39
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ASSOCIAÇÃO JUINENSE DE ENSINO SUPERIOR DO VALE DO JURUENA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM MATEMÁTICA FINANCEIRA: ENSINO E EMPRESARIAL 8,5 FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS NO ENSINO DA MATEMÁTICA FINANCEIRA NO ENSINO MÉDIO ELIS REGINA QUALLIO [email protected] ORIENTAÇÃO: MS. CYNTHIA CÂNDIDA CORRÊA ALTA FLORESTA 2012

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

8

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ASSOCIAÇÃO JUINENSE DE ENSINO SUPERIOR DO VALE DO JURUENA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM MATEMÁTICA FINANCEIRA: ENSINO E EMPRESARIAL

8,5

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS NO ENSINO DA MATEMÁTICA FINANCEIRA NO ENSINO MÉDIO

ELIS REGINA QUALLIO

[email protected]

ORIENTAÇÃO: MS. CYNTHIA CÂNDIDA CORRÊA

ALTA FLORESTA 2012

Page 2: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

9

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ASSOCIAÇÃO JUINENSE DE ENSINO SUPERIOR DO VALE DO JURUENA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM MATEMÁTICA FINANCEIRA: ENSINO E EMPRESARIAL

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS NO ENSINO DA MATEMÁTICA FINANCEIRA NO ENSINO MÉDIO

ELIS REGINA QUALLIO

[email protected]

ORIENTAÇÃO: MS. CYNTHIA CÂNDIDA CORRÊA

“Monografia apresentada como exigência parcial para obtenção do título de Especialização em Matemática Financeira: Ensino e Empresarial”.

ALTA FLORESTA 2012

Page 3: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

10

DEDICATÓRIA

Dedico ao meu esposo, que sempre

esteve ao meu lado me apoiando

incondicionalmente nessa árdua luta da

busca do saber. Mais um degrau

alcançado, uma vitória para a ciência.

Page 4: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

11

AGRADECIMENTOS

Agradeço aos alunos que responderam os meus questionários, a todos

os professores, que me acompanharam nesta longa, difícil e gostosa caminha, aos

colegas de sala, aos grandes amigos conquistados que levarei sempre comigo, a

minha família em especial a minha mãe, pelo carinho, pelos elogios, pelas grandes

conquistas e também pelos puxões de orelha que cada um de vocês me deram

quando necessário.

Page 5: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

12

"Não é possível refazer este país,

democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo

sério, com adolescentes brincando de

matar gente, ofendendo a vida, destruindo

o sonho, inviabilizando o amor. Se a

educação sozinha não transformar a

sociedade, sem ela tampouco a

sociedade muda."

(Paulo Freire)

Page 6: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

13

RESUMO

O presente trabalho foi elaborado a partir de uma pesquisa bibliográfica e de

campo, tendo como objetivo discutir o estudo da Matemática Financeira no Ensino

Médio. Partiu-se da importância da matemática financeira na formação do cidadão.

Num outro momento, relacionamos a Matemática Financeira com alguns conteúdos

Matemáticos do Ensino Médio. A finalidade deste texto é apresentar críticas

construtivas e sugestões do ensino da Matemática Financeira no Ensino médio. O

objetivo desta pesquisa é verificar se um modelo que utiliza a visualização das

operações financeiras por meio do eixo das setas facilita a compreensão da

matemática financeira. Esse modelo possibilita que pessoas comuns compreendam

o funcionamento de operações financeiras do dia-a-dia, para que alcancem o

conhecimento e a confiança necessários para tomar em suas mãos o poder de

decisão e de avaliação, além da percepção de transações financeiras questionáveis.

Propomos uma abordagem visual para a matemática financeira, eliminando fórmulas

e regras sem sentido.

PALAVRAS-CHAVE: Matemática financeira, Modelagem, Etnomatemática

Page 7: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

14

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...................................................................................................08

CAPÍTULO I - REFERENCIAL TEÓRICO...........................................................10

1.1 A Matemática Financeira no Ensino Médio......................................................10

1.2 Educação Financeira em sala de aula.......................................................16

1.3 Educação Financeira uma Perspectiva Interdisciplinar.............................20

CAPÍTULO II – METODOLOGIA......................................................................24

CAPÍTULO III - ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS........................................25

CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................34

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................35

ANEXO..............................................................................................................37

Page 8: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

15

INTRODUÇÃO

Os conhecimentos da Matemática Financeira são fundamentais na formação

do cidadão crítico, consciente de seus direitos e deveres, pois a matemática

financeira é um dos ramos da Matemática que ajuda leigo e economistas a estudar e

analisar formas mais adequadas de alcançar seus objetivos no campo econômico e

no campo pessoal.

O item escolhido deu-se por considerar que a abordagem de conteúdos de

matemática financeira no Ensino Médio pode capacitar o aluno a entender melhor o

mundo em que vive, tornando-o mais crítico ao assistir um noticiário, ao ingressar no

mundo do trabalho, ao consumir, ao cobrar seus direitos e analisar seus deveres.

Pretende-se responder com essa pesquisa a seguinte problematização: De

que maneira a Escola Estadual 19 de Maio está trabalhando matemática financeira

com os alunos do ensino médio diante das constantes mudanças econômicas?

As hipóteses levantadas são:

Os alunos encontram dificuldades em aprender juros, descontos,

porcentagens, acréscimo e lucro.

Os alunos têm interesse que a escola ofereça uma disciplina voltada para

finanças.

Os alunos acreditam que a inclusão de noções de finanças no currículo do

ensino médio ira auxiliar seu futuro

Diante disso, definiu-se o seguinte objetivo geral: Averiguar as dificuldades

em relação aos conteúdos relacionados a finanças bem como o Interesse dos

alunos em relação ao oferecimento de uma disciplina de finanças.

Os objetivos específicos dessa pesquisa são: Averiguar a importância da

matemática financeira no Ensino médio na formação do cidadão crítico; Discutir a

necessidade de se trabalhar com os alunos situações reais de alcançar seus

objetivos no campo econômico e no campo pessoal; Averiguar se as escolas

trabalham os conteúdos relacionados a matemática financeira através de questões

do dia-a-dia como fator que favorece uma atitude positiva do aluno para com esta

área do conhecimento.

A presente pesquisa esta dividida em três capítulos. O primeiro traz p

referencial teórico que fala sobre a Matemática Financeira no Ensino Médio,

Page 9: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

16

Educação Financeira em sala de aula, Educação Financeira uma Perspectiva

Interdisciplinar. O segundo capitulo faz-se referência a metodologia utilizada na

pesquisa. Por fim, apresenta-se a análise e discussão dos dados.

Page 10: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

17

CAPÍTULO I REFERENCIAL TEÓRICO

1.1 A Matemática Financeira no Ensino Médio

Para Monteiro (2004) Matemática Financeira é parte da matemática aplicada

e fundamental nas negociações bancárias e comerciais, sendo de grande

importância sua aprendizagem pelos estudantes. Ela oferece a oportunidade de

revisar tópicos matemáticos vistos em séries anteriores, tais como funções

logarítmicas, funções exponenciais e progressões geométricas. Esses conteúdos

formam a base principal da Matemática Financeira e devem ser abordados com

especial atenção pelo professor.

Para Assaf Neto ( 1998, p.13) matemática financeira é o "estudo do dinheiro

no tempo ao longo do tempo". Segundo, Zentagraf (2003, p.2), além de se

preocupar com os aspectos temporais do dinheiro, tais estudos objetivam

estabelecer relações entre quantias monetárias registradas em tempos distintos.

Porém, a matemática financeira pode ser definida de forma mais simples sendo a

aplicação da matemática para decisões de gestão a respeito de operações

financeiras. Para que as operações financeiras sejam executadas, é necessária a

aplicação de cálculos apropriados, sendo que a análise detalhada desses cálculos é

o objeto de estudo e preocupação da matemática financeira. Tendo por finalidade

minimizar custos, reduzir riscos e incertezas, gerados pelas constantes mudanças

econômicas intensificadas pela refinada tecnologia constante em todos os mercados

mundiais, os agentes econômicos buscam sofisticados mecanismos que lhes

proporcione uma maior segurança e fundamentação para tomada de decisão, com

foco em resultados.

Apreender o sentido dos conteúdos de ensino implica conhecê-los como conhecimentos construídos historicamente e que se constituem, para o trabalhador, em pressupostos a partir dos quais se podem construir novos conhecimentos no processo de investigação e compreensão do real. (RAMOS, 2005, p. 107)

Para D’ Ambrosio (2002) a Matemática Financeira é subárea da matemática

aplicada, especialmente ligada às aplicações. Por isso é importante que o aluno

Page 11: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

18

perceba que as definições, demonstrações, encadeamentos conceituais e lógicos

tenham a função principal de construir novos conceitos e estruturas a partir de

outros.

Para Assaf Neto (1998) na era do capitalismo financeiro em que a moeda é

o produto mais importante. Onde os bens e os serviços existem para serem

financiados, onde as transações comerciais ocorrem geralmente através desta

modalidade, entre empresas e empresas, empresas e pessoas, não seria justo,

portanto, que apenas uma das partes envolvidas nestas relações tenha consciência

dos princípios básicos do sistema financeiro, que a compreensão do plano

macroeconômico, da força do capital financeiro e das suas conseqüências sobre as

relações de poder e sobre formas conscientes de consumir não fossem temáticas

discutidas nas escolas. Neste panorama a Matemática Financeira é fundamental, é

princípio básico, é o ponto de partida.

No momento atual em que o trabalhador precisa e encontra “facilidades” de

endividamento, vale discutir os efeitos do capitalismo financeiro sobre a classe

trabalhadora. O sistema educacional institucionalizado tem o dever de promover

estas discussões que são fundamentais na formação dos nossos alunos.

Trata-se de transferência de renda, do sul ao norte, transferência de riqueza, do cidadão comum ao especulador. Pois o sistema atual, alavancado pelo predomínio do consumo sobre a produção, é uma forma de transferência de renda e riqueza, produzindo incessantemente novas desigualdades. (SHILLING, 2007, p. 34)

Ainda de acordo com D’ Ambrosio (2002) nesta óptica a Matemática

Financeira é central para compreender o debate sobre o capitalismo financeiro. Ela é

fundamental para se tomar posição crítica diante da “mídia do consumo facilitado”,

tão presente no cotidiano dos nossos alunos desarmados. Muitos são os apelos com

tom de extrema necessidade em consumir, sem nenhum esclarecimento sobre o

custo do dinheiro, deixando-se propositadamente informações do contrato de

compra como detalhes de rotina, e, portanto, “sem muita importância”.

Para Miguel e Miorim (2004) é finalidade da educação matemática fazer o

estudante construir, “(...) por intermédio do conhecimento matemático, valores e

atitudes de natureza diversa, visando à formação integral do ser humano e,

particularmente, do cidadão, isto é, do homem público.”

Page 12: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

19

Assim, podemos destacar o que preconiza o artigo 2º da LDB 9394/96 que

determina que devam compor ambientes para que o Ensino aprendizagem ocorra

de forma a preparar e educar os cidadãos tornando-os críticos, atuantes, que façam

reflexões e que sejam livres.

Portanto, a instrumentalização do aluno com os saberes matemáticos, neste

caso, a Matemática Financeira é fundamental quando se busca este tipo de

formação.

Precisamos da História, pois é por meio dela que podemos perceber as transformações dos modos de viver, de produzir, de trabalhar, de consumir, de nos relacionarmos com a natureza e com os demais países. Precisamos da Geografia para pensar as características contemporâneas da globalização, dos fluxos financeiros, dos centros – ou “nós” – das relações globais. A Matemática é central para compreender o custo do dinheiro, o significado dos juros, os cálculos relacionados à dívida interna e externa. Tema da Sociologia, da Economia, da Psicologia (análise do comportamento do consumidor), da Língua Portuguesa. É, assim, uma temática que pode ser desenvolvida em diversas áreas, compreendendo seu caráter multidisciplinar. (SCHILLING, 2007, p. 36):

Garbi (2007) a Matemática Financeira, neste sentido pode auxiliar nesta

correspondência, já que a sua problematização é óbvia. Quando isto não ocorre,

quando não tem como ocorrer, os professores tem que conscientizar e motivar o

jovem, argumentando sobre a questão temporal, justificando que tal conteúdo é

importante para se prepararem para o futuro, o que não é uma tarefa fácil.

Dante (2005) muitos conteúdos da disciplina de Matemática exigem um

esforço por parte do professor para justificá-los diante dos alunos, já que não tem

uma relação direta com o cotidiano “atual” dos educandos ou com a cultura dos

mesmos. Garbi (2007, p. 1) ressalta que a cerca de 300 a.C. Euclides já havia sido

questionado por um de seus alunos sobre o que se ganharia ao aprender a

Geometria.

Por isso, nestes casos é importante que o professor ressalte a questão do

tempo, ou seja, faça com que o aluno compreenda que os saberes escolares devem,

em dado momento da sua vida, interferir no seu cotidiano, que a relação com o dia-

a-dia não deve ser o único motivo para se elencar os conteúdos de Matemática,

considerando que uma função importante na formação do aluno do Ensino Médio é

a sua preparação para o mundo do trabalho e para o Ensino Superior, ou seja, para

Page 13: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

20

um momento futuro, o que remete o aluno para além do seu cotidiano “atual”,

conforme consta no artigo

Dante (2005, p. 13) relaciona o gosto dos alunos pela Matemática à forma

como ela é ensinada, ele ressalta a ligação da Matemática com as questões do dia-

a-dia como fator que favorece uma atitude positiva do aluno para com esta área do

conhecimento.

(...) em geral os alunos, logo nos primeiros contatos com essa ciência, começam a detestá-la ou tornam-se indiferentes a ela. Isso pode ser atribuído ao exagero no treino de algoritmos e regras desvinculados de situações reais, além do pouco envolvimento do aluno com aplicações da Matemática que exijam o raciocínio e o modo de pensar matemático para resolvê-las. A oportunidade de usar os conceitos matemáticos no seu dia-a-dia favorece o desenvolvimento de uma atitude positiva do aluno em relação à Matemática. (DANTE, 2005, p. 13)

Se, para que os alunos desenvolvam o gosto pela Matemática é necessário

que o conhecimento adquirido tenha uma significação, Eves, (2004, p. 223)

destacam a contribuição que o professor deve dar para que isto ocorra:

Cabe aos professores propiciarem situações motivadoras, desafiadoras e interessantes de ensino, nas quais os alunos possam interagir com o objeto de estudo e, acima de tudo, possam construir significativamente o conhecimento, chegando às abstrações mais complexas. Provavelmente, experiências pedagógicas desse tipo permitirão o desenvolvimento de

atitudes positivas com relação à matemática. (EVES, 2004, p. 223)

Os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (2002) preceituam

que se interpretem informações e seus significados (tabelas, gráficos e expressões).

Eles devem ser relacionados a contextos sócio-econômicos ou ao cotidiano que se

adaptam certamente a Matemática Financeira. Devem formular questões a partir de

situações da própria realidade e compreender aquelas já enunciadas.

O PCN Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. (BRASIL,

2002) afirma que é preciso inovar nos métodos de ensino.

Um desenvolvimento mais eficaz, científico e pedagógico exige mudanças na própria escola, de forma a promover novas atitudes no aluno e na comunidade. É preciso mudar convicções equivocadas, culturalmente difundidas em toda a sociedade, de que os alunos são os pacientes, de que os agentes são os professores e de que a escola estabelece simplesmente o cenário do processo de ensino (BRASIL, 2002, p. 263).

Page 14: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

21

De acordo com a lei de diretrizes e bases da educação nacional (Lei nº

9.394/96), o ensino médio tem como finalidades centrais, não apenas a

consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos durante o nível

fundamental, no intuito de garantir a continuidade de estudos, mas, também, a

preparação para o trabalho e para o exercício de cidadania, a formação ética, o

desenvolvimento da autonomia intelectual e a compreensão dos processos

produtivos.

De acordo com os PCN (BRASIL, 2002), o ensino deve permitir ao aluno

“compreender a realidade em que está inserido, desenvolver capacidades cognitivas

e sua confiança para enfrentar desafios, de modo a ampliar os recursos necessários

para o exercício da cidadania, ao longo de seu processo de aprendizagem”.

A oportunidade de usar os conceitos matemáticos no seu dia-a-dia favorece o desenvolvimento de uma atitude positiva do aluno em relação à Matemática. Não basta saber fazer mecanicamente as operações de adição, subtração, multiplicação e divisão. É preciso saber como e quando usá-las convenientemente na resolução de situações-problema. (DANTE, 2003, p.13)

Para Dante (2005) o ensino da matemática nos dias atuais deve-se

preocupar em criar estratégias que possibilitem aos alunos construir significados e

conceitos matemáticos, não somente calcular e resolver listas de exercícios são o

que nos apresentam.

Krulik (2005, p.2) diz que aprender matemática é mais do que manejar

fórmulas, saber fazer contas ou marcar x nas respostas: é interpretar, criar

significados, construir seus próprios instrumentos para resolver problemas, estar

preparado para perceber estes mesmos problemas, desenvolver o raciocínio lógico,

a capacidade de conceber, projetar e transcender o imediatamente sensível

A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, onde

apenas o conhecimento da matemática e a experiência do magistério não são

considerados suficientes para a atuação profissional MARINHO (2002), “um

professor interessado em desenvolver-se intelectual e profissionalmente e em refletir

sobre sua prática para tornar-se um educador matemático e um pesquisador em

contínua formação”.

Assim, considerar a resolução de problemas como uma habilidade básica

pode nos ajudar a organizar o ensino de conceitos. Finalmente, considerar a

Page 15: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

22

resolução de problemas como uma tendência metodológica pode influenciar tudo o

que fazemos no ensino de matemática, mostrando-nos uma alternativa para o

ensino da matemática.

Segundo Polya (2006, p. 4), são quatro as etapas principais para a

resolução de problemas. “Compreender o problema, elaborar um plano, executar o

plano, fazer o retrospecto ou verificação”.

Para Dante (2005, p. 22) “É claro que essas etapas não são rígidas, resolver

um problema é algo mais complexo e rico, que não se limita em seguir instruções

passo a passo que levarão à solução como a resolução de um exercício. Entretanto,

de modo geral elas ajudaram a solucionar e orientar durante o processo da

resolução do problema”.

Segundo Dante (2005, p. 31), “o professor deve fazer algumas perguntas à

classe, os alunos devem ser encorajados a fazer perguntas ao professor e entre eles

mesmos, assim vão esclarecendo os pontos fundamentais e destacam as

informações importantes do problema.”

Se a educação não contribui para o desenvolvimento da inteligência, ela está obviamente incompleta. Entretanto, a inteligência é essencialmente a habilidade para resolver problemas: problemas do cotidiano, problemas pessoais, problemas sociais, problemas científicos, quebra-cabeças, toda sorte de problemas. O aluno desenvolve sua inteligência usando-a; ele aprende resolver problemas resolvendo-os. (KRULIK, 2005, p.2).

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para o Ensino Médio

(1999),

A Matemática no ensino Médio tem um valor formativo, que ajuda a estruturar o pensamento e o raciocínio dedutivo, porém também desempenha um papel instrumental, pois é uma ferramenta que serve para a vida cotidiana e para muitas tarefas específicas em quase todas as

tarefas humanas. (BRASIL, 1999, p.251).

Estudar o conteúdo de Matemática Financeira, a partir do estudo de

Funções vai ao encontro das recomendações das Orientações Curriculares para o

Ensino Médio (2006), o que nos dá a oportunidade de aplicar, no Ensino Médio,

metodologias que privilegiam a resolução de problemas e, de certa forma, em

especial, a Modelagem Matemática.

Segundo as Orientações Curriculares para o Ensino Médio (2006), “A

escolha dos conteúdos deve ser cuidadosa e criteriosa, propiciando ao aluno um

Page 16: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

23

`fazer matemático´ por meio de um processo investigativo que o auxilie na

apropriação de conhecimento”. (p. 70).

Quanto às Funções, entre outras coisas, as Orientações Curriculares para o

Ensino Médio (2006) enfatizam que: “É recomendável que o aluno seja apresentado

a diferentes Modelos, tomado em diferentes áreas do conhecimento” (p. 72). Ainda

mais, que: “Sempre que possível, os gráficos devem ser traçados a partir de um

entendimento global da relação de crescimento/decrescimento entre as variáveis,

[...] o que permite avançar na compreensão do comportamento das funções”. (p.72).

Segundo o PCN (BRASIL, 1999), a evolução da matemática fez surgir

aplicações específicas, com linguagens e símbolos próprios, como foi o caso da

Matemática Comercial e Financeira, com sua constante evolução, e também da

estatística, ramo da matemática aplicada surgida nas questões de estado. Com o

avanço tecnológico e a facilidade oferecida pela informática, o uso de modelos

matemáticos deixou de acontecer esporadicamente para se tornar parte integrante e

inseparável da vida do cidadão comum em todos os instantes, em apoio às diversas

ações e ralações na comunidade.

1.2 Educação Financeira em sala de aula

De acordo com Ponte (2002) o estudo sobre a educação financeira tem uma

dimensão sócia político-pedagógico, pois além de contribuir para a formação do

cidadão atuante, tem o objetivo de introduzir nas salas de aula um trabalho

“conscientizador” aliado à matemática financeira. Carvalho (1999) aponta que o uso

dos conteúdos da matemática financeira pode ir além das paredes da escola, pois

não envolve apenas o emprego quantitativo e sistemáticos de exercícios, pois

[...] a contribuição da matemática nas tarefas que lidam com o dinheiro não reside apenas em apoiar as ações do cálculo correto, no que se refere a especificações de determinadas somas ou casos como troco ou pagamento de um total no caixa. Diversos conceitos e procedimentos da matemática são acionados para entendermos nossos holerites (contracheques), calcular ou avaliar aumentos e descontos nos salários, aluguéis, mercadorias, transações financeiras, entre outros. CARVALHO (1999, p.61)

Page 17: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

24

De acordo com Ponte (2002) o interesse pelo uso da matemática de modo

que seja utilizada pelos professores como ferramenta no processo de construção da

cidadania dos seus alunos é algo que exige investigação,

A investigação é um processo privilegiado de construção de conhecimento. A investigação sobre a sua prática é, por conseqüência, um processo fundamental de construção do conhecimento sobre essa mesma prática e portanto, uma atividade de grande valor para o desenvolvimento profissional dos professores que nela se envolvem ativamente. E, para além dos professores envolvidos, também as instituições educativas a que eles pertencem podem beneficiar fortemente pelo fato dos seus membros se envolverem neste tipo de atividade, reformulando as suas formas de trabalho, a sua cultura institucional, o seu relacionamento com o exterior e até os seus próprios objetivos. PONTE (2002, p.123)

Segundo Maia (2000) O professor comprometido com os interesses das

classes populares e disposto a desenvolver uma prática pedagógica transformadora

deve em sua aula de matemática incorporar elementos que suscitem no pensamento

de seus alunos: rapidez, criatividade e flexibilidade. Outro aspecto que deve ser

levado em consideração são as constantes discussões que devem ser promovidas

em relação ao consumo

[...] cabe considerar que o mesmo cidadão que produz no âmbito da economia do conhecimento é, igualmente, consumidor. Por isso, a educação tecnológica básica se transforma em requisito de sobrevivência [...]. Precisa, por conseguinte, ser um consumidor crítico, capaz de estabelecer juízos, tomar decisões, exigir direitos, conhecer seus deveres e se posicionar, permanentemente em face dos desafios de ser cidadão” segundo MAIA (2011,p.93)

A educação financeira na sala de aula busca unir a contextualização e a

interdisciplinaridade. De acordo com Maia (2000), está relacionado à integração do

conhecimento, das competências ou conceitos das diversas áreas do conhecimento

e prossegue:

Segundo Maia (2000, p.34) A perspectiva interdisciplinar implica reconhecer

que todo o conhecimento mantém um diálogo permanente com outros

conhecimentos, que pode ser de complementação, de negação, de ampliação e de

iluminação de aspectos não distinguido

Em relação à contextualização, Maia (2000) a conceitua como uma estratégia

para encontrar os pontos de ligação que permitem ao aluno dar significado ao que

está aprendendo, o que depende da sensibilidade do profissional da educação.

Assim, segundo Maia (2000), contextualizar, é dar-se conta dos contextos que

Page 18: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

25

informam a vida cotidiana, tendo como meta a inserção crítica do jovem na

sociedade. Dante (2003) A forma de avaliar o aluno deve basear-se na visão de que

a aprendizagem e desenvolvimento cognitivo, sócio afetivo e psicomotor.

A prática da avaliação deve ultrapassar a simples verificação de determinado

conteúdo, estimulando também a possibilidade de criação e aprimoramento da ação

da mente, e também do saber fazer. De acordo com Dante (2003) esta visão, a

prática pedagógica deve ser re-orientada no intuito de transmitir os conhecimentos

necessários à construção de competências e habilidades, para que os alunos

possam ser avaliados pelas suas performances frente às situações-problema.

Os PCNs (BRASIL, 1999) e os livros didáticos que trabalham com a

matemática financeira, permitem que se pense numa prática pedagógica que vai

muito além da aula expositiva ou a resolução de uma lista de exercícios que se

orientam pela aplicação e resolução de fórmulas matemáticas, ou seja, propiciando

entre alunos e professores a discussão sobre as situações que são apresentadas. O

MEC publicou um documento recente, o PCN (BRASIL, 2002), na qual estão

representadas algumas competências e habilidades ligadas à educação financeira:

[...] reconhecer e utilizar símbolos, códigos e nomenclaturas da linguagem matemática; por exemplo, ao ler embalagens de produtos, manuais técnicos, textos de jornais ou outras comunicações, compreender o significado de dados apresentados por meio de porcentagens, escritas numéricas, potências de dez, variáveis em fórmulas. Ler e interpretar diferentes tipos de textos com informações apresentadas em linguagem matemática, desde livros didáticos até artigos de conteúdo econômico, social ou cultural, manuais técnicos, contratos comerciais, folhetos com propostas de vendas ou com plantas de imóveis, indicações em bulas de medicamentos, artigos de jornais e revistas.Compreender a responsabilidade social associada à aquisição e uso do conhecimento matemático, sentindo-se mobilizado para diferentes ações, seja em defesa de seus direitos como consumidor [...]. Conhecer recursos, instrumentos e procedimentos econômicos e sociais para posicionar-se, argumentar e julgar sobre questões de interesse da comunidade, como problemas de abastecimento, educação, saúde e lazer, percebendo que podem ser muitas vezes quantificados e descritos através do instrumental da Matemática e dos procedimentos da ciência. (pp. 111- 116)

Ponte (1997) afirma que para abordar a matemática financeira, o professor

precisa embasar a sua proposta pedagógica no pressuposto de que todos os

saberes relacionados a este tema são formados em discussões coletivas. De acordo

com Ponte (1997, p.117) “[...] o saber é construído no decurso da própria atividade

Page 19: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

26

matemática, cabendo aos alunos um papel de participação ativa e ao professor um

papel de organizador e dinamizador de aprendizagem”.

Esta perspectiva na idéia do diálogo, do conhecimento entre alunos e

professores. Esta proposta de trabalho esta contida em Freire (1996, p. 86) ao

afirmar que “o fundamental é que o professor e alunos saibam que a postura deles,

do professor e dos alunos, é dialógica, aberta, curiosa, indagadora e não

apassivada, enquanto fala ou enquanto ouve. O que importa é que o professor e

alunos se assumam epistemologicamente curiosos”. A respeito disso Freire (1996,

p.102) ainda afirma que “Não posso ser professor se não percebo cada vez melhor

que, por não poder ser neutra, minha prática exige de mim uma definição. Uma

tomada de posição. Decisão. Ruptura.”

Em relação a isso, Ponte (1997) afirma que é necessário ao professor saber

diferentes formas de dar aula de matemática, romper regras como, por exemplo, a

de organizar os alunos em fileiras, dar aulas demasiadamente expositivas e após

resolver um exemplo do conteúdo, propor a resolução dos exercícios pelos alunos.

a dinâmica que permeia a sala de aula é formada pelas atitudes, concepções e

relações que os alunos têm com a matemática, além das experiências matemáticas

que trazem consigo.

De acordo com Ponte (1997) Trabalhar com a matemática financeira em sala

de aula pode introduzir uma forma diferente de organizar o ambiente de

aprendizagem, pois os alunos poderiam trabalhar em grupos, pois a organização

dos alunos desta forma pode facilitar a exposição de suas idéias, ouvir os colegas,

argumentar e criticar outros argumentos. Segundo o PCN (BRASIL, 1998), Outro

aspecto importante analisado pelo mesmo autor é a utilização de mais tempo para

as atividades feitas em grupo. O ambiente de aprendizagem que é colocado de

acordo com uma proposta de trabalho que tem como princípio a participação dos

alunos na matemática financeira

A matemática tem um caráter instrumental, e deve entendida pelos alunos

como um conjunto de estratégias e técnicas que podem ser aplicadas em outras

áreas do conhecimento, como nas atividades profissionais. O professor passa a ter

um grande desafio, que é capacitar os alunos a adaptarem a matemática em

diferentes contextos, nos quais eles devem saber quais são os momentos

oportunos.

Page 20: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

27

[...] É preciso que o aluno perceba a Matemática como um sistema de códigos e regras que a tornam uma linguagem de comunicação de idéias e permite modelar a realidade e interpretá-la. Assim, os números e a álgebra como sistemas de códigos, a geometria na leitura e interpretação do espaço, a estatística e a probabilidade na compreensão de fenômenos em universos finitos são subáreas da Matemática ligadas às aplicações. (BRASIL, 1999: 251-252)

De acordo com Bassanezi (1994) o modelo matemático esta constituído na

arte de transformar os problemas do cotidiano em problemas atemáticos e resolvê-

los, interpretando as suas soluções na linguagem do mundo real.

Seguindo esta idéia cabe introduzir a importância da educação financeira para

a formação do cidadão, que também é responsabilidade da escola.

Segundo o PCN (BRASIL, 1998), um dos objetivos do ensino de matemática

para o Ensino Fundamental é de levar o aluno a “construir o significado do número

racional e de suas representações fracionária e decimal, a partir de seus diferentes

usos no contexto social” (BRASIL, 1998) O mesmo documento ainda aponta a

necessidade de se contextualizar o ensino da disciplina a partir de situações

cotidianas. “Temas relacionados à educação do consumidor, por exemplo, são

contextos privilegiados para o desenvolvimento de conteúdos relativos à medida,

porcentagem, sistema monetário” (BRASIL, 1998).

Assim, podemos concluir que o trabalho com a educação financeira no ensino

fundamental, abrange como principal função a instrumentalização dos educandos para que

consigam compreender a realidade social na qual estão inseridos, e vejam que tal realidade é

passível de ser transformada.

1.3 Educação Financeira uma Perspectiva Interdisciplinar

De acordo com Borba, (2002, p. 150) para se ter uma boa Educação

Financeira, ou seja, saber administrar suas finanças, seu dinheiro, suas compras,

enfim fazer um planejamento financeiro se faz necessária a inserção do conteúdo da

Matemática Financeira.

Na opinião de Leme (1997), atualmente, quando se trabalha o conteúdo da

Matemática Financeira, no Ensino Médio, é de maneira distante da realidade dos

alunos, Leme, (1997, p. 9). [...] a Matemática Financeira nem sempre é oferecida

nos cursos de Matemática Ensino Médio, e quando chega a ser, o é de uma

Page 21: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

28

maneira alienada do real, repleta de utilização de fórmulas que os alunos usam sem

saber o porquê

De acordo com Marasini, (2001).a inserção deste conteúdo durante a

Educação Básica até o Ensino Médio, faz-se necessário, não somente para cumprir

um plano de ensino, mas principalmente para ajudar a preparar o aluno, enquanto

cidadão, na busca de conceitos matemáticos, para que o mesmo possa ter uma

Educação Financeira desde sua infância.

A falta de conhecimento sobre Matemática Financeira pode implicar em alguns problemas futuros, pois “é grande a importância que essa parte da matemática tem na vida das pessoas, as quais estão permanentemente cercadas pelos problemas de sobrevivência financeira, necessitando de clareza e autonomia para tomar decisões frente às situações diárias, para que possam compreender as transações comerciais e bancárias e não sejam exploradas” (MARASINI, 2001, p 45).

No final do séc. XX surge à necessidade de mudanças nos métodos de

ensino, buscando viabilizar práticas interdisciplinares. Devido aos novos processos

de especialização do saber, a interdisciplinaridade mostrou-se como uma das

respostas para se compartilhar as relações nas mais diferentes áreas do

conhecimento.

A transversalidade e interdisciplinaridade se fundamentam na crítica de uma concepção de conhecimento que toma a realidade como um conjunto de dados estáveis, sujeitos a um ato de conhecer isento e distanciado. Ambas apontam à complexidade do real e a necessidade de se considerar a teia de relações entre os seus diferentes e contraditórios aspectos. Mas diferem uma da outra, uma vez que a interdisciplinaridade refere-se a uma abordagem epistemológica dos objetos de conhecimento, enquanto a transversalidade diz respeito principalmente à dimensão da didática. (BRASIL, 1998, p. 30).

Fazenda (2002, p. 51) escreve que a Interdisciplinaridade é a integração de

dois ou mais componentes curriculares na construção do conhecimento. A

interdisciplinaridade surge como uma das respostas à necessidade e processo

necessário devido à fragmentação dos conhecimentos ocorrido com a revolução

industrial e a necessidade de mão de obra especializada. A interdisciplinaridade

buscou conciliar o conceito pertencente às diversas áreas do conhecimento a fim de

promover avanços como a produção de novos conhecimentos ou mesmo, novas

subáreas.

Page 22: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

29

Luck (2002, p. 32) diz que numa perspectiva educativa mais humanista,

devemos considerar as implicações econômicas, políticas e cultural e buscar a

reconstrução do homem como ser integral, não mais fragmentado. Na escola, a

interdisciplinaridade conceito que resume a prática de interação entre os

componentes do currículo é uma estratégia pedagógica que assegura aos alunos a

compreensão dos fenômenos naturais e sociais.

Todo conhecimento é construído em estreita relação com o contexto social e

presente no processo de formação dos alunos. Vale salientar que se o professor

analisar minuciosamente seu cotidiano escolar, certamente identificará inúmeras

dificuldades que resultam da fragmentação do ensino e estabelecerá a necessidade

do enfoque interdisciplinar e globalizador.

De acordo com Skovsmose, (2001) a Educação Financeira introduz no

currículo um conjunto de temas que possibilitam ao adolescente o acesso a uma

área que culturalmente faz parte do “mundo adulto”. Visa também à formação de

uma consciência ética e social no ganho e uso do dinheiro. O planejamento dos

gastos familiares e individuais reverte em qualidade de vida. Assim, tenta-se

combater a idéia imediatista na gestão dos recursos financeiros.

De acordo com Coll; Pozo; Sarabia, e Valls (1998) e, relação a

Interdisciplinaridade serão abordados conteúdos, matemática financeira (juros e

porcentagem), legislação econômica, aplicações financeiras. Outros focos bem

claros são poupança, produtos bancários (seguros, cartões, cheque especial etc.),

orçamento familiar, aposentadoria, planos de previdência, responsabilidade

econômica e social, ética na economia, expectativa e qualidade de vida, emprego,

qualificação profissional, funcionamento de instituições financeiras, inflação e outros

assuntos que possam aparecer do interesse dos alunos.

Fazenda (2002, p. 38), diz que trabalhar a interdisciplinaridade é trabalhar nas

mais diferentes áreas do conhecimento para distinguir os pontos que os unem e que

os diferenciam cada disciplina e desse modo se detectar onde se poderá

estabelecer as conexões possíveis e reunir novas produções do conhecimentos,

pesquisas, possibilidades de trocas de experiências e interação entre as diferentes

áreas do saber. Essa compreensão crítica colabora para o conhecimento através de

um saber parcelado que será refletido dentro do conhecimento social.

Franco (1989, p. 37) salienta que “a maioria das pessoas tem dificuldades

financeiras porque não conhece a diferença entre um ativo e um passivo as

Page 23: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

30

demonstrações financeiras passam a ser o boletim das pessoas depois que elas

saem da escola.”

A discussão da função social da escola, do significado das experiências

escolares para os que dela participam, foi e continua a ser um dos assuntos mais

polêmicos entre os educadores. As recentes mudanças na conjuntura mundial, com

a globalização da economia e a informatização dos meios de comunicação, têm

trazido uma série de reflexões sobre o papel da universidade dentro do novo modelo

de sociedade.

Page 24: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

31

CAPÍTULO II

METODOLOGIA

Metodologia é o delineamento total da pesquisa científica, é o como fazer, é a

escolha do método, a opção pelo procedimento e o tipo de pesquisa adequado.

3.1 MÉTODO DE ABORDAGEM

O método de abordagem utilizado nesta pesquisa foi o indutivo esse método

indutivo, processo mental pelo qual partindo de dados particulares interfere-se uma

verdade geral ou universal não contido nas partes examinadas.

3.2 MÉTODO DE PROCEDIMENTO

O método de procedimento adotado para a realização deste estudo é o

monográfico, também conhecido como estudo de caso ou exploratório. Para tal

utiliza-se processos distintos, através do estudo de caso.

A técnica de coleta de dados mais apropriada para esse fim é a observação

direta extensiva, através de questionários de múltipla escolha com perguntas

abertas e fechadas que em seguida serão analisadas e tabuladas.

Os questionários foram tabulados através da regra de três simples e

composta. Os dados levantados foram analisados por meio de tabulação e

demonstração por meio de gráficos, de forma que possibilite uma visualização

rápida dos fatos constatados a partir da pesquisa.

O universo pesquisado foram 30 (Trinta) alunos do 1º ano do Ensino Médio

matutino, da Escola Estadual 19 de Maio em Alta Floresta– MT.

O tipo de amostragem empregado foi a probabilística aleatória por grupos,

cuja seleção aleatória se faz de forma que cada membro da população tenha a

mesma probabilidade e ser escolhida, permitindo a utilização de tratamento

estatísticos.

Page 25: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

32

CAPITULO III ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS

Foi elaborado 9 (Nove) questões e aplicadas a 30 (Trinta) alunos em 2 (duas)

escolas Estaduais que possuem ensino Médio em Alta Floresta. Buscou-se com

esse instrumento averiguar a inserção de noções de finanças no currículo do ensino

médio, as dificuldades em relação aos conteúdos relacionados a finanças e a

curiosidade e o Interesse dos alunos no oferecimento de uma disciplina de

matemática financeira

Gráfico 01: Qual o seu Sexo? Fonte: Própria

No gráfico 1, percebe-se que 55% são do sexo feminino e 45% do seco

masculino.

Page 26: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

33

Gráfico 02: Qual a sua idade? Fonte: Própria

Em relação a idade apresentada no gráfico 2 , 40% possuem idade entre 14

á 16 anos, 20% de 16 á 18 anos, 15% mais de 18 anos e 15% de 12 á 14 anos.

Page 27: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

34

Gráfico 03: Como você vê as aulas de matemática em relação a educação financeira? Fonte: Própria

O gráfico 3 buscou o gráfico não busca nada, ele apenas apresenta dados

saber como os alunos vêem as aulas de matemática em relação a educação

financeira e a maioria respondeu que poderia ser melhor. Percebe-se nesta questão

que os alunos desejam que as aulas de matemática sejam mais voltadas a

educação financeira.

De acordo com Coll; Pozo; Sarabia, e Valls (1998) conteúdos, matemática

financeira (juros e porcentagem), legislação econômica, aplicações financeiras.

Outros focos bem claros são poupança, produtos bancários (seguros, cartões,

cheque especial etc.), orçamento familiar, aposentadoria, planos de previdência,

responsabilidade econômica e social, ética na economia, expectativa e qualidade de

vida, emprego, qualificação profissional, funcionamento de instituições financeiras,

inflação e outros assuntos que possam aparecer do interesse dos alunos.

Page 28: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

35

Gráfico 04: Você acha que os conteúdos de matemática financeira dão suporte para seu futuro financeiro: Fonte: Própria

O gráfico 4 buscou saber sobre os conteúdos de matemática financeira dão

suporte para seu futuro financeiro: A maioria das respostas foram que poderiam ser

melhor e alguns responderam que os conteúdos são aceitáveis.

De acordo com Skovsmose, (2001) a Educação Financeira introduz no

currículo um conjunto de temas que possibilitam ao adolescente o acesso a uma

área que culturalmente faz parte do “mundo adulto”. Visa também à formação de

uma consciência ética e social no ganho e uso do dinheiro. O planejamento dos

gastos familiares e individuais reverte em qualidade de vida. Assim, tenta-se

combater a idéia imediatista na gestão dos recursos financeiros.

Page 29: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

36

Gráfico 05: Você acredita que é importante a inclusão de noções de finanças no currículo do ensino médio? Fonte: Própria

O gráfico 5 buscou saber sobre a importância da inclusão de noções de

finanças no currículo do ensino médio e todos responderam ser importante

Luck (2002, p. 32) diz que numa perspectiva educativa mais humanista,

devemos considerar as implicações econômicas, políticas e cultural e buscar a

reconstrução do homem como ser integral, não mais fragmentado. Na escola, a

interdisciplinaridade conceito que resume a prática de interação entre os

componentes do currículo é uma estratégia pedagógica que assegura aos alunos a

compreensão dos fenômenos naturais e sociais.

Page 30: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

37

Gráfico 06: Você acredita que a inclusão de noções de finanças no currículo do ensino médio ira auxiliar seu futuro? Fonte: Própria

O gráfico 5 discutiu sobre a inclusão de noções de finanças no currículo do

ensino médio ira auxiliar seu futuro e a maioria concordou totalmente

De acordo com Marasini (2001) a inserção deste conteúdo durante a

Educação Básica até o Ensino Médio, faz-se necessário, não somente para cumprir

um plano de ensino, mas principalmente para ajudar a preparar o aluno, enquanto

cidadão, na busca de conceitos matemáticos, para que o mesmo possa ter uma

Educação Financeira desde sua infância.

Page 31: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

38

Gráfico 07: Você teria interesse se a escola oferecesse uma disciplina de finanças. Fonte: Própria

O gráfico 7 discuti o interesse dos alunos s em relação a uma disciplina de

finanças.

De acordo com Borba, (2002, p. 150) para se ter uma boa Educação

Financeira, ou seja, saber administrar suas finanças, seu dinheiro, suas compras,

enfim fazer um planejamento financeiro se faz necessária a inserção do conteúdo da

Matemática Financeira.

Segundo Maia (2000), contextualizar é dar-se conta dos contextos que

informam a vida cotidiana, tendo como meta a inserção crítica do jovem na

sociedade.

Page 32: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

39

Gráfico 08: Qual dos conteúdos relacionados abaixo você encontra mais dificuldade em aprender? Fonte: Própria

O gráfico 8 busca saber as dificuldades em relação aos os conteúdos que os

alunos encontram dificuldade em aprender as respostas mostraram que :37% juros,

21%descontos, 21% porcentagens,16% acréscimo e l5% ucro.

Ponte (1997) afirma que para abordar a matemática financeira, o professor

precisa embasar a sua proposta pedagógica no pressuposto de que todos os

saberes relacionados a este tema são formados em discussões coletivas. De acordo

com Ponte (1997, p.117) “[...] o saber é construído no decurso da própria atividade

matemática, cabendo aos alunos um papel de participação ativa e ao professor um

papel de organizador e dinamizador de aprendizagem”.

Os PCNs (BRASIL, 1999) e os livros didáticos que trabalham com a

matemática financeira, permitem que se pense numa prática pedagógica que vai

muito além da aula expositiva ou a resolução de uma lista de exercícios que se

orientam pela aplicação e resolução de fórmulas matemáticas, ou seja, propiciando

entre alunos e professores a discussão sobre as situações que são apresentadas.

Page 33: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

40

Gráfico 09: Qual dos conteúdos relacionados a finanças você teria curiosidade de aprender ensino médio? Fonte: Própria

O gráfico 9 mostra quais os conteúdos de finanças os alunos teriam

curiosidade de aprender ensino médio e as respostas mostraram que a maior

necessidade dos alunos são 40% juro nas compras em relação ao parcelamento de

um produto, 40% vantagens e desvantagens na compra a vista, 10% como calcular

as taxas de juros e 10% imposto de automóveis.

Analisando essas respostas percebe-se que a escola esta deixando a desejar

em relação a instruir os alunos do ensino médio na hora da compra dos produtos em

relação ao parcelamento de um produto e suas desvantagens

Franco (1989, p. 37) salienta que “a maioria das pessoas tem dificuldades

financeiras porque não conhece a diferença entre um ativo e um passivo as

demonstrações financeiras passam a ser o boletim das pessoas depois que elas

saem da escola.”

Page 34: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

41

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após realização da pesquisa percebeu-se que as escolas não estão

preparando seus alunos críticos, reflexivos através da teoria e a prática colocando-

os em contato com os recursos tecnológicos disponíveis no seu contexto,

fornecendo-lhes subsídios para utilizá-los em sua prática futura de forma favorável

aos objetivos de um ensino comprometido com a aprendizagem e desse modo

possibilitar um ensino mais significativo, a fim de que fosse possível fazer com que o

aluno compreenda melhor o que lhe era ensinado e propiciasse aos mesmos a

aplicabilidade do conhecimento adquirido no seu dia a dia, a educação financeira se

torna essencial para se ter uma boa oportunidade de emprego na atual sociedade

capitalista e globalizada

Acredita-se que a matemática financeira nas escolas ira auxiliar os alunos na

aquisição do conhecimento na área financeira, fazem com que os alunos conheçam

as necessidades destes e a realidade existente no ambiente escolar e que a

Educação Financeira deveria já há muito tempo fazer parte da grade curricular do

brasileiro, pois essa matéria deveria ser ensinada desde a infância até a fase adulta

para que os alunos aprendam a valorizar os centavos e fazer uma poupança, mas

também a economizar os recursos naturais como água e energia elétrica.

A Educação Financeira na escola irá possibilitar ao adolescente à formação

de uma consciência no ganho e uso do dinheiro e no planejamento dos gastos e

também colaborara para o conhecimento refletido dentro do conhecimento social.

Concluiu-se que as escolas estão deixando a desejar em relação a inserção

de noções de finanças no currículo do ensino médio, e que os alunos encontram

dificuldades em relação aos conteúdos relacionados a finanças e que os mesmos

tem Interesse em relação ao oferecimento de uma disciplina de finanças na

escola.

Concluiu-se que as escolas estão deixando a desejar em relação a inserção

de noções de finanças no currículo do ensino médio, e que os alunos encontram

dificuldades em relação aos conteúdos relacionados a finanças e que os mesmos

tem Interesse em relação ao oferecimento de uma disciplina de finanças na

escola.

Page 35: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

42

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSAF NETO, Alexandre. Matemática Financeira e suas aplicações. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1998. BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma nova estratégia. São Paulo: Contexto, 2002. BAKHTIN, M. M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2000. BRASIL. Indicador de Alfabetismo Funcional. http://www.ipm.org.br/ipmb. Acesso em 20 maio 2010 BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. SEMT. Brasília: MEC, 1999. BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. Ciências da natureza , matemática e suas tecnologias. In: Orientações Curriculares para o Ensino Médio –volume 2. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica, 2006. BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. SEMT. Brasília: MEC, 2002.

BORBA, M.C.; PENTEADO, M.G. Informática e Educação Matemática. Belo

Horizonte: Autêntica, 2001 (Tendências em Educação Matemática)

COELHO, M.A.V.M.P. A resolução de problemas: da dimensão técnica a uma dimensão problematizadora. Campinas: FE/UNICAMP, 2005. (Dissertação de Mestrado). COLL, César; POZO, Juan Ignácio; SARABIA, Bernabé; VALLS, Enric. Os

conteúdos na reforma. Porto Alegre: Artmed, 1998

DANTE, Luiz Roberto, Matemática: Contexto e Aplicações. Volumes 1, 2, e 3.São Paulo: Ática, 2003. FARIAS A., SOARES, J. & CÉSAR, C. Introdução à estatística. Rio de Janeiro: LTC, 2003.

FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Interdisciplinaridade: História, Teoria e

Pesquisa. 10. ed. Campinas: Papirus, 2002

FRANCO, Hilário. Contabilidade geral. 22. ed. São Paulo: Atlas, 1989.

Page 36: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

43

FONSECA, M. C. F. R. Educação matemática de jovens e adultos: especificidades, desafios e contribuições. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. FREIRE Paulo & MACEDO, Donaldo. Alfabetização: leitura do mundo, leitura da palavra. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. ____________.Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 30ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. GESSER, Prof. Kiliano; DALPIAZ, Profª Márcia Vilma Aparecida Depiné. Caderno de estudos: estatística. Indaial: ASSELVI, 2007. KIYOSAKI, Robert; LECHTER, Sharon L. Pai rico, pai pobre: o que os ricos ensinam a seus filhos sobre o dinheiro. Tradução de Maria Monteiro. 52 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000.

LÜCK, Heloísa. Pedagogia interdisciplinar. 10. ed. Petrópolis: Vozes, 2002

LEME, H. A. S. Matemática Financeira através de atividades orientadoras de ensino

(AOE) com jornais e dinâmica de grupo. Dissertação (Mestrado em Educação

Matemática). Rio Claro: UNESP, 1997

MAIA, Eny. A reforma do Ensino Médio em questão. São Paulo: Ed. Biruta. 2000

MARASINI, S.M. A Matemática Financeira no Ensino Fundamental. Comunicação

Científica apresentada no VII ENEM, de 19 a 23 de julho de 2001. Rio de Janeiro

PONTE, J. P. Didática da Matemática – A dinâmica da sala de aula. Lisboa: Ministério da Educação, 1997. __________. Investigar a nossa própria prática. In Refletir e Investigar sobre a própria prática profissional. Grupo de Trabalho sobre a Investigação. Associação de Professores de Matemática. Portugal, 2002.

SKOVSMOSE, Ole. Educação matemática crítica: a questão da democracia.

Campinas: Papirus, 2001.

VIEIRA SOBRINHO, José Dutra. Matemática Financeira,Editora Atlas S.A. São Paulo, 2000.

Page 37: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

44

ANEXO

Page 38: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

45

QUESTIONÁRIO 1 ) Qual o seu Sexo? ( ) Masculino ( ) feminino 2) Qual a sua idade? ( ) de 12 a 14 ( ) de 14 a 16 ( ) de 16 a 18 ( ) mais de 18

3) Como você vê as aulas de matemática em relação a educação financeira? ( ) Boa ( ) Ruim ( ) Ótima ( ) Poderia ser melhor 4) Você acha que os conteúdos de matemática financeira dão suporte para seu futuro financeiro: ( ) Aceitável ( ) Poderia ser melhor 5) Você acredita que é importante a inclusão de noções de finanças no currículo do ensino médio? ( ) Sim ( ) Não 6) Você acredita que a inclusão de noções de finanças no currículo do ensino médio ira auxiliar seu futuro? ( ) Totalmente ( ) Muito 7) : Você teria interesse se a escola oferecesse uma disciplina de finanças.? ( ) Sim ( ) Não 8) Qual dos conteúdos relacionados abaixo você encontra mais dificuldade em aprender? ( ) Juros ( ) Desconto ( ) Porcentagem ( ) Acréscimo ( ) lucro

Page 39: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20130522092338.pdf · “Monografia apresentada como exigência ... necessidade de se trabalhar

46

9) Qual dos conteúdos relacionados a finanças você teria curiosidade de aprender ensino médio? ............................................................................................................................. ...................................................................................................................................................