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Brasília, de 18 a 22 de março de 2013 Ano III - nº 185 acontece Extraído do Portal do TCU, com adaptações Prof. Jacoby explica as inovações 8º Congresso Brasileiro de Pregoeiros legislativas do Pregão no Página 3 TCU detecta falhas no controle interno da área de licitações de hospitais universitários O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou fragilidades no controle interno da área de licitações e contratos de seis hospitais universitários. As falhas mais comuns decorrem da carência de pessoal capacitado, bem como da ausência de controles específicos aplicáveis à área de licitação e contratos. O TCU fez uma série de determinações e recomendações específicas no sentido de contribuir para a correção das falhas fragilidades em cada hospital. As auditorias foram realizadas nos hospitais das universidades federais do Espírito Santo, do Maranhão, do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul, do Rio do Janeiro, e do Triângulo Mineiro. Foi constatado que a maioria dos hospitais não conta com servidores estatutários para as atividades relacionadas à área de licitação e contratos. Em função disso, o trabalho é realizado por estagiários, comissionados ou profissionais terceirizados contratados sem critério objetivo e que não possuem vínculo estável com a administração, o que potencializa o risco de fraudes. Outro ponto recorrente verificado é a ausência de treinamento específico para funcionários que lidam no dia a dia com contratações nos hospitais. Em muitos casos, sequer há manuais com os procedimentos rotineiros que devem ser observados por esses agentes na condução dos seus trabalhos.

Informatvo Semanal - nº 185

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Informtivo semanal da Jacoby Fernandes & Reolon Advogados Associados

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Brasília, de 18 a 22 de março de 2013 Ano III - nº 185

acontece

Extraído do Portal do TCU, com adaptações

Prof. Jacoby explica as inovações

8º Congresso Brasileiro de Pregoeiroslegislativas do Pregão no

Página 3

TCU detecta falhas no controle interno da área de licitações de hospitais universitários

O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou fragilidades no controle interno da área de licitações e contratos de seis hospitais universitários. As falhas mais comuns decorrem da carência de pessoal capacitado, bem como da ausência de controles específicos aplicáveis à área de licitação e contratos. O TCU fez uma série de determinações e recomendações específicas no sentido de contribuir para a correção das falhas

fragilidades em cada hospital. As auditorias foram realizadas nos

hospitais das universidades federais do Espírito Santo, do Maranhão, do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul, do Rio do Janeiro, e do Triângulo Mineiro. Foi constatado que a maioria dos hospitais não conta com servidores estatutários para as atividades relacionadas à área de licitação e contratos. Em função disso, o trabalho é realizado por estagiários, comissionados

ou profissionais terceirizados contratados sem critério objetivo e que não possuem vínculo estável com a administração, o que potencializa o risco de fraudes.

Outro ponto recorrente verificado é a ausência de treinamento específico para funcionários que lidam no dia a dia com contratações nos hospitais. Em muitos casos, sequer há manuais com os procedimentos rotineiros que devem ser observados por esses agentes na condução dos seus trabalhos.

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Prof. Jacoby explica as inovações

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Informativo Semanal daJacoby Fernandes & Reolon Advogados

Associados

Edição: Mailson Veloso

Jornalistas Responsáveis: Ana Helena Melo e Alveni Lisboa

Diagramação: Ana Helena Melo

Pesquisa: Ana Luiza Queiroz Melo, Diva Belo Lara

Revisão: Vinícius Paiva

Produção: Coordenadoria de Editoração e

Comunicação - CEDIC

Prof. J. U. Jacoby Fernandes

palavra de mestre

Os artigos publicados neste informativo são de responsabilidade exclusiva

de seus autores, não representando, necessariamente, a opinião da Jacoby

Fernandes & Reolon Advogados Associados.

Tribunal de Contas da União

capa

A causa determinante da instauração da Tomada de Contas Especial – TCE, em sentido amplo, advém de uma conduta do agente público em desconformidade com a lei, seja por meio de um ato omissivo ou comissivo.

Tanto a Lei Orgânica do TCU quanto as diversas normas infralegais guardam razoável uniformidade ao indicar os fatos geradores dos processos de TCE, que podem ser agrupados em três:

a) omissão no dever de prestar contas;b) prestação de contas de forma irregular, abrangendo o desfalque e o desvio de

recursos; ec) dano causado ao erário, decorrente de ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico.

O dever de prestar contas é uma obrigação constitucional de quem trabalha com recursos públicos.

Estão jungidos ao dever de prestar contas os administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da Administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Federal.

Sendo o causador do dano um particular sem vínculo funcional com a Administração Pública, caberá à autoridade adotar as providências necessárias e suficientes para resguardar o erário, como, por exemplo, iniciar ação administrativa ou judicial da cobrança, mas não a instauração de TCE.

Para saber mais, não deixe de consultar as obras Tomada de Contas Especial: processo e procedimento nos tribunais de contas e na administração pública, 5ª ed., e Tribunais de Contas do Brasil: jurisdição e competência, 3ª ed., publicados pela Editora Fórum.

Causas Determinantes da TCE

8º Congresso Brasileiro de Pregoeiroslegislativas do Pregão no

Entre os dias 18 e 21 de março, a famosa cidade de Foz do Iguaçu sediou o 8º Congresso Brasileiro de Pregoeiros. O evento é considerado o maior encontro relacionado a compras públicas do Brasil. O Professor Jacoby Fernandes, mestre em Direito Público e especialista na área de Licitações e Contratos, ministrou palestra com o tema “Inovações Legislativas no Pregão” na quarta-feira (20).

Durante a sua fala, Jacoby destacou a aplicação do pregão no Regime Diferenciado de Contratações Públicas. “A inversão de fases é um exemplo de inovação. Um processo que levaria pelo menos seis meses pode ser reduzido para apenas um”, detalha o professor.

O advogado lembrou de outra inovação, essa bem mais polêmica: o sigilo do preço estimado. “Discordo de alguns doutrinadores a respeito dessa questão. Ao meu ver, o sigilo é uma interessante ferramenta que permite a negociação de preços mais reduzidos. Se a Administração anuncia que pretende pagar 200, mas o preço do fornecedor é 100, obviamente ele irá superfaturar o valor para aproximá-lo dos 200”, teoriza Jacoby Fernandes.

O professor destacou, ainda, a aplicabilidade às obras e serviços de engenharia comuns e não-comuns, a exigência da pré-qualificação, entre outros aspectos.

O objetivo do Congresso era transmitir aos congressistas as mais recentes atualizações legislativas e jurisprudenciais no âmbito dos

certames licitatórios. Dessa forma, os pregoeiros e pregoeiras, bem como os demais operadores da área de Licitações e Contratos Administrativos, podem manter-se atualizados para garantir maior eficiência e economicidade nas compras governamentais.

O pregão, especialmente no formato eletrônico, vem sendo cada vez mais utilizado no país. “É uma forma eficiente de garantir ampla disputa, permitindo, inclusive, que empresas de outros estados participem do certame”, conclui Jacoby.

Prof. Jacoby autografa livro de participante durante intervalo do 8º Congresso de Pregoeiros.

O advogado detalhou os principais aspectos do pregão sob a ótica legislativa e jurisprudencial

“A inversão de fases é um exemplo

de inovação. Um processo que levaria

pelo menos seis meses pode ser reduzido para apenas um”

Por Alveni Lisboa

O TCU cientificou sobre as impropriedades:

“[...] ausência de definição adequada do objeto a ser licitado, bem como a extrapolação da vigência dos créditos orçamentários fora do previsto no art. 57 da Lei nº 8.666/1993 poderá acarretar a aplicação de sanção aos responsáveis [...]”;

Fonte: TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. Processo TC nº 15.323/2009-1. Acórdão nº 1153/2013 – 2ª Câmara. Diário Oficial da União [da] República Federativa do

Brasil, Brasília, DF, 22 mar. 2013. Seção 1, p. 91.

O TCU recomendou:a) “[...] elabore parecer prévio a

editais de licitação na área de tecnologia da informação, cujo objeto for passível de agrupamento em diferentes grupos, de modo a justificar a viabilidade técnica e econômica do parcelamento da contratação em diferentes lotes [...]”;

b) “[...] implemente controles operacionais de modo que as atividades desempenhadas por empresas contratadas possuam sempre o devido amparo contratual [...]”;

c) “[...] utilize a métrica pontos de função para a remuneração de serviços de desenvolvimento de sistemas, em substituição à métrica de homens-hora, consoante especificações da Nota Técnica 6/2010 - Sefti/TCU [...]”.

Fonte: TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. Processo TC nº 15.323/2009-1. Acórdão nº 1153/2013 – 2ª Câmara. Diário Oficial da União [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 22 mar. 2013. Seção 1, p. 91.

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ementário - DOU

Confira alguns dos destaques do Diário Oficial desta semana publicados no Informativo Diário Fórum Jacoby

Governo elabora plano para acontece

fortalecer economia regionalDez anos após o lançamento

da primeira Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), o governo prepara um projeto de lei para criação de uma nova política que levante as regiões menos desenvolvidas do país, a PNDR 2.

O texto será desenhado ao longo da 1ª - Conferência Nacional de Desenvolvimento Regional, que a partir de hoje até o dia 22, reúne, em Brasília, cerca de 500 delegados, vindas dos 27 estados. Na semana passada, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho apresentou o texto de referência do qual sairá a proposta de projeto de lei à Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado.

Entre os desafios da nova política está o de dar condições às regiões mais pobres, como Norte e Nordeste, de alavancar sua capacidade produtiva e elevar o PIB, atraindo investimentos. Para isso, o texto que servirá de base para a formulação de uma proposta de projeto de Lei, destaca os “enormes déficits, em termos de infraestrutura, educação e qualificação de recursos humanos” como fortes entraves ao desenvolvimento. Segundo estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o PIB da região Nordeste, por exemplo, corresponde a 13% do Produto Interno Bruto (PIB) desde 1952.

O estudo diz que para a região atingir o patamar de 75% do PIB - padrão usado pela União Europeia

para estabelecer as distâncias entre as regiões - precisaria crescer a uma taxa anual de 2,2% acima da média nacional nos próximos 22 anos. “Para alcançar o desenvolvimento desejável das regiões mais pobres, a nova política regional deve contemplar em primeiro lugar a qualificação profissional”, diz o diretor de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Ipea, Rogério Boueri. Qualificação profissional somada à mão de obra barata (ainda uma marca das regiões mais pobres), atrairiam empresas, já que a falta de qualificação é hoje um problema nacional.

“Seria como copiar o modelo chinês: atrair investimentos para lá oferecendo mão de obra barata e qualificada.” Outra proposta que deve estar no projeto da nova política de desenvolvimento é a criação de projetos de Parcerias Público Privadas (PPPs) específicos para estas regiões. “A ideia seria que o governo adotasse, para este tipo de PPP, políticas que dessem vantagens adicionais para empresas que tocassem projetos nestas regiões”, diz. Desta forma, pretende-se atrair recursos do BNDES, “que tem focado sua atuação em grandes empreendimentos que, com frequência, encontram-se concentrados nas regiões mais dinâmicas do país”, conforme diz o texto de referência.

Boueri ressalta que não

foi uma decisão deliberada do BNDES destinar a maior parte dos recursos ao Sudeste. “Isto é explicado pelo fato de os grandes empreendimentos terem se situado historicamente nessas regiões. Criando uma política de atração das empresas, os recursos do BNDES virão”.

A nova política tentará corrigir falhas observadas na que vige atualmente. Por exemplo, tentará revitalizar as superintendências macrorregionais, como a Sudene e a Sudam, recriadas pela política atual, mas que padecem de problemas básicos, como a insuficiência do quadro técnico. Outra proposta é um novo conceito para os critérios de elegibilidade dos projetos que integram a PNDR II, em que os estados elegíveis são os territórios abrangidos pela Sudene, Sudam e Sudeco e algumas regiões pobres do Sul e Sudeste. “Não são, portanto, objeto da Política Regional Brasileira, as regiões de alta renda do sul e sudeste”, diz o texto básico.

Com informações do jornal Brasil Econômico

Os destaques mais importantes do Diário Oficial da União comentados pelo jurista Prof. Jacoby Fernandes diariamente no seu e-mail!

Gestão de PessoasCódigo de Ética dos Agentes

Públicos do Ministério da Pesca e Aquicultura

Fonte: MINISTÉRIO DA PESCA E AGRICULTURA. Portaria nº 95, de 15 de março de 2013. Diário Oficial da União [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 18 mar. 2013. Seção 1, p. 86.

Atualização de valores limites para contratação de serviços de

limpeza e conservação para o DF, MG, PA, PR, PE, RS e SC

Fonte: MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO. Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação. Portaria nº 5, de 19 de março de 2013. Diário Oficial da União [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 20 mar. 2013. Seção 1, p. 76.

Gestor PúblicoTransferências de recursos

federais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios sob a

modalidade fundo a fundo

Fonte: MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 412, de 15 de março de 2013. Diário Oficial da União [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 18 mar. 2013. Seção 1, p. 90.

Defesa extrajudicial de gestores e órgãos e entidades da

Administração Federal junto ao Tribunal de Contas da União

Fonte: ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO. Portaria nº 81, de 20 de março de 2013. Diário Oficial da União [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 21 mar. 2013. Seção 1, p. 2.

Tecnologia da InformaçãoProcedimento de destino dos

processos físicos com recursos excepcionais digitalizados

Fonte: SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Conselho da Justiça Federal. Resolução nº 237, de 18 de março de 2013. Diário Oficial da União [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 20 mar. 2013. Seção 1, p. 90.

Nota: após a digitalização para remessa aos tribunais superiores, os autos serão devolvidos à vara de origem, onde deverão ficar sobrestados, aguardando o julgamento definitivo dos recursos excepcionais. A remessa dos processos digitalizados aos tribunais superiores será certificada nos autos físicos.

Oitiva por videoconferência na Justiça Federal

Fonte: SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Conselho da Justiça Federal. Corregedoria-Geral. Provimento nº 10, de 15 de março de 2013. Diário Oficial da União [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 20 mar. 2013. Seção 1, p. 90.

Nota: os Tribunais Regionais Federais deverão instalar salas de videoconferência em todas as subseções judiciárias, preferencialmente exclusivas para oitivas requeridas por outros juízos. A reserva das salas de videoconferência dar-se-á mediante agendamento no sistema eletrônico do Conselho da Justiça Federal ou do Tribunal Regional Federal, dispensada a expedição de carta precatória, bem como a intervenção judicial no juízo requerido.

Utilidade PúblicaSuspensão da execução do inciso VI do art. 14 do Decreto-Lei nº

2.052/1983

Fonte: SENADO FEDERAL. Resolução

nº 5, de 2013. Diário Oficial da União [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 22 mar. 2013. Seção 1, p. 2.

Nota: o Decreto-lei nº 2.052, de 3 de agosto de 1983, dispõe sobre as contribuições, cobrança, fiscalização, processo administrativo e consulta do PIS-PASEP. O inc. IV dispunha que eram participantes contribuintes do PASEP quaisquer outras entidades controladas direta ou indiretamente pelo Poder Público, além das relacionadas no art. 14.

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