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O livro que temos em mãos traz os pensamentos de um teólogo, no bom momento do apogeu tecnológico cientifico da nação alemã, interessante, pois sua terra era nada mais menos do que o berço da Reforma Protestante o lugar onde Martinho Lutero nasceu e entregando a bíblia na língua do povo unificando uma pátria; é baseado em sua ultima preleção e também chamado de seu “canto de cisne” É necessário lembramo-nos do monge Lutero para entendermos a importância dos teólogos formados lá, apesar da grandeza destes homens a nação sobre o domínio do ditador Adolf Hitler caminhou cegamente para o abismo das trevas com a criação até mesmo de uma igreja nacional que era mandada pelos ideais do Fuhrer na qual todos tinham que prestar juramento solene de obediência, contraria a esta existia a “Igreja Confessante”, da qual fazia parte Karl Barth; O mesmo mudou-se para a Basiléia, no entanto os laços continuaram com a Igreja. Teologia é, portanto para o autor um empreendimento humano assim como é a filosofia e outras áreas do saber é um conhecimento “cientifico”, uma teologia evangélica que aponta para o Novo testamento e desaba na Reforma Protestante do século XVI, a teologia pode ser “protestante” e não ser evangélica na Bíblia encontramos o fundamento evangélico e temos que pensar não em confissionalidade pois católicos também são evangélicos. A teologia evangélica raciocina em três premissas, 1)no evento da existência humana,2)na fé dos seres humanos ,3) na razão;O assunto da teologia evangélica é Deus na história de suas ações, não é um Deus solitário que basta a si mesmo O vocábulo “teologia” contém o termo logos. Teologia é logia, lógica, logística e definida fundamentalmente é definida pelo theos, é, portanto a palavra o teólogo nos informa que; “A palavra de Deus é a palavra que Deus falou, fala e falará em meio aos seres humanos, quer seja ouvido quer não o seja. As testemunhas da palavra são inicialmente os personagens bíblicos as pessoas proféticas do VT, e as pessoas apostólicas do NT, foram por assim dizer as testemunhas primarias, pois foram chamados de forma imediata pela palavra, sendo assim iluminadas e instruídas de forma imediata, vindas do tumulo vazio e tendo Jesus vivo diante de si,elas falavam, relatavam, escreviam a seu respeito. Os conteúdos do testemunho neotestamentário foram e continuam sendo a história da salvação e da revelação, tornada evento em

Introdução à Teologia Evangélica

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O livro que temos em mãos traz os pensamentos de um teólogo, no bom momento do apogeu tecnológico cientifico da nação alemã, interessante, pois sua terra era nada mais menos do que o berço da Reforma Protestante o lugar onde Martinho Lutero nasceu e entregando a bíblia na língua do povo unificando uma pátria; é baseado em sua ultima preleção e também chamado de seu “canto de cisne”

É necessário lembramo-nos do monge Lutero para entendermos a importância dos teólogos formados lá, apesar da grandeza destes homens a nação sobre o domínio do ditador Adolf Hitler caminhou cegamente para o abismo das trevas com a criação até mesmo de uma igreja nacional que era mandada pelos ideais do Fuhrer na qual todos tinham que prestar juramento solene de obediência, contraria a esta existia a “Igreja Confessante”, da qual fazia parte Karl Barth; O mesmo mudou-se para a Basiléia, no entanto os laços continuaram com a Igreja.

Teologia é, portanto para o autor um empreendimento humano assim como é a filosofia e outras áreas do saber é um conhecimento “cientifico”, uma teologia evangélica que aponta para o Novo testamento e desaba na Reforma Protestante do século XVI, a teologia pode ser “protestante” e não ser evangélica na Bíblia encontramos o fundamento evangélico e temos que pensar não em confissionalidade pois católicos também são evangélicos.

A teologia evangélica raciocina em três premissas, 1)no evento da existência humana,2)na fé dos seres humanos ,3) na razão;O assunto da teologia evangélica é Deus na história de suas ações, não é um Deus solitário que basta a si mesmo

O vocábulo “teologia” contém o termo logos. Teologia é logia, lógica, logística e definida fundamentalmente é definida pelo theos, é, portanto a palavra o teólogo nos informa que; “A palavra de Deus é a palavra que Deus falou, fala e falará em meio aos seres humanos, quer seja ouvido quer não o seja.

As testemunhas da palavra são inicialmente os personagens bíblicos as pessoas proféticas do VT, e as pessoas apostólicas do NT, foram por assim dizer as testemunhas primarias, pois foram chamados de forma imediata pela palavra, sendo assim iluminadas e instruídas de forma imediata, vindas do tumulo vazio e tendo Jesus vivo diante de si,elas falavam, relatavam, escreviam a seu respeito.

Os conteúdos do testemunho neotestamentário foram e continuam sendo a história da salvação e da revelação, tornada evento em Jesus Cristo, como ação da palavra de Deus; A teologia não é profetismo nem apostolado o fato é que ela a teologia não estava presente com as primeiras testemunhas e isto era de vital importância, o teólogo pode dispor de bons conhecimentos astronômicos, zoológicos, psicológicos, fisiológicos arqueológicos, antropológicos, sociológicos e outros, mas não pode achar-se em melhor posição do que as testemunhas bíblicas achando que sabe mais acerca da palavra de Deus, a teologia esta subordinada aos escritos bíblicos e o que realmente importa é o conhecimento do Deus do evangelho “Ela é que de mim dá testemunho.”

O termo “Igreja” está obscurecido e prejudicado melhor é chamarmos de comunidade; O povo chamado e despertado para a fé é chamado para testemunhar a palavra ao mundo ainda que seja um chamado de segunda ordem, entre a fé o testemunho da comunidade se levanta o problema da compreensão autentica da palavra na qual a sua fé se baseia. A pergunta pela verdade é: se a comunidade compreende corretamente a palavra proclamada como sendo verdade e o labor para esta compreensão é teológico.

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Quanto à confissão da Igreja a escolha dos escritos que são os canônicos a partir dos primeiros séculos é o material que o teólogo irá pesquisar sem querer antecipar os acontecimentos apenas respeitando o que a tradição já tinha separado e analisando este mesmo material para encontrar divergências ou anuências para a edificação da comunidade.

Para o autor entre a fé e o testemunho da comunidade se levanta o problema da compreensão autentica da palavra e a pergunta pela verdade é: se a comunidade compreende corretamente a palavra proclamada, ele lembra que a tradição que condiciona a comunidade inclui também a historia da própria teologia.

“O Espírito” o Espírito Santo é o poder vital que se compadece em liberdade tanto da comunidade quanto da teologia, a qual necessita e continua necessitando dele sob todas as circunstâncias.

“A Palavra ” para o autor a tese é que a formula e tese que teria sido a historia de Imanuel iniciada na historia de Israel e consumada na historia de Jesus Cristo que foi e continua sendo a palavra de Deus

“As Testemunhas” pensado nestes personagens o autor tem a ousadia em formular a tese de que existiria um grupo definido de profetas e apóstolos da Bíblia, que ouviram a palavra dessa história de forma imediata e, assim forma chamados para serem testemunhas autenticas e autorizadas .

“A Comunidade” a tese de que no poder da palavra proclamada ás primeiras testemunhas, da palavra colocada em suas bocas, se teria originado um povo inteiro de pessoas: como testemunhas de segunda linha, a comunidade também foi destinada a capacidade para proclamar a obra e a palavra de Deus no mundo.

Em sua sexta preleção o autor trabalha com a “Admiração” que há no momento em que se descobrem os “elementos existências” da teologia evangélica, ao falarmos em admiração lembramo-nos dos “Milagres”, no sentido de que são eventos naturalmente explicáveis, por serem historias essencialmente miraculosas e estranhas, elas tem em primeiro lugar, em termos formais, a função de ser uma espécie de sinal de alarme, no NT são chamados de “sinais”.

Só pode ser teólogo quem participa da desunião da cristandade e de seu anseio de união; de sua obediência bem como de sua indolência e de seu ativismo, não adianta: o assunto vivo da teologia mexe com a pessoa toda, portanto também com a vida privada particularíssima do pequeno teólogo.

Comprometimento faz parte da oitava preleção e é nos lembrado que ter comprometimento é o que faz o teólogo ser teólogo. É uma coisa luminosa e bela , mas também severa , é uma coisa elevadora , mas também assustadora ser comprometido pelo Deus do evangelho, que é o assunto da teologia evangélica,é um oficio nobre.

A fé é o evento, á historia sem os quais uma pessoa, não obstante todas as demais possibilidades e qualidades boas que lhe possam ser peculiares, em verdade não poderá se tornar cristão e, portanto, teólogo. É que a existência teológica é justamente a fé. No evento da fé é que se distinguem a admiração, o abalo, o comprometimento que fazem o teólogo ser teólogo, fé é uma historia nova a cada dia! Não é, pois nem estado nem qualidade. Não deve, portanto ser confundida com “religiosidade”.

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Quais seriam os perigos que ameaçam a Teologia? É listada a “Solidão”, superar a solidão da teologia se deve a um de três motivos: não termos uma teologia paradisíaca ou até mesmo uma teologia consumada, uma teologia ainda sem pecado ou uma teologia do próprio Deus naturalmente não poderia ser uma ciência especifica distinta da filosofia ou das demais ciências:A inevitável solidão da teologia e, por consequente , também do teólogo se evidenciará fazendo-lhe saltar aos olhos , com dolorosa frequência, em que grau ele se vera forçado a viver solitário.

Outra modalidade de perigo é a “Duvida”, ela resulta do fato de ser tarefa da teologia levantar a pergunta pela verdade em face de obra e a palavra de Deus, o caráter penoso da duvida que, neste sentido, é sumamente necessária e legitima , representa pelo visto- já que os preguiçosos são muitos e nós todos o somos, bem no fundo – uma serie ameaça a teologia. Mesmo assim: ela pode ser superada.

Nenhum teólogo sendo jovem ou idoso crente ou menos crente deveria por em duvida o fato de que ele é uma pessoa que duvida e que a duvida seja uma coisa totalmente maligna , entretanto o teólogo confrontado com a duvida , mesmo a mais radical não deve se entregar ao desespero, solidão e duvida não representam o pior nem o mais grave dos perigos que ameaçam a teologia.

A tribulação experimentada pela teologia é simplesmente o evento pelo qual Deus se subtrai a essa obra empreendida e posta e andamento por seres humanos com respeito a “Esperança” é algo que o autor nos diz que devemos aturar e suportar este é o conselho ou seja o nosso lema em vista do perigo que ameaça a teologia.

“Oração” o primeiro e fundamental ato do trabalho teológico, porem que permeará todos os atos seguintes é a oração, um trabalho que não só se inicia com ela a oração e que não só é acompanhado por ela mas que devera ser realizado de forma peculiar e característica em meio ao ato de oração, o trabalho teológico se realiza em forma de pergunta e resposta .

“Estudo” o estudo sem oração seria cego, em primeiro lugar: o estudo da teologia, e portanto suas formas poderão e deverão mudar com o tempo .mas o teólogo permanece estudante da teologia até a morte o teólogo não estuda com a intenção de de passar por um exame que –lhe permita ingressar no pastorado , nem com o intuito de adquirir um grau acadêmico que –lhe de acesso a carreira acadêmica , o teólogo haverá de articular um dialogo básico em que perguntara aos profetas do Antigo e do Novo Testamento o que eles tem a dizer ao mundo á comunidade do presente a ele mesmo .

O labor teológico é serviço. “Servir”, definido de modo geral, é uma forma de querer, atuar e de agir na qual a pessoa não procede em defesa da causa própria nem segue seus próprios planos , mas age com vistas á causa de outrem, de acordo com as necessidades e as ordens deste, o fato de que servir a Deus e aos seres humanos é o sentido , o horizonte do labor teológico. desta forma, ele não será nenhum gnose a pairar no espaço, que a rigor serve unicamente ao prazer intelectual e estético do teólogo. O labor teológico tampouco, poderá ser realizado por quem tenha o intuito de bancar o sabe-tudo,de tocar o primeiro violino,de ser o primeiro-seja perante os menos versados na comunidade seja diante dos doutores e sabedores

Concluindo o trabalho teológico só será obra boa onde puder ser realizado em amor e onde for decididamente realizado em amor, pois só o amor conta. Mas ele realmente edifica como dizem as palavras confortadoras de Paulo; e mais o amor jamais acaba. Ele permanece junto com a fé e a esperança, mesmo que as outras coisas venham a passar

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Ora, se Jesus Cristo – e, portanto, o perfeito amor- é o assunto do conhecimento teológico, então só o amor poderá ser o arquétipo e o principio que domina e determina esse conhecimento.

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

EST- ESCOLA SUPERIOR DE TEOLOGIA

Turma 7º T

Teologia Contemporanea.

Trabalho entregue ao Professor Carlos Caldas para avaliação. Resenha do livro Introdução á Teologia Evangélica.

Ricardo Pereira da Costa – 30852201

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São PauloMarço/2011

Bibliografia:

Autor: Barth, Karl

Titulo: Introdução á teologia evangélica.

Editora: Sinodal

128 paginas