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1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
DISCIPLINA: INTEGRAÇÃO II
PRODUÇÃO DE CLORETO DE VINILA
CURITIBA
OUTUBRO, 2012
2
JÉSSICA KIMIE AKISHINO
JULIANA YUMI TODA
LUIS FERNANDO DOS SANTOS
VINICIUS CLAUDIO DOS SANTOS
PRODUÇÃO DO CLORETO DE VINILA
Trabalho realizado para disciplina de
Integração II pelos alunos do quarto
período do curso de Engenharia
Química sob orientação do Professor
Marcos Rogério Mafra.
CURITIBA
OUTUBRO, 2012
3
SUMÁRIO 1. RESUMO ....................................................................................................................................... 4
2. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 4
3. OBJETIVOS .................................................................................................................................. 4
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................................... 5
4.1. Histórico ..................................................................................................................................... 5
4.2. Matéria-prima ............................................................................................................................ 5
4.2.1. Cloro ............................................................................................................................... 5
4.2.2. Eteno .............................................................................................................................. 6
4.3. Processo produtivo ............................................................................................................... 8
5. RESULTADOS ............................................................................................................................ 11
5.1. BALANÇO DE MASSA .......................................................................................................... 11
5.1.1. BALANÇO DE MASSA SEM RECICLO ...................................................................... 11
5.1.2. BALANÇO DE MASSA COM RECICLO ...................................................................... 12
5.2. CÁLCULO DAS PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS ............................................ 13
ANEXO 1: BALANÇO DE MASSA ................................................................................................. 16
ANEXO 2: PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS ...................................................................... 35
4
1. RESUMO
Esse trabalho retrata o processo de produção de cloreto de vinila, a partir da
rota da reação balanceada, pois é o principal meio utilizado para a obtenção deste
produto. Foi realizado um breve histórico desde a sua descoberta até os dias atuais,
bem como uma descrição e levantamento das propriedades das matérias-primas e
do produto obtido.
A partir de uma planta do processo produtivo de cloreto de vinila foram
estudadas algumas propriedades termodinâmicas responsáveis pelo desempenho
da indústria. Por meio do balanço de massa foi possível determinar a quantidade de
matéria-prima necessária para a produção de 10.000 kg/h do produto principal, e a
carga térmica de cada equipamento pôde ser determinada pelo balanço de energia.
2. INTRODUÇÃO
O cloreto de vinila (CH2=CHCl) é um organoclorado, que apresenta-se como
gás incolor à pressão e temperatura ambiente, além de ser altamente tóxico,
inflamável e cancerígeno e atuar como um importante sintético industrial. Ele é
utilizado apenas como matéria-prima, ou seja, não existindo como produto final,
devido a suas características prejudiciais a saúde humana. Seu principal uso tem
sido como matéria-prima na polimerização do poli (cloreto de vinila), mais conhecido
como PVC, mas também é utilizado na produção de copolímeros. Estes polímeros
estão presentes em diversos produtos industriais e de consumo com uma ampla
gama de aplicações1.
3. OBJETIVOS
Este trabalho tem por objetivo realizar o balanço de massa e energia do
processo produtivo do Cloreto de Vinila, bem como desenvolver nossas habilidades
como futuros engenheiros químicos.
5
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
4.1. Histórico
O monômero cloreto de vinila (MVC) foi descoberto pelo Justus von Liebig em
1835 na Universidade de Giessen a partir da reação do dicloroetileno com hidróxido
de potássio em solução alcoólica2,3. Entretanto, foi um dos alunos de Liebig, Victor
Regnault, o responsável pela publicação de um artigo em 1839 relatando a
observação da ocorrência de um pó branco após a exposição de ampolas seladas
preenchidas com o MVC à luz solar Regnault pensou que esse pó fosse PVC, mas
estudos indicaram tratar-se de poli (cloreto de vinilideno)3.
Em meados de 1974 pesquisas realizadas evidenciaram a toxicidade do
cloreto de vinila, sendo o seu efeito cancerigeno notado em pessoas expostas ao
seu vapor. Um caso curioso da história desse organoclorado foi a sua utilização em
pulverizador de aerossol propulsor, ou seja, em sprays de cabelo de salões de
beleza, em que o acúmulo de seu vapor no ambiente levou a índices superiores aos
das diretrizes de exposição.
Atualmente, o MVC pode ser obtido a partir de diferentes processos como,
por exemplo, na China é gerado pela sintese do cloro com o acetileno, no entanto, o
mais amplamente utilizado no mundo é o processo de obtenção do MVC através da
reação entre o cloro e o eteno. Algumas indústrias, devido à periculosidade da
produção do monômero cloreto de vinila, optam por produzi-lo na mesma planta
onde é gerado o PVC, já outras indústrias produzem o MVC apenas para
comercialização.
4.2. Matéria-prima
4.2.1. Cloro
À temperatura ambiente e pressão atmosférica, o cloro é um gás oxidante,
altamente tóxico, corrosivo na presença de umidade, de cor amarelo-esverdeado e
com um odor desagradável e altamente irritante. Além disso, o gás cloro no é
inflamável.
Através da eletrólise do cloreto de sódio em meio aquoso é feita a produção
do gás cloro. No ânodo da célula eletrolítica o cloro é liberado, enquanto que o
6
hidróxido de sódio e o gás hidrogênio são produzidos no cátodo. Essa é uma das
formas de obtenção do cloro.
2 NaCl + 2 H2O → 2 NaOH + Cl2 + H2
A matéria prima básica desse processo é o sal comum.
4.2.2. Eteno
O eteno, conhecido usualmente como etileno, é um gás a temperatura
ambiente e pressão atmosférica e é altamente inflamável. É incolor, possui um odor
adocicado e sabor característico. Não é tóxico, porém possui efeito anestésico.
O eteno é obtido por meio de processos da indústria petroquímica a partir do
petróleo, gás natural ou etanol. Algumas dessas matérias-primas são ricas em
hidrocarbonetos leves, particularmente etano, propano e butano os quais são
submetidos a processos de craqueamento para a obtenção de eteno e propeno.
Nesses processos ocorre a desidrogenação e quebra das moléculas dos
hidrocarbonetos saturados.
Na Tabela 1 constam as propriedades das matérias-primas envolvidas no
processo, e do produto final obtido.
7 Tabela 1. Propriedades das matérias-primas e do produto final.
Propriedade Eteno Cloro Cloreto de
vinila Ácido clorídrico Oxigênio Água
Ponto de Fusão (°C)
-169,1 -102 -153,8 114,2 110 - 111 0
Ponto de ebulicão (°C)
-103,7 -34 -13,36 -85 -183,02 100
Densidade crítica (g/cm3)
0,22 0,573 - 0.42 0,38 0
Pressão crítica (Torr)
37953 53180,3 41553,3 1950,2 38329,4 165767
Temperatura crítica (°C)
9,6 146,94 151,85 65,44 -118,36 380
Volume crítico (cm3/mol)
0,13 0,1235 0,178 0,0876 0,1016 0,07746
Entalpia de formacão (KJ/mol)
52,26 0 20,934 - 0 -241,88
Entalpia de fusão (J/mol)
3350,29 6200 4746,78 - 443,7 6103,58
Densidade (CNTP) (Kg/
m3) 1,261 2,98 0.98343 - - -
MM (g/mol) 28,05 70,9 62,4988 36,4609 31,9988 18,0153
Solubilidade 0,226 cm3/ cm3
de água 4,610 cm3/ cm3
de água 0,0008308 g/ cm3
de água 0,227881 g/ cm3 de
água 0,0000130875 g/cm3 de água
-
Viscosidade (CNTP) (Cp)
0,0093 0,01327 0.000109 0.0008 - -
Toxicidade Não tóxico - Cancerígeno
Irritante para os olhos, nariz e garganta, e se
inalado, causará tosse ou dificuldade
respiratória
Não tóxico Não tóxico
8
4.3. Processo produtivo
A produção do cloreto de vinila é realizada principalmente pelo processo
balanceado (rota do eteno/cloro), ou seja, todos os intermediários e produtos
secundários são reciclados de uma maneira ajustada para que o balanço material
tenha apenas como produto final o MVC a partir de cloro, etileno e oxigênio4. A
Figura 1 ilustra o fluxograma do processo produtivo a ser descrito a seguir.
Primeiramente o etileno passa por uma cloração para obter o 1,2-dicloroetano
ou simplesmente EDC. Esse processo ocorre por duas rotas interdependentes:
cloração direta e a oxicloração. Na reação de cloração direta há a entrada de cloro e
eteno no reator R1, essa reacão normalmente se processa a temperaturas na faixa
de 50 a 70ºC e sob pressões de 4 a 5 atm nos processos de fase líquida, enquanto
nos processos de fase gasosa a temperatura e a pressão variam, respectivamente,
entre 90 e 130ºC e 7 e 10 atm3,Erro! Fonte de referência não encontrada..
C2H4 + Cl2 → C2H4Cl2
Reação 1. Cloração direta. Fonte: LAKSHMANAN et. al., 1999
Na reação de oxicloração, o eteno reage com cloreto de hidrogênio no reator
R3, proveniente do reciclo da destiladora S6, na presença de oxigênio, normalmente
proveniente do ar atmosférico, e cloreto de cobre como catalisador, em temperaturas
na faixa de 250 a 350ºC. Aumentos no rendimento dessa reação podem ser
conseguidos com a injeção de oxigênio em adição ao ar atmosférico, aumentando
sua pressão parcial no meio reacional3,Erro! Fonte de referência não encontrada..
C2H4 + 2HCl + ½ O2 → C2H4Cl2 + H2O
Reação 2. Oxicloração Fonte: LAKSHMANAN et. al., 1999
O EDC bruto formado nos reatores R1 e R2 segue para a unidade S0 de
lavagem e secagem onde ocorrerá a dissolução dos gases e impurezas. Desse
equipamento saem a água e o EDC bruto que segue para o equipamento de
purificação S1, onde os gases dissolvidos e as impurezas mais leves serão
removidos sendo direcionados para destiladora S4; já o EDC bruto contendo ainda
uma pequena quantidade de impurezas leves e uma grande quantidade de
impurezas pesadas é enviado para a purificação na coluna de destilação S2.
10
Esta coluna recebe EDC bruto de três reatores e é a parte do processo
onde três grandes ciclos de reciclo se cruzam. O destilado do topo de S2, a
uma temperatura de 362 ºC e a pressão de 1,2 bar, carrega as impurezas leves
e uma pequena quantidade de EDC que será reciclado e recuperado por S4,
retornando para R1, enquanto que a impurezas leves serão removidas do
processo.
A purificação do EDC continua, a uma temperatura de 368 ºC e a
pressão de 1,2 bar, na coluna de destilação S3 e posteriormente em outra
coluna de destilação S5, nota-se que essas colunas trabalham em conjunto na
purificação do EDC. Em S3 as impurezas pesadas são direcionadas a coluna
S5 onde serão removidas do processo, enquanto o EDC, a temperatura de 365
ºC é enviado para R2 (Figura 2) onde ocorre a pirólise ou craqueamento, em
um dispositivo formado por uma bobina longo tubular colocada em um forno
dividido em duas partes: zona de convecção - onde ocorre o aquecimento do
reagente até uma temperatura suficiente para que ocorra a pirolise, e zona de
reação – onde o reagente segue para câmara de radiação. O craqueamento do
EDC é uma reação endotérmica que ocorre a temperaturas entre 480-550 °C e
pressões de 3 a 30 bar.
Figura 2. Forno de Pirólise Fonte: DIMIAN et al., 2008.
O produto de R2 segue para a coluna de separação S6 no qual se
decompõe em (MVC+EDC) e HCl com uma pequena quantidade de EDC a
uma pressão entre 9 a 12 bar e temperatura entre 244 a 253 ºC. O HCl é
11
reciclado e retorna para R3, já o (MVC+EDC) é direcionado para S7, coluna na
qual serão separados o EDC, que é reciclado e retorna para S2, do MVC, a
uma temperatura entre 364 e 375 ºC e a pressão entre 9 e 12 bar, obtendo-se
assim o produto final.
Após deixar o reator R2, no qual ocorre o craqueamento, o
MVC+HCl+EDC segue para etapa de purificação (S6 e S7). Em S6 o HCl é
reciclado e segue para R3, já o CV+EDC é direcionado para S7, onde serão
separados. O EDC voltará para a etapa de purificação do EDC bruto (S2) para
facilitar a remoção de algumas impurezas ainda existentes. E assim obtém-se o
MVC como produto final e pronto para a comercialização.
5. RESULTADOS
5.1. BALANÇO DE MASSA
Nesta etapa foram determinadas as vazões (mássicas e molares) de todas
as correntes presentes na planta de produção do cloreto de vinila (MVC), bem
como a quantidade necessária de matéria-prima para produzir 10000 kg/h de
MVC. Além disso, foram determinadas as frações de cada componente.
5.1.1. BALANÇO DE MASSA SEM RECICLO
Primeiramente, foi feito o balanço de massa para o forno F-01 partindo
dos dados de produção final de MVC na destiladora D-02 igual a 10.000 Kg/h,
utilizando a reação decorrente no forno de pirólise F-01:
O balanço de massa foi calculado a partir da conclusão de que a
quantidade de matéria de cada componente após o forno F-01 é constante, já
que não ocorrem reações químicas de transformação dos compostos, mas
somente reações de decomposição dos mesmos. Sendo assim, nos primeiros
balanços de massa do Forno F-01, da Destiladora D-01 e da Destiladora D-02,
o valor do reciclo, por enquanto, não foi considerado.
12
5.1.2. BALANÇO DE MASSA COM RECICLO
Determinada as vazões de todas as correntes enumeradas a partir da
corrente 3, a partir do balanço de massa desconsiderando o reciclo, seguem os
cálculos do balanço de massa realizados em planilhas eletrônicas utilizando o
programa Excel da Microsoft. Sendo que, os cálculos para reciclo foram feitos
utilizando cálculos iterativos através da ferramenta ‘’atingir metas’’ do programa
Excel. Os dados obtidos de vazões e composições de todas as correntes estão
detalhados na Tabela 2. O memorial de cálculo do balanço de massa de todas
as correntes está no anexo 1 deste trabalho.
Tabela 2. Dados obtidos pelo balanço de massa.
Componente Vazão molar
(kmol/h) Fração molar
Vazão mássica
(kg/h)
Fração mássica
CORRENTE 1 Cl2 161,56 1,00 11454,60 1,00
CORRENTE 2 C2H4 161,56 1,00 4523,68 1,00
CORRENTE 3 C2H4Cl2 161,56 1,00 15976,28 1,00
CORRENTE 4 C2H4Cl2 161,56 1,00 15976,28 1,00
CORRENTE 5 C2H4Cl2 161,56 1,00 15976,28 1,00
CORRENTE 6 C2H4Cl2 273,20 0,99 27019,40 0,99
C2H3Cl 3,94 0,01 245,90 0,01
CORRENTE 7 C2H4Cl2 273,20 0,99 27019,40 0,99
C2H3Cl 3,94 0,14 245,90 0,01
CORRENTE 8
C2H4Cl2 111,64 0,25 11041,12 0,41
C2H3Cl 167,95 0,38 10245,90 0,38
HCl 164,01 0,37 5978,28 0,22
CORRENTE 9
C2H4Cl2 111,64 0,25 11041,12 0,41
C2H3Cl 167,95 0,38 10245,90 0,38
HCl 164,01 0,37 5978,28 0,22
CORRENTE 10 HCl 164,01 1,00 5978,28 1,00
CORRENTE 11 C2H4Cl2 111,64 0,41 1141,12 0,52
C2H3Cl 164,01 0,60 10245,90 0,48
CORRENTE 12 C2H3Cl 978,34 1,00 10000,00 1,00
CORRENTE 13 C2H4Cl2
C2H3Cl
11,65
3,94
0,97
0,03
11042,00
245,90
0,98
0,02
13
5.2. CÁLCULO DAS PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS
Nesta avaliou-se primeiramente o estado físico dos componentes de
cada corrente, para assim determinar as densidades, entalpias e vazões
volumétricas de todas as correntes envolvidas no processo.
Para o cálculo de densidade de gases utilizou-se a equação de Peng-
Robinson (regra de mistura de Van de Waals) e para líquidos a equação de
Rackett. Na entalpia de gases acrescentou-se a correlação de Lee-Kesler
(entalpia residual). No cálculo da capacidade calorífica de líquidos foi utilizada
a correlação de Rowlinson-Bondi. E para a entalpia de vaporização a equação
de Riedel.
O estado físico, temperatura, volume molar, densidade, vazão
volumétrica e entalpia, constam na Tabela 3. O memorial de cálculo dessas
propriedades estão no anexo 2.
Tabela 3. Dados das propriedades termodinâmicas.
Corrente Estado
físico
Temperatura
(K)
Volume
molar
(m³/mol)
Densidade
(mol/m³)
Vazão
volumétrica
(m³/h)
Entalpia
(kJ/kmol)
1 Gasoso 363,15 1,990x10-2
50,2513 3,215 2137,55
2 Gasoso 363,15 1,988 x10-2
50,3000 3,212 2995,43
3 Líquido 363,15 8,214 x10-5
12174,34 13,27 8701,96
6 Líquido 487,41 5,458 x10-5
19656,63 15,26 24264,82
7 Gasoso 515,15 1,173 x10-3
852,27 325,18 48006,24
8 Gasoso 773,15 2,410 x10-3
414,90 1069,2 50216,01
9 Gasoso 443,15 1,445 x10-3
691,86 641,17 14713,12
10 Gasoso 246,85 1,713 x10-3
583,80 280,94 -3042,85
11 Líquido 366,15 6,748 x10-5
15598,24 17,06 -6026,78
12 Líquido 306,25 6,718 x10-5
14890,00 10,75 -1872,65
13 Líquido 419,50 5,976 x10-5
9048,81 6,908 6839,37
5.3. BALANÇO DE ENERGIA
Nesta etapa, foram calculadas as taxas de calor fornecidas ou retiradas
de cada equipamento da planta. Isso foi realizado através do balanço de
energia, em que, para os reatores foram necessários os calores de reação, nos
14
trocadores de calor pode-se determinar a quantidade de água para aquecer ou
resfriar os equipamentos e no ponto de mistura foi possível calcular a
temperatura da corrente de entrada após o reciclo.
Balanço de energia por corrente:
Corrente Estado
físico
Temperatura
(K)
Volume
molar
(m³/mol)
Densidade
(mol/m³)
Vazão
volumétrica
(m³/h)
Entalpia
(kJ/kmol)
1 Gasoso 363,15 1,990x10-2
50,2513 3,215 2137,55
2 Gasoso 363,15 1,988 x10-2
50,3000 3,212 2995,43
3 Líquido 363,15 8,214 x10-5
12174,34 13,27 8701,96
6 Líquido 419,15 5,458 x10-5
19656,63 15,26 14556,01
7 Gasoso 515,15 1,173 x10-3
852,27 325,18 48006,24
8 Gasoso 773,15 2,410 x10-3
414,90 1069,2 50216,01
9 Gasoso 443,15 1,445 x10-3
691,86 641,17 14713,12
10 Gasoso 246,85 1,713 x10-3
583,80 280,94 -3042,85
11 Líquido 366,15 6,748 x10-5
15598,24 17,06 -6026,78
12 Líquido 306,25 6,718 x10-5
14890,00 10,75 -1872,65
13 Líquido 419,50 5,976 x10-5
9048,81 6,908 6839,37
Balanço de energia por equipamento:
Equipamento Calor (kJ/h) Quantidade água (kg/h)
Reator -37,63x106 -
Evaporador 9,27x106 5678,62
Forno de pirólise 20,32x106 -
Resfriador -7,96x106 126867,78
Condensador 4,11x106 65563,92
Destiladora 01 -1,57x106 -
15
6. CONCLUSÃO
Neste trabalho, desenvolveram-se as atividades básicas para o
funcionamento de uma indústria, cujo objetivo é produzir o composto orgânico
Cloreto de Vinila. Uma dessas atividades é o balanço de massa, cuja função
principal é determinar a quantidade de matéria-prima envolvida no processo de
produção. Além disso, algumas propriedades termodinâmicas foram
calculadas, como Entalpias, volumes molares, vazões volumétricas e pressões
de vapor.
Outra atividade de grande importância é o balanço de energia. Com isso,
pode-se determinar a quantidade de calor que a produção do Cloreto de Vinila
demanda, bem como a quantidade de água utilizada nos trocadores de calor.
Essas atividades são importantes para a realização do projeto de uma
indústria, pois com essas informações é possível projetar equipamentos,
tubulações e trocadores de calor.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. HARPER, Charles A. Modern Plastics Handbook. McGraw-Hill, Inc., 1994.
2. WILKERS, C. E.; SUMMERS, J. W.; DANIELS, C. A. PVC Handbook.
Hanser: Munique, 2005.
3. RODOLFO JÚNIOR, Antonio; NUNES, Luciano Rodrigues; ORMANJI, Wagner. Tecnologia do PVC. 2. ed. Braskem: Sao Paulo, 2006.
4. DIMIAN, A. C.; BILDEA, C. S. Chemical Process Design: Computer-
Aided Case Studies. WILEY-VCH: Weinheim, 2008.
5. LAKSHMANAN, A.; ROONEY,W.C.; BIEGLER, L.T. A case study for
reactor network synthesis: the vinyl chloride process. Computers and
Chemical Engineering, Vol. 23, p. 479–495, 1999
6. FELDER, Richard M.; ROUSSEAU, Ronald W. Princípios elementares dos processos
químicos. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2005.
7. Anotações da disciplina de Processos Químicos, Professora Luciana Igarashi Mafra.
16
ANEXO 1: BALANÇO DE MASSA
1.1 BALANÇO DE MASSA SEM RECICLO
Primeiramente, foi feito o balanço de massa para o forno F-01 partindo
dos dados de produção final de MVC na destiladora D-02 igual a 10000 Kg/h,
utilizando a reação decorrente no forno de pirólise F-01:
Isso foi calculado a partir da conclusão de que a quantidade de matéria
de cada componente após o forno F-01 é constante, já que não ocorrem
reações químicas de transformação dos compostos, mas somente reações de
decomposição dos mesmos. Sendo assim, nos primeiros balanços de massa
do Forno F-01, da Destiladora D-01 e da Destiladora D-02, o valor do reciclo,
por enquanto, não foi considerado.
1.1.1. Forno de Pirólise
7
8
F-01
Figura 3. Desenho esquemático das correntes do forno de pirólise F 01.
Optou-se por começar o balanço de massa determinando as frações
mássicas do forno de pirólise a partir do balanço molar, visto que dispúnhamos
da conversão e de que no momento não se fez necessário o conhecimento da
vazão molar de entrada no forno.
Dados:
17
Vazão molar: 7
Conversão de dicloroetano: (58+6x0,25)%, no qual 6 corresponde ao número
da equipe.
Para obter as frações mássicas dos produtos e reagentes, foi feito o
balanço de massa da seguinte reação:
C2H4Cl2 → C2H3Cl + HCl
Entra 7 0 0
Reage/Forma -0,595 7 0,595 7 0,595 7 Sai 0,405 7 0,595 7 0,595 7 MM (g/mol) 98,92 62,47 36,45
Sendo,
Para o dicloroetano (C2H4Cl2):
Os valores para as demais substâncias seguem na tabela a seguir:
Tabela 4. Composições Mássicas do Reator R-01
Reator R-01
Componente Vazão Mássica
Fração Mássica (Kg/h)
C2H4Cl2 0,41
C2H3Cl 0,38
HCl 0,22
Total 1
Ao analisar o fluxograma é possível inferir que as vazões e composições
em base mássica são as mesmas para as correntes 8 e 9. Considerando
também equivalente a vazão mássica da corrente 7 com as correntes 8 e 9,
visto que a vazão mássica que entra no forno deve ser a mesma que sai.
É importante salientar que este balanço em base molar foi feito visando
à obtenção das frações mássicas para que se tivesse os parâmetros da
18
corrente 9 e assim pudesse ser feito o balanço de massa a partir da produção
de 10.000 Kg/h de monocloreto de vinila (corrente 12). Logo, segue o balanço
para as destiladoras D-01 e D-02, para obtenção dos dados desconsiderando a
existência do reciclo.
1.1.2. Destiladora D-01
11
10
D-01
9
Figura 2. Desenho esquemático das correntes da destiladora D 01.
A partir do balanço de massa da reação do
forno de pirólise, foram obtidos os valores da quantidade de massa de cada
componente formado. Desse modo, a composição da corrente 9, que entra na
Destiladora D-01, foi conhecida.
Dados:
Recuperação de Ácido Clorídrico (HCl): 100%
Na destiladora D-01, a corrente 9 é a única corrente de entrada da
destiladora, sendo essa proveniente do quench para o resfriamento e composta
por HCl, EDC e MVC.
As correntes geradas por D-01 são: a corrente de topo (corrente 10) e a
de fundo (corrente 11). A corrente de fundo é composta somente por MVC e
EDC, pois a recuperação de HCl em D-01 é 100%, ou seja, toda a quantidade
de HCl segue para a corrente de topo.
Portanto, a partir dos dados calculados anteriormente, realiza-se o
balanço de massa global para a Destiladora D-01:
(a)
19
O balanço para o MVC na corrente 9:
(b)
Pode-se calcular a quantidade de MVC na corrente :
E, substituindo em (b), obtém-se a vazão mássica da corrente 9:
O mesmo é feito com o HCl, primeiramente, realiza-se o balanço de
massa para esse componente e descobre-se a vazão mássica da corrente 10:
Substituindo na equação (a) obtém-se as frações molares de
MVC e EDC na corrente 11:
Para se calcular as vazões molares das correntes basta dividir a vazão
mássica de cada componente pela respectiva massa molar, logo, para a
corrente 9:
20
Para as correntes 10 e 11, foram realizados os mesmo cálculos com os
respectivos valores de vazão mássica e fracções mássicas. A seguir,
apresentam-se as Tabela , Tabela e Tabela com os dados das correntes sem
reciclo 9, 10 e 11, respectivamente.
Tabela 2. Vazões e Composições Mássicas e Molares da Corrente 9
Corrente 9
Componente Vazão Molar
(kmol/h)
Fração
Molar
Vazão Mássica
(kg/h) Fração Mássica
C2H3Cl 164,01 0,37 10245,90 0,38
C2H4Cl2 111,65 0,25 11042,00 0,41
HCl 163,74 0,37 5976,30 0,22
Total 439,40 1 27264,20 1
Tabela 3. Vazões e Composições Mássicas e Molares da Corrente 10
Corrente 10
Componente Vazão Molar
(kmol/h)
Fração
Molar
Vazão Mássica
(kg/h) Fração Mássica
C2H3Cl 0 0 0 0
C2H4Cl2 0 0 0 0
21
HCl 163,73 1 5976,30 1
Total 163,73 1 5976,30 1
Tabela 4. Vazões e Composições Mássicas e Molares da Corrente 11
Corrente 11
Componente Vazão Molar
(kmol/h)
Fração
Molar
Vazão Mássica
(kg/h) Fração Mássica
C2H3Cl 164,01 0,59 10245,90 0,48
C2H4Cl2 111,65 0,41 11042,00 0,52
HCl 0 0 0 0
Total 275,66 1 21287,90 1
1.1.3. Destiladora D-02
D-02
11
12
13
Figura 3. Desenho esquemático das correntes da destiladora D 02.
Dados:
Alimentação (corrente 11): 21287,9 Kg/h
Recuperação de Cloreto de Vinila (MVC): 97,60%
Frações mássicas dos componentes na corrente 11:
MVC: 0,4813
EDC: 0,5187
De acordo com o balanço global de massa na destiladora (D-02), a
massa que entra na destiladora (corrente 11) é igual à soma das massas da
22
corrente 13 (EDC+MVC) e a corrente 11. A corrente 11 foi considerada 100%
MVC, em uma produção de 10000 Kg/h.
Portanto:
Para se calcular a quantidade de MVC que sai na corrente 13, usa-se:
Para se calcular a quantidade de EDC que sai na corrente 13, usa-se:
Para se calcular as vazões molares das correntes basta dividir a vazão
mássica de cada componente pela respectiva massa molar:
23
Tabela 5. Vazões e Composições Mássicas e Molares da Corrente 13
Corrente 13
Componente Vazão Molar
(kmol/h)
Fração
Molar
Vazão Mássica
(kg/h) Fração Mássica
C2H3Cl 3,94 0,03 245,90 0,02
C2H4Cl2 111,65 0,97 11042,00 0,98
Total 115,58 1 11287,90 1
1.2. BALANÇO DE MASSA COM RECICLO
Determinada as vazões de todas as correntes enumeradas a partir da
corrente 3, a partir do balanço de massa desconsiderando o reciclo, seguem os
cálculos do balanço de massa realizados em planilhas eletrônicas utilizando o
programa Excel da Microsoft. Sendo que, os cálculos para reciclo foram feitos
utilizando cálculos iterativos através da ferramenta ‘’atingir metas’’ do programa
Excel.
1.2.1. Evaporador
Figura 4. Desenho esquemático das correntes do evaporador 01.
Na entrada do evaporador tem-se:
24
Tabela 6. Vazões e Composições Mássicas e Molares da Corrente 6
Corrente 6
Componente Vazão Molar
(kmol/h)
Fração
Molar
Vazão Mássica
(kg/h) Fração Mássica
C2H4 0 0 0 0
Cl2 0 0 0 0
C2H4Cl2 273,20 0,99 27019,40 0,99
C2H3Cl 3,94 0,01 245,90 0,01
HCl 0 0 0 0
Total 277,14 1 27265,30 1
As condições de vazão e fração mássica e molar na saída do
evaporador permanecem a mesma da entrada, visto que não há neste
equipamento não ocorre nenhuma reação química e nenhum componente da
entrada é perdido ou muda de composição, logo:
Tabela 7. Vazões e Composições Mássicas e Molares da Corrente 3
Corrente 7
Componente Vazão Molar
(kmol/h)
Fração
Molar
Vazão Mássica
(kg/h) Fração Mássica
C2H4 0 0 0 0
Cl2 0 0 0 0
C2H4Cl2 273,20 0,99 27019,40 0,99
C2H3Cl 3,94 0,14 245,90 0,01
HCl 0 0 0 0
Total 277,14 1 27265,30 1
25
1.2.2. Forno de Pirólise
7
8
F-01
Figura 5. Desenho esquemático das correntes do forno de pirólise F 01.
Como no forno de pirolise ocorre uma reação química, o balanço de
massa deve ser realizado em base molar.
C2H4Cl2 → C2H3Cl + HCl
Entra 275,65 3.94 0
Reage/Forma -164,01 164,01 164,01
Sai 111,64 167,95 164,01
MM (g/mol) 98,92 62,47 36,45
Corrente de saída:
Tabela 8. Vazões e Composições Mássicas e Molares da Corrente 8
Corrente 8
Componente Vazão Molar
(kmol/h)
Fração
Molar
Vazão Mássica
(kg/h) Fração Mássica
C2H4 0 0 0 0
Cl2 0 0 0 0
C2H4Cl2 111,64 0,25 11041,12 0,41
C2H3Cl 167,95 0,38 10245,90 0,38
HCl 164,01 0,37 5978,28 0,22
Total 443,60 1 27265,30 1
26
1.2.3. Quench de Resfriamento
8
9
Figura 6. Desenho esquemático das correntes do quench de resfriamento 01.
Do forno de pirolise a corrente 8 segue para o Quench de Resfriamento,
de onde sai pela corrente 9 com as seguintes condições:
Tabela 9. Vazões e Composições Mássicas e Molares da Corrente 9
Corrente 9
Componente Vazão Molar
(kmol/h)
Fração
Molar
Vazão Mássica
(kg/h) Fração Mássica
C2H4 0 0 0 0
Cl2 0 0 0 0
C2H4Cl2 111,64 0,25 11041,12 0,41
C2H3Cl 167,95 0,38 10245,90 0,38
HCl 164,01 0,37 5978,28 0,22
Total 443,60 1 27265,30 1
27
1.2.4. Destiladora D-01
11
10
D-01
9
Figura 7. Desenho esquemático das correntes da destiladora 01.
Dados:
Recuperação de Ácido Clorídrico (HCl): 100%
Na destiladora D-01, a corrente 9 é a única corrente de entrada da
destiladora e, que se decompõe nas correntes 10 e 11, sendo a corrente de
topo e a de fundo, respectivamente. A corrente de fundo é composta somente
por MVC e EDC, pois a recuperação de HCl em D-01 é 100%, ou seja, toda a
quantidade de HCl segue para a corrente de topo.
As tabelas a seguir apresentam os valores de vazões e composições
mássicas e molares para as correntes 9, 10 e 11, respectivamente.
Tabela 50. Vazões e Composições Mássicas e Molares da Corrente 10
Corrente 10
Componente Vazão Molar
(kmol/h)
Fração
Molar
Vazão Mássica
(kg/h) Fração Mássica
C2H3Cl 0 0 0 0
C2H4Cl2 0 0 0 0
HCl 164,01 1 5978,28 1
Total 164,01 1 5978,28 1
28
Tabela 61. Vazões e Composições Mássicas e Molares da Corrente 11
Corrente 11
Componente Vazão Molar
(kmol/h)
Fração
Molar
Vazão Mássica
(kg/h) Fração Mássica
C2H3Cl 164,01 0,59 10245,90 0,48
C2H4Cl2 111,64 0,41 11041,12 0,52
HCl 0 0 0 0
Total 275,65 1 21287,02 1
1.2.5. Destiladora D-02
D-02
11
12
13
Figura 8. Desenho esquemático das correntes da destiladora 02.
A destiladora D-02 possui a corrente 11 sua única corrente de entrada.
Essa corrente se divide em outras duas na saída da destiladora, sendo que a
corrente 12 possui um valor fixo de produção de MVC igual a 10000Kg/h e a
corrente 13 é composta por MVC e EDC.
Tabela 72. Vazões e Composições Mássicas e Molares da Corrente 13
Corrente 13
Componente Vazão Molar
(kmol/h)
Fração
Molar
Vazão Mássica
(kg/h) Fração Mássica
C2H3Cl 3,94 0,03 245,90 0,02
C2H4Cl2 111,64 0,97 11041,10 0,98
Total 115,57 1 11287,00 1
29
1.2.6 Reator R-01
4
1
2
3
Cl2
C2H4
R-01
Condensador
5Água
de
Resfriamento
Impurezas
Figura 9. Desenho esquemático das correntes do reator 01.
Dados:
Conversão da reação de cloração: 100%
Cálculos efetuados a partir da estequiometria da reação, com base nos
números de mols devido ao fato destes, ao contrário da massa, não
permanecerem constante durante o processo reacional. A reação que ocorre
no reator é a seguinte:
Cloração: C2H4 + Cl2 → C2H4Cl2
Esses cálculos foram realizados após determinar a quantidade de
reciclo.
Pela reação de cloração, temos que:
C2H4 + Cl2 → C2H4Cl2
Entra 0
Reage/ Forma - -
Sai 0 0
30
Como a massa que segue para a bomba e posteriormente para o
evaporador (corrente 6) é igual à soma da corrente de reciclo (corrente 13) e a
corrente que sai do reator (corrente 3), temos que:
Como a corrente 3 é composta apenas pelo dicloroetano (EDC), para se
calcular a vazão molar da corrente basta dividir a vazão mássica do
componente pela respectiva massa molar:
Tabela 83. Vazões e Composições Mássicas e Molares da Corrente 3
Corrente 3
Componente Vazão Molar
(kmol/h)
Fração
Molar
Vazão Mássica
(kg/h) Fração Mássica
C2H4Cl2 161,56 1 15976,28 1
Total 161,56 1 15976,28 1
Na Tabela 83 estão as vazões molar e mássica para a corrente 3.
Assim, é possível determinar as correntes 1 (contendo apenas Cl2) e 2
(contendo apenas C2H4) pela estequiometria da reação:
31
Convertendo os valores obtidos para vazão mássica:
Tabela 14. Vazões e Composições Mássicas e Molares da Corrente 1
Corrente 1
Componente Vazão Molar
(kmol/h)
Fração
Molar
Vazão Mássica
(kg/h) Fração Mássica
Cl2 161,56 1 11454,60 1
Total 161,56 1 11454,60 1
Tabela 15. Vazões e Composições Mássicas e Molares da Corrente 2
Corrente 2
Componente Vazão Molar
(kmol/h)
Fração
Molar
Vazão Mássica
(kg/h) Fração Mássica
C2H4 161,56 1 4523,68 1
Total 161,56 1 4523,68 1
Nas Tabela14 e Tabela 15 constam as vazões molares e mássicas para
a corrente 1 e 2, respectivamente. Para calcular as correntes 4 e 5 determinou-
se o estado físico que o EDC se encontra na temperatura do reator. Para isso,
utilizou-se da equação de Antoine para calcular a pressão de vapor do EDC na
temperatura de 90ºC. As constantes utilizadas nesse cálculo são6:
32
A = 7,02530
B = 1271,254
C = 222,927
Com a pressão de vapor dada em mmHg e a temperatura em ºC.
Como a pressão de vapor do EDC calculada dentro do reator a 90ºC foi
menor que a pressão do reator (1,5 atm), isso indica que o EDC está
totalmente na fase vapor. Por isso, todo EDC dentro do reator passará pelo
condensador, liquefazendo toda corrente. Assim, temos que:
Além disso, as corrente 4 e 5 são compostas apenas de EDC, e
portanto:
Nas Tabela e Tabela 17 estão os valores das vazões molares e
mássicas para a corrente 4 e 5, respectivamente.
Tabela 16. Vazões e Composições Mássicas e Molares da Corrente 4
Corrente 4
Componente Vazão Molar
(kmol/h)
Fração
Molar
Vazão Mássica
(kg/h) Fração Mássica
C2H4Cl2 161,56 1 15976,28 1
Total 161,56 1 15976,28 1
33
Tabela 17. Vazões e Composições Mássicas e Molares da Corrente 5
Corrente 5
Componente Vazão Molar
(kmol/h)
Fração
Molar
Vazão Mássica
(kg/h) Fração Mássica
C2H4Cl2 161,56 1 15976,28 1
Total 161,56 1 15976,28 1
Como a pressão de vapor do dicloroetano é menor do que a pressão no
reator R-01, sabe-se que o dicloroetano encontra-se na fase liquida. Portanto,
considera-se que 0,1% do dicloroetano que é formado no R-01 é encaminhado
para o condensador.
34
ANEXO 2: PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS
2.1. ENTALPIA DE VAPORIZAÇÃO
Para o cálculo das entalpias de vaporização dos compostos, foi utilizada
a equação de Riedel:
Na qual R é a constante dos gases e Tb é a temperatura normal de
ebulição.
Pc – Pressão crítica (bar)
R – 1,987 cal/mol.K
EDC
Componente Tc (K) Tb (K) Pc (bar)
C2H4Cl2 566 356,7 53,7
Sabendo que 1 cal corresponde a 4,18 J:
35
HCl
Componente Tc (K) Tb (K) Pc (bar)
HCl 324,7 188,1 83,1
2.2. CORRENTE 1
Corrente 1
Componente Vazão Molar
(kmol/h) Fração Molar
Vazão Mássica (kg/h)
Fração Mássica
Cl2 161,56 1 11454,6 1
A corrente 1 é uma das correntes de entradas do reator R-01, composta
somente por Cl2.
Dados corrente:
Dados Cl2:
36
Avaliando as condições apresentadas, tem-se que:
Pressão de Vapor
A partir desses dados não é possível determinar o estado físico do
componente, para isso, foi calculada a pressão de vapor do dicloro a partir da
equação de Antoine:
Considerando que as constantes para o dicloro são:
Obtém-se:
Assim,
Ou seja, o componente encontra-se no estado gasoso.
Volume Molar
Para calcular o volume molar foi utilizada a equação de Peng-Robinson,
a seguir:
Em que,
37
Sendo que, para o dicloro,
Utilizando as equações acima, obtém-se:
Isolando V da equação de Peng-Robinson é possível calcular o volume
molar por iterações, sendo que:
Assim, a densidade é obtida fazendo-se:
38
Vazão Volumétrica
Entalpia
Para calcular a entalpia, foram realizados os seguintes cálculos:
Cálculo da entalpia residual:
Utilizando as correlações de Lee-Kesler:
Cálculo de
Para
-0,069 – (-0,014) -------------- 0,0500-0,0100
39
-0,069 – x -------------- 0,0500-0,0190
x = - 0,026
Para
-0,062 – (-0,012) -------------- 0,0500-0,0100
-0,062 – y -------------- 0,0500-0,0190
y = - 0,023
-0,026 – (-0,023) -------------- 0,85 – 0,90
-0,026 – z -------------- 0,85 – 0,87
z = - 0,025
Cálculo de
Para
- 0,087 – (-0,017) -------------- 0,0500-0,0100
- 0,087 – x -------------- 0,0500-0,0190
x = - 0,033
Para
-0,070 – (-0,014) --------------0,0500-0,0100
-0,070 – y -------------- 0,0500-0,0190
y = - 0,027
-0,033 – (-0,027) -------------- 0,85 – 0,90
-0,033 – z -------------- 0,85 – 0,87
40
z = 0,031
Para , R = 8,314 J/ mol. K e
2.3. CORRENTE 2
Corrente 2
Componente Vazão Molar
(kmol/h) Fração Molar
Vazão Mássica (kg/h)
Fração Mássica
C2H4 161,56 1 4523,68 1
A corrente 2 é uma das correntes de entradas do reator R-01, composta
somente por eteno (C2H4), com uma temperatura de T = 90 °C e uma P = 1,5
atm, características que devem apresentar devido as condições explicitadas no
reator R-01, do fluxograma.
Sendo para os cálculos a seguir utilizados as condições do eteno
presentes na tabela 1, logo, tem-se:
Dados da corrente:
Temperatura = 90°C = 363,15 K
Pressão = 1,5 atm
41
Como a temperatura da corrente é maior que a temperatura crítica, logo,
o etano entra no estado gasoso, o que pode ser confirmado através da
equação de Antoine dada a seguir:
Como Pressão na corrente é menor que a pressão de vapor, pode-se
inferir que o etano está no estado gasoso.
Assim,
Volume Molar
Por Peng Robinson, para R = 0,082057 L.atm / mol.K:
=
=
= 1,29
4,28
Cálculo do volume para chute inicial através da equação dos gases:
= 19,87 L/mol
42
Rearranjando a equação:
= 19,88 L/mol ]
= 0,01988 m³/mol
Densidade
Vazão volumétrica
= 161,56
Capacidade calorífica de líquidos
Coeficientes da equação da capacidade calorífica para o etano:
A = 3,806E+1
B = 1,566E-1
C = -8,348E-4
43
D = 1,755E-8
Entalpia
#Referência:
Entalpia Residual:
Utilizando as correlações de Lee-Kesler:
Cálculo de
Para
-0,036 – (-0,007) -------------- 0,0500-0,0100
-0,036 – x -------------- 0,0500-0,0302
x = - 0,0216
Para
-0,031 – (-0,006) -------------- 0,0500-0,0100
-0,031 – y -------------- 0,0500-0,0302
y = - 0,0186
-0,0216 – (-0,0186) -------------- 1,20 – 1,30
44
-0,0216 – z -------------- 1,20 – 1,29
z = - 0,0189
Cálculo de
Para
-0,020 – (-0,004) -------------- 0,0500-0,0100
-0,020 – x -------------- 0,0500-0,0302
x = - 0,0121
Para
-0,013 – (-0,003) -------------- 0,0500-0,0100
-0,013 – y -------------- 0,0500-0,0302
y = - 0,0081
-0,0121 – (-0,0081) -------------- 1,20 – 1,30
-0,0121 – z -------------- 1,20 – 1,29
z = - 0,0085
Para , R = 8,314 J/ mol. K e
45
Entalpia do gás:
Entalpia da corrente
2.4. CORRENTE 3
Corrente 3
Componente Vazão Molar
(kmol/h) Fração Molar
Vazão Mássica (kg/h)
Fração Mássica
C2H4Cl2 161,56 1 15976,28 1
Essa é a corrente que corresponde a saída do reator R-01. Nesta
corrente, tem-se que o componente é o EDC e está escoando no estado
liquido.
Dados corrente:
Temperatura = 90°C = 363,15K
Pressão = 1,5 atm
Dados EDC:
46
Tc = 566,0 K
Pc = 53,7 bar
ω = 0,278
Pressão de Vapor
Pela equação de Antoine:
Sabendo que para o EDC o valor da temperatura deve estar em °C.
Densidade de líquidos
Pela equação de Rackett:
Tr = 0,6416
Vc = 225 cm³/mol
Zc = 0,259
Vazão Volumétrica
47
Capacidade calorífica de líquidos
Coeficientes da equação da capacidade calorífica, considerando EDC
um gás ideal:
A = 2,049E+1
B = 2,310E-1
C = -1,438E-4
D = 3,389E-8
Calculando-se o através da temperatura media entre a temperatura
de referência e a temperatura da corrente, obtém-se:
48
Pela correlação de Rowlinson-Bondi e , pode-se calcular a
capacidade calorífica, utilizada nesta corrente, do líquido:
Entalpia
#Referência:
49
2.5. CORRENTE 6
Corrente 6
Componente Vazão Molar
(kmol/h) Fração Molar
Vazão Mássica
(kg/h) Fração Mássica
C2H4Cl2 273,2 0,9858 27019,4 0,991
C2H3Cl
Total
3,94
277,14
0,142
1
245,9
27265,3
0,009
1
Temperatura no ponto de mistura estimada sem o auxilio do balanço de
energia:
Pelos dados fornecidos pelo fluxograma nessa corrente teremos
componentes líquidos.
Dados EDC:
Temperatura = 391,3K
Pressão = 26 atm
Tc = 566,0 K
Pc = 50,7 bar
Vc = 225 cm³/mol
T < Tc
Pressão de Vapor
Pela equação de Antoine:
50
Essa corrente é liquida, pois o EDC tem maior temperatura normal de
ebulição, logo, é menos volátil, assim determina o estado físico da corrente.
Volume Molar
Dados EDC:
Tc= 566,0K
Vc=225 cm³/mol
Zc=0,259
Pc=53,7 bar
=0,748
Utilizando a equação de Rackett:
Dados MVC:
Tc=425,0K
Pc=51,5 bar
52
Portanto, a vazão volumétrica total da corrente 13 é:
Capacidade Calorífica
EDC
Pela correlação de Rowlinson-Bondi e Tr = 0,659:
55
2.6. CORRENTE 7
Corrente 7
Componente Vazão Molar
(kmol/h) Fração Molar
Vazão Mássica
(kg/h) Fração Mássica
C2H4Cl2 273,2 0,9858 27019,4 0,991
C2H3Cl
Total
3,94
277,14
0,142
1
245,9
27265,3
0,009
1
A corrente 7 é a corrente pela qual o fluido é transferido do evaporador
para o segundo reator, o forno F-01. Nessa corrente escoa uma mistura de
EDC e MVC vapor.
Dados corrente:
Temperatura = 242°C = 515,15K
Pressão = 26 atm
Dados EDC:
Tc = 566,0 K
Pc = 53,7 bar
ω = 0,278
Dados MVC:
Tc = 425,0 K
Pc = 51,5 bar
ω = 0,122
56
Pressão de Vapor
EDC:
Pela equação de Antoine:
MVC
Densidade de gases
Cálculo do volume por Peng-Robinson:
Como a corrente 7 é composta por dois componentes, utilizou-se a regra
de mistura de Van-der-Walls:
57
EDC
Componente Tc (K) Tb (K) Pc (bar)
EDC 566,0 356,7 53,7
Tr = 0,91016
MVC
Componente Tc (K) Tb (K) Pc (bar)
MVC 425,0 259,8 51,5
Tr = 1,21212
Os cálculos foram realizados de forma análoga aos do EDC. Obtendo-se
os valores:
58
Calculando-se a e b da mistura, obtém-se:
Substituindo os valores de a e b na equação de Peng-Robinson, tendo
como valor inicial do volume calculado pela equação para gases ideais:
Pelo método iterativo, calculou-se os valores:
Até que na nona iteração obteve-se o valor:
Cálculo da densidade:
60
Pela correlação de Rowlinson-Bondi e Tr = 0,6302, pode-se calcular a
capacidade calorífica, utilizada nesta corrente, do líquido:
61
Entalpia residual
Utilizando as correlações de Lee-Kesler:
Cálculo de
Para
-0,960 – (-0,545) ------------- 6000-0,4000
-0,969 – x -------------- 6000-0,4905
x = -0,742
Para
-0,885 – (-0,516) ------------- 0,6000-0,4000
-0,885 – y ------------- 0,6000-0,4905
y = -0,683
-0,742– (-0,683) ------------- 0,93 – 0,95
-0,742– z ------------- 0,93 – 0,91
62
z = -0,944
Cálculo de
Para
-1,236– (-0,612) ------------- 0,6000-0,4000
-1,236 – x ------------- 0,6000-0,4905
x = -0,894
Para
-0,994 –(- 0,542) ------------ 0,6000-0,4000
-0,994– y ------------ 0,6000-0,4905
y = -0,746
-0,894 – (-0,746) ------------- 0,93 – 0,95
-0,894 – z ------------- 0,93 – 0,91
z = -1,04
Para , R = 8,314 J/ mol. K e
64
Cálculo de
Para
-0,474 – (-0,305) ------------- 0,6000-0,4000
-0,474 – x ------------- 0,6000-0,5114
x = -0,339
Para
-0,399 – (-0,259) ------------- 0,6000-0,4000
-0,399 – y ------------- 0,6000-0,5114
y = - 0,337
-0,339 – (-0,337) ------------- 1,20 – 1,30
-0,339 – z ------------- 1,20 – 1,21
z = - 0,338
Cálculo de
Para
-0,232– (-0,158) ------------- 0,6000-0,4000
-0,232 – x ------------- 0,6000-0,5114
x = -0,199
Para
65
-0,142 –(- 0,100) ------------- 0,6000-0,4000
-0,142– y ------------- 0,6000-0,5114
y = -0,123
-0,199 – (-0,123) ------------- 1,20 – 1,30
-0,199 – z ------------- 1,20 – 1,21
z = -0,191
Para , R = 8,314 J/ mol. K e
Cálculo da entalpia total de MVC:
Calculo da entalpia total da corrente 7:
66
2.7. CORRENTE 8
Corrente 8
Componente Vazão Molar Fração Molar Vazão Mássica Fração Mássica
C2H4Cl2 111,64 0,2517 11041,12 0,405
C2H3Cl
Total
167,95
279,59
0,3786
1
10245,90
21287,02
0,3758
1
Essa é a corrente que corresponde a saída do forno F-01. Nesta
corrente, há uma mistura de MVC, o EDC e o HCl e estão escoando no estado
gasoso.
Dados corrente:
T= 500ºC = 773,15K
P = 26 atm = 26,3 bar
Dados EDC:
Tc = 566,0 K
Pc = 53,7 bar
ω = 0,278
Dados MVC:
67
Tc = 425,0 K
Pc = 51,5 bar
ω = 0,122
ω = 0,278
Dados HCl:
Tc = 324,7 K
Pc = 83,1 bar
ω = 0,133
MVC
T>Tc: gás incondensável
EDC
T>Tc: gás incondensável
HCl
T>Tc: gás incondensável
Densidade de gases
Cálculo do volume por Peng-Robinson:
Como a corrente 8 é composta por três componentes, utilizou-se a regra
de mistura de Van-der-Walls.
70
Substituindo os valores de a e b na equação de Peng-Robinson, tendo
como valor inicial do volume calculado pela equação para gases ideais:
Substituindo esse valor na seguinte equação, para realizar as iterações,
temos:
72
Entalpia de gases
Cálculo da entalpia residual:
Utilizando as correlações de Lee-Kesler:
Cálculo de
Para
-0,206 – (-0,137) _____ 0,6000-0,4000
-0,206 – x _____ 0,6000-0,5110
x = - 0,175
Para
-0,185 – (-0,123) _____ 0,6000-0,4000
-0,185 – y _____ 0,6000-0,5110
y = - 0,157
-0,175 – (-0,157) _____ 1,80 – 1,90
-0,175 – z _____ 1,80 – 1,82
73
z = - 0,171
Cálculo de
Para
0,025 – 0,015 _____ 0,6000-0,4000
0,025 – x _____ 0,6000-0,5110
x = 0,021
Para
0,037 – 0,023 _____ 0,6000-0,4000
0,037 – y _____ 0,6000-0,5110
y = 0,031
0,021 – 0,031 _____ 1,80 – 1,90
0,021 – z _____ 1,80 – 1,82
z = 0,019
Para , R = 8,314 J/ mol. K e
74
Cálculo da entalpia total:
EDC
#Referência:
Dado que =
Cálculo da entalpia de líquidos:
Pela correlação de Rowlinson-Bondi:
75
Cálculo da entalpia de gases:
Cálculo da entalpia residual:
Utilizando as correlações de Lee-Kesler:
Cálculo de
Para
-0,399 – (-0,259) _____ 0,6000-0,4000
-0,399 – x _____ 0,6000-0,4960
x = - 0,326
76
Para
-0,341 – (-0,224) _____ 0,6000-0,4000
-0,341 – y _____ 0,6000-0,4960
y = - 0,280
-0,326 – (-0,280) _____ 1,30 – 1,40
-0,326 – z _____ 1,30 – 1,37
z = - 0,294
Cálculo de
Para
0,142 – 0,100 _____ 0,6000-0,4000
0,142 – x _____ 0,6000-0,4960
x = 0,120
Para
0,083 – 0,060 _____ 0,6000-0,4000
0,083 – y _____ 0,6000-0,4960
y = 0,071
0,120 – 0,071 _____ 1,30 – 1,40
0,120 – z _____ 1,30 – 1,37
77
z = 0,0857
Para , R = 8,314 J/ mol. K e
Cálculo da entalpia total:
HCl
#Referência:
Cálculo da entalpia de gases:
78
Cálculo da entalpia residual:
Utilizando as correlações de Lee-Kesler:
Cálculo de
Para
-0,092 – (-0,046) _____ 0,4000-0,2000
-0,092 – x _____ 0,4000-0,3200
x = - 0,074
Para
-0,076 – (-0,038) _____ 0,4000-0,2000
-0,076 – y _____ 0,4000-0,3200
y = - 0,061
-0,074 – (-0,061) _____ 2,20 – 2,40
-0,074 – z _____ 2,20 – 2.38
79
z = - 0,062
Cálculo de
Para
0,040 – 0,020 _____ 0,4000-0,2000
0,040 – x _____ 0,4000-0,3200
x = 0,032
Para
0,047 – 0,023 _____ 0,4000-0,2000
0,047 – y _____ 0,4000-0,3200
y = 0,037
0,032 – 0,037 _____ 2,20 – 2,40
0,032 – z _____ 2,20 – 2,38
z = 0,036
Para , R = 8,314 J/ mol. K e
80
Cálculo da entalpia total:
Entalpia total da corrente 8:
2.8. CORRENTE 9
Corrente 9
Componente Vazão Molar
(kmol/h) Fração Molar
Vazão Mássica
(Kg/h) Fração Mássica
C2H4Cl2 111,64 0,2517 11041,12 0,4050
C2H3Cl
Total
167,95
279,59
0,3786
1
10245,90
21287,02
0,3758
1
Dados da corrente:
Temperatura = 170°C = 443,15K
Pressão = 26 atm
Dados EDC:
Tc = 566,0 K
Pc = 53,7 bar
ω = 0,278
81
Dados MVC:
Tc = 425,0
Pc = 51,5 bar
ω = 0,122
Dados HCl:
Tc = 324,7 K
Pc = 83,1 bar
ω = 0,133
Pressão de Vapor
Pela equação de Antoine:
EDC
HCl
MVC
Densidade de gases
82
Cálculo do volume por Peng-Robinson:
Como a corrente 9 é composta por três componentes, utilizou-se a regra
de mistura de Van-der-Walls.
EDC
Componente Tc (K) Tb (K) Pc (bar)
EDC 566,0 356,7 53,7
Tr = 0,78295
MVC
Componente Tc (K) Tb (K) Pc (bar)
MVC 425,0 259,8 51,5
Tr = 1,0427
HCl
Componente Tc (K) Tb (K) Pc (bar)
HCl 324,7 188,1 83,1
Tr = 1,364798
83
Substituindo os valores de a e b na equação de Peng-Robinson, tendo
como valor inicial do volume calculado pela equação para gases ideais:
Densidade
Vazão Volumétrica
87
Cálculo da entalpia residual:
Utilizando as correlações de Lee-Kesler:
Cálculo de
Para
-0,708 – (-0,434) 0,6000-0,4000
-0,708 – x 0,6000-0,5110
x = -0,586
Para
-0,654 – (-0,407) 0,6000-0,4000
-0,654 – y 0,6000-0,5110
y = -0,544
-0,586 – (-0,544) 1,02 – 1,05
-0,586 – z 1,02 – 1,04
z = -0,558
88
Cálculo de
Para
-0,594 – (-0,370) 0,6000-0,4000
-0,594 – x 0,6000-0,5110
x = -0,494
Para
-0,498 – (- 0,318) 0,6000-0,4000
-0,498 – y 0,6000-0,5110
y = -418
-0,494 – (-0,418) 1,02 – 1,05
-0,494 – z 1,02 – 1,04
z = -0,443
Para , R = 8,314 J/ mol. K e
Cálculo da entalpia total de MVC:
90
-0,259 – (-0,127) 0,4000-0,2000
-0,259 – x 0,4000-0,3200
x = - 0,206
Para
-0,224 – (-0,110) 0,4000-0,2000
-0,224 – y 0,4000-0,3200
y = - 0,178
-0,206 – (-0,178) 1,30 – 1,40
-0,206 – z 1,30 – 1.36
z = - 0,189
Cálculo de
Para
- 0,100 – 0,052 0,4000-0,2000
- 0,100 – x 0,4000-0,3200
x = 0,081
Para
-0,060 – 0,023 0,4000-0,2000
-0,060 – y 0,4000-0,3200
y = 0,045
0,081 – 0,045 1,30 – 1,40
0,081 – z 1.30 – 1,36
91
z = 0,059
Para , R = 8,314 J/ mol. K e
Cálculo da entalpia total de HCl:
Cálculo da entalpia total da corrente 9:
92
2.9. CORRENTE 10
Corrente 10
Componente Vazão Molar
(kmol/h) Fração Molar
Vazão Mássica
(kg/h) Fração Mássica
HCl 164,013 1 5978,279 1
Essa é a corrente que sai do topo da destiladora D-01, composta por
HCl no estado gasoso.
Dados corrente:
T= 26,2ºC = 246,85K
P = 12 atm = 12,1 bar
Dados HCl:
Tc = 324,7 K
Pc = 83,1 bar
ω = 0,133
Pressão de vapor
Pela equação de Antoine, e, sabendo que para o HCl o valor da temperatura
deve estar em K:
Como Pv > P, logo a corrente estará no estado gasoso.
Densidade de gases
Calculo do volume por Peng-Robinson:
93
HCl
Substituindo os valores de a e b na equação de Peng-Robinson, tendo
como valor inicial do volume calculado pela equação para gases ideais:
94
Substituindo esse valor na seguinte equação, para realizar as iterações,
temos:
Densidade de gases
Vazão volumétrica
Entalpia
HCl
#Referência:
95
Entalpia de gases:
Entalpia residual:
Utilizando as correlações de Lee-Kesler:
Cálculo de
Para :
-0,345 – (-0,160) _____ 0,2000-0,1000
-0,345 – x _____ 0,2000-0,1460
x = - 0,245
Para
96
-0,300 – (-0,141) _____ 0,2000-0,1000
-0,300 – y _____ 0,2000-0,1460
y = - 0,214
-0,245 – (-0,214) _____ 0,80 – 0,850
-0,245 – z _____ 0,80 – 0,761
z = - 0,269
Cálculo de
Para :
-0,542 – (-0,234) _____ 0,2000-0,1000
-0,542 – x _____ 0,2000-0,1460
x = - 0,376
Para
-0,401 – (-0,182) _____ 0,2000-0,1000
-0,401 – y _____ 0,2000-0,1460
y = - 0,283
-0,376 – (-0,283) _____ 0,80 – 0,850
-0,376 – z _____ 0,80 – 0,761
97
z = - 0,449
Para , R = 8,314 J/ mol. K e
Cálculo da entalpia total:
2.10. CORRENTE 11
Corrente 11
Componente Vazão Molar
(kmol/h) Fração Molar
Vazão Mássica
(Kg/h) Fração Mássica
MVC 164,01 0,595 10245,90 0,4813
EDC
Total
111,64
275,65
0,405
1
11041,12
21287,02
0,5187
1
Dados corrente:
99
Pressão de vapor
A partir desses dados não é possível determinar o estado físico do
componente, para isso, foi calculada a pressão de vapor de cada um dos
compostos a partir da equação de Antoine:
MVC
Considerando que as constantes para o MVC são:
Obtém-se:
Assim,
Ou seja, o componente encontra-se no estado de vapor.
EDC
Considerando que as constantes para o EDC são:
Obtém-se:
Assim,
100
Ou seja, o componente encontra-se no estado líquido
A partir desses resultados, pode-se concluir que a corrente 11 é líquida.
Volume Molar
Para calcular o volume molar foi utilizada a equação de Rackett, a
seguir:
Sendo que, para o EDC,
Utilizando a equação acima, obtém-se:
E, sendo que, para o MVC,
Utilizando a equação acima, obtém-se:
101
Assim, a densidade de EDC é obtida fazendo-se:
E a densidade de MVC é igual a:
Vazão Volumétrica
102
EDC
MVC
Entalpia
Para calcular a entalpia, foram realizados os seguintes cálculos:
Sendo que, para o MVC, as constantes são:
1,21422
-2,00937
E para o EDC são:
104
2.11. CORRENTE 12
Essa é a corrente do produto final a ser obtido, o MVC. Ele sai no topo
da destiladora D-02 no estado líquido.
Dados corrente:
T= 33,1ºC = 306,25K
P = 4,8 atm = 4,864 bar
Dados MVC:
Tc = 425,0 K
Pc = 51,5 bar
ω = 0,122
Pressão de vapor
Pela equação de Antoine, e, sabendo que para o MVC o valor da
temperatura deve estar em ºC:
Como Pv<P, logo a corrente estará no estado líquido.
105
Densidade de líquidos
Pela equação de Rackett:
Tr = 0,7206
Vc = 169 cm³/mol
Zc = 0,265
Vazão volumétrica
Entalpia
MVC
#Referência:
107
Cálculo da entalpia total:
2.12. CORRENTE 13
Corrente 13
Componente Vazão Molar
Fração Molar Vazão Mássica
Fração Mássica (Kmol/h) (Kg/h)
MVC 3,94 0,034 245,90 0,0218
EDC
Total
111,64
115,58
0,966
1
11041,10
11287,00
0,9782
1
Dados da corrente:
Temperatura = 146,1°C= 419,5K
Pressão = 4,8 atm
108
Dados EDC:
Tc = 566,0 K
Pc = 53,7 bar
ω = 0,278
Dados MVC:
Tc = 425,0 K
Pc = 51,5 bar
ω = 0,122
Como o MVC e o EDC saem pela corrente de fundo da destiladora, e
para refluxo passam por um refervedor, conclui-se pelo fluxograma que eles
estão no estado liquido.
Volume Molar
EDC
Vc=225 cm³/mol
Zc=0,259
=0,7406
Utilzando a equação de Rackett:
110
Portanto a vazão volumétrica total da corrente 13 é:
Entalpia
Para calcular a entalpia, foram realizados os seguintes cálculos:
Sendo que, para o MVC, as constantes são:
1,21422
-2,00937
E para o EDC são:
EDC
112
ANEXO 3: BALANÇO DE ENERGIA
BALANÇO DE ENERGIA – REATOR R-01
Obter a 25ºC e 1 atm:
Obter grau de avanço :
Obter :
114
Obtenção do grau de avanço em termo de EDC:
BALANÇO DE ENERGIA – RESFRIADOR
Quantidade de água necessária:
=
Cálculo do
115
:
A = 75,291
BALANÇO DE ENERGIA – CONDENSADOR
=
Ao analisar o condensador e as correntes de entrada e saída, nota-se
que para que a mistura no estado vapor passe para o estado líquido, ela deve
fornecer calor para água, fazendo assim com que a temperatura da água ao
sair do condensador seja maior que a da entrada.
=
Cálculo do
116
:
A = 75,291
BALANÇO DE ENERGIA - DESTILADORA – 01
Corrente Vazão Molar (Kmol/h) Entalpia (kJ/kmol)
9 279,59 14731,12
10 164,013 -3042,85
11 175,652 -6026,775
Calor equivalente a todas as trocas térmicas ocorridas no equipamento.
117
BALANÇO DE ENERGIA – CONDESADOR DESTILADORA
Sabe-se que:
Partindo-se do balanço de massa no condensador:
O calor perdido no condensador é o valor da entalpia de condensação, ou seja,
o oposto da entalpia de vaporização. Esta entalpia é dada por:
Assim, temos que o calor total envolvido no condensador é:
Sabendo que a razão de refluxo no condensador é igual a dois, pode-se
determinar a vazão :
Temos que a entalpia de vaporização do HCl é:
118
BALANÇO DE ENERGIA – REFERVEDOR DESTILADORA
O cálculo do calor fornecido pelo refervedor pode ser feito descontando
o calor total utilizado na destiladora pelo calor retirado do condensador. Assim:
BALANÇO DE ENERGIA – PONTO DE MISTURA
Corrente Vazao Molar (Kmol/h) Entalpia (kJ/kmol)
3 161,56 8701,96
6 277,14 ?
13 115,574 6839,37
Como não há trocadores de calor, .
Assim,
120
MVC
Calculo do Cp para o MVC liquido:
As equações acima foram inseridas em uma planilha do programa Microsoft Office Excel. Com este, foi possível fazer o calculo através do uso da ferramenta Atingir Meta. Sabendo o valor da entalpia da corrente 6, a ferramenta iterou o valor da temperatura, ate que a condição fosse satisfeita.
Com isso, foi obtida a temperatura da corrente 6, cujo valor é 146 ºC (419,15K).
BALANÇO DE ENERGIA – EVAPORADOR
Cálculo da entalpia da corrente 6:
Capacidade Calorífica
EDC
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Cálculo da carga térmica do evaporador:
Todo calor necessário para que a mistura na fase vapor (Corrente 6)
passe para a fase líquida (Corrente 7) é fornecido pelo vapor d`água, logo:
Cálculo da entalpia da corrente 6:
Balanço de energia no evaporador:
= 26 atm = 2,63 MPa
Utilizando a tabela de vapor, considerando que entra vapor saturado.
Interpolando: