Nascida em São José do RioPreto, interior de São Paulo,Daniela viveu até os 18 anos

com os pais e as duas irmãs, umaadvogada, outra analista de sistemas,na cidade de Monte Aprazível, tam-bém no interior paulista. A família,unida por fortes laços interpessoais,sempre esteve envolvida com ques-tões relacionadas à comunidade. Com18 anos, a vida de Daniela sofreu umatransformação radical, com a mudan-ça para São Paulo, depois de ser apro-vada no vestibular Mack,em agosto de1996.Ela concluiu o curso de CiênciasEconômicas em setembro de 2000.

Durante o tempo de faculdade, Da-niela fez estágio no próprio Macken-zie, de setembro de 1998 a janeiro de2000, e, na comunidade mackenzistateve a oportunidade de desenvolver

pesquisas em Economia, sob a

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Uma brasileira naEspanha

Daniela Junqueira Stefani, 24 anos, aluna do Mackenzie e uma de suas colaboradoras – no MackPesquisa –, estagiou

em Valladolid, Espanha, durante nove meses. Foi selecionada para participar do programa de bolsas de estudo previsto nos

convênios que a Universidade Presbiteriana Mackenzie vemfirmando com as melhores instituições

similares do mundo.

Uma brasileira naEspanha

Durante nove meses Daniela estagiou

em Valladolid – de belas paisagens,

inverno com temperaturas abaixo

de zero e verão com 30 graus

positivos, em média

orientação do professor, e amigo,Leonardo Basso. Com ele, Danielaestudou o âmbito acadêmico de pes-quisas e toda a temática aplicada àEconomia. Em parceria com o profes-sor Leonardo e a amiga Lidiane Men-des Maluli, que também trabalha noMackenzie, publicou dois trabalhos –um no XIV Congresso da ANGE:“Para-digmas do Desenvolvimento & Rumosdo Ensino de Economia no Rio de Ja-neiro”; outro no II Encontro Interna-cional sobre Globalização:“Problemasdo Desenvolvimento em Cuba”.

Durante o estágio na Pós-Gradua-ção, Daniela conheceu muita gente,com as quais, segundo conta,“foi agra-dável conversar, discutir e aprender arespeito dos valores e da ética tantoprofissionais quanto pessoais.” Cita umexemplo: “Trabalhar com a professoraMaria Lúcia Vasconcelos foi um privilé-

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Sensu, em Administração de Negócios,no Mackenzie.Em abril de 2001 fui paraValladolid, na Espanha, graças a umabolsa, com duração de nove meses, daJunta de Castilla y León, onde fizpesquisas na área de Economia Social efreqüentei cursos relacionados a essatemática, principalmente no que se re-fere ao sistema de ações sociais na re-gião, a atuação das empresas de in-serção social e os programas de avalia-ção e técnicas em projetos sociais.

“A bolsa saiu graças ao convênio doMackenzie com a Junta de Castilla yLeón – universidades de Valladolid,Salamanca, Burgos e León. Tomei co-nhecimento da possibilidade pelo edi-tal divulgado no Mackenzie, convo-cando para duas bolsas.Fiz a inscrição

com um projeto e fui contemplada

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gio! Ela me deu exemplo de garra,deter-minação, disciplina e lealdade. Foiatravés da Pós-Graduação”, prossegue,“que conheci duas pessoas por quemtenho grande admiração, que me aju-daram em todos os sentidos e, princi-palmente, me ensinaram o verdadeirosentido de justiça, ética e humanidade.Falo da professora e orientadora RoseliFischmann,uma amiga de verdade.E doreverendo Milton Ribeiro, vice-reitor daUniversidade Presbiteriana Mackenzie.Os dois tiveram a responsabilidade de

me orientar nos estudos em EconomiaSocial”, diz com emoção.

Desde fevereiro de 2000, Daniela éfuncionária do Mackenzie.Trabalha noMackPesquisa, onde manteve contatomaior com o mundo Mackenzie, seusvalores e sua missão.“O desafio de tra-balhar no MackPesquisa é maravilhoso.Afinal, é uma iniciativa, única e exem-plar,de uma universidade brasileira queinveste em pesquisa em sua própriacomunidade acadêmica, possibilitandoo enriquecimento da sociedade em ge-ral. Posso dizer que 2000 foi um anoótimo, de grandes desafios e de muito

crescimento.Aprendi no convívio como Conselho Deliberativo do InstitutoPresbiteriano Mackenzie e, principal-mente, com o professor Nilson de Oli-veira, diretor educacional, que,no MackPesquisa, sempre memotivou, mostrando a impor-tância e a seriedade daspesquisas científicas.”

A respeito delaprópria, Daniela nosconta:“Com relaçãoà minha formaçãoacadêmica, sou pós-graduanda, Lato

A fachada principal da universidade (foto maior) que tem quatro campi – na cidade,

em Palencia, Sória e Segóvia –, 37.000 alunos e 2.000 professores. Em Toledo,

Daniela a caminho da igreja e do monastério dos reis católicos (acima).

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doutor Cláudio Lembo, pelo voto deconfiança e pela oportunidade que mepropiciou. E a minha admiração porser ele exemplo de competência nosistema universitário brasileiro. Con-sidero a bolsa que recebi como uma o-portunidade que não poderia desper-diçar e um grande privilégio. Ela con-tribuiu para o enriquecimento tantode conhecimentos específicos, quantogerais, tão importantes como vivência.E para a nossa inserção em cultura tãodiferente, antiga e preciosa. Conheceros costumes, o idioma, o dia-a-dia daspessoas,e me aprofundar nos temas daeconomia social foi de extrema im-portância para mim".

Mackenzie 27

■ Valladolid é a capital da Co-

munidade Autônoma de Castilla y

León, e está situada a duas horas

de Madrid, na direção noroeste. É

uma cidade de 350.000 habitan-

tes, com característica predomi-

nantemente industrial, em especial

no ramo automotivo e de indús-

trias montadoras.

■ A cidade, fundada pelo conde

Pedro de Ansúrez durante o reina-

do de Alfonso VI, no decorrer do

século XI, contempla aspectos

históricos importantes no contexto

da península ibérica, em especial

da Espanha, como a proclamação

de Fernando III, o Santo, como rei

de Castilla, o casamento dos reis

católicos Isabel de Castilla e Fer-

nando de Aragon, a morte de Cris-

tóvão Colombo e o nascimento de

Felipe II (1527), futuro rei da Es-

panha. Nesse mesmo reinado, ela

foi capital do país, uma vez que a

corte residia na cidade.

■ Os habitantes de Valladolid e

arredores são conhecidos por fa-

larem o idioma castelhano mais

puro. Viveram em Valladolid gran-

des escritores e poetas como Mi-

guel de Cervantes, José Zorrila, Ro-

sa Chacel, Francisco Umbral, Gus-

tavo Martín-Garzo e o indicado

para o próximo Nobel de Litera-

tura, Miguel Delibes.

■ O clima é continental. Isso sig-

nifica um inverno rigoroso, com

temperaturas que chegam abaixo

de zero, e um verão tórrido de 30

graus, em média. A cidade é co-

nhecida internacionalmente pela

variedade de vinhos, em especial

os tintos de Ribeira de Duero e os

brancos de Rueda. Representan-

tes muito conhecidos na cozinha

espanhola são: a sopa castelhana,

os queijos de ovelha, os chorizos,

a morcilla e o prato mais típico

que é o lechazo – assado no for-

no de lenha. Para os que gostam

de sobremesas e doces é impos-

sível esquecer receitas como as

amêndoas “garrapinhadas” (su-

percaramelizadas), os mantequi-

lhos de Portillo ou os bolos “empi-

nhonados”.

■ Valladolid desfruta de um

agradável e dinâmico ambiente

universitário. A Universidade de

Valladolid, uma das mais antigas

da Espanha – data do final do

século XIII (1293) –, tem seu surgi-

mento apontado como responsá-

vel pelo renascimento cultural que

provocou o progresso e a poste-

rior expansão urbana, notadamen-

te nos seus arredores.

■ A Universidade teve como pri-

meiro curso o de Teologia, aprova-

do pelo papa Martín V, em 1417.

Posteriormente incorporou outros

cursos que, com o passar do tem-

po, tiveram seu reconhecimento

ampliado – Medicina e Direito, por

exemplo.

■ Atualmente a Universidade de

Valladolid tem quatro campi uni-

versitários, estabelecidos na pró-

pria cidade e nas mais próximas –

Palencia, Sória e Segóvia. Conta

com 37.000 alunos e mais de

2.000 professores. Os campi en-

globam o ensino universitário de

graduação e de pós-graduação

em suas Faculdades de Filosofia e

Letras, Medicina, Direito, Ciências

Econômicas e Empresariais, Ciên-

cias, Educação, Arquitetura, Poli-

técnica, Trabalho Social e Agrono-

mia, entre outras.

História, números, informações

pela Junta de Castilla y León comoprimeira bolsista mackenzista por esseconvênio, na Universidade de Vallado-lid. Assim como eu, João Bosco Pasin,aluno do Mackenzie, ganhou oportu-nidade semelhante na Universidade deSalamanca. Além da bolsa, fui privile-giada com a nomeação – através deportaria da reitoria da universidade –,por indicação, como observadora daUniversidade Presbiteriana Mackenzie,nos quadros do convênio mantido coma Junta de Castilla y León, Espanha,junto à Provincia de Castilla y León.

Especificamente com relação aessa nomeação quero expressar a

minha gratidão ao nosso reitor,

Na festa de despedida reúnem-se os

estagiários de várias nacionalidades – entre

eles, gregos, alemães, italianos, brasileiros

e, claro, espanhóis (à esquerda). Daniela e

quatro das colegas com quem teve mais

amizade: Renata, da Universidade Estadual

de Londrina, PR; Carmen, da Unibero de

São Paulo; Anabel, de Valladolid, sua

melhor amiga; e Lis, de Londres, Inglaterra

(acima). Na foto maior, o castelo

dos Albuquerques, em Cuellar.

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