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Interpretação de Exames Laboratoriais: Perfil Bioquímico Aplicado as Doenças Cardiovasculares Prof. Ms. Rodrigo Alves do Carmo

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 Interpretação de Exames Laboratoriais: Perfil Bioquímico Aplicado as Doenças

Cardiovasculares

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Doenças Cardiovasculares: distúrbios que afetam

o coração ou os vasos sanguíneos.

Doença Arterial Coronariana;

Doença Vascular Cerebral;

Doença Vascular Periférica.

Introdução

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Doença Arterial Coronariana (DAC): angina;

infarto do miocárdio;

insuficiência cardíaca congestiva (ICC).

Introdução

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Doença Vascular Cerebral: crises isquêmicas transitórias;

acidente vascular cerebral.

Doença Vascular Periférica: claudicação;

gangrena;

aneurismas.

Introdução

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DAC entre 1970 e 2000:Aumentou: +5,7% homens e +13,7% mulheres.

Mortes/ano: - 1,2% homens e -1,5% mulheres.

IAM: 216 mil mortes/ano.

DAOP: 6,5% dos brasileiros (EUA: 10%).

Fonte: Lotufo, P.A. Arq. Bras. Cardiol.

Epidemiologia: DCV no Brasil

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Taxas de mortalidade por DCV e suas diferentes causas no Brasil, em 2007.

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AVE: Acidente Vascular Encefálico; DIC: Doença Isquêmica do Coração; HAS: Hipertensão Arterial Sistêmica

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Taxas ajustadas de mortalidade por doenças do aparelho circulatório nas regiões brasileiras, de 1990 a 2006

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Comparação das taxas

de mortalidade pelas

doenças do coração na

faixa etária dos 45-64

anos de idade entre

cidades brasileiras e

países selecionados no

sexo masculino (taxa

mortalidade= x100.000

habitantes). Fonte: Lotufo, P.A.

Arq. Bras. Cardiol.

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Marcadores de Risco

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Indivíduo Normal Fatores de

Risco DCV

SequelaMorte

Lesão de Órgão

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Marcadores de Risco

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Indivíduo Normal Fatores de

Risco DCV

SequelaMorte

Lesão de Órgão

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Marcadores de Risco Cardiovascular

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Ridker P M Circulation 2003;107:363-369

PCR-us

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PCR: Marcador de Risco Cardiovascular

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Ridker P M Circulation 2003;108:2292-2297

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PCR: Marcador de Risco Cardiovascular

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Relação entre PCR e Risco de DCV

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Ridker P M Circulation 2003;108:2292-2297

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1- Os níveis séricos da PCR são relativamente

estáveis no decorrer do tempo, exceto após um

episódio de inflamação ou infecção agudas.

Nesses casos, sua dosagem, para o propósito de

avaliação de doença aterosclerótica, só deverá

ser feita 2 a 3 semanas após o térmico do

episódio inflamatório ou infeccioso agudo.

PCR: Marcador de Risco Cardiovascular

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2- Seu valor preditivo de futuros eventos de

doença cardiovascular é independente de outros

fatores de risco conhecidos, incluindo lipídios e

outras medidas não invasivas de doença

aterosclerótica subclínica.

PCR: Marcador de Risco Cardiovascular

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3- A PCR é útil como marcador de risco

cardiovascular, tanto em homens como em

mulheres de meia-idade, bem como em idosos.

PCR: Marcador de Risco Cardiovascular

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4- Alguns estudos indicam que os níveis de PCR

parecem identificar os indivíduos que se

beneficiarão mais com intervenções terapêuticas

de profilaxia primária.

PCR: Marcador de Risco Cardiovascular

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5- Outros estudos têm mostrado que a PCR tem

valor preditivo no risco de eventos futuros em

pacientes com síndromes coronarianas agudas

(infarto do miocárdio e angina instável), bem

como na angina estável e em pacientes com

stents coronarianos.

PCR: Marcador de Risco Cardiovascular

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6- Do ponto de vista laboratorial, a dosagem da

PCR ultra-sensível está padronizada e já tem a

sensibilidade adequada para essa utilização,

além de custo relativamente baixo nessa classe

de exames.

PCR: Marcador de Risco Cardiovascular

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Marcadores de Risco

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Indivíduo Normal Fatores de

Risco DCV

SequelaMorte

Lesão de Órgão

• Mioglobina

• Troponina I

• Troponina T

• CK MB – massa

• CK MB

• CK Total

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Proteína ligadora de O2 contida no músculo estriado

(cardíaco e esquelético).

Sua função fisiológica é incerta, podendo servir como

reservatório de O2 acessível somente em

circunstância de hipóxia extrema.

Aumentos séricos: trauma em músculo esquelético ou

cardíaco.

Mioglobina

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Em pacientes com infarto do miocárdio, o nível pode

elevar-se até 10 vezes a referência.

Estudos de sensibilidade e especificidade da

mioglobina para diagnosticar o IAM foram de 97 1% e

97 9%, respectivamente.

Perda da sensibilidade e especificidade (77,2%) em

dosagem de 8 a 15 horas após IAM, na insuficiência

renal e nos danos de m. esquelético.

Mioglobina

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Intervalo de Referência:

Homem 16 - 96 ng/mL [mg/L]

Mulher 9 - 82 ng/mL [mg/L]

Grande valor preditivo negativo (100%) quando

dosada entre 3 e 6 horas após início da

sintomatologia.

Mioglobina

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Importância clínica:

Útil no diagnóstico de IAM.

Útil para estimativa de angina instável.

Detecção no soro/plasma:

Aparece 4-6 h horas após IAM.

Picos em 12 horas, permanecendo elevado por

até 7 dias.

Troponina T

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Desvantagens:

Presente no tecido muscular de regeneração,

tornando-se menos específico em IAM.

Elevado em pacientes renais.

Elevado em pacientes com pneumonia.

Troponina T

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Importância Clínica:

Sensibilidade absoluta para detectar IAM.

Dosagens múltiplas atingem 100% de

sensibilidade.

Teste mais específico para lesão do miocárdio.

Troponina I

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Detecção no soro/plasma:

Aparece 4-6 horas após dor precordial, atinge

picos em 12 h e retorna ao normal em até 7 dias.

Desvantagens:

Sensibilidade diagnóstica menor que a

mioglobina, uma vez que não se eleva antes de

4-6 horas.

Troponina I

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Detecção no soro/plasma:

Aparece 4-6 horas após dor precordial, atinge

picos em 12 h e retorna ao normal em até 7 dias.

Desvantagens:

Sensibilidade diagnóstica menor que a

mioglobina, uma vez que não se eleva antes de

4-6 horas.

Troponina I

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Catalisa a fosforilação reversível da creatina pelo

ATP:

A CK está ligada com a geração de ATP nos sistemas

contráteis ou de transporte.

Creatina Quinase (CK) ou Creatina Fosfoquinase (CPK)

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CK CREATINA + ATP FOSFOCREATINA + ADP

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CK é um dímero, composto de duas

subunidades: B (brain) e M (muscle), podendo

existir três isoenzimas: CK-1 ou BB predomina em cérebro, próstata,

intestino, pulmão, bexiga, útero, placenta e

tireóide.

CK-2 ou MB maior grau no M.cardíaco.

CK-3 ou MM predomina no M.esquelético e

cardíaco.

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Marcador mais específico para a detecção de lesões

do miocárdio do que CK Total.

Dosagens seriadas aumentam a sensibilidade para o

diagnóstico de IAM.

CK-MB

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As concentrações de CK-MB começam a se elevar 4 h

após o início da dor precordial.

Picos são atingidos em torno de 24 h, retornando ao

normal em 48 h.

Desvantagens: presente no tecido muscular cardíaco

e esquelético.

CK-MB

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Atividade enzimática: teste clássico, onde a

quantidade de enzima é medida através do consumo

de substratos.

Imunológico: são utilizados anticorpos monoclonais,

que medem a massa de enzima existente na amostra.

CK-MB: Métodos de Medição

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“CK-MB (massa) dividido por CK-Total” é usado para

diferenciar lesão tecidual em músculo esquelético de

lesão em músculo cardíaco.

CK-MB/CK-T > 6% = lesão no miocárdio.

CK-MB/CK-T < 6% = lesão no músculo esquelético.

CK-MB: Métodos de Medição

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Possuem melhor sensibilidade analítica. detectam cataliticamente enzimas ativas e inativas.

Melhor sensibilidade diagnóstica. detectam lesões no miocárdio 1-2 horas antes do que os

testes de atividade.

Menos resultados falso-positivos.

Menos interferências de outros fatores (ex: hemólise).

Desvantagem: preço.

Porque os testes de massa são mais confiáveis do que os testes de atividade?

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Cinética de Liberação dos Marcadores

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Marcadores Bioquímicos de Lesão Cardíaca