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ao_mar Ir_ Protocolo CNH-CNF Objectivo: Fomentar a Vela e a ligação entre Clubes e Ilhas Atlantis Cup 2014 Jantar de Entrega de Pré- mios Travessia Pico/Faial Nadadores fizeram a traves- sia do Canal Pico/Faial Rui Silveira 2º Estágio em Santander, na Espanha Nº5 AGOSTO DE 2014 Natação, Canoagem, Vela, Pesca, Mini- Veleiros, Botes Baleeiros, Pólo Aquáco, Apneia, Mergulho e Xadrez, foram as modalidades em destaque no Fesval Náuco da Semana do Mar 2014, que decorreu de 2 a 10 de Agosto na ilha do Faial, organizado pelo Clube Naval da Horta. Participaram cerca de 900 atletas em mais de meia centena de actividades, com o apoio de perto de 50 voluntários. Semana do Mar 2014 Balanço feito pelo Presidente do Clube Naval da Horta: “O Fesval Náuco é uma festa que envolve centenas de pessoas e projecta a ilha do Faial”

Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

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Revista mensal sobre a atividade do Clube Naval da Horta

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Page 1: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

ao_mar Ir_

Protocolo CNH-CNF

Objectivo: Fomentar a Vela e

a ligação entre Clubes e

Ilhas

Atlantis Cup 2014

Jantar de Entrega de Pré-

mios

Travessia Pico/Faial

Nadadores fizeram a traves-

sia do Canal Pico/Faial

Rui Silveira

2º Estágio em Santander, na

Espanha

Nº5 AGOSTO DE 2014

Natação, Canoagem, Vela, Pesca, Mini-

Veleiros, Botes Baleeiros, Pólo Aquático,

Apneia, Mergulho e Xadrez, foram as

modalidades em destaque no Festival

Náutico da Semana do Mar 2014,

que decorreu de 2 a 10 de Agosto

na ilha do Faial, organizado pelo

Clube Naval da Horta.

Participaram cerca de 900 atletas em mais

de meia centena de actividades, com o

apoio de perto de 50 voluntários.

Semana do Mar

2014

Balanço feito pelo Presidente do Clube Naval da

Horta: “O Festival Náutico é uma festa que envolve

centenas de pessoas e projecta a ilha do Faial”

Page 2: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

Terminou este domingo, dia 10, mais

um Festival Náutico, integrado na Se-

mana do Mar, o maior cartaz turístico

da ilha do Faial, que este ano comple-

tou a sua 39ª edição.

Na hora do encerramento e perante

vários governantes, funcionários, atle-

tas, sócios, colaboradores e amigos do

Clube Naval da Horta (CNH), o Presi-

dente da Direcção desta instituição,

José Decq Mota, chamou a atenção

para o facto de o Festival Náutico da

Semana do Mar não ser “uma festa

para meia dúzia de iatistas mas, sim,

uma festa que envolve centenas de

pessoas, projecta o nome da ilha do

Faial e perspectiva a sua continuida-

de”.

Este Dirigente realçou o envolvimento

de muitas pessoas nas diversas activi-

dades, “o que acontece por se encon-

trarem de férias ou, então, por dispen-

sas de trabalho”. E acrescenta que “é

Balanço feito pelo Presidente do Clube Na-val da Horta: “O Festival Náutico é uma festa que envolve centenas de pessoas e projecta a ilha do Faial”

Natação, Canoagem, Vela, Pesca, Mini-Veleiros,

Botes Baleeiros, Pólo Aquático, Apneia, Mergulho e

Xadrez, foram as modalidades em destaque no

Festival Náutico da Semana do Mar 2014, que

decorreu de 2 a 10 de Agosto na ilha do Faial, or-

ganizado pelo Clube Naval da Horta. Participaram

cerca de 900 atletas em mais de meia centena de

actividades, com o apoio de perto de 50 voluntá-

rios.

essencial sublinhar o papel dos funcioná-

rios do Clube”. Neste âmbito, referiu que

“esta casa mantém relações de trabalho

com muitos outros colaboradores, os

quais dão ideias que levam à concretiza-

ção de actividades”. Também foram lem-

brados os apoios e patrocinadores ofici-

ais, onde se incluem o Turismo, o Gover-

no Regional e a Assembleia Legislativa da

Região Autónoma dos Açores. De forma

muito especial, José Decq Mota referiu o

apoio dado pela Câmara Municipal da

Horta não só no que diz respeito a este

Festival em concreto, mas ao longo de

todo o ano dentro das diversas activida-

des levadas a cabo pelo CNH.

O Presidente da Direcção do Clube Naval

da Horta enfatizou o apoio que é dado

pela Portos dos Açores SA, classificando-o

como “absolutamente essencial”.

O Festival Náutico foi sinónimo, também,

de 9 dias de muito trabalho, o qual já vi-

nha sendo bastante intenso desde o mês

de Julho, tendo em conta a organização e

realização do Campeonato Nacional da

Classe Access, as Regatas de Botes Baleei-

ros e a chegada da Regata Les Sables/Les

Açores/Les Sables. “Portanto, esta é a 6ª

semana consecutiva de intensa actividade

no Clube Naval da Horta”, frisou José

Decq Mota.

Este Dirigente considera que o balanço é

“extremamente positivo” e faz votos para

que o programa de 2015 seja “ainda me-

lhor e mais ambicioso”.

Participaram cerca de 900 atletas

O Festival Náutico da Semana do Mar

2014 decorreu de 2 a 10 de Agosto na ilha

do Faial e envolveu cerca de 900 atletas,

mais de 50 voluntários e perto de meia

centena de actividades. Foi um programa

de 9 dias, homenageando o mar e os des-

portos náuticos, onde não faltaram os

sempre apreciados passeios à Vela nos

Botes Baleeiros, que este ano foram pro-

curados por mais de 200 pessoas. Tradi-

ção, participação, diversão, convívio e

alguma emoção foram condimentos desta

festa, realizada no mar e em terra.

Travessia a nado do Canal Pico-Faial por 9

nadadores da Terceira, São Miguel e Faial,

1ª Expedição de Kayak de Mar, 1ª Prova

Regional de Natação em Águas Abertas na

ilha do Faial, IX Encontro Internacional de

Vela Ligeira, Cerimónia de Entrega de

Prémios da 26ª edição da Atlantis Cup -

Regata da Autonomia e da 1ª etapa da

Regata Les Sables/Les Açores/Les Sables,

Page 3: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

Evento de Promoção da Classe Access,

Prova Regional de Vela Ligeira Sénior,

IX Troféu Cidade da Horta - Escolas de

Vela, Baptismos de Mergulho, Torneio

Individual de Semi-Rápidas de Xadrez e

Prova de Botes Baleeiros - Casa do Pes-

soal da RTP foram marcos deste Festi-

val Náutico, da responsabilidade do

Clube Naval da Horta.

O Caldo de Peixe, evocativo das raízes

da Semana do Mar, foi um dos pontos

altos deste programa, que contou com

a presença de centenas de pessoas,

incluindo muitos dos iatistas aporta-

dos, que fazem da Horta a Capital

Oceânica do Iatismo.

A edição deste ano espelhou bem a

inter-ligação e as boas relações exis-

tentes entre as várias entidades que

tornam possível o maior Festival Náuti-

co de Portugal. Sinal disso foi a presen-

ça quase diária, nas Cerimónias de En-

trega de Prémios, do Secretário e Di-

rector do Mar, Ciência e Tecnologia, do

Director da Associação Regional de

Vela, do Presidente do Conselho de

Administração da Portos dos Açores

SA, do Presidente, Vice-Presidente e

alguns Vereadores da Câmara Munici-

pal da Horta e do Capitão do Porto da

Horta. Estes convívios, que decorreram

à volta da mesa na Tenda do Clube

Naval da Horta, juntaram centenas e

centenas de pessoas, entre convida-

dos, atletas, dirigentes, treinadores,

técnicos, colaboradores, sócios, volun-

tários e amigos desta instituição, uma

verdadeira embaixadora no mundo da

Cidade-Mar dos Açores: a Horta!

O Festival Náutico, nas suas diversas

actividades, juntou gente dos Açores,

Madeira, Continente português, Hong

Kong, EUA, França, Itália e outras naci-

onalidades, se tivermos em conta os

participantes na Regata Les Sables/Les

Açores/Les Sables.

Paralelamente às parcerias institucio-

nais, indispensáveis a um evento desta

dimensão, é de salientar o papel fun-

damental do voluntariado, aspecto

sempre muito evidente no Clube Naval

da Horta. E neste contexto falamos de

antigos dirigentes, elementos que inte-

graram as Comissões de Regata e de Pro-

testo, os Juízes de Prova, os que colabora-

ram no Caldo de Peixe, os que deram

apoio de mar e em terra às variadas acti-

vidades e outros, onde não faltou o fotó-

grafo de serviço: José Macedo.

Page 4: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

Foi na manhã deste domingo, dia 3

de Agosto, que decorreu o Desfile

dos Participantes no Festival Náuti-

co da Semana do Mar 2014, que

saiu do Clube Naval da Horta (CNH)

em direcção ao Largo do Infante.

Mais de 60 pessoas participaram

neste Desfile, representando as

diversas Secções deste Clube, como

se pode ver e ler na fotografia: Ca-

noagem, Xadrez, Vela Ligeira, Pólo

Aquático, Pesca Desportiva, Nata-

ção, Vela de Cruzeiro, Apneia, Bo-

tes Baleeiros e Mergulho. O Presi-

dente da Direcção do Clube Naval

da Horta, José Decq Mota, também

integrou o Desfile.

O tempo espectacular colaborou, o

Presidente da autarquia faialense,

José Leonardo Silva, saudou os pre-

Desfile dos Participantes no Festival Náuti-co da Semana do Mar 2014 contou com mais de 60 pessoas do Clube Naval da Horta

As diferentes Secções representadas neste

Desfile demonstram a dinâmica do Clube Na-

val da Horta sentes, Bela Silveira Dutra brindou a

assistência com a interpretação da

Marcha da Semana do Mar e a Filar-

mónica União Faialense alegrou o

Desfile com os seus acordes.

“Cá vai a Horta com a baía mais

bela/ Da sua janela vê regatas no

Canal” canta o refrão da mar-

cha vencedora que se apresen-

tou a concurso com o pseudóni-

mo “Trabalhadores do Mar” e

com voz desta jovem albicas-

trense, que integra o Coral da

Horta.

Fotografia gentilmente cedida por

Pedro Oliveira

Page 5: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

Uns vão por curiosidade, outros por

hábito, mas também há quem vá por

uma questão de fé ou de promessa.

Seja qual for a razão ou motivação, a

verdade é que todos contribuíram para

o brilhantismo do Cortejo Náutico da

festividade em honra da Senhora da

Guia, que decorreu na tarde deste do-

mingo, dia 3 de Agosto, no âmbito da

Semana do Mar 2014.

O “Cruzeiro das Ilhas” foi disponibiliza-

do pela “Transmaçor” para todos aque-

les que quisessem participar, juntando-

se às restantes embarcações na larga-

da rumo ao Cortejo. Entretanto, após a

missa celebrada na Ermida da Senhora

da Guia, situada no Monte com o mes-

mo nome, a imagem seguiu em procis-

são até ao Centro do Mar, embarcando

na Baía de Porto Pim. Daí, o Cortejo

Náutico seguiu até à Baía da Horta,

com desembarque da imagem na Mari-

na. A finalizar, realizou-se a procissão

desde o Largo do Infante até à igreja

das Angústias, onde se incorporaram

muitas pessoas, incluindo pescadores e

bandas filarmónicas. A embarcação

que leva a imagem é determinada por

sorteio e uma vez em terra, são os ho-

mens dessa embarcação que, com mui-

to orgulho, carregam aos ombros o

andor com a imagem da Senhora da

Guia até à igreja paroquial das Angús-

tias.

Este evento foi organizado pela Câma-

ra Municipal da Horta, com a colabora-

ção da Associação de Pescadores de

Espécies Demersais dos Açores

(APEDA). O Clube Naval da Horta asso-

ciou-se com embarcações, entre as

quais a lancha baleeira “Walkiria” e os

botes baleeiros, tal como se associa-

ram pescadores profissionais e lúdicos,

operadores marítimo-turísticos e ou-

tros, todos com os seus barcos. O Cor-

Semana do Mar 2014: Cortejo Náutico da Senhora da Guia juntou muitas embar-cações e pessoas ligadas ao mar

tejo Náutico é aberto a todos os ramos da

actividade marítima, com a particularida-

de de as embarcações – sobretudo as dos

pescadores – se engalanarem com ban-

deiras e flores, para prestar tributo à sua

padroeira, muito invocada no mar e em

terra.

Jorge Gonçalves, Presidente da APEDA,

diz, a propósito, que “este ano houve

menos embarcações no Cortejo Náutico

do que em 2013, mas ainda assim partici-

pou um número muito aceitável”.

Este Dirigente explica que também decor-

reu este domingo (dia 3 de Agosto) em

Matosinhos, a maior festa religiosa a nível

nacional ligada ao mar, onde se presta

culto a Nossa Senhora dos Navegantes,

mas apenas com procissão. E sublinha: “É

de recordar que os pescadores do país

têm sido afectados com muitos aciden-

tes”. No entanto, o Presidente da APEDA

realça que “o Cortejo Náutico da Senhora

da Guia, realizado na ilha do Faial, é o

maior de Portugal em mar aberto”. E

acrescenta: “Nos Açores há várias de-

monstrações religiosas com diferentes

invocações marítimas, mas esses cortejos

são todos realizados dentro dos portos”.

No Faial, há ainda a particularidade de a

manifestação decorrer no mar e em terra

(Cortejo Náutico e procissão).

Jorge Gonçalves afirma que “há uma mo-

bilização espontânea e que alguns pesca-

dores interrompem a faina no mar para

virem tomar parte neste Cortejo, dando-

se o caso de quem estava em terra tam-

bém ter ido participar neste evento”.

Questionado sobre a protecção que os

homens do mar procuram na Senhora da

Guia, responde que “praticamente todas

as embarcações têm a imagem de um

santo ou santa associado à sua fé, a qual

não se pode medir, sendo demonstrada

de diversas formas”. E frisa: “Estas ima-

gens funcionam como uma tábua de sal-

vação para os homens do mar, procuran-

do forças para continuar, mas cada um vê

estas coisas à sua maneira”.

Independentemente de todas estas ques-

tões pessoais, o certo é que muitos fazem

promessas em horas de aflição e neste

domingo, certamente que alguns estive-

ram no cumprimento das mesmas,

“porque os tempos são difíceis”.

Fotografias de: José Macedo

Page 6: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

Foram 9 os nadadores que con-

seguiram chegar à outra mar-

gem, objectivo número um des-

ta travessia, onde não entrou o

factor competição. Ainda as-

sim, foram marcados os tem-

pos de cada um, pois a referên-

cia que existia era de 2 horas e

20 minutos, tempo que o norte-

americano David Yudovin le-

vou a fazer o Canal, mas no

sentido Faial-Pico, em 2008.

Todos ficam para a história,

mas o feito tem um sabor espe-

cial para Letícia Toste, a pri-

meira mulher a conseguir esta

proeza. Grande satisfação é a

imagem de marca desta equi-

pa, que já pensa em fazer Faial

-Pico, em 2015.

Festival Náutico 2014: 9 nadadores conseguiram fazer a travessia do Canal Pico -Faial – Letícia Toste foi a primeira mulher a alcançar tal proeza

O Presidente da Direcção do Clube

Naval da Horta, José Decq Mota, fez

questão de ir saudar os recordistas à

medida que foram chegando. Miguel

Arrobas fala entusiasticamente da

forma como decorreu esta maratona

Miguel Arrobas e Miguel Furtado foram

os primeiros a fazer a travessia do Canal

Pico-Faial, realizada este sábado, dia 2 de

Agosto. Os dois nadadores chegaram à

outra margem (Faial) em linha, o que sig-

nifica que ambos levaram 2 horas e 11

minutos a percorrerem os cerca de 9 qui-

lómetros que o percurso traçado impli-

cou.

A largada deu-se a partir do Bico de Si-

mão (em frente à casa do Salema), na

Areia Larga, ilha do Pico, e a chegada foi a

entrada pela Marina da Horta do 1º ao 5º

nadador e pelo Monte das Guia do 6º ao

9º nadador. A entrada em diferentes lu-

gares deveu-se ao atraso na partida, que

estava marcada para as 15 horas, mas

aconteceu pelas 15h48.

Embora não se tenha tratado de uma

competição mas, sim, de uma travessia, a

verdade é que todos levavam no pensa-

mento a marca alcançada em 2008 (20 de

Agosto) pelo norte-americano David

Yudovin, de 58 anos de idade, que atra-

vessou o Canal a nado mas no sentido

Faial-Pico. Neste caso, David Yudovin des-

tronou um recorde que na altura contava

quase 80 anos e que pertencia ao faialen-

se Manuel Azevedo Lima, desportista do

Sporting Clube da Horta, que em 1929

tinha realizado o mesmo percurso, mas

em 3 horas e 20 minutos, ou seja, mais 1

hora do que este norte-americano. (Há

quem afirme que foram 3 horas e 6 minu-

tos e não 3 horas e 20 minutos).

David Yudovin chegou à Ponta da Pedra

Banca, na Madalena do Pico, exactamen-

te 2 horas e 20 minutos depois de ter

partido do Ilhéu Negro, junto ao monte

da Guia, na ilha do Faial.

Este recordista da Califórnia (que nas suas

maratonas apenas necessita de calções,

touca e óculos em termos de equipamen-

to), é um homem de negócios reformado,

que é mundialmente famoso pelas suas

travessias marítimas a nado, como a do

Canal da Mancha, do Estreito de Gibral-

tar, do Estreito de Cook, na Nova Zelân-

dia, do Estreito de Sunda, na Indonésia,

e do Estreito de Tsugaru, no Japão.

Satisfação geral

Vítor André, o único faialense que con-

seguiu fazer a travessia, sentia-se ex-

tremamente satisfeito por ter alcança-

do esta vitória pessoal, o que significa o

concretizar de um sonho antigo, mes-

mo tendo descoberto a Natação aos 44

anos de idade.

Letícia Toste tornou-se a primeira mu-

lher a alcançar este feito, não cabendo

em si de contente.

O mentor desta travessia, o terceirense

Vitor Medina, era um homem feliz, que

já só pensava na próxima “aventura”.

Ainda mal refeitos da maratona, todos

se diziam dispostos a entrar noutra, o

que deverá acontecer em 2015, mas no

sentido Faial-Pico.

Grande satisfação era a imagem de

marca de todos os que conseguiram

Page 7: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

chegar à outra margem (Faial), relatan-

do aspectos da travessia, que contou

com diferentes tipos de mar, devido às

correntes.

Recorde-se que esta foi uma iniciativa

do Grupo Nadar Açores, que tem como

Responsável Vitor Medina, o qual por

diversas vezes agradeceu ao Clube Na-

val da Horta todo o apoio dado a este

evento.

O Clube Naval da Horta apoiou esta

iniciativa, com assistência no mar, tal

como foi solicitado pela Organização. O

Presidente da Direcção do CNH, José

Decq congratula-se com o feito alcan-

çado por estes nadadores e agradece a

todos os sócios e colaboradores desta

instituição o apoio dado nesta iniciati-

va.

E como símbolo e registo desta traves-

sia, Vitor Medina fez questão de que

José Decq Mota assinasse os postais

(um para cada nadador e um para o

CNH) que comprou no Peter relativos

ao “Diário de Bordo”, os quais foram

previamente carimbados com o selo do

Clube Naval da Horta.

Os recordistas têm idades bastante

díspares, se tivermos em conta que o

mais novo conta 22 anos anos e o mais

velho 59 anos, completando 60 no pró-

ximo mês (Duarte Simões).

Dos 14 nadadores que projectaram

fazer a travessia, 5 não a concretiza-

ram, por diferentes razões: Raquel Fur-

tado, da Madeira, mas a residir no Fai-

al; Camilo Moniz e Ricardo Bettencourt,

ambos de São Miguel; João Medeiros,

da Terceira e João Esteves, do Faial.

Testemunho de Miguel Arrobas:

“Eu e o Miguel Furtado chegámos em

linha, com o tempo de 2 horas e 11

minutos. A travessia correu lindamen-

te, embora tenha sido difícil, porque o

mar estava complicado. Apanhámos

muita ondulação e vento, com a parti-

cularidade de a ondulação estar sem-

pre a vir do lado direito, ou seja, para o

lado em que respirávamos, tanto eu

como o Miguel Furtado. Engolimos um

bom bocado de água o que nos deixou

com a garganta um pouco arranhada,

mas chegámos ao Faial, que era o gran-

de objectivo. Apenas tínhamos como

referência as 2 horas e 20 minutos do

norte-americano que fez este mesmo

Canal, mas no sentido contrário. Esse

tempo constitui o recorde da travessia

Faial-Pico. Na direcção oposta, que foi

o que nós fizemos, não há grandes re-

gistos aparentemente, mas seja qual

for, foi o melhor tempo de sempre nes-

ta travessia. Por isso, sinto-me natural-

mente satisfeito. Quero agradecer o

apoio do Clube Naval da Horta com os

barcos de segurança no mar e todas as

pessoas disponíveis para isso”.

Testemunho de Miguel Furtado:

“Não foi difícil. O mar não estava ópti-

mo, mas podia estar muito pior. Sentia-

me preparado para chegar ao fim, mas

com mar pior nunca teria conseguido

neste tempo. Um dos objectivos, em-

bora não fosse o principal, era bater o

tempo de referência, que eram 2 horas

e 20 minutos. Estou muito satisfeito e

quero fazer outras travessias. Para o

ano se houver, estou cá novamente.

Esta foi a minha primeira travessia.

Pratico natação desde miúdo e outros

desportos que envolvem nadar no mar,

nomeadamente triatlo. É disto que eu

gosto e que quero continuar a fazer.

Nadar em mar e em piscina não tem

nada a ver. O sentido de orientação é

completamente diferente no mar e em

8 quilómetros, para encontrar um pon-

to de referência, é ainda mais compli-

cado. Os barcos foram fundamentais

para nos apoiar. Agora quero nadar

para melhorar, treinar e é para repetir,

sem dúvida”.

Miguel Furtado chegou em linha

com Miguel Arrobas e também foi

muito saudado à chegada

Testemunho de Letícia Toste:

“Dedico este recorde aos meus filhos:

Frederico e Adriana Ferrão. Sinto uma

satisfação muito grande e estou conten-

te comigo própria”.

Page 8: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

Nesta fotografia falta Luís Francisco,

de São Miguel, que logo que comple-

tou a travessia, preferiu ir descansar,

e Letícia Toste, da Terceira (na foto

acima), para completar o grupo dos 9

que fez a travessia do Canal Pico-

Faial este sábado, 2 de Agosto

Fotografias de: Cristina Silveira

Travessia do Canal Pico-Faial, 2 de Agosto de 2014:

1º Miguel Arrobas – Lisboa – 40 anos – não usou fato isotérmico – 2:11’31’’38

2º Miguel Furtado – São Miguel – 22 anos - usou fato isotérmico – 2:11’34’’03

3º Rodrigo Ferreira – Terceira – 23 anos - usou fato isotérmico – 2:41’24’’33

4º Luís Francisco – São Miguel – 42 anos - usou fato isotérmico – 2:43’26’’78

5º Nuno Braga, Terceira – 42 anos - não usou fato isotérmico – 3:34’07’’96

6º Duarte Simões – Terceira – 59 anos - não usou fato isotérmico – 3:35’00’’00

7º Vítor André – Faial – 50 anos – usou fato isotérmico – 3:37’00’’00

8º Letícia Toste – Terceira – 46 anos - não usou fato isotérmico – 3:43’00’’00

9º Vitor Medina – Terceira – 49 anos - usou fato isotérmico – 3:51’00’00

Atrás, da esquerda para a direita: Nuno Braga (que completou 42 anos no dia da travessia), Vítor André, Duarte

Simões e João Medeiros (este último não concluiu a travessia)

À frente, pela mesma ordem: Miguel Arrobas, Miguel Furtado, Vitor Medina, José Decq Mota e Rodrigo Ferreira

Page 9: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

David Yudovin felicita os nadadores que fizeram a travessia do Canal Pico/Faial no dia 2 de Ago-sto

O nadador norte-americano David Yudovin, que a 20 de Agosto de 2008, aos 58 anos

de idade, fez a travessia do Canal Faial-Pico em 2 horas e 20 minutos, soube do feito

dos 9 nadadores que, no dia 2 deste mês, atravessaram a nado o mesmo Canal mas

no sentido inverso: Pico-Faial, tendo os dois primeiros conseguido a proeza em 2

horas e 11 minutos.

Como tal, este californiano mandou um e-mail, dando os Parabéns a este grupo de

nadadores, cujo conteúdo é o seguinte:

“To the 9 great swimmers that swam from pico to faial, i wish all of you a very big

congratulations on your successful crossing of a very difficult channel- it is now 6

years ago when i did this and i know what it takes to prepare and succeed at such a

goal. very sincerely, david yudovin- U.S.A”.

Page 10: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

1ª etapa: Porto do Comprido/Varadouro

= cerca de 4,5 milhas

Realizou-se este sábado, 2 de Agosto, a 1ª

etapa da 1ª Expedição de Kayak de Mar,

organizada pela Secção de Canoagem do

Clube Naval da Horta (CNH), no âmbito do

Festival Náutico da Semana do Mar.

A 1ª etapa decorreu entre o Porto do

Comprido e o Varadouro, o que represen-

tou uma distância de cerca de 4,5 milhas.

O Director da Secção de Canoagem do

CNH, Francisco Garcia, afirma que “o tra-

jecto decorreu com muita normalidade” e

que no fim os 8 canoístas se sentiam

“bem”.

Neste sábado foi preparado um churrasco com frango, pão de alho e sardi-

nhas, que contou com a liderança de Francisco Garcia e a imprescindível cola-

boração dos pais dos atletas. A noite foi de festa e convívio com o objectivo de

retemperar forças para a 2ª etapa da Expedição, que saiu pelas 9 horas deste

domingo, dia 3, do Varadouro rumo à Horta. Trata-se de um percurso de 12

milhas, estimando-se que sejam percorridas em pouco mais de 4 horas.

Os treinadores Tiago Valente e Carlos Pedro estão envolvidos na segurança de

mar, na qual deram também o seu apoio alguns skippers do Varadouro, propri-

etários de embarcações.

Francisco Garcia agradece à Urbhorta o facto de ter disponibilizado o Parque

de Campismo onde foi passada a noite de sábado para domingo; à Protecção

Civil que emprestou as tendas para acamparem e à Junta de Freguesia de Cas-

telo Branco que cedeu uma viatura com condutor que efectuou o transporte

dos atletas na manhã deste sábado (dia 2) da Horta até ao Capelo.

Festival Náutico 2014: 1ª Expedição de Kayak de Mar juntou atletas do Faial e do Pico

Page 11: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

Fim da 1ª etapa da Expedição, que decorreu entre o

Porto do Comprido e o Varadouro

Fotografia de: Francisco Garcia

2ª etapa: Varadouro/Horta = 12 milhas

Realizou-se na manhã deste domingo, 3 de Agosto, a 2ª eta-

pa da 1ª Expedição de Kayak de Mar, organizada pela Secção

de Canoagem do Clube Naval da Horta (CNH), no âmbito do

Festival Náutico da Semana do Mar 2014.

A 2ª etapa decorreu entre o Varadouro e a Horta, num per-

curso de 12 milhas. Participaram 15 canoístas que se foram

revezando nos 10 kayaks. Destes 15 atletas, 3 vieram do Clu-

be Naval de São Roque do Pico e os restantes 10 eram do

Faial, contando-se actuais e antigos atletas de Canoagem do

CNH.

O tempo esteve “belíssimo” e o Director da Secção de Canoa-

gem do CNH, Francisco Garcia, sentia-se “muito satisfeito”.

Os pais dos canoístas “apreciaram muito” o convívio realiza-

do na noite deste sábado, dia 2, no Parque de Campismo do

Varadouro.

Terminada a Expedição, o almoço teve como espaço o Salão

Bar do CNH, durante o qual foram entregues lembranças aos

participantes neste evento.

Chegada dos canoístas à Horta, vindos do Varadouro,

na manhã deste domingo, dia 3

Fotografias de: José Macedo

Page 12: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

Realizou-se na tarde deste sábado, dia

2 de Agosto, a 1ª Prova Regional de

Natação em Águas Abertas na ilha do

Faial, que contou com a participação

de 9 atletas: 2 da Terceira, 3 de São

Miguel e 4 do Faial.

Tratou-se de uma organização conjun-

ta da Associação de Natação da Região

Açores (ANARA) e do Clube Naval da

Horta.

Olga Marques, Juiz de Natação da ANA-

RA no Faial, salienta que “todos se por-

taram bem e finalizaram a prova, com

tempos bons. Por isso, decorreu dentro

das expectativas”.

Quanto ao número de participantes,

confessa que estava à espera de mais

atletas do Faial, opinião partilhada pela

Directora Técnica da ANARA, Carolina

Matos.

Festival Náutico 2014: 1ª Prova Regional de Natação em Águas Abertas no Faial re-uniu 9 atletas

No entanto, Olga Marques explica que

isso se deveu a vários factores: alguns

atletas estão lesionados, outros encon-

tram-se de férias e também devido ao

elevado número de provas programadas

para estes dias, no âmbito do Festival

Náutico da Semana do Mar 2014, onde

esta também se inseriu.

Este evento faz parte do circuito de

Águas Abertas dos Açores, que em

2014 conta com 3 provas, sendo que

a primeira decorreu durante as San-

joaninas, na ilha Terceira; a segunda

foi agora durante o Festival Náutico

do CNH, no Faial, e a terceira terá

como palco a ilha de São Miguel.

A prova incluiu distâncias de 500 e

1500 metros e tinha como destina-

tários atletas federados e não fe-

derados. Os 500 metros foram

feitos por 3 atletas e os 1500 por 6.

O objectivo desta iniciativa foi im-

plementar provas de Águas Aber-

tas nos Açores, e neste caso con-

creto, na ilha do Faial.

A Cerimónia de Entrega de Prémios

decorreu pelas 18 horas, no Salão

Bar do Clube Naval da Horta.

Page 13: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

As embarcações da Classe Access do

Clube Naval da Horta (CNH) suscitaram

interesse a muitas pessoas, sobretudo

velejadores, que quiseram experimen-

tá-las. Esta possibilidade surgiu no âm-

bito do Evento de Promoção da Classe

Access, que decorreu na tarde desta

quinta-feira, dia 7 de Agosto, integrada

no Festival Náutico da Semana do Mar

2014, organizado pelo CNH.

João Duarte, Responsável pela Classe

Access (Vela para pessoas com mobili-

dade reduzida) refere que esta activi-

dade contou com 20 pessoas, incluindo

o Presidente do Clube Naval da Horta,

José Decq Mota que, sendo um veleja-

dor experimentado, fez-se ao mar na

embarcação da Classe 303, denomina-

Festival Náutico 2014 - Evento de Promoção: 20 pessoas experimentaram a segurança das embarcações da Classe Ac-cess

da “Bacalhau”.

Segundo este Director da Secção de Vela

Ligeira do CNH, “a experiência foi boa” e

o evento alcançou os objectivos traçados:

proporcionar às pessoas o contacto com

os access, divulgando a Classe e a sua

actividade, desenvolvida em termos de

lazer e de competição.

Decorreu na manhã deste sábado, dia 8, a Prova do Campeo-

nato Regional de Vela Ligeira Sénior – Laser Radial.

A propósito deste evento, realizado no âmbito do Festival

Náutico da Semana do Mar 2014, o Treinador de Vela Ligeira

do Clube Naval da Horta (CNH), Duarte Araújo, diz o seguinte:

“Hoje [sábado] houve 4 regatas com vento fresco. Os seniores

lutaram bastante e em condições muito exigentes para a

Classe Radial e Standard. O Campeonato ficou com 5 rega-

tas, depois de sexta-feira, dia 7, se ter realizado apenas 1.

Quanto aos atletas da casa, Gjalt Van der Zee terminou em 2º

lugar, mas festejou como se tivesse vencido tendo em conta a

evolução que teve e por ter ganho 2 das 5 regatas. Bruno

Gonçalves, embora tenha terminado todas as regatas no final

da tabela, encarou este dia (sábado) como uma vitória pelo

facto de ter cumprido todas as regatas do dia. Ambos os vele-

jadores do Clube saíram da prova motivados e com vontade

de treinar mais para a próxima competição”.

A Cerimónia de Entrega de Prémios decorreu na noite deste

sábado, dia 9, na Tenda do CNH.

CLASSIFICAÇÃO

Classe Laser Standard:

1º Francisco Silva - Clube Naval

de Ponta Delgada

2º Gajalt Van der Zee - Clube Naval da Horta

3º Paulo Silva - DNC (não competiu)

Classe Laser Radial:

1º Miguel Moreira - Clube Naval da Lagoa

2º Catarina Baia - Clube Naval da Lagoa

3º José Pimentel - Clube Na-

val de Vila Franca do Campo

4º Fábio Cordeiro

5º Bruno Gonçalves

6º João Azevedo

Festival Náutico 2014: Miguel Moreira e Francisco Silva venceram a Prova Regional de Vela Ligeira Sénior

Page 14: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

A mesa tornou-se pequena para as

dezenas de Medalhas de Participa-

ção e Prémios

Uma festa, com muito convívio e pré-

mios é o balanço final do IX Encontro

Internacional de Vela Ligeira, que de-

correu de 4 a 6 do corrente, na ilha do

Faial, no âmbito do Festival Náutico da

Semana do Mar 2014, organizado pelo

Clube Naval da Horta (CNH).

Participaram 87 velejadores de 13 clu-

bes navais: Clube Naval da Horta, Clu-

be Naval da Madalena do Pico, Clube

Naval de São Roque do Pico, Clube

Náutico das Lajes do Pico, Clube Naval

das Lajes das Flores, Angra Iate Clube

(Terceira), Associação Naval Gafanha

da Encarnação, Clube Naval Povoense,

Sport Clube do Porto, Clube Naval de

Ponta Delgada (São Miguel), Clube

Naval de Vila Franca do Campo (São

Miguel), Clube Náutico da Lagoa (São

Miguel) e Ginásio Clube Naval de Fa-

ro. Entre Técnicos e Velejadores, este

evento envolveu mais de 100 pesso-

as.

Os lugares do pódio em cada uma das

4 Classes: 420, Laser 4.7, Optimist e

Access 2.3 (Vela para pessoas com mo-

bilidade reduzida), foram repartidos

entre os Clubes da Horta, Ponta Delga-

da, Vila Franca do Campo, Naval Povo-

ense e Sport Clube do Porto.

Instados a fazer uma avaliação da pres-

tação dos atletas da Escola de Vela do

Clube Naval da Horta, os treinadores

fizeram várias apreciações, como se

pode ler:

O Treinador Duarte Araújo rece-

beu as Medalhas de Participação

dos atletas do CNH

Festival Náutico 2014: IX Encontro Inter-nacional de Vela Ligeira contou com cerca de 90 velejadores de 13 clubes navais

Horta, Ponta Delgada, Vila Franca do Campo, Povoense e Sport Clube do Porto levaram as Taças

Duarte Araújo:

“Hoje [quarta-feira, dia 6] o dia foi de

decisões. Uns atletas da Classe Optimist

estavam a lutar pela presença no top 10,

enquanto outros lutavam pelos 20 primei-

ros. E digo isto, porque os velejadores do

Clube Naval da Horta ainda não têm a

experiência e a capacidade técnica dos

nossos adversários presentes neste Cam-

peonato. Estava cá a equipa da Póvoa,

que tem alcançado excelentes resultados

na frota nacional este ano. Recordo que 7

velejadores desta equipa se apuraram

para a Frota de Ouro do Ranking Nacio-

nal, sendo apenas um o representante

dos Açores.

Para a nossa equipa este foi um Campeo-

nato para aprender a largar com uma

frota grande, para comparar os nossos

andamentos com o dos adversários e

para perceber o que têm de treinar e me-

lhorar para a próxima temporada.

Devo realçar que os atletas da Escola de

Vela do CNH foram sempre melhorando

de regata para regata, dando excelentes

indicações.

Quanto aos Laser e 420, os adversários

deste Campeonato são os mesmos da

próxima temporada e as indicações são

boas, ainda que não tenha dado para

ganhar, deu para lutar pelo primeiro lu-

gar até à última regata.

Em conclusão, o Campeonato correu bem

para os velejadores do Clube Naval da

Horta, que estão cientes do seu nível na

frota e do trabalho que têm pela frente

para melhorar e atingir os seus objecti-

vos”.

Page 15: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

João Duarte (Classe Access):

O Treinador João Duarte aplaude o

desempenho dos atletas da Classe

Access

“O balanço é positivo. Tivemos condi-

ções exigentes no que diz respeito ao

campo de regatas: ventos com rajadas

de 20 nós e chuvada. Para a Classe Ac-

cess, estamos a falar de condições já no

limite das exigências e tanto é, que dos

6 atletas a competir, apenas 3 termina-

ram a prova. No primeiro dia tivemos o

Rui Dowling com 2 primeiros lugares e

um segundo, mas como é muito leve,

comprometeu toda a sua participação

nos últimos dois dias em que estava

mais vento. Se tivéssemos tido menos

vento, provavelmente o Rui teria ganho

o seu primeiro Encontro Internacional de

Vela Ligeira, porque estava a andar mui-

to bem.

Os outros atletas também andaram

bem, mas como o Fernando Pinto é um

velejador experimentado, com várias

participações nos europeus, internacio-

nais, nas Provas de Apuramento Nacio-

nal e como está há muitos anos na Vela,

naturalmente que veio ao de cima a sua

maior experiência, e com condições de

tempo exigentes, conseguiu superar as

dificuldades.

Em termos de Organização e de Comis-

sões de Regata, tudo funcionou bem.

Tivemos uma vez mais uma grande par-

ticipação de velejadores, sobretudo da

Classe Optimist. Relativamente à Classe

Access, é preciso ter em conta a realiza-

ção do Campeonato Nacional, que se

realizou nos dias 11, 12 e 13 do mês

passado na ilha do Faial e que mobilizou

muitos atletas. No seguimento dessa

prova nacional, o Clube Naval da Horta

convidou 2 velejadores do Porto: o Fer-

nando Pinto e a Cláudia Rodrigues.

Neste Encontro Internacional, o CNH

contou com 6 embarcações da Classe

Access 2.3 e o Access 303 (baptizado

como “Bacalhau”). Estas provas são

boas para consolidar a aprendizagem.

Quanto mais se compete, mais se evolui

e mais se aprende”.

Foram realizadas as 9 regatas previstas,

no campo de regatas da Baía da Horta.

Vítor Medeiros, Francisco Gonçalves e

Vítor Soares integraram a Comissão de

Regatas, enquanto que da Comissão de

Protestos fazia parte Alexandre Rainha,

Jorge Macedo e Calos Moniz.

Este evento foi organizado pelo Clube

Naval da Horta e promovido pela Fede-

ração Portuguesa de Vela (FPV), contan-

do com o apoio da Associação Regional

de Vela dos Açores (ARVA).

A Entrega de Prémios decorreu na noite

desta quarta-feira, dia 6, após o jantar,

nas instalações do clube anfitrião. A

cerimónia contou com a presença de

toda esta comitiva, além do Presidente

e Vice-Presidentes do CNH, respectiva-

mente José Decq Mota e Jorge Macedo;

da Directora do CNH Olga Marques, do

Director do Serviço de Desporto da

Ilha do Faial, Bruno Leonardo; do

Vice-Presidente da Câmara Munici-

pal da Horta, Luís Botelho e do Capi-

tão do Porto, comandante Diogo

Vieira Branco.

O Clube Naval da Horta contou com o

apoio dos seguintes parceiros na realiza-

ção deste evento internacional: Direc-

ção Regional do Turismo, Pró-

Convergência e Continente Modelo.

Embora não estivessem previstos pré-

mios para as atletas, José Decq Mota

entendeu contemplar a melhor veleja-

dora em prova com uma lembrança do

CNH, e que foi Catarina Coelho, do Clu-

be Naval Povoense que foi, aliás, o clube

mais premiado neste IX Encontro Inter-

nacional de Vela Ligeira.

Refira-se que todos os velejadores rece-

beram uma Medalha de Participação, as

quais foram entregues a um represen-

tante de cada clube.

O Presidente da Direcção do CNH agra-

deceu o empenho que todos estes clu-

bes colocaram na sua participação neste

evento (tendo havido troca de lembran-

ças) bem como aos atletas, a força e a

razão de ser de tudo isto. O agradeci-

mento foi extensivo às autoridades pre-

sentes, que colaboraram na Entrega dos

Prémios (para os 3 primeiros classifica-

dos de cada classe. As Classificações

completas encontram-se em anexo).

Classe 420:

1º Luís Gonçalves/Francisco Machado –

Clube Naval de Ponta Delgada

2º Ricardo Silveira/Tiago Serpa – Clube

Naval da Horta

3º Jorge Silva/Bartolomeu Ribeiro – Clu-

be Naval da Horta

Laser 4.7:

1º João Costa – Clube Naval de Ponta

Delgada

2º Pedro Costa – Clube Naval da Horta

3º José Pimentel – Clube Naval de Vila

Franca do Campo

Optimist:

1º Francisco Ilhao – Clube Naval Povo-

ense

2º Manuel Guimarães – Clube Naval

Povoense

3º João Ilhao – Clube Naval Povoense

Access 2.3:

1º Fernando Pinto – Sport Clube do Por-

to

2º Lício Silva – Clube Naval da Horta

3º Libério Santos – Clube Naval da Horta

Fotografias de: Cristina Silveira

Page 16: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

O atleta do Clube Naval da Horta, (CNH)

Rui Silveira, encontra-se em contagem

decrescente para o Campeonato do Mun-

do das Classes Olímpicas, que começará

no dia 12 de Setembro em Santander, no

Norte de Espanha.

O velejador faialense realizou dois Está-

gios nesta localidade espanhola: o 1º du-

rante o mês de Julho (de 2 a 20) e o 2º

agora em Agosto (de 3 a 25) com o objec-

tivo de se preparar para conseguir apurar

Portugal para os Jogos Olímpicos do Brasil,

em 2016. A propósito deste 2º Estágio, Rui

Silveira sublinha que “correu melhor do

que o primeiro”, tendo contribuído gran-

demente para isso o facto de já se encon-

trar completamente recuperado da lesão

contraída num ombro, em Julho, na Croá-

cia.

“Sinto-me preparado para o Mundial e

essa preparação verifica-se tanto a nível

físico, como mental e até mesmo em ter-

mos de à vontade no barco”.

De regresso a Portugal com o seu Treina-

dor – Gonçalo Carvalho – o velejador do

CNH da Classe Laser continua com os trei-

nos, desta feita em ginásio, onde ficará até

ao dia 2 do próximo mês. No dia 3 voltará

a Santander para mais trabalhos de prepa-

ração com vista à participação no apura-

mento de 50% dos países que irão estar

representados nos Jogos Olímpicos. O 1º

dia de regatas será a 12 de Setembro, num

total de 5 dias de prova. Terminada esta

dura e decisiva etapa, o atleta entrará

“Sinto-me motivado e preparado para o Campeonato do Mundo das Classes Olímpicas”

Terminou 2º Estágio em Santander, na Espanha

Terminou esta segunda-feira, em Espanha, o 2º Estágio do atleta Rui Silveira, que decorreu de 3 a 25 do corrente em Santander. O velejador do Clube Naval da Horta já se encontra totalmente recupera-do da lesão sofrida no ombro, afirmando-se “motivado e preparado” para o Mundial, que arranca dia 12 de Setembro, em Santander.

Page 17: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

Atlantis Cup 2014 – Jantar de Entrega de Prémios transformou-se numa festa

“Marina de Cascais – Giullieta” (ORC A) e “Celtic Dream” (ORC B) foram os vencedores

Uma Regata que simboliza a Auto-

nomia e une os Açores

“Muita competição, muito convívio e

bastante amizade”, foram os aspectos

da Atlantis Cup 2014 - Regata da Auto-

nomia” destacados por José Decq Mo-

ta, Presidente da Direcção do Clube

Naval da Horta (CNH), Entidade Organi-

zadora deste evento, que assinalou a

sua 26ª edição este ano.

Este Dirigente congratulou-se com o

facto de haver tripulações dos Açores,

Madeira, Continente português, Orien-

te e EUA, salientando que o Clube Naval

da Horta cumpriu o desígnio traçado de

atrair para este competição à Vela bar-

cos da frota regional e de outras ori-

gens.

“Sendo esta uma história oscilante,

conseguimos atingir uma linha evoluti-

va que foi sempre no sentido de atrair

mais gente, colocando esta Regata no

interesse e calendário de quem preza a

competição e naturalmente que isso

nos orgulha”, frisou.

José Decq Mota: “O essencial desta

Regata são os velejadores, os bar-

cos e a competição”

José Decq Mota realçou o significado do

nome desta competição, “sendo seu

objectivo desenvolver-se dentro da

unidade da Região Açores, ligando o

Arquipélago ao exterior e funcionado

como veículo de promoção”. Nesse

sentido, a parceria existente entre o

CNH e o Turismo Açores” é muito im-

portante para alcançar este desidera-

to”.

O Presidente da Direcção do Clube Na-

val da Horta destacou o patrocinador

global da Atlantis Cup - Regata da Auto-

nomia, que é a Liberty Seguros, enalte-

cendo a novidade desta edição, que

foram os patrocinadores por etapa

(BMW AutoAçoreana, Quinta dos Aço-

res e NOS Açores) o que permitiu

“melhorar o programa, tornando a pro-

va mais atractiva para os velejadores

em termos de objectivos e competi-

ção”.

O mais alto representante da Entidade

Organizadora deste evento realçou o

apoio do Clube Naval de Santa Maria

(presente nesta festa), de Ponta Delga-

da e do Angra Iate Clube, bem como

das Câmaras Municipais dos concelhos

que receberam esta Regata.

A Revista da Atlantis Cup 2014 la-

deada pelos Prémios

O trabalho de quem tornou possível a

Revista deste ano da Atlantis Cup tam-

bém foi evidenciado e agradecido. “Esta

Revista associada à Atlantis Cup já tem

história, tendo sempre como preocupa-

ção a qualidade. A publicação veio in-

troduzir um elemento de conhecimento

sobre os Açores”.

A Comissão Organizadora da Regata da

Autonomia foi também elogiada pelo

seu trabalho, a qual é composta por um

grupo de sócios do CNH.

Apesar de todas estas peças indispensá-

veis à concretização da Atlantis Cup, a

verdade é que “o essencial desta Rega-

ta são os velejadores, os barcos e a

competição”.

José Decq Mota terminou afirmando

que não tem dúvidas de que a Regata

da Autonomia vai continuar.

Participaram 20 tripulações de 3 continentes. Dos 6 prémios, 3 ficaram no Faial. A festa à volta da

mesa decorreu na noite desta terça-feira, dia 5, no Fayal Resort Hotel.

Page 18: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

Para José Leonardo Silva “é sempre

bom ganhar, mas o fundamental é

participar”

O Presidente da Câmara Municipal da

Horta, José Leonardo Silva, agradeceu o

convite para estar presente na Cerimó-

nia, lembrando que a autarquia tam-

bém apoia esta Regata, a qual funciona

como “um complemento de valorização

da Horta, Cidade-Mar”.

O edil congratulou-se com a presença

de todos e fez votos para que as tripula-

ções e famílias continuem a promover

os Açores.

Saudando vencedores e vencidos, o

autarca faialense disse que “é sempre

bom ganhar, mas o fundamental é par-

ticipar”.

José Leonardo não tem dúvidas de que

a Assembleia Legislativa da Região Au-

tónoma dos Açores (ALRAA) vai conti-

nuar a apoiar este evento, assim como

a instituição a que preside. Por isso,

despediu-se dizendo “até à próxima

Semana do Mar”, já que o encerramen-

to da Atlantis Cup acontece em pleno

Festival Náutico da Semana do Mar.

Fausto Brito e Abreu: “Viver nestas

9 ilhas é maravilhoso, mas também

implica algumas dificuldades”

Para o Secretário Regional do Mar, Ci-

ência e Tecnologia, Fausto Brito e

Abreu, foi “um enorme prazer” poder

estar presente e representar o Governo

Regional, que tem “muito orgulho em

apoiar a Atlantis Cup”.

“Viver nestas 9 ilhas é maravilhoso, mas

também implica algumas dificuldades”,

sustentou este governante, acrescen-

tando que, “é por isso que o executivo

há muito que investe na rede de infra-

estruturas, como portos e marinas”.

Fausto Brito e Abreu frisou a importân-

cia de fazer dos Açores” cada vez mais

ponto de passagem de regatas nacio-

nais” e felicitou o Clube Naval da Horta

pela “magnífica organização”, além de

velejadores e participantes, apelando a

que se juntem a esta equipa em 2015.

Ana Luísa Luís, Presidente da ALRAA,

manifestou o seu gosto pelo facto de a

casa da autonomia se associar à Atlantis

Cup, nas estradas do mar, desde 1988.

Desde 2003 que a ALRAA apoia este

evento que, precisamente por isso,

adoptou a designação de Regata da

Autonomia, tornando-se “num símbolo

da autonomia, da união e coesão do

mar com as ilhas”.

Ana Luísa Luís garantiu que a As-

sembleia continuará a ser um alto

patrocinador da Regata da Autono-

mia

“Vinte barcos traçaram com sucesso

esta rota, que uniu quatro ilhas: Santa

Maria, São Miguel, Terceira e Faial”,

referiu a Presidente da ALRAA, que

agradeceu ao CNH, aos skippers e aos

muitos colaboradores anónimos que

trabalham para o sucesso desta Regata,

agora celebrado, lançando o repto para

que haja uma nova festa no próximo

ano.

O Director da Prova, Jorge Macedo,

está de parabéns, assim como a sua

equipa

Antes da Cerimónia de Entrega dos Pré-

mios, o Director da Prova, Jorge Mace-

do, fez questão de agradecer o apoio

do skipper do iate “Quero Quero”, da

Madeira, do staff envolvido na Regata,

o trabalho da equipa “Mar de Histórias

(Fúlvia Almeida e Carlos Vaz), os conse-

lhos e sugestões de Rodrigo Moreira

Rato, dirigindo uma palavra de agrade-

cimento à sócia do CNH, Alzira Luís,

ausente por motivos de doença.

Classe ORC B:

1º “Celtic Dream” – João Reis

2º “Rift” – Carlos Moniz

3º “Mariazinha” – Manuel Gabriel Nu-

nes

Page 19: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

A tripulação do “Celtic Dream”

A tripulação do “Rift”

A tripulação do “Mariazinha”

Classe ORC A:

1º “Marina de Cascais - Giullieta” – Ale-

xandre Kossack

2º “Xcape” – Luís Quintino

3º “Altitudes 2” – Tiago Matos

A tripulação do “Marina de Cascais

- Giullieta”

A tripulação do “Xcape”

A tripulação do “Altitudes 2” (a

“menina” destes velejadores fez

muito furor)

O vencedor da Classe ORC A, Alexandre

Kossack, pediu uns breves minutos para

referir que a Atlantis Cup - Regata da

Autonomia foi “uma das mais bem or-

ganizadas” em que a sua equipa partici-

pou. Agradeceu o apoio da família, de

Jorge Macedo, Alexandre Rainha, Vítor

Mota, Rogério Feio e “o fairplay do Dr.

Luís Quintino”, que cedeu cabos ao

“Marina de Cascais - Giullieta” para que

este pudesse prosseguir em prova.

A Atlantis Cup - Regata da Autonomia,

contou com o alto patrocínio da Assem-

bleia Legislativa da Região Autónoma

dos Açores, Governo Regional dos Aço-

res e Liberty Seguros.

Antes das muitas fotografias de grupo

para a posteridade, foi exibido o filme

da Regata.

O Director de Prova da Atlantis Cup -

Regata da Autonomia (Vice-Presidente

do CNH e Director da Secção de Vela de

Cruzeiro), Jorge Macedo, fez um balan-

ço a esta competição, que vai já na sua

XXVI edição.

“O nível de organização da Atlantis

Cup está acima da média nacional”

“Eu estou, à semelhança de outros

anos, muito agradado com esta prova e

digo isso por várias razões. Uma delas

tem a ver com o nível de participação

de equipas acentuadamente já com

aquele espírito de regata a sério, de

competição pura e dura. Em termos de

meteorologia, foi muito bom. Poderá

ter sido das Regatas Atlantis Cup mais

rápidas que se fizeram até hoje, nestas

26 edições. As equipas estão extrema-

mente agradadas, independentemente

de serem as mais ou menos competiti-

vas. Os da Classe Open também estão

extremamente agradados com o nível

de organização que nós implementá-

mos. As coisas correram muito bem. As

largadas foram dadas a tempo e horas,

as selagens – que são sempre um sector

importante e complicado – correram

lindamente. Neste caso, trata-se de

incentivar os participantes, nomeada-

mente os skippers, a estarem a tempo e

horas nos sítios que indicamos para as

selagens. Depois do motor estar selado,

obrigada a ter o reboque.

A participação dos clubes co-

organizadores (Clube Naval de Santa

Maria, Clube Naval de Ponta Delgada e

Angra Iate Clube) são elos fundamen-

tais nesta cadeia. Eles disponibilizaram-

nos os meios e ajudaram-nos e só assim

conseguimos ter esta prova mais uma

vez no ar e a acabar no dia de hoje, com

um nível acima da média. A nível nacio-

nal, já li e conheço, e ainda agora o Rui

Nunes da Costa do “Record” e do

“Notícias do Mar” (onde têm sido publi-

Page 20: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

cadas notícias sobre a Atlantis Cup) e

como jornalista da Selecção Portuguesa

de Vela, referiu que este nível de orga-

nização de regata está acima da média

nacional. Naturalmente que isso nos

deixa muito satisfeitos.

O número de participantes deste ano

foi menor do que em 2013, já sabíamos

disso, mas assinalar 25 anos seja em

que desporto for, constitui sempre um

marco diferente. O número de veleja-

dores da Região no ano passado foi

grande. A Associação Nacional de Cru-

zeiro (ANC) apenas esteve com 6 ele-

mentos em 2013, o que foi pouco ex-

pressivo para o que estava previsto,

mas este ano sendo uma regata normal,

sem qualquer cariz de aniversário, apa-

receram 20 tripulações, o que foi muito

importante. Vir uma tripulação de Hong

kong, assim como o Campeão Nacional

da volta a Portugal à Vela de 2013, mais

o “Altitudes II”, o “Conquilha” além do

“Maravilha” (directamente de New Be-

dford), virem todos de propósito aos

Açores para participar nesta Regata, é

claro que isso enche-nos de orgulho.

Isto expressa bem que, de facto, a

Atlantis Cup está cada vez mais consoli-

dada.

Nitidamente, as tripulações preparam-

se cada vez melhor. Basta ver o caso do

“Marina de Cascais” que tem como ski-

pper um olímpico dos 470, além de ter

também outros elementos que fazem

Vela a sério.

É importante a existência da Classe

Open. Considero que temos de rever a

questão dos prémios, pois entendo que

também devemos atribuir um troféu

àquela classe, que, parecendo que não,

é muito importante para a Regata. É de

realçar que dos 20 barcos em prova

este ano, 8 pertenciam à Classe Open.

O Clube Naval da Horta tem de manter

este nível competitivo e organizativo. O

nível tem vindo a subir, mas tem pernas

para subir ainda mais, mas sempre com

cuidado, porque tem de ser auto-

sustentável.

Lamento que não haja mais gente en-

volvida na Organização, porque quem

está nisto há vários anos, também se

cansa. A passagem do testemunho está

cada vez mais difícil. Mas sem dúvida

que há sócios do Clube Naval da Horta

com essa capacidade e até mesmo ou-

tras pessoas na nossa sociedade. É só

uma questão de serem convidadas e sei

que aceitam.

No que toca à internacionalização, esse

aspecto vem já desde 1999, ou seja, do

início. Na primeira edição houve um

dinamarquês que residia na Horta e que

foi um dos impulsionadores da Atlantis

Cup e na segunda edição, em 1989, já

fez parte da competição.

O alargamento da Regata a outras ilhas

está dependente das condições de esta-

cionamento dos barcos nas marinas.

Temos a Marina das Velas que nos rece-

be muito bem, mas arrumar 20 embar-

cações lá, não vai ser fácil, porque os

barcos são cada vez maiores. Sei que

somos acolhidos lá com a maior boa

vontade, o que aconteceu por altura da

Regata Horta/Velas/Horta, em que o

responsável daquela Marina é amigo

dos skippers e um grande impulsiona-

dor de eventos, mas aquela infraestru-

tura não tem as condições necessárias,

ao contrário de Santa Maria, que tem

uma Marina magnífica. Acho que seria

um risco muito grande para a Organiza-

ção – seja ela qual for, porque não vou

ser eterno – enveredar por um circuito

destes, apesar da Presidente da ALRAA

e nós também, termos a intenção de

alargar a Regata a mais ilhas na questão

da abrangência da Autonomia.

A continuidade do apoio da ALRRA é

inquestionável, assim como do Gover-

no, no dizer do Secretário do Mar, Ciên-

cia e Tecnologia.

Relativamente à novidade das parcerias

em cada uma das pernas da Atlantis

Cup, foi algo muito bem esgalhado. Os

próprios parceiros ficaram muito satis-

feitos e desde logo prometeram que no

próximo ano a parceria poderá ser um

pouco mais alargada.

Balanço do Presidente da Direcção,

José Decq Mota:

A Atlantis Cup foi um sucesso, registan-

do a participação de barcos dos Açores,

da Madeira, dos EUA e do Oriente. Do

ponto de vista náutico e de competição,

foi boa, com um elevado grau de com-

petição. O tempo também ajudou.

Do ponto de vista social, o programa

não só estava bem elaborado como foi

disfrutado pelos tripulantes. Do ponto

da vista da troca de impressões e apro-

ximações, esta Regata é importante e o

convívio nela gerado foi um passo im-

portante, por exemplo, para a assinatu-

ra de um Protocolo de Cooperação en-

tre o CNH e o Clube Naval do Funchal,

esta quarta-feira, dia 6.

Os objectivos principais foram atingi-

dos. Haverá aspectos a afinar, mas te-

mos razões para estar satisfeitos.

O alargamento da Regata é uma ques-

tão a ver, mas não é muito fácil, porque

obriga ao prolongamento do tempo de

competição, o que inviabiliza a partici-

pação de muita gente. Ter uma regata

no mar mais de 8 dias, tendo barcos do

Continente, que levam 6 dias a vir e 6 a

ir, é muito tempo. Se aumentarmos a

Regata para 15 dias mais o tempo das

deslocações, pode implicar a disponibi-

lização de uma tripulação durante um

mês. Isso não é viável. Uma hipótese

mais viável será a alternância entre

várias ilhas.

Fotografias de: José Macedo

Page 21: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

Fotos: LX Sailing

Page 22: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

Gabinete de Imprensa do

Clube Naval da Horta: Como

acontece esta vinda para os

Açores, mais concretamente

para o Clube Naval da Horta,

na ilha do Faial?

Duarte Araújo: Na verdade foi

o Clube Naval da Horta que me

encontrou, tendo em conta que

andava à procura de um treina-

dor para reforçar os quadros

técnicos. Na altura eu estava a

reiniciar a Escola de Vela do

Iate Clube do Porto depois de

vários anos como treinador do

Clube de Vela Atlântico, ambos

clubes com tradição na vela na-

cional. O projecto que me foi

apresentado estava de acordo

com as minhas ambições e che-

gamos a acordo para um perío-

do experimental que termina no

fim deste mês.

G. I.: Qual a maior ambição

da época que agora findou?

Treinador de Vela Ligeira faz balanço à 2ª metade da época 2013/2014

“Em vários aspectos, o Clube Naval da Horta está bem à frente de muitos países”, considera Duarte

Araújo

Duarte Araújo: A ambição que

tinha para estes 6 meses era a de

criar uma equipa que tivesse a de-

terminação, dedicação e empenho

que caracterizam os velejadores

que procuro formar, juntamente

com a capacidade de adaptação a

uma realidade diferente e distante

da que tinha.

“Faltou um ou mais clones para

duplicar ou triplicar o trabalho fei-

to!”

G. I.: Os objectivos foram cum-

pridos?

Duarte Araújo: Julgo que a adap-

tação correu suavemente e com

sucesso. Sinto-me bem aqui e os

velejadores parecem gostar dos

meus métodos. As características

O Clube Naval da Horta andava à procura de um Treinador de Vela Ligeira e o projecto apresentado

encaixou nas expectativas deste tripeiro, nascido em Matosinhos. Diz que só conhecia os Açores dos

postais e dos documentários televisivos, mas vai renovar o contrato e ficar na instituição onde trabalha

há 6 meses. Considera que em termos das condições oferecidas aos participantes, nas estruturas huma-

nas de apoio, na organização da actividade e nas condições naturais para a prática da Vela, o Clube

Naval da Horta está bem à frente de muitos países, sendo o reforço do Departamento Técnico uma ne-

cessidade para que se possa voltar a dar aos velejadores mais horas de treino. Estamos a falar de Duar-

te Araújo, Treinador de Vela Ligeira, Grau II, persistente por natureza e para quem esta modalidade

representa a felicidade.

Duarte Araújo é velejador desde os 11 anos de idade, tendo o seu percurso abrangido, dentro da Vela

Ligeira, as Classes Optimist, Laser e Snipe.

Na Vela de Cruzeiro, destaque para as regatas costeiras, as voltas a Portugal, a participação na Regata

dos 500 Anos do Descobrimento do Brasil, além das várias provas em mundiais e europeus, em diferen-

tes classes. A menina dos seus olhos, em termos de prémios, é o facto de ser detentor do título de Cam-

peão Europeu de Juniores em Snipe, algo que se torna ainda mais precioso pela sua raridade e dificul-

dade em alcançar. Todo este percurso na área da competição fez nascer neste jovem a vontade de

transmitir o que aprendeu sendo, por isso, treinador há 6 anos.

“Sinto-me bem aqui e os velejadores parecem gostar dos meus métodos”

Page 23: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

que procuro imprimir nos atletas,

constituem um trabalho em pro-

gresso, que irá começar a dar os

seus resultados já na próxima

época.

G. I.: O que é que faltou?

Duarte Araújo: Um ou mais

clones para duplicar ou triplicar o

trabalho feito! No mesmo dia te-

nho de dar treinos a jovens vele-

jadores que se iniciam na Vela,

com 8/9 anos; a jovens com

16/17, como aperfeiçoamento das

suas técnicas de regata, e na ma-

nhã seguinte a alunos com 13/14

anos noutra classe, com progra-

mas de treino completamente di-

ferentes. Embora eu dê muitos

treinos, os velejadores de cada

escalão específico não têm um

horário muito preenchido, apesar

de manifestarem grande vontade

em aumentar essa carga.

G. I.: Entendes que houve uma

linha evolutiva desde que cá

chegaste?

Duarte Araújo: Desde que che-

guei os pais e os atletas percebe-

ram que estava a ser feita uma

aposta na modalidade e nos vele-

jadores e têm respondido positi-

vamente. Essa linha evolutiva já

vem de trás. A minha vinda ape-

nas deu mais força a essa inten-

ção.

G. I.: Que outros projectos fo-

ram desenvolvidos ao longo do

tempo em que estás cá como

Treinador de Vela, Grau II?

Duarte Araújo: Durantes estes

meses tivemos mais 3 projectos a

decorrer, nomeadamente o “Bom

Tempo no Canal” (destinado a

alunos da Escola Secundária Ma-

nuel de Arriaga), a Vela de Com-

petição Sénior e as Aulas de Ini-

ciação para Adultos. Alunos de

uma turma de Currículo Adapta-

do da Escola Secundária Manuel

de Arriaga da Horta (ESMA) de-

ram corpo ao Projecto “Bom

Tempo no Canal”, tendo como

tutoras as alunas do Curso de

Animador Sociocultural, sob a

coordenação pedagógica dos do-

centes destes alunos. Uma das

missões do Clube Naval da Hor-

ta, parceiro nesta actividade, foi

transmitir a este grupo de jovens

aprendizes das lides do mar, al-

gumas das técnicas da navega-

ção. Os alunos foram sempre

acompanhados pela mentora des-

te Projecto, a Professora Maria

do Céu Brito.

Durante vários meses tivemos a

visita semanal de turmas desta

Escola, tendo sido abordada a

Iniciação à Vela para esse pro-

grama. Os alunos participaram

com grande vontade nos exercí-

cios propostos e sem absentismo,

ainda que muitos tivessem de

combater receios relacionados

com o mar.

Na Vela de Competição Sénior,

os velejadores revelaram grande

vontade em voltar a competir e a

navegar na Vela Ligeira, o que

culminou com a Prova Regional

Sénior, realizada durante o Festi-

val Náutico da Semana do Mar

2014, organizado pelo Clube Na-

val da Horta. Devo dizer que eles

estão extremamente motivados

para continuar na próxima época.

Já a Vela de Iniciação para Adul-

tos, foi um projecto pessoal que a

Direcção apoiou e a grande maio-

ria dos inscritos é velejadores que

já integram tripulações de botes

baleeiros. Como tal, foi mais fá-

cil iniciá-los, uma vez que já co-

nheciam grande parte do progra-

ma. No entanto, esse Curso mos-

trou que existe sempre algo a

aprender e os velejadores tiveram

a oportunidade de constatar isso

mesmo na Regata que foi organi-

zada durante o Festival Náutico,

onde competiram contra tripula-

ções mais experientes. Estão

muito motivados no sentido de

dar continuidade à sua aprendiza-

gem e evolução na Vela Ligeira.

Estão a ser feitos planos no senti-

do de criar mais Cursos de Vela

para Adultos, dando assim a

oportunidade a todos os que quei-

ram realizar o seu sonho de

aprender a andar à Vela.

O “Bom Tempo no Canal” foi um

dos vários projectos em que este

Treinador esteve envolvido

Fotografia de: Cristina Silveira

G. I.: Qual o balanço que fazes

ao Festival Náutico?

Duarte Araújo: Posso dizer que

foi extremamente positivo! Foi

uma semana de muita actividade

náutica, mas que na realidade foi

um mês, começando no Campeo-

nato Nacional de Access (que

decorreu nos dias 11, 12 e 13 de

Julho, mas com muita preparação

anterior) e prolongando-se em

deslocações a Campeonatos, em

organização e preparação dos

eventos chegando finalmente à

Semana em que tudo acontece! O

pessoal do Clube nunca parou, de

dia e de noite, mostrando uma

vitalidade náutica que não é facil-

mente encontrada em todo o

mundo.

G. I.: Conheces mais algum

clube que tenha esta capacida-

de organizativa?

Duarte Araújo: O Clube Naval

da Horta revelou que é capaz de

organizar eventos com qualidade,

Page 24: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

mas também de massas. Foram

muitos desportos e especialida-

des que estiveram a decorrer ao

mesmo tempo, com todos os

membros do Clube que podiam

ajudar a fazer algo. Considero

que, mais do que um evento do

Clube Naval da Horta, é um

evento da Ilha do Faial, em que

os participantes numas provas

são elementos da organização ou

voluntários noutras. Todos con-

vergem para tornar possível este

Festival Náutico e a festa, sendo

indissociáveis um do outro.

Mas a parte que coube ao Clube

Naval da Horta correu muitíssi-

mo bem e esta instituição está de

parabéns, pois consegue fazer um

Festival que não existe em mais

nenhum local do país e muito

poucos com os recursos disponí-

veis conseguiriam fazer tanto.

G. I.: Estás a gostar dos Aço-

res? Já conhecias a Região?

Duarte Araújo: Estou a gostar

muito dos Açores, a beleza natu-

ral e o contacto constante com o

oceano e a vida marinha, são dois

aspectos únicos. As pessoas que

habitam este cantinho também

são muito acolhedoras e surpre-

endem-me a cada dia. O único

aspecto que conhecia da Região

era das imagens de postais que

chegam ao Continente português

e que dão conta da beleza natural

e imensidão inexplorada, junta-

mente com os documentários in-

ternacionais sobre vida marinha,

que convergem para este espaço

especial.

Duarte Araújo rendeu-se à beleza

natural e ao acolhimento dos faia-

lenses

G. I.: Vai haver renovação do

contrato?

Duarte Araújo: Agora que ter-

minou o período experimental e

uma vez que a adaptação de am-

bas as partes correu muito bem,

estamos a tratar, naturalmente, da

renovação do contrato, dando

continuidade ao trabalho que tem

sido feito e a preparar a próxima

temporada.

G. I.: Já podes revelar alguns

dos projectos para a próxima

época?

Duarte Araújo: A próxima épo-

ca começa já no primeiro fim-de-

semana de Setembro, com o

Campeonato Nacional de Infan-

tis, em Tróia, em que temos 3

atletas representando o Clube

Naval da Horta e a Região Aço-

res. Quanto a projectos, ainda

estão no segredo dos deuses.

“Procuro incutir nos velejadores

os valores da Vela e da Competi-

ção”

G. I.: Quantos atletas tem a Es-

cola de Vela do CNH, incluindo

os da Classe Access (Vela para

pessoas com mobilidade redu-

zida)?

Duarte Araújo: Neste momento

temos 64 velejadores nos diferen-

tes escalões, mas esperamos au-

mentar esse número na próxima

época.

G. I.: Os atletas têm muito ca-

minho a percorrer?

Duarte Araújo: Todos os atletas

têm um longo caminho a percor-

rer. No caso das modalidades ini-

ciadas – Juvenis e Juniores – esse

longo caminho ainda é maior,

mas por que se trata da formação

de atletas e indivíduos, procura-

mos incutir neles os valores da

modalidade e da competição.

G. I.: Temos “promessas” no

grupo?

Duarte Araújo: Sim, temos ve-

lejadores que demonstram um

grande interesse e apetência pelas

particularidades da Vela de Com-

petição, tanto física como men-

talmente.

G. I.: O que falta para a Escola

de Vela “dar o salto”?

Duarte Araújo: A Escola de Ve-

la já está a dar o salto, tanto em

quantidade como em qualidade, é

um processo de crescimento que

demora o seu tempo, tanto nos

resultados desportivos como

quantitativos, mas o caminho que

estamos a percorrer vai dar os

seus frutos, e isso já está em mar-

cha.

G. I.: Comparando com o Con-

tinente português, estamos

muito atrás?

Duarte Araújo: Estamos muito

atrás numas coisas e à frente nou-

tras. No caso das competências

técnicas, físicas e tácticas da Ve-

la de Competição estamos atrás,

assim como nas oportunidades de

competir e melhorar em competi-

ção, mas já no caso das condi-

ções oferecidas pelo Clube aos

praticantes, nas estruturas huma-

nas de apoio, na organização da

actividade e nas condições natu-

rais para a prática da modalidade,

estamos bem à frente de muitos

países.

G. I.: Os velejadores estão dis-

postos a trabalhar mais, a ter

Page 25: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

treinos mais regulares?

Duarte Araújo: Os velejadores

têm acompanhado esta maior

exigência nos treinos e notado a

sua evolução; levam mais a sério

a sua participação nos treinos e a

sua concentração em regatas.

Acreditam que vão melhorar e

estão dispostos a trabalhar mais

para atingir esses resultados, e

não é anormal pedirem-me para

treinar mais.

Os velejadores são os primeiros a

pedir para treinar mais

G. I.: Na tua opinião há com-

petições em número suficiente

ou deveria haver mais?

Duarte Araújo: Não é só o nú-

mero que é insuficiente, é o nível

da competição que mais me pre-

ocupa. As oportunidades de com-

petir com todos os clubes da Re-

gião neste momento são apenas 4

– contando com o Encontro In-

ternacional, que não fazendo par-

te do calendário regional, reúne

velejadores de todas as regiões e

do Continente português e es-

trangeiro – e essa falta de com-

petição limita a aprendizagem

dos atletas, que não tendo adver-

sários, têm de competir entre eles

próprios para evoluírem e chegar

a outro patamar.

G. I.: Quais as necessidades

desta Secção?

Duarte Araújo: O Clube Naval

da Horta está muito bem equipa-

do em termos de apoio de mar,

com vários pneumáticos, que

permitem o acompanhamento

técnico adequado. No entanto,

embora tenhamos muitos barcos

para iniciar a prática da modali-

dade, o material está muito usa-

do, sendo normal fazer remendos

a toda a hora, tanto em velas co-

mo em cascos. E de remendo em

remendo, vamos dando o nosso

melhor, procurando competir,

mesmo com equipamento ultra-

passado, remendado e empenado.

A Direcção tem vindo a fazer um

esforço para melhorar e reparar

todo o material e toda a gente

neste Clube procura fazer o me-

lhor com o que tem, no entanto a

verdade é que o material está es-

ticado ao máximo.

Uma necessidade realmente im-

portante era dotar o Clube de

balneários mais apropriados à

actividade que aqui se pratica, o

que não avança devido ao projec-

to de construção da nova sede do

Clube Naval da Horta, mas a ver-

dade é que não se sabe para

quando o arranque das obras.

O reforço do Departamento Téc-

nico é outra necessidade que está

a ser trabalhada, para que se pos-

sa voltar a dar aos velejadores

mais horas de treino.

G. I.: Como classificas as con-

dições do Clube Naval da Hor-

ta para a prática da Vela?

Duarte Araújo: Potencialmente

excelentes e conta já com o prin-

cipal que é a vontade directiva,

disponibilidade humana e condi-

ções climatéricas e meteorológi-

cas ideais. O Clube está implan-

tado numa cidade virada para o

mar, que é o Centro do Atlântico

Norte na Vela de Cruzeiro. Da-

qui podem sair vários profissio-

nais da área náutica, dando uma

maior importância ao envolvi-

mento entre o Clube Naval e a

ilha do Faial.

G. I.: Como vês a Vela em Por-

tugal?

Duarte Araújo: A Vela em Por-

tugal é um desporto elitista. Eli-

tista principalmente pelo pouco

conhecimento que as pessoas

têm deste desporto e das vanta-

gens do mesmo para os pratican-

tes. Tem sido feito um esforço

para tornar a Vela mais acessível

economicamente para as famí-

lias, mas ainda não começou a

abordar as potencialidades que

tem neste país, principalmente

como instrumento de construção

de personalidade e estabeleci-

mento de valores nos jovens.

DUARTE ARAÚJO DESCON-

TRAÍDO

“A Vela para mim é felicidade”

- Signo: Leão

- Local de nascimento: Matosi-

nhos

- Prato favorito: Está entre a

feijoada do meu pai e o Leitão da

Bairrada

- Desporto preferido: VELA

- Qualidades: Persistência

- Defeitos: Não saber quando a

persistência se transforma em

obsessão

- Como te defines? Sou compli-

cado, pois gosto de coisas sim-

ples

- Qual o teu maior sonho? Fa-

zer a diferença

- O que é a Vela para ti? A Ve-

la para mim é felicidade

Fotografias cedidas por: Duarte Araújo

Page 26: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

João Carlos Pinheiro: “Tenho muito

orgulho de ser filho de um grande

baleeiro das Angústias e de o meu

filho mostrar tanto interesse pelas

suas raízes, mantendo e dinami-

zando a ligação que existe entre as

cidades irmãs da Horta e de New

Bedford

João Carlos Pinheiro, um faialense das

Angústias há muito emigrado nos Esta-

dos Unidos da América, tem sido um

dos grandes dinamizadores no sentido

de manter viva e activa a ligação que

existe entre as cidades da Horta (ilha

do Faial, Açores) e a de New Bedford

(Massachusetts, condado de Bristol,

EUA). Geminadas desde 1972, estas

cidades irmãs têm em comum a balea-

ção, há muito imortalizada no Museu

da Baleia de New Bedford (New Be-

dford Whaling Museum). Sempre liga-

do à terra que o viu nascer, João Carlos

Pinheiro não perde uma oportunidade

para vir ao Faial e lembrar a quem de

direito, tanto lá como cá, que é preciso

nunca deixar morrer esta cultura e tra-

dição.

Victor Pinheiro, filho de João Carlos

Pinheiro, mesmo nascido no outro lado

do Atlântico, domina bem o português

e carrega no peito a responsabilidade,

e ao mesmo tempo, o gosto de honrar

o avô paterno: José Cardoso, um gran-

de baleeiro da freguesia das Angústias,

ilha do Faial. Por isso, foi com agrado

que veio à ilha azul trazer um abraço

das gentes de New Bedford, tendo feito

a viagem marítima a bordo do seu

“Maravilha” no passado mês de Julho,

onde foi calorosamente recebido por

vários faialenses. O objectivo foi vir

deixar o barco a fim de participar na

26ª edição da Atlantis Cup - Regata da

Autonomia, que saiu de Santa Maria no

dia 27 de Julho e terminou na Horta,

com o Jantar de Entrega de Prémios no

dia 5 deste mês.

Convidado para ser o Presidente da

Comissão de Regata de Botes Baleeiros

do Festival Náutico da Semana do Mar

2014 (realizada no dia 9 deste mês),

João Carlos Pinheiro tinha motivos de

sobra para vir ao Faial juntar-se ao filho

– que se fez acompanhar da família – e

rever familiares, amigos e conhecidos.

“Ver os botes baleeiros a navegar no

canal é a prova da importância que isto

tem para manter a tradição baleeira, a

nossa cultura marítima e, ao mesmo

tempo, atrair turistas ao Faial e aos

Açores, o que é importantíssimo”, con-

sidera este faialense, que acrescenta:

“A Regata decorreu muitíssimo bem.

Ao princípio, o vento estava um bocadi-

nho fresco e estávamos com receio de

começar a competição, mas correu

muitíssimo bem”.

Instado a estabelecer uma comparação

entre as regatas de cá e as de lá, refere

que “no Faial há mais botes em prova”.

E sublinha: “Em New Bedford faço rega-

tas de Cruzeiro com o mesmo número

de barcos daqui ou mais, mas com bo-

tes baleeiros não”.

Aos 3 botes açorianos que existiam em

New Bedford vieram juntar-se mais 10

“Yankee Botes”, que são os botes bale-

eiros americanos entretanto construí-

dos, sendo “um bocadinho diferentes

dos açorianos: são mais pequenos e

com menos vela”. No entanto, “esta

pequena rivalidade entre os botes aço-

rianos e os botes americanos está a

suscitar entusiasmo por parte das pes-

soas”, realça João Carlos Pinheiro, que

acrescenta: “Os americanos estão a

afluir aos botes baleeiros”.

A construção dos botes baleeiros ame-

ricanos – cada um custou 100 mil dóla-

res – esteve a cargo de vários museus

por intermédio do Mystic Seaport Mu-

seum, o Museu da América e do Mar.

Cada museu é que angariou os fundos

necessários através de donativos parti-

culares e outras acções. A Morgan, a

única barca baleeira que ainda navega,

foi recuperada pelo Mystic Seaport

Museum, o que foi sinónimo de um

investimento de 9 milhões de dólares.

A propósito de apoios, João Carlos Pi-

nheiro sublinha: “Na América não de-

pendemos do Governo. Angariamos

apoios de firmas e particulares e reali-

zamos festas para conseguir os fundos

necessários para este projecto”. E frisa:

“Embora o dinheiro seja importante, o

principal deste movimento é envolver a

comunidade. Não queremos apenas um

pequeno grupo a gerir isto, o que se

pretende é envolver a comunidade,

pois temos muitos açorianos – e faia-

lenses – a viver na Nova Inglaterra”.

“Na América não dependemos do

Governo para a recuperação dos

botes baleeiros nem para a realiza-

Ligação entre as cidades da Horta e de New Bedford está viva e activa”: “O im-portante é envolver a comunidade”, salienta João Carlos Pinheiro

Page 27: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

ção de eventos relacionados com a

manutenção da cultura baleeira”

João Carlos Pinheiro refere que “o pes-

soal português da área de New Be-

dford que não ia ao Museu da Baleia, já

começou a ir”.

O Museu da Baleia tem, desde há cerca

de 15 anos, a Galeria do Baleeiro Açori-

ano (Azorean Whalemen Gallery), a

única exposição permanente nos EUA

que destaca a contribuição portuguesa

para o património marítimo america-

no, nomeadamente para a história da

baleação de New Bedford e dos Aço-

res. A instalação da Galeria do Baleeiro

Açoriano dentro do Museu da Baleia

de New Bedford – onde existem foto-

grafias e vários artefactos da baleação

– “resulta de um donativo muito gran-

de, que foi feito pelo Sr. Jaime Gama”,

recorda João Carlos Pinheiro.

Em 2010, o Museu da Baleia recebeu a

exposição intitulada “A Baleação no

Faial: Fase Industrial (1940-1984)” que

contava a história dos principais cen-

tros desta actividade na ilha, nomeada-

mente a Fábrica da Baleia de Porto

Pim, dos Armazéns da “Reis e Martins”

e das principais personalidades que a

marcaram ao longo do século XX, sem

esquecer as novas indústrias do sector,

como a observação de baleias.

“Esta exposição esteve na América

durante 8 meses e tem havido um in-

tercâmbio muito grande entre o Mu-

seu da Baleia de New Bedford e o Ob-

servatório do Mar dos Açores (OMA)

por intermédio da Márcia Dutra, da

Carla Dâmaso e do Filipe Porteiro, o

que é muito importante”, defende este

faialense, que garante: “Queremos dar

continuação a esta ligação”.

“Os nossos portugueses, sobretudo os

açorianos, estão a aderir mais ao Mu-

seu da Baleia”. Na base desse desper-

tar de consciências adormecidas está

uma maior divulgação da importância

do Museu da Baleia, a inauguração da

exposição permanente, a fundação da

Azorean Maritime Heritage Society (da

qual João Carlos Pinheiro foi o mentor)

e a criação da Regata Internacional de

Botes Baleeiros.

“Os nossos portugueses, sobretu-

do os açorianos, estão a aderir

mais ao Museu da Baleia”

“Há muitos portugueses (e açorianos)

que, apesar de residirem nesta área há

imenso tempo, nunca tinham visitado

o Museu da Baleia de New Bedford, o

maior do mundo. A ligação que agora

já é sentida e vivida de forma mais acti-

va no que diz respeito à geminação

entre as cidades da Horta e de New

Bedford faz com que sempre que os

portugueses da área de New Bedford,

Fall River ou Boston recebem alguém

de qualquer parte façam questão de

levar as suas visitas à maior atracção

da cidade: o Museu da Baleia de New

Bedford”, sustenta João Carlos Pinhei-

ro, um dos pilares desta ligação social,

cultural e afectiva.

O Museu da Baleia de New Bedford foi

responsável pela organização de 3 ex-

cursões oriundas desta cidade america-

na que tiveram como destino os Aço-

res, concretamente o Faial (e outras

ilhas). “Trata-se de pessoas que não

são portuguesas, mas têm curiosidade

em saber a história da baleação”, expli-

ca João Carlos Pinheiro, frisando:

“Posso dizer que é turismo de 1ª clas-

se. Estes turistas ficam em bons hotéis,

comem em bons restaurantes e levam

grandes souvenirs. Isto é um intercâm-

bio muito importante para a ilha do

Faial e para nós que vivemos no estran-

geiro, pois trata-se de divulgar a gran-

de ligação que existe entre a Horta e

New Bedford, devido à baleação. E isso

é visível na arquitectura e noutros as-

pectos em ambas as cidades”.

E no contexto destas excursões, é de

referir que as pessoas envolvidas de-

monstraram interesse em voltar a es-

tas ilhas.

“A Regata Internacional de Botes Bale-

eiros tem suscitado um grande interes-

se nos americanos que fazem pergun-

tas sobre esta tradição, estão a aderir

às regatas e revelam vontade de vir

visitar os Açores (ilha do Faial e ou-

tras). Isto provocou um impacto positi-

vo acima dos 50% na comunidade ame-

ricana não só de New Bedford, mas da

área de Boston e Massachusetts”, real-

ça este faialense.

João Carlos Pinheiro, a “alma” e o rosto

da Regata Internacional de Botes Bale-

eiros (condecorado pelo Secretário de

Estado das Comunidades, José Cesário,

em representação de toda a comunida-

de) revela que a próxima será em 2015,

“provavelmente” na primeira semana

do mês de Julho, por forma a coincidir

com a independência da América e o

aniversário da cidade da Horta, ambas

as datas assinaladas a 4 de Julho.

Uma geminação assegurada

A geminação destas duas cidades nas-

ceu através da celebração de um pro-

tocolo em 1972, na altura em que Fer-

nando Neto, que emigrou na sequência

do Vulcão dos Capelinhos, era o repre-

sentante da cidade de New Bedford.

A ligação entre as duas cidades irmãs

começou a ganhar importância quando

o Porto da Horta se tornou abrigo para

os grandes barcos baleeiros provenien-

tes de New Bedford, tendo esta cidade

sido, mais tarde, o destino de uma das

primeiras vagas da emigração dos Aço-

res para os EUA.

João Carlos Pinheiro sublinha que “a

mudança de presidentes da câmara

tanto de um lado como do outro não

pode jamais ser um entrave a este in-

tercâmbio, importante na actualidade

e para os vindouros”. E prossegue: “E

esta ligação pode ser expressa através

da Regata de Botes Baleeiros, Folclore,

palestras ou outras iniciativas tanto cá

como lá. Espero que não se perca e

Page 28: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

que seja intensificada”.

Mystic Seaport Museum, Morgan e a

relação com o OMA

O Mystic Seaport Museum está situado

em Mystic Seaport, uma vila-museu

localizada na cidade de Mystic, no esta-

do norte-americano de Connecticut,

mesmo no estuário do rio Mystic. A vila

costeira é composta por mais de 60

casas-museu, cuidadosamente restau-

radas.

O Mystic Seaport Museum é o maior

museu marítimo do mundo, sendo no-

tável pela sua colecção de barcos à

vela, de madeira, com a recriação dos

ofícios e tecido de toda uma aldeia ma-

rítima do século XIX. Foi fundado em

1929 como o “Marine Historical Associ-

ation”. A sua fama surgiu com a aquisi-

ção, em 1941, do Charles W. Morgan , a

única embarcação baleeira à vela de

madeira que sobreviveu até ao presen-

te sendo, por isso, o símbolo maior da

época em que este país dominava a

indústria baleeira.

O Charles W. Morgan é o último de

uma frota baleeira norte-americana

que somava mais de 2.700 embarca-

ções. Construído – em New Bedford – e

lançado em 1841, o Morgan é agora o

navio comercial americano mais antigo

ainda à tona, a seguir ao USS Constituti-

on, com a particularidade de 80% das

suas madeiras ainda serem as originais.

Ao longo de uma carreira baleeira de

80 anos, o Morgan embarcou em 37

viagens entre 1841 e 1921, a maioria

das quais com a duração de três anos

ou mais. Construído visando a durabili-

dade e não a velocidade, percorreu

todos os cantos do globo em busca de

baleias. É conhecido como um “navio

de sorte”, tendo navegado com sucesso

esmagador contra o gelo do Ártico,

nativos hostis, inúmeras tempestades,

perigos do Cabo Horn e até mesmo

contra o furacão de 1938. O Morgan

custou cerca de 27 mil dólares e reali-

zou 38 viagens. Na primeira conseguiu

capturar 57 baleias com uma tripulação

de 37 homens. Desde o seu lançamento

ao mar, foram mais de 700 elementos,

de várias nacionalidades, que fizeram

parte da tripulação do Morgan.

Desde 1941 que esta embarcação bale-

eira está em exibição no Mystic Seaport

Museum.

Em 1966 foi classificada como Marco

Histórico Nacional Americano. Em 2008

foi colocada em doca seca para restau-

ro e a 21 de Julho de 2013 foi lançada à

água novamente para partir, em 2014,

em mais uma viagem histórica pelos

portos da costa leste americana. Dei-

xou o Mystic Seaport Museum a 17 de

Maio deste ano para embarcar na sua

38ª viagem pelos portos históricos da

Nova Inglaterra. Foi uma jornada de

quase 3 meses com o objectivo de sen-

sibilizar as pessoas para o património

marítimo da América, chamando a

atenção para as questões de sustenta-

bilidade e conservação dos oceanos. O

navio regressou da sua 38ª viagem a 6

deste mês e retomou o seu papel na

exposição do Mystic Seaport Museum.

De 28 de Junho a 6 de Julho deste ano,

a Charles W. Morgan esteve na cidade

de New Bedford, o seu porto de ori-

gem, onde decorreram as maiores festi-

vidades da sua 38ª Viagem. Foram 9

dias preenchidos com concertos, rega-

tas, cortejos, entre outros eventos pú-

blicos, que envolveram a comunidade

americana e a comunidade internacio-

nal. Numa cidade em que a presença

açoriana é demasiado evidente, os Aço-

res são parte integrante deste evento

histórico. Estas ilhas tiveram um papel

relevante na história da baleação ame-

ricana, pois tornaram-se numa escala

privilegiada de apoio à frota baleeira

que cruzava o Atlântico, destacando-se

nesta encruzilhada a abrigada baía da

Horta, na ilha do Faial.

Mas não foi só como escala baleeira

que os Açores se destacaram. A nume-

rosa presença de açorianos nas tripula-

ções americanas, quer como simples

marinheiros, quer como arpoadores

destemidos ou até como capitães bale-

eiros, foi para sempre imortalizada no

afamado clássico da literatura america-

na Moby Dick. Foi por isso fundamental

que os Açores tenham marcado presen-

ça forte nestas comemorações em New

Bedford. Esta presença foi, mais uma

vez, assegurada pelo Observatório do

Mar dos Açores (OMA), que levou uma

exposição itinerante intitulada “Port of

Call: the Western Islands”.

A exposição ilustrou o papel dos Açores

na actividade da frota baleeira america-

na através das várias viagens baleeiras

realizadas pela Charles W. Morgan com

passagem pelo arquipélago.

O OMA marcou ainda presença no

Whaling History Symposium, que con-

tou com a presença de vários investiga-

dores internacionais, com uma comuni-

cação oral proferida por Márcia Dutra.

Este projecto surge da firmada relação

entre o OMA, o New Bedford Whaling

Museum (NBWM) e o Mystic Seaport

Museum. Esta relação teve início em

2010, quando o OMA levou a exposição

“A Baleação no Faial: a fase industrial

(1940-1981” à inauguração da Galeria

do Baleeiro Açoriano no NBWM.

Em 2012, Márcia Dutra, colaboradora

do OMA, esteve 3 meses a trabalhar

naquele museu como curadora convi-

dada, para actualizar os conteúdos ex-

positivos daquela Galeria. Foi também

nesse ano que se iniciou uma parceria

com o Mystic Seaport Museum que já

visava as comemorações da 38ª Viagem

da Charles W. Morgan. Em 2013 dois

colaboradores do OMA deslocaram-se

ao Mystic Seaport Museum para efec-

tuarem uma pesquisa e recolha de in-

formação no arquivo desta instituição.

Page 29: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

Rui Campos evidencia o facto de a

equipa de Xadrez do CNH nunca ter

perdido por 4-0

Gabinete de Imprensa do Clube Naval

da Horta: Foi uma boa época?

Rui Campos: Sim! Tivemos a jogar na

3ª Divisão, fomos ao Continente por

duas vezes, consegui o 11º lugar no

Campeonato Nacional em Famalicão,

que decorreu em Julho, e o mais inte-

ressante é que, desde que a equipa de

Xadrez do Clube Naval da Horta partici-

pa em provas nacionais, o que já acon-

tece desde há 3 anos, nunca perdeu

por 4-0. Até já jogámos contra a equipa

do Sporting Clube de Portugal, e mes-

mo nesse caso ganhámos meio ponto.

É uma questão de mérito nunca termos

sofrido uma derrota por 4-0, mesmo

sem a experiência que agora temos.

G. I.: Quando é que foi formada esta

equipa?

Rui Campos: Formámos este Núcleo há

5 anos e tenho sido sempre o líder. Nós

os 4 temos um gosto em comum pelo

Xadrez, mas em qualquer desporto há

sempre alguém que tem de dar mais do

seu tempo. Mas posso dizer que todo o

trabalho tem sido suportado pela equi-

pa, composta por mim, pelo Doménico

Bettani, pelo Pedro Terra e o António

Sousa. Qualquer coisa que seja neces-

sária, a equipa entra toda e trabalha.

Posso estar à frente desta Secção, mas

é um trabalho de conjunto.

Equipa de Xadrez do Clube Naval

da Horta

Da esquerda para a direita: Dome-

nico Bettani, Rui Campos, António

Sousa e Pedro Terra

Fotografia cedida por: Rui Campos

G. I.: É sempre a mesma equipa desde

o início?

Rui Campos: Sempre! Nunca houve

faltas nem falhas, conseguimos partici-

par sempre nos Torneios e nos Campe-

onatos com a mesma equipa, sem nun-

ca recorrer a armas secretas, porque há

equipas que vão buscar jogadores bons

quando há falhas.

G. I.: O Xadrez surge quando?

Rui Campos: Em termos de competi-

ção, há mais de 25 anos. Participei nos

Campeonatos que o INATEL organizava

no Faial, quando tinha os meus 16/17

anos e já tenho 42. Mas antes já jogava.

Lembro-me de que nessa altura São

Miguel não tinha praticamente activi-

dade nenhuma em termos de Xadrez,

mas na Terceira havia jogadores muito

bons. No Faial havia alguns amantes da

modalidade, sem nenhum jogador de

topo. Desde que me conheço como

jogador, o melhor que tínhamos cá

neste desporto era o José Guerra, que

agora joga em São Miguel na equipa do

Operário.

Cheguei a ser campeão pelo Faial du-

A possível formação de uma Selecção A e de uma Selecção B para representar os Açores pode dividir a equipa de Xadrez do CNH Há décadas que joga Xadrez e diz que não pode viver sem ele. Joga por prazer e por isso pode fazê-lo

durante horas sem nunca se cansar. Há 5 anos que está à frente da Secção de Xadrez do Clube Naval

da Horta (CNH) e fala com orgulho da equipa que existe e da evolução que esta teve, sendo temida

por todas as outras dos Açores. Trata-se de Rui Campos, que coloca a possibilidade da divisão da

equipa do CNH, na próxima época, com a formação de uma Selecção A e de uma Selecção B nos Aço-

res. O objectivo é ir buscar os melhores jogadores a cada uma das equipas existentes nas diferentes

ilhas para representar a Região.

Imbatível é a forte amizade que une os 4 elementos da equipa faialense, a qual pondera reabrir a Es-

cola de Xadrez para os mais novos no CNH, um desporto que exige estudo, concentração e estratégia,

obriga a uma raciocínio rápido e lógico e evita o aparecimento de Alzheimer. Rui Campos defende a

implementação do Xadrez nos currículos escolares como sendo uma mais-valia para todas as outras

disciplinas e aponta o exemplo da Rússia, onde há grandes jogadores.

Page 30: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

rante 4 ou 5 anos. Muita gente saiu da

ilha para prosseguir estudos, incluindo

eu, e o INATEL ainda manteve essa acti-

vidade durante mais 1 ou 2 anos. De-

pois, o Faial esteve cerca de 9 anos sem

competição nesta modalidade.

G. I.: Mas a prática do Xadrez não aca-

bou?

Rui Campos: Eu ia treinando no Porto,

mas nada de muito sério. Frequentava

um clube e ia fazendo jogos quando

tinha tempo. E também jogava rápidas

na internet. Se uma pessoa não pratica,

tem uma regressão enorme.

G. I.: Há um tempo diário estipulado

para treinar?

Rui Campos: Eu não tenho tempo espe-

cífico. Quando posso, vou à internet ou

juntamo-nos no Clube Naval da Horta.

Durante muito tempo, joguei por intui-

ção. Tentava ser o mais criativo possível

e por intuição. Nem era por estudar ou

ler. Mas isso implicava um esforço mui-

to maior porque tinha de alcançar o

que os outros tinham conseguido por

terem lido e estudado. E eu dizia: “Ok,

deixa-me tentar perceber o jogo, o que

existe aqui”.

G. I.: Este é um desporto muito absor-

vente…

Rui Campos: Muito mesmo! O nosso

tempo e disponibilidade têm de ser

imensos. Caso contrário, não tínhamos

hipóteses de competir com as outras

equipas. Para se chegar a um nível ele-

vado, há que praticar muito. Senão, é

impensável.

G. I.: O que é que é preciso para jogar

Xadrez?

Rui Campos: Acima de tudo, é preciso

atenção, estratégia e criatividade. Há

vários pontos importantes.

G. I.: Há quem diga que é preciso ser

inteligente para jogar Xadrez.

Rui Campos: Não sei se isso faz de mim

uma pessoa inteligente. Se calhar é

preciso ser inteligente para fazer uma

conjugação de todos estes factores

indispensáveis para jogar. Se eu for só

teórico, ler muito e encontrar um joga-

dor que seja menos teórico do que eu,

mas que seja criativo, pode criar-me

dificuldades imensas. Há vários pontos

importantes.

G. I.: Como é que se aprende a jogar

Xadrez?

Rui Campos: Primeiro é preciso apren-

der as regras de forma devida. E como

qualquer jogo é fundamental faze-lo da

forma correta, ou seja, quando apren-

demos por nós, sem um treinador à

altura, acabamos por não aprender da

melhor maneira. E é importante apren-

der as bases de forma correcta que é

para a pessoa perceber a ideia de jogo

e poder utilizar a sua cabeça para pen-

sar e criar a sua estratégia. Além da

componente teórica que cada jogador

deve ter, é fundamental saber usá-la.

Uma pessoa pode ler muito, mas de-

pois tem de saber o que fazer com a

leitura. A nível prático, basta que uma

peça tenha sido jogada para uma deter-

minada casa e não para outra, o que já

provocou uma mudança, que pode le-

var a pessoa a pensar: “E agora, o que é

que eu faço?” Por isso, defendo que se

trata de uma conjugação de factores

mas, acima de tudo, de atenção.

“O Xadrez é um jogo que implica

estudo, treino e concentração. É

muito exigente”

G. I.: É um jogo aconselhado para os

mais novos?

Rui Campos: É excelente, porque se o

miúdo gosta, mesmo sem se dar conta

é obrigado a estar atento. Ele próprio

sabe que é necessário estar concentra-

díssimo. Só assim é possível perceber o

que é que o nosso adversário tem em

mente. Se assim não for, não se conse-

gue.

G. I.: É possível fazer batota?

Rui Campos: É dos poucos jogos onde

não há batota. Nem sequer se põe a

questão da sorte ou do azar. Aqui há

que jogar bem. A sorte que eu posso

ter é se houver algum erro de algum

jogador que me dê uma peça de graça,

mas é preciso que eu faça uso dela e

não aconteça o caso de eu também lhe

dar uma peça e voltar à igualdade de

material.

G. I.: Já houve aulas de Xadrez no Clu-

be para os mais pequenos?

Rui Campos: Sim, nestes 5 anos de exis-

tência da Secção durante 3 anos tive-

mos a Escola de Xadrez a funcionar.

Tínhamos 8 miúdos entre os 8 e os

11/12 anos.

G. I.: Acabou porquê?

Rui Campos: Os miúdos têm muitas

actividades e modalidades. Eles tam-

bém gostam de Xadrez, o problema é

que precisam de muita concentração.

Dávamos aulas aos sábados, cerca de

2,5 horas. Chegámos à conclusão de

que era muito tempo. Sou defensor de

1 hora e 15 minutos. A partir daí, per-

dem a concentração.

G. I.: Equacionam um regresso?

Rui Campos: Estamos a ponderar voltar

a dar Aulas de Xadrez, até porque al-

guns pais já manifestaram vontade em

que os filhos aprendessem. É muito

importante começar esta modalidade

bastante cedo. Temos alguns miúdos

na casa dos 10/11 anos que têm umas

noções bastante boas do Xadrez, fruto

dessas aulas. Estou a lembrar-me do

Gustavo, João Castro e do primo, o

Afonso Castro, que registaram uma

grande evolução.

G. I.: Seria também uma forma de a

modalidade continuar.

Rui Campos: No Faial, temos jogadores

razoáveis, que não podem participar

nas provas em que a equipa joga, por-

que não têm nível para isso. Sei que

Page 31: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

têm essa vontade, mas é necessário

evoluir mais.

G. I.: Não se fala em senhoras. Não há

jogadoras no Faial?

Rui Campos: No Faial, não. Em São Mi-

guel há algumas, jovens, que já têm um

nível bastante elevado, mas no nosso

país temos jogadoras excelentes.

G. I.: Como está a modalidade a nível

regional?

Rui Campos: Poderá haver alterações

na próxima época, tida como uma épo-

ca de experiência. A mudança ainda

está em estudo, mas o que se pretende

é formar uma Selecção A e uma Selec-

ção B a nível Açores.

Até a este momento existem 3 Divi-

sões, havendo 3 equipas na 3ª Divisão,

onde a equipa do Faial se encontra.

Mas a Federação (a nível regional) só

suporta 2, devido aos cortes registados

(cerca de 40%). E como houve uma

equipa que desceu da 2ª Divisão e ou-

tra que ficou à nossa frente, possivel-

mente este ano a equipa do Faial fica

de fora. Apesar de todo o mérito e tra-

balho que temos tido, é possível que

este cenário venha a ser uma realidade.

Pretendem criar 2 equipas fortes nos

Açores, porque neste momento todas

as equipas açorianas, à excepção da

equipa da Universidade, têm 1 ou 2

elementos menos bons, estando todas

um “bocadinho mancas”. Assim sendo,

a intenção é formar uma Selecção A e

uma B para os Açores terem uma Selec-

ção A forte na 2ª Divisão e uma Selec-

ção B forte na 3ª Divisão.

Lamento muito a possibilidade da

divisão da nossa equipa, porque a

(enorme) evolução registada é uma

vitória nossa e só nossa!”

G. I.: É possível avançar para esse novo

figurino?

Rui Campos: Sim, existe mesmo essa

possibilidade, temos jogadores de so-

bra para 2 selecções fortes. Agora já

não estamos a pensar por ilhas, mas no

todo da Região. Isto significa que há

jogadores do Faial que vão integrar a

Selecção A e outros a Selecção B. E são

estas 2 Selecções que passariam a re-

presentar a Região.

G.I.: Avizinham-se divisões na equipa

do Clube Naval da Horta.

Rui Campos: A nossa equipa vai sair

lesada, porque o nosso percurso, aquilo

que temos conseguido só por nós, é

incrível. Começámos do nada. Nunca

nos passou pela cabeça atingir o que

atingimos. Isto só é uma realidade gra-

ças a muito treino, estudo e disciplina.

Neste momento, somos vistos pelas

equipas dos Açores como sendo uma

equipa ao nível das restantes, o que era

impensável há alguns anos. Neste mo-

mento qualquer equipa dos Açores

teme a equipa de Xadrez do Clube Na-

val da Horta, o que é óptimo. Foi uma

vitória nossa, só nossa, e é por isso que

nos custa tanto agora desfazer a equi-

pa, que chegou a este nível com imenso

esforço.

G. I.: Falou-se em redução de verbas.

Continua a haver vários momentos de

Competição?

Rui Campos: Sim, temos a Taça, o Naci-

onal e outras. Em São Miguel realizam-

se várias provas, ao contrário do que se

verifica no Faial. No entanto, há que

elogiar a Associação de Xadrez dos Aço-

res, que sempre se esforçou para que a

equipa do Faial participasse no maior

número possível de provas. A nossa

evolução foi sendo observada com

atenção e como houve crescimento em

termos de trabalho, também houve no

que ao apoio diz respeito.

G. I.: As restantes ilhas estão activas

no Xadrez?

Rui Campos: São Jorge e a Graciosa

têm alguns jogadores. No Pico, não há

Xadrez. Na Terceira já houve imensos

jogadores bons, mas agora não há Nú-

cleo, o que poderá estar relacionado

com o falecimento do Sr. Mota, ocorri-

do há 5 anos. Ele é que era a “alma” do

Xadrez na Terceira. Fiz algumas viagens

com este senhor e ele era uma perso-

nagem que adorava o jogo e gostava de

estar com as pessoas. Lamento que

assim seja.

Certamente que há bons jogadores

espalhados pelas ilhas. Estamos sempre

a tentar que apareça algum novo joga-

dor com potencial, a quem daremos o

nosso apoio, desde que haja vontade

própria.

G. I.: O que é o Xadrez?

Rui Campos: Faz parte mim. Não vivo

sem o Xadrez. Gosto muito de apneia e

de caça submarina, que é o que aprecio

mais, mas são campos diferentes. Para

mim, o Xadrez é lazer. A minha pers-

pectiva sobre o jogo é de gozo, de pra-

zer, por isso posso estar horas e horas a

jogar sem me cansar.

Quando jogo é para ganhar, mas acima

de tudo é pelo prazer e quando se joga

pelo prazer, é meio caminho andado

para ganhar.

Perder faz parte de qualquer jogo. Po-

demos estar perante um jogador muito

bom, mas há sempre alguém melhor e

até se pode perder com alguém que

jogue pior, mas que naquele dia jogou

melhor. Não se trata de sorte. Trata-se

de jogar bem.

Page 32: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

“Uma particularidade da nossa

equipa, mesmo quando jogamos

uns contra os outros, é a inter-

ajuda, o que não se verifica nas

outras”

G. I.: Os jogadores da equipa do Clube

Naval da Horta estão todos ao mesmo

nível?

Rui Campos: Não, todos temos evoluí-

do muito, e aqui destaco o crescimento

do Bettani, mas todos já estávamos em

patamares diferentes, portanto mesmo

que todos tenham evoluído, como foi o

caso, há sempre uns em níveis superio-

res. Tirando o Bettani, os restantes 3

estão mais ou menos ao mesmo nível.

Posso ter alguma vantagem por ser

melhor jogador nas finais.

O jogo tem 3 partes: a abertura, o meio

de jogo e o final de jogo. Quando no

fim do jogo já temos poucas peças,

temos de jogá-las muito bem, porque o

mínimo deslize pode ser sinónimo de

derrota. E neste momento a vantagem

que acho que tenho em relação à mi-

nha equipa, é que eu consigo jogar me-

lhor os finais de jogo, mesmo que eles

possam abrir o jogo ligeiramente me-

lhor do que eu. O Pedro Terra tem um

meio jogo fortíssimo, mas depois a mi-

nha vantagem é na recta final, em que,

por vezes, consigo um sprint melhor do

que ele.

G. I.: Ganha-se um jogo de Xadrez é no

fim?

Rui Campos: Quando temos um joga-

dor ao nosso nível, sim, é no fim que se

ganha. Mas se tivermos a falar de um

adversário de nível médio, é muito pro-

vável que eu ganhe no início. Se eu

criar um jogo forte, também posso ga-

nhar no início. Mas com jogadores de

bom nível, só se ganha no fim. E é nes-

se final de jogo que se vê quem joga

melhor.

G. I.: Além de jogadores, os elementos

da equipa do Faial são amigos.

Rui Campos: Somos bons amigos! E

uma particularidade da nossa equipa,

que não se vê nas outras, é que, mes-

mo quando há provas ou campeonatos

em que jogamos uns contra os outros,

partilhamos sempre o que sabemos e

aprendemos, mesmo que eu possa jo-

gar contra eles. No nosso grupo houve

sempre uma inter-ajuda em todas as

situações. Não consideramos isso uma

desvantagem, porque aprende-se sem-

pre.

G. I.: A separação vai custar…

Rui Campos: Se vier a ocorrer, sim…

Muito! Temos personalidades muito

diferentes, mas desde que funcionamos

como equipa, somos um grupo fortíssi-

mo. É incrível! Por isso é que temos

pena de nos separarmos como equipa,

a qual está excelente. Temos feito coi-

sas inimagináveis. É preciso querer!

G. I.: Com o Xadrez não há cérebro

preguiçoso.

Rui Campos: É um jogo muito bom para

quando formos mais velhos, porque

exercita a mente. Quando estava no

Porto a estudar, havia 2 senhores, com

cerca de 80 anos de idade, que fre-

quentavam o mesmo clube que eu e

reparava que eles ainda tinham uma

atenção e concentração de jogo imen-

sas! É um desporto muito bom para

evitar problemas de Alzheimer, porque

obriga a pensar.

G. I.: É um jogo revelador?

Rui Campos: Quando se joga com uma

pessoa, é a tua personalidade contra a

dela. São 2 personalidades que jogam e

não 2 pessoas e o facto de colocares a

tua personalidade acima do outro joga-

dor, dá um gozo enorme. Mesmo que

seja a jogar a peanuts, ninguém gosta

de perder, quer se tenha 5 ou 100

anos. Se a forma de vida da pessoa for

calma e serena, isso vai reflectir-se no

jogo. Se se tratar de uma pessoa muito

defensiva, vai fazer um jogo defensivo,

mas se for uma pessoa de confronto,

vai fazer um jogo muito mais activo, ao

ataque, sempre a pressionar. Há imen-

sos estilos de jogo. E isto obriga a racio-

cínio.

G. I.: O Xadrez pode ajudar os alunos

nas Escolas?

Rui Campos: Sempre fui defensor de

que este jogo devia figurar numa disci-

plina dos currículos escolares, pois seria

uma mais-valia para todas as outras

disciplinas. Ao nível do raciocínio, o

Xadrez é impressionante, porque obri-

ga a pessoa a um raciocínio rápido,

lógico, criativo, estratégico e teórico.

Implica estudo. Não se trata de mais

um jogo. Mexe com imensas coisas.

Na Rússia já existe esta disciplina nos

programas escolares há muitos anos. É

por isso que existem lá imensos cra-

ques em Xadrez. Há tantas disciplinas

com muito menos interesse do que

este jogo e são uma realidade ano após

ano…

G. I.: Neste momento, além do jogador

o designer também está a falar…

Rui Campos: É verdade que a minha

área profissional é virada para a criativi-

dade, mas está provado que o Xadrez

desenvolve imensas componentes. O

jogo também é arte. A criatividade tam-

bém é criada pelo próprio jogo e isso

passa para outros ramos da vida da

pessoa.

“A criatividade também é criada

pelo próprio jogo e isso passa para

outros ramos da vida da pessoa”

Fotografias de: Cristina Silveira

Page 33: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

Assinado Protocolo de Cooperação entre o Clube Naval da Horta e o Clube Naval do Funchal esta quarta-feira, dia 6

Objectivo: Fomentar a Vela e a ligação entre Clubes e Ilhas

Com o intuito de unir as ilhas e aproximar os clubes, foi assi-

nado na manhã desta quarta-feira, dia 6, um Protocolo de

Cooperação entre o Clube Naval da Horta e o Clube Naval do

Funchal, da Madeira.

Leitura do Protocolo de Cooperação entre o Clube Na-

val da Horta e o Clube Naval do Funchal, cuja assinatu-

ra contou com alguns jornalistas

A Cerimónia, que decorreu nas instalações do CNH, foi oficia-

lizada pelo Presidente da Direcção de cada uma das institui-

ções representadas: José Decq Mota pelo Clube Naval da

Horta e Dra. Mafalda Freitas, pelo Clube Naval do Funchal.

José Decq Mota considera “gratificante” a proposta feita pelo

Clube Naval do Funchal, encarando a mesma com naturalida-

de, porquanto “devemos dar passos desportivos e sociais na

aproximação de clubes”. Este Dirigente entende que “falta a

aproximação dos clubes e dos atletas que os mesmos envol-

vem, perspectiva que pode proporcionar outra vida aos clu-

bes navais da Região Açores”.

Para o Presidente da Direcção do CNH, trata-se de um Proto-

colo “especial”, na medida em que foi celebrado entre duas

regiões autónomas e atlânticas, separadas por 500 milhas

náuticas, sensivelmente.

“Não tem havido uma aproximação dinâmica. Por isso, é com

satisfação que o CNH aceita esta proposta e fará tudo o que

está consagrado na mesma visando a concretização de diver-

sas acções”, salienta José Decq Mota, preconizando a certeza

de que “este encontro vai ser trilhado com alegria”.

Mafalda Freitas deixou a garantia de que o Clube Naval da

Madeira também fará tudo para honrar os preceitos do do-

cumento assinado, manifestando regozijo pela concretização

desta iniciativa. Já a pensar nos frutos da mesma, José Decq

Mota alvitrou a realização de um pequeno Encontro das Es-

colas de Vela destes dois clubes navais.

A Presidente do Clube madeirense frisou a propósito do Pro-

tocolo: “Sentimos necessidade de unir as ilhas e a verdade é

que já tomámos esta iniciativa com outras ilhas. “Atendendo

à conjuntura difícil que atravessamos”, esta Dirigente vê no

Protocolo de agora “uma grande ajuda”, uma vez que estes

dois clubes acordaram emprestar barcos um ao outro (o que

evita custos com transportes) e dar todo o apoio possível ao

parceiro.

“Para lá da vertente meramente desportiva, a troca de expe-

riências e de culturas abrangendo uma vertente humana, é

outra das grandes mais-valias deste Protocolo”, realçou Ma-

falda Freitas. E para dar um exemplo prático das suas pala-

Page 34: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

vras, recordou a recente participação de 2 atletas madeiren-

ses, acompanhados de um treinador, no Campeonato Nacio-

nal da Classe Access (Vela para pessoas com mobilidade re-

duzida), que decorreu nos dias 11, 12 e 13 de Julho último,

na ilha do Faial, e que constituiu um sucesso organizativo,

desportivo e de convívio. “Esta deslocação foi a primeira des-

tes atletas fora da Madeira, o que revela a importância da

mesma para eles”, sustenta esta Presidente.

Após a Assinatura do Protocolo e no âmbito do conhecimen-

to que foi sendo travado, houve troca de galhardetes e lem-

branças entre os responsáveis por estas duas instituições.

Mafalda Freitas, pelo Clube Naval do Funchal e José

Decq Mota, pelo CNH

Um pouco de história

O Clube Naval do Funchal é, em termos estatutários, uma

associação desportiva, recreativa e de instrução, que tem

como objectivo principal o desenvolvimento do gosto pela

prática do desporto – sobretudo náutico – junto dos seus

associados e proporcionar aos seus visitantes o acesso às

actividades que o Clube desenvolve.

Foi fundado a 1 de Maio de 1952 e ao longo deste meio sécu-

lo de existência tem desenvolvido um papel importantíssimo

no incentivo e apoio aos desportos náuticos, tanto a nível

regional como nacional, tendo inclusivamente atletas seus

em competições de nível internacional e olímpico nas repre-

sentações nacionais em Seoul em 1988, Barcelona em 1992 e

recentemente Pequim, em 2008, pode ler-se na Página do

Clube.

De acordo com a Presidente, conta com 6.650 sócios pagan-

tes e 100 funcionários.

Direitos e obrigações das entidades protocoladas

Artigo 1º - Representação mútua:

Cada Clube, sempre que solicitado, actuará na área geográfi-

ca como representante do outro.

Artigo 2º - Fomento da modalidade:

1.Os Clubes procurarão fomentar encontros periódicos entre

as suas Escolas de Vela, os quais terão lugar alternadamente

na Madeira, cidade do Funchal, e nos Açores, na ilha do Faial,

cidade da Horta. Nesses encontros o clube anfitrião disponi-

bilizará embarcações aos visitantes.

2.Os Clubes envidarão esforços no sentido de conseguir orga-

nizar uma regata de cruzeiros unindo as Regiões Autónomas

da Madeira e dos Açores, bem como promover mutuamente

as provas do outro.

Artigo 3º - Benefícios aos sócios:

1.Cada Clube reconhecerá aos sócios do outro devidamente

credenciados, direitos de frequência e utilização das suas

instalações. Este benefício caduca sempre que o sócio de um

dos Clubes tenha a sua residência habitual na área geográfica

do outro.

2.Os Clubes procuram, na medida do possível, e na sua área

geográfica, prestar todo o auxílio que um membro do outro

Clube possa necessitar.

3.Cada Clube procurará obter para os sócios do outro igual-

dade nas regalias que tenha negociado para os seus próprios

sócios.

Artigo 4º - Alargamento de âmbito: Os Clubes consideram

que é de interesse que o espírito deste Protocolo seja alarga-

do a mais Clubes de preferência e maioritariamente de ou-

tras regiões por forma a converter-se numa associação de

clubes de expressão nacional.

Artigo 5º - Vigência: O presente Protocolo vigorará pelo perí-

odo de 2 anos a contar da data de celebração deste, reno-

vando-se automaticamente por iguais períodos, salvo se as

partes não o denunciarem por escrito com antecedência de

sessenta dias.

Fotografias de: José Macedo

Page 35: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

...mais resultados desportivos de agosto Troféu “Cidade da Horta” - Apneia

dinâmica com barbatanas—SM2014

1º Décio Leal

2º Fred Buyle

3º Paulo Nóbrega

4º Franz Hutschenreuter

5º Simone Martins

6º Nuno Fraião

7º Marco Gomes

8º Lúcia Franco

9º Lorenz Kremer

10º Ivo Cristo

11º Felix Kremer

12º Miguel Nóbrega

13º Ricardo Henriques

Prova de Mini-Veleiros — SM2014

1º Eduardo Pereira

2º João Nunes

3º António Pereira

4º Miguel Gonçalves

Natação - Travessia Curta da Doca—

SM2014

4º Escalão Femininos:

1º Emília Marques

4º Escalão Masculinos:

1º João Nabais

2º João Reis

3º Davide Castro

3º Escalão Femininos:

1º Emília Branco

3º Escalão Masculinos:

1º Filipe Duarte

2º Escalão Femininos:

1º Sara Azevedo

2º Escalão Masculinos:

1º Tomás Oliveira

2º Diogo Vieira

3º Gonçalo Oliveira

1º Escalão Masculinos:

1º Luca Goulart

2º Arthur Moimeaux

3º Maurício Branco

Prova Local de Canoagem—SM2014

Até 14 anos:

1º Ricardo Raimundo

2º Mariana Rosa

Mais de 14 anos:

1º Clife Pedro

2º Nuno Fraião

3º Tiago Moreira

4º Octávio Moreira

Pólo Aquático—SM2014

1º Blicas Pólo Clube

2º Vem aí Jantar

3º Cabana do Pai Tomás

4º Kinder Maxi

5º Cotonetes FC

6º Rapazinhos

7º Picas

8º Alves, Branco, Reis e Silva

Semi-Rápidas de Xadrez—SM2014

1º José Guerra

2º Rui Campos

3º Pedro Terra

4º António Sousa

5º Rui Guerra

6º Aníbal Oliveira

Page 36: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

Pesca Desportiva de Costa - Prova

Infantil– SM2014

1º Filipe Sousa

2º Iuri Cardoso

3º Francisco Melo

4º Filipe Rocha

5º Henrique Feio

6º Daniel Moimeaux

7º David João

8º Manuel Panagião

9º Henrique Madruga

10º Álvaro Madruga

11º Manuel João

12º José Panagião

13º Arthur Moimeaux

14º David Moimeaux

15º Rodrigo Dutra

Pesca Desportiva de barco—SM2014

1º “Senhora da Guia”

2º “Rosana”

3º “Zeus”

4º ”100 Peixes”

5º “Gustavo”

Pesca Desportiva de Barco de Fundo -

SM2014

1º “Rosana” – Helder Fraga

2º “Senhora da Guia” – Renato Azeve-

do

3º “Zeus” – Jorge Oliveira

Maior exemplar: “Rosana” – Encharéu

com 5,780 kg

Pesca Desportiva de Barco de Corri-

co—SM2014

1º “Senhora da Guia” – Renato Azeve-

do

2º “Rosana” – Helder Fraga

3º “Zeus” – Jorge Oliveira

Maior exemplar: “Senhora da Guia” –

Bicuda com 4,270 kg

Pesca Desportiva de Costa Diurna—

SM2014

1º José Silva

2º Dino Viveiros

3º Carlos Medeiros

4º José Armando Silva

5º Moisés Sousa

6º Ricardo Lopes

7º João Machado

8º José Escobar

9º José Alberto Goulart

10º João França

11º Juliana Nóbrega

12º Franklin Frias

13º Hernâni Pereira

14º João Medeiros

15º António Fernandes

16º Paulo Costa

17º Horácio Cardoso

Pesca Desportiva de Costa Noctur-

na—SM2014

1º Carlos Medeiros

2º José Silva

3º Dino Viveiros

4º José Armando Silva

5º João França

6º Ricardo Lopes

7º João Machado

8º José Escobar

9º Juliana Nóbrega

10º Moisés Sousa

11º Franklin Frias

12º José Alberto Goulart

13º Horácio Cardoso

14º Hernani Pereira

15º Paulo Couto

16º João Medeiros

17º António Fernandes

Geral—Provas Nocturna e Diurna—

SM2014

1º Carlos Medeiros

2º José Silva

3º Dino Viveiros

4º José Armando Silva

5º João França

6º Ricardo Lopes

7º João Machado

8º José Escobar

9º Juliana Nóbrega

10º Moisés Sousa

11º Franklin Frias

12º José Alberto Goulart

13º Horácio Cardoso

14º Hernâni Pereira

15º Paulo Couto

Page 37: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

16º João Medeiros

17º António Fernandes

Pesca Desportiva de Costa por Equi-

pas—SM2014

1º Clube Naval da Horta

2º Clube Açoreano de Pesca Desporti-

va

3º Clube de Pesca Ilha Azul

4º Sporting Clube da Horta

IX Troféu Cidade da Horta—SM2014

Optimist:

1º Pedro Moniz

2º Miguel Duarte

3º Artur Silva

4º Ana Luísa Silva

5º Arthur Moimeaux

6º Zakhar Starinskiy

7º Leonor Pó

8º David João

9º Maurício Branco

10º Luca Goulart

Raquero:

1º Pedro Garcia

2º Tomás Pó

3º Bruno Gonçalves

4º Paulo Silva

5º StefanProva de Botes Baleeiros -

Casa do Pessoal da RTP - SM2014

Vela:

1º “Senhora do Socorro” – Oficial:

Pedro Garcia – Junta de Freguesia do

Salão

2º “Senhora de Fátima” – Oficial: An-

tónio Luís – Junta de Freguesia de Cas-

telo Branco

3º “Capelinhos” – Oficial: Luís Decq

Mota – Junta de Freguesia do Capelo

4º “São João Baptista” – Mário Betten-

court – Clube Naval de São Roque do

Pico

5º “Senhora da Guia” – Rute Matos –

Junta de Freguesia da Feteira

6º “Nossa Senhora da Conceição” –

Oficial: Rui Maciel – Clube Naval S.

Roque Pico

7º “Ester” – Oficial: José Leal – Clube

Naval das Lajes do Pico

8º “Nossa Senhora das Angústias” –

Oficial: Nuno Silva – Junta Freguesia

Angústias

9º “Santo Cristo” – Oficial: Lídio Rosa –

Junta de Freguesia São João do Pico

10º “Claudina” – Oficial: Susana Sale-

ma – Clube Naval da Horta

11º “Maria da Conceição” – Oficial:

Luís Alves – Clube Naval da Horta

12º “Maria Pequena” – Oficial: Bento

Silva – Clube Naval de São Mateus do

Pico

13º “Castelete” – Oficial: Guilherme

Alvernaz – Clube Naval de São Roque

do Pico

14º ”Liberdade” – Oficial: Paulo Alves

– Clube Naval das Lajes do Pico - DNF

15º “São José” – Oficial: Vítor Mota –

Junta de Freguesia do Capelo - DNF

16º “Diana” – Oficial: Igor Azevedo –

Clube Naval das Lajes do Pico - DNF

17º “Formosa” – Oficial: Luís Inácio –

Clube Naval das Lajes das Flores - DNF

18º “São Pedro” – Oficial: Miguel Ma-

ciel – Clube Naval das Lajes das Flores

- DNF

19º “Nossa Senhora Santana” – Ofici-

al: Rui Machado – Piedade - DNF

Remo Feminino:

1º “Diana” – Oficial: Sandra Azevedo –

Clube Naval das Lajes do Pico

2º “Senhora da Guia” – Oficial: Andrea

Mota – Junta de Freguesia da Feteira

3º “Santo Cristo” – Oficial: Margarida

Neves – Junta de Freguesia de São

João do Pico

4º “Maria Pequena” – Oficial: Sara

Goulart – Clube Naval de São Mateus

do Pico

5º “Nossa Senhora da Conceição” –

Oficial: Margarida Goulart – Clube

Naval de São Roque do Pico

6º “São João Baptista” – Oficial: Cláu-

dia Ávila – Clube Naval de São Roque

do Pico

7º “Formosa” – Oficial: Sónia – Clube

Naval das Lajes das Flores

8º “Ester” – Oficial: Filipa Brinca – Clu-

be Naval das Lajes do Pico

Remo Masculino:

1º “Nossa Senhora das Angústias” –

Oficial: Daniel Freitas – Clube Naval

Aliança Calhetense

2º “Diana” – Oficial: Igor Azevedo –

Clube Naval das Lajes do Pico

3º “São João Baptista” – Oficial: Manu-

el Ávila – Clube Naval de São Roque do

Pico

4º “Capelinhos” – Oficial: Paulo Cor-

reia – Junta de Freguesia do Capelo

5º “Ester” – Oficial: José Leal – Clube

Naval das Lajes do Pico

6º “Santo Cristo” – Oficial: Lídio Rosa –

Junta de Freguesia de São João do Pico

7º “Maria Pequena” – Oficial: Carlos

Pinheiro – Clube Naval de São Mateus

do Pico

8º “São Pedro” – Oficial: Luís Inácio –

Clube Naval das Lajes das Flores

9º Liberdade” – Oficial: Francisco Ávila

– Clube Naval das Lajes do Pico

Page 38: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

Regata dos Velhotes—SM2014

1º Emídio Gonçalves

2º Neri Goulart

3º Fernando Perna

4º Paulo Silva

5º Pedro Garcia

6º Alberto Gonçalves

7º João Medeiros

8º Walter Kliynir

9º António Pedro Oliveira

Prova de Vela de Cruzeiro—SM2014

“Regata Troféu Horta”

ORC A:

1.”Xcape” – Luís Quintino

2.”Air Mail” – Luís Decq Mota

3.” Fun-Tastic” – José Correia

4.”Insula” – Kevin Greene/Michael

5.”Mariazinha” – Manuel Gabriel Nu-

nes

ORC B:

1.”Celtic Dream” – João Reis

2.”Além Mar” – António João

3.”Tuba V” – Fernando Rosa

4.”No Stress” – António Oliveira

5.”Rajada” – António Luís

OPEN:

“Synergy” – Heleonora De Haas

“Gabriel of Bart” – Robert Ketelaar

“Reflections” – Charles Camera

“Ilha da Ventura” – Pedro Garcia

“Hot Stuff” – Pedro Rosa

“Solaris” – John Hardy

“Boreas” – Luís Paulo Morais

“Regata de Solitários/Genuíno Ma-

druga”

ORC A:

1.”Azul” – Hedi Costa

2.”Air Mail” – Luís Decq Mota

3.”Celtic Dream” – João Reis

4.”Fun-Tastic – José Correia

5.”Mariazinha” – Manuel Gabriel Nu-

nes

ORC B:

1.”Rajada” – António Luís

2.”No Stress” – António Oliveira

3.”Além Mar” – António João

4.”Tuba V” – Fernando Rosa

OPEN:

“Soraya” – Frederico Rodrigues

“Boreas” – Luís Paulo Moniz

“Conquilha III” – Fernando Perna

“Hot Stuff” – Pedro Rosa

“5 Estrelas” – José Serra

“Kasia” – Simon Hayes

“Alta Pressão” – Miguel Toscano

“Ilha da Ventura” – Pedro Garcia

(DNC)

“Regata das Sereias”

ORC A:

1.”Azul” – Sara Costa

2.”Xcape” – Cláudia Naia

3.”Pagode” – Susana Sebastião

4.”Fun-Tastic” – Carolina Correia

5.”Mariazinha” – Mónica Nunes

6.”Air Mail” – Maria Castro

ORC B:

1.”Celtic Dream” – Mariana Santos

2.”Rajada” – Mariana Luís

3.”No Stress” – Catarina Oliveira

4.”Além Mar” – Ana Vaz

5.”Tuba V” – Mariana Rosa

OPEN:

“Soraya” – Celina Rodrigues

“Conquilha III” – Isabel Carvão

“Ilha da Ventura” – Ana Garcia

“Ofelia” – Andreia Porteiro

“5 Estrelas” – Claudina Oliveira

“Synergy” – Heleonora De Haas

“Gabriel of Bart” –

“Hot Stuff” – Alexandra Rosa

“Solaris” - Tanya

“Boreas” –

“Regata do Canal”

ORC A:

1.”Boreas” – Luís Paulo Morais

2.”Mariazinha” – Manuel Gabriel Nu-

nes

3.”Xcape” – Luís Quintino

4.”Air Mail” – Luís Decq Mota

5.”Maravilha” – Victor Pinheiro

“Pagode” – Bartolomeu Ribeiro (DNF)

ORC B:

1.”No Stress” – António Oliveira

2.”Tuba V” – Fernando Rosa

3.”Fun-Tastic” – José Correia

“Rajada” – António Luís (DNF)

“Além Mar” – António João (DNF)

OPEN:

“Ilha da Ventura” – Pedro Garcia

“Soraya” – Frederico Rodrigues

Page 39: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

“Conquilha III” – Fernando Perna

“Trillemus” – Tomás Azevedo

“5 Estrelas” – José Serra

“Hot Stuff” – Luís Decq Mota

“Windgat” – David Robb

“Solaris” – John Hardy

”Kasia” – Simon Hayes

“Gabriel of Bart” – Robert Ketelaar

“Synergy” – Heleonora de Haas (DNC)

“Reflections” – Charles Camera (DNC)

“Anfitrite” – Emídio Gonçalves (DNS)

IV Regata de Mini-Veleiros Nossa Se-

nhora de Lourdes

1º António Pereira

2º José Gonçalves

3º Eduardo Pereira

4º Mário Carlos

5º João Nunes

6º Bruno Gonçalves

Pesca Desportiva de Corrico de Barco

4ª Prova:

1º “Senhora da Guia”

2º “Rosana”

3º “Zeus”

4º “Gustavo”

Campeonato:

1º “Rosana”

2º “Senhora da Guia”

3º “Zeus”

4º “Gustavo”

5º “100 Peixes”

5ª Prova do Campeonato Local de

Vela de Cruzeiro

ORC A – 1ª Regata:

1º “Azul” – Luís Quintino

“Mariazinha” – Manuel Gabriel Nunes

(DNC)

“Dance Away” – Barrie Mckinnell

(DNC)

“Rift” – Carlos Moniz (DNC)

ORC B – 1ª Regata:

1º “No Stress” – António Oliveira

2º “Tuba V” – Fernando Rosa

3º “Rajada” – António Luís

“Além Mar” – António João (DNC)

ORC A – 2ª Regata:

1º “Azul” – Luís Quintino

“Mariazinha” – Manuel Gabriel Nunes

(DNC)

“Dance Away” – Barrie Mckinnell

(DNC)

“Rift” – Carlos Moniz (DNC)

ORC B – 2ª Regata:

1º “Tuba V” – Fernando Rosa

2º “Rajada” – António Luís

3º “No Stress” – António Oliveira

“Além Mar” – António João (DNC)

CLASSIFICAÇÃO do Campeonato até à

5ª prova:

ORC A:

1º “Azul” – Luís Quintino

2º “Rift” – Carlos Moniz

3º “Mariazinha” – Manuel Gabriel Nu-

nes

4º “Dance Away” – Barrie Mackinnell

ORC B:

1º “No Stress” – António Oliveira

2º “Além Mar” – António João

3º “Tuba V” – Fernando Rosa

4º “Rajada” – António Luís

Regata de Botes Baleeiros em São

Mateus do Pico

Remo Feminino - 10 botes

1º “Diana” – Clube Náutico Lajes do

Pico – Oficial: Sandra Azevedo: 7:32:23

2º “Senhora da Guia” – Freguesia da

Feteira – Oficial: Cláudia Oliveira:

7:32:92

3º “São Pedro” – Clube Náutico Alian-

ça Calhetense – Oficial: Daniela Frei-

tas: 7:51:98

Remo Masculino - 15 botes

1º “São Pedro” – Clube Náutico Alian-

ça Calhetense – Oficial: Daniel Freitas:

13:11:60

2º “Maria Armanda” – Clube Náutico

Lajes do Pico – Oficial: Filipe Fernan-

des: 13:21:64

3º “Diana” – Clube Náutico Lajes do

Pico – Oficial: Igor Azevedo: 13:31:47

Page 40: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

IX Regata de Botes Baleeiros de Nos-

sa Senhora de Lourdes

Vela:

1º “Senhora de Fátima”: Junta de Fre-

guesia de Castelo Branco – Oficial:

António Luís

2º “Senhora das Angústias”: Junta de

Freguesia das Angústias – Oficial: Nu-

no Silva

3º “Capelinhos”: Junta de Freguesia do

Capelo – Oficial: Luís Decq Mota

4º “Senhora do Socorro”: Junta de

Freguesia do Salão – Oficial: José Al-

berto Norte

5º “São José”: Junta de Freguesia do

Capelo – Oficial: Vítor Mota

6º “Claudina”: Clube Naval da Horta –

Oficial: Susana Salema

7º “Maria da Conceição”: Clube Nava

da Horta – Oficial: Mário Carlos

8º “Senhora da Guia”: Junta de Fre-

guesia da Feteira – Oficial: José Ilídio

Pereira

Remo:

1º “São José”: Junta de Freguesia do

Capelo – Oficial: Paulo “Farrapa”

2º “Capelinhos”: Junta de Freguesia do

Capelo – Oficial: David Sousa “Tainha”

3º “Senhora da Guia”: Junta de Fre-

guesia da Feteira – Oficial: Lúcia Sousa

Page 41: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

Todos os vídeos do CNH em

Site CNH em www.cnhorta.org MEO Kanal “Faial Náutico”

Youtube em hwww.youtube.com/user/ClubeNavalHorta

Page 42: Ir_ao_mar nº5 - Agosto 2014

IR_AO_MAR

Textos: Cristina Silveira Montagem: Luís Moniz