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� Introdução.
� Equilíbrio térmico.
� Temperatura.
� Medidas de temperatura.
Conceitos Fundamentais
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
� Escopo da Termodinâmica:
� A termodinâmica diz respeito ao estudo das propriedades
macroscópicas dos corpos a partir de leis fundamentais
também macroscópicas.
� As leis e propriedades termodinâmicas não necessitam
de referência à constituição da matéria. Entretanto, elas
adquirem maior compreensão se pudermos recorrer à
constituição da atômica da matéria.
Introdução
Termodinâmica, Mário J. de Oliveira
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
� Um sistema é definido como uma região restrita do espaço ou uma
porção finita de matéria sobre a qual uma dada análise será conduzida.
� sistema é separado de sua vizinhança por uma fronteira, que pode ser
real ou imaginária, fixa ou móvel.
� O sistema pode interagir com sua vizinhança por meio de troca de
energia, matéria, momento linear, etc.
Introdução
http://web.mit.edu/16.unified/www/FALL/thermodynamics/notes/node11.html
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
� Descrição macroscópica de um sistema:
� Envolve características ou propriedades em grande escala, com uso
de coordenadas macroscópicas.
� Não há hipóteses especiais sobre a estrutura da matéria constituinte
do sistema.
� Um número pequeno de coordenadas são necessárias para uma
descrição completa.
� As coordenadas necessárias são sugeridas pelas percepções
sensoriais do observador.
� As coordenadas macroscópicas podem em geral ser diretamente
medidas.
Introdução
Heat and Thermodynamics, ZemanskyESCOPO DA TERMODINÂMICA
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
� Exemplo de descrição macroscópica:
Introdução
Cilindro contendo mistura gasosa(como em um motor de automóvel):
Coordenadas macroscópicas:
• Composição.
• Volume.
• Pressão.
• Temperatura.
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
� Descrição microscópica de um sistema:
� O sistema é descrito como consistindo de um número muito grande de
moléculas, cada uma delas capaz de ocupar um estado com energia bem
definida.
� São construídas hipóteses sobre a estrutura da matéria constituinte do
sistema.
� Um número grande de coordenadas microscópicas são necessárias para uma
descrição completa.
� As coordenadas necessárias não são sugeridas pelas percepções sensoriais
do observador.
� As coordenadas microscópicas não podem em geral ser diretamente medidas.
� Valores médios das coordenadas microscópicas para um número muito grande
de moléculas são em geral relacionados às coordenadas macroscópicas.
Introdução
Heat and Thermodynamics, Zemansky
ESCOPO DA MECÂNICA ESTATÍSTICA e da TEORIA CINÉTICA
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
� Exemplo de descrição microscópica:
Introdução
Teoria cinética de um gás ideal:
Coordenadas microscópicas:
• Posição de cada molécula.
• Velocidade de cada
molécula.
• Energia cinética de cada
molécula.
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
� Exemplo – pressão:
� Definição macroscópica: força exercida por unidade de área.
� Pode ser diretamente percebida com os nossos sentidos.
� Pode ser diretamente medida.
� Interpretação microscópica: a pressão corresponde à média da taxa temporal
de transferência de momento linear devida a todas as colisões que ocorrem
em uma unidade de área.
Introdução
Heat and Thermodynamics, Zemansky
�A descrição microscópica necessita
de hipóteses fundamentais sobre a
existência de moléculas, seus
movimentos, as interações entre
elas, etc.
�O conceito de pressão já era
conhecido muito antes de qualquer
teoria sobre a constituição da
matéria.
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
� Coordenadas termodinâmicas:
� Quantidades macroscópicas relacionadas ao estado interno de um
sistema.
� São determinadas pelos experimentos.
� O objetivo central da termodinâmica é determinar relações gerais
entre as coordenadas termodinâmicas de forma consistente com as
leis fundamentais da termodinâmica.
� Um sistema descrito em termos de coordenadas termodinâmicas é
chamado de sistema termodinâmico.
� Em Engenharia: gases, misturas, etc.
� Em Química: células elétricas, filmes, etc.
� Em Física: fios tensionados, termopares, materiais magnéticos, etc.
Introdução
Heat and Thermodynamics, Zemansky
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
� Coordenadas termodinâmicas - exemplos:
Introdução
Heat and Thermodynamics, Zemansky
Sistema hidrostático: pressão, volume,
temperatura.
Fio tensionado: tensão no fio, comprimento do fio,
temperatura.
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
� Coordenadas termodinâmicas - exemplos:
Introdução
Heat and Thermodynamics, Zemansky
Célula elétrica: força eletromotriz, carga,
temperatura.
Sólido paramagnético: campo magnético,
magnetização, temperatura.
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
� O que é temperatura?
� Grau de agitação molecular de um material.
O conceito de temperatura
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
� Qual a definição macroscópica de temperatura?
� Como se mede a temperatura?
� Noções fundamentais:
� Percepção de quente ×××× frio.
� Equilíbrio térmico.
??????
http://en.wikipedia.org/wiki/Temperature
� Estado de equilíbrio: valores constantes e bem definidos das
coordenadas termodinâmicas.
� Paredes adiabáticas (isolantes): permitem que sistemas em contato
mantenham estados de equilíbrio independentes um do outro.
� Paredes diatérmicas (condutoras): os sistemas em contato irão alterar
suas coordenadas até atingir um estado de equilíbrio comum.
Equilíbrio térmico
Heat and Thermodynamics, Zemansky
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
� Equilíbrio térmico: estado atingido por dois ou mais sistemas
caracterizado pela existência de valores restritos das coordenadas
termodinâmicas dos sistemas, após eles terem permanecido em contato
por meio de uma parede diatérmica.
Equilíbrio térmico
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
� Equilíbrio termodinâmico: equilíbrio térmico + químico + mecânico.
http://web.mit.edu/16.unified/www/FALL/thermodynamics/notes/node11.html
� Dois sistemas em equilíbrio térmico com um terceiro
necessariamente estão em equilíbrio térmico entre si.
� Princípio de operação dos termômetros.
“Lei Zero” da Termodinâmica:
Heat and Thermodynamics, Zemansky
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
� Estado de equilíbrio: conjunto de valores das coordenadas termodinâmicas
independentes para um sistema em equilíbrio termodinâmico.
� Pares (P,V) ou (F,L) ou (X,Y), por exemplo.
� Isoterma: lugar geométrico de todos os pontos representando estados para os
quais um sistema está em equilíbrio térmico com um dado estado de um outro
sistema.
O conceito de temperatura
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
Heat and Thermodynamics, Zemansky
� Os sistemas em equilíbrio térmico têm algo em comum…
� A temperatura de um sistema é uma propriedade (macroscópica!)
que determina se o sistema está ou não em equilíbrio térmico com
outros sistemas.
� Existe uma função de cada conjunto das coordenadas
termodinâmicas e os valores dessa função são iguais quando os
sistemas estão em equilíbrio térmico.
� Temperatura empírica (equações das isotermas):
O conceito de temperatura
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
( , ) ( , ) ( , )A B Ct h Y X h Y X h Y X′ ′ ′′ ′′= = =
Heat and Thermodynamics, Zemansky
� Termômetro: sistema padrão com coordenadas (X,Y) de “fácil”
medição.
� Propriedade termométrica: X.
� Função termométrica: θ(X)
� Isotermas tomadas para Y = constante.
Medida de temperatura
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
Heat and Thermodynamics, Zemansky
Medida de temperatura
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
( constan( te) )X aX Y= =θ
Heat and Thermodynamics, Zemansky
1 1
2 2
( )
( )
X X
X X=
θ
θ
Medida de temperatura
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
Termômetro de resistência de platina
Termopar
Medida de temperatura
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
Termômetro de gás com volume constante
Heat and Thermodynamics, Zemansky
� Ponto fixo padrão da termometria: água pura no ponto triplo.
� Ponto triplo: estado de coexistência em equilíbrio das fases sólido, líquido e vapor.
Medida de temperatura
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
Thermodynamics…, Sears & Salinger
3( ) 273,16 KX ≡θ
3 3
( )
( )
X X
X X=
θ
θ3
(273,16 K)( )X
XX
= ⋅θ
Comparação entre termômetros
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
3
(273,16 K)( )P
PP
= ⋅θTermômetro de gás com volume constante:
3
(273,16 K( ) )R
RR
′′ = ⋅
′θTermômetro de resistência de platina:
3
(273,16 K)ε
(ε)ε
= ⋅θTermopar:
� As medidas de temperatura (em pontos fixos, por exemplo)
realizadas com diferentes termômetros podem ser comparadas?
Heat and Thermodynamics, Zemansky
Comparação entre termômetros
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
Heat and Thermodynamics, Zemansky
� As medidas de temperatura (em pontos fixos, por exemplo) realizadas com
diferentes termômetros não são coincidentes…
� Mas os termômetros de gás em baixas pressões fornecem leituras próximas…
Medida de temperatura
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
Termômetro de gás com volume constante
Heat and Thermodynamics, Zemansky
Temperatura na escala de gás ideal
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
Heat and Thermodynamics, Zemansky
� Temperaturas independentes da escolha
do gás.
� Definição consistente com a temperatura
termodinâmica (T).
� Temperatura Kelvin ou temperatura
absoluta.
3 03
( ) l(273,16 K) imP
PP
P→
= ⋅
θ
� Definição macroscópica de temperatura: propriedade
que determina se o sistema está ou não em equilíbrio
térmico com outros sistemas.
� Escolha um sistema com coordenadas termodinâmicas
convenientes (X,Y).
� Escolha uma propriedade termométrica: X.
� Tome uma série de isotermas tomadas para Y = constante.
� Defina uma função termométrica: θ(X) = aX.
� O coeficiente a é determinado pela escolha de um ponto fixo
(com coordenada Xfixo) e de um valor arbitrário para θ(Xfixo).
Medida de temperatura - resumo
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
� Escolhas convencionais:
� Ponto fixo: ponto triplo da água.
� Valor arbitrário de temperatura: θ(X3) = 273,16 K.
� Termômetro: gás com volume constante em baixas pressões
(limite de gás ideal).
� Propriedade termométrica: pressão no limite de gás ideal.
Medida de temperatura - resumo
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
3 03
( ) l(273,16 K) imP
PP
P→
= ⋅
θ
Medidas práticas de temperatura
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
� Escala Celsius de temperatura: t (°C) = θ (K) – 273,15 .
� Pontos fixos práticos:
� Pontros triplos.
� Pontos normais de fusão (NMP).
� Pontos normais de ebulição (NBP).
� Temperaturas de outras transições físico-químicas (mudanças de
fases, transições magnéticas, etc.
� Termômetros práticos:
� Resistência elétrica (platina, por exemplo).
� Termopar (de Pt-Pt/Rh, por exemplo).
� Fórmulas de interpolação.
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
Medidas práticas de temperatura
Heat and Thermodynamics, Zemansky
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
Termopar de Pt-Pt/Rh:
Medidas práticas de temperatura
2
0(1 )( )PtR R Bt At t+ +′ =
Faixa típica: –250 a 1200°C
Termômetro de resistência de platina:
2 3( ) a bt dt ct t= + + +ε
Faixa típica: 0 a 1600°C
Escala prática internacional de temperatura
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
H. Preston-Thomas, The International Temperature Scale of 1990, Metrologia 27, 3-10 (1990)
� Convenções internacionais para atribuir valores de temperatura (em K
ou °C) a pontos fixos e fórmulas de interpolação entre esses pontos.
� Mais atual: International Temperature Scale of 1990 (ITS-90).
� Anteriores: ITPS-68, ITPS-45, ITPS-27.
Escala prática internacional de temperatura
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
H. Preston-Thomas, The International Temperature Scale of 1990, Metrologia 27, 3-10 (1990)
Escala prática internacional de temperatura
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
H. Preston-Thomas, The International Temperature Scale of 1990, Metrologia 27, 3-10 (1990)
Teste 01:
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES
� Data: Terça-feira, 17/08/2010.
� Problemas:
� Zemansky: 1.1 a 1.5.
� Sears / Salinger: 1.9, 1.11, 1.13 e 1.14.
Bibliografia e links sugeridos:
� “Calor e Termodinâmica”, M. W. Zemansky, 5a ed., Guanabara Dois, Rio de
Janeiro, 1978.
� “Termodinâmica, Teoria Cinética e Termodinâmica Estatística”, F. W. Sears
& G. L. Salinger. Guanabara Dois, Rio de Janeiro, 1979.
� “Curso de Física Básica. Vol. 2”, Moisés Nussenzveig, Edgar Blücher, 1996.
� “The International Temperature Scale of 1990”, H. Preston-Thomas,
Metrologia 27, 3-10 (1990).
� http://web.mit.edu/16.unified/www/FALL/thermodynamics/notes/node9.html.
� http://en.wikipedia.org/wiki/Thermodynamic_temperature#History.
Termodinâmica – 2010/02 Prof. Jair C. C. Freitas –Depto. de Física / UFES