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A Itália (em italiano: Italia), oficialmente República Italiana (em italiano: Repubblica Italiana), é um país situado na Península Itálica, na Europa meridional, e em duas ilhas no mar Mediterrâneo, Sicília e Sardenha. A Itália divide suas fronteiras alpinas no norte com a França, Suíça, Áustria e Eslovénia. Os estados independentes de San Marino e do Vaticano são enclaves no interior da Península Itálica e Campione d'Italia é um enclave italiano na Suíça. O terreno conhecido hoje como Itália foi o berço de várias culturas e povos europeus, como os Etruscos e os Romanos. A capital da Itália, Roma, foi durante séculos o centro da civilização ocidental. Mais tarde, tornou-se o berço do Renascimento [2] e também desempenhou um papel importante no desenvolvimento da ciência e da astronomia moderna, especialmente o heliocêntrico, bem como a Universidade e a ópera. Durante a Idade Média, a Itália foi dividida em vários reinos e cidades-estado (como o Reino da Sardenha, o Reino das Duas Sicílias e o ducado de Milão), mas foi unificada em 1861, [3] um período da história conhecido como o "Risorgimento". Do final do século XIX até a Segunda Guerra Mundial, a Itália possuía um império colonial, que estendia seu domínio a Líbia, Eritreia, Somália Italiana, Etiópia, Albânia, Rodes, Dodecaneso e uma concessão em Tianjin, na China [4] A Itália Moderna é uma república democrática e um país desenvolvido, com a oitava melhor classificação no índice de vida [5] O país goza de um alto padrão de vida, sendo o 18º país mais desenvolvido do mundo. [6] É um membro fundador do que hoje é a União Europeia, tendo assinado o Tratado de Roma, em 1957, além de ser também um membro fundador da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). É membro do G8 e do G20 (com a sétima maior economia PIB nominal), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), da Organização Mundial do Comércio (OMC), do Conselho da Europa, da União da Europa Ocidental e da Iniciativa Centro-Europeia. A Itália é um Estado membro do Acordo de Schengen. O país possui o oitavo maior orçamento militar do mundo e é uma das nações que compartilha armas nucleares com a OTAN. A Itália, especialmente Roma, tem um papel proeminente a nível europeu e mundial em assuntos culturais, diplomáticos e militares, com grande impacto global na política e na cultura, sediando organizações mundiais como a Agricultura [7] Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Global Forum, [8] Programa Alimentar Mundial (PAM) e o Colégio de Defesa da OTAN. A influência política, económica social e militar do país na Europa tornou-o uma importante potência regional, a par Reino Unido, da França, da Alemanha e da Rússia [9][10][11][12][13] O país possui uma educação pública de alto nível, força de trabalho elevada, [14] índice de caridade alto, [15] além de ser um país globalizado. [16] A Itália também tem a 18ª expectativa de vida mais alta do mundo, a frente de países como Noruega e Áustria [17] Etimologia

Itália

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Page 1: Itália

A Itália (em italiano: Italia), oficialmente República Italiana (em italiano: Repubblica

Italiana), é um país situado na Península Itálica, na Europa meridional, e em duas ilhas

no mar Mediterrâneo, Sicília e Sardenha. A Itália divide suas fronteiras alpinas no norte

com a França, Suíça, Áustria e Eslovénia. Os estados independentes de San Marino e do

Vaticano são enclaves no interior da Península Itálica e Campione d'Italia é um enclave

italiano na Suíça.

O terreno conhecido hoje como Itália foi o berço de várias culturas e povos europeus,

como os Etruscos e os Romanos. A capital da Itália, Roma, foi durante séculos o centro

da civilização ocidental. Mais tarde, tornou-se o berço do Renascimento [2]

e também

desempenhou um papel importante no desenvolvimento da ciência e da astronomia

moderna, especialmente o heliocêntrico, bem como a Universidade e a ópera. Durante a

Idade Média, a Itália foi dividida em vários reinos e cidades-estado (como o Reino da

Sardenha, o Reino das Duas Sicílias e o ducado de Milão), mas foi unificada em 1861,[3]

um período da história conhecido como o "Risorgimento". Do final do século XIX até a

Segunda Guerra Mundial, a Itália possuía um império colonial, que estendia seu

domínio a Líbia, Eritreia, Somália Italiana, Etiópia, Albânia, Rodes, Dodecaneso e uma

concessão em Tianjin, na China [4]

A Itália Moderna é uma república democrática e um país desenvolvido, com a oitava

melhor classificação no índice de vida [5]

O país goza de um alto padrão de vida, sendo o

18º país mais desenvolvido do mundo.[6]

É um membro fundador do que hoje é a União

Europeia, tendo assinado o Tratado de Roma, em 1957, além de ser também um

membro fundador da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). É membro

do G8 e do G20 (com a sétima maior economia PIB nominal), da Organização para a

Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), da Organização Mundial do

Comércio (OMC), do Conselho da Europa, da União da Europa Ocidental e da

Iniciativa Centro-Europeia. A Itália é um Estado membro do Acordo de Schengen. O

país possui o oitavo maior orçamento militar do mundo e é uma das nações que

compartilha armas nucleares com a OTAN.

A Itália, especialmente Roma, tem um papel proeminente a nível europeu e mundial em

assuntos culturais, diplomáticos e militares, com grande impacto global na política e na

cultura, sediando organizações mundiais como a Agricultura [7]

Fundo Internacional de

Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Global Forum,[8]

Programa Alimentar Mundial

(PAM) e o Colégio de Defesa da OTAN. A influência política, económica social e

militar do país na Europa tornou-o uma importante potência regional, a par Reino

Unido, da França, da Alemanha e da Rússia [9][10][11][12][13]

O país possui uma educação

pública de alto nível, força de trabalho elevada,[14]

índice de caridade alto,[15]

além de

ser um país globalizado.[16]

A Itália também tem a 18ª expectativa de vida mais alta do

mundo, a frente de países como Noruega e Áustria [17]

Etimologia

Page 2: Itália

Quando a hegemonia etrusca ia chegando a seu ocaso com a expansão dos latinos, os

povos do Sul, em particular os oscos, úmbrios e outros povos do centro e Sul da

Península Itálica possuíam um numeroso rebanho bovino. Na língua dos oscos, o

acusativo ‘vitluf’ (aos bezerros) deu lugar em latim a ‘vitellus’ (bezerrinho), palavra

proveniente de vitulos (bezerro de entre um e dois anos). Estas palavras se derivaram do

indo-europeu ‘wet-olo’ (de um ano cumprido), formada por sua vez a partir de ‘wet-‘

(ano), também presente em veterano e veterinário.

O gado vacum era tão importante para esses povos que adoptaram como emblema a

imagem de um touro jovem, que aparece em algumas moedas da época, com o nome de

vitalos, que em pouco tempo converteu-se em ‘italos’, nome com que se denominou as

tribos do Sul e que com o tempo incluiu também os latinos.

Até meados do século I, Itália era usado em latim para designar a Península, e ‘itali –

orum’ para seus habitantes.

História

Ver artigos principais: História da Itália, História da Itália fascista e Itália

republicana.

A história da Itália influenciou fortemente a cultura e o desenvolvimento social, tanto na

Europa como no resto do mundo. Tendo sido o berço da grande civilização romana e do

fascismo, com Mussolini.

Pré-história e Roma antiga

Ver artigo principal: Roma antiga

O Coliseu, em Roma, um dos maiores símbolos do poder do Império Romano,

construído ca. 70-80 DC.

A população da Itália remonta aos tempos pré-históricos, época da qual foram

encontrados importantes vestígios arqueológicos.

Durante a Idade do Ferro existiram várias culturas que podem ser diferenciadas em três

grandes núcleos geográficos, a do Lácio Antigo, a da Magna Grécia e a de Etrúria. Uma

destas culturas, os ligures, foram um enigmático povo que habitava o norte de Itália,

Suíça o sul de França [18]

Entre os diversos povos da Antiguidade são dignos de menção, em particular, os

Lígures, os Vênetos e os Celtas no norte, os latinos e os etruscos Samnitas no centro,

Page 3: Itália

enquanto no sul prosperaram colónias Gregas (Magna Grécia), e na Sardenha desde o

segundo milénio a.C. floresceu a antiga civilização dos Sardos.

Uma das mais importantes culturas antigas desenvolvidas em solo italiano foi a Etrusca

(a partir do século VIII a.C.), que influenciou profundamente Roma e sua civilização, na

qual muitas tradições importantes de origem Mediterrânea e Eurasiática encontraram a

mais original e duradoura síntese política, económica e cultural. Nascida na Península

Itálica, desde sempre terra de origem e de encontro entre diversos povos e culturas, a

civilização romana foi capaz de explorar as contribuições provenientes dos etruscos e de

outros povos itálicos, da Grécia e de outras regiões do Mediterrâneo Oriental (Palestina

- o berço do Cristianismo - Síria, Fenícia e Egipto). Graças ao seu império, Roma

difundiu a cultura Heleno-romana pela Europa e pelo Norte de África que foi os limites

de sua civilização.

Idade média

Bandeiras das repúblicas marítimas. Do topo, em sentido horário: Veneza, Génova, Pisa

e Amalfi.

Após a queda do Império Romano do Ocidente, o território da península se dividiu em

vários estados, alguns independentes, alguma parte de estados-maiores (inclusive fora

da península Itálica). O mais duradouro entre eles foi os Estados Pontifícios, que

resistiram até a tomada italiana de Roma em 1870 e que foi mais tarde reconstituído

como o Vaticano, no coração da capital italiana. Depois da queda do último imperador

romano do Ocidente, seguiu-se a o domínio dos Hérulos e, em seguida, dos Ostrogodos.

A re-anexação da Itália ao Império Romano do Oriente realizado por Justiniano, em

virtude das Guerras Góticas, na metade do século VI d.C., foi curta, uma vez que, já

entre 568 e 570, os lombardos, povos germânicos provenientes da Hungria, ocuparam

parte do país, mas representaram uma formidável continuidade política e cultural e a

garantia da prosperidade económica da península e de toda a Europa por muitos anos.

Depois a área sob domínio romano-bizantino foi sujeita a fragmentações territoriais,

mas conseguiu resistir até o final do século XI, enquanto os lombardos tiveram que se

submeter aos Francos comandados por Carlos Magno a partir da segunda metade do

século VIII. No ano 800, a Itália central tornou-se parte do Sacro Império Romano-

Germânico, embora pouco depois a Sicília tenha passado ao domínio árabe. O

desenvolvimento de cidades-estado (a partir do século XI) deu novo impulso à vida

Page 4: Itália

económica e cultural do norte e centro da Itália, enquanto no Sul, com a invasão

normanda, formou o Reino da Sicília um dos mais modernos, tolerantes e mais bem

administrados da Europa naquela época. Dos municípios formaram-se as repúblicas

marítimas e mais tarde, as signorias.

Renascença

Ver artigo principal: Renascença italiana

Durante a época das cidades-estado começou o Humanismo e o Renascimento,

caracterizado por um grande renascimento das artes, que teve grande influência no resto

da Europa. A ocupação estrangeira e as diversas transformações dos estados que tinham

se formado continuaram até a primeira metade do século XIX, quando se desenvolveu,

influenciados pela Revolução Francesa e as Guerras Napoleónicas, uma série de

movimentos a favor da criação de uma Itália independente e unificada; este período é

chamado de Risorgimento.

Unificação

Ver artigo principal: Risorgimento

Garibaldi e Vítor Emanuel II.

A Itália contemporânea nasceu como um estado unitário, quando em 17 de Março de

1861, a maioria dos estados da península e as duas principais ilhas foram unidas sob o

comando do Rei da Sardenha Vittorio Emanuele II da casa de Sabóia. O arquitecto da

unificação da Itália era o primeiro-ministro da Sardenha, conde Camillo Benso de

Cavour, que apoiou (embora não reconhecendo directamente) Giuseppe Garibaldi,

permitindo a anexação do Reino das Duas Sicílias ao Reino da Sardenha-Piemonte.

O processo de unificação teve a ajuda da França, que - juntamente com o Reino Unido -

tinha um interesse em criar um estado anti-Habsburgo comandado por uma dinastia

amiga (Sabóia) e capaz de impedir o surgimento de um estado republicano e

democrático na Itália (desejada por alguns "patriotas", como Mazzini e como já tinha

acontecido em parte, em Roma, Milão, Florença e Veneza durante o movimento

revolucionário de 1848).

Page 5: Itália

Giuseppe Garibaldi, líder da Expedição dos Mil.

A primeira capital foi Turim, a antiga capital do Reino de Sardenha e ponto de partida

do processo de unificação da Itália. Depois da Convenção de Setembro (1864), a capital

foi transferida para Florença.

Em 1866, a Itália adquiriu do Império Austríaco o Vêneto, após a guerra, na qual a Itália

era aliada à Prússia de Bismarck. Na unificação, permaneceram excluídos a Córsega e a

região de Nice, cidade natal de Garibaldi, assim como Roma e os territórios vizinhos

que estavam sob o controle do Papa e protegido por Napoleão III. Graças à derrota da

França pelos Prussianos, após uma rápida acção militar em 20 de Setembro de 1870,

também fora anexada Roma e proclamada a capital do reino. Mais tarde, com o Tratado

de Latrão em 1929, o Papa obteve a soberania da Cidade do Vaticano. Outra entidade

autónoma dentro das fronteiras italianas é a República de San Marino.

Mas mesmo após a conquista de Roma em 1870, a Unificação da Itália ainda não estava

completa, pois faltavam ainda as chamadas "terras irredentas": O Trentino, Trieste, a

Ístria e a Dalmácia que os nacionalistas clamavam como pertencentes à Itália. O

Trentino, Trieste, a Ístria e Fiume foram anexos depois dos tratados de paz, após a

Primeira Guerra Mundial, impostos pela França, Inglaterra e Estados Unidos aos

Impérios Centrais, perdedores da guerra.

Ditadura fascista e república

Benito Mussolini durante a Marcha sobre Roma.

Após a Primeira Guerra Mundial, instalou-se a ditadura fascista, que envolveu a perda

da liberdade política por mais de vinte anos e a desastrosa participação do país na

Segunda Guerra Mundial junto com a Alemanha. Após o fim da guerra, em 2 de Junho

de 1946, um referendo estabeleceu o abandono da monarquia como uma forma de

governo e a adopção de uma república parlamentar. No mesmo dia os cidadãos italianos

Page 6: Itália

foram convidados a votar para a eleição de uma Assembleia Constituinte, que em

Dezembro de 1946, começou a trabalhar na elaboração de uma Constituição. A nova

Constituição entrou em vigor em 1° de Janeiro de 1948.

A Itália é um membro fundador da OTAN e da União Europeia, tendo criado junto com

Bélgica, França, Alemanha Ocidental, Luxemburgo, Países Baixos em 18 de Abril de

1951 (através do Tratado de Paris), a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço

(CECA) e tem participado de todos os principais tratados de unificação da Europa,

incluindo a entrada na zona do euro em 1999, quando substituiu a antiga lira italiana.

Geografia

Mapa topográfico da Itália.

A maior parte da Itália está localizada na Península Itálica, no continente europeu, e

onde dois enclaves independentes estão localizados: a República de San Marino e o

Vaticano. As ilhas de Sicília, Sardenha e Elba também fazem parte da Itália.

A Itália limita-se ao norte com Suíça e com Áustria, a leste com a Eslovénia, com o Mar

Adriático (através do qual contacta também com a Croácia, Montenegro, Albânia), e

com o Mar Jónico, que a separa da Grécia. A Itália limita-se a sul com o Mar

Mediterrâneo (incluindo o Canal de Malta que separa a Sicília de Malta), a sudoeste

com o Mar Tirreno e a oeste com o Mar da Ligúria (ambos separando o território

peninsular das ilhas da Sicília e Sardenha e da ilha francesa da Córsega). Finalmente, a

Itália limita-se ao noroeste com a França.

O terreno italiano é bastante acidentado, com os Apeninos formando o esqueleto central

da península. Os Alpes percorrendo as fronteiras continentais do norte do país, onde

localiza-se seu ponto mais alto que é o Monte Branco, na fronteira noroeste, dividido

com a França, com seus 4.808 metros. Mas dois vulcões estão mais associados com o

país: o Monte Etna, na Sicília, e o Monte Vesúvio, perto de Nápoles.

Na cultura popular é comum associar o formato político-geográfico da Itália a uma bota

(em italiano "stivale").

Clima

Page 7: Itália

Monte Branco é o ponto mais alto da Itália e da União Europeia.

O clima da Itália varia de região para região. O norte da Itália (Milão, Turim e Bolonha)

tem um clima continental, quando ao sul de Florença apresenta o clima mediterrânico,

com verões tipicamente secos e ensolarados. O clima das áreas litorais da península é

muito diferente do interior, particularmente nos meses de inverno. As áreas mais

elevadas são frias, húmidas e frequentemente recebem a precipitação de neve. As

regiões litorais têm um clima mediterrâneo típico com invernos amenos e verões

quentes, geralmente secos. Há diferenças notáveis nas temperaturas, sobretudo durante

o inverno: em certos dias em Dezembro ou Janeiro pode nevar em Milão a -2 °C,

enquanto em Nápoles as temperaturas estão em +12 °C. Certas manhãs, Turim pode

amanhecer com -12 °C, quando ao mesmo tempo Roma se encontra com +6 °C e

Reggio Calabria +10 °C. No verão a diferença é mais clara, a costa leste não está tão

húmida como a costa ocidental, mas no inverno está geralmente mais fria.

Também a altitude influencia fortemente o clima e as temperaturas médias. Cidades

meridionais como Potenza (na Basilicata), Campobasso (no Molise) ou Enna (na

Sicília) têm invernos rigorosos e temperaturas médias bastante inferiores a outras

localidades costeiras das mesmas regiões. Nos Apeninos neva regularmente durante o

inverno. Geralmente o mês mais quente é Agosto no sul, e Julho no norte. Nesses meses

os termómetros podem marcar 42 °C no sul e 33 °C no norte. O mês mais frio é Janeiro,

com médias no Vale do Rio Pó de 0 °C, Florença 5 °C, Roma 8 °C. Mas as mínimas

podem chegar a -14 °C no Vale do Rio Pó, -5 °C em Florença, -4 °C em Roma, -2° em

Nápoles e em Palermo +1 °C.

Demografia

Ver artigo principal: Demografia da Itália

Em Janeiro de 2009, a população italiana passou de 60 milhões [19]

a quarta maior da

União Europeia, e a 23ª maior do mundo. A densidade populacional é de 199,3

habitantes por km², o quinto maior da União Europeia, sendo o norte a parte mais densa;

um terço do país contém quase a metade da população.

Depois da II Guerra Mundial, a Itália passou por um grande crescimento económico que

levou a população rural a mover-se para as cidades, e ao mesmo tempo passou de uma

nação caracterizada por massiva emigração a um país receptor de imigrantes. A alta

fertilidade persistiu até a década de 1970, e depois passou para abaixo da taxa de

reposição como em 2007, um em cada cinco italianos é aposentado. Apesar disso,

graças principalmente a imigração das décadas de 80 e 90, nos anos 2000 a Itália viu um

acréscimo populacional natural pela primeira vez em anos [20]

Page 8: Itália

ver • editar

Cidades mais populosas da Itália Estimativas do ISTAT para 31 de Dezembro de 2010

Roma

Milão

Po

siç

ão

Ci

da

de

Re

gi

ão

P

o

p

.

Po

siç

ão

Ci

da

de

Re

gi

ão

P

o

p

.

Nápoles

Turim

1 Roma Lácio

2 761

477 11 Veneza

Vêneto

270

884

2 Milão

Lomba

rdia

1 324

110 12 Verona

Vêneto

263

964

3 Nápole

s

Campâ

nia

959

574 13

Messin

a

Sicília

242

503

4 Turim

Piemon

te

907

563 14 Pádua

Vêneto

214

198

5 Palerm

o

Sicília

655

875 15 Trieste

Friul-

Veneza

Júlia

205

535

6 Gênov

a

Ligúria

607

906 16 Bréscia

Lomba

rdia

193

879

7 Bolonh

a

Emília-

Roman

ha

380

181 17

Tarent

o

Apúlia

191

810

8 Floren

ça

Toscan

a

371

282 18 Prato

Toscan

a

188

011

9 Bari Apúlia

320

475 19 Parma

Emília-

Roman

ha

186

690

10 Catâni

a

Sicília

293

458 20

Reggio

di

Calabr

ia

Calábri

a

186

547

Migração e etnicidade

Page 9: Itália

Número de imigrantes residentes na Itália, por país, em 2006. (Clique para ampliar).

Cerca de 95% da população italiana tem origem na península. Os italianos são

descendentes de uma grande quantidade de povos que se estabeleceram na península

itálica durante os séculos. Os italianos são uma mistura de povos que já viviam na

região, incluindo, dentre vários, os povos latinos (a Oeste), os sabinos (no vale superior

do Tibre), os úmbrios (no centro), os samnitas (no Sul), oscanos, entre outros, com os

etruscos que se estabeleceram no centro do país, os gregos no Sul e os celtas no Norte.

Posteriormente, estabeleceram-se no Norte povos germânicos (ostrogodos, visigodos,

lombardos) e, no Sul, os sarracenos (de origem árabe) e os normandos (de origem

escandinava). Esses últimos deixaram uma menor influência na etnia italiana.

Depois da unificação italiana, o feudalismo que controlava por séculos as terras do país

ruiu, e muitos italianos passaram por severas situações de pobreza.[21]

O norte foi o

primeiro afetado, e grandes levas de imigrantes saíram do país principalmente em

direção ao Brasil e à Argentina, a partir da década de 1870. Anos depois, a região sul

também sentiu os efeitos da mudança política na agricultura, e a imigração dobrou de

número em 1900 e o destino principal agora era os Estados Unidos. O pico foi em 1913,

quando 872.598 pessoas deixaram a Itália.[22]

O fenômeno só diminuiu devido à eclosão

da I Guerra Mundial, quando a Itália precisou da população para reconstruir o país e a

instalação do regime fascista, que restringiu a imigração na década de 1920.[22]

Imigrantes italianos posando para fotografia no pátio central da Hospedaria dos

Imigrantes, em São Paulo, Brasil, ca. 1890.

O primeiro grande movimento migratório de italianos em direção ao Brasil ocorreu logo

após a unificação, em 1875, pioneiramente para o sul do país, embora a maior massa de

imigrantes tenha se instalado em São Paulo, para trabalhar na colheita do café. A

imigração italiana foi massiva até o começo do século XX, mas depois das constantes

notícias de trabalho semi-escravo no Brasil,[23]

a Itália decretou o "decreto Prinetti" que

proibia a imigração subsidiada em direção ao país, direcionando o fluxo imigratório

italiano para os Estados Unidos e a Argentina. As maiores comunidades italianas se

encontram em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde

profundamente fazem parte da cultura local.

Page 10: Itália

Depois da II Guerra Mundial, o país que era uma das maiores fontes de imigrantes do

mundo, passou a receber imigrantes vindos do mundo todo, intensificado

principalmente depois da década de 1970. No fim de 2006, estrangeiros compreendiam

5% da população ou quase 3 milhões de pessoas,[24]

um aumento de 270.000 desde o

ano antecedente. Em algumas cidades italianas, como Bréscia, Milão e Pádua, o total de

imigrantes é maior que 10% da população.

A mais recente onda de migração tem vindo principalmente das nações europeias

(47,75%), particularmente da Europa oriental, substituindo o Norte da África (17,43%)

como a maior fonte de imigrantes. Por volta de 500.000 romenos estão oficialmente

registrados como habitantes da Itália, mas estimativas não-oficiais afirmam que o

número atual pode ser duas vezes maior, ou ainda mais.[25]

Em 2006, os outros

imigrantes vinham da Ásia (17,43%) e América Latina (8,90%). Pequenos grupos

vinham da África subsaariana e América do Norte.[24]

Religião

Basílica de Santa Maria del Fiore. 87,8% da população italiana segue o Catolicismo

Romano.

O Catolicismo Romano é de longe a maior religião do país, embora a Igreja Católica

não seja mais a religião oficial do estado. 87,8% dos italianos identificam-se catolicos

romanos,[26]

embora apenas um terço descrevem-se como membros ativos (36,8%). A

sede mundial da Igreja Católica Romana situa-se no Vaticano, um Estado religioso

independente, encravado em território Italiano, e que tem por representante a figura do

Papa. Outros grupos cristãos na Itália incluem mais de 700.000 cristãos ortodoxos,[27]

incluindo 470.000 imigrantes,[28]

e por volta de 180.000 gregos ortodoxos, 550.000

pentecostais e evangélicos (0,8%) (dos quais 400.000 são membros da Assembleia de

Deus da Itália), 235.685 testemunhas de Jeová (0,4%),[29]

e 104.000 de outras

religiões.[30][31]

A minoria religiosa mais antiga do país é comunidade judaica, que compreende por

volta de 45.000 pessoas, mas não é mais o maior grupo não-cristão da Itália. Como

resultado da significante imigração de outras partes do mundo, 825.000 muçulmanos

(1.4% da população total) moram no país,[32]

mas apenas 50.000 são cidadãos italianos.

Ainda, tem 110.000 budistas (0,2%),[28][33][34]

70.000 sikhs,[35]

e 70.000 hindus (0.1%)

na Itália.

Idioma

Page 11: Itália

Ver artigo principal: Línguas da Itália

O idioma oficial é o italiano, falado por quase toda a população. O italiano padrão é

uma língua derivada do dialeto da Toscana, sobretudo aquele falado na região de

Florença. Existem diversas línguas e dialetos falados no dia-a-dia pela população

italiana, como o sardo (na Sardenha), napolitano (em Campânia), vêneto (no Vêneto),

friulano (em Friuli-Venezia Giulia), francês (no Valle d'Aosta), alemão (na Província

autónoma de Bolzano), esloveno (em Trieste).

Política

Palazzo Montecitorio, sede do Parlamento da Itália.

A Constituição italiana de 1948[36]

estabeleceu um parlamento bicameral, que é formado

por uma Câmara dos Deputados (Camera dei Deputati) e de um Senado (Senato della

Repubblica) além de um sistema judiciário; e um sistema executivo composto de um

Conselho de Ministros (Consiglio dei ministri), encabeçado pelo primeiro-ministro

(Presidente del consiglio dei ministri). O presidente da república (Presidente della

Repubblica) tem direito a um mandato de 7 anos. O presidente escolhe o primeiro-

ministro, e este propõe os outros ministros, que são aprovados pelo presidente. O

Conselho de Ministros precisa ter apoio (fiducia - confiança) de ambas as casas do

parlamento.

Os deputados que são eleitos para o parlamento são eleitos diretamente pela população.

De acordo com a legislação italiana de 1993, a Itália tem membros únicos de cada

distrito do país, para 75% dos postos no parlamento. Os outros 25% dos postos

parlamentares são distribuídos regularmente. A Câmara dos Deputados possui

oficialmente 630 membros (mas de fato, são apenas 619 depois das eleições italianas de

2001). O Senado é composto por 315 senadores, eleitos pelo voto popular, bem como

ex-presidentes e outras pessoas (não mais que cinco), indicadas pelo presidente da

república, de acordo com provisões constitucionais especiais. Ambos, a Câmara de

Deputados e o Senado, são eleitos para um mandato de no máximo cinco anos de

duração, mas eles podem ser dissolvidos antes do término do mandato. Leis podem ser

criadas na Câmara de deputados ou no Senado, e para serem aprovadas, precisam da

maioria em ambas as Câmaras.

O sistema judiciário italiano é baseado nas leis romanas, modificadas pelo Código

Napoleônico e outros estatutos adicionados posteriormente. Há também uma corte

constitucional (Corte Costituzionale), uma inovação pós-segunda guerra mundial.

Page 12: Itália

Relações exteriores

Silvio Berlusconi, primeiro-ministro italiano e o presidente dos Estados Unidos, Barack

Obama.

A Itália foi um membro fundador da Comunidade Europeia - agora União Europeia

(UE). A Itália foi aceita nas Nações Unidas em 1955 e é um membro e um forte braço

da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a Organização para

Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Acordo Geral sobre Tarifas e

Comércio/Organização Mundial do Comércio (GATT/OMC), a Organização para a

Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), e o Conselho da Europa. Sua última vez

como Presidente rotativa de organizações internacionais incluem a CSCE (a precursora

da OSCE) em 1994, a UE duas vezes, em 2001 e de Julho a Dezembro de 2003.

A Itália apoia as Nações Unidas e as suas atividades internacionais de segurança. O país

já forneceu tropas de apoio a missões de paz da ONU na Somália, Moçambique, e no

Timor-Leste e dá suporte para operações da OTAN e da ONU na Bósnia, Kosovo e

Albânia. A Itália mobilizou também mais de 2000 soldados para o Afeganistão, em

apoio à Operação Liberdade Duradoura (OEF, do inglês Operation Enduring

Freedom) em fevereiro de 2003 e apoia ainda os esforços internacionais para reconstruir

e estabilizar o Iraque, mas o país retirou o seu contingente militar de cerca de 3.200

soldados em novembro de 2006, mantendo apenas trabalhadores humanitários e pessoal

civil. Em Agosto de 2006, a Itália enviou cerca de 2.450 soldados para o Líbano a

serviço das Nações Unidas em uma missão de paz, a FINUL.[37]

Além disso, desde 2 de

Fevereiro de 2007 um italiano, Claudio Graziano é o comandante da força da ONU no

país.

Forças armadas

Um Eurofighter Typhoon operado pela Força Aérea Italiana.

Page 13: Itália

O exército, marinha, força aérea e a Arma dos Carabineiros coletivamente formam as

forças armadas italianas, sob o comando do Conselho Supremo de Defesa, presidido

pelo Presidente da República Italiana. Desde 1999, o serviço militar é voluntário.[38]

Em

2010, o exército italiano tinha 293.202 soldados ativos,[39]

dos quais 114.778 na guarda

nacional.[40]

Os gastos militares italianos totais em 2010 foram os décimos maiores do mundo,

situando-se em 35,8 bilhões dólares, equivalente a 1,7% do PIB nacional. Como parte

da partilha estratégia de armas nucleares da OTAN, a Itália também abriga 90 bombas

nucleares dos Estados Unidos, localizadas nas bases aéreas de Ghedi e Aviano.[41]

Divisões administrativas

As vinte regiões da Itália são a primeira subdivisão do país, tendo sido instituídas com a

Constituição de 1948 com o objetivo de reconhecer, proteger e promover a autonomia

local.

Cinco regiões possuem um estatuto especial (Friuli-Venezia Giulia, Sardenha, Sicília,

Trentino-Alto Ádige, e Vale de Aosta), o que lhes garante mais ampla autonomia para

legislar sobre diversas matérias independentes do governo central. Estas cinco regiões

são autônomas por fatores culturais, linguísticos e geográficos. Cada região tem um

conselho (consiglio regionale, na Sicília assemblea regionale) eleito e uma junta

(giunta regionale) encabeçada por um presidente.

As quinze regiões de estatuto ordinário foram estabelecidas nos anos 1970 e elas

serviam prioritariamente para descentralizar a máquina de governo do estado. Depois

duma reforma da constituição em 2001, as competências legislativas das regiões de

estatuto ordinário foram ampliadas e os controlos estatais foram significativamente

reduzidos senão completamente apagados, como o comissário do governo central. Mas

a autonomia financeira é ainda muito limitada.

Além da capital, Roma, três outras cidades têm mais de um milhão de habitantes: Milão,

a mais rica do país, Nápoles e Turim. Outras cidades importantes são Gênova, Veneza,

Florença e Bolonha.

Regiões da Itália

Região Capital

Áre

a

(k

m²)

Popula

ção

Abruzz

o

L'Aquila

10

794

1 324

000

Basilic

ata

Potenza

9

992

591

000

Calabri

a

Catanzar

o

15

080

2 007

000

Campâ

nia

Nápoles

13

595

5 811

000

Emília- Bolonha 22 4 276

Page 14: Itália

Regiões da Itália

Região Capital

Áre

a

(k

m²)

Popula

ção

Apúlia

Basilicata

Calábria

Sicília

Molise

Campânia

Abruzos

Lácio

Úmbria

Marcas

Toscana

Sardenha

Emilia-Romagna

Ligúria

Piemonte

Friuli

Venezia Giulia

Vale de

Aosta

Trentino

Alto Ádige

Vêneto

Lombardia

Mar adriático

Mar Jônico

Mar mediterrâneo

Mar Tirreno

Mar Lígure

Roman

ha

124 000

Friuli-

Venezi

a

Giulia*

Trieste

7

855

1 222

000

Lácio Roma

17

207

5 561

000

Ligúria Gênova

5

421

1 610

000

Lombar

dia

Milão

23

861

9 642

000

Marche Ancona

9

694

1 553

000

Molise

Campob

asso

4

438

320

000

Piemon

te

Turim

25

399

4 401

000

Apúlia Bari

19

362

4 076

000

Sarden

ha* Cagliari

24

090

1 666

000

Vale de

Aosta* Aosta

3

263

126

000

Toscan

a

Florença

22

997

3 677

000

Trentin

o-Alto

Ádige*

Trento

13

607

1 007

000

Úmbria Perugia

8

456

884

000

Sicília* Palermo

25

708

5 030

000

Vêneto Veneza

18

391

4 832

000

Fonte: ISTAT - Censo Geral da população italiana (2001)

Economia

Page 15: Itália

A Borsa Italiana, localizada em Milão, a principal bolsa de valores da Itália.

Segundo o PIB, a Itália foi a sétima maior economia do mundo em 2006 e a quarto

maior da Europa. Segundo a OCDE, em 2004, a Itália foi a sexta maior exportadora de

produtos manufaturados do mundo. Essa economia permanece dividida em um norte

industrialmente desenvolvido, dominado por empresas privadas, e um menos

desenvolvido e agrícola sul. No Índice de Liberdade Econômica de 2008 o país foi

classificado em 64° de 162 países, ou 29° de 41 países europeus, a mais baixa

qualificação do UE-15 e atrás de muitos países europeus ex-socialistas. De acordo com

esses dados do Banco Mundial, a Itália tem elevados níveis de liberdade de investir,

fazer negócios, e comércio. Por outro lado, nesse país há uma burocracia ineficiente,

direitos de propriedade relativamente baixos e altos níveis de corrupção (comparado

com outros países europeus), altos impostos, e grande consumo público de cerca de

metade do PIB.[42]

A maioria das matérias-primas necessárias às indústrias italianas, e mais de 75% das

necessidades energéticas, são importadas. Ao longo da última década, a Itália tem

prosseguido uma política fiscal apertada, a fim de satisfazer as exigências da União

Econômica e Monetária e tem sido beneficiada com baixas de taxas de juro e inflação.

A Itália aderiu ao euro a partir da sua introdução no bloco em 1999.

Vinhedos em Tirol do Sul. A Itália é o maior produtor mundial de vinho.

Page 16: Itália

Ferrari 458 Italia. A Itália é o sétimo maior exportador de mercadorias do mundo.

O desempenho econômico da Itália foi, em algumas vezes, mais atrasado do que o dos

seus parceiros da UE, e o atual governo tem adotado numerosas reformas de curto prazo

destinadas a melhorar a competitividade e o crescimento a longo prazo. Apesar disso,

ela tem andado devagar na execução de certas reformas estruturais aconselhada por

economistas, tais como a diminuição da carga fiscal, a flexibilização das leis trabalhistas

e a revisão do caro sistema de pensão, devido ao abrandamento econômico e da

oposição de sindicatos trabalhistas.

A Itália tem um número menor de corporações multinacionais do que outras economias

de mesma dimensão. Em vez disso, a principal força económica do país tem sido a sua

grande base de pequenas e médias empresas. Algumas destas empresas fabricam

produtos que são tecnologicamente avançados e, por isso, fazem frente à crescente

concorrência da China e outras economias emergentes da Ásia, que são capazes de

oferecer um produto mais barato devido aos baixos custos trabalhistas. Estas empresas

italianas reagem à concorrência asiática concentrando-se em produtos mais avançados

tecnologicamente, enquanto deslocam manufaturas de menor nível tecnológico para

fábricas instaladas em países onde a mão-de-obra é mais barata. As empresas italianas,

em média, são de pequeno porte, e isto é um fator limitante à economia, e o governo

vem trabalhando para incentivar integrações e fusões e para reformar as rígidas

regulamentações que tradicionalmente têm sido um obstáculo ao desenvolvimento de

grandes corporações no país.

O centro financeiro e industrial do país é Milão, sendo também considerada a capital

mundial da moda, de acordo com o Global Language Monitor de 2009.[43]

As principais exportações da Itália são automóveis (Grupo Fiat, Aprilia, Ducati,

Piaggio), produtos químicos, petroquímicos (Eni), eletricidade (Enel, Edison),

eletrodomésticos (Merloni, Candy), tecnologia aeroespacial e de defesa (Alenia, Agusta,

Finmeccanica), armas de fogo (Beretta); mas os produtos exportados mais famosos do

país estão nos campos da moda (Armani, Valentino, Versace, Dolce & Gabbana,

Roberto Cavalli, Benetton, Prada, Luxottica), alimentos (Ferrero, Barilla, Martini &

Rossi, Campari, Parmalat), veículos de luxo (Ferrari, Maserati, Lamborghini, Pagani) e

iates (Ferretti, Azimut).

No entanto, atualmente o país enfrenta alguns problemas socioeconômicos. Enquanto o

norte do país é urbano e indutrializado, contrasta violentamente com o sul, área

chamada de Mezzogiorno, mais agrário e menos industrializado que o norte, além de

possuir alto índice de criminalidade em função das atividades da máfia. O desempenho

econômico da Itália tem sido fraco em relação a seus vizinhos europeus, com tímido

crescimento econômico, principalmente depois da crise económica mundial de 2008-

2009. Outro problema enfrentado é o alto déficit público, sendo classificado como um

dos países PIIGS.

Turismo

O Turismo também é muito importante para a economia italiana: com mais de 37

milhões de turistas por ano, a Itália é classificada como o quinto principal destino

turístico do mundo.[44]

Page 17: Itália

A Itália é o quinto país que recebe mais turistas no mundo e Roma é a terceira cidade

mais visitada da União Europeia,[45]

sendo constantemente considerada como uma das

mais belas cidades antigas do mundo.[46]

Veneza também é considerada a cidade mais

bonita do mundo, segundo o New York Times, que descreve a cidade como "sem dúvida

a mais bela cidade construída pelo homem".[47]

O país também foi classificado com

tendo a sexta melhor reputação internacional de 2009.[48]

Infraestrutura

Transportes

ETR 500 na Estação Central de Milão.

As linhas férreas na Itália totalizam 16.627 km, a 17ª maior do mundo, e são operadas

pela Ferrovie dello Stato. Trens de alta velocidade incluem os trens classe ETR, dos

quais o ETR 500 viaja a 300 km/h.

Em 1991, a Treno Alta Velocità SpA foi criada, uma sociedade de propósito específico

pertencente à RFI (controlada pela Ferrovie dello Stato) para o planejamento e

construção de linhas para trem de alta velocidade ao longo das linhas mais importantes e

saturadas da Itália. O objetivo da construção do TAV é de melhorar a viagem ao longo

das linhas ferroviárias mais saturadas da Itália e adicionar novos trilhos a estas linhas,

notadamente Milão-Nápoles e Turim-Milão-Veneza. Uma dos focos do projeto é tornar

a rede ferroviária da Itália um sistema ferroviário de passageiros moderno e de alta

tecnologia, de acordo com os atuais padrões ferroviários. Um propósito secundário era

de introduzir os trens de alta velocidade ao país e aos seus corredores principais.

Quando a demanda das linhas regulares for reduzida com a abertura de linhas de alta

velocidade dedicadas, as linhas regulares serão utilizadas prioritariamente para trens

regionais de baixa velocidade e trens de carga. Com estas ideias concretizadas, a rede

ferroviária italiana poderá ser integrada a outras redes ferroviárias europeias,

particularmente o TGV francês, o ICE alemão e o espanhol AVE.

Existem cerca de 654.676 km de rodovias utilizáveis na Itália, incluindo os 6.957 km de

autoestradas.[49]

Existem cerca de 133 aeroportos na Itália, incluindo os dois hubs de

Malpensa Internacional (perto de Milão) e o Internacional Leonardo Da Vinci-

Fiumicino (perto de Roma).

O país tem 27 grandes portos, sendo o maior em Gênova, que também é o segundo

maior do Mar Mediterrâneo, depois de Marselha. 2.400 km de hidrovias passam pela

Itália.

Page 18: Itália

Cultura

Ver artigo principal: Cultura da Itália

A Itália é um dos países que mais influência teve e tem na cultura europeia e mundial,

em todas as áreas da arte e cultura. Enquanto país, não existia antes da unificação das

Cidades-Estado. A unificação só se concluiu em 1870. Em função disto, muitas

tradições culturais que hoje reconhecemos como italianas são mais associadas a regiões

específicas do país.

Os italianos podem-se vangloriar de uma longa tradição cultural das artes às ciências e

tecnologia, e uma forte tradição de excelência em todas as artes, culturas, literatura e

ciências,corroborado no facto do país possuir o maior número de patrimônios da

UNESCO, totalizando 44. São nomes italianos, grandes polímatas, artistas e gênios,

como Dante, Leonardo da Vinci, Michelangelo e Enrico Fermi.[50][51]

Artes

A Última Ceia de Leonardo da Vinci: igualmente a Mona Lisa, é a mais famosa,

reproduzida e parodiada pintura de todos os tempos.[52]

A Itália é o local de nascimento de diversos movimentos artísticos e intelectuais que se

espalharam pela Europa e pelo mundo, como o Renascimento e o Barroco. A

contribuição italiana para a arte e cultura surge das obras de Michelangelo, Leonardo da

Vinci, Donatello, Botticelli, Fra Angelico, Tintoretto, Caravaggio, Bernini, Ticiano e

Rafael, entre outros. Além da pintura, escultura e arquitetura, as contribuições da Itália

para a literatura, ciência e música são indiscutíveis.

Literatura

A base da moderna língua italiana foi estabelecida pelo poeta florentino Dante

Alighieri, cuja obra A Divina Comédia é considerada a mais importante do período

medieval. Em italiano escreveram Boccaccio, Castiglione e Pirandello, além dos poetas

Tasso, Ariosto, Leopardi, e Petrarca, cujo mais famoso estilo é o soneto, uma invenção

italiana. Grandes filósofos são Bruno, Ficino, Maquiavel, Vico, Gentile, e Eco.

Música

Page 19: Itália

Luciano Pavarotti, um dos mais famosos tenores de todos os tempos.

Da música popular à clássica, a expressão dos sons tem um papel importatíssimo na

cultura italiana. A Itália é o local onde nasceu a ópera, por Claudio Monteverdi.

Instrumentos inventados em Itália como o piano e violino permitem executar formas

artísticas como a sinfonia, concerto, e sonata. Alguns dos compositores italianos mais

célebres são Palestrina e Monteverdi, ambos da época da Renascença, os compositores

do Barroco Corelli e Vivaldi, os clássicos Paganini e Rossini, os românticos Verdi e

Puccini e os contemporâneos Berio e Nono.

Cinema

O cinema italiano também exerceu decisiva influência com o movimento do

neorealismo, movimento nascido no país e que revelou grandes diretores como Roberto

Rossellini, Vittorio De Sica e Luchino Visconti. Outros diretores se incluem no panteão

dos maiores mestres da sétima arte, como Michelangelo Antonioni, Federico Fellini,

Sergio Leone, Pier Paolo Pasolini, Ettore Scola, Bernardo Bertolucci, Mario Monicelli,

Dino Risi, Marco Bellocchio, e mais recentemente, Nanni Moretti. Todos eles, de

estilos diversos e fascinantes, possuem ao menos um ponto em comum: são alguns dos

mais polêmicos, criativos e mordazes investigadores e críticos da sociedade

contemporânea, isso nas artes em geral. Atores como Sophia Loren, Marcello

Mastroianni, Vittorio Gassman, Anna Magnani, Monica Vitti, Roberto Benigni são

alguns dos mais conhecidos de todos os tempos.

Esportes

A Itália tem uma longa tradição esportiva. Em diversos esportes, tanto individuais

quanto em equipe, a Itália tem uma boa representação e muitos sucessos. O esporte mais

popular é de longe o futebol. Basquete e vôlei são os próximos mais populares, com a

Itália com uma rica tradição em ambos. A Itália ganhou a Copa do Mundo FIFA de

2006, e atualmente é o segundo time de futebol mais bem sucedido do mundo, depois

do Brasil, tendo vencido quatro Copas do Mundo FIFA. [176] A Itália também tem

fortes tradições no ciclismo, tênis, atletismo, esgrima, esportes de inverno e rugby. A

italiana Scuderia Ferrari é a mais antiga equipe sobrevivente nos Grandes Prêmios,

tendo competido desde 1948 e, estatisticamente, a mais bem sucedida equipe de

Fórmula Um na história com um recorde de campeonatos.

Culinária

Page 20: Itália

Uma autêntica pizza napolitana.

A culinária italiana moderna evoluiu através de séculos de mudanças sociais e políticas,

com suas raízes que remontam ao século 4 a.C. Mudanças significativas ocorreram com

a descoberta do Novo Mundo, quando alguns vegetais, tais como batatas, tomates,

pimentões e milho, tornaram-se disponíveis. No entanto, estes ingredientes centrais da

cozinha italiana moderna não foram introduzidos em escala antes do século XVIII.[53]

Ingredientes e pratos variam conforme a região. No entanto, muitos pratos que antes

eram regionais têm proliferado em diferentes variações em todo o país. Queijo e vinho

são partes importantes da cozinha, desempenhando diferentes papéis tanto

regionalmente quanto nacionalmente com suas muitas variações e leis Denominazione

di origine controllata (denominação regulamentada). Café e, mais especificamente o

café expresso, tornou-se muito importante para a cozinha cultural da Itália. Alguns

pratos famosos e artigos incluem massas, pizzas, lasanhas, focaccia e gelato.