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Introdução à Ciência Atividade 1 – Saber ler os rótulos Para esta atividade é necessário recolher um conjunto de rótulos de vários produtos. O objetivo é que os alunos, individualmente ou em grupo, analisem rótulos de diferentes substâncias e avaliem a sua perigosidade, justificando e explicando oralmente para a turma. Os rótulos para esta atividade podem ser recolhidos anteriormente pelo professor e/ou alunos ou usar a lista de rótulos em anexo (cf. anexo 1). Para finalizar a atividade é importante que os alunos façam o registo gráfico das aprendizagens (escrever ou desenhar) os símbolos que identificaram, os perigos que representam e os cuidados a ter. Atividade 2 – Os símbolos de perigo no laboratório Os símbolos de perigo que foram identificados nos rótulos (cf. atividade 1) estão também presentes no laboratório. É necessário explicar aos alunos que para proceder a algumas reações químicas os cientistas recorrem à utilização de algumas substâncias que, não sendo corretamente utilizadas, podem ser nocivas. Assim como, há alguns produtos que temos em casa (como o caso da lixívia, álcool etílico, medicamentos etc.) que só devem ser manuseados por adultos porque podem ser perigosos para a saúde. Para tratar esta temática propõe-se que o professor mostre aos alunos o cartaz com os diferentes sinais de perigo (cf. anexo 2) e que desconstrua as respetivas definições. Para finalizar a atividade os alunos devem elaborar um conjunto de regras de cuidados a ter quando se realiza trabalho laboratorial e experimental. O ideal seria construir um cartaz com as regras que a turma formulou e afixar no local onde trabalham. Sugere-se que para acompanhar esta atividade os alunos (acompanhados pelos pais, por exemplo) procedam a uma pesquisa na Internet. O ponto de partida para esta pesquisa poderá ser a página da ECHA – European Chemicals Agency – http://echa.europa.eu/pt/chemicals-in- our-life/clp-pictograms. *Nota: O Regulamento CRE introduziu um novo sistema de classificação e rotulagem para os produtos químicos perigoso na União Europeia. Os pictogramas também foram alterados e estão em conformidade com o Sistema Mundial Harmonizado das Nações Unidas (GHS).

Introdução à Ciência Saber ler os rótulos - pmate4.ua.ptpmate4.ua.pt/paiscomciencia/images/guiao_atividades_1ciclo_marco.pdf · - a densidade é uma grandeza física que se pode

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Introdução à Ciência

Atividade 1 – Saber ler os rótulos

Para esta atividade é necessário recolher um conjunto de rótulos de vários produtos. O objetivo

é que os alunos, individualmente ou em grupo, analisem rótulos de diferentes substâncias e

avaliem a sua perigosidade, justificando e explicando oralmente para a turma. Os rótulos para

esta atividade podem ser recolhidos anteriormente pelo professor e/ou alunos ou usar a lista

de rótulos em anexo (cf. anexo 1).

Para finalizar a atividade é importante que os alunos façam o registo gráfico das aprendizagens

(escrever ou desenhar) os símbolos que identificaram, os perigos que representam e os cuidados

a ter.

Atividade 2 – Os símbolos de perigo no laboratório

Os símbolos de perigo que foram identificados nos rótulos (cf. atividade 1) estão também

presentes no laboratório. É necessário explicar aos alunos que para proceder a algumas reações

químicas os cientistas recorrem à utilização de algumas substâncias que, não sendo

corretamente utilizadas, podem ser nocivas. Assim como, há alguns produtos que temos em

casa (como o caso da lixívia, álcool etílico, medicamentos etc.) que só devem ser manuseados

por adultos porque podem ser perigosos para a saúde. Para tratar esta temática propõe-se que

o professor mostre aos alunos o cartaz com os diferentes sinais de perigo (cf. anexo 2) e que

desconstrua as respetivas definições.

Para finalizar a atividade os alunos devem elaborar um conjunto de regras de cuidados a ter

quando se realiza trabalho laboratorial e experimental. O ideal seria construir um cartaz com as

regras que a turma formulou e afixar no local onde trabalham.

Sugere-se que para acompanhar esta atividade os alunos (acompanhados pelos pais, por

exemplo) procedam a uma pesquisa na Internet. O ponto de partida para esta pesquisa poderá

ser a página da ECHA – European Chemicals Agency – http://echa.europa.eu/pt/chemicals-in-

our-life/clp-pictograms.

*Nota: O Regulamento CRE introduziu um novo sistema de classificação e rotulagem para os

produtos químicos perigoso na União Europeia. Os pictogramas também foram alterados e

estão em conformidade com o Sistema Mundial Harmonizado das Nações Unidas (GHS).

Os novos pictogramas têm a forma de um losango vermelho com fundo branco e substituirão

os antigos símbolos quadrados cor de laranja previstos na legislação anterior. Desde 1 de

dezembro de 2010, algumas substâncias e misturas foram já rotuladas em conformidade com a

nova legislação, mas os pictogramas antigos ainda podem estar no mercado até 1 de junho de

2017.

A água e as mudanças de estado físico

Atividade 3 – Flutuação em líquidos

Resumo da atividade

O conceito de flutuação é referido no programa do 1º ciclo do ensino básico quando este sugere

a realização de experiências que permitam reconhecer materiais que flutuam e não flutuam. A

finalidade desta atividade prende-se em compreender que diferentes objetos assumem

diferentes comportamentos em líquidos (flutuação / não flutuação). É também pretendido que

os alunos compreendam os fatores que influenciam o comportamento dos objetos quando

mergulhados em líquidos. Assim os conceitos-chave desta atividade são:

- a flutuação de um objeto depende da sua densidade e da densidade do líquido em que é

inserido.

- um objeto apenas flutua quando a sua densidade é igual ou menor do que a do líquido em que

é inserido.

- a densidade é uma grandeza física que se pode definir como a massa por unidade de volume.

No que respeita ao enquadramento curricular da atividade proposta pretende-se cumprir os

seguintes objetivos gerais, de acordo com o programa de estudo do meio do ensino básico:

- Utilizar processos simples de conhecimento da realidade envolvente, assumindo uma atitude

permanente de pesquisa e experimentação;

- Identificar experimentalmente as propriedades da água.

Protocolo da atividade

Material:

- recipiente (exemplo garrafão de água cortado ao meio ou caixa de plástico);

- água;

- bola de plasticina do tamanho de uma noz (plasticina própria para usar com água);

- rolha de cortiça;

- pedaço de madeira;

- clipe;

- prego;

- moedas de diferentes tamanhos (1€, 50 cêntimos, 10 cêntimos);

- tabelas de registo (cf. anexo 3).

Procedimento - Em primeiro lugar o professor deve encher o recipiente com água e colocar de

forma visível os diferentes objetos (plasticina, rolha de cortiça, pedaço de madeira, clipe, prego

e moedas) e discutir com os alunos as suas previsões. As previsões dos alunos devem ser

registadas numa tabela (cf. anexo 3), caso os alunos não saibam ler nem escrever estas previsões

podem ser feitas oralmente e registadas pelo professor. Na discussão sobre a justificação das

previsões dos alunos, estes poderão apontar como motivos justificativos de um objeto

“afundar”, ou não, o seu peso ou tamanho.

Seguidamente é necessário levar os alunos a formular a questão-problema que deve ser «Quais

os objetos que afundam?».

Depois desta abordagem deve-se passar para a experimentação. Para a realização da atividade

a turma deverá ser dividida em grupos e cada grupo deve ter na mesa de trabalho um recipiente

com água e um exemplar de cada um dos objetos enunciados. Pela ordem estabelecida pelo

professor os alunos deverão mergulhar os objetos no recipiente e observar o que acontece. A

flutuação explica-se enunciando o Princípio de Arquimedes: “Todo o corpo mergulhado num

fluido sofre, por parte deste, uma força vertical de baixo para cima (impulsão) cuja intensidade

é igual ao volume de peso deslocado pelo corpo”. Conclui-se assim que a flutuação depende da

densidade (a densidade é uma medida da concentração de uma determinada substância que se

obtém dividindo a sua massa pelo volume que ocupa). No final da atividade os alunos devem

comparar as previsões com os resultados obtidos na experimentação. Também nesta etapa os

alunos devem efetuar os registos na tabela em anexo (cf. anexo 3). Devem ainda responder à

questão enunciada no documento.

Atividade 4 – Propriedades da água: água própria para consumo

Resumo da atividade

Esta proposta de atividade enquadra-se no âmbito do programa de estudo do meio do ensino

básico ao cumprir os objetivos gerais: utilizar processos simples de conhecimento da realidade

envolvente, assumindo uma atitude permanente de pesquisa e experimentação e identificar

experimentalmente as propriedades da água. Embora os alunos saibam que a água está

presente por toda a natureza, podem não ter a consciência de que nem toda a água é própria

para consumo. Esta proposta de atividade pretende dissertar sobre as características da água

potável, através da observação. A implementação da atividade deve ser acompanhada pela

folha de registo (cf. anexo 4).

Protocolo da atividade

Material:

- folha de registo (cf. anexo 4);

- 1 gobelet com água com corante;

- 1 gobelet com água com aroma de baunilha;

- 1 gobelet com água com açúcar;

- 1 gobelet com água destilada (água pura);

- 1 gobelet com água potável (água engarrafada).

- microscópio.

Procedimento - Os gobelets deverão ser colocados lado a lado. Os alunos deverão observar cada

um dos gobelets e ir excluindo aqueles que pensam não corresponder à água pura, procedendo

aos registos (cf. anexo 4). O primeiro a ser eliminado deverá ser o gobelet que tem corante, uma

vez que os alunos facilmente compreendem que se a amostra tem cor, não pode corresponder

à água pura. De seguida, deverá ser solicitado que explorem outras características da água como

o odor e o sabor da água*. Os alunos excluirão as amostras que tem sabor e odor. Por fim,

restará o gobelet que corresponde à água pura e o gobelet que corresponde à água engarrafada.

O professor deverá inquirir os alunos sobre as suas previsões. Será que os dois gobelets têm

água potável? Será que apenas um dos gobelets tem água potável? Qual será o gobelet que tem

água potável? O professor deverá levar os alunos a refletir sobre a experiência, dando enfoque

ao facto de a água que consumimos não ser pura, uma vez que tem sempre elementos

associados, como os minerais, havendo diferença entre água pura e água própria para consumo.

As características da água pura são: incolor, inodora e insípida. Contudo a água potável, embora

seja incolor e inodora, não é insípida pois tem na sua constituição minerais e outros elementos

associados que lhe atribuem sabor.

Os alunos poderão pesquisar na Internet sobre a constituição química de diferentes águas e

compreender que a constituição de cada uma delas é diferente. Poderá também fazer-se

paralelismo com o ciclo da água, referindo que as partículas resultantes da evaporação

correspondem à água pura. Caso seja possível, seria interessante que os alunos analisassem uma

amostra de cada um dos gobelets ao microscópio e procedessem aos respetivo registo (cf. anexo

5).

*Nota: É importante que os professores alertem os alunos para o facto da água destilada (água

pura) não ser destinada ao consumo humano, não devendo ser ingerida. Os alunos poderão

molhar o dedo e levá-lo à boca de forma a perceberem que a amostra não tem nenhum sabor,

ao contrário da água engarrafada (própria para consumo).

Atividade 5 – Fatores que influenciam o tempo de dissolução de um material

Resumo da atividade

A dissolução é um fenómeno que resulta de interações das unidades estruturais do soluto

(substância dissolvida) com unidades estruturais do solvente (substância que, misturada com

um ou mais solutos, origina uma solução). Pode-se assim afirmar que a dissolução é um

fenómeno de interação soluto-solvente, através das suas unidades estruturais.

O comportamento dos materiais em água é um dos domínios do dia-a-dia que pode despertar

interesse às crianças. Com esta atividade é suposto que os alunos compreendam que dissolver

um material (soluto) noutro (solvente) significa a obtenção de uma solução – mistura

homogénea. Através da realização desta atividade os alunos compreenderão que uma

dissolução mais rápida é sinónimo que o soluto se dissolve mais depressa no solvente.

Protocolo da atividade

Material:

- cartaz com possibilidades de previsões dos alunos (cf. anexo 5);

- carta de planificação (cf. anexo 6);

- 3 gobelets (identificados com as letras A, B e C);

- 100 mL de água à temperatura ambiente (3 vezes);

- 2 varetas (para agitar);

- 3 rebuçados do mesmo tipo (tamanho, cor e tipo);

- relógio ou cronómetro para medir o tempo de dissolução do rebuçado.

Procedimento – O professor deverá começar por dialogar com os alunos questionando-os sobre

o que pensam ser a dissolução de um material. Tendo em conta as respostas dos alunos o

professor pode dar alguns exemplos de materiais que se podem dissolvem: como sal que se

dissolve na sopa quando cozinhamos ou o açúcar que se dissolve no chá ou café, ou ainda o

rebuçado (o rebuçado é produzido, entre outros ingredientes, por açúcar) que se dissolve na

boca quando o comemos.

De seguida o professor deverá formular a seguinte questão-problema: «A agitação da mistura

influencia o tempo de dissolução do rebuçado?» Depois de colocada a questão-problema é

importante discutir com os alunos as suas previsões, para auxiliar nesta tarefa pode-se usar o

cartaz em anexo, com exemplos de previsões que as crianças poderão apontar (cf. anexo 5).

Depois de reunidas e apontadas as previsões dos alunos, o professor, em conjunto com os

alunos, deve definir os critérios que serão mantidos e os que serão alterados e ainda definir

como serão registadas as observações (cf. anexo 6) Sumariamente, é necessário que definir os

seguintes critérios:

O que vamos mudar…

- a agitação da mistura: não agitar, agitar de forma contínua ou agitar por intervalos, por

exemplo de 10 em 10 min.

O que vamos medir…

- o tempo que demora um rebuçado a dissolver completamente com diferentes agitações da

mistura.

O que vamos manter e como vamos manter…

- o tipo, a massa e o estado de divisão dos rebuçados. Os rebuçados devem ser todos do mesmo

tipo (dureza, cor, composição e tamanho).

- o tipo e quantidade (volume) e temperatura do solvente (por exemplo, usar 100 mL de água à

temperatura ambiente.

- o momento de introdução dos rebuçados nos recipientes.

Como vamos registar as observações…

- consultar carta de planificação (cf. anexo 6).

Para a experimentação será conveniente dividir a turma em grupos e distribuir por cada um dos

grupos o material acima mencionado. Assim, é necessário dispor na mesa de trabalho três

gobelets identificados e colocar o mesmo volume de água em cada um deles (por exemplo, 100

mL). Sugere-se a utilização de um termómetro para a medir a temperatura da água.

Seguidamente, é necessário definir que no gobelet A, depois do rebuçado ser introduzido, não

se irá provocar agitação, que no gobelet B a agitação será provocada de 10 em 10 minutos e no

gobelet C a agitação será provocada continuamente, com o auxílio de uma vareta.

Os rebuçados deverão ser introduzidos em simultâneo em todos os gobelets. Durante o

processo os alunos devem controlar o tempo de dissolução fazendo a contagem (em minutos)

com a ajuda de um relógio ou cronómetro.

No final da atividade é suposto que os alunos concluam que o rebuçado que se dissolveu mais

rapidamente foi o do gobelet C, onde foi aplicada uma agitação contínua e que, em contraponto,

o rebuçado que mais demorou a dissolver-se foi o do gobelet A, no qual não foi provocada

qualquer agitação.

Em suma, a resposta à questão-problema é que quando se agita a mistura, o rebuçado demora

menos tempo a dissolver-se em água (à temperatura ambiente).

Atividade 6 – Qual o efeito da temperatura no estado físico dos materiais?

Resumo da atividade

A temática geral dos materiais é mencionada nos programas do ensino básico, quer do 1º ciclo

quer do 2º ciclo, quando se definem como objetivos a observação da multiplicidade de formas,

características e transformações que ocorrem nos materiais, a explicação de alguns fenómenos

com base nas propriedades dos materiais e a realização de atividades experimentais simples a

fim de identificar algumas propriedades dos materiais, relacionando-os com as suas aplicações

no quotidiano. São ainda mencionados os fenómenos de mudança de estado físico, em

particular da água, definindo-se como objetivos neste âmbito reconhecer e observar fenómenos

de condensação e de solidificação, realizar experiências que representes os fenómenos de

evaporação, de condensação e de solidificação e observar os efeitos da temperatura sobre a

água.

Assim, são apontadas como principais finalidades da atividade a identificação dos estados

físicos da água, compreender que um material, em particular a água, se pode apresentar sob

diferentes estados físicos e identificar os fatores que podem influenciar a rapidez com que

ocorrem as mudanças de estado físico.

Protocolo da atividade

Material:

- 3 amostras (sacos) – azeite, leite, manteiga, álcool etílico e sal;

- 2 termómetros digitais;

- 2 tabuleiros;

- 1 caixa de esferovite com tampa;

- 1 caixa de vidro com tampa;

- 1 placa elétrica;

- gelo.

Procedimento – O professor deverá dar início à atividade perguntando aos alunos o que pensam

que acontece aos materiais (amostras A, B, C, D, E…) que se encontram à temperatura ambiente,

caso estes sejam:

HIPÓTESE A:

- colocados, durante algum tempo, a uma temperatura inferior a 0ºC (aproximadamente -5ºC);

HIPÓTESE B:

- colocados, durante algum tempo, a uma temperatura superior a 0ºC (aproximadamente 40ºC).

O professor deverá registar as previsões dos alunos que devem ser, para a primeira hipótese,

“umas ficam na mesma…”, “ficam duras…” ou “ficam mais pesadas…” e para a segunda hipótese,

“não lhes acontece nada…”, “derretem…” ou “ficam moldes…”. Para dar início à experimentação

a turma deve ser dividida em dois grupos (G1 e G2).

O G1 irá testar a realização da atividade levantada na primeira hipótese, por sua vez, o G2 testará

a atividade correspondente à segunda hipótese. O professor deverá solicitar ao G1 que coloque

1 saco de cada amostra num recipiente com tampa, contendo gelo (a uma temperatura

aproximada de -5ºC). É importante efetuar-se a medição da temperatura a que se encontra o

gelo e proceder ao respetivo registo. Da mesma forma, o professor deverá solicitar ao G2 que

coloque 1 saco de cada amostra numa caixa de vidro com tampa contendo água aquecida a uma

temperatura aproximada de 40ºC. Mais uma vez, é imprescindível medir a temperatura da água

e registar.

Os dois grupos devem observar de minuto em minuto (durante 10 minutos) as alterações que

ocorrem no conteúdo dos sacos, centrando a sua observação nas alterações e também na ordem

pela qual estas sucedem.

No final cada um dos grupos deve descrever o que verificou com as suas amostras durante o

período de observação. O professor deverá conduzir o diálogo por forma a introduzir os

conceitos de solidificação (fenómeno de passagem do estado líquido para o estado sólido dos

materiais) e fusão (fenómeno de passagem do estado sólido para o estado líquido pelo efeito

do calor). A realização desta atividade deverá ser acompanhada pelo preenchimento da carta

de planificação (cf. anexo 7) onde está definida a questão-problema e a tabela de registo das

observações efetuadas.

Para concluir a atividade os alunos devem reconhecer que, às temperaturas experimentadas, o

estado físico de alguns materiais se alterou, enquanto outros se mantiveram inalterados, através

do confronto entre as suas previsões e das observações registadas.

Em suma, o professor poderá acrescentar que a variação de temperatura pode fazer alterar o

estado físico de um material e que a alteração do estado físico se relaciona quer com as

propriedades do material, quer com a temperatura a que este é sujeito. Pode-se ainda

acrescentar que, tal como se verificou na experimentação, a fusão é o fenómeno de passagem

de um material e/ou substância do estado sólido para o estado líquido e que a solidificação

consiste no fenómeno de passagem de um material e/ou substância do estado líquido para o

estado sólido.

Atividade 7 – O ciclo da Água

Resumo da atividade

O objetivo da atividade é levar os alunos a compreender que a existência de água no estado

gasoso na atmosfera se relaciona com a existência de água no estado líquido à superfície da

Terra. Além disso, é suposto que os alunos compreendam que o ciclo da água como uma

sequência de fenómenos de evaporação, condensação (com queda sob a forma de chuva – água

no estado líquido ou granizo – água no estado sólido), infiltração da água nos solos e nova

evaporação. Para a exploração dos vários fenómenos que ocorrem no ciclo da água o professor

pode aceder à Plataforma de Ensino Assistido – PEA, com os seus dados de acesso, e explorar o

recurso educativo multimédia sobre esta temática.

Protocolo da atividade

Material:

- carta de planificação (cf. anexo 8)

- Material para construir maqueta do ciclo da água:

caixa de bolo ou outro recipiente transparente e fechado;

recipiente mais pequeno para simular nuvem;

gelo com corante;

plástico para simular um lago;

lâmpada para simular o sol;

água com sal (simular água do mar).

Procedimento - O professor deverá dar início à atividade interrogando os alunos sobre “de onde

vem e para onde vai a água da chuva?” Sugere-se que durante a discussão os alunos registem

as suas opiniões sob a forma de desenho.

Os alunos, ou pelo menos, grande parte deles irá considerar que a chuva vem das nuvens. Neste

sentido, sugere-se que os alunos façam um trabalho de pesquisa, com recurso à internet, sobre

a questão (este trabalho pode ser realizado em sala de aula ou em casa, com a ajuda dos pais e

com recurso à internet). Com esta pesquisa é suposto que os alunos reconhecerem que as

nuvens são formadas por micro partículas de água que podem estar no estado líquido ou sólido,

consoante a posição que ocupam na atmosfera.

Seguidamente, o professor poderá apresentar a seguinte questão-problema: «Como podemos

simular o ciclo da água?»

Partindo do esquema apresentado (cf. Figura 1) a turma deve construir um simulador do ciclo

da água.

Reunido o material acima referido é necessário colocar no fundo do recipiente

aproximadamente 5 dL de água salgada, adicionar o gelo colorido no recipiente que simulará a

nuvem e ligar o foco que irá simular o sol (a lâmpada deve ter potência superior a 60 watt) e

deve ser apontada para a “água do mar”.

Figura 1 - Esquema maqueta do ciclo da água (retirado de Coleção Ensino Experimental das Ciências - Explorando…mudanças de estado físico, Ministério da Educação, Direção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular.

O professor deve disponibilizar aos alunos a tabela para procederem aos registos das

observações (cf. anexo 8) que devem ser continuadas por um período nunca inferior a 1 hora

para que os resultados sejam visíveis.

No final, e para sintetizar os conceitos desta atividade, o professor poderá aceder à PEA –

Plataforma de Ensino Assistido, com os seus dados de acesso, e explorar o recurso educativo

multimédia disponível sobre esta temática.

Seres vivos: plantas e animais

Resumo da atividade

A temática dos seres vivos: plantas é mencionada no programa do ensino básico quando se

enumera como objetivo geral identificar elementos básicos do meio físico envolvente (flora) e

como objetivos específicos reconhecer alguns cuidados a ter com as plantas e reconhecer

manifestações da vida vegetal. Para trabalhar em sala de aula a temática das plantas o professor

poderá consultar na Plataforma de Ensino Assistido – PEA o recurso educativo multimédia

referente ao tema. Para isso, deverá aceder à plataforma, selecionar o menu didática –

conteúdos – estudo do meio e selecionar o conteúdo «classificação e características das

plantas». O professor poderá explorar os diferentes menus do conteúdo consoante o

desenvolvimento das diferentes atividades. Com este recurso o professor poderá explorar

questões como: «Como nascem as plantas», «Utilidades das plantas», «Variedade de plantas»

e «Cuidados a ter com as plantas».

Atividade 8 – Germinação do feijão

A implementação desta atividade deverá ser acompanhada pelo recurso educativo multimédia,

disponível na Plataforma de Ensino Assistido – PEA. No separador atividades o professor poderá

consultar a lista de material necessário, bem como o protocolo da atividade (cf. Figura 2).

Nesta atividade o professor deverá dar ênfase à questão «Como nascem as plantas». Sendo que,

a germinação do feijão leva algum tempo a surtir resultados visíveis o professor poderá sugerir

aos alunos que levem o copo/frasco com o feijão para casa e que estes procedam à observação

dos resultados, em colaboração com os encarregados de educação, preenchendo os resultados

na folha de registo da atividade (cf. anexo 9).

Figura 2 – Protocolo interativo da atividade «Germinação do feijão».

Passados 15 dias, a grande maioria dos feijões já terá germinado, pelo que será possível

visualizar algumas das partes constituintes da planta. Recorrendo ao recurso educativo

multimédia o professor poderá discutir com os alunos e verificar que partes da planta

conseguem observar (cf. Figura 3).

Figura 3 – Variedades de plantas: partes da planta.

O professor poderá pedir aos alunos que, juntamente com os encarregados de educação, façam

uma recolha de diferentes tipos de plantas (é conveniente que o professor alerte os alunos para

a variedade de plantas). Cada aluno poderá apresentar a planta que trouxe, falando sobre o BI

(bilhete de identidade) da planta à turma (cf. Figura 4). Para o preenchimento do BI da planta os

alunos deverão fazer uma recolha de informação com recurso à internet.

Nome comum: ______________________

Nome científico: _____________________

Partes da planta que consigo observar:

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

A minha planta

Figura 4 – Exemplo de BI da planta.

Este é um exemplo do trabalho que os alunos poderão apresentar (cf. Figura 5). Pode-se sugerir

que o BI da planta seja colado no vaso.

Atividade 9 – A influência da água e da luz na germinação de sementes

Resumo da atividade

Os alunos pela experiência do seu quotidiano sabem que nem todas as sementes germinam na

mesma altura do ano, mas provavelmente ainda não refletiram sobre os fatores que influenciam

a germinação das sementes. Nesta atividade irão explorar dois fatores que influenciam a

germinação: água e luz. Nesta medida, a atividade divide-se em duas etapas que servem para

que os alunos compreendam de que forma os fatores ambientais interferem na germinação de

sementes.

Protocolo da atividade

Atividade 9 (1)

Questão-problema I: Qual o efeito da humidade na germinação das sementes de feijão?

Material:

- 2 recipientes de plástico transparente com orifício na base;

- pedaços de papel pardo;

- 6 sementes de feijão;

- água.

Figura 5 – Exemplo BI da planta preenchido pelo aluno.

Procedimento – Inicialmente é necessário que o professor discuta com os alunos a variável que

irá mudar durante a experimentação, neste caso a variável que será alterada é a humidade. A

turma deverá preparar dois recipientes para esta atividade. No recipiente A deverá ser colocado

um pedaço de papel pardo contendo 3 sementes de feijão. Diariamente, os alunos deverão

deitar uma determinada quantidade de água no pedaço de papel pardo que contém 3 sementes

de feijão. Por outro lado, no recipiente B deverão ser colocados, num pedaço de papel pardo, o

mesmo número de sementes de feijão mas a este recipiente não deve ser adicionada água. Os

alunos deverão anotar o dia de início da experimentação. Devem ser ainda definidos outros

fatores como:

O que vamos medir…

- o tempo (em dias) que cada semente de feijão demora a germinar.

O que vamos manter e como…

- o tipo e número de sementes, quantidade de papel e as condições de luz, temperatura e

arejamento (para este efeito pode-se usar uma mini-estufa de tampa transparente – caixa de

plástico com tampa).

Para o registo das observações o professor pode disponibilizar uma tabela, à semelhança da

apresentada (cf. Tabela 1).

Sementes

Tempo de germinação (em dias)

Data de início da experimentação: ____/____/_____

Feijão (3 exemplares)

Recipiente A

Recipiente B

1º dia 2º dia 3º dia … 1º dia 2º dia 3º dia …

Não

germinam

Não

germinam

Tabela 1 – Exemplo de tabela para registo de observações.

No final da atividade os alunos deverão concluir que a água é indispensável à germinação das

sementes de feijão.

Atividade 9 (2)

Questão-problema I: Qual o efeito da luminosidade na germinação das sementes de feijão.

Material:

- 2 recipientes de plástico transparente com orifício na base;

- pedaços de papel pardo;

- 6 sementes de feijão;

- água.

Procedimento – Nesta etapa da atividade a variável que deverá ser alterada é a luminosidade.

Para a realização da atividade o professor deverá sugerir aos alunos que coloquem, em cada um

dos recipientes (A e B), 3 sementes de feijão. Os recipientes devem ser iguais (transparentes, de

plástico e com um orifício na base). Devem ainda conter pedaços de papel pardo humedecidos.

O primeiro recipiente deve ser colocado numa mini estufa transparente, enquanto o recipiente

B deverá ser colocado numa mini estufa opaca. Os pedaços de papel pardo devem ser

humedecidos diariamente com uma determinada quantidade de água.

Poder-se-á definir ainda os seguintes critérios:

O que vamos medir…

- o tempo (em dias) que a semente de feijão demora a germinar.

O que vamos manter e como…

- o tipo e número de sementes e a quantidade de papel pardo.

- a humidade dos pedaços de papel adicionando, simultaneamente, a cada um a mesma

quantidade de água.

Para o registo das observações o professor pode disponibilizar uma tabela, à semelhança da

apresentada (cf. Tabela 2) onde os alunos podem escrever ou desenhar as observações

efetuadas.

Tabela 2 – Tabela de registo da etapa 2.

No final da atividade os alunos deverão concluir que a luz não é indispensável à germinação das

sementes de feijão.

Atividade 10 – Será que todas as plantas nascem de sementes?

Resumo da atividade

Nas atividades anteriores os alunos verificaram a germinação da semente de feijão mas devem

ser alertados para o facto de nem todas as plantas nascerem a partir da germinação de

sementes. Para isso, o desafio proposto é que os alunos plantem um ananás.

Protocolo da atividade

Questão-problema: Será que todas as plantas nascem de sementes?

Material:

- vaso;

- terra;

- topo de um ananás;

- termómetro para plantas;

Sem

en

tes

de

feijã

o

Sem

en

tes

de

feijã

o

Mini estufa transparente Mini estufa opaca

Recipiente A (recipiente c/ papel pardo

humedecido em mini estufa transparente)

Recipiente B (recipiente c/ papel pardo

humedecido em mini estufa opaca)

Tempo de germinação (em dias)

Recipiente A (exposição à luz) Recipiente B (na obscuridade)

1º dia 2º dia … 1º dia 2º dia …

- pá;

- regador;

- água.

Procedimento – Antes da experimentação é necessário reunir o número de coroas de ananás

necessárias com cerca de 2 cm de casca, sem polpa. É conveniente deixar as coroas repousar

durante três dias num local tépido.

Para a experimentação, a turma poderá ser dividida em grupos. Cada grupo deverá ter um vaso,

terra e uma coroa de ananás. Os alunos deverão plantar a coroa do ananás num vaso (a parte

da casca deverá ficar submersa na terra) e colocar o vaso num local solarengo com uma

temperatura entre os 20 e 25º C.

Os alunos deverão ficar responsáveis por regar o vaso de 10 em 10 dias. Ao final de cerca de seis

semanas poderão verificar que a coroa começa a criar raízes e podem responder à questão-

problema ao verificar que o ananás, que não foi plantado sob a forma de semente, está a criar

raízes. Quer isto dizer que as plantas não nascem todas de sementes.

Para a planificação da rega poderá criar-se uma tabela onde os alunos registam as observações

ao longo do tempo (cf. Tabela 3).

Plantar um ananás

Regar o vaso de 10 em 10 dias

(anotar a data de cada rega).

Observamos que…

Semana 1

Semana 2

Semana 3

Semana 4

Semana 5

Semana 6

Semana 7

Tabela 3 – Tabela de registo da evolução do desenvolvimento da plantação de ananás.

Atividade 11 – Construir uma estufa

Resumo da atividade

Nas atividades anteriores os alunos compreenderam que há diversos fatores que influenciam a

germinação de sementes e que algumas plantas podem nascer a partir da germinação de

sementes e que noutros casos não. Nas atividades anteriores foi pedido aos alunos que criassem

mini estufas a fim de condicionar os fatores ambientais que favorecem ou prejudicam o

crescimento das plantas. Nesta atividade é sugerido que os alunos construam uma estufa e

compreendam a importância das mesmas na manutenção de culturas ao longo de todo o ano.

Para a implementação desta atividade poderá ser pedida a colaboração dos encarregados de

educação a fim de auxiliarem os alunos na construção das estufas. Se algum dos encarregados

de educação trabalhar na área da agricultura e tiver estufas onde cultiva algum produto, seria

interessante partilhar com os alunos o seu ponto de vista quanto à utilização de estufas na

agricultura.

Protocolo da atividade

Material:

- caixa de madeira 60x30 cm – o tamanho das caixas pode ser diferente do sugerido;

- martelo;

- pregos;

- barras de madeira;

- verniz protetor impermeável;

- pincel;

- chave de fendas;

- dobradiças;

- tranqueta;

- cola vinílica;

- folha de plástico transparente.

Procedimento – Com a ajuda de um adulto, solicitar aos alunos que façam dois ou três furos no

fundo da caixa para drenar a água. Com as barras de madeira constrói-se um caixilho com as

mesmas dimensões da caixa. Sugere-se que se pinte a caixa e o caixilho com o verniz

impermeável. Para terminar a tampa, cola-se a folha de plástico com cola vinílica. Seguidamente

é necessário colocar a tampa sobre a caixa e fixa-la com as dobradiças.

Sugere-se ainda a colocação de uma tranqueta para que o vento não abra a estufa. Depois os

alunos devem colocar terra na estufa e plantar, por exemplo um morangueiro (embora se possa

escolher outra planta).

No final da atividade é suposto que os alunos compreendam que a estufa é uma estrutura que

tem como objetivo absorver o calor proveniente do sol e mantê-lo condicionado no seu interior.

A estufa de plantas, além de proteger a planta contra possíveis ameaças externas, mantém a

temperatura interna controlada. No final, o professor e alunos deverão escolher o melhor local

para manter a estufa, para mais tarde saborear deliciosos morangos.

Atividade 12 – Trabalho de pesquisa: o que é o efeito de estufa?

Resumo da atividade

Depois da construção da estufa os alunos poderão ser desafiados a pesquisar sobre o «efeito de

estufa», averiguando as suas causas e consequências. Esta atividade pretende alertar os alunos

para os efeitos nefastos da poluição para a sustentabilidade do planeta Terra. Com recurso à

internet os alunos poderão consultar as seguintes páginas web:

http://www.infopedia.pt/$efeito-de-estufa

http://www.greenpeace.org/portugal/pt/O-que-fazemos/oceanos/aquecimento-global/

http://www.junior.te.pt/servlets/Bairro?P=Ambiente&ID=1329

Para completar a pesquisa os alunos deverão formular um resumo das causas e consequências

do efeito estufa na sustentabilidade da Terra, preenchendo um formulário à semelhança do que

se segue.

Na plataforma do PmatE – PEA está

disponível um recurso educativo

multimédia sobre o tema poluição. O

professor poderá aceder à plataforma e

utilizar o recurso educativo multimédia

(cf. Figura 6) como complemento ao

trabalho de pesquisa dos alunos,

abordando questões como: O que é a

poluição e os tipos de poluição existentes. Figura 6 – Recurso educativo multimédia sobre a poluição.

Sabes o que é o efeito de estufa?

Enumera algumas das causas do efeito de estufa:

____________________;

____________________;

____________________;

____________________.

Enumera algumas consequências do efeito de estufa:

____________________;

____________________;

____________________;

____________________.

Explica por palavras tuas o que é o efeito de estufa.

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

Folha registo – Exemplo de folha de registo para o trabalho de pesquisa.

A temática dos seres vivos: animais é mencionada no

programa do ensino básico quando se enumera como objetivo

geral identificar elementos básicos do meio físico envolvente

(fauna) e como objetivos específicos reconhecer alguns cuidados a ter

com os animais e reconhecer manifestações da vida animal.

Para trabalhar em sala de aula a temática dos animais o professor poderá consultar na

Plataforma de Ensino Assistido – PEA o recurso educativo multimédia referente ao tema. Para

isso, deverá aceder à plataforma, selecionar o menu didática – conteúdos – estudo do meio e

selecionar o conteúdo «Características gerais dos animais». O professor poderá explorar os

diferentes menus do conteúdo consoante o desenvolvimento das diferentes atividades. Com

este recurso o professor poderá explorar questões como a classificação dos animais quanto: ao

modo de vida, tipo de alimentação, tipo de revestimento, modo de deslocação, tipo de

reprodução e características do corpo.

Atividade 13 – Trabalho de pesquisa: caracteriza os animais

Resumo da atividade

Depois de explorar em sala de aula o recurso educativo multimédia os alunos irão compreender

que os animais podem ser classificados consoante diferentes critérios. O professor pode

acrescentar que, tal como as plantas, os animais são seres vivos e que o critério que difere entre

animais e plantas é o facto de os animais poderem deslocar-se.

Através de um trabalho de pesquisa os alunos devem preencher a seguinte tabela (cf. Tabela 4),

com alguns exemplos de animais com características distintas.

Para este trabalho de pesquisa os alunos poderão recorrer à Internet e o professor poderá

solicitar que cada aluno requisite um livro sobre o tema na biblioteca escolar ou traga um livro

de casa. Os alunos durante a atividade poderão partilhar o material.

Classificação dos animais

Modo de vida

Tipo de

alimentação

Tipo de

revestimento

Grupo

(consoante as

características do

corpo)

Animal selvagem doméstico

Urso Polar

X

pelo

Cão

mamífero

Golfinho

X

Águia

aves

Tabela 4 – Classificação dos animais.

Além destes, os alunos poderão caracterizar outros animais que lhes suscitem interesse,

registando os dados obtidos através da pesquisa realizada.

Atividade 14 – Construir um m2 e observar animais na escola

Resumo da atividade

Depois de compreenderam a diversidade de animais existente, os alunos poderão averiguar

sobre quais os animais que existem no recreio da escola. Neste sentido, seria pertinente

desenvolver um trabalho de campo.

A proposta de trabalho de campo seria os alunos construírem um m2 e colocarem num local, de

preferência ajardinado, do recreio da escola e observarem os animais que habitam aquele

espaço. Os encarregados de educação podem ser chamados a participar nesta atividade.

Protocolo da atividade

Atividade 14 (1)

Material:

- para o quadrado com 1 m2 de área:

- barras de madeira com 1 m de comprimento;

- cola de contacto.

Procedimento – Para a construção do m2 os alunos, com o auxílio de um adulto, devem

posicionar as barras de madeira com um 1 m de comprimento na forma de um quadrado.

Seguidamente, com cola de contacto, os alunos deverão colar as extremidades das barras de

madeira por forma a fixá-las umas nas outras.

Atividade 14 (2)

Depois de ter o m2 construído, os alunos deverão ir para o recreio da escola, de preferência para

uma área ajardinada, e escolher um local para colocar o seu m2. Na área definida os alunos

deverão observar os animais existentes. Os alunos deverão proceder ao registo das observações.

Para esse efeito podem utilizar a tabela de registo (cf. Tabela 5).

Animais na Escola Data da observação: ___/___/____

Quantos animais observei? Desenha os animais que observaste.

Tabela 5 – Registo de observação dos animais observados.

Atividade 15 – Casa para pássaros

Resumo da atividade

Alguns pessários colocam os seus ovos em buracos no tronco de árvores ou rochas, fazendo

desses espaços os seus ninhos. O objetivo desta atividade é construir casas para que os pássaros

possam habitar o recreio da escola.

Para esta atividade é importante a participação dos encarregados de educação, a fim de

auxiliarem os alunos na construção das casas para pássaros e também eles reviverem esta

tradição.

Protocolo da atividade

Material:

- cola vinílica;

- plástico transparente;

- caixa de sapatos;

- martelo;

- pregos;

- compasso;

- tesoura,

- ganchos.

Procedimento – Em primeiro lugar os alunos deverão forrar a caixa de sapatos com o plástico.

Na tampa da caixa de sapatos, com o auxílio de um compasso, desenha-se um círculo com 8 cm

de diâmetro e recorta-se. Na parte de trás da caixa deve-se colocar os ganchos para que seja

possível pendurar a casa de pássaros.

No final é necessário colar a caixa e a tampa com a cola vinílica. No recreio da escola os alunos

devem procurar um local protegido do vento e da chuva para pendurar a casa de pássaros.

Depois resta esperar que a casa de pássaros receba um novo habitante.

Atividade 16 – O corpo humano – o ar que entra é igual ao ar que sai?

Resumo da atividade

Nas atividades anteriores os alunos falaram e experimentaram situações relacionadas com

plantas e animais. Através da realização das diferentes atividades compreenderam que há uma

grande diversidade de plantas e animais, ou seja, há uma grande diversidade de seres vivos. A

questão que se coloca agora é: as plantas e os animais são seres vivos. E o ser humano?

É importante discutir com os alunos que o ser humano é também um ser vivo, que pode ser

classificado como os restantes animais. Por exemplo, o professor poderá dizer que o ser humano

é um mamífero porque tem características semelhantes a outros animais do mesmo reino como,

por exemplo: corpo coberto por pelo, temperatura interna constante, a pele é formada por duas

camadas (epiderme e derme) e o corpo é constituído pelos sistemas digestivo, respiratório,

circulatório e reprodutivo. Contudo, distingue-se de todos os outros animais por características

únicas como, por exemplo: é um animal racional, isto é, tem a capacidade de raciocinar, não

agindo apenas pelo instinto.

Para abordar esta questão do corpo humano o professor

poderá recorrer ao recurso educativo multimédia disponível

na plataforma do PmatE, acedendo ao menu didática –

conteúdos – estudo do meio – O Corpo Humano.

Nesta proposta de atividade os alunos irão trabalhar o sistema respiratório humano, refletindo

sobre a importância do ar para a vida humana, e compreendo que no processo de respiração se

estabelece um ciclo inspiração –> chegada do ar aos pulmões –> expiração. O que será que muda

neste ciclo?

Protocolo da atividade

Material:

- água de cal;

- 2 recipientes iguais;

- 2 seringas.

Procedimento – Através da exploração do recurso educativo multimédia os alunos poderão

compreender que o ar expirado contêm dióxido de carbono. Nesta medida, o professor pode

colocar a seguinte questão-problema: Qual possui maior quantidade de dióxido de carbono? O

ar inspirado ou o ar expirado? As crianças poderão dar respostas do tipo: “O ar que sai tem mais

dióxido de carbono” ou “Quando respiramos entra o oxigénio que está no ar e sai o dióxido de

carbono do nosso corpo.” Depois do diálogo o professor deverá preparar o seguinte ensaio,

definindo os seguintes critérios:

O que vamos mudar…

- o tipo de ar (ar atmosférico ou inspirado, ar expirado)

O que vamos observar…

- a maior ou menor presença de dióxido de carbono

O que vamos manter e como…

- o tipo e a quantidade de água de cal

- o tipo, tamanho e forma do recipiente

- a quantidade de ar

- o momento da introdução do ar nos recipientes

Para efetuar o registo das observações o professor deverá disponibilizar a seguinte tabela (cf.

Tabela 6).

Coloração/turvação da água de cal

Recipiente A – ar inspirado

Recipiente B – ar expirado

Tabela 6 – Registo das observações.

Para a experimentação os alunos deverão colocar a mesma quantidade de água de cal em dois

recipientes iguais, rotulando-os. Deverão rotular as duas seringas e enchê-las com a mesma

quantidade de ar: uma com ar inspirado, usando o ar atmosférico e outra com ar expirado

(expirar para dentro da seringa). Seguidamente, deverão mergulhar a ponta da seringa na água

de cal e libertar o ar contido na seringa. Observar e registar em qual dos recipientes a água de

cal ficou mais turva.

Com esta atividade os alunos deverão concluir que o ar expirado contém mais dióxido de

carbono do que o ar inspirado e que a quantidade de dióxido de carbono interfere no grau de

turvação da água de cal. Portanto, no recipiente onde for libertado o ar expirado a água de cal

ficará mais turva, pelo que o ar expirado contem mais dióxido de carbono que o inspirado.

Universo, Sistema Solar e Dinâmica da Terra

Atividade 17 – Conhecer o sistema solar

Resumo da atividade

Para a concretização desta atividade é necessário que os alunos façam, em primeiro lugar, um

trabalho de pesquisa para prepararem o trabalho prático. Nesta atividade os alunos irão

pesquisar sobre alguns conceitos fundamentais sobre o Sistema Solar para depois concretizarem

um modelo do Sistema Solar.

Protocolo da atividade

Material:

- folha de registo (cf. anexo 11);

- plasticina de várias cores;

- retângulo de esferovite;

- fita métrica;

- 2 m de arame;

- jornais ou papéis velhos;

- cartolina;

- tesoura;

- papel crepe amarelo;

- tinta spray preta.

Procedimento – O professor deverá dividir a turma em grupos. Cada um dos grupos de trabalho

deverá proceder a um trabalho de pesquisa com recurso à Internet e/ou livros requisitados na

biblioteca escolar. A pesquisa levada a cabo pelos alunos deverá incidir sobre a temática do

sistema solar. Através do trabalho de pesquisa, os alunos deverão preencher a folha de registo

(cf. anexo 11). Numa tabela e discutindo com os alunos os dados obtidos pela pesquisa, os

professores poderá organizar os dados recolhidos, sendo que no final esta deve conter os

seguintes dados:

O Sistema Solar

Planetas Número total de planetas Nomes dos planetas

oito Mercúrio, Vénus, Terra, Marte,

Júpiter, Saturno, Urano e

Neptuno

Mercúrio É o planeta mais próximo do Sol. É um planeta telúrico porque a

constituição da sua crosta é densa, ou seja, tem uma crosta sólida.

Vénus É o segundo planeta do Sistema Solar por ordem de distância do Sol.

Também Vénus é um planeta telúrico.

Terra É o terceiro planeta do Sistema Solar. O planeta Terra tem

características únicas: tem grandes quantidades de água, tem placas

tectónicas e um forte campo magnético. É o único corpo planetário que

possui vida. É um planeta telúrico.

Marte É o quarto planeta do Sistema Solar. Tem uma coloração avermelhada.

Tem dois satélites: Deimos e Fobos. Marte o último dos planetas

telúricos.

Júpiter É o maior plante do Sistema Solar e ocupa a quinta posição. Em sua volta

possui um ténue anel. Tem 63 satélites. É o primeiro dos planetas

gigantes. Os planetas gigantes caracterizam-se pela sua grande

dimensão mas são pouco densos, são constituídos essencialmente por

gases.

Saturno Saturno é rodeado por um sistema de anéis. É o segundo maior planeta

do Sistema Solar e está na sexta posição por ordem de distância do Sol.

É um planeta gigante.

Urano Urano é o sétimo planeta do Sistema Solar e é caracterizado pela sua

cor verde-azulada. Esta coloração deve-se à abundância de metano

gasoso na sua atmosfera. É um planeta gigante.

Neptuno Este é o último planeta do Sistema Solar. A sua atmosfera é constituída,

essencialmente por gases como o hidrogénio e o hélio. É um planeta

gigante.

No decorrer do preenchimento da tabela e discussão da pesquisa os alunos deverão ser capazes

de responder às seguintes questões (o professor poderá sugerir que a respostas às questões

sejam registadas no quadro ou no caderno):

O que é um planeta?

O que são planetas telúricos e planetas gigantes?

Qual a estrela central do Sistema Solar?

O que é a Lua?

Que outros astros conheces?

O professor poderá acrescentar outras perguntas que lhe pareçam convenientes. Para a

construção do modelo do Sistema Solar cada grupo de trabalho deve ter disponível o material

no protocolo enumerado. A cada grupo de trabalho deverá ser também disponibilizada a

seguinte tabela informativa:

cf. tabela em http://educa.fc.up.pt/ficheiros/trabalhos/401/documentos/307/Sistema%20solar.pdf

O professor deverá explicar que na tabela estão indicados os diâmetros das esferas que

representam os planetas, a distância relativa ao Sol e as cores que devem utilizar em cada caso.

É ainda de salientar que o tamanho relativo dos planetas e a distância ao Sol têm diferentes

escalas.

Os passos a seguir para a construção do modelo do sistema solar são os seguintes:

1. Fazer uma bola com 50 cm de diâmetro com papel de jornal e forrá-la com papel crepe

amarelo. O Sol deverá ter um diâmetro muito maior que os planetas. Pode-se simular as

manchas solares com tinta spray preta;

2. Com arame prender o «Sol» numa das extremidades da placa de esferovite;

3. Marcar na placa de esferovite, a partir do Sol, as distâncias enumeradas na tabela que

representam a distância a que cada planeta se posiciona em relação ao Sol;

4. Moldar bolas de plasticina, com os diâmetros e cores sugeridas, para representarem os

diferentes planetas;

5. Em cartolina desenhar/construir os aros que irão representar os anéis dos planetas

gigantes e adaptá-los às respetivas esferas;

6. Cortar o fio de arame com cerca de 10 cm de comprimento e prende-lo às esferas

representativas dos planetas;

7. Colocar cada um dos planetas na marcação correspondente, utilizando o arame

introduzido na placa de esferovite.

Atividade 18 – As fases da Lua

Resumo da atividade

A Lua é o vizinho mais próximo da Terra. Sabe-se mais sobre a Lua do que sobre qualquer outro

planeta do Sistema Solar. Em 1969 a Lua foi pisada pela primeira vez pelo Homem.

A Lua é o único satélite natural da Terra, sendo um satélite não possui luz própria mas reflete a

luz do Sol. A luz do Sol ilumina diferentes partes da Lua durante o seu movimento de rotação

em volta da Terra e, por isso a Lua é visível, a partir da Terra, com diferentes aspetos. Esta

atividade pretende simular de que forma a Lua passa pelas diferentes fases.

Protocolo da atividade

Material:

- bola de futebol ou de futebol de praia;

- cola;

- pincel para espalhar a cola;

- papel de alumínio;

- tesoura;

- fita adesiva de feltro;

- lanterna.

Procedimento – Para simular a Lua, em primeiro lugar, os alunos deverão certificar-se que a

bola de futebol está bem limpa e seca. Depois, com o auxílio de um pincel, deverão cobrir toda

a superfície da bola com cola. Depois, cuidadosamente, deverão forrar a bola com o papel de

alumínio. A superfície da «Lua» deverá ficar o mais lisa possível.

Colar na «Lua» uma das partes da fita adesiva de feltro. A outra parte deverá ser colada na mesa.

É suposto posicionar a bola em cima da mesa por forma a que esta fique fixa, através das tiras

de feltro.

Dois a dois, os alunos deverão posicionar-se frente a frente, cada um de um lado da mesa. Um

dos alunos deverá segurar uma lanterna que será o «Sol». É conveniente que a sala não tenha

muita luminosidade. Seguidamente, liga-se a lanterna e os alunos deverão circular

gradualmente em torno da mesa. Desta forma, a bola irá sendo iluminada de diferentes ângulos,

simulando as fases da Lua. O aluno que não tem a lanterna deverá observar as simulações das

diferentes fases da Lua. Os alunos poderão ainda fotografar as diferentes simulações e compará-

las com imagens retidas da Internet. A atividade poderá ser acompanhada por um esquema das

fases da Lua (cf. esquema 1) para ajudar os alunos no seu posicionamento em volta da mesa

para obter as diferentes fases da Lua.

Esquema 1 – Esquema ilustrativo das fases da Lua.

Atividade 19 – Vulcão num frasco

Resumo da atividade

O vulcão é um aparelho natural formado por um canal (chaminé) aberto através da crosta

terrestre por onde são expelidos produtos gasosos, sólidos e líquidos (lavas) a temperaturas

muito altas. À abertura do vulcão chamamos cratera. Quando pensamos num vulcão em

erupção pensamos em pedaços incandescentes de rocha a serem lançados a milhares de pés no

ar. Pensamos em fluxos de magma líquido e em fluxos de fumo. Mas isso nem sempre sucede.

Alguns vulcões entram em erupção debaixo de água. Neste caso, o fumo quente e seus

subprodutos são imediatamente refrigerados. Com esta experiência pode-se observar o

comportamento do magma numa erupção vulcânica debaixo de água.

Protocolo da atividade

Material:

- bico de bunsen ou placa de aquecimento;

- areia;

- cera/vela;

- frasco de vidro resistente ao calor (tipo Pyrex);

- água.

Procedimento – Primeiramente deve-se colocar uma porção de cera (aproximadamente do

tamanho 1 x 1 cm) no fundo do frasco de vidro. Seguidamente deve-se despejar no frasco uma

porção de areia que seja suficiente para cobrir o cubo de cera. Depois, lentamente, deve-se

despejar no frasco uma quantidade de água por forma a que o frasco fique quase cheio. Atenção

o frasco não deverá ficar completamente cheio para evitar que quando a água entrar em

ebulição salte para fora do frasco. Por fim, basta colocar o frasco de vidro sobre o bico de bunsen

ou sobre a placa de aquecimento e ajustar a temperatura para médio/alto. Resta observar o que

acontece! A cera aquece debaixo da areia, criando bolhas que para se libertarem “furam” a areia

para encontrar o caminho até à superfície.

Com esta atividade pretende-se simular uma erupção vulcânica debaixo de água, remetendo

para o que acontece quando o magma contido no núcleo da Terra irrompe através da crosta

terrestre. Quase 80% das erupções vulcânicas ocorrem debaixo de água.

Nesta experiência é pretendido recriar o movimento do magma (cera aquecida) coberto de areia

(crosta terrestre). Quando as bolhas formadas pelo aquecimento da cera se libertam da camada

de areia entram em contacto com a água que, estando mais fria, provoca a sua solidificação, à

semelhança do que acontece com o magma quando em contacto com a água do oceano.

Objetos e Materiais

Atividade 20 – Misturar cores, criar novas cores

Resumo da atividade

A finalidade desta atividade é que os alunos compreendam que ao misturar cores podem formar

novas cores. Além disto, esta atividade promove a compreensão do conceito de cores primárias:

azul ciano, magenta e amarelo, como sendo cores puras, que não se conseguem obter pela

mistura de outras cores e cores secundárias: vermelho, verde e violeta que se obtêm a partir da

mistura de duas cores primárias.

Protocolo da atividade

Para a realização desta atividade o professor deverá começar por apresentar guaches das três

cores primárias aos alunos: azul ciano, magenta e amarelo e questioná-los sobre que

possibilidades de misturas de cores se podem efetuar com as três cores, sendo que apenas

poderão ser misturadas duas a duas.

Discutindo com os alunos o professor poderá elaborar um esquema com as combinações

possíveis. O esquema abaixo apresentado poderá ser entregue aos alunos e completado pelos

mesmos.

Possibilidades de mistura de cores primárias

Azul Ciano

Magenta

Amarelo

AZUL CIANO

+

AMARELO

=

MAGENTA

+

AZUL CIANO

=

AMARELO

+

MAGENTA

=

Quando as diferentes possibilidades estiverem combinadas deve-se passar à experimentação.

Para isso a turma deverá ser dividida em grupos (máximo de cinco elementos). Cada grupo de

trabalho deverá ter um tubo de guache de cor azul ciano, um tubo de guache magenta e um

amarelo. Numa paleta ou numa folha de papel, com o auxílio de um pincel ou dos dedos,

deverão efetuar todas as combinações definidas e preencher a tabela, pintando o espaço

correspondente a cada uma das combinações com a cor resultante da sua experimentação. No

final da atividade os alunos deverão concluir que há três cores primárias e enumerá-las e

compreender que a partir da mistura das mesmas se podem formar novas cores, chamadas

cores secundárias.

Nota-se que o professor deverá alertar os alunos para a quantidade de guache que utilizam.

Para as cores obtidas serem o mais aproximadas possível deve-se misturar a mesma quantidade

de guache de uma e outra cor.

Para dar continuidade à atividade pode-se pedir aos alunos que misturem as três cores primárias

– mistura subtrativa - e verificar que cor resulta da mistura das três cores primárias.

Atividade 21 – Cromatografia de canetas

Resumo da atividade

A cromatografia é um método de separação química de misturas que se fundamenta na

distribuição seletiva dos seus constituintes. Nesta atividade pretende-se aplicar o método da

cromatografia na separação das cores que formam as cores das canetas de feltro.

Para a realização desta atividade será necessário o seguinte material: tesoura, filtros de café de

papel branco ou lenços de papel, caneta de feltro de cor preta (não pode ser caneta de tinta

permanente), água, conta-gotas, chávena de café ou caneca.

Protocolo da atividade

Para a experimentação a turma deverá ser dividida em grupos de trabalho. Cada grupo deverá

ter na sua bancada de trabalho o material acima enumerado. Em primeiro lugar, com a tesoura

deve-se cortar um círculo no filtro de café (não precisa ser um círculo prefeito). Depois, com a

caneta de feltro preta desenha-se uma linha de uma ponta à outra do círculo (a linha deverá ser

desenhada mais ou menos a meio do círculo). Colocar água suficiente para cobrir o fundo da

chávena/caneca. O papel de filtro irá começar a absorver a água e quando esta atingir a linha

desenhada a caneta de feltro, será possível observar algumas cores diferentes. Deve-se deixar

atuar por forma a que as cores percorram todo o caminho até às bordas do papel. Quantas cores

é possível observar?

Em opção pode-se fazer a experimentação usando um círculo de papel de filtro, desenhar uma

pinta no centro, usando a caneta de feltro preta, e colocar o papel num pires. Com um conta-

gotas deitar uma ou duas gotas de água. Em poucos minutos é possível observar a formação de

círculos com diferentes cores.

Esta atividade pode ser replicada usando caneta de feltro de outras cores, além do preto. É

desaconselhável usar as canetas das cores primárias pois os resultados podem não ser visíveis a

olho nu, apenas com o auxílio de microscópio.

Porque é que isto acontece? Muitas canetas usam tintas que são feitas de pigmentos coloridos

e água. Em contacto com o filtro de café a água leva o pigmento ao papel, quando a tinta seca,

o pigmento permanece no papel. A velocidade a que cada pigmento percorre o papel é diferente

e depende do tamanho da molécula do pigmento, por isso se formam várias linhas coloridas.

Atividade 23 – Objeto ou material?

Resumo da atividade

O objetivo desta atividade é que os alunos observem diversos objetos e identifiquem de que

material são feitos, compreendendo a diferença entre objetos e material. É ainda suposto levar

os alunos a agrupar diferentes objetos por grandes grupos (plásticos, metais…).

Protocolo da atividade

O professor deverá reunir previamente um conjunto de objetos. Os objetos apresentados

devem ser variados (ex. chaves, colheres, pulseiras, copos, escovas, berlindes, bonecos,

carrinhos…). Deve-se incluir neste conjunto objetos iguais de materiais diferentes (ex. colher de

plástico, colher de pau, colher de plástico, copo de vidro, copo de inox, clip de metal, clip

revestido de borracha…). Os objetos devem ser observados a fim de identificarem de que

material são feitos.

Posto isto, deve-se proceder à organização dos objetos em dois grandes grupos: o grupo 1

deverá englobar os objetos constituídos por apenas um material e o grupo 2 deve conter os

objetos constituídos por mais que um material. No final, o professor deverá validar a

constituição dos grupos de objetos. O grupo 1 – objetos constituídos por apenas um material –

poderá ser subdividido em grupos, segundo do critério material de que são feitos, pelo que se

poderá criar os subgrupos metais, plásticos, madeiras, tecidos, vidro/cerâmica…

Para a atividade surtir o efeito desejado o professor deverá assegurar a diversidade de materiais

em apreciação, por exemplo: metais (cobre, ferro, alumínio, ouro, prata…), plásticos (PVC, PET,

polietileno, acrílico…), madeiras (pinho, carvalho…), fibras têxteis (lã, nylon, algodão…), papéis

(escrita, jornal, papel de cozinha), vidros e cerâmicas (barro, porcelana, vidro…). Pode-se dar

continuidade à atividade discutindo com os alunos a origem dos materiais: origem natural ou

origem não natural. Dos objetos de origem natural pode-se fazer a distinção entre os objetos de

origem animal, vegetal ou mineral.

Atividade 24 – Fazer plástico a partir de leite

Resumo da atividade

Esta atividade pretende tornar possível a produção de plástico a partir de leite e vinagre. Permite

que os alunos compreendam a aplicação de materiais de origem natural na produção de

materiais que servem para a produção de objetos.

Protocolo da atividade

Para a realização da atividade deverá reunir-se o seguinte material: 1 copo de leite, 4 colheres

de chá de vinagre branco, micro-ondas, filtro (peneira fina ou pano), colher. Com a ajuda do

professor, os alunos deverão aquecer o leite no micro-ondas (durante cerva de 1 minuto). O

leite tem que estar quente mas não é necessário ferver. Caso tenha um termômetro de líquidos,

a temperatura ideal será 50º C. Seguidamente, deve-se adicionar ao leite o vinagre. Poderá

verificar-se que o leite irá coalhar. A mistura deverá ser coada por forma a reter no filtro os

nódulos de leite coalhado (sólido) e descartar a parte líquida da mistura. Os nódulos de leite

coalhado devem ser moldados como se de uma massa se tratasse.

Utilizando formas/moldes (tipo formas de biscoitos) deve-se cortar a massa, criando formas. Em

poucos dias a massa irá endurecer e ficar com um aspeto semelhante ao plástico. Depois de seca

a massa poderá ser pintada e decorada.

Porque é que isto acontece? A substância que resultou desta atividade (a partir da mistura de

leite e vinagre) chama-se caseína. Depois de seca tem um aspeto semelhante ao plástico.

Contudo, o plástico é produzido a partir de petróleo. A caseína é utilizada como suplemento

alimentar e na produção de botões. Os nódulos resultantes da mistura de leite e vinagre são o

resultado da reação química do leite com o ácido do vinagre.

Atividade 25 – Extrair ferro dos cereais

Resumo da atividade

O ferro é um dos elementos mais abundantes no Universo e é essencial à vida. A carência de

ferro na dieta do ser humano pode causar alguns problemas de saúde. Tendo em conta esta

necessidade alguns fabricantes de flocos de cereais ricos em ferro adicionam minúsculos

pedaços de liga de ferro metálico. O objetivo desta atividade é extrair o ferro dos cereais de

pequeno-almoço, estudando o comportamento atração dos materiais, neste caso do ferro.

Protocolo da atividade

Para a experimentação é necessário ter reunido o seguinte material: íman (quanto mais forte

melhor – os ímanes mais eficazes para esta atividade são os íman de Neodómio e podem ser

adquiridos comercialmente, flocos de cereais (tipo Fitness da Nestlé), varinha mágica ou

almofariz e pilão, copo/tigela e água.

Os alunos deverão começar por colocar na tigela uma porção de cereais e cobrir com água,

deixando amolecer por alguns minutos. Seguidamente deve-se esmagar os flocos com a varinha

mágica ou com o pilão até formar uma pasta de cereais. No final, basta fazer percorrer o íman

junto à pasta e os pedacinhos de ferro irão ficar presos no íman.

Se o íman for realmente forte sugere-se que se envolva em película aderente antes da

experimentação a fim de facilitar a remoção da limalha de ferro. Porque é que isto acontece?

Acontece porque ao desfazer os flocos de cereais em água, libertam-se os pedaços de ferro

adicionados aos flocos e o íman captura-os, ficando nele presos e visíveis.

Atividade 26 – Construir uma bússola

Resumo da atividade

A bússola é um instrumento que nos indica a direção do polo norte da Terra, ou seja a bússola

indica-nos a direção norte, independentemente da nossa posição no globo terrestre. Isto é

possível porque a bússola tem uma agulha magnética que é atraída para o polo magnético

terrestre (Norte). Esta atividade promove a construção de uma bússola.

Protocolo da atividade

Para a realização da atividade irá precisar do seguinte material: íman, agulha ou clipe de metal

e rolha de cortiça, recipiente e água. Em primeiro lugar, o professor deverá pedir aos alunos que

magnetizem uma das pontas da agulha, esfregando-a no íman. O íman, tal como a Terra, possuí

energia magnética. Ao esfregar a agulha no íman uma parte dessa energia é transferida para o

metal. Seguidamente, faz-se duas ranhuras na rolha de cortiça por forma a permitir segurar a

agulha. Pode-se identificar, escrevendo com uma caneta, N para simbolizar o ponto cardeal

norte. Deve-se colocar a agulha na rolha com a ponta magnetizada virada para o lado onde foi

identificado o norte. Colocar água no recipiente de vidro ou de plástico e, cuidadosamente,

colocar a rolha com a agulha na água. Aos poucos a rolha irá virar-se e a agulha apontará para o

Polo Norte Magnético.

Relógio de Sol

Introdução

O presente guião organiza um conjunto de atividades subordinadas ao tema dinâmica da Terra

– relógio de Sol. As propostas de atividades serão implementadas com crianças do 1º ciclo do

ensino básico a fim de serem aprofundadas questões relacionadas com os movimentos dos

corpos celestes, em particular, do sistema Sol - Terra.

A sucessão e duração das estações do ano ou o movimento diurno do Sol parecem fenómenos

simples de explicar, no entanto, abordar este assunto com crianças desta faixa etária pode

tornar-se complicado já que o estádio do pensamento abstrato apenas se inicia por volta dos 12

anos. As atividades estão pensadas por forma a usar a observação como processo para entender

melhor os fenómenos em discussão.

Enquadramento Curricular

No que respeita ao enquadramento curricular das atividades propostas pretende-se cumprir os

objetivos gerais «Utilizar processos simples de conhecimento da realidade

envolvente…assumindo uma atitude de permanente pesquisa e experimentação», «Selecionar

diferentes fontes de informação…e «Utilizar diversas formas de recolha e de tratamento de

dados simples…», de acordo com o programa de estudo do meio do ensino básico.

Pretende-se ainda cumprir os objetivos específicos enumerados no programa de estudo do meio

do ensino básico, no que respeita ao bloco programático 3 – À descoberta do ambiente natural

quando é referido «…reconhecer o Sol como fonte de luz e calor», «Verificar as posições do Sol

ao longo do dia…», «observar e representar os aspetos da Lua nas diversas fases» e «Observar

um modelo do Sistema Solar».

Atividade 27 – simulação da sucessão das estações do ano

Resumo da atividade

Utilizando o modelo construído pelos alunos no âmbito das atividades propostas para o Projeto

Pais com a Ciência, bloco temático 3 – Universo, Sistema Solar e Dinâmica da Terra - posicionar

o Sol e a Terra de modo a simular o fenómeno das estações do ano – A (cf. Figura 1) e duração

dos dias – B (cf. Figura 1).

Caso o modelo não esteja disponível ou não seja funcional, poderá ser substituído por um globo

terrestre e uma lâmpada/candeeiro que ilumine completamente um lado do globo e não apenas

uma pequena área (o que acontece quando se utilizam lanternas pequenas).

A imagem representa a posição da Terra em diferentes pontos da sua trajetória, sendo que as

estações identificadas dizem respeito ao Hemisfério Norte.

Protocolo da atividade

Material:

- modelo sistema Terra-Sol ou globo terrestre e candeeiro.

Procedimento - O modelo construído deve ser usado numa sala escura para que ao acender-se

o candeeiro que simula o Sol seja possível observar a luz a incidir apenas em metade da esfera

Figura 7 – Imagem ilustrativa da sucessão das estações do ano e da duração dos dias.

que representa a Terra. Colocar a Terra em cada uma das posições A, B, C e D e registar as

observações na seguinte tabela (cf. Tabela 7).

Tabela 7 – Tabela registo de observações.

Notas da atividade

Solstício de Inverno

A inclinação do eixo da Terra relativamente ao plano que inclui a trajetória da Terra em volta do

Sol origina vários fenómenos:

- o polo norte não recebe luz solar durante o inverno e parte do outono;

- a temperatura à superfície é menor já que há menos raios solares a incidir na superfície

terrestre por unidade de área, comparado com o que acontece no verão;

- há menos horas de luz, tornando os dias mais pequenos e frios.

Solstício de Verão

A inclinação do eixo da Terra em direção ao Sol origina vários fenómenos:

- no polo norte é sempre de dia – o sol não se põe - durante o inverno e parte do outono;

- a temperatura à superfície é maior já que há mais raios solares a incidir na superfície

terrestre por unidade de área, comparado com o que acontece no inverno;

- há mais horas de luz, os dias são mais longos e quentes.

Posição da Terra O Polo Norte

está iluminado?

O Polo Sul está

iluminado?

Como está orientado o eixo da

Terra?

A – Solstício de Verão

B – Equinócio de Primavera

C – Solstício de Inverno

D – Equinócio de Outono

Equinócios de Primavera e Outono

- o eixo da Terra é paralelo ao Sol, logo a sua inclinação não influência a duração dos dias

e das noites e ambos os polos, norte e sul, encontram-se iluminados.

- a quantidade de radiação solar recebida por unidade de área é maior do que acontece

no inverno.

- nestes dias, os dias (horas de Sol) têm a mesma duração das noites.

Atividade 28 – simulação dos dias e das noite

Resumo da atividade

Com esta atividade é pretendido que os alunos compreendam como se concretiza o fenómeno

da sucessão dos dias e das noites e como este facto se relaciona com a variação do número de

horas de Sol ao longo do ano.

Protocolo da atividade

Material:

- lanterna ou lâmpada do modelo;

- palito comprido de espetada;

- bola de esferovite de diâmetro 20 cm;

- balão azul;

- arame de comprimento igual a 40 cm.

Procedimento - A lâmpada ou lanterna servirá para simular o Sol

enquanto a bola de esferovite representará a Terra. Para “fazer” a

Terra, cortar a entrada do balão e “vestir” a bola de esferovite com

o balão. Atravessar a bola de esferovite de um lado ao outro, no

centro, com o arame. Considerando esta bola a “Terra” o arame entra num polo e sai no outro.

Repetir o processo utilizando um palito, mas procedendo de modo a que este faça um ângulo

de 23,5⁰ com o arame. O palito representará o eixo da Terra.

Uma vez construída a Terra, deve-se apagar a luz da sala e segurar no arame por forma a que

este se encontre perpendicular ao chão ou superfície onde se realiza a atividade. Sempre que se

rodar a Terra deve-se garantir que o arame está sempre na vertical já que é utilizado como

referência para se respeitar a correta inclinação do eixo da Terra. Acender o “Sol” e posicionar

a Terra em cada uma das situações A, B C e D ilustradas nas figuras (cf. Figura 8, 9 e 10).

Notas da atividade

O fenómeno da sucessão dos dias e das noites relaciona-se com o movimento de rotação da

Terra. A Terra completa uma rotação sobre o seu eixo aproximadamente, a cada 24 horas.

A um observador na superfície terreste, este movimento de rotação da Terra confunde-se com o

movimento aparente do Sol no céu. Na realidade o corpo que se move é a Terra e não o Sol.

Dependendo da latitude a que se encontra o observador, os dias podem durar mais ou menos

tempo, ou seja, as horas de Sol são diferentes consoante a localização.

Para se identificar a localização de um corpo/objeto à superfície da Terra utilizam-se coordenadas

geográficas: a latitude e a longitude. A latitude é o ângulo que o raio da Terra faz entre a linha do

Figura 8 - Solstício de Verão no Hemisfério Norte

(Posição A).

Figura 9 - Solstício de Inverno no Hemisfério Norte

(Posição C).

Figura 10 - Equinócios (Posição B e D).

Equador e o lugar à superfície da Terra. Às circunferências paralelas ao Equador chamam-se

paralelos. A latitude é medida em graus (°) para Norte ou para Sul, sendo o Equador a linha com

latitude igual a 0° (cf. Figura 11).

A longitude é o ângulo que o raio da Terra faz entre a linha do meridiano de Greenwich, e o lugar

à superfície da Terra. Às circunferências que passam pelos dois polos (Norte e Sul) chamam-se

meridianos. O meridiano de referência que corresponde a 0° de longitude chama-se meridiano

de Greenwich. A latitude é medida em graus (°) para Este ou Oeste

Figura 11 – Representação da latitude.

Figura 12 – Representação do meridiano de Greenwich.

Rosa dos Ventos

A Rosa dos Ventos reúne a orientação das linhas que

indicam as direções cardeais: norte, sul, este e oeste.

Para além destes pontos podem ter mostrar ainda os pontos

colaterais NE (nordeste), NO ou NW (noroeste), SE (sudeste)

e SO ou SW (sudoeste) (cf. Figura 13).

Atividade 29 – evolução da posição da sombra

Resumo da atividade

Com a implementação deste trabalho de campo os alunos terão a possibilidade de observar a

posição do Sol no céu ao longo do dia e perceber como nos podemos orientar recorrendo à

interpretação desse movimento. Desta forma, é suposto que a atividade proporcione aos alunos

a possibilidade de relacionar o movimento aparente do Sol com os pontos cardeais e a direção

da sombra de um objeto.

Protocolo da atividade

Material:

- vara de 1 m de altura ou uma pessoa;

- giz de várias cores;

- superfície;

- dia de sol;

- relógio;

- superfície de 10 m2 (pátio ou campo de jogos) onde seja possível escrever com giz;

- fita métrica 5 m;

- fio de prumo.

Procedimento - Em primeiro lugar, é necessário averiguar qual será o melhor local para a

realização da atividade. O local para a sua implementação deverá ser uma zona em que o Sol

incida todo o dia e aonde não se sobreponha nenhuma sombra.

Figura 13 – Representação da Rosa dos Ventos.

Depois de identificado o local com as condições acima enumeradas, deve-se marcar o centro

com giz. No centro deverá ser colocada a vara na vertical. Se não for possível ter uma suporto

para a vara, esta deverá ser segurada por um aluno, ou o próprio aluno poderá posicionar-se no

centro e a partir da sua sombra, fazer-se as respetivas medições. As medições do comprimento

da sombra devem ser efetuadas de 30 em 30 minutos e devem-se proceder ao seu registo,

recorrendo à tabela (cf. Tabela 8). No final da atividade pode-se desafiar os alunos a indicarem

no chão, com giz, os pontos cardeais.

Notas da atividade

É esperado que se observe o seguinte:

- a sombra tem maior comprimento de manhã e ao final do dia.

- à medida que a sombra se movimenta ao longo da manhã, o seu comprimento diminui até

assumir o menor comprimento possível – corresponde ao momento/instante em que o Sol se

encontra mais alto no céu. No Hemisfério norte, a sombra ao meio dia solar corresponde ao

ponto cardeal Norte. Para latitudes superiores ao Trópico de Câncer a sombra mínima

corresponde ao meio-dia solar e a direção desta sombra indica o Norte;

- quando Sol está mais alto no céu, a sombra é mais pequena.

Tempo

(hora e minutos)

Comprimento da sombra (cm)

08h00min

08h30min

09h00min

09h30min

10h00min

10h30min

11h00min

(…)

18h00min

Se possível, usar um escadote para tirar uma fotografia de cima com o resultado final.

Tabela 8 – Proposta para registo das medições da sombra ao longo do dia.

- ao longo da tarde longo da tarde, comprimento da sombra volta a aumentar até ao pôr-do-

sol.

- no dia do equinócio, o Sol nasce na direção do ponto cardeal Este e põe-se no ponto cardeal

Oeste.

- no dia do solstício de verão, o Sol nasce e põe-se mais a norte relativamente à posição ocupada

nos equinócios. Já no dia do solstício de inverno, o Sol nasce e põe-se mais a sul.

Atividade 4 – construção do relógio de Sol

Resumo da atividade

Aproveitando o estudo da posição da sombra realizado na atividade 3, pode concluir-se que a

formação da sombra e variação do seu comprimento é um fenómeno que ocorre todos os dias

de forma sequencial. Este facto permite a construção de um Relógio de Sol. Os egípcios

utilizavam este método para determinar o tempo usando a sombra de obeliscos majestosos. Os

egípcios dividiam o dia em 24 horas: doze horas de luz e outras doze horas de escuridão e nas

praças romanas era comum encontrar relógios de Sol.

Protocolo da atividade

Material:

- modelo do relógio kit Latitude e Longitude;

Figura 14 – Posição do Sol no ocaso em quatro dias diferentes.

- palhinha;

- bússola;

- cola;

- tesoura.

Procedimento

Depois de recortar pela linha indicada a verde, seguir as instruções do esquema (cf.

http://www.pavconhecimento.pt/media/media/775_662-instrumentos.pdf).

Como funciona um relógio do Sol equatorial

Nesta ilustração, considera-se o movimento aparente do Sol, ou seja, imagina-se que é o Sol que

se move à volta da Terra num dia de verão no polo norte. Considerando um plano horizontal

colocado no por do sol (base do relógio) e uma vara na vertical (gnómon), verifica-se que a cada

Figura 15 – Indicações para construção do relógio de Sol equatorial.

hora que passa, a sombra do gnómon roda 15°. Usa-se como referência para a posição da

sombra a linha de longitude 0° - o meridiano de Greenwich.

O Sol encontra-se fixo e a Terra realiza o movimento de rotação representado pela seta a

vermelho. Ao final de uma hora, a Terra rodou 15° e, passada outra hora, rodou mais 15°. Depois

de 24h, a sombra dividiu o disco em 24 partes iguais. Para um relógio do sol deste tipo, isto só

Figura 16 – Evolução da sombra no polo norte, no verão.

Figura 17 – Evolução da sombra no polo norte, no verão, visto do topo.

acontece nos polos durante o verão. Para lugares com outras latitudes é necessário ajustar a

posição da base do relógio para que cada hora também corresponda a uma variação de 15°.

Devido à distância da Terra ao Sol ser muito grande, os raios solares são paralelos uns aos outros

quando incidem na superfície terreste.

Quando é verão, no hemisfério norte, o eixo da Terra está orientado para o Sol. Uma

consequência desta inclinação é o sol nunca se pôr durante esse tempo no Polo Norte, estando

sempre acima da linha do horizonte. No inverno a situação inverte-se, e o Sol nunca nasce.

Para se ter um relógio de sol equatorial, a sua base, onde estão indicadas as horas, tem de ser

paralela ao paralelo do equador e o gnómon tem de ser paralelo ao eixo da Terra. Seguindo estas

regras, teremos um relógio equivalente ao apresentado nos pólos norte e sul, em que a base está

colocada na horizontal.

Figura 18 – Incidência dos raios solares no inverno e no verão.

Figura 19 – Posição de relógios em diferentes latitudes.

Para a nossa latitude, que varia entre 38° N e 42° N, o relógio tem de respeitar a seguinte

inclinação:

A letra ϕ corresponde à latitude do lugar, enquanto α corresponde à co-latitude: 𝛼 = 90° − 𝜑, o

que significa que o ângulo entre o gnómon e o chão é igual à latitude nesse local. A parte superior

do relógio de Sol equatorial é indicada para utilizar no verão e a parte inferior utiliza-se no

inverno.

Figura 20 – Pormenor da construção de relógio do Sol para as latitudes de Portugal.

Atividade 30 – Pega Monstros

MATERIAL:

Copos; varetas; colher de chá; cola líquida transparente; borato de sódio; corante alimentar.

PROCEDIMENTO

1. Num copo verter uma colher de cola líquida;

2. Acrescentar algumas gotas de corante e mexer muito bem;

3. Adicionar 3 mL de solução aquosa saturada de borato de sódio e misturar muito bem;

4. Agitar de forma enérgica;

5. Retirar o excesso de líquido (se existir) e está pronto!

EXPLICAÇÃO

A mistura de cola com borato de sódio forma um polímero de silicone com propriedades

espetaculares. Testa-as (estica-o, comprime-o, faz uma bola e verifica de salta).

Nota: Quando terminares de testar as propriedades do pega monstros lava muito bem as mãos.

Atividade 31 – Fluído Não Newtoniano

MATERIAL

Bacia/alguidar; copo medida; colher de pau; água e amido de milho

(Maizena).

PROCEDIMENTO

1. Colocar no alguidar 2 copos de amido de milho;

2. Adicionar, lentamente, 1 copo de água e com as mãos mexer;

3. A mistura está pronto quando escorrer das mãos e parecer sólida quando

pressionada.

EXPLICAÇÃO

A mistura de amido de milho com água comporta-se como um fluido não-newtoniano.

Nesta atividade é possível observar as alterações que este fluído sofre quando é sujeito

a interações/forças.

Atividade 32 – Gelado num minuto

MATERIAL

Copo de leite com sabor (ex. leite com chocolate); gelo; uma colher de sopa

de açúcar; seis colheres de cloreto de sódio (sal de cozinha/sal grosso); sacos de

conservação com fecho zip.

PROCEDIMENTO

1. Misturar meio copo de leite com uma colher de sopa de açúcar num saco com

fecho zip;

2. Encher outro saco de conservação com gelo e adicionar seis colher de sopa com

sal grosso;

3. Colocar o saco com a mistura dentro do saco com gelo e agitar durante 5

minutos;

4. A mistura deverá solidificar ficando com o aspeto de um gelado.

EXPLICAÇÃO

Quando o sal entra em contacto com o gelo faz com que o ponto de fusão diminua, ou

seja, faz com que o gelo derreta a uma temperatura inferior a 0 °C. Essa diminuição

depende da quantidade de sal que é adicionada, quanto mais sal for adicionado ao gelo,

menor será a temperatura a que o gelo funde. Antes de derreter, o gelo precisa de

absorver energia. Neste caso, a energia que vai ser absorvida provém do leite que se

encontra a uma temperatura superior. Estão assim reunidas as condições para que o

leite congele em poucos minutos sem se recorrer ao congelador.

Anexo 1

Tinta

Cola

´

Limpeza

WC

Anexo 2

Tabela de registo de previsões

Preenche a seguinte tabela com as tuas previsões, colocando um x no local correto.

Previsões sobre a flutuação dos materiais

Material Flutua Não flutua

Bola de plasticina

Pedaço de madeira

Rolha de cortiça

Clipe

Prego

Moedas

Valor

Tabela de registo de observações efetuadas

Preenche a seguinte tabela com os resultados que obtiveste na experimentação,

colocando um x no local correto.

Previsões sobre a flutuação dos materiais

Material Flutua Não flutua

Bola de plasticina

Pedaço de madeira

Rolha de cortiça

Clipe

Prego

Moedas

Responde à questão:

Porque é que alguns materiais afundam?

Saber mais…

Como é que os barcos, apesar de serem tão grandes e pesados, flutuam? Com a ajuda

dos teus pais investiga sobre o assunto fazendo pesquisa, por exemplo, na Internet.

Anexo 3

Propriedades da água: água própria para consumo

Folha de registo (adaptada de Vieira, 2003)

Qual dos gobelets corresponde a água potável (própria para consumo humano)? Assinala

com um X aqueles que consideras não corresponderam a água potável e com um V

aquele(s) que consideras corresponder a água potável. Deves preencher a tabela antes e

depois da experimentação

Am

ost

ras

GOBELÉ A

GOBELÉ B

GOBELÉ C

GOBELÉ D

GOBELÉ E

As

min

has

pre

visõ

es

O q

ue

veri

fiq

uei

Responde às questões:

Observa os gobelets C e D. Um deles contém água potável e outra água imprópria para consumo.

Consegues identificar qual o frasco com água imprópria para consumo? Justifica a tua resposta.

Observa, tendo em atenção caraterísticas como o odor, a turvação da água, entre outras, uma

amostra do gobelet D e outra do gobelet E. Achas que já consegues descobrir qual a água

imprópria para consumo? Justifica a tua resposta.

Observa as duas preparações ao microscópio, uma do gobelet C e outra do gobelet D. Regista as

observações.

Amostra do gobelet C

Amostra do gobelet DD

Anexo 4

Será que se enchermos diferentes recipientes com

água e colocarmos rebuçados estes se irão

dissolver? Se agitarmos (mexermos) a solução o

rebuçado irá se dissolver-se mais rapidamente?

Eu penso que os rebuçados dissolvem-

se ao mesmo tempo porque são

iguais.

Eu acho que se agitarmos mais o

rebuçado desaparece mais

depressa.

Anexo 5

Tabela para controlo de variáveis Para medir o tempo de dissolução de um material, deves ter em conta alguns critérios.

Para realizar esta atividade é necessário definir alguns critérios. Com a ajuda do teu professor

preenche os espaços em branco (com texto ou desenhos) e a tabela que se segue. No final deves

ser capaz de responder à questão colocada.

O que vamos mudar…

O que vamos medir…

O que vamos manter…

Como vamos registar…

Ensaio Agitação da mistura Temperatura do

solvente

Tempo de

dissolução completa

(min.)

A

Agitação nula

B

Agitação de 10 em

10 min

C

Agitação continuada

O que observamos…

Resposta à questão-problema…

Anexo 6

Carta de planificação

Penso que… (desenha ou escreve o que pensas)

Como vamos registar o que observamos…

Estados físicos

Amostras

À temperatura

ambiente

Na caixa com

gelo à

temperatura

de ____ºC

Na caixa c/ água

aquecida à

temperatura de

____ºC

Ordem de

fusão (1º,

2º…)

Ordem de

solidificação

(1º, 2º…)

Azeite

Leite

Manteiga

Álcool

etílico

Sal

Questão-problema: Qual o efeito da temperatura no estado físico de um

material ou substância?

Anexo 7

Trabalho prático

Penso que… (desenha ou escreve o que pensas)

Como podemos simular o Ciclo da Água? Observa o esquema.

O que representa cada parte? Completa.

Foco de luz: ____________

Recipiente com gelo: camada da atmosfera com a temperatura mais baixa

Água com sal: ___________

Questão-problema: Como vai a água parar às nuvens?

Como vamos registar…. (completa a tabela com as observações que efetuares)

Após a montagem

30 minutos depois

60 minutos depois

Anexo 8

Germinação do feijão

Folha de registo

Depois de colocares o algodão e o feijão no copo e regares o que podes observar? Preenche a

seguinte tabela, na qual deves registar as observações que fizeste ao longo do tempo (podes

desenhar ou escrever as alterações que verificas.

Germinação do feijão

(inicialmente o copo contem algodão embebido em água e um feijão)

O que verifico passado…

1 dia

3 dias

5 dias

10 dias

15 dias

Passados 15 dias que partes da planta consegues identificar?

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