Instituições e

Políticas Públicas

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Modelo Intertemporal do Policymaking

(PMP)

Objetivo: permitir a análise comparativa do impacto das

instituições políticas nas políticas públicas. Para tanto,

utiliza-se:

Análise de custos transacionais;

Teoria de jogos repetitivos;

Teoria Política Positiva (PPT).

Pablo Spiller e Mariano Tommasi

O aprofundamento para caracterizar o processo de

formulação de políticas públicas, suas conseqüências e

seus determinantes devem pautar-se em três estágios:

I. Descrição do funcionamento das instituições políticas e

do processo de formulação das políticas públicas de um

país;

II. Descrição das características das políticas num país;

III. Análise ligando as instituições políticas do país e a

história com o processo de formulação das políticas

públicas.

Modelo (PMP)

Políticas públicas como resultado de acordos (transações

políticas implícitas ou explícitas) que sejam “coercitivos”

(enforceable) ao longo do tempo (intertemporais).

Foco nas características e nos fatores determinantes dos

processos de formulação de políticas públicas, dando

particular ênfase aos efeitos das instituições políticas;

As estruturas econômicas e sociais geram diferentes

configurações de atores, segundo o país e a época.

Visão das Políticas Públicas

Quem são os atores-chave que participam do processo de policy making?

Quais poderes e papéis eles possuem?

Quais suas preferências, incentivos e capacidades?

Qual são os seus horizontes temporais?

Quais arenas eles interagem e quais são as características dessas arenas?

Qual é a natureza das “transações políticas” e “acordos” empreendidos?

Quais trajetórias e arranjos institucionais fomentam a cooperação?

Questões Centrais

Variável Dependente do Modelo

Características das políticas públicas:

Estabilidade;

Adaptabilidade;

Coerência e Coordenação;

Qualidades relacionadas ao investimento e capacidades;

Qualidade de implementação e execução (enforcement);.

Eficiência e foco no interesse público.

Modelo (PMP) Abordagem intertemporal do policy making

Política pública como resultado de um jogo não

cooperativo entre atores políticos delimitados por

momentos contratuais;

O processo de decisão política (o mecanismo de escolha

coletiva) constitui o aspecto chave da descrição do

ambiente de formulação de políticas;

O conjunto de contratos possíveis constituem a

característica do ambiente institucional, no qual será

afetado pelos tipos de políticas que surgiram do equilíbrio.

Esse conjunto dependerá da natureza do temas em questão

e da observabilidade e verificabilidade de vários atores e

payoffs.

Modelo (PMP) Características do processo de policy making

Determinantes da cooperação

Ambiente 1: transações fomentam a cooperação

intertemporal

Políticas ótimas são função de choques econômicos e não

políticos; e podem ser alcançadas quando atores têm horizontes

temporais dilatados;

Ambiente 2: transações não fomentam a cooperação

intertemporal

Políticas podem depender da realização de choques políticos;

Rigidez das políticas públicas: conflitos de interesse ou grau de

polarização na sociedade são mais altos que a volatilidade do

ambiente econômico;

Volatilidade das políticas públicas: ocorrência de choques

sobrepuja o conflito de interesses.

Modelo (PMP) Conclusões sobre aplicação

Características de PP – Comparação

Internacional

Instituições e Qualidade de Políticas

Públicas

Relação Legislativo e PP

Partidos Políticos na América Latina

Judiciário

Burocracia

Aplicação no caso brasileiro

Political Institutions, Policymaking Processes and Policy Outcomes in Brazil

Bernardo Mueller, Carlos Pereira, Marcus André Melo e Lee J. Alston

Conclusões principais: A força principal que move as políticas públicas no

Brasil deriva dos poderes concedidos ao Presidente pela Constituição Federal

de 1988. Ainda que tal poder seja considerável, não significa poder

desenfreado (limitações ao poder do Presidente: Congresso, Judiciário,

Ministério Público, TCU, Governadores e Constituição);

Presidente tem incentivos para perseguir a estabilidade fiscal e políticas

monetárias como prioridade fundamental: conexão eleitoral e efeitos

reputacionais (eleitorado torna o presidente accountable nos temas de

crescimento econômico, inflação e desemprego;

Aplicação no caso brasileiro

Governo Lula/Dilma: política econômica pró-ortodoxia

a) Incentivos do mercado financeiro internacional no sentido da

“disciplina” ortodoxa da política econômica;

b) Política ortodoxa não implica em crescimento econômico de curto

prazo;

c) Mas os “desvios” são punidos imediatamente pelo mercado internacional

(por exemplo, por intermédio do rating);

d) Conseqüências desfavoráveis de tais punições são reconhecidas

imediatamente pelo eleitorado.

As macro-políticas brasileiras são caracterizadas como “estáveis mas

adaptáveis”.