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7/17/2019 Informe Do SINSPMAR Revisão http://slidepdf.com/reader/full/informe-do-sinspmar-revisao 1/1  INFORME DO SINSPMAR PARA A POPULAÇÃO E SERVIDORES MUNICIPAIS DE ANGRA DOS REIS Mais de 150 servidores participaram no dia 18 de junho da assembleia realizada pelo SINSPMAR, para discutir o calendário imposto pela prefeitura quanto à reposição dos dias de greve. A seguir as deliberações aprovadas por unanimidade na assembléia do dia 18/junho: 1. O SINSPMAR deu entrada no mandato de segurança para garantia de nosso direito de greve, conforme a Lei Orgânica define em seu 15º artigo, no dia 09 de abril, e este ainda não foi julgado, logo não estamos devendo nada. 2. O SINSPMAR não recebeu nenhuma notificação de existência de nenhum processo judicial da PMAR pedindo a ilegalidade da greve, nem pedindo a reposição dos dias parados. 3. Por ocasião da deliberação pela realização da greve, em 26 de março, o SINSPMAR tomou as medidas necessárias para o cumprimento das exigências da Lei de Greve, uma vez que os 2 princípios mais importantes desta lei foram respeitados, a saber: a. Informar oficialmente às autoridades competentes, com 72 horas de antecedência a realização da greve  – cumprido através dos ofícios n° 83/2014 (para a Srª Prefeita) e n° 84/2014 (para a Delegacia Regional do Trabalho). b. Manter 30% dos serviços essenciais e de emergência em funcionamento  – cumprido inclusive com a manutenção de 100% destes serviços em funcionamento, em respeito à população de Angra dos Reis. 4. Entendemos que a postura da prefeitura de instituir esta política arbitrária de cobrança inflexível de reposição dos dias letivos não tem conotação pedagógica nem administrativa, mas sim punitiva e opressora, pois penaliza professores e alunos ao instituir um calendário que não foi discutido e planejado pedagogicamente e não está adaptado às realidades de cada unidade escolar nem aos projetos pedagógicos das unidades escolares. Está fadado ao fracasso, pois não terá adesão de professores, nem dos próprios alunos, o que já foi constatado no dia 17 de junho, quando turmas funcionaram com 3 ou 4 alunos. O prejuízo ficará para os alunos??? 5. O SINSPMAR enviou ofício à Câmara Municipal solicitando abertura de uma CPI para apreciar possível descumprimento da Lei Orgânica com estas atitudes do executivo. 6. Os debates da assembléia foram muito produtivos e com o entendimento de que a greve é um instrumento de luta entre empregados e patrões, para a conquista de direitos e benefícios, esta atitude arrogante da prefeitura não vai intimidar os servidores municipais, e quando for preciso e deliberado em assembléia não vamos nos amedrontar, e faremos novas negociações, paralisações, atos públicos e greves que sejam oportunas às nossas conquistas. Os servidores e o SINSPMAR estão mais unidos do que nunca. 7. Desde o dia 10 de junho o SINSPMAR já recebeu mais de 100 telefonemas e visitas de servidores municipais que estão se sentindo intimidados e constrangidos pela existência de listas nominais em cada setor municipal, com o nome dos servidores que participaram da greve de março e abril/2014, nas quais as chefias imediatas deverão registrar a forma de reposição dos dias de greve, e a orientação verbal que está circulando é de que a não reposição implicará em registro de falta para cada servidor que fez a greve. O clima de terror e medo está instaurado em todos os setores da prefeitura, autarquias e fundações. 8. A formalização de falta neste calendário de reposição é um ato administrativo que poderá ser questionado judicialmente, pois nossa greve é legal, logo não devemos nenhum dia na Casa. 9. O SINSPMAR se colocou à disposição para representar  judicialmente todo servidor, sindicalizado ou não, que por ventura receba uma falta relativa à imposição de reposição dos dias de greve. 10. A oferta individual, de gestores para os servidores, de acordo para reposição de dias de greve em troca de trabalho em sábados, domingos, feriados, ou em troca de horas extraordinárias é ILEGAL. 11.  O SINSPMAR e os servidores presentes na assembléia não estão se recusando a fazer a reposição, mas não aceitamos esta imposição de calendário fechado e listas da inquisição. 12. Caso haja decisão judicial para a reposição, entendemos que a prefeitura deverá apresentar a proposta ao SINSPMAR, que procederá avaliação jurídica, fará a discussão e apreciação em assembléia, e posteriormente retornará a resposta ao executivo. 13. Caso algum servidor individualmente opte por iniciar imediatamente a reposição dos seus dias, independente de decisão judicial, o SINSPMAR se coloca à disposição para acompanhar a negociação de sua reposição. 14. Ouvimos relatos impressionantes de professores que fizeram greve, e apenas com seu planejamento pedagógico anual e de pós greve, já estão com seu conteúdo pedagógico em dia, e de acordo com o calendário escolar, enquanto que professores contratados, que entraram no decorrer no ano letivo e não fizeram greve, ainda não conseguiram atualizar seu conteúdo, e pior, várias turmas, de inúmeras escolas, principalmente do Fundamental II, que continuam até este momento sem professores em várias disciplinas, fica a pergunta: Como a SECT vai se explicar com o Ministério da Educação em relação aos dias letivos e conteúdos destes alunos? 15. Especialmente em relação ao calendário escolar, o SINSPMAR, o SEPE e a assembléia do dia 18 de junho ratificaram a deliberação da assembléia de educadores, realizada no dia 28 de maio: Os professores devem iniciar imediatamente a reposição de conteúdos, enviando atividades pedagógicas para desenvolvimento pelos alunos, de acordo com o conteúdo pedagógico já planejado para o ano letivo, da mesma forma que fazem quando, por outros motivos, como licenças médicas, licenças devido trabalho em eleição ou participação em eventos acadêmicos, fazendo o devido registro do diário de classe, correlacionando cada dia da greve com o conteúdo adequado. Este procedimento não pode ser questionado, pois é um procedimento habitual no processo de trabalho dos professores. 16. Esta reposição de conteúdo é a demonstração de que os 2 sindicatos e todos os professores estão compromissados com sua responsabilidade em oferecer o conteúdo pedagógico planejado para o ano letivo, sem nenhum prejuízo para os alunos, bem como contribuir para que o executivo atenda à exigência da LDB de oferecer os 200 dias letivos aos alunos, apesar das péssimas condições de funcionamento das escolas, tanto do ponto de vista da estrutura (insalubridade, falta de água, falta de papel, falta de reprografia,...), como do ponto de vista da gestão de pessoas (falta de professores e zeladores,...), e ainda do ponto de vista da gestão democrática (reuniões de intimidação de diretores e coordenadores, desrespeito aos conselhos gestores de escolas,...) 17. O SINSPMAR vai solicitar uma Audiência Pública para a SECT explicar como vai fazer para garantir a reposição dos dias letivos de 2014 que não aconteceram devido às condições insalubres das escolas, falta de zeladores, falta de água, falta de professores, afinal se a preocupação é pedagógica, vamos fundo nessa discussão. 18. Nossa luta é pela valorização e respeito ao servidor, pois assim teremos profissionais qualificados e estimulados para executar as políticas públicas com a qualidade que a população merece. Ana Maria Bezerra Barbosa Presidenta do SINSPMAR Tel 33617133 e 3365 1707 

Informe Do SINSPMAR Revisão

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7/17/2019 Informe Do SINSPMAR Revisão

http://slidepdf.com/reader/full/informe-do-sinspmar-revisao 1/1

 

INFORME DO SINSPMAR PARA A POPULAÇÃO E SERVIDORESMUNICIPAIS DE ANGRA DOS REIS

Mais de 150 servidores participaram no dia 18 de junho da

assembleia realizada pelo SINSPMAR, para discutir o calendário

imposto pela prefeitura quanto à reposição dos dias de greve. A

seguir as deliberações aprovadas por unanimidade na assembléia dodia 18/junho: 

1.  O SINSPMAR deu entrada no mandato de segurança  para

garantia de nosso direito de greve, conforme a Lei Orgânica

define em seu 15º artigo, no dia 09 de abril, e este ainda não

foi julgado, logo não estamos devendo nada. 

2.  O SINSPMAR não recebeu nenhuma notificação de existênciade nenhum processo judicial da PMAR pedindo a ilegalidadeda greve, nem pedindo a reposição dos dias parados. 

3.  Por ocasião da deliberação pela realização da greve, em 26 de

março, o SINSPMAR tomou as medidas necessárias para ocumprimento das exigências da Lei de Greve, uma vez que os 2

princípios mais importantes desta lei foram respeitados, a

saber:

a.  Informar oficialmente às autoridades competentes, com72 horas de antecedência a realização da greve  – cumprido

através dos ofícios n° 83/2014 (para a Srª Prefeita) e n°

84/2014 (para a Delegacia Regional do Trabalho).

b.  Manter 30% dos serviços essenciais e de emergência emfuncionamento  – cumprido inclusive com a manutenção de100% destes serviços em funcionamento, em respeito à

população de Angra dos Reis.

4.  Entendemos que a postura da prefeitura de instituir esta

política arbitrária de cobrança inflexível de reposição dos dias

letivos não tem conotação pedagógica nem administrativa, mas

sim punitiva e opressora, pois penaliza professores e alunos ao

instituir um calendário que não foi discutido e planejado

pedagogicamente e não está adaptado às realidades de cada

unidade escolar nem aos projetos pedagógicos das unidades

escolares. Está fadado ao fracasso, pois não terá adesão de

professores, nem dos próprios alunos, o que já foi constatado

no dia 17 de junho, quando turmas funcionaram com 3 ou 4

alunos. O prejuízo ficará para os alunos??? 

5.  O SINSPMAR enviou ofício à Câmara Municipal solicitandoabertura de uma CPI para apreciar possível descumprimentoda Lei Orgânica com estas atitudes do executivo.

6.  Os debates da assembléia foram muito produtivos e com o

entendimento de que a greve é um instrumento de luta entre

empregados e patrões, para a conquista de direitos e

benefícios, esta atitude arrogante da prefeitura não vai

intimidar os servidores municipais, e quando for preciso e

deliberado em assembléia não vamos nos amedrontar, e

faremos novas negociações, paralisações, atos públicos e

greves que sejam oportunas às nossas conquistas. Os

servidores e o SINSPMAR estão mais unidos do que nunca. 

7. 

Desde o dia 10 de junho o SINSPMAR já recebeu mais de 100

telefonemas e visitas de servidores municipais que estão se

sentindo intimidados e constrangidos pela existência de listas

nominais em cada setor municipal, com o nome dos servidores

que participaram da greve de março e abril/2014, nas quais as

chefias imediatas deverão registrar a forma de reposição dos

dias de greve, e a orientação verbal que está circulando é de

que a não reposição implicará em registro de falta para cada

servidor que fez a greve. O clima de terror e medo está

instaurado em todos os setores da prefeitura, autarquias e

fundações.

8.  A formalização de falta neste calendário de reposição é umato administrativo que poderá ser questionado judicialmente,pois nossa greve é legal, logo não devemos nenhum dia naCasa.

9. 

O SINSPMAR se colocou à disposição para representar judicialmente todo servidor, sindicalizado ou não, que porventura receba uma falta relativa à imposição de reposiçãodos dias de greve.

10.  A oferta individual, de gestores para os servidores, de acordopara reposição de dias de greve em troca de trabalho emsábados, domingos, feriados, ou em troca de horasextraordinárias é ILEGAL.

11. 

O SINSPMAR e os servidores presentes na assembléia nãoestão se recusando a fazer a reposição, mas não aceitamosesta imposição de calendário fechado e listas da inquisição.

12.  Caso haja decisão judicial para a reposição, entendemos que aprefeitura deverá apresentar a proposta ao SINSPMAR, queprocederá avaliação jurídica, fará a discussão e apreciação emassembléia, e posteriormente retornará a resposta aoexecutivo.

13. 

Caso algum servidor individualmente opte por iniciar

imediatamente a reposição dos seus dias, independente de

decisão judicial, o SINSPMAR se coloca à disposição para

acompanhar a negociação de sua reposição.

14.  Ouvimos relatos impressionantes de professores que fizeram

greve, e apenas com seu planejamento pedagógico anual e de

pós greve, já estão com seu conteúdo pedagógico em dia, e de

acordo com o calendário escolar, enquanto que professores

contratados, que entraram no decorrer no ano letivo e não

fizeram greve, ainda não conseguiram atualizar seu conteúdo, e

pior, várias turmas, de inúmeras escolas, principalmente do

Fundamental II, que continuam até este momento sem

professores em várias disciplinas, fica a pergunta: Como a SECT

vai se explicar com o Ministério da Educação em relação aos

dias letivos e conteúdos destes alunos? 

15. 

Especialmente em relação ao calendário escolar, o SINSPMAR,o SEPE e a assembléia do dia 18 de junho ratificaram adeliberação da assembléia de educadores, realizada no dia 28de maio: Os professores devem iniciar imediatamente areposição de conteúdos, enviando atividades pedagógicaspara desenvolvimento pelos alunos, de acordo com oconteúdo pedagógico já planejado para o ano letivo, damesma forma que fazem quando, por outros motivos, comolicenças médicas, licenças devido trabalho em eleição ouparticipação em eventos acadêmicos, fazendo o devidoregistro do diário de classe, correlacionando cada dia da greve

com o conteúdo adequado. Este procedimento não pode serquestionado, pois é um procedimento habitual no processo detrabalho dos professores. 

16.  Esta reposição de conteúdo é a demonstração de que os 2sindicatos e todos os professores estão compromissados comsua responsabilidade em oferecer o conteúdo pedagógicoplanejado para o ano letivo, sem nenhum prejuízo para osalunos, bem como contribuir para que o executivo atenda àexigência da LDB de oferecer os 200 dias letivos aos alunos,apesar das péssimas condições de funcionamento das escolas,tanto do ponto de vista da estrutura (insalubridade, falta deágua, falta de papel, falta de reprografia,...), como do ponto

de vista da gestão de pessoas (falta de professores ezeladores,...), e ainda do ponto de vista da gestão democrática(reuniões de intimidação de diretores e coordenadores,desrespeito aos conselhos gestores de escolas,...)

17. 

O SINSPMAR vai solicitar uma Audiência Pública para a SECT

explicar como vai fazer para garantir a reposição dos dias

letivos de 2014 que não aconteceram devido às condições

insalubres das escolas, falta de zeladores, falta de água, falta de

professores, afinal se a preocupação é pedagógica, vamos

fundo nessa discussão.

18.  Nossa luta é pela valorização e respeito ao servidor, pois assim

teremos profissionais qualificados e estimulados para executaras políticas públicas com a qualidade que a população merece.

Ana Maria Bezerra BarbosaPresidenta do SINSPMAR

Tel 33617133 e 3365 1707