12
Boletim j Manual de Procedimentos Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico Veja nos Próximos Fascículos a Contribuição sindical - Empregadores organizados em empresas a Comentários sobre a contribuição sindical patronal das microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional a Lançamento e cobrança das contribuições sindicais rurais Legislação Trabalhista e Previdenciária Fascículo N o 01/2015 / a Trabalhismo Pagamento da 1ª parcela por ocasião das férias 01 / a Segurança e Saúde no Trabalho Entrega do mapa de avaliação anual de acidentes do trabalho até 31 de janeiro 02 / a IOB Setorial Saúde Práticas integrativas e complementares à saúde bucal 05 / a IOB Comenta Dispensa de empregado sem justo motivo - Aviso-prévio proporcio- nal trabalhado - Controvérsia 08 / a IOB Perguntas e Respostas Serviço especializado em engenharia de segurança e em medicina do trabalho (SESMT) Dimensionamento 10 Manutenção - Obrigatoriedade 10 Profissionais integrantes 10 Profissionais integrantes - Exercício de outras atividades na empresa - Proibição 10 Registro - Acidentes 10

IOB - Legislação Trabalhista - nº 01/2015 - 1ª Sem Janeiro › bol_on › ct › capas › cct01_15.pdfBoletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 CT01-01

  • Upload
    others

  • View
    9

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: IOB - Legislação Trabalhista - nº 01/2015 - 1ª Sem Janeiro › bol_on › ct › capas › cct01_15.pdfBoletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 CT01-01

Boletimj

Manual de Procedimentos

Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico

Veja nos Próximos Fascículos

a Contribuição sindical - Empregadores organizados em empresas

a Comentários sobre a contribuição sindical patronal das microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional

a Lançamento e cobrança das contribuições sindicais rurais

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Fascículo No 01/2015

/a TrabalhismoPagamento da 1ª parcela por ocasião das férias . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a Segurança e Saúde no TrabalhoEntrega do mapa de avaliação anual de acidentes do trabalho até 31 de janeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02

/a IOB Setorial

SaúdePráticas integrativas e complementares à saúde bucal . . . . . . . . . . . 05

/a IOB ComentaDispensa de empregado sem justo motivo - Aviso-prévio proporcio-nal trabalhado - Controvérsia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08

/a IOB Perguntas e Respostas

Serviço especializado em engenharia de segurança e em medicina do trabalho (SESMT)Dimensionamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

Manutenção - Obrigatoriedade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

Profissionais integrantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

Profissionais integrantes - Exercício de outras atividades na empresa - Proibição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

Registro - Acidentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

Page 2: IOB - Legislação Trabalhista - nº 01/2015 - 1ª Sem Janeiro › bol_on › ct › capas › cct01_15.pdfBoletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 CT01-01

© 2015 by IOB | SAGE

Capa:Marketing IOB | SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB | SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Legislação trabalhista e previdenciária : entrega do mapa de avaliação anual.... -- 11. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic EBS - SAGE, 2015. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2330-6

1. Previdência social - Leis e legislação - Brasil 2. Trabalho - Leis e legislação - Brasil I. Série.

CDU-34:368.4(81)(094)14-13239 -34:331(81)(094)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Leis : Previdência social : Direito previdenciário 34:368.4(81)(094) 2. Leis trabalhistas : Brasil 34:331(81)(094)

Page 3: IOB - Legislação Trabalhista - nº 01/2015 - 1ª Sem Janeiro › bol_on › ct › capas › cct01_15.pdfBoletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 CT01-01

Manual de ProcedimentosLegislação Trabalhista e Previdenciária

Boletimj

01-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 CT

Pagamento da 1ª parcela por ocasião das férias

Todos os empregados - urbanos, rurais ou domés-ticos -, bem como os trabalhadores avulsos, têm direito ao recebimento do 13º salário, independentemente da remuneração a que fizerem jus.

O 13º salário é pago, nos termos da legislação em vigor, em duas parcelas, sendo a 1ª paga entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, e a 2ª, até 20 de dezembro.

Contudo, o empregado pode receber a 1ª parcela do 13º salário por ocasião das férias, desde que a solicite ao empregador durante o mês de janeiro do cor-

respondente ano, ou seja, até o dia 31 desse mês (Lei nº 4.749/1965, art. 2º, § 2º; Decreto nº 57.155/1965, art. 4º).

Cabe lembrar que o adiantamento da 1ª parcela, por ocasião das férias, somente é possível quando estas são gozadas entre os meses de fevereiro e novembro (Lei nº 4.749/1965, art. 2º, caput).

Ressalte-se que o documento coletivo de trabalho da respectiva categoria profissional poderá firmar prazo diverso do aqui descrito, razão pela qual a empresa deverá consultá-lo antecipadamente.

A 1ª parcela do 13º salário corresponde a 50% da remuneração recebida no mês anterior, nesse caso, ao gozo de férias (Lei nº 4.749/1965, art. 2º, caput).

Segue modelo do formulário:

a Trabalhismo

(Lei nº 4.749/1965, art. 2º, § 2º; Decreto nº 57.155/1965, arts. 3º e 4º)N

Page 4: IOB - Legislação Trabalhista - nº 01/2015 - 1ª Sem Janeiro › bol_on › ct › capas › cct01_15.pdfBoletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 CT01-01

01-02 CT Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

Entrega do mapa de avaliação anual de acidentes do trabalho até 31 de janeiro SUMÁRIO 1. Introdução 2. Acidentes com vítima 3. Doenças ocupacionais 4. Insalubridade 5. Acidentes sem vítima

1. InTrodução

Compete aos profissionais integrantes dos Serviços Espe-cializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), entre outras funções, registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade, preenchendo, no mínimo, os quesitos descritos nos modelos de mapas constantes dos Quadros III, IV, V e VI da Norma Regu-lamentadora nº 4 (NR 4).

Notas(1) O SESMT é integrado por engenheiro de segurança do trabalho,

médico do trabalho, enfermeiro do trabalho, auxiliar de enfermagem do tra-balho e técnico de segurança do trabalho.

(2) As empresas privadas e públicas devem manter os SESMT confor-me o grau de risco da atividade principal e o número total de empregados existentes no estabelecimento. A finalidade é promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. Veja Quadro II da NR 4, com redação da Portaria SSMT nº 34/1987 (dimensionamento dos SESMT - número de técnicos de acordo com a quantidade de empregados do es-tabelecimento).

A empresa deve encaminhar mapas com ava-liação anual dos citados dados, até 31 de janeiro de cada ano, ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), conforme item 4.12, letra “i”, da NR 4, aprovada pela Portaria MTb nº 3.214/1978, na redação da Portaria SSMT nº 33/1983.

Para preenchimento dos mapas, segundo escla-rece o órgão próprio do MTE, em Brasília, deve-se observar o descrito a seguir.

2. AcIdEnTES coM víTIMA

Quadro III

- Nº ABSOLUTO: Número de empregados acidentados.- Nº ABSOLUTO C/ AFASTAMENTO < 15 DIAS: Afastamentos iguais ou inferiores a 15 dias

NotaConsidera-se “afastamento” a ausência por jornada integral de tra-

balho.

- Nº ABSOLUTO C/ AFASTAMENTO >15 DIAS: afastamento superiores a 15

- Nº ABSOLUTO SEM AFASTAMENTO: núme-ro de empregados que retornaram ao

serviço no mesmo dia ou no dia seguinte ao do afastamento

(perda parcial da jornada de trabalho).

- ÍNDICE RELATIVO/TOTAL DE EMPREGADOS: resul-tado da divisão do número de acidentes pelo número total de empregados do estabelecimento, multipli-cados por 100.

Fórmula:

Ind Rel / Total Empr =nº acidentes

x 100nº empregados

- DIAS/HOMEM PERDIDOS: resultado obtido da divisão do total de horas não trabalhadas por empregados acidentados pelo número de horas correspondentes à jornada normal de trabalho da empresa.

- TAXA DE FREQUÊNCIA: aplicar a seguinte fórmula:

Taxa de frequência =N x 1.000.00

, sendoH

N = número de acidentes com lesão ou núme-ro absoluto do quadro;

H = homens/hora de exposição ao risco. Pro-duto da multiplicação desse número de empregados pela jornada de trabalho normal da empresa vezes o número de dias úteis do ano (variável);

1.000.000 = constante da fórmula.- ÓBITOS: mencionar o respectivo número.- ÍNDICE DE AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE: divi-

são do número de dias/homem perdidos pelo número de acidentes com lesão ou número absoluto do quadro.

a Segurança e Saúde no Trabalho

Os mapas com a avaliação anual dos

dados atualizados relativos a acidentes do trabalho, doenças

ocupacionais e agentes insalubres verificados na empresa devem ser

encaminhados pelo SESMT ao órgão regional do MTE até

31 de janeiro

Page 5: IOB - Legislação Trabalhista - nº 01/2015 - 1ª Sem Janeiro › bol_on › ct › capas › cct01_15.pdfBoletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 CT01-01

01-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

WExemploDEm oficina de empresa com a média anual de 200 empregados e jornada diária de 7 horas e 20 minutos,

ocorrem acidentes com 4 empregados:1º) ferimento leve que o impede de trabalhar parte do dia do acidente (4 horas);2º) afastamento por 10 dias;3º) afastamento por 14 dias;4º) ausência por 60 dias.

Quadro III

Acidentes com vítima Data do Mapa .... / .... / ....

Responsável:____________________ Ass.:_______________

Setor nº Nº absoluto

Nº absoluto c/ afastamento

≤ 15 dias

Nº absoluto c/ afastamento

> 15 dias

Nº absoluto sem

afastamento

Índice relativo/total de

empregados (1)

dias/homem perdidos (2)

Taxa de frequência

(3)Óbitos

Índice de avaliação da gravidade (4)

Oficina 04 02 01 01 02 84,5455 8,8837 0 21,1364

Total do estabe-lecimento (200)

04 02 01 01 02 84,5455 8,8837 0 21,1364

Demonstrativo de cálculo:

(1) Índice relativo/total de empregados:

nº de acidentesx 100 ⇒

4x 100 = 2

nº de empregados 200

(2) Dias/homem perdidos:

Total de horas não trabalhadas pelos empregados acidentados ⇒Jornada normal de trabalho da empresa

(1 x 4h) + (10 x 7h e 20min) + (14 x 7h e 20min) + (60 x 7h e 20min) ⇒7h e 20min

Obs.: Para facilidade de cálculo, substituir a jornada diária normal pelo seu valor equivalente em número decimal, ou seja:

7h e 20min = 7,3333

=

dias 6semanais44h 7,3333 20min e7h

44h semanais

=

dias 6semanais 44h 7,3333 20min e 7h

6 dias

(1 x 4h) + (10 x 7h e 20min) + (14 x 7h e 20min) + ( 60 x 7h e 20min) ⇒7h e 20min

(1 x 4) + (10 x 7,3333) + (14 x 7,3333) + (60 x 7,3333) ⇒7,3333

4 + 73,333 + 102,6662 + 439,998 ⇒7,3333

619,9972≅ 84,5455

7,3333

(3) Taxa de frequência:

nº de acidentes com lesão ou nº absoluto do quadro x 1.000.000 ⇒nº de empregados x jornada normal de trabalho x

nº de dias úteis do ano

4 x 1.000.000⇔

4 x 1.000.000200 x 7h 20 min x 307(*) 200 x 7,3333 x 307(*)

4.000.000≅ 8,8837

450.264,62

(*) 307 dias úteis em 2014

Nota

Neste exemplo, para a apuração dos 307 dias úteis em 2014, excluí-mos os domingos, os feriados nacionais e a Sexta-Feira da Paixão. Contudo, as empresas devem observar, também, os demais feriados municipais e es-taduais da respectiva região.

(4) Índice de avaliação da gravidade:

nº de dias/homem perdidos ⇒nº de acidentes c/ lesão ou nº absoluto do quadro

⇒84,5455

≅ 21,13644

Page 6: IOB - Legislação Trabalhista - nº 01/2015 - 1ª Sem Janeiro › bol_on › ct › capas › cct01_15.pdfBoletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 CT01-01

01-04 CT Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

3. doEnçAS ocupAcIonAIS

Quadro IV

Este quadro deve ser preenchido no caso de doenças profissionais adquiridas pelo exercício da atividade.

- TIPO DE DOENÇA: denominação da doença.

- Nº ABSOLUTO DE CASOS: quantidade de em-pregados acometidos.

- SETORES DE ATIVIDADE DOS PORTADORES: local de ocorrência. Exemplo: oficina, labora-tório etc.

- Nº RELATIVO DE CASOS (%/TOTAL DE EM-PREGADOS): estabelecer a relação proporcio-nal entre o total de empregados e o número de casos de incidência da moléstia.

Por regra de 3 simples, tem-se:A_______________________100%B_______________________x

⇒ B x 100% ⇒ x = B x 100 %onde:

A x X A

A = nº total de empregados;B = nº absoluto de casos; eX = nº proporcional a se apurado.

- Nº DE ÓBITOS: quando ocasionados pela doença.

- Nº DE TRABALHADORES TRANSFERIDOS PARA OUTRO SETOR: empregados transferi-dos para outras seções, por motivo de saúde.

- Nº DE TRABALHADORES DEFINITIVAMENTE INCAPACITADOS: empregados aposentados por invalidez causada pela doença.

WExemploDEm oficina de empresa, com a média anual de 200 empregados, do ramo de porcelana esmaltada por

decomposto de chumbo, 2 trabalhadores contraem pneumoconiose, dos quais um se aposenta por invalidez.

Quadro IVDoenças Ocupacionais Data do Mapa .... / .... / ....

Responsável: ___________________________ Ass.: ________________

Tipo de doença Nº absoluto de casos

Setores de atividade dos portadores (*)

Nº relativo de casos(%/total de empregados) Nº de óbitos

Nº de trabalhadores transferidos para

outro setor

Nº de trabalhadores definitivamente incapacitados

Pneumoconiose 2 Setor oficina 1% (**) 0 0 1

(*) Codificar no verso. Por exemplo: 1 - setor embalagens; 2 - setor montagem(**) Demonstrativo de cálculo:

200_______________________________100%2 ________________________________x

⇒ x =2 x 100

⇒200

⇒ x = 1200 200

4. InSAluBrIdAdE

Quadro V

São identificados os agentes insalubres.- SETOR: local onde existe o agente.- AGENTES IDENTIFICADOS: causadores da

insalubridade. Mencionam-se os agentes quí-micos ou físicos, tais como ruído, chumbo, ca-lor, frio etc.

- INTENSIDADE OU CONCENTRAÇÃO: grau de insalubridade - máximo, médio ou mínimo, conforme o caso.

Se a avaliação puder ser feita por meio de aparelho de medição, coloca-se o número corres-pondente à leitura.

WExemploD

90 dB (grau de ruído medido por decibelí-metro).

- Nº DE TRABALHADORES EXPOSTOS: número de empregados do setor.

Com base no exemplo anterior, tem-se:

Page 7: IOB - Legislação Trabalhista - nº 01/2015 - 1ª Sem Janeiro › bol_on › ct › capas › cct01_15.pdfBoletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 CT01-01

01-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

Quadro V

Insalubridade Data do Mapa .... / .... / ....

Responsável:_______ Ass.:________________Setor agentes identificados Intensidade ou concentração Nº de trabalhadores expostos

Oficina Chumbo Grau médio 200

5. AcIdEnTES SEM víTIMA

Quadro VI

Refere-se à estatística dos acidentes do trabalho na empresa.

- SETOR: local de trabalho onde ocorreu o aci-dente.

- Nº DE ACIDENTES: acidentes ocorridos no pe-ríodo.

- PERDA MATERIAL AVALIADA: custo total da pa-ralisação provocada pelo acidente, incluindo pagamento ao empregado (até 15 dias), re-paro de máquina (se houve quebra), prejuízos

causados à produção pela paralisação. Inserir número inteiro que represente em milhares de reais (R$) o valor avaliado. Despreza-se a fra-ção de milhar, se houver.

ACID. SEM VÍTIMAACID. COM VÍTIMA

Demonstra-se em forma de fração ordinária, com o número de empregados acidentados sem afasta-mento do trabalho sobre o número de empregados acidentados com afastamento.

- TOTAL DO ESTABELECIMENTO: número total de empregados.

WExemploDAproveitando o enunciado do Quadro III, tem-se:

Quadro VI

Acidentes sem vítimas Data do Mapa ..... / ..... / .....

Responsável: ______________________ Ass.: _____________________

Setor Nº de acidentes Perda material avaliada (r$ 1.000,00) acid. s/ vítimaacid. c/ vítima observações (*)

Oficina 4 300 1/3Total do estabelecimento (200) 4 300 1/3

(*) Para observações oportunas da empresa.

(NR 4, aprovada pela Portaria MTb nº 3.214/1978, na redação da Portaria SSMT nº 33/1983, observadas as posteriores altera-ções e informações do MTE em Brasília)

N

a IOB SetorialSaúde

Práticas integrativas e complementares à saúde bucal

1. InTrodução

O Código de Ética Odontológica dispõe que a odontologia é uma profissão que se exerce em be-nefício da saúde do ser humano e da coletividade, sem discriminação de qualquer forma ou pretexto, e que é dever do cirurgião-dentista manter atualizados os conhecimentos profissionais técnicos, científicos

e culturais necessários ao pleno desempenho do exercício profissional.

Com base nessa disposição, o Conselho Federal de Odontologia (CFO), por meio da Resolução CFO nº 82/2008, reconheceu e regulamentou o uso, pelo cirurgião-dentista, de práticas integrativas e comple-mentares à saúde bucal.

2. práTIcAS InTEgrATIvAS E coMplEMEnTArES à SAúdE BucAl - IdEnTIfIcAçãoAs práticas integrativas e complementares à

saúde bucal são as seguintes: acupuntura, fitoterapia, terapia floral, hipnose, homeopatia e laserterapia.

Page 8: IOB - Legislação Trabalhista - nº 01/2015 - 1ª Sem Janeiro › bol_on › ct › capas › cct01_15.pdfBoletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 CT01-01

01-06 CT Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

3. HABIlITAção

Será considerado habilitado pelos Conselhos Federal e Regionais de Odontologia, para as práticas definidas no item 2, o cirurgião-dentista que atender ao disposto na Resolução CFO nº 82/2008.

De posse do certificado, o profissional poderá requerer registro no CFO e inscrição no Conselho Regional de Odontologia (CRO) onde possui inscrição principal.

Os certificados de curso expedidos anterior-mente à Resolução CFO nº 82/2008, por instituição de ensino superior ou entidade registrada no CFO ou estrangeira, de comprovada idoneidade, darão direito à habilitação, desde que o curso atenda ao disposto no referido ato.

3.1 Habilitação específica

Poderá, também, requerer habilitação o cirurgião--dentista que:

a) na data da publicação da Resolução CFO nº 82/2008, comprovar a utilização das práticas identificadas no item 2, há 5 anos dentro dos últimos 10 anos, mediante apresentação da do-cumentação para a devida análise pelo CFO;

b) for aprovado em concurso que deverá abran-ger provas de títulos, escrita e prática-oral, pe-rante comissão examinadora a ser designada pelo CFO.

4. AcupunTurA

A acupuntura consiste na aplicação dos conceitos básicos da medicina tradicional chinesa com um sis-tema de conhecimento, sendo utilizada como método para o tratamento, a prevenção e/ou a manutenção do estado geral de saúde do paciente odontológico, sempre que existirem circunstâncias clínicas das quais haja a participação das estruturas do sistema estomatognático, respeitado o limite de atuação do campo profissional do cirurgião-dentista.

São atribuições do acupunturista em odontologia:

a) atuar multiprofissionalmente, interdisciplinar-mente e transdisciplinarmente na promoção da saúde com base na convicção científica, cidadania, ética e humanização;

b) incorporar a ciência da acupuntura como ins-trumento da arte de curar na prática profissio-nal odontológica;

c) atuar em todos os níveis de atenção à saúde, integrando-se em programas de promoção, ma-

nutenção, prevenção, proteção e recuperação desta, sempre sensibilizados e comprometidos com o ser humano, respeitando-o e valorizando--o, segundo os fundamentos da prática da me-dicina tradicional chinesa e da ciência atual;

d) promover estilos de vida saudáveis, concilian-do as necessidades tanto dos seus pacien-tes quanto as de suas comunidades, atuando como agente de transformação social;

e) desenvolver, participar e aplicar pesquisas e/ou outras formas de produção de conheci-mento, que objetivem a qualificação da práti-ca profissional com base nos pressupostos da medicina tradicional chinesa; e

f) interferir na dinâmica de trabalho institucional, reconhecendo-se como agente desse processo.

Também será habilitado o cirurgião-dentista que apresentar certificado de curso portariado pelo CFO, que atenda às seguintes disposições:

a) que o certificado seja emitido por instituições de ensino superior, entidades especialmente credenciadas junto ao MEC e/ou CFO e enti-dades de classe, sociedades e entidades de acupuntura, devidamente registradas no CFO;

b) que a carga horária mínima do curso seja de 350 horas entre teórica e prática;

c) que o curso seja coordenado por cirurgião--dentista habilitado em acupuntura pelo CFO; e

d) que o corpo docente seja composto por cirur-giões dentistas habilitados na prática de acu-puntura e profissionais da área da saúde com comprovado conhecimento técnico-científico.

5. TErApIA florAl

A terapia floral se define como prática comple-mentar ao bem-estar da saúde, na medida em que consiste no uso de essências florais como método de tratamento, focando a atenção no indivíduo e não na doença. Pode ser usada em qualquer pessoa, de todas as idades, não possuindo contraindicações e nem produzindo interações medicamentosas. Oferece, ainda, uma forma ampla de prevenção e humanização, respeitando o limite de atuação do campo profissional do cirurgião-dentista.

São atribuições do terapeuta floral em odontolo-gia:

a) tratar uma determinada pessoa e uma condi-ção particular;

b) atuar sobre a origem das doenças do sistema estomatognático;

Page 9: IOB - Legislação Trabalhista - nº 01/2015 - 1ª Sem Janeiro › bol_on › ct › capas › cct01_15.pdfBoletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 CT01-01

01-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

c) ter uma visão integral do paciente aliada à ciência e tecnologia, focando a atenção no indivíduo e não na doença, oferecendo uma forma ampla de prevenção e humanização na prática odontológica; e

d) atuar no estado emocional do paciente, facili-tando a prática odontológica.

Também será habilitado o cirurgião-dentista que apresentar certificado de curso portariado pelo CFO, que atenda às seguintes disposições:

a) que o certificado seja emitido por instituições de ensino superior, entidades especialmente credenciadas junto ao MEC e/ou CFO e entida-des de classe, sociedades e entidades de te-rapia floral, devidamente registradas no CFO;

b) que a carga horária mínima do curso seja de 180 horas entre teórica e prática;

c) que o curso seja coordenado por cirurgião-den-tista habilitado em terapia floral pelo CFO; e

d) que o corpo docente seja composto por cirur-giões dentistas habilitados na prática de tera-pia floral e profissionais da área da saúde com comprovado conhecimento técnico-científico.

6. HIpnoSE

A hipnose é uma prática dotada de métodos e técnicas que propiciam aumento da eficácia terapêu-tica em todas as especialidades da odontologia, não necessita de recursos adicionais como medicamentos ou instrumentos e pode ser empregada no ambiente clínico, respeitado o limite de atuação do campo pro-fissional do cirurgião-dentista.

São atribuições do hipnólogo em odontologia:

a) tratar e/ou controlar as ansiedades, os medos e as fobias relacionadas aos procedimentos odontológicos e/ou condições psicossomáti-cas relacionadas à odontologia;

b) condicionar o paciente para a adoção de há-bitos de higiene, adaptação ao tratamento, ao uso de medicamentos, à reeducação alimen-tar, aos hábitos parafuncionais, dentre outros;

c) tratar e controlar distúrbios neuromusculares e intervir sobre reflexos autonômicos;

d) preparar os pacientes para cirurgias, contri-buindo para a melhora do quadro deste;

e) preparar os pacientes para serem atendidos por outros profissionais;

f) atuar na adaptação e motivação direcionada ao tratamento odontológico;

g) utilizar anestesia hipnótica em casos perti-nentes; e

h) utilizar a hipnose em outros processos/situa-ções relacionados ao campo de atuação do cirurgião-dentista.

Também será habilitado o cirurgião-dentista que apresentar certificado de curso portariado pelo CFO, que atenda às seguintes disposições:

a) que o certificado seja emitido por instituições de ensino superior, entidades especialmente credenciadas junto ao MEC e/ou CFO e enti-dades de classe, sociedades e entidades de hipnose, devidamente registradas no CFO;

b) que a carga horária mínima do curso seja de 180 horas entre teórica e prática;

c) que o curso seja coordenado por cirurgião--dentista habilitado em hipnose pelo CFO; e

d) que o corpo docente seja composto por cirur-giões dentistas habilitados na prática de hip-nose e profissionais da área da saúde com comprovado conhecimento técnico-científico.

7. HoMEopATIA

A homeopatia em odontologia tem como objetivo assegurar prática profissional, dotando o cirurgião--dentista de conhecimentos para utilização criteriosa, ética e científica dos conceitos da terapêutica homeo-pática em todas as áreas que apresentem repercussão no sistema estomatognático, respeitado o limite de atuação do campo profissional do cirurgião-dentista.

São atribuições do homeopata em odontologia:

a) motivar o profissional de odontologia no aten-dimento e na busca da saúde integral;

b) diagnosticar, planejar e executar tratamentos homeopáticos, prescrevendo medicamentos específicos;

c) difundir a homeopatia como visão diferencia-da de saúde abrangente e individualizada; e

d) ampliar a relação interdisciplinar, aumentando os campos não só de trabalho, mas também de estudo e pesquisa em todas as áreas da odontologia.

Também será habilitado o cirurgião-dentista que apresentar certificado de curso portariado pelo CFO, que atenda às seguintes disposições:

a) que o certificado seja emitido por instituições de ensino superior, entidades especialmente credenciadas junto ao MEC e/ou CFO e enti-dades de classe, sociedades e entidades de homeopatia, devidamente registradas no CFO;

Page 10: IOB - Legislação Trabalhista - nº 01/2015 - 1ª Sem Janeiro › bol_on › ct › capas › cct01_15.pdfBoletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 CT01-01

01-08 CT Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

b) que a carga horária mínima do curso seja de 350 horas entre teórica e prática;

c) que o curso seja coordenado por cirurgião--dentista habilitado em homeopatia pelo CFO; e

d) que o corpo docente seja composto por ci-rurgiões dentistas habilitados na prática de homeopatia e profissionais da área da saúde com comprovado conhecimento técnico-cien-tífico.

8. lASErTErApIA

A laserterapia em odontologia tem como objetivo capacitar os cirurgiões-dentistas de maneira a asse-gurar a prática profissional de forma ampla e segura, respeitado o limite de atuação do campo profissional do cirurgião-dentista.

São atribuições do habilitado em laserterapia em odontologia:

a) aplicar a interação de luz com os tecidos bio-lógicos (terapia fotodinâmica); e

b) aplicações clínicas dos lasers em alta e baixa intensidade e LED nas diversas áreas da odontologia.

Também será habilitado o cirurgião-dentista que apresentar certificado de curso portariado pelo CFO, que atenda às seguintes disposições:

a) que o certificado seja emitido por instituições de ensino superior, entidades especialmente credenciadas junto ao MEC e/ou CFO e en-tidades de classe, sociedades e entidades de laserterapia, devidamente registradas no CFO;

b) que a carga horária mínima do curso seja de 60 horas entre teórica e prática;

c) que o curso seja coordenado por cirurgião--dentista habilitado em laserterapia pelo CFO; e

d) que o corpo docente seja composto por cirur-giões dentistas habilitados na prática de laser-terapia e profissionais da área da saúde com comprovado conhecimento técnico-científico.

9. pATologIA BucAl

Os cirurgiões-dentistas diretores técnicos dos laboratórios que anunciam/executam serviços de patologia bucal devem garantir estrutura operacional técnica suficiente para realização dos procedimentos diagnósticos na jurisdição em que suas instituições estejam registradas, responsabilizando-se, mesmo que de maneira solidária, pelos resultados emitidos.

(Resolução CFO nº 82/2008)

N

a IOB Comenta

Dispensa de empregado sem justo motivo - Aviso-prévio proporcional trabalhado - Controvérsia

O texto da Lei nº 12.506/2011, que trata do aviso--prévio proporcional ao tempo de serviço, foi sucinto, lacônico, não trazendo os esclarecimentos necessá-rios sobre as várias implicações legais decorrentes da aplicação deste. Daí o surgimento de várias correntes de entendimento acerca do assunto.

Um dos aspectos ainda controvertido relativo à aplicação da lei diz respeito a reciprocidade ou bilateralidade em relação à parcela de acréscimo

proporcional do tempo de serviço incidente no aviso--prévio.

Conforme é de conhecimento, o empregado que for dispensado sem justo motivo tem direito ao aviso--prévio, cabendo ao empregador decidir se este será trabalhado ou indenizado.

A questão imposta é saber se o período traba-lhado pode atingir todo o período do aviso-prévio proporcional ao tempo de serviço ou se o trabalho estará limitado à parcela do aviso de até 30 dias.

Quando o aviso-prévio é superior a 30 dias em virtude do acréscimo da proporcionalidade relativa

Page 11: IOB - Legislação Trabalhista - nº 01/2015 - 1ª Sem Janeiro › bol_on › ct › capas › cct01_15.pdfBoletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 CT01-01

01-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

ao tempo de serviço, o entendimento do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), conforme a Nota Técnica nº 184, é de que a proporcionalidade somente benefi-cia o empregado. Dessa forma, a parte do aviso-prévio a ser trabalhada não poderia superar a 30 dias, sendo que os dias restantes de aviso a que o empregado fizer jus deveriam ser indenizados.

No âmbito doutrinário, a matéria não comporta entendimento pacífico. Alguns doutos alegam que a bilateralidade do contrato se aplica apenas aos primeiros 30 dias do aviso-prévio, após este prazo constitui apenas benefício ao empregado. Nesta situação, em caso de dispensa do empregado, o pe-ríodo excedente aos 30 dias de aviso-prévio deverá ser indenizado. Outros entendem que a bilateralidade deve ser considerada em todo o período do aviso. Portanto, o empregador pode optar por exigir o traba-lho do empregado dispensado durante todo o período do aviso-prévio proporcional.

As decisões judiciais acerca do tema também são controvertidas, conforme se verifica nas seguintes transcrições:

Decisões judiciais favoráveis à possibilidade de exigência de trabalho durante todo o período do aviso-prévio

Agravo de instrumento - revista de revista - Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço - Limitação do período trabalhado a 30 dias - Ausência de violação direta ao dispositivo constitucional mencionado - Arestos inespecí-ficos - Não há qualquer previsão legal que limite o aviso prévio trabalhado em 30 (trinta) dias e obrigue a indeni-zar o período restante. Assim, não há violação LITERAL ao Dispositivo Constitucional apontado (artigo 7º, XXI da Constituição Federal). Ademais, os arestos mencionados são inespecíficos pois deixaram de enfrentar a principal questão jurídica tratada na decisão recorrida (Súmula 296, I do TST). Agravo de instrumento não provido. (TST - AIRR 0106000-65.2013.5.17.0003 - Rel. Des. Min. Conv. Ronaldo Medeiros de Souza - DJe 14.11.2014 - pág. 1966)

Recurso de revista - Aviso prévio trabalhado - Lei nº 12.506/2011 - Consigna o acórdão que o aviso prévio foi corretamente concedido, na forma da Lei nº 12.506/2011, que dispõe sobre a proporcionalidade do respectivo paga-mento, bem como que “não existe amparo jurídico para a tese de que o tempo excedente aos trinta dias de aviso seriam obrigatoriamente indenizados, sem que houvesse qualquer labor nesse período, como pretende o Sindicato autor”. Não se vislumbra, pois, violação dos dispositivos invocados. Recurso de Revista não conhecido. (TST - RR 0067000-25.2013.5.17.0014 - Relª Minª Maria de Assis Cal-sing - DJe 07.11.2014 - pág. 1389)

Aviso prévio proporcional trabalhado por mais de trinta dias - Lei 12.506/11 - Validade - É válida a exigência do empregador para que o empregado trabalhe no pe-ríodo total do aviso prévio proporcional, ainda que por

mais de trinta dias, desde que observe a regra contida no artigo 488 da CLT. (TRT-17ª Região - RO 0151300- -29.2013.5.17.0010 - 3ª Turma - Rel. Des. Carlos Henrique Bezerra Leite - J. 12.05.2014)

Decisões judiciais contrárias à possibilidade de exigência de trabalho durante o período do aviso--prévio superior a 30 dias

...II- Recurso de revista - Sumaríssimo - Ruptura contratual por iniciativa patronal - Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço - Direito exclusivo do empregado - Ausência de bilateralidade - Período proporcional indenizado - Hipó-tese em que o empregado foi dispensado sem justa causa após trabalhar 5 (cinco) anos para reclamada. Diante disso, a reclamada concedeu o aviso prévio trabalhado no prazo de 45 dias com base na Lei 12.506/2011. O reclamante sustenta que trabalhou 15 dias indevidamente em virtude de aplicação equivocada do aviso prévio proporcional, pois este período deve ser somente inde-nizado e não trabalhado, por constituir direito exclusivo do empregado. A Norma Técnica 184/2012 do Ministério do Trabalho consigna que o aviso prévio proporcional é direito exclusivo do trabalhador. A bilateralidade do aviso prévio não se estende no período proporcional, pois não se pode exigir que o empregado permaneça na empresa por mais tempo, impedindo-o de receber logo suas verbas rescisórias, se sujeitando, muitas vezes, a um ambiente de trabalho hostil, com vulnerabilidade a assédios. O Tribunal Regional, ao manter a sentença do Juízo de pri-meiro grau no sentido de que o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço trabalhado, na verdade, beneficiou o empregado viola o art. 7º, XXI, da Constituição Fede-ral . Recurso de revista conhecido e provido. (TST - RR 0001560-92.2012.5.07.0015 - Relª Minª Delaíde Miranda Arantes - DJe 17.10.2014 - pág. 858)

Aviso prévio proporcional trabalhado - Período superior a trinta dias - Invalidade - Lei 12.506/11 - O aviso prévio proporcional tem por destinatário apenas o empregado, pois é um direito fundamental social do trabalhador, e não do empregador. Logo, não se trata de um direito da parte (empregado ou empregador) que pretende resilir o contrato individual de trabalho, mas um direito apenas do empregado. Neste diapasão, considera-se restrita a reciprocidade prevista no inciso II do art. 487 da CLT ao período inicial de 30 dias do aviso prévio, devendo ser indenizado o lapso subsequente, referente aos dias acres-cidos para cada ano de serviço trabalhado na empresa, nos termos da Lei 12.506/2011. (TRT-17ª Região - RO 0185600-26.2013.5.17.0007 - 3ª T. - Rel. Des. Carlos Henri-que Bezerra Leite - J. 06.10.2014)

Considerando a divergência existente, recomen-damos, por medida preventiva, que o empregador, antes de abraçar o entendimento que entender mais coerente, consulte antecipadamente o próprio MTE e a entidade sindical da respectiva categoria profissional, a fim de obter as orientações cabíveis. Recorda-se, por fim, que a decisão final sobre as controvérsias decorrentes da aplicação da Lei nº 12.506/2011 competirá ao Poder Judiciário desde que intentada a competente ação.

N

Page 12: IOB - Legislação Trabalhista - nº 01/2015 - 1ª Sem Janeiro › bol_on › ct › capas › cct01_15.pdfBoletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 CT01-01

01-10 CT Manual de Procedimentos - Jan/2015 - Fascículo 01 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

SeRVIÇO eSPeCIaLIZadO eM eNGeNHaRIa de SeGURaNÇa e eM MedICINa dO

TRaBaLHO (SeSMT)

dimensionamento

1) De que forma os SESMT de uma empresa de-vem ser dimensionados?

O dimensionamento do SESMT vincula-se à grada-ção do risco da atividade principal e ao número total de empregados do estabelecimento, conforme Quadros I e II anexos à Norma Regulamentadora (NR 4), obser-vadas as exceções existentes na mencionada NR 4.

O Quadro I da NR 4, observadas as alterações posteriores, dispõe sobre a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e os correspondentes graus de risco; e o Quadro II determina o dimensio-namento do SESMT conforme o grau de risco da atividade e o número de empregados no estabeleci-mento. Assim, de acordo com seu enquadramento nos mencionados quadros, a empresa deverá verificar se está ou não obrigada a constituir o SESMT e, em caso positivo, no próprio Quadro II, constam o número e os respectivos profissionais que devem integrar o serviço.

(Norma Regulamentadora - NR 4, subitem 4.2 e Quadros I e II, aprovada pela Portaria MTb nº 3.214/1978, com redação dada pelas Portarias SSST nºs 33 e 34/1983)

Manutenção - obrigatoriedade

2) Todas as empresas são obrigadas a manter os SESMT?

São obrigados a manter o SESMT as empresas privadas e públicas e os órgãos públicos da admi-nistração direta e indireta e dos Poderes Legislativo e Judiciário que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), desde que enquadrados no Quadro II da NR 4. Portanto, não são todas as empresas que se encontram obrigadas a constituir o SESMT, mas somente aquelas que se enquadram nas disposições do mencionado quadro. O SESMT tem por finalidade promover a saúde e prote-ger a integridade do trabalhador no local de trabalho.

(NR 4, subitem 4.1, aprovada pela Portaria MTb nº 3.214/1978, com redação dada pelas Portarias SSST nºs 33 e 34/1983)

Profissionais integrantes

3) Quais são os profissionais que integram o SESMT?

Os SESMT devem ser compostos por médico do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho, téc-nico de segurança do trabalho, enfermeiro do traba-lho e auxiliar ou técnico em enfermagem do trabalho, obedecido o Quadro II da NR 4, ou seja, a empresa estará obrigada a contratar ou não esses profissionais, de acordo com a sua atividade e respectivo grau de risco e a quantidade de empregados.

(NR 4, aprovada pela Portaria MTb nº 3.214/1978, subitem 4.4, com redação dada pela Portaria MTE nº 590/2014)

Profissionais integrantes - Exercício de outras atividades na empresa - Proibição

4) O profissional integrante do SESMT pode exer-cer outra atividade na empresa?

Não. Ao profissional especializado em segurança e em medicina do trabalho é vedado o exercício de outras atividades na empresa durante o horário de sua atuação nos SESMT.

(NR 4, aprovada pela Portaria MTb nº 3.214/1978, subitem 4.10, com redação dada pelas Portarias SSMT nºs 33 e 34/1983)

registro - acidentes

5) O SESMT deve efetuar registro dos acidentes ocorridos na empresa ou no estabelecimento?

Sim. Cabe aos SESMT analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes ocorridos na empresa ou no estabelecimento, com ou sem vítimas, e todos os casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as características do acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores ambientais, as caracte-rísticas do agente e as com condições do(s) indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s).

Os SESMT deverão também registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho, doen-ças ocupacionais e agentes de insalubridade, preen-chendo, no mínimo, os quesitos descritos nos modelos de mapas constantes nos Quadros III, IV, V e VI da NR 4, devendo a empresa encaminhar o mapa com a avaliação anual desses mesmos dados à Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho, até o dia 31 de janeiro, por meio do órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

(NR 4, aprovada pela Portaria MTb nº 3.214/1978, subitem 4.12, “h”, “i” e “j”, com redação dada pelas Portarias SSMT nºs 33 e 34/1983)

a IOB Perguntas e Respostas