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Introdução Dipteryx alata Vog. é uma espécie arbórea de Fabaceae, que ocorre nas matas e cerrados do Brasil Central. Frutifica apenas durante três meses do ano, geralmente de agosto a outubro. Apresenta fixação do nitrogênio atmosférico por associação simbiótica com bactérias. Pode alcançar mais de 20 metros de altura e seu tronco chega até 70 cm de diâmetro, possui propriedades medicinais e uso da madeira para diversas utilidades. O presente trabalho teve como objetivo identificar, caracterizar e descrever as características morfoanatômicas de folha (limbo e pecíolo), caule e raiz de Dipteryx alata. Análise morfoanatômica das estruturas vegetativas do Baru (Dipteryx alata Vog.) Lima, R. B.; Brito, D. C.; Martins- Silva, O. N.; Justo, C. F. Universidade Federal do Mato Grosso

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Introdução

Dipteryx alata Vog. é uma espécie arbórea de

Fabaceae, que ocorre nas matas e cerrados do Brasil

Central. Frutifica apenas durante três meses do ano,

geralmente de agosto a outubro.

Apresenta fixação do nitrogênio atmosférico por

associação simbiótica com bactérias. Pode alcançar

mais de 20 metros de altura e seu tronco chega até

70 cm de diâmetro, possui propriedades medicinais

e uso da madeira para diversas utilidades.

O presente trabalho teve como objetivo identificar,

caracterizar e descrever as características

morfoanatômicas de folha (limbo e pecíolo), caule

e raiz de Dipteryx alata.

Análise morfoanatômica das estruturas vegetativas do Baru (Dipteryx alata Vog.)

Lima, R. B.; Brito, D. C.; Martins-Silva, O. N.; Justo, C. F.Universidade Federal do Mato Grosso

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Material e Métodos

• O material para estudo foi obtido no viveiro

experimental na Universidade Federal de Mato

Grosso - Campus de Pontal do Araguaia;

• Preparou-se cortes manuais de diferentes

partes da planta:

• Folha: corte transversal do limbo e do

pecíolo, paradérmico do limbo e transversal da

nervura;

• Caule: corte transversal do entrenó,

transversal abaixo do nó e longitudinal do nó

incluindo o pecíolo;

• Raiz: corte transversal;

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Lima, R. B.; Brito, D. C.; Martins-Silva, O. N.; Justo, C. F.Universidade Federal do Mato Grosso

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Resultados• Folha: tem mesofilo assimétrico e as epidermes são unisseriadas (Fig. a). É hipoestomática (Fig. b e c). Os feixes vasculares no pecíolo e nervura principal estão dispostos em arco e protegidos por esclerênquima (Fig. e-f). O pulvino é evidente. Cavidades secretoras estão presentes no limbo e nervuras maiores (Fig. a e d).• Caule: Cilindro vascular com disposição do tipo sifonostelo. Esclerênquima distribuído ao redor do floema. A medula é parenquimática (Fig. g). Cavidades secretoras também foram observadas. Apresenta crescimento secundário precoce. • Raiz: é tetrarca, com diferenciação completa de metaxilema (Fig. h). A endoderme é evidente (Fig. i). Inclusões celulares estão presentes no córtex (Fig. h-i). O floema primário localiza-se entre os pólos de protoxilema (Fig. i). Também apresenta crescimento secundário precoce e observa-se elementos de vaso de grande diâmetro e raios parenquimáticos no xilema secundário. O floema secundário contorna o xilema e a região do câmbio vascular apresenta-se mais clara (Fig. j).

Análise morfoanatômica das estruturas vegetativas do Baru (Dipteryx alata Vog.)

Lima, R. B.; Brito, D. C.; Martins-Silva, O. N.; Justo, C. F.Universidade Federal do Mato Grosso

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Análise morfoanatômica das estruturas vegetativas do Baru (Dipteryx alata Vog.)

Lima, R. B.; Brito, D. C.; Martins-Silva, O. N.; Justo, C. F.Universidade Federal do Mato Grosso

Figura. (a-f) Folha, (g) Caule, (h-j) Raiz. (b-c) cortes paradérmicos, (a, d-j) cortes transversais. (a) Limbo, (b) epiderme face adaxial, (c) epiderme face abaxial, (e) nervura principal, (f) detalhe da figura anterior, Legenda: Co= colênquima, Cs= Cavidade secretora, Cv= Cilindro vascular, Cx= Córtex, En= endoderme, Ep= Epiderme, Est= Estômato, Es= Esclerênquima, Fl= floema, Pe= Parênquima esponjoso, Pp= Parênquima paliçádico, Xp= xilema primário, Xs= Xilema secundário.

(e)

(b) (c)(a)Pp

Pe

(d)

Cs

Es

(g)

Cx

Cv

(h)

Es

(f)

Xp

Xs

(j)

FlXp

En

(i)Cx

Fl

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Discussão e ConclusãoMesofilo do tipo assimétrico também foi observado em Bauhinia forficata (Engel et al., 2008). A folha de D. alata é hipoestomática, enquanto em Ormosia arborea é anfihipoestomática (Pinho, 2011). Bainha de fibras esclerenquimáticas também envolve os feixes vasculares dos órgãos aéreos de Hymenaea maritima (Silva et al., 2012). As cavidades secretoras observadas em D. alata provavelmente são similares às encontradas em H. stigonocarpa na qual ocorre tanto nos tecidos vegetativos quanto reprodutivos (Paiva, 2003). Crescimento secundário precoce pode ser encontrado também em Parkia platycephala. Esse crescimento secundário precoce é um fator importante para o estabelecimento das plantas que vivem em ambientes de cerrado. (Porto et al., 2012). Na raiz de D. alata não foram observadas cavidades secretoras, enquanto em H. maritima, tais cavidades também ocorrem na raiz (Silva et al., 2012). Nestas espécies, a raiz em crescimento primário é do tipo tetrarca. Em Fabaceae podem ser encontradas desde raízes diarcas até pentarcas (Teixeira e Gabrielli 2000). Conclui-se que D. alata assemelha-se a outras Fabaceae, mas algumas características se distinguem.

ReferênciasENGEL, I.C. et al. Rev. Bras. Farmacogn. V.18, n.2, p.258-64 2008.PAIVA, E.A.S. Estruturas secretoras em Hymenaea stigonocarpa (Fabaceae- Caesalpinioideae): uma abordagem morfofuncional. Tese (Doutorado) – Instituto de Biociências de Botucatu, Universidade Estadual Paulista, 2003.PINHO, C.V. Congresso de Ecologia do Brasil, 10., São Lourenço – MG. PORTO, J.N.L. et al. Congresso Nacional de Botânica. 63. 2012.SILVA, M.S. et al. Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, v.14, n.4, p.673-679, 2012.TEIXEIRA, S.P.; GABRIELLI, A.C. Revta brasil. Bot., São Paulo, v.23, n.1, p.1-11, mar. 2000.

Análise morfoanatômica das estruturas vegetativas do Baru (Dipteryx alata Vog.)

Lima, R. B.; Brito, D. C.; Martins-Silva, O. N.; Justo, C. F.Universidade Federal do Mato Grosso

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Título do Trabalho: Características anatômicas da Bowdichia virgilioides Kunth (Sucupira-preta)Autores: Pereira IS; Silva LHO; Barbosa PVG; Silva MF; Lima PAF;Sette CRInstituição:Universidade Federal de Goiás (UFG)

Introdução

Partindo da pressuposto que o conhecimento anatômico é

um forte subsídio no contexto de qualificação de madeiras

para fins apropriados e adequados, o presente estudo tem

como objetivo avaliar as dimensões das fibras e vasos da

Bowdichia virgilioides Kunth (Sucupira Preta), visando

obter informações sobre os potenciais usos madeireiros.

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Material e Métodos

Os parâmetros mensurados para as fibras foram:

comprimento, largura total da fibra, diâmetro do lume e

espessura da parede. Para os vasos: Frequência (nº/mm²),

diâmetro (µm) e área ocupada (%). Três amostras não

destrutivas de árvores localizadas em Pirenópolis-GO.

Análises: Laboratório de Qualidade de Madeira e

Bioenergia (LQMBio) da Universidade Federal de Goiás.

Três posições radiais avaliadas: 0% (próximo a medula),

50% (intermediário do lenho) e 100% (próximo a casca).

Captura de Imagens com auxilio de microscópio de luze

câmera de alta resolução e mensuração em software Image

Pro Plus – IPWIN

Título do Trabalho: Características anatômicas da Bowdichia virgilioides Kunth (Sucupira-preta)Autores: Pereira IS; Silva LHO; Barbosa PVG; Silva MF; Lima PAF;Sette CRInstituição:Universidade Federal de Goiás (UFG)

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Resultados Tabela 1. Valores dos parâmetros, nas 3 posições radiais, para comprimento e largura de fibra, lume e parede, para a Bowdichia virigiloides

Tabela 2. Valores dos parâmetros, nas 3 posições radiais, para: % de área ocupada, frequência(nº/mm²) e diâmetro tangencial (µm) dos vasos do lenho de Bowdichia virgiliodes

EspéciePos.

Radial(% )

Compri.(µm )

Larg. Fibra(µm )

Larg. Lume(µm )

Larg. Parede(µm )

Bowdichia virgilioides

0 1155,71 17,390 4,020 6,684

50 1279,76 17,890 2,949 7,470

100 1362,65 17,307 4,968 6,169

Espécie Posição (%) % área ocupada Frequência (n°/mm²)Diâm. tangencial (µm)

Bowdichia virgilioides

0 8,891 6,629 133,732

50 6,290 5,384 118,341

100 8,951 7,765 125,644

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Resultados

0% 50% 100%1100112511501175120012251250127513001325135013751400

Comprimento Fibra

Posição Radial (%)

Com

prim

ento

(µm

)

0% 50% 100%17.0017.1017.2017.3017.4017.5017.6017.7017.8017.9018.00

Espessura da Fibra

Posição Radial (%)

Diâm

etro

((µm

)

0% 50% 100%2

2.5

3

3.5

4

4.5

5

Espessura do Lúmen

Posição Radial (%)

Diâm

etro

do

Lúm

en (

µm )

0% 50% 100%6

6.5

7

7.5

8

Espessura da Parede

Posição Radial (%)

Larg

ura

da P

ared

e (µ

m )

Figura 1-Variação radial do comprimento (A), largura (B), diâmetro do lume (C) e espessura da parede (D) das fibras do lenho de Bowdichia virgiloides.

A B

C D

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Resultados

0% 50% 100%4

5

6

7

8

9

10

Área ocupada

Posição Radial (%)

Área

ocu

pada

(%)

0% 50% 100%4

4.55

5.56

6.57

7.58

Frequência dos Vasos

Posição Radial (%)

Freq

uênc

ia (n

°/m

m²)

0% 50% 100%115

117.5120

122.5125

127.5130

132.5135

Diâmetro Tangencial

Posição Radial (%)

Diâm

etro

Tan

genc

ial (

µm )

A B

C

Figura 2- Variação radial da área ocupada (A), frequência (B), diâmetro tangencial (C) dos vasos do lenho de Bowdichia virgiloides Kunth.

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Considerações finais

Os valores obtidos para os parâmetros avaliados, fornecem

importantes informações anatômicas sobre a madeira da

Bowdichia virgiloides. Recomenda-se a realização de

análises complementares para melhor aproveitamento da

madeira da espécie.Referências

International Association of wood anatomist committee.List of microscope features for hardwood identification. IAWA Bulletin New Series, Leiden, v.10, n. 3, pag. 219-332, 1989.

Myers, N., R.A. Mittermeier, C.G. Mittermeier, G.A.B. da Fonseca & J. Kent. Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature, 2000, 403: 853-858.

PAULA, J. E. de et al.Caracterização Anatômica da Madeira de Espécies Nativas Do Cerrado, Visando Sua Utilização Na Produção De Energia. Cerne, Lavras, v. 11, n. 1, p. 90-100, jan./mar. 2005

Título do Trabalho: Características anatômicas da Bowdichia virgilioides Kunth (Sucupira-preta)Autores: Pereira IS; Silva LHO; Barbosa PVG; Silva MF; Lima PAF;Sette CRInstituição:Universidade Federal de Goiás (UFG)

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Avaliação quantitativa das características do lenho de Astronium fraxinifolium Schot ex SprengBarbosa, PVG; Pereira IS; Silva, LHO; Silva, RT; Silva, MF; Sette Jr, CR.UFG

Introdução

No Bioma Cerrado são poucos os estudos sobre a

qualidade da madeira (PAULA et al, 2005). Esse trabalho

objetivou a mensuração de fibras e vasos da espécie

conhecida popularmente como Gonçalo Alves (Astronium

fraxinifolium Schot ex Spreng).

Figura 1 – Ilustração do processo de retirada, amostra e medição em software

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Material e Métodos

Os parâmetros mensurados para as fibras foram:

comprimento, largura total da fibra, diâmetro do lume e

espessura da parede (µm). Para os vasos: Frequência

(nº/mm²), diâmetro (µm) e área ocupada (%).

Uso de três amostras, retiradas de forma não destrutiva

Análises: Laboratório de Qualidade de Madeira e

Bioenergia (LQMBio). Três posições radiais avaliadas: 0%

(próximo a medula), 50% (intermediário do lenho) e 100%

(próximo a casca). Captura de Imagens microscópio de luz

e câmera de alta resolução e mensuração com Image Pro

Plus – IPWIN (AIWA)

Avaliação quantitativa das características do lenho de Astronium fraxinifolium Schot ex SprengBarbosa, PVG; Pereira IS; Silva, LHO; Silva, RT; Silva, MF; Sette Jr, CR.UFG

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Avaliação quantitativa das características do lenho de Astronium fraxinifolium Schot ex SprengBarbosa, PVG; Pereira IS; Silva, LHO; Silva, RT; Silva, MF; Sette Jr, CR.UFG

EspéciePos.

Radial(% )

Comp.(µm )

Larg. Fibra(µm )

Larg. Lume(µm )

Larg. Parede(µm )

Astronium fraxinifolium

0 984,33 15,89 7,93 3,98

50 1069,17 16,97 5,59 5,69

100 1013,75 18,16 6,71 5,72

Espécie Pos. (%)

% área ocupada

Frequência (n°/mm²)

Diâm. tangencial (µm)

Astronium fraxinifoliu

m

0 7,94 8,28 107,06

50 3,72 4,97 94,92

100 5,41 8,45 87,41

Tabela 1 – Valores referentes as medições de fibras nas respectivas posições radiais

Tabela 2 – Valores referentes as medições de vasos nas respectivas posições radiais

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Avaliação quantitativa das características do lenho de Astronium fraxinifolium Schot ex SprengBarbosa, PVG; Pereira IS; Silva, LHO; Silva, RT; Silva, MF; Sette Jr, CR.UFG

Figura 4 – Gráfico representando o comportamento dos vasos

Figura 3- Gráficos representando o comportamento das fibras

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Conclusão

Os valores obtidos para os parâmetros avaliados, fornecem

importantes informações anatômicas sobre a madeira da

Astronium fraxinifolium. Recomenda-se a realização de

análises complementares para melhor aproveitamento da

madeira da espécie.

Referências

International Association of wood anatomist committee.List

of microscope features for hardwood identification.

IAWA Bulletin New Series, Leiden, v.10, n. 3, pag. 219-332,

1989.

PAULA, J. E de. et al. Caracterização Anatômica da

Madeira de Espécies Nativas Do Cerrado, Visando Sua

Utilização Na Produção De Energia. Cerne, Lavras, v. 11,

n. 1, p. 90-100, jan./mar. 2005

Avaliação quantitativa das características do lenho de Astronium fraxinifolium Schot ex SprengBarbosa, PVG; Pereira IS; Silva, LHO; Silva, RT; Silva, MF; Sette Jr, CR.UFG

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Introdução No decorrer do tempo, tem-se notado a falta de maiores interesses pelos estudos de madeira do cerrado, não só do ponto de vista anatômico como o tecnológico, notadamente com vistas à geração de energia (PAULA, J. E. de et al. , 2005).O trabalho é direcionado à qualificação da espécie Tachigali vulgaris para fins madeireiros, com base nas características anatômicas. As características anatômicas constituem-se em um índice de qualidade, além da densidade, compondo os fatores que estão relacionados às propriedades da madeira. O presente trabalho teve como objetivo avaliar as dimensões das fibras e dos vasos no lenho de árvores da espécie estudada.

Características anatômicas do lenho de Tachigali vulgaris (L.G. Silva & H.C. Lima)

Autores: Oliveira LH1; Pereira IS2; Barbosa PVG3;  Freitas PC 4; Silva MF5; Sette Jr CR6

Instituição: Universidade Federal de Goiás

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Material e Métodos Foram selecionados três indivíduos de T. vulgaris, no município de Pirenópolis-GO, retirou-se amostras na altura do DAP (1,3 m), de forma não-destrutiva, de cada indivíduo. As análises laboratoriais foram realizadas no Laboratório de Qualidade da Madeira e Bioenergia (LQMBio) da Universidade Federal de Goiás (UFG). As amostras do lenho foram seccionadas em corpos de prova nas três posições radiais (0%, 50%e 100% do raio) obtendo a variação das características anatômicas no decorrer do lenho. Foram quantificadas variáveis das fibras (comprimento, espessura da parede, largura total e do lume) e dos vasos (diâmetro, frequência e área ocupada) para caracterização anatômica da espécie em estudo. Lâminas histológicas temporárias foram confeccionadas e capturadas imagens digitais com auxílio de microscópio, logo a mensuração das variáveis foram realizadas pelo software Image Pro Plus (Figura 1).

Figura 01. Mensurações das fibras e quantificação dos vasos feitas através do software IPWIN32.

Características anatômicas do lenho de Tachigali vulgaris (L.G. Silva & H.C. Lima)

Autores: Oliveira LH1; Pereira IS2; Barbosa PVG3;  Freitas PC 4; Silva MF5; Sette Jr CR6

Instituição: Universidade Federal de Goiás

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Resultados

Características anatômicas do lenho de Tachigali vulgaris (L.G. Silva & H.C. Lima)

Autores: Oliveira LH1; Pereira IS2; Barbosa PVG3;  Freitas PC 4; Silva MF5; Sette Jr CR6

Instituição: Universidade Federal de Goiás

Espécie Comp. Larg. da Fibra

Larg. do Lume

Larg. da Parede

Tachigali vulgaris 903,083 17,82822 8,411691 4, 708262

Tabela 01 . Médias dos parâmetros: comprimento e largura de fibra, lume e parede, para a Tachigali vulgaris.

Tabela 02. Valores médios da % de área ocupada, frequência (nº/mm²) e diâmetro tangencial (µm) dos vasos do lenho de indivíduos de Tachigali vulgaris.

Espécie % área ocupada

Frequência (n°/mm²)

Diâmetro tangencial (µm)

Tachigali vulgaris 12,76 6,64 153,01

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Imagens e Tabelas

Características anatômicas do lenho de Tachigali vulgaris (L.G. Silva & H.C. Lima)

Autores: Oliveira LH1; Pereira IS2; Barbosa PVG3;  Freitas PC 4; Silva MF5; Sette Jr CRInstituição: Universidade Federal de Goiás

0 50 100800820840860880900920940960980

1000

Com-pri-mento

Posição Radial

Com

prim

ento

de

Fibr

a (µ

m)

0 50 1001516171819202122

Largura da fibra

Posição Radial

Larg

ura

tota

l de

fibra

(µm

)

0 50 1003

3.5

4

4.5

5

5.5

6

Largura da parede

Posição Radial

Espe

ssur

a da

Par

ede

0 50 1006

6.57

7.58

8.59

9.510

Largura do lúme

Posição Radial

Larg

ura

do lu

me

Graficos A,B,C e D - Variação radial do comprimento (A), largura (B), diâmetro do lume (C) e espessura da parede (D) das fibras do lenho no DAP das árvores em estudo.

A B

C D

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Imagens e Tabelas

Características anatômicas do lenho de Tachigali vulgaris (L.G. Silva & H.C. Lima)

Autores: Oliveira LH1; Pereira IS2; Barbosa PVG3;  Freitas PC 4; Silva MF5; Sette Jr CRInstituição: Universidade Federal de Goiás

0 50 1009

1011121314151617

Área (%)

Posição Radial

Área

(%)

0 50 100135140145150155160165170

Diâmetro

Posição Radial

Diâm

etro

µm

0 50 1005

5.25.45.65.8

66.26.46.66.8

7

Nº/mm²

Posição Radial

de v

asos

/ m

m²E F

G

Graficos E,F e G -Variação radial da área ocupada (E), frequência (F), diâmetro tangencial (G) dos vasos do lenho no DAP de árvores em estudo.

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Considerações finaisO Angá, também conhecido como Carvoeiro, apresenta potencial como matéria prima para vários usos industriais, direcionamentos que podem ser indicados através deste e de outros estudos específicos da qualidade da madeira.

ReferênciasInternational Association of wood anatomist committee.List of microscope features for hardwood identification. IAWA Bulletin New Series, Leiden, v.10, n. 3, pag. 219-332, 1989.

PAULA, J. E. de et al.Caracterização Anatômica da Madeira de Espécies Nativas Do Cerrado, Visando Sua Utilização Na Produção De Energia. Cerne, Lavras, v. 11, n. 1, p. 90-100, jan./mar. 2005

Características anatômicas do lenho de Tachigali vulgaris (L.G. Silva & H.C. Lima)

Autores: Oliveira LH1; Pereira IS2; Barbosa PVG3;  Freitas PC 4; Silva MF5; Sette Jr CRInstituição: Universidade Federal de Goiás

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Avaliação da densidade básica da madeira de seis espécies nativas do Cerrado

Serenini Junior L, Wandscheer RB, Rissi NT, Bressan J, Melo RR, Miguel EP

Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Sinop, MT, Brasil.

Introdução

A densidade básica da madeira é reconhecida como um dos mais importantes parâmetros para avaliação da sua qualidade, por ser de fácil determinação e estar relacionada às suas demais características. Segundo Oliveira et al. (2005), madeiras mais homogêneas, no que diz respeito a sua densidade no interior do tronco, apresentará comportamento melhor nas operações de processamento refletindo em maior uniformidade nas demais propriedades tecnológicas. As peças de madeira com menor variação de densidade são adequadas para utilização que exigem material homogêneo e com menor variabilidade nas propriedades físico-mecânicas.

Segundo Shimoyama (1990), a densidade é uma quantificação direta do material lenhoso por unidade de volume, estando relacionada a muitas características tecnológicas fundamentais para a produção e utilização dos produtos florestais, sendo um dos parâmetros mais importantes entre as diversas propriedades físicas da madeira.

Diante disto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a densidade básica da madeira de seis espécies nativas do cerrado – ingá-vermelha (Inga alba (Sw.) Wild.), virola (Virola sebifera Aubl.), pau-terra (Vochysia gardneri Warm.), itaúba (Meziraulus itauba Meisn.) Taub. ex Mez.), angelim-saia (Parkia pendula (Willd.) Benth. ex Walp.) e carvoeiro (Tachigali aurea Tul.).

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Material e Métodos As amostras foram coletadas de árvores abatidas em

uma área de 10,15 hectares de cerradão no Parque Estadual do Lajeado. A área do Parque Estadual do Lajeado cobre uma superfície de 9.931 há, toda circundada pela APA Serra do Lajeado. O clima predominante na região é do tipo C2wA’a’, úmido e subúmido com moderada deficiência hídrica no inverno, caracterizado pela ocorrência de duas estações, sendo uma estação seca de maio a setembro e uma estação chuvosa de outubro a abril.

Foram abatidos 80 indivíduos pertencentes a 34 espécies arbóreas do cerrado. O número de indivíduos abatidos para cada espécie foi determinado a partir do inventário florestal, onde foi definido que aproximadamente 3% das árvores com DAP > 5 cm, ou pelo menos um indivíduo de cada espécie seria coletado, mediante autorização da Agência Ambiental do Estado do Tocantins - NATURATINS. De cada indivíduo abatido foram coletados amostras na forma de discos com 5 cm de espessura, em três posições do tronco (base, meio e topo) e galhos.

Avaliação da densidade básica da madeira de seis espécies nativas do Cerrado

Serenini Junior L, Wandscheer RB, Rissi NT, Bressan J, Melo RR, Miguel EP

Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Sinop, MT, Brasil.

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Estas amostras do tronco e galho, na condição verde foram pesadas em balança analítica (sensibilidade de 0,01 gramas), em seguida colocadas em estufa a 103 ± 2oC até massa constante, obtendo a massa seca a 0% de umidade. De posse dos dados úmidos e secos, determinou-se o teor de umidade máximo e a densidade básica. O teor da umidade da madeira (TU) foi calculado segundo Vital (1997) e norma ABNT NBR 7190 em função da relação entre a massa úmida (Mu) e a massa seca a 0% de umidade, conforme Equação 01. A densidade básica (ρb) foi determinada pelo método do máximo teor de umidade, conforme Equação 02.

Equação 01

 

 

 Equação 02100

%0

%0

MMM

TU U

346,0

1

%0

MM

DSAT

b

100%0

%0

MMM

TU U

Avaliação da densidade básica da madeira de seis espécies nativas do Cerrado

Serenini Junior L, Wandscheer RB, Rissi NT, Bressan J, Melo RR, Miguel EP

Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Sinop, MT, Brasil.

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Resultados A espécie que apresentou menor densidade foi a

pau-terra, com um valor de 0,37 g/cm³, e as espécies que apresentaram maiores densidades com valores de 0,73 g/cm³ e 0,72 g/cm³ foram o carvoeiro e a itáuba, respectivamente. Para o teor de umidade, os valores encontrados foram o inverso da densidade, sendo que a espécie pau-terra apresentou maior porcentagem, 195,88%, e as espécies carvoeiro e itaúba apresentaram a menor média, 69,11 % e 71,37%, respectivamente, demostrando assim a correlação existente entre a densidade e o teor de umidade.

Por meio dos resultados, pode-se observar que a densidade diminui no sentido base-topo, e consequentemente o teor de umidade aumenta no sentido base-topo, provando assim a correlação entre os dois parâmetros analisados.

Avaliação da densidade básica da madeira de seis espécies nativas do Cerrado

Serenini Junior L, Wandscheer RB, Rissi NT, Bressan J, Melo RR, Miguel EP

Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Sinop, MT, Brasil.

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Imagens e Tabelas Base Meio Topo Galho

Inga alba 0,616 0,610 0,605 0,604

Virola sebifera 0,694 0,669 0,655 0,622

Volchisia gardineri 0,395 0,376 0,377 0,328

Meziraulus Itauba 0,757 0,741 0,698 0,680

Base Meio Topo Galho0.40

0.50

0.60

0.70

0.80

0.90

0.695 0.679 0.6700.622

Posição no Tronco

Dens

idad

e (g

/cm

3)

Base Meio Topo Galho0

20

40

60

80

100

120

83.51 86.92 88.94101.49

Posição no Tronco

Teor

de

Umid

ade

(%)

Avaliação da densidade básica da madeira de seis espécies nativas do Cerrado

Serenini Junior L, Wandscheer RB, Rissi NT, Bressan J, Melo RR, Miguel EP

Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Sinop, MT, Brasil.

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Discussão e Conclusão Os valores obtidos para a densidade das espécies

utilizadas podem ser indicativos de uso para estas, tendo em vista que a densidade é uma das propriedades mais indicadas para a escolha das espécies, sendo que essa se correlaciona positivamente com todos os demais parâmetros tecnológicos da madeira. As madeiras de carvoeiro e itaúba, podem ter seu uso indicado para geração de energia ou construção civil. Já o pau-terra, seria indicado para o uso que não requer elevada densidade, como paletes e caixaria.

Referências ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14810: Chapas de madeira aglomerada. 2006. 51 p.

OLIVEIRA, J. T. S.; HELLMEISTER, J. C.; FILHO, M. T. Variação do teor de umidade e da densidade básica na madeira de sete espécies de eucalipto. Revista Árvore, Viçosa-MG, v.29, n.1, p.115-127, 2005.

SHIMOYAMA, V. R. S. Variações da densidade básica e características anatômicas e químicas da madeira em Eucalyptus sp.. 1990, 93p. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, 1990.

Avaliação da densidade básica da madeira de seis espécies nativas do Cerrado

Serenini Junior L, Wandscheer RB, Rissi NT, Bressan J, Melo RR, Miguel EP

Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Sinop, MT, Brasil.

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CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E AVALIAÇÃO ANATÔMICA DAS FIBRAS DE TECA

(Tectona grandis L.f).Hermida M; Gonçalez JC e Mesquita RRS

Universidade de Brasília

Introdução

O conhecimento mais detalhado da composição estrutural de uma madeira é importante para definir e ampliar a sua utilização nos diversos segmentos industriais. As fibras são elementos anatômicos importantes como indicadores das propriedades de uma determinada espécie e sua adequação para a fabricação de um tipo específico de papel.  A madeira de teca (Tectona grandis) é considerada nobre e com excelentes qualidades de usos, devido às suas propriedades físicas e mecânicas, à alta durabilidade natural e à resistência a intempéries. Nos trópicos, ela é indicada para a produção sustentável de madeira de alta qualidade, devido ao seu crescimento, rendimento e qualidade (ARRUDA, 2013).   Caracterizar tecnologicamente as espécies de madeira gera um conhecimento essencial no sentido de orientar o uso correto da madeira. Nesse sentido, o objetivo desse estudo foi o de caracterizar as propriedades físicas e anatômicas (fibras) da madeira de teca (Tectona grandis), com 10 anos de idade, proveniente de desbaste de um plantio no Estado do Mato Grosso.

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Material e Métodos

A madeira de teca (Tectona grandis) com cerca de 10 anos de idade proveniente do desbaste de um plantio obtida para o estudo foi proveniente do estado do Mato Grasso. Para o ensaio anatômico foram usadas 3 amostras nas dimensões de 2cm x 2cm x 1cm (largura, espessura e comprimento) fragmentadas e para o cálculo da densidade e retratibilidade 10 amostras nas dimensões de 2cm x 2cm x 10cm (largura, espessura e comprimento).

Os fragmentos, depois de dissociados, foram submetido à coloração com safranina a 1% em solução alcoólica e montado em lâminas com glicerina. As mensurações dos elementos celulares individuais foram feitas com o auxílio de microscópio óptico Leica DM 750, com modulo de câmera digital Leica ICC50, com foco de 4x/0,10 para a obtenção do comprimento das fibras e de 20x/0,40 para o diâmetro do lume, utilizando o software Las EZ V1.7.0. Trabalhou-se com a média da mensuração de 100 fibras medidas em 10 lâminas) Os parâmetros considerados no estudo das fibras foram o comprimento, largura, diâmetro do lume, espessura da parede, o coeficiente de flexibilidade, fração parede e índice de Runkel.

A determinação da densidade básica foi feita com os corpos de prova de maiores pesados em estado de total saturação e secos em estufa. O volume saturado e seco foram calculados tomando as medidas dos corpos de prova nas direções tangencial radial e longitudinal, com um paquímetro digital, com precisão 0,01mm para o cálculo da retratibilidade volumétrica.

CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E AVALIAÇÃO ANATÔMICA DAS FIBRAS DE TECA

(Tectona grandis L.f).Hermida M; Gonçalez JC e Mesquita RRS

Universidade de Brasília

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ResultadosA densidade básica encontrada para as amostras

de teca foi de 0,52 g/cm³ e a retratibilidade volumétrica média de 5,79%.

A Tabela 1 mostra os valores das dimensões das 100 fibras analisadas. Para o comprimento das fibras foi encontrado um valor médio de 0,99 mm, para largura da fibra 26,58 μm e diâmetro do lume 15,61 μm. Tais valores permitiram que fossem calculados o coeficiente de flexibilidade, a fração parede e o índice de Runkel, iguais a 58,74%, 21,26% e 0,70, respectivamente.

CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E AVALIAÇÃO ANATÔMICA DAS FIBRAS DE TECA

(Tectona grandis L.f).Hermida M; Gonçalez JC e Mesquita RRS

Universidade de Brasília

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Imagens e Tabelas

CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E AVALIAÇÃO ANATÔMICA DAS FIBRAS DE TECA

(Tectona grandis L.f).Hermida M; Gonçalez JC e Mesquita RRS

Universidade de Brasília

C (mm) LF (µm) DL (µm) EP (µm)

Média 0,99 26,58 15,61 5,48

Máximo 1,51 34,35 25,19 8,62

Mínimo 0,70 17,67 7,92 3,22

DesvPad 0,15 3,91 3,67 1,24

CV(%) 15,40 14,71 23,52 22,57Em que: C = comprimento da fibra; LF = largura da fibra; DL = diâmetro do lume; EP = espessura da parede.

Tabela 1 – Dimensões das fibras da madeira de teca (Tectona grandis).

Figura 1 - Dimensionamento da largura da fibra e diâmetro do lume.

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Discussão e ConclusãoA densidade básica encontrada classifica a

madeira como de média densidade de acordo com as normas da COPANT (1974). Silva (2010) encontrou para um plantio de teca com 12 anos de idade um valor de densidade básica próximo para a mesma região. A retratibilidade volumétrica média apresentou-se semelhante aos resultados obtidos por Silva (2010) e Crespo et al. (2008).

Considerando o valor do Índice de Runkel, as fibras da madeira em estudo podem ser classificadas como boas para fabricação de papel. Os resultados obtidos no estudo sugerem que a madeira avaliada possui potencial para ser utilizada também para produção de polpa celulósica, além do seu uso industrial como madeira serrada.ReferênciasARRUDA, T.P.M. Secagem da madeira juvenil de Tectona grandis L.f (Tese). Universidade Federal de Lavras. Lavras, Minas Gerais, 2013.CRESPO et al. Análisis comparativo de las propiedades físico-mecánicas de la madeira de teca (Tectona grandis L.f.) de Quevedo y Balzar. Ciencia y Tecnologia 1:55-63. Quevedo, 2008.SILVA, D.M.R. Avaliação das propriedades físicas e da elasticidade da madeira de Tectona grandis L.f proveniente de povoamento com três densidades de plantio em Cáceres - MT. Universidade Rural do Rio de Janeiro, Seropédica - RJ. Julho, 2010.

CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E AVALIAÇÃO ANATÔMICA DAS FIBRAS DE TECA

(Tectona grandis L.f).Hermida M; Gonçalez JC e Mesquita RRS

Universidade de Brasília

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Título do Trabalho: Efeito do tratamento térmico sobre as propriedades colorimétricas em madeira Eucalyptus grandisAutores: Fabiana Paiva de Freitas, Juliana Ceccato Ferreira, Larissa Carvalho Santos, Ana Márcia M.L. Carvalho, Lira Maria Sivieiro Gonçalves, Laissa Ferreira CarvalhoInstituição: Universidade Federal de Viçosa

IntroduçãoTratamentos térmicos podem causar alteração na cor natural da madeira, sendo, por isso, uma excelente maneira de agregar valor e melhorar a aparência de espécies de menor valor econômico. Além da alteração da cor, é possível melhorar também as propriedades físicas, químicas e mecânicas, e a qualidade de uso. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do tratamento térmico sobre as propriedades colorimétricas da madeira de Eucalyptus grandis

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Material e Métodos Realizou-se congelamento (a -20 °C) e fervura (a 96 °C) das peças de madeira, durante 5h, 15h e 25h a cada tratamento, além da testemunha, livre de qualquer tratamento térmico, estando em condição ambiente, totalizando sete tratamentos (T, C5, C15, C25, F5, F15, F25) com três repetições cada. Para o congelamento das peças utilizou-se um freezer doméstico como mostra a Figura 1, e para a fervura, um autoclave conforme a Figura 2. Como parâmetros colorimétricos foram analisados os fatores ‘L’ (claridade), ‘a’ (matriz vermelho) e ‘b’ (matriz amarela). Na análise colorimétrica foi utilizado o colorímetro Konica Minolta modelo CR-10 (Figura 3). Para a análise estatística realizou-se ANOVA e teste de média Tukey, no software Statistic 7.

Título do Trabalho: Efeito do tratamento térmico sobre as propriedades colorimétricas em madeira Eucalyptus grandisAutores: Fabiana Paiva de Freitas, Juliana Ceccato Ferreira, Larissa Carvalho Santos, Ana Márcia M.L. Carvalho, Lira Maria Sivieiro Gonçalves, Laissa Ferreira CarvalhoInstituição: Universidade Federal de Viçosa

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ResultadosDe acordo com a Tabela 1 o tratamento fervura (L=41,4; a=11,3; b=11,4) ocasionou escurecimento da peça, quando comparado à testemunha (L=58,4; a=19,0; b=19,7) e um aumento gradual do escurecimento da peça, com aumento do tempo utilizado. Para o tratamento fervura à 5h os valores de ‘L’, ‘a’ e ‘b’ foram 50,7; 13,3; e 15,3, respectivamente. Para fervura 15h os valores foram de 36,1; 12,6; e 9,8; e, para fervura 25h foram de 37,3; 8,1; e 9,1. O tratamento congelamento (L=59,9; a=18,9; b=19,5) não apresentou diferenças significativas quando comparado à testemunha, porém observou-se um aumento da claridade (Figura 4).

Título do Trabalho: Efeito do tratamento térmico sobre as propriedades colorimétricas em madeira Eucalyptus grandisAutores: Fabiana Paiva de Freitas, Juliana Ceccato Ferreira, Larissa Carvalho Santos, Ana Márcia M.L. Carvalho, Lira Maria Sivieiro Gonçalves, Laissa Ferreira CarvalhoInstituição: Universidade Federal de Viçosa

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Imagens e Tabelas

Título do Trabalho: Efeito do tratamento térmico sobre as propriedades colorimétricas em madeira Eucalyptus grandisAutores: Fabiana Paiva de Freitas, Juliana Ceccato Ferreira, Larissa Carvalho Santos, Ana Márcia M.L. Carvalho, Lira Maria Sivieiro Gonçalves, Laissa Ferreira CarvalhoInstituição: Universidade Federal de Viçosa

Figura 1-Tratamento de congelamento realizado em freezer doméstico.

Figura 2 – Tratamento de fervura realizado em autoclave.

Figura 4 – Mudança de cor das peças entre os tratamentos.

Figura 3- Colorímetro Konica Minolta modelo CR-10.

Tratamento L a bT 58,4 ab 19 a 19,7 a

C5 59,6 a 18,9 a 19,5 aC15 61,1 a 19 a 19,4 aC25 59 ab 18,7 a 19,6 aF5 50,7 b 13,3 b 15,3 b

F15 36,1 c 12,6 bc 9,8 cF25 37,3 c 8,1 c 9,1 c

Tabela 1. Análise colorimétrica para madeira de Eucalyptus sp. tratadas termicamente.

* Médias com a mesma letra vertical não diferem estatisticamente ao nível de 5% de probabilidade de erro.

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Discussão e ConclusãoO tratamento fervura, mostrou-se satisfatório para alteração da cor da madeira. Quanto maior o tempo de tratamento, maior o escurecimento das peças.O congelamento não apresentou diferença significativa quando comparado com a testemunha.O tratamento térmico permite uma maior valorização de peças de madeira, em especial a alteração da cor superficial.

Referências ZANUNCIO, A. J. V., MOTTA, J. P., SILVEIRA, T. A. S., and TRUGILIO, P. F. (2014). “Physical and colorimetric changes in Eucalyptus grandis Wood after heat treatment”, BioResources 9(1), 293-303.

SUNDQVIST, B. (2004). “Colour changes and acid formation in wood during heating”, Ph.D. Thesis, Lulea University of Technology, Lulea, Sweden, 154 pp.

Título do Trabalho: Efeito do tratamento térmico sobre as propriedades colorimétricas em madeira Eucalyptus grandisAutores: Fabiana Paiva de Freitas, Juliana Ceccato Ferreira, Larissa Carvalho Santos, Ana Márcia M.L. Carvalho, Lira Maria Sivieiro Gonçalves, Laissa Ferreira CarvalhoInstituição: Universidade Federal de Viçosa

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Introdução

A densidade básica é uma propriedade física que vem sendo utilizada como um parâmetro de qualidade da madeira, podendo ser uma característica que melhor adéqua a madeira ao seu uso final. A densidade básica varia em função de muitos fatores como a idade, a taxa de crescimento das árvores, do clima, dos tratamentos silviculturais, do sitio, do lugar de amostragem no tronco, seja entre espécies, dentro da mesma espécie, em uma mesma árvore, no sentido longitudinal e radial da madeira (ALZATE et al., 2005). Este trabalho teve como objetivo avaliar a densidade básica do clone GG100, um híbrido de Eucalyptus grandis × Eucalyptus urophylla, em diferentes posições longitudinais ao longo do fuste.

AVALIAÇÃO DA DENSIDADE BÁSICA DE UM CLONE DE Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla, EM DIFERENTES

POSIÇÕES LONGITUDINAIS

Santos TS1; de Carvalho GP2; Guimarães Junior J B3; Protásio TP4; Corrêa RS5; Lisboa FJN6

Universidade Federal de Goiás, (UFG), Jataí, GO, Brasil

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Material e Métodos

Foram selecionadas e abatidas três árvores com idade de 36 meses, provenientes de um plantio experimental localizado na Universidade Federal de Goiás, Regional Jataí, situada no município de Jataí - GO.O espaçamento utilizado entre árvores foi de 3x1 metros. Para a avaliação de densidade retirou-se discos de 2,5cm de espessura no DAP (1,30 m) e a 2, 10, 30, 50, 70% do fuste em relação à altura comercial da árvore. Os discos foram divididos em cunhas opostas, que foram utilizadas para a realização dos testes de densidade. O volume saturado das amostras foi obtido pelo método de imersão em água, de acordo com a norma NBR 1194, sendo em seguida as amostras secas em estufa de circulação forçada de ar a uma temperatura de 105±2ºC até atingirem massa constante. A densidade básica foi determinada pelo quociente entre a massa absolutamente seca e o volume saturado. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado utilizando, para a diferenciação entre as médias, o teste de Scott-Knott a 5% de significância.

Obtenção do volume saturado da amostra Cunhas de um disco

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Resultados e Discussões

Gráfico 1 – Densidade Básica Média do clone de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla, (GG100) em diferentes posições longitudinais da árvore.

Os valores médios encontrados para as diferentes posições se situaram entre 0,382 e 0,419 g/cm³.

2% 10% DAP 30% 50% 70%0.3000.3200.3400.3600.3800.4000.4200.4400.4600.4800.500

Densidade Básica (GG100)

Den

sidad

e M

édia

(g/c

m³)

Posições longitudinais (%)

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Conclusão

Diante do trabalho realizado não se observou nenhuma diferença estatística significativa entre as posições longitudinais das árvores avaliadas, sendo os valores médios obtidos de 0.382, 0.415, 0.391, 0.419, 0.400, 0.411 g/cm³ para as posições 2, 10, DAP, 30, 50, e a 70%, respectivamente, para o clone GG100.

Referências Bibliográficas

ALZATE, Sandra Babiana Arango; TOMAZELLO Filho, Mario; PIEDADE, Sônia Maria de Stefano. Variação longitudinal da densidade básica da madeira de clones de Eucalyptus grandis Hill ex Maiden, E. Saligna Sm. e E. Grandis x urophylla. SCIENTIAFORESTALIS, n. 68, p. 87-95, ago. 2005.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. CB-29: Comitê Brasileiro de Celulose e Papel. CE-29:004.01 - Comissão de Estudo de Madeira para Fabricação de Pasta Celulósica. Rio de Janeiro, 2003.

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Crescimento e Propriedades da Madeira de Eucalyptus urophyla x E. grandis Em dois Arranjos de Cultivo

¹Thiago Magalhães do Nascimento, ¹Bruna de Carvalho Roldão, ¹Renan Bispo de Jesus, ¹Camila Luiz da Silva, ²Paulo Ricardo Gherardi Hein

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS – INSTITUTO DE CINÊNCIAS AGRÁRIAS

1Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Montes Claros, MG, Brasil. Email: paulo.hein @dcf.ufla.br. ²Professor, Departamento de Ciências Florestais,

Lavras, MG, Brasil.

Introdução As espécies do gênero Eucalyptus oferecem

grande contribuição para o abastecimento nacional de madeira por apresentarem rápido crescimento, facilidade de implantação e variedade de aplicação de sua madeira.Por se tratar de um material heterogêneo, a madeira muitas vezes não atende a características desejáveis para a utilização industrial, tais como: resistência mecânica, densidade básica, trabalhabilidade e uniformidade nas cores. No entanto, plantios clonais de Eucalyptus, quando bem manejados, têm grandes chances de produzirem madeiras mais homogêneas, permitindo-se assim a fabricação de produtos de melhor qualidade.

A escolha adequada do espaçamento inicial durante a instalação de um plantio florestal é de grande importância para o desenvolvimento da árvore já que este interfere significativamente em sua morfologia, seu crescimento, além de afetar as propriedades da madeira.

O conhecimento prévio das propriedades físicas da madeira, desta forma, permite uma definição mais adequada de sua empregabilidade já que mudanças na sua estrutura refletirão no seu desempenho frente a uma dada aplicação.

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Material e Métodos Em um plantio experimental localizado em Montes

Claros, MG, foram selecionadas dez árvores de Eucalyptus urophyla x E. grandis com 4 anos e seis meses de idade. Foram conduzidas cinco árvores em espaçamento 2 x 10 m e cinco em espaçamento 3 x 2 m. As árvores selecionadas foram abatidas e um disco de 30 mm de espessura foi retirado da posição longitudinal a 1,30 m do solo. Foram retirados, radialmente, corpos de prova de aproximadamente 20 x 20 x 30 mm de dimensão nominal, no sentido medula-casca. Foram verificados a densidade básica da madeira, contração tangencial e radial e o coeficiente de anisotropia.

Para determinação dos volumes na condição saturada o método aplicado foi baseado no princípio de Arquimedes, onde os corpos de prova foram submersos em recipiente com água, sendo a massa do volume deslocado medido em uma balança eletrônica de precisão de uma casa decimal. As dimensões da madeira foram mensuradas no sentido radial (espessura) e tangencial (largura) com o auxílio de um paquímetro digital, de 0,01 mm de sensibilidade. A determinação da densidade básica da madeira foi realizada de acordo com a NBR 7190 (ABNT, 1997) utilizando o método estereométrico.

Crescimento e Propriedades da Madeira de Eucalyptus urophyla x E. grandis Em dois Arranjos de Cultivo

¹Thiago Magalhães do Nascimento, ¹Bruna de Carvalho Roldão, ¹Renan Bispo de Jesus, ¹Camila Luiz da Silva, ²Paulo Ricardo Gherardi Hein

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS – INSTITUTO DE CINÊNCIAS AGRÁRIAS

1Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Montes Claros, MG, Brasil. Email: paulo.hein @dcf.ufla.br. ²Professor, Departamento de Ciências Florestais,

Lavras, MG, Brasil.

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ResultadosDe acordo com os resultados, a utilização

do espaçamento entre árvores afeta seu crescimento e as propriedades da madeira de Eucalyptus. O espaçamento maior entre as árvores (2 x 10) resulta em um aumento de 25% no diâmetro à altura do peito em relação a um cultivo em espaçamento menor ( 3 x 2 ). Contudo, árvores que tem o seu crescimento mais lento em espaçamento mais adensado, produzem madeiras 7% mais densas e com contrações tangenciais 8,3% superiores que aquelas cultivadas em espaçamento mais amplo.

Árvores que desenvolvem mais rápido tende a produzir madeiras com maiores coeficientes de anisotropia e madeiras mais densas tendem a apresentar menores coeficientes de anisotropia. Entretanto, a correlação entre o crescimento da árvore e densidade e retratibilidade da madeira foi baixa, indicando que é possível selecionar matrizes de rápido crescimento e alta densidade básica.

Crescimento e Propriedades da Madeira de Eucalyptus urophyla x E. grandis Em dois Arranjos de Cultivo

¹Thiago Magalhães do Nascimento, ¹Bruna de Carvalho Roldão, ¹Renan Bispo de Jesus, ¹Camila Luiz da Silva, ²Paulo Ricardo Gherardi Hein

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS – INSTITUTO DE CINÊNCIAS AGRÁRIAS

1Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Montes Claros, MG, Brasil. Email: paulo.hein @dcf.ufla.br. ²Professor, Departamento de Ciências Florestais, Lavras,

MG, Brasil.

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Imagens e Tabelas Tabela 1 - Correlação entre o crescimento e as propriedades da madeira de Eucalyptus urophylla x E. grandis plantados nos espaçamentos 2 x 10 m e 3 x 2 m.

A (Fig. 1) apresenta a dispersão dos dados da correlação entre o diâmetro da árvore e a densidade básica da madeira de Eucalyptus urophylla x E. grandis nos dois arranjos de cultivo.

Crescimento e Propriedades da Madeira de Eucalyptus urophyla x E. grandis Em dois Arranjos de Cultivo

¹Thiago Magalhães do Nascimento, ¹Bruna de Carvalho Roldão, ¹Renan Bispo de Jesus, ¹Camila Luiz da Silva, ²Paulo Ricardo Gherardi Hein

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS – INSTITUTO DE CINÊNCIAS AGRÁRIAS

1Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Montes Claros, MG, Brasil. Email: paulo.hein @dcf.ufla.br. ²Professor, Departamento de Ciências Florestais, Lavras, MG,

Brasil.

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Discussão e ConclusãoConforme o esperado (Kollmann e Coté, 1986), houve correlação moderada entre o coeficiente de anisotropia e os coeficientes de contração radial e tangencial (0,43 < r < 0,58). O espaçamento entre as árvores afeta o seu crescimento e as propriedades da madeira de Eucalyptus urophylla x E. grandis. Espaçamento mais amplo entre as árvores (2 x 10) resulta num aumento de 25% no diâmetro à altura do peito em relação a um cultivo em espaçamento mais adensado (3 x 2).Arvores que crescem mais lentamente em espaçamento mais adensado (3 x 2) produzem madeiras 7% mais densas e com contrações tangenciais 8,3% superiores que aquelas cultivadas em espaçamento mais amplo (2 x 10).Árvores que crescem mais rápido tendem a produzir madeiras com maiores coeficientes de anisotropia e que madeiras mais densas tendem a apresentar menores coeficientes de anisotropia.

ReferênciasKOLLMANN, F. R.; COTÉ, W. A. Principles of Wood science and technology. Berlin: Springer-Verlag, 592 p., 1968.

Crescimento e Propriedades da Madeira de Eucalyptus urophyla x E. grandis Em dois Arranjos de Cultivo

¹Thiago Magalhães do Nascimento, ¹Bruna de Carvalho Roldão, ¹Renan Bispo de Jesus, ¹Camila Luiz da Silva, ²Paulo Ricardo Gherardi Hein

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS – INSTITUTO DE CINÊNCIAS AGRÁRIAS

1Estudante de Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Montes Claros, MG, Brasil. Email: paulo.hein @dcf.ufla.br. ²Professor, Departamento de Ciências Florestais,

Lavras, MG, Brasil.

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AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES FÍSICAS DA MADEIRA DE Licania tomentosa (Benth.) Fritsch

Kelly Maria Zanuzzi Palharini, Íngrid Luz Guimarães, José Benedito Guimarães Junior, Fernando Jesus Nogara Lisboa, Caroline de Souza Paiva , Thiago de Paula Protásio.

Universidade Federal de Goiás, Jataí, GO, Brasil.

IntroduçãoLicania tomentosa (Benth.) Fritsch.,

(Chrysobalanaceae) conhecida popularmente por oiti, típica da mata atlântica é uma espécie arbórea, heliófila, perenifólia, frutífera (RIZZINI & MORS, 1995), com cerca de 8 a 15 metros de altura e de 30 a 50cm de diâmetro (LORENZI, 1992; RIZZINI & MORS, 1995).

Por proporcionar sombra, o oiti é preferido para plantios em praças, jardins, ruas e avenidas, em muitas cidades de todo o Brasil (LORENZI (2008); RIZZINI & MORS, 1995; SOUZA & LORENZI, 2005). Esta espécie, como muitas outras plantadas na arborização das cidades necessitam de periódicas ações de podas dos seus galhos, para garantir seu desenvolvimento, longevidade e para proteção de fios de energia elétrica. Os resíduos provenientes dessas podas contínuas, muitas vezes não são aproveitados, e acabam sendo descartados em lixões, terrenos baldios ou aterros sanitários, causando custos excedentes aos municípios, com maior acumulo de resíduos, além da poluição da água e do ar e a deterioração da paisagem.

Para aproveitamento do resíduo proveniente dos galhos da poda urbana, é preciso conhecer as suas propriedades físicas, para assim poder destinar melhor o seu uso. Com isso o presente trabalho, tem por objetivo avaliar as propriedades físicas, densidade e retratibilidade, da madeira dos galhos da espécie Licania tomentosa.

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Material e MétodosPara a análise das propriedades físicas, densidade e

retratibilidade, foram retirados discos, e posteriormente transformados em corpos de prova, dos galhos da espécie Licania Tomentosa, popularmente conhecida como oiti, proveniente da cidade de Jataí-GO, e posteriormente transformados em corpos de prova, onde fez-se uso da norma NBR 7190/97 (ABNT, 1997) determinando-se tais propriedades físicas.

Para a determinação da retratibilidade os corpos de prova foram submergidos em água até completa saturação, com isso se fez a medição das suas dimensões por meio de paquímetro digital com precisão de 0,01mm. Posteriormente, os corpos de prova foram encaminhados à estufa a temperatura 105ºC ± 3ºC até atingir massa constante. Fez-se a medição das suas dimensões novamente após a secagem. A partir desses resultados foi obtida a retratibilidade linear para os eixos (tangencial e radial), além da retratibilidade volumétrica e coeficiente anisotrópico.

Para a determinação de densidade básica, as amostras foram submersas em água, até a completa saturação, sendo então medidos os volumes dos corpos de prova, através do método de imersão em água. Posteriormente, foram colocadas em estufa com temperatura de 105ºC ± 3ºC, e mantida nesta condição até a obtenção de massa constante. Após a obtenção dessas variáveis, obteve-se a densidade básica através do consciente entre a massa seca e o volume saturado.

AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES FÍSICAS DA MADEIRA DE Licania tomentosa (Benth.) Fritsch

Kelly Maria Zanuzzi Palharini, Íngrid Luz Guimarães, José Benedito Guimarães Junior, Fernando Jesus Nogara Lisboa, Caroline de Souza Paiva , Thiago de Paula Protásio.Universidade Federal de Goiás, Jataí, GO, Brasil.

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Resultados De acordo com a classificação do IPT (1985) as

madeiras são classificadas de três formas: de baixa densidade, com valor menor ou igual a 0,50 g/cm³, de densidade média, entre 0,50 g/cm³ e 0,72 g/cm³ e madeiras densas acima de 0,72 g/cm³. De acordo com essa classificação, a espécie licania tomentosa apresenta média densidade básica, com valor de 0,58 g/cm³.

Silva (2015) encontrou densidade básica média de 0,72 g/cm³, para os galhos da espécie Licania apetala (E. Meyer) Fritsch. do mesmo gênero da espécie estuda neste trabalho, podendo ser classificada também como madeira de média densidade básica.

Os resultados médios obtidos para retratibilidade linear nos eixos radial e tangencial foram, respectivamente, 3,99% e 10,60%. Essa grande diferença da retratibilidade linear entre os dois eixos (radial e tangencial), faz com que o coeficiente de anisotropia seja considerado ruim segundo Durlo e Marchiori (1992), com valor igual 2,93, o que indica instabilidade da madeira dos galhos de licania tomentosa.

Cunha (2013) estudou as propriedades físicas da parte área (galhos) e do tronco de Prosopis juliflora (algaroba), e obteve como coeficiente de anisotrópia dos galhos de Prosopis juliflora o valor de 1,93, que segundo Durlo e Marchiori (1992) é considerado como normal.

AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES FÍSICAS DA MADEIRA DE Licania tomentosa (Benth.) Fritsch

Kelly Maria Zanuzzi Palharini, Íngrid Luz Guimarães, José Benedito Guimarães Junior, Fernando Jesus Nogara Lisboa, Caroline de Souza Paiva , Thiago de Paula Protásio.

Universidade Federal de Goiás, Jataí, GO, Brasil.

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Gráficos e Tabelas

Tabela 1: Valores de densidade básica da madeira dos galhos de Licania Tomentosa.

Grafico 1: Resultados médios obtidos para retratibilidade linear nos eixos radial e tangencial e retratibilidade volumetrica.

AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES FÍSICAS DA MADEIRA DE Licania tomentosa (Benth.) Fritsch

Kelly Maria Zanuzzi Palharini, Íngrid Luz Guimarães, José Benedito Guimarães Junior, Fernando Jesus Nogara Lisboa, Caroline de Souza Paiva , Thiago de Paula Protásio.

Universidade Federal de Goiás, Jataí, GO, Brasil.

Radial Tangencial Voumétrico 0.00

2.00

4.00

6.00

8.00

10.00

12.00

14.00

16.00

18.00

3.99

10.68

16.16

Porc

enta

gem

(%)

  Densidade básica (g/cm³)

Média 0,58

Desvio Padrão 0,03

Coeficiente de variação 5,62

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ConclusãoPode-se concluir:• A madeira dos galhos de Licania tomentosa foi

considerada como de média densidade básica. • O coeficiente de anisotropia foi de 2,93, classificando

a madeira dos galhos da Licania tomentosa como instável.

AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES FÍSICAS DA MADEIRA DE Licania tomentosa (Benth.) Fritsch

Kelly Maria Zanuzzi Palharini, Íngrid Luz Guimarães, José Benedito Guimarães Junior, Fernando Jesus Nogara Lisboa, Caroline de Souza Paiva , Thiago de Paula Protásio.Universidade Federal de Goiás, Jataí, GO, Brasil.

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AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES FÍSICAS DA MADEIRA DE Licania tomentosa (Benth.) Fritsch

Kelly Maria Zanuzzi Palharini, Íngrid Luz Guimarães, José Benedito Guimarães Junior, Fernando Jesus Nogara Lisboa, Caroline de Souza Paiva , Thiago de Paula Protásio.Universidade Federal de Goiás, Jataí, GO, Brasil.

ReferênciasABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7190. Projeto de estruturas de madeira. Rio de Janeiro, 1997. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11941.Madeira - Determinação da densidade básica. Rio de Janeiro, 2003. Cunha, André Barreto. "Análise das propriedades físicas, mecânicas e energéticas da parte aérea e tronco de algaroba (Prosopis juliflora)." (2013). DURLO, M. A.; MARCHIORI, J. N. C. Tecnologia da madeira: Retratibilidade. CEPEF/FATEC. Série técnica, 1992.

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AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES FÍSICAS DA MADEIRA DE Licania tomentosa (Benth.) Fritsch

Kelly Maria Zanuzzi Palharini, Íngrid Luz Guimarães, José Benedito Guimarães Junior, Fernando Jesus Nogara Lisboa, Caroline de Souza Paiva , Thiago de Paula Protásio.Universidade Federal de Goiás, Jataí, GO, Brasil.

ReferênciasIPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. Madeiras nacionais: tabelas de resultados de ensaios físicos e mecânicos. Boletim IPT, São Paulo, n.31, 1956. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 5.ed. NovaOdessa: Platarum, 2008. 384p.

RIZZINI, C.T.; MORS, W.B. Botânica econômica brasileira. Rio de Janeiro: Âmbito Cultural Edições, 1995. 248p. Silva, Carlos José da. "Densidade básica e potencial energético de espécies lenhosas do Cerrado do estado de Tocantins." (2015). SOUZA, V. C.; LORENZI, H. Botânica sistemática: guiailustrado para identificação das famílias de Angiospermas da Flora Brasileira, baseado em APG II. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2005. 640p.

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Classificação da penetração do CCB nos mourões de oito espécies de Eucalyptus tratados por substituição de seiva.Brito AF; Severo ETD; Calonego FW.Universidade Estadual Paulista - UNESP

Introdução A penetração do produto químico é uma forma de avaliar qualitativamente a profundidade atingida e a distribuição do produto químico no interior da madeira (CAMPOS et al., 2003) e está relacionada com sua permeabilidade, sendo uma propriedade que indica a facilidade ou não de determinado fluído penetrar pelas estruturas celulares da madeira, determinando a qualidade de impregnação de produtos preservativos. A durabilidade da madeira pode ser prolongada empregando-se tratamento químico adequado (BRISOLARI, 2008; LEPAGE, 1986). Silva et al., (2004) cita que uma grande parte das espécies de eucalipto é suscetível ao ataque de organismos xilófagos e por isso necessitam de tratamento químico para lhe conferir aumento da sua durabilidade.

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Material e MétodosNo experimento foram utilizados mourões de 8 espécies de Eucalyptus spp. (E. camaldulensis, C. citriodora, E. cloeziana, E. urophylla, E. torelliana, E. saligna, E. grandis e o híbrido E. urophylla x E. grandis) que foram tratados pelo método denominado substituição de seiva utilizando o produto comercialmente conhecido por CCB (Borato de Cobre Cromatado). A avaliação da qualidade de penetração do produto preservativo nos mourões foi realizada conforme recomendado por Campos et al., (2003) que classifica os tipos de penetração em total, parcial periférica, parcial irregular, vascular e nula. Para a determinação da penetração dos elementos cobre e boro nos mourões tratados foram seguidas as recomendações da norma P-MB-790 da ABNT (1973), onde os discos foram pulverizados com solução de Cromoazulrol S e solução de Álcool polivinílico e iodo, conforme ilustração na Figura 1.

Classificação da penetração do CCB nos mourões de oito espécies de Eucalyptus tratados por substituição de seiva.Brito AF; Severo ETD; Calonego FW.Universidade Estadual Paulista - UNESP

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Figura 1. Discos após aplicação de solução reveladora da presença dos elementos cobre e boro: A – Cromoazurol S identificando a presença do elemento cobre; B – Solução de álcool polivinílico e iodo identificando a presença do elemento boro.

Classificação da penetração do CCB nos mourões de oito espécies de Eucalyptus tratados por substituição de seiva.Brito AF; Severo ETD; Calonego FW.Universidade Estadual Paulista - UNESP

A B

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ResultadosCampos et al., (2003) classifica os tipos de penetração em total, parcial periférica, parcial irregular, vascular e nula. Os tipos de penetração obtidos no presente estudo foram penetração parcial periférica; penetração parcial irregular e penetração vascular. Após uma análise visual dos tipos de penetração obtidos pelas espécies, foi realizada uma análise estatística a fim de quantificar a porcentagem de mourões aptos (que apresentaram penetração do tipo parcial periférica) e inaptos (que apresentaram penetrações do tipo parcial irregular e/ou vascular) quanto ao tipo de penetração, como recomendado por Campos et al., (2003). A Tabela 1 demonstra a porcentagem de mourões aptos e inaptos para utilização na preservação de madeiras.

Classificação da penetração do CCB nos mourões de oito espécies de Eucalyptus tratados por substituição de seiva.Brito AF; Severo ETD; Calonego FW.Universidade Estadual Paulista - UNESP

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Discussão e Conclusão Para penetração do elemento cobre, somente o hibrido E. urophylla x E. grandis apresentou 100% dos mourões aptos (penetração do tipo parcial periférica). Para penetração do elemento boro, as espécies E. urophylla, E. camaldulensis, E. torelliana, E. saligna, E. grandis e o hibrido E. urophylla x E. grandis apresentaram 100% dos mourões aptos. A espécie E. cloeziana não obteve mourões aptos para nenhum elemento (penetrações do tipo vascular). Desse modo, apenas o híbrido E. urophylla x E. grandis obteve 100% dos mourões aptos para penetração dos elementos cobre e boro. A penetração uniforme é importante, pois as falhas do produto preservativo na madeira tratada predispõem a madeira ao ataque de organismos xilógafos.

Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. MB-790: Penetração e Retenção de Preservativos de Madeira: Método Brasileiro, 1973, 19p.CAMPOS,C. S.; VIANEZ, B. F.; MENDONÇA, M. S. Estudo da variabilidade da retenção do preservante CCA tipo A na madeira de Brosimum rubescens Taub. Moraceae – (Pau-Rainha) uma espécie madeireira da região amazônica. Sociedade de Investigações Florestais. Árvore, Viçosa-MG, v.27, n.6, p.845-853, 2003.

Classificação da penetração do CCB nos mourões de oito espécies de Eucalyptus tratados por substituição de seiva.Brito AF; Severo ETD; Calonego FW.Universidade Estadual Paulista - UNESP

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Efeito da modificação térmica entre 140ºC e 220ºC na variação dimensional da madeira serrada de Eucalyptus grandisCalonego FW; Severo ETD; Brito AF.Universidade Estadual Paulista - UNESP

Introdução Muitos processos de modificação térmica da madeira são descritos na literatura. Em geral, eles apresentam em comum o fato da madeira ser exposta a temperaturas próximas à 200ºC durante várias horas, com o intuito de melhorar a sua durabilidade biológica e a sua estabilidade dimensional.O aquecimento da madeira em altas temperaturas ocasiona a degradação de alguns de seus componentes químicos, o que, consequentemente, altera o seu desempenho.A degradação da madeira apresenta comportamento diferenciado conforme as condições do processo utilizado. Essa degradação e, consequentemente, as mudanças nas propriedades que caracterizam a madeira estão relacionadas com fatores inerentes à madeira: espécie, teor de umidade e dimensão das peças; e ao processo: temperatura, tempo de exposição, gradiente de temperatura e condições da atmosfera do tratamento.Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar a variação dimensional da madeira serrada de Eucalyptus grandis após o tratamento de modificação térmica realizado em várias temperaturas.

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Material e MétodosPara esse estudo, foram utilizadas tábuas de 2,9 m de comprimento retiradas de toras de Eucalyptus grandis com 5,9 anos de idade, provenientes da Fazenda Rio Claro, pertence à empresa Duratex-SA, e localizada no município de Lençóis Paulista, SP. Cada uma das tábuas foi seca até 10% de umidade e seccionada de modo a fornecer peças com 0,6 m de comprimento e aproximadamente 34 mm de espessura final. O material foi colocado em estufa elétrica com controlador programável. O tratamento de modificação térmica foi realizado com temperaturas finais de 140ºC, 160ºC, 180ºC, 200ºC e 220ºC, por um período de 2,5 horas, de acordo com aplicação da patente desenvolvida por Severo e Calonego (2011). O material foi mantido em estufa até resfriamento natural. Antes e após os tratamentos térmicos, as espessuras das peças de madeira foram determinadas com um micrômetro com precisão de 0,01mm, conforme mostra a Figura 1.

Efeito da modificação térmica entre 140ºC e 220ºC na variação dimensional da madeira serrada de Eucalyptus grandisCalonego FW; Severo ETD; Brito AF.Universidade Estadual Paulista - UNESP

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Figura 1. Esquema sobre a posição dos pontos de medição da espessura das tábuas (A) e tábuas de E. grandis com demarcação dos pontos de medição da espessura (B).

Efeito da modificação térmica entre 140ºC e 220ºC na variação dimensional da madeira serrada de Eucalyptus grandisCalonego FW; Severo ETD; Brito AF.Universidade Estadual Paulista - UNESP

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ResultadosA influência dos tratamentos de modificação térmica na variação da espessura das tábuas de Eucalyptus grandis pode ser verificada na Tabela 1.Na região próxima à medula houve uma variação significativa na diferença da espessura, em relação à dimensão original (antes do tratamento), com o aumento da temperatura do tratamento térmico. Já, próximo à periferia do fuste não houve uma variação mais pronunciada na diferença da espessura com o aumento da temperatura do tratamento.A região da medula nas tábuas tratadas com 220ºC apresentou um decréscimo de 99,6% quando comparado com o material modificado termicamente a 140ºC. Na periferia das tábuas, o material tratado com a maior temperatura apresentou um decréscimo de apenas 18,5% em relação ao material tratado na condição mais suave.

Efeito da modificação térmica entre 140ºC e 220ºC na variação dimensional da madeira serrada de Eucalyptus grandisCalonego FW; Severo ETD; Brito AF.Universidade Estadual Paulista - UNESP

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Discussão e Conclusão Era esperado, com base na literatura, uma redução da espessura da tábua mais pronunciada na sua periferia do que próximo à medula, com o aumento da temperatura do tratamento. Pois, a variação em espessura está associada com a perda de massa e Papadopoulos (2006) salienta que a influência da modificação térmica no lenho juvenil é cerca de 40% menor do que no lenho adulto.No presente estudo, a menor variação da espessura com o aumento da temperatura do tratamento térmico da madeira próxima à casca, quando comparada com a madeira próxima à medula, pode ser explicada pela presença de rachaduras internas somente no lenho próximo à periferia do fuste, em algumas das tábuas modificadas termicamente entre 200ºC e 220ºC.

Referências PAPADOPOULOS, A. N. Pyridine-catalyst acetylation of pine wood: influence of mature sapwood vs juvenile wood. Holz als Roh- und Werkstoff, Berlin, v.64, p.134-136, 2006.SEVERO, E.T.D., CALONEGO, F.W., 2011. Processo de modificação térmica, por irradiação de calor, para a melhora da estabilidade dimensional e da durabilidade biológica de madeira sólida. INPI PI0902/38-8A2 

Efeito da modificação térmica entre 140ºC e 220ºC na variação dimensional da madeira serrada de Eucalyptus grandisCalonego FW; Severo ETD; Brito AF.Universidade Estadual Paulista - UNESP

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Efeito do tratamento térmico na estabilidade dimensional de painéis aglomerados comerciais

Wandscheer RB, Mühl M, Serenini Junior L, Rissi NT, Bressan J, Melo RR,

Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Sinop, MT, Brasil.

Introdução

Os painéis aglomerados, também conhecidos como MDP, são os painéis mais consumidos no mundo, sendo utilizados na fabricação de móveis retilíneos e de forma secundária, na construção civil (BIAZUS et al., 2010). No entanto, apresentam baixa estabilidade dimensional, e isto ocorre basicamente em função da necessidade de compressão do material durante o processo de produção. Desta forma, quando o painel entra em contato com a umidade, as tensões de compressão formadas são liberadas, ocasionando inchamento em espessura. Necessitando de métodos e procedimentos para o melhor uso desse tipo de material.

Entre os tratamentos que podem ser empregados para a melhoria da estabilidade dimensional da madeira e dos compostos de madeira, destaca-se o tratamento térmico.

Diante disto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do tratamento térmico em painéis aglomerados comerciais, produzidos com Eucalyptus grandis e resina sintética ureia-formaldeído, visando principalmente à melhoria de sua estabilidade dimensional.

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Material e Métodos Foram utilizadas vinte e cinco amostras para os

ensaios, sendo estas subdivididas em diferentes grupos para o tratamento térmico em estufa com temperaturas de 160 e 180°C por um período de 6 a 12 minutos.

O experimento se constituiu de quatro tratamentos mais a testemunha, com cinco repetições.

Para avaliação das amostras tratadas e não tratadas termicamente do painel, foram feitos ensaios físicos (absorção de água – às 2 e 24 horas, inchamento em espessura – às 2 e 24 horas) e mecânicos (resistência à flexão estática e resistência ao arrancamento de parafusos).

As amostras para os ensaios físicos após o tratamento foram reduzidas nas dimensões de 15 x 15 x 1,5 cm em largura, comprimento e espessura e para os ensaios mecânicos as amostras foram serradas nas dimensões de 7,5x 42 x 1,5 cm em largura, comprimento e espessura.

Efeito do tratamento térmico na estabilidade dimensional de painéis aglomerados comerciais

Wandscheer RB, Mühl M, Serenini Junior L, Rissi NT, Bressan J, Melo RR,

Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Sinop, MT, Brasil.

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Resultados O tratamento térmico realizado proporcionou uma

menor absorção de água durante 24 horas, com os melhores resultados sendo observados para o tratamento que utilizou temperaturas de 180°C por 6 minutos, esta redução em absorção de água pode ser ao fato de que o acesso da água em painéis mais densos é menor no início em função da maior quantidade de massa lenhosa compactada para uma mesma espessura, produzindo uma barreira física que impede a absorção de água capilar. Os demais tratamentos não obtiveram diferença estatística significativa. Os ensaios físicos de massa específica, absorção de água durante 2 horas, inchamento em espessura (2 e 24 horas), não diferiram estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (α = 0,05). Para as propriedades de resistência à flexão estática e a resistência ao arrancamento de parafusos, também não foram observadas diferenças significativas, indicando que a termorretificação não alterou as propriedades de resistência dos painéis.

Efeito do tratamento térmico na estabilidade dimensional de painéis aglomerados comerciais

Wandscheer RB, Mühl M, Serenini Junior L, Rissi NT, Bressan J, Melo RR,

Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Sinop, MT, Brasil.

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Imagens e Tabelas

0-0 6-160 12-160 6-180 12-180

0.00

0.50

1.00

1.50

2.00

2.50

3.00

3.50

2,37 a

2,92 a

2,58 a 2,55 a2,75 a

Tempo-Temperatura (min - oC)

Inch

amen

to e

m Es

pess

ura a

s 2h

(%)

Figura 3 - Valores médios de inchamento em espessura para 2 horas. Valores com a mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (α = 0,05).

0-0 6-160 12-160 6-180 12-1809.80

10.00

10.20

10.40

10.60

10.80

11.00

11.20

10,96 a 10,96 a11,02 a

10,28 a

10,70 a

Tempo-Temperatura (min - oC)

Inch

amen

to e

m Es

pess

ura a

s 24h

(%)

Figura 4 - Valores médios de inchamento em espessura para 24 horas.Valores com a mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (α = 0,05).

0-0 6-160 12-160 6-180 12-18025

29

33

37

41

45

39,22 a

34,21 ab

37,12 ab

30,87 b

33,97 ab

Tempo-Temperatura (min - oC)

Abso

rção

de

Água

as 2

4h (%

)

Figura 2 - Valores médios de absorção de água (Ab) no período de 24 horas. Valores com a mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (α = 0,05).

0-0 6-160 12-160 6-180 12-1804.00

4.40

4.80

5.20

5.60

6.00

6.40

6.80

6,05 a 5,95 a

5,64 a 5,68 a

6,11 a

Tempo-Temperatura (min - oC)

Abso

rção

de

Água

as 2

h (%

)

Figura 1 - Valores médios de absorção de água (Ab) no período de 2 horas. Valores com a mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey(α = 0,05).

Efeito do tratamento térmico na estabilidade dimensional de painéis aglomerados comerciais

Wandscheer RB, Mühl M, Serenini Junior L, Rissi NT, Bressan J, Melo RR,

Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Sinop, MT, Brasil.

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Tratamentos(min. – °C)

APKgf

0-0 73,78 a6-160 65,24 a

12-160 71,99 a6-180 66,36 a

12-180 68,76 a

Tabela 1 - Valores médios de resistência ao arrancamento de parafusos (AP). Valores com a mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (α = 0,05).

Tratamentos(min. – °C)

MORMPa

MOE Mpa

0-0 10,89a 1735,60 a6-160 11,37a 1771,40 a

12-160 11,39a 1759,92 a6-180 10,80a 1724,02 a

12-180 10,84a 1721,37 a

Tabela 2 - Valores médios do módulo de ruptura (MOR) e módulo de elasticidade (MOE). Valores com a mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (α = 0,05).

Efeito do tratamento térmico na estabilidade dimensional de painéis aglomerados comerciais

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Discussão e Conclusão A termorretificação nas amostras, por não terem apresentado

resultados significativos, mostram que, para obter resultados positivos para o inchamento higroscópico e residual, deve ser aumentado a temperatura e tempo de tratamento, para que ocorra a degradação de seu constituinte mais hidrofílico, as hemiceluloses e assim tenha possivelmente um aumento na estabilidade dimensional.

Conclui-se também, que os tratamentos térmicos não alteraram significativamente as propriedades de resistência do painel. Provavelmente as temperaturas ou o tempo de permanencia na estufa ultilizadas nos ensaios, não foram expressivas para que esta propriedade sofresse alterações significativas.

Referências ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14810: Chapas de madeira aglomerada. 2006. 51 p.

______. ASTM D – 1037. Standard test methods for evaluating properties of wood-based fiber and particle panel materials. Annual Book of ASTM Standards, Philadelphia, 1998.

BIAZUS, A.; HORA, A. B.; LEITE, B. G. P.;Panorama de mercado: painéis de madeira. Disponívelem: http://www.abipa.org.br/Panorama_do_mercado_de_paineis_de_madeira.pdf Acesso em: 03/06/14.

DEL MENEZZI, C.H.S. Estabilização dimensional por meio do tratamento térmico e seus efeitos sobre as propriedades de painéis de partículas orientadas (OSB). 2004. 226f. Tese (Doutorado em Engenharia Florestal) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2004.

Efeito do tratamento térmico na estabilidade dimensional de painéis aglomerados comerciais

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Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Sinop, MT, Brasil.

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Título do Trabalho: Caracterização do resíduo da soja para produção de painéis reconstituídos. Autores: Evelyn Hoffmamm Martins1; José Benedito Guimaraes Junior 2; Thiago de Paula Protásio³; Ketlin Borges Ferreira4; Rafael Farinassi Mendes5

Instituição: Universidade Federal de Goiás - UFG

Introdução Na produção de painéis reconstituídos qualquer fonte de fibra lignocelulósica pode se constituir em fonte de matéria-prima para confecção de painéis, porém, quando se impõem padrões de qualidade ou características especiais, há uma restrição considerável no número de matérias-primas disponíveis (IWAKIRI, 2005)

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Material e Métodos A matéria-prima em questão trata-se de resíduos do beneficiamento da soja da safra de 2014/2015, de uma cooperativa de agricultores COMIVA localizados na cidade de Mineiros-GO. Para tanto, foram analisados: (A) densidade básica de acordo com a norma NBR 11941 (2003), (B) densidade a granel (NBR 6922), (C) teor de umidade (método gravimétrico, ABNT MB-26/40) e (D) teor de extrativos totais (NBR 7987 T204 om-88).

Título do Trabalho: Caracterização do resíduo da soja para produção de painéis reconstituídos. Autores: Evelyn Hoffmamm Martins1; José Benedito Guimaraes Junior 2; Thiago de Paula Protásio³; Ketlin Borges Ferreira4; Rafael Farinassi Mendes5

Instituição: Universidade Federal de Goiás - UFG

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Resultados Mediante os resultados, quanto às propriedades físicas avaliadas, observou valores médios de 0,26 g/cm³ para densidade básica, 0,170 g/cm³ para densidade a granel e 9,5% de teor de umidade. Em relação à propriedade química o valor médio encontrado foi de 26,7% de teor de extrativos totais.

Título do Trabalho: Caracterização do resíduo da soja para produção de painéis reconstituídos. Autores: Evelyn Hoffmamm Martins1; José Benedito Guimaraes Junior 2; Thiago de Paula Protásio³; Ketlin Borges Ferreira4; Rafael Farinassi Mendes5

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Catego

ria 1

Catego

ria 2

Catego

ria 3

Catego

ria 4

0123456

Série 1Série 2Série 3

Título do Trabalho: Caracterização do resíduo da soja para produção de painéis reconstituídos. Autores: Evelyn Hoffmamm Martins1; José Benedito Guimaraes Junior 2; Thiago de Paula Protásio³; Ketlin Borges Ferreira4; Rafael Farinassi Mendes5

Instituição: Universidade Federal de Goiás - UFG

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Discussão e ConclusãoOs resultados das avaliações de propriedades físicas e química do resíduo da soja são tecnicamente viáveis para produção de painéis reconstituídos.

Referências ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. Conjunto de Normas sobre resíduos. NBR 10004, NBR 10005, NBR 10006, NBR 10007. Resíduos Sólidos. Classificação. Procedimentos. Amostragem. Rio de Janeiro: 2004.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14810-3: Chapas de madeira aglomerada - métodos de ensaio. São Paulo, 2006.

IWAKIRI, S. Painéis de madeira. Curitiba: FUPEF, 2005. 247 p.

Título do Trabalho: Caracterização do resíduo da soja para produção de painéis reconstituídos. Autores: Evelyn Hoffmamm Martins1; José Benedito Guimaraes Junior 2; Thiago de Paula Protásio³; Ketlin Borges Ferreira4; Rafael Farinassi Mendes5

Instituição: Universidade Federal de Goiás - UFG