-1 do TST, que “a exis-tência de previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepção domencionado adicional é a transferência provisória.” (RO–0000595-36.2010.5.18.0191, Desembargador ALDON DO VALE ALVES TAGLIA-LEGNA, julgado em 31/01/2011).ACORDAM os Desembargadores da 3ª Turma do Egrégio Tribunal Re-gional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimida-de, conhecer parcialmente do recurso e dar-lhe parcial provimento, nos termos do voto da Relatora.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Fe-derais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente), ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRA e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO. Representando o d. Ministério Público do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 13 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0000597-69.2011.5.18.0191RELATOR(A): DESEMBARGADORA ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRARecorrente: BINOTTO S.A. LOGÍSTICA TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃOADVOGADO: SEBASTIÃO ANTUNES FURTADO E OUTRO(S)Recorrido: JOCELINO PIRESADVOGADO: DANYELLA ALVES DE FREITAS E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE MINEIROSJUIZ(A): ALCIANE MARGARIDA DE CARVALHODisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.32.

LICENÇA-MÉDICA NO CURSO DO CONTRATO DE EXPERIÊNCIA. DISPENSA. POSSIBILIDADE.O contrato de experiência constitui modalidade de contrato por prazo determinado, cujo termo a quo já se encontra previamente estabele-cido, não sendo alterado pela manifestação de doença durante a sua vigência. Recurso da reclamada provido, nessa parte.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da segunda Turma do

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Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão or-dinária, por unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe provimento parcial, nos termos do voto do relator.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRE-NO MEDEIROS e DANIEL VIANA JÚNIOR. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. (Sessão de julgamento do dia 7 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0001108-46.2011.5.18.0004RELATOR(A): DESEMBARGADOR PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHORecorrente: DINALVA ALVES DOS SANTOS CARMEZIMADVOGADO: MARIANA NUNES INÁCIO CARNEIRO E OUTRO(S)Recorrido: MARIA DA CONCEIÇÃO OLIVEIRA TAVEIRAADVOGADO: RENATA NOGUEIRA DE OLIVEIRA E OUTRO(S)ORIGEM: 4ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): BLANCA CAROLINA MARTINS BARROSDisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.29.

MOTORISTA DE CAMINHÃO COLETOR DE LIXO URBANO. ADI-CIONAL DE INSALUBRIDADE. DEFERIMENTO.O Anexo 14 da NR 15, da Portaria MTb nº 3.214/78, qualifica como ati-vidade insalubre, em grau máximo, o trabalho em contato permanente com lixo urbano (coleta e industrialização), não havendo distinção dos trabalhadores envolvidos na coleta do lixo urbano. Assim, restando incontroverso que o Reclamante exerceu, durante todo o pacto laboral, a função de motorista de caminhão coletor de lixo urbano, impõe-se a reforma da sentença para deferir o adicional de insalubridade em grau máximo.DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer integralmente do recurso da Reclamada e parcialmente do adesivo do Reclamante e dar-lhes parcial provimento, tudo nos termos do voto do Relator.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. (Sessão de Julgamento do dia 13 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0001420-28.2011.5.18.0002RELATOR(A): DESEMBARGADOR ELVECIO MOURA DOS SANTOSRecorrente: COMPANHIA DE URBANIZAÇÃO DE GOIÂNIA - COMURGADVOGADO: ALEXANDRE MACHADO DE SÁ E OUTRO(S)

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Recorrente: FABIO DE CARVALHO MELO (ADESIVO)ADVOGADO: CARLOS ALEXANDRE AIDAR E SILVA E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOSORIGEM: 2ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): SAMARA MOREIRA DE SOUSADisponibilização: DEJT Nº 938/2012, de 14.03.2012, pág.35.

PAGAMENTO “POR FORA”. PROVA ROBUSTA. DEFERIMENTO.A existência de pagamento “por fora” deve ser inequivocamente de-monstrada, porquanto irregularidade geradora de sérias consequên-cias no campo penal, tributário, previdenciário e trabalhista. Destarte, presente prova cabal e robusta do noticiado salário marginal, impõe-se o deferimento do pleito obreiro de reconhecimento da remuneração apontada em petição inicial e dos reflexos pertinentes. Recurso ordiná-rio conhecido e provido, no particular.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, após o processo ter sido retirado de pauta na sessão do dia 14.02.2012, em sessão ordi-nária hoje realizada, por unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe parcial provimento, nos termos do voto do Relator que acolheu a di-vergência apresentada pela Desembargadora Elza Cândida da Silveira. Presente, na sessão, o Reclamante.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Fe-derais do Trabalho ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRA (Presidente) e GERAL-DO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz convocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho a Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚ-JO DOS SANTOS VILANI. Goiânia, 07 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0000747-26.2011.5.18.0005RELATOR(A): DESEMBARGADOR GERALDO RODRIGUES DO NASCI-MENTORecorrente: PAULO PADOVANI ROCHAADVOGADO: FABIENI ESTANISLAU MORAIS DE ALMEIDARecorrido: CORAL ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇOS LTDA. E OUTRO(S)ADVOGADO: NÚBIA CRISTINA DA SILVA SIQUEIRA E OUTRO(S)ORIGEM: 5ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): ANA LÚCIA CICCONE DE FARIADisponibilização: DEJT Nº 937/2012, de 13.03.2012, pág.78.

PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS. TRATAMENTO DISCRIMINATÓRIO.Viola o princípio da isonomia condicionar a participação nos lucros e resultados da empresa ao fato do contrato de trabalho ainda estar em vigor, motivo pelo qual qualquer cláusula de negociação coletiva nesse

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sentido deve ser desconsiderada. Assim, ao empregado dispensado an-tes da distribuição nos lucros e resultados da empresa é devida a sua participação de forma proporcional, uma vez que contribuiu para os ganhos da empresa no decorrer do ano. Aplicação da OJ 390 da SDI-I do TST.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da Segunda Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordi-nária, por unanimidade, conhecer de ambos os recursos, dar provimen-to parcial ao do reclamante e negar provimento ao adesivo da recla-mada, nos termos do voto do relator. Sustentaram oralmente as razões dos recursos, pelo reclamante, o Dr. Wagner Lucas Ferreira da Silva e, pela reclamada, a Dra. Patrícia de Moura Umake.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRE-NO MEDEIROS e DANIEL VIANA JÚNIOR. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. Goiânia, 7 de março de 2012. (Data do Julgamento)Processo TRT - RO - 0002154-07.2010.5.18.0101RELATOR(A): DESEMBARGADOR BRENO MEDEIROSRecorrente: JAMIL CÂNDIDO LEÃOADVOGADO: MARCELO EURÍPEDES FERREIRA BATISTA E OUTRO(S)Recorrente: EMPRESA BRASILEIRA DE TELECOMUNICAÇÕES S.A. - EM-BRATEL (ADESIVO)ADVOGADO: WARLEY MORAES GARCIA E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOSORIGEM: 1ª VT DE RIO VERDEJUIZ(A): ANA DEUSDEDITH PEREIRADisponibilização: DEJT Nº 936/2012, de 12.03.2012, pág.52.

PENHORA. BEM ALIENADO FIDUCIARIAMENTE. VIABILIDADE.Embora seja possível a penhora de bem alienado fiduciariamente, deve o valor arrematado responder pela dívida trabalhista somente pelo que sobrepujar o saldo devedor da respectiva dívida. Assim, quando o alto valor da dívida, indicar que a penhora do bem não será viável à satisfa-ção do crédito em execução, pelo princípio da razoabilidade não há que ser determinada ou mantida a constrição do bem alienado fiduciaria-mente.DECISÃO: DECIDIU a Primeira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, por unanimidade, conhecer do recurso e, no mérito, NEGAR-LHE PROVIMENTO, nos termos do voto do Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembarga-dores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUER-QUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e o juiz convocado EUGÊ-NIO JOSÉ CESÁRIO ROSA (RA nº 96/2011). Representou o Ministério

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Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 07 de março de 2012 (data do julgamento).Processo TRT - AP - 0000215-39.2010.5.18.0053RELATOR(A): JUIZ EUGÊNIO JOSÉ CESÁRIO ROSAAgravante: UNIÃOADVOGADO: PROCURADORIA DA FAZENDA NACIONAL EM GOIÁSAgravado: IRACI DONIZETE DE SOUSAADVOGADO: ANTÔNIO MARTINS PEIXOTO NETO E OUTRO(S)ORIGEM: 3ª VT DE ANÁPOLISJUIZ(A): SEBASTIÃO ALVES MARTINSDisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.47/48.

PRÊMIOS. NATUREZA JURÍDICA. INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO.O art. 457, caput, da CLT dispõe que integram os salários não só as importâncias pagas diretamente pelo empregador, mas também aque-las que o empregado vier a receber em razão da execução do seu contrato de trabalho. A alegação de que o pagamento de ditos prêmios era feito por terceiros, objetivando afastar a integração desta parcela à remuneração do empregado, por si só não afasta dela a natureza remuneratória, mas lhe atribui natureza idêntica à das gorjetas. Além disso, o prêmio quando é pago habitualmente, tem caráter retributivo e, por consequência, possui natureza jurídica salarial, devendo integrar a remuneração para todos os fins.DECISÃO: DECIDIU a Primeira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, por unanimidade,conhecer do recurso e, no mérito, NEGAR-LHE PROVIMENTO, nos termos do voto do Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembarga-dores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUER-QUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e o juiz convocado EUGÊ-NIO JOSÉ CESÁRIO ROSA (RA nº 96/2011). Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU Goiânia, 07 de março de 2012 (data do julgamento).Processo TRT - RO - 0001182-94.2011.5.18.0006RELATOR(A): JUIZ EUGÊNIO JOSÉ CESÁRIO ROSARecorrente: FUJIOKA ELETRO IMAGEM S.A.ADVOGADO: ANA CRISTINA DE SOUZA DIAS FELDHAUS E OUTRO(S)Recorrido: FERNANDO PEREIRA DA SILVAADVOGADO: XUPUI DE CARVALHO AUCÊORIGEM: 6ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): ROSA NAIR DA SILVA NOGUEIRA REISDisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.54.

PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. PROMOÇÕES RELATIVAS A PERÍO-DO PRESCRITO. PRETENSÃO DE RECONHECIMENTO DO DIREITO

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COM REFLEXOS PECUNIÁRIOS. NATUREZA CONDENATÓRIA.Nos casos em que a pretensão da parte autora é de obter, além da declaração do direito às promoções, a incorporação dos níveis salariais correspondentes às promoções abarcadas pelo período prescrito para efeito de cálculo dos acréscimos salariais decorrentes das promoções devidas em relação quinquênio não prescrito, é inegável a natureza pecuniária do efeito prático da pretensão, o que lhe imprime cunho constitutivo/condenatório. Por corolário, a pretensão rende-se aos efei-tos deletérios da prescrição quinquenal.ACÓRDÃO: DECIDIU a Primeira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, por unanimidade, conhecer do recurso e, no mérito, DAR-LHE PROVIMENTO, nos termos do voto do Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembarga-dores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUER-QUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e o juiz convocado EUGÊ-NIO JOSÉ CESÁRIO ROSA (RA nº 96/2011). Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 07 de março de 2012(data do julgamento).Processo TRT - RO - 0001055-50.2011.5.18.0009RELATOR(A): JUIZ EUGÊNIO JOSÉ CESÁRIO ROSARecorrente: SOCIEDADE GOIANA DE CULTURA - SGCADVOGADO: MARIA APARECIDA RIBEIRO SANTOS BATISTA E OUTRO(S)Recorrido: AMANDA SCHEILA DA SILVA VIEIRAADVOGADO: PAULO SÉRGIO DA CUNHA E OUTRO(S)ORIGEM: 9ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): JULIANO BRAGA SANTOSDisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.53/54.

PRESCRIÇÃO. AÇÃO PENAL. EFEITOS.A existência de ação penal para averiguação de suposto ato crimino-so praticado pelo empregado em decorrência da relação de emprego não tem o condão de suspender ou interromper o prazo prescricional trabalhista, haja vista que a responsabilidade penal é independente da civil, administrativa ou trabalhista, inexistindo óbice a que o emprega-do tivesse exercitado o seu direito de ação na época oportuna.DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Primeira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer dos recursos e, no mérito, NEGAR-LHES PROVIMENTO, nos termos do voto do Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembar-gadores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBU-QUERQUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e ALDON DO VALE ALVES TAGLIALEGNA. Representou o Ministério Público do Trabalho, o

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Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Sustentou oralmente pela 2ª recorrente, a Drª FÁTIMA MARIA NUNES (Sessão de julgamento do dia 07 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0000852-53.2011.5.18.0053RELATOR(A): DESEMBARGADOR GENTIL PIO DE OLIVEIRARecorrente: OSMAR RODRIGUES DE OLIVEIRAADVOGADO: IEDA SOCORRO XAVIER NUNESRecorrente: EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS - ECTADVOGADO: JOSELY FELIPE SCHRODER E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOSORIGEM: 3ª VT DE ANÁPOLISJUIZ(A): SEBASTIÃO ALVES MARTINSDisponibilização: DEJT Nº 936/2012, de 12.03.2012, pág.55.

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ADMITIDA PELA RECLAMADA. VÍN-CULO EMPREGATÍCIO NEGADO. ÔNUS DA PROVA.Negada a existência de vínculo de emprego, mas admitida a presta-ção de serviços pela reclamada, a ela incumbe o ônus de provar que a relação estabelecida não foi empregatícia. Restando provado que a relação jurídica havida entre as partes não era de natureza trabalhista, é indevido o reconhecimento do liame empregatício.DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em Sessão Ordinária hoje realizada, por unanimidade, conhecer do recurso do Reclamante e negar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator que acolheu a di-vergência de fundamentação apresentada pelo Desembargador Geraldo Rodrigues do Nascimento.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho a Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI. (Sessão de Julgamento do dia 7 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0003694-40.2011.5.18.0171RELATOR(A): DESEMBARGADOR ELVECIO MOURA DOS SANTOSRecorrente: JOSÉ LUIZ CHAVESADVOGADO: CLEVER FERREIRA COIMBRARecorrido: LUZIMAR ANDRÉIA DE PAULA (LAP)ADVOGADO: MARILDA FERREIRA MACHADO LEALORIGEM: 1ª VT DE CERESJUIZ(A): MARCELO ALVES GOMESDisponibilização: DEJT Nº 937/2012, de 13.03.2012, pág.77.

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PROVA EMPRESTADA. VALIDADE. AUSÊNCIA DE OFENSA AO CONTRADITÓRIO E À AMPLA DEFESA.Consagrando antigo princípio de ordem pública, prescreve o art. 332, CPC, que todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa. A prova colhi-da por juiz natural, é sobremodo legal e legítima, sendo válida como prova em qualquer instância. Ademais, o instituto da prova empres-tada em tudo se harmoniza com o processo do trabalho, premido pela oralidade e celeridade. É ônus da parte a quem a prova emprestada não aproveita, produzir prova em contrário, de igual modo ou por outro meio válido, exercitando plenamente sua defesa e ampliando o contra-ditório. O que não pode é cercear o direito de provar, sob o argumen-to de ofensa aos mesmos princípios, pela singela produção de prova emprestada.ACÓRDÃO: DECIDIU a Primeira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, por unanimidade, conhecer do recurso, rejeitar a preliminar e, no mérito, NEGAR-LHE PROVIMENTO, nos termos do voto do Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembarga-dores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUER-QUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e o juiz convocado EUGÊ-NIO JOSÉ CESÁRIO ROSA (RA nº 96/2011). Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 07 de março de 2012(data do julgamento).Processo TRT - RO - 0001486-81.2011.5.18.0010RELATOR(A): JUIZ EUGÊNIO JOSÉ CESÁRIO ROSARecorrente: FIDELITY NATIONAL SERVIÇOS DE TRATAMENTO DE DO-CUMENTOS E INFORMAÇÕES LTDA.ADVOGADO: VALÉRIA ABBUD JONAS E OUTRO(S)Recorrido: WAGNER MOURA DE SOUZAADVOGADO: HERMETO DE CARVALHO NETOORIGEM: 10ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): KLEBER DE SOUZA WAKIDisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.57/58.

PROVA DIVIDIDA. INAPLICABILIDADE DO PRINCÍPIO IN DU-BIO PRO OPERARIO.Restando dividida a prova, incabível a aplicação do princípio in dubio pro operario, cuja incidência está restrita à hermenêutica jurídica, não alcançando o campo probatório, ao qual se aplica a regra geral de distribuição prevista nos artigos 818 da CLT e 333 do CPC. Recurso improvido, no particular.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da Segunda Turma do

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Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão or-dinária, por unanimidade, conhecer de ambos os recursos e dar-lhes provimento parcial, nos termos do voto do relator.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRENO MEDEIROS e PAULO PIMENTA. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. Declarou-se suspeito para participar do julgamento o Excelentíssimo Desembar-gador DANIEL VIANA JÚNIOR (art. 135, parágrafo único, CPC). Goiânia, 7 de março de 2012. (Data do Julgamento)Processo TRT - RO - 0001578-23.2010.5.18.0001RELATOR(A): DESEMBARGADOR BRENO MEDEIROSRecorrente: LENALDO NOURA DE MORAESADVOGADO: LÍRIA YURIKO NISHIGAKI E OUTRO(S)Recorrente: PLANETA VEÍCULOS LTDA. E OUTRO(S) (ADESIVO)ADVOGADO: ELIOMAR PIRES MARTINS E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOSORIGEM: 1ª VT DE GOIÂNIADisponibilização: DEJT Nº 936/2012, de 12.03.2012, pág.52.

RECONHECIMENTO DE GRUPO ECONÔMICO. FASE EXECUTIVA PROVISÓRIA. POSSIBILIDADE.Se até mesmo o levantamento de depósito em dinheiro é permiti-do excepcionalmente, antes do trânsito em julgado da decisão (art. 475-O, III e § 2º, II do CPC c/c art. 769 da CLT), com maior razão será o reconhecimento de grupo econômico, ato insuscetível de provocar a expropriação dos bens do devedor.ACORDAM os Desembargadores da 3ª Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimi-dade, conhecer do agravo de petição e dar-lhe parcial provimento, nos termos do voto da Relatora.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Fe-derais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente), ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRA e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO. Representando o d. Ministério Público do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 13 de março de 2012.Processo TRT - AP - 0069200-41.2009.5.18.0006RELATOR(A): DESEMBARGADORA ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRAAgravante: NEIDE LINA DE OLIVEIRAADVOGADO: WELLINGTON ALVES RIBEIRO E OUTRO(S)Agravado: TELELISTAS (REGIÃO 2) LTDA.ADVOGADO: DIADIMAR GOMES E OUTRO(S)Agravado: BRASIL TELECOM S.A.

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ADVOGADO: SÉRGIO MARTINS NUNES E OUTRO(S)ORIGEM: 6ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): CAMILA BAIÃO VIGILATODisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.41/42.

RECURSO DESERTO. CUSTAS PROCESSUAIS NÃO RECOLHIDAS.Não havendo nos autos comprovação do recolhimento das custas pro-cessuais, fica inviabilizado o conhecimento do recurso.ACÓRDÃO: DECIDIU a Primeira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, por unanimidade, NÃO CONHECER DO RECUR-SO DOS RECLAMANTES, nos termos do voto do Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembarga-dores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUER-QUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e o juiz convocado EUGÊ-NIO JOSÉ CESÁRIO ROSA (RA nº 96/2011). Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU.Goiânia, 07 de março de 2012(data do julgamento).Processo TRT - RO - 0001709-34.2011.5.18.0010RELATOR(A): JUIZ EUGÊNIO JOSÉ CESÁRIO ROSARecorrente: ADIEL PEREIRA LIMA E OUTRO(S)ADVOGADO: WANDER LÚCIA SILVA ARAÚJO E OUTRO(S)Recorrido: COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO - CONABADVOGADO: APOENA ALMEIDA MACHADO E OUTRO(S)ORIGEM: 10ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): RODRIGO DIAS DA FONSECADisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.59.

RECURSO ORDINÁRIO - SISTEMA E-DOC – COMPROVANTE DO RECOLHIMENTO DO DEPÓSITO RECURSAL COM AUTENTICAÇÃO BANCÁRIA DEFICIENTE. – DESERÇÃO –Consoante a Instrução Normativa n. 30/2006 do TST, que regulamenta a informatização do processo judicial nesta Justiça, o peticionamento eletrônico é de inteira responsabilidade do usuário do sistema (art. 11, § 1º). No caso, o apelo foi interposto pelo Sistema Integrado de Proto-colização e Fluxo de Documentos Eletrônicos (e-DOC), cujo traslado do comprovante do depósito recursal apresenta-se insuficiente na parte pertinente à autenticação bancária, a ponto de não permitir a verifica-ção do valor pago e da data do pagamento, não satisfazendo correta-mente o pressuposto recursal respectivo. Recurso não admitido.ACÓRDÃO: DECIDIU a Primeira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, por unanimidade, NÃO CONHECER DO RECUR-SO, nos termos do voto do Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembarga-dores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUER-

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QUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e o juiz convocado EUGÊ-NIO JOSÉ CESÁRIO ROSA (RA nº 96/2011). Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 07 de março de 2012(data do julgamento).Processo TRT - RO - 0000665-11.2011.5.18.0129RELATOR(A): JUIZ EUGÊNIO JOSÉ CESÁRIO ROSARecorrente: VC CARGAS LTDA.ADVOGADO: ABELARDO JOSÉ DE MOURA E OUTRO(S)Recorrido: MÁRCIO ANTÔNIO DA SILVAADVOGADO: JANAÍNA CINTRA CHAVES DANTAS E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE QUIRINÓPOLISJUIZ(A): VIRGILINA SEVERINO DOS SANTOSDisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.52.

RECURSO DE REVISTA. EXECUÇÃO. PRECATÓRIO - REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR - PREVISÃO EM LEI MUNICIPAL - PREVA-LÊNCIA.“RECURSO DE REVISTA. EXECUÇÃO. PRECATÓRIO - REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR - PREVISÃO EM LEI MUNICIPAL - PREVALÊNCIA. Os Municípios e os Estados membros podem estabelecer, por meio de lei, valores superiores e inferiores aos previstos no artigo 87 do ADCT, a fim de definir quais dívidas serão consideradas de pequeno valor e pa-gas sem o precatório. Assim, o Tribunal Regional, ao declarar a incons-titucionalidade da Lei Municipal nº 2.413/2003, que instituiu o limite de dez salários mínimos para o pagamento de dívidas com dispensa de precatório, afrontou os artigos 100, § 3º, da Constituição Federal e 87 do ADCT, uma vez que este último autoriza os entes da federação a es-tabelecerem, por meio de lei, o que se considera pequeno valor para os efeitos do artigo 100, § 3º, da Constituição Federal. Recurso de revista conhecido e provido” (RR-26600-66.1996.5.04.0841, 2ª Turma, Relator Ministro Renato de Lacerda Paiva, DEJT 26/02/2010).ACÓRDÃO: DECIDIU a Primeira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, por unanimidade, conhecer do recurso e, no mérito, NEGAR-LHE PROVIMENTO, nos termos do voto do Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembarga-dores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBUQUER-QUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e o juiz convocado EUGÊ-NIO JOSÉ CESÁRIO ROSA (RA nº 96/2011). Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 07 de março de 2012 (data do julgamento).Processo TRT - AP - 0000257-94.2010.5.18.0051RELATOR(A): JUIZ EUGÊNIO JOSÉ CESÁRIO ROSAAgravante: MANOEL VENÂNCIO FILHOADVOGADO: ALEXANDRE VIEIRA DE MELO E OUTRO(S)

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Agravado: MUNICÍPIO DE NERÓPOLISADVOGADO: ELISÂNGELA DA SILVA CAMPOS DANTASORIGEM: 1ª VT DE ANÁPOLISJUIZ(A): VALÉRIA CRISTINA DE SOUSA SILVADisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.48.

RECURSO DE REVISTA. 1. NORMA COLETIVA. CATEGORIA DIFE-RENCIADA. MOTORISTA. ABRANGÊNCIA. SÚMULA 374 DO TST.“RECURSO DE REVISTA. 1. NORMA COLETIVA. CATEGORIA DIFEREN-CIADA. MOTORISTA. ABRANGÊNCIA. SÚMULA 374 DO TST. Nos termos da jurisprudência cristalizada na Súmula n° 374 do TST, resultante da conversão da OJ n° 55 da SBDI-1, o empregado integrante de catego-ria profissional diferenciada não tem o direito de haver de seu empre-gador vantagens previstas em instrumento coletivo no qual a empresa não foi representada por órgão de classe de sua categoria.” (TST-RR – 51600-27.2008.5.04.0751, 8ª Turma, Rel. Ministra Dora Maria da Costa, DEJT 02/09/2011)ACORDAM os Desembargadores da 3ª Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimi-dade, conhecer do recurso e negar-lhe provimento, nos termos do voto da Relatora.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Fe-derais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente), ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRA e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO. Representando o d. Ministério Público do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 13 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0001507-84.2011.5.18.0001RELATOR(A): DESEMBARGADORA ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRARecorrente: LINCOLN CHARLES BEZERRA DA SILVAADVOGADO: PATRÍCIA LEDRA GARCIA E OUTRO(S)Recorrido: BERGAMO ALIMENTOS LTDA.ADVOGADO: ELIANE OLIVEIRA DE PLATON AZEVEDO E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): JEOVANA CUNHA DE FARIADisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.36.

REDUÇÃO FICTA DA HORA NOTURNA.O art. 73, § 1º, da CLT, que prevê redução ficta da hora noturna (52 minutos e 30 segundos), trata-se de norma de caráter tutelar, cuja ob-servância é obrigatória, uma vez que visa à higidez física e mental do trabalhador. Assim, embora se cuide de trabalho com jornada diferen-ciada, escala de revezamento, são inadmissíveis flexibilizações diante da persistência das condições hostis, o que torna inafastável a jornada

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reduzida. Dessa feita, a reclamada não logrou êxito em comprovar a adequada remuneração da hora reduzida. Recurso conhecido e impro-vido, no particular.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer de ambos os recursos e negar-lhes provi-mento, sendo que o adesivo do Reclamante foi por maioria, vencido, em parte, o Desembargador Elvecio Moura dos Santos que lhe dava parcial provimento, tudo nos termos do voto do Relator que acolheu a divergência apresentada pelo Juiz Paulo Canagé de Freitas Andrade.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho a Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI. Goiânia, 07 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0001604-15.2011.5.18.0121RELATOR(A): DESEMBARGADOR GERALDO RODRIGUES DO NASCI-MENTORecorrente: CELG DISTRIBUIÇÃO S.A. - CELG DADVOGADO: RENATA MACHADO E SILVA E OUTRO(S)Recorrente: JOACIR LUIZ DE MIRANDA (ADESIVO)ADVOGADO: LIDIANE ALVES MARINHORecorrido: OS MESMOSORIGEM: 1ª VT DE ITUMBIARAJUIZ(A): RADSON RANGEL FERREIRA DUARTEDisponibilização: DEJT Nº 937/2012, de 13.03.2012, pág.82.

REGIME DE SOBREAVISO. CARACTERIZAÇÃO.Na forma do disposto no art. 244, § 2º, da CLT, considera-se de “so-breaviso” o empregado que permanecer em sua própria casa, aguar-dando a qualquer momento o chamado para o serviço, sendo certo que pelo teor da Súmula nº 428 do TST, “o uso de aparelho de intercomuni-cação, a exemplo de BIP, “pager” ou aparelho celular, pelo empregado, por si só, não caracteriza o regime de sobreaviso”. Entretanto, não se pode negar que mesmo podendo “sair de dentro de casa”, se restar provado que o uso de tais aparelhos de intercomunicação restringir a liberdade do trabalhador de dispor do seu tempo de descanso da forma que melhor lhe aprouver, diante da iminência de vir a ser chamado pelo seu empregador para acudir situações emergenciais a qualquer hora do dia ou da noite, inegavelmente estará caracterizado o regime de sobre-aviso. Assim, tendo restado provado que o Autor ficava de “plantão”, aguardando ser chamado pela Reclamada para resolver problemas me-cânicos nas máquinas agrícolas, por mais de 12 horas durante sábados

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e domingos, de forma alternada, no período de safra, resta caracteriza-do o regime de sobreaviso.DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe parcial provimento, nos termos do voto do Relator. Presente na tribuna, pela Reclamada, a Dra. Eliane Oliveira de Platon Azevedo.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Fe-derais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente), ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRA e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho a Excelen-tíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI. (Sessão de Julgamento do dia 7 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0000553-50.2011.5.18.0191RELATOR(A): DESEMBARGADOR ELVECIO MOURA DOS SANTOSRecorrente: VOLMAQ MÁQUINAS AGRÍCOLAS LTDA.ADVOGADO: ELIANE OLIVEIRA DE PLATON AZEVEDO E OUTRO(S)Recorrido: MARCILEI MARQUES DA SILVAADVOGADO: ALISSON VINÍCIUS FERREIRA RAMOS E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE MINEIROSJUIZ(A): ALCIANE MARGARIDA DE CARVALHODisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.07/08.

RELAÇÃO DE EMPREGO RECONHECIDA EM ACORDÃO QUE DE-TERMINOU O RETORNO DOS AUTOS À INSTÂNCIA DE ORIGEM PARA EXAME DOS PEDIDOS DA INICIAL. NÃO POSSIBILIDADE DO REEXAME DA MESMA MATÉRIA.“É certo que a decisão que declarou existente a relação de emprego, sem cunho terminativo, não é recorrível de imediato, consoante en-tendimento consubstanciado na Súmula nº 214, do C. TST. Todavia, recurso ordinário que pretende a reforma da decisão de primeiro grau, proferida em cumprimento de acórdão anterior, com pedido decretação de improcedência do pedido de reconhecimento do vínculo não pode ser examinado por esta Instância Revisora, que já decidiu a respeito desta questão.” (TRT/SP 01359006620055020464(01359200546402008) - RO - Ac. 10ªT 20110363692 - Rel. CÂNDIDA ALVES LEÃO - DOE 31/03/2011)ACORDAM os Desembargadores da 3ª Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimi-dade, conhecer parcialmente do recurso e negar-lhe provimento, nos termos do voto da Relatora.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Fe-derais do Trabalho ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRA (Presidente), GERAL-DO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz convocado

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PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 13 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0002343-79.2010.5.18.0005RELATOR(A): DESEMBARGADORA ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRARecorrente: NOVO MUNDO MÓVEIS E UTILIDADES LTDA.ADVOGADO: ALEXANDRE MEIRELLES E OUTRO(S)Recorrido: FLEURY ALVES SIQUEIRAADVOGADO: HELTON VIEIRA PORTO DO NASCIMENTO E OUTRO(S)ORIGEM: 5ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): ANA LÚCIA CICCONE DE FARIADisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.39.

REPOUSO SEMANAL REMUNERADO - RSR. INTEGRAÇÃO DAS HORAS EXTRAS. NÃO REPERCUSSÃO NO CÁLCULO DAS FÉRIAS, DO DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO, DO AVISO PRÉVIO E DOS DE-PÓSITOS DO FGTS.“REPOUSO SEMANAL REMUNERADO - RSR. INTEGRAÇÃO DAS HORAS EXTRAS. NÃO REPERCUSSÃO NO CÁLCULO DAS FÉRIAS, DO DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO, DO AVISO PRÉVIO E DOS DEPÓSITOS DO FGTS. A majoração do valor do repouso semanal remunerado, em razão da integração das horas extras habitualmente prestadas, não repercute no cálculo das férias, da gratificação natalina, do aviso prévio e do FGTS, sob pena de caracterização de ‘bis in idem’”. (“OJ-SDI1-394, DEJT di-vulgado em 09, 10 e 11.06.2010)ACORDAM os Desembargadores da 3ª Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimi-dade, conhecer do recurso e dar-lhe parcial provimento, nos termos do voto da Relatora.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Fe-derais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente), ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRA e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO. Representando o d. Ministério Público do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 13 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0001108-67.2011.5.18.0191RELATOR(A): DESEMBARGADORA ELZA CÂNDIDA DA SILVEIRARecorrente: BRENCO COMPANHIA BRASILEIRA DE ENERGIA RENOVÁ-VELADVOGADO: MARCOS RENATO GELSI DOS SANTOS E OUTRO(S)Recorrido: ANDRÉ LUIZ CALDEIRA DE SOUZAADVOGADO: MILTON DANTAS PIRES E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE MINEIROSJUIZ(A): ALCIANE MARGARIDA DE CARVALHO

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Disponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.35.

RESCISÃO INDIRETA. AUSÊNCIA DE PROVA DA FALTA GRAVE DO EMPREGADOR.A justa causa imputada ao empregador, da mesma forma que aquela imputada ao trabalhador, deve ser grave o bastante para inviabilizar o prosseguimento da relação empregatícia. Inexistindo prova nesse sen-tido, não há como declarar a rescisão indireta nos moldes pleiteados na inicial. Sentença mantida.ACÓRDÃO: Vistos e relatados estes autos de Recurso Ordinário, em que são partes as acima indicadas.Decidiu a Segunda Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, hoje realizada, por unanimidade, conhecer do recurso e negar-lhe provimento, nos termos do voto do relator.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRE-NO MEDEIROS e PAULO PIMENTA. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. (Ses-são de Julgamento do dia 07 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0001876-48.2011.5.18.0011RELATOR(A): DESEMBARGADOR PAULO PIMENTARecorrente: JOÃO VICTOR FREITAS MOHNADVOGADO: LEOPOLDO SIQUEIRA MÚNDEL E OUTRO(S)Recorrido: AMERICEL S.A.ADVOGADO: RENATO CHAGAS CORREA DA SILVA E OUTRO(S)ORIGEM: 11ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): CELSO MOREDO GARCIADisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.22.

RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.O vínculo empregatício deveria sempre unir o trabalhador e o benefi-ciário imediato dos serviços. Existe exceção legal ao referido princípio no caso do trabalho temporário, previsto no art. 11 da Lei 6.019/74. Em face da evolução acelerada da economia, a jurisprudência passou a reconhecer a necessidade de ser tolerada a terceirização de serviços ligados à atividade-meio. A tolerância, no entanto, não pode ser am-pliada ainda mais, a ponto de servir de pretexto para o afastamento da responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços, pois, então, es-taria impedindo a aplicação dos preceitos consolidados (art. 9º da CLT). Portanto, o beneficiário dos serviços prestados pelo empregado tem de responder, no mínimo de forma subsidiária, pelas obrigações decorren-tes do vínculo empregatício mantido com a empresa terceirizada, sob pena de grave violação ao ordenamento jurídico-trabalhista, fundado

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na dignidade do trabalhador e do trabalho humano. O art. 71, § 1º, da Lei 8.666/93 afasta a responsabilidade da União. O Supremo Tribunal Federal, na ADC 16, declarou a constitucionalidade de referido dispo-sitivo legal. Porém, por meio de seu Ministro Presidente, esclareceu que tal decisão “não impedirá o TST de reconhecer a responsabilidade, com base nos fatos de cada causa. O STF não pode impedir o TST de, à base de outras normas, dependendo das causas, reconhecer a res-ponsabilidade do poder público”. O art. 186 do Código Civil informa que “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudên-cia, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. Por outro lado, o art. 5º da LICC hoje deno-minada Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, por força do disposto na Lei 12.376/2010 - estabelece que “Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum”. Constato, assim, que o disposto no art. 71 da Lei 8.666/93 está em confronto com o que dispõe o art. 186 do Código Civil. Cons-tato, também, que o art. 5º da LINDB autoriza concluir haja vista o caráter alimentar do qual se revestem as verbas trabalhistas inadimpli-das pelas empresas prestadoras de serviço que a norma inscrita no art. 186 do Código Civil deve prevalecer, no presente caso, sobre o disposto no art. 71 da Lei 8.666/93. Portanto, quando caracterizada a culpa in vigilando, a Administração Pública deve responder subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas das empresas por ela contratadas, nos termos da Súmula 331, inciso V (acrescentado pela Resolução 174, de 24.05.2011), do TST.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer do recurso da 2ª Reclamada (CELG DISTRI-BUIÇÃO S.A. - CELG D) e negar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho a Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI. (Sessão de julgamento do dia 07 de março de 2012)Processo TRT - RO - 0000196-10.2011.5.18.0211RELATOR(A): JUIZ PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADERecorrente: CELG DISTRIBUIÇÃO S.A. - CELG DADVOGADO: FLÁVIO BUONADUCE BORGES E OUTRO(S)Recorrido: ADEMAR CARDOSO DE OLIVEIRAADVOGADO: MARLON RODRIGUES DE ALMEIDARecorrido: CONSTRUTORA MAD LTDA. - ME

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ADVOGADO: MONICA CRISTINA DA CHAGASORIGEM: 1ª VT DE FORMOSAJUIZ(A): RUTH SOUZA DE OLIVEIRADisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.33/34.

RSR SOBRE COMISSÕES. SÚMULA 27 DO C. TST.A orientação da Súmula 201 do STF, no sentido de não ser devido o RSR ao vendedor pracista que percebia somente por comissões – o que não é a hipótese dos autos - há muito se encontra superada na juris-prudência, prevalecendo atualmente o entendimento preconizado pela Súmula n° 27 do C. TST. Sentença mantida, no particular.ACÓRDÃO: Vistos e relatados estes autos de Recurso Ordinário, em que são partes as acima indicadas.Decidiu a Segunda Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, hoje realizada, por unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe provimento parcial, nos termos do voto do relator.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRE-NO MEDEIROS e PAULO PIMENTA. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. (Ses-são de Julgamento do dia 07 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0000945-75.2011.5.18.0001RELATOR(A): DESEMBARGADOR PAULO PIMENTARecorrente: ELDORADO EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS LTDA.ADVOGADO: CLÁUDIO RODARTE CAMOZZI E OUTRO(S)Recorrido: LUCAS CARDOSO DA SILVA NETOADVOGADO: LUIZ CARLOS DE PÁDUA BAILÃOORIGEM: 1ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): JEOVANA CUNHA DE FARIADisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.16.

RUPTURA CONTRATUAL POR JUSTA CAUSA. AUSÊNCIA DE PRO-VA DA AUTORIA DO ATO FALTOSO. DESCARACTERIZAÇÃO.Não comprovada com absoluta certeza a autoria da infração obreira apontada em contestação, inexiste supedâneo hábil a legitimar dispen-sa por justa causa, que, por se tratar de penalidade máxima, deve ter seus motivos demonstrados plenamente, sem que paire dúvida acerca da concretização da causa ensejadora da resolução contratual. Recurso ordinário patronal conhecido e não provido, no particular.Certifico e dou fé que a Terceira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária hoje realizada, com a presença dos Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES

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DO NASCIMENTO e do Excelentíssimo Juiz convocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE, bem como do Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU, representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho, decidiu, por unanimidade, conhecer do recurso e negar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator. Certidão publica-da em substituição ao acórdão (art. 895, §1º, IV, da CLT).Processo TRT - RO - 0002247-21.2011.5.18.0008RELATOR(A): DESEMBARGADOR GERALDO RODRIGUES DO NASCI-MENTORecorrente: UNILEVER BRASIL INDUSTRIAL LTDA.ADVOGADO: JOSÉ EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO E OUTRO(S)Recorrido: MATHEUS MARTINS DE OLIVEIRAADVOGADO: WILSON ALENCAR DO NASCIMENTO E OUTRO(S)ORIGEM: 8ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): ARMANDO BENEDITO BIANKIDisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.111.

SALÁRIOS E OUTRAS ESPÉCIES SEMELHANTES. IMPENHORABI-LIDADE TOTAL.“SALÁRIOS E OUTRAS ESPÉCIES SEMELHANTES. IMPENHORABILIDADE TOTAL. São total e absolutamente impenhoráveis as espécies de que trata o inciso IV do art. 649 do CPC” (Súmula 14 do TRT da 18ª Re-gião).ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer do agravo de petição e negar-lhe provi-mento, nos termos do voto do Relator.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho a Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI. (Sessão de julgamento do dia 07 de março de 2012)Processo TRT - AP - 0001480-14.2010.5.18.0009RELATOR(A): JUIZ PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADEAgravante: WELLINGTON DE SOUSAADVOGADO: WILMAR SOARES DE PAULA E OUTRO(S)Agravado: JEORGE FRANCES RODRIGUESADVOGADO: EUGÊNIO WILLIANS GONÇALVES SANTANAORIGEM: 9ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): CLEUZA GONÇALVES LOPESDisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.37.

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SEGURO-DESEMPREGO. CONTRATO DE SAFRA.O benefício do seguro-desemprego alcança apenas os trabalhadores dispensados sem justa causa, mediante rescisão indireta ou resgata-dos de regime de trabalho forçado e, somente em caráter excepcional, aqueles que permanecerem em situação de desemprego involuntário por período de 12 a 18 meses. Como o autor não comprovou estar inserido em nenhuma dessas hipóteses, indevida a condenação ao pa-gamento da indenização substitutiva do seguro-desemprego. Recurso provido.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da segunda Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão or-dinária, por unanimidade, conhecer de ambos os recursos e dar-lhes provimento parcial, nos termos do voto do relator.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRE-NO MEDEIROS e DANIEL VIANA JÚNIOR. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. (Sessão de julgamento do dia 7 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0000619-09.2011.5.18.0101RELATOR(A): DESEMBARGADOR PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHORecorrente: MANOEL CAETANO PEREIRAADVOGADO: YOUSSEF ELIAS EL MAROUNI E OUTRO(S)Recorrente: USINA SÃO PAULO ENERGIA E ETANOL LTDA.ADVOGADO: LUIZ CARLOS LOPES LEÃO E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOSORIGEM: 1ª VT DE RIO VERDEJUIZ(A): WANDERLEY RODRIGUES DA SILVADisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.28/29.

SENTENÇA. FUNDAMENTOS. TESE DEFENSIVA. DEVER DE APRE-CIAÇÃO. OMISSÃO APTA A ENSEJAR EMBARGOS DE DECLARA-ÇÃO. MULTA AFASTADA.Muito embora o julgador não esteja compelido a rebater um a um os argumentos apresentados pela parte, bastando fundamentar a decisão, é seu dever examinar tese defensiva determinante para o rumo do julgamento e que não foi afastada pelos outros fundamentos trazidos na sentença, sob pena de omissão apta a autorizar o socorro à via dos embargos de declaração. Indevida a multa aplicada. Recurso ordinário provido, no particular.ACÓRDÃO: Vistos e relatados estes autos de Recurso Ordinário, em que são partes as acima indicadas.Decidiu a Segunda Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, hoje realizada, por unanimidade, conhecer em parte do recurso e dar-lhe provimento parcial, nos termos

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do voto do relator.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRE-NO MEDEIROS e PAULO PIMENTA. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. (Ses-são de Julgamento do dia 07 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0002161-53.2011.5.18.0201RELATOR(A): DESEMBARGADOR PAULO PIMENTARecorrente: CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO CAMARGO CORRÊA S.A.ADVOGADO: CARLOS ROBERTO DE SIQUEIRA CASTRO E OUTRO(S)Recorrido: HAMILTON ADRIÃO DE SOUZAADVOGADO: KELSON DAMASCENO DE OLIVEIRA E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE URUAÇUJUIZ(A): ANTÔNIO GONÇALVES PEREIRA JÚNIORDisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.24/25.

SUBSTITUIÇÃO EM CARÁTER NÃO EVENTUAL. DIREITO A PER-CEBER O MESMO SALÁRIO DO SUBSTITUÍDO.Nos termos do entendimento consolidado na Súmula 159 do Colendo TST, inciso I, a substituição em caráter não eventual, inclusive nas férias, garante que o substituto receba o mesmo salário do substituído enquanto durar a substituição. Recurso patronal improvido.ACÓRDÃO: Vistos e relatados estes autos de Recurso Ordinário, em que são partes as acima indicadas.Decidiu a Segunda Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, hoje realizada, por unanimidade, conhecer de ambos os recursos e negar-lhes provimento, nos termos do voto do relator.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRE-NO MEDEIROS e PAULO PIMENTA. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. (Ses-são de Julgamento do dia 07 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0001608-18.2011.5.18.0003RELATOR(A): DESEMBARGADOR PAULO PIMENTARecorrente: BANCO BRADESCO S.A.ADVOGADO: GEOVANNI JOSÉ SERVA CAFÉ CARVALHAES E OUTRO(S)Recorrente: FLÁVIO DE JESUS RAMOS SOUSAADVOGADO: JOÃO HERONDINO PEREIRA DOS SANTOS E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOSORIGEM: 3ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): WANDA LÚCIA RAMOS DA SILVADisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.31.

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SUCESSÃO. RESPONSABILIDADE PELAS VERBAS TRABALHIS-TAS. NÃO CARACTERIZAÇÃO.A incidência do instituto da sucessão trabalhista exige presença de certos requisitos, dentre eles a transferência, ainda que parcial, da unidade produtiva da empresa sucedida para a sucessora, conforme se depreende dos artigos 10 e 448 da CLT. No caso dos autos, conforme alegado pela própria recorrente, houve apenas a rescisão do contrato de prestação de serviços entre ela e a BRENCO, com a posterior con-tratação da empresa JÚLIO SIMÕES para executar o objeto do contra-to. Não se vislumbra, nesse quadro, qualquer indício de sucessão, pois não há provas de que aquelas empresas (BRENCO e JÚLIO SIMÕES) tenham incorporado as atividades econômicas da reclamada. Ainda que assim não fosse, a reclamada continuaria sendo responsável, como devedora solidária, pelas verbas trabalhistas deferidas na sentença, na condição de beneficiária dos serviços prestados pelo reclamante, seu ex-empregado.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer parcialmente do recurso e dar-lhe parcial provimento, nos termos do voto do Relator.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU.(Sessão de julgamento do dia 13 de março de 2012)Processo TRT - RO - 0001208-22.2011.5.18.0191RELATOR(A): JUIZ PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADERecorrente: BINOTTO S.A. LOGÍSTICA TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃOADVOGADO: SEBASTIÃO ANTUNES FURTADO E OUTRO(S)Recorrido: BELZIRO OLIVEIRA SILVAADVOGADO: DANYELLA ALVES DE FREITAS E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE MINEIROSJUIZ(A): ALCIANE MARGARIDA DE CARVALHODisponibilização: DEJT Nº 938/2012, de 14.03.2012, pág.39.

TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM FUR-NAS. GRATIFICAÇÃO DE FÉRIAS INSTITUÍDA VIA INSTRUMEN-TO COLETIVO.À míngua de disposição normativa em contrário, a gratificação de férias prevista no Acordo Coletivo de Trabalho, celebrado entre a empresa Furnas e o sindicato representativo da categoria do reclamante, não tem a mesma natureza do acréscimo de 1/3 instituído na Constituição

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Federal/88, possuindo status de direito novo, reconhecido pelo art. 7º, XXVI, e subsistindo com efeito de plus ao trabalhador beneficiado, que, além das férias e do terço constitucional, também a ela tem direito. Recurso conhecido e provido, no particular.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, não conhecer do recurso da Reclamada, por irregula-ridade de representação processual; conhecer do recurso do Reclaman-te e dar-lhe parcial provimento, tudo nos termos do voto do Relator.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho a Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI. Goiânia, 07 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0002069-47.2011.5.18.0081RELATOR(A): DESEMBARGADOR GERALDO RODRIGUES DO NASCI-MENTORecorrente: FURNAS - CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.ADVOGADO: ALEXANDRE RYUZO SUGIZAKI E OUTRO(S)Recorrente: ATAÍDIO DOMINGOS DE OLIVEIRAADVOGADO: ISMAEL GOMES MARÇAL E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOSORIGEM: 1ª VT DE APARECIDA DE GOIÂNIAJUIZ(A): FERNANDO DA COSTA FERREIRADisponibilização: DEJT Nº 937/2012, de 13.03.2012, pág.84.

TRANSAÇÃO EXTRAJUDICIAL. ADESÃO AO PDV. EFEITOS.A discriminação genérica das parcelas abrangidas pelo efeito liberatório decorrente da adesão ao plano de desligamento voluntário, efetua-da em termo de transação extrajudicial, sem atribuição de valores às verbas e sem guardar semelhança com o caso concreto, não atende às exigências contidas na Orientação Jurisprudencial nº 270 da Eg. SBDI-I do C. TST, que consagra a diretriz de que a adesão do empregado a tais planos implica quitação exclusivamente das parcelas e valores constantes no recibo.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da segunda Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordi-nária, por unanimidade, conhecer de ambos os recursos, dar provimen-to parcial ao do reclamante e negar provimento ao da reclamada, nos termos do voto do relator.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRE-NO MEDEIROS e DANIEL VIANA JÚNIOR. Representando o Ministério

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Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. (Sessão de julgamento do dia 7 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0000848-13.2011.5.18.0054RELATOR(A): DESEMBARGADOR PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHORecorrente: JOSÉ DION SOARES DOS SANTOSADVOGADO: WILIAN FRAGA GUIMARÃES E OUTRO(S)Recorrente: CELG DISTRIBUIÇÃO S.A. - CELG DADVOGADO: SÁVIO LANES DE SILVA BARROS E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOSORIGEM: 4ª VT DE ANÁPOLISJUIZ(A): LUIZ EDUARDO DA SILVA PARAGUASSUDisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.29.

TRANSFERÊNCIA EM CARÁTER PROVISÓRIO. ADICIONAL DEVI-DO.Nos termos do art. 469 da CLT, o adicional de transferência é devido nos casos em que o empregado é transferido em caráter provisório para localidade diversa da que resultar o contrato, desde que importe em mudança de seu domicílio. Provado o caráter provisório da transfe-rência, é devido o pagamento do respectivo adicional.DECISÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer parcialmente do recurso e negar-lhe provi-mento, nos termos do voto do Relator.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. (Sessão de Julgamento do dia 13 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0000643-58.2011.5.18.0191RELATOR(A): DESEMBARGADOR ELVECIO MOURA DOS SANTOSRecorrente: BINOTTO S.A. LOGÍSTICA TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃOADVOGADO: SEBASTIÃO ANTUNES FURTADO E OUTRO(S)Recorrido: CARLOS ANTÔNIO FREITASADVOGADO: DANYELLA ALVES DE FREITAS E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE MINEIROSJUIZ(A): ALCIANE MARGARIDA DE CARVALHODisponibilização: DEJT Nº 938/2012, de 14.03.2012, pág.34/34.

TUTELA ANTECIPADA. RECURSO PRÓPRIO. MANDADO DE SEGU-RANÇA.É admissível a impetração da ação mandamental contra decisão in-

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terlocutória nos casos da tutela antecipada (ou liminar) ser concedida antes da sentença, em face da inexistência de recurso próprio (Súmula nº 414, II, do TST).DECISÃO: O Pleno do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, sob a Presidência do Exmº Desembargador-Presidente, Mário Sérgio Bottazzo, com a presença dos Exmºs Desembargadores Elvecio Moura dos Santos, Gentil Pio de Oliveira, Júlio César Cardoso de Brito, Aldon do Vale Alves Taglialegna, Breno Medeiros, Daniel Viana Júnior e Geraldo Rodrigues do Nascimento e dos Exmºs Juízes convocados Pau-lo Canagé de Freitas Andrade e Eugênio José Cesário Rosa, presente também o Exmº Procurador do Trabalho Dr. Januário Justino Ferreira, consignada a ausência ocasional e justificada da Exmª Desembarga-dora Kathia Maria Bomtempo de Albuquerque, a suspeição declarada pelo Exmº Desembargador Platon Teixeira de Azevedo Filho (art. 135, parágrafo único, CPC) e a ausência dos Exmºs Desembargadores Elza Cândida da Silveira e Paulo Pimenta, em gozo de férias, DECIDIU, por unanimidade, admitir a ação mandamental e, no mérito, por maioria, vencidos os Desembargadores relator, Elvecio Moura dos Santos e Aldon do Vale Alves Taglialegna, conceder a segurança pretendida, nos termos do voto divergente do Juiz Eugênio José Cesário Rosa, que re-digirá o acórdão. Juntará declaração de voto vencido o relator. Goiânia, 05 de março de 2012.Processo TRT - MS - 0000422-66.2011.5.18.0000RED. DESIGNADO(A): JUIZ EUGÊNIO JOSÉ CESÁRIO ROSARELATOR(A): DESEMBARGADOR DANIEL VIANA JÚNIORImpetrante: MARFRIG ALIMENTOS S.A.ADVOGADO: LUIZ CARLOS AMORIM ROBORTELLA E OUTRO(S)Impetrado: JUÍZO DA VARA DO TRABALHO DE MINEIROSLitisconsorte: GEISE OLIVEIRA TEODOROADVOGADO: MILTON CÉSAR PEREIRA BATISTA E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE MINEIROSDisponibilização: DEJT Nº 937/2012, de 13.03.2012, pág.85.

VALE-TRANSPORTE.O art. 4º, parágrafo único, da Lei 7.418/85 prevê o desconto do vale-transporte no percentual de 6% do salário básico do empregado. As-sim, no caso de desconto a maior, o empregador deve devolver o valor excedente cobrado.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer do recurso e, por maioria, negar-lhe provi-mento, nos termos do voto do Relator. Vencido, em parte, o Desembar-gador Geraldo Rodrigues do Nascimento que dava parcial provimento ao apelo. Sustentou oralmente, pela Reclamada, o Dr. Alexandre Meire-

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les. Presente na tribuna, pela reclamante, o Dr. Altair Gomes da Neiva.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho a Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI. Julgamento, 07 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0001384-56.2011.5.18.0011RELATOR(A): JUIZ PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADERecorrente: L & R UTILIDADES DOMÉSTICAS LTDA.ADVOGADO: ALEXANDRE MEIRELLES E OUTRO(S)Recorrido: RENICLÉIA SOARES MORAISADVOGADO: ALTAIR GOMES DA NEIVAORIGEM: 11ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): ROSANA RABELLO PADOVANIDisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.36/37.

VALIDADE DOS CARTÕES DE PONTO. REGISTRO DE PAGAMENTO DE HORAS EXTRAS. NECESSIDADE DE APONTAMENTO DE EVEN-TUAIS DIFERENÇAS.Sendo válidos os cartões de ponto, bem como havendo consignação expressa de pagamento de horas extras (adicionais de 50% e 100%) nos contracheques, resta ao demandante o encargo de apontar eventu-ais diferenças, o que não ocorreu. Recurso provido, nesse pormenor.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer parcialmente do recurso e dar-lhe parcial provimento, nos termos do voto do Relator.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho a Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI. Goiânia, 07 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0001206-52.2011.5.18.0191RELATOR(A): DESEMBARGADOR GERALDO RODRIGUES DO NASCI-MENTORecorrente: BINOTTO S.A. LOGÍSTICA TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃOADVOGADO: SEBASTIÃO ANTUNES FURTADO E OUTRO(S)Recorrido: FERNANDO SATURNINOADVOGADO: DANYELLA ALVES DE FREITAS E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE MINEIROSJUIZ(A): ALCIANE MARGARIDA DE CARVALHODisponibilização: DEJT Nº 937/2012, de 13.03.2012, pág.80/81.

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VALOR DA CAUSA. ALTERAÇÃO, DE OFÍCIO, EM SENTENÇA QUE É REFORMADA, COM DETERMINAÇÃO DE QUE NOVO JULGAMEN-TO SEJA PROFERIDO. MATÉRIA SILENCIADA NO NOVO JULGA-MENTO. PREVALÊNCIA DAQUELE ATRIBUÍDO NA INICIAL.Prevalece, para todos os efeitos legais – inclusive apuração de multa que o tenha como base de cálculo - o valor da causa atribuído na ini-cial, quando a sentença que o alterou de ofício é reformada, ensejan-do o retorno dos autos ao juízo de origem para novo julgamento, que substitui o primeiro e no qual a matéria não é reapreciada. Agravo de petição a que se dá provimento.ACÓRDÃO: Vistos e relatados estes autos de Agravo de Petição, em que são partes as acima indicadas.Decidiu a Segunda Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, hoje realizada, por unanimidade, co-nhecer do agravo de petição e dar-lhe provimento, nos termos do voto do relator.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRE-NO MEDEIROS e PAULO PIMENTA. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. (Ses-são de Julgamento do dia 07 de março de 2012).Processo TRT - AP - 0152700-51.2008.5.18.0002RELATOR(A): DESEMBARGADOR PAULO PIMENTAAgravante: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADVOGADO: GEISSLER SARAIVA DE GOIAZ JÚNIOR E OUTRO(S)Agravado: EDSON DORNELAS DA COSTAADVOGADO: ANTÔNIO FERNANDO DE LACERDAORIGEM: 2ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): RANÚLIO MENDES MOREIRADisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.26/27.

VERBAS RESCISÓRIAS INCONTROVERSAS. INOCORRÊNCIA DE PAGAMENTO EM AUDIÊNCIA. INCIDÊNCIA DA MULTA DO ART. 467 DA CLT.Tendo os reclamados admitido o início da prestação laboral um mês an-tes da anotação do contrato de trabalho na CTPS, bem como reconhe-cido como devidos os valores a título de férias + 1/3 e de 13º salário, a eles cabiam efetuar em audiência o pagamento das verbas rescisórias em comento, sob pena de incidir na multa do art. 467 da CLT, o que não ocorreu. Recurso obreiro provido para condenar os réus ao paga-mento da multa em tela.Certifico e dou fé que a Terceira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária hoje realizada, com a

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presença dos Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e do Excelentíssimo Juiz convocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE, bem como do Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU, representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho, decidiu, por unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe parcial provimento, nos termos do voto do Relator. Certidão publicada em substituição ao acórdão (art. 895, §1º, IV, da CLT).Processo TRT - RO - 0000306-83.2011.5.18.0251RELATOR(A): DESEMBARGADOR ELVECIO MOURA DOS SANTOSRecorrente: RICHARD JOSÉ DA SOUZAADVOGADO: MARCELO DE ALMEIDA GARCIARecorrido: DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS OLIVEIRA PORANGATU LTDA. E OUTRO(S)ADVOGADO: VALTER GONÇALVES FERREIRA E OUTRO(S)ORIGEM: 1ª VT DE PORANGATUJUIZ(A): NARA BORGES KAADI P. DE PASSOS CRAVEIRODisponibilização: DEJT Nº 939/2012, de 15.03.2012, pág.102/103.

VÍNCULO DE EMPREGO. MOTORISTA AUTÔNOMO.Restando demonstradas a assunção do risco da atividade econômica pelo reclamante e a prestação do trabalho sem subordinação, correta a sentença que declarou a inexistência de vínculo empregatício, haja vista que não foram preenchidos os requisitos estabelecidos no art. 3º da CLT.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer do recurso e negar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU.(Sessão de julgamento do dia 13 de março de 2012)Processo TRT - RO - 0001999-40.2011.5.18.0013RELATOR(A): JUIZ PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADERecorrente: VALMIR LOPESADVOGADO: HIGOR RÉGIS DIAS BATISTA E OUTRO(S)Recorrido: GOIÁS INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COLCHÕES E ESPUMAS LTDA.ADVOGADO: HENRIQUE MARQUES DA SILVAORIGEM: 13ª VT DE GOIÂNIA

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Disponibilização: DEJT Nº 938/2012, de 14.03.2012, pág.40.

VÍNCULO DE EMPREGO. ÔNUS DA PROVA.Admitida pelos reclamados a prestação de serviços por parte do recla-mante, mas afirmando se tratar de contrato de natureza civil, decor-rente de parceria pecuária, é deles o ônus de provar suas alegações, por se tratar de fato impeditivo à pretensão formulada, mormente quando há nos autos outros elementos que levam à presunção de que havia uma relação de emprego entre as partes. Exegese do artigo 333, II, do CPC.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da segunda Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão or-dinária, por unanimidade, conhecer de ambos os recursos e dar-lhes provimento parcial, nos termos do voto do relator.Julgamento realizado com a participação dos Excelentíssimos Desem-bargadores PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHO (Presidente), BRE-NO MEDEIROS e DANIEL VIANA JÚNIOR. Representando o Ministério Público do Trabalho a Excelentíssima Procuradora IARA TEIXEIRA RIOS. (Sessão de julgamento do dia 7 de março de 2012).Processo TRT - RO - 0001194-45.2011.5.18.0221RELATOR(A): DESEMBARGADOR PLATON TEIXEIRA DE AZEVEDO FILHORecorrente: AMADEU SÉRGIO PIERONI E OUTRO(S)ADVOGADO: HUDSON PORTO ALVES E OUTRO(S)Recorrente: JOSÉ ALVES DE OLIVEIRA (ESPÓLIO DE)ADVOGADO: RAUL DE FRANÇA BELÉM FILHO E OUTRO(S)Recorrido: OS MESMOSORIGEM: 1ª VT DE GOIÁSJUIZ(A): CLÉBER MARTINS SALESDisponibilização: DEJT Nº 935/2012, de 09.03.2012, pág.30.

VÍNCULO DE EMPREGO. EMPREGADA DOMÉSTICA.Do conceito de empregado doméstico, depreende-se que um dos re-quisitos legais para a sua caracterização é o desempenho do labor de forma contínua (art. 1º, Lei 5.859/72). In casu, restou provado que a reclamante prestou serviços, na casa do reclamado, de forma contínua, formando-se, assim, a relação de emprego doméstico.Certifico E DOU FÉ que, julgando o presente processo de rito sumaríssi-mo, a Primeira Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária hoje realizada, decidiu, por unanimidade, conhecer do recurso e, no mérito, DAR-LHE PARCIAL PROVIMENTO, nos termos do voto do Relator.Participaram da sessão de julgamento os Excelentíssimos Desembar-gadores Federais do Trabalho, KATHIA MARIA BOMTEMPO DE ALBU-QUERQUE (Presidente), GENTIL PIO DE OLIVEIRA e ALDON DO VALE

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ALVES TAGLIALEGNA. Representou o Ministério Público do Trabalho, o Excelentíssimo Procurador JOSÉ MARCOS DA CUNHA ABREU. Goiânia, 07 de março de 2012. Celso Alves de Moura. Coordenador da Primeira Turma Julgadora.Processo TRT - RO - 0001477-37.2011.5.18.0005RELATOR(A): DESEMBARGADOR ALDON DO VALE ALVES TAGLIALEGNARecorrente: HAILTON MARTINS DE FREITASADVOGADO: DANIELE DE SOUZA BUENO E OUTRO(S)Recorrido: SONIA MARIA DE SOUSAADVOGADO: CELINA MARA GOMES CARVALHOORIGEM: 5ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): SILENE APARECIDA COELHODisponibilização: DEJT Nº 936/2012, de 12.03.2012, pág.75.

VÍNCULO EMPREGATÍCIO. MONTADOR DE MÓVEIS.Conquanto não se insira entre as atividades principais da reclamada, o serviço de montagem dos móveis por ela comercializados era oferecido em seu nome, tanto que os trabalhadores encarregados de tal ativida-de eram reputados seus representantes, e não prestadores de serviços autônomos. Nesse contexto, estando presentes todos pressupostos fático-jurídicos do art. 3° da CLT, na relação jurídica havida entre as partes, inclusive a subordinação, que não se restringe à ingerência patronal na forma de execução do trabalho, devendo também ser afe-rida pela inserção do trabalhador na dinâmica empresarial, há que ser reformada a r. decisão para reconhecer o vínculo empregatício entre as partes. Recurso provido, no particular.ACÓRDÃO: ACORDAM os Desembargadores da Terceira Turma do Egré-gio Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em sessão ordinária, por unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe parcial provimento, determinando o retorno dos autos à Vara de origem, para apreciação das demais matérias, como entender de direito, tudo nos termos do voto do Relator.Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores Federais do Trabalho ELVECIO MOURA DOS SANTOS (Presidente) e GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO e o Excelentíssimo Juiz con-vocado PAULO CANAGÉ DE FREITAS ANDRADE. Representando o d. Ministério Público Regional do Trabalho a Excelentíssima Procuradora JANE ARAÚJO DOS SANTOS VILANI. Goiânia, 07 de março de 2012.Processo TRT - RO - 0000432-80.2011.5.18.0010RELATOR(A): DESEMBARGADOR GERALDO RODRIGUES DO NASCI-MENTORecorrente: CLEITON LEMES NUNESADVOGADO: LUIZ OTÁVIO DA CUNHA ÁLVARESRecorrido: NOVO MUNDO MÓVEIS E UTILIDADES LTDA.

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ADVOGADO: ALEXANDRE MEIRELLES E OUTRO(S)ORIGEM: 10ª VT DE GOIÂNIAJUIZ(A): RODRIGO DIAS DA FONSECADisponibilização: DEJT Nº 937/2012, de 13.03.2012, pág.77/78.

4- Últimas notícias:

QUARTA TURMA REAFIRMA DIREITO DE TRABALHADOR A MAN-TER COBERTURA DE SAÚDE APÓS DESLIGAMENTOData: 15/03/2012A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) dispensou a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) de continuar mantendo um ex-empregado no mesmo plano de saúde ao qual estava vinculado quando em serviço. No entanto, a Turma reco-nheceu que os trabalhadores demitidos sem justa causa ou exonerados têm direito a manter a cobertura assistencial de que gozavam durante o contrato de trabalho, desde que assumam o pagamento integral da contribuição. Os ministros deram provimento ao recurso da Cassi por considerar que, nos termos da Lei 9.656/98 (que disciplina os planos de saúde priva-dos), o período de manutenção do ex-empregado e seus dependentes no mesmo plano é de no máximo 24 meses, mas, no caso em julga-mento, o trabalhador já vinha se beneficiando da garantia legal desde 2003, por força de liminar judicial. Em 2003, o ex-empregado do Banco do Brasil ajuizou ação afirmando que, entre setembro de 1977 e junho de 2002, manteve-se vinculado à Cassi, inscrito no chamado plano associado. Sustentou que, com o rompimento de seu vínculo empregatício com o banco, a Cassi, com base no artigo 6º de seu estatuto, promoveu de modo unilateral sua desfiliação do plano, obrigando-o a aderir ao plano saúde familiar, mais oneroso e menos benéfico, inclusive com limitação quanto ao atendi-mento de dependentes. Estatuto O juízo da 17ª Vara Cível de Brasília julgou o pedido procedente. A Cassi apelou, mas o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) man-teve a sentença. Inconformada, a Cassi recorreu ao STJ sustentando que o plano associado é um benefício contratual do BB destinado aos empregados ativos e aposentados e que, havendo desligamento do banco, o titular se desvincula desse plano, conforme prevê seu estatu-to. Segundo a Cassi, o ex-empregado deveria ter feito uso de seu direito de optar pela manutenção do plano no prazo de 30 dias após o desli-gamento do banco, mas não o fez, pois aderiu a outra modalidade de plano de saúde.

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A Cassi disse ainda que compete à Agência Nacional de Saúde (ANS) propor políticas e diretrizes gerais ao Conselho Nacional de Saúde Suplementar (Consu), cujas resoluções têm força regulamentar, não havendo que se cogitar em aplicação de normas do Código de Defesa do Consumidor. Em seu voto, o relator, ministro Luis Felipe Salomão, concluiu que o artigo 30, parágrafo 1º, da Lei 9.656 assegura a manutenção do ex-empregado como beneficiário do plano de saúde, desde que assuma o pagamento integral, arcando também com a parte patronal, pelo perí-odo máximo de 24 meses. Como, por força de liminar, o autor da ação permanece no plano associado desde 2003, sua manutenção nesse plano não pode ser mais imposta à Cassi. Salomão disse que o artigo 30, inclusive com a determinação de prazo máximo de 24 meses, é dis-positivo autoaplicável, cuja eficácia não depende de regulamentação, ao contrário do que sustentava a Cassi. Malícia O ministro, porém, contestou a afirmação da Cassi de que o ex-empre-gado teria deixado de exercer seu direito de opção, escolhendo volun-tariamente outro plano. Segundo o processo, o autor da ação pagava R$ 110,75 pela assistência médico-hospitalar do plano, quando em-pregado, e passaria a pagar R$ 276,88 caso assumisse a contribuição patronal para ficar no mesmo plano, como era seu direito por lei. “Com a mudança para outro plano, com pior cobertura, passou a pagar R$ 592,92, não se podendo admitir que o fez espontaneamente”, afirmou o relator. “A tese de que não teve interesse em permanecer no plano associado, que lhe era amplamente favorável, e, de modo voluntário e consciente, aderiu ao plano saúde família, deve ser repelida”, acrescentou o minis-tro Salomão, para quem a Cassi faltou com os deveres de lealdade e boa-fé ao agravar “sem razoabilidade” a situação do parceiro contratu-al. Para o relator, os próprios argumentos apresentados pela Cassi são re-veladores de sua “nítida malícia”, quando sustenta, “ao arrepio da lei”, que seu estatuto só admite a manutenção do consumidor no plano as-sociado enquanto durar seu vínculo empregatício. Luis Felipe Salomão ressaltou que não só a Lei 9.656 como também o Código de Defesa do Consumidor impõem que seja reconhecido o direito do trabalhador exonerado ou demitido sem justa causa a permanecer com a cobertura nas mesmas condições, apenas assumindo o valor integral da contri-buição e por prazo limitado pela lei. Fonte: www.stj.jus.br

EMPREGADOR É RESPONSÁVEL POR PAGAMENTO DE SALÁRIOS DE EMPREGADO AFASTADO PELA PREVIDÊNCIA

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Data: 15/03/2012Em acórdão da 14ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Re-gião (SP), o juiz convocado Marcio Mendes Granconato entendeu que são de responsabilidade do empregador os salários dos empregados afastados em vista de ser daquele o risco do empreendimento, além da inegável responsabilidade social envolvida, conforme dita o artigo 170 da Constituição. Nas palavras do magistrado, “não lhe é dado suspender o contrato de trabalho unilateralmente e deixar o empregado sem salário por longos meses, sabendo que esta é sua única fonte de sustento.” Esse enten-dimento vai ao encontro, inclusive, de um dos princípios basilares do Direito do Trabalho – o Princípio da Continuidade da Relação Emprega-tícia. Dessa forma, nos casos em que o trabalhador não consegue receber o benefício previdenciário, a empresa tem o dever social de arcar com os salários deste empregado até que a situação se restabeleça, ou seja, até que o trabalhador esteja saudável ou obtenha o direito ao benefí-cio. Por isso, o recurso ordinário interposto pelo empregador foi negado nesse aspecto, por unanimidade de votos. Outras decisões podem ser encontradas na aba Bases Jurídicas / Juris-prudência. (Proc. 01999007620085020462 – RO) Fonte: www.trt2.jus.br

JUIZ DETERMINA MANUTENÇÃO DE PLANO DE SAÚDE EM CON-TRATO SUSPENSOData: 15/03/2012O juiz Renato de Sousa Resende, titular da 2ª Vara do Trabalho de Poços de Caldas julgou o caso de um trabalhador que pedia a conde-nação da empregadora a manter seu plano de saúde. O reclamante é empregado da empresa desde 2001, mas está afastado do serviço por doença comum, recebendo benefício previdenciário. Desde setembro de 2011 não conseguiu mais atendimento médico pelo plano, porque a ré o excluiu. A defesa argumentou que a enfermidade não foi causada pelo trabalho e que, por essa razão, a suspensão do contrato não gera efeitos. A empresa sustentou ainda que, não existindo pagamento de salário, não há como descontar a parte do empregado no custeio do benefício. Por fim, insistiu na tese de que o acesso à saúde é obrigação do Estado. Mas o juiz sentenciante deu razão ao empregado. Explicando o caso, o magistrado ressaltou que, por já ter julgado vários outros processos com o mesmo objeto, tem conhecimento de que a concessão de plano médico é previsto em norma firmada pelo sindicato dos empregados

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e a empregadora. Explicou o magistrado que, durante a suspensão do contrato de trabalho, diversas obrigações contratuais são também suspensas. No entanto, algumas cláusulas mínimas permanecem, como por exemplo, as que proíbem o empregado de violar segredo da em-presa ou de praticar concorrência desleal. Da mesma forma, o em-pregador continua obrigado a respeitar a integridade física e moral do trabalhador. Por isso é que o artigo 471 da CLT, que assegura ao empregado afas-tado, por ocasião de sua volta, todas as vantagens atribuídas à cate-goria, não pode ser interpretada de forma restrita. “Como se percebe, até mesmo a saúde empresarial poderia ficar em risco se prevaleces-se a inteligência de que os efeitos se suspendem completamente, de modo absoluto. Poderia o empregado, nesta linha de raciocínio, ver-se liberado dos deveres de respeitar segredo empresarial, ou implemen-tar concorrência desleal ao empregador, e com isso, causar prejuízo à integridade da atividade econômica” , ressaltou o juiz. No entender do magistrado, não faria sentido o sindicato firmar um acordo coletivo para a instituição de plano médico e odontológico que não pudesse ser usado quando o empregado mais necessitasse dele, ou seja, em momentos de doença. Afinal, a negociação coletiva visa à melhoria da condição social do trabalhador. Aceitar a conduta da empresa, de exclusão do empregado do plano, enquanto o contrato de trabalho está suspenso, equivale a dizer que o plano de saúde imple-mentado só atende às doenças leves, de pouca gravidade. “Seria possí-vel efetuar uma distinção desta ordem? Parece que não” , indagou. Também não tem cabimento o argumento da reclamada quanto à Pre-vidência Social e o Sistema Único de Saúde bastarem para assegurar a saúde e integridade física do trabalhador durante a suspensão con-tratual. Chega a ser contraditório, pois, se a empresa admitiu a imple-mentação de um plano de saúde é porque reconheceu que somente a prestação pelo Poder Público não é suficiente. “Não obstante saber que não compete à empresa substituir o Poder Público não se pode negar que a eficácia dos direitos fundamentais, incluídos aí os direitos à vida e à integridade física, é horizontal, ou seja, a todos na sociedade compete implementá-los. A concretização dos direitos fundamentais, por conseguinte, não é dependente apenas de prestações públicas, num regime verticalizado, mas compete a todos”, destacou o julgador. Se a saúde é prioridade do Estado, cabe também aos cidadãos e à livre iniciativa contribuir para que ela seja mantida. O juiz sentenciante frisou que pouco importa se a empregadora causou ou não o problema de saúde do empregado. A manutenção do plano médico decorre de obrigações assumidas em negociação coletiva, para melhoria da condição social do trabalhador. Portanto, o magistrado determinou a manutenção do plano de saúde do reclamante, mediante

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depósito mensal da cota parte do trabalhador, confirmando a antecipa-ção da tutela, que já havia sido deferida. A reclamada não apresentou recurso e a sentença já transitou em julgado. (nº 01074-2011-149-03-00-2) Fonte: www.trt3.jus.br

EMPREGADOR NÃO PODE DESCONTAR AVISO PRÉVIO NÃO TRA-BALHADOData: 15/03/2012A 7ª Turma do TRT-MG julgou o recurso de uma empresa que não se conformava em ter que pagar a multa do artigo 477 da CLT por atraso na quitação dos valores rescisórios. Segundo a recorrente, não hou-ve pagamento de qualquer quantia na rescisão contratual. E por uma razão simples. O reclamante pediu demissão e recusou-se a cumprir o aviso prévio. Por isso, a empregadora descontou das verbas rescisórias o valor do aviso a ser pago pelo trabalhador ao empregador, o que le-vou a um total negativo. Não havendo nada a ser recebido pelo empre-gado, a multa do artigo 477, na visão da reclamada, seria indevida. Mas, de acordo com o relator do recurso, juiz convocado Mauro Cé-sar Silva, o procedimento adotado pela ré é incorreto. Acompanhando os fundamentos da decisão de 1º Grau, o magistrado explicou que o não cumprimento do aviso prévio não dá ao empregador o direito de descontar das parcelas rescisórias o valor referente a esse período. Até porque, não há amparo legal para isso. O parágrafo 2º do artigo 487 da CLT é claro ao determinar que a falta do aviso prévio por parte do empregado possibilita ao empregador descontar os salários correspon-dentes ao prazo respectivo. Para o relator, não há dúvida de que o dispositivo em questão permi-te ao empregador descontar somente os salários correspondentes ao período não trabalhado. Se o empregado não trabalhou, não há o que receber. Daí porque se fala em desconto. Situação diversa e absurda é impor ao empregado a obrigação de pagar pelo serviço não prestado. No caso, o empregador está usufruindo de mão de obra sem remune-rar por ela, porque o empregado que está deixando o emprego é quem arcará com o salário do substituto, o que destoa dos princípios básicos do direito do trabalho. No entender do juiz convocado, o desconto realizado sob o título de aviso prévio, no valor de R$1.697,50, é mesmo inválido. Sendo assim, o reclamante passou a ser credor de valores rescisórios e a ausência do pagamento desse montante leva ao pagamento da multa do artigo 477 da CLT, conforme decidido pela sentença. (0000087-95.2011.5.03.0022 RO ) Fonte: www.trt3.jus.br

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JT É COMPETENTE PARA JULGAR DANO DE TRABALHADOR QUE TEVE NOME NO SERASA POR CULPA DO EMPREGADORData: 15/03/2012A Justiça do Trabalho é competente para apreciar pedido de reparação de dano por inclusão do nome do empregado em cadastro de restrição de crédito, situação essa gerada pelo fato de a empregadora não ter repassado à instituição financeira contratada o valor referente a em-préstimo consignado a ele concedido, muito embora o valor da parcela tenha sido descontado do salário do empregado. Assim decidiu a 8ª Turma do TRT-MG, com base no voto da então juíza convocada Mônica Sette Lopes. No caso, o reclamante prestou serviços à empregadora e contratou empréstimo consignado com instituição financeira, conforme autorizado pela Lei 10.820/03. A relatora explicou que esse contrato não se carac-teriza como de emprego, tampouco como relação de trabalho. Trata-se de contrato de mútuo, disciplinado por lei civil, que em nada se relacio-na com a relação de emprego existente entre as partes. Segundo frisou a magistrada, não há prova no processo de que a empregadora tenha obrigado o reclamante a firmar o contrato ou tenha se responsabiliza-do por ele de qualquer modo. Daí se deduzir que a vontade de aderir à proposta de empréstimo partiu do próprio reclamante. Portanto, no entender da julgadora, o vínculo que se formou escapou inteiramente do controle da empregadora. Mas uma peculiaridade se fez presente no caso analisado pela magis-trada: é que a empregadora realizou o desconto no valor do salário do reclamante, mas não o repassou à instituição financeira. Assim, o trabalhador ficou com uma dívida. A partir do momento em que a em-pregadora reteve a parcela, a questão passou a envolver a relação de emprego. Isso porque na verdade o valor que seria repassado à ins-tituição financeira nada mais era que o próprio salário do trabalhador. Por esse enfoque, a julgadora entendeu que a competência para julgar é da Justiça do Trabalho. No mérito, a Turma julgadora manteve a sentença que condenou a empresa a pagar indenização de R$3.500,00 por dano moral. No pro-cesso ficou demonstrado que o reclamante teve seu nome lançado no cadastro de restrição de crédito no período compreendido entre junho de 2005 a junho de 2009. A verba “Empréstimo/Parcela” foi desconta-da mensalmente no valor de R$78,69, o que revela que o reclamante cumpriu com sua parte no trato. Para a relatora, a empregadora agiu de forma ilícita e culposa ao deixar de fiscalizar devidamente o cumpri-mento do contrato e retenção do valor. “A conduta culposa das recla-madas causou danos ao autor, a começar pelo constrangimento de ter seu nome exposto quando não era devedor de nada e não tinha meios para coibir a ação ilícita de sua empregadora, na fragilidade que é na-

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tural na relação de subordinação, em que o empregado tem no traba-lho a sua sobrevivência”, concluiu a julgadora. (0105300-25.2009.5.03.0131 RO ) Fonte: www.trt3.jus.br

ANULAÇÃO DE DISPENSA FARÁ FACULDADE PAGAR VERBAS DE R$ 600 MILData: 15/03/2012A Sociedade de Ensino Superior Estácio de Sá foi condenada a pagar a um ex-empregado verbas trabalhistas que podem chegar a R$600 mil. A decisão do juiz José Saba Filho, Titular da 73ª Vara do Traba-lho do Rio de Janeiro, anulou a dispensa do trabalhador e declarou a unicidade dos dois contratos que o mesmo manteve com a instituição, considerando como suspensão contratual o período de afastamento do trabalhador, pois entendeu que a interrupção da prestação de serviços teve o objetivo de fraudar a legislação trabalhista. O autor foi contratado em 1986 para exercer o cargo de coordenador. Dispensado em julho de 2006, foi recontratado em outubro do mesmo ano como gerente, vindo a desempenhar atividades de maior respon-sabilidade, inclusive com maior autonomia, coordenando a totalidade da parte acadêmica. Apesar disso, passou a ganhar menos do que recebia durante o seu primeiro contrato. Em sua defesa, a universidade negou a unicidade contratual e sus-tentou que foram firmados dois contratos de trabalho distintos, para o exercício de cargos diversos. Segundo afirmou o representante da empresa, teria havido uma reestruturação salarial em relação à maioria dos empregados, resultando numa diminuição dos salários. Entretanto, por ninguém ter substituído o empregado durante seu afas-tamento, e pelo fato de o trabalhador ter sido recontratado para uma função de maior relevância, o juiz José Saba Filho se convenceu de que o afastamento do coordenador teve o objetivo de burlar seus direitos trabalhistas, devendo ser considerado nulo, em cumprimento ao que determina o artigo 9º da CLT. Além disso, o magistrado também fundamentou sua decisão com a Portaria Nº 384/1992, do Ministério do Trabalho e Emprego, que, em seu artigo 2º, considera “fraudulenta a rescisão seguida de recontra-tação ou de permanência do trabalhador em serviço quando ocorrida dentro dos noventa dias subsequentes à data em que formalmente a rescisão se operou”. Assim, em razão do princípio da irredutibilidade salarial, o juiz en-tendeu que o trabalhador teria direito ao mesmo salário que recebia em sua primeira contratação, condenando a Estácio ao pagamento de todas as diferenças, como se o contrato de trabalho jamais tivesse sido interrompido, desde 2006.

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Nas decisões proferidas pela Justiça do Trabalho são admissíveis os recursos enumerados no art. 893 da CLT. Fonte: www.trt1.jus.br

MUNICÍPIO DE PONTAL É CONDENADO A INDENIZAR FISCAL DE OBRAS QUE SOFREU ASSÉDIO MORALAssédio ocorreu porque o trabalhador contrariou ordens do secretário do Departamento de Engenharia, que pretendia isentar parentes e ou-tras pessoas de qualquer tipo de autuação A 8ª Câmara do TRT manteve o valor de R$ 15 mil arbitrado pela 1ª Vara do Trabalho (VT) de Sertãozinho, como indenização por danos morais a um funcionário público que sofreu assédio moral do superior hierárquico. No entendimento do fiscal, que recorreu da sentença da VT, o valor deveria ser de cem salários mínimos. O relator do acórdão da 8ª Câmara foi o desembargador Flavio Allegretti de Campos Cooper. O reclamante trabalha para o Município de Pontal, na qualidade de fiscal de obras, e tem como função autuar obras e terrenos baldios ir-regulares no âmbito do município. A partir do mês de janeiro de 2009, passou a responder a um novo chefe, que também ocupava o cargo de secretário do Departamento de Engenharia. Foi então que “começou a sofrer pressão para que deixasse de realizar as autuações em relação a certas pessoas (parentes e clientes do secretário, que é engenheiro civil)”. O fiscal se negou a curvar-se às pressões sofridas e continuou a autuar as obras irregulares. Em razão disso, sofreu represálias do secretá-rio. Primeiro foi a troca de sua área de atuação, depois a retirada do talonário de multas. Em 11 de agosto de 2009, por causa da aplicação da pena de multa a um parente do secretário, este foi “tirar satisfação” com o fiscal. Os dois discutiram, e foi então que o secretário amea-çou o subordinado dizendo “que era para seguir suas ordens ou seria dispensado por insubordinação”. Mas não foi só. Como represália ao subordinado, o secretário o denunciou ao chefe do Executivo municipal, que instaurou um procedimento administrativo contra o fiscal. No processo na Justiça do Trabalho, o município se defendeu, alegando que “não há qualquer irregularidade no processo administrativo disci-plinar a que foi submetido o reclamante”, mas em nenhum momento contestou os fatos nos quais o autor fundamenta a sua pretensão de indenização por danos morais. E, por isso, a sentença de primeiro grau aplicou a pena de confissão ao município, “reconhecendo como verda-deiros os fatos alegados pelo reclamante, ante a falta de impugnação especificada, nos termos do ‘caput’ do artigo 302 do CPC”. O juízo da 1ª Vara do Trabalho de Sertãozinho arbitrou em R$ 15 mil a indenização por danos morais, mas negou a indenização por danos materiais, no valor de R$ 3 mil, pedida pelo fiscal, que alegou ter tido

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gastos pessoais com sua defesa no processo administrativo disciplinar que sofreu. Segundo a sentença, “o município tem o poder-dever de instaurar o processo administrativo disciplinar quando tiver ciência do cometimento de qualquer falta dos seus servidores”. Por isso, a sen-tença descartou “qualquer dano material a ser reparado em razão da instauração da sindicância”, até porque o trabalhador não informou que tenha ocorrido abuso no processo em si, “o que leva a crer que foram observados o contraditório e a ampla defesa”. O fiscal de obras não concordou com a sentença e recorreu, insistindo na indenização por danos materiais e no aumento do valor arbitrado a título de danos morais. A 8ª Câmara do TRT confirmou a sentença de primeira instância, afir-mando que “apesar de realmente comprovado que o autor não teve nenhuma culpa no episódio relatado pelo seu superior hierárquico (denunciante), segundo o parecer final da Comissão Processante, fato é que o município reclamado tinha o dever legal de instaurar o referido processo”. A decisão colegiada salientou que “não reconhece a aplicação, na Justi-ça do Trabalho, do princípio da sucumbência, por inexistente cominação expressa”. E lembrou que “mesmo após a vigência do novo Código Civil persiste a matéria, na seara trabalhista, sob regência de norma es-pecífica (Lei 5.584/1970), de modo que, não se encontrando, no caso presente, satisfeitas as exigências previstas neste diploma legal (artigo 14), visto que não há assistência judiciária pelo órgão sindical profis-sional, correto o indeferimento (Súmulas 219 e 329 do C. TST)”. Quanto ao aumento do valor da indenização por danos morais, o acórdão lembrou que “o dano moral pode ser conceituado como o constrangimento que alguém experimenta em consequência de uma lesão em seu direito personalíssimo, causado ilicitamente por outrem”, e acrescentou que esse dano “surte efeitos no âmago subjetivo do ser humano, em decorrência de ofensas à sua dignidade e à sua intimida-de, causando-lhe profunda dor, tristeza e constrangimento”. E concluiu que, “ao contrário do dano material, o dano moral não afeta bens ma-teriais, nem os comercialmente redutíveis a dinheiro, mas é aquele que lesiona a esfera personalíssima da pessoa (intimidade, vida privada, honra e imagem) e que repercute na esfera do meio em que vive”. No que se refere ao valor a ser arbitrado, o acórdão destacou que “a reparação não deve trazer em si a ideia de pagamento pela lesão sofrida, como se fosse medida contraprestativa, assemelhando-se a elemento de troca mercantil, uma vez que o bem jurídico ofendido não tem valor econômico”. O acórdão destacou, porém, que “o pior mesmo a ser ressaltado, pelo que se observa na cópia do referido processo administrativo disciplinar, é a motivação torpe que levou à instauração do inquérito, qual seja,

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a recusa (legal) do autor ao cumprimento da ordem do seu superior hierárquico, no sentido de deixar de fiscalizar áreas e pessoas, sendo algumas destas parentes e clientes daquele”. O acórdão destacou tre-cho do relatório final, em que se concluiu que “o funcionário indiciado efetuou um procedimento correto, de acordo com as suas atividades funcionais de fiscal de obras”. Mas ressaltou a inexplicável contradição, no mesmo relatório, de dar ao indiciado “a pena de advertência sem prejuízo algum aos seus vencimentos salariais e também sem afasta-mento de suas funções”. A Câmara concluiu que o caso é peculiar e que houve até mesmo “apli-cação indevida de pena de advertência pelo reclamado”, mas conside-rou razoável o valor de R$ 15 mil, “não havendo como se conceber o pleito recursal de arbitramento da indenização no valor de cem salários mínimos”. (Processo 0217700-83.2009.5.15.0054) Fonte: www.trt15.jus.br

PRESCRIÇÃO PARA AÇÃO SOBRE DOENÇA PROFISSIONAL CO-MEÇA A PARTIR DA CIÊNCIA DA INCAPACIDADEData: 15/03/2012A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho não conheceu de recurso do Banco do Brasil S/A e manteve decisão que o condenou a indenizar um trabalhador acometido por doença profissional. A Turma considerou que o marco prescricional para ajuizamento de ação na Jus-tiça do Trabalho nesse caso é a data da ciência inequívoca da incapa-cidade para o trabalho e afastou a prescrição alegada pelo banco, que pretendia ser absolvido da condenação ao pagamento de indenização. O funcionário tinha apenas 20 anos ao ser admitido no Banco do Brasil, em 1982. Em 1999, segundo contou na inicial, começou a sentir os primeiros sintomas da doença e foi diagnosticado com um tipo de lesão por esforço repetitivo/distúrbio osteomolecular relacionado ao trabalho (LER/DORT). Em junho de 2000, foi afastado por auxílio-doença aci-dentário e, em abril de 2004, aposentou-se por invalidez. A ação contra o banco foi ajuizada em novembro de 2006. A Vara do Trabalho de Parnaíba (PI) fixou a indenização em R$ 60 mil. O banco, ao recorrer ao Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região (PI), alegou a prescrição do direito de ação. Afirmou que o contrato foi extinto com a aposentadoria por invalidez em 21/04/2004, mas a ação somente foi ajuizada em 23/11/2006 – após prazo bienal trabalhista previsto no artigo 7º, inciso XXIX, da Constituição Federal. O TRT-PI afastou a prescrição bienal. Considerando que o fato ou evento danoso (data da emissão do CAT) ocorreu em junho de 2000, o Regional aplicou a regra de transição do artigo 2.028 do Código Civil e entendeu que o prazo de dez anos deveria ser contado a partir de ja-neiro de 2003 e terminaria em janeiro de 2013, sendo que a ação fora

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ajuizada em novembro de 2006. Ao recorrer ao TST, o BB insistiu na prescrição bienal contada a partir da data de emissão do CAT. O relator do recurso de revista na Terceira Turma, juiz convocado Flávio Portinho Sirangelo, destacou, primeira-mente, que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) consolidou entendi-mento de que o marco inicial da prescrição nas ações de indenização, é a data em que o segurado teve ciência inequívoca da incapacidade para o trabalho (Súmula 278 do STJ). Observou, ainda, que, embora a ação tenha sido ajuizada já na vigência da Emenda Constitucional 45/2004, que estabeleceu a competência da Justiça do Trabalho para julgar ações desse tipo, o dano ocorreu antes de sua edição – o que poderia suscitar dúvidas quanto à prescrição aplicável, cível ou trabalhista. “Por força dos princípios da segurança e da proteção, que orienta toda a interpretação do Direito do Trabalho, a modificação da competência não poderia surpreender o empregado com a aplicação de novo prazo prescricional, reduzido, à sua pretensão”, afirmou. Para o relator, se a incidência da prescrição trabalhista, de aplicação imediata, não reduz o prazo previsto na legislação civil, a contagem deve observar o prazo previsto no artigo 7º, inciso XXIX, da Consti-tuição da República. Nesse sentido, observou que, ajuizada a ação em 23/11/2006, e não havendo notícia sobre a extinção do contrato de trabalho, no caso, não existe a prescrição quinquenal a ser pronuncia-da, seja a partir da vigência da EC 45/2004, em 1º/1/2005, seja conta-da do dia 21/4/2004, data da aposentadoria por invalidez. Processo: RR-85200-19.2006.5.22.0101 Fonte: www.tst.jus.br

DILL CONSEGUE RESCISÃO INDIRETA COM SÃO PAULO POR FALTA DE PAGAMENTO DE DIREITO DE IMAGEMData: 15/03/2012A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho considerou como motivo para a rescisão indireta do contrato de trabalho o não paga-mento, pelo São Paulo Futebol Clube, de parcelas referentes ao direito de imagem do ex-jogador Elpídio Barbosa Conceição (conhecido como Dill). De acordo com a Turma, embora não tenha natureza salarial, o contrato de cessão de imagem é uma parte acessória do contrato de trabalho. Por isso, o inadimplemento justifica a rescisão indireta – na qual o empregado é quem toma a iniciativa de romper o contrato, mas preserva o direito a todas as verbas rescisórias. Quando ingressou no clube, em outubro 2011, Dill acertou com o São Paulo o salário de R$ 20 mil para um contrato de trabalho de 50 me-ses. Fez, também, um contrato de uso de imagem no valor de R$ 2,1 milhões, divididos em 50 parcelas iguais de R$ 42,6 mil. Em julho de 2004, o jogador entrou com ação trabalhista pedindo o pagamento

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de 11 dessas parcelas, correspondentes ao período de abril de 2003 a junho de 2004, quando foi cedido ao Botafogo do Rio de Janeiro e ficou recebendo apenas o salário. Pediu ainda que as parcelas fossem consi-deradas salário, com os devidos reflexos no FGTS, férias e 13º salários, e a recisão indireta do contrato de trabalho pela ausência de pagamen-to dos direitos de imagens. A 60ª Vara do Trabalho de São Paulo, ao julgar o processo, aceitou as parcelas como salariais, com direito aos reflexos pedidos, e considerou seu não pagamento como uma forma de demissão indireta, contada a partir da data do ajuizamento da ação. O São Paulo recorreu ao Tribu-nal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP), que reformou a decisão original por entender que o contrato de imagem, firmado com uma pessoa jurídica constituída pelo jogador, é de natureza civil, sem qual-quer ligação com a relação de trabalho, de outra natureza legal. Assim, não sendo salário, não poderia ter reflexo sobre as verbas trabalhistas, nem a falta de pagamento ser motivo para a rescisão indireta. Por fim, o jogador recorreu ao TST contra essa decisão. O ministro Maurício Godinho Delgado, relator na Sexta Turma, concordou com Re-gional ao não considerar as parcelas referentes ao contrato de imagem como de natureza salarial, mas discordou quanto à rescisão indireta. Para o ministro, o São Paulo incidiu em “grave inadimplemento contra-tual” quando deixou de pagar as parcelas, parte acessória do contrato de trabalho, “sendo este fato inequívoco e incontroverso”, o que resulta na rescisão indireta do contrato de trabalho – artigo 31 da Lei 9.615/98 (Lei Pelé), combinado com o artigo 483, alínea “d”, da CLT. Seguindo o relator, a Sexta Turma deu provimento ao recurso do joga-dor para restabelecer, em parte, a decisão da Vara do Trabalho, man-tendo o pagamento referente às parcelas não pagas, calculados em R$ 469 mil (valor de julho de 2004), das verbas rescisórias (férias e 13º proporcionais e 40% do FGTS) e da indenização dos meses restantes do contrato de trabalho não cumprido (multa do artigo 479 da CLT), tudo a ser apurado na execução da sentença. O São Paulo foi conde-nado a pagar ainda o percentual que cabe ao jogador nos direitos de transmissão de televisão (direito de arena). Processo: RR-152000-81.2004.5.02.0060 Fonte: www.tst.jus.br

EMPREGADO DO ANTIGO DCT RECEBERÁ INDENIZAÇÃO DA ECT POR PERÍODO ANTERIOR A MUDANÇAData: 15/03/2012Em decisão desfavorável à Empresa Brasileira de Correios e Telégra-fos (ECT), a Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve sentença que deferira o pagamento de indenização em dobro a um empregado referente ao período anterior à sua opção pelo regime do

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Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), num total de 26 anos de trabalho prestado à empresa. A alegação da ECT, desde a condenação em primeiro grau, era a de que o empregado, ao aderir ao Programa de Demissão Voluntária, não teria direito à indenização nos moldes pretendidos, pois o requisito para tal (demissão sem justa causa) não fora atendido. A empresa entendia, ainda, que, na adesão ao PDV, o empregado renunciara a todos os direitos trabalhistas a que fazia jus. Contudo, conforme destacou o Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO), o trabalhador foi admitido em 1950 pelo antigo Depar-tamento de Correios e Telégrafos (DCT), autarquia federal vinculada à administração direta, transformada em 1969 em empresa pública com a denominação de Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Em 1975, o empregado foi contratado pela ECT e optou pelo regime do FGTS. A promulgação da Lei nº 6.184/74 possibilitou a integração dos ser-vidores de órgãos da administração direta aos quadros das empresas públicas, convertendo a regência do contrato de trabalho do regime estatutário para o celetista. A Lei nº 5.107/1966, que criou o FGTS, assegurou aos trabalhadores o direito à indenização decorrente da es-tabilidade decenal, prevista no artigo 492 da CLT, desde que atendidos seus requisitos. “Vê-se que os empregados que optassem pelo FGTS necessariamente abririam mão da estabilidade adquirida pelo tempo de serviço prestado à empresa, como previsto pela Súmula 98, item II, do TST”, afirma a decisão regional. “Todavia, manteriam o direito à per-cepção da indenização decorrente daquela estabilidade.” Ao recorrer ao TST, a ECT sustentou ser indevida a indenização em dobro por não ser o empregado beneficiário da garantia de emprego prevista do artigo 492 da CLT para empregados que contassem com mais de dez anos de serviço na mesma empresa, alegando que, an-tes da passar aos quadros da ECT e optar pelo FGTS, seu regime era estatutário. Afirmou, ainda, que a rescisão do contrato não se deu sem justa causa, mas em razão de sua adesão ao PDV. Nesse contexto, o ministro Lelio Bentes Corrêa, relator do acórdão, observou que a absorção dos servidores do DCT pela ECT, na qualidade de celetistas, se deu com a garantia do cômputo do tempo de serviço anterior para todos os efeitos, conforme a Lei nº 6.184/74. “Conside-rando que o próprio regulamento da empresa estabelece que a adesão ao PDV importaria o desligamento do empregado sob a modalidade ‘sem justa causa’, resulta inafastável a conclusão de que, contando o trabalhador mais de dez anos de serviço à época da opção, tem direito à indenização em dobro pelo tempo anterior”, concluiu. A decisão foi unânime. Processo: AIRR-216-65.2010.5.18.0007

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SERVENTE RECEBERÁ INSALUBRIDADE EM GRAU MÁXIMO POR LIMPEZA DE BANHEIROS EM ESCOLAData: 15/03/2012A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho reconheceu o direito ao adicional de insalubridade em grau máximo para uma traba-lhadora que fazia limpeza de banheiros em estabelecimento de ensino. A Turma confirmou decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC) que havia condenado o Colégio Transformação Ltda. ao pagamento do adicional. A servente havia tentado receber o adicional em reclamatória trabalhis-ta, mas, de acordo com a sentença, não estava exposta a lixo urbano ao realizar a limpeza na escola, hipótese relacionada na NR 15, anexo 14, da Portaria n.º 3.214/78, que dispõe sobre o grau de insalubridade para a segurança e saúde do trabalhador. Em recentes decisões, o TST tem entendido que quando o ambiente é frequentado por um número irrestrito de pessoas, caso diferente de limpeza em ambientes domésti-cos e escritórios, é possível o enquadramento do trabalho desenvolvido pelo empregado entre as atividades envolvendo agentes biológicos de que trata o anexo. No recurso de revista trazido ao TST, a empresa insistiu na tese de que o adicional de insalubridade não era cabível, pois o órgão regulamenta-dor não enquadrou a atividade desempenhada pela trabalhadora como insalubre. Se não enquadrada, não caberia a realização da perícia. Dessa forma, entendeu violado o artigo 190 da CLT. Para o ministro José Roberto Freire Pimenta, relator do processo no TST, a Orientação Jurisprudencial nº 4 da SDI-1 do TST, que trata especificamente de limpeza em residências e escritórios e a respectiva coleta de lixo, não foi violada. Para o magistrado, não dá para compa-rar a limpeza em banheiro de uso público (professores, pais, visitantes e alunos) com aquela que se faz em residências e escritórios. Além do mais, “a limpeza dos sanitários ultrapassava o âmbito interno da instituição educacional, na medida em que os banheiros eram disponi-bilizados a público numeroso e diversificado”. Assim, considerado válido o laudo pericial que comprovou o trabalho insalubre, a trabalhadora deverá receber o adicional devido. Processo: RR-109800-80.2007.5.12.0026 Fonte: www.tst.jus.br

CONFEDERAÇÃO DE MOTORISTAS PEDE REVISÃO DA OJ 315Data: 15/03/2012Representantes da Confederação Nacional de Trabalhadores em Trans-porte Terrestre (CNTTT) entregaram hoje (14) ao presidente do Tribu-

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nal Superior do Trabalho, ministro João Oreste Dalazen, requerimento para que o Tribunal estude a possibilidade de alteração da Orienta-ção Jurisprudencial nº 315 da Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1), que define como trabalhador rural o motorista de empresas com atividade predominantemente rural. Os dirigentes da CNTTT manifestaram sua preocupação com interpre-tações que consideram “equivocadas” da expressão “enquadramento” contida na OJ, que dá margem a confusões quanto ao enquadramento sindical desses motoristas quando, no seu entendimento, o verbete tra-ta do tema sob a ótica apenas da prescrição. Segundo a confederação, alguns Tribunais Regionais têm aplicado aos motoristas de empresas como usinas de cana-de-açúcar e madeireiras os instrumentos cole-tivos dos trabalhadores rurais, em detrimento do fato de se tratar de categoria diferenciada. O ministro Dalazen disse ao grupo que encaminhará o requerimento à Comissão de Jurisprudência do TST e proporá sua discussão em algum caso concreto que venha a ser julgado pela SDI-1 ou na segunda Se-mana do TST, que pretende realizar no segundo semestre, nos mesmos moldes da realizada em 2011, com o objetivo de discutir e atualizar a jurisprudência do Tribunal. Fonte: www.tst.jus.br

INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL É REVERTIDA EM QUALIFICA-ÇÃO PROFISSIONAL EM PALMAS (TO)Data: 15/03/2012Palmas (TO) - Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado pela empre-sa SPA Engenharia, Indústria e Comércio Ltda. vai possibilitar a inser-ção de profissionais treinados no mercado de trabalho dos municípios de Miracema e Tocantínea, ambos no Estado do Tocantins. A indeniza-ção por dano moral coletivo, estabelecida em R$ 40 mil, será revertida em qualificação profissional para os moradores daquelas cidades. Serão oferecidos cursos de manicure, pedicure, depiladora, auxiliar adminis-trativo e recepcionista/secretária em parceria com o Serviço Nacional do Aprendizagem Comercial no Tocantins (Senac/TO). O TAC foi condu-zido pela procuradora Mayla Mey Friedriszik Octaviano Alberti. De acordo com a procuradora, a reversão da multa em capacitação para os trabalhadores das regiões de maior vulnerabilidade social no Estado do Tocantins visa combater a prostituição de jovens, o trabalho degradante, o aliciamento e o tráfico de pessoas. “Esta iniciativa visa levar novas perspectivas de ocupação e renda aos jovens em situação de vulnerabilidade, combatendo de forma preventiva a exploração se-xual e o trabalho análogo ao de escravo”, afirma. A empresa também se comprometeu a não permitir que seus trabalha-dores sem qualificação operem máquinas ou equipamentos que expo-

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nham esse operador ou terceiros a riscos. Em caso de ocorrência de acidente no trabalho, a SPA Engenharia deverá comunicar, em até cinco dias, à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego. Caso algum trabalhador opere máquina ou equipamento sem qualifica-ção, a SPA Engenharia pagará multa. Fonte: www.pgt.mpt.gov.br

COMEÇA DISCUSSÃO QUE PODE ALTERAR JURISPRUDÊNCIA SOBRE A TITULARIDADE PARA RECEBER ASTREINTESData: 15/03/2012Quem tem o direito de executar os montantes cobrados a título de as-treintes, a multa imposta para forçar o cumprimento de uma obrigação determinada judicialmente: o estado ou o credor? A questão começou a ser tratada pela Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em dois processos. O relator de ambos, ministro Luis Felipe Salomão, propôs mudança na jurisprudência sobre o tema. Ele defende a divisão da multa entre o ente estatal e o credor. O julgamento foi interrompido por pedido de vista do ministro Marco Buzzi. Nos dois casos, instituições financeiras mantiveram o nome de particu-lares em cadastro de devedores, mesmo após o débito ter sido quita-do. No primeiro processo, o Banco do Brasil se insurgiu contra o valor da multa cominatória, alegando que este se tornou “exagerado e não condizente com a finalidade das astreintes”. Pediu a redução a valores razoáveis. Já no segundo processo, a ação de execução das astreintes, movida pelo particular prejudicado contra a Caixa Econômica Federal (CEF), foi extinta pelo juízo da 5ª Vara Federal de Curitiba (PR). Entendeu-se que o prejudicado não seria parte legítima para propor a execução, mas sim o ente estatal – no caso, a União. O ministro Luis Felipe Salomão apontou que o objetivo desse instituto legal, previsto no artigo 461 do Código de Processo Civil (CPC), é co-agir a parte ao cumprimento da obrigação. “Nesse passo, a multa não se revela como um bem jurídico em si mesmo perseguido pelo autor, ao lado da tutela específica a que faz jus. Revela-se sim como valioso instrumento para consecução do bem jurídico”, apontou. Entretanto, observou o ministro, a legislação brasileira tem lacunas so-bre o tema. Há dúvidas na doutrina quanto ao início da incidência das astreintes; sobre quando a multa pode ser executada; se pode ser exe-cutada provisoriamente, entre outras. Ele declarou que a jurisprudên-cia do STJ tem dado resposta há várias dessas obscuridades. “Porém, outras questões continuam em aberto, sem uma abordagem profunda, como é exatamente o caso da titularidade do crédito”, apontou. Função da astreinte Haveria, na visão do ministro Salomão, dois valores a serem ponde-

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rados na imposição dessa multa. O primeiro é a efetividade da tutela jurisdicional e o segundo é a vedação ao enriquecimento sem causa do beneficiário. Para ele, a indefinição legal esvazia o instrumento, pois muitas vezes os valores do devedor recalcitrante são suavizados e diminuídos para patamares muito inferiores. Por outro lado, o relator destaca que às vezes o credor também fica inerte e, propositalmente, demora a regularizar a situação para ver o valor da astreinte crescer. Para Salomão, isso “fomenta de modo evidente o nascimento de uma nova disfunção processual, sobretudo no direito privado; ombreando a chamada ‘indústria do dano moral’, vislumbra-se com clareza uma nova ‘indústria das astreintes’”. Direito comparado Salomão afirmou que, de acordo com vários doutrinadores, a atual destinação da astreinte exclusivamente para o credor, adotada pela jurisprudência brasileira, é incapaz de superar as contradições entre os valores da efetividade e da vedação ao enriquecimento ilícito. Ele destacou, na doutrina, entendimento de que essa concessão para o credor adotada no Brasil é mero “hábito inveterado, aceito confortável e passivamente pela doutrina e jurisprudência”. Na avaliação do relator, conceder o valor integral para o credor, como no direito francês, geraria problemas como o enriquecimento sem cau-sa. Além disso, a astreinte ocorreria independentemente da vontade das partes, independentemente de má-fé. Por outro lado, ponderou o ministro Salomão, destinar todo o montante para entes estatais, na forma prevista no direito alemão, geraria ou-tras distorções. Um exemplo seria quando o próprio estado reluta em cumprir obrigações judiciais, tornando-o credor e devedor ao mesmo tempo. Outra questão é que o estado muitas vezes demora a receber seus créditos, o que diminui o efeito de coação desejado na astreinte. O sistema português, que destina metade do dinheiro ao credor e a outra metade ao ente estatal, seria o que mais se aproxima do ordena-mento jurídico brasileiro. Para o ministro Salomão, o artigo 461 do CPC deixa claro que a astreinte cobre tanto interesses públicos como priva-dos. Para ele, essa multa faz as vezes de sanção e ao mesmo tempo tenta garantir que o credor receba o mais rápido possível. O ministro afirmou que a indagação sobre se as astreintes possuem natureza coercitiva ou punitiva não conduz necessariamente a uma conclusão lógica acerca de sua titularidade. Segundo ele, é preciso observar a natureza do crédito devido a título de multa, bem como os valores e interesses protegidos por essa cobrança. Com essa fundamentação, o ministro votou pela redução do valor das multas em ambos os casos e pela destinação de metade do montante de cada uma aos respectivos entes estatais e credores. No recurso do Banco do Brasil, o relator reduziu a multa para R$ 100 mil, destinando

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50% ao estado do Rio Grande do Sul, unidade federativa à qual per-tence o órgão que prolatou a decisão não cumprida. No recurso da CEF, metade da astreinte de R$ 5 mil deverá ir para a União, já que a ordem judicial não cumprida partiu de juízo federal. Até agora, o relator foi o único a dar seu voto, já que o ministro Marco Buzzi pediu vista antecipada. Não há data prevista para a retomada do julgamento. Fonte: www.stj.jus.br

PARA NÃO RESPONDER POR DÍVIDA TRABALHISTA CONTRAÍDA PELO MARIDO, ESPOSA TEM DE PROVAR QUE NÃO SE BENEFI-CIOU DO TRABALHOData: 16/03/2012O juiz Sérgio Alexandre Resende Nunes, titular da Vara do Trabalho de Patrocínio, negou o pedido da esposa de um dos sócios da empresa executada, que pretendia a exclusão da sua metade no imóvel penho-rado. Por meio de embargos de terceiro, (ação proposta por pessoa que não é parte no processo, mas alega ser possuidor ou proprietário de um bem penhorado na ação trabalhista), a esposa sustentou que a penhora não poderia ser mantida, pois foi realizada sobre bem perten-cente a ela e ao seu marido, adquirido após o casamento, pelo esforço comum do casal. Afirmou ainda que nem ela nem sua família foram beneficiadas com a dívida trabalhista contraída pelo esposo e que não conhece o reclamante. Mas o juiz sentenciante não lhe deu razão. Segundo observou o magis-trado, os documentos comprovam que a terceira embargante e o sócio da empresa executada casaram-se em 1980, pelo regime de comu-nhão parcial de bens. Ocorre que não há como saber quando o mari-do adquiriu o imóvel penhorado, se antes ou depois do casamento. A certidão anexada apenas demonstra que, em 1995, ele já era dono do imóvel, sem qualquer referência à data de aquisição. Assim, a esposa não demonstrou que o bem era do casal. Mas, de acordo com o juiz, ainda que se tivesse provado a meação no imóvel, não haveria como excluir a parte da esposa. Isso porque a dívida executada decorre de contribuições previdenciárias incidentes sobre as parcelas deferidas a um empregado da empresa da qual o seu marido era sócio. Como não houve o pagamento e também não foram encontrados bens da empresa, a execução voltou-se contra os sócios. Nesse contexto, a presunção é de que a força de trabalho do emprega-do resultou em benefício da empresa e, como consequência, de seus sócios e familiares. “Daí que não pode a esposa pretender se livrar dos ônus, mantendo apenas os benefícios resultantes da atividade da empresa, para a qual colaborou o reclamante” , concluiu o juiz senten-ciante, indeferindo o pedido da esposa. Houve recurso, mas o Tribunal

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da 3ª Região manteve a sentença. (0000334-96.2011.5.03.0080 AP ) Fonte: www.trt3.jus.br

TURMA NÃO RECONHECE VALIDADE DE CARTÕES DE PONTO SEM ASSINATURA DO EMPREGADOData: 16/03/2012Todo empregador tem por obrigação realizar o registro da jornada de trabalho e trazer os controles de presença quando demandado em juízo. Contudo, se os cartões de ponto apresentados no processo não trazem a assinatura do trabalhador, a jornada alegada na inicial será presumida verdadeira. Neste sentido decidiu a 1ª Turma do TRT-MG, ao manter a sentença que considerou inválidos os cartões de ponto e condenou uma rede de lojas de eletrodomésticos a pagar horas extras a um vendedor. A reclamada insistia na validade dos cartões de ponto como meio de prova. Segundo argumentou, foram apresentados todos os controles do período trabalhado pelo reclamante, deles constando inclusive regis-tros de horários variados. Para a empresa, o reclamante não cumpriu sua obrigação de comprovar a existência de jornada extraordinária. Ele sequer apontou diferenças nos cartões de ponto. Mas a juíza convocada Olívia Figueiredo Pinto Coelho, relatora do re-curso, não deu razão à empresa. Ela não aceitou os cartões de ponto sem a assinatura do empregado como prova da jornada. É que o recla-mante impugnou o conteúdo desses documentos, ou seja, alegou que os horários neles registrados não espelhavam a jornada efetivamente realizada. Nesse contexto, o entendimento da julgadora foi o de que a jornada extraordinária alegada na inicial passou a ser presumida ver-dadeira, invertendo-se o ônus da prova. Vale dizer, a partir do momen-to em que o trabalhador alegou que os horários registrados nos cartões não eram verdadeiros, a obrigação de comprovar essa versão passou a ser da reclamada. No mais, segundo destacou a relatora, os documentos apresentados não poderiam mesmo ser aceitos, já que houve provas de que os regis-tros eram irregulares. Duas testemunhas confirmaram que o gerente manipulava os horários nos cartões de ponto. Já as testemunhas da empresa, nada souberam dizer. A relatora se valeu do princípio da primazia realidade, pelo qual os fatos apurados devem prevalecer sobre elementos meramente formais. Assim, a verdade extraída das declarações das testemunhas predo-minou sobre os documentos. O simples fato de os cartões trazerem registros variados e até de horas extras não foi considerado suficiente. “Sendo assim, conclui-se, com fundamento da prova testemunhal, que nem todo o labor extraordinário cumprido pelo autor foi anotado nos

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controles de frequência”, concluiu a julgadora. Com base nesse entendimento, a Turma julgadora manteve a senten-ça que considerou inválidas como meio de prova as folhas de ponto apresentadas pela reclamada. A jornada fixada em 1º Grau também foi mantida, por coincidir com os relatos das testemunhas. A relatora re-gistrou ainda que a reclamada não impugnou, de forma específica, em seu recurso, os horários fixados pelo juiz de 1º grau, o que reforçou a conclusão de invalidade dos cartões. (0000344-47.2011.5.03.0111 RO) Fonte: www.trt3.jus.br

BENS DA RESIDÊNCIA DO EMPREGADOR PODEM SER PENHORA-DOS PARA PAGAMENTO DE CRÉDITOS DE EMPREGADA DOMÉS-TICAData: 16/03/2012Nos termos da Lei 8.009/90, não podem ser penhorados o imóvel onde a família reside e os móveis e utensílios que o guarnecem. São os assim chamados “bens de família”, protegidos pelo legislador com a intenção de resguardar a dignidade da família. Mas a própria lei abriu uma exceção: quando se tratar de créditos trabalhistas de emprega-dos da residência, esses bens de família podem ser penhorados. Neste caso, não poderá ser invocada a regra da impenhorabilidade. A ressal-va encontra-se prevista no artigo 3º, inciso I, da Lei 8.009/90. Base-ando-se neste dispositivo, a 9ª Turma do TRT-MG negou provimento ao recurso de uma reclamada, que tentava convencer os julgadores de que os bens penhorados em sua residência eram de família e impenho-ráveis. A ré argumentou que ela e seu marido são pessoas idosas e os bens penhorados são essenciais a uma sobrevivência digna. No entanto, para o relator do recurso, juiz convocado Milton Vasques Thibau de Almeida, isso não importa. É que a execução é movida por ex-empre-gada doméstica, tratando-se de exceção à regra da impenhorabilidade. O artigo 3º, inciso I, da Lei 8.009/90 é claro neste sentido: “A impe-nhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das respec-tivas contribuições previdenciárias”. A condição de idosa da executada não lhe confere qualquer proteção especial, no entendimento do magistrado. Do mesmo modo, o fato de os bens não se enquadrarem como suntuosos ou de elevado valor é irrelevante em casos envolvendo créditos de empregados domésticos. Acompanhando esse entendimento, os julgadores mantiveram a pe-nhora sobre os bens da reclamada. (0000454-61.2010.5.03.0085 AP )

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Fonte: www.trt3.jus.br

CÂMARA MANTÉM SENTENÇA QUE NEGOU PEDIDOS DO RECLA-MANTE POR INÉPCIA DA INICIALData: 16/03/2012A 7ª Câmara do TRT negou provimento ao recurso do trabalhador e ao da empresa, que recorreram de sentença do juízo da 3ª Vara do Trabalho de São José do Rio Preto. Na primeira instância, os pedidos foram julgados parcialmente procedentes, e a sentença extinguiu, sem resolução do mérito, nos termos do inciso I do artigo 267 do Código de Processo Civil, as pretensões formuladas a título de horas extras e adicional noturno e respectivos reflexos, por faltar-lhes o necessário pedido. O relator do acórdão foi o desembargador Manuel Soares Fer-reira Carradita. O reclamante, em seu recurso ordinário, pediu o afastamento da inép-cia da inicial em relação ao pedido de horas extras, adicional noturno e reflexos, e o consequente deferimento dessas verbas. A reclamada, por sua vez, não se conformou com o deferimento das diferenças salariais decorrentes da equiparação salarial e do adicional de periculosidade e, por fim, pediu a exclusão da multa por embargos declaratórios julgados protelatórios. O acórdão ressaltou que compete ao juízo, de ofício, “a aferição da presença dos pressupostos de constituição e desenvolvimento regular do processo, reputando-se inepta a inicial quando lhe faltar pedido ou causa de pedir, quando da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão, quando o pedido for juridicamente impossível ou quando houver pedidos incompatíveis entre si, nos termos do artigo 295 do CPC c/c artigo 840 da CLT”. No caso, “o autor não formulou pedido em relação às horas extras, adicional noturno e reflexos”, salientou o acór-dão, que, por isso, manteve a sentença. Quanto ao pedido da empresa, o acórdão ressaltou que “para a carac-terização da equiparação salarial, é necessário o preenchimento de to-dos os requisitos previstos no artigo 461 da CLT, quais sejam: trabalho em função idêntica, com a mesma perfeição técnica e produtividade, com diferença de tempo na função não superior a dois anos, serviço prestado ao mesmo empregador e na mesma localidade”, e acrescen-tou que “o ônus de provar fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial é do empregador”. O acórdão lembrou que a empresa “deixou de comparecer à audiência de instrução em prosse-guimento, oportunidade em que o reclamante requereu a aplicação da pena de confissão ficta à reclamada, o que restou deferido, posterior-mente, na sentença recorrida”. E por presumir verdadeiras as alegações narradas na inicial com rela-ção à equiparação salarial, o acórdão considerou que “não se sustenta

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a insurgência da reclamada no sentido de que o autor teria deixado de especificar quais atividades funcionais eram desempenhadas por ele e pelo paradigma apontado”. O acórdão também manteve a decisão original, alinhando-se com o entendimento do juízo de primeiro grau quanto aos demais pedidos da empresa no recurso, especialmente quanto ao adicional de periculosi-dade e à exclusão da multa por embargos declaratórios protelatórios. (Processo 0000540-08.2010.5.15.0082). Fonte: www.trt15.jus.br

TURMA ADMITE RECURSO INTERPOSTO COM ATRASO POR PRO-BLEMAS TÉCNICOS EM SISTEMA ELETRÔNICO DO TRTData: 16/03/2012A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho conheceu de recurso de revista interposto pelo Banco do Brasil protocolado um dia depois do prazo legal de oito dias em razão de indisponibilidade do sistema eletrônico do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AP) no momento próprio para sua interposição. Os ministros consideraram que o não conhecimento do recurso pelo TRT, que o considerou intempes-tivo (fora do prazo), violou o artigo 5º, inciso LV, da Constituição da República, que garante o direito ao contraditório e à ampla defesa. O Regional julgou intempestivo o apelo a despeito de constar nos autos certidão emitida pela sua Secretaria de Tecnologia da Informação noti-ciando que os serviços disponíveis no escritório virtual do TRT ficaram inacessíveis para o envio de documentos das 17h12 do dia 14/4/2011 até às 8h05 do dia seguinte, em razão de problemas técnicos “no ser-vidor de banco de dados”. A decisão regional destacou, dentre outros aspectos, que o banco, frente a tal dificuldade, deveria, no prazo de oito dias, ter protocolizado seu recurso diretamente no protocolo do Tribunal ou mesmo se utilizar do envio via fac-símile, na forma disposta pelo artigo 1º da Lei 9.800/1999. O BB, ao recorrer ao TST, alegou que comprovou justo motivo para a interposição ter se dado de forma extemporânea, razão pela qual de-fendeu a prorrogação de seu prazo para recorrer. A Turma destacou o teor da Lei 11.419/2006, que dispõe sobre a infor-matização do processo judicial e que, no artigo 10, parágrafo 2º, con-signa expressamente que, “se o Sistema do Poder Judiciário se tornar indisponível por motivo técnico, o prazo fica automaticamente prorro-gado para o primeiro dia útil seguinte à resolução do problema”. Nesse sentido, afirmou que a decisão regional ofende o princípio constitucio-nal do direito à defesa, tratado pelo inciso LV do artigo 5º. Durante o julgamento, os ministros ressaltaram a necessidade de cau-tela por parte dos órgãos judiciários no exame de admissibilidade dos recursos cujas petições forem enviadas por meio eletrônico ou mesmo

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por fac-símile que, a par de a responsabilidade ser reconhecidamente do usuário, estão sujeitas a empecilhos em sua transmissão/recepção decorrentes de altercações técnicas e alheias à vontade daquele. Processo: RR 71600-75.2007.5.08.0103 Fonte: www.tst.jus.br

ESTADO DE MINAS GERAIS SE ISENTA DE PAGAR VERBAS TRA-BALHISTAS A VIGILANTE TERCEIRIZADOData: 16/03/2012O Estado de Minas Gerais conseguiu no Tribunal Superior do Trabalho (TST) ser excluído da condenação ao pagamento de verbas rescisórias a um vigilante prestador de serviços nas dependências do Tribunal de Contas do Estado. A decisão é da Terceira Turma, que entendeu que o Estado não poderia ser responsabilizado juntamente com a empresa de vigilância pelo pagamento dos créditos trabalhistas em relação à dispensa do trabalhador. O empregado foi admitido pela Minas Forte Segurança e Vigilância Ltda. em novembro de 2004, como supervisor dos vigilantes, e foi dispensado, sem justa causa, em setembro de 2008. Dois anos depois, entrou com reclamação trabalhista requerendo, além de outras verbas, o pagamento de multas contratuais e horas extras. O pedido foi conce-dido na primeira Instância, que condenou, de forma subsidiária, tam-bém o Estado de Minas Gerais, fato que levou o ente público a recorrer ao Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG), sob a alegação de violação ao artigo 71, parágrafo 1º, da Lei 8.666/1993 (Lei das Licita-ções). Todavia, o Regional manteve a sentença dizendo que o dispositivo não exclui a responsabilidade subsidiária do ente público. Para o TRT, o Estado se beneficiou da prestação de serviços e foi negligente quanto à fiscalização do cumprimento das obrigações assumidas pela Minas Forte. Na Terceira Turma, o ministro Horácio de Senna Pires, relator do processo, lembrou que, no julgamento da ADC nº 16, em novembro de 2010, o Plenário do Supremo Tribunal Federal declarou a consti-tucionalidade daquele ponto da Lei das Licitações, segundo o qual a inadimplência de contratado pelo Poder Público em relação a encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento. Para ser atribuída culpa ao Es-tado, deve-se comprovar a conduta culposa na fiscalização das obriga-ções contratuais e legais da empresa de vigilância. Segundo Pires, os fundamentos do Regional acerca da conduta culposa do Estado foram genéricos, e nesse sentido, de acordo com o item V da Súmula 331 do TST, não se poderia responsabilizar subsidiariamente o Estado de Minas Gerais pelo pagamento dos créditos trabalhistas.

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Processo: RR-1314-97.2010.5.03.0138 Fonte: www.tst.jus.br

TST CONCEDE JUSTIÇA GRATUITA A SINDICATO DO RSData: 16/03/2012O Tribunal Superior do Trabalho deferiu o benefício da assistência judi-ciária gratuita ao Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Celulo-se, Papel, Papelão, Artefatos, Cortiça e Afins de Guaíba (RS), que atua como substituto processual dos trabalhadores em reclamação contra a Celupa Industrial Celulose e Papel Guaíba Ltda. O entendimento do TST expresso nessa decisão é o de que o sindicato não precisa provar a incapacidade financeira de cada um dos substituídos para ter gratuida-de de justiça. Ao julgar os embargos da empresa, a Subseção I Especializada em Dis-sídios Individuais (SDI-1) não conheceu do recurso, mantendo, assim, decisão da Sétima Turma a favor da concessão da justiça gratuita ao sindicato. O relator dos embargos, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, observou que a divergência jurisprudencial sobre a matéria já foi supe-rada pela edição da Súmula 219, item III, do TST. Nos embargos, a Celupa sustentou que o sindicato não faria jus ao be-nefício por não ter comprovado a hipossuficiência - situação econômica que não permite à pessoa acionar a Justiça sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família - de cada um dos trabalhadores por ele representado, ou o recebimento por cada um deles de salário infe-rior ao dobro do mínimo legal. De acordo com a Sétima Turma, a con-dição de hipossuficiência pode ser comprovada nos termos da Orienta-ção Jurisprudencial 304 da SDI-1, por simples declaração da entidade sindical na petição inicial, como aconteceu no caso em questão. Processo: E-RR - 29641-43.2005.5.04.0221 Fonte: www.tst.jus.br

PRESIDENTE DO TST PEDE INFORMAÇÕES SOBRE AÇÕES RE-GRESSIVAS A PROCURADOR-GERAL FEDERALData: 16/03/2012O presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro João Ores-te Dalazen, pediu informações ao procurador-geral federal, Marcelo Siqueira Freitas, sobre o ajuizamento de ações regressivas depois de o TST ter determinado, em outubro de 2011, o envio das cópias das decisões da Justiça do Trabalho com condenações relativas a acidentes de trabalho à Procuradoria-Geral Federal. De acordo com o procurador-geral, que se encontrou hoje (15) pela manhã com o presidente do TST, as cópias têm aumentado o número de ações e facilitado o traba-lho de prepará-las, pois permitem a utilização das provas já colhidas nos processos.

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As ações regressivas têm o objetivo de ressarcir os cofres públicos dos gastos das prestações sociais (saúde e previdência) relativas aos acidentes de trabalho. De acordo com o procurador-geral, o êxito des-sas ações tem sido de mais de 90%. Foram 433 ações em 2011, e a expectativa é de que as restituições totais cheguem a R$ 380 milhões, resultado de 2015 ações desde 2008. Segundo o procurador, o índice de sucesso e os valores são “muitos expressivos”. Ele ficou de encaminhar ao presidente do TST um levantamento por região do envio das cópias das decisões. O objetivo do ministro Da-lazen é saber como está o fluxo desses dados e, se for o caso, cobrar dos Tribunais que estão deixando de enviá-los. “Estamos trabalhando em todas as frentes com relação a essa questão”, afirmou o presiden-te, para demonstrar o empenho da Justiça do Trabalho em diminuir o número de acidentes no país. Fonte: www.tst.jus.br

SÚMULA 86 DO TST NÃO EXCLUI MASSA FALIDA DA OBRIGAÇÃO DE RECOLHER CUSTAS PROCESSUAISData: 14/03/2012A Súmula 86 do TST não exclui a massa falida da obrigação de reco-lhimento das custas processuais. Ela apenas garante que não ocorrerá deserção de recurso interposto pela massa por falta de pagamento de custas ou do depósito recursal. No entanto, essas despesas deverão ser quitadas ao final do processo. Com esse fundamento, a 7ª Tur-ma do TRT-MG negou provimento ao recurso da massa falida de uma empresa mineradora que insistia em requerer os benefícios da justiça gratuita para ficar isenta do pagamento das custas processuais. Na visão da recorrente, a decretação de quebra já demonstra a sua insuficiência financeira e a impossibilidade de arcar com o pagamen-to das custas. Por isso, entendia ter direito aos benefícios da justiça gratuita. Mas, segundo esclareceu a relatora, juíza convocada Maristela Íris da Silva Malheiros, não há amparo legal para essa pretensão. O ar-tigo 5º, LXXIV, da Constituição Federal, as Leis nº 1.060/50 e 7.115/83 e o artigo 790, parágrafo 3º, da CLT, prevêem que a gratuidade judici-ária é assegurada àquele que não tem condições de suportar as despe-sas processuais sem prejuízo de seu sustento e de sua família. Além disso, a justiça gratuita não se relaciona com a isenção da Súmu-la 86 do TST. “Referido verbete, no intuito de viabilizar a ampla defesa, permite à massa falida interpor recurso sem recolher as custas proces-suais e realizar o depósito recursal, em virtude de seus bens se encon-trarem indisponíveis”, destacou a relatora. Por outro lado, a quebra da empresa não significa que ela se encontra em estado de miserabilidade jurídica. A magistrada frisou ainda que a Súmula em questão apenas assegura que não ocorrerá deserção do recurso por ausência de paga-

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mento de custas ou de depósito recursal, devendo estas despesas ser pagas ao final, conforme decidido na sentença. A juíza convocada observou que, tendo sido determinado o pagamento ao final, certamente os trâmites processuais da falência serão observa-dos. (0000384-85.2011.5.03.0060 RO ) Fonte: www.trt3.jus.br

UNIÃO PERDE OPORTUNIDADE DE SE MANIFESTAR SOBRE NU-LIDADE DA CITAÇÃOData: 14/03/2012Nos termos do artigo 245 do CPC, a parte deve alegar a nulidade do ato na primeira oportunidade em que tiver para falar no processo, sob pena de preclusão. Por isso, a 3ª Turma do TRT-MG rejeitou a alegação de nulidade da citação, feita pela União Federal, sucessora da extinta RFFSA. É que, após vista do processo por 30 dias e diversas manifesta-ções posteriores sem nada mencionar a respeito, ocorreu a preclusão, que é a perda do direito de praticar o ato. A União pediu em seu recurso a nulidade da decisão que homologou os cálculos do processo, sob o argumento de que não foi citada para opor embargos, na forma do artigo 730 do CPC. Mas o juiz convocado Maurílio Brasil não concordou. Isso porque, conforme esclareceu, não houve qualquer prejuízo para a recorrente, pois, desde que foi incluída na reclamação, como sucessora da Rede Ferroviária Federal, ela teve ciência de todos os atos processuais, tendo, inclusive, apresentado embargos e agravo de petição. Além disso, a União permaneceu com o processo por 30 dias e mani-festou-se diversas vezes depois, nada dizendo em relação à suposta nulidade. Com base no teor do artigo 245 do CPC, o relator concluiu que ocorreu a preclusão da oportunidade, no que foi acompanhado pela Turma julgadora. (0108000-49.1997.5.03.0048 AP ) Fonte: www.trt3.jus.br

CONTRATO DE SAFRA NÃO PODE SER UTILIZADO EM ATIVIDA-DE PERMANENTEData: 14/03/2012Previsto no parágrafo único do artigo 14 da Lei nº 5889/73, o contra-to de safra é aquele cuja duração depende de variações da atividade agrária de acordo com as estações do ano. Como se trata de contrato por prazo determinado, essa modalidade é exceção no direito do traba-lho, já que a regra são os contratos por prazo indeterminado. Assim, o contrato de safra só pode ser admitido para serviços em que se jus-tifique a predeterminação do prazo, pela natureza do cultivo ou pela

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transitoriedade da atividade. No caso analisado pelo juiz Luiz Cláudio dos Santos Viana, titular da Vara do Trabalho de Paracatu, essa condi-ção não foi observada. O trabalhador procurou a Justiça do Trabalho, dizendo que foi contrata-do como safrista, por meio de sucessivos contratos, firmados em perío-dos inferiores a seis meses para atender às necessidades permanentes da reclamada. Por isso, o empregado pediu a nulidade dessas sucessi-vas contratações e que estas fossem consideradas como um único con-trato por prazo indeterminado. O magistrado deu razão ao trabalhador. Isso porque a empresa tem como objeto social a fabricação de álcool anidro ou hidratado, co-geração e comercialização de energia elétrica e cultivo de cana-de-açúcar e cereais. E o reclamante desempenhava funções ligadas ao plantio e colheita de cana-de-açúcar continuamente. Segundo o juiz sentenciante, as provas do processo demonstraram que não havia períodos de safra e entressafra, porque a reclamada desen-volve plantios, tanto em áreas sujeitas às imprevisões meteorológicas, quanto nas áreas irrigadas. “Assim, não está submetida às variações sazonais. De mais a mais, a celebração de sucessivos contratos de-monstrou que a atividade empresarial não é transitória, mas perma-nente. A intenção da lei é clara de não estimular o uso de contratos de trabalho por tempo determinado”, destacou. No caso, o intervalo curto entre os contratos desatende a uma das características dos contratos de safra, que é a intermediação de um período de entressafra. Para o julgador não há dúvida de que a empresa continuou a precisar dos serviços do reclamante. Tanto que o admitiu após curto espaço de tempo. O magistrado observou ainda que, nos livros da empresa, a cana-de-açúcar é lançada como ativo permanente, ficando evidente, então, a ausência da sazonalidade. Por outro lado, uma das testemu-nhas ouvidas garantiu que a ré adota remanejamento de turmas para diversas áreas de produção. “Doutro passo, a vinculação ao longo de todo ano nos induz a perguntar onde ocorreu a entressafra” , indagou. O juiz lembrou que o contrato determinado só pode existir para aten-der às necessidades e circunstâncias que o justifique, o que não se vê no processo. Além disso, a transitoriedade do serviço, prevista em lei, deve ser de quem emprega o trabalhador. Pelo objeto social da empre-sa, ficou claro que os seus serviços não são breves, efêmeros e temporários.”Portanto, inexistem motivos que justifiquem a prede-terminação do prazo, e, assim, o ajuste firmado sob a modalidade de contrato a termo é nulo, porquanto impede que o empregado adquira direitos indeclináveis que lhe são assegurados pela legislação trabalhis-ta” , concluiu o juiz, reconhecendo a nulidade dos sucessivos contratos de safra e declarando a unicidade do contrato de março a dezembro de 2009. A empresa foi condenada a pagar as verbas típicas do contrato

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por prazo indeterminado, incluindo as parcelas rescisórias. Houve re-curso, por parte da ré, mas a decisão, quanto a esse tema, foi mantida pelo TRT da 3ª Região. (0000861-36.2011.5.03.0084 RO ) Fonte: www.trt3.jus.br

EMPRESA QUE RETEVE CTPS DA RECLAMANTE POR 44 DIAS É CONDENADA A INDENIZAR A TRABALHADORAData: 14/03/2012A trabalhadora foi demitida em 5 de abril de 2010 pela empregadora, uma empresa do ramo de marketing, mas sua CTPS foi devolvida so-mente 44 dias depois, em 19 de maio. A trabalhadora se sentiu lesada em seus direitos e buscou na Justiça do Trabalho a reparação, alegando que teria sofrido danos morais, em consequência da atitude da empre-gadora. A 1ª Vara do Trabalho de Bauru deu razão à reclamante e arbitrou a in-denização por danos morais em R$ 2 mil. Segundo o juízo de primeira instância, “o dano moral é o sofrimento humano estranho ao prejuízo material, repercutindo na ofensa ao seu patrimônio imaterial, concre-tizando-se independentemente da ocorrência de prejuízo material”. O fato de a empregadora haver retido a CTPS da autora para anotação da data de dispensa por 44 dias evidenciou, no entendimento do juízo de primeiro grau, “evidente fraude à legislação trabalhista” e “efetiva-mente constituiu omissão violadora de direito da empregada, gerando indubitavelmente um dano de natureza moral”. Inconformada com a sentença, a empregadora recorreu, pedindo a re-forma da decisão, “uma vez que indevida a condenação ao pagamento de indenização por danos morais”. O relator do acórdão da 10ª Câmara do TRT, desembargador João Alberto Alves Machado, ressaltou que “a retenção indevida da CTPS da autora configura ato ilícito, ocasionando uma agressão àquela e ge-rando, por conseguinte, direito a uma reparação (artigo 927 do CC)”. Ainda segundo o acórdão, “a CTPS do trabalhador se traduz em sua identidade funcional, registrando toda sua vida profissional, muitas vezes de difícil ou mesmo impossível recomposição, dado o decurso do tempo e às dimensões continentais do país”. O acórdão salientou ainda que a retenção da CTPS pode prejudicar o trabalhador a galgar uma nova colocação, e “a possibilidade de perda definitiva do documento causa evidente sofrimento e angústia ao em-pregado, notadamente no que concerne à prova do tempo de serviço”. Em conclusão, a decisão colegiada da 10ª Câmara entendeu que a retenção da CTPS causou lesão à trabalhadora, pelo que deve haver indenização correspondente. Quanto ao valor, o acórdão confirmou o arbitrado pela primeira instância por considerar razoável a importância

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de R$ 2 mil. (Processo 000770-87.2010.5.15.0005) Fonte: www.trt15.jus.br

COOPERATIVA DO PARANÁ INDENIZARÁ TRABALHADORA POR CONDIÇÕES PRECÁRIAS DE HIGIENE E ALIMENTAÇÃOData: 14/03/2012A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve decisão que condenou a Cooperativa Agroindustrial Cofercatu ao pagamento de indenização por danos morais a uma cortadora de cana, em razão de condições precárias de higiene e alimentação verificadas no ambiente de trabalho. A cooperativa pretendia se isentar da indenização ou redu-zir seu valor, fixado em R$ 10 mil. O pedido de indenização foi inicialmente indeferido. O juiz de primeiro grau considerou que a estrutura dos sanitários e do ambiente em geral e o não fornecimento de marmita térmica e água potável, embora em descumprimento à legislação, não geravam à cooperativa o dever de indenizar. O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR), ao examinar re-curso de revista, levou em conta os argumentos da trabalhadora e o conjunto probatório, que revelou que o local de trabalho tinha apenas um sanitário rústico e improvisado: uma tenda de lona com um bura-co no chão, sem vaso e bacia, usado por cerca de 60 trabalhadores, sem distinção de gênero. Além disso, a cooperativa não fornecia água potável, e a cortadora de cana era obrigada a trazer água de casa, em quantidade insuficiente para a sua atividade, que ocorre em altas temperaturas. Neste contexto, o relator do recurso de revista da cooperativa ao TST, ministro Maurício Godinho Delgado, destacou que as condições de trabalho a que se submeteu a trabalhadora atentaram contra sua dignidade e integridade psíquica e física, o que ensejou a reparação moral. Assentou que o direito à indenização por danos morais encontra amparo no artigo 5º, inciso X, da Constituição da República, bem como nos princípios basilares da nova ordem constitucional, sobretudo os que dizem respeito à proteção da dignidade humana e à valorização do trabalho humano, além do artigo 186 do Código Civil. Estas condições, além de representarem flagrante descompasso com a Norma Regulamentar nº 31 do Ministério do Trabalho e Emprego, órgão federal responsável pela fiscalização das normas relativas à segurança e à higiene no trabalho, contrariam também a convenção coletiva jun-tada aos autos pela própria cooperativa. Para o relator, a higidez física, mental e emocional do ser humano são bens fundamentais de sua vida privada e pública, de sua intimidade, de sua autoestima e afirmação social e, agredidos em face de circunstâncias relativas ao trabalho, passam a merecer tutela ainda mais forte e específica da Constituição.

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Neste sentido, o empregador deve tomar medidas necessárias para prevenir o dano psicossocial ocasionado pelo trabalho. Quanto ao valor, o ministro registrou que a jurisprudência do TST vem se direcionando no sentido de revê-lo “apenas para reprimir indeniza-ções estratosféricas ou excessivamente módicas”, o que não ocorreu no caso. Processo: RR-32000-30.2009.5.09.0562 Fonte: www.tst.jus.br

EMPREGADO DA ITAUTEC NÃO GANHA ADICIONAL DE SOBREA-VISO PELO USO DE CELULARData: 14/03/2012A Itautec S. A. conseguiu se isentar do pagamento de adicional de so-breaviso a um empregado que usava aparelho celular da empresa fora do horário de serviço. A condenação foi retirada pela Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho, por entender que o adicional é devido apenas no caso de o empregado ser obrigado a permanecer em casa para receber ordens de serviço do empregador, o que não acontece quando se faz uso de aparelhos como o celular, bip ou rádio. A empresa recorreu ao TST contra decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (BA) que a condenou ao pagamento de horas de sobreaviso e a multou por ter interposto embargos considerados protelatórios. A condenação decorreu do entendimento de que o uso do celular pelo empregado, para receber ordens da empresa, apesar de não tolher ou limitar a sua liberdade de locomoção, restringe seu tempo, que não pode ser usado de forma livre e integralmente. Diferentemente, o relator na Primeira Turma do TST, ministro Vieira de Mello Filho, afirmou que a decisão regional se contrapõe à jurisprudên-cia do TST, para a qual o pressuposto maior para a caracterização do sobreaviso é, justamente, a limitação de liberdade de locomoção do empregado, agregada à limitação da disposição de seu tempo, confor-me estabelece o artigo 224, parágrafo 2º, da CLT. O relator esclareceu que o uso do telefone celular pelo empregado, por si só, não caracteriza o regime de sobreaviso, uma vez que ele não precisa permanecer em sua residência aguardando, a qualquer momento, convocação para o serviço. Ao contrário, dá a ele liberdade de usufruir o seu tempo como lhe convier, bastando que mantenha o aparelho ligado e perto. É o entendimento da Súmula nº 428 do TST. Dessa forma, o relator deu provimento ao recurso da empresa para re-tirar da condenação o pagamento do adicional de sobreaviso. Seu voto foi seguido por unanimidade. Processo: RR-10600-97.2008.5.05.0014 Fonte: www.tst.jus.br

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TRABALHADOR SERÁ INDENIZADO POR TER NOME EM LISTA DE DEVEDORES DA EMPRESAData: 14/03/2012A Justiça do Trabalho condenou a Spaipa S.A. Indústria Brasileira de Bebidas a pagar indenização por dano moral no valor de R$ 8 mil por colocar em lista de devedores afixada em mural o nome de um ex-au-xiliar de motorista responsabilizado por diferenças de valores recebidos na entrega de produtos. A Sexta Turma do Tribunal Superior do Traba-lho não conheceu recurso da empresa e manteve, com isso, a condena-ção imposta pelo Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR) pelo dano causado ao trabalhador, que virou alvo de chacotas dos colegas depois da exposição pública do seu nome. No julgamento inicial, a 19ª Vara do Trabalho de Curitiba (PR) negou o pedido de indenização por entender que o auxiliar não era motorista e, por isso, nunca teve o nome divulgado em mural ou no relatório co-nhecido como “X1”, emitido diariamente pela empresa após o acerto de contas feito somente pelo condutor do veículo. Para a Vara, os depoi-mentos das testemunhas apresentadas pelo ex-empregado mostraram-se “extremamente frágeis”, com a “nítida intenção de ajudar o traba-lhador a ser vitorioso”, sem “a preocupação em esclarecer de forma imparcial os fatos”. Baseado nas mesmas provas testemunhais, o Tribunal Regional julgou favorável o recurso do empregado. O TRT destacou que a única tes-temunha da empresa, embora inicialmente tenha afirmado não haver lista com o nomes de devedores, acabou admitindo a existência de um “relatório” com o nome do motorista quando são constatadas diferen-ças, e que esse relatório é vulgarmente conhecido como X1. Diante de contradições nas declarações da testemunha, o TRT considerou que seu depoimento não merecia credibilidade. Já as testemunhas do ex-empregado informaram que, em caso de falta de dinheiro, aparecem na lista os nomes do motorista e do auxiliar, e que viram o nome do ex-empregado nessa relação. O Regional consi-derou “provado, a contento, que o trabalhador foi motivo de chacotas em razão de o seu nome constar do mural”, e deferiu a indenização. Inconformada, a empresa apelou ao TST. O ministro Aloysio Corrêa da Veiga, relator na Sexta Turma, não conheceu do recurso de revista. Para ele, ficou demonstrada “situação vexatória” a que o trabalhador foi submetido e a utilização de “meios abusivos de cobrança”, devendo ser mantida, assim, a condenação ao pagamento de indenização por dano moral. Processo: RR - 293-60.2010.5.09.0028 Fonte: www.tst.jus.br

TST REALIZA EM ABRIL SEMINÁRIO INTERNACIONAL PARA

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DISCUTIR LIBERDADE SINDICALData: 14/03/2012O Tribunal Superior do Trabalho realiza, de 25 a 27 de abril, o semi-nário “Liberdade sindical e os novos rumos do sindicalismo no Brasil”, cuja proposta é a de difundir conhecimento especializado a respeito do modelo sindical brasileiro à luz do direito comparado e das normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A iniciativa de promover uma ampla discussão sobre o atual modelo sindical brasileiro partiu do presidente do TST, ministro João Oreste Da-lazen, que, desde sua posse, em março de 2011, defende que a refor-ma trabalhista seja precedida de uma reforma sindical. Para Dalazen, as mudanças na estrutura sindical brasileira devem ter como objetivo fortalecer e dar mais legitimidade aos sindicatos para negociar. “Não se pode ampliar a negociação coletiva sem assegurar o seu pressuposto, que é a legitimidade da representação, que supõe, em última análise, liberdade sindical plena”, afirma. Participantes e programação O seminário reunirá magistrados, procuradores, dirigentes sindicais, servidores, professores e estudantes, e terá como palestrantes espe-cialistas internacionais. A cerimônia de abertura será feita pelo ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal (STF), pelo ministro Dalazen e pelo diretor-geral da OIT, Juan Somavia, seguida de confe-rência de Mario Ackerman, especialista da OIT, que falará sobre liber-dade sindical e trabalho decente. A OIT estará presente ainda com a diretora do Departamento de Normas, Cleopatra Doumbia-Henry, e Horácio Guido, especialista em liberdade sindical. A programação terá painéis e mesas redondas que tratarão da Con-venção 87 da OIT e a Constituição Brasileira, a proteção contra as condutas antissindicais, a organização sindical e suas fontes de custeio, experiências inovadoras e reflexões sobre as novas perspectivas do sindicalismo no Brasil, direito de greve e negociação coletiva. Fonte: www.tst.jus.br

WALMART DEVE INDENIZAR EMPREGADO SUBMETIDO A REVIS-TA ÍNTIMA DIANTE DE COLEGAS DE TRABALHOData: 14/03/2012A rede de supermercados Walmart deve indenizar em R$ 5 mil um trabalhador submetido a revistas íntimas consideradas constrangedo-ras, realizadas diante de colegas. A decisão é da 9ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul (TRT-RS) e mantém senten-ça do juiz Marcos Fagundes Salomão, da 12ª Vara do Trabalho de Porto Alegre. Para os desembargadores, os atos narrados pelo empregado constituem “total afronta” aos direitos mínimos garantidos pela Consti-tuição.

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De acordo com informações do processo, as revistas íntimas eram realizadas diariamente, ao lado da máquina de ponto, ou seja, à vista dos demais colegas de trabalho. Segundo o reclamante, consistiam em apalpação do corpo todo, incluindo partes íntimas, sendo que, nessas ocasiões, os seguranças da empresa costumavam fazer piadas com os revistados. O empregado afirmou, ainda, haver solicitações para que os revistados tirassem os sapatos e, em alguns casos, se dirigissem ao vestiário, onde eram obrigados a ficar só de roupas íntimas, também diante de colegas. Devido a esses fatos, o trabalhador ajuizou ação pleiteando indenização por danos morais e teve sua pretensão acolhida pelo juiz da 12ª Vara do Trabalho da capital gaúcha, decisão que gerou recurso ao TRT-RS. Ao julgar o caso em segunda instância, o relator do acórdão, desem-bargador Cláudio Antônio Cassou Barbosa, explicou que a indenização por danos morais existe para reparar lesão sofrida pela pessoa em seus valores “eminentemente ideais”, como dignidade, honra, imagem e intimidade. O desembargador citou, para embasar sua decisão, o artigo 927 do Código Civil brasileiro, 333 do Código de Processo Civil, 818 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e 5, inciso X, da Constituição Federal. Processo 0110200-90.2009.5.04.0012 (RO) Fonte: www.trt4.jus.br

EMPRESA DE ÔNIBUS É CONDENADA POR FAZER EXAME ANAL COLETIVOData: 14/03/2012A Viação Andorinha Ltda deverá indenizar o dano moral causado a um motorista que foi humilhado ao ser submetido a exame físico admissio-nal para verificar a existência de hemorroidas. A decisão é da 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, que aumentou a inde-nização fixada na sentença da juíza Luciana Muniz Vanoni, da 22ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. O motorista, dispensado depois de quase quatro anos de trabalho, disse que na época de sua admissão foi obrigado a se submeter a exame físico minucioso de inspeção anal diante de colegas, sentindo-se constrangido e humilhado. Segundo ele, caso constatada a propensão ou existência da doença, ou se o candidato se recusasse a realizar o exame, não haveria contratação. O fato foi testemunhado por outro motorista, que afirmou também ter se submetido ao exame, ocorrido na sala do médico e na presença de dois funcionários da viação. Descontente com a sentença de primeiro grau que estabeleceu o valor da indenização por dano moral em três salários, o trabalhador recor-

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reu da decisão requerendo o aumento do valor para 50 vezes a última remuneração, que era de R$815,00. A empresa também recorreu, alegando que a testemunha não men-cionou que o exame médico admissional tivesse sido constrangedor e requerendo a reforma da decisão por falta de fundamento. Para o relator do recurso, desembargador José Geraldo da Fonseca, a recorrente agiu fora de seus poderes diretivos, pois apesar de ter o direito de realizar exame médico admissional nos futuros empregados, constrangeu o candidato ao realizá-lo coletivamente. Os desembargadores da 2ª Turma do TRT/RJ decidiram aumentar o valor da indenização para 10 vezes o valor do salário do empregado, o que totaliza cerca de R$8 mil. Nas decisões proferidas pelo juízo de 1º grau são admissíveis os recur-sos enumerados no art. 893 da CLT. Fonte: www.trt1.jus.br

DESEMBARGADOR DO TRT-SC INDEFERE EFEITO SUSPENSIVO A RECURSO DE REVISTA PEDIDO PELA TRANSPETROData: 14/03/2012O desembargador José Ernesto Manzi, do TRT catarinense, indeferiu pedido de efeito suspensivo ao recurso de revista interposto em ação civil pública, que aguarda decisão sobre o juízo de admissibilidade recursal pela presidência do Tribunal. O pedido foi feito em ação cau-telar inominada proposta pela Petrobrás Transporte S. A. (Transpetro), visando evitar a execução provisória da decisão proferida e o início do cumprimento dos limites e prazos impostos pela sentença. Anteriormente, já havia sido deferido o efeito suspensivo até o jul-gamento, que já ocorreu, do recurso ordinário. Por conta da decisão, a Transpetro ingressou com vários embargos declaratórios e, depois, interpôs recurso de revista. A cautelar foi ao Tribunal Pleno, com de-pendência ao desembargador Manzi, por já ter atuado como relator do recurso ordinário. “O grande problema em inadmitir o processamento destas cautela-res enquanto não proferido o juízo de admissibilidade do recurso pelo tribunal a quo é que, enquanto isto não ocorre o acórdão produzirá ple-nos efeitos, (…) com prejuízos potenciais à parte, no interregno entre a publicação do acórdão regional e a edição do despacho de admissibili-dade da Revista (...)”, observa o julgador. A sentença de primeiro grau havia acolhido em parte a pretensão do Ministério Público do Trabalho (MPT), impondo obrigações de fazer como afastar trabalhadores terceirizados em atividades essenciais e permanentes, convocar os aprovados em concurso público nos cargos em que a empresa estivesse se valendo de mão de obra terceirizada e pagar indenização por danos morais coletivos fixada, inicialmente, em

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R$ 5 milhões, entre outras determinações. No julgamento do recurso ordinário os desembargadores da 2ª Câma-ra, no mérito, negaram provimento ao recurso da ré e o concederam parcialmente ao recurso do MPT, aumentando o valor da indenização por danos morais coletivos para R$ 20 milhões. O desembargador Manzi entendeu que o fumus boni juris – um dos re-quisitos para o deferimento de liminar – não está caracterizado. A ação civil pública foi ajuizada em 4 de agosto de 2008, após inquérito civil que apurou que apesar de realizar concursos, a Transpetro continua-va terceirizando atividades correspondentes, convocando um número reduzido de concursados. “Não vejo como sobrepor um juízo de plausibilidade das alegações, diante de um juízo de certeza que repetiu-se nos dois graus de juris-dição, de forma inarredável (a ação foi julgada em primeiro grau após uma exaustiva instrução e julgada no e, TRT, onde a Transpetro mane-jou todos os instrumentos necessários a garantir uma exaustiva ciência dos julgadores, sobre o conteúdo do processo)”, deduziu Manzi. Para ele, se o transcurso de tempo agora implicará na incidência de pena pecuniária, isto se deu por exclusiva resistência da ré. Segundo o desembargador, é de se indagar da possibilidade de se alegar fumus boni juris contra norma constitucional, principalmente diante da constatação de que no recurso de revista não é possível dis-cutir matéria de fato. “A análise do caderno processual não deixa outra alternativa senão o reconhecimento de que as provas demonstram, de modo insofismável, que a Transpetro não apenas descumpriu a lei, como serve-se do processo para tentar obter uma autorização legal para continuar fazendo”, concluiu. Fonte: www.trt12.jus.br

TST APROVA NOVA REDAÇÃO EM INSTRUÇÃO NORMATIVA QUE TRATA DOS DEPÓSITOS RECURSAIS NAS AÇÕES TRABALHISTASData: 14/03/2012No último dia 5 de março, o Tribunal Superior do Trabalho aprovou, por meio de seu Órgão Especial, resolução que altera a redação da letra “g”, do item II, da Instrução Normativa nº 3, originalmente publicada em 1993, que trata dos depósitos a serem feitos para interposição de recursos nas ações trabalhistas (depósitos recursais). A nova redação determina que o juiz, ao expedir os mandados de citação, penhora e avaliação nos processos que se encontram em fase de execução, deve descontar os valores que, porventura, já estiverem depositados nos autos, especialmente os que se referem ao depósito recursal. Assim, todos os valores já depositados no processo devem ser conver-tidos em penhora e deduzidos do valor total da condenação, restan-

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do, portanto, no mandado de penhora e avaliação, apenas o valor da diferença restante. O depósito recursal é o valor recolhido em conta vinculada pela parte que pretende recorrer de decisão que lhe foi desfavorável (artigo 899, § 1º, da CLT), cujos valores são atualizados anualmente pelo próprio TST. O valor não tem natureza de taxa e visa, tão somente, à garantia da execução do processo. Seguem abaixo a redação antiga e a atualizada da letra “g”, do item II, da Instrução Normativa nº 3 do TST: Redação antiga: “com o trânsito em julgado da decisão que absolveu o demandado da condenação, ser-lhe-á autorizado o levantamento do valor depositado e seus acréscimos.” Redação atual: “a expedição de Mandado de Citação Penhora e Avalia-ção em fase definitiva ou provisória de execução deverá levar em conta a dedução dos valores já depositados nos autos, em especial o depósi-to recursal.” Fonte: www.trt2.jus.br

SHELL E BASF INICIAM PAGAMENTO DO TRATAMENTO DE SAÚ-DE DE CENTENAS DE TRABALHADORESData: 14/03/2012Campinas (SP) – Em cumprimento à sentença proferida pela Justiça do Trabalho nos autos da ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho contra as empresas Shell e Basf, foi definida a lista inicial de pessoas habilitadas a receberem os benefícios da sentença, entre eles, o imediato custeio do tratamento de saúde. A lista, definida pelo comitê executivo composto por ex-trabalhadores e empresas, e fiscali-zado pelo MPT, já contém 772 pessoas, dentre ex-empregados e filhos. Para ter o seu tratamento custeado pelas empresas Shell e Basf, as 772 pessoas habilitadas devem procurar a Atesq (Associação dos Tra-balhadores Expostos a Substâncias Químicas), ACPO (Associação de Combate aos Poluentes) ou Instituto Barão de Mauá, pelos endereços eletrônicos [email protected], [email protected] e [email protected], ou comparecer pessoalmente na sede do Sindicato dos Químicos Unificados de Campinas, na Avenida Barão de Itapura, 2022, Guanabara. Os habilitados também podem dirigir-se ao escritório das empresas na Rua Visconde de Taunay, 420, conjunto 93, Vila Itapura, em Campinas, enviar e-mail para [email protected] ou ligar para o telefone 0800-7040530. Além dos locais citados, a lista também está disponível para consulta na Procuradoria, localizada na Rua Umbú, 291, bairro Alphaville. As empresas têm de 24 a 72 horas para realizar o depósito bancário em conta informada pelo trabalhador referente ao custeio prévio do tratamento de saúde, de acordo com o tipo de procedimento e com

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base nos requisitos da sentença. Essa lista inicial de 772 pessoas não é completa, já que há outros 370 nomes em análise para a formação de uma lista complementar, poden-do chegar a um total de 1142 pessoas beneficiadas, dentre emprega-dos, terceirizados, autônomos e filhos. O MPT informa que essa é uma decisão provisória, já que o caso ainda não foi julgado definitivamente. Processo nº 00222-2007-126-15-00-6 2ª VT Paulínia Fonte: www.pgt.mpt.gov.br

TRABALHO ESCRAVO É TEMA DE DEBATE NO CURSO DE FORMA-ÇÃO INICIAL PARA JUÍZESData: 14/03/2012Brasília (DF) – O procurador-geral do Trabalho, Luís Camargo, abordou a questão do trabalho escravo contemporâneo durante a mesa-redonda do 11º curso de formação inicial para juízes, da Escola Nacional de Formação e aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (ENAMAT), na sede do Tribunal Superior do Trabalho (TST), nesta terça-feira. O evento, coordenado pelo Ministro Walmir Costa, teve como tema “Desafios do combate ao trabalho escravo degradante”. Além do pro-curador-geral do Trabalho, participaram a secretária nacional de Inspe-ção do Trabalho, Vera Albuquerque, do Ministério Público do Trabalho (MTE), e o coordenador da Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), da Secretaria Especial dos Direitos Huma-nos (SDH), José Guerra. Luís Camargo iniciou seu discurso falando aos magistrados sobre a realidade do trabalho escravo no Brasil. Citou casos encontrados nas ações dos grupos móveis e ressaltou que medidas punitivas contra empregadores que praticam o Trabalho escravo devem ser fortaleci-das e efetivamente praticadas. Camargo falou ainda que considera a oportunidade de fazer parte do curso de iniciação dos juízes uma forma de unir forças para combater a maior afronta à dignidade humana. “Quanto mais os auditores fiscais, os procuradores do Trabalho e juízes do Trabalho estiverem sensibilizados para enfrentar o trabalho escravo mais teremos a oportunidade de avançar” . A secretária do MTE, Vera Albuquerque, ressaltou a importância do en-volvimento de todos os atores responsáveis pelo processo de combate ao Trabalho escravo e mostrou, por meio de slides, algumas estratégias adotadas pelos auditores fiscais no enfrentamento deste problema. José Guerra, da SDH, falou sobre o conceito de trabalho escravo contemporâneo e informou que as áreas de maior incidência são os estados do Pará, Mato Grosso do Sul e Goiás. Segundo ele, os princi-pais setores econômicos envolvidos nessa prática são os de colheita de cana-de-açúcar e as carvoarias.

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O ministro Walmir Costa encerrou a mesa redonda pedindo maior sen-sibilidade aos juízes que se depararem com processos relacionados ao tema. “O que importa é a reflexão sobre o problema e que busquemos o equilíbrio na hora de julgar”. Convênio de Cooperação Técnica Ainda no TST, o procurador-geral do Trabalho participou da solenidade onde a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, e o ministro e diretor da Escola Nacional de Formação e aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (ENAMAT), Aloysio Corrêa da Veiga, assina-ram um convênio de cooperação Técnica. O documento prevê a adoção de ações conjuntas relacionadas à difu-são de conhecimentos e experiências práticas direcionadas à prevenção e enfrentamento do trabalho escravo e forçado no País. A ministra agradeceu o envolvimento de todos e ressaltou a necessi-dade de se manter um diálogo permanente com a sociedade, espe-cialmente com membros das carreiras de Estado, como os juízes que ingressam na magistratura trabalhista. “Quando produzimos formação aos magistrados para atuação no combate ao trabalho escravo, esta-mos reforçando os elos para a liberdade”, disse a ministra. Outro aspecto abordado pela ministra foi a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 438, que prevê a expropriação e destinação para reforma agrária de propriedades onde for flagrado trabalho escra-vo. “Essa é a principal agenda política de Direitos Humanos no Con-gresso Nacional”, afirmou Maria do Rosário. Luís Camargo considerou o convênio uma forma de aumentar o comba-te ao trabalho escravo. “A assinatura do convênio abre uma porta para debatermos diretamente com os magistrados sobre o tema”. Fonte: www.pgt.mpt.gov.br

PROJETO HOMOLOGAÇÃO LEGAL É LANÇADO EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NO MPTData: 14/03/2012Salvador (BA) - Reunir Ministério Público do Trabalho (MPT), Superin-tendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), advogados, juízes e sindicalistas para combater as fraudes no momento de formalizar as rescisões de contrato de trabalho. Com esse objetivo principal foi lan-çado publicamente na tarde desta terça-feira (13) o projeto Homologa-ção Legal, com uma audiência pública com dezenas de participantes na sede do MPT. “Hoje a Justiça do Trabalho tem cerca de 20% de todos os seus proces-sos com algum tipo de lide simulada”, afirmou o procurador do Traba-lho e gerente regional do projeto, Pedro Lino de Carvalho Júnior. Ele se refere à falsa disputa judicial envolvendo contratos trabalhistas, que muitas vezes acabam nos tribunais quando deveriam ser homologados

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nos sindicatos ou no máximo na Superintendência Regional do Traba-lho. A audiência pública convocada para discutir o tema contou com a participação de sindicalistas de Salvador e de outras cidades baianas interessados em ouvir o que pensam juízes, advogados, auditores do trabalho e também se posicionar a respeito do tema. “Precisamos levar essa informação para as assembleias de trabalhadores, porque a maio-ria não sabe o que é lide simulada”, declarou o presidente do Sindicato dos Ferroviários de Iaçu e Itaberaba, Antônio Eduardo. Para o presidente da Associação Baiana dos Advogados Trabalhistas (Abat), Ricardo Caribé, “o combate a essa prática exige que todos se unam para mudar paradigmas. Falta segurança jurídica para o empre-gador e falta também o exemplo de punição para o advogado e para a parte que praticam a irregularidade”. A presidente da Associação dos Magistrados da Bahia Ana Claudia Scavuzzi, destacou o papel dos juízes. “O magistrado, ao perceber que estão usando um tribunal do Trabalho para homologar rescisão de contrato tem que denunciar o fato imediatamente ao Ministério Público do Trabalho”. Ilegal e prejudicial Também presente ao evento, o presidente do Conselho Regional de Contabilidade (CRC), Wellington Cruz, reconheceu que alguns escri-tórios e profissionais do setor contábil ainda orientam seus clientes a levar as rescisões trabalhistas para os tribunais. Ele se dispôs, no entanto a combater a prática. “O CRC vai passar um comunicado a todos os seus filiados condenando essa atitude e informando que ela é ilegal e muito prejudicial tanto aos trabalhadores quanto ao Judiciário”, afirmou. Representando a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego da Bahia, o auditor do trabalho José Honorino Macedo contou que o problema exige união de todos os envolvidos. “Para combater isso, é preciso que a gente se reúna outras vezes e que leve esse debate tam-bém para o interior do estado, onde muitas vezes a situação é ainda mais grave”, declarou. A partir dessa proposta, o procurador Pedro Lino disse que a intenção do MPT é a de promover outras audiências públi-cas no interior, principalmente nos municípios polos, onde o órgão tem representação. A lide simulada pode ser denunciada ao Ministério Público do trabalho pessoalmente (em sua sede na capital ou em qualquer uma das sete representações municipais) ou ainda através de sua página na internet (www.prt5.mpt.gov.br). A partir das denúncias, que podem ser enca-minhadas por qualquer cidadão ou mesmo pelas entidades sindicais, o MPT pretende ampliar o número de ações civis públicas contra essa prática. Fonte: www.pgt.mpt.gov.br

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JUIZ CONSTATA FRAUDE NA ADMISSÃO DE TRABALHADOR COMO SÓCIO DE EMPRESA DE RADIOLOGIAData: 13/03/2012Atos praticados com o fim de desvirtuar, impedir ou fraudar direitos trabalhistas são nulos de pleno direito. Esse é o teor do artigo 9º da CLT, adotado pelo juiz Leonardo Passos Ferreira, titular da Vara do Tra-balho de Itabira, ao constatar fraude na participação do reclamante em suposta sociedade e declarar o vínculo de emprego com a sociedade beneficente para a qual ele prestava serviços de radiologia e diagnósti-cos. O trabalhador procurou a Justiça do Trabalho, dizendo que foi contra-tado por uma empresa de radiologia médica para prestar serviços a uma sociedade beneficente, que, por sua vez, era mantenedora de um hospital. Segundo o reclamante, tudo não passou de fraude, pois as reclamadas o obrigaram a fazer parte do quadro societário da empresa de radiologia, mas ele nunca exerceu a função de sócio. Já as rés sus-tentaram que ele ingressou na sociedade por livre e espontânea von-tade e que era realmente sócio. Mas o juiz sentenciante concluiu que a verdade está com o trabalhador. Os documentos anexados ao processo demonstraram que o reclamante compôs o quadro societário da empresa de radiologia com 1% do ca-pital social. A empresa firmou contrato de prestação de serviços de ra-diologia médica com a sociedade beneficente mantenedora do hospital onde os serviços eram executados. No entanto, o representante da em-presa de radiologia admitiu que o trabalhador não integralizou nenhum capital ou bem, recebia salário fixo e não fazia retiradas. Já as teste-munhas apresentadas pelo reclamante asseguraram que para trabalhar no hospital tinham que se tornar sócios da empresa de radiologia. Além disso, seguiam escala de trabalho e eventuais faltas eram descontadas. Quem controlava o serviço deles era um dos supostos sócios. Na visão do magistrado, a fraude está clara, pois não há dúvida de que a sociedade beneficente exigia que os técnicos em radiologia integras-sem o quadro societário da empresa de radiologia, unicamente para lhes prestar serviços. “Nesta linha de raciocínio, restou comprovado que o reclamante jamais desempenhou atividades atinentes à figura de sócio, não admitia ou demitia funcionários, tinha horário de trabalho predeterminado, cumpria ordens”, destacou. Portanto, com base no artigo 9º da CLT, o juiz declarou a fraude no contrato de trabalho do reclamante e reconheceu o vínculo de emprego com a sociedade beneficente, que foi condenada a anotar a CTPS do empregado e pagar a ele as verbas típicas dessa relação. (nº 01226-2010-060-03-00-5 ) Fonte: www.trt3.jus.br

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TRABALHO EM ATIVIDADE LUCRATIVA DESCARACTERIZA VÍN-CULO DOMÉSTICOData: 13/03/2012Empregado que presta serviços em propriedade rural, atuando direta-mente na produção agroeconômica, é trabalhador rural e não domésti-co. Assim entendeu a 4ª Turma do TRT-MG, ao julgar desfavoravelmen-te o recurso do empregador que insistia na tese de que o reclamante era trabalhador doméstico. A desembargadora Maria Lúcia Cardoso de Magalhães, relatora do recurso, explicou que o tipo de empregado conhecido como caseiro só será caracterizado como doméstico se não trabalhar em atividade agro-econômica, com finalidade lucrativa. “O empregado doméstico desen-volve atividade de consumo, ao passo que o rural, de produção, sendo esse o traço distintivo de uma e outra espécie”, ressaltou. No caso do processo, o próprio empregador, por meio de suas declara-ções, deixou claro que o reclamante era empregado rural, nos moldes da Lei nº 5.889/73, e não empregado doméstico. Isso porque, segundo relatou, há no sítio dez vacas leiteiras, que produzem, em média, 25 li-tros de leite, além de 45 cabeças de gado. O sitiante vende, em média, três queijos por dia e, de vez em quando, realiza trocas de bezerros e venda de gado. O reclamante era encarregado de contratar outros trabalhadores a dia e também de fazer o almoço. A relatora acompanhou os fundamentos da sentença, enfatizando que, ainda que a atividade produtiva do sítio fosse de pequena monta, ela era colocada no mercado, o que descaracteriza o trabalho doméstico. “Para que o empregado seja considerado doméstico não pode laborar em atividade que gera lucro ao empregador”, frisou, mantendo a sen-tença que reconheceu o vínculo de emprego rural e condenou o empre-gador ao pagamento das parcelas típicas desse tipo de contrato. (0203500-23.2008.5.03.0060 RO ) Fonte: www.trt3.jus.br

JT É COMPETENTE PARA JULGAR AÇÃO DE FILIADO CONTRA SINDICATO ENVOLVENDO CRÉDITO TRABALHISTA RETIDOData: 13/03/2012A 2ª Turma do TRT-MG deu razão a um empregado e declarou a com-petência da Justiça do Trabalho para julgar a ação movida contra o sindicato da categoria, em que o trabalhador alegava desconto indevido no crédito recebido judicialmente. O juiz de 1º Grau, entendendo que se tratava de pedido de restituição de honorários advocatícios pagos em decorrência de contrato cível e que essa relação seria de consumo, arguiu, de ofício (sem requerimento das partes), a incompetência da Justiça do Trabalho para julgar a reclamação e determinou a remessa

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do processo para a Justiça Comum de Ipatinga. No caso, o trabalhador foi assistido pelo sindicato de sua categoria, pri-meiramente, no acerto rescisório e, posteriormente, em acordo judicial. Segundo o empregado, foi-lhe assegurado pela entidade sindical que o serviço prestado não teria nenhum custo, mas, ao receber as parce-las acertadas, surpreendeu-se ao notar que houve desconto de valo-res para pagamento de honorários advocatícios. Segundo esclareceu a juíza convocada Maria Raquel Ferraz Zagari Valentim, o pedido do autor tem como base a relação jurídica estabelecida entre o sindicato e um de seus filiados, cabendo, portanto, à Justiça do Trabalho julgá-lo, conforme previsto expressamente no artigo 114, III, da Constituição da República. “Não se trata, propriamente, de ação de cobrança de honorários ad-vocatícios, mas, pelo contrário, de desconto indevido de valores feitos a tal título pela associação profissional, o que teria provocado danos morais e materiais passíveis de reparação pela via judicial”, concluiu a julgadora, dando provimento ao recurso do trabalhador, no que foi acompanhada pela Turma julgadora. O processo agora deverá retornar à Vara Trabalhista de origem para julgamento dos pedidos feitos pelo trabalhador. (0000748-38.2011.5.03.0034 RO) Fonte: www.trt3.jus.br

TRT-RS RECONHECE VÍNCULO DE EMPREGO ENTRE MÉDICA E MANTENEDORA DO PLANO DE SAÚDE DA ULBRAData: 13/03/2012A 8ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul (TRT-RS) manteve sentença da juíza Glória Valério Bangel, da 25ª Vara do Trabalho de Porto Alegre, que reconheceu vínculo de emprego entre uma médica e a Comunidade Evangélica Luterana São Paulo (Ceusp), mantenedora do plano de saúde da Ulbra. A otorrinolaringologista pres-tou serviços de 1997 a 2004 vinculada à cooperativa Unisaúde Sul e, de 2004 a 2009, por meio de pessoa jurídica constituída para essa fina-lidade. Os desembargadores do TRT-RS consideraram ambas as situa-ções como meios de mascarar a relação de emprego, cujos requisitos de caracterização estão previstos pelos artigos II e III da CLT. Segundo informações do processo, a profissional trabalhava no prédio de consultas da Ulbra Saúde, atendendo clientes do plano. Após ter seu contrato interrompido, ajuizou ação na Justiça do Trabalho com o ob-jetivo de ter vínculo de emprego reconhecido, já que, conforme alegou nos autos, a filiação à cooperativa e a constituição de pessoa jurídica foram condições impostas pela reclamada para que continuasse traba-lhando. O pleito foi atendido em primeiro grau pela juíza da 25ª Vara do Trabalho da Capital, decisão que gerou recurso ao TRT-RS.

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Entre os argumentos apresentados pela reclamada, está o fato de a trabalhadora ser profissional esclarecida, com curso superior completo, em condições, portanto, de entender o vínculo ao qual aceitou se sub-meter durante os 13 anos de trabalho. No entanto, ao julgar o caso na 8ª Turma, o relator do acórdão, desembargador Denis Marcelo de Lima Molarinho, salientou que este não é um argumento válido, porque os critérios de configuração da relação de emprego são objetivos e inde-pendem da vontade das partes. Por outro lado, ressaltou o desembargador, “uma sentença que reco-nhece vínculo empregatício não tem como premissa a ideia de que o empregado não conhecia sua situação jurídica. Presume-se que quem ingressa em juízo com pedido de reconhecimento de vínculo entende que a relação jurídica que formalmente mantinha com o outro litigante não correspondia a sua realidade de verdadeiro empregado”. O julga-dor concluiu, pelo conjunto das provas, que os requisitos caracteriza-dores da relação de emprego estavam presentes no caso e determinou a assinatura da Carteira de Trabalho da profissional, com pagamento das verbas trabalhistas daí advindas. Além disso, manteve a decisão de primeiro grau que determinou pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo pelo fato da médica manter contato com pacientes portadores de doenças infecto-contagiosas. Processo 0094900-49.2009.5.04.0025 (RO)Fonte: www.trt4.jus.br

NOTIFICAÇÃO DAS PARTES SOBRE CÁLCULOS APRESENTADOS É MERA FACULDADE DO JUÍZOData: 13/03/2012Em acórdão da 8ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Re-gião (SP), o desembargador Rovirso Aparecido Boldo entendeu que a notificação endereçada às partes para manifestação prévia quanto aos cálculos apresentados constitui mera faculdade do juízo, conforme o que dispõe o parágrafo 2º do art. 879 da CLT. O magistrado justificou seu entendimento afirmando que o direito de defesa é assegurado em momento oportuno, qual seja, quando da abertura do prazo para impugnação à sentença de liquidação ou opo-sição de embargos à execução, tal qual se encontra disposto no artigo 884, parágrafo 3º, também da CLT. Por isso, foi negado provimento ao agravo de petição interposto pelo reclamado, por unanimidade de votos. Outras decisões podem ser encontradas na aba Bases Jurídicas / Juris-prudência. (Proc. 02400005120065020201 – RO) Fonte: www.trt2.jus.br

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OBREIRA TEM VÍNCULO EMPREGATÍCIO RECONHECIDO COM IGREJAData: 13/03/2012Uma religiosa obteve o reconhecimento de vínculo empregatício com a Igreja Mundial, por atividades realizadas no período de 27/04/2007 a 02/12/2008. A instituição religiosa recorreu da decisão de 1ª instância – proferida pelo juiz Álvaro Luiz Carvalho Moreira, da 3ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro – sustentando a natureza voluntária dos eventuais serviços prestados pela autora, na condição de “obreira”, em atividade missio-nária. Mas para a desembargadora Rosana Salim Villela Travesedo, relatora do recurso ordinário, a Igreja reconheceu ter se beneficiado da mão-de-obra da trabalhadora até julho de 2008, sem, contudo, provar que os serviços eram voluntários. De acordo com o depoimento prestado por um pastor da instituição, a autora chefiava o setor onde trabalhava e exercia funções de atenden-te no escritório da igreja, usufruindo de rápido intervalo para almoço. Para a relatora, a prova testemunhal comprovou estarem presentes os requisitos da relação de emprego. A desembargadora ainda ressaltou que as testemunhas apresentadas pela ré faltaram com a verdade, conforme concluiu o juiz, pois afirma-ram que a Igreja efetuava a anotação da carteira de trabalho e efetiva-va recolhimentos previdenciários, fatos não comprovados. Assim, a 10ª Turma manteve o reconhecimento do vínculo de emprego, com o consequente pagamento das verbas trabalhistas dele decorren-tes. Nas decisões proferidas pela Justiça do Trabalho são admissíveis os recursos enumerados no art. 893 da CLT. Fonte: www.trt1.jus.br

APÓS MUDANÇA DE REGIME, SERVIDOR MUNICIPAL TEM DIREI-TO A BAIXA NA CTPS E SAQUE DO FGTSData: 13/03/2012A 2ª Câmara do TRT negou provimento tanto ao recurso do trabalhador quanto do Município de Leme, mantendo assim inalterada a sentença da Vara do Trabalho daquela cidade, que julgou satisfeita a obrigação e extinguiu o processo com resolução do mérito, nos termos do artigo 269, inciso I, do CPC. O Município se defendeu, alegando incompetência da Justiça do Traba-lho para julgar o caso, além de sustentar a chamada ilegitimidade de parte, por não ser ele o gestor do FGTS, mas sim a Caixa Econômica Federal, “que autoriza seu levantamento”. No mérito, afirmou “não ter havido a extinção do contrato de trabalho, razão pela qual não há que

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falar em baixa na CTPS”. O trabalhador, por sua vez, insistiu na conde-nação do reclamado ao pagamento da multa de 40% sobre o valor do FGTS. O relator do acórdão, desembargador José Otávio de Souza Ferreira, salientou que a Justiça do Trabalho é competente para apreciar ações oriundas da relação de trabalho, como prevê o artigo 114, inciso I, da Carta Magna, e especificamente no caso em discussão no processo, que trata do levantamento do FGTS em período anterior à transforma-ção do regime jurídico a que o reclamante estava submetido para o estatutário. Quanto à ilegitimidade passiva alegada pelo município, o magistrado ressaltou que “a pertinência subjetiva está relacionada com a legitimação para figurar no polo passivo da lide” e concluiu que, uma vez que “o reclamado foi indicado pelo autor como devedor das obriga-ções inerentes à relação jurídica de direito material discutida, este fato basta, por si só, para legitimá-lo a figurar no polo passivo da relação processual”. Quanto ao questionamento que envolve a mudança do regime jurídico, o Município alega que a alteração do regime do contrato de trabalho, de celetista para estatutário, a partir de 1º de janeiro de 2009, não im-plicou a rescisão imotivada do contrato de trabalho do autor. Ao contrá-rio, segundo o Município houve a continuidade do contrato de emprego, nos termos do artigo 202, parágrafo único, da Lei Complementar Muni-cipal 564/2009, razão pela qual “não há que falar em baixa na CTPS”. E acrescentou que o FGTS do reclamante deve ser levantado, com base no artigo 20, inciso VIII, da Lei 8.036/1990, “situação que não se equi-para à estabelecida no inciso I do mesmo dispositivo legal”. O acórdão salientou que, pela Súmula 382 do TST, “a transferência do regime jurídico de celetista para estatutário implica extinção do contra-to de trabalho, fluindo o prazo da prescrição bienal a partir da mu-dança de regime”. E concluiu que “a extinção do contrato de trabalho com a alteração do regime jurídico equipara-se à dispensa sem justa causa”, uma vez que o Município procedeu à transformação do regime por ato unilateral, e, por isso “aplicam-se, analogicamente, as regras atinentes à dispensa injusta, inclusive no que tange à baixa da CTPS e ao levantamento do FGTS, nos moldes do artigo 20, inciso I, da Lei 8.036/1991”. E reputou correta a sentença, que “ratificou a decisão de antecipação de tutela de liberação do FGTS e determinou a anotação de baixa na CTPS do reclamante”. Com relação ao pedido do trabalhador, que insistiu na condenação do Município ao pagamento do acréscimo de 40% sobre o valor do FGTS, o acórdão reconheceu “claro o despropósito do pagamento do acrésci-mo em questão”, uma vez que não houve desemprego e que “o con-trato de emprego público, regido pela CLT, extinto por força de modi-ficação de regime, não confere ao trabalhador direito ao pagamento

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do acréscimo de 40% sobre o FGTS, pelo fato desta hipótese não ter sido contemplada pelo artigo 18 da Lei 8.036/1991”. A decisão colegia-da também ressaltou que, “embora o contrato de emprego tenha sido extinto, a causa de tal extinção foi legal, e não decorrente de dispensa imotivada por parte do empregador, tanto que a relação de trabalho continuou, passando o autor à condição de servidor público estatutá-rio”. (Processo 0000678-76.2011.5.15.0134) Fonte: www.trt15.jus.br

DESCANSO A MULHERES ANTES DE TRABALHO EXTRAORDINÁ-RIO TEM REPERCUSSÃO GERALData: 13/03/2012O Plenário Virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a repercussão geral do tema tratado no Recurso Extraordinário (RE) 658312, no qual uma rede de supermercados de Santa Catarina ques-tiona a constitucionalidade de direito trabalhista assegurado somente às mulheres pelo artigo 384 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) – um período de descanso de 15 minutos antes do início de trabalho extraordinário, em caso de prorrogação da jornada de trabalho. O em-pregador sustenta que o benefício afronta a isonomia entre homens e mulheres prevista na Constituição. A empresa recorreu ao STF da decisão da Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que aplicou ao processo a jurisprudência pacífica da Corte trabalhista de que o dispositivo celetista em questão não suscita mais discussão acerca de sua constitucionalidade, depois que o Pleno do TST decidiu que o artigo 384 da CLT foi recepcionado pela Constituição de 1988 (no Recurso de Revista 1.540/2005-046-12-00.5). A empresa sustenta que o direito trabalhista necessita ser discutido à luz do princípio constitucional da isonomia, “haja vista que não pode ser admitida a diferenciação apenas em razão do sexo, sob pena de se estimular a diferenciação no trabalho entre iguais”. No RE, a defesa da empresa argumenta que o dispositivo celetista não teria sido recepcio-nado pela Constituição de 1988 e aponta violações às normas constitu-cionais dos artigos 5º, inciso I (segundo o qual homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações), e 7º, inciso XXX (que proíbe diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por moti-vo de sexo). Para o relator do recurso extraordinário, ministro Dias Toffoli, a dis-cussão tem o potencial de se repetir em inúmeros processos em todo o país e é relevante para todas as categorias de trabalhadores e em-pregadores, que estão sujeitas a se deparar com situação semelhante. “De fato, é de índole eminentemente constitucional a matéria suscitada neste recurso extraordinário. Cumpre, pois, avaliar, no caso dos autos,

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quão efetivamente se aplica o princípio da isonomia, com a consequen-te análise da justificativa para o tratamento diferenciado dispensado na lei às mulheres. Parece, pois, adequado que tal discussão seja enfren-tada em autos de processo dotado de repercussão geral, visto que o julgado resultante servirá à pacificação de, potencialmente, inúmeros outros conflitos de mesmo jaez”, afirmou o ministro Dias Toffoli. Fonte: www.stf.jus.br

JT CONFIRMA INDENIZAÇÃO A TRABALHADORA ACUSADA DE NAMORAR COM COLEGA NA EMPRESAData: 12/03/2012A Calçados Dilly Nordeste S.A deverá pagar R$30 mil de indenização por danos morais a uma ex-trabalhadora acusada de ter mantido rela-ções íntimas com um colega dentro da empresa no horário de serviço. A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho confirmou decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) que havia condena-do a empresa ao pagamento. Casada, moradora do Município de Capela da Santana, a 60 km de Por-to Alegre, a trabalhadora estava há mais de seis anos na área de ser-viços gerais dentro da empresa. Sobre o ocorrido, afirmou que apenas conversava com um colega durante o período de lanche, e ficou surpre-sa com a imputação de falta grave e a consequente demissão por justa causa. Segundo ela, o motivo da dispensa, incontinência de conduta, repercutiu entre os colegas de trabalho e na comunidade, abalando profundamente seu casamento. Na reclamatória contra a empresa, a trabalhadora conseguiu reverter a demissão por justa causa e receber as parcelas rescisórias correspon-dentes. A empresa, após condenada ao pagamento de indenização por danos morais, entrou com recurso no TRT gaúcho negando ter havido a repercussão alegada pela trabalhadora, pois a discussão teria ficado restrita ao âmbito do processo trabalhista. Sustentou, ainda, que a dispensa por justa causa juridicamente não comprovada não implica reconhecimento de prejuízo moral causado ao empregado. No recurso de revista levado ao TST, a Dilly insistiu na não comprova-ção de dano que possa ter causado angústia ou constrangimento à tra-balhadora. Dessa forma, a decisão regional teria afrontado o disposto nos artigos 333, inciso I, do CPC e 818 da CLT, que atribui ao emprega-do a prova do fato constitutivo do seu direito. Mas o relator do processo, ministro José Roberto Freire Pimenta, des-cartou a ofensa aos artigos apontados e ressaltou que foi comprovado, por prova oral, o dano à imagem da trabalhadora perante os colegas, a família e a comunidade local. Em seu voto, o magistrado retomou a exposição do regional de que, “numa localidade pequena - Capela de Santana -, onde a maioria as pessoas trabalha na empresa de calça-

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dos, não é difícil imaginar a repercussão de um comunicado assim”. Processo: RR-83800-57.2006.5.04.00331 Fonte: www.tst.jus.br

TST DETERMINA NOMEAÇÃO DE CANDIDATOS APROVADOS EM CONCURSO DO BB EM LUGAR DE TERCEIRIZADOSData: 12/03/2012A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho deu provimento a recurso do Ministério Público do Trabalho da 9ª Região (PR) e determi-nou que o Banco do Brasil nomeie os candidatos aprovados em concur-so público realizado em 2003 para o cargo de escriturário que obtive-ram classificação correspondente ao número total de vagas ocupadas, em São José dos Pinhais, por empregados terceirizados. O recurso de revista do MPT foi interposto contra decisão do Tribu-nal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR). Confirmando a sentença, o TRT considerou que, a despeito do reconhecimento da ilicitude da terceirização praticada, bem como o fato de a intermediação de mão-de-obra ter se dado para o desenvolvimento de atividade-fim, ou seja, atribuições típicas de bancário, tal fato, por si só, não autorizava a imposição ao Banco do Brasil da obrigação de nomear aqueles candida-tos que estivessem no aguardo da nomeação. Para o MPT, tal decisão contrariou o artigo 37, caput e inciso II, da Constituição da República, que exige aprovação prévia em concurso público. Ao julgar o recurso, a Segunda Turma destacou que a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal tem se firmado no sentido de que a expectativa de direito do aprovado em concurso público se converte em direito líquido e certo quando a Administração Pública, em inobservância aos princípios aos quais deve submissão, preterir indivíduos aprovados em concurso público em favor de empregados terceirizados, especialmente quando for reconhecida a necessidade de pessoal qualificado de acordo com as exigências es-pecificadas no edital do concurso. Concluiu, assim, que a omissão do banco em não contratar os aprovados resultou em ofensa não só ao princípio do certame público, como também ao da moralidade, tratado pelo artigo 37, caput da Constituição, e ao qual a Administração Pública deve se sujeitar. Processo: RR-10200-78.2007.5.09.0670 Fonte: www.tst.jus.br

TST ADMITE RECURSO POR CONTRARIEDADE A SÚMULA VINCU-LANTE DO STFData: 12/03/2012Apesar da ausência de previsão no artigo 896 da CLT, que trata das hi-póteses de cabimento de recurso de revista, a Terceira Turma do Tribu-

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nal Superior do Trabalho considerou válida a alegação de contrariedade ao teor de súmula vinculante editada pelo Supremo Tribunal Federal para fins de pressuposto de admissibilidade e conheceu de recurso de revista da Cooperativa Tritícola Erechim Ltda. No recurso, a cooperativa questionava decisão da Justiça do Trabalho da 4ª Região que concedeu a uma auxiliar de indústria o adicional de insalubridade com base em seu salário contratual. Sustentando que a base de cálculo deveria ser o salário mínimo, alegou que a condenação violou artigos da CLT e da Constituição e contrariou a Súmula Vinculante nº 4 do STF. Ao analisar a admissibilidade do recurso, o relator, ministro Horácio de Senna Pires, ressaltou que, segundo o artigo 103-A da Constituição, as súmulas aprovadas pelo STF mediante decisão de dois terços de seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, terão efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. “Desta forma, a súmula vinculante, a partir de sua publi-cação, por expressa previsão constitucional, passa automaticamente a integrar a jurisprudência dos órgãos do Poder Judiciário, e deve, por-tanto, ser considerada, no caso específico do TST, para efeito de admis-sibilidade de recurso de revista”, afirmou. Súmulas Até 2008, as decisões do TST sobre o adicional de insalubridade se-guiam o disposto no artigo 192 da CLT e na Súmula 228, que tomavam por base o salário mínimo. Em abril daquele ano, porém, o STF, no julgamento do Recurso Extraordinário 565714, considerou inconsti-tucional a adoção do salário mínimo como base de cálculo porque o artigo 7º, inciso IV da Constituição proíbe expressamente a vinculação do salário mínimo para qualquer fim. Na mesma decisão, o Plenário entendeu que a base de cálculo não poderia ser substituída “por meio de simples interpretação legal”, mas apenas por meio de lei ordinária – que ainda não foi editada. A decisão, unânime, acabou resultando na Súmula Vinculante nº 4 e levou o TST a alterar a redação da Súmula 228 para que o adicional incidisse sobre o salário básico, “salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo”. Em julho de 2008, porém, o então presiden-te do STF, ministro Gilmar Mendes, suspendeu a aplicação dessa nova redação da Súmula 228, ao examinar pedido de liminar na Reclamação 6266, cujo mérito ainda não foi julgado. Mérito Ao examinar o recurso da cooperativa, o ministro Horácio Pires expli-cou que, apesar de concluir que a Constituição veda a utilização do salário mínimo no cálculo do adicional de insalubridade, o STF não de-clarou a nulidade do artigo 192 da CLT, que, portanto, deve continuar a ser aplicado “até que nova base seja definida pelo legislador e pelos

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atores sociais”. O ministro assinalou que a nova redação da Súmu-la 228 do TST – a que recomendava o salário básico para cálculo do adicional – é que foi suspensa. “No mais, seu texto original, ainda que por fundamento diverso, no caso os próprios termos da declaração de inconstitucionalidade, deve continuar a balizar os julgamentos”, con-cluiu, citando diversos precedentes do TST. Conhecido o recurso, a Terceira Turma deu-lhe provimento para decla-rar que a base de cálculo do adicional é o salário mínimo, “enquanto não superada a inconstitucionalidade do artigo 192 da CLT, por meio de lei ou convenção coletiva”. Projeto de Lei A inclusão da hipótese de contrariedade a súmula vinculante do STF como critério para a admissibilidade de recursos de revista e agravos de instrumento faz parte do Projeto de Lei nº 2214/2011, de autoria do deputado Valtenir Pereira (PSB/MT), que incorporou sugestões apre-sentadas pelo TST para dar mais celeridade à solução de processos e aperfeiçoar a sistemática de processamento de recursos na Justiça do Trabalho. (Leia mais) Processo: RR 70300-28.2009.5.04.0521 Fonte: www.tst.jus.br

ABARROTADO DE PROCESSOS, STJ BUSCA FILTROS PARA REDU-ZIR A DEMANDA E PRIORIZAR A QUALIDADEData: 12/03/2012A Constituição Federal assegura a todos a razoável duração do proces-so judicial. Está no artigo 5º, inciso LXXVIII. Contudo, em um país de dimensão continental, onde impera a cultura da litigância, o elevado número de processos não é suportado pelos magistrados. Segundo dados mais recentes do “Justiça em Números”, elaborado pelo Conse-lho Nacional de Justiça (CNJ), em 2010 tramitavam no Judiciário brasileiro 84 milhões de ações para um contingente de 16,8 mil juízes, desembargadores e ministros. A diferença entre a demanda por decisões judiciais e a capacidade de proferi-las só aumenta, e tem como resultado a morosidade. No Supe-rior Tribunal Justiça (STJ), esse desequilíbrio é enorme. Todos os dias chegam à Corte, em média, de 1.200 processos. No ano, são mais de 300 mil, distribuídos entre 33 ministros. “Claro que a carga de trabalho é enorme. Para dar vazão ao volume de processos, necessariamente tem que se sacrificar a qualidade do julgamento. Ou se busca vencer a quantidade ou se prioriza a qualida-de. Não tem milagre”, explica o ministro Teori Zavascki, que afirma priorizar a qualidade. “Eu tenho muito mais processos no gabinete do que eu gostaria. Mas eu também não posso ceder à tentação de simplesmente julgar de

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qualquer jeito. Acho que isso seria violentar não só minha consciência como a função institucional de um ministro do STJ e o próprio Tribu-nal”, acrescenta. Para equacionar uma conta que não fecha, o STJ tem buscado a im-plantação de filtros que impeçam que o Tribunal atue como uma tercei-ra instância, apreciando decisões de segundo grau que já aplicaram entedimento adotado nas cortes superiores. “Se não filtrar, vem tudo. E vindo tudo, nós nunca vamos nos livrar da morosidade, ou então vamos baixar a qualidade”, alerta Zavascki. Repercussão geral Aprovada pelo Pleno na última segunda-feira (5), a mais nova iniciativa do STJ para filtrar os processos é a proposta de emenda constitucional que transforma o parágrafo único do artigo 105 em parágrafo 2º e introduz o parágrafo 1º com a seguinte redação: “No recurso especial o recorrente deverá demonstrar a relevância das questões de direito federal infraconstitucional discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços dos mem-bros do órgão competente para o julgamento.” É o mesmo mecanismo adotado em 2007, com muito sucesso, pelo Supremo Tribunal Federal para admissão do recurso extraordinário. No ano anterior, foram distribuídos 54,5 mil recursos. Após a adoção do instituto da repercussão geral, o número de processos caiu significati-vamente. Já em 2008, a distribuição foi de 21,5 mil recursos e no ano passado, apenas 6,3 mil. A proposta de trazer a repercussão geral para o STJ foi elaborada por uma comissão presidida pelo ministro Teori Zavascki. Segundo ele, é muito cedo para fazer qualquer previsão sobre o impacto no volume de processos. “Acho que seria prematuro fazer um julgamento. Bem que eu gostaria de dizer que vai ser como no Supremo, que reduziu drasti-camente”, ponderou. A proposta de emenda constitucional depende de aprovação da Câmara dos Deputados e do Senado. Advogados Mesmo diante da quantidade insustentável de processos no STJ, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) não apoia a mudança. Ophir Cavalcante, presidente da entidade, considera que a Corte deveria ampliar o número de ministros e não reduzir as possibili-dades de recursos. Embora seja essa a posição institucional da OAB, muitos advogados que atuam no STJ reconhecem a necessidade da busca por alternativas que melhorem e acelerem a prestação jurisdicional. É o caso Fabiano Neves Macieywski, do Paraná. Para ele, o aumento da máquina do Judiciário, com mais gasto público, é desnecessária. “Não adianta

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aumentar o número de ministros se não há ferramentas que otimizem os julgamentos”, entende. Na opinião do paranaense, a repercussão geral vai ajudar o Tribunal a exercer melhor a sua função constitucio-nal. Vicente Araújo, que há 18 anos advogada na Corte Superior, disse ser a favor da repercussão geral no STJ, mas manifestou especial preocu-pação com a possível dificuldade de demonstrar relevância em matéria de direito privado, sua especialidade. “Uma vez selecionado um caso paradigma da repercussão geral, como vou conseguir demonstrar que o processo do meu cliente não é igual àquele caso?”, questiona Araújo. O ministro Luis Felipe Salomão, presidente da Quarta Turma, que também integrou a comissão que elaborou a proposta, avalia que nas questões do direito privado a discussão é a mesma dos outros temas. “Quando se destaca uma questão e se determina que ela é de relevân-cia, isso tem implicação objetiva. Então, eu não vejo nenhum tipo de problema para o direito privado”, analisa. O ministro Salomão disse estar convicto de que a repercussão geral é um instituto fundamental para o bom funcionamento do STJ. “Porém, ninguém é dono da verdade e efetivamente nós temos que estabelecer um debate, que é sempre muito salutar”, afirmou. “Eu acredito que esse debate iniciado pelo presidente da OAB seja interessante para se estabelecer uma consulta mais ampla a toda a comunidade jurídica, porque, com o apoio de todos, o resultado será muito melhor”, con-cluiu. Recurso repetitivo Em setembro de 2008, o STJ começou a julgar recursos especiais sob o rito dos recursos repetitivos, criado pelo artigo 543-C do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei 11.672/08. Verificada a grande quantidade de recursos sobre o mesmo tema, o presidente do tribunal de segunda instância ou os ministros do STJ podem selecionar um ou mais processos que representem a controvérsia. O julgamento dos demais casos fica suspenso até a decisão final da Corte superior. Após essa decisão, os tribunais de origem deverão aplicar o entendimento de imediato, subindo ao STJ apenas os proces-sos em que a tese contrária à decisão da Corte seja mantida em segunda instância. A ferramenta propiciou uma redução significativa no número de recur-sos especiais julgados pelo STJ. De setembro de 2007 a agosto de 2008, foram recebidos 101 mil recursos. No mesmo período, o STJ recebeu 64 mil recursos em 2009 e 49 mil em 2010. Porém, em 2011, o número voltou a subir e muito: foram recebidos 77 mil recursos especiais. Apesar de considerar o recurso repetitivo muito eficaz, o ministro Luis Felipe Salomão constatou que o instrumento não é suficiente. “Em

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todos os países da Europa continental que têm uma Justiça eficaz e um tribunal semelhante ao STJ, existe esse outro filtro, cada um com seu nome, nos moldes da repercussão geral”, compara Salomão. Súmula impeditiva de recurso Outra medida que visa dar celeridade à conclusão de uma disputa judicial é a súmula impedidita de recurso, prevista na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 358/2005, em tramitação na Câmara dos Deputados. O texto, que introduz o artigo 105-A na Constituição Federal, estabelece que o STJ poderá, de ofício ou por provocação, aprovar súmula que impede qualquer recurso contra decisão que a aplique. Para ser aprovada, essa súmula precisará dos votos de dois terços dos ministros e terá por objetivo a validade, interpretação e eficácia de normas determinadas sobre as quais haja controvérsia entre órgãos julgadores ou entre esses e a administração pública, gerando grave insegurança jurídica. Habeas corpus Outra demanda que lota os gabinetes no STJ são os habeas corpus. Nos últimos três anos ingressaram no Tribunal 105 mil processos desse tipo, quase todos com pedido de liminar. Em 2011, foram distribuídos 37 mil aos dez ministros que compõe as duas Turmas especializadas em Direito Penal. “É humanamante impossível a situação processual hoje, especialmente na área penal” , reclama o ministro Jorge Mussi, presidente da Quinta Turma. De acordo com o presidente do STJ, ministro Ari Pargendler, é grande a preocupação com o número de habeas corpus impetrados diretamente perante o Tribunal. “Em sua quase totalidade, tais impetrações originá-rias têm natureza tipicamente substitutiva do recurso próprio, notada-mente, do recurso ordinário e do recurso especial”, observa o ministro. Com o emprego da ação direta como alternativa recursal, segundo Pargendler, consequentemente não há a interposição do recurso pró-prio. “Considerada a prioridade na sua apreciação, os habeas corpus acabam comprometendo a ordem natural dos julgamentos da Corte e, não raro, a desejada celeridade”, explica o presidente do STJ. Para desafogar as Turmas penais, o STJ emendou duas vezes o seu Regimento Interno, reduzindo as atribuições da Terceira Seção, em 2010 e no ano passado. Na primeira ocasião, os ministros decidiram que os feitos relativos a servidores públicos civis e militares e a locação predial urbana ficariam sob a responsabilidade da Primeira e Segunda Seção, respectivamente. Desde janeiro de 2012, a competência para julgar matéria previdênciária foi deslocada da Terceira para a Primeira Seção. Assim, o colegiado ficou apenas com matéria criminal, mas permaneceu com os casos que já haviam sido distribuídos. Fonte: www.stj.jus.br

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JUÍZA CONSIDERA DISCRIMINATÓRIA DISPENSA DE DEPEN-DENTE QUÍMICOData: 12/03/2012Se, por um lado, o empregador tem o direito de dispensar o empre-gado imotivadamente, por outro, o Judiciário tem o dever de reprimir atos abusivos ou discriminatórios no âmbito da relação de emprego. Cabe ao juiz analisar cada caso com sensibilidade, observando as nuances e sutilezas, a fim de alcançar a solução mais justa no caso concreto. A reflexão foi feita pela juíza Ângela Castilho Rogedo Ri-beiro, titular da Vara do Trabalho de Ponte Nova, ao julgar o caso de um viciado em crack, dispensado por justa causa, sob a alegação de abandono de emprego. No entendimento da magistrada, a dispensa foi discriminatória. A reclamada alegou que não sabia que o reclamante era dependen-te químico e que a justa causa foi aplicada porque ele abandonou o emprego. Mas a tese não convenceu a julgadora. Aplicando o princípio da continuidade da relação de emprego, ela explicou que o empregador deve provar de forma inequívoca que o término do contrato se deu por iniciativa do empregado ou em razão de falta grave por ele cometida. No caso do processo, a ré não conseguiu provar a falta grave. É que o reclamante não chegou a faltar ao emprego por 30 dias corridos, nem demonstrou intenção de deixar o emprego. Como observou a magistra-da, a própria reclamada admitiu que o reclamante compareceu poucos dias antes da dispensa para dizer que estava com problemas particula-res, sem previsão de retorno ao trabalho. Isso demonstra que ele não tinha a intenção de deixar o emprego. Por essa razão, a juíza senten-ciante decidiu declarar nula a justa causa aplicada. Após analisar as provas com a cautela que o caso merece, a magistra-da se convenceu ainda de que a dispensa foi discriminatória. Ela cons-tatou facilmente, pela aparência do reclamante na audiência, que se tratava de um dependente químico. “Dos atestados médicos juntados, depreende-se que o autor é viciado em substância psicoativa, o que, registro, é visível aos olhos de qualquer pessoa leiga de bom senso”, fez constar na sentença. Para a juíza, ficou evidente que as faltas ao trabalho tinham relação direta com o vício. Prova em sentido contrário deveria ter sido apresentada pela empresa, mas não foi. A total frieza e indiferença demonstradas pela reclamada na audiência de instrução, diante da triste situação do reclamante, também chamaram a aten-ção da magistrada. Uma atitude que ela classificou como reprovável e lamentável. A conduta revelou uma discriminação velada. “Uma das piores formas de discriminação é a indiferença”, registrou. Para a julgadora, a empregadora não poderia simplesmente descartar o trabalhador do seu empreendimento, ignorando seu estado de saúde.

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Ao agir assim, deixou de cumprir sua função social. “A reclamada sim-plesmente fechou os olhos à realidade de seu empregado e o lançou à própria sorte, esquecendo-se de que toda e qualquer empresa deve observância ao princípio da função social, segundo o qual a empresa não é apenas fonte de lucro, mas também fonte de práticas sociais que favoreçam o meio no qual está inserida”, frisou. A magistrada também relembrou que, infelizmente, as discrimina-ções veladas são uma realidade nas relações de trabalho. Dentre suas vítimas, destacou os portadores de HIV, os portadores de deficiência e aqueles que, de alguma forma, tiveram sua força de trabalho dimi-nuída por alguma doença ou patologia. Nesse último grupo, incluiu os conhecidos “viciados em drogas”. A juíza sentenciante registrou que a discriminação persiste porque ainda prevalece a ideia, ou preconceito, de que o viciado apresenta um desvio de caráter. Mas isso vem mudan-do, segundo ela, e, aos poucos, a questão passa a ser tratada como a doença que de fato é, um problema de saúde pública. A julgadora ponderou que se se tratasse, simplesmente, de “desvio de caráter” o Estado não teria excluído a pena privativa de liberdade para os usuá-rios de drogas. “Considerada a ordem constitucional vigente - que consagra o ser humano como o principal destinatário da ordem jurídica, impõe-se a adoção - por parte de todos o integrantes da coletividade - de toda e qualquer medida capaz de impedir que um ser humano acresça a escó-ria da humanidade. Neste intuito, o papel das empresas é de extrema relevância, porque é fácil vislumbrar que, estando desempregado, o dependente químico tem maior probabilidade de ceder ao vício, lançan-do-se às margens da cidadania”, registrou a juíza. Por fim, a magistrada frisou que a vida e a integridade física são os bens supremos das pessoas. Por isso, a responsabilidade da empresa em relação ao usuário de crack, caso do processo, é objetiva, ou seja, pouco importa que a reclamada soubesse ou não do vício do emprega-do. E fez uma analogia: “Assim como a empregada gestante tem es-tabilidade no emprego desde a concepção até 05 meses após o parto, independentemente de o empregador ter ou não conhecimento da gra-videz - tudo em prol da proteção à vida, também o empregado viciado em crack possui o direito de não ter seu contrato de trabalho extinto durante todo o período que se fizer necessário para a sua recuperação”. Com esses fundamentos, a sentença determinou a reintegração do reclamante, em função compatível com sua atual condição, e, após a reintegração, o encaminhamento ao INSS para o devido tratamento. A empresa não recorreu da decisão. (nº 00351-2011-074-03-00-1) Fonte: www.trt3.jus.br

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EMPRESA EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL NÃO TEM DIREITO A JUSTIÇA GRATUITAData: 12/03/2012A concessão dos benefícios da justiça gratuita, disciplinada pela Lei n.º 5.584/70 e pelo artigo 790, parágrafo 3º, da CLT, é destinada apenas ao trabalhador, não podendo alcançar pessoa jurídica, mesmo que em liquidação extrajudicial. Com esse entendimento, a 2ª Turma do TRT-MG rejeitou o recurso de uma empresa, que tentava convencer os julgadores de que tinha direito ao benefício. A empresa alegou que passa pelo processo de liquidação extrajudicial e que sua situação financeira é muito precária. Contudo, para a juíza convocada Maria Cristina Diniz Caixeta, o simples fato de recolher cus-tas processuais e depósito recursal já demonstra o contrário. Ela frisou que o depósito recursal não figura na lista de isenções concedidas aos benefícios da justiça gratuita, conforme entendimento contido nos arti-gos 790-A e 790-B da CLT. A magistrada ressaltou que a jurisprudência pacificada na Súmula 86 do TST - pela qual “não ocorre deserção de recurso da massa falida por falta de pagamento de custas ou de depósito do valor da condenação” - não se aplica à empresa em liquidação extrajudicial. Até porque, a Súmula não equipara empresa submetida à liquidação extrajudicial à massa falida. Assim, ela não goza do mesmo privilégio no que se refere à isenção das custas processuais. Com esses fundamentos, o recurso da empresa foi rejeitado pela ma-gistrada, sendo o entendimento acompanhado pela Turma julgadora. (0000653-29.2010.5.03.0006 RO) Fonte: www.trt3.jus.br

REDUÇÃO DO INTERVALO DE RODOVIÁRIOS DEVE OBSERVAR REQUISITOS NORMATIVOS E JURISPRUDENCIAISData: 12/03/2012Nos termos da Orientação Jurisprudencial 342, II, do TST, os conduto-res e cobradores de veículos rodoviários e os empregados de empre-sas de transporte público urbano podem ter o intervalo intrajornadas reduzido, desde que a jornada não ultrapasse a 7 horas diárias e a 42 semanais e sejam concedidos a eles descansos menores ao final de cada viagem. Tudo por causa da natureza do serviço. No entanto, para que esse procedimento seja válido, deve haver norma coletiva que o autorize e os requisitos previstos na orientação jurisprudencial preci-sam ser rigorosamente observados. No caso analisado pela 1ª Turma do TRT-MG, os julgadores consta-taram que não foi cumprida nem uma coisa, nem outra. Embora a empresa, condenada a pagar horas extras pelo descumprimento do intervalo mínimo de uma hora, tenha alegado a existência de norma

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coletiva autorizando o procedimento, esse documento não foi anexado ao processo. E, segundo a desembargadora Maria Laura Franco Lima de Faria, ainda que existisse a alegada cláusula coletiva, as exigências estabelecidas pelo inciso II da OJ 342 não foram cumpridas. É que os controles de ponto deixaram claro que o reclamante traba-lhava habitualmente além da jornada contratual de 40 horas semanais e acima de 7 horas diárias, principalmente porque precisava chegar com minutos de antecedência. A prova pericial também chegou a essa conclusão. “E não tendo sido comprovado que a redução e o fraciona-mento do intervalo estavam autorizados por norma coletiva, é o caso de aplicação do entendimento fixado na OJ 307, da SDI-1/TST”, enfati-zou a relatora. Assim, levando em conta a prova do processo, a desembargadora manteve a decisão de 1º Grau que condenou a empresa ao pagamento de uma hora extra por cada dia em que o intervalo foi menor que esse tempo, no que foi acompanhada pela Turma julgadora. (0000608-03.2011.5.03.0002 ED) Fonte: www.trt3.jus.br

CÂMARA MANTÉM CONDENAÇÃO SUBSIDIÁRIA DA FAZENDA PÚBLICA DE SP EM AÇÃO CONTRA EMPRESA DE SEGURANÇAData: 12/03/2012A citação da segunda reclamada, a Fazenda Pública do Estado de São Paulo, foi erroneamente encaminhada ao Ministério Público do Esta-do de São Paulo. O erro, no entanto, não causou nenhum prejuízo à Fazenda, que teve garantida, inclusive, a oportunidade para apresentar sua defesa e produzir provas no processo movido por um trabalhador contra empresa de segurança que o contratou para trabalhar como vigilante na Fazenda. A Fazenda, porém, recorreu da sentença da 1ª Vara do Trabalho de Jundiaí, que a condenou subsidiariamente ao pagamento das verbas devidas ao trabalhador. A recorrente alegou “a nulidade do julgado por deficiência na citação” e reafirmou “a impossibilidade da sua condena-ção subsidiária ao pagamento das verbas objeto da condenação”. O relator do acórdão, desembargador Claudinei Zapata Marques, en-tendeu que “improcede a irresignação” da Fazenda, apesar do erro na citação, expedida em 28 de outubro de 2010, sendo que a audiência ocorreu em 13 de janeiro de 2011. O acórdão ressaltou que nesta data a Fazenda compareceu à audiência, representada por seu procurador. Na segunda audiência, em 21 de fevereiro, compareceu novamente a Fazenda, representada pelo mesmo procurador, que afirmou a inexis-tência de outras provas a produzir. E, por isso, o acórdão concluiu que “nada obstante a citação tenha se dado de modo incorreto, o fato é que a ré compareceu espontaneamente à audiência designada, ficando,

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pois, suprida a deficiência no instrumento citatório, a teor do contido no parágrafo 1º do artigo 214 do CPC, de aplicação subsidiária à pro-cessualística do trabalho”. O acórdão ressaltou ainda que a Fazenda “sequer mencionou na audi-ência inaugural a nulidade da citação, limitando-se a pugnar pela reti-ficação da autuação”, o que leva à presunção de que entendia sanada a irregularidade, ressaltou a decisão colegiada. E, assim, a Câmara rejeitou o recurso da Fazenda, considerando o fato de que, na forma do artigo 794 da CLT, “no processo trabalhista não há nulidade a ser declarada, se dela não resultar manifesto prejuízo à parte”. Responsabilidade subsidiária A Fazenda contestou a condenação da 1ª Vara do Trabalho de Jundiaí, alegando, entre outros, que “a manutenção da sentença de origem configura negativa de vigência ao artigo 71, da Lei 8.666/1993, e one-ra de forma indevida os cofres públicos”. Além disso, argumentou que a decisão “afronta os comandos do artigo 37, inciso XXI, da Constituição, do artigo 1º da Lei 8.666/1993 e o princípio da legalidade”. O acórdão salientou que “não houve atribuição de responsabilidade solidária ou reconhecimento do vínculo de emprego diretamente com o tomador, mas apenas de responsabilidade subsidiária, o que torna inaplicável a Súmula 363 do TST”. Também destacou que ficou provado que o trabalhador prestava serviço como vigilante diretamente à segunda re-clamada (Fazenda), e, assim, na qualidade de tomadora dos serviços, ela deve figurar nos autos. Por fim, o acórdão ressaltou que “não se discute a legalidade do contrato celebrado com a empresa prestadora de serviços, tampouco a existência de vínculo direto com a ora recor-rente, configurando-se, portanto, a hipótese de terceirização lícita que, no entanto, não a exime de responder subsidiariamente pelos encargos provenientes da condenação, a teor do item IV da Súmula 331 do TST”. O acórdão afirmou que, apesar do “longo arrazoado e esforço argu-mentativo” da Fazenda, não há razão para o inconformismo. E res-saltou que “a responsabilidade da recorrente se delineia em razão do seu próprio benefício diante dos serviços efetivamente prestados pelo reclamante”. E acrescentou que “o princípio da proteção ao trabalha-dor permite responsabilizar subsidiariamente a empresa tomadora, em casos como o corrente, ante a inadimplência da empresa interposta, pelo prejuízo que seria causado ao empregado, cuja força de trabalho foi utilizada em seu proveito”. O acórdão afirmou que “causa espécie” a afirmação da Fazenda de que “não lhe cabe fiscalizar as empresas de trabalho terceirizado que lhe prestam serviços, por não ‘possuir o Estado os poderes de onividência e onisciência’, e que a solução para tal problema dependeria da ne-cessária ‘fiscalização dos órgãos competentes’”. O acórdão entendeu que, com esse argumento, a Fazenda esteve “em pleno exercício da

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política pilateana de lavar as mãos”, e salientou que “a manutenção da responsabilidade subsidiária visa evitar insegurança aos trabalhadores na eventualidade de a empresa interposta ser inidônea, protegendo o interesse público, fazendo, ainda, com que a prestação jurisdicional atinja seu objetivo”. Para a Câmara , “entendimento contrário poderia transformar a condenação em uma decisão meramente processual”. Em conclusão, o acórdão rejeitou a pretensão da Fazenda quanto à exclusão de sua responsabilidade, registrando que “não há negativa de vigência ao dispositivo legal invocado (artigo 71, parágrafo 1º, da Lei 8.666/1993), mas interpretação dele em harmonia com o ordenamento jurídico”. (Processo 0001809-31.2010.5.15.0002 – RO) Fonte: www.trt15.jus.br

CONFEDERAÇÃO DE SERVIDORES PÚBLICOS QUESTIONA DE-CRETO SOBRE CADASTRO SINDICALData: 12/03/2012A Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB) apresentou Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4738) contra dispositivos do Decreto 7.674/2012, que dispõe sobre o Subsistema de Relações de Trabalho no Serviço Público Federal (SISRT), e do Decreto 7.675/2012, que aprova a estrutura regimental e o quadro demonstrativo dos car-gos em comissão e funções gratificadas do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Os dispositivos adotam a expressão “organizar e manter atualizado o cadastro nacional das entidades sindicais representativas de servidores públicos federais”. A CSPB sustenta que a competência para dispor sobre a organização, atualização e fiscalização do cadastro de entidades sindicais, sejam eles servidores públicos ou da iniciativa privada, é do Ministério do Tra-balho e Emprego (MTE), que, depois da Constituição da República de 1988, atua apenas como órgão fiscalizador, sem poder discricionário. Além disso, observa que a manutenção do cadastro requer um aparato administrativo que o MTE já possui, com as superintendências regionais e auditorias fiscais do trabalho. Para a confederação, os decretos impugnados, ao atribuírem, respecti-vamente, ao SISRT e à Secretaria de Relações de Trabalho no Serviço Público a competência para organizar e manter o cadastro das enti-dades representativas de servidores públicos afronta o ordenamento constitucional e a jurisprudência do STF. A autora da ADI observa que a Constituição, ao tirar do MTE o poder discricionário na concessão do registro sindical, submetendo o ato ape-nas ao cumprimento de formalidades legais, não estipulou qual o órgão que continuaria a organizar e manter atualizado o cadastro nacional das entidades sindicais. As decisões dos tribunais superiores determi-

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naram que a competência deveria permanecer com o MTE. Por outro lado, o inciso I do artigo 8º da Constituição, que garante a liberdade de associação profissional ou sindical, dispõe sobre a não interferência através de lei editada pelo Estado na fundação de entida-de sindical, com ressalva apenas para a exigência do registro no órgão competente. “O Estado não pode interferir na criação de entidades sindicais, mas a lei pode exigir o registro no órgão competente”, assi-nala a ação. “No presente caso, a exigência estatal se realizou através de decreto do poder Executivo”. A CSPB pede a concessão de medida cautelar para suspender os efeitos dos dois dispositivos (inciso IV do artigo 6º do Decreto 7.674/2012, e inciso IV do artigo 38 do Decreto 7.675/2012) e, no mérito, a declara-ção de sua inconstitucionalidade. O relator é o ministro Gilmar Mendes. Fonte: www.stf.jus.br--------------------------------------------------------------------------------------------------Sugestões, críticas, cadastro ou cancelamento deste serviço, contate

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