Upload
dokhuong
View
214
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
SANDRA TEREZINHA MARIA
INTERFERÊNCIA DA MÍDIA NA CONSOLIDAÇÃO DA IMAGEM DE BALNEÁRIO
CAMBORIÚ
UIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI
Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Comunicação, Turismo e Lazer
Campus Balneário Camboriú
Balneário Camboriú
2008
1
SANDRA TEREZINHA MARIA
INTERFERÊNCIA DA MÍDIA NA CONSOLIDAÇÃO DA IMAGEM DE BALNEÁRIO
CAMBORIÚ
Produção Técnica-Científica apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Turismo e Hotelaria na Universidade do Vale do Itajaí Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Comunicação, Turismo e Lazer.
Campus Balneário Camboriú. Orientador: Profª. Drª Marlene Huebes Novaes
Balneário Camboriú
2008
2
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
Curso de Turismo e Hotelaria
José Roberto Provesi
Reitor
Mário César dos Santos
Vice-Reitor
Valdir Cechinel Filho
Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão
Amândia Maria de Borba
Pró-Reitora de Ensino
Mércio Jacobsen
Secretário Executivo
Carlos Alberto Tomelin
Diretor do Centro de Ciências Aplicadas – Comunicação, Turismo e Lazer
Silvia Regina Cabral
Coordenadora do Curso de Turismo e Hotelaria
Arno Minella
Responsável de Estágio – Curso de Turismo e Hotelaria
3
SANDRA TEREZINHA MARIA
INTERFERÊNCIA DA MÍDIA NA CONSOLIDAÇÃO DA IMAGEM DE BALNEÁRIO
CAMBORIÚ.
Esta Produção Técnica-Científica foi julgada adequada para obtenção do título de Bacharel em
Turismo e Hotelaria e aprovada pelo Curso de Turismo e Hotelaria da Universidade do Vale do
Itajaí Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Comunicação, Turismo e Lazer. Centro de Ciências
Sociais Aplicadas – Comunicação, Turismo e Lazer, Campus Balneário Camboriú.
Área de conhecimento Ciências Sociais Aplicadas
Sub- área: Turismo e Hotelaria
Balneário Camboriú, 01 de Julho de 2008
Profª. Drª. Marlene Huebes Novaes
UNIVALI – CE de Balneário Camboriú
Orientadora
Prof° MSc. Arno Minella
UNIVALI – CE de Balneário Camboriú
Coordenador de Estágio
_____________________________________________
Evandro da Costa Sectur-BC
_____________________________________________
Sueli Maria Stol
UNIVALI – CE de Balneário Camboriú
4
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer primeiramente ao senhor Deus, por toda força e sabedoria concebidas a
mim durante toda a minha vida. Toda a minha gratidão à minha irmã Leni pelo “especial”
incentivo durante toda a graduação, Também ao meu marido Marcus pela ajuda e paciência em
todos os momentos, aos meus pais Maria e Sebastião pela compreensão e dedicação que tiveram
comigo durante essa trajetória. Um especial agradecimento à Profª. Drª. Marlene pelo apoio e
ensinamentos para a realização deste projeto, obrigada também aos colaboradores da
Secretaria de Turismo e Comércio de Balneário Camboriú que me receberam com todo carinho
e não mediram esforços para me ajuda, em especial à Lisiane e o Evandro. Enfim a todas as
pessoas que de uma forma ou de outra contribuíram para que eu chegasse até aqui!!!
5
LISTA DE FIGURAS
Figura 01: Componentes do produto turístico................................................................................24
Figura 02: Meios utilizados para promoção e venda do produto turístico.....................................26
Figura 03: Atrativos naturais..........................................................................................................29
Figura 04: Atrativos culturais.........................................................................................................30
Figura 05: Principais equipamentos turísticos................................................................................32
Figura 06: Organograma geral........................................................................................................50
6
LISTA DE TABELAS
Tabela 01: Divulgação de Balneário Camboriú na mídia...............................................................32
Tabela 02: Destaques (premiações e títulos) de Balneário Camboriú............................................34
Tabela 03: Movimento estimado de turistas...................................................................................37
Tabela 04: Receita estimada em dólar............................................................................................37
Tabela 05: Veículo que influenciou a viagem................................................................................38
Tabela 06: Recursos humanos........................................................................................................51
7
RESUMO
O turismo é considerado uma atividade responsável pelo desenvolvimento tanto econômico quanto social das destinações turísticas, de forma que é possível afirmar seu crescimento em ritmo acelerado e que em alguns casos é o principal gerador de renda e empregos. Diante disso, notou-se a necessidade de elaborar um projeto de pesquisa junto à Secretaria de Turismo e Comércio de Balneário Camboriú, visando apontar os fatores que interferem na imagem do município, considerando sua consolidação como destinação turística. Para isso realizou-se um estudo de caráter exploratório descritivo do cenário em questão, utilizando fontes secundárias, neste caso as reportagens veiculadas em revistas e jornais. O estudo de caso permitiu identificar que no produto turístico de Balneário Camboriú, os investimentos em divulgação os prêmios recebidos pelo setor e a pesquisa de demanda do município interferem positivamente na imagem da destinação, fatores que contribuem para a sua consolidação no mercado turístico.
Palavras- chave: Turismo. Imagem. Mídia. Balneário Camboriú.
8
SUMÁRIO
PARTE I
PRODUÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA DE ESTÁGIO
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................................11
2 OBJETIVOS..............................................................................................................................13
2.1 Objetivo Geral........................................................................................................................13
2.2 Objetivos Específicos.............................................................................................................13
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................................................14
3.1 Turismo contextualizações e atualidades............................................................................14
3.2 A gestão do turismo público.................................................................................................15
3.3 Marketing turístico e imagem de destinação......................................................................21
4 RESULTADOS E ÁNALISE DO CENÁRIO DE IMAGEM TURÍSTICA....................28
4.1 Fatores que interferem na imagem de Balneário Camboriú............................................28
4.1.2 Atrativos turísticos.............................................................................................................28
4.1.3 Divulgação de Balneário Camboriú na mídia.................................................................32
4.1.4 Destaques (premiações, Títulos) de Balneário Camboriú.............................................34
4.1.5 Dados da pesquisa de demanda.......................................................................................36
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................39
REFERÊNCIAS........................................................................................................................42
9
PARTE II
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
1 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA E DA ACADÊMICA...................................................45
1.1 Identificação da empresa.......................................................................................................45
1.2 Identificação da acadêmica....................................................................................................45
2 JUSTIFICATIVA.....................................................................................................................46
3 OBJETIVOS..............................................................................................................................47
3.1 Objetivo Geral........................................................................................................................47
3.2 Indicadores dos resultados parciais durante o estágio.......................................................47
4 CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA............................................................................48
4.1 Evolução histórica..................................................................................................................48
4.2 Infra-estrutura física atual....................................................................................................49
4.3 Infra-estrutura administrativa.............................................................................................50
4.4 Tabela de recursos humanos.................................................................................................51
4.5 Serviços prestados aos clientes.............................................................................................52
5 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ....................................................54
5.1 Setor: Planejamento e Pesquisa............................................................................................54
5.1.2 Infra- estrutura do setor.........................................................................................................55
5.1.3 Atividades desenvolvidas pela acadêmica no setor...............................................................55
5.1.4 Conhecimentos técnicos adquiridos......................................................................................58
5.1.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas...................................................58
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................60
10
ASSESSORIAS TÉCNICAS EDUCACIONAIS......................................................................62
ANEXOS.......................................................................................................................................63
ANEXO A: Documentos da empresa..........................................................................................63
ANEXO B: Documentos do curso...............................................................................................82
11
1 INTRODUÇÃO
Nos dias atuais, é possível afirmar que a atividade turística devido aos investimentos em infra-
estrutura, a procura pelo descanso devido ao stress cotidiano, a redução de valores nos
transportes, o aumento do poder aquisitivo das pessoas, ocupa um lugar de destaque na economia
mundial, ampliando significativamente a demanda e a oferta dos serviços turísticos.
Nesse contexto, Santa Catarina se destaca como um dos mais belos e procurados destinos
turísticos do Brasil, sendo eleita pela Revista Viagem e Turismo em 2007 como o mais
interessante destino do país, desbancando a Bahia, campeã consecutiva dos cinco anos anteriores.
Balneário Camboriú, também foi premiada com a 6º posição na categoria praias. O Prêmio possui
22 categorias, eleitos unicamente pelos leitores da Revista Viagem e Turismo.
Ainda, Balneário Camboriú está entre os três municípios indutores de Santa Catarina dos 65
destinos turísticos do Brasil escolhidos pelo Governo Federal, e inserida juntamente com as
demais no Programa de Regionalização do Turismo, e terão preferência no recebimento de
investimentos técnicos e financeiros voltados ao setor.
Conhecida também como a Capital Catarinense do Turismo, Balneário Camboriú localiza-se no
Litoral Norte de Santa Catarina, de acordo com a (SECTURBC) a cidade possui uma população
estimada em 95 mil habitantes é um dos destinos turísticos mais visitados do Brasil, em especial
por catarinenses, gaúchos e paranaenses. Na temporada e nos meses de março e abril também é
expressiva a presença de e argentinos, paraguaios e chilenos.
O município apresenta infra-estrutura para receber os turistas, pois além das praias, o Cristo Luz
com suas luzes que ficam acesas durante a noite, proporcionam uma vista da cidade e do mar. O
local possui restaurante, bar, lanchonete, lojas de souvenir, estúdio fotográfico e uma gruta em
homenagem a Nossa Senhora Aparecida.
12
Ainda, o passeio de teleférico, único no mundo a ligar duas praias através de bondinhos aéreos.
Ao todo são 47 bondes, totalmente informatizados, com capacidade para seis pessoas cada um,
que passam por três estações: Barra Sul, Mata Atlântica e Praia de Laranjeiras.
À noite a cidade oferece muitas opções de entretenimento e lazer, com cervejarias, cachaçarias,
bares com música ao vivo, boates, restaurantes, sorveterias, principalmente ao longo da orla
marítima. Vale ressaltar também a presença de casas de boliche, snooker, bingo e cinemas. Por se
tratar de uma cidade litorânea a gastronomia é à base de frutos do mar, porém se destacam
também as cozinhas alemã, árabe, chinesa, italiana e mexicana.
Considerando o atual estágio de Balneário Camboriú, no ciclo de vida de destinações turísticas,
justifica-se a realização do presente projeto para evidenciar a interferência da mídia na
consolidação de Balneário Camboriú como destinação turística de litoral, despertando o interesse
para realização da presente pesquisa acadêmica.
Para elaboração deste projeto utilizou-se da técnica de pesquisa denominada estudo de caso, onde
é realizado um estudo sobre a interferência da mídia na consolidação da imagem de Balneário
Camboriú, como destinação turística.
Segundo (MARTINS, 2002) estudo de caso é um grupo de pesquisa cujo objeto é uma unidade
que se analisa profundamente. Pode ser caracterizado como um estudo de uma entidade bem
definida, como um programa, uma instituição, um sistema educativo, uma pessoa ou uma unidade
social. Visa conhecer o seu “como” e os seus “porquês”, demonstrando a sua unidade e
identidade própria. É uma investigação que se assume como particularística, debruçando-se sobre
uma circunstância específica, procurando descobrir o que há nela de mais fundamental e
característico.
Ainda nesse sentido, Dencker (1999, p.127) destaca “o estudo de caso como um estudo profundo
e exaustivo de determinado assunto ou objeto que permite o conhecimento em profundidade dos
processos e relações sociais”, neste caso referindo-se a análise da interferência da mídia na
consolidação da imagem de Balneário Camboriú.
13
2 OBJETIVOS:
2.1 Objetivo geral:
• Identificar a interferência da mídia na consolidação da imagem de Balneário Camboriú.
2.2 Objetivos específicos:
• Buscar base teórica sobre a temática em estudo;
• Caracterizar o município de Balneário Camboriú enquanto destinação turística;
• Apresentar os principais registros de veiculação na mídia e premiações do município;
• Analisar os indicadores referentes aos estudos da demanda turística;
• Apresentar algumas considerações sobre consolidação da destinação: Balneário Camboriú;
14
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 Turismo contextualizações e atualidades A atividade turística passou por várias mudanças até se tornar o fenômeno que é atualmente,
alguns fatores contribuíram para essa ascensão, dentre eles, o desenvolvimento dos transportes
onde à tecnologia apresentava veículos mais rápidos e mais eficazes para a realização dos
deslocamentos. Ainda, a revolução industrial, visto que surgem as máquinas a vapor como os
navios e as locomotivas oferecendo mais opções em viagens, também a aprovação da Lei de
redução da jornada de trabalho, sendo que isso possibilita as pessoas dedicarem mais tempo ao
lazer.
A partir do século XX houve um crescimento significativo da atividade turística, chegando ao
alcance de todas as classes sociais. A maioria das pessoas dos países desenvolvidos e um número
expressivo de pessoas de países em desenvolvimento tem realizado viagens turísticas uma ou
várias vezes ao ano.
Para (Dias, 2003, p.14) “o turismo transformou-se numa das mais importantes faces da
globalização, contribuindo para estreitar as distâncias entre as diversas partes do globo e ao
mesmo tempo, para o aumento de consciência global [...]”.
Dessa forma, é possível afirmar que o turismo já não é um privilégio de alguns cidadãos, sua
existência é aceita e faz parte do modo de vida de um número crescente de pessoas em todo o
mundo.
Segundo (Trigo, 1996, p.18) “nas sociedades pós-industriais o turismo juntamente com o lazer, a
cultura, as artes, o esporte e a preocupação com a qualidade de vida desenvolveu-se a cada ano
ganhando sempre mais espaço nos meios de comunicação, nos negócios internacionais, no
interesse e no cotidiano”.
15
Ainda, nesse contexto, o turismo se apresenta como prestação de serviços e passou a fazer parte
da vida das pessoas de todas as nações ajudando no desenvolvimento da economia mundial.
(LAGE; MILONE, 2001).
Dessa maneira, se torna evidente a importância da atividade turística no cenário econômico,
social, visto que o turismo é gerador de renda para muitos países, além de renda gera empregos a
milhares de pessoas.
Diante disso, para Beni (2003 p. 78) [...] o turismo não é uma manifestação isolada, pois envolve
várias áreas. É um destacado mercado captador de investimentos e um gerador de emprego e
renda.
O turismo é uma atividade multidisciplinar, visto que abrange vários aspectos: econômicos
socioculturais, ambientais e se baseia na prestação de serviços como hospedagem, transportes,
alimentação entre outros.
Nesse sentido, para que esse fenômeno se realize de forma adequada e dinâmica é necessário
planejamento e organização e os responsáveis por isso são os setores privados e públicos de um
país.
3.2 A gestão pública do turismo
O turismo se apresenta como uma atividade plurissetorial, visto que necessita de diretrizes
básicas de uma política econômica nacional para o seu desenvolvimento e também de
coordenação e planejamento por parte do governo nos setores sociais e culturais para garantir o
interesse de todos.
Nesse contexto, Beni (2001, p.123) afirma que o turismo organizado e planejado, é poderoso
instrumento de aceleração ou complementação do processo de desenvolvimento.
16
Dessa forma, o planejamento é de extrema importância para o turismo, para racionalizar ações
determinando uma situação de crescimento equilibrado, fundamentado em objetivos, estratégias
antecipadamente definidas para a utilização coerente dos recursos.
Diante disso, (Petrocchi, 1998, p.72) afirma que o planejamento possui:
A finalidade de definir as decisões básicas que articulam as políticas turísticas de um Estado, região ou organização, ou seja, estabelecer as diretrizes que orientam as decisões para o desenvolvimento do turismo, o tipo de turismo que se quer promover, os mercados que serão atingidos, a posição que se deseja ter nesses mercados, as metas a alcançar e as estratégias dos programas de ações.
Sendo assim, a partir dos anos cinqüenta, começaram a surgir as primeiras diretrizes do turismo
no cenário político-econômico do Brasil, sendo assim, Barreto (1996, p.56) afirma que “na
segunda metade do século apareceram os primeiros órgãos de turismo encarregados de dar a
superestrutura organizacional, legislativa e administrativa para o fenômeno turístico”.
Nesse sentido, de acordo com a Embratur (2002) em 1966 foram criados o Conselho Nacional de
Turismo (CNTUR) e a Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) com a finalidade de
desenvolver a atividade turística.
Nesse mesmo contexto, em 1994 no governo de Itamar Franco, acontece um grande impulso para
a atividade turística, nesse ano é criado o Programa de Municipalização do turismo (PNMT) o
qual visava à melhoria da qualidade do produto turístico brasileiro através da conscientização dos
municípios, mostrando-lhes os benefícios que o turismo pode oferecer.
Dessa forma, para (Dias, 2003, p.144) “os objetivos do PNMT estavam centrados no Município,
estabelecendo linhas gerais a serem seguidas para desenvolver o turismo de em termos
sustentáveis nos Municípios, baseando-se na sustentabilidade econômica, social, ambiental,
cultural e política”.
17
Sendo assim, o PNMT apresentava os seguintes objetivos:
• Conscientização da sociedade para a importância do turismo como instrumento de crescimento econômico, geração de empregos, melhoria da qualidade de vida da população e preservação de seu patrimônio natural e cultural;
• Dotar os Municípios brasileiros com potencial turístico, condições técnicas e organizacionais para promover o desenvolvimento da atividade turística;
• Descentralizar as ações de planejamento turístico de forma a capacitar os municípios a elaborara seus próprios planos de desenvolvimento (BARBOSA, 2001, p.67)
Assim, o PNMT estava estruturado nos três níveis de administração pública, sendo o Comitê
Executivo Nacional, que gerenciava o PNMT, o Comitê Estadual que coordenava o PNMT em
nível estadual e o Conselho Municipal que estava inserido no município.
No programa PNMT, os Municípios eram primeiramente classificados como turístico, ou seja, já
consolidados, e Municípios com potencial turístico, ou seja, que possuem recursos significativos
para a alavancagem da atividade turística, essa identificação acontece através da pesquisa anual
realizada pela Embratur.
Dessa maneira, após a fase de identificação, os Municípios solicitavam ao Comitê a formação de
monitores municipais, os Municípios somente estavam inseridos no PNMT depois da aprovação
dos monitores.
Cumpridas todas as etapas, o Município recebia da EMBRATUR o selo de “Município
Prioritário” para o turismo, tendo prioridade a investimentos na área do turismo.
Nesta linha de pensamento, em 1996 no governo Fernando Henrique Cardoso, foi instituída a
Política Nacional de Turismo, sendo que visava ordenar ações do setor público orientando o
esforço do Estado e a utilização dos recursos públicos para o bem-estar social, também definir
parâmetros para o planejamento e a execução das ações dos governos estaduais e municipais e
ainda almeja orientar o setor privado.
18
Nesse contexto, a Política Nacional de Turismo (PNT) encontrava-se estruturada em quatro
eixos: sendo eles a melhoria da infra-estrutura básica em regiões turísticas, incentivo a
capacitação profissional, modernização da legislação e fortalecimento da imagem do Brasil no
exterior.
A PNT foi trabalhada até o final de 1999, quando se encerrou o mandato de Fernando Henrique
Cardoso, porém como nenhum outro documento foi elaborado e apresentado acreditou-se que a
PNT seria mantida visto que Fernando Henrique foi reeleito para seu segundo mandato.
De acordo com (Sartori, 2004) com a reeleição de FHC a proposta da PNT foram mantidas, mas
foram atualizadas as metas de crescimento do setor turístico brasileiro.
Dessa forma, em 2003, no governo Luis Inácio Lula da Silva, foi criado o Ministério do Turismo
uma grande conquista para o setor turístico, visto que é um merecido reconhecimento da
importância dessa atividade para a economia nacional.
Ao Ministério do Turismo couberam as seguintes atribuições:
• Política Nacional de desenvolvimento do turismo; • Promoção e divulgação do turismo nacional, no país e no exterior; • Estímulo às iniciativas públicas e privadas de incentivo as atividades turística; • Planejamento, coordenação, supervisão e avaliação dos planos e programas
de incentivo ao turismo (DIAS, 2003, p.138)
Depois da criação do Ministério do Turismo, a Embratur passa a cuidar exclusivamente da
promoção, marketing e apoio a comercialização do turístico brasileiro, sendo assim é de
responsabilidade da Embratur:
• A elaboração e implantação do plano de marketing para o turismo brasileiro;
• A definição e a execução da política de ações promocionais e apoio a comercialização dos produtos turísticos;
• A formatação e a organização de novos produtos e roteiros turísticos integrados;
19
• A elaboração de estudos e pesquisas que orientem os processos de tomada de decisão e avaliem o impacto da atividade turística na economia brasileira; (SARTORI, 2004, p. 86).
Ainda, no mesmo governo o turismo recebeu um novo impulso com a criação do Plano Nacional
de Turismo, (PNT 2003-2007) visando à descentralização da gestão do turismo, onde as
localidades turísticas se unem em forma de clusters.
Nesse sentido, para (Dias, 2003, p.141) “dentro dessa política de descentralização e participação,
os municípios serão incentivados a criar Conselhos Regionais de Turismo e organizarem-se em
consórcios para formar Roteiros Integrados, ofertando um conjunto de produtos turísticos,
completando-se assim o sistema de gestão do turismo brasileiro”.
O Plano Nacional de Turismo (2003-2007) teve como objetivos gerais o desenvolvimento do
nosso produto de forma que valorize toda a diversidade que o Brasil possui em todos os seus
aspectos, ainda o estimulo para o aumento do consumo do produto turístico brasileiro e
apresentou os seguintes objetivos específicos:
• Dar qualidade ao produto turístico; • Diversificar a oferta turística; • Estruturar os destinos turísticos; • Ampliar e qualificar o mercado de trabalho; • Aumentar a inserção competitiva do produto turístico no mercado
internacional; • Ampliar o consumo do produto turístico no mercado nacional; • Aumentar a taxa de permanência e gasto médio do turista;
Acerca disto, em 13 de junho 2007, é lançado o Plano Nacional de Turismo 2007-2010- Uma
Viagem de Inclusão, que é uma ferramenta de Planejamento e Gestão, onde aponta o turismo
como indutor do desenvolvimento e da geração de emprego e renda no país.
Para isso, de acordo com o Ministério do Turismo, o Plano Nacional de Turismo apresenta os
seguintes os objetivos gerais:
• Desenvolver o produto turístico brasileiro com qualidade, contemplando nossas diversidades regionais, culturais e naturais;
20
• Promover o turismo com um fator de inclusão social, por meio da geração de trabalho e renda e pela inclusão da atividade na pauta de consumo de todos os brasileiros;
• Fomentar a competitividade do produto turístico brasileiro nos mercados nacional e internacional e atrair divisas para o país;
Da mesma forma, o plano contempla os objetivos específicos:
• Garantir a continuidade e o fortalecimento da Política Nacional do Turismo e da gestão descentralizada. • Estruturar os destinos, diversificar a oferta e dar qualidade ao produto turístico brasileiro. • Aumentar a inserção competitiva do produto turístico no mercado nacional e internacional e proporcionar condições favoráveis ao investimento e à expansão da iniciativa privada. • Apoiar a recuperação e a adequação da infra-estrutura e dos equipamentos nos destinos turísticos, garantindo a acessibilidade aos portadores de necessidades especiais. • Ampliar e qualificar o mercado de trabalho nas diversas atividades que integram a cadeia produtiva do turismo. • Promover a ampliação e a diversificação do consumo do produto turístico no mercado nacional e no mercado internacional, incentivando o aumento da taxa de permanência e do gasto médio do turista. • Consolidar um sistema de informações turísticas que possibilite monitorar os impactos sociais, econômicos e ambientais da atividade, facilitando a tomada de decisões no setor e promovendo a utilização da tecnologia da informação como indutora de competitividade. • Desenvolver e implementar estratégias relacionadas à logística de transportes articulados, que viabilizem a integração de regiões e destinos turísticos e promovam a conexão soberana do país com o mundo.
Nessa linha de raciocínio, a Política Nacional de Turismo apresenta como prioridade a inclusão
social e o desenvolvimento do turismo interno, visto que almeja abranger todas as camadas da
sociedade, principalmente estudantes, aposentados e trabalhadores de baixa renda, o documento
apresenta programas que proporcionam a estas pessoas a facilidade de praticar o turismo, de
acordo com o plano um dos estímulos será realizado através da implantação de pacotes com
preços promocionais.
Perante isso, a premissa do governo é desenvolver o turismo doméstico de ele não ocorra
somente nas altas temporadas e sim o ano inteiro, dessa forma oportunizando a qualificação
profissional, a geração de emprego e renda.
21
Ainda, vale enfatizar que uma das metas do plano é desenvolver o produto turístico brasileiro
com qualidade, considerando as diversidades naturais, culturais do território brasileiro, isso se
realizará através de investimentos em melhorias no setor turístico das destinações.
Portanto, de acordo com a PNT 2007-2010 serão implantados 65 destinos turísticos considerados
destinos indutores do desenvolvimento turístico, com a premissa de tornar essas regiões pólos de
referência em qualidade na prestação de serviços no setor. Vale comentar que alguns dos
requisitos analisados para a escolha foram a infra-estrutura básica e turística, a qualidade dos
atrativos e o fato da destinação ser um núcleo receptor e distribuidor de fluxos turísticos.
Contudo, as propostas do plano estão distribuídas em sete macroprogramas gerais, eles o
planejamento e gestão, a informação e estudos turísticos, a logística de transportes, a
regionalização do turismo, o fomento à iniciativa privada, a infra-estrutura pública, a qualificação
dos equipamentos e serviços turísticos.
Nesse contexto, cabe ressaltar o quarto macroprograma que aponta a regionalização do turismo,
visto que suas ações estão relacionadas com tema do presente estudo realizado, assim sendo, o
Plano Nacional de Turismo apresenta dentro desse macroprograma, o programa de planejamento
e gestão da regionalização do turismo, o programa de estruturação dos segmentos turísticos, o
programa de estruturação da produção associada ao turismo e por o programa de apoio ao
desenvolvimento regional do turismo, objetivando o desenvolvimento do turismo interno.
3.3 Marketing turístico e imagem de destinação
Devido o crescimento mundial do fluxo de turistas, a competitividade entre as destinações
turísticas se torna evidente, dessa forma a busca pela qualidade e pelo diferencial é um fator
determinante para a conquista do sucesso.
Dessa maneira, o marketing é um poderoso instrumento para garantir estabilidade no mercado,
visto que aponta os nichos e as necessidades desse grupo de pessoas, em seguida elabora
produtos ou serviços para atender os anseios desse público de forma que gere lucros e benefícios
para ambas as partes.
22
Nesse contexto, marketing é um conjunto de técnicas utilizadas para aproveitar as oportunidades
surgidas no mercado, visando um melhor atendimento às necessidades dos consumidores com
garantias de menores riscos e maiores lucros (Barbosa, 2001, p.01).
Ainda, Las Casas completa afirmando que o marketing:
É a área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos de empresas ou indivíduos e considerando sempre o meio-ambiente de atuação e o impacto que essas relações causam no bem-estar da sociedade (LAS CASAS, 2001, p.26).
A atividade do marketing tem o intuito de facilitar as trocas entre as partes interessadas, além
disso, identificar e analisar a demanda para determinado produto e ainda elaborar planos para
disponibilizar esse produto no mercado de forma que atenda os desejos do público analisado.
Sendo assim, as atividades do marketing precisam ser planejadas para atender as necessidades do
cliente e ao mesmo tempo atingir os objetivos das organizações.
Nesse sentido, de acordo com (Dias, 2003, p.129) o marketing surge quando a pessoa decide
satisfazer suas necessidades e desejos através da troca, obtendo um produto desejado de outra
pessoa, ou de uma organização, oferecendo algo em contrapartida, o marketing atua
fundamentalmente na demanda.
Direcionando o marketing para o setor turístico, devido ao fato de inúmeras localidades
possuírem no turismo sua principal fonte de renda e geração de empregos, a necessidade de
sobressair-se aos concorrentes esta cada vez maior, sendo assim, o marketing se apresenta como
uma indispensável ferramenta nessa competitividade.
Dessa forma, Vaz (1999, p.18) define marketing turístico como o conjunto de atividades que
facilitam a realização de trocas entre os diversos agentes que atuam direta ou indiretamente, no
mercado de produtos turísticos.
23
Nesse mesmo contexto, para Krippendorf (apud Ruschmann, p.50) marketing turístico é:
É a adaptação sistemática e coordenada da política das empresas de turismo, tanto privada como do estado no plano local, regional, nacional e internacional, visando à plena satisfação de determinados grupos de consumidores, obtendo com isso, um lucro apropriado.
O marketing turístico apresenta dois âmbitos, o primeiro é o microeconômico que é elaborado por
empresas turísticas privadas que visam à venda de seus produtos e serviços no mercado, pode-se
citar como exemplo um hotel, um restaurante. O segundo âmbito é o macroeconômico que é
realizado pelo setor público, com o intuito de vender o produto turístico global, ou seja, vários
equipamentos e atrativos num só lugar, um exemplo pode ser um país, região, localidade, este
tipo de marketing é realizado com a intenção de fortalecer a imagem de uma destinação.
Nesse contexto, o âmbito microeconômico está inserido no macroeconômico, dessa forma as
destinações são junções de produtos turísticos e juntos possibilitam a realização da atividade
turística. Reforçando, (Dias, 2003, p.130) alega que o marketing turístico é um instrumento
fundamental para o desenvolvimento do turismo, pois se trata de colocar os consumidores turistas
no local onde são oferecidos os produtos turísticos, para que possam consumi-los mediante um
preço.
Nessa linha de pensamento, o marketing turístico visa à compreensão do cenário do mercado
atual, a combinação adequada dos produtos e serviços com a realização dos objetivos
pretendidos, visto que uma destinação turística é formada pelo ajuste da oferta de produtos
turísticos sob uma marca que os aproxima e que oferece uma experiência agregada aos clientes.
No que diz respeito ao produto, a partir do momento em que uma destinação apresenta atributos
que despertem o interesse dos turistas e possua capacidade para atender essa demanda pode-se
dizer que essa destinação é um produto turístico.
24
Diante desse fato, para Lage (2001, p.52) “seja complementares ou substitutos, os produtos
turísticos objetivam atender aos desejos e às necessidades humanas dos viajantes que crescem
mais proporcionalmente à expansão e ao aperfeiçoamento dos recursos econômicos existentes”.
Dessa forma, é possível dizer que os atrativos são os aspectos naturais, culturais, ou seja, o que a
destinação tem para oferecer ao visitante, as facilidades são considerados os equipamentos como
hotéis, restaurantes, entretenimento, existentes na localidade que tornam possível a realização da
atividade turística. Já na acessibilidade ressalta-se a infra-estrutura das vias no trajeto do turista
até a destinação. Assim sendo o produto é a soma dos atrativos com as facilidades e as condições
de acessibilidade ao destino.
Nesta linha de pensamento Oliveira, (2005, p.70) específica que por produto turístico entende-se
tudo que é oferecido aos turistas, incluindo as atrações naturais, diversões, museus, paisagens,
festivais e necessidades, tais como refeições, alojamentos, transportes, serviços de guia etc.
Dependendo da qualidade desses produtos, serão atraídos turistas nacionais e/ou internacionais.
Diante disso, Ignarra (2003) cita os seis componentes do produto turístico, sendo eles os
bens/serviços e serviços auxiliares, os recursos, a infra-estrutura e equipamentos, a gestão, a
imagem da marca, o preço, apresentados a seguir:
Figura 1: componentes do produto turístico. Fonte: Ignarra, 2003.
Produto Turístico
Bens, Serviços e Serviços auxiliares
Infra-estrutura e equipamentos
Recursos
Gestão
Imagem da marca
Preço
25
Perante o quadro acima, se torna evidente que o produto turístico se baseia nos elementos que o
turista utiliza nas destinações durante a viagem, elementos estes que por sua apresentam duas
características: classificadas como tangível e intangível, a tangível se baseia no produto em si, da
forma como é ofertado e a intangível está relacionada com a percepção que os turistas possuem
do produto.
Ainda vale ressaltar que, para Middleton (2002, apud Ruschmann, 1991, p.26) o produto é:
A amálgama de elementos tangíveis e intangíveis, centralizados numa atividade específica e numa determinada destinação, as facilidades e as formas de acesso das quais o turista compra a combinação de atividades e arranjos.
Acerca disto, a mesma autora (1991, p.29) informa que “os componentes do produto turístico
devem ser desenvolvidos adequadamente, a fim de atrair turistas de mercados potenciais
específicos e criar uma imagem positiva da destinação”.
Nesse sentido, vale destacar a importância de manter uma boa imagem do produto no mercado,
visto que, a imagem busca atrair visitantes o desenvolvimento do setor turístico depende dessa
realização de troca entre o produto e o turista.
Considerando que a imagem da destinação se revela nos atrativos, equipamentos e serviços, vale
lembrar-se de Silva quando afirma que:
As imagens estabelecidas para um lugar turístico geralmente são associações de elementos naturais, como o clima, a vegetação, as formas de relevo, e de elementos culturais, como as festas populares, os museus, a arquitetura e os monumentos públicos. (SILVA, 2004, p.33)
No mesmo contexto, (Bignami, 2002, p.11) reforça afirmando que “a imagem é uma
característica do produto turístico determinante no processo de decisão de compra do
consumidor”.
26
Cabe ressaltar, que a imagem turística esta fundamentada nas informações que as pessoas
possuem de um determinado lugar, através de fotos, textos, relatos de outras pessoas que já
estiveram no local e na expectativa de conhecê-lo.
Ainda, com relação à imagem de destinação, (Kotler, 2001, p.265) afirma que:
Uma imagem eficaz proporciona três coisas para um produto. Primeiro, transmite uma mensagem singular que estabelece a característica e a proposição de valor do produto. Segundo, transmite essa mensagem de maneira distintiva para não ser confundida com mensagens similares dos concorrentes. Terceiro transmite poder emocional, de maneira que toca os corações e as mentes dos compradores. Barbosa, (2001, p.01)
Para Pellizzoni (2004) os meios mais utilizados por destinações turísticas para vender seu
produto ao mercado, são a publicidade, relações públicas, promoção de vendas, merchandising,
venda pessoal, workshop, fam-tur, mala-direta, internet, eventos, como mostra o seguinte quadro:
Meios Definição
Publicidade Consiste na comunicação realizada em rádios, televisão, rádio, anúncios em jornais e revistas entre outros, podendo ser paga ou não.
Relações Públicas Ocorre através de notícias e comentários positivos inseridos na mídia a respeito de uma destinação, de forma que estabeleça uma imagem agradável, isso acontece gratuitamente.
Promoção de Vendas É o ato de realizar vendas diretas, ou seja, contatar os clientes e fechar um negócio.
Merchandising É baseado na promoção de um produto, sendo que este se apresenta na forma física no local onde esta sendo comercializado.
Venda Pessoal É realizado através do contato direto entre um empreendimento e um consumidor, (geralmente uma pessoa) de forma que a informação é individualizada, ocorre via telefone ou visitas de representantes.
Workshop Consiste na exposição de um produto destinado a uma segmentação de mercado especifica.
Fam-Tur Passeio realizado com grupo de pessoas, neste caso jornalistas, agências de viagem etc. Visando informar o intermediário para facilitar a venda do produto.
Mala-Direta É uma mensagem endereçada a uma pessoa, tendo em vista vender um determinado produto, podendo destinada à um público específico, dessa maneira, pode atingir um número significante de potenciais consumidores.
Internet É um meio de promover um destino de forma direta, sem intermediários, a utilização desta ferramenta cresce a cada dia.
27
Meios Definição
Eventos Esta promoção ocorre através da realização de eventos por uma destinação, bem como a participação deste em outros eventos, considerando a presença da mídia.
Figura 02: Meios utilizados para promoção e venda do produto turístico. Fonte: Pellizzoni, (2004).
Nesse sentido, a promoção, mais especificamente em jornais, revistas internet, fam-tur, visto que
são objetos de estudo do presente projeto, são fatores decisivos para incentivar a aquisição de um
produto, neste caso uma destinação turística. Entretanto, vale informar que embora o quadro
acima, existem outros meios de promoção utilizados pelas destinações turísticas.
28
4 RESULTADOS E ANÁLISE DO CENÁRIO DA IMAGEM TURÍSTICA
4.1 Fatores que interferem na imagem de Balneário Camboriú
Considerando a destinação turística Balneário Camboriú, é possível afirmar que o produto, ou
seja, os atrativos, os equipamentos,o acesso é um fator que interfere na imagem da localidade,
visto que a cidade é escolhida por muitos turistas tanto nacionais como internacionais, se
tornando destaque, principalmente por seus atrativos naturais (as praias) e a excelente infra-
estrutura.
Da mesma forma, os investimentos destinados na divulgação do município intervêm de maneira
positiva, visto que a presença na mídia atrai o interesse do público. Outro fator importante é o
número expressivo de premiações e títulos concedidos por órgãos relacionados à atividade
turística, consolidando Balneário Camboriú no cenário turístico brasileiro. Ainda, os resultados
da pesquisa de demanda realizada pela Santur (Órgão Oficial do Turismo em Santa Catarina),
apontam os aspectos do turismo no município.
4.1.2 Atrativos Turísticos
a) Atrativos Naturais:
Balneário Camboriú possui nas suas praias seu principal atrativo, que ao todo totalizam nove
praias, sendo que três se localizam perto do centro e as demais são agrestes, a praia central é a
mais visitada, possui uma orla bem estruturada com bares, restaurantes, lojas etc. Bem próximo
dali está o principal cartão postal da Cidade, a Ilha das Cabras, distante 600 metros da orla,
através de passeios de escuna é possível chegar até ela, perto do pontal norte da cidade está a
praia do Buraco e a do Canto
29
Seguindo a rodovia Interpraias, está a praia de Laranjeiras, depois da central é a mais conhecida,
visto que possui águas calmas e infra-estrutura para atender os turistas, vale destacar também a
praia do Estaleiro, Estaleirinho, Taquaras, Taquarinhas, que possuem ondas bastante fortes, a
praia do Pinho, conhecida Por ser uma praia de naturismo.
Praia Central Praia de Taquaras Praia do Pinho
Praia do Estaleiro Praia de Laranjeiras Praia do Canto
Figura 02: Atrativos naturais Fonte: http://www.camboriú.sc.gov.br b) Atrativos Culturais:
Com relação aos atrativos culturais, o principal é o Bairro da Barra, considerado sítio cultural,
devido a presença da cultura açoriana, neste Bairro também se localiza a Igreja de Santo Amaro
em arquitetura colonial, (Tombada pelo Patrimônio Histórico), também a Casa Linhares antiga
propriedade da época do café, abriga hoje, a Escola de Arte e Artesanato e a Praça dos
Pescadores com algumas árvores de histórias pitorescas.
Ainda possui o Arquivo Histórico Municipal, onde esta arquivada dados sobre a história do
município, localizado na 3ª Avenida, na Biblioteca Municipal da cidade, dessa forma também se
30
destaca a Fundação Cultural de Balneário Camboriú, a Galeria de arte, os monumentos
distribuídos pela cidade dentre outros.
Capela Santo Amaro Cascata das Sereias Monumento aos Pescadores
Monumento Marambaia Biblioteca Municipal Escola de arte e artesanato Figura 02: Atrativos culturais
Fonte: http://www.camboriu.sc.gov.br
c) Infra- estrutura e equipamentos turísticos:
O município de Balneário Camboriú possui uma completa infra-estrutura para atender a
demanda, repleta de opções em lazer e entretenimento, com destaque para o parque Unipraias,
bastante procurado pelos turistas, este complexo turístico possui 47 bondinhos que liga a praia
central (Barra Sul) à praia de Laranjeiras.
Um dos mais equipamentos mais conhecidos é o Cristo Luz que possui 33 metros de altura, de
onde se tem uma vista panorâmica da cidade, cabe ressaltar que neste caso o Cristo Luz foi
considerado um equipamento turístico devido à infra-estrutura que possui, podendo também ser
considerado um atrativo cultural se analisado quanto a sua arquitetura.
31
Vale destacar os passeios de barco, com saída da Barra Sul, passando pela praia central e
desembarcando praia de Laranjeiras, além do cenário deslumbrante, os barcos oferecem
apresentações, música e muita descontração.
Ainda, cabe informar sobre os passeios de helicóptero, passeio de bondindinho pelos principais
pontos da cidade, a exuberante paisagem do molhe, os boliches, etc. São inúmeras as alternativas
dentro da cidade que uma das melhores destinações turísticas do Brasil.
Para quem gosta da balada, o agito das noites aparecem em estilos variados, boates, cervejarias,
cachaçarias, bares com música ao vivo, restaurantes, cafés coloniais e sorveterias, principalmente
ao longo da orla marítima.
Quanto à gastronomia, o município oferece variadas opções, dos restaurantes mais sofisticados
aos mais simples, cozinhas italiana, árabe, chinesa, japonesa, além de churrascarias, comida
mineira, bem como confeitarias e cafés coloniais, entretanto, por se tratar de uma destinação
litorânea, destaque para os frutos do mar.
Nesse sentido, a hospedagem de Balneário Camboriú é amplamente estruturada, com hotéis,
pousadas, casas de excursão, casa de aluguel, distribuídas por toda a cidade, com preços variados
oportunizando o turista escolher o melhor lhe agrada.
Ainda, cabe ressaltar o comércio local, que possui uma infinidade de alternativas por toda a
cidade, com shoppings centers, uma diversidade expressiva de lojas, supermercados, farmácias
etc. Todas as facilidades possíveis, visando tornar a estada do turista em uma agradável
experiência.
32
Cristo Luz Bondinhos aéreos – Unipraias Passeio de Escuna
Figura 02: Principais equipamentos turísticos Fonte: http://www.camboriu.sc.gov.br 4.1.2 Divulgação de Balneário Camboriú Para identificar aspectos da divulgação de Balneário Camboriú realizou-se um estudo
exploratório descritivo do cenário em questão, utilizando fontes secundárias, neste caso as
reportagens veiculadas em revistas e jornais sobre o município, enquanto destinação turística, o
que permite afirmar que o destino turístico está inserido na mídia como uma das melhores
destinações de praia do sul do Brasil.
Diante disso, a figura abaixo apresenta os dados de investimentos realizados na divulgação do
município de Balneário Camboriú nos últimos quatro anos:
Tabela 01: Divulgação de Balneário Camboriú na mídia:
ANO 2004 2005 2006 2007
Matérias veiculadas fora do Estado
139
257
263
150
Textos Produzidos
110 130 125 1 80
Jornalistas que visitaram o Município
58
74
145
320
Fonte: Secretaria de Turismo e Comércio de Balneário Camboriú, 2008.
33
Foi possível observar através da tabela 01 a diminuição de matérias veiculadas fora do estado,
Porém pode-se entender que o resultado das matérias veiculadas dependem da abrangência do
veículo de comunicação e por conseqüente a sua repercussão no público que atinge, vale ressaltar
que nem sempre quantidade revela qualidade
Com relação aos textos produzidos e inseridos nos veículos de comunicação para divulgar o
município, o mesmo apresenta um crescimento expressivo a cada ano, isso demonstra que a
divulgação é uma tarefa contínua, para que a imagem da destinação esteja sempre à vista do
consumidor na tomada de decisão.
Ainda, o último item da figura destaca o aumento do número de jornalistas que visitam o
município, no ano de 2007 a cidade recebeu 308 jornalistas brasileiros e 12 estrangeiros, fator
este muito importante, visto que, o trabalho destes profissionais repercute significativamente,
com isso a exposição do município na mídia nacional como internacional acarreta o
desenvolvimento da atividade turística local.
Vale ressaltar os inúmeros veículos de comunicação que publicam reportagens de Balneário
Camboriú, valorizando os aspectos turísticos da cidade, sendo alguns deles, os jornais Folha de
São Paulo SP, Estadão SP, Jornal do Brasil SP, Diário do Grande ABC SP, O Estado do Paraná
PR, Gazeta do Povo PR, O Povo CE, Diário do Nordeste CE, O Progresso MTS, as revistas
Brasil Turis SP, Brasil mostra Brasil SP.
Nesse contexto, internacionalmente também o Município é destaque em veículos de comunicação
como Clarin Argentina, La Nacion Argentina, La Opinion, revista Stylus sendo que esta última é
a revista de bordo da TAM Mercosur, esta chega ao alcance de muitas pessoas de todos os tipos.
Nesse sentido, o site do município também é considerado um forte meio de divulgação, visto que
de acordo com a Secretaria de Turismo só no ano de 2007 o site teve 141.264 acessos, ele contém
informações da cidade como atrativos, hospedagem, alimentação, endereços e telefones, além de
notícias relacionadas ao setor turístico da cidade.
34
Diante disso, (Pereira, 2001, p.117) afirma que a internet é a mais nova forma de promover,
divulgar e vender produto e a imagem de uma destinação turística. Seu objetivo é criar um
ambiente interativo com o consumidor, diminuindo o uso de intermediários e estreitando o
relacionamento da comunidade com seus visitantes.
4.1.3 Destaques, títulos e premiações de Balneário Camboriú:
Balneário Camboriú é um município reconhecido no setor turístico, a destinação é apreciada
nacional e internacionalmente recebe um grande número de turistas a cada ano que passa, diante
Isso, a cidade recebe diversos prêmios agregando se tornando destaque no panorama turístico.
Tabela 02: Destaques (premiações, títulos) mais recentes do setor turístico de Balneário
Camboriú:
Título/Premiação Órgão que concedeu Quando
Os municípios mais dinâmicos do Brasil
Jornal Gazeta Mercantil
2008
Destino indutor Ministério do Turismo 2007
2° lugar Cidade Turística Impar 2007 3° lugar Prêmio Catarinense de Propaganda
Sapesc
2006
Capital Catarinense do Turismo
Governo Estadual 2004
7ª lugar no Índice de Desenvolvimento Humano
PNUD
1991-2000
Fonte: Secretaria de Turismo e Comércio de Balneário Camboriú, 2008.
35
De acordo com a figura acima, o município foi considerado pela Revista Viagem e Turismo
como o 6° melhor destino turístico na categoria praias saindo na frente da baiana Trancoso e as
alagoanas, praia do Gunga e do Francês, o prêmio possui 22 categorias, eleitos unicamente pelos
leitores da revista Viagem e Turismo.
Um significativo reconhecimento para o município foi ser considerado pelo Ministério do
Turismo como um dos 65 destinos indutores do desenvolvimento turístico, juntamente com
Florianópolis e São Joaquim, Balneário Camboriú será um dos 65 municípios priorizados para
receber investimentos técnicos e financeiros do governo federal.
O requisito dos destinos selecionados foi a capacidade de atrair e distribuir um expressivo
número de turistas, bem como desenvolver a economia. O programa, elaborado pelo Ministério
do Turismo, visa estruturar esses 65 destinos turísticos, considerados com padrão de qualidade
internacional, através de programas de desenvolvimento nas áreas de planejamento, gestão e
estruturação dos segmentos turísticos.
Nesse sentido, outro prêmio que o município recebeu foi o prêmio “Os Municípios mais
Dinâmicos do Brasil 2008”, concedido pela Gazeta Mercantil, que apresenta informações
detalhadas sobre o potencial de consumo em 46 categorias de produtos e serviços de 300
municípios brasileiros, expõe os indicadores sócio-econômicos, de infra-estrutura, estado a
estado, ainda a evolução dos investimentos no Brasil por setor.
O jornal é destinado a empresários, profissionais de planejamento estratégico e de marketing,
governos municipais, estaduais e estudiosos da economia brasileira, quem recebeu o prêmio foi o
prefeito de Balneário Camboriú Rubens Spernau, além da classificação como município mais
dinâmico do Brasil na categoria estadual, a cidade conquistou também a quinta colocação no
ranking nacional.
Outra relevante recompensa foi com relação à imagem de Balneário Camboriú, quando em 2006
a Secretaria de Turismo e Comércio conquistou a 3° posição no Prêmio Catarinense de
36
Propaganda, realizado pelo Sindicato de Agências de Propaganda do Estado de Santa Catarina
(Sapesc), sinal de que o esforço quanto à divulgação do município atrai bons resultados.
Ainda, a cidade alcançou o 2° lugar no Projeto Impar (Indicador das Marcas de Preferência e
Afinidade Regional) no Estado de Santa Catarina no ano de 2007, este prêmio aponta a
preferência do consumidor quanto às marcas, o projeto Ímpar iniciativa da Rede SC em parceria
com o Ibope Inteligência, mais uma vez o município agrega valor a atividade turística, este
reconhecimento indica o quão é importante a qualidade da prestação de serviços e acima de tudo
no estabelecimento de uma imagem positiva que só acarreta benefícios a destinação.
Um dos mais significativos prêmios foi o título de Capital Catarinense do Turismo aferida ao
município em 2004 pelo Governo Estadual através da Lei n° 13.039 diante disso, cabe salientar
novamente o reconhecimento e a importância da destinação no cenário turístico, bem como a
contribuição deste para o desenvolvimento do setor no Estado.
Por fim, a sétima colocação no ranking nacional dos municípios com melhor índice de
desenvolvimento humano (IDH) título este concedido pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD) este programa visa o combate a pobreza, está distribuído em 166
países, trabalhando ao lado de governos, iniciativa privada e sociedade civil, nas suas atividades,
o PNUD encoraja a proteção dos direitos humanos e a igualdade de gênero.
4.1.4 Dados da pesquisa de demanda
A pesquisa de demanda turística é um importante instrumento de informação, através dela é
possível identificar números referentes à atividade turística de uma localidade, regiões bem como
os resultados obtidos apontam diretrizes necessárias para a busca do desenvolvimento turístico.
37
Tabela 03: Movimento estimado de turistas:
Origem 2006 2007 2008
Nacionais 670.465 640.045 587.539
Estrangeiros 102.419 108.411 98.407
Total 772.884 748.456 685.946
Fonte: http://www.santur.sc.gov.br
Diante as tabelas, percebeu-se que na tabela 03 que entrada de turistas na destinação diminuiu,
porém a receita como mostra a tabela 04 aumentou. Isso permite inferir que os turistas em
número menor acabaram gastando mais, pela classe econômica que pertencem, entre outros
fatores. Novamente ressalta-se que nem sempre quantidade revela qualidade.
Tabela 04: Receita estimada em dólar:
Receita 2006 2007 2008
Nacionais 171.319.065 203.314.458,69 252.823.895,38
Estrangeiros 37.610.310,42
40.979.312,76 55.768.671,01
Total 208.929.375,55
244.293.771,45 308.592.566,39
Fonte: http://www.santur.sc.gov.br
De acordo com a tabela 05 o que mais influenciou a viagem foi a recomendação de parentes e
amigos. Dessa maneira ressalta-se a importância de oferecer um produto de qualidade, que torne
a viagem do turista uma experiência agradável e inesquecível, de forma que este por sua vez
retorne outras vezes, ainda indique o destino para outras pessoas.Também se observou que a
internet, revistas, jornais, vem aumentando os percentuais de influência.
38
Tabela 05: Veículo de propaganda que influenciou a viagem:
VEÍCULO 2006 2007 2008
Amigos/parentes 67,56% 67,51 55,66
Folheto, folder, 8,69% 12,32% 17,45%
Internet 7,76% 7,14% 9,91%
Televisão 6,03% 3,04% 2,12%
Revista
5,91% 5,89% 10,38%
Jornal 3,82% 1,96% 3,54%
Rádio
0,23% 1,96% 0,94%
Filme 0,18%
Total 100,00% 100,00% 100,00%
Fonte: http://www.santur.sc.gov.br
39
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Atualmente a atividade turística é considerada uma importante ferramenta responsável pelo
desenvolvimento tanto econômico quanto social de inúmeras destinações pelo mundo, ainda, é
possível afirmar que essa atividade cresce em ritmo acelerado e que em alguns casos ela é o
principal gerador de renda e empregos.
Nesse sentido, a participação do poder público é extremamente indispensável para o
planejamento e organização dessa atividade, de forma que ela se desenvolva de maneira
adequada e proporcione resultados satisfatórios para a destinação e todos que a compõe.
Após a realização deste estudo percebe-se que Balneário Camboriú, apresenta-se como uma forte
destinação turística reconhecida nacional e internacionalmente, bem como a imagem positiva que
este apresenta nos veículos de comunicação.
Cabe informar que o produto turístico de Balneário Camboriú se destaca como um dos melhores
do sul do Brasil, isso se deve à qualidade dos atrativos, dos equipamentos e da prestação de
serviços, que atrai uma demanda turística expressiva todos os anos.
Para tanto, o reconhecimento e o destaque de uma destinação no cenário turístico, está
relacionada ao trabalho realizado através da promoção, divulgação, da qualidade dos seus
atrativos e também nos serviços prestados, neste caso a experiência inesquecível devido à
intangibilidade da atividade turística.
A imagem possui um papel fundamental no cenário turístico, sendo que ela é um importante
componente no processo de escolha do turista, de forma que é necessário trabalhá-la com
bastante dedicação, para que se consigam os objetivos pretendidos.
40
Nesse contexto, vale comentar que alguns dos requisitos analisados para a escolha dos 65
destinos indutores do desenvolvimento, onde Balneário Camboriú está inserido, foram a infra-
estrutura básica e turística, a qualidade dos atrativos e o fato da destinação ser um núcleo receptor
e distribuidor de fluxos turísticos, demonstrando o dinamismo da destinação no setor turístico.
Ainda, foi possível observar que Secretaria de Turismo e Comércio realiza um trabalho contínuo
para desenvolver o turismo do município, visto que investe na promoção através de produção de
textos, de realização de eventos, de participações em eventos como feiras, workshops do setor,
objetivando a divulgação da destinação.
Perante isso, vale verificar, o aumento dos textos produzidos á respeito da destinação, também o
aumento da presença de jornalistas tanto nacionais como estrangeiros no município, isso
comprova a dedicação que é destinada á divulgação de Balneário Camboriú.
Acerca disso, para melhorar cada vez mais o atendimento a Secretaria de Turismo e Comércio de
Balneário Camboriú utiliza-se de pesquisa de demanda realizada todos os anos, visto que essa
pesquisa aponta a opinião do turista em relação à destinação, bem como identifica os aspectos
onde precisa ser melhorado, agregando valor ao produto turístico.
Outro fator relevante são as premiações recebidas pelo setor, demonstrando o empenho da
administração no desenvolvimento turístico e se tornando exemplo para outras localidades, a
repercussão disso intervém positivamente na imagem da destinação, colocando-a em destaque e
agregando valor ao produto.
Diante disso é possível afirmar que a qualidade do produto turístico, o trabalho realizado através
do marketing, a utilização das pesquisas para identificar e buscar as melhorias fomentar a
atividade e o reconhecimento através das premiações recebidas são aspectos que interferem na
imagem de Balneário Camboriú de forma positiva, resultando em uma destinação turística
consolidada.
41
Portanto, os componentes do produto turístico devem ser desenvolvidos de forma adequada,
levando em consideração o planejamento, oferecendo qualidade e visando atrair um número vez
maior de turistas e dessa forma criando uma imagem positiva da destinação.
42
REFERÊNCIAS
RUSCHMANN, Dóris. Marketing Turístico: Um enfoque promocional. São Paulo: Papirus,
2003.
TRIGO, Luis, G. Turismo e Qualidade: Tendências contemporâneas. São Paulo: Papirus, 2002.
____________. Análises regionais e globais do turismo brasileiro. São Paulo: Roca 2005.
DIAS, Reinaldo. Introdução ao turismo. São Paulo: Atlas, 2005.
____________. Planejamento e desenvolvimento do Turismo no Brasil: Política e
desenvolvimento do turismo. São Paulo: Atlas, 2003.
MOTA, Keila. Marketing Turístico: Promovendo uma atividade sazonal. São Paulo: Atlas,
2001.
SARTORI, M. Estrutura organizacional das políticas públicas de turismo no Brasil:
aplicação da política nacional de turismo 1996/1999 em Santa Catarina. 2004. 180 f. Dissertação,
Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, 2004.
PELLIZZONI, L. R. C. A imagem das destinações turísticas: estudo de caso Balneário
Camboriú. 2004. 117 f. Dissertação - Universidade do Vale do Itajai. Balneário camboriú, 2004.
BIGNAMI, Rosane. A imagem do Brasil no turismo: Construção, desafios e vantagem
competitiva. São Paulo: Aleph, 2002.
OLIVEIRA, Antônio. Turismo e desenvolvimento: Planejamento e organização. São Paulo:
Atlas, 2005.
VAZ, Gil. Marketing Turístico: Receptivo e emissivo. São Paulo: Pioneira, 1999.
43
LAS CASAS, Alexandre. Marketing: Conceitos, exercícios e casos. São Paulo: Atlas, 2002.
BENI, Mário. Análise estrutural do turismo. São Paulo: Senac, 2003.
KOTLER: Philip. Administração de marketing. São Paulo: Prentice Hall: 2001.
44
PARTE II
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
45
1 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA E DA ACADÊMICA:
Identificação da empresa:
• Razão Social: Secretaria de Turismo e Comércio
• CGC/MF: 83.102.285/0001-07
• Inscrição Estadual: Isento
• Endereço: Rua 2950, n°771- Centro
• Município: Balneário Camboriú
• CEP: 88330-348
• Telefone: (47) 33678122
• Supervisor de Estágio: Evandro da Costa
1.1 Identificação da acadêmica:
• Nome: Sandra Terezinha Maria
• Data e local de nascimento: 22/12/83- Cantagalo –Paraná
• Filiação: Sebastião José Maria e Maria Izabel Maria
• RG: 5.601.596
• CPF: 043.595.569-18
• Endereço: Rua José Rebelo da Cunha n°41 Centro
• Município: Camboriú
• CEP: 88340-000
• Telefone: (47) 33655540- cel: 99270075
• E-mail: [email protected]
46
2 JUSTIFICATIVA
As atividades do Estágio Supervisionado estão fundamentadas na Lei no 6494, de 07/12/1977,
regulamentada pelo Decreto nº 87.497, de 18/08/1982, pareceres normativos CST nº 326, de
06/05/1971, Resolução n° 127/CONSUN/CaEn/07 da Universidade do Vale do Itajaí e pelas
normas administrativas aprovadas pelo Curso de Turismo e Hotelaria.
O interesse pelo Turismo Público surgiu desde os primeiros períodos de Faculdade quando tive o
primeiro contato e as primeiras informações sobre a área visto que o curso se divide em duas
grandes etapas sendo a primeira o turismo e a segunda a hotelaria.
Dessa forma, para que o desenvolvimento do turismo ocorra de maneira ordenada e organizada
com um caminho previamente delineado é importante considerar a participação de dois agentes
econômicos: a organização nacional de turismo e o governo (LAGE & MILONE, 2001).
Para o avanço do conhecimento o estágio é fundamental para o acadêmico, pois é onde ele coloca
em prática tudo que aprendeu na teoria, sendo que possibilita o mesmo vivenciar as atividades da
empresa e dessa forma no desenrolar delas o acadêmico sempre agrega um conhecimento além
do esperado e isso é um aspecto relevante que o estágio proporciona.
Sendo assim, para Bissoli (2003, P.15) o estágio permite a integração teórico-prática vivenciada e
inserida em contexto envolvendo diferentes visões e dimensões da realidade (social, econômica,
política, cultural, ética) possibilita a formação de m profissional apto a enfrentar desafios.
Considerando o interesse em estágios em Turismo Público optou-se pela Secretaria de Turismo e
Comércio do Município de Balneário Camboriú, Município que desenvolve projetos inovadores,
sendo referência em gestão publica do turismo.
Ainda, Balneário Camboriú é destinação turística nacional e internacionalmente recebendo um
número significativo de turistas durante a alta temporada, no que implica na necessidade de uma
gestão estratégica no sentido de garantir a consolidação do Município como pólo turístico.
47
3-Objetivos:
3.1 Objetivo geral: Desenvolver atitudes e hábitos profissionais, bem como adquirir, exercitar e
aprimorar conhecimentos técnicos nos campos do Turismo e Hotelaria.
3.2 Indicadores de Estudo:
• Identificar na literatura especializada os fundamentos teóricos de turismo público;
• Identificar/reconhecer a estrutura administrativa da Secretaria de Turismo e Comércio de
Balneário Camboriú;
• Empregar os conhecimentos teóricos nos diferentes setores a serem percorridos durante a
realização do Estágio;
• Reunir as informações observadas e vivenciadas no campo de Estágio para fins de relatório e
compreensão
• Processar o relatório de Estágio;
• Identificar uma situação com potencial de mudança ou melhoria a ser planejada no projeto de
ação, exigência parcial para a obtenção do título de bacharel em Turismo e Hotelaria;
48
4- CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA:
4.1 A evolução histórica da empresa até sua organização atual:
A Secretaria de Turismo e Comércio de Balneário Camboriú foi instalada devido a necessidade
latente de desenvolver o turismo no município estando localizada atualmente na Rua 2950,
n°771.
Em 09 de abril de 1970 é criado o “Departamento de Turismo” pelo então prefeito Sr. Armando
César Ghislande em conjunto com a Câmara Municipal de Vereadores através da Lei nº 126
(anexo a).
No ano seguinte em 20 de dezembro a Câmara Municipal de Vereadores aprovou a emenda
sugerida pelo vereador Fernando Humberto Dellatorre o projeto de Lei n° 171 (anexo b) que cria
o “Conselho Municipal de Turismo” em 31 de dezembro de 1971 com a finalidade de estimular,
implantar projetos turísticos.
Em 01 de julho de 1994, a Câmara Municipal em conjunto com o prefeito municipal aprovaram a
Lei nº 1.361 (anexo c), que cria o FUMTUR fundo municipal de turismo. Este fundo cria
condições financeiras que visam gerenciar os recursos destinados ao desenvolvimento do
turismo.
Em 28 de julho de 1994, foi inaugurado o primeiro posto de informações turísticas (PIT)
localizado em frente à Secretaria de Turismo, no mesmo ano, através da Lei nº 1416 (anexo d)
que disciplina a circulação estacionamento de ônibus de excursão, caminhões, moto-home,
trailers e outros veículos de grande porte dentro da cidade, ainda, foi criado o “selo de
identificação”. Os valores cobrados através da unidade fiscal do município (UFM) serão
destinados para a produção de material promocional que são confeccionados por uma empresa
terceirizada.
Em 17 de dezembro de 2003 é aprovada pela Câmara Municipal a Lei n° 2.305 (anexo e) que
muda o nome da Secretaria Municipal de Desenvolvimento para Secretaria Municipal de Turismo
e Comércio, então sancionada pelo prefeito em exercício Rubens Spernau.
49
Em 10 de maio de 2007 entra em vigor a Lei n° 1.335/94 que cria o sistema de rotas para ônibus,
micro-ônibus e vans dentro do município, onde visa facilitar o tráfego na cidade, sendo assim
através do local onde os turistas ficarão hospedados é possível traçar o caminho mais fácil e
rápido para chegar até o local de hospedagem, o ônibus deve ficar em estacionamento ou fora do
perímetro urbano sendo permitido o tráfego apenas para embarque e desembarque de passageiros
nos locais de hospedagem, sendo que esta rota deve ser cumprida, pois em caso de
descumprimento o veículo será notificado e posteriormente multado caso reincida (anexof).
4.2 Infra-estrutura física atual:
A Secretaria Municipal de Turismo e Comércio de Balneário Camboriú está localizada na Rua
2950, n° 771, com uma área total de 320m² possuindo:
• 02 almoxarifados;
• 01 recepção;
• 08 salas administrativas;
• 04 banheiros (01 sala do secretário, 01 sala do diretor, 02 para funcionário e visitantes);
• 01 copa;
• 01 ante sala para assessoria de gabinete;
Ainda, possui dois postos de informações o PIT I na Avenida do Estado nº 5041 com:
• 01 recepção, onde se realiza o atendimento dos ônibus fazendo o cadastro, o selo e a rota e
também o atendimento aos turistas e população com informações turísticas e entrega de
folhetos dos atrativos da cidade;
• 01 copa;
• 01 sala para o INFOTUR;
• 03 banheiros (02 para funcionários, 01 para visitantes);
• 01 almoxarifado;
50
O PIT II está localizado no Terminal Rodoviário, Avenida Santa Catarina n°347 Bairro dos Estados.
O Trapiche na Praia de Laranjeiras atende os turistas que chegam em embarcações de pequeno
porte, com informações turísticas do município.
4.3 Infra-estrutura administrativa:
Figura 06: Organograma Geral Fonte: Secretaria Municipal de Turismo e Comércio 2008
Ass. de
Gabinete
Planejamento
e Pesquisa
Financeiro Marketing e
Eventos
Ass. De
Comunicação
Diretoria Geral
Secretaria
de Turismo
Contabilidade Trapiche de
Laranjeiras
PIT I e II CIT
51
4.4 Tabela de recursos humanos: A Secretaria de Turismo e Comércio possui atualmente 36 funcionários, dessa forma segue
abaixo a tabela de cargos e n° de funcionários em cada setor.
Tabela 1 – Descrição dos cargos e número de funcionários.
CARGO Nº DE FUNCIONÁRIOS
Gabinete
Secretário de Turismo 01
Sub-Total 01
Diretoria Geral
Diretor Geral 01
Sub-Total 01
Assessoria de Gabinete
Coordenadora Administrativa 01
Copeira 01
Recepcionista 01
Sub-Total 03
Setor Financeiro
Diretora Financeiro 01
Sub- Total 01
Setor de Planejamento e Pesquisa
Diretor de Turismo 01
Assistente Administrativo – Planejamento 01
Atendente CIT 01
Estagiário – Planejamento 06
Estagiário – Pesquisa 01
Pesquisadora 02
Atendente do Trapiche 01
52
CARGO Nº DE FUNCIONÁRIOS
Atendente do PIT I e II 08
Sub-Total 22
Setor de Marketing e Eventos
Coordenadora de Marketing e Eventos 01
Supervisor de Marketing e Eventos 04
Assessor de Marketing e Eventos 01
Sub-Total 06
Assessoria de Comunicação
Assessor de Imprensa 01
Jornalista 01
Sub-Total 02
TOTAL 36
Fonte: Secretaria Municipal de Turismo e Comércio (2008)
4.5 Serviços prestados aos clientes:
A Secretaria de Turismo e Comércio é responsável pela criação, desenvolvimento e aplicação de
políticas de estímulo turístico, fomentação do turismo no município, ainda cabe à Secretaria o
planejamento estratégico com objetivo de captar a demanda.
Além disso, a Secretaria ainda desenvolve os seguintes serviços:
• Elaboração de material promocional e de divulgação dos atrativos turísticos do município;
• Divulgação do destino em outros estados através de feiras, exposições;
• Preparação de calendário com a programação de eventos que acontecerão na cidade;
• Prestação de informações turísticas aos visitantes e a própria população, com material
promocional;
53
• Realização de cursos de capacitação para melhorar a qualidade do atendimento;
• Distribuição de materiais para divulgação dos atrativos;
• Elaboração de inventário comercial para o banco de dados da INFOTUR;
• Realização de pesquisa nos eventos internos do município para analisar os desejos da
demanda e assim melhor atender;
• Realização de pesquisa durante o ano todo para saber o perfil do turista que visita a cidade;
• Elaboração de estratégias para captar a demanda;
• Reuniões com o trade turístico do município apresentando todas as informações pertinentes
ao setor;
• Serviços de estatísticas analisando o comportamento da oferta e da demanda;
• Realização de políticas de estímulo ao turismo no município;
54
5 – DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS POR SETOR:
5.1 Setor: Planejamento e Pesquisa:
Responsável: Evandro da Costa
Período: 05 /12/2007 a 07/03/2007
Nº de horas: 450
5.1.1 Funções do setor:
O setor de Planejamento e Pesquisa visa coordenar o planejamento turístico e desenvolver
estudos específicos, ainda realiza e executa projetos voltados à atividade turística.
Nesse sentido, a Secretaria desenvolveu e utiliza um sistema de cadastramento denominado
“COBUS”, nele é possível armazenar todas as informações referentes aos veículos de excursão,
isso permite a obtenção de dados sobre o fluxo de turistas que vistam o município.
O setor também é responsável pela realização do inventário comercial, onde os dados sobre os
estabelecimentos comerciais do município estão em constante atualização a fim de prestar um
serviço de informação dinâmica e de qualidade.
Nesse contexto, o setor aplica treinamentos para vendedores dos quiosques e ambulantes com
noções de atendimento, de higiene, de manipulação de alimentos entre outros visando um
atendimento eficiente ao turista e a população em geral.
Dessa forma, os postos de informações PIT I, PIT II e Trapiche se encontram sob a supervisão do
setor de Planejamento e Pesquisa que elabora as escalas de trabalho, abastece os postos com
material promocional, controla os valores monetários recebidos no PIT I e no Trapiche, estes
valores são revertidos ao Fundo Municipal de Turismo (FUMTUR).
Ainda, nesse sentido, o PIT I realiza através do sistema “Cobus” o cadastramento dos ônibus que
entram na cidade efetivando a cobrança da taxa de permanência, preenchimento do selo e a
elaboração da rota.
É de responsabilidade do setor a aplicação das pesquisas turísticas, compreendendo a
mercadológica que ocorre o ano inteiro, sendo que o questionário varia de 08 a 15 questões
55
dependendo da época e são aplicados nas principais avenidas da cidade como a Avenida Brasil,
na Avenida Atlântica e na Avenida Central onde o fluxo de turista é maior.
A outra é da Santur (Órgão Oficial do Turismo de Santa Catarina) esta ocorre anualmente nos
meses de alta temporada, ou seja, dezembro, janeiro fevereiro e março, todas visando caracterizar
o perfil da demanda como também pesquisar o nível de satisfação do turista em relação ao
município e buscando a qualificação do produto turístico.
5.1.2 Infra- estrutura do setor:
No setor de planejamento da Secretaria de Turismo e Comércio apresenta a seguinte infra-
estrutura:
• 04 mesas com gavetas;
• 01 mesa para reuniões;
• 01 impressora;
01 fichário de alumínio c/ 04 gavetas;
• 02 quadros de Balneário Camboriú;
• 03 lixeiros;
• 02 aparelhos de telefone;
• 01 mural;
• 01 estante c/03 prateleiras e 02 portas;
• 10 cadeiras estofadas;
• 01 balcão c/02 portas;
• 01 ar condicionado;
• 03 computadores;
5.1.3 Atividades desenvolvidas pela acadêmica no setor:
a) Atividades de rotina no PIT I e II:
• Atendimento aos turistas através de informações turísticas, á turistas que chegavam de tanto
de automóvel, quanto nos ônibus de excursão e desejavam informações à respeito da cidade.
56
• Atendimento a população local com informações do sobre endereços, telefones, horário de
atendimento dos estabelecimentos comerciais e dos atrativos turísticos do município, estas
informações eram prestadas pessoalmente ou via telefone.
• Distribuição de material promocional do município para os turistas que passavam pelo portal
em busca de informações turísticas, eram distribuídos folders dos equipamentos turísticos e
dos serviços oferecidos bem como calendário de eventos do mês, calendário do carnaval entre
outros.
• Distribuição de material promocional para a população em geral, visto que eram
disponibilizados panfletos, folders, calendários para as pessoas se interessavam em conhecer
melhor os aspectos turísticos da cidade.
• Realização de cadastro dos ônibus que chegavam à cidade, através de informações obtidas
com o guia ou motorista da excursão como a procedência do grupo, onde seria hospedagem, o
número de passageiros, quantos das ficariam na cidade entre outras, essas informações ficam
armazenadas no sistema “COBUS” e assim é possível obter os relatórios com os dados
turísticos do município.
• Elaboração do selo, à medida que o cadastro é realizado, o selo também é preenchido, onde
constam informações como a placa do ônibus, o local de hospedagem, o local de
estacionamento e o tempo de permanência na cidade.
• Elaboração da rota, elas se encontram prontas e armazenadas no sistema e com a informação
do local de hospedagem e estacionamento é possível traçar um trajeto para o ônibus de forma
que este se locomova de forma mais rápida e sem atrapalhar o trânsito da cidade.
• Anotações das informações prestadas durante o expediente, à medida, que as informações
eram dadas também eram anotadas na planilha elaborada pela Secretaria onde no final de cada
mês elas são contadas e armazenadas para fins de relatório anual.
• Emissão de relatórios: realizado através dos dados turísticos do dia, visto que os
representantes das empresas turísticas solicitavam relatórios diários com informações dos
ônibus que entravam no município para posteriormente buscá-los e vender o seu produto.
57
b) Atividades técnicas no setor de Planejamento e Pesquisa:
• Realização de pesquisa mercadológica através da aplicação de formulários com os turistas em
diversas áreas do município, estas entregues ao setor de pesquisas que se encarregava das
tabulações.
• Realização da pesquisa de demanda da Santur onde eu fiquei na Avenida do Estado em frente
ao PIT I, juntamente com dois policiais que abordavam os carros que estavam saindo da
cidade, onde me apresentava e realizava o questionário em seguida o carro era liberado.
• Participação de reunião com o trade, os representantes das empresas turísticas do município,
onde o secretario de turismo explanou sobre a necessidade dos mesmos ficarem organizados a
espera dos ônibus, nos fundos do portal do PIT. Pois na frente onde estavam acostumados a
ficar tornava uma imagem poluída para o portal. A solicitação do secretario foi atendida e os
representantes ficaram acomodados e devidamente identificados com crachás.
• Distribuição dos mapas e calendário de eventos nos hotéis da Avenida Brasil e Atlântica.
• Entrega de certificado para os vendedores ambulantes e vendedores dos quiosques que fizeram
o curso de qualidade no atendimento oferecido pela Secretaria, posteriormente o alvará da
prefeitura.
b) Atividades de rotina no setor de planejamento e pesquisa:
• Durante o estágio realizei tarefas rotineiras dentro do setor de planejamento e pesquisa como
passar fax para o PIT I com informações pertinentes do setor.
• Trabalhei fazendo cópias da lista de hotéis, de agências, restaurantes do município esta lista
continha o endereço, telefone e e-mail, ainda realizei a separação de mapas para abastecer os
PIT I e II.
• Atualizei a lista de contatos telefônicos da Secretaria, onde elaborei uma tabela com o nome
de todos os funcionários e estagiários e seus respectivos números para facilitar e agilizar a
comunicação da Secretaria.
58
• Elaborei lista de materiais faltantes como mapas, canetas, lista de hotéis, agências,
restaurantes, entre outros nos PIT I e II.
5.1.4 Conhecimentos técnicos adquiridos:
• Durante o tempo destinado ao estágio e através das atividades realizadas foi possível observar
o funcionamento da Secretaria, suas funções, seus objetivos e a sua importância no
desenvolvimento do turismo no município.
• Sendo assim, ficou evidente que as ações da Secretaria contribuem para a organização
adequada do setor turístico da localidade.
• Nesse sentido evidencia-se a preocupação da Secretaria com a qualidade no atendimento,
visto que realiza o curso para aperfeiçoar aos vendedores para um atendimento satisfatório,
esse é um exemplo a ser seguido por outras Secretarias.
• Ainda, ressalta-se a importância das pesquisas realizadas no sentido de identificar o perfil do
turista que visita o município e através dos dados obtidos é possível realizar melhorias a fim
de conseguir um turismo de qualidade.
• Outro aspecto fundamental do setor é a busca pela atualização, ou seja, através de informações
recentes se torna mais fácil a tomada de decisão e assim uma administração de resultados.
• Nesse contexto, um fato que despertou minha atenção foi a utilização do sistema “COBUS”
ele é muito importante no armazenamento de informações, que são utilizadas nos relatórios
turísticos do município, vale observar esse diferencial tecnológico da Secretaria.
5.1.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas:
O ambiente acolhedor presente na Secretaria de turismo possibilitou a realização das tarefas de
forma tranqüila e agradável. Devido ao fato da Secretaria receber estagiários a bastante tempo,
todos os funcionários estão acostumados, por isso a minha presença foi bastante proveitosa.
Entretanto, um aspecto limitante observado foi o grande número de tarefas atribuídas ao setor de
Planejamento e Pesquisa, além das atividades dentro da secretaria, ainda é realizada a supervisão
59
dos três postos de informações distribuídos na cidade e a coordenação das pesquisas destinadas
aos turistas que são freqüentes.
Nesse sentido, foi analisado durante o período de estágio, mais especificamente na área de
atendimento, a falta de fluência na língua estrangeira principalmente o espanhol, isso dificulta o
atendimento, visto que a maioria dos turistas estrangeiros que visitam o município é de
procedência Argentina.
Outro fator limitante notado foi a falta de equipamentos como telefone, fax, computador no Posto
de Informações da rodoviária, sendo que é muito importante para facilitar o atendimento ao
turista e a população e ainda ajuda a comunicação do funcionário com o setor de trabalho.
Como sugestões administrativas recomendam-se a possibilidade de contratação de mais
estagiários para auxiliar especificamente no setor de Planejamento e Pesquisa dentro da
Secretaria, para dessa forma fornecer suporte as tantas tarefas deste setor.
A respeito da falta de fluência na língua estrangeira a proposta seria que nas próximas
contratações seja exigida a fluência de no mínimo dois idiomas, tornando assim um atendimento
de qualidade ao turista.
Nesse contexto, com relação à falta de equipamentos no PIT da rodoviária a sugestão seria a
aquisição destes equipamentos, otimizando o atendimento.
60
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após o período de estágio é possível afirmar que foi de grande valia a experiência e os
conhecimentos adquiridos e ficou evidente a importância da Secretaria de turismo no município,
visto que o planejamento e a organização facilitam o desenvolvimento do setor.
As tarefas executadas durante o estágio agregaram valor ao conhecimento teórico obtido em sala
de aula, fixando ainda mais os entendimentos sobre a atividade turística, mais especificamente a
área do turismo público.
Obteve-se um aprendizado muito satisfatório, num ambiente hospitaleiro e de excelente
tratamento, onde todos procuraram ajudar nas dúvidas que surgiam durante o processo de estágio.
Dessa forma, ressalta-se a seriedade com que as tarefas são realizadas dentro da Secretaria e o
nível de comunicação existente entre os setores. Isso permite a realização de trabalho dinâmico e
eficaz com resultados satisfatórios para a atividade turística municipal.
Ao término do estágio na Secretaria de Turismo e Comércio de Balneário Camboriú foi possível
fazer a relação do que aprendi até sobre turismo público nos livros, revistas, jornais, artigos entre
outros com a experiência vivida no dia-dia durante a realização das tarefas do estágio, na prática
as coisas são diferentes, pois tudo é realizado de forma dinâmica para obter os melhores
resultados possíveis.
Nesse sentido, foi possível observar a estrutura administrativa da Secretaria, o seu
funcionamento, as ações desenvolvidas para fomentar o turismo na cidade, o esforço para
conquistar a qualidade da atividade turística.
Nesse contexto, durante o tempo de estágio na Secretaria utilizou-se de conhecimentos adquiridos
em sala e colocá-los em cada atividade que exercia. Ainda, ressalta-se o aprendizado de ações
fundamentais na gestão pública do setor turístico.
Dessa maneira, no tempo de estágio na Secretaria observou-se procedimentos técnicos,
acompanhados de análise de documentos necessários para a realização do relatório final.
Dessa forma, após analisar o trabalho realizado pela Secretaria, os prêmios recebidos na mídia,
61
resolveu-se realizar um estudo para identificar os aspectos que tornam Balneário Camboriú uma
destinação turística consolidada. Esse será o tema do meu projeto de pesquisa para obtenção do
titulo de Bacharel em Turismo e Hotelaria.
62
ASSESORIAS TÉCNICAS E EDUCACIONAIS
Coordenadora do Curso de Turismo e Hotelaria: Msc.Silva Regina Cabral
Profº responsável pelo estágio: Msc.Arno Minella
Orientador: Profª. Drª. Marlene Huebes Novaes
63
ANEXOS
ANEXO A: Documentos da empresa
64
ANEXO A: lei nº 126/1970
65
LEI Nº 126/1970
CRIA O DEPARTAMENTO DE TURISMO DO MUNICÍPIO, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS
O Prefeito Municipal de Balneário Camboriú, faz saber a todos os habitantes deste
Município, que a Câmara aprova e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - Fica criado o DEPARTAMENTO DE TURISMO do Município, diretamente subordinado
ao Prefeito Municipal.
Art. 2º - O Departamento de Turismo terá a assistência permanente, como órgão de
consulta, da COATUR - Comissão de Assessoramento e Turismo da Prefeitura Municipal.
Art. 3º - O Departamento de Turismo será dirigido por um titular, de livre escolha do
Prefeito Municipal, nomeado em comissão constituindo-se dos seguintes serviços:
1 - Protocolo, expediente e comunicação;
2 - Comissão de desportos;
3 - Comissão de Turismo e Promoções Diversas.
Art. 4º - O Departamento de Turismo reger-se-á por um Regimento Interno, expedido pelo
seu Titular, e aprovado por Decreto Executivo.
Parágrafo Único - O Regimento Interno de que trata este Artigo será baixado dentro de
sessenta (60) dias, contados da data de instalação do Departamento.
Art. 5º - O Quadro de Pessoal do Departamento de Turismo, restrito ao indispensável ao
seu plano funcionamento, será aprovado por Decreto Executivo, todos os seus
empregados, inclusive o seu titular, serão regidos pela Consolidação das Leis de
Trabalho (C.L.T.).
Art. 6º - Para ocorrer as despesas de sua manutenção, o Departamento de Turismo será
custeado:
a) com doações;
b) com subvenções consignadas no orçamento Municipal;
c) com receitas decorrentes de suas atividades;
d) com toda receita proveniente da Taxa de Turismo, a ser instituída por Lei
Municipal.
Art. 7º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Prefeitura Municipal de Balneário Camboriú, em 09 de abril de 1970.
ARMANDO CESAR GHISLANDI
Prefeito Municipal
66
ANEXO B: Lei n°171/1971
67
LEI Nº 171/1971
CRIA O CONSELHO MUNICIPAL DE TURISMO
O Prefeito Municipal de Balneário Camboriú, Estado de Santa Catarina. Faço saber que a
Câmara aprovou e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1º - Fica criado com subordinação ao Prefeito Municipal, o Conselho Municipal de
Turismo - COMUTUR.
Art. 2º - Este órgão disciplinar-se-á por Regimento Interno, elaborado pelo Executivo
Municipal, obedecidas as prescrições legais aplicáveis à espécie e será aprovado por
Decreto.
§ Único - O regimento Interno de que trata este Artigo será aprovado em 60 (sessenta)
dias após a sanção da presente Lei.
Art. 3º - O Conselho Municipal de Turismo terá de contar entre seus membros,
obrigatoriamente, dois (2) Vereadores da Câmara Municipal.
Art. 4º - Nenhum dos membros do Conselho Municipal de Turismo perceberá vencimentos.
Art. 5º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Gabinete do Prefeito, em 31 de dezembro de 1971.
ARMANDO CESAR GHISLANDI
Prefeito Municipal
68
ANEXO C: Lei nº 1361/94
69
LEI Nº 1361/94
CRIA O FUNDO MUNICIPAL DE TURISMO - "FUMTUR".
LUIS VILMAR DE CASTRO, Prefeito Municipal de Balneário Camboriú, Estado de Santa
Catarina. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - Fica criado o FUNDO MUNICIPAL DE TURISMO - FUMTUR, que tem por objetivo
criar condições financeiras e de gerência dos recursos destinados ao desenvolvimento
das ações do Turismo, executadas pela Secretaria de Turismo e Desenvolvimento, e
coordenadas pelo Chefe do Poder Executivo Municipal e pela Secretaria da Fazenda.
Art. 2º - Constituem recursos financeiros do Fundo:
I - As dotações constantes do Orçamento geral do Município;
II - As contribuições, subvenções e auxílios de órgãos da Administração Direta
Indireta, Federal, Estadual e Municipal;
III - As receitas oriundas de convênios, acordos e contratos celebrados entre o
Município e Instituições Públicas e Privadas, cujas execuções sejam de competência da
Secretaria de Turismo e Desenvolvimento;
IV - As dotações recebidas de pessoas físicas e jurídicas, ou de Organismos Públicos
Nacionais e Estrangeiros;
V - O produto da alienação de material ou equipamentos inservíveis;
VI - Os rendimentos provenientes de aplicação financeira;
VII - O produto da arrecadação de taxas de fiscalização, multas e juros no âmbito da
Secretaria de Turismo e Desenvolvimento;
VII - Patrocínios e apoios de pessoas jurídicas nacionais e estrangeiras destinadas à
promoções, eventos, campanhas publicitárias e projetos especiais do âmbito da
Secretaria de Turismo e Desenvolvimento;
IX - Outras receitas especificamente destinadas ao Fundo.
Art. 3º - A Administração do Fundo Municipal de Turismo - FUMTUR, será efetuada pelo
Prefeito Municipal, Secretário da Fazenda e Secretário de Turismo e Desenvolvimento.
Parágrafo Único - A movimentação e aplicação dos recursos do FUMTUR, será feita pelo
Secretário de Turismo e Desenvolvimento, juntamente com o Prefeito Municipal e
Secretário da Fazenda.
70
Art. 4º - As disponibilidades financeiras do FUMTUR, mediante expressa autorização do
Prefeito Municipal, Secretário da Fazenda e Secretário de Turismo e Desenvolvimento,
serão aplicadas:
I - Nos programas de promoção, proteção e recuperação, desenvolvidos ou coordenados
pela Secretaria de Turismo e Desenvolvimento;
II - Na promoção e financiamento de estatutos e pesquisas do Desenvolvimento Turístico
Municipal;
III - Nos programas de treinamento e aperfeiçoamento de recursos humanos;
IV - Nos custeio parcial ou total de despesas de viagens de pessoal, desde que
comprovada a sua destinação exclusiva para o desenvolvimento turístico;
V - Nos trabalhos de comunicação e divulgação de matérias relativas ao turismo
municipal;
VI - Na aquisição de equipamentos, material permanente e de consumo para rede de
unidades de serviço da Secretaria de Turismo e Desenvolvimento, bem como na manutenção
e conservação de instalações.
VII - Na execução de obras e ampliações, bem como nas melhorias e adaptações das
demais áreas físicas integrantes da rede de serviço da secretaria de Turismo e
Desenvolvimento.
VIII - Nos programas de divulgação turística municipal em âmbito local, estadual,
nacional e internacional;
IX - Na confecção de material de folheteria para apoio à campanhas e distribuição para
rede de unidades de prestação de serviços da secretaria de turismo e Desenvolvimento;
X - No custeio de alimentação e hospedagem de grupos especiais de jornalistas e
agentes de viagens nacionais e estrangeiros durante "Famturs" e Workshops" realizados
no Município, visando a divulgação da cidade;
XI - No custeio de eventos, promoções, shows e todos equipamentos técnico e
eletrônico, bem como da infra-estrutura necessária para sua realização.
Art. 5º - A supervisão da FUMTUR, cabe ao Prefeito Municipal, ao Secretário da
Fazenda, ao Secretário de Turismo e Desenvolvimento, e a 3 (três) Vereadores da Câmara
de Balneário Camboriú, a quem compete:
I - Delegar competência para a prática de atos concernentes às atividades específicas
do Fundo;
II - Fixar diretrizes operacionais do FUMTUR;
71
III - Baixar normas e instruções disciplinares para aplicação dos recursos do FUMTUR,
mediante planos, projetos técnicos e estudo de viabilidade dos mesmos;
IV - Autorizar previamente a execução do orçamento ou aplicação dos recursos do
FUMTUR, mediante projetos técnicos e estudos dos mesmos;
V - Propor alterações na promoção financeira durante execução dos mesmos;
VI - Firmar acordos, contratos, convênios ou outros atos indispensáveis à consecução
do Fundo;
VII - Propor alterações nesta Lei;
VIII - Movimentar juntamente com o Prefeito Municipal e o Secretário da Fazenda, os
recursos financeiros;
IX - Fiscalizar a arrecadação ou recolhimento dos recursos financeiros, bem como a
emissão de empenhos, liquidações de contas e pagamentos das despesas do Fundo;
X - Exercer outras atribuições relacionadas com a supervisão e a administração do
FUMTUR.
Art. 6º - A administração dos recursos do Fundo será exercida através da Secretaria da
fazenda, sob supervisão direta do secretário de Turismo e Desenvolvimento, a quem,
compete:
I - Elaborar e submeter à aprovação do Secretário de Turismo e Desenvolvimento, a
proposta orçamentária do FUMTUR e a sua programação financeira;
II - Encaminhar mensalmente à Secretaria da Fazenda, os balanços e outras
demonstrações contábeis, nos prazos estabelecidos;
III - Efetuar pagamentos e adiantamentos, autorizados, necessários às aplicações do
Fundo;
IV - Movimentar as contas de depósitos e recursos financeiros do Fundo;
V - Estudar e analisar relatórios de prestação de contas de recursos recebidos pelo
FUMTUR, de pessoas físicas ou jurídicas.
VI - Participar da formulação da política econômica financeira do Fundo;
VII - Coordenar,orientar e controlar a execução orçamentária do Fundo;
VIII - Registrar e controlar o saldo financeiro do Fundo, bem como os suprimentos,
pagamentos, arrecadações e recolhimentos;
72
IX - Emitir empenhos, sub-empenhos, guias de recolhimento e cheques nominativos em
conjunto com o Prefeito Municipal e Secretário da Fazenda;
X - Apreciar e dar parecer sobre as contas anuais das pessoas físicas ou jurídicas,
beneficiadas com recursos do Fundo, determinando sua tomada quando não for observado o
prazo fixado para a comprovação;
XI - Organizar e manter atualizada coletâneas de Leis, Decretos e outros documentos do
interesse do Fundo;
XII - Desenvolver outras atividades relacionadas com a administração financeira do
Fundo.
Art. 7º - O saldo positivo do FUMTUR, apurado em balanço será, salvo determinação em
contrário do Chefe do Poder Executivo, transferido para o exercício seguinte a crédito
do mesmo Fundo.
Art. 8º - O Secretário de Turismo e Desenvolvimento fica autorizado a baixar os atos
complementares necessários ao fiel cumprimento e aplicação imediata da presente Lei.
Art.9º-Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Balneário Camboriú, 01 de Julho de 1994.
LUIS VILMAR DE CASTRO
Prefeito Municipal
73
ANEXO D: Lei n° 2305
74
LEI Nº 2305, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2003.
DISPÕE SOBRE A ALTERAÇÃO DA NOMENCLATURA DA SECRETARIA DE TURISMO DO MUNICÍPIO DE
BALNEÁRIO CAMBORIÚ".
O Prefeito Municipal de Balneário Camboriú, Estado de Santa Catarina. Faço saber que a
Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei
Art. 1º Ficam alterados o artigo 4º, inciso VIII; e o artigo 63 "caput", e seu
parágrafo único; e o artigo 101, inciso VIII, todos da Lei N.º 1.068/91, da seguinte
forma: onde se lê "Secretaria de Turismo", leia-se "SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO E
COMÉRCIO".
Art. 2º O inciso I do artigo 63, passa a vigorar com a denominação ora indicada
"Departamento de Turismo e Comércio"
Art. 3º No artigo 64, "caput" da Lei N.º 1.068/91, onde se lê "Secretário de Turismo",
leia-se "SECRETÁRIO MUNICIPAL DE TURISMO E COMÉRCIO".
Art. 4º Os demais dispositivos legais do Município de Balneário Camboriú que
contiverem a nomenclatura "Secretaria de Turismo", altere-se para "Secretaria
Municipal de Turismo e Comércio", o mesmo ocorrendo com a nomenclatura do Secretário
Municipal.
Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.
Balneário Camboriú, 17 de dezembro de 2003
Rubens Spernau
Prefeito Municipal
75
ANEXO E: Lei n° 1335/94
76
LEI Nº 1335/94
"DISPÕE SOBRE A REGULAMENTAÇÃO, EXECUÇÃO, LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO DO TRANSPORTE
TURÍSTICO POR VIA TERRESTRE, MARÍTIMA OU FLUVIAL DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ, E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS".
LUIS VILMAR DE CASTRO, Prefeito Municipal de Balneário Camboriú, Estado de Santa
Catarina, faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º. - O transporte turístico é o serviço prestado com a finalidade de lucro, para
deslocamento de pessoas por via terrestre, marítima ou fluvial, para fins de
excursões, passeios locais, translado e outras programações turísticas, privativo das
agências de viagens e turismo.
Art. 2º. - Considera-se transporte turístico de superfície os prestados nas seguintes
modalidades:
I - Transporte para excursões: o realizado no âmbito municipal, intermunicipal,
interestadual ou internacional, para o atendimento de excursões, organizadas por
agências de viagens e turismo, podendo as programações incluir, além do transporte de
superfície, hospedagens, alimentação e visitas a locais turísticos;
II - Transporte para passeio local: o realizado para visitas aos locais de interesse
turístico no município ou de sua vizinhança, organizado por agências de turismo.
III - Transporte para traslados: o realizado entre os terminais de embarque ou
desembarque de passageiros, os meios de hospedagem e os locais onde realizarem eventos
turísticos e outros como porte de serviços receptivos locais, organizados por agências
de viagem e turismo;
IV - Transporte especial ou opcional: o ajustado diretamente pelo usuário com a
prestadora de serviços.
§ 1º. - Fica ratificado o direito de exploração da linha turística já existente ao
longo da orla marítima ( Avenida Atlântica ), em caráter exclusivo, até 30 de abril de
2.005,devendo a empresa titular desse direito manter, também as linhas regulares na
Avenida Brasil e na Rua Dom Afonso (Via Gastronômica), sujeitando-se ainda, às
exigências legais e aos efeitos fiscais de sua atividade, mantendo-se o item 5º. de
Convênio celebrado entre a Prefeitura Municipal de Balneário Camboriú e Viação
Praiana, em 1º de Outubro de 1.968.
2º. - É criado um ponto de taxi rotativo na Avenida Gastronômica com capacidade para
até 15 (quinze) veículos.
§1º. e §2º. acrescentados e com redação determinada pela Lei n.º 1.570/96.
77
Art. 3º. - O transporte turístico de superfície em qualquer das modalidades previstas
no artigo 2º., somente poderá ser explorado por agências de viagens e turismo, com
sede no município que possuam registro no DETER e que sejam cadastradas com
certificado de habilitação na Secretaria de Turismo e Desenvolvimento ou empresa
oficial que a substituir.
Art. 4º. - Os veículos ou embarcações, para serem cadastrados pelo município, deverão
pertencer à agência de viagem e turismo requerente, devendo ser apresentada, para o
cadastramento, toda a documentação comprobatória exigida e licenciamento neste
município.
1º. - É facultada a locação ou empréstimo de veículos ou embarcações entre empresas
classificadas como transportadoras turísticas e agências de viagens e turismo,
devidamente cadastradas na Secretaria de Turismo e Desenvolvimento, desde que
atendidos os requisitos desta Lei.
§ 2º. - Os veículos ou embarcações adquiridos pelas empresas através do sistema de
arrendamento mercantil, poderão ser cadastrados no órgão municipal para tal fim
designado, mediante a apresentação de documentos normais exigidos para o cadastro e
cópia do contrato com a entidade que arrendou o veículo ou embarcação.
§ 3º. - Os veículos objeto deste artigo, deverão ser licenciados com placas na
categoria "Turismo":
I - É vedada a utilização de placas correspondentes à categoria "Turismo" nos veículos
com certificado de registro na categoria particular, mesmo que de propriedade da
agência de viagens e turismO.
§ 4º. - É vedado o licenciamento de veículo de duas portas para o transporte
remunerado de passageiros.
§ 5º. - É vedado o transporte de passageiros que exceda o limite total de capacidade
constante no certificado de registro de veículo (CRV), incluídos o motorista e o guia,
inclusive para veículos licenciados no exterior quando em trânsito no Município.
Art. 5º.- Os veículos com capacidade de até 09 ( nove )passageiros, poderão ter no
máximo 05 ( cinco ) anos contados da data de sua fabricação, para utilização na
atividade que trata desta Lei.
Parágrafo único: Estando o veículo em excepcional estado de conservação e após
vistoria da Secretaria de Turismo e Desenvolvimento, a sua utilização poder ser
autorizada por mais de 01 ( um ) ano, e em nova vistoria por mais igual prazo, ficando
limitada a sua utilização, em qualquer circunstância, ao tempo máximo de 07 (sete)
anos, da data de sua fabricação.
Art. 6º. - Os veículos incluídos na categoria prevista no artigo anterior, poderão
superar a idade limite ali determinada, desde que possuam características peculiares
inéditas ou curiosas e se tornarem motivo de atração mercadológica.
78
Art. 7º. - os ônibus e microônibus poderão superar a idade limite prevista no artigo
5º., desde que apresentem perfeitas condições de segurança e conforto, não devendo
apresentar características de ônibus urbano, do qual será realizada vistoria pelo
órgão cadastrante.
Art. 8º. - Os veículos de licenciamento estrangeiro não poderão transportar
passageiros recepcionados no Município de Balneário Camboriú, salvo acordos
recíprocos, reconhecidos pelas entidades de classe e homologados pela Secretaria de
Turismo e Desenvolvimento.
Art. 9º. - É obrigatório a identificação de todos os veículos de turismo, mediante a
fixação do nome da empresa proprietária, logotipo ou similares e do número de registro
na EMBRATUR, que ser fixado de acordo com a orientação do órgão superior de turismo.
Parágrafo único: O nome da empresa proprietária deverá ser nesses veículos fixado em
letra de no mínimo 0.5 cm de altura, 0.6 de largura.
Art. 10. - Todos os veículos deverão possuir selo de vistoria a ser fornecido pelo
órgão cadastrante, afixado no canto superior direito do pára-brisa dianteiro, sem
emendas adulterações ou rasuras.
Art. 11. - Anualmente ser procedida, mediante notificação encaminhada às empresas
proprietárias de veículos cadastrados, vistoria ordinária nos veículos para
verificação do atendimento às normas de conforto e segurança dos mesmos.
Art. 12. - Independentemente da vistoria ordinária, de que trata o artigo 11, poderão
em qualquer época, ser realizadas inspeções e vistorias nos veículos determinando sua
baixa no cadastro ou reforma para aprovação em novas vistorias.
§ 1º - Os veículos de transporte coletivo, quando em trânsito no âmbito do Município,
terão lacrados os banheiros e respectivos depósitos de dejetos, que só poderão ser
reabertos fora do território municipal
§ 2º - Os veículos serão vistoriados para fins de controle turístico e sanitário, para
o que, ficam sujeitos ao pagamento da taxa de serviço estipulada pelo Poder Executivo
§ 3º - Poderá o Poder Executivo credenciar pessoas físicas ou jurídicas para lacrar e
deslacrar os banheiros e depósitos de dejetos dos veículos.
§ 4º - A desobediência ao disposto nos parágrafos anteriores, penalizará os infratores
nos termos do art. 21 e seguintes desta Lei, especialmente as sanções da alínea "d" do
art. 25 e art. 26 e seus incisos".
Balneário Camboriú, 12 de abril de 1.994.
LUIS VILMAR DE CASTRO
Prefeito Municipal
79
ANEXO F: LEI Nº 1416/94
80
LEI Nº 1416/94
DISCIPLINA A CIRCULAÇÃO E O ESTACIONAMENTO DE ÔNIBUS DE EXCURSÃO, CAMINHÕES, MOTO-
HOME, TRAILERS E OUTROS VEÍCULOS DE GRANDE PORTE, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".
LUÍS VILMAR DE CASTRO, Prefeito Municipal de Balneário Camboriú, Estado de Santa
Catarina, faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - A circulação e o estacionamento de ônibus de excursão, caminhões, moto-home,
trailers e outros veículos de grande porte, no Município de Balneário Camboriú, fica
condicionada à prévia reserva na Secretaria de Turismo Municipal, que fornecerá Selo
de Identificação para o veículo.
§ 1º. - A circulação dos veículos especificados no "caput" deste artigo, pelo centro
da cidade, fica restrita aos ônibus circulares e de linhas intermunicipais e aos
ônibus de excursão, por um período de máximo de quinze (15) minutos, quando se
deslocarem aos hotéis, hospedarias, restaurantes e casas de diversões exclusivamente
para embarque e desembarque dos seus passageiros.
§ 2º. - O Poder Executivo definirá as vias públicas em que essa circulação será
permitida, vedado a tráfego nas demais não expressamente autorizadas.
Art. 2º - Fica proibido o estacionamento dos veículos mencionados no "caput" do artigo
1º. desta Lei, em vias públicas, praças ou outros locais não expressamente autorizados
pelo Poder Executivo.
Art. 3º - Os veículos especificados no "caput" do artigo 1º. desta Lei, ao entrarem no
Município, se dirigirão diretamente a um dos Postos de Informações Turísticas - PIT,
onde receberão o Selo de Identificação, mediante pagamento de taxa para cada dia de
permanência na cidade, que corresponderá a 10% (dez por cento) da Unidade Fiscal do
Município (UFM).
§ 1º. - O estacionamento ou circulação dos veículos mencionados no "caput" do artigo
1º. desta Lei, fora dos locais expressamente permitidos, com o seu recolhimento das
taxas devidas, constitui infração punível com multa de 2,00 (duas) UFM, sem prejuízo
da remoção dos veículos para os depósitos municipais ou outro local designado para
esse fim, ou da aplicação das penalidades previstas na legislação de trânsito.
§ 2º. - Os veículos removidos para os depósitos municipais, poderão ser liberados
mediante comprovação do recolhimento da multa correspondente e das diárias de
permanência no Município.
81
Art. 4º - O Poder Executivo Municipal, poderá conceder licença à pessoas físicas ou
jurídicas, públicas ou privadas, para exploração de locais que apresentem infra-
estrutura adequada para o estacionamento dos veículos mencionados no "caput" do artigo
1º. desta Lei.
Parágrafo único - É vedada a permanência de passageiros em veículos nos
estacionamentos, excetuando-se os seus motoristas, devidamente identificados.
Art. 5º. - Decreto do Poder Executivo, regulamentará a presente Lei, e estabelecerá
locais, horários e identificação de veículos para carga e descarga de mercadorias nos
estabelecimentos localizados em toda extensão das Avenidas Atlântica, Brasil e Central
e suas transversais, bem como eventuais casos de isenção.
Art. 6º. - As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão por conta de
dotações próprias do Orçamento Municipal.
Art. 7º. - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições
em contrário.
Balneário Camboriú, 07 de dezembro de 1.994.
LUÍS VILMAR DE CASTRO
Prefeito Municipal
82
ANEXO B: Documentos do Curso
83
Carta de Autorização
84
Declaração de Estágio
85
Controle de Carga Horária
86
Programa de Estágio
87
Avaliação da Empresa
88
Termo de Compromisso