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SEMINÁRIO TEOLÓGICO GAMALIEL Revelando Deus e as Sagradas Escrituras

Introdução à Teologia Sistemática 1

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Slides sobre doutrinas bíblicas a partir da Teologia de Millard Erickson.

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Page 1: Introdução à Teologia Sistemática 1

SEMINÁRIO TEOLÓGICO GAMALIEL

Revelando Deus e as Sagradas Escrituras

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CONCEITO

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TEOLOGIA SISTEMÁTICA é o estudo sistematizado (organizado) da revelação especial de Deus.

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É a reflexão interpretativa e sistematizada da Palavra.

É uma ciência normativa, que busca a sistematização das doutrinas cristãs.

É o compromisso com Deus, e com sua verdade revelada.

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É uma ciência teórica e prática, pois tem relação direta com a vida daqueles que a estudam. As doutrinas exigem de nós um compromisso de vida e obediência.

A Teologia deverá sempre ser fiel ao conhecimento de Deus, através da sua Palavra.

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A existência de um Deus que se relaciona com sua criação.

A realidade de sua revelação está registrada nas Escrituras.

A racionalidade humana se compatibiliza com a Revelação de Deus.

A capacitação espiritual do homem de compreender a Revelação é através da Fé. (Sl119.18 / ICo 2.14-15)

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A TEOLOGIA SISTEMÁTICA como resposta à inteligência humana

Não somos detentores da verdade mas, a razão humana cobra-nos o ensino lógico, verdadeiro e piedoso para interpretação correta e fiel das Escrituras.

Sistematizar e harmonizar o saber é uma tendência natural do homem.

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A TEOLOGIA SISTEMÁTICA como elemento norteador da pregação

• Sinaliza e o orienta o pregador na elaboração do seu sermão.

• A Bíblia é compreendida se estudada sistematicamente.

• Harmoniza-se com todo o estudo teológico.

• Todo sermão é Teológico.

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A TEOLOGIA SISTEMÁTICA como elemento da evangelização plena

• Oferece solidez à verdade transmitida.

•A pregação não dirigida apenas à emoção, mas, a mente.

•“Se há uma coisa que a História Igreja deveria ensinar, é a importacia de um evangelismo teológico derivado das Escrituras.” Billy Graham

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A TEOLOGIA SISTEMÁTICA como elemento apologético

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A TEOLOGIA É SERVA DAS ESCRITURAS

À Teologia não cabe a tarefa de dizer o que as Escrituras não dizem, sob pena de deixar de ser uma genuína teologia.À teologia cabe a tarefa de apresentar Deus exatamente como Ele se revela em sua Palavra.

Não há o que cortar ou selecionar algo para que as Escrituras se tornem mais aceitável. Deus não precisa ser justificado, explicado ou racionalizado – tarefa impossível a qualquer ser humano.

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A TEOLOGIA TEM UM COMPROMISSO COM A EDIFICAÇÃO DA IGREJA

A Igreja é enriquecida espiritualmente com os ensinamentos da Palavra, organizados pela Teologia.

ENSINO: διδασκαλια = “instrução” : deverá estar constantemente ligado com a fidelidade à Escritura.

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NATUREZA E ATRIBUTOS DE DEUS

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A DOUTRINA DE DEUS é o ponto central de grande A DOUTRINA DE DEUS é o ponto central de grande parte do restante da Teologia.parte do restante da Teologia.

Duas ideias errôneas a respeito de Deus reafirmam Duas ideias errôneas a respeito de Deus reafirmam a necessidade da correta compreensão a Seu a necessidade da correta compreensão a Seu respeito:respeito:

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Um Ser malévolo sempre pronto para castigar Um Ser malévolo sempre pronto para castigar nossas falhas.nossas falhas. Um Ser paternalista, indulgente e gentil , incapaz Um Ser paternalista, indulgente e gentil , incapaz de diminuir os prazeres da vida humana.de diminuir os prazeres da vida humana.

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TRANSCENDÊNCIATRANSCENDÊNCIA

Deus está de tal maneira separado da Sua criação que não age por meio dela e,

portanto, nada se pode conhecer acerca d’Ele.

Is 55.8-9/ Is 6.1-5A criação de Adão – Michelangelo (1511)

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IMANÊNCIAIMANÊNCIA

Deus pode ser encontrado na

sociedade humana e nos processos da

natureza.

Jr 23.24/ At 17.27, 28.O Homem Vitruviano – Da Vinci

(1940)

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É importante manter as duas ênfases!TRANSCENDÊNCIA + IMANÊNCIA = TRANSCENDÊNCIA + IMANÊNCIA =

DEUSDEUS

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IMPLICAÇÕES DA IMANÊNCIAIMPLICAÇÕES DA IMANÊNCIA

Deus não se limita a agir diretamente para cumprir Seus objetivos. Ex: usa a medicina.

Deus pode usar pessoas e organizações que não sejam declaradamente cristãs. Ex: Ciro.

Devemos ter apreço pela criação, pois Deus está ativo e presente nela.

Podemos ter conhecimento a respeito de Deus através das coisas criadas.

Deus está presente até dentro daqueles que não lhe entregaram a vida.

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IMPLIMPLICAÇÕES DA TRANSCENDÊNCIAICAÇÕES DA TRANSCENDÊNCIA

Existe algo mais elevado que os seres humanos.

Deus nunca pode ser totalmente determinado por meios humanos.

Deus não está limitado pela compreensão que temos d’Ele.

Nossa salvação não é conquista nossa. O fato de sabermos o que Ele espera de nós é fruto da Sua auto-revelação e não da nossa descoberta.

Sempre haverá uma diferença entre Deus e os seres humanos.

A reverência é adequada em nosso relacionamento com Deus. Ex: Deus não obrigado a nos abençoar.

Podemos buscar a obra da transcendência de Deus (os milagres).

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A NATUREZA DOS ATRIBUTOSA NATUREZA DOS ATRIBUTOS

AtributosAtributos: São as qualidades de Deus que constituem o que Ele é. É diferente de obra.

Os atributos são qualidades da Deidade inteira.

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A NATUREZA DOS ATRIBUTOSA NATUREZA DOS ATRIBUTOS

AtributosAtributos: São permanentes – não podem ser perdidos ou mudados. São intrínsecos.

Os atributos são característica objetivas de Sua natureza.

Deus é amor, santidade, poder...

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CLASSIFICAÇÃO DOS ATRIBUTOSCLASSIFICAÇÃO DOS ATRIBUTOS

Podemos classificar os atributos como naturais e morais.

MORAIS: relacionados com correção: Santidade, amor, misericórdia, fidelidade.

NATURAIS: superlativos amorais: conhecimento, poder.

Porém, vamos tratar de atributos de Bondade (morais) e de Grandeza (amorais ou naturais).

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A GRANDEZA DE DEUSA GRANDEZA DE DEUS

ESPIRITUALIDADEESPIRITUALIDADE Não está sujeito a limitações físicas, ponto geográfico ou espacial. Não pode ser representado por figura física ou objeto.Não pode ser contido em um espaço, nem controlado.

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A GRANDEZA DE DEUSA GRANDEZA DE DEUS

VIDAVIDADeus está vivo. Ele é caracterizado pela vida.Seu próprio nome indica que ele vive – “EU SOU”.As Escrituras não discutem sua existência apenas a afirma.Não somente vive, mas todas as demais formas de vida dependem d’Ele.Ele mesmo não depende de nenhuma fonte de vida. Jo 5.26 diz que Ele tem a vida em Si mesmo.É referido pelo adjetivo “Eterno”, pois já existia antes da criação do mundo.

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A GRANDEZA DE DEUSA GRANDEZA DE DEUS

PERSONALIDADEPERSONALIDADEIndividual, auto-consciente. Possui vontade, é caaz de sentir, escolher e ter relacionamento recíproco com outros seres.Possui um nome pelo qual se revela. Isso demonstra que Ele não é um ser abstrato, incognoscível. Este nome não é usado apenas para descrevê-Lo, mas também para invocá-Lo. Se relaciona. Deus tem comunhão com as pessoas. Ele sabe, sente, deseja, age. Deus não é uma máquina ou computador insensível. Ele é um Pai que se envolve e ama.

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A GRANDEZA DE DEUSA GRANDEZA DE DEUS

INFINITUDEINFINITUDEDeus é diferente de qualquer coisa dentro da nossa experiência. Não é somente ilimitado mas, ilimitável.Ele é infinito em relação ao tempo, espaço, conhecimento e poder.

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A BONDADE DE DEUSA BONDADE DE DEUS

Pureza Moral: Pureza Moral: Santidade: totalmente separado da Sua criação (Ex 15.11/ Is 6.1-4).Retidão: só ordena o que é correto, de acordo com a Sua lei (Sl 19.7-9)Justiça: Deus punirá o pecado, pois a punição é intrínseco ao pecado.

Integridade: Integridade: Genuinidade: é verdadeiro.Veracidade: diz a verdade.Fidelidade: se prova verdadeiro.

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A BONDADE DE DEUSA BONDADE DE DEUS

Amor: Amor: Benevolência: Cuidado e sustento dispensados à raça humana.

Graça: Não se baseia nos méritos humanos para agir, mas em Si mesmo.

Misericórdia: É a compaixão terna e amorosa por Seu povo.

Persistência: Adia o julgamento, é longânimo e peciente.

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A TRIUNIDADE DE DEUS: a TrindadeA TRIUNIDADE DE DEUS: a Trindade

A UNIDADE DE DEUS

A unidade de Deus foi revelada exaustivamente a Israel.

A religião judaica é rigorosamente monoteísta. (Êx 20.2-3/Dt 6.4).

O NT também a afirma (1Co 8.4-6/ Tg 2.19).

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PROVA BÍBLICA DA DOUTRINA DA TRINDADEPROVA BÍBLICA DA DOUTRINA DA TRINDADE

PROVAS NO ATPROVAS NO AT Yeowah e Elohim?Yeowah e Elohim? Deus fala de Si mesmo no Deus fala de Si mesmo no

plural (Gn 1.26/ 11.7)plural (Gn 1.26/ 11.7) Anjo de Jeová (Gn 16.7-13)Anjo de Jeová (Gn 16.7-13) Palavra e a Sabedoria de Palavra e a Sabedoria de

Deus são personificadas (Pv Deus são personificadas (Pv 8.12-31 e Sl 33.4-6)8.12-31 e Sl 33.4-6)

Menção de mais de uma Menção de mais de uma pessoa (Sl 33.6/ 45.6-7).pessoa (Sl 33.6/ 45.6-7).

PROVAS NO NTPROVAS NO NT Filho de Deus, o Salvador (Mt Filho de Deus, o Salvador (Mt

1.21/ Lc 1.76-79/ Fp 3.30)1.21/ Lc 1.76-79/ Fp 3.30) O ES habita na Igreja (At 2.4/ O ES habita na Igreja (At 2.4/

Rm 8.9-11/ 1Co 3.16)Rm 8.9-11/ 1Co 3.16) Deus enviando o Filho (Jo Deus enviando o Filho (Jo

3.16/Gl 4.4)3.16/Gl 4.4) O Pai e o Filho enviando o ES O Pai e o Filho enviando o ES

(Jo 14.26)(Jo 14.26) Relacionamento Pai/ Filho/ ESRelacionamento Pai/ Filho/ ES Batismo de JesusBatismo de Jesus

o Depende decisivamente da revelaçãoo É imprescindível reunir provas escriturísticaso A Bíblia não trata claramente da Trindade, mas dá

evidências dela

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A TRIUNIDADE DE DEUS: a TrindadeA TRIUNIDADE DE DEUS: a Trindade

A DEIDADE DE DEUS

Como a Igreja chegou ao conceito da Trindade após os indícios da Unidade Divina?

PAI = DeusJesus = Será???

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A TRIUNIDADE DE DEUS: a TrindadeA TRIUNIDADE DE DEUS: a Trindade

A DEIDADE DE CRISTO

As Escrituras afirmam a deidade de Cristo.

“...subsistindo em forma de Deus...” Fp 2.6

Forma = “ morphé ou schéma”: substância.

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A TRIUNIDADE DE DEUS: a TrindadeA TRIUNIDADE DE DEUS: a Trindade

A DEIDADE DE CRISTO

Jesus nunca afirmou diretamente sua deidade mas, considerou coisas que são exclusivas de Deus como suas:

Os anjos (Lc 12.8-9)O Reino de Deus (Mt 12.28)Os eleitos (Mc 13.20)Alegou perdoar pecados (Mc 2.8-10)Alegou ter poder para julgar o mundo (Mt 25.31)Reinar sobre o mundo (Mt 24.30)

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A TRIUNIDADE DE DEUS: a TrindadeA TRIUNIDADE DE DEUS: a Trindade

A DEIDADE DO ESPÍRITO

As passagens que referem ao Espírito Santo como Deus são intercambiáveis com referências ao próprio Deus. Ex: Ananias e Safira.

O ES possui qualidades de Deus e executa as obras d’Ele.O ES é colocado em pé de igualdade com Deus. Ex: Fórmula batismalDeclarações trinitáriasA benção Paulina

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AS OBRAS E OS PRECEITOS DE DEUS

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O PLANO DE DEUSPara onde vai a história e por quê?

RESPOSTA DO CRISTIANISMO:Deus tem um plano que inclui tudo o que ocorre. Ele está neste momento, concretizando Seu plano

eterno.

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Definição:

O PLANO DE DEUSÉ a Sua decisão eterna.

É a concretização de todas as coisas que virão

a acontecer pelo Seu decreto.

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PLANO DE DEUS

PREDESTINAÇÃO OU PREORDENAÇÃO?

PREDESTINAR Sentido estreito de salvação ou condenação.

PREORDENAR Sentido amplo e geral.

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ENSINO NO AT Obra de planejar ligada à aliança Inconcebível qualquer evento à parte

da vontade de Deus. Ex:

A chuva Destruição das nações – Is 37.26 Construção de reservatórios – Is 22.11 Cuidado com Israel – Dn 12.1

Crença na eficácia do plano divino Mais proeminente na Literatura

sapiencial e profetas: Experiência de Jó – 38.3-4 Consolo para Israel – Is 40.12 Exaltação do poder de Deus – Jr 10.12-13

ENSINO NO NT Jesus afirma que Deus

preparou de antemão eventos grandes:

Queda e destruição de Jerusalém – Lc 21.20-22

bem como os pequenos: Apostasia e Traição de Judas e a

fidelidade dos demais discípulos – Mt 26.24, Mc 14.21, Lc 22.22, Jo 17.12.

Destacado pelos apóstolos - At 2.23

Explícito por Paulo – 1Co 12.18, 15.38, Gl 3.8, 4.4-5, Rm 9-11.

O PLANO DE DEUS

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PLANO DE DEUS

A NATUREZA DO PLANO DE DEUS

1.É desde a eternidade. Sl 139.162.As decisões contidas nele são livres. Is 40.13-143.É para a Sua própria glória. Ef 1.5-64.É totalmente inclusivo. Sl 119.915.É eficaz. Is 14.24-276.Diz respeito às Suas ações e não à Sua natureza. 7.É imutável.8.Envolve a ação humana de forma secundária. At 13.48

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VONTADE DE DEUS X LIVRE-ARBÍTRIO

Pela lógica, o que tem prioridade, o plano de Deus ou a vontade humana?

O PLANO DE DEUS

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VONTADE DE DEUS X LIVRE-ARBÍTRIO

CALVINISTASO Plano de Deus é logicamente anterior, as decisões humanas são conseqüência. Tanto par a salvação como para as demais coisas. A decisão de Deus assegura que cada indivíduo agirá invariavelmente de determinada maneira.

O PLANO DE DEUS É INCONDICIONAL E INDEPENDENTE DA DECISÃO HUMANA.

O PLANO DE DEUS

ARMINIANOSDeus permite e espera que os seres humanos exerçam a vontade que receberam. Caso contrário, não haveria motivos para se fazer apelos, por exemplo, pois já está tudo decretado. A mesma lógica segue para os demais eventos da vida humana.

O PLANO DE DEUS É CONDICIONADO À DECISÃO HUMANA.

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VONTADE DE DEUS X LIVRE-ARBÍTRIO

O PLANO DE DEUS

UM MODELO CALVINISTA MODERADO

O Plano de Deus é incondicional no que diz respeito à decisão humana.

Ex: Esaú e Jacó – Rm 9.11-13

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O SIGNIFICADO DA LIBERDADE HUMANA

O PLANO DE DEUS

Deus pode criar seres genuinamente livres e ainda assim assegurar-se de que todas as coisas que devem acontecer acontecerão, incluindo decisões e atos livres desses seres?

O que significa dizer que sou livre?As minhas escolhas são baseadas na atividade divina em mim, através de uma série de fatores dos quais eu não exerço controle.

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A CRIAÇÃO

A OBRA GERADORA DE DEUS:

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A CRIAÇÃO – OBRA GERADORA DE DEUS

“ex nihilo” – a partir do nada – Gn 1.1, Jo 1.1-3

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A CRIAÇÃO – OBRA GERADORA DE DEUS

SUA NATUREZA TOTALMENTE INCLUSIVA

A expressão - “No princípio, criou Deus os céus e a terra.” - não se resume esses dois itens, mas a tudo que existe.

Nada existe fora de Deus – Jo 1.3.

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A CRIAÇÃO – OBRA GERADORA DE DEUS

OBRA DO DEUS TRIUNO

Apesar do AT não revelar distinções claras a respeito da Trindade no ato da criação, em 1Co 8.6 Paulo inclui o Pai e o Filho.

Jo 1.3 também revela o Filho na criação.

Gn 1.2, Jó 26.13, Sl 104.30 fazem referência ao Espírito, mas é difícil determinar se é o ES ou se refere-se à obra de Deus por meio de Seu sopro.

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A CRIAÇÃO – OBRA GERADORA DE DEUS

SEU PROPÓSITO: A glória de Deus

Deus tinha um propósito ao dar existência à realidade. A criação glorifica a Deus ao executar Sua vontade – Sl 19.1

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A PROVIDÊNCIA

A OBRA CONTÍNUA DE DEUS:

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A PROVIDÊNCIA – OBRA CONTÍNUA DE DEUS

Se a criação é a obra geradora de Deus com respeito ao universo, a providência é seu relacionamento contínuo com esse universo.

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A PROVIDÊNCIA – OBRA CONTÍNUA DE DEUS

Podemos entender a Providência como:

Preservação • Da natureza - Sl 104.5, Cl 1.17, • De Israel - Daniel na cova, Amigos de Daniel na fornalha.• Do Seu povo (gentios) – preocupados com o que vestir ou o que comer.

Governo• A atividade governamental de Deus é universal. Estende-se a todos os assuntos e lugar.• Não está restrita ao Seu povo.•Mas, Deus está pessoalmente interessado nos Seus.•Nossa atividade e a atividade divina não se excluem mutuamente.•Deus é soberano em Seu governo.•Precisamos de cautela ao para identificar atos humanos como providência de Deus.

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A DIVINDADE DE CRISTO

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CONCEITO

CristologiaCristologia Estudo da pessoa e da obra de Cristo. É o centro da Teologia Cristã.Se somos cristãos tudo mais é secundário se comparado à exata compreensão a respeito de Cristo.

É necessário dedicação ao elaborar nossa cristologia.

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A DIVINDADE DE CRISTO

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A DIVINDADE DE CRISTO

FATO CONTROVERSO E CRUCIAL

Nossa fé repousa no fato de Jesus ser Deus.

O testemunho das Escrituras nos dão ampla variedade de material e ênfases. Vejamos:

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A DIVINDADE DE CRISTO1.1. A AUTOCONSCIÊNCIA DE JESUSA AUTOCONSCIÊNCIA DE JESUS

O que Jesus pensava e cria a respeito de si mesmo?

Não há declarações explícitas, mas encontramos alegações totalmente impróprias , caso feitas por alguém menor que Deus.

A seguir apresentaremos algumas declarações - pouco vaga para nós, mas não para seus opositores - que o próprio Jesus fez a respeito da sua divindade.

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A DIVINDADE DE CRISTO Enviaria seus anjos (Mt 13.41) Reino de Deus como “seu reino” Poder para perdoar pecados (Mc 2.5-7)Julgar a terra (Mt 25.31-46) Redefinição do valor do sábado (Mc 2.27-28) Relacionamento incomum com o Pai (Jo 10.30) Declaração explícita no momento de seu julgamento e condenação (Jo 19.7) Aceitou que os discípulos lhe atribuíssem divindade (Jo 20.28) Justaposição do AT com o NT: “...eu porém vos digo...” (Mt 5.21-28) Poder sobre a vida e a morte ( Jo 5.21)

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A DIVINDADE DE CRISTOOUTROS TESTEMUNHOS:

Evangelho de João: 1.1-4 Identifica o Verbo como divino e distingue o Verbo de Deus.

Hebreus: 1.1-3 - Ressalta a superioridade do Filho

Paulo: Cl 1.15-20 = “...Imagem do Deus invisível...”Cl 2.9 = “Porquanto nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade...”

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A DIVINDADE DE CRISTOOUTROS TESTEMUNHOS:

O termo “Senhor”NT: Kyrios (Senhor) ao estado de Jesus ressurreto e exaltado.

Na LXX, é usado para traduzir Jeová ou Adonai. Um título usado somente para Deus. Os apóstolos deram o título máximo a Jesus.

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A DIVINDADE DE CRISTOA PROVA DA RESSURREIÇÃO

Wolfhart Pannenberg: Cristologia amplamente baseada na ressurreição de Jesus. Sutenta que o significado de uma acontecimento é o significado a ele atribuído pelas pessoas que o vivem.

No tempo dos judeus, ‘ressurreição’ significaria ‘divindade’.

O surgimento do cristianismo poder ser compreendido “apenas quando examinado de acordo com a esperança escatológica de uma ressurreição da morte, então o que se designa como tal é um evento histórico, mesmo que não saibamos nada mais específico a seu respeito.”

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A DIVINDADE DE CRISTO

A PROVA DA RESSURREIÇÃO

Dentro da primeira comunidade cristã havia um testemunho confiável do túmulo vazio. Na polêmica judaica contra a mensagem cristã da ressurreição de Cristo não há nenhuma alegação de que o túmulo não estava vazio. Portanto, temos prova adequada para estabelecer a historicidade da ressurreição que, em si, é prova da divindade de Jesus.

Page 64: Introdução à Teologia Sistemática 1

DISTANCIAMENTOS HISTÓRICOS DA CRENÇA NA DIVINDADE PLENA DE CRISTO

EBIONISMO: Seita de judeus cristãos que negavam a divindade real ou ontológica de Jesus. Jesus era um homem comum com dons incomuns.

ARIANISMO:Ex: Testemunhas de Jeová. Deus é a única origem de todas as coisas e a única existência ‘não-criada’ em todo o universo. Somente ele possui atributos divinos. ‘O Verbo’, portanto, é um ser criado, apesar de ser o primeiro e o mais elevado dos seres. O Verbo é uma criatura perfeita, mas não tem existência própria.

Page 65: Introdução à Teologia Sistemática 1

IMPLICAÇÕES DA DIVINDADE DE CRISTOPorque Jesus é Deus:

Podemos ter conhecimento real de Deus através da sua pessoa;

A redenção está à nossa disposição através do seu sacrifício vicário;

Deus e a humanidade foram religados;

É correto adorar a Cristo.

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A HUMANIDADE DE CRISTO

Page 67: Introdução à Teologia Sistemática 1

A HUMANIDADE DE CRISTOPela encarnação a divindade e a humanidade foram unidas em uma pessoa. Sem esta verdade, não podemos ser salvos, pois não teremos comunhão com Deus.A validade da obra realizada na morte de Cristo e sua aplicabilidade a nós como seres humanos, depende da realidade de sua humanidade, assim como a sua eficácia depende da genuinidade de sua divindade.

O ministério intercessor de Jesus depende de sua humanidade para que ele possa se compadecer de nós em nossas aflições.

Page 68: Introdução à Teologia Sistemática 1

A HUMANIDADE DE CRISTO

Sua natureza físicaTinha um corpo físico – nasceu, cresceu, sentia fome, sede, cansaço e até morreu.

Sua natureza psicológicaEle pensava, raciocinava, sentia, amava. Algumas das reações de Jesus são particularmente humanas como:

Se irou com a venda no Templo;Se maravilhou com a fé do centurião e com a incredulidade de Nazaré;Afligiu-se ao pressentir sua morte;Agitou-se no espírito e chorou pela morte de Lázaro.

Page 69: Introdução à Teologia Sistemática 1

A HUMANIDADE DE CRISTO

Enquanto homem, Jesus estava limitado em sua divindade:

Não era onipresente Não era onisciente por completo – Ex: Mc 13.32

Jesus tinha necessidade de uma vida religiosa e participava regularmente do culto e tinha uma vida de oração na dependência do Pai.

Page 70: Introdução à Teologia Sistemática 1

A HUMANIDADE DE CRISTO

Os que estavam próximos de Jesus, o consideravam plenamente humano, mesmo após sua ressurreição, ele os convidou para

verificar sua humanidade. (Lc 24.39).

Jesus fazia tudo que eles faziam sangrou, dormiu, chorou.

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HERESIAS PRIMITIVAS A RESPEITO DA HUMANIDADE DE JESUS

DOCETISMO: Jesus só parecia ser homem. Deus não podia tornar-se material, já que toda a matéria é má. O Deus transcendente não poderia ter-se unido a uma influência tão corruptora. Sendo imutável, não poderia passar por modificações físicas ou em sua natureza. Não poderia ter-se exposto às experiências da vida humana. A natureza física de Jesus, era simples ilusão e não realidade, Jesus era como um fantasma, uma aparição.

APOLINARISMO:Cristologia baseada apenas em Jo 1.14 “o Verbo se fez carne” – a carne era o único aspecto envolvido da natureza humana. Jesus era humano fisicamente, mas não psicologicamente ou seja, sua alma era divina. Jesus não possuía vontade humana, por isso, não podia pecar.

Page 72: Introdução à Teologia Sistemática 1

A OBRA DE CRISTO

Page 73: Introdução à Teologia Sistemática 1

OS ESTÁGIOS DA OBRA DE CRISTO

Cada um desses estágios, constitui-se uma série de passos.

HUMILHAÇÃO

EXALTAÇÃO

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A HUMILHAÇÃO

Encarnação (Jo 1.14, Fp 2.6-7, Gl 4.4)

Ainda que Jesus viesse para o apogeu do que esta terra pode oferecer, o declínio – comparado à glória que ele deixou – seria abismal:

Assumiu forma de servo, escravo.Pertenceu a uma família bem comum. Natural de Belém (cidade obscura e sem relevância).Nasceu em um estábulo, deitado numa manjedoura.

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A HUMILHAÇÃO

Morte O derradeiro passo descendente na humilhação de Jesus foi sua morte. Ele, que era “a vida” (jo 14.6), o Criador, o doador da vida e da nova vida que constitui vitória sobre a morte, tornou-se sujeito à morte e isso não foi apenas mera possibilidade, mas realidade. Não cometera nenhum pecado para receber dele seu salário.

A morte de cruz era a forma mais humilhante dos romanos executarem seus criminosos. Foi uma morte lenta, dolorosa e torturosa, acrescida de zombaria, sarcasmo e ignomínia.

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A EXALTAÇÃO

RessurreiçãoEste foi o primeiro passo de retorno no processo de sua exaltação. A incapacidade da morte em segurá-lo simboliza a completude da sua vitória.

Que mais podem fazer as forças do mal, se alguém a quem elas mataram não permanece morto?

A ressurreição foi o passo fundamental em sua exaltação – ele foi libertado da maldição que recaiu

sobre ele por ter arcado voluntariamente com o pecado de toda a raça humana.

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A EXALTAÇÃO

RessurreiçãoEste foi o primeiro passo de retorno no processo de sua exaltação. A incapacidade da morte em segurá-lo simboliza a completude da sua vitória.

Que mais podem fazer as forças do mal, se alguém a quem elas mataram não permanece morto?

A ressurreição foi o passo fundamental em sua exaltação – ele foi libertado da maldição que recaiu

sobre ele por ter arcado voluntariamente com o pecado de toda a raça humana.

Fica a pergunta: Qual a natureza do corpo ressuscitado de Jesus?

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A EXALTAÇÃO

Ascensão e assento à destra do PaiAntes da Idade Moderna, costumava-se pensar em ascensão como uma transição geográfica, espacial de um lugar (terra) para outro (céu). Mas, sabe-se que Deus é espírito transcendente. A mudança acontece numa mudança de estado, condição. Não foi uma alteração física somente, mas espiritual.

O significado da ascensão é que Jesus deixou para trás as condições da vida terrena: dor (física e psicológica), oposição, hostilidade, descrença, infidelidade...

Jesus teve de ascender ao céu para:

Preparar-nos um lugar Possibilitar a descida do ES

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AS FUNÇÕES DE CRISTO

Historicamente classifica-se a obra de Cristo em três ofícios: sacerdote, profeta e rei. Essas verdades e títulos devem ser mantidos para que possamos reconhecer tudo o que Cristo realiza em seu ministério.

Mas, falaremos das três funções de Cristo, a saber:

REVELAÇÃO GOVERNO RECONCILIAÇÃO

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A FUNÇÃO REVELADORA DE CRISTO

JESUS enquanto profeta era cumprimento de profecia – Dt 18.15. Sua obra foi semelhante ao trabalho profético do AT.

A obra reveladora de Cristo cobra uma dimensão de tempo e formas:

Antes da criação: “” = Jo 1.9 – Todas as verdades vieram dele. Na encarnação: Falou a Palavra divina e a demonstava. Na ascensão: Sua Igreja continua revelando o Pai.

A obra reveladora final e mais completa de Jesus acha-se no futuro: segunda vinda ( = revelação)

Page 81: Introdução à Teologia Sistemática 1

O GOVERNO DE CRISTO

Os evangelho retratam Jesus como rei, o governante de todo o universo. O governo de Cristo não se trata apenas de um governo futuro, mas presente através:

das coisas criadas, da Igreja, do coração dos Seus discípulos.

Virá um tempo em que o reinado de Cristo será completo; então, todos estarão sob seu governo, quer com boa vontade e sinceridade, que com má vontade e relutância.

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A OBRA INTERCESSORA DE CRISTO: INTERCESSÃO E EXPIAÇÃO

Através da intercessão, Jesus: apresenta sua justiça ao Pai para nossa justificação pleiteia a causa da sua justiça em favor dos que crêem, os quais embora justificados, continuam pecando suplica ao Pai que os crentes sejam santificados e guardados do poder do tentador maligno.

Já a expiação foi o que tornou possível a nossa salvação. A partir da expiação elabora-se a eclesiologia, soteriologia, escatologia, etc...Se Cristo era mero homem, sua obra não vale como exemplo, se era Deus, sua obra superou tudo o que somos capazes de fazer por nós mesmos.

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A OBRA INTERCESSORA DE CRISTO: INTERCESSÃO E EXPIAÇÃO

Através da intercessão, Jesus: apresenta sua justiça ao Pai para nossa justificação pleiteia a causa da sua justiça em favor dos que crêem, os quais embora justificados, continuam pecando suplica ao Pai que os crentes sejam santificados e guardados do poder do tentador maligno.

Já a expiação foi o que tornou possível a nossa salvação. A partir da expiação elabora-se a eclesiologia, soteriologia, escatologia, etc...Se Cristo era mero homem, sua obra não vale como exemplo, se era Deus, sua obra superou tudo o que somos capazes de fazer por nós mesmos.

Page 84: Introdução à Teologia Sistemática 1

O TEMA CENTRAL DA EXPIAÇÃO

FATORES BÁSICOS

A NATUREZA DE DEUS: Santo

O LUGAR DA LEI: O salário do pecado é a morte

A CONDIÇÃO HUMANA:Depravação total

CRISTO: Gl 4.4-5

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O TEMA CENTRAL DA EXPIAÇÃO

O SISTEMA SACRIFICAL DO AT

“Kaphar”= cobrir

Devia se impor as mãos sobre o animal sacrificado (Lv 1.3,4)

Is 53 – A iniqüidade transferida para o Servo Sofredor. As mãos sobre o animal era uma prefiguração do crente aceitando ativamente a obra expiatória de Cristo.

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O TEMA CENTRAL DA EXPIAÇÃO

O ENSINO NO NT

Jesus possuía:

Consciência que o Pai o havia enviado para esta obra. (Jo 10.36) Convicção que sua vida e morte cumpriam profecias do AT. (Is 53) Entendimento que sua morte constituía um resgate. (Mt 20.28) Visão de que era nosso substituto (Jo 15.13). Visão de que era um sacrifício (Jo 1.29) Consciência que era doador da verdadeira vida. (Jo 17.3)

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O TEMA CENTRAL DA EXPIAÇÃO

O SIGNIFICADO BÁSICO DA EXPIAÇÃO

Sacrifício:Hb 9.6-15 - Cristo como o Sumo

sacerdote e o Sacrifício.

As duas partes que constituíam o sistema levítico são combinadas em Cristo. A

mediação que Ele fez começou com Sua morte e continua agora através da sua

intercessão por nós.

Page 88: Introdução à Teologia Sistemática 1

O TEMA CENTRAL DA EXPIAÇÃO

O SIGNIFICADO BÁSICO DA EXPIAÇÃO

PROPICIAÇÃO:Lv 4.35 - Ato realizado para aplicar a ira de Deus, de modo a ser satisfeita a sua santidade e a sua justiça.

A oferta apresentada a Deus aponta para um apaziguamento da ira de Deus e segue-se então o perdão.

Page 89: Introdução à Teologia Sistemática 1

O TEMA CENTRAL DA EXPIAÇÃO

O SIGNIFICADO BÁSICO DA EXPIAÇÃO

SUBSTITUIÇÃO:Is 53.5, 6 e 12, Jo 1.29, 2Co 5.21, 1Pe 2.24

A ideia de substituição é incontestável.

Preposições gregas:

Anti: “em lugar de”Hyper: “Em favor de”

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O TEMA CENTRAL DA EXPIAÇÃO

O SIGNIFICADO BÁSICO DA EXPIAÇÃO

RECONCILIAÇÃO:Na morte de Cristo nossa hostilidade contra Deus é removida e Ele mesmo é o agente da reconciliação. A reconciliação é obra exclusiva de Deus.

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O TEMA CENTRAL DA EXPIAÇÃO

OBJEÇÕES À OBRA DA EXPIAÇÃO

1. Objeção ao conceito da necessidade de expiaçãoPorque Deus simplesmente não perdoa os pecados? Para Deus, remover ou não levar em conta a culpa do pecado sem exigir pagamento seria destruir a distinção entre o certo e o errado.

2. Objeção ao conceito de substituiçãoNão seria impróprio ou injusto Deus enviar o Filho como substituto?Há duas respostas para esta objeção: 1. O caráter voluntário do sacrifício (Jo 10.17-18).2. A unidade do Pai e do Filho (Deus é tanto o juiz como o que paga a penalidade).

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O TEMA CENTRAL DA EXPIAÇÃO

OBJEÇÕES À OBRA DA EXPIAÇÃO

3. Objeção ao conceito de propiciaçãoO amor do Filho e a ira do Pai não seria um conflito entre a Trindade?1Jo 4.10 – A propiciação não mudou um Deus irado em um Deus de amor. Foi o amor que levou Deus a enviar Jesus.

4. Objeção ao conceito da imputação da justiça de CristoComo uma pessoa pode ser boa no lugar de outra?Nosso relacionamento com Cristo é um só. O crente está ligado a ele. É como se tivéssemos casado e a partir de agora só existe uma pessoa. Desse modo, não é questão de transferir mas, de juntar os dois de forma que tudo se torne comum, tanto a morte como a ressurreição.

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O TEMA CENTRAL DA EXPIAÇÃO

IMPLICAÇÃO DA EXPIAÇÃO SUBSTITUTIVA1.A TEORIA DA SUBSTITUIÇÃO PENAL confirma o ensino bíblico da depravação total de todos os homens. Somos completamente incapazes de suprir nossa necessidade.

2.A NATUREZA DE DEUS não possui uma faceta única, mas também não há tensão em seus diferentes aspectos. Ele é justo, tanto que foi preciso prover um sacrifício pelo pecado. Ele é amor tanto que ele mesmo proveu tal sacrifício.

3.NÃO HÁ OUTRO MEIO DE SALVAÇÃO se não pela graça através da morte de Cristo. Ela possui valor infinito e cobre o pecado de todos os salvos, de todos os tempos.

4.HÁ SEGURANÇA PARA O CRENTE EM SEU RELACIONAMENTO COM DEUS, pois a base desse relacionamento é completa e permanente, a morte de Cristo.

5.NUNCA DEVEMOS MENOSPREZAR A SALVAÇÃO QUE TEMOS, embora seja gratuita, é também cara e custou a Deus o sacrifício mais extremo de todos.

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PNEUMATOLOGIA

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A IMPORTÂNCIA DA DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO

Há vários motivos pelo qual o estudo do ES se torna importante para

nós:

O ES é o ponto em que a Trindade se torna pessoal para o que crê. Vivemos no período em que a obra do ES é mais proeminente. A cultura atual dá valor à experiência.

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DIFICULDADES NA COMPREENSÃO DO ESPÍRITO SANTO

O ES é a pessoa da Trindade de quem menos temos informações bíblicas e isso causa dificuldade no estudo da sua pessoa:

Falta de quadro concreto:Deus Pai pode ser compreendido por causa da figura paterna familiar que possuímos. O Filho apareceu em forma humana e teve sua história registrada. Mas, o ES é intangível e difícil de visualizar. “Holy Ghost” (Fantasma Santo).

Teologia não-oficial: Pai, Filho, espírito santo:Por causa de sua subordinação ao Pai e ao Filho na era presente somos muitas vezes levados a crer que o ES exerce um papel inferior na Trindade.

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A NATUREZA DO ES:A DIVINDADE

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A NATUREZA DO ES

A DIVINDADE DO ES

Podemos concluir que o ES é Deus nos mesmos moldes do Pai e do Filho porque:

Várias referências ao ES são intercambiáveis com as referências a Deus:At 5.3, 4 – Para Pedro, mentir a Deus ou ao ES é a mesma coisa. 1Co 3.16 – Na frase “Santuário de Deus” e “Santuário do ES”, Paulo deixa claro que o ES é Deus.Possui atributos únicos de Deus. Ex: Onisciência – 1Co 2.10-11Eternidade – Hb 1.10-12

O poder do ES é destacado no NT:Lc 1.35 – “o Espírito Santo” e o “poder do Altíssimo” são frases paralelas.Rm 15.19 – Paulo reconhecia que seu ministério era realizado pelo poder do ESJo 16.8-11 – Jesus atribuiu ao ES o poder de mudar o coração humano.

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A NATUREZA DO ES

A DIVINDADE DO ES

Podemos concluir que o ES é Deus nos mesmos moldes do Pai e do Filho porque:

Estava presente na criaçãoSl 104.30 – Ele atuou e continua atuar na criação tanto em sua origem como na providência.

Regenera (Jo 3.5-8) , levantou Cristo da morte e nos levantará no último dia (Rm 8.11).

Inspirou os homens na obra divina das Escrituras (2Tm 3.16)“Inspirada”= lit. soprada ou animada pelo ES.

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A NATUREZA DO ES

A DIVINDADE DO ES

O ES está em igualdade com o Pai e o Filho e vimos isto fortemente:

Na Grande Comissão: Mt 28.19Na Benção Paulina: 2Co 12.4-6 Na saudação da epístola de Pedro: 1Pe 1.2

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A NATUREZA DO ES:A PERSONALIDADE

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A NATUREZA DO ES

A PERSONALIDADE DO ESA personalidade do ES lembra-nos que não estamos lidando com uma força impessoal. A Bíblia deixa claro que o ES é uma pessoa e possui qualidade inerentes a isso:

Possui pronome masculino Sua obra lembra a obra de alguém – um agente pessoal (conselheiro, advogado). Assim como Jesus glorifica o Pai. Só uma pessoa o pode fazê-lo. Entre as mais notáveis características estão a inteligência (Jo 14.26), a vontade (1Co 12.11) e as emoções Ef 4.30). Pode ser afetado, assim como acontece com as pessoas: é possível mentir a ele (At 5.3,4), apagá-lo (1Ts 5.19), resisti-lo (At 7.51), blasfemar contra ele (Mt 12.31, Mc 3.29). Toma parte em ações e ministérios morais: ensino, regeneração, perscrutação, fala, intercessão.

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A NATUREZA DO ES

IMPLICAÇÕES DA DOUTRINA DO ES

O ES é uma pessoa, não uma força vaga. Podemos ter um relacionamento pessoal e devemos orar a ele. Deve receber a mesma honra e respeito que dispensamos ao Pai e ao Filho. O ES é um com o Pai e com o Filho, não há tensão entre as três partes ou suas atividades. Deus não está distante. Através do ES o Deus Triúno chega a nós, tão perto que, de fato, entra na pessoa que crê, tornando-se o “Emanuel”= Deus conosco.

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A OBRA DO ES

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A OBRA DO ES

Uma controvérsia gira em torno da obra do ES e dos seus

dons especiais mais espetaculares.

Na realidade, porém, precisamos entender este

tópico dentro do pano de fundo mais geral do estudo do ES.

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A OBRA DO ES NO AT

É difícil identificar o ES no AT porque ele reflete os primeiros estágios da revelação progressiva.

O termo ES é raramente empregado. A expressão usual é o “Espírito de Deus”, mas isso nem sempre evidencia uma pessoa distinta. Esta expressão bem poderia designar a vontade, mente ou atividade de Deus.

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A OBRA DO ES NO AT

Algumas passagens porém deixam claro a pessoa do ES no AT:At 2.16-21 – O Pentecoste como cumprimento de Jl 2.28.Gn 1.2 – Atuação do ES como ‘sopro’ de Deus na obra criadora.Jó 26.13 – Atuação do ES na providência.Ez 2.2 – Transmissão de profecias e das Escrituras.Êx 31.3-5 – Transmissão de habilidades para tarefas.Gn 41.38 – Faraó reconheceu a presença do Espírito em José.Jz 6.34 – Provisão de habilidades para governar (Juízes) e guerrear.1Sm 16.13 – Unção de reis.Sl 51.11 – Davi ora pedindo que Deus não retire o Seu Santo Espírito.

No AT existe o prenúncio de uma época em que o ministério do Espírito seria mais completa: Is 61 e Jl 2.28, 29.

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A OBRA DO ES NA VIDA DE JESUS

Toda a extensão da vida de Jesus marca a atuação do ES. Desde seu nascimento “descerá sobre ti o ES...” até o anúncio de seu ministério feito por João Batista dizendo que Jesus batizaria com o ES.

O visitou na ocasião do seu batismo. E imediatamente foi cheio do ES (Lc 4.1)

Em sua tentação, foi conduzido pelo ES.

O ES atuava quando Jesus ensinava ( Lc 4.14)

O ES estás presente nos milagres de Jesus (Mt 12.25-32).

Até suas emoções eram no Espírito Santo (Lc 10.21)

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A OBRA DO ES NA VIDA DO CRENTE

Convence do pecado (Jo 16.8-11).Regenera (Jo 3.5, 6). Confere poder (Jo 14.12). Habita no crente (Jo 16.13, 14). Ensina o crente ( Jo 14.26). Intercede em nosso favor (Rm 8.26, 27). Santifica o crente (Rm 8.1-17). Concede dons especiais ao corpo de Cristo (Rm 12.6-8) .

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A OBRA DO ES NA VIDA DO CRENTE

OS DONS DO ES

Nos escritos de Paulo há três listas distintas de dons e há uma lista breve em 1Pe. Embora todas façam referência aos dons do Espírito, diferem quanto à orientação básica.

Ef 4.11 é uma lista para os ofícios na igreja.Rm 12.6-8 e 1Pe 4.11 são funções básicas exercidas na igreja.1Co 12. 4-11 trata de habilidades especiais.

Isso não quer dizer que tais listas esgotam as possibilidades de dons do ES.

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A OBRA DO ES NA VIDA DO CRENTE

OS DONS MIRACULOSOS HOJE

Glossolalia, Cura pela fé e Exorcismo: O ES ainda dispensa estes dons à igreja hoje?

É permitido usá-los nos cultos públicos ou estão reservados a um momento particular? Examinemos todos os lados da questão para compreênde-la.

Pelo fato da glossolalia ser o mais destacado, analisemos a partir dele:

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GLOSSOLALIA - DEFESA GLOSSOLALIA - DENÚNCIA

Tais dons cessaram após a era apostólica “havendo línguas cessarão...” 1Co 13.8. Dizem que o propósito do don era atestar a revelação e a encarnação cf. Hb 2.3, 4. portanto já passou.

Não há registro durante maior parte da história da igreja.

Experiência semelhante em seitas e parapsciologia.

Através das narrativas de Atos, não vemos indícios que o ES deixaria de conceder esse dom à Igreja.

Experiência como apoio.

A prática não é proibida em lugar algum das Escrituras.

Produz benefícios na vida de quem o possui, vitalizando a oração.

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CONCLUSÃO

1. Obra especial subseqüente e simultânea ao novo nascimento.

O que dizer dos casos que parece haver distinção entre o novo nascimento/ regeneração e batismo no ES? Resposta: Período de transição – regeneração antes do batismo no ES (inclusive os discípulos até o Pentecoste).

Após os acontecimentos do Pentecoste não

encontramos mais nenhum outro registro da experiência separada do novo nascimento.

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CONCLUSÃO

2. Falta apoio bíblíco/ teológico

É difícil determinar se os fenômenos carismáticos são de fato dons do ES.

Não existem dados bíblicos para a cessassão dos dons.

Os dados históricos não são claros nem conclusivos.

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CONCLUSÃO

3. As posições

Mesmo que a história prove que o dom de línguas cessou, nada impede que Deus o restabeleça.

Por outro lado, a prova história de que o dom esteve presente nas várias eras da Igreja, não valida o dom.

Não podemos assumir que todos que alegam ter tido experiência espiritual a tiveram de fato.

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CONCLUSÃO FINAL

O que de fato a Bíblia nos orienta é sermos cheios do ES (O verbo grego indica uma ação contínua ). Trata-se não de possuir mais do ES pois já temos sua totalidade, e sim do ES possuir uma fatia maior da nossa vida.

Mais importante do que os dons do Espírito é o fruto do ES.

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IMPLICAÇÕES DA OBRA DO ESPÍRITO SANTO

1. Os dons que possuímos são concedidos pelo ES para cumprir o Seu plano.

2. O ES fortalece os crentes na vida e no serviço cristão.

3. O ES é sábio e soberano ao dispensar seus dons à Igreja. A posse ou ausência de um dom não deve ser motivo de vanglória ou pesar.

4. Nenhum dom é para todos e nenhuma pessoa possui todos os dons. Por isso necessitamos uns dos outros no corpo de Cristo.

5. O ES nos dará entendimento da Sua Palavra e nos guiará ao conhecimento da verdade.

6. É correto dirigir orações ao ES assim como ao Pai e ao Filho.