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ii GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS INSTITUTO DE ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL EMISSÃO DE ÓXIDO NITROSO E VOLATILIZAÇÃO DE AMÔNIA EM PASTAGEM DE CAPIM-MARANDU Karen Marques dos Santos Orientador: Dr. Valdinei Tadeu Paulino Nova Odessa Fevereiro - 2013 Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação do Instituto de Zootecnia, APTA/SAA, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Produção Animal Sustentável.

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ii

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO

AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS INSTITUTO DE ZOOTECNIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL

EMISSÃO DE ÓXIDO NITROSO E VOLATILIZAÇÃO DE AMÔNIA EM PASTAGEM DE CAPIM-MARANDU

Karen Marques dos Santos Orientador: Dr. Valdinei Tadeu Paulino

Nova Odessa

Fevereiro - 2013

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação do Instituto de Zootecnia, APTA/SAA, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Produção Animal Sustentável.

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Ficha catalográfica elaborada pelo Núcleo de Informação e Documentação do Instituto de Zootecnia

S237e Santos, Karen Marques dos Emissão de óxido nitroso e volatilização de amônia em pastagem de capim-Marandu. / Karen Marques dos Santos . Nova Odessa – SP, 2012. 62p.: il.

Dissertação (mestrado) – Instituto de Zootecnia. APTA/SAA.

Orientador: Dr. Valdinei Tadeu Paulino

1. Emissão. 2. Óxido Nitroso 3. Pastagem 4.Uréia 5. Capim-Marandu I. Paulino, Valdinei Tadeu. II. Titulo.

CDD 631.841

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais Keizo e Nadja, ao meu irmão Fábio, e a minha tia

Silvana, pelo carinho, pela compreensão, dedicação e por vibrarem junto

comigo a cada conquista.

“Pois o senhor, vosso Deus, é quem vai

convosco a pelejar por vós contra os

vossos amigos, para vos salvar”

(Deuteronômio 20.4)

“Só se pode alcançar um grande

êxito quando nos mantemos fiéis a

nós mesmos”

(Friedrich Nietzseche)

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AGRADECIMENTOS

A DEUS pela força, inspiração e por sempre iluminar meu caminho;

A CAPES pela concessão de bolsa de estudo para realização dos meus estudos de Mestrado;

Ao Prof. Dr. Valdinei pela orientação e ensinamentos;

Aos pesquisadores Linda Monica, Tereza, Luciana, Rosana, Maria José (Mazé), Marcos Siqueira, e ao Waldssimiler que colaboraram com ensinamentos para que este trabalho fosse realizado e também pelos conselhos e amizade; Ao Heitor Cantarella, pela atenção e colaboração durante a realização deste trabalho;

Aos colegas de mestrado do Instituto Agronômico de Campinas, o Johnny, Acácio, Hélio, e o Rafael pela ajuda, paciência, pelos ensinamentos e pelo apoio nas análises do cromatógrafo;

Aos funcionários Marcão, Valmir, José Camargo (Zé Louco), Thiago,

Cidão, a dona Bethe, Neuza, e ao Anderson por compartilharem seus conhecimentos práticos. Pela dedicação, conselhos e amizade, e acima de tudo a boa vontade em ajudar;

A Edna e a Rose que é a atual responsável pela Biblioteca do Instituto

de Zootecnia, pela atenção, paciência e disponibilidade em ajudar; Ao comandante Volpim pela oportunidade de voar sobre a área

experimental; Aos meus colegas de pós-graduação que ajudaram sempre que foi

possível Vitor Paulo Vargas e Natalino Mendes Rasquinho. Muito obrigada pelo apoio, pelos conselhos, ensinamentos, e amizade;

A minha colega de mestrado Alline Mariá Schumann, pela inquestionável

parceria, por compartilhar os momentos bons e ruins que passamos, pelas risadas, e pela amizade;

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A Maria Aparecida (dona Cida), que sempre me recebeu com muita

alegria e carinho na hospedaria;

Obrigada a todos por terem ajudado e colaborado durante o desenvolvimento deste trabalho e por terem participado de forma direta ou indireta do meu crescimento pessoal,

Muito obrigada!

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SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS ....................................................................................... xii

LISTA DE FIGURAS ....................................................................................... xiv

RESUMO ........................................................................................................ xvi

ABSTRACT ..................................................................................................... xviii

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 1

2. REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................... 3

2.1. Pastagem de capim-Marandu ............................................................. 3

2.2. Fertilização da pastagem .................................................................... 4

2.2.1. Fertilizantes nitrogenados .......................................................... 5

2.3. Perdas de nitrogenio no solo .............................................................. 7

2.3.1. Volatilização de amônia ............................................................ 8

2.3.2. Emissão de óxido nitroso ........................................................ 100

3. MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................... 15

3.1. Características da área ....................................................................... 15

3.2. Experimento 1 – volatilização de amônia .......................................... 17

3.2.1. Delineamento experimental e tratamentos ................................ 17

3.2.2. Coleta de dados de temperatura e precipitação ........................ 18

3.2.3. Instalação das câmaras e aplicação da ureia ............................ 18

3.2.4. Esquema de coleta .................................................................... 20

3.2.5. Preparo das amostras ............................................................... 21

3.3. Experimento 2- emissão de óxido nitroso ........................................... 22

3.3.1. Delineamento experimental e tratamentos ................................ 22

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xi

3.3.2. Instalação das câmaras e aplicação da ureia ............................ 22

3.3.3. Coleta de dados de temperatura e precipitação ........................ 23

3.3.4. Avaliação do capim-Marandu .................................................... 25

3.3.5. Concentração de nitrogênio ....................................................... 25

3.3.6. Recuperação aparente de nitrogênio ........................................ 26

3.3.7. Câmaras .................................................................................... 26

3.3.8. Coleta de gás ............................................................................. 26

3.3.9. Coleta de solo ............................................................................ 27

3.3.10 Determinação de N2O nas amostras ........................................ 28

3.4. Análise estatística ........................................................................... 29

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................. 31

4.1. Experimento 1 – Volatilização de amônia ....................................... 31

4.2. Experimento 2 – Emissão de óxido nitroso .................................... 35

4.2.1. Avaliação do capim-Marandu ................................................... 35

4.2.1.1. Altura do capim-Marandu................................................. 35

4.2.1.2. Biomassa da forrageira e componentes morfológicos..... 36

4.2.1.3. Concentração de nitrogênio nas laminas foliares e

estimativas de clorofila pela unidade spad..................... 39

4.2.1.4. Acumulo de N na biomassa do capim-Marandu e

recuperação aparente de N ............................................ 41

4.2.2. Determinação do fluxo de N2O .................................................. 44

4.2.3. Perdas de N na forma gasosa.................................................... 50

5. CONCLUSÕES .................................................................................................................... 51

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................ 53

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Composição química do solo na camada de 0 a 10 cm de

profundidade coletado na área experimental do Instituto de

Zootecnia .....................................................................................

16 Tabela 2- Cronograma das trocas das esponjas........................................... 21

Tabela 3- Perdas de N (% do aplicado) na forma gasosa............................. 50

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xiv

LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Vista aérea da área experimental................................................. 17

Figura 2- Temperatura (°C) e precipitação (mm), durante as horas após a

adubação.................................................................................... 18

Figura 3- Vista das câmaras instaladas na área experimental.................. 19

Figura 4- Vista interna das câmaras, (A) esponjas inferior, (B) esponja

superior, e (C) câmara tampada................................................ 20

Figura 5 - Vista das parcelas na área experimental.................................... 23

Figura 6- Precipitação (mm), temperatura do solo (T °C Solo) e

temperatura do ambiente (T °C Amb.), durante o período

experimental............................................................................. 24

Figura 7- Coleta de gás - (A) Câmara fechada, (B) Seringa acoplada a

válvula da tampa, (C) Amostra de gás sendo injetada no

frasco.......................................................................................... 27

Figura 8- Perdas de N por volatilização dos tratamentos testemunha da

ureia 50 kg de N ha-1 e da ureia tratada com NBPT 50 kg de N

ha-1, durante as horas após a adubação.................................... 32

Figura 9- Perda acumulada de N-NH3 dos tratamentos testemunha da

ureia 50 kg de N ha-1 e da ureia tratada com NBPT 50 kg de N

ha-1, durante as horas após a adubação.................................... 34

Figura 10- Altura (cm) dos pastos de capim-Marandu submetidas a

estratégias de adubação nitrogenada no período de abril a

maio de 2012............................................................................ 35

Figura 11- Biomassa seca do capim-Marandu submetidas a estratégias

de adubação nitrogenada nos tratamentos testemunha

(Test), ureia (U) e ureia tratada com NBPT (U+NBPT) no

período de abril a maio de 2012. Letras diferem os

tratamentos entre si, Tukey 5%................................................ 37

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Figura 12- Taxa de acúmulo de matéria seca dos pastos de capim-

Marandu submetidas a estratégias de adubação nitrogenada

no período de abril a maio de 2012. Letras diferem os

tratamentos entre si, Tukey 5%................................................ 38

Figura 13- Contribuição percentual das laminas foliares, pseudocolmos e

material morto na biomassa dos pastos de capim-Marandu

submetidas a estratégias de adubação nitrogenada no período

de abril a maio de 2012..............................................................

39

Figura 14- Concentração de nitrogênio e estimativas de clorofila pelo

valor de leituras SPAD dos pastos de capim-Marandu

submetidas a estratégias de adubação nitrogenada................ 40

Figura 15- Recuperação aparente de nitrogênio (%) pela biomassa da

parte aérea para as diferentes fontes de N em capim-

Marandu.................................................................................... 42

Figura 16- Eficiência do uso de ureia e ureia tratada com NBPT na

recuperação aparente do N...................................................... 43

Figura 17 - Correlação do fluxo de N-N2O em função da temperatura do

solo........................................................................................... 45

Figura 18- Correlação do fluxo de N-N2O com o espaço poroso saturado

por água (%EPSA)...................................................................... 46

Figura 19- Fluxo de N2O em função dos dias após a adubação

nitrogenada............................................................................. 47

Figura 20- Média do fluxo acumulado de N2O............................................ 48

Figura 21- Relação entre produção de MS e emissão de N2O em CO2-eq

ha-1............................................................................................ 49

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RESUMO Diante da problemática da emissão de gases de efeito estufa, a adubação nitrogenada tem sido apontada como uma das fontes que mais emite óxidos de nitrogênio em sistemas agrícolas. O presente estudo teve como objetivo avaliar as perdas de nitrogênio (N), pela volatilização de amônia (NH3) e pela emissão de óxido nitroso (N2O), em sistema de pastagem de capim-Marandu, realizado na Fazenda Experimental do Instituto de Zootecnia – IZ, em Nova Odessa. Foram desenvolvidos dois experimentos em épocas diferentes – experimento (1) volatilização de NH3, com quatro repetições e três tratamentos: a testemunha e duas fontes de nitrogênio a ureia (U50 kg N ha-1) e a ureia tratada com NBPT (UR 50 kg N ha-1); experimento (2) emissão de óxido nitroso, com cinco repetições, três tratamentos: a testemunha, (50 kg N ha-1) na forma de ureia e (50 kg N ha-1) na forma de ureia tratada com NBPT. Foram avaliados também características da planta como produção de massa seca em kg ha-1 em CO2 equivalente (CO2-eq), altura e leitura SPAD, e características do solo como pH, temperatura e espaço poroso saturado por água (%EPSA). No experimento (1) foi constatado que as maiores perdas de NH3 ocorreram no intervalo de 24 horas após a adubação, e também observou-se diferença entre os tratamentos. Para o experimento (2) os resultados de altura e leitura SPAD não apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos. Entretanto o tratamento que recebeu ureia com NBPT obteve produção média de 3092 kg MS ha-1 em CO2-eq e apresentou uma menor emissão de N2O em relação aos demais tratamentos. Nenhuma correlação entre o fluxo de N2O (mg N dia-1) e (%EPSA) foi observado. Entretanto foi observado uma correlação significativa entre o fluxo de N2O (mg N dia-1) e a temperatura do solo (P= 0,0041). Para reduzir as perdas de N pela volatilização de amônia é aconselhável que após a adubação nitrogenada, o solo seja umedecido. O uso de ureia tratada com NBPT foi eficiente ao correlacionar a produção de MS ha-1em CO2-eq. Não foram observadas diferenças entre os tratamentos com ureia e ureia tratada com NBPT, para a emissão de N2O. Palavra chave: perdas de nitrogênio, pastagem, ureia, inibidor de urease

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ABSTRACT

Faced with the problem of greenhouse gas emissions, nitrogen fertilization has been singled out as one of the sources that emit oxides of nitrogen in agricultural systems. The present study aimed to evaluate the losses of nitrogen (N), by volatilization of ammonia (NH3) and by the emission of nitrous oxide (N2O), in grass pasture system Marandu, conducted at the Experimental Farm of the Institute of animal science-IZ, in Nova Odessa. Two experiments were developed at different times-experiment (1) volatilization of NH3, with four repetitions and three treatments: the witness and two sources of nitrogen urea (U50 kg N ha-1) and urea treated with NBPT (UR 50 kg N ha-1); experiment (2) emission of nitrous oxide, with five repetitions, three treatments: the witness, (50 kg N ha-1) in the form urea and (50 kg N ha-1) in the form urea treated with NBPT. Plant characteristics also were evaluated as dry mass production in kg ha-1 in CO2 equivalent (CO2-eq), height and SPAD reading, and soil characteristics such as pH, temperature and water-saturated porous space (%EPSA). In the experiment (1) it was found that the major losses of NH3 occur in the range of 24 hours after fertilization, and also there was a difference between the treatments. For the experiment (2) the results of height and SPAD reading did not show significant differences among the treatments. However the treatment received urea NBPT obtained average production of 3092 kg DM ha-1 in CO2-eq and presented a lower emission of N2O compared to other treatments. No correlation between the flow of N2O (mg N day-1) and (% EPSA) was observed. However it was observed a significant correlation between the flow of N2O (mg N day-1) and soil temperature (P = 0,0041). To reduce N losses by volatilization of ammonia is advisable after nitrogen fertilization, soil is moistened. The use of urea treated with NBPT was efficient to correlate the production of DM ha-1 CO2-eq. No differences were found between treatments with urea and urea treated with NBPT, for the emission of N2O.

Key words: nitrogen losses, pasture, urea, urease inhibitor

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1. INTRODUÇÃO

O Brasil possui um grande potencial para produzir bovinos a pasto

devido a sua vasta extensão territorial tornando-o um dos maiores produtor

comercial de bovinos do mundo.

Com o avanço da tecnologia é possível realizar inúmeros estudos para

avaliar a produtividade da pastagem e possibilitar ao produtor uma melhor

produção de forragem em áreas, as vezes até menores, apenas utilizando de

forma racional e como ferramenta de trabalho a adubação nitrogenada,

diminuindo as áreas de pastejo em estádio de degradação.

As áreas degradadas podem ser recuperadas com baixo custo, por meio

de adoção manejo do pasto adequado e de reposição de nutrientes ao solo

necessário a planta, garantindo assim a sustentabilidade do sistema e

minimizando os danos ambientais, além de oferecer uma pastagem de

qualidade para o animal.

Um dos nutrientes essenciais para o sistema solo-planta é nitrogênio,

que é encontrado na forma de ureia. A ureia sendo o adubo mais utilizado no

país apresenta como vantagens menor custo por quilograma, alta concentração

de nitrogênio, é de fácil manipulação e causa menor acidificação no solo, o que

a torna potencialmente superior a outras fontes de nitrogênio, do ponto de vista

econômico.

Entretanto, apresenta maior perda de nitrogênio por volatilização na

forma de amônia (NH3) e de óxido nitroso (N2O) na forma de emissão gasosa.

Esta perda gasosa de N é a principal ineficiência do N-fertilizante, contribuindo

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2

para a emissão de amônia, N molecular (N2) e óxidos de N. Tais perdas se

devem a aplicação de fertilizantes nitrogenados em situações desfavoráveis ou

em quantidades excessivas.

Estas perdas de N não são apenas desfavoráveis para o sistema solo-

planta, mas também é prejudicial ao meio ambiente. Em tempos de

aquecimento global, a diminuição da camada de ozônio, derretimento das

calotas polares, entre outros acontecimentos, a preocupação de muitos

cientistas e pesquisadores está voltada para o aumento da emissão de gases

de efeito estufa (GEE), tendo entre eles os três gases mais importantes o

metano (CH4), o dióxido de carbono (CO2) e o óxido nitroso (N2O), os quais são

de grande importância para a agricultura e pecuária, devido ao fato de que

aproximadamente 2/3 das emissões serem provenientes do solo.

Assim, a hipótese cientifica deste trabalho foi de que as perdas de

nitrogênio são menores e a produção de matéria seca é maior, quando a

pastagem é adubada com ureia tratada com NBPT em relação à ureia.

Devido à escassez de dados sobre a emissão de N2O e NH3 em áreas

de pastagens tropicais, principalmente na região sudeste do estado de São

Paulo, o presente trabalho teve como objetivo avaliar as emissões do gás N2O

na atmosfera e quantificar as perdas de N por volatilização de NH3 na

superfície do solo, em pastagem de Brachiaria brizantha cv. Marandu fertilizada

com diferentes fontes de nitrogênio inorgânico.

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3

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Pastagem de Capim-Marandu

O capim-Marandu por apresentar alguns benefícios como, grande

capacidade de adaptação edafoclimática, boa produção de matéria seca, boa

adaptabilidade, facilidade de estabelecimento, bom valor nutritivo, além de

apresentar poucos problemas de doenças e mostrar bom crescimento durante

a maior parte do ano, inclusive no período seco torna-se uma gramínea de

grande interesse para os pecuaristas (SOUZA; DUTRA 1991).

As plantas forrageiras, tal como qualquer outra planta de interesse

econômico, necessitam estar bem nutridas para apresentar boa produção,

conjugada com adequado valor nutritivo visando ao atendimento das

exigências dos animais. Com isso, fica clara a necessidade da utilização mais

racional dos recursos naturais existentes, o que será possível somente através

de uma melhor compreensão do ecossistema de pastagens, para que práticas

de manejo e sistemas de produção animal possam ser idealizados e

implementados sem colocar em risco sua sustentabilidade e produtividade

(SBRISSIA; SILVA, 2001).

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4

2.2. Fertilização da pastagem

É de conhecimento de muitos que as pastagens tropicais são muito

produtivas quando bem manejadas, com lotação animal adequada para a

disponibilidade da forragem, e principalmente quando a pastagem recebe

nutrientes em quantidades necessárias.

Segundo Macedo, (1999), para evitar problemas de degradação de

pastagem é interessante antecipar a percepção das etapas do processo de

degradação, adotando métodos de manejo que recuperem as pastagens

podendo ser químico com uma adubação adequada, ou indireto com a

implantação de pastagem anual, além de uma adequada capacidade de

suporte e manejo. Desta forma é possível manter as inter-relações biológicas,

econômicas e sociais do sistema.

Deve-se levar em consideração que as gramíneas são tão exigentes

quanto às culturas agrícolas, sendo assim é possível trabalhar com elevada

lotação animal desde que a pastagem seja bem manejada e que receba a

quantidade ideal de nutrientes em especial o nitrogênio, pois a ausência dele

pode causar a imobilização de alguns nutrientes presentes tanto na planta

como no solo, e ao longo prazo, ser responsável pela degradação da

pastagem. A aplicação de nitrogênio é de grande importância, pois proporciona

uma melhor produção, manutenção e sustentabilidade da pastagem.

Nas pastagens manejadas intensivamente onde são aplicadas altas

doses de nitrogênio podem ocorrer perdas de N devido a lixiviação,

imobilização, nitrificação, desnitrificação e se a fonte de nitrogênio for a ureia

ocorre a perda por volatilização de amônia (NH3), que pode ser a principal

perda de N nos solos agrícolas, quando as condições edafoclimaticas não são

adequadas.

Em muitos casos o uso da pastagem se torna extrativista causando uma

baixa disponibilidade de nutriente no solo sendo este um dos fatores que mais

interfere na qualidade da forrageira. Segundo (ENGELS; MARSCHNER, 1995),

de todos os nutrientes e minerais, o nitrogênio é quantitativamente o mais

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5

importante para o crescimento da planta, e o segundo fator mais limitante para

o desenvolvimento da forrageira, tento como o primeiro a água (JARVIS, et al.,

1995).

Segundo Soussana et al., (2007) o uso das pastagens pode contribuir

para o sequestro de carbono (C) atmosférico, atuando para mitigar o aumento

do efeito estufa e suas consequências ao meio ambiente em razão do

aquecimento global. Estudos conduzidos na Europa apresentam dados de que

o influxo de carbono atmosférico compensa a emissão de N2O e CH4 emitidos

através de atividade agropecuária como: o uso de adubo nitrogenado nas

pastagens sendo assim melhorando a produtividade e qualidade da forragem,

consequentemente aumento da taxa de lotação, tornando as áreas de

pastagens prováveis mitigadoras de efeito estufa.

2.2.1. Fertilizantes nitrogenados

Dentre os vários produtos comercializados para adubação nitrogenada

de pastagem existem: sulfato de amônio, ureia, nitrato de amônio, ureia tratada

com NBPT, entre outros. O mais utilizado é a ureia [CO(NH2)2] com 44 a 46 %

de N, Martha Jr et al., (2004a), pois possui baixo valor comercial em relação

aos demais fertilizantes, e o mais utilizada em todo o mundo.

Produzida a partir da reação de NH3 com CO2, onde o processo de

industrialização não envolve reações com ácidos que requerem materiais e

equipamentos especiais. Estes fatores apontam a ureia como um fertilizante

sólido industrializado com menor custo por unidade de N (CANTARELLA,

2007).

A pastagem é a base de sustentação da pecuária brasileira, na região do

cerrado cerca de 40 a 50 milhões de hectares são ocupados pelos gêneros

Brachiaria ou Andropogon (BARCELLOS, 1996). Quase toda esta área sofre

com degradação devido ao manejo extrativista e principalmente pelo

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superpastejo (VARELLA et al., 2004), e principalmente pela falta de reposição

dos nutrientes.

É essencial salientar que a fertilização de manutenção tem um papel

importante em qualquer das atividades, mas principalmente para a pastagem,

pois além de evitar a degradação da mesma, proporciona uma melhoria na

qualidade da forragem, permitindo trabalhar com uma taxa de lotação

adequada, otimizando o uso da área e consequentemente um bom retorno

financeiro.

Em função dos preços do adubo nitrogenado e de maior ou menor

possibilidade de perdas de N com a aplicação, geralmente adota-se a

estratégia de uso da ureia nos meses mais chuvosos durante a estação de

crescimento das plantas (CECATO, et al., 2011).

Por outro lado (WERNER, 1996) recomenda que após o rebaixamento

da forragem, de preferência pelo pastejo com alta lotação animal, ou por meios

mecânicos, deve-se aplicar uma dose leve (50 kg de N ha-1) ou uma dose

média (100 kg de N ha-1) do adubo nitrogenado, no final do período das águas,

época do ano que a chuva pode incorporar o adubo ao solo em 2 – 3 dias, o

que evita as perdas por volatilização e promove um acentuado aumento da

produção de forragem nos períodos secos e uma rebrota precoce no inicio da

primavera.

A principal desvantagem do uso da ureia é a possibilidade da perda por

volatilização de NH3, especialmente quando o fertilizante é aplicado na

superfície do solo (CANTARELLA, 2007).

Outra forma de perda da ureia seria por lixiviação, por se tratar de um

produto com alta solubilidade em água, pode ser adsorvido aos colóides do

solo, entretanto, a menos que chova intensamente nos dias subsequentes a

adubação, a lixiviação de N na forma de ureia tem importância relativamente

pequena, uma vez que este fertilizante é normalmente hidrolisado em poucos

dias no solo, produzindo amônio (NH4+), o qual é retido nos colóides do solo

pelas cargas negativas (CANTARELLA, 2007).

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Segundo Dick et al., (1996); Santos; Camargo, (1999) a amônia é o

principal produto do processo de hidrolise da urease, e é importante controlar a

velocidade deste processo que é influenciado pela quantidade de adubo

aplicado e pelo tipo de vegetação.

Atualmente é possível encontrar produtos como a ureia revestida com

enxofre, que possui baixa solubilidade e é produzida com intuito de ter uma

liberação lenta no solo, e possui baixa solubilidade, um exemplo é a ureia com

NBPT é um produto de liberação lenta devido ao inibidor de urease, cujo

principio ativo é o N-(n-butil) tiofosfótico triamida (NBPT) Cantarella, (2007),

sendo o nome comercial deste produto é Agrotain.

Segundo o Manunza, et.al. (1999), o Agrotain é um produto que após ser

aplicado no solo rapidamente se converte em seu análogo de oxigênio fosfato

de N-n-butiltriamida (NBPTO), que por estar na verdadeira forma de inibidor se

liga com as enzimas de urease, retardando a atividade da mesma.

Segundo Girardi; Mourão Filho (2003), a ureia é recoberta por

substancias orgânicas, inorgânicas, ou resina sintética. Para ocorrer a

liberação gradual de N no solo. Características como: o tamanho da partícula, a

espessura da camada de revestimento e a quantidade de microfissuras em sua

superfície, irão determinar a curva de liberação do nutriente ao longo do tempo.

Portanto, a função do inibidor de urease é de retardar o processo de

hidrolise, permitindo que o N tenha mais tempo para ser incorporado no solo

sendo sob ação da chuva, irrigação, ou, por processo mecânico. Assim o N-

NH3 tende a se aprofundar no horizonte do solo possibilitando uma maior

disponibilidade de N para as plantas, reduzindo as perdas de N por

volatilização de NH3 e por emissão de gases como óxidos de N.

2.3. Perdas de nitrogênio no solo As emissões diretas de óxido nitroso (N2O) podem ser estimadas com

base na entrada de nitrogênio durante o manejo do solo (fertilizantes sintéticos

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ou orgânicos, depósitos de estrume e resíduos de culturas) ou provenientes de

outras alterações do nitrogênio inorgânico no solo como o resultado de

intervenções pelo ciclo de nitrogênio como, por exemplo, a mineralização do

nitrogênio na matéria orgânica, após a drenagem do solo, ou mudança do uso

do solo (IPCC, 2006).

Como comentado anteriormente, devido às várias vantagens da ureia,

ela se torna a fonte de nitrogênio mais utilizado no Brasil, no entanto, dos

adubos nitrogenados ela apresenta maior perda de nitrogênio por volatilização

de amônia, nitrogênio molecular (N2) e óxido nitroso.

Tais perdas se devem por aplicação de fertilizantes nitrogenados em

situações desfavoráveis ou em quantidades excessivas. A amônia perdida por

volatilização é proveniente da mineralização da matéria orgânica ou do

fertilizante aplicado, sendo este o fenômeno mais intenso, mediante o aumento

no pH do solo (MELO, 1978).

Além disso, no sistema solo-planta não ocorre apenas perda N por

volatilização de amônia, mas também por oxidação de óxidos de N, como o

óxido nitroso, o qual tem recebido uma atenção maior, pois está diretamente

relacionado com a destruição da camada de ozônio (GIACOMINI, et al., 2006).

2.3.1. Volatilização de NH3

O uso de fertilizantes nitrogenados pode trazer más consequências

econômicas e ambientais devido às perdas de N pela volatilização (BOLAN et

al., 2004; EMMETT, 2007). Segundo Savant; Stangel (1990) muitos estudos e

esforços tecnológicos têm sido realizados na tentativa de diminuir a

volatilização logo após a adubação nitrogenada.

De acordo com (CANTARELLA, 2007) geralmente a predominância de

NH3 ocorre em solos alcalinos, e os solos brasileiros são ácidos com

predominância a do amônio (NH+4), por outro lado, quando solos brasileiros

são adubados com ureia, independentemente do pH, tendem a liberar NH3 e

CO2. Estas perdas em condições ambientais podem chegar a 60%, sendo

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maiores em sistema de manejos com resíduos de culturas na superfície do

solo, pois as atividades da urease são maiores em plantas e vegetais do que

em solos.

Após a adubação nitrogenada, as perdas de N podem reduzir o

crescimento da pastagem e, consequentemente, a taxa de lotação, o ganho de

peso individual e por área (BERNADI et al., 2010). Os autores Oliveira et al.

(2007) encontraram perdas gasosas de N em capim-Marandu adubado com

ureia variando entre 14 a 38%, sendo as menores perdas quando a ureia foi

enterrada.

O processo de volatilização de amônia com a aplicação de ureia envolve

inicialmente, a hidrólise da fonte nitrogenada por meio da urease, resultando na

formação de carbonato de amônio, e que por não ser estável se desdobra em

NH3, CO2 e água. Conforme as seguintes reações abaixo descritas por Ernani

et al., (2001); Rochette et al., (2009).

CO(NH2)2 + 2H2O (NH4)2CO3

A reação acima de hidrolise ocorre após a aplicação da ureia, resultando

em carbonato de amônio.

(NH4)2CO3 2NH3 + CO2 + H2O

Esta reação decompõe o carbonato de amônio gerando amônia, dióxido

de carbono e água.

De acordo com a reação acima, caso a ureia não seja incorporada ao

solo, ao final da reação da hidrolise, será liberada em forma de gás a amônia.

Segundo Ruijter et al., (2010), o nitrogênio pode ser perdido quando são

deixados restos de culturas na superfície do solo. Em um experimento a campo

com alfafa Larsson et al., (1998) estimaram uma perda por volatilização de NH3

de 17% do total de N de resíduos de feno de alfafa (4,3% de conteúdo de N).

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Quando os resíduos foram incorporados no solo ocorre uma redução na

volatilização da NH3.

Primavesi et al., (2004) verificaram que as perda de N-NH3 por

volatilização em pastagens de capim-Coastcross estabelecido em latossolo

vermelho distrófico, como resultado da aplicação superficial e a lanço do

fertilizante, situam-se, frequentemente, na faixa de 10 a 25% do N aplicado

durante a estação de crescimento. Contudo, em condições favoráveis à

volatilização como: elevada temperatura, ausência de precipitação

imediatamente depois da adubação e altas taxas de evaporação de água do

solo, comum no final do período das chuvas, as perdas podem atingir 80% do

N-ureia aplicado (MARTHA Jr. et al., 2004a).

A amônia em si não é um gás de efeito estufa, entretanto suas

atividades secundárias contribuem como a fonte de N2O, influenciando

indiretamente no aquecimento global (MARTIKAINEN, 1985).

2.3.2. Emissão de óxido nitroso (N2O)

As perdas de N na forma de óxido nitroso estão diretamente

relacionadas com o aquecimento global, por provocar danos à camada de

ozônio, apontando as pastagens como uma das atividades que mais

prejudicam o meio ambiente (ZAMAN, et al., 2009), devido ao uso inadequado

de fertilizantes e também pelo desmatamento.

Existem duas formas do N2O ser emitido na atmosfera uma por fontes

naturais, por exemplo, (bactérias no solo e oceanos), a outra é derivada de

ações antrópicas como tratamento de esgoto, diversos processos industriais,

uso de fertilizantes, entre outras atividades. Atualmente, um terço da emissão

do gás deriva das ações antrópicas.

Os gases CH4 e o N2O estão em concentrações atmosféricas mais

baixas em relação ao CO2, seus potenciais de aquecimento global (PAGs), são

suficientemente altos para que pequenas mudanças tenham um efeito desigual

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na atividade radioativa da atmosfera (ROBERTSON; GRACE, 2004). Desses

gases o N2O é o gás de maior importância para sistemas agrícolas uma vez

que 70% das emissões são oriundas da dinâmica do N no solo em sistema de

produção, incluindo o N da matéria orgânica e o fixado química e

biologicamente (MOSIER, et al., 2004).

O N2O contribui com 9% das emissões de gases associados aos GEE

sendo o terceiro que mais polui. E cada molécula deste gás tem um potecial de

aquecimento global de 298 vezes maior, em relação a cada molecula de

dióxido de carbono CO2 (IPCC, 2007)

Conhecer o processo de formação do gás se torna importante na

tentativa de reduzir as emissões do mesmo. Neste sentido o N2O é produzido

biologicamente na agricultura através de processos microbianos de nitrificação,

desnitrificação e pela quimiodesnitrificação ocorridos no solo (HARRISON;

WEBB, 2001).

A desnitrificação tem grande importância em solos de arejamento

deficiente e em condições de temperaturas elevadas e de alto teor de umidade

no solo. Em um processo heterotrófico pelo qual muitos gêneros de bactérias

(principalmente Pseudomonas – comumente encontrado nos solos) utilizam o

carbono orgânico como fonte redutora e, na ausência do O2, utilizam os óxidos

de nitrogênio como aceptores de elétrons, resultando na produção de N2O,

óxido nítrico (NO) e nitrogênio (N2). Segundo Victoria et al., (1997), a

desnitrificação biológica, juntamente com a volatilização de amônia, constituem

as mais importantes vias de perdas gasosas de N do solo. A sequência de

reação é indicada a seguir:

Fatores que ocorrem no solo como: drenagem deficiente, má aeração,

presença de quantidades excessivas de nitrato, entre outros podem estimular

as condições redutoras no solo. Os microrganismos envolvidos no processo de

desnitrificação são bactérias quimiorganotróficas conhecidas como

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microrganismos anaeróbicos facultativos, que sob condições anaeróbicas são

capazes de usar formas oxidadas de N como aceptores finais na respiração. O

valor do pH do solo pode influenciar muito a liberação de compostos

nitrogenados, ou seja, quando o pH está acima de 7,0 favorece a liberação de

N2, entretanto quando o pH está abaixo de 6,0 favorece a liberação de N2O

(VICTORIA et al., 1997). Portanto, de uma forma ou outra, durante o processo

de desnitrificação será liberado uma, ou mais fontes de N para a atmosfera.

A nitrificação ocorre de duas formas ambas por bactérias autotróficas.

As bactérias Nitrosomonas fazem a oxidação do amônio a nitrito, conforme a

reação a seguir:

Já as bactérias Nitrobacter atuam na oxidação do nitrito a nitrato,

conforme a reação a seguir:

A energia liberada em ambas as reações de nitrificação é utilizada pelos

microrganismos nitrificantes na síntese de compostos orgânicos a partir de

fontes de carbono inorgânico, como dióxido de carbono, bicarbonato e

carbonatos. Sendo assim, a nitrificação está associada ao crescimento das

bactérias nitrificantes.

Todos estes fatores e outros aqui não incluídos contribuem efetivamente

para alterações na concentração dos GEE, o qual poderá desencadear

aumento da temperatura média no planeta em até 5,8°C nos próximos cem

anos IPCC, (2007).

Estima-se que, das emissões totais, a agricultura contribui com

aproximadamente 20% da emissão antrópica de GEE. Três dos principais

gases de interesse são: dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), e óxido

nitroso (N2O), sendo que o fluxo destes gases nos agro-ecossistemas é

dependente do manejo e das práticas agrícolas adotadas. No Brasil, a

2NO2- + O2 2NO3

- + energia

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contribuição da agricultura às emissões de GEE é estimada em 75% das

emissões de CO2, 91% das emissões de CH4 e 94% das emissões de N2O

(CERRI; CERRI, 2007).

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3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Características da área

Os experimentos foram realizados na fazenda experimental do Instituto

de Zootecnia (IZ) em Nova Odessa, pertencente a Agencia Paulista de

Tecnologia dos Agronegócios (APTA), órgão subordinado a Secretaria da

Agricultura e Abastecimento do Governo do Estado de São Paulo, em área de

pastagem de capim-Marandu estabelecida em 1995.

A área está nas coordenadas geográficas de 22°46’39 de latitude sul e

47°17’45 de longitude oeste com altitude de 570 m. O solo da área

experimental é classificado como Latossolo Vermelho Distrofico típico

(EMBRAPA, 1999). Os resultados de análise química do solo da camada de 0

a 10 cm estão apresentados na Tabela 1.

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A calagem não foi realizada devido aos resultados da analise química do

solo mostrou que não havia necessidade de correção do mesmo (WERNER et

al., 1996)

Segundo o sistema Köppen, o clima dessa região é mesotérmico úmido,

subtropical de inverno seco, classificado como Cwa, com temperaturas médias

inferiores a 18ºC no mês mais frio e superiores a 22ºC na época mais quente.

A precipitação pluviométrica média anual no município é de 1.270mm (30%

ocorrendo no período de maio a setembro).

Na área foram realizados dois experimentos independentes. O primeiro

experimento 1- avaliou a volatilização de amônia, que ocorreu no mês de

fevereiro de 2012. Já no segundo experimento 2- avaliou a emissão de óxido

nitroso emitido pelo solo da pastagem, que ocorreu no período de abril até a

primeira quinzena de maio de 2012.

Na Figura 1 é apresentada a vista aérea dos piquetes de Brachiaria

brizantha dos experimentos (1) e (2).

Tabela 1 – Composição química do solo da camada de 0 a 10 cm de profundidade coletado na área experimental.

pH MO P S K Ca Mg H+Al g kg-1 mg dm-³ mmol dm-³

5,2 52 21 4 3,1 36 20 38

SB

mmol dm-³

CTC

mmol dm-³

V%

59 97 61

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Figura 1 – Vista aérea da área experimental.

3.2. Experimento 1 – Volatilização de amônia 3.2.1. Delineamento experimental e tratamentos Os tratamentos utilizados foram T1 – Testemunha (Test.); T2 - ureia (50

kg de N ha-1); T3 - ureia tratada com NBPT (50 kg de N ha-1) e foram aplicados

de uma única vez. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado com

quatro repetições.

1 2

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3.2.2. Coleta de dados de temperatura e precipitação

Na área experimental foi instalado um pluviômetro, de plástico, com

formato cunha, com a finalidade de acompanhar o índice pluviométrico durante

o período experimental. A temperatura do solo foi mensurada em cada período

de troca das esponjas com um termômetro tipo espeto. Na Figura 2 se

encontram os dados de índice pluviométrico e de temperatura do solo

observados durante o período experimental (10/02/2012 a 15/02/2012).

Figura 2 – Temperatura (°C) e precipitação (mm), durante as horas após a adubação.

3.2.3. Instalação das câmaras e aplicação da ureia

As perdas de N por volatilização de amônia (N-NH3) foram quantificadas

por meio de um sistema semi-aberto estático, proposto por NÖMMIK (1973),

com algumas adaptações. As câmaras coletoras, construídas a partir de

cilindros de cloro polivinil (PVC) com 20 cm de diâmetro e 40 cm de altura,

foram encaixadas sobre bases, também de PVC com 7 cm de altura, as quais

foram introduzidas no solo até a profundidade de aproximadamente 3 cm.

Sobre as câmaras foi colocada uma tampa de plástico (30 cm de diâmetro),

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com a finalidade de impedir que a precipitação pluviométrica e os raios solares

atingissem as esponjas no interior da câmara.

A instalação das câmaras ocorreu no dia (10/02/2012) e foram alocadas

ao acaso na área experimental de 1 ha, com o pasto apresentando uma altura

de aproximadamente 5 cm. A aplicação da ureia ocorreu no mesmo dia em que

as câmaras foram instaladas.

As câmaras instaladas na área experimental podem ser visualizadas na

Figura 3.

Figura 3 – Vista das câmaras instaladas na área experimental

Foram colocadas duas esponjas no interior de cada câmara, a primeira

ficou a uma distância aproximada de 7 cm do solo, teve a função de captar

toda a amônia volatilizada. Já a segunda esponja esteve a uma distância

aproximada de 14 cm do solo, e teve a função de proteger a primeira esponja

contra qualquer tipo de contaminação que possa ter ocorrido no ambiente

externo. As esponjas tinham 2 cm de espessura e 20 cm de diâmetro. As

mesmas passaram por um processo de lavagem com água corrente,

espremidas vigorosamente e deixadas para secar. Depois foram embebidas

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com a solução contendo hidróxido de potássio (1 mol L-1) e foram novamente

espremidas vigorosamente. Em seguida as esponjas foram embebidas em

ácido fosfórico (1 mol L-1) e novamente espremidas vigorosamente e

enxaguadas com água destilada e deixadas para secar.

Momentos antes de levar as esponjas para o campo, as mesmas foram

embebidas em uma solução de ácido fosfórico (50 ml L-1), glicerina (40 ml L-1) e

água destilada (1L), foram espremidas para tirar o excesso de solução, mas

mantendo cerca de 100 ml da solução. As esponjas foram levadas para o

campo individualmente em sacos plásticos devidamente identificados. Na

Figura 4 é possível visualizar a posição das esponjas e a câmara tampada.

Figura 4 – Vista interna das câmaras, esponjas inferior (A), superior (B),

e (C) câmara tampada.

3.2.4. Esquema de coleta

A instalação das câmaras e a aplicação dos tratamentos iniciaram no dia

10/02/2012 às 18:00 e terminaram no dia 15/02/2012 às 6:00, tendo sido feitas

7 coletas sendo as cinco primeiras coletas no intervalo de 12 horas e as duas

últimas coletas com intervalo de 24 horas, totalizando 120 horas. Segue a

Tabela 2 com o cronograma das coletas.

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Tabela 2 – Cronograma das trocas das esponjas.

Coletas Datas Horários Horas após a adubação nitrogenada

1° 11/02/2012 06:00 12

2° 11/02/2012 18:00 24

3° 12/02/2012 06:00 36

4° 12/02/2012 18:00 48

5° 13/02/2012 06:00 72

6° 14/02/2012 06:00 96

7° 15/02/2012 06:00 120

3.2.5. Preparo das amostras As análises laboratoriais foram realizadas no laboratório de Bromatologia

do Instituto de Zootecnia. A extração da solução retida da esponja foi feita

através da lavagem da mesma com 500 ml de uma solução de KCL (1mol L-1).

Este processo se repetiu por 4 a 5 vezes até completar o volume do balão

volumétrico de 500 ml. Então, procedeu-se a destilação de uma alíquota de 25

ml da solução extraída, em um destilador de arraste de vapor adicionando-se

NaOH (1mol L-1), o vapor d’água tem a função de arrastar o líquido gerado para

o condensador. Onde o líquido condensado foi adicionado ao ácido bórico em

um béquer, e posteriormente titulado.

A titulação foi realizada pelo fato das espumas terem sido embebidas em

ácido fosfórico, o que neutralizou a NH3 volatilizada, se transformando em

amônio com a presença de umidade (amônia + água). A perda de N na forma de NH3 por volatilização foi calculado a partir da

seguinte equação descrita por CANTARELLA, (2001):

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N-NH3 = (F – I)*14*0,07207851*500)/25

Onde: F = média dos valores titulados da 1° leitura e da 1° repetição; I = valore do KCL padrão; 14 = peso molecular do nitrogênio; 0,07207851 = constante; 500 = volume de extração da esponja; 25 = volume da alíquota destilada.

3.3. Experimento 2 – Emissão de óxido nitroso

3.3.1. Delineamento experimental e Tratamentos

O delineamento utilizado foi de blocos casualizados, com cinco

repetições, e com três tratamentos, que foram: T1- testemunha; T2- ureia (50

kg de N ha-1); T3- ureia tratada com NBPT (50 kg de N ha-1). O experimento foi

instalado em uma área de 1 ha cultivada com capim-Marandu. Porém as

câmaras não ocuparam toda a área, as mesmas foram alocadas em faixas e

em uma das laterais do piquete.

3.3.2. Instalação das câmaras e aplicação da ureia

O experimento teve inicio com a colocação das câmaras no solo dia

02/04/2012 permanecendo no campo por todo o período de coleta

(04/04/2012 até 15/05/2012).

Cada câmara esteve inserida em uma área de 5 x 5 m (25 m2),

denominada parcela, que recebeu os mesmos tratamentos da respectiva

câmara. Na Figura 5 é possível visualizar as demarcações das parcelas que

tiveram um espaçamento entre elas de aproximadamente de 2 m, sendo que

as câmaras foram alocadas exatamente no centro de cada parcela.

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23

Figura 5 – Vista das parcelas na área experimental

3.3.3. Coleta de dados de temperatura e precipitação

Durante todo o período experimental os dados de precipitação

pluviométrica e temperatura foram coletados Estação Metereológica

Automática (EMA) localizada a cerca de 4,0 km da área experimental, e

fornecidos pela base de dados CIIAGRO/IAC (Figura 6). E nos dias de coleta

de gás, durante os intervalos entre uma coleta e outra, foram registradas as

temperaturas do solo com um termômetro tipo espeto a 5 cm de profundidade.

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24

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25

3.3.4. Avaliações no capim-Marandu

No fim do experimento foram realizadas três avaliações no capim-

Marandu, o primeiro foi à determinação da concentração de clorofila da planta

de forma indireta, com auxilio do aparelho SPAD-502 (MINOLTA, 1989), em

seguida foram feitas três observações de altura do capim, com auxilio de uma

régua graduada, pelo método do Sward Stick (BARTHRAM, 1986), e por fim

foram feitas dois cortes, com tesoura de poda, do capim rente ao solo com

auxilio de um quadrado de armação metálica de 0,5 x 0,5 m, que foi jogado

aleatoriamente dentro da parcela.

Estas amostragens foram realizadas dentro das cinco parcelas de cada

tratamento. O material que foi cortado foi pesado e seco em estufa a uma

temperatura de 55 °C por 72 horas, posteriormente foi determinado o peso do

material seco.

3.3.5. Concentração de nitrogênio

As análises foram realizadas, no Laboratório de Bromatologia do

Instituto de Zootecnia, Nova Odessa, SP, a determinação do N-total na parte

aérea (folhas e colmos) efetuando-se a digestão sulfúrica e empregando-se o

método analítico Micro Kjeldhal, conforme descrito por Silva; Queiroz, (2009).

EN = (PB/6,25)*(MS*10)

Onde, EN = extração de nitrogênio; PB = proteína bruta; MS matéria seca.

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26

3.3.6. Recuperação aparente do nitrogênio

A recuperação aparente do N aplicado foi determinada pela diferença do

N extraído (kg ha-1) para as pastagens adubadas e não adubadas em relação a

uma dose de N-fertilizante, conforme descrito na fórmula:

NR = (NE – NT)/NA*100

Onde, NR = nitrogênio recuperado; NE = nitrogênio extraído pasto adubado; NT = nitrogênio do solo no tratamento testemunha; NA = total de nitrogênio aplicado no tratamento.

3.3.7. Câmaras

As perdas de N por emissão de óxido nitroso (N-N2O) foram coletadas

por meio de uma câmara estática de cloreto de polivinila (PVC) com 30 cm de

diâmetro e 25 centímetros de altura, inseridas no solo com aproximadamente 3

cm de profundidade.

As tampas, também de PVC, possuem um orifício que possibilita a

retirada das amostras e eram colocadas sobre as câmaras somente no

momento da coleta, de maneira a isolar o ambiente interno do externo por meio

de uma junta do tipo “o-ring”.

3.3.8. Coleta de gás

As coletas tiveram inicio sempre às 9 horas, nos intervalos de (0, 10, 20

e 30 minutos). Após o fechamento das câmaras, as coletas foram realizadas

utilizando seringas de polipropileno de 60 mL equipadas com válvulas para a

retenção das amostras e em seguida eram injetadas em frascos de 30 mL

equipados com septo de borracha (Figura 7).

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27

Para homogeneização dos gases no interior das câmaras foi feito o

“flushing” na seringa, repetido por 5 a 6 vezes antes da coleta de cada amostra.

Figura 7 – Coleta de gás - (A) câmara fechada, (B) seringa acoplada a válvula da

tampa, (C) amostra de gás sendo injetada no frasco.

3.3.9. Coleta de solo

As coletas do solo na camada de (0 – 10 cm) foram realizadas ao redor

das câmaras com auxilio de uma sonda. Foram coletadas três amostras por

tratamento, sendo que as coletas não foram sempre realizadas dentro das

mesmas parcelas, totalizando nove amostras por dia de coleta. Com a

finalidade de monitorar a umidade e pH do solo, durante o período

experimental. As determinações de umidade gravimétrica e de pH foram feitas

pela metodologia descrita pela EMBRAPA, (1997).

As coletas de solo para determinar a densidade aparente, foram

coletadas uma vez durante todo o período experimental, pelo método do anel

volumétrico, metodologia descrita pela EMBRAPA, (1997). Foram coletadas 7

amostras de solo na camada de 0 – 10 cm.

Com os dados da umidade gravimétrica e da densidade aparente foi

possível calcular o espaço poroso saturado por água (%EPSA) Sauer, et.al,

(2009).

A B C

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28

%EPSA = {( * ) / [1 – ( / 2,65)] * 100}

Onde, = umidade gravimétrica; = densidade aparente; 2,65 = densidade assumida.

3.3.10. Determinação de N2O nas amostras

As análises foram realizadas no Laboratório do Centro de Solos e

Recurso Ambientais no Instituto Agronômico de Campinas. Através de um

cromatógrafo gasoso Shimadzu, modelo GC-2014, com determinação

simultânea das concentrações de N2O por meio de detector tipo ECD (captura

de elétrons) operando a 300ºC (HUTCHINSON; MOSIER, 1981) e de CH4 tipo

FID (ionização de chama). A calibração do cromatógrafo foi feita com padrão

de N2O. O fluxo de N-N2O foi obtido através da equação (JANTALIA, et.al,

2008):

Onde, γ = valor da inclinação da curva; β = pressão atmosférica; 0,082 = constante atmosférica; α = volume da câmara (m3); T °K = média da temperatura do solo e ambiente em Kelvin; 28,0134 = peso molecular do N2O; ∂ = área da câmara.

Fluxo (mg N m

-2dia

-1) =

γ x (β x α ) 1000 (0,082 x T °K )

x 28,0134

(24000)

x 28,0134

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Através de cálculos do fluxo foram determinadas as emissões

acumuladas de N2O durante o período experimental, e os valores foram

expressos em (mg de N m-²).

Com os valores do fluxo acumulado em kg N-N2O foi possível calcular o

CO2 equivalente (CO2-eq).

CO2-eq (kg C ha-1

) = {( * 298) = [( * 64%) / ]}

Onde, = valor acumulado kg N-N2O; 298 = potencial de aquecimento do N2O;

64% = N:N2O; = C emitido kg; = kg de MS

3.4. Análise estatística

Em ambos os experimentos, os resultados foram submetidos a analise

de variância e as médias dos tratamentos foram comparadas pelo teste de

Tukey, a 5% de probabilidade de erro (WIN STAR 0.1).

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31

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Experimento 1 – volatilização de amônia

Verificou-se que as maiores perdas de NH3 por volatilização ocorreram

nas primeiras horas após a adubação. Doze horas após a adubação

nitrogenada, foram observadas diferenças significativas (p<0.05) para perdas

NH3 (Figura 8). A ureia apresentou maior perda de NH3 em relação a ureia

tratada com NBPT e a testemunha. Entretanto, as perdas dos tratamentos

testemunha e ureia tratada com NBPT não diferiram significativamente entre si

(P> 0,05).

Ao trabalhar com resíduo de aveia preta disposta na superfície do solo

em três épocas diferentes de avaliações (pré-semeadura, semeadura e

cobertura) Da Ros, et al., (2005) observaram maiores perdas de NH3 após a

segunda avaliação de aproximadamente 20 horas após a adubação

nitrogenada, nas três épocas de avaliação para os tratamentos com 50 kg de N

ha-1 de ureia.

Neste estudo onde no intervalo de 24 horas após a adubação

nitrogenada observou se que o tratamento com ureia teve uma perda maior de

NH3, em relação à ureia tratada com NBPT, que teve uma perda semelhante à

testemunha. Provavelmente, estes resultados estão relacionados com os

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32

índices de umidade do solo e com a temperatura do solo apresentados na

Figura 2.

Desta forma ao relacionar as perdas de NH3 com os índices acima,

observou-se que a temperatura do solo era de 35 °C no momento em que o foi

experimento foi instalado e 12 horas após a adubação nitrogenada houve um

evento de chuva com aproximadamente 14 mm e a temperatura do solo era de

25 °C.

Figura 8 – Perdas de N por volatilização dos tratamentos testemunha, 50 kg de N ha-1 de ureia e 50 kg de N ha-1 de ureia tratada com NBPT, durante as horas após a adubação.

De acordo com Sherlock et al., (1995), deve-se levar em conta a

temperatura do solo, pois existe uma estreita relação entre a perda de NH3 e as

mudanças na temperatura.

A temperatura do solo pode influenciar no processo de hidrolise da ureia,

no transporte da ureia dentro do solo, no equilíbrio entre a NH4+ e NH3 e na

taxa de evaporação de água na superfície do solo (van der WEERDEN;

JARVIS, 1997).

Devido ao evento de chuva de 14 mm, no intervalo de 12 horas após a

adubação nitrogenada, é provável que parte da ureia não tenha sido

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hidrolisada, mas sim dissolvida na água do solo, sendo movida para camadas

mais profundas do solo (RODRIGUES; KIEHL, 1992; BOUWEESTER et al.,

1985).

A partir das 36 horas após a adubação nitrogenada, não foram

observadas diferenças significativas entre os tratamentos (P= 0,0039),

indicando que as maiores perdas ocorreram nas primeiras 24 horas após a

adubação, provavelmente em decorrência da hidrólise da ureia frente a

precipitação pluviométrica após a adubação (Figura 2).

Segundo Rochette et al., (2009), o teor de umidade do solo é importante

para o processo de hidrolise da ureia, pois quando o solo está seco a atividade

da urease é baixa.

Duarte et al., (2007) ao trabalharem com adubação nitrogenada usando

a ureia como fonte de N, em cobertura de arroz irrigado por alagamento,

constataram que as maiores perdas de NH3 ocorreram no intervalo de 34 a 48

horas em solo úmido e saturado, e em solos com laminas de água as perdas

foram observadas nas 72 horas após a adubação nitrogenada.

As perdas de NH3 acumulada diferiram após 12 horas da adubação

nitrogenada (Figura 9). Houve uma diferença significativa (P> 0,05) entre os

tratamentos de ureia e a testemunha, por outro lado, não foram constatadas

diferenças significativas entre a ureia tratada com NBPT e a ureia.

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34

Figura 9 – Perda acumulada de N-NH3 dos tratamentos testemunha, 50 kg de N ha-1

de ureia e 50 kg de N ha-1 de ureia tratada com NBPT, durante as horas após a adubação.

No intervalo de 24 horas após a adubação nitrogenada a ureia tratada

com NBPT apresentou uma menor perda acumulada de NH3, sendo

semelhante a testemunha e ambos os tratamentos, apresentaram perdas

significativamente inferiores ao tratamento com ureia.

As perdas acumuladas de NH3 por volatilização se estabilizaram por

todo o período experimental após as 36 horas de adubação, não apresentando

diferença significativa entre os tratamentos.

Resultados semelhantes foram encontrados por Martha Jr. et al.,

(2004b) no estudo realizado com capim-Tanzânia onde recebeu diferentes

doses de adubo nitrogenado, observou que as perdas acumuladas de NH3

aumentaram ao longo do período experimental, mesmo quando as perdas

diárias foram decrescentes.

Tasca et al., (2011), ao trabalhar com fontes e doses de adubo

nitrogenado não observaram diferenças entre as perdas acumuladas de NH3

entre os tratamentos de ureia e ureia tratada com NBPT na dosagem de 100 kg

de N ha-1.

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35

4.2. Experimento 2 – emissão de óxido nitroso

4.2.1. Avaliação do capim-Marandu

4.2.1.1. Altura do capim-Marandu

No inicio, antes da aplicação dos tratamentos a altura média da

pastagem era de 12,0 cm que resultou, após esse período de crescimento, e o

aumento dos valores para 16, 19,8 e 25,3 cm para os tratamentos testemunha,

50 kg de N ha-1 na forma de ureia e ureia tratada com NBPT, respectivamente.

Os valores de altura indicam que o uso de ureia tratada com NBPT mostrou

maior crescimento do capim-Marandu quando comparado com a ureia.

Os valores das alturas aos 42 dias foram registrados e são apresentados

na Figura 10, utilizando-se a estatística descritiva (média e erro padrão).

Verificou-se que de forma geral os valores de altura foram de 28,0, 31,8 e 37,3

cm, média de valores para os tratamentos testemunha, ureia e ureia tratada

com NBPT, respectivamente. Não foram constatadas diferenças significativas

para as alturas entre os tratamentos estudados.

Figura 10- Altura (cm) do capim-Marandu submetidas a estratégias de adubação nitrogenada no período de abril a maio de 2012.

Testemunha Ureia Ureia NBPT

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36

A altura das plantas ou do dossel nas pastagens é um indicador do início

do manejo do pastejo, que orienta o manejo a ser adotado. Essa característica

estrutural correlaciona-se com a interceptação luminosa e serve de referência

para os intervalos de pastejo, que determinam a oferta e consumo das

forrageiras.

Silva, et al., (2013) ao avaliarem as caraterísticas do capim-Marandu

adubado com diferentes fontes de N (sulfato de amônio e ureia) observaram

que para o parâmetro de altura houve uma diferença significativa onde a planta

teve um aumento na altura de 129% e 96% adubadas com sulfato de amônio e

ureia, respectivamente.

A altura da pastagem varia com a adubação nitrogenada, a resposta

limitada ao emprego de ureia tratada com NBPT comparada ao uso de ureia,

está relacionada com os dados climáticos do período de avaliação (abril e

maio). Zeferino (2006), trabalhando como capim-Marandu baseado nas

características morfofisiológicas e de comportamento ingestivo recomendou a

altura de 25 cm para a entrada dos animais.

4.2.1.2. Biomassa da forrageira e componentes morfológicos

A biomassa seca (MS) de forrageira e a taxa de acúmulo de MS no

período de abril a maio de 2012 foram significativamente incrementadas

(P<0,05) com a aplicação de N (Figura 11 e 12).

Os valores de biomassa seca (kg ha-1) médios foram de 2.880, 5.337 e

6.252 para os tratamentos testemunha, ureia e ureia tratada com NBPT,

respectivamente. Os valores de MS obtidos para o capim-Marandu neste

período do ano foram similares aos encontrados por Gimenes, (2011).

A proposta de executar a adubação nitrogenada no final das águas,

segundo recomendação de Werner et al., (1997) comprova o efeito positivo

desta estratégia na melhoria da distribuição estacional da produção do pasto.

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37

Figura 11- Biomassa seca do capim-Marandu submetidas a estratégias de adubação

nitrogenada nos tratamentos testemunha (Test), ureia (U) e ureia tratada com NBPT (U+NBPT) no período de abril a maio de 2012. Letras diferem os tratamentos entre si, Tukey 5%.

As taxas de acumulo de massa seca por dia são consideradas mais

altas que as encontradas por Gimenes et al., (2010) para este período do ano,

e são decorrentes das precipitações de 220,7 mm e temperatura média do solo

de 21°C e refletem diretamente o efeito da adubação.

Test.

U U+NBPT

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38

Figura 12- Taxa de acúmulo de matéria seca do capim-Marandu submetidas a

estratégias de adubação nitrogenada no período de abril a maio de 2012. Letras diferem os tratamentos entre si, Tukey 5%.

A composição morfológica das amostras apresentou uma maior

contribuição das lâminas foliares de 53 a 65,4%, enquanto que os

pseudocolmos representaram de 17,3 a 23,8%, já o material morto foi

equivalente a 17,3 a 23,2 % (Figura 13).

A adubação nitrogenada teve efeito imediato em incrementar a

contribuição das lâminas foliares na produção de biomassa. O melhor

aproveitamento do nitrogênio aplicado no pasto resultou numa composição

morfológica mais equilibrada e com uma contribuição do material morto na

produção total inferior as encontradas por Gimenes et al., (2010) que obteve

valores outonais de 63,9 %.

Testemunha Ureia Ureia + NBPT

Taxa

de

acum

ulo

de M

S (k

g ha

-1 d

ia-1)

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39

Figura 13- Contribuição percentual das laminas foliares, pseudocolmos e material

morto na biomassa do capim-Marandu submetidas a estratégias de adubação nitrogenada no período de abril a maio de 2012.

A estratégia de uso de N como fertilizante representa uma ferramenta de

manejo que possibilita alterações morfogênicas ou estruturais nas plantas de

modo a oferecer um alimento com maiores proporções de frações de melhor

qualidade, no caso mais lâminas foliares. Para o tratamento testemunha a

soma do material morto mais pseudocolmos foi maior.

4.2.1.3. Concentração de nitrogênio nas lâminas foliares e estimativas de clorofila pela unidade SPAD

Os teores médios de N na parte aérea podem ser considerados baixos

em termos de qualidade do capim para a nutrição animal e situaram-se na faixa

de 6,0 a 7,42 % de proteina bruta, correspondentes a 9,7 a 11,8 g kg-1 de N na

matéria seca (Figura 14). Mediante a adubação nitrogenada houve incrementos

nos conteúdos de N na lamina foliar do capim-Marandu.

Testemunha Ureia Ureia + NBPT

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40

As baixas temperaturas aliadas ao suprimento híbrido limitado no

período de crescimento outonal foram os fatores determinantes para a baixa

eficiência de uso do N aplicado.

A medição indireta da clorofila, por meio da leitura do clorofilômetro, que

avalia a intensidade de coloração verde, apresentou valores (SPAD) baixos,

para os tratamentos testemunha, ureia e ureia tratada com NBPT 27,9, 31,3 e

29,5, respectivamente, estes valores não diferiram estatisticamente (P<0,05).

Tais valores mostraram-se similares aos descritos por Batista, (2002) e

Lucena, (2011). Nota-se que sem aplicação de N os valores de leitura do

clorofilômetro foram menores.

Figura 14- Concentração de nitrogênio e estimativas de clorofila pelo valor de leituras

SPAD do capim-Marandu submetidas a estratégias de adubação nitrogenada.

Assim como os valores encontrados pelos autores Santos Jr., (2003);

Abreu, (1999), ao avaliar a leitura SPAD nos 42 dias após a adubação

nitrogenada, os resultados obtidos foram 50,2 e 21,8, respectivamente. Santos,

(1997) apresentaram um resultado de leitura SPAD de 49,0 aos 39 dias após

adubação.

Testemunha Ureia Ureia + NBPT

Nitr

ogên

io n

a la

min

a (g

kg-1

)

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41

Em estudo realizado por Bonfim-Silva; Monteiro, (2010) onde

trabalharam com capim braquiária e diferentes doses combinadas de enxofre

(S), os autores relataram que para o parâmetro SPAD, o capim braquiária

depende da combinação de N e S apenas no primeiro corte, e que para os

outros dois cortes seguintes a dependência do N se torna um efeito isolado.

4.2.1.4. Acúmulo de N na biomassa do capim-Marandu e recuperação aparente de N

O acúmulo de N na biomassa da parte aérea do capim-marandu foi

significativamente (P<0.05) aumentado mediante a adubação nitrogenada,

apresentando valores médios de 31.0, 51.0 e 58.0 kg de N ha-1 para os

tratamentos testemunha, ureia e ureia tratada com NPBT, respectivamente.

Não foram encontradas diferenças significativas entre as fontes de N para o

acúmulo total de N.

Por outro lado a recuperação aparente de N, calculada baseando-se nas

quantidades de N extraídas pela biomassa seca da parte aérea de cada

tratamento, subtraindo-se dos valores extraídos no tratamento testemunha sem

adubação de nitrogenada (acumulação de N pelo capim-Marandu referente à

utilização do N presente no solo original) dividida pela quantidade de N

aplicada mostrou valores significativos.

Com valores de 39,5 e 52,7% para ureia e ureia tratada com NPBT,

respectivamente. Na Figura 15 ilustra a recuperação de N que mediante a

utilização de ureia tratada com NPBT foi 25% superior a obtida com a aplicação

de ureia.

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42

Figura 15- Recuperação aparente de nitrogênio (%) pela biomassa da parte aérea para as diferentes fontes de N em capim-Marandu.

Corsi, (1984), explica que a recuperação do nitrogênio aplicado pode ser

maior que 80% em gramíneas tropicais desde que o fertilizante seja

adequadamente aplicado. Os valores encontrados neste estudo estão abaixo

dos citados por Silva et al., (2011), que teve uma variação de 4,0, 27 e 34% na

aplicação da dosagem de 300 kg ha-1, correspondente a parte aérea.

Segundo Espindula, (2010), a recuperação do N dos fertilizantes

nitrogenados pode variar com a espécie vegetal, práticas de manejo,

propriedades do solo, condições ambientais e fonte de N utilizada. Primavesi et

al., (2006), trabalhando com doses de N nas fontes de nitrato de amônio e

ureia no capim-Marandu, verificaram que a recuperação do N aplicado variou

com as fontes e doses de N, demonstrando que devido o aumento das doses

de N ocorreu redução na recuperação para ambas as fontes, sendo maior para

a fonte de nitrato de amônio. Para Silva et al, (2011), a recuperação de N no

capim-Marandu diminuiu à medida que aumentavam as doses de N aplicadas.

Verifica-se que a eficiência de uso do nitrogênio para conversão em

biomassa seca foi mais elevada mediante a aplicação de ureia tratada com

NPBT em relação à ureia (Figura 16). De um modo geral a eficiência de uso do

N foi considerada elevada.

Ureia Ureia + NBPT

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43

Estes dados corroboram com os obtidos por Primavesi et al., (2002) que

também trabalharam com a Brachiaria brizantha cv. Marandu e foram

superiores aos encontrados por Lucena, (2011) que trabalhou num solo mais

pobre (Neossolo quartzarênico) que o usado neste estudo (Latossolo Vermelho

Distrófico).

A maior parte do nitrogênio presente naturalmente no solo está

associada à matéria orgânica, devido à baixa taxa de mineralização oscilando

entre 10 a 40 kg de N ha-1 ano-1, para cada 1% de matéria orgânica presente

no solo, não é suficiente para sustentar elevadas produções (GUILHERME et

al., 1995). Fato este também observado no presente trabalho, com

acumulações de biomassa seca no tratamento testemunha foram baixas.

Lucena, (2011), trabalhando em um solo Neossolo quartzarênico também

observou uma melhoria no acúmulo de fitomassa com maior eficiência de uso

de N, mediante o fornecimento dos demais nutrientes adequando a fertilidade

do solo com adição concomitante de nitrogênio e os demais nutrientes ao

sistema.

Figura 16- Eficiência do uso de ureia e ureia tratada com NBPT na recuperação

aparente do N.

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44

A eficiência de utilização do nitrogênio depende de vários fatores, dentre

eles, a fonte de nitrogênio, as condições do solo e climáticas, grau de

fracionamento e dose aplicada, potencial de resposta da planta, presença do

animal, entre outros. Esses fatores que influem na taxa de acúmulo da planta e

também influenciam a eficiência de utilização deste nutriente (SOARES;

RESTLE, 2002).

A estratégia de maximizar o uso de N e minimizar seu impacto ambiental

é aconselhável em sistemas pastagens manejada intensivamente, mitigando o

excesso de nitrato para o lençol freático, ou a emissão de óxido nitroso na

atmosfera, é recomendável em um sistema de produção animal sustentável.

4.2.2. Determinação do fluxo de N2O Os principais reguladores ambientais de emissão de N2O são a

temperatura, pH e umidade do solo (VELTHOF; OENEMA, 1997).

A Figura 17 apresenta correlação do fluxo de N2O (mg de N m² dia-¹)

com a temperatura do solo observa-se um resultado significativo (P= 0,0041)

conforme a equação do modelo matemático polinomial de 2° ordem N2O =

22,5 – 2,16 x Ts² + 0,05 x (T °C solo).

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Figura 17 - Correlação do fluxo de N-N2O em função da temperatura do solo.

O N2O é um gás muito instável e o fluxo do mesmo pode variar com a

temperatura tanto do solo como do ambiente, com o pH e umidade do solo.

Skiba et al., (2000) relataram sobre a relação direta com a temperatura

do solo e o fluxo de N2O, pois como qualquer processo biológico, a taxa de

nitrificação e desnitrificação aumenta com o aumento da temperatura do solo.

Observou-se na Figura 17 que o valor de R²= 0,25 está dentro dos

valores encontrados na literatura, como por exemplo, Rodrigues et al., (2012)

ao correlacionar o fluxo médio mensal de N2O com a temperatura do solo

obteve R²= 0,57 (P<0,01).

Entretanto ao correlacionar a porcentagem de poros saturados por água

(%EPSA) com a temperatura do solo, não foi encontrado diferença significativa

(P= 0,048), notou-se que quanto menor a temperatura do solo maior a

umidade, e quanto maior a temperatura menor a umidade. Observou-se na

Figura 18 que a correlação entre o fluxo de N2O e %EPSA não foi significativa

(P= 0,59).

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Figura 18- Correlação do fluxo de N-N2O com o espaço poroso saturado por água

(%EPSA).

Rafique et al., (2011) encontraram resultados onde a taxa de %EPSA

estavam entre 40-60% e o fluxo de N2O era de aproximadamenete três vezes

mais, em relação ao %EPSA abaixo de 40%.

Segundo Hutchinson; Davidson (1993), quando a capacidade de campo

do solo está próxima a 60% EPSA as emissões de N2O e óxidos de nitrogênio

pelo processo de nitrificação podem ser substanciais quando o fertilizante é à

base de NH4.

A umidade do solo pode afetar o fluxo de N2O devido a interação do N-

NH4 e da disponibiliade deste ion para a nitrificação (RAFIQUE et al., 2012).

Em estudos conduzidos por Carter, (2007), notou que a nitrificação foi

dominante quando o %EPSA foi menor que 60%. A taxa de EPSA determina a

movimentação do oxigenio no solo e desta forma determina as condições

aerobias e anaerobias de dentro do solo (RAFIQUE et al., 2012).

Ao comparar os tratamentos testemunha, ureia e ureia tratada com

NBPT não foi constada diferença estatística para o parametro de pH do solo,

com valores médios de 6,01, 5,96 e 5,98 respectivamente.

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De acordo com Skiba; Smith, (2000) as perdas de N2O no solo

consideradas mais importantes em condições anaerobicas (desnitrificação),

quando comparado com as perdas aerobicas (nitrificação).

Avaliando os fluxos de N2O (Figura 19) entre os tratamentos

(testemunha, ureia e ureia tratada com NBPT) não foram encontradas

diferenças significativas (P= 0,1444) para os fluxos de N2O diarios.

Figura 19- Fluxo de N2O em função dos dias após a adubação nitrogenada.

Resultados semelhantes foram encontrados por Del Prado et al., (2006),

na maioria dos dias de estudo, ao avaliarem diferentes fontes de N

(testemunha, sulfato de amonio e nitrato de potássio), em pastagem adubada

com uma dosagem para ambas as fontes de N de 150 kg de N ha-1, não foi

encontrada diferença entre as fontes N para o fluxo de N2O.

Ao comparar as (Figuras 19 e 6) observou-se a influencia da umidade do

solo no fluxo de N2O, pois no inicio do experimento os indices de precipitação

eram de 0,3 mm no 1° dia após a adubação e de 15 mm no 6° dia após a

adubação, e no intervalo do 22° ao 28°dia, foram os dias em que mais choveu

durante o periodo experimental com um indice acumulado para este intervalo

de 137,9 mm.

Flux

o de

N2O

(mg

de N

m-2

)

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Isso explica porque que neste intervalo o pico de emissão de N2O foi

baixo, pois devido o solo estar umido e a temperatura não estar elevada o

processo de nitrificação foi baixo. Devido ao menores indices de chuva no

intervalo da 29° ao 40° as emissões de N2O aumentaram.

Encontra-se suporte nos resultados obtidos por Wrage et al., (2004), de

que mesmo o espaço poroso do solo estivesse aocupado por água, as

emissões de N2O continuaram devido a atividade das bacterias denitrificantes.

A Figura 20 apresenta as médias acumuladas dos fluxos de N2O, não

foram encontradas diferenças estatisticas entre os tratamento (P< 0,05).

Figura 20- Média do fluxo acumulado de N2O.

De acordo com Bergstrom et al., (2001); Passianoto et al., (2003) a

principal fonte de emissão antrópica na agricultura é através da utilização de

fertilizantes nitrogenados. A prática de adubar pastagens vem gerando conflitos

quando se trata de emissões de GEE, pois existe a hipótese de que para

aumentar a eficiência da produção de MS é necessário aumentar a área de

pasto, e para isso é preciso converter áreas de florestas em pastagens.

Ao relacionar a produção de MS e o CO2-eq na Figura 21, observou-se

que pastagem sem adubação nitrogenada apresentou produção média de

Flux

o ac

umul

o de

N2O

(mg

de N

m-2

)

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2.108 kg de MS ha-1 e emitiu 59,6 kg de CO2-eq ha-1 e que seriam necessários

1,47 ha para ampliar a área de pastejo, com finalidade de atingir a mesma

produção de MS de uma área adubada com ureia tratada com NBPT que

emitiu 0,17 kg de N-N2O e produziu 3.092 kg de MS ha-1 e emitiu 65,19 kg de

CO2-eq ha-1.

Figura 21- Relação entre produção de MS e emissão de N2O em CO2-eq ha-1

A produção de MS na área que recebeu o tratamento de ureia foi de

2.544 kg de MS ha-1 e emitiu 80,46 kg de CO2-eq ha-1. Quando comparada à

eficiência da ureia com a ureia tratada com NBPT, observou-se que seriam

necessários 1,22 ha para ampliar a área adubada com ureia para produzir a

mesma quantidade que a tratada com NBPT em 1 ha.

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50

4.2.3. Perdas de N na forma gasosa As perdas de N na forma gasosa com já descrito anteriormente ocorre

de várias maneiras, sendo que as principais formas perda de N são na forma

de NH3 volatilizada, e N2O, ambos gases emitidos do solo de pastagem

cultivada com capim-Marandu.

De acordo com o IPCC, (2006) o fator de emissão de NH3 volatilizado é

de 10% para fertilizantes inorgânicos. Na Tabela 3 observa-se que a ureia

tratada com NBPT teve uma volatilização menor em relação a ureia, com 4,7%

(3,1–7,5) e 9,5% (5,7–13,5) respectivamente.

Tabela 3. Perdas de N (% do aplicado) na forma gasosa.

Tratamento Volatilização N2O Volatilizado N2O emitido* Perda N2O Perda de N Ureia NBPT 4,7 (3,1 - 7,5) 0,5 5,3 5,8 10,0

Ureia 9,5 (5,7 - 13,5) 1,0 11,5 12,5 21,0 * N2O emitido (Schumann, 2013)

O valor da perda de N-N2O se refere ao tratamento que recebeu adubo

aplicado no solo descontando o N-N2O emitido do solo para a atmosfera do

tratamento que não recebeu adubação, porém ambos estavam nas mesmas

condições climaticas (IPCC, 2006).

A ureia tratada com NBPT apresentou melhor eficiencia para os

parametros de N2O volatilizado, perda de N2O e para perda de N, em relação a

ureia.

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CONCLUSÕES Nas condições experimentais o emprego da ureia revestida com o

inibidor da enzima urease (NPBT) mostrou eficiência em diminuir a volatilização

de amônia.

As emissões de óxido nitroso foram similares para uso de ureia ou ureia

tratada com inibidor da uréase.

Por outro lado, a uréia tratada com NBPT apresentou benefícios para a

pastagem devido à maior eficiência de uso para a produção de MS e

recuperação aparente de N e com menor emissão de CO2-eq. ao óxido nitroso

emitido.

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