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1 INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA – IBRATI Mestrado em Terapia Intensiva pela Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva - SOBRATI ALINNE JANUÁRIO TEIXEIRA SEGURANÇA DO PACIENTE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: REVISÃO BIBLIOGRAFICA

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INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA – IBRATIMestrado em Terapia Intensiva pela Sociedade Brasileira de

Terapia Intensiva - SOBRATI

ALINNE JANUÁRIO TEIXEIRA

SEGURANÇA DO PACIENTE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: REVISÃO BIBLIOGRAFICA

BRASÍLIA 2017

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INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA – IBRATIMestrado em Terapia Intensiva pela Sociedade Brasileira de

Terapia Intensiva – SOBRATI

ALINNE JANUÁRIO TEIXEIRA

SEGURANÇA DO PACIENTE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Tese de Mestrado, apresentada à Banca Examinadora do Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva - IBRATI para obtenção do título de mestre em Terapia Intensiva pela Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva – SOBRATI, sob a orientação do Prof. Jose Israel Sanchez Robles.

BRASÍLIA – DF2017

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INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA – IBRATI

Mestrado em Terapia Intensiva pela Sociedade Brasileira de

Terapia Intensiva - SOBRATI

Tese apresentada ao curso de Mestrado do Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva

– IBRATI como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Terapia

Intensiva – SOBRATI.

____________________________________________

PROF:

Orientador – Jose Israel Sanchez Robles

____________________________________________

2° Examinador

____________________________________________

3° Examinador

____________________________________________

4° Examinador

Nota Final: ____________________

Brasília, _______ de___________________ 2017.

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Dedico esta tese à minha filha, familiares e

amigos que colaboraram para que este sonho se tornasse realidade.

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RESUMO

Segurança do paciente em terapia intensiva consiste em manter

o paciente seguro no ambiente hospitalar, protegendo-o de erros ocasionados pela

equipe de saúde que possa até mesmo leva-lo a morte. Foi evidenciado que dentre

os erros, denominados eventos adversos, está em primeiro lugar a falha na

medicação por desalojamento não planejado ou desconexão inadequada dos

equipos, cateteres e drenos. Este estudo tem como objetivo identificar os fatores que

propiciam os eventos adversos em uma Unidade de Terapia Intensiva, relacionados

ao cuidado na percepção da equipe de saúde. Trata-se de um estudo descritivo,

qualitativo e bibliográfico. A coleta de dados foi realizada por meio de uma revisão

das literaturas nacional e internacional, por meio da base de dados da Biblioteca

Virtual de Saúde (BVS), especificamente as bases do LILACS, BDENF e PUBMED,

e na busca de artigos, teses ou dissertações publicadas no período compreendido

entre 2007 a 2017. Foi utilizado os seguintes descritores: Segurança, Enfermagem,

Paciente e Terapia Intensiva. Em relação esta revisão bibliográfica, observou-se que

a prática relacionada à segurança do paciente ainda é insuficiente devido à falta de

conhecimento dos profissionais de saúde, deixando assim o paciente exposto a

eventos adversos que lesam a saúde, ocasionando danos maiores que a própria

doença de base do paciente.

Descritores: Segurança, Enfermagem, Paciente e Terapia Intensiva.

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SUMÁRIO

1. Introdução ............................................................................................ 07

2. Objetivos .............................................................................................. 09

2.1 Objetivo Geral ...................................................................................... 09

2.2 Objetivo Especifico ............................................................................... 09

3. Materiais e Métodos ................................................................................ 09

4. Resultado e Discussão ............................................................................ 10

4.1 Apresentação dos Resultados .................................................................

4.2 Identificação do paciente ........................................................................ 4.3 Segurança na prescrição ..........................................................................

10

10

12

4.4 Comunicação efetiva ................................................................................

4.5 Cuidado limpo é cuidado seguro ..............................................................

4.6 Cirurgia segura .........................................................................................

4.7 Lesão por pressão......................................................................................

4.8 Quedas .......................................................................................................

4.9 Ações de prevenção e controle de eventos adversos e controle na UTI

5. Considerações finais ..................................................................................

6. Referencias bibliográficas ..........................................................................

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1 – INTRODUÇÃO

A segurança do paciente em terapia intensiva é um dos atributos da

qualidade da assistência, e tem adquirido, em todo o mundo, grande importância

para os pacientes, familiares, gestores e profissionais de saúde, com o objetivo de

oferecer uma assistência segura1.

Segurança do paciente tornou-se cada vez mais importante desde a

divulgação do relatório, "Errar é humano", publicado em 2000 pelo Instituto de

medicina (OIM). Este relatório resultou em dois estudos avaliando a incidência de

eventos adversos (EA), realizados em dois hospitais dos EUA para verificar a taxa

de recorrência elevada para tais eventos no serviço de saúde. Estes resultados

mostraram casos de ocorrências de EA em 2,9% para 3,7% do cuidado dado e

também revelou a ocorrência de mortes evitáveis de pacientes entre 44.000 a

98.000 por ano, decorrentes de atos inseguros, o que elevou a preocupação a uma

escala global2.

De acordo com dados da Organização Mundial de saúde (OMS), um a

cada dez pacientes internados em hospitais são vítimas de eventos adversos

causados pelos cuidados dispensados, decorrentes do processo de cuidados

inadequados com consequências graves tanto para os pacientes, causando-lhes

danos que podem leva-los a óbito, e para os profissionais envolvidos nos cuidados,

como stress, quanto para as instituições de saúde, aumentando o custo com a

hospitalização destes pacientes2.

Os Cuidados Intensivos apresentam desafios relacionados à segurança do

paciente. Tendo em vista que as mudanças e quantidades insuficientes de

profissionais capacitados dificultam o desempenho das tarefas que garantam a

segurança nos cuidados propostos pela unidade de terapia intensiva (UTI). Por sua

complexidade, é exigido tomada de decisões rigorosas como a implantação de

protocolos. A dificuldade torna se aparente muitas vezes devido à falta de interesse

e colaboração da equipe com distintas formações e experiências em terapia

intensiva. Estes fatores podem levar à maior incidência de erros pela equipe por

sentir-se insegura para realizar práticas que são passíveis de erros. Os pacientes de

terapia intensiva são na maioria das vezes graves, vulneráveis e expostos a risco de

eventos adversos em razão de sua instabilidade, e necessitando de intervenções

contínuas3.

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A ocorrência de eventos adversos relacionados à assistência à saúde e,

particularmente, à atuação hospitalar data de longo tempo e constitui assunto

complexo, por ter apresentado um alto índice de morbidade e mortalidade no

sistema de saúde4.

Sabendo da importância do tema, o Ministério da Saúde criou, em 1º de

abril de 2013, o Programa Nacional de Segurança do Paciente com o objetivo de

prevenir e reduzir a incidência de eventos que gerem danos ao paciente, como

quedas, administração incorreta de medicamentos e erros de procedimentos

cirúrgicos5.

A relevância dos eventos adversos na UTI, e, principalmente, a observação

de que a maioria deles pode ser evitada, motivaram diversas iniciativas para

promoção da qualidade e da segurança do paciente, capitaneadas pelas principais

sociedades de medicina intensiva, como o projeto Paragon da Sociedade Americana

de Medicina Intensiva (Society of Critical Care Medicine, SCCM). A finalidade do

protocolo é garantir a segurança do paciente, a fim de reduzir ocorrências de

incidentes. O processo deve assegurar que o cuidado seja prestado à pessoa para a

qual se destina5.

Para explicar melhor sobre a prevenção de eventos adversos, existe um

modelo chamado de ‘‘queijo suíço’’, proposto por James Reason, que tornou-se a

referência para a análise de erros e incidentes relacionados à segurança do

paciente. Porém, muitos profissionais de saúde ainda não conhecem este tipo de

abordagem. O modelo do queijo suíço aponta a ocorrência de falhas do sistema,

como os incidentes que ocorrem na prestação da assistência ao paciente5.

De acordo com esta teoria, em um sistema complexo (como o da saúde),

os riscos são impedidos de causar danos nos pacientes por uma série de fatores.

Cada barreira tem fraquezas inesperadas, ou buracos (semelhança com as fatias de

um queijo suíço). Essas fraquezas são inconstantes – ou seja, representadas pelos

buracos abertos, ao acaso, em cada fatia de queijo. Quando por acaso todos os

buracos estão alinhados, o perigo atinge o paciente e causa dano denominado de

evento adverso. Para que esses eventos deixem de ocorrer ou ocorram com menos

frequência, cria-se pela unidade hospitalar protocolos que servem de orientação aos

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profissionais e é uma forma uniforme de tornar o serviço de saúde integralizado e

seguindo um mesmo padrão de atendimento5,6.

2 – OBJETIVOS

2.1 GERAL

Identificar os fatores que propiciam os erros em uma unidade de terapia

intensiva relacionados ao cuidado na percepção da equipe de saúde afim de reduzir

os eventos adversos.

2.2 ESPECÍFICOS

1. Levantar os tipos de erros mais acometidos pela equipe de saúde nas Unidades

de Terapia Intensiva.

2. Propor estratégias para minimização dos eventos adversos em Unidades de

terapia Intensiva, conforme revisão bibliográfica.

3 – MATERIAIS E MÉTODOS

O tipo de pesquisa escolhido foi o bibliográfico. A pesquisa bibliográfica

utiliza documentos produzidos, realizando busca bibliográfica para fundamentar suas

ações na investigação científica.

A coleta de dados foi realizada por meio de uma revisão de literatura

nacional e internacional, por meio da base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde

(BVS), especificamente as bases do LILACS, BDENF, PUBMED, na busca de

artigos, teses ou dissertações publicadas no período compreendido entre 2007 a

2015. Foram utilizados os seguintes descritores: Segurança, Paciente, Eventos

Adversos e Terapia Intensiva.

Partindo destes procedimentos, foi realizada uma pré-leitura, cuja finalidade

consistiu na materialização de uma visão global sobre o assunto, ao mesmo tempo

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em que se permitiu verificar a existência ou não de informações úteis para os nossos

objetivos.

Em seguida, realizada leitura seletiva, cujo objetivo residiu na seleção das

informações que interessam à elaboração da tese.

Assim, foram selecionadas as pesquisas de acordo com os objetivos

propostos, chegando à bibliografia potencial, totalizando (18) artigos científicos, (5)

sites e (8) revistas.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 – Apresentação dos resultados

Após a seleção da bibliografia potencial, foi realizada uma leitura

interpretativa e temática. As categorias que emergiram foram: a segurança do

paciente, os tipos e as causas dos eventos adversos cometidas pelos profissionais

de saúde, e a responsabilidade na prevenção dos eventos. Quanto aos tipos e as

causas dos eventos adversos que ocorrem na UTI, estão inseridos artigos e notas

prévias que abordam os tipos de eventos adversos e os mais recorrentes.

4.2 – Identificação do paciente

Artigos abordam os aspectos teóricos de eventos adversos destacando que

os erros de medicações são graves6, e que é preciso considerar as muitas variáveis

do paciente tais como: idade, peso, composição corporal, raça e hereditariedade e

variações fisiológicas, pois podem alterar as respostas às drogas e produzir reações

adversas7.

Outra referência é uma nota prévia relatando que os eventos adversos em

enfermagem, na UTI, têm sido apontados como decorrente de várias situações 8.

Destaca, igualmente, que não é necessário apenas conhecer as incidências dos

eventos e suas consequências, mas também explorar em que condições elas

ocorrem, determinando os fatores de risco destes problemas9,14,26.

Existe prioridade no desenvolvimento de pesquisas baseadas em evidências

científicas com melhores práticas voltadas à segurança do paciente, bem como

iniciativas de pesquisas de maior impacto nos problemas de segurança10’11. Por isso,

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várias pesquisas surgiram com o objetivo de avaliar o clima de segurança nas

instituições de saúde.11

Os estudos trazem inúmeras situações que predispõem ao risco de eventos

adversos, como por exemplo: o distanciamento dos profissionais em relação às

funções que lhes são designadas; a supervalorização das atividades gerenciais

destes profissionais que são determinadas por pressão institucional; desmotivação

e/ou desinformação; delegação de cuidados sem uma supervisão adequada; o

distanciamento do que foi aprendido na formação acadêmica e o executado na vida

profissional; os constantes avanços tecnológicos científicos não atendidos; a falta de

aperfeiçoamento do pessoal; e por fim, uma política nacional de saúde corrompida e

ultrapassada, conduzido ao sucateamento de todo o sistema12,13,14.

Outra causa de eventos adversos é a administração de medicamentos que,

por ser uma tarefa complexa, exige um amplo e sólido conhecimento técnico-

científico. É importante o desenvolvimento de pesquisas e atualização dos

profissionais de saúde, atentando-se para o fato de que novos medicamentos são

lançados no mercado com diferentes métodos de introdução no organismo2.

Um dos fatores que pode reduzir eventos adversos é a identificação do

paciente, que podem ocorrer, desde a admissão até a alta do serviço, em todas as

fases do diagnóstico e do tratamento. Alguns fatores podem potencializar os riscos

na identificação do paciente tais como o estado de consciência do paciente,

mudanças de leito, setor ou profissional dentro da instituição e outras circunstancias

no ambiente7.

Anualmente, cerca de 850 pacientes nos Estados Unidos da América são

transfundidos com sangue destinados a outros pacientes, existem muitos incidentes

relacionados a pulseiras com identificação incorreta, e aproximadamente 3% desses

pacientes evoluem para óbito. Em cada 1.000 pacientes transfundidos um recebe

transfusão destinada a outro paciente. Em 2/3 dos casos, o motivo é a identificação

inverídica da bolsa. A aceitação da pulseira é favorável, os próprios pacientes

acham importante alguma forma de identificação na unidade hospitalar. Segundo os

autores, cerca de 84% dos pacientes consideravam que o hospital deveria utilizar as

pulseiras e 90% afirmaram que concordariam em utilizá-las9.

Os estudos demonstram altos níveis de importância que os profissionais

de saúde estão dando à prática da utilização da pulseira de identificação o mais

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precoce possível, e à participação do paciente para minimizar o risco de dados

errôneos, e à preocupação com o uso do dispositivo em algumas circunstâncias

clínicas especiais, como transfusão de sangue e administração de medicamentos.

Para assegurar que todos os pacientes sejam corretamente identificados, é

necessário usar pelo menos dois identificadores em pulseira branca ou conforme

padronização. Deve ser colocada em um membro do paciente para que seja

conferido antes do cuidado, e deve conter nome completo do paciente, nome da

mãe, data de nascimento e número de prontuário. O local de escolha para a pulseira

segue a padronização de protocolo da unidade. A pulseira deve esta legível e a

unidade deve prever a durabilidade e cuidar para que o paciente permaneça

identificado durante todo o período de internação. Existem alguns casos especiais

que possam dificultar a identificação do paciente tais como: grandes queimados,

mutilados e politraumatizados, a unidade deve definir um método de identificação

apropriado para que não cause dano ao paciente e ao prestador do cuidado1.

4.3 – Segurança na prescrição e medicação

Com relação à administração de medicamentos, constata- se que, nas

instituições hospitalares, em suas diversas unidades, os profissionais da equipe

multidisciplinar, envolvidos nas diferentes etapas do processo de medicação,

manuseiam inúmeros medicamentos estando, consequentemente, expostos aos

riscos de eventos adversos9.

Essa realidade é também vivenciada pela equipe de enfermagem nos

serviços de emergências, unidades que por absorverem grande demanda de

pacientes com graus variados de gravidade, além de conviverem com deficiência

quantitativa e qualitativa dos recursos humanos e materiais, tornam-se mais

vulneráveis à ocorrência desses eventos. Por ser um procedimento complexo, a

inobservância dos princípios técnico-científicos básicos referentes à terapia

medicamentosa pode desencadear ocorrências indesejáveis, com consequências

imprevisíveis para os pacientes e profissionais. Tendo em vista esse tipo de evento

e o que ele pode ocasionar de gravidade ao paciente, é importante utilizar os 5

certos da medicação que são: nome certo, medicamento certo, dosagem certa, via

de administração certa, horário certo e utilizar também a dupla checagem realizada

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pela equipe, que se resume em outro profissional conferir a prescrição antes que

seja administrado o medicamento. Quando falamos em segurança na medicação, é

importante falar sobre a segurança na prescrição, que inclui uma prescrição legível,

com doses de medicamentos prescrito de forma clara e objetiva, o que ajuda muito

no desenvolvimento do trabalho em equipe evitando falhas na administração. Uma

prescrição deve conter: nome do paciente, data, assinatura e carimbo médico8.

4.4 – Comunicação efetiva

Tendo em vista estas práticas de segurança surgem questionamentos de

como tem sido a comunicação entre a equipe, se tem sido efetiva ou se tem tido

falhas ocasionando eventos adversos, e o motivo das falhas. Instituições que

possuem profissionais insatisfeitos com o trabalho, apresentam maiores taxas de

rotatividade, que está associadas à ocorrência de eventos adversos, como erros de

medicação infecções nosocômiais e quedas.9,29.

Estudo desenvolvido nos Estados Unidos da América mostrou que 41%

das enfermeiras estavam insatisfeitas com seu trabalho15. Já no Canadá, a

insatisfação foi de apenas 17%, enquanto que na Inglaterra, a porcentagem de

enfermeiras que pretendem sair da profissão foi de 38,9%. Enfermeiros que têm a

oportunidade de crescimento profissional em seu trabalho são mais satisfeitos com a

profissão e têm maior intenção de permanecer na instituição. No Brasil, estudos

apontam que a insatisfação do profissional enfermeiro está relacionada ao acúmulo

de atividades e às escassas perspectivas de obter novos

conhecimentos, prejudicando a qualidade do seu desempenho junto ao paciente. A

comunicação efetiva entre os profissionais de saúde, em especial os de

enfermagem, esta totalmente interligada com a satisfação profissional, deixando

claro que a forma de abordar o profissional quando ocorrem falhas e eventos ou

near miss(quase erros) e a comunicação verbal sem escritura em prontuário também

colabora com a falha no processo de segurança16.

4.5 – Cuidado Limpo é Cuidado Seguro

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Nas UTIs, pacientes graves são submetidos a procedimentos invasivos e

têm maior risco para eventos adversos, entre estes as infecções relacionadas à

assistência à saúde (IRAS), com alta prevalência nesta população. Na epidemiologia

das IRAS, as mãos dos profissionais de saúde constituem fonte e veículo de

transmissão de microrganismos entre diversos sítios corporais de um mesmo

paciente, e, reciprocamente, e reciprocamente entre esses e o ambiente da

assistência. Para reduzir a carga microbiana, recomenda-se higienizar as mãos com

solução alcoólica, sabonete líquido ou solução degermante1,2.

Reconhecendo a relevância de estabelecer estratégias mundiais para a

promoção da higienização das mãos (HM) e contribuir para a segurança do paciente

e do trabalhador, a OMS lançou, em 2007, o programa Cuidado Limpo é Cuidado

Seguro e recomenda, entre outras estratégias, a observação da adesão e das

condições estruturais para a HM10. O Programa enfatiza cinco momentos que

representam as oportunidades mais frequentes no contexto assistencial para a HM e

são: antes de contato com paciente (oportunidade 1), antes da realização de

procedimento asséptico (oportunidade 2), após exposição a fluidos corporais

(oportunidade 3), após contato com paciente (oportunidade 4), e após contato com

ambiente próximo ao paciente (oportunidade 5). Deste modo, este trabalho se

justifica por permitir conhecer a frequência com que os profissionais que atuam em

UTI higienizam suas mãos, considerando-se as oportunidades durante a assistência,

bem como as condições estruturais e de insumos que a unidade oferece17.

A técnica imprópria de lavagem das mãos, ou a contaminação de equipo

durante um manuseio incorreto ou descuidado, podem causar eventos como o

processo inflamatório da parede de uma veia superficial denominado flebite,

acompanhado ou não da presença de microorganismos13.

Esta ocorrência poderia, potencialmente, ser evitada com o manejo mais

cuidadoso e com a aplicação rigorosa de protocolos como, por exemplo, a infusão

de pequena quantidade de soro fisiológico no catéter antes e depois da

administração dos medicamentos para manter limpo o circuito e evitar obstrução9.

4.6 – Cirurgia Segura

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Em outubro de 2004, a OMS lançou o "World Alliance para segurança do

paciente", destinado a melhorar a consciência do paciente oferecendo o

desenvolvimento de políticas e estratégias para reforçar a segurança nos cuidados

de saúde17. Um dos desafios globais para a segurança do paciente visa identificar os

itens mais significativos de risco neste contexto, ‘‘Cirurgias seguras salvam vidas’’ 16.

Este desafio foi implementado durante os anos de 2007 e 2008 para reduzir a

ocorrência de dano ao paciente cirúrgico e definir as normas de segurança que

podem ser aplicadas em todos os países que são membros da OMS15.

Especialistas prepararam uma lista de verificação que compreende três

fases de uma operação, sendo elas: entrar (antes da indução da anestesia), fora de

tempo (antes da incisão da pele – pausa cirúrgica, com a presença de todos os

membros da equipe na sala de cirurgia) e assine na saída (antes que o paciente

deixa o departamento)16.

Em todo o mundo, anualmente é realizada uma cirurgia para cada 25

pessoas, que ilustra a importância da segurança no desenvolvimento do processo,

uma vez que estima-se que metade dessas cirurgias resultem em complicações e

morte e 50% destas ocorrências poderia ser evitada15.

Verificações simples, como os dados do paciente, informações clínicas

sobre o paciente o órgão a ser operado e a condição de bom funcionamento e de

disponibilidade de todos os materiais e equipamentos podem fazer a diferença entre

um sucesso e um procedimento com falhas. Estas verificações devem ser incluídas

em check-list e/ou criadas através de protocolos e são de extrema importância no

quesito segurança do paciente e podem impedir o início de uma série de

complicações que afetam o paciente16.

A implementação da lista de verificação é de baixo custo, essencialmente

considerando o benefício e a distribuição do instrumento, entretanto ainda há

dificuldade e resistência da equipe em aplicar o instrumento. O tempo necessário

estimado para a aplicação das três fases do processo de verificação é de três

minutos e recomenda-se que apenas uma pessoa seja responsável por esta

aplicação. O enfermeiro é o profissional indicado para orientar a processo de

verificação de segurança, mas qualquer profissional que participe do procedimento

cirúrgico pode ser o coordenador de verificação. É importante observar a integração

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e a interação da equipe e utilizar a verificação de segurança como um meio de

comunicação interpessoal, o que serve de facilitador no atendimento ao paciente.

Especialmente, considerando relacionamento interpessoal entre a equipe é um dos

itens mais indicados como um agente estressante entre os profissionais no centro

cirúrgico, excedido somente pela sobrecarga de trabalho15.

4.7 – Lesão por pressão

Quanto aos processos de critérios que nos direcionam à segurança do

paciente é preciso falar sobre Lesão por pressão (LPP) que é uma lesão localizada

na pele e/ou no tecido subjacente, geralmente sobre uma proeminência óssea,

resultante da pressão ou da combinação entre pressão e cisalhamento, causado

pela fricção17.

As LPP são classificadas em Grau I – Lesão eritematosa não

esbranquiçada em pele intacta com descoloração, aumento de temperatura, edema

ou endurecimento podem ser indicadores. A área pode ser dolorosa, firme, suave,

mais quente ou mais fria comparativamente com o tecido adjacente. Grau II – A

superfície lesada encontra-se desunida da epiderme, derme ou ambas,

apresentando-se de forma abrasiva, bolha ou despitelização rasa. Apresenta-se

como uma úlcera brilhante ou seca, sem crosta ou contusões. Esta categoria não

deve ser usada para descrever fissuras da pele, queimaduras por fita adesiva,

dermatite associada à incontinência, maceração ou escoriação. Grau III – Perda

tecidual acometendo área de tecido subcutâneo, que pode estender-se até a fáscia

subjacente. A profundidade de uma úlcera de categoria III varia com a localização

anatômica. Grau IV – Perda tecidual extensa e necrose de músculos, osso e/ou

tendões subjacentes. Uma úlcera de categoria IV pode atingir as estruturas de

suporte (ex. fáscia, tendão ou cápsula articular) tornado a osteomielite e a osteíte

prováveis de acontecer. Existe osso/ músculo exposto visível ou diretamente

palpável18. A tecnologia oferecida pela unidade de terapia intensiva para um melhor

cuidado, apesar de ser indispensável para propiciar uma melhor qualidade de vida

ao paciente assistido, é insuficiente para tornar-se realmente efetiva a assistência ao

indivíduo enfermo19. Considerando o paciente como um ser holístico, deve ser

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observado como tal, pois seu estado emocional pode, na maioria das vezes, estar

tão comprometido quanto o seu físico20.

Uma das consequências mais comuns e resultantes da longa

permanência7em hospitais e unidade de terapia intensiva em especial é o

aparecimento de alterações na pele. A incidência aumenta proporcionalmente à

combinação de fatores de riscos, dentre eles, a idade avançada e a restrição ao

leito. As taxas de incidência e prevalência na literatura apresentam variações que se

devem às características dos pacientes e ao nível de cuidado, diferenciando-se em

cuidados de longa permanência, cuidados agudos e atenção domiciliar20,33.

Segundo dados da National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP), EUA, a prevalência de LPP em internações prolongadas é de 15% e a incidência é de 7% (MOORE ZENA; COWMAN, 2009). No Reino Unido, casos novos de LPP acometem entre 4% a 10% dos pacientes admitidos em hospital27. No Brasil, embora existam poucos trabalhos sobre incidência e prevalência de UPP, um estudo realizado em um hospital geral universitário evidenciou uma incidência de 39,81%21.

De acordo com a Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente (2013), para evitar estas lesões é indicado estabelecer a frequência do reposicionamento do paciente em um protocolo institucional, lembrando que os pacientes de alto risco para o desenvolvimento de LPP devem ser reposicionados a cada duas horas, no mínimo22,23,24.

4.8 - Quedas

A queda de pacientes internados em terapia intensiva é um fator de risco

para lesões e fraturas que vão de leves a graves, e é agravado se os pacientes

internados forem idosos com mobilidade prejudicada25. A taxa de lesão se mostra

maior em pacientes institucionalizados, sendo que 20% das quedas resultam em

lesões para os pacientes. Diferentes fatores estão ligados à queda de pacientes

institucionalizados. Eles podem ser intrínsecos, isto é, caracterizam-se por

alterações inerentes à condição fisiológica do indivíduo, como as condições

patológicas apresentadas por eles; ou podem advir de fatores extrínsecos, que estão

associados com os riscos oferecidos pelo ambiente26. A queda do paciente

hospitalizado pode ser prevenida por meio da implantação de protocolos com

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medidas preventivas quando há a identificação do paciente com risco de queda,

garantindo segurança e qualidade no atendimento prestado27,28.

O processo de prevenção do erro humano é realizado através de mudanças

culturais, e consequentemente, com o aumento na identificação dos erros, sendo

imprescindível que a liderança acredite em uma cultura não punitiva, aplicando uma

abordagem sistêmica ao erro. Os membros da equipe precisam sentir-se seguros ao

notificar o erro e quando o fizerem devem ser recompensados e não repreendidos

ou punidos de uma forma que não ocorra incentivo de continuar a prática

indevida28,29,30,31.

4.9 Ações de prevenção e controle de eventos adversos na unidade de terapia intensiva

1 - O profissional de saúde deve estar apto a planejar e coordenar adequadamente o

trabalho no setor de terapia intensiva;

2 – Desenvolver o planejamento das atividades, de acordo com as necessidades do

setor, evitando possíveis transtornos tanto com os recursos humanos como

materiais e equipamentos e, consequentemente, evitar acúmulo de dependências

dos setores de terapia intensiva;

3 – Arquivar registros das intercorrências de forma clara e objetiva, sem rasuras ou

emendas, para que possam servir de provas no âmbito da justiça;

4 - Estimular a equipe quanto a notificação dos eventos adversos.

5 - Implementar educação continuada aos profissionais, para evitar as ocorrências

de eventos adversos e melhorar a qualidade dos serviços;

6 - Direcionar caminhos para as causas dos eventos adversos incentivando a

pesquisa científica e, ajudando na busca de soluções para que elas não voltem a

ocorrer;

7 - Estabelecer um perfil epidemiológico funcional e conscientemente orientado, a

fim de avaliar melhor quais são as situações de eventos adversos e com que

frequência eles ocorrem;

8 - Implantar um sistema de gestão de qualidade que mobilize os recursos

institucionais para a construção de um paradigma, no qual se desenvolvem rotinas,

procedimentos, processos e metodologias no sentido de satisfazer o paciente;

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9 - Buscar intervenções estruturais que façam a estadia da hospitalização ser mais

confortável para o paciente;

10 - Aplicar protocolos de medidas preventivas, a fim de conhecer os pacientes com

maiores riscos para quedas durante o procedimento do banho. Os profissionais

poderiam adotar medidas específicas preventivas e de segurança, preservando a

saúde dos pacientes e a qualidade do atendimento prestado. Por exemplo: avaliar o

grau de independência para o desempenho das atividades de vida diária, dispor

itens pessoais ao alcance do profissional, manter o ambiente seguro, colocar o leito

em posição equilibrada, mantendo as rodas travadas e grades laterais suspensas,

entre outras;

11 -Não punir os profissionais e sim treinar. Encontramos apoio na literatura e

observamos que encorajando os profissionais a relatarem os erros e acidentes

potenciais para que os processos de trabalho sejam revistos e trazem uma

assistência segura ao paciente;

12 - Orientar sobre o que são os erros de medicação, discutindo cenários para

entender as causas do problema e propostas de melhoria;

13.- Aplicar no gerenciamento de qualidade em terapia intensiva uma administração

dos serviços de saúde voltada a desenvolver um sistema de trabalho para reduzir ou

eliminar as barreiras para a notificação dos erros de medicação, focando a

segurança do paciente como um alto padrão de qualidade da assistência à saúde.

5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente pesquisa bibliográfica demonstrou a relevância do tema

segurança do paciente na unidade de terapia intensiva e a identificação de diversos

riscos aos quais o paciente está exposto, e, a partir disso, a importância de se

adotar condutas padronizadas com o intuito de prevenir o dano. Tanto a

identificação dos riscos quanto a notificação e as medidas tomadas devem fazer

parte da rotina da unidade de terapia intensiva.

A identificação dos riscos da assistência geralmente é feita pela enfermagem

no momento da internação dos pacientes, devendo conter registro informatizado e

impresso, com posterior comunicação à família. Tal ação demonstra a ação

gerencial do enfermeiro, bem como a preocupação com os aspectos éticos e legais

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a que a instituição terá de responder no caso de haver dano ao paciente. Deixando

claro que há notificação do erro aos profissionais hierarquicamente superiores se

necessário. A notificação foi citada como medida preventiva, ligada diretamente ao

gerenciamento de riscos, pois identificar e investigar o erro torna possível realizar

novos treinamentos para que essas falhas não se repitam. A rotina de identificação e

notificação do erro deve ser transmitida à equipe por meio de programas de

treinamento.

A educação continuada permanente possibilita que se consiga modificar as

práticas profissionais e a própria organização do trabalho, tanto no cotidiano dos

profissionais quanto das organizações. Ela surge a partir dos problemas enfrentados

na realidade das instituições, levando em conta o conhecimento já adquirido pelos

profissionais. Portanto, sugere-se a implantação de protocolos como uma ferramenta

poderosa para o gerenciamento de riscos e para a segurança dos pacientes,

evitando-se os eventos adversos.

6– REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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