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Revista mensal sobre a atividade do Clube Naval da Horta
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ao_mar Ir_
Protocolo CNH-CNF
Objectivo: Fomentar a Vela e
a ligação entre Clubes e
Ilhas
Atlantis Cup 2014
Jantar de Entrega de Pré-
mios
Travessia Pico/Faial
Nadadores fizeram a traves-
sia do Canal Pico/Faial
Rui Silveira
2º Estágio em Santander, na
Espanha
Nº5 AGOSTO DE 2014
Natação, Canoagem, Vela, Pesca, Mini-
Veleiros, Botes Baleeiros, Pólo Aquático,
Apneia, Mergulho e Xadrez, foram as
modalidades em destaque no Festival
Náutico da Semana do Mar 2014,
que decorreu de 2 a 10 de Agosto
na ilha do Faial, organizado pelo
Clube Naval da Horta.
Participaram cerca de 900 atletas em mais
de meia centena de actividades, com o
apoio de perto de 50 voluntários.
“
”
Semana do Mar
2014
Balanço feito pelo Presidente do Clube Naval da
Horta: “O Festival Náutico é uma festa que envolve
centenas de pessoas e projecta a ilha do Faial”
Terminou este domingo, dia 10, mais
um Festival Náutico, integrado na Se-
mana do Mar, o maior cartaz turístico
da ilha do Faial, que este ano comple-
tou a sua 39ª edição.
Na hora do encerramento e perante
vários governantes, funcionários, atle-
tas, sócios, colaboradores e amigos do
Clube Naval da Horta (CNH), o Presi-
dente da Direcção desta instituição,
José Decq Mota, chamou a atenção
para o facto de o Festival Náutico da
Semana do Mar não ser “uma festa
para meia dúzia de iatistas mas, sim,
uma festa que envolve centenas de
pessoas, projecta o nome da ilha do
Faial e perspectiva a sua continuida-
de”.
Este Dirigente realçou o envolvimento
de muitas pessoas nas diversas activi-
dades, “o que acontece por se encon-
trarem de férias ou, então, por dispen-
sas de trabalho”. E acrescenta que “é
Balanço feito pelo Presidente do Clube Na-val da Horta: “O Festival Náutico é uma festa que envolve centenas de pessoas e projecta a ilha do Faial”
Natação, Canoagem, Vela, Pesca, Mini-Veleiros,
Botes Baleeiros, Pólo Aquático, Apneia, Mergulho e
Xadrez, foram as modalidades em destaque no
Festival Náutico da Semana do Mar 2014, que
decorreu de 2 a 10 de Agosto na ilha do Faial, or-
ganizado pelo Clube Naval da Horta. Participaram
cerca de 900 atletas em mais de meia centena de
actividades, com o apoio de perto de 50 voluntá-
rios.
essencial sublinhar o papel dos funcioná-
rios do Clube”. Neste âmbito, referiu que
“esta casa mantém relações de trabalho
com muitos outros colaboradores, os
quais dão ideias que levam à concretiza-
ção de actividades”. Também foram lem-
brados os apoios e patrocinadores ofici-
ais, onde se incluem o Turismo, o Gover-
no Regional e a Assembleia Legislativa da
Região Autónoma dos Açores. De forma
muito especial, José Decq Mota referiu o
apoio dado pela Câmara Municipal da
Horta não só no que diz respeito a este
Festival em concreto, mas ao longo de
todo o ano dentro das diversas activida-
des levadas a cabo pelo CNH.
O Presidente da Direcção do Clube Naval
da Horta enfatizou o apoio que é dado
pela Portos dos Açores SA, classificando-o
como “absolutamente essencial”.
O Festival Náutico foi sinónimo, também,
de 9 dias de muito trabalho, o qual já vi-
nha sendo bastante intenso desde o mês
de Julho, tendo em conta a organização e
realização do Campeonato Nacional da
Classe Access, as Regatas de Botes Baleei-
ros e a chegada da Regata Les Sables/Les
Açores/Les Sables. “Portanto, esta é a 6ª
semana consecutiva de intensa actividade
no Clube Naval da Horta”, frisou José
Decq Mota.
Este Dirigente considera que o balanço é
“extremamente positivo” e faz votos para
que o programa de 2015 seja “ainda me-
lhor e mais ambicioso”.
Participaram cerca de 900 atletas
O Festival Náutico da Semana do Mar
2014 decorreu de 2 a 10 de Agosto na ilha
do Faial e envolveu cerca de 900 atletas,
mais de 50 voluntários e perto de meia
centena de actividades. Foi um programa
de 9 dias, homenageando o mar e os des-
portos náuticos, onde não faltaram os
sempre apreciados passeios à Vela nos
Botes Baleeiros, que este ano foram pro-
curados por mais de 200 pessoas. Tradi-
ção, participação, diversão, convívio e
alguma emoção foram condimentos desta
festa, realizada no mar e em terra.
Travessia a nado do Canal Pico-Faial por 9
nadadores da Terceira, São Miguel e Faial,
1ª Expedição de Kayak de Mar, 1ª Prova
Regional de Natação em Águas Abertas na
ilha do Faial, IX Encontro Internacional de
Vela Ligeira, Cerimónia de Entrega de
Prémios da 26ª edição da Atlantis Cup -
Regata da Autonomia e da 1ª etapa da
Regata Les Sables/Les Açores/Les Sables,
Evento de Promoção da Classe Access,
Prova Regional de Vela Ligeira Sénior,
IX Troféu Cidade da Horta - Escolas de
Vela, Baptismos de Mergulho, Torneio
Individual de Semi-Rápidas de Xadrez e
Prova de Botes Baleeiros - Casa do Pes-
soal da RTP foram marcos deste Festi-
val Náutico, da responsabilidade do
Clube Naval da Horta.
O Caldo de Peixe, evocativo das raízes
da Semana do Mar, foi um dos pontos
altos deste programa, que contou com
a presença de centenas de pessoas,
incluindo muitos dos iatistas aporta-
dos, que fazem da Horta a Capital
Oceânica do Iatismo.
A edição deste ano espelhou bem a
inter-ligação e as boas relações exis-
tentes entre as várias entidades que
tornam possível o maior Festival Náuti-
co de Portugal. Sinal disso foi a presen-
ça quase diária, nas Cerimónias de En-
trega de Prémios, do Secretário e Di-
rector do Mar, Ciência e Tecnologia, do
Director da Associação Regional de
Vela, do Presidente do Conselho de
Administração da Portos dos Açores
SA, do Presidente, Vice-Presidente e
alguns Vereadores da Câmara Munici-
pal da Horta e do Capitão do Porto da
Horta. Estes convívios, que decorreram
à volta da mesa na Tenda do Clube
Naval da Horta, juntaram centenas e
centenas de pessoas, entre convida-
dos, atletas, dirigentes, treinadores,
técnicos, colaboradores, sócios, volun-
tários e amigos desta instituição, uma
verdadeira embaixadora no mundo da
Cidade-Mar dos Açores: a Horta!
O Festival Náutico, nas suas diversas
actividades, juntou gente dos Açores,
Madeira, Continente português, Hong
Kong, EUA, França, Itália e outras naci-
onalidades, se tivermos em conta os
participantes na Regata Les Sables/Les
Açores/Les Sables.
Paralelamente às parcerias institucio-
nais, indispensáveis a um evento desta
dimensão, é de salientar o papel fun-
damental do voluntariado, aspecto
sempre muito evidente no Clube Naval
da Horta. E neste contexto falamos de
antigos dirigentes, elementos que inte-
graram as Comissões de Regata e de Pro-
testo, os Juízes de Prova, os que colabora-
ram no Caldo de Peixe, os que deram
apoio de mar e em terra às variadas acti-
vidades e outros, onde não faltou o fotó-
grafo de serviço: José Macedo.
Foi na manhã deste domingo, dia 3
de Agosto, que decorreu o Desfile
dos Participantes no Festival Náuti-
co da Semana do Mar 2014, que
saiu do Clube Naval da Horta (CNH)
em direcção ao Largo do Infante.
Mais de 60 pessoas participaram
neste Desfile, representando as
diversas Secções deste Clube, como
se pode ver e ler na fotografia: Ca-
noagem, Xadrez, Vela Ligeira, Pólo
Aquático, Pesca Desportiva, Nata-
ção, Vela de Cruzeiro, Apneia, Bo-
tes Baleeiros e Mergulho. O Presi-
dente da Direcção do Clube Naval
da Horta, José Decq Mota, também
integrou o Desfile.
O tempo espectacular colaborou, o
Presidente da autarquia faialense,
José Leonardo Silva, saudou os pre-
Desfile dos Participantes no Festival Náuti-co da Semana do Mar 2014 contou com mais de 60 pessoas do Clube Naval da Horta
As diferentes Secções representadas neste
Desfile demonstram a dinâmica do Clube Na-
val da Horta sentes, Bela Silveira Dutra brindou a
assistência com a interpretação da
Marcha da Semana do Mar e a Filar-
mónica União Faialense alegrou o
Desfile com os seus acordes.
“Cá vai a Horta com a baía mais
bela/ Da sua janela vê regatas no
Canal” canta o refrão da mar-
cha vencedora que se apresen-
tou a concurso com o pseudóni-
mo “Trabalhadores do Mar” e
com voz desta jovem albicas-
trense, que integra o Coral da
Horta.
Fotografia gentilmente cedida por
Pedro Oliveira
Uns vão por curiosidade, outros por
hábito, mas também há quem vá por
uma questão de fé ou de promessa.
Seja qual for a razão ou motivação, a
verdade é que todos contribuíram para
o brilhantismo do Cortejo Náutico da
festividade em honra da Senhora da
Guia, que decorreu na tarde deste do-
mingo, dia 3 de Agosto, no âmbito da
Semana do Mar 2014.
O “Cruzeiro das Ilhas” foi disponibiliza-
do pela “Transmaçor” para todos aque-
les que quisessem participar, juntando-
se às restantes embarcações na larga-
da rumo ao Cortejo. Entretanto, após a
missa celebrada na Ermida da Senhora
da Guia, situada no Monte com o mes-
mo nome, a imagem seguiu em procis-
são até ao Centro do Mar, embarcando
na Baía de Porto Pim. Daí, o Cortejo
Náutico seguiu até à Baía da Horta,
com desembarque da imagem na Mari-
na. A finalizar, realizou-se a procissão
desde o Largo do Infante até à igreja
das Angústias, onde se incorporaram
muitas pessoas, incluindo pescadores e
bandas filarmónicas. A embarcação
que leva a imagem é determinada por
sorteio e uma vez em terra, são os ho-
mens dessa embarcação que, com mui-
to orgulho, carregam aos ombros o
andor com a imagem da Senhora da
Guia até à igreja paroquial das Angús-
tias.
Este evento foi organizado pela Câma-
ra Municipal da Horta, com a colabora-
ção da Associação de Pescadores de
Espécies Demersais dos Açores
(APEDA). O Clube Naval da Horta asso-
ciou-se com embarcações, entre as
quais a lancha baleeira “Walkiria” e os
botes baleeiros, tal como se associa-
ram pescadores profissionais e lúdicos,
operadores marítimo-turísticos e ou-
tros, todos com os seus barcos. O Cor-
Semana do Mar 2014: Cortejo Náutico da Senhora da Guia juntou muitas embar-cações e pessoas ligadas ao mar
tejo Náutico é aberto a todos os ramos da
actividade marítima, com a particularida-
de de as embarcações – sobretudo as dos
pescadores – se engalanarem com ban-
deiras e flores, para prestar tributo à sua
padroeira, muito invocada no mar e em
terra.
Jorge Gonçalves, Presidente da APEDA,
diz, a propósito, que “este ano houve
menos embarcações no Cortejo Náutico
do que em 2013, mas ainda assim partici-
pou um número muito aceitável”.
Este Dirigente explica que também decor-
reu este domingo (dia 3 de Agosto) em
Matosinhos, a maior festa religiosa a nível
nacional ligada ao mar, onde se presta
culto a Nossa Senhora dos Navegantes,
mas apenas com procissão. E sublinha: “É
de recordar que os pescadores do país
têm sido afectados com muitos aciden-
tes”. No entanto, o Presidente da APEDA
realça que “o Cortejo Náutico da Senhora
da Guia, realizado na ilha do Faial, é o
maior de Portugal em mar aberto”. E
acrescenta: “Nos Açores há várias de-
monstrações religiosas com diferentes
invocações marítimas, mas esses cortejos
são todos realizados dentro dos portos”.
No Faial, há ainda a particularidade de a
manifestação decorrer no mar e em terra
(Cortejo Náutico e procissão).
Jorge Gonçalves afirma que “há uma mo-
bilização espontânea e que alguns pesca-
dores interrompem a faina no mar para
virem tomar parte neste Cortejo, dando-
se o caso de quem estava em terra tam-
bém ter ido participar neste evento”.
Questionado sobre a protecção que os
homens do mar procuram na Senhora da
Guia, responde que “praticamente todas
as embarcações têm a imagem de um
santo ou santa associado à sua fé, a qual
não se pode medir, sendo demonstrada
de diversas formas”. E frisa: “Estas ima-
gens funcionam como uma tábua de sal-
vação para os homens do mar, procuran-
do forças para continuar, mas cada um vê
estas coisas à sua maneira”.
Independentemente de todas estas ques-
tões pessoais, o certo é que muitos fazem
promessas em horas de aflição e neste
domingo, certamente que alguns estive-
ram no cumprimento das mesmas,
“porque os tempos são difíceis”.
Fotografias de: José Macedo
Foram 9 os nadadores que con-
seguiram chegar à outra mar-
gem, objectivo número um des-
ta travessia, onde não entrou o
factor competição. Ainda as-
sim, foram marcados os tem-
pos de cada um, pois a referên-
cia que existia era de 2 horas e
20 minutos, tempo que o norte-
americano David Yudovin le-
vou a fazer o Canal, mas no
sentido Faial-Pico, em 2008.
Todos ficam para a história,
mas o feito tem um sabor espe-
cial para Letícia Toste, a pri-
meira mulher a conseguir esta
proeza. Grande satisfação é a
imagem de marca desta equi-
pa, que já pensa em fazer Faial
-Pico, em 2015.
Festival Náutico 2014: 9 nadadores conseguiram fazer a travessia do Canal Pico -Faial – Letícia Toste foi a primeira mulher a alcançar tal proeza
O Presidente da Direcção do Clube
Naval da Horta, José Decq Mota, fez
questão de ir saudar os recordistas à
medida que foram chegando. Miguel
Arrobas fala entusiasticamente da
forma como decorreu esta maratona
Miguel Arrobas e Miguel Furtado foram
os primeiros a fazer a travessia do Canal
Pico-Faial, realizada este sábado, dia 2 de
Agosto. Os dois nadadores chegaram à
outra margem (Faial) em linha, o que sig-
nifica que ambos levaram 2 horas e 11
minutos a percorrerem os cerca de 9 qui-
lómetros que o percurso traçado impli-
cou.
A largada deu-se a partir do Bico de Si-
mão (em frente à casa do Salema), na
Areia Larga, ilha do Pico, e a chegada foi a
entrada pela Marina da Horta do 1º ao 5º
nadador e pelo Monte das Guia do 6º ao
9º nadador. A entrada em diferentes lu-
gares deveu-se ao atraso na partida, que
estava marcada para as 15 horas, mas
aconteceu pelas 15h48.
Embora não se tenha tratado de uma
competição mas, sim, de uma travessia, a
verdade é que todos levavam no pensa-
mento a marca alcançada em 2008 (20 de
Agosto) pelo norte-americano David
Yudovin, de 58 anos de idade, que atra-
vessou o Canal a nado mas no sentido
Faial-Pico. Neste caso, David Yudovin des-
tronou um recorde que na altura contava
quase 80 anos e que pertencia ao faialen-
se Manuel Azevedo Lima, desportista do
Sporting Clube da Horta, que em 1929
tinha realizado o mesmo percurso, mas
em 3 horas e 20 minutos, ou seja, mais 1
hora do que este norte-americano. (Há
quem afirme que foram 3 horas e 6 minu-
tos e não 3 horas e 20 minutos).
David Yudovin chegou à Ponta da Pedra
Banca, na Madalena do Pico, exactamen-
te 2 horas e 20 minutos depois de ter
partido do Ilhéu Negro, junto ao monte
da Guia, na ilha do Faial.
Este recordista da Califórnia (que nas suas
maratonas apenas necessita de calções,
touca e óculos em termos de equipamen-
to), é um homem de negócios reformado,
que é mundialmente famoso pelas suas
travessias marítimas a nado, como a do
Canal da Mancha, do Estreito de Gibral-
tar, do Estreito de Cook, na Nova Zelân-
dia, do Estreito de Sunda, na Indonésia,
e do Estreito de Tsugaru, no Japão.
Satisfação geral
Vítor André, o único faialense que con-
seguiu fazer a travessia, sentia-se ex-
tremamente satisfeito por ter alcança-
do esta vitória pessoal, o que significa o
concretizar de um sonho antigo, mes-
mo tendo descoberto a Natação aos 44
anos de idade.
Letícia Toste tornou-se a primeira mu-
lher a alcançar este feito, não cabendo
em si de contente.
O mentor desta travessia, o terceirense
Vitor Medina, era um homem feliz, que
já só pensava na próxima “aventura”.
Ainda mal refeitos da maratona, todos
se diziam dispostos a entrar noutra, o
que deverá acontecer em 2015, mas no
sentido Faial-Pico.
Grande satisfação era a imagem de
marca de todos os que conseguiram
chegar à outra margem (Faial), relatan-
do aspectos da travessia, que contou
com diferentes tipos de mar, devido às
correntes.
Recorde-se que esta foi uma iniciativa
do Grupo Nadar Açores, que tem como
Responsável Vitor Medina, o qual por
diversas vezes agradeceu ao Clube Na-
val da Horta todo o apoio dado a este
evento.
O Clube Naval da Horta apoiou esta
iniciativa, com assistência no mar, tal
como foi solicitado pela Organização. O
Presidente da Direcção do CNH, José
Decq congratula-se com o feito alcan-
çado por estes nadadores e agradece a
todos os sócios e colaboradores desta
instituição o apoio dado nesta iniciati-
va.
E como símbolo e registo desta traves-
sia, Vitor Medina fez questão de que
José Decq Mota assinasse os postais
(um para cada nadador e um para o
CNH) que comprou no Peter relativos
ao “Diário de Bordo”, os quais foram
previamente carimbados com o selo do
Clube Naval da Horta.
Os recordistas têm idades bastante
díspares, se tivermos em conta que o
mais novo conta 22 anos anos e o mais
velho 59 anos, completando 60 no pró-
ximo mês (Duarte Simões).
Dos 14 nadadores que projectaram
fazer a travessia, 5 não a concretiza-
ram, por diferentes razões: Raquel Fur-
tado, da Madeira, mas a residir no Fai-
al; Camilo Moniz e Ricardo Bettencourt,
ambos de São Miguel; João Medeiros,
da Terceira e João Esteves, do Faial.
Testemunho de Miguel Arrobas:
“Eu e o Miguel Furtado chegámos em
linha, com o tempo de 2 horas e 11
minutos. A travessia correu lindamen-
te, embora tenha sido difícil, porque o
mar estava complicado. Apanhámos
muita ondulação e vento, com a parti-
cularidade de a ondulação estar sem-
pre a vir do lado direito, ou seja, para o
lado em que respirávamos, tanto eu
como o Miguel Furtado. Engolimos um
bom bocado de água o que nos deixou
com a garganta um pouco arranhada,
mas chegámos ao Faial, que era o gran-
de objectivo. Apenas tínhamos como
referência as 2 horas e 20 minutos do
norte-americano que fez este mesmo
Canal, mas no sentido contrário. Esse
tempo constitui o recorde da travessia
Faial-Pico. Na direcção oposta, que foi
o que nós fizemos, não há grandes re-
gistos aparentemente, mas seja qual
for, foi o melhor tempo de sempre nes-
ta travessia. Por isso, sinto-me natural-
mente satisfeito. Quero agradecer o
apoio do Clube Naval da Horta com os
barcos de segurança no mar e todas as
pessoas disponíveis para isso”.
Testemunho de Miguel Furtado:
“Não foi difícil. O mar não estava ópti-
mo, mas podia estar muito pior. Sentia-
me preparado para chegar ao fim, mas
com mar pior nunca teria conseguido
neste tempo. Um dos objectivos, em-
bora não fosse o principal, era bater o
tempo de referência, que eram 2 horas
e 20 minutos. Estou muito satisfeito e
quero fazer outras travessias. Para o
ano se houver, estou cá novamente.
Esta foi a minha primeira travessia.
Pratico natação desde miúdo e outros
desportos que envolvem nadar no mar,
nomeadamente triatlo. É disto que eu
gosto e que quero continuar a fazer.
Nadar em mar e em piscina não tem
nada a ver. O sentido de orientação é
completamente diferente no mar e em
8 quilómetros, para encontrar um pon-
to de referência, é ainda mais compli-
cado. Os barcos foram fundamentais
para nos apoiar. Agora quero nadar
para melhorar, treinar e é para repetir,
sem dúvida”.
Miguel Furtado chegou em linha
com Miguel Arrobas e também foi
muito saudado à chegada
Testemunho de Letícia Toste:
“Dedico este recorde aos meus filhos:
Frederico e Adriana Ferrão. Sinto uma
satisfação muito grande e estou conten-
te comigo própria”.
Nesta fotografia falta Luís Francisco,
de São Miguel, que logo que comple-
tou a travessia, preferiu ir descansar,
e Letícia Toste, da Terceira (na foto
acima), para completar o grupo dos 9
que fez a travessia do Canal Pico-
Faial este sábado, 2 de Agosto
Fotografias de: Cristina Silveira
Travessia do Canal Pico-Faial, 2 de Agosto de 2014:
1º Miguel Arrobas – Lisboa – 40 anos – não usou fato isotérmico – 2:11’31’’38
2º Miguel Furtado – São Miguel – 22 anos - usou fato isotérmico – 2:11’34’’03
3º Rodrigo Ferreira – Terceira – 23 anos - usou fato isotérmico – 2:41’24’’33
4º Luís Francisco – São Miguel – 42 anos - usou fato isotérmico – 2:43’26’’78
5º Nuno Braga, Terceira – 42 anos - não usou fato isotérmico – 3:34’07’’96
6º Duarte Simões – Terceira – 59 anos - não usou fato isotérmico – 3:35’00’’00
7º Vítor André – Faial – 50 anos – usou fato isotérmico – 3:37’00’’00
8º Letícia Toste – Terceira – 46 anos - não usou fato isotérmico – 3:43’00’’00
9º Vitor Medina – Terceira – 49 anos - usou fato isotérmico – 3:51’00’00
Atrás, da esquerda para a direita: Nuno Braga (que completou 42 anos no dia da travessia), Vítor André, Duarte
Simões e João Medeiros (este último não concluiu a travessia)
À frente, pela mesma ordem: Miguel Arrobas, Miguel Furtado, Vitor Medina, José Decq Mota e Rodrigo Ferreira
David Yudovin felicita os nadadores que fizeram a travessia do Canal Pico/Faial no dia 2 de Ago-sto
O nadador norte-americano David Yudovin, que a 20 de Agosto de 2008, aos 58 anos
de idade, fez a travessia do Canal Faial-Pico em 2 horas e 20 minutos, soube do feito
dos 9 nadadores que, no dia 2 deste mês, atravessaram a nado o mesmo Canal mas
no sentido inverso: Pico-Faial, tendo os dois primeiros conseguido a proeza em 2
horas e 11 minutos.
Como tal, este californiano mandou um e-mail, dando os Parabéns a este grupo de
nadadores, cujo conteúdo é o seguinte:
“To the 9 great swimmers that swam from pico to faial, i wish all of you a very big
congratulations on your successful crossing of a very difficult channel- it is now 6
years ago when i did this and i know what it takes to prepare and succeed at such a
goal. very sincerely, david yudovin- U.S.A”.
1ª etapa: Porto do Comprido/Varadouro
= cerca de 4,5 milhas
Realizou-se este sábado, 2 de Agosto, a 1ª
etapa da 1ª Expedição de Kayak de Mar,
organizada pela Secção de Canoagem do
Clube Naval da Horta (CNH), no âmbito do
Festival Náutico da Semana do Mar.
A 1ª etapa decorreu entre o Porto do
Comprido e o Varadouro, o que represen-
tou uma distância de cerca de 4,5 milhas.
O Director da Secção de Canoagem do
CNH, Francisco Garcia, afirma que “o tra-
jecto decorreu com muita normalidade” e
que no fim os 8 canoístas se sentiam
“bem”.
Neste sábado foi preparado um churrasco com frango, pão de alho e sardi-
nhas, que contou com a liderança de Francisco Garcia e a imprescindível cola-
boração dos pais dos atletas. A noite foi de festa e convívio com o objectivo de
retemperar forças para a 2ª etapa da Expedição, que saiu pelas 9 horas deste
domingo, dia 3, do Varadouro rumo à Horta. Trata-se de um percurso de 12
milhas, estimando-se que sejam percorridas em pouco mais de 4 horas.
Os treinadores Tiago Valente e Carlos Pedro estão envolvidos na segurança de
mar, na qual deram também o seu apoio alguns skippers do Varadouro, propri-
etários de embarcações.
Francisco Garcia agradece à Urbhorta o facto de ter disponibilizado o Parque
de Campismo onde foi passada a noite de sábado para domingo; à Protecção
Civil que emprestou as tendas para acamparem e à Junta de Freguesia de Cas-
telo Branco que cedeu uma viatura com condutor que efectuou o transporte
dos atletas na manhã deste sábado (dia 2) da Horta até ao Capelo.
Festival Náutico 2014: 1ª Expedição de Kayak de Mar juntou atletas do Faial e do Pico
Fim da 1ª etapa da Expedição, que decorreu entre o
Porto do Comprido e o Varadouro
Fotografia de: Francisco Garcia
2ª etapa: Varadouro/Horta = 12 milhas
Realizou-se na manhã deste domingo, 3 de Agosto, a 2ª eta-
pa da 1ª Expedição de Kayak de Mar, organizada pela Secção
de Canoagem do Clube Naval da Horta (CNH), no âmbito do
Festival Náutico da Semana do Mar 2014.
A 2ª etapa decorreu entre o Varadouro e a Horta, num per-
curso de 12 milhas. Participaram 15 canoístas que se foram
revezando nos 10 kayaks. Destes 15 atletas, 3 vieram do Clu-
be Naval de São Roque do Pico e os restantes 10 eram do
Faial, contando-se actuais e antigos atletas de Canoagem do
CNH.
O tempo esteve “belíssimo” e o Director da Secção de Canoa-
gem do CNH, Francisco Garcia, sentia-se “muito satisfeito”.
Os pais dos canoístas “apreciaram muito” o convívio realiza-
do na noite deste sábado, dia 2, no Parque de Campismo do
Varadouro.
Terminada a Expedição, o almoço teve como espaço o Salão
Bar do CNH, durante o qual foram entregues lembranças aos
participantes neste evento.
Chegada dos canoístas à Horta, vindos do Varadouro,
na manhã deste domingo, dia 3
Fotografias de: José Macedo
Realizou-se na tarde deste sábado, dia
2 de Agosto, a 1ª Prova Regional de
Natação em Águas Abertas na ilha do
Faial, que contou com a participação
de 9 atletas: 2 da Terceira, 3 de São
Miguel e 4 do Faial.
Tratou-se de uma organização conjun-
ta da Associação de Natação da Região
Açores (ANARA) e do Clube Naval da
Horta.
Olga Marques, Juiz de Natação da ANA-
RA no Faial, salienta que “todos se por-
taram bem e finalizaram a prova, com
tempos bons. Por isso, decorreu dentro
das expectativas”.
Quanto ao número de participantes,
confessa que estava à espera de mais
atletas do Faial, opinião partilhada pela
Directora Técnica da ANARA, Carolina
Matos.
Festival Náutico 2014: 1ª Prova Regional de Natação em Águas Abertas no Faial re-uniu 9 atletas
No entanto, Olga Marques explica que
isso se deveu a vários factores: alguns
atletas estão lesionados, outros encon-
tram-se de férias e também devido ao
elevado número de provas programadas
para estes dias, no âmbito do Festival
Náutico da Semana do Mar 2014, onde
esta também se inseriu.
Este evento faz parte do circuito de
Águas Abertas dos Açores, que em
2014 conta com 3 provas, sendo que
a primeira decorreu durante as San-
joaninas, na ilha Terceira; a segunda
foi agora durante o Festival Náutico
do CNH, no Faial, e a terceira terá
como palco a ilha de São Miguel.
A prova incluiu distâncias de 500 e
1500 metros e tinha como destina-
tários atletas federados e não fe-
derados. Os 500 metros foram
feitos por 3 atletas e os 1500 por 6.
O objectivo desta iniciativa foi im-
plementar provas de Águas Aber-
tas nos Açores, e neste caso con-
creto, na ilha do Faial.
A Cerimónia de Entrega de Prémios
decorreu pelas 18 horas, no Salão
Bar do Clube Naval da Horta.
As embarcações da Classe Access do
Clube Naval da Horta (CNH) suscitaram
interesse a muitas pessoas, sobretudo
velejadores, que quiseram experimen-
tá-las. Esta possibilidade surgiu no âm-
bito do Evento de Promoção da Classe
Access, que decorreu na tarde desta
quinta-feira, dia 7 de Agosto, integrada
no Festival Náutico da Semana do Mar
2014, organizado pelo CNH.
João Duarte, Responsável pela Classe
Access (Vela para pessoas com mobili-
dade reduzida) refere que esta activi-
dade contou com 20 pessoas, incluindo
o Presidente do Clube Naval da Horta,
José Decq Mota que, sendo um veleja-
dor experimentado, fez-se ao mar na
embarcação da Classe 303, denomina-
Festival Náutico 2014 - Evento de Promoção: 20 pessoas experimentaram a segurança das embarcações da Classe Ac-cess
da “Bacalhau”.
Segundo este Director da Secção de Vela
Ligeira do CNH, “a experiência foi boa” e
o evento alcançou os objectivos traçados:
proporcionar às pessoas o contacto com
os access, divulgando a Classe e a sua
actividade, desenvolvida em termos de
lazer e de competição.
Decorreu na manhã deste sábado, dia 8, a Prova do Campeo-
nato Regional de Vela Ligeira Sénior – Laser Radial.
A propósito deste evento, realizado no âmbito do Festival
Náutico da Semana do Mar 2014, o Treinador de Vela Ligeira
do Clube Naval da Horta (CNH), Duarte Araújo, diz o seguinte:
“Hoje [sábado] houve 4 regatas com vento fresco. Os seniores
lutaram bastante e em condições muito exigentes para a
Classe Radial e Standard. O Campeonato ficou com 5 rega-
tas, depois de sexta-feira, dia 7, se ter realizado apenas 1.
Quanto aos atletas da casa, Gjalt Van der Zee terminou em 2º
lugar, mas festejou como se tivesse vencido tendo em conta a
evolução que teve e por ter ganho 2 das 5 regatas. Bruno
Gonçalves, embora tenha terminado todas as regatas no final
da tabela, encarou este dia (sábado) como uma vitória pelo
facto de ter cumprido todas as regatas do dia. Ambos os vele-
jadores do Clube saíram da prova motivados e com vontade
de treinar mais para a próxima competição”.
A Cerimónia de Entrega de Prémios decorreu na noite deste
sábado, dia 9, na Tenda do CNH.
CLASSIFICAÇÃO
Classe Laser Standard:
1º Francisco Silva - Clube Naval
de Ponta Delgada
2º Gajalt Van der Zee - Clube Naval da Horta
3º Paulo Silva - DNC (não competiu)
Classe Laser Radial:
1º Miguel Moreira - Clube Naval da Lagoa
2º Catarina Baia - Clube Naval da Lagoa
3º José Pimentel - Clube Na-
val de Vila Franca do Campo
4º Fábio Cordeiro
5º Bruno Gonçalves
6º João Azevedo
Festival Náutico 2014: Miguel Moreira e Francisco Silva venceram a Prova Regional de Vela Ligeira Sénior
A mesa tornou-se pequena para as
dezenas de Medalhas de Participa-
ção e Prémios
Uma festa, com muito convívio e pré-
mios é o balanço final do IX Encontro
Internacional de Vela Ligeira, que de-
correu de 4 a 6 do corrente, na ilha do
Faial, no âmbito do Festival Náutico da
Semana do Mar 2014, organizado pelo
Clube Naval da Horta (CNH).
Participaram 87 velejadores de 13 clu-
bes navais: Clube Naval da Horta, Clu-
be Naval da Madalena do Pico, Clube
Naval de São Roque do Pico, Clube
Náutico das Lajes do Pico, Clube Naval
das Lajes das Flores, Angra Iate Clube
(Terceira), Associação Naval Gafanha
da Encarnação, Clube Naval Povoense,
Sport Clube do Porto, Clube Naval de
Ponta Delgada (São Miguel), Clube
Naval de Vila Franca do Campo (São
Miguel), Clube Náutico da Lagoa (São
Miguel) e Ginásio Clube Naval de Fa-
ro. Entre Técnicos e Velejadores, este
evento envolveu mais de 100 pesso-
as.
Os lugares do pódio em cada uma das
4 Classes: 420, Laser 4.7, Optimist e
Access 2.3 (Vela para pessoas com mo-
bilidade reduzida), foram repartidos
entre os Clubes da Horta, Ponta Delga-
da, Vila Franca do Campo, Naval Povo-
ense e Sport Clube do Porto.
Instados a fazer uma avaliação da pres-
tação dos atletas da Escola de Vela do
Clube Naval da Horta, os treinadores
fizeram várias apreciações, como se
pode ler:
O Treinador Duarte Araújo rece-
beu as Medalhas de Participação
dos atletas do CNH
Festival Náutico 2014: IX Encontro Inter-nacional de Vela Ligeira contou com cerca de 90 velejadores de 13 clubes navais
Horta, Ponta Delgada, Vila Franca do Campo, Povoense e Sport Clube do Porto levaram as Taças
Duarte Araújo:
“Hoje [quarta-feira, dia 6] o dia foi de
decisões. Uns atletas da Classe Optimist
estavam a lutar pela presença no top 10,
enquanto outros lutavam pelos 20 primei-
ros. E digo isto, porque os velejadores do
Clube Naval da Horta ainda não têm a
experiência e a capacidade técnica dos
nossos adversários presentes neste Cam-
peonato. Estava cá a equipa da Póvoa,
que tem alcançado excelentes resultados
na frota nacional este ano. Recordo que 7
velejadores desta equipa se apuraram
para a Frota de Ouro do Ranking Nacio-
nal, sendo apenas um o representante
dos Açores.
Para a nossa equipa este foi um Campeo-
nato para aprender a largar com uma
frota grande, para comparar os nossos
andamentos com o dos adversários e
para perceber o que têm de treinar e me-
lhorar para a próxima temporada.
Devo realçar que os atletas da Escola de
Vela do CNH foram sempre melhorando
de regata para regata, dando excelentes
indicações.
Quanto aos Laser e 420, os adversários
deste Campeonato são os mesmos da
próxima temporada e as indicações são
boas, ainda que não tenha dado para
ganhar, deu para lutar pelo primeiro lu-
gar até à última regata.
Em conclusão, o Campeonato correu bem
para os velejadores do Clube Naval da
Horta, que estão cientes do seu nível na
frota e do trabalho que têm pela frente
para melhorar e atingir os seus objecti-
vos”.
João Duarte (Classe Access):
O Treinador João Duarte aplaude o
desempenho dos atletas da Classe
Access
“O balanço é positivo. Tivemos condi-
ções exigentes no que diz respeito ao
campo de regatas: ventos com rajadas
de 20 nós e chuvada. Para a Classe Ac-
cess, estamos a falar de condições já no
limite das exigências e tanto é, que dos
6 atletas a competir, apenas 3 termina-
ram a prova. No primeiro dia tivemos o
Rui Dowling com 2 primeiros lugares e
um segundo, mas como é muito leve,
comprometeu toda a sua participação
nos últimos dois dias em que estava
mais vento. Se tivéssemos tido menos
vento, provavelmente o Rui teria ganho
o seu primeiro Encontro Internacional de
Vela Ligeira, porque estava a andar mui-
to bem.
Os outros atletas também andaram
bem, mas como o Fernando Pinto é um
velejador experimentado, com várias
participações nos europeus, internacio-
nais, nas Provas de Apuramento Nacio-
nal e como está há muitos anos na Vela,
naturalmente que veio ao de cima a sua
maior experiência, e com condições de
tempo exigentes, conseguiu superar as
dificuldades.
Em termos de Organização e de Comis-
sões de Regata, tudo funcionou bem.
Tivemos uma vez mais uma grande par-
ticipação de velejadores, sobretudo da
Classe Optimist. Relativamente à Classe
Access, é preciso ter em conta a realiza-
ção do Campeonato Nacional, que se
realizou nos dias 11, 12 e 13 do mês
passado na ilha do Faial e que mobilizou
muitos atletas. No seguimento dessa
prova nacional, o Clube Naval da Horta
convidou 2 velejadores do Porto: o Fer-
nando Pinto e a Cláudia Rodrigues.
Neste Encontro Internacional, o CNH
contou com 6 embarcações da Classe
Access 2.3 e o Access 303 (baptizado
como “Bacalhau”). Estas provas são
boas para consolidar a aprendizagem.
Quanto mais se compete, mais se evolui
e mais se aprende”.
Foram realizadas as 9 regatas previstas,
no campo de regatas da Baía da Horta.
Vítor Medeiros, Francisco Gonçalves e
Vítor Soares integraram a Comissão de
Regatas, enquanto que da Comissão de
Protestos fazia parte Alexandre Rainha,
Jorge Macedo e Calos Moniz.
Este evento foi organizado pelo Clube
Naval da Horta e promovido pela Fede-
ração Portuguesa de Vela (FPV), contan-
do com o apoio da Associação Regional
de Vela dos Açores (ARVA).
A Entrega de Prémios decorreu na noite
desta quarta-feira, dia 6, após o jantar,
nas instalações do clube anfitrião. A
cerimónia contou com a presença de
toda esta comitiva, além do Presidente
e Vice-Presidentes do CNH, respectiva-
mente José Decq Mota e Jorge Macedo;
da Directora do CNH Olga Marques, do
Director do Serviço de Desporto da
Ilha do Faial, Bruno Leonardo; do
Vice-Presidente da Câmara Munici-
pal da Horta, Luís Botelho e do Capi-
tão do Porto, comandante Diogo
Vieira Branco.
O Clube Naval da Horta contou com o
apoio dos seguintes parceiros na realiza-
ção deste evento internacional: Direc-
ção Regional do Turismo, Pró-
Convergência e Continente Modelo.
Embora não estivessem previstos pré-
mios para as atletas, José Decq Mota
entendeu contemplar a melhor veleja-
dora em prova com uma lembrança do
CNH, e que foi Catarina Coelho, do Clu-
be Naval Povoense que foi, aliás, o clube
mais premiado neste IX Encontro Inter-
nacional de Vela Ligeira.
Refira-se que todos os velejadores rece-
beram uma Medalha de Participação, as
quais foram entregues a um represen-
tante de cada clube.
O Presidente da Direcção do CNH agra-
deceu o empenho que todos estes clu-
bes colocaram na sua participação neste
evento (tendo havido troca de lembran-
ças) bem como aos atletas, a força e a
razão de ser de tudo isto. O agradeci-
mento foi extensivo às autoridades pre-
sentes, que colaboraram na Entrega dos
Prémios (para os 3 primeiros classifica-
dos de cada classe. As Classificações
completas encontram-se em anexo).
Classe 420:
1º Luís Gonçalves/Francisco Machado –
Clube Naval de Ponta Delgada
2º Ricardo Silveira/Tiago Serpa – Clube
Naval da Horta
3º Jorge Silva/Bartolomeu Ribeiro – Clu-
be Naval da Horta
Laser 4.7:
1º João Costa – Clube Naval de Ponta
Delgada
2º Pedro Costa – Clube Naval da Horta
3º José Pimentel – Clube Naval de Vila
Franca do Campo
Optimist:
1º Francisco Ilhao – Clube Naval Povo-
ense
2º Manuel Guimarães – Clube Naval
Povoense
3º João Ilhao – Clube Naval Povoense
Access 2.3:
1º Fernando Pinto – Sport Clube do Por-
to
2º Lício Silva – Clube Naval da Horta
3º Libério Santos – Clube Naval da Horta
Fotografias de: Cristina Silveira
O atleta do Clube Naval da Horta, (CNH)
Rui Silveira, encontra-se em contagem
decrescente para o Campeonato do Mun-
do das Classes Olímpicas, que começará
no dia 12 de Setembro em Santander, no
Norte de Espanha.
O velejador faialense realizou dois Está-
gios nesta localidade espanhola: o 1º du-
rante o mês de Julho (de 2 a 20) e o 2º
agora em Agosto (de 3 a 25) com o objec-
tivo de se preparar para conseguir apurar
Portugal para os Jogos Olímpicos do Brasil,
em 2016. A propósito deste 2º Estágio, Rui
Silveira sublinha que “correu melhor do
que o primeiro”, tendo contribuído gran-
demente para isso o facto de já se encon-
trar completamente recuperado da lesão
contraída num ombro, em Julho, na Croá-
cia.
“Sinto-me preparado para o Mundial e
essa preparação verifica-se tanto a nível
físico, como mental e até mesmo em ter-
mos de à vontade no barco”.
De regresso a Portugal com o seu Treina-
dor – Gonçalo Carvalho – o velejador do
CNH da Classe Laser continua com os trei-
nos, desta feita em ginásio, onde ficará até
ao dia 2 do próximo mês. No dia 3 voltará
a Santander para mais trabalhos de prepa-
ração com vista à participação no apura-
mento de 50% dos países que irão estar
representados nos Jogos Olímpicos. O 1º
dia de regatas será a 12 de Setembro, num
total de 5 dias de prova. Terminada esta
dura e decisiva etapa, o atleta entrará
“Sinto-me motivado e preparado para o Campeonato do Mundo das Classes Olímpicas”
Terminou 2º Estágio em Santander, na Espanha
Terminou esta segunda-feira, em Espanha, o 2º Estágio do atleta Rui Silveira, que decorreu de 3 a 25 do corrente em Santander. O velejador do Clube Naval da Horta já se encontra totalmente recupera-do da lesão sofrida no ombro, afirmando-se “motivado e preparado” para o Mundial, que arranca dia 12 de Setembro, em Santander.
Atlantis Cup 2014 – Jantar de Entrega de Prémios transformou-se numa festa
“Marina de Cascais – Giullieta” (ORC A) e “Celtic Dream” (ORC B) foram os vencedores
Uma Regata que simboliza a Auto-
nomia e une os Açores
“Muita competição, muito convívio e
bastante amizade”, foram os aspectos
da Atlantis Cup 2014 - Regata da Auto-
nomia” destacados por José Decq Mo-
ta, Presidente da Direcção do Clube
Naval da Horta (CNH), Entidade Organi-
zadora deste evento, que assinalou a
sua 26ª edição este ano.
Este Dirigente congratulou-se com o
facto de haver tripulações dos Açores,
Madeira, Continente português, Orien-
te e EUA, salientando que o Clube Naval
da Horta cumpriu o desígnio traçado de
atrair para este competição à Vela bar-
cos da frota regional e de outras ori-
gens.
“Sendo esta uma história oscilante,
conseguimos atingir uma linha evoluti-
va que foi sempre no sentido de atrair
mais gente, colocando esta Regata no
interesse e calendário de quem preza a
competição e naturalmente que isso
nos orgulha”, frisou.
José Decq Mota: “O essencial desta
Regata são os velejadores, os bar-
cos e a competição”
José Decq Mota realçou o significado do
nome desta competição, “sendo seu
objectivo desenvolver-se dentro da
unidade da Região Açores, ligando o
Arquipélago ao exterior e funcionado
como veículo de promoção”. Nesse
sentido, a parceria existente entre o
CNH e o Turismo Açores” é muito im-
portante para alcançar este desidera-
to”.
O Presidente da Direcção do Clube Na-
val da Horta destacou o patrocinador
global da Atlantis Cup - Regata da Auto-
nomia, que é a Liberty Seguros, enalte-
cendo a novidade desta edição, que
foram os patrocinadores por etapa
(BMW AutoAçoreana, Quinta dos Aço-
res e NOS Açores) o que permitiu
“melhorar o programa, tornando a pro-
va mais atractiva para os velejadores
em termos de objectivos e competi-
ção”.
O mais alto representante da Entidade
Organizadora deste evento realçou o
apoio do Clube Naval de Santa Maria
(presente nesta festa), de Ponta Delga-
da e do Angra Iate Clube, bem como
das Câmaras Municipais dos concelhos
que receberam esta Regata.
A Revista da Atlantis Cup 2014 la-
deada pelos Prémios
O trabalho de quem tornou possível a
Revista deste ano da Atlantis Cup tam-
bém foi evidenciado e agradecido. “Esta
Revista associada à Atlantis Cup já tem
história, tendo sempre como preocupa-
ção a qualidade. A publicação veio in-
troduzir um elemento de conhecimento
sobre os Açores”.
A Comissão Organizadora da Regata da
Autonomia foi também elogiada pelo
seu trabalho, a qual é composta por um
grupo de sócios do CNH.
Apesar de todas estas peças indispensá-
veis à concretização da Atlantis Cup, a
verdade é que “o essencial desta Rega-
ta são os velejadores, os barcos e a
competição”.
José Decq Mota terminou afirmando
que não tem dúvidas de que a Regata
da Autonomia vai continuar.
Participaram 20 tripulações de 3 continentes. Dos 6 prémios, 3 ficaram no Faial. A festa à volta da
mesa decorreu na noite desta terça-feira, dia 5, no Fayal Resort Hotel.
Para José Leonardo Silva “é sempre
bom ganhar, mas o fundamental é
participar”
O Presidente da Câmara Municipal da
Horta, José Leonardo Silva, agradeceu o
convite para estar presente na Cerimó-
nia, lembrando que a autarquia tam-
bém apoia esta Regata, a qual funciona
como “um complemento de valorização
da Horta, Cidade-Mar”.
O edil congratulou-se com a presença
de todos e fez votos para que as tripula-
ções e famílias continuem a promover
os Açores.
Saudando vencedores e vencidos, o
autarca faialense disse que “é sempre
bom ganhar, mas o fundamental é par-
ticipar”.
José Leonardo não tem dúvidas de que
a Assembleia Legislativa da Região Au-
tónoma dos Açores (ALRAA) vai conti-
nuar a apoiar este evento, assim como
a instituição a que preside. Por isso,
despediu-se dizendo “até à próxima
Semana do Mar”, já que o encerramen-
to da Atlantis Cup acontece em pleno
Festival Náutico da Semana do Mar.
Fausto Brito e Abreu: “Viver nestas
9 ilhas é maravilhoso, mas também
implica algumas dificuldades”
Para o Secretário Regional do Mar, Ci-
ência e Tecnologia, Fausto Brito e
Abreu, foi “um enorme prazer” poder
estar presente e representar o Governo
Regional, que tem “muito orgulho em
apoiar a Atlantis Cup”.
“Viver nestas 9 ilhas é maravilhoso, mas
também implica algumas dificuldades”,
sustentou este governante, acrescen-
tando que, “é por isso que o executivo
há muito que investe na rede de infra-
estruturas, como portos e marinas”.
Fausto Brito e Abreu frisou a importân-
cia de fazer dos Açores” cada vez mais
ponto de passagem de regatas nacio-
nais” e felicitou o Clube Naval da Horta
pela “magnífica organização”, além de
velejadores e participantes, apelando a
que se juntem a esta equipa em 2015.
Ana Luísa Luís, Presidente da ALRAA,
manifestou o seu gosto pelo facto de a
casa da autonomia se associar à Atlantis
Cup, nas estradas do mar, desde 1988.
Desde 2003 que a ALRAA apoia este
evento que, precisamente por isso,
adoptou a designação de Regata da
Autonomia, tornando-se “num símbolo
da autonomia, da união e coesão do
mar com as ilhas”.
Ana Luísa Luís garantiu que a As-
sembleia continuará a ser um alto
patrocinador da Regata da Autono-
mia
“Vinte barcos traçaram com sucesso
esta rota, que uniu quatro ilhas: Santa
Maria, São Miguel, Terceira e Faial”,
referiu a Presidente da ALRAA, que
agradeceu ao CNH, aos skippers e aos
muitos colaboradores anónimos que
trabalham para o sucesso desta Regata,
agora celebrado, lançando o repto para
que haja uma nova festa no próximo
ano.
O Director da Prova, Jorge Macedo,
está de parabéns, assim como a sua
equipa
Antes da Cerimónia de Entrega dos Pré-
mios, o Director da Prova, Jorge Mace-
do, fez questão de agradecer o apoio
do skipper do iate “Quero Quero”, da
Madeira, do staff envolvido na Regata,
o trabalho da equipa “Mar de Histórias
(Fúlvia Almeida e Carlos Vaz), os conse-
lhos e sugestões de Rodrigo Moreira
Rato, dirigindo uma palavra de agrade-
cimento à sócia do CNH, Alzira Luís,
ausente por motivos de doença.
Classe ORC B:
1º “Celtic Dream” – João Reis
2º “Rift” – Carlos Moniz
3º “Mariazinha” – Manuel Gabriel Nu-
nes
A tripulação do “Celtic Dream”
A tripulação do “Rift”
A tripulação do “Mariazinha”
Classe ORC A:
1º “Marina de Cascais - Giullieta” – Ale-
xandre Kossack
2º “Xcape” – Luís Quintino
3º “Altitudes 2” – Tiago Matos
A tripulação do “Marina de Cascais
- Giullieta”
A tripulação do “Xcape”
A tripulação do “Altitudes 2” (a
“menina” destes velejadores fez
muito furor)
O vencedor da Classe ORC A, Alexandre
Kossack, pediu uns breves minutos para
referir que a Atlantis Cup - Regata da
Autonomia foi “uma das mais bem or-
ganizadas” em que a sua equipa partici-
pou. Agradeceu o apoio da família, de
Jorge Macedo, Alexandre Rainha, Vítor
Mota, Rogério Feio e “o fairplay do Dr.
Luís Quintino”, que cedeu cabos ao
“Marina de Cascais - Giullieta” para que
este pudesse prosseguir em prova.
A Atlantis Cup - Regata da Autonomia,
contou com o alto patrocínio da Assem-
bleia Legislativa da Região Autónoma
dos Açores, Governo Regional dos Aço-
res e Liberty Seguros.
Antes das muitas fotografias de grupo
para a posteridade, foi exibido o filme
da Regata.
O Director de Prova da Atlantis Cup -
Regata da Autonomia (Vice-Presidente
do CNH e Director da Secção de Vela de
Cruzeiro), Jorge Macedo, fez um balan-
ço a esta competição, que vai já na sua
XXVI edição.
“O nível de organização da Atlantis
Cup está acima da média nacional”
“Eu estou, à semelhança de outros
anos, muito agradado com esta prova e
digo isso por várias razões. Uma delas
tem a ver com o nível de participação
de equipas acentuadamente já com
aquele espírito de regata a sério, de
competição pura e dura. Em termos de
meteorologia, foi muito bom. Poderá
ter sido das Regatas Atlantis Cup mais
rápidas que se fizeram até hoje, nestas
26 edições. As equipas estão extrema-
mente agradadas, independentemente
de serem as mais ou menos competiti-
vas. Os da Classe Open também estão
extremamente agradados com o nível
de organização que nós implementá-
mos. As coisas correram muito bem. As
largadas foram dadas a tempo e horas,
as selagens – que são sempre um sector
importante e complicado – correram
lindamente. Neste caso, trata-se de
incentivar os participantes, nomeada-
mente os skippers, a estarem a tempo e
horas nos sítios que indicamos para as
selagens. Depois do motor estar selado,
obrigada a ter o reboque.
A participação dos clubes co-
organizadores (Clube Naval de Santa
Maria, Clube Naval de Ponta Delgada e
Angra Iate Clube) são elos fundamen-
tais nesta cadeia. Eles disponibilizaram-
nos os meios e ajudaram-nos e só assim
conseguimos ter esta prova mais uma
vez no ar e a acabar no dia de hoje, com
um nível acima da média. A nível nacio-
nal, já li e conheço, e ainda agora o Rui
Nunes da Costa do “Record” e do
“Notícias do Mar” (onde têm sido publi-
cadas notícias sobre a Atlantis Cup) e
como jornalista da Selecção Portuguesa
de Vela, referiu que este nível de orga-
nização de regata está acima da média
nacional. Naturalmente que isso nos
deixa muito satisfeitos.
O número de participantes deste ano
foi menor do que em 2013, já sabíamos
disso, mas assinalar 25 anos seja em
que desporto for, constitui sempre um
marco diferente. O número de veleja-
dores da Região no ano passado foi
grande. A Associação Nacional de Cru-
zeiro (ANC) apenas esteve com 6 ele-
mentos em 2013, o que foi pouco ex-
pressivo para o que estava previsto,
mas este ano sendo uma regata normal,
sem qualquer cariz de aniversário, apa-
receram 20 tripulações, o que foi muito
importante. Vir uma tripulação de Hong
kong, assim como o Campeão Nacional
da volta a Portugal à Vela de 2013, mais
o “Altitudes II”, o “Conquilha” além do
“Maravilha” (directamente de New Be-
dford), virem todos de propósito aos
Açores para participar nesta Regata, é
claro que isso enche-nos de orgulho.
Isto expressa bem que, de facto, a
Atlantis Cup está cada vez mais consoli-
dada.
Nitidamente, as tripulações preparam-
se cada vez melhor. Basta ver o caso do
“Marina de Cascais” que tem como ski-
pper um olímpico dos 470, além de ter
também outros elementos que fazem
Vela a sério.
É importante a existência da Classe
Open. Considero que temos de rever a
questão dos prémios, pois entendo que
também devemos atribuir um troféu
àquela classe, que, parecendo que não,
é muito importante para a Regata. É de
realçar que dos 20 barcos em prova
este ano, 8 pertenciam à Classe Open.
O Clube Naval da Horta tem de manter
este nível competitivo e organizativo. O
nível tem vindo a subir, mas tem pernas
para subir ainda mais, mas sempre com
cuidado, porque tem de ser auto-
sustentável.
Lamento que não haja mais gente en-
volvida na Organização, porque quem
está nisto há vários anos, também se
cansa. A passagem do testemunho está
cada vez mais difícil. Mas sem dúvida
que há sócios do Clube Naval da Horta
com essa capacidade e até mesmo ou-
tras pessoas na nossa sociedade. É só
uma questão de serem convidadas e sei
que aceitam.
No que toca à internacionalização, esse
aspecto vem já desde 1999, ou seja, do
início. Na primeira edição houve um
dinamarquês que residia na Horta e que
foi um dos impulsionadores da Atlantis
Cup e na segunda edição, em 1989, já
fez parte da competição.
O alargamento da Regata a outras ilhas
está dependente das condições de esta-
cionamento dos barcos nas marinas.
Temos a Marina das Velas que nos rece-
be muito bem, mas arrumar 20 embar-
cações lá, não vai ser fácil, porque os
barcos são cada vez maiores. Sei que
somos acolhidos lá com a maior boa
vontade, o que aconteceu por altura da
Regata Horta/Velas/Horta, em que o
responsável daquela Marina é amigo
dos skippers e um grande impulsiona-
dor de eventos, mas aquela infraestru-
tura não tem as condições necessárias,
ao contrário de Santa Maria, que tem
uma Marina magnífica. Acho que seria
um risco muito grande para a Organiza-
ção – seja ela qual for, porque não vou
ser eterno – enveredar por um circuito
destes, apesar da Presidente da ALRAA
e nós também, termos a intenção de
alargar a Regata a mais ilhas na questão
da abrangência da Autonomia.
A continuidade do apoio da ALRRA é
inquestionável, assim como do Gover-
no, no dizer do Secretário do Mar, Ciên-
cia e Tecnologia.
Relativamente à novidade das parcerias
em cada uma das pernas da Atlantis
Cup, foi algo muito bem esgalhado. Os
próprios parceiros ficaram muito satis-
feitos e desde logo prometeram que no
próximo ano a parceria poderá ser um
pouco mais alargada.
Balanço do Presidente da Direcção,
José Decq Mota:
A Atlantis Cup foi um sucesso, registan-
do a participação de barcos dos Açores,
da Madeira, dos EUA e do Oriente. Do
ponto de vista náutico e de competição,
foi boa, com um elevado grau de com-
petição. O tempo também ajudou.
Do ponto de vista social, o programa
não só estava bem elaborado como foi
disfrutado pelos tripulantes. Do ponto
da vista da troca de impressões e apro-
ximações, esta Regata é importante e o
convívio nela gerado foi um passo im-
portante, por exemplo, para a assinatu-
ra de um Protocolo de Cooperação en-
tre o CNH e o Clube Naval do Funchal,
esta quarta-feira, dia 6.
Os objectivos principais foram atingi-
dos. Haverá aspectos a afinar, mas te-
mos razões para estar satisfeitos.
O alargamento da Regata é uma ques-
tão a ver, mas não é muito fácil, porque
obriga ao prolongamento do tempo de
competição, o que inviabiliza a partici-
pação de muita gente. Ter uma regata
no mar mais de 8 dias, tendo barcos do
Continente, que levam 6 dias a vir e 6 a
ir, é muito tempo. Se aumentarmos a
Regata para 15 dias mais o tempo das
deslocações, pode implicar a disponibi-
lização de uma tripulação durante um
mês. Isso não é viável. Uma hipótese
mais viável será a alternância entre
várias ilhas.
Fotografias de: José Macedo
Fotos: LX Sailing
Gabinete de Imprensa do
Clube Naval da Horta: Como
acontece esta vinda para os
Açores, mais concretamente
para o Clube Naval da Horta,
na ilha do Faial?
Duarte Araújo: Na verdade foi
o Clube Naval da Horta que me
encontrou, tendo em conta que
andava à procura de um treina-
dor para reforçar os quadros
técnicos. Na altura eu estava a
reiniciar a Escola de Vela do
Iate Clube do Porto depois de
vários anos como treinador do
Clube de Vela Atlântico, ambos
clubes com tradição na vela na-
cional. O projecto que me foi
apresentado estava de acordo
com as minhas ambições e che-
gamos a acordo para um perío-
do experimental que termina no
fim deste mês.
G. I.: Qual a maior ambição
da época que agora findou?
Treinador de Vela Ligeira faz balanço à 2ª metade da época 2013/2014
“Em vários aspectos, o Clube Naval da Horta está bem à frente de muitos países”, considera Duarte
Araújo
Duarte Araújo: A ambição que
tinha para estes 6 meses era a de
criar uma equipa que tivesse a de-
terminação, dedicação e empenho
que caracterizam os velejadores
que procuro formar, juntamente
com a capacidade de adaptação a
uma realidade diferente e distante
da que tinha.
“Faltou um ou mais clones para
duplicar ou triplicar o trabalho fei-
to!”
G. I.: Os objectivos foram cum-
pridos?
Duarte Araújo: Julgo que a adap-
tação correu suavemente e com
sucesso. Sinto-me bem aqui e os
velejadores parecem gostar dos
meus métodos. As características
O Clube Naval da Horta andava à procura de um Treinador de Vela Ligeira e o projecto apresentado
encaixou nas expectativas deste tripeiro, nascido em Matosinhos. Diz que só conhecia os Açores dos
postais e dos documentários televisivos, mas vai renovar o contrato e ficar na instituição onde trabalha
há 6 meses. Considera que em termos das condições oferecidas aos participantes, nas estruturas huma-
nas de apoio, na organização da actividade e nas condições naturais para a prática da Vela, o Clube
Naval da Horta está bem à frente de muitos países, sendo o reforço do Departamento Técnico uma ne-
cessidade para que se possa voltar a dar aos velejadores mais horas de treino. Estamos a falar de Duar-
te Araújo, Treinador de Vela Ligeira, Grau II, persistente por natureza e para quem esta modalidade
representa a felicidade.
Duarte Araújo é velejador desde os 11 anos de idade, tendo o seu percurso abrangido, dentro da Vela
Ligeira, as Classes Optimist, Laser e Snipe.
Na Vela de Cruzeiro, destaque para as regatas costeiras, as voltas a Portugal, a participação na Regata
dos 500 Anos do Descobrimento do Brasil, além das várias provas em mundiais e europeus, em diferen-
tes classes. A menina dos seus olhos, em termos de prémios, é o facto de ser detentor do título de Cam-
peão Europeu de Juniores em Snipe, algo que se torna ainda mais precioso pela sua raridade e dificul-
dade em alcançar. Todo este percurso na área da competição fez nascer neste jovem a vontade de
transmitir o que aprendeu sendo, por isso, treinador há 6 anos.
“Sinto-me bem aqui e os velejadores parecem gostar dos meus métodos”
que procuro imprimir nos atletas,
constituem um trabalho em pro-
gresso, que irá começar a dar os
seus resultados já na próxima
época.
G. I.: O que é que faltou?
Duarte Araújo: Um ou mais
clones para duplicar ou triplicar o
trabalho feito! No mesmo dia te-
nho de dar treinos a jovens vele-
jadores que se iniciam na Vela,
com 8/9 anos; a jovens com
16/17, como aperfeiçoamento das
suas técnicas de regata, e na ma-
nhã seguinte a alunos com 13/14
anos noutra classe, com progra-
mas de treino completamente di-
ferentes. Embora eu dê muitos
treinos, os velejadores de cada
escalão específico não têm um
horário muito preenchido, apesar
de manifestarem grande vontade
em aumentar essa carga.
G. I.: Entendes que houve uma
linha evolutiva desde que cá
chegaste?
Duarte Araújo: Desde que che-
guei os pais e os atletas percebe-
ram que estava a ser feita uma
aposta na modalidade e nos vele-
jadores e têm respondido positi-
vamente. Essa linha evolutiva já
vem de trás. A minha vinda ape-
nas deu mais força a essa inten-
ção.
G. I.: Que outros projectos fo-
ram desenvolvidos ao longo do
tempo em que estás cá como
Treinador de Vela, Grau II?
Duarte Araújo: Durantes estes
meses tivemos mais 3 projectos a
decorrer, nomeadamente o “Bom
Tempo no Canal” (destinado a
alunos da Escola Secundária Ma-
nuel de Arriaga), a Vela de Com-
petição Sénior e as Aulas de Ini-
ciação para Adultos. Alunos de
uma turma de Currículo Adapta-
do da Escola Secundária Manuel
de Arriaga da Horta (ESMA) de-
ram corpo ao Projecto “Bom
Tempo no Canal”, tendo como
tutoras as alunas do Curso de
Animador Sociocultural, sob a
coordenação pedagógica dos do-
centes destes alunos. Uma das
missões do Clube Naval da Hor-
ta, parceiro nesta actividade, foi
transmitir a este grupo de jovens
aprendizes das lides do mar, al-
gumas das técnicas da navega-
ção. Os alunos foram sempre
acompanhados pela mentora des-
te Projecto, a Professora Maria
do Céu Brito.
Durante vários meses tivemos a
visita semanal de turmas desta
Escola, tendo sido abordada a
Iniciação à Vela para esse pro-
grama. Os alunos participaram
com grande vontade nos exercí-
cios propostos e sem absentismo,
ainda que muitos tivessem de
combater receios relacionados
com o mar.
Na Vela de Competição Sénior,
os velejadores revelaram grande
vontade em voltar a competir e a
navegar na Vela Ligeira, o que
culminou com a Prova Regional
Sénior, realizada durante o Festi-
val Náutico da Semana do Mar
2014, organizado pelo Clube Na-
val da Horta. Devo dizer que eles
estão extremamente motivados
para continuar na próxima época.
Já a Vela de Iniciação para Adul-
tos, foi um projecto pessoal que a
Direcção apoiou e a grande maio-
ria dos inscritos é velejadores que
já integram tripulações de botes
baleeiros. Como tal, foi mais fá-
cil iniciá-los, uma vez que já co-
nheciam grande parte do progra-
ma. No entanto, esse Curso mos-
trou que existe sempre algo a
aprender e os velejadores tiveram
a oportunidade de constatar isso
mesmo na Regata que foi organi-
zada durante o Festival Náutico,
onde competiram contra tripula-
ções mais experientes. Estão
muito motivados no sentido de
dar continuidade à sua aprendiza-
gem e evolução na Vela Ligeira.
Estão a ser feitos planos no senti-
do de criar mais Cursos de Vela
para Adultos, dando assim a
oportunidade a todos os que quei-
ram realizar o seu sonho de
aprender a andar à Vela.
O “Bom Tempo no Canal” foi um
dos vários projectos em que este
Treinador esteve envolvido
Fotografia de: Cristina Silveira
G. I.: Qual o balanço que fazes
ao Festival Náutico?
Duarte Araújo: Posso dizer que
foi extremamente positivo! Foi
uma semana de muita actividade
náutica, mas que na realidade foi
um mês, começando no Campeo-
nato Nacional de Access (que
decorreu nos dias 11, 12 e 13 de
Julho, mas com muita preparação
anterior) e prolongando-se em
deslocações a Campeonatos, em
organização e preparação dos
eventos chegando finalmente à
Semana em que tudo acontece! O
pessoal do Clube nunca parou, de
dia e de noite, mostrando uma
vitalidade náutica que não é facil-
mente encontrada em todo o
mundo.
G. I.: Conheces mais algum
clube que tenha esta capacida-
de organizativa?
Duarte Araújo: O Clube Naval
da Horta revelou que é capaz de
organizar eventos com qualidade,
mas também de massas. Foram
muitos desportos e especialida-
des que estiveram a decorrer ao
mesmo tempo, com todos os
membros do Clube que podiam
ajudar a fazer algo. Considero
que, mais do que um evento do
Clube Naval da Horta, é um
evento da Ilha do Faial, em que
os participantes numas provas
são elementos da organização ou
voluntários noutras. Todos con-
vergem para tornar possível este
Festival Náutico e a festa, sendo
indissociáveis um do outro.
Mas a parte que coube ao Clube
Naval da Horta correu muitíssi-
mo bem e esta instituição está de
parabéns, pois consegue fazer um
Festival que não existe em mais
nenhum local do país e muito
poucos com os recursos disponí-
veis conseguiriam fazer tanto.
G. I.: Estás a gostar dos Aço-
res? Já conhecias a Região?
Duarte Araújo: Estou a gostar
muito dos Açores, a beleza natu-
ral e o contacto constante com o
oceano e a vida marinha, são dois
aspectos únicos. As pessoas que
habitam este cantinho também
são muito acolhedoras e surpre-
endem-me a cada dia. O único
aspecto que conhecia da Região
era das imagens de postais que
chegam ao Continente português
e que dão conta da beleza natural
e imensidão inexplorada, junta-
mente com os documentários in-
ternacionais sobre vida marinha,
que convergem para este espaço
especial.
Duarte Araújo rendeu-se à beleza
natural e ao acolhimento dos faia-
lenses
G. I.: Vai haver renovação do
contrato?
Duarte Araújo: Agora que ter-
minou o período experimental e
uma vez que a adaptação de am-
bas as partes correu muito bem,
estamos a tratar, naturalmente, da
renovação do contrato, dando
continuidade ao trabalho que tem
sido feito e a preparar a próxima
temporada.
G. I.: Já podes revelar alguns
dos projectos para a próxima
época?
Duarte Araújo: A próxima épo-
ca começa já no primeiro fim-de-
semana de Setembro, com o
Campeonato Nacional de Infan-
tis, em Tróia, em que temos 3
atletas representando o Clube
Naval da Horta e a Região Aço-
res. Quanto a projectos, ainda
estão no segredo dos deuses.
“Procuro incutir nos velejadores
os valores da Vela e da Competi-
ção”
G. I.: Quantos atletas tem a Es-
cola de Vela do CNH, incluindo
os da Classe Access (Vela para
pessoas com mobilidade redu-
zida)?
Duarte Araújo: Neste momento
temos 64 velejadores nos diferen-
tes escalões, mas esperamos au-
mentar esse número na próxima
época.
G. I.: Os atletas têm muito ca-
minho a percorrer?
Duarte Araújo: Todos os atletas
têm um longo caminho a percor-
rer. No caso das modalidades ini-
ciadas – Juvenis e Juniores – esse
longo caminho ainda é maior,
mas por que se trata da formação
de atletas e indivíduos, procura-
mos incutir neles os valores da
modalidade e da competição.
G. I.: Temos “promessas” no
grupo?
Duarte Araújo: Sim, temos ve-
lejadores que demonstram um
grande interesse e apetência pelas
particularidades da Vela de Com-
petição, tanto física como men-
talmente.
G. I.: O que falta para a Escola
de Vela “dar o salto”?
Duarte Araújo: A Escola de Ve-
la já está a dar o salto, tanto em
quantidade como em qualidade, é
um processo de crescimento que
demora o seu tempo, tanto nos
resultados desportivos como
quantitativos, mas o caminho que
estamos a percorrer vai dar os
seus frutos, e isso já está em mar-
cha.
G. I.: Comparando com o Con-
tinente português, estamos
muito atrás?
Duarte Araújo: Estamos muito
atrás numas coisas e à frente nou-
tras. No caso das competências
técnicas, físicas e tácticas da Ve-
la de Competição estamos atrás,
assim como nas oportunidades de
competir e melhorar em competi-
ção, mas já no caso das condi-
ções oferecidas pelo Clube aos
praticantes, nas estruturas huma-
nas de apoio, na organização da
actividade e nas condições natu-
rais para a prática da modalidade,
estamos bem à frente de muitos
países.
G. I.: Os velejadores estão dis-
postos a trabalhar mais, a ter
treinos mais regulares?
Duarte Araújo: Os velejadores
têm acompanhado esta maior
exigência nos treinos e notado a
sua evolução; levam mais a sério
a sua participação nos treinos e a
sua concentração em regatas.
Acreditam que vão melhorar e
estão dispostos a trabalhar mais
para atingir esses resultados, e
não é anormal pedirem-me para
treinar mais.
Os velejadores são os primeiros a
pedir para treinar mais
G. I.: Na tua opinião há com-
petições em número suficiente
ou deveria haver mais?
Duarte Araújo: Não é só o nú-
mero que é insuficiente, é o nível
da competição que mais me pre-
ocupa. As oportunidades de com-
petir com todos os clubes da Re-
gião neste momento são apenas 4
– contando com o Encontro In-
ternacional, que não fazendo par-
te do calendário regional, reúne
velejadores de todas as regiões e
do Continente português e es-
trangeiro – e essa falta de com-
petição limita a aprendizagem
dos atletas, que não tendo adver-
sários, têm de competir entre eles
próprios para evoluírem e chegar
a outro patamar.
G. I.: Quais as necessidades
desta Secção?
Duarte Araújo: O Clube Naval
da Horta está muito bem equipa-
do em termos de apoio de mar,
com vários pneumáticos, que
permitem o acompanhamento
técnico adequado. No entanto,
embora tenhamos muitos barcos
para iniciar a prática da modali-
dade, o material está muito usa-
do, sendo normal fazer remendos
a toda a hora, tanto em velas co-
mo em cascos. E de remendo em
remendo, vamos dando o nosso
melhor, procurando competir,
mesmo com equipamento ultra-
passado, remendado e empenado.
A Direcção tem vindo a fazer um
esforço para melhorar e reparar
todo o material e toda a gente
neste Clube procura fazer o me-
lhor com o que tem, no entanto a
verdade é que o material está es-
ticado ao máximo.
Uma necessidade realmente im-
portante era dotar o Clube de
balneários mais apropriados à
actividade que aqui se pratica, o
que não avança devido ao projec-
to de construção da nova sede do
Clube Naval da Horta, mas a ver-
dade é que não se sabe para
quando o arranque das obras.
O reforço do Departamento Téc-
nico é outra necessidade que está
a ser trabalhada, para que se pos-
sa voltar a dar aos velejadores
mais horas de treino.
G. I.: Como classificas as con-
dições do Clube Naval da Hor-
ta para a prática da Vela?
Duarte Araújo: Potencialmente
excelentes e conta já com o prin-
cipal que é a vontade directiva,
disponibilidade humana e condi-
ções climatéricas e meteorológi-
cas ideais. O Clube está implan-
tado numa cidade virada para o
mar, que é o Centro do Atlântico
Norte na Vela de Cruzeiro. Da-
qui podem sair vários profissio-
nais da área náutica, dando uma
maior importância ao envolvi-
mento entre o Clube Naval e a
ilha do Faial.
G. I.: Como vês a Vela em Por-
tugal?
Duarte Araújo: A Vela em Por-
tugal é um desporto elitista. Eli-
tista principalmente pelo pouco
conhecimento que as pessoas
têm deste desporto e das vanta-
gens do mesmo para os pratican-
tes. Tem sido feito um esforço
para tornar a Vela mais acessível
economicamente para as famí-
lias, mas ainda não começou a
abordar as potencialidades que
tem neste país, principalmente
como instrumento de construção
de personalidade e estabeleci-
mento de valores nos jovens.
DUARTE ARAÚJO DESCON-
TRAÍDO
“A Vela para mim é felicidade”
- Signo: Leão
- Local de nascimento: Matosi-
nhos
- Prato favorito: Está entre a
feijoada do meu pai e o Leitão da
Bairrada
- Desporto preferido: VELA
- Qualidades: Persistência
- Defeitos: Não saber quando a
persistência se transforma em
obsessão
- Como te defines? Sou compli-
cado, pois gosto de coisas sim-
ples
- Qual o teu maior sonho? Fa-
zer a diferença
- O que é a Vela para ti? A Ve-
la para mim é felicidade
Fotografias cedidas por: Duarte Araújo
João Carlos Pinheiro: “Tenho muito
orgulho de ser filho de um grande
baleeiro das Angústias e de o meu
filho mostrar tanto interesse pelas
suas raízes, mantendo e dinami-
zando a ligação que existe entre as
cidades irmãs da Horta e de New
Bedford
João Carlos Pinheiro, um faialense das
Angústias há muito emigrado nos Esta-
dos Unidos da América, tem sido um
dos grandes dinamizadores no sentido
de manter viva e activa a ligação que
existe entre as cidades da Horta (ilha
do Faial, Açores) e a de New Bedford
(Massachusetts, condado de Bristol,
EUA). Geminadas desde 1972, estas
cidades irmãs têm em comum a balea-
ção, há muito imortalizada no Museu
da Baleia de New Bedford (New Be-
dford Whaling Museum). Sempre liga-
do à terra que o viu nascer, João Carlos
Pinheiro não perde uma oportunidade
para vir ao Faial e lembrar a quem de
direito, tanto lá como cá, que é preciso
nunca deixar morrer esta cultura e tra-
dição.
Victor Pinheiro, filho de João Carlos
Pinheiro, mesmo nascido no outro lado
do Atlântico, domina bem o português
e carrega no peito a responsabilidade,
e ao mesmo tempo, o gosto de honrar
o avô paterno: José Cardoso, um gran-
de baleeiro da freguesia das Angústias,
ilha do Faial. Por isso, foi com agrado
que veio à ilha azul trazer um abraço
das gentes de New Bedford, tendo feito
a viagem marítima a bordo do seu
“Maravilha” no passado mês de Julho,
onde foi calorosamente recebido por
vários faialenses. O objectivo foi vir
deixar o barco a fim de participar na
26ª edição da Atlantis Cup - Regata da
Autonomia, que saiu de Santa Maria no
dia 27 de Julho e terminou na Horta,
com o Jantar de Entrega de Prémios no
dia 5 deste mês.
Convidado para ser o Presidente da
Comissão de Regata de Botes Baleeiros
do Festival Náutico da Semana do Mar
2014 (realizada no dia 9 deste mês),
João Carlos Pinheiro tinha motivos de
sobra para vir ao Faial juntar-se ao filho
– que se fez acompanhar da família – e
rever familiares, amigos e conhecidos.
“Ver os botes baleeiros a navegar no
canal é a prova da importância que isto
tem para manter a tradição baleeira, a
nossa cultura marítima e, ao mesmo
tempo, atrair turistas ao Faial e aos
Açores, o que é importantíssimo”, con-
sidera este faialense, que acrescenta:
“A Regata decorreu muitíssimo bem.
Ao princípio, o vento estava um bocadi-
nho fresco e estávamos com receio de
começar a competição, mas correu
muitíssimo bem”.
Instado a estabelecer uma comparação
entre as regatas de cá e as de lá, refere
que “no Faial há mais botes em prova”.
E sublinha: “Em New Bedford faço rega-
tas de Cruzeiro com o mesmo número
de barcos daqui ou mais, mas com bo-
tes baleeiros não”.
Aos 3 botes açorianos que existiam em
New Bedford vieram juntar-se mais 10
“Yankee Botes”, que são os botes bale-
eiros americanos entretanto construí-
dos, sendo “um bocadinho diferentes
dos açorianos: são mais pequenos e
com menos vela”. No entanto, “esta
pequena rivalidade entre os botes aço-
rianos e os botes americanos está a
suscitar entusiasmo por parte das pes-
soas”, realça João Carlos Pinheiro, que
acrescenta: “Os americanos estão a
afluir aos botes baleeiros”.
A construção dos botes baleeiros ame-
ricanos – cada um custou 100 mil dóla-
res – esteve a cargo de vários museus
por intermédio do Mystic Seaport Mu-
seum, o Museu da América e do Mar.
Cada museu é que angariou os fundos
necessários através de donativos parti-
culares e outras acções. A Morgan, a
única barca baleeira que ainda navega,
foi recuperada pelo Mystic Seaport
Museum, o que foi sinónimo de um
investimento de 9 milhões de dólares.
A propósito de apoios, João Carlos Pi-
nheiro sublinha: “Na América não de-
pendemos do Governo. Angariamos
apoios de firmas e particulares e reali-
zamos festas para conseguir os fundos
necessários para este projecto”. E frisa:
“Embora o dinheiro seja importante, o
principal deste movimento é envolver a
comunidade. Não queremos apenas um
pequeno grupo a gerir isto, o que se
pretende é envolver a comunidade,
pois temos muitos açorianos – e faia-
lenses – a viver na Nova Inglaterra”.
“Na América não dependemos do
Governo para a recuperação dos
botes baleeiros nem para a realiza-
Ligação entre as cidades da Horta e de New Bedford está viva e activa”: “O im-portante é envolver a comunidade”, salienta João Carlos Pinheiro
ção de eventos relacionados com a
manutenção da cultura baleeira”
João Carlos Pinheiro refere que “o pes-
soal português da área de New Be-
dford que não ia ao Museu da Baleia, já
começou a ir”.
O Museu da Baleia tem, desde há cerca
de 15 anos, a Galeria do Baleeiro Açori-
ano (Azorean Whalemen Gallery), a
única exposição permanente nos EUA
que destaca a contribuição portuguesa
para o património marítimo america-
no, nomeadamente para a história da
baleação de New Bedford e dos Aço-
res. A instalação da Galeria do Baleeiro
Açoriano dentro do Museu da Baleia
de New Bedford – onde existem foto-
grafias e vários artefactos da baleação
– “resulta de um donativo muito gran-
de, que foi feito pelo Sr. Jaime Gama”,
recorda João Carlos Pinheiro.
Em 2010, o Museu da Baleia recebeu a
exposição intitulada “A Baleação no
Faial: Fase Industrial (1940-1984)” que
contava a história dos principais cen-
tros desta actividade na ilha, nomeada-
mente a Fábrica da Baleia de Porto
Pim, dos Armazéns da “Reis e Martins”
e das principais personalidades que a
marcaram ao longo do século XX, sem
esquecer as novas indústrias do sector,
como a observação de baleias.
“Esta exposição esteve na América
durante 8 meses e tem havido um in-
tercâmbio muito grande entre o Mu-
seu da Baleia de New Bedford e o Ob-
servatório do Mar dos Açores (OMA)
por intermédio da Márcia Dutra, da
Carla Dâmaso e do Filipe Porteiro, o
que é muito importante”, defende este
faialense, que garante: “Queremos dar
continuação a esta ligação”.
“Os nossos portugueses, sobretudo os
açorianos, estão a aderir mais ao Mu-
seu da Baleia”. Na base desse desper-
tar de consciências adormecidas está
uma maior divulgação da importância
do Museu da Baleia, a inauguração da
exposição permanente, a fundação da
Azorean Maritime Heritage Society (da
qual João Carlos Pinheiro foi o mentor)
e a criação da Regata Internacional de
Botes Baleeiros.
“Os nossos portugueses, sobretu-
do os açorianos, estão a aderir
mais ao Museu da Baleia”
“Há muitos portugueses (e açorianos)
que, apesar de residirem nesta área há
imenso tempo, nunca tinham visitado
o Museu da Baleia de New Bedford, o
maior do mundo. A ligação que agora
já é sentida e vivida de forma mais acti-
va no que diz respeito à geminação
entre as cidades da Horta e de New
Bedford faz com que sempre que os
portugueses da área de New Bedford,
Fall River ou Boston recebem alguém
de qualquer parte façam questão de
levar as suas visitas à maior atracção
da cidade: o Museu da Baleia de New
Bedford”, sustenta João Carlos Pinhei-
ro, um dos pilares desta ligação social,
cultural e afectiva.
O Museu da Baleia de New Bedford foi
responsável pela organização de 3 ex-
cursões oriundas desta cidade america-
na que tiveram como destino os Aço-
res, concretamente o Faial (e outras
ilhas). “Trata-se de pessoas que não
são portuguesas, mas têm curiosidade
em saber a história da baleação”, expli-
ca João Carlos Pinheiro, frisando:
“Posso dizer que é turismo de 1ª clas-
se. Estes turistas ficam em bons hotéis,
comem em bons restaurantes e levam
grandes souvenirs. Isto é um intercâm-
bio muito importante para a ilha do
Faial e para nós que vivemos no estran-
geiro, pois trata-se de divulgar a gran-
de ligação que existe entre a Horta e
New Bedford, devido à baleação. E isso
é visível na arquitectura e noutros as-
pectos em ambas as cidades”.
E no contexto destas excursões, é de
referir que as pessoas envolvidas de-
monstraram interesse em voltar a es-
tas ilhas.
“A Regata Internacional de Botes Bale-
eiros tem suscitado um grande interes-
se nos americanos que fazem pergun-
tas sobre esta tradição, estão a aderir
às regatas e revelam vontade de vir
visitar os Açores (ilha do Faial e ou-
tras). Isto provocou um impacto positi-
vo acima dos 50% na comunidade ame-
ricana não só de New Bedford, mas da
área de Boston e Massachusetts”, real-
ça este faialense.
João Carlos Pinheiro, a “alma” e o rosto
da Regata Internacional de Botes Bale-
eiros (condecorado pelo Secretário de
Estado das Comunidades, José Cesário,
em representação de toda a comunida-
de) revela que a próxima será em 2015,
“provavelmente” na primeira semana
do mês de Julho, por forma a coincidir
com a independência da América e o
aniversário da cidade da Horta, ambas
as datas assinaladas a 4 de Julho.
Uma geminação assegurada
A geminação destas duas cidades nas-
ceu através da celebração de um pro-
tocolo em 1972, na altura em que Fer-
nando Neto, que emigrou na sequência
do Vulcão dos Capelinhos, era o repre-
sentante da cidade de New Bedford.
A ligação entre as duas cidades irmãs
começou a ganhar importância quando
o Porto da Horta se tornou abrigo para
os grandes barcos baleeiros provenien-
tes de New Bedford, tendo esta cidade
sido, mais tarde, o destino de uma das
primeiras vagas da emigração dos Aço-
res para os EUA.
João Carlos Pinheiro sublinha que “a
mudança de presidentes da câmara
tanto de um lado como do outro não
pode jamais ser um entrave a este in-
tercâmbio, importante na actualidade
e para os vindouros”. E prossegue: “E
esta ligação pode ser expressa através
da Regata de Botes Baleeiros, Folclore,
palestras ou outras iniciativas tanto cá
como lá. Espero que não se perca e
que seja intensificada”.
Mystic Seaport Museum, Morgan e a
relação com o OMA
O Mystic Seaport Museum está situado
em Mystic Seaport, uma vila-museu
localizada na cidade de Mystic, no esta-
do norte-americano de Connecticut,
mesmo no estuário do rio Mystic. A vila
costeira é composta por mais de 60
casas-museu, cuidadosamente restau-
radas.
O Mystic Seaport Museum é o maior
museu marítimo do mundo, sendo no-
tável pela sua colecção de barcos à
vela, de madeira, com a recriação dos
ofícios e tecido de toda uma aldeia ma-
rítima do século XIX. Foi fundado em
1929 como o “Marine Historical Associ-
ation”. A sua fama surgiu com a aquisi-
ção, em 1941, do Charles W. Morgan , a
única embarcação baleeira à vela de
madeira que sobreviveu até ao presen-
te sendo, por isso, o símbolo maior da
época em que este país dominava a
indústria baleeira.
O Charles W. Morgan é o último de
uma frota baleeira norte-americana
que somava mais de 2.700 embarca-
ções. Construído – em New Bedford – e
lançado em 1841, o Morgan é agora o
navio comercial americano mais antigo
ainda à tona, a seguir ao USS Constituti-
on, com a particularidade de 80% das
suas madeiras ainda serem as originais.
Ao longo de uma carreira baleeira de
80 anos, o Morgan embarcou em 37
viagens entre 1841 e 1921, a maioria
das quais com a duração de três anos
ou mais. Construído visando a durabili-
dade e não a velocidade, percorreu
todos os cantos do globo em busca de
baleias. É conhecido como um “navio
de sorte”, tendo navegado com sucesso
esmagador contra o gelo do Ártico,
nativos hostis, inúmeras tempestades,
perigos do Cabo Horn e até mesmo
contra o furacão de 1938. O Morgan
custou cerca de 27 mil dólares e reali-
zou 38 viagens. Na primeira conseguiu
capturar 57 baleias com uma tripulação
de 37 homens. Desde o seu lançamento
ao mar, foram mais de 700 elementos,
de várias nacionalidades, que fizeram
parte da tripulação do Morgan.
Desde 1941 que esta embarcação bale-
eira está em exibição no Mystic Seaport
Museum.
Em 1966 foi classificada como Marco
Histórico Nacional Americano. Em 2008
foi colocada em doca seca para restau-
ro e a 21 de Julho de 2013 foi lançada à
água novamente para partir, em 2014,
em mais uma viagem histórica pelos
portos da costa leste americana. Dei-
xou o Mystic Seaport Museum a 17 de
Maio deste ano para embarcar na sua
38ª viagem pelos portos históricos da
Nova Inglaterra. Foi uma jornada de
quase 3 meses com o objectivo de sen-
sibilizar as pessoas para o património
marítimo da América, chamando a
atenção para as questões de sustenta-
bilidade e conservação dos oceanos. O
navio regressou da sua 38ª viagem a 6
deste mês e retomou o seu papel na
exposição do Mystic Seaport Museum.
De 28 de Junho a 6 de Julho deste ano,
a Charles W. Morgan esteve na cidade
de New Bedford, o seu porto de ori-
gem, onde decorreram as maiores festi-
vidades da sua 38ª Viagem. Foram 9
dias preenchidos com concertos, rega-
tas, cortejos, entre outros eventos pú-
blicos, que envolveram a comunidade
americana e a comunidade internacio-
nal. Numa cidade em que a presença
açoriana é demasiado evidente, os Aço-
res são parte integrante deste evento
histórico. Estas ilhas tiveram um papel
relevante na história da baleação ame-
ricana, pois tornaram-se numa escala
privilegiada de apoio à frota baleeira
que cruzava o Atlântico, destacando-se
nesta encruzilhada a abrigada baía da
Horta, na ilha do Faial.
Mas não foi só como escala baleeira
que os Açores se destacaram. A nume-
rosa presença de açorianos nas tripula-
ções americanas, quer como simples
marinheiros, quer como arpoadores
destemidos ou até como capitães bale-
eiros, foi para sempre imortalizada no
afamado clássico da literatura america-
na Moby Dick. Foi por isso fundamental
que os Açores tenham marcado presen-
ça forte nestas comemorações em New
Bedford. Esta presença foi, mais uma
vez, assegurada pelo Observatório do
Mar dos Açores (OMA), que levou uma
exposição itinerante intitulada “Port of
Call: the Western Islands”.
A exposição ilustrou o papel dos Açores
na actividade da frota baleeira america-
na através das várias viagens baleeiras
realizadas pela Charles W. Morgan com
passagem pelo arquipélago.
O OMA marcou ainda presença no
Whaling History Symposium, que con-
tou com a presença de vários investiga-
dores internacionais, com uma comuni-
cação oral proferida por Márcia Dutra.
Este projecto surge da firmada relação
entre o OMA, o New Bedford Whaling
Museum (NBWM) e o Mystic Seaport
Museum. Esta relação teve início em
2010, quando o OMA levou a exposição
“A Baleação no Faial: a fase industrial
(1940-1981” à inauguração da Galeria
do Baleeiro Açoriano no NBWM.
Em 2012, Márcia Dutra, colaboradora
do OMA, esteve 3 meses a trabalhar
naquele museu como curadora convi-
dada, para actualizar os conteúdos ex-
positivos daquela Galeria. Foi também
nesse ano que se iniciou uma parceria
com o Mystic Seaport Museum que já
visava as comemorações da 38ª Viagem
da Charles W. Morgan. Em 2013 dois
colaboradores do OMA deslocaram-se
ao Mystic Seaport Museum para efec-
tuarem uma pesquisa e recolha de in-
formação no arquivo desta instituição.
Rui Campos evidencia o facto de a
equipa de Xadrez do CNH nunca ter
perdido por 4-0
Gabinete de Imprensa do Clube Naval
da Horta: Foi uma boa época?
Rui Campos: Sim! Tivemos a jogar na
3ª Divisão, fomos ao Continente por
duas vezes, consegui o 11º lugar no
Campeonato Nacional em Famalicão,
que decorreu em Julho, e o mais inte-
ressante é que, desde que a equipa de
Xadrez do Clube Naval da Horta partici-
pa em provas nacionais, o que já acon-
tece desde há 3 anos, nunca perdeu
por 4-0. Até já jogámos contra a equipa
do Sporting Clube de Portugal, e mes-
mo nesse caso ganhámos meio ponto.
É uma questão de mérito nunca termos
sofrido uma derrota por 4-0, mesmo
sem a experiência que agora temos.
G. I.: Quando é que foi formada esta
equipa?
Rui Campos: Formámos este Núcleo há
5 anos e tenho sido sempre o líder. Nós
os 4 temos um gosto em comum pelo
Xadrez, mas em qualquer desporto há
sempre alguém que tem de dar mais do
seu tempo. Mas posso dizer que todo o
trabalho tem sido suportado pela equi-
pa, composta por mim, pelo Doménico
Bettani, pelo Pedro Terra e o António
Sousa. Qualquer coisa que seja neces-
sária, a equipa entra toda e trabalha.
Posso estar à frente desta Secção, mas
é um trabalho de conjunto.
Equipa de Xadrez do Clube Naval
da Horta
Da esquerda para a direita: Dome-
nico Bettani, Rui Campos, António
Sousa e Pedro Terra
Fotografia cedida por: Rui Campos
G. I.: É sempre a mesma equipa desde
o início?
Rui Campos: Sempre! Nunca houve
faltas nem falhas, conseguimos partici-
par sempre nos Torneios e nos Campe-
onatos com a mesma equipa, sem nun-
ca recorrer a armas secretas, porque há
equipas que vão buscar jogadores bons
quando há falhas.
G. I.: O Xadrez surge quando?
Rui Campos: Em termos de competi-
ção, há mais de 25 anos. Participei nos
Campeonatos que o INATEL organizava
no Faial, quando tinha os meus 16/17
anos e já tenho 42. Mas antes já jogava.
Lembro-me de que nessa altura São
Miguel não tinha praticamente activi-
dade nenhuma em termos de Xadrez,
mas na Terceira havia jogadores muito
bons. No Faial havia alguns amantes da
modalidade, sem nenhum jogador de
topo. Desde que me conheço como
jogador, o melhor que tínhamos cá
neste desporto era o José Guerra, que
agora joga em São Miguel na equipa do
Operário.
Cheguei a ser campeão pelo Faial du-
A possível formação de uma Selecção A e de uma Selecção B para representar os Açores pode dividir a equipa de Xadrez do CNH Há décadas que joga Xadrez e diz que não pode viver sem ele. Joga por prazer e por isso pode fazê-lo
durante horas sem nunca se cansar. Há 5 anos que está à frente da Secção de Xadrez do Clube Naval
da Horta (CNH) e fala com orgulho da equipa que existe e da evolução que esta teve, sendo temida
por todas as outras dos Açores. Trata-se de Rui Campos, que coloca a possibilidade da divisão da
equipa do CNH, na próxima época, com a formação de uma Selecção A e de uma Selecção B nos Aço-
res. O objectivo é ir buscar os melhores jogadores a cada uma das equipas existentes nas diferentes
ilhas para representar a Região.
Imbatível é a forte amizade que une os 4 elementos da equipa faialense, a qual pondera reabrir a Es-
cola de Xadrez para os mais novos no CNH, um desporto que exige estudo, concentração e estratégia,
obriga a uma raciocínio rápido e lógico e evita o aparecimento de Alzheimer. Rui Campos defende a
implementação do Xadrez nos currículos escolares como sendo uma mais-valia para todas as outras
disciplinas e aponta o exemplo da Rússia, onde há grandes jogadores.
rante 4 ou 5 anos. Muita gente saiu da
ilha para prosseguir estudos, incluindo
eu, e o INATEL ainda manteve essa acti-
vidade durante mais 1 ou 2 anos. De-
pois, o Faial esteve cerca de 9 anos sem
competição nesta modalidade.
G. I.: Mas a prática do Xadrez não aca-
bou?
Rui Campos: Eu ia treinando no Porto,
mas nada de muito sério. Frequentava
um clube e ia fazendo jogos quando
tinha tempo. E também jogava rápidas
na internet. Se uma pessoa não pratica,
tem uma regressão enorme.
G. I.: Há um tempo diário estipulado
para treinar?
Rui Campos: Eu não tenho tempo espe-
cífico. Quando posso, vou à internet ou
juntamo-nos no Clube Naval da Horta.
Durante muito tempo, joguei por intui-
ção. Tentava ser o mais criativo possível
e por intuição. Nem era por estudar ou
ler. Mas isso implicava um esforço mui-
to maior porque tinha de alcançar o
que os outros tinham conseguido por
terem lido e estudado. E eu dizia: “Ok,
deixa-me tentar perceber o jogo, o que
existe aqui”.
G. I.: Este é um desporto muito absor-
vente…
Rui Campos: Muito mesmo! O nosso
tempo e disponibilidade têm de ser
imensos. Caso contrário, não tínhamos
hipóteses de competir com as outras
equipas. Para se chegar a um nível ele-
vado, há que praticar muito. Senão, é
impensável.
G. I.: O que é que é preciso para jogar
Xadrez?
Rui Campos: Acima de tudo, é preciso
atenção, estratégia e criatividade. Há
vários pontos importantes.
G. I.: Há quem diga que é preciso ser
inteligente para jogar Xadrez.
Rui Campos: Não sei se isso faz de mim
uma pessoa inteligente. Se calhar é
preciso ser inteligente para fazer uma
conjugação de todos estes factores
indispensáveis para jogar. Se eu for só
teórico, ler muito e encontrar um joga-
dor que seja menos teórico do que eu,
mas que seja criativo, pode criar-me
dificuldades imensas. Há vários pontos
importantes.
G. I.: Como é que se aprende a jogar
Xadrez?
Rui Campos: Primeiro é preciso apren-
der as regras de forma devida. E como
qualquer jogo é fundamental faze-lo da
forma correta, ou seja, quando apren-
demos por nós, sem um treinador à
altura, acabamos por não aprender da
melhor maneira. E é importante apren-
der as bases de forma correcta que é
para a pessoa perceber a ideia de jogo
e poder utilizar a sua cabeça para pen-
sar e criar a sua estratégia. Além da
componente teórica que cada jogador
deve ter, é fundamental saber usá-la.
Uma pessoa pode ler muito, mas de-
pois tem de saber o que fazer com a
leitura. A nível prático, basta que uma
peça tenha sido jogada para uma deter-
minada casa e não para outra, o que já
provocou uma mudança, que pode le-
var a pessoa a pensar: “E agora, o que é
que eu faço?” Por isso, defendo que se
trata de uma conjugação de factores
mas, acima de tudo, de atenção.
“O Xadrez é um jogo que implica
estudo, treino e concentração. É
muito exigente”
G. I.: É um jogo aconselhado para os
mais novos?
Rui Campos: É excelente, porque se o
miúdo gosta, mesmo sem se dar conta
é obrigado a estar atento. Ele próprio
sabe que é necessário estar concentra-
díssimo. Só assim é possível perceber o
que é que o nosso adversário tem em
mente. Se assim não for, não se conse-
gue.
G. I.: É possível fazer batota?
Rui Campos: É dos poucos jogos onde
não há batota. Nem sequer se põe a
questão da sorte ou do azar. Aqui há
que jogar bem. A sorte que eu posso
ter é se houver algum erro de algum
jogador que me dê uma peça de graça,
mas é preciso que eu faça uso dela e
não aconteça o caso de eu também lhe
dar uma peça e voltar à igualdade de
material.
G. I.: Já houve aulas de Xadrez no Clu-
be para os mais pequenos?
Rui Campos: Sim, nestes 5 anos de exis-
tência da Secção durante 3 anos tive-
mos a Escola de Xadrez a funcionar.
Tínhamos 8 miúdos entre os 8 e os
11/12 anos.
G. I.: Acabou porquê?
Rui Campos: Os miúdos têm muitas
actividades e modalidades. Eles tam-
bém gostam de Xadrez, o problema é
que precisam de muita concentração.
Dávamos aulas aos sábados, cerca de
2,5 horas. Chegámos à conclusão de
que era muito tempo. Sou defensor de
1 hora e 15 minutos. A partir daí, per-
dem a concentração.
G. I.: Equacionam um regresso?
Rui Campos: Estamos a ponderar voltar
a dar Aulas de Xadrez, até porque al-
guns pais já manifestaram vontade em
que os filhos aprendessem. É muito
importante começar esta modalidade
bastante cedo. Temos alguns miúdos
na casa dos 10/11 anos que têm umas
noções bastante boas do Xadrez, fruto
dessas aulas. Estou a lembrar-me do
Gustavo, João Castro e do primo, o
Afonso Castro, que registaram uma
grande evolução.
G. I.: Seria também uma forma de a
modalidade continuar.
Rui Campos: No Faial, temos jogadores
razoáveis, que não podem participar
nas provas em que a equipa joga, por-
que não têm nível para isso. Sei que
têm essa vontade, mas é necessário
evoluir mais.
G. I.: Não se fala em senhoras. Não há
jogadoras no Faial?
Rui Campos: No Faial, não. Em São Mi-
guel há algumas, jovens, que já têm um
nível bastante elevado, mas no nosso
país temos jogadoras excelentes.
G. I.: Como está a modalidade a nível
regional?
Rui Campos: Poderá haver alterações
na próxima época, tida como uma épo-
ca de experiência. A mudança ainda
está em estudo, mas o que se pretende
é formar uma Selecção A e uma Selec-
ção B a nível Açores.
Até a este momento existem 3 Divi-
sões, havendo 3 equipas na 3ª Divisão,
onde a equipa do Faial se encontra.
Mas a Federação (a nível regional) só
suporta 2, devido aos cortes registados
(cerca de 40%). E como houve uma
equipa que desceu da 2ª Divisão e ou-
tra que ficou à nossa frente, possivel-
mente este ano a equipa do Faial fica
de fora. Apesar de todo o mérito e tra-
balho que temos tido, é possível que
este cenário venha a ser uma realidade.
Pretendem criar 2 equipas fortes nos
Açores, porque neste momento todas
as equipas açorianas, à excepção da
equipa da Universidade, têm 1 ou 2
elementos menos bons, estando todas
um “bocadinho mancas”. Assim sendo,
a intenção é formar uma Selecção A e
uma B para os Açores terem uma Selec-
ção A forte na 2ª Divisão e uma Selec-
ção B forte na 3ª Divisão.
Lamento muito a possibilidade da
divisão da nossa equipa, porque a
(enorme) evolução registada é uma
vitória nossa e só nossa!”
G. I.: É possível avançar para esse novo
figurino?
Rui Campos: Sim, existe mesmo essa
possibilidade, temos jogadores de so-
bra para 2 selecções fortes. Agora já
não estamos a pensar por ilhas, mas no
todo da Região. Isto significa que há
jogadores do Faial que vão integrar a
Selecção A e outros a Selecção B. E são
estas 2 Selecções que passariam a re-
presentar a Região.
G.I.: Avizinham-se divisões na equipa
do Clube Naval da Horta.
Rui Campos: A nossa equipa vai sair
lesada, porque o nosso percurso, aquilo
que temos conseguido só por nós, é
incrível. Começámos do nada. Nunca
nos passou pela cabeça atingir o que
atingimos. Isto só é uma realidade gra-
ças a muito treino, estudo e disciplina.
Neste momento, somos vistos pelas
equipas dos Açores como sendo uma
equipa ao nível das restantes, o que era
impensável há alguns anos. Neste mo-
mento qualquer equipa dos Açores
teme a equipa de Xadrez do Clube Na-
val da Horta, o que é óptimo. Foi uma
vitória nossa, só nossa, e é por isso que
nos custa tanto agora desfazer a equi-
pa, que chegou a este nível com imenso
esforço.
G. I.: Falou-se em redução de verbas.
Continua a haver vários momentos de
Competição?
Rui Campos: Sim, temos a Taça, o Naci-
onal e outras. Em São Miguel realizam-
se várias provas, ao contrário do que se
verifica no Faial. No entanto, há que
elogiar a Associação de Xadrez dos Aço-
res, que sempre se esforçou para que a
equipa do Faial participasse no maior
número possível de provas. A nossa
evolução foi sendo observada com
atenção e como houve crescimento em
termos de trabalho, também houve no
que ao apoio diz respeito.
G. I.: As restantes ilhas estão activas
no Xadrez?
Rui Campos: São Jorge e a Graciosa
têm alguns jogadores. No Pico, não há
Xadrez. Na Terceira já houve imensos
jogadores bons, mas agora não há Nú-
cleo, o que poderá estar relacionado
com o falecimento do Sr. Mota, ocorri-
do há 5 anos. Ele é que era a “alma” do
Xadrez na Terceira. Fiz algumas viagens
com este senhor e ele era uma perso-
nagem que adorava o jogo e gostava de
estar com as pessoas. Lamento que
assim seja.
Certamente que há bons jogadores
espalhados pelas ilhas. Estamos sempre
a tentar que apareça algum novo joga-
dor com potencial, a quem daremos o
nosso apoio, desde que haja vontade
própria.
G. I.: O que é o Xadrez?
Rui Campos: Faz parte mim. Não vivo
sem o Xadrez. Gosto muito de apneia e
de caça submarina, que é o que aprecio
mais, mas são campos diferentes. Para
mim, o Xadrez é lazer. A minha pers-
pectiva sobre o jogo é de gozo, de pra-
zer, por isso posso estar horas e horas a
jogar sem me cansar.
Quando jogo é para ganhar, mas acima
de tudo é pelo prazer e quando se joga
pelo prazer, é meio caminho andado
para ganhar.
Perder faz parte de qualquer jogo. Po-
demos estar perante um jogador muito
bom, mas há sempre alguém melhor e
até se pode perder com alguém que
jogue pior, mas que naquele dia jogou
melhor. Não se trata de sorte. Trata-se
de jogar bem.
“Uma particularidade da nossa
equipa, mesmo quando jogamos
uns contra os outros, é a inter-
ajuda, o que não se verifica nas
outras”
G. I.: Os jogadores da equipa do Clube
Naval da Horta estão todos ao mesmo
nível?
Rui Campos: Não, todos temos evoluí-
do muito, e aqui destaco o crescimento
do Bettani, mas todos já estávamos em
patamares diferentes, portanto mesmo
que todos tenham evoluído, como foi o
caso, há sempre uns em níveis superio-
res. Tirando o Bettani, os restantes 3
estão mais ou menos ao mesmo nível.
Posso ter alguma vantagem por ser
melhor jogador nas finais.
O jogo tem 3 partes: a abertura, o meio
de jogo e o final de jogo. Quando no
fim do jogo já temos poucas peças,
temos de jogá-las muito bem, porque o
mínimo deslize pode ser sinónimo de
derrota. E neste momento a vantagem
que acho que tenho em relação à mi-
nha equipa, é que eu consigo jogar me-
lhor os finais de jogo, mesmo que eles
possam abrir o jogo ligeiramente me-
lhor do que eu. O Pedro Terra tem um
meio jogo fortíssimo, mas depois a mi-
nha vantagem é na recta final, em que,
por vezes, consigo um sprint melhor do
que ele.
G. I.: Ganha-se um jogo de Xadrez é no
fim?
Rui Campos: Quando temos um joga-
dor ao nosso nível, sim, é no fim que se
ganha. Mas se tivermos a falar de um
adversário de nível médio, é muito pro-
vável que eu ganhe no início. Se eu
criar um jogo forte, também posso ga-
nhar no início. Mas com jogadores de
bom nível, só se ganha no fim. E é nes-
se final de jogo que se vê quem joga
melhor.
G. I.: Além de jogadores, os elementos
da equipa do Faial são amigos.
Rui Campos: Somos bons amigos! E
uma particularidade da nossa equipa,
que não se vê nas outras, é que, mes-
mo quando há provas ou campeonatos
em que jogamos uns contra os outros,
partilhamos sempre o que sabemos e
aprendemos, mesmo que eu possa jo-
gar contra eles. No nosso grupo houve
sempre uma inter-ajuda em todas as
situações. Não consideramos isso uma
desvantagem, porque aprende-se sem-
pre.
G. I.: A separação vai custar…
Rui Campos: Se vier a ocorrer, sim…
Muito! Temos personalidades muito
diferentes, mas desde que funcionamos
como equipa, somos um grupo fortíssi-
mo. É incrível! Por isso é que temos
pena de nos separarmos como equipa,
a qual está excelente. Temos feito coi-
sas inimagináveis. É preciso querer!
G. I.: Com o Xadrez não há cérebro
preguiçoso.
Rui Campos: É um jogo muito bom para
quando formos mais velhos, porque
exercita a mente. Quando estava no
Porto a estudar, havia 2 senhores, com
cerca de 80 anos de idade, que fre-
quentavam o mesmo clube que eu e
reparava que eles ainda tinham uma
atenção e concentração de jogo imen-
sas! É um desporto muito bom para
evitar problemas de Alzheimer, porque
obriga a pensar.
G. I.: É um jogo revelador?
Rui Campos: Quando se joga com uma
pessoa, é a tua personalidade contra a
dela. São 2 personalidades que jogam e
não 2 pessoas e o facto de colocares a
tua personalidade acima do outro joga-
dor, dá um gozo enorme. Mesmo que
seja a jogar a peanuts, ninguém gosta
de perder, quer se tenha 5 ou 100
anos. Se a forma de vida da pessoa for
calma e serena, isso vai reflectir-se no
jogo. Se se tratar de uma pessoa muito
defensiva, vai fazer um jogo defensivo,
mas se for uma pessoa de confronto,
vai fazer um jogo muito mais activo, ao
ataque, sempre a pressionar. Há imen-
sos estilos de jogo. E isto obriga a racio-
cínio.
G. I.: O Xadrez pode ajudar os alunos
nas Escolas?
Rui Campos: Sempre fui defensor de
que este jogo devia figurar numa disci-
plina dos currículos escolares, pois seria
uma mais-valia para todas as outras
disciplinas. Ao nível do raciocínio, o
Xadrez é impressionante, porque obri-
ga a pessoa a um raciocínio rápido,
lógico, criativo, estratégico e teórico.
Implica estudo. Não se trata de mais
um jogo. Mexe com imensas coisas.
Na Rússia já existe esta disciplina nos
programas escolares há muitos anos. É
por isso que existem lá imensos cra-
ques em Xadrez. Há tantas disciplinas
com muito menos interesse do que
este jogo e são uma realidade ano após
ano…
G. I.: Neste momento, além do jogador
o designer também está a falar…
Rui Campos: É verdade que a minha
área profissional é virada para a criativi-
dade, mas está provado que o Xadrez
desenvolve imensas componentes. O
jogo também é arte. A criatividade tam-
bém é criada pelo próprio jogo e isso
passa para outros ramos da vida da
pessoa.
“A criatividade também é criada
pelo próprio jogo e isso passa para
outros ramos da vida da pessoa”
Fotografias de: Cristina Silveira
Assinado Protocolo de Cooperação entre o Clube Naval da Horta e o Clube Naval do Funchal esta quarta-feira, dia 6
Objectivo: Fomentar a Vela e a ligação entre Clubes e Ilhas
Com o intuito de unir as ilhas e aproximar os clubes, foi assi-
nado na manhã desta quarta-feira, dia 6, um Protocolo de
Cooperação entre o Clube Naval da Horta e o Clube Naval do
Funchal, da Madeira.
Leitura do Protocolo de Cooperação entre o Clube Na-
val da Horta e o Clube Naval do Funchal, cuja assinatu-
ra contou com alguns jornalistas
A Cerimónia, que decorreu nas instalações do CNH, foi oficia-
lizada pelo Presidente da Direcção de cada uma das institui-
ções representadas: José Decq Mota pelo Clube Naval da
Horta e Dra. Mafalda Freitas, pelo Clube Naval do Funchal.
José Decq Mota considera “gratificante” a proposta feita pelo
Clube Naval do Funchal, encarando a mesma com naturalida-
de, porquanto “devemos dar passos desportivos e sociais na
aproximação de clubes”. Este Dirigente entende que “falta a
aproximação dos clubes e dos atletas que os mesmos envol-
vem, perspectiva que pode proporcionar outra vida aos clu-
bes navais da Região Açores”.
Para o Presidente da Direcção do CNH, trata-se de um Proto-
colo “especial”, na medida em que foi celebrado entre duas
regiões autónomas e atlânticas, separadas por 500 milhas
náuticas, sensivelmente.
“Não tem havido uma aproximação dinâmica. Por isso, é com
satisfação que o CNH aceita esta proposta e fará tudo o que
está consagrado na mesma visando a concretização de diver-
sas acções”, salienta José Decq Mota, preconizando a certeza
de que “este encontro vai ser trilhado com alegria”.
Mafalda Freitas deixou a garantia de que o Clube Naval da
Madeira também fará tudo para honrar os preceitos do do-
cumento assinado, manifestando regozijo pela concretização
desta iniciativa. Já a pensar nos frutos da mesma, José Decq
Mota alvitrou a realização de um pequeno Encontro das Es-
colas de Vela destes dois clubes navais.
A Presidente do Clube madeirense frisou a propósito do Pro-
tocolo: “Sentimos necessidade de unir as ilhas e a verdade é
que já tomámos esta iniciativa com outras ilhas. “Atendendo
à conjuntura difícil que atravessamos”, esta Dirigente vê no
Protocolo de agora “uma grande ajuda”, uma vez que estes
dois clubes acordaram emprestar barcos um ao outro (o que
evita custos com transportes) e dar todo o apoio possível ao
parceiro.
“Para lá da vertente meramente desportiva, a troca de expe-
riências e de culturas abrangendo uma vertente humana, é
outra das grandes mais-valias deste Protocolo”, realçou Ma-
falda Freitas. E para dar um exemplo prático das suas pala-
vras, recordou a recente participação de 2 atletas madeiren-
ses, acompanhados de um treinador, no Campeonato Nacio-
nal da Classe Access (Vela para pessoas com mobilidade re-
duzida), que decorreu nos dias 11, 12 e 13 de Julho último,
na ilha do Faial, e que constituiu um sucesso organizativo,
desportivo e de convívio. “Esta deslocação foi a primeira des-
tes atletas fora da Madeira, o que revela a importância da
mesma para eles”, sustenta esta Presidente.
Após a Assinatura do Protocolo e no âmbito do conhecimen-
to que foi sendo travado, houve troca de galhardetes e lem-
branças entre os responsáveis por estas duas instituições.
Mafalda Freitas, pelo Clube Naval do Funchal e José
Decq Mota, pelo CNH
Um pouco de história
O Clube Naval do Funchal é, em termos estatutários, uma
associação desportiva, recreativa e de instrução, que tem
como objectivo principal o desenvolvimento do gosto pela
prática do desporto – sobretudo náutico – junto dos seus
associados e proporcionar aos seus visitantes o acesso às
actividades que o Clube desenvolve.
Foi fundado a 1 de Maio de 1952 e ao longo deste meio sécu-
lo de existência tem desenvolvido um papel importantíssimo
no incentivo e apoio aos desportos náuticos, tanto a nível
regional como nacional, tendo inclusivamente atletas seus
em competições de nível internacional e olímpico nas repre-
sentações nacionais em Seoul em 1988, Barcelona em 1992 e
recentemente Pequim, em 2008, pode ler-se na Página do
Clube.
De acordo com a Presidente, conta com 6.650 sócios pagan-
tes e 100 funcionários.
Direitos e obrigações das entidades protocoladas
Artigo 1º - Representação mútua:
Cada Clube, sempre que solicitado, actuará na área geográfi-
ca como representante do outro.
Artigo 2º - Fomento da modalidade:
1.Os Clubes procurarão fomentar encontros periódicos entre
as suas Escolas de Vela, os quais terão lugar alternadamente
na Madeira, cidade do Funchal, e nos Açores, na ilha do Faial,
cidade da Horta. Nesses encontros o clube anfitrião disponi-
bilizará embarcações aos visitantes.
2.Os Clubes envidarão esforços no sentido de conseguir orga-
nizar uma regata de cruzeiros unindo as Regiões Autónomas
da Madeira e dos Açores, bem como promover mutuamente
as provas do outro.
Artigo 3º - Benefícios aos sócios:
1.Cada Clube reconhecerá aos sócios do outro devidamente
credenciados, direitos de frequência e utilização das suas
instalações. Este benefício caduca sempre que o sócio de um
dos Clubes tenha a sua residência habitual na área geográfica
do outro.
2.Os Clubes procuram, na medida do possível, e na sua área
geográfica, prestar todo o auxílio que um membro do outro
Clube possa necessitar.
3.Cada Clube procurará obter para os sócios do outro igual-
dade nas regalias que tenha negociado para os seus próprios
sócios.
Artigo 4º - Alargamento de âmbito: Os Clubes consideram
que é de interesse que o espírito deste Protocolo seja alarga-
do a mais Clubes de preferência e maioritariamente de ou-
tras regiões por forma a converter-se numa associação de
clubes de expressão nacional.
Artigo 5º - Vigência: O presente Protocolo vigorará pelo perí-
odo de 2 anos a contar da data de celebração deste, reno-
vando-se automaticamente por iguais períodos, salvo se as
partes não o denunciarem por escrito com antecedência de
sessenta dias.
Fotografias de: José Macedo
...mais resultados desportivos de agosto Troféu “Cidade da Horta” - Apneia
dinâmica com barbatanas—SM2014
1º Décio Leal
2º Fred Buyle
3º Paulo Nóbrega
4º Franz Hutschenreuter
5º Simone Martins
6º Nuno Fraião
7º Marco Gomes
8º Lúcia Franco
9º Lorenz Kremer
10º Ivo Cristo
11º Felix Kremer
12º Miguel Nóbrega
13º Ricardo Henriques
Prova de Mini-Veleiros — SM2014
1º Eduardo Pereira
2º João Nunes
3º António Pereira
4º Miguel Gonçalves
Natação - Travessia Curta da Doca—
SM2014
4º Escalão Femininos:
1º Emília Marques
4º Escalão Masculinos:
1º João Nabais
2º João Reis
3º Davide Castro
3º Escalão Femininos:
1º Emília Branco
3º Escalão Masculinos:
1º Filipe Duarte
2º Escalão Femininos:
1º Sara Azevedo
2º Escalão Masculinos:
1º Tomás Oliveira
2º Diogo Vieira
3º Gonçalo Oliveira
1º Escalão Masculinos:
1º Luca Goulart
2º Arthur Moimeaux
3º Maurício Branco
Prova Local de Canoagem—SM2014
Até 14 anos:
1º Ricardo Raimundo
2º Mariana Rosa
Mais de 14 anos:
1º Clife Pedro
2º Nuno Fraião
3º Tiago Moreira
4º Octávio Moreira
Pólo Aquático—SM2014
1º Blicas Pólo Clube
2º Vem aí Jantar
3º Cabana do Pai Tomás
4º Kinder Maxi
5º Cotonetes FC
6º Rapazinhos
7º Picas
8º Alves, Branco, Reis e Silva
Semi-Rápidas de Xadrez—SM2014
1º José Guerra
2º Rui Campos
3º Pedro Terra
4º António Sousa
5º Rui Guerra
6º Aníbal Oliveira
Pesca Desportiva de Costa - Prova
Infantil– SM2014
1º Filipe Sousa
2º Iuri Cardoso
3º Francisco Melo
4º Filipe Rocha
5º Henrique Feio
6º Daniel Moimeaux
7º David João
8º Manuel Panagião
9º Henrique Madruga
10º Álvaro Madruga
11º Manuel João
12º José Panagião
13º Arthur Moimeaux
14º David Moimeaux
15º Rodrigo Dutra
Pesca Desportiva de barco—SM2014
1º “Senhora da Guia”
2º “Rosana”
3º “Zeus”
4º ”100 Peixes”
5º “Gustavo”
Pesca Desportiva de Barco de Fundo -
SM2014
1º “Rosana” – Helder Fraga
2º “Senhora da Guia” – Renato Azeve-
do
3º “Zeus” – Jorge Oliveira
Maior exemplar: “Rosana” – Encharéu
com 5,780 kg
Pesca Desportiva de Barco de Corri-
co—SM2014
1º “Senhora da Guia” – Renato Azeve-
do
2º “Rosana” – Helder Fraga
3º “Zeus” – Jorge Oliveira
Maior exemplar: “Senhora da Guia” –
Bicuda com 4,270 kg
Pesca Desportiva de Costa Diurna—
SM2014
1º José Silva
2º Dino Viveiros
3º Carlos Medeiros
4º José Armando Silva
5º Moisés Sousa
6º Ricardo Lopes
7º João Machado
8º José Escobar
9º José Alberto Goulart
10º João França
11º Juliana Nóbrega
12º Franklin Frias
13º Hernâni Pereira
14º João Medeiros
15º António Fernandes
16º Paulo Costa
17º Horácio Cardoso
Pesca Desportiva de Costa Noctur-
na—SM2014
1º Carlos Medeiros
2º José Silva
3º Dino Viveiros
4º José Armando Silva
5º João França
6º Ricardo Lopes
7º João Machado
8º José Escobar
9º Juliana Nóbrega
10º Moisés Sousa
11º Franklin Frias
12º José Alberto Goulart
13º Horácio Cardoso
14º Hernani Pereira
15º Paulo Couto
16º João Medeiros
17º António Fernandes
Geral—Provas Nocturna e Diurna—
SM2014
1º Carlos Medeiros
2º José Silva
3º Dino Viveiros
4º José Armando Silva
5º João França
6º Ricardo Lopes
7º João Machado
8º José Escobar
9º Juliana Nóbrega
10º Moisés Sousa
11º Franklin Frias
12º José Alberto Goulart
13º Horácio Cardoso
14º Hernâni Pereira
15º Paulo Couto
16º João Medeiros
17º António Fernandes
Pesca Desportiva de Costa por Equi-
pas—SM2014
1º Clube Naval da Horta
2º Clube Açoreano de Pesca Desporti-
va
3º Clube de Pesca Ilha Azul
4º Sporting Clube da Horta
IX Troféu Cidade da Horta—SM2014
Optimist:
1º Pedro Moniz
2º Miguel Duarte
3º Artur Silva
4º Ana Luísa Silva
5º Arthur Moimeaux
6º Zakhar Starinskiy
7º Leonor Pó
8º David João
9º Maurício Branco
10º Luca Goulart
Raquero:
1º Pedro Garcia
2º Tomás Pó
3º Bruno Gonçalves
4º Paulo Silva
5º StefanProva de Botes Baleeiros -
Casa do Pessoal da RTP - SM2014
Vela:
1º “Senhora do Socorro” – Oficial:
Pedro Garcia – Junta de Freguesia do
Salão
2º “Senhora de Fátima” – Oficial: An-
tónio Luís – Junta de Freguesia de Cas-
telo Branco
3º “Capelinhos” – Oficial: Luís Decq
Mota – Junta de Freguesia do Capelo
4º “São João Baptista” – Mário Betten-
court – Clube Naval de São Roque do
Pico
5º “Senhora da Guia” – Rute Matos –
Junta de Freguesia da Feteira
6º “Nossa Senhora da Conceição” –
Oficial: Rui Maciel – Clube Naval S.
Roque Pico
7º “Ester” – Oficial: José Leal – Clube
Naval das Lajes do Pico
8º “Nossa Senhora das Angústias” –
Oficial: Nuno Silva – Junta Freguesia
Angústias
9º “Santo Cristo” – Oficial: Lídio Rosa –
Junta de Freguesia São João do Pico
10º “Claudina” – Oficial: Susana Sale-
ma – Clube Naval da Horta
11º “Maria da Conceição” – Oficial:
Luís Alves – Clube Naval da Horta
12º “Maria Pequena” – Oficial: Bento
Silva – Clube Naval de São Mateus do
Pico
13º “Castelete” – Oficial: Guilherme
Alvernaz – Clube Naval de São Roque
do Pico
14º ”Liberdade” – Oficial: Paulo Alves
– Clube Naval das Lajes do Pico - DNF
15º “São José” – Oficial: Vítor Mota –
Junta de Freguesia do Capelo - DNF
16º “Diana” – Oficial: Igor Azevedo –
Clube Naval das Lajes do Pico - DNF
17º “Formosa” – Oficial: Luís Inácio –
Clube Naval das Lajes das Flores - DNF
18º “São Pedro” – Oficial: Miguel Ma-
ciel – Clube Naval das Lajes das Flores
- DNF
19º “Nossa Senhora Santana” – Ofici-
al: Rui Machado – Piedade - DNF
Remo Feminino:
1º “Diana” – Oficial: Sandra Azevedo –
Clube Naval das Lajes do Pico
2º “Senhora da Guia” – Oficial: Andrea
Mota – Junta de Freguesia da Feteira
3º “Santo Cristo” – Oficial: Margarida
Neves – Junta de Freguesia de São
João do Pico
4º “Maria Pequena” – Oficial: Sara
Goulart – Clube Naval de São Mateus
do Pico
5º “Nossa Senhora da Conceição” –
Oficial: Margarida Goulart – Clube
Naval de São Roque do Pico
6º “São João Baptista” – Oficial: Cláu-
dia Ávila – Clube Naval de São Roque
do Pico
7º “Formosa” – Oficial: Sónia – Clube
Naval das Lajes das Flores
8º “Ester” – Oficial: Filipa Brinca – Clu-
be Naval das Lajes do Pico
Remo Masculino:
1º “Nossa Senhora das Angústias” –
Oficial: Daniel Freitas – Clube Naval
Aliança Calhetense
2º “Diana” – Oficial: Igor Azevedo –
Clube Naval das Lajes do Pico
3º “São João Baptista” – Oficial: Manu-
el Ávila – Clube Naval de São Roque do
Pico
4º “Capelinhos” – Oficial: Paulo Cor-
reia – Junta de Freguesia do Capelo
5º “Ester” – Oficial: José Leal – Clube
Naval das Lajes do Pico
6º “Santo Cristo” – Oficial: Lídio Rosa –
Junta de Freguesia de São João do Pico
7º “Maria Pequena” – Oficial: Carlos
Pinheiro – Clube Naval de São Mateus
do Pico
8º “São Pedro” – Oficial: Luís Inácio –
Clube Naval das Lajes das Flores
9º Liberdade” – Oficial: Francisco Ávila
– Clube Naval das Lajes do Pico
Regata dos Velhotes—SM2014
1º Emídio Gonçalves
2º Neri Goulart
3º Fernando Perna
4º Paulo Silva
5º Pedro Garcia
6º Alberto Gonçalves
7º João Medeiros
8º Walter Kliynir
9º António Pedro Oliveira
Prova de Vela de Cruzeiro—SM2014
“Regata Troféu Horta”
ORC A:
1.”Xcape” – Luís Quintino
2.”Air Mail” – Luís Decq Mota
3.” Fun-Tastic” – José Correia
4.”Insula” – Kevin Greene/Michael
5.”Mariazinha” – Manuel Gabriel Nu-
nes
ORC B:
1.”Celtic Dream” – João Reis
2.”Além Mar” – António João
3.”Tuba V” – Fernando Rosa
4.”No Stress” – António Oliveira
5.”Rajada” – António Luís
OPEN:
“Synergy” – Heleonora De Haas
“Gabriel of Bart” – Robert Ketelaar
“Reflections” – Charles Camera
“Ilha da Ventura” – Pedro Garcia
“Hot Stuff” – Pedro Rosa
“Solaris” – John Hardy
“Boreas” – Luís Paulo Morais
“Regata de Solitários/Genuíno Ma-
druga”
ORC A:
1.”Azul” – Hedi Costa
2.”Air Mail” – Luís Decq Mota
3.”Celtic Dream” – João Reis
4.”Fun-Tastic – José Correia
5.”Mariazinha” – Manuel Gabriel Nu-
nes
ORC B:
1.”Rajada” – António Luís
2.”No Stress” – António Oliveira
3.”Além Mar” – António João
4.”Tuba V” – Fernando Rosa
OPEN:
“Soraya” – Frederico Rodrigues
“Boreas” – Luís Paulo Moniz
“Conquilha III” – Fernando Perna
“Hot Stuff” – Pedro Rosa
“5 Estrelas” – José Serra
“Kasia” – Simon Hayes
“Alta Pressão” – Miguel Toscano
“Ilha da Ventura” – Pedro Garcia
(DNC)
“Regata das Sereias”
ORC A:
1.”Azul” – Sara Costa
2.”Xcape” – Cláudia Naia
3.”Pagode” – Susana Sebastião
4.”Fun-Tastic” – Carolina Correia
5.”Mariazinha” – Mónica Nunes
6.”Air Mail” – Maria Castro
ORC B:
1.”Celtic Dream” – Mariana Santos
2.”Rajada” – Mariana Luís
3.”No Stress” – Catarina Oliveira
4.”Além Mar” – Ana Vaz
5.”Tuba V” – Mariana Rosa
OPEN:
“Soraya” – Celina Rodrigues
“Conquilha III” – Isabel Carvão
“Ilha da Ventura” – Ana Garcia
“Ofelia” – Andreia Porteiro
“5 Estrelas” – Claudina Oliveira
“Synergy” – Heleonora De Haas
“Gabriel of Bart” –
“Hot Stuff” – Alexandra Rosa
“Solaris” - Tanya
“Boreas” –
“Regata do Canal”
ORC A:
1.”Boreas” – Luís Paulo Morais
2.”Mariazinha” – Manuel Gabriel Nu-
nes
3.”Xcape” – Luís Quintino
4.”Air Mail” – Luís Decq Mota
5.”Maravilha” – Victor Pinheiro
“Pagode” – Bartolomeu Ribeiro (DNF)
ORC B:
1.”No Stress” – António Oliveira
2.”Tuba V” – Fernando Rosa
3.”Fun-Tastic” – José Correia
“Rajada” – António Luís (DNF)
“Além Mar” – António João (DNF)
OPEN:
“Ilha da Ventura” – Pedro Garcia
“Soraya” – Frederico Rodrigues
“Conquilha III” – Fernando Perna
“Trillemus” – Tomás Azevedo
“5 Estrelas” – José Serra
“Hot Stuff” – Luís Decq Mota
“Windgat” – David Robb
“Solaris” – John Hardy
”Kasia” – Simon Hayes
“Gabriel of Bart” – Robert Ketelaar
“Synergy” – Heleonora de Haas (DNC)
“Reflections” – Charles Camera (DNC)
“Anfitrite” – Emídio Gonçalves (DNS)
IV Regata de Mini-Veleiros Nossa Se-
nhora de Lourdes
1º António Pereira
2º José Gonçalves
3º Eduardo Pereira
4º Mário Carlos
5º João Nunes
6º Bruno Gonçalves
Pesca Desportiva de Corrico de Barco
4ª Prova:
1º “Senhora da Guia”
2º “Rosana”
3º “Zeus”
4º “Gustavo”
Campeonato:
1º “Rosana”
2º “Senhora da Guia”
3º “Zeus”
4º “Gustavo”
5º “100 Peixes”
5ª Prova do Campeonato Local de
Vela de Cruzeiro
ORC A – 1ª Regata:
1º “Azul” – Luís Quintino
“Mariazinha” – Manuel Gabriel Nunes
(DNC)
“Dance Away” – Barrie Mckinnell
(DNC)
“Rift” – Carlos Moniz (DNC)
ORC B – 1ª Regata:
1º “No Stress” – António Oliveira
2º “Tuba V” – Fernando Rosa
3º “Rajada” – António Luís
“Além Mar” – António João (DNC)
ORC A – 2ª Regata:
1º “Azul” – Luís Quintino
“Mariazinha” – Manuel Gabriel Nunes
(DNC)
“Dance Away” – Barrie Mckinnell
(DNC)
“Rift” – Carlos Moniz (DNC)
ORC B – 2ª Regata:
1º “Tuba V” – Fernando Rosa
2º “Rajada” – António Luís
3º “No Stress” – António Oliveira
“Além Mar” – António João (DNC)
CLASSIFICAÇÃO do Campeonato até à
5ª prova:
ORC A:
1º “Azul” – Luís Quintino
2º “Rift” – Carlos Moniz
3º “Mariazinha” – Manuel Gabriel Nu-
nes
4º “Dance Away” – Barrie Mackinnell
ORC B:
1º “No Stress” – António Oliveira
2º “Além Mar” – António João
3º “Tuba V” – Fernando Rosa
4º “Rajada” – António Luís
Regata de Botes Baleeiros em São
Mateus do Pico
Remo Feminino - 10 botes
1º “Diana” – Clube Náutico Lajes do
Pico – Oficial: Sandra Azevedo: 7:32:23
2º “Senhora da Guia” – Freguesia da
Feteira – Oficial: Cláudia Oliveira:
7:32:92
3º “São Pedro” – Clube Náutico Alian-
ça Calhetense – Oficial: Daniela Frei-
tas: 7:51:98
Remo Masculino - 15 botes
1º “São Pedro” – Clube Náutico Alian-
ça Calhetense – Oficial: Daniel Freitas:
13:11:60
2º “Maria Armanda” – Clube Náutico
Lajes do Pico – Oficial: Filipe Fernan-
des: 13:21:64
3º “Diana” – Clube Náutico Lajes do
Pico – Oficial: Igor Azevedo: 13:31:47
IX Regata de Botes Baleeiros de Nos-
sa Senhora de Lourdes
Vela:
1º “Senhora de Fátima”: Junta de Fre-
guesia de Castelo Branco – Oficial:
António Luís
2º “Senhora das Angústias”: Junta de
Freguesia das Angústias – Oficial: Nu-
no Silva
3º “Capelinhos”: Junta de Freguesia do
Capelo – Oficial: Luís Decq Mota
4º “Senhora do Socorro”: Junta de
Freguesia do Salão – Oficial: José Al-
berto Norte
5º “São José”: Junta de Freguesia do
Capelo – Oficial: Vítor Mota
6º “Claudina”: Clube Naval da Horta –
Oficial: Susana Salema
7º “Maria da Conceição”: Clube Nava
da Horta – Oficial: Mário Carlos
8º “Senhora da Guia”: Junta de Fre-
guesia da Feteira – Oficial: José Ilídio
Pereira
Remo:
1º “São José”: Junta de Freguesia do
Capelo – Oficial: Paulo “Farrapa”
2º “Capelinhos”: Junta de Freguesia do
Capelo – Oficial: David Sousa “Tainha”
3º “Senhora da Guia”: Junta de Fre-
guesia da Feteira – Oficial: Lúcia Sousa
Todos os vídeos do CNH em
Site CNH em www.cnhorta.org MEO Kanal “Faial Náutico”
Youtube em hwww.youtube.com/user/ClubeNavalHorta
IR_AO_MAR
Textos: Cristina Silveira Montagem: Luís Moniz