Inovações Técnológicas na Bioclimatologia

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/14/2019 Inovaes Tcnolgicas na Bioclimatologia

    1/24

    Inovaes tecnolgicas na bioclimatologia animal visandoaumento da produo animal: relao bem estar

    animal x clima

    por Tadayuki Yanagi Junior

    1.INTRODUO

    A produo animal e de derivados animais de grande importncia para o

    agronegcio brasileiro, sendo fonte relevante de divisas para o pas. O Brasil possui

    grande potencial de crescimento das fronteiras mercadolgicas, principalmente

    devido aos progressos tecnolgicos nas reas de gentica, nutrio, manejo e

    sanidade, que transformam a produo animal e de derivados animais em grande

    empreendimento econmico provedor de protena animal, na forma de carne e ovos

    para a populao.

    Neste contexto insere-se a bioclimatologia, cincia que estuda as relaes

    entre os animais e o clima, sendo necessrio, portanto, informaes precisas sobre

    o clima e animais, abrangendo o conhecimento dos elementos meteorolgicos, das

    respostas fisiolgicas e comportamentais dos animais, visando sempre a garantia

    do bem-estar animal e aumento de sua produtividade.

    Dentre as informaes climticas mais importantes para a caracterizao

    do ambiente de produo animal, pode-se destacar o conhecimento da temperatura

    de bulbo seco (tbs), umidade relativa (UR), velocidade (v) do ar, radiao solar eprecipitao.

    Condies climticas inadequadas produo causam reduo no

    desempenho produtivo e reprodutivo dos animais. Especialmente em regies

    tropicais e subtropicais, um dos desafios a ser considerado para o sucesso da

    produo animal a reduo dos efeitos climticos, sendo que para isto, torna-se

    necessrio caracterizar o ambiente trmico.

    Diante das adversidades climticas aos quais os animais esto sujeitos, o

    constante aprimoramento do conhecimento entre as relaes animal e clima, tem

    levado a avanos significativos na bioclimatologia animal, visando o bem-estar dos

    animais e, conseqentemente, o aumento de produtividade. Diversos estudos

    foram desenvolvidos visando o estudo dos efeitos das condies climticas sobre os

    animais, para aves (CURTIS, 1983; DESHAZER & BECK,1986; SUK e WASHBURN,

  • 8/14/2019 Inovaes Tcnolgicas na Bioclimatologia

    2/24

    1995; MEDEIROS, 2001), sunos (CURTIS, 1983; SALES et al., 2006) e bovinos

    (CURTIS, 1983; YOUSEF, 1985; MLLER, 1989).

    Com base no exposto, o objetivo deste trabalho foi apresentar informaes

    sobre os avanos tecnolgicos na bioclimatologia animal visando aumento de sua

    produo, correlacionado bem-estar e clima.

    2. EFEITOS DO AMBIENTE TRMICO SOBRE OS ANIMAIS

    2.1. Conforto e desconforto trmico

    O sucesso da produo animal depende, entre outros fatores, da reduo

    dos efeitos climticos sobre os animais, sendo necessrio portanto, a caracterizao

    do ambiente trmico.

    O ambiente trmico, normalmente, engloba os efeitos da radiao solar,

    temperatura de bulbo seco do ar (tbs), velocidade do ar (v), umidade relativa (UR) e

    temperatura efetiva (tef) (FALCO, 1997; BAETA e SOUZA, 1997), e seus efeitos

    sobre os animais podem ser avaliados por meio do comportamento e das respostas

    fisiolgicas.

    As caractersticas trmicas de uma regio so geralmente avaliadas pela tbs,

    a qual varia com a altitude local, a proximidade do mar e com o paisagismo, alm

    da movimentao de massas de ar que fazem com que haja oscilao,

    possibilitando desta forma, a determinao de ndices indicativos que caracterizamas regies. Assim, a tbs uma das principais variveis para caracterizao trmica

    de uma regio, destacando-se pela facilidade de medio e pela disponibilidade

    para diversas localidades brasileiras.

    Sabendo-se que a produo animal o resultado do potencial gentico das

    espcies e conhecendo-se sua interao com a nutrio, sanidade, manejo e fatores

    ambientais, verifica-se que muitos animais no conseguem expressar todo o seu

    potencial produtivo sob as condies adversas do meio em que vivem. Assim, o

    ambiente constitui-se em um dos responsveis pelo sucesso ou fracasso dosempreendimentos, uma vez que pode ser definido como a soma dos impactos dos

    meios biolgicos e fsicos circundantes sobre os animais (CURTIS, 1983).

    No Brasil, o principal fator de adaptao dos animais para a produo tem

    sido os altos valores de tbs associados a altos valores de UR, que ocorrem em

  • 8/14/2019 Inovaes Tcnolgicas na Bioclimatologia

    3/24

    algumas regies, o que reduz a produtividade de algumas espcies estabelecidas,

    quando comparados aos nveis de produo em climas subtropicais e temperados.

    Portanto, de todas os fatores que afetam o ambiente, o clima , sem dvida,

    o mais importante, sendo que a eficincia produtiva e reprodutiva de qualquer

    animal se relaciona com estmulos aos ambientes onde vivem. Contudo existe, paracada espcie, uma faixa de condies ambientais, denominada zona de conforto

    trmico, na qual o animal apresenta os melhores resultados com o menor gasto

    energtico e mnimo esforo dos mecanismos termorregulatrios, possibilitando

    melhor converso alimentar, rpido crescimento corporal e menor mortalidade

    (CURTIS, 1983).

    2.2. Ambiente trmico vs produtividade

    O setor agropecurio brasileiro tem obtido grande destaque na economianacional, tendo grande importncia como instrumento de gerao de supervit na

    balana comercial brasileira. Fatores como a globalizao, o aumento da

    concorrncia e a exigncia crescente dos consumidores com relao qualidade

    tm levado os produtores a investir cada vez mais no sentido de otimizar a

    produo.

    Neste contexto, grandes investimentos tm sido feitos para aumentar a

    produtividade e o bem-estar dos animais, principalmente nas reas de

    melhoramento gentico, nutrio, manejo e sanidade. Entretanto, para que as aves

    possam expressar todo o seu potencial gentico, torna-se indispensvel, tambm, o

    desenvolvimento de outras reas envolvidas na produo, como o ambiente de

    criao. Desta forma, para se garantir o mximo de produtividade imprescindvel

    um elevado potencial gentico, aliado a uma alimentao com nvel nutricional

    adequado, em ambiente assptico e termicamente ajustado s necessidades dos

    animais.

    2.2.1. Temperatura do ar

    A tbs o principal elemento climtico condicionante para o conforto trmico efuncionamento geral dos processos fisiolgicos, por envolver a superfcie corporal

    dos animais, afetando diretamente a velocidade das reaes que ocorrem no

    organismo e influenciando a produo animal.

    Assim, o conhecimento das temperaturas mdias, mximas e mnimas de

    determinada regio fundamental para o projeto e manejo de instalaes para

  • 8/14/2019 Inovaes Tcnolgicas na Bioclimatologia

    4/24

    produo animal. A escolha dos materiais construtivos mais adequados, a definio

    do tipo de ventilao a ser adotada, bem como a verificao da necessidade de se

    usar algum tipo de sistema de resfriamento evaporativo so exemplos a serem

    citados.

    A faixa de temperatura de conforto trmico ou zona termoneutra, varia deacordo com a espcie e sua constituio gentica, idade, peso e tamanho corporal,

    estado fisiolgico, dieta alimentar, exposio prvia ao calor (aclimatao),

    variao da tbs e UR, v e radiao incidente no ambiente de criao (CURTIS, 1983;

    TEETER, 1990).

    FABRCIO (1994) cita as seguintes temperaturas ambientais como sendo as

    ideais para frangos de corte do nascimento ao abate (Quadro 1).

    Quadro 1. Temperaturas ambientais ideais para frangos de corte, de acordo com afase de criao.Manual Cobb de frangos de corte Sadia-Concrdia S/A

    Idade (dias)Temperatura

    (C)Idade (dias)

    Temperatura(C)

    1 7 35 1 3 31

    8 14 32 4 7 28

    15 21 29 8 14 26

    22 28 27 15 21 24

    29 35 24 22 30 23

    35 abate 21 31 abate 21Fonte: FABRCIO (1994).

    A zona de conforto trmico para aves a partir da segunda e terceira

    semanas de vida oscila entre tbs de 15C e 26C, para valores de UR de 50% a

    70%, segundo YOUSEF (1985), estando de acordo com os limites sugeridos para

    frangos de corte adultos que variam de 15C a 25C (MILLIGAN e WINN, 1964;

    REECE et al., 1986; CURTIS, 1983; ESMAY e DIXON, 1986 e TIMMONS e GATES,

    1988), podendo variar em funo da sua constituio gentica, idade, sexo,

    tamanho corporal, peso, dieta e exposio prvia ao calor (aclimatao), conforme

    citado anteriormente.

    De acordo com SILVA (2000), frangos de corte so muito sensveis a

    temperaturas elevadas por serem animais que no se ajustam perfeitamente aos

    extremos de temperatura, por possurem alto metabolismo e por terem grande

    capacidade de reteno de calor atravs da sua cobertura corporal. Portanto, em

    situaes de grande amplitude trmica, as aves tm sua sobrevivncia ameaada,

  • 8/14/2019 Inovaes Tcnolgicas na Bioclimatologia

    5/24

    particularmente acima de 38C e sob condies de alta UR. Nessas situaes, as

    aves diminuem o ganho de peso e a eficincia de converso alimentar. MEDEIROS

    (2001) cita as provveis conseqncias das variaes da temperatura sobre o

    comportamento produtivo das aves (Quadro 2).

    Quadro 2. Influncia da temperatura do ar (tbs) sobre a produtividade de aves.tbs (C) Conseqncias

    < 10 Reduo no ganho de peso e na eficincia alimentar;10 a 21 Eficincia alimentar permanece afetada;

    20 Elevao da UR no interfere na perda de calor por evaporao;15 a 26 Melhor eficincia alimentar e ganho de peso;

    20 Ideal para ganho de peso de aves de corte. Cada 1C a mais entre 21 e30oC e 32 a 38oC implica em decrscimo na ingesto alimentar de 1,5 e4,6%, respectivamente;

    29 a 32 Consumo alimentar diminui; ganho de peso baixo;32 a 35 Consumo alimentar diminui; ganho de peso baixo. Consumo alimentar

    continua decrescente. O consumo de gua passa a ser superior ao dobrodo normal; nesta faixa de temperatura ambiente a temperatura interna

    da ave comea a aumentar;35 a 38 Prostrao por calor: medidas emergenciais so necessrias para oresfriamento das aves. A luta pela sobrevivncia o interesse maiornessa faixa de temperatura.

    Fonte: MEDEIROS (2001).

    SUK e WASHBURN (1995) observaram, em estudos com aves de 4 a 7

    semanas, que o ganho de peso e consumo alimentar foram maiores quando

    mantidas sob tbs de 21,1C, em comparao ambientes de 26,7C.

    Para os bovinos adultos de raas europias, a zona de conforto trmico est

    compreendida pelo intervalo de 1 a 16C, enquanto NS (1989) e YOUSEF(1985), citam a faixa de 13 a 18C para a maioria dos ruminantes, sendo de 4 a

    24C para vacas em lactao ou, em funo da UR e da radiao solar, se restringir

    ao intervalo de 7 a 21C. Esta faixa de temperatura est prxima ao intervalo

    reportado por HUBER (1990) e citado por BACCARI (1998), que de 4 a 26C.

    De acordo com MLLER (1989), as raas bovinas europias diminuem o

    potencial de crescimento quando submetidas temperatura constante acima de

    24oC, e os efeitos se agravam para temperaturas de 29 a 32oC, pois praticamente

    cessa o aumento de peso; em temperaturas acima de 41o

    C sobrevm a prostrao,especialmente se a UR alta.

    Em relao ao crescimento ps-natal, a estao em que ocorre o nascimento

    afeta as crias em lactao, que dependem tanto do meio circundante, quanto dos

    fatores ambientais impostos me, refletidos na quantidade de leite. Para sunos,

  • 8/14/2019 Inovaes Tcnolgicas na Bioclimatologia

    6/24

  • 8/14/2019 Inovaes Tcnolgicas na Bioclimatologia

    7/24

    com estes autores, as trocas trmicas entre o animal e o meio, no so afetadas

    nesse intervalo de UR.

    Para sunos, o intervalo de UR ideal de 50% a 70% (ESMAY, 1982; NS

    et al. 1995 e 1998). Com relao aos bovinos, cerca de 75% da troca de calor

    corporal com o ambiente, se faz por meio da conduo, da conveco e daevaporao, sendo importante, portanto, que a UR no ultrapasse 70% (NS,

    1989).

    2.2.3 velocidade do ar

    A velocidade do ar influencia positivamente na condio de conforto dos

    animais, auxiliando-os na manuteno de sua produtividade. Assim, a partir do

    conhecimento das necessidades ambientais das espcies, do tipo de manejo, clima

    local e das caractersticas da tipologia construtiva, pode-se projetar o sistema de

    ventilao natural ou artificial para atendam s necessidades de ventilao para os

    animais.

    A renovao do ar no interior da instalao permite a reduo da

    transferncia de calor da cobertura, facilitando as trocas de calor corporal por

    conveco e evaporao (BAETA e SOUZA, 1997), diminui o excesso de umidade

    ambiente e de outros gases como NH3,CO2 e H2S, advindos da cama, da respirao

    e dos excrementos, evitando as doenas pulmonares.

    Para as aves adultas, a velocidade do ar mxima recomendada de

    aproximadamente 0,2 m s-1 no inverno e 0,5 m s-1 no vero, segundo estudos de

    LLOBET e GONDOLBEU (1980), VAQUERO (1981) e CURTIS (1983). Contudo, esse

    limite pode ser menor para as aves mais jovens, para evitar a ocorrncia de

    doenas pulmonares (CURTIS, 1983).

    Estudos realizados por YOUSEF (1985) e MEDEIROS (2001), sobre a

    influncia do ambiente trmico na produtividade de frangos de corte entre a 4 e a

    6 semanas de idade, verificaram que as faixas de tbs, UR e v que resultam em

    maior desempenho, ocorrem entre 21 e 27C, 50 e 70% e 0,5 e 1,5 m s -1,respectivamente.

    Dessa maneira, quando a ventilao natural for insuficiente, a utilizao de

    sistema de ventilao artificial torna-se importante para garantir nveis adequados

    de qualidade do ar, atuando positivamente na promoo do conforto trmico.

  • 8/14/2019 Inovaes Tcnolgicas na Bioclimatologia

    8/24

    Diversos autores mostram o efeito atenuante da ventilao sobre o

    desconforto trmico para aves (MEDEIROS, 2001; YANAGI JUNIOR et al., 2001 a e

    b; YANAGI JUNIOR, 2002).

    Com relao aos sunos, de acordo com BENEDI (1986), citado por SILVA

    (1999), a velocidade do ar recomendada para leites de 0,1 a 0,2 m s -1 e paraanimais adultos, de 0,1 a 0,3 m s-1, estando associada preveno de doenas,

    como a pneumonia.

    Para bovinos, HAHN (1982), sugere para uma melhor produo leiteira em

    climas quentes, que a v seja aproximadamente de 8 m s-1.

    2.3. Quantificao do ambiente trmico

    Desde que foram reconhecidas as diferenas, entre os animais, quanto

    capacidade de enfrentar as variaes climticas do meio em que vivem, tm sido

    feitas tentativas para que se estabeleam critrios de classificao dos diversos

    ambientes e combinaes de fatores que proporcionem conforto trmico aos

    animais. Neste contexto, diversos ndices do ambiente trmico tm sido

    desenvolvidos, englobando em um nico parmetro, o efeito conjunto dos

    elementos meteorolgicos e do ambiente.

    Dentre os mais simples, aqueles que envolvem um menor nmero de

    variveis, o ndice de temperatura e umidade (ITU) tem se destacado, por englobar

    apenas os efeitos da tbs e UR. Exemplos do desenvolvimento destes ndices so o

    ITU desenvolvido por THOM (1959) e DESHAZER & BECK (1986) (equaes 1 e 2,

    respectivamente).

    ITUThom = tbs + 0,36 . tpo + 41,5 (1)

    ITUD&B = 0,6 . tbs + 0,4 . tbu (2)

    em que,

    tbs = temperatura de bulbo seco (C),

    tpo = temperatura do ponto de orvalho (C),

    tbu = temperatura de bulbo mido (C).

  • 8/14/2019 Inovaes Tcnolgicas na Bioclimatologia

    9/24

    Para frangos de corte, valores de ITUThom menores que 74, configuram

    conforto trmico para o animal; entre 74 e 79, representam situaes de alerta

    para os produtores e perigo para a produo; entre 79 e 84 indicam situaes de

    perigo com possibilidades de ocorrncias de perdas na produo e, valores acima

    de 84 configuram situaes de emergncia, sendo necessrias providncias

    urgentes para se evitar a perda do plantel (NSCR, 1976). Por sua vez, um grau de

    desconforto trmico brando foi verificado para vacas holandesas para ITUThom

    variando de 72,3 a 74,4 (AGUIAR et al., 2005).

    SALES et al. (2006) avaliaram as variveis de desempenho reprodutivo de

    fmeas sunas submetidas a diferentes temperaturas e umidades. Foram analisados

    dados reprodutivos relativos a um perodo de quatro anos (2000 a 2003), de uma

    granja com 1.650 matrizes. Os autores verificaram que a zona de

    termoneutralidade (61

  • 8/14/2019 Inovaes Tcnolgicas na Bioclimatologia

    10/24

    nmero de horas de ocorrncia e o nvel de intensidade de ITU (HAHN e MADER,

    1997).

    Apesar do ITU ainda ser muito utilizado, principalmente nos pases de clima

    temperado, onde as instalaes zootcnicas possuem bom isolamento trmico,

    tem-se buscado incorporar a velocidade do ar ao ITU, em estudos das condies dedesconforto por calor.

    Recentemente, YANAGI JUNIOR et al. (2001) e TAO e XIN (2003)

    desenvolveram o ndice de temperatura, umidade e velocidade do ar (ITUV) para

    galinhas poedeiras e frangos de corte, respectivamente, sujeitos condio aguda

    de desconforto trmico por calor (equaes 3 e 4, respectivamente).

    (3)

    (4)

    em que,

    , sendo PWS.(tdb)a presso de saturao de

    vapor calculado em funo da tbs, (kPa).

    v = velocidade do ar (m s-1).

    Outros ndices incorporando tbs, UR e v tm sido desenvolvidos. A equao 5

    mostra o ndice ambiental de produtividade para frangos de corte (IAPfc)

    desenvolvido por MEDEIROS (2001).

    (5)

    Valores de IAPfc de 21 a 24 (confortvel) esto associados mxima

    produtividade; para valores entre 25 e 27 (moderadamente confortvel), perda de

    peso da ave em torno de 1 a 5%; para valores entre 28 e 30 (desconfortvel),

  • 8/14/2019 Inovaes Tcnolgicas na Bioclimatologia

    11/24

    perda de 5,1 a 15%;para valores entre 31 e 34 (extremamente desconfortvel),

    perda de 15,1 a 30%; e para valores acima de 35 (perigoso), perda de 30,1 a

    87%.

    As trocas de calor por radiao tm grande importncia na quantificao do

    ambiente trmico, especialmente para instalaes que apresentam baixo ndice deisolamento trmico e animais criados em ambientes externos. Nestes casos,

    recomenda-se o uso do ndice de temperatura do globo negro e umidade (ITGU),

    proposto por BUFFINGTON et al. (1981), em razo de incorporar a t bs, a UR, a v e a

    radiao, em um nico valor.

    ITGU = 0,72 (tgn + tbu) + 40,6 (5)

    em que,

    tgn = temperatura do globo negro (C);

    tbu = temperatura de bulbo mido (C).

    Para frangos de corte TINCO (1988) constatou que valores de ITGU

    superiores a 75,0, para condies de vero, provocam desconforto e agravamento

    da situao de estresse a partir dos 15 dias de vida. TEIXEIRA (1983) verificou que

    valores de ITGU entre 78,5 e 81,6 mostraram ser adequados ao ganho de peso e

    converso alimentar para a fase de 1 a 14 dias de idade e que para frangos de

    corte entre 43 a 49 dias, valores de ITGU entre 73,3 a 80,5 refletiram em aumentode 41% na converso alimentar e em reduo de 37,2% no ganho de peso.

    Umas das desvantagens do uso do ITGU para se fazer o zoneamento

    bioclimtico de uma determinada regio a inexistncia de medies de tgn nas

    estaes meteorolgicas distribudas ao longo do pas. Desta forma, para este tipo

    de estudo, o ITU ou ITUV se tornam mais fceis de serem aplicados, uma vez a t bs,

    UR e v so medidas diariamente nestas estaes e compem diversos bancos de

    dados disponveis on-line.

    O avano no desenvolvimento no desenvolvimento dos ndices de conforto e

    desconforto trmico, seja para condies crnicas ou agudas, tem propiciado

    avanos significativos na definio de estratgias de controle do ambiente trmico

    e de manejo dos animais quando criados em ambientes externos, seja no

    dimensionamento de sistemas de ventilao e resfriamento, bem como na

  • 8/14/2019 Inovaes Tcnolgicas na Bioclimatologia

    12/24

    definio de estruturas de sombreamento artificial ou na definio da vegetao

    em ambientes externos (piquetes).

    3. INOVAES TECNOLGICAS NA BIOCLIMATOLOGIA

    3.1. Dados meteorolgicos

    Os dados meteorolgicos servem como base para estudos realizados na

    rea de bioclimatologia. Desta forma, a sua disponibilidade, qualidade e distribuio

    espacial na regio a ser analisada so importantes para o desenvolvimento destes

    estudos. Alm dos dados oriundos de estaes meteorolgicas, outra fonte passvel

    de ser utilizada em estudos bioclimatolgicos so aqueles originados de sensores

    orbitais (satlites), que tm a vantagem de cobrirem maior rea, porm com

    perodo de coleta curto.

    Alguns bancos de dados meteorolgicos esto disponveis, como os dados

    do Projeto Re-anlise do National Centers for Environmental Prediction (NCEP) e do

    National Center for Atmospheric Research (NCAR), que envolvem dados de

    estaes superficiais, bales, aeronaves, navios, satlites, dentre outros. Esse

    projeto trabalha com revises, ou re-anlises, dos dados coletados em dcadas

    anteriores possibilitando, por meio de programas computacionais e sistemas de

    assimilao e coletas em tempo real, a correo de possveis erros e o controle da

    qualidade dos dados utilizados em pesquisas e monitoramento climtico. Estes tipos

    de dados tm sido usados por alguns autores em estudos envolvendo ambincia

    animal e humana (SILVA, 2003; OLIVEIRA, 2004; SILVA 2006)

    Normalmente, os dados meteorolgicos esto disponveis para algumas

    horas do dia, necessitando assim, de interpolaes para obteno de valores

    mdios horrios para estudo das condies de conforto dos animais ao longo do

    dia. Exemplos de mtodos de interpolao podem ser obtidos em ZOLNIER (1996)

    e CAMPBELL e NORMAN (1998).

    Um dos usos dos dados meteorolgicos na rea de bioclimatologia a

    gerao de mapas temticos usados no zoneamento bioclimtico de diversasregies e para diversas espcies animais.

    CABRAL (2001) utilizou um banco de dados de elementos climticos (de

    1960 a 1978), as Normais Climatolgicas do INMET (1992) para o perodo de 1961

    a 1990 e programa Arcview para gerar mapas de iso-ITU, calculados pela equao

    de THOM (1959), para a Regio Sudeste do Brasil e classificar o nvel de estresse

  • 8/14/2019 Inovaes Tcnolgicas na Bioclimatologia

    13/24

    trmico para a regio, alm de contabilizar a mdia diria de horas de exposio ao

    estresse para a pecuria leiteira. OLIVEIRA (2004) estudou o efeito do clima, por

    meio do ndice de temperatura e umidade (ITU), no conforto trmico animal e

    humano para a Regio Sudeste do Brasil utilizando dados de Re-anlise do

    NCEP/NCAR.

    3.2. Medies

    Com o desenvolvimento dos equipamentos utilizados para medio dos

    elementos meteorolgicos e para quantificao das respostas fisiolgicas dos

    animais, foi possvel obter dados mais freqentes e com preciso superior, sendo

    facilitada ainda, a forma de aquisio.

    Enquanto um termmetro de mercrio, usado na medio da temperatura do

    ar ou temperatura retal de um animal, possui preciso de 1C, sensores RTDpodem atingir valores de preciso da ordem de 0,03C, respectivamente. Este

    aumento na preciso permite a obteno de resultados mais confiveis e que

    possibilitam correlacionar melhor ambiente trmico e resposta de um determinado

    animal, possibilitando classificaes mais realsticas da sua condio em relao ao

    clima. Para a umidade relativa do ar, enquanto um hidrgrafo microprocessado

    possui preciso de 5% (entre 30 a 90% de UR), respectivamente, um sensor de

    UR porttil acoplado a um registrador possui preciso da ordem 2% (10 a 95%).

    Recentemente, com os avanos obtidos na tecnologia wireless, sensores tm

    sido acoplados a transmissores de dados via telemetria, possibilitando a recepo

    prxima ao animal, porm sem contato fsico entre sensor e registrador, ou

    distante, com a adoo de transferncia de dados por meio de radiofreqncia,

    telefonia, etc.

    Apesar de ainda ser uma tecnologia com pouca aplicao em

    monitoramentos de campo, a tecnologia de biosensores uma alternativa

    promissora em relao s tcnicas convencionais de medio. Os biosensores so

    aparelhos analticos compactos (alguns tm dimenso 0,6 mm), que incorporam

    elementos sensores biolgicos ou biomimticos, ou seja, que imitam organismos

    vivos. Estes so conectados a um sistema transdutor, que mede uma variao de

    pH, por exemplo, amplifica o sinal e faz o processamento para determinao da

    varivel desejada (Figura 1). O processamento pode envolver tcnicas matemticas

    avanadas, como a lgica fuzzy ou redes neurais, dentre outras. O princpio de

    deteco se baseia na ligao especfica do elemento de interesse ao elemento

  • 8/14/2019 Inovaes Tcnolgicas na Bioclimatologia

    14/24

    complementar de bio-reconhecimento imobilizado em um meio de suporte

    satisfatrio. A interao especfica resulta na mudana de uma ou mais

    propriedades de fsico-qumico (mudana de pH, transferncia de eltron, mudana

    de massa, transferncia de calor, ganho ou liberao de gases ou ons especficos,

    etc.) que, so detectadas e podem ser medidas por meio de um transdutor

    (VELASCO-GARCIA & MOTTRAM, 2003).

    Figura 1. Princpio de operao de um biosensor.

    Os biosensores apresentam grande vantagem em relao as tcnicas

    convencionais devido a sua alta especificidade e a possibilidade de ser fazer

    anlises em tempo real, alm de ter alta sensibilidade, apresentar rapidez nas

    medies e simplicidade de operao. Um exemplo a aplicao de biosensor paradetectar a variao de progesterona no leite de vacas com a finalidade de se

    detectar o cio (PEMBERTON et al., 1998; MOTTRAM et al., 2000), permitindo assim,

    a inseminao no momento correto, reduzindo custos e aumentando a eficincia

    reprodutiva dos animais. Estudos similares podem ser feitos para deteco de

    estresse trmico em animais por meio de biosensores com base em medies de

    transferncia de calor entre o animal e o ambiente.

    Os avanos obtidos at os dias atuais influenciam diretamente a produo,

    uma vez que o aumento da preciso alm de garantir a medio mais realstica dasvariveis, permite o desenvolvimento de ndices de conforto ou desconforto trmico

    mais preciso, com classificaes mais realsticas, principalmente nas faixas de

    transio entre estados ou nveis de conforto ou desconforto trmico. Estas

    informaes podem ser posteriormente utilizadas em controladores mais simples

    (com base na temperatura ou umidade do ar) ou naqueles mais sofisticados, que

    trabalham com algoritmos mais complexos.

  • 8/14/2019 Inovaes Tcnolgicas na Bioclimatologia

    15/24

    3.3. Comportamento animal

    Tradicionalmente, a avaliao e controle do ambiente trmico e,

    conseqentemente do conforto animais criados em condies de confinamento,

    baseada em valores pr-estabelecidos de tbs e, em alguns casos, conjuga-se UR.

    Entretanto, esta forma tradicional de se quantificar o estado de conforto oudesconforto ao qual um animal est submetido no suficiente para se obter as

    reais necessidades dos animais (XIN & SHAO, 2005). Assim, outros fatores

    necessitam ser considerados, tais como, ventilao (natural ou forada), radiao

    solar, tipos de piso e suas condies, estado nutricional e de sade do animal,

    dentre outros fatores que auxiliam na caracterizao do bem-estar dos animais.

    Neste contexto, a anlise do comportamento do animal mais adequada, pois

    envolve fatores inerentes ao prprio animal, bem como, aqueles referentes ao

    ambiente ao seu redor. Neste caso, os prprios animais so usados como

    biosensores, reagindo ao ambiente devido a variaes do ambiente.

    At pouco tempo atrs, a forma mais utilizada para o estudo do

    comportamento animal era observao visual (ABRAHAMSSON, 1996), que se

    caracterizava pela subjetividade, elevado gasto de tempo e alta susceptibilidade

    aos erros humanos, pois a experincia e treinamento do observador eram de

    extrema importncia, bem como o seu estado fsico e psicolgico durante a fase

    observacional e de classificao.

    Entretanto, com os avanos na rea de desenvolvimento de hardware esoftware, outras tecnologias foram surgindo e se tornando mais acessveis, tal

    como a anlise de imagens em tempo real por meio do uso de cmera, placa de

    aquisio de imagens conectada a um computador e software para anlise de

    imagens, ou seja, envolvendo as fases de aquisio, processamento e classificao.

    Diversas pesquisas tm sido feitas utilizando a anlise do comportamento

    animal por meio de imagens de vdeo para aves (DURSENBRY, 1985), sunos (GEER

    et al., 1991; SHAO et al., 1997 e 1998; HU & XIN, 2000; PANDORFI, 2002; XIN &

    SHAO, 2005) e bovinos (PERISSINOTTO, 2003; MATARAZZO, 2004).

    XIN & SHAO (2005) desenvolveram um sistema para anlise do

    comportamento de sunos em repouso com base em imagens de vdeo obtidas em

    tempo real (Figura 2). O procedimento desenvolvido pode ser utilizado para o

    controle de ambientes com base no comportamento animal, conforme fluxograma

    mostrado na Figura 3. O processamento utilizado pelo sistema consiste na

  • 8/14/2019 Inovaes Tcnolgicas na Bioclimatologia

    16/24

    aquisio de imagens e sua segmentao, deteco de movimento, extrao das

    caractersticas da imagem e sua classificao e, controle do sistema de

    aquecimento e ventilao.

    a b cFigura 2. Tela do programa para classificao da condio de conforto de sunos

    mostrando trs diferentes cenrios: a) sunos em movimento classificaoinvlida, b) sunos em repouso ambiente confortvel e c) sunos em repouso

    ambiente frio (XIN & SHAO, 2005).

  • 8/14/2019 Inovaes Tcnolgicas na Bioclimatologia

    17/24

    Figura 3. Esquema do procedimento (a) e sistema (b) para avaliao docomportamento de sunos e controle do ambiente trmico (XIN & SHAO,

    2005).

    Apesar do sistema desenvolvido por XIN & SHAO (2005) necessitar ser

    testado em campo, para diversas condies do ambiente trmico e diferentes

    animais, verifica-se o potencial desta tecnologia no controle mais eficaz de sistemas

    para propiciar melhores condies de conforto aos animais.

    Para aves, BARBOSA FILHO (2004) estudou o comportamento individual deaves alojadas em grupo em uma cmara climtica sob diversas condies

    climticas. Para identificar cada ave, utilizou-se a marcao por meio da pintura do

    dorso com uma tinta no txica. Posterior a captura e armamento, as imagens

    foram analisadas visualmente (Figura 4). Estudos utilizando este nvel de tecnologia

    so teis para a melhor compreenso do efeito do ambiente trmico sobre o

    comportamento dos animais, que reflete no desempenho dos mesmos, porm tem

    aplicao limitada para uso em condies comerciais de produo, pela

    dependncia da classificao visual.

  • 8/14/2019 Inovaes Tcnolgicas na Bioclimatologia

    18/24

    (a) (b) (c)Figura 4. (a) Sistemas de marcao de aves por meio de cores; (b) aquisio eanlise das imagens composto por cmeras instaladas em uma cmara climtica;(C) computador equipado com placa de aquisio de dados e programascomputacionais para a aquisio e anlise de imagens (BARBOSA FILLHO, 2004).

    Em um estudo anterior, FIGUEIREDO et al. (2003) desenvolveram um

    algoritmo para anlise do comportamento de frangos de corte em resposta ao

    ambiente trmico com base na anlise de imagens de vdeo, considerandoalojamento em baixa, mdia e alta densidade. O algoritmo desenvolvido apresentou

    grande variabilidade nas classificaes quando comparado a classificao manual,

    apresentado diversas inconsistncias. Os principais problemas na classificao

    foram devidos ao reconhecimento de grupos contguos de aves e ao aumento da

    densidade de alojamento, que dificulta a separao dos indivduos. Os autores

    verificaram que o tamanho da ave e iluminncia do ambiente afetam diretamente o

    desempenho do algoritmo.

    Outras tcnicas que podem ser aplicadas para o estudo do comportamentoanimais so a identificao eletrnica e a vocalizao.

    3.4. Modelagem matemtica

    A modelagem matemtica uma ferramenta importante nos estudos

    bioclimatolgicos. Simulaes computacionais feitas a partir de modelos

    previamente validados permite o estudo de diversos cenrios (envolvendo variveis

    relacionadas ao animal, clima, instalao, manejo, etc.) sobre a condio de

    conforto de animal. Resultados destas simulaes podem envolver a determinao

    de ndices de conforto ou desconforto trmico, respostas fisiolgicas e produtivas

    de animais, dentre outras.

    Diversos modelos matemticos tm sido propostos para predizer a

    transferncia de calor e/ou massa entre o animal e o ambiente circundante

    (BOUCHILLON et al., 1970; WATHEN et al., 1971; MITCHELL, 1976; MAHONEY &

  • 8/14/2019 Inovaes Tcnolgicas na Bioclimatologia

    19/24

  • 8/14/2019 Inovaes Tcnolgicas na Bioclimatologia

    20/24

  • 8/14/2019 Inovaes Tcnolgicas na Bioclimatologia

    21/24

    BARBOSA FILHO, J.A.D. Avaliao do bem-estar de aves poedeiras em diferentes sistemas de produo econdies ambientais, utilizando anlises de imagens. 2004, 123p. Dissertao (Mestrado) EscolaSuperior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de So Paulo, 2004.

    BOUCHILLON, C. W.; REECE, F. N.; DEATON, J. W. Mathematical modeling of thermal homeostasis.Transactions of the ASAE, v.13, n.5, 1970. p.648-652.

    BUFFINGTON, D. E.; COLLASSO-AROCHO, A.; CANTON, G. H.; PIT, D. Black globe-humidity index (BGHI) as

    comfort equation for dairy cows. Transactions of the ASAE, St. Joseph, v. 24, n. 3, p. 711-714, Jul-Ago.1981.

    CABRAL, J. L. Mapeamento da regio Sudeste do Brasil usando o ITU, para o gado de leite. 2001. 68 p.Dissertao (Mestrado em Meteorologia Agrcola) Universidade Federal de Viosa, Viosa-MG.

    CAMPBELL, G. S.; NORMAN, J. M. An introduction to environmental biophysics. New York: Springer, 2nd ed.1998. 286 p.

    CURTIS, S. E. Enviromental management in animal agriculture. The Iowa State University: Ames, 1983. 410p.

    DESHAZER, J. A. e BECK, M. M. University of Nebraska Report for Northeast regional poultry project NE-127.Lincoln: Agricultural research Division, Univ. of Nebraska. 1988.

    DONALD, J. Environmental Control options under different climate conditions. World Poultry. Elsevier, v.14, n.11, p. 22-27, 1998.

    DURSENBERY, D.B. Using a microcomputer and vdeo cmera to simultaneously track 25 animals. ComputerBiological Medicine Veteinary, v.15, n.4, p.169-175, 1985.

    ESMAY, M. L. Principles of animal environment 2 ed. Westport: AVI Publishing Company Inc, 1982. 325 p.

    ESMAY, M. L.; DIXON, J. E. Environmental control for agricultural buildings. West port: AVI, 1986. 287 p.

    FABRCIO, J. R. Influncia do estresse calrico no rendimento da criao de frango de corte. In: CONFERNCIAAPINCO DE CINCIA E TECNOLOGIA AVCOLA, 1994, So Paulo. Anais... So Paulo: Apinco, 1994, p. 129-133.

    FALCO, J. E. Bioclimatologia Animal. Lavras: UFLA, 1997. 57 p.

    FIGUEIREDO, G.F.; DICKERSON, T.W.; BENSON, E.R.; Van WICKLEN, G.L.; GEDAMU, N. Development ofmachine vision based poultry behavior analysis system. In: ASAE Annual International Meeting,Proceedings, Las Vegas, ASAE, 200317p. (Paper n033083)

    GATES, R. S.; OVERHULTS, D. G.; BOTTCHER, R. W.; ZHANG, S. H. Field calibration of a transient model forbroilermisting. Transactions of the ASAE, v.35, n.5, 1992. p.1623-1631.

    GATES, R. S.; USRY, J. L.; NIENABER. J. A.; TURNER, L. W.; BRIDGES, T. C. Optimal misting method forcooling livestock housing. Transactions of the ASAE, v. 34, n. 5, 1991b. p.2199-2206.

    GATES, R. S.; ZHANG, H.; COLLIVER, D. G.; OVERHULTS D. G. Regional variation in temperature index forpoultry housing. Transactions of the ASAE, St. Joseph, v. 38, n. 1, p. 197-205, 1995.

    GEBREMEDHIN, K. G. A model of sensible heat transfer across the boundary layer of animal hair coat. Journalof Thermal Biology, v.12, n.1, 1987. p.5-10.

    GEBREMEDHIN, K. G. e WU, B. A model of evaporative cooling of wet skin surface and fur layer. ASAE PaperNo. 004114, ASAE, St. Joseph, Mi. 2000.

    GEERS, R.; VILLE, H.; GOEDSEELS, V. Environmental temperature control by the pigs comfort behaviorthrough image processing. Transactions of the ASAE, v.34, n.6, p.2583-2586, 1991.

    HAHN, G. L. Compensatory performance in livestock: influences on environmental criteria. In: Proc. 2ndInternational Livestock Environment Symposium, Ames, 1982.

  • 8/14/2019 Inovaes Tcnolgicas na Bioclimatologia

    22/24

    HAHN, G. L. e MADER, T. L. Heat waves in relation to thermoregulation, feeding behavior and mortality offeedlot cattle. Fifth International Livestock Environmental Symposium, 3,1997, St. Joseph, Michigan: ASAE.1997. v. 1. p. 563-571.

    HICKS, F. W. Influncia do ambiente no desempenho das aves. Avicultura Brasileira, So Paulo, v. 30, n. 7, p.75-76, Jul. 1973.

    HU, J.; XIN, H. Image-processing algorithms for behavior analysis of group-housed pigs. Behavior Research

    Methods, Instruments, & Computers, v.32, n.1, p.75-85, 2000.HUBBARD, K. G.; STOOKSBURY, D. E.; HAHN, G. L. e MADER, T. L. A climatological perspective on feedlot

    cattle performance and morality related to the temperature-humidity index. Journal production Agric. v. 12,n. 4, p. 650-653. 1999.

    HUBER, J. T. Alimentao de vacas de alta produo sob condies de stress trmico. In: Bovinocultura leiteira.Piracicaba, FEALQ: p.33-48, 1990.

    INMET NORMAIS CLIMATOLGICAS (1961-1990) Departamento Nacional de Meteorologia, Braslia, 1992.

    LLOBET, J. A. C.; GONDOLBEU, U. S. Manual prtico de avicultura. Lisboa: Livraria Popular Francisco Franco,1980. 214 p.

    MAHONEY, S. A.; KING, J. R. The use of the equivalent black-body temperature in the thermal energetics ofsmall birds. Journal of Thermal Biology, v.2, n.3, 1977. p.115-120.

    MATARAZZO, S.V. Eficincia do sistema de resfriamento adiabtico evaporativo em confinamento do tipofreestall para vacas em lactao. 2004, 141p. Tese (Doutorado) Escola Superior de Agricultura Luiz deQueiroz, Universidade de So Paulo, 2004.

    McARTHUR, A. J. Metabolism of homeotherms in the cold and estimation of thermal insulation. Journal ofThermal Biology, v.16, n.3, 1991. 149-155.

    MEDEIROS, C. M. Ajuste de modelos e determinao de ndice trmico ambiental de produtividade para frangosde corte. Viosa, MG: UFV, 1997. 115p. Tese (Mestrado em Eng. Agrcola - Construes Rurais e Ambincia) Universidade Federal de Viosa, 1997.

    MEDEIROS, C. M. Ajuste de modelos e determinao de ndice trmico ambiental de produtividade para frangosde corte. 2001. 115 p. Tese (Doutorado em Construes Rurais e Ambincia) Universidade de Federal deViosa, Viosa, MG.

    MILLIGAN, J. L.; WINN, P. N. The influence of temperature and environmental chamber. West Lafayette:Poultry Science, Champaign, v. 43, n. 3, p. 817-824, Mai 1964.

    MITCHELL, J. W. Heat transfer from spheres and other animal forms. Biophysical Journal, v.16, n.6,: 1976.p.561-569.

    MOTTRAM T; HART J; PEMBERTON R. A sensor based automatic ovulation prediction system for dairy cows.Proceedings of 5thAISEM Conference. Lecce, Italy. 2000.

    MLLER, P. B. Bioclimatologia aplicada aos animais domsticos. 3 ed., Porto Alegre, Livraria Editora Sulina,1989. 158 p.

    NAAS, I. A. Biometeorologia e construes rurais em ambiente tropical. In: II Congresso Brasileiro deBiometeorologia, Goinia. Anais... SBBiomet, 1998. p.63-73.

    NS, I. A. Princpios de conforto trmico na produo animal. So Paulo: Ed. cone, 1989. 183 p.

    NS, I. A.; MOURA, W.; LAGANA, C.A. Amplitude trmica e seu reflexo na produtividade de frangos de corte.In CONFERNCIA APINCO DE CINCIA E TECNOLOGIA AVICOLA, 1995, Campinas. Anais... Facta, 1995.p.203-204.

    NATIONAL WEATHER SERVICE CENTRAL REGION. Livestock hot weather stress. Regional Operations ManualLetter, C-31-76. 1976.

  • 8/14/2019 Inovaes Tcnolgicas na Bioclimatologia

    23/24

    OLIVEIRA, L.M.F. de. Zoneamento do ndice de conforto trmico animal e humano para a Regio Sudeste doBrasil. 2004. 104p. Dissertao (Mestrado em Engenharia Agrcola) Universidade Federal de Lavras,Lavras, MG.

    PANDORFI, H. Avaliao do comportamento de leites em diferentes sistemas de aquecimento por meio daanlise de imagem e identificao eletrnica. 2002, 180p. Dissertao (Mestrado) Escola Superior deAgricultura Luiz de Queiroz, Universidade de So Paulo, 2002.

    PEMBERTON, R. M.; HART, J. P.; FOULKES, J. A. Development of a sensitive, selective, electrochemicalimmunoassay for progesterone in cows milk based on a disposable screenprinted amperometric biosensor.Electrochimica Acta, v.43, n.23, p.35673574, 1998.

    PERISSINOTTO, M. Avaliao da eficincia produtiva e energtica de sistemas de climatizao em galpes tipofreestall para confinamento de gado leiteiro. 2003, 141p. Dissertao (Mestrado) Escola Superior deAgricultura Luiz de Queiroz, Universidade de So Paulo, 2003.

    REECE, F. N.; LOTT, B. D.; DEATON, L. W.; BRANTON, S. L. Meal feeding and broiler performance. Lafayette:Poultry Science, Champaign, v. 65, n. 12, p. 1497-1501, Dez. 1986.

    SALES, G. T.; FIALHO, E. T.; YANAGI JUNIOR, T.; FREITAS, RILKE T. F. de; TEIXEIRA, V. H.; DAMASCENO, F.A. Influncia do ambiente trmico no desempenho reprodutivo de fmeas sunas. In: XXXV CongressoBrasileiro de Engenharia Agrcola, Anais..., Joo Pessoa PB. (Submetido).

    SHAO, J.; XIN, H.; HARMON, J.D. Comparison of image feature extraction for classification of swine thermal

    comfort behavior . Computer & Eletronics in Agriculture, v.19, p.223-232, 1998.

    SHAO, J.; XIN, H.; HARMON, J.D. Neural network analysis of postural behavior of young swine to determineheir thermal comfort state. Transactions of the ASAE, v.40, n.6, p.755-760, 1997.

    SILVA, I. J. O. Qualidade do ambiente e instalaes na produo industrial de suno. In SIMPSIOINTERNACIONAL DE SUINOCULTURA, 1999,, So Paulo, Anais...So Paulo, SP: Gessuli, 1999. p. 108-121.

    SILVA, I. J. O. Qualidade do ambiente e instalaes na produo industrial de suno. In SIMPSIOINTERNACIONAL DE SUINOCULTURA, 1999,, So Paulo, Anais...So Paulo, SP: Gessuli, 1999. p. 108-121.

    SILVA, M. P. Avaliao de um modelo simplificado para estimativa do balano de energia em galpes paraproduo de frangos de corte e zoneamento do potencial de uso de resfriamento evaporativo para a regioSudeste. 2003. 76 p. Dissertao (Mestrado em Engenharia Agrcola) Universidade Federal de Viosa,Viosa, MG.

    SILVA, M. P. Zoneamento bioclimtico para produo avcola no territrio brasileiro. 2006. Dissertao(Doutorado em Engenharia Agrcola) Universidade Federal de Viosa, Viosa, MG. (em fase de correo)

    SILVA, R. G. Introduo bioclimatologia animal. So Paulo: Ed. Nobel, 2000. 285 p.

    SIMMONS, J. D. e LOTT, B. D. Evaporative cooling performance resulting from changes in water temperature.Applied Engineering in Agriculture v.12, n.4, 1996. p.497-500.

    SINGLETARY, I. B.; BOTTCHER, R. W.; BAUGHMAN, G. R. Characterizing effects of temperature and humidityon misting evaporative efficiency. Transactions of the ASAE, v.39, n.5, 1996. p.1801-809.

    SUK, Y. O.; WASHBURN, K. W. Effects of environment on growth, efficiency of feed utilization, carcass fatness,and their association. Poultry Science, v. 74, n. 2, p. 285-296, 1995.

    TAO, X.; XIN, H. Acute synergistic effects of air temperature, humidity, and velocity on homeostasis of market-size broilers. Transactions of the ASAE, St. Joseph, v. 46, n. 2, p. 491-497, Mar./Abr. 2003.

    TEETER, R. G. Estresse calrico em frangos de corte. In: CONFERNCIA APINCO DE CINCIA E TECNOLOGIAAVCOLAS, Campinas, Anais... Campinas, 1990. p. 33-44 (Anexo).

    TEIXEIRA, V. H. Estudo dos ndices de conforto em duas instalaes de frango de corte para a regio de Viosae Visconde do Rio Branco MG. 1983. 62 p. Dissertao (Mestrado em Engenharia Agrcola) UniversidadeFederal de Viosa. Viosa, MG.

    THOM, E. C. The discomfort index. Weatherwise, Boston, v. 12, n. 1, p. 57-60, 1959.

  • 8/14/2019 Inovaes Tcnolgicas na Bioclimatologia

    24/24

    Timmons, M. B.; Gates, R. S. predictive Model of Laying hem Performance to Air Temperature and EvaporativeCooling. St. Joseph: Transactions of the ASAE, St. Joseph, v. 31, n. 5, p. 1503-1509, Set./Out. 1988.

    TINCO, I. F. F. Resfriamento adiabtico (evaporativo) na produo de frangos de corte. 1988. 92 p.Dissertao (Mestrado em Construes Rurais e Ambincia) Universidade Federal de Viosa. Viosa, MG.

    TURNPENNY, J. R., A. J. MCARTHUR, J. A. CLARK, and C. M. WATHES. 2000. Thermal balance of livestock: 1. Aparsimonious model. Agricultural Forest Meteorology, v.101, n.1, 2000. p.15-27.

    VAQUERO, E. G. Projeto e construo de alojamentos para animais. 7. ed. Lisboa: Biblioteca Tcnica Litexa,1981. 237 p.

    VELASCO-GARCIA, M.; MOTTRAM, T. Biosensor technology addressing agricultural problems. BiosystemsEngineering, v.84, n.1, p.1-12, 2003.

    WATHEN, P.; MITCHELL, J. W.; PORTER, W. P. Theoretical and experimental studies of energy exchange fromJackrabbit ears and cylindrical shaped appendages. Biophysical Journal, v.2, n.12, 1971. p.1030-10-47.

    WATHES, C. M. e J. A. CLARK. Sensible heat transfer from the fowl: Thermal resistance of the pelt. BritishPoultry Science, v.22, n.2, 1981b. p.175-183.

    WATHES. G. M.; CLARK, J. A. Sensible heat transfer from the fowl: boundary-layer resistance of a model fowl.British Poultry Science, v.22, n.2, 1981a. p.161-173.

    WEBB, D. R. e KING, J. R. Heat-transfer relations of avian nestlings. Journal of Thermal Biology, v.8, n.4, 1983.p.301-310.

    XIN, H.; SHAO, J. Real-time behavior-based assessment and control of swine thermal comfort. In: LivestockEnvironment VII - Seventh International Symposium, Proceedings, Beijing, 2005. Paper N. 701P0205,p.694-702, 2005.

    YANAGI JUNIOR, 2002

    YANAGI JUNIOR, T.; DAMASCENO, G. S.; TEIXEIRA, V. H.; XIN, H. Prediction of black globe humidity index inpoultry buildings. In: VI Livestock Environment International Symposium: ASAE, Louisville, KY, 2001b. p.482-489.

    YANAGI JUNIOR, T.; Damasceno, G. S.; TINCO, I. F. F.; BATA. F. C.; MORAES, S. R. P. 2000.Comportamento da temperatura e umidade ao longo de galpes avcolas climatizados. In.: VI Congresso

    Argentino de Ingeniera Rural/CADIR 2000 II Congresso Americano de Educacin en Ingeniera Agrcola,Anais, 2000, Buenos Aieres, Argentina. 6p.

    YANAGI JUNIOR., T.; XIN, H.; GATES, R.S. Modeling partial surface evaporative cooling of chickens. ASAEPaper. No. 01-3011. St Joseph, MI: ASAE. 2001a.

    YOUSEF, M. K. Stress Physiology in Livestock. Poultry, Boca Raton, v. 3, p. 159, 1985.

    ZANOLLA, N. Sistema de ventilao em tnel e sistema de ventilao lateral na criao de frangos de corte emalta densidade. 1998. 81 p. Dissertao (Mestrado em Construes Rurais e Ambincia) UniversidadeFederal de Viosa. Viosa, MG.

    ZOLNIER, S.; Avaliao de modelos para estimativa dos valores mdios horrios do ndice de temperatura eumidade. Revista Engenharia na Agricultura. Srie: Construes Rurais e Ambincia, Viosa, MG, v.5, n.16,p.1-17, jun. 1996.

    www.vetarquivos.blogspot.com