Upload
aquilino-vaz
View
218
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
7/27/2019 IRC Ou Doenca Renal Cronica DRC
1/5
Nefrologia
183Prtica Hospitalar Ano IX N 52 Jul-Ago/2007
Adoena renal crnica (DRC) uma pato-logia extremamente freqente entre osadultos, embora seja subdiagnosticada e,
assim, no tratada, e constitui hoje um importan-te problema mdico e de sade pblica. A DRCconsiste em leso renal e perda progressiva eirreversvel da funo dos rins, de tal forma que,em sua fase mais avanada, chamada de faseterminal de insuficincia renal crnica (IRC), osrins no conseguem mais manter a normalidadedo meio interno do paciente.(1)
No Brasil, a prevalncia de pacientes man-tidos em programa crnico de dilise dobrounos ltimos oito anos. De 24.000 pacientesmantidos em programa dialtico em 1994,
alcanamos valores superiores a 54.500 pa-cientes em 2002 e 73.500 em 2006 (fig. 1). Aincidncia de novos pacientes cresce cerca de8% ao ano, tendo sido de 19.000 pacientes em1999 e de 32.000 em 2005.(2,3) O gasto como programa de dilise e transplante renal noBrasil situa-se ao redor de 1,8 bilho de reais aoano. Levando-se em conta dados de que paracada paciente mantido em programa de dilisecrnica existiriam cerca de 20-30 pacientes
com algum grau de disfuno renal (creatininasrica elevada), existiriam atualmente cercade 2 a 2,5 milhes de brasileiros com doena
renal crnica.(4,5)
Trabalho populacional realizadoem Bambu (MG) mostrou que a prevalnciade creatinina srica elevada foi de 0,48% emadultos da cidade, chegando a 5,09% na po-pulao mais idosa (> 60 anos), o que projetariaa populao brasileira com disfuno renal acerca de 1.840.000 pessoas.(6)
Uma srie de fatores de risco para o desenvol-vimento da DRC tem sido descrita (tabela 1). Des-tes, os dois mais importantes so a hipertensoarterial e o diabetes mellitus.(1,7,8) Outros fatoresidentificados so: histria familiar de hipertenso
arterial, diabetes mellitus ou de doena renal, lita-se urinria, uropatias (obstruo urinria, refluxovesicoureteral, infeco urinria freqente), trans-plante renal e uso de drogas nefrotxicas. Almdestes, alguns autores consideram como fatoresde risco: idade avanada, tabagismo, proteinriapersistente, dislipidemia, hiperfosfatemia e hiper-paratireoidismo, estado inflamatrio, infecessistmicas e doenas auto-imunes.(1,9)
Por definio, o diagnstico da DRC sefaz com a presena ou de leso renal oude um ritmo de filtrao glomerular inferior a
60 mL/min/1,73 m2 durante um perodo de trsmeses ou mais.(7,10) A evidncia de leso renalpode ser definida pela presena de anormalida-des patolgicas (alteraes histolgicas) ou demarcadores de leso, incluindo anormalidadesem exames de sangue, de urina (como microal-buminria, proteinria e hematria glomerular),em ultra-som renal (como hiperecogenicidadecortical e escaras renais) e em outros examesde diagnstico por imagem.
A Doena Renal Crnica:
Do Diagnstico ao TratamentoProf. Dr. Joo Egidio Romo Junior*
JailsonRamos
* Professor Livre-Docente daFaculdade de Medicina daUniversidade de So Paulo.
Chefe da Unidade de Dilisedo HC/FMUSP. Chefe da Equipede Nefrologia do Hospital daBeneficncia Portuguesa.
20000
30000
40000
50000
60000
70000
80000
90000
100000
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Pacientes
Prevalncia dobrou em 8 anos
Figura 1. Prevalncia de pacientes mantidos
em programa crnico de dilise no Brasil.
7/27/2019 IRC Ou Doenca Renal Cronica DRC
2/5
184 Prtica Hospitalar Ano IX N 52 Jul-Ago/2007
A definio acurada do grau de funorenal importante para determinar o incio,a severidade e a progresso da doenarenal crnica, para ajustar doses de me-dicamentos excretados pelos rins, parainterpretar sintomas e sinais que podemacompanhar a sndrome urmica, e paraauxiliar na deciso de quando iniciar otratamento dialtico ou indicar o transplanterenal.(1,7) O valor da creatinina srica tem si-do o marcador usado para avaliar a funorenal, sendo anormal para valores acimade 1,2 mg/dL em mulheres e 1,4 mg/dLem homens. Entretanto, nas fases iniciaisde DRC, no bom indicativo da disfun-o renal por ser influenciado por fatorescomo idade, sexo, massa muscular, dieta,
medicamentos e substncias endgenas.A depurao (clearance) de creatininaem urina de quatro ou de 24 horas umexame muito preciso, porm inconvenientena prtica clnica diria, por grandes pos-sibilidades de erros, dificuldade de coletaadequada da urina, pelo custo e pelo gran-de tempo despendido. Alm disso, com areduo da funo renal, o clearance decreatinina passa a superestimar cada vezmais a funo renal real.
Na prtica clnica diria, a depurao
estimada de creatinina (DEC) pode serusada no diagnstico e estadiamento dadisfuno renal. A DEC tem boa correla-o com o ritmo de filtrao de creatinina(fig. 2) e a frmula de Cockcroft-Gault(11) a mais usada:
(140 Idade em anos) x (Peso em kg)
72 x Creatinina plasmtica em mg/dL
Para mulheres, multiplicar o valor obtido por 0,85.
O ritmo de filtrao glomerular (RFG)pode ser determinado pelo clearance deinsulina ou por mtodos radioisotpicos.Em ambos os casos sua realizao seaplica a pesquisas e no rotina clnica,por serem trabalhosos, consomem tempo,so caros e sujeitam o paciente exposi-o radioativa.
Uma vez definida a DRC, o estgio da
Fase de insuficincia renal funcional
ou leve. Ocorre no incio da perda de funodos rins. Nesta fase, os nveis de uria e cre-atinina plasmticos ainda so normais, noh sinais ou sintomas clnicos importantesde insuficincia renal e somente mtodosacurados de avaliao da funo do rim(mtodos de depurao, por exemplo) irodetectar estas anormalidades. Os rins con-seguem manter razovel controle do meiointerno. Compreende um ritmo de filtraoglomerular entre 60 e 89 mL/min/1,73 m2.
Fase de insuficincia renal labora-
torial ou moderada. Nesta fase, emboraos sinais e sintomas da uremia possamestar presentes de maneira discreta, opaciente mantm-se clinicamente bem.
Na maioria das vezes, apresenta somentesinais e sintomas ligados causa bsica(lpus, hipertenso arterial, diabetesmellitus, infeces urinrias, etc.). Ava-liao laboratorial simples j nos mostranveis elevados de creatinina plasmtica.Corresponde a uma faixa de ritmo de fil-trao glomerular compreendida entre 30 e59 mL/min/1,73 m2.
Fase de insuficincia renal clnica
ou severa. O paciente j se ressente dedisfuno renal. Apresenta sinais e sintomas
marcados de uremia. Dentre estes a anemia,a hipertenso arterial, o edema, a fraqueza,o mal-estar e os sintomas digestivos so osmais precoces e comuns. Corresponde faixa de ritmo de filtrao glomerular entre15 a 29 mL/min/1,73 m2.
Fase terminal de insuficincia
renal crnica. Como o prprio nomeindica, corresponde faixa de funorenal na qual os rins perderam o controledo meio interno, tornando-se este bas-tante alterado para ser compatvel com a
vida do paciente. Nesta fase, o pacienteencontra-se intensamente sintomtico.Suas opes teraputicas so os mtodosde depurao artificial do sangue (diliseperitoneal ou hemodilise) ou o transplanterenal. Compreende um ritmo de filtraoglomerular inferior a 15 mL/min/1,73 m2.
Finalmente, definida a presena deDRC e de sua irreversibilidade, torna-senecessrio implementar o tratamento
Figura 2. Correlao entre os valores doritmo de filtrao glomerular e o clearancecalculado de creatinina pela equao de
Cockcroft-Gault.
Tabela 1. Fatores de risco para odesenvolvimento de doena renal crnica
Risco para doena renal crnica
Elevado
Hipertenso arterial
Diabetes mellitus
Histria familiar de DRC
Mdio
Enfermidades sistmicas
Infeces urinrias de repetio
Litase urinria repetida
Uropatias
Crianas com < 5 anos
Adultos com > 60 anos
Mulheres grvidas
doena deve ser determinado com base nonvel de funo renal, independentementedo diagnstico. As Diretrizes da SociedadeBrasileira de Nefrologia classificam a DRC
em seis estgios funcionais de acordo como RFG (tabela 2).(1) Para efeitos clnicos,epidemiolgicos, didticos e conceituais, aDRC dividida em seis estgios funcionais,de acordo com o grau de funo renal dopaciente. Estes estgios so:
Fase de funo renal normal sem
leso renal. Importante do ponto devista epidemiolgico, pois inclui pessoasintegrantes dos chamados grupos derisco para o desenvolvimento da doenarenal crnica, que ainda no desenvolve-
ram leso renal e conseqente perda defuno dos rins.
Fase de leso com funo renalnormal. Corresponde s fases iniciais deleso renal com filtrao glomerular preser-vada, ou seja, o ritmo de filtrao glomerularest acima de 90 mL/min/1,73 m2.
DEC (mL/min) =
7/27/2019 IRC Ou Doenca Renal Cronica DRC
3/5
Nefrologia
185Prtica Hospitalar Ano IX N 52 Jul-Ago/2007
dessa doena.(8,9) Diante da escassez denefrologistas no pas, torna-se claro queuma grande parte destes pacientes sertratada por mdicos clnicos gerais, espe-cialmente nos estgios 1 a 3. Os principaispontos a serem observados no tratamentode portadores de DRC so (fig. 3):1. Programa de promoo sade e pre-
veno primria da DRC. Importantepara pacientes enquadrados no grupode risco para DRC, onde um examesimples de urina e a creatinina srica(com o clearance de creatinina esti-mado) devem ser solicitados a cadaano, pelo menos. A obesidade no rara nos portadores de DRC e umfator de risco significante e indepen-
dente para o aparecimento da DRC,para sua progresso e relacionada scomplicaes metablicas e cardio-vasculares comuns nestes doentes.(12-14) O mesmo est relacionado aotabagismo nestes doentes.
2. Diagnstico precoce da disfunorenal. Evidncias mostram claramenteque identificao precoce e interven-es ativas em pacientes portadores deinsuficincia renal crnica podem me-lhorar a evoluo destes doentes.(15-16)
Pacientes em estgios mais avanadosde doena renal crnica tm menorpotencial para reverter ou melhorar adisfuno renal, embora para eles umcontrole adequado da presso arterial edieta tragam benefcios. A identificaoprecoce da doena renal crnica temuma srie de vantagens bvias:
Maiorpossibilidadedereverter fatorescausais e/ou agravantes da disfunorenal;
Maiorpossibilidadedesucessono
retardo da progresso da doena renalcrnica; Prevenircomplicaesrelacionadas
uremia; Modificarevoluodeco-morbidades
j presentes nos pacientes, e Preveno de uso de drogas nefrot-
xicas e/ou fatores de agresso renal; Possibilidadedetratamento conser-
vador definitivo; Maiorpossibilidadededecisosobre
o melhor tratamento de substituio
renal; Tempoadequadoparapreparo(edu-
cao) de paciente e familiares para otratamento, principalmente na instala-o do acesso vascular definitivo;
Possibilidademaiorparatransplanterenal prvio necessidade de dilise.
3. Deteco e correo de causas re-versveis da disfuno renal. Diantede um paciente com DRC torna-seimportante investigar possveis cau-sas reversveis da disfuno renal. As
situaes mais comuns relacionadasa uma potencial reversibilidade dadisfuno renal so:
Depleodevolumecirculatrio
efetivo, secundrio a desidratao,insuficincia cardaca, sepses, san-gramentos, etc;
Obstruodotratourinrio;
Usodedrogasnefrotxicas,contraste
radiogrfico e inibidores de ECA.
Tabela 2. Estadiamento e classiicao da insuicincia renal crnica segundo as Diretrizesda Sociedade Brasileira de Nerologia
EstgiosFiltrao glomerular(mL/min/1,73m2)
Creatinina(mL/min)
Grau de insufcinciarenal
Condutas
0 > 90 0,6-1,4 Ausncia de leso renal
Grupos de risco para DRC
Rastreamento e reduo do
risco para DRC
1 > 90 0,6-1,4 Leso renal com
funo renal normal
Diagnstico precoce e
tratamento
Tratamento de co-
morbidades
Minimizar risco
cardiovascular
Desacelerar progressoda DRC
2 60-89 1,5-2,0 IR leve ou funcional Estimar e desacelerar
progresso da DRC
3 30-59 2,1-6,0 IR moderada ou laboratorial Tratamento de complicaes
4 15-29 6,1-9,0 IR severa ou clnica Referenciar a nefrologista
Preparo para terapia de
substituio renal (TRS)
5 < 15 > 9,0 IR terminal ou dialtica Instituir TRS, se uremia
presente
IR = insufcincia renal; DRC = doena renal crnica.
Figura 3. Organograma proposto para o tratamento da doena renal crnica.
Diagnstico da DRC
RetardarProgresso
PrevenirComplicaes
ModificarComorbidades
Preparo paraTRS
Inib. ECA Desnutrio Cardiopatia Educao
Contr. HAS Anemia Vasculopatia Escolha TRS
Contr. Glicemia Osteodistrofia Neuropatia Acesso
Restr. Protica? Acidose Retinopatia Inicio da TRS
7/27/2019 IRC Ou Doenca Renal Cronica DRC
4/5
186 Prtica Hospitalar Ano IX N 52 Jul-Ago/2007
Hipertensoarterialsevera;
Glomerulopatiarapidamenteprogres-siva;
4. Instituio de medidas que visemretardar ou desacelerar a progressoda DRC. Destas, as evidncias maisconcretas so um controle rigorosoe adequado dos nveis da pressoarterial(PA
7/27/2019 IRC Ou Doenca Renal Cronica DRC
5/5
Nefrologia
187Prtica Hospitalar Ano IX N 52 Jul-Ago/2007
3. Romo Jr JE, Pinto SWL, Canziani ME, Pra-xedes JN, Santello JL, Moreira JCM. CensoSBN 2002: Informaes epidemiolgicas dasunidades de dilise do Brasil. J Bras Nefrol.2003;25:188-199.
4. Ministrio da Sade. Secretaria de Ateno Sade. Poltica Nacional de Ateno ao Portadorde Doena Renal. Brasilia: DF. 2004.
5. National Kidney Foundation. Economic costs ofend-stage renal failure. Chapter 2. Am J KidneyDis. 2003;4(Suppl. 2):S189-S204.
6. Passos VM, Barreto SM, Lima-Costa MF.Detection of renal dysfunction based on serumcreatinine levels in a Brazilian community: TheBambuiHealthandAgeingStudy.BrazJMedBiol Res. 2003;36:393-401.
7. National Kidney Foundation. K/DOQI ClinicalPractice Guidelines for Chronic Kidney Disease:Evaluation, Classification, and Stratification. AmJ Kidney Dis. 2002;39(Suppl. 1):S1-S246.
8. Romo JrJE. Tratamento de substituio dainsuficincia renal crnica. In: Lopes AC. Tratadode Clnica Mdica. Editora Roca; So Paulo:2006, p. 2810-2820.
9. Romo JrJE. Insuficincia renal crnica. In: CruzJ,PraxedesJN,CruzHMM.Nefrologia.Editora
Sarvier; So Paulo: 2006. p. 248-266.10. Diretrizes Brasileiras para Doena Renal Crnica.
J Bras Nefrol. 2004;26(Supl. 1):1-87.11. Cockcroft D, Gault M. Prediction of creatinine
clearance from serum creatinine. Nephron.1976;16:31-41.
12. Rodrigues-Iturbe B, Bellorin-Font E. End-stage renal disease prevention strategies in
Latin America. Kidney Int. 2005;68(Suppl. 98):S30-S36.
13. De Francisco AL, Fresnedo GF, Palomar R,Pinera C, Arias M. The renal benefits of a healthylifestyle. Kidney Int. 2005;99:S2-S6.
14. KramerH,LukeA,BidaniA,CaoG,CooperR,McGee D. Obesity and prevalent and incidentCKD:theHypertensionDetectionandFollow-Up
Program. Am J Kidney Dis. 2005;46:587-594.15. BeddhuS,SamoreMH,RobertsMS,StoddardGJ, Ramkumar N, Pappas LM, Cheung AK. Im-pact of timing of initiation of dialysis on mortality.J Am Soc Nephrol. 2003;14:2305-2312.
16. Arora P, Obrador GT, Ruthaze r R, Kausz AT,Meyer KB, Jenuleson CS, Pereira BJ. Preva-lence, predictors, and consequences of latenephrology referral at a tertiary care center. JAm Soc Nephrol. 1999;10:1281-1286.
17. National Kidney Foundation. K/DOQI clinicalpractice guidelines on hypertension and anti-hypertensive agents in chronic kidney disease.Am J Kidney Dis Suppl. 2004;43:S1-S290.
18. RossingK,ChristensenPK,HovindP,TarnowL,RossingP,ParvingH-H.Progressionofne -phropathy in type 2 diabetic patients. Kidney Int.2004;66:1596-1605.
19. GansevoortRT,DeZeeuwD,DeJongPE.Long-term benefits of the antiproteinuric effect of ACEinhibition in non-diabetic renal disease. Am JKidney Dis. 1993;2:202-206.
20. Klahr S, Levey AS, Beck GJ, Caggiula AW,HunsickerL,KusekJWetal(ModificationofDiet In Renal Disease Study Group). The effectsof dietary protein restriction and blood pressure
control on the progression of chronic renal dis-ease. N Engl J Med. 1994;330:877-884.
21. Canziani MEF, Bastos MG, Bregman R, PecoitsFilho R, Tomiyama C, Draibe SA, Carmo WB,RiellaMC,RomoJrJE,AbensurH.Deficinciade ferro e anemia na doena renal crnica. JBras Nefrol. 2006;28:86-90.
22. AbensurH.Anemiadadoenarenalcrnica.Diretrizes Brasileiras de Doena Renal Crnica.J Bras Nefrol. 2004;26(Supl. 1):26-8.
23. RomoJrJE,HaiashiAR,EliasRM,LudersC,FerraboliR,CastroMCM,AbensurH,MarcondesM. Alteraes de clcio e fsforo e hiperparatire-odismo na insuficincia renal crnica incidente. JBras Nefrol. 2004;26:6-11.
24. Foley RN, Parfrey PS, Sarnak MJ. Clinical Epide-miology of cardiovascular disease in chronic renaldiseases. Am J Kidney Dis. 1998;32:112-119.
25. Sarnak MJ, Levey AS. Cardiovascular diseaseandchronicrenaldisease:Anewparadigm.AMJ Kidney Dis. 2000;(Suppl. 3)35:S117-S131.
26. RomoJrJE,HaiashiAR,EliasRM,LudersC,FerraboliR,CastroMCM,AbensurH.Positiveacute-phase inflammatory markers in differentstages of chronic kidney disease. Am J Nephrol.2006;26:59-66.
27. Barretti P. Diretrizes Brasileiras para DoenaRenal Crnica. J Bras Nefrol. 2004;26 (Supl.1):82-87.
Endereo para correspondncia:
R. Cayowaa, 560 - ap. 51
CEP 05018-000 - So Paulo - SP.