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P ALAVRA Folha Paroquial n.º 950 Janeiro 2018 www.diocese-aveiro.pt/paroquiaaradas [email protected] III Domingo Tempo Comum Ano B “Não temos muito para fazer, mas temos muito para amar!” Se na semana passada, as leituras colocavam diante de nós a figura de João Baptista que quando sabe qual é o seu lugar e que ao ver Jesus que passava impele os seus discípulos a seguir o verdadeiro Mestre, ou seja João quer que eles conheçam o verdadeiro amor de Deus e por isso guia os seus discípulos até ao verdadeiro Mestre. Esta semana é o próprio Jesus que ao passar e ver aqueles homens os chama para estarem com Ele. Vejamos que aqueles homens não estavam desocupados, estavam a trabalhar! Reparemos que não eram gente sem família, estavam com o pai! Como é belo e simples o convite de Jesus, não lhes pergunta as suas capacidades, ou a sua escolaridade, ou se estão muito ocupados, ou se possuem muitos bens. Simplesmente passa, propõem/convida e eles porque estavam disponíveis para acolher a Palavra seguem-No. Não se põem a fazer cálculos, a medir as suas capacidade e qualidades aceitam o convite, para estarem com Ele. Também hoje Jesus passa na nossa vida e faz o convite para O seguirmos, para também nós sermos “pescadores de homens”. Aceitemos o convite para estarmos com Ele e para ir “à pesca”, mas como diz o povo: quem vai para o mar avia-se em terra! Preparemos a nossa “embarcação”, que é a nossa vida, com as “redesda misericórdia, com a canada compaixão, com a “fio” da esperança e com o “anzol” do amor. Nós que somos pessoas muito ocupadas recordemos as palavras de Santo Agostinho: “não temos muito para fazer, mas temos muito para amar!”. Sejamos pescadores de homens com a nossa vida, pois só assim “pescar muitos homens” para fazer parte da família de Deus. Fábio Freches, colaborador pastoral

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P ALAVRA

Folha Paroquial n.º 950 – Janeiro 2018

www.diocese-aveiro.pt/paroquiaaradas

[email protected]

III Domingo Tempo Comum – Ano B

“Não temos muito para fazer, mas temos muito para amar!”

Se na semana passada, as leituras colocavam diante

de nós a figura de João Baptista que quando sabe qual é o seu lugar e que ao ver Jesus que passava impele os seus discípulos a seguir o verdadeiro Mestre, ou seja João quer que eles conheçam o verdadeiro amor de Deus e por isso guia os seus discípulos até ao verdadeiro Mestre.

Esta semana é o próprio Jesus que ao passar e ver aqueles homens os chama para estarem com Ele. Vejamos que aqueles homens não estavam desocupados, estavam a trabalhar! Reparemos que não eram gente sem família, estavam com o pai!

Como é belo e simples o convite de Jesus, não lhes pergunta as suas capacidades, ou a sua escolaridade, ou se estão muito ocupados, ou se possuem muitos bens. Simplesmente passa, propõem/convida e eles porque estavam disponíveis para acolher a Palavra seguem-No. Não se põem a fazer cálculos, a medir as suas capacidade e qualidades aceitam o convite, para estarem com Ele. Também hoje Jesus passa na nossa vida e faz o convite para O seguirmos, para também nós sermos “pescadores de homens”. Aceitemos o convite para estarmos com Ele e para ir “à pesca”, mas como diz o povo: quem vai para o mar avia-se em terra! Preparemos a nossa “embarcação”, que é a nossa vida, com as “redes” da misericórdia, com a “cana” da compaixão, com a “fio” da esperança e com o “anzol” do amor.

Nós que somos pessoas muito ocupadas recordemos as palavras de Santo Agostinho: “não temos muito para fazer, mas temos muito para amar!”. Sejamos pescadores de homens com a nossa vida, pois só assim “pescar muitos homens” para fazer parte da família de Deus.

Fábio Freches, colaborador pastoral

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ARREPENDEI-VOS E ACREDITAI… VIVEI EM UNIÃO

@Pontifex_pt Papa Francisco

“Vivemos na religião mais desigual do mundo.”

sal da terra…

O desafio que Jesus nos lança, com a liturgia deste domingo, e no início da semana de oração pela unidade dos cristãos, coloca-nos perante duas atitudes muito concretas: o arrependimento e a fé – o primeiro, que pressupõe abertura ao perdão e o segundo, acolhimento do Reino de Deus. Jesus anunciou-nos um Reino de Amor, chamou discípulos para tomar parte e anunciar esse Reino, um Reino que é de puro amor e unidade. Jesus inspira e convida a caminhos novos, faz convites concretos e chama cada um personalizadamente pelo seu nome. Jesus chama a mudar de vida, a arrepender-se, a partir, a anunciar, a exortar, a criar comunidades, a orar, a convocar e a contar tudo quanto pudemos experimentar. A primeira comunidade cristã pôde, de facto, saborear os frutos do verdadeiro amor e partilha desinteressada – colocavam tudo em comum. Dessa forma, prosseguiam um caminho comum, guiados pelo Espírito de Deus, rumo à crescente unidade desejada por Jesus Cristo, Aquele que torna próximo e fortifica a unidade. Nos cristãos, o Amor não deve ser dito, mas vivido. Temos de ter a consciência de que somos chamados, não para construir um outro mundo que fala o amor, mas para preparar e contribuir para um mundo diferente e melhor, onde o outro é o meu próximo e onde se cria a fraternidade nas relações humanas e nos tornamos capazes de acolher a paternidade divina, que nos unifica e torna irmãos, amando-nos como verdadeiros irmãos. Só o amor de Deus em nós pode transformar a tentação da divisão, da separação, do individualismo, da discórdia, e transformar os que se arrependem, acreditam e amam a Palavra de Jesus em comungantes de uma real fraternidade que vive o amor e a unidade. Nesta semana, oremos pelo nosso arrependimento, para que creiamos mais e não temamos as provações da vida fraterna, comprometendo-nos com a missão e sendo executores fiéis do plano de Deus para cada um de nós. Faz de nós prisioneiros do teu Espírito, Senhor!

Andreia Baptista

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SER LIVRE…VIVER COM AMOR

@Pontifex_pt Papa Francisco

“Não se pode viver sem os amigos, eles são importantes!”

ser mais sábio

Era uma vez um lavrador que gostava imenso de trabalhar na terra. Todos os alimentos que a sua família comia saíam das suas mãos e do suor do seu rosto e isso era para si motivo da maior satisfação. De manhã à noite ocupava-se, com todo o empenho e entusiasmo, nas lides da sementeira, lavra, rega e demais cuidados do cultivo do campo. Sentia-se feliz e realizado ao trabalhar o seu pedaço de terra rodeado de árvores por todos os lados e entretinha-se, do nascer ao pôr-do-sol, a ouvir as melodias dos passarinhos e o fragor do riacho que passava nas redondezas. A passarada habituara-se de tal forma à sua presença por aquelas bandas que parecia não ter receio algum em estar bem próxima dele a debicar as sementes do chão.

O camponês tinha uma filha e, de vez em quando, ia consigo para o campo para levar para casa alguns produtos para o almoço ou para o jantar e era frequente ficar por largos períodos de tempo a ouvir os pardais a cantar. Ficava encantada com a musicalidade das aves e com a beleza e harmonia das suas autênticas sinfonias. O agricultor dizia à filha que às vezes parava o seu trabalho e, em silêncio, com os olhos fechados e debruçado na sua enxada, rezava com as extraordinárias canções da pardalada. Um dia, a menina disse ao pai que gostava de ter um pardal só seu e que cantasse só para si mas ele não apreciou particularmente a ideia, dizendo-lhe que o lugar dos passarinhos é em liberdade na natureza. Como a pequena nos dias que se seguiram não conseguia esconder a sua tristeza, o lavrador, apesar de interiormente contrariado, decidiu fazer uma pequena armadilha com meia dúzia de paus e uma rede para tentar apanhar um pardal no campo e oferecer-lho pois faria anos daí a dias. Como habitualmente, a passarada fazia companhia ao camponês e cantava numa enorme algazarra e não foi muito difícil apanhar um pardal, bastando para tal puxar um fio quando um, atraído por um bocado de maçã, estava debaixo da armadilha.

No dia do aniversário da menina, o pai ofereceu-lhe o pardal dentro de uma gaiola que ele mesmo construíra e ela saltou de alegria, abraçando afetuosa e efusivamente o pai. Colocou a gaiola junto à janela do quarto e sentia-se a pessoa mais feliz do mundo. Tinha um pardal só seu e que cantaria apenas para si. Apesar de todo o carinho e cuidados, o pardal surpreendentemente não cantava e isso era uma imensa deceção para a menina. Como era possível que tendo tudo para estar satisfeito, não precisando de procurar comida nem bebida e longe de potenciais predadores, parecia triste e não cantarolava?

Numa manhã húmida e chuvosa, o pardal avistou uma cobra no quintal e chilreou com todas as suas forças como que antevendo perigo iminente para todos. O seu ruído estridente chamou a atenção de todos que perceberam logo a razão de tal alarido. A menina, sensibilizada com o pardal, decidiu abrir a gaiola e, como gesto de agradecimento, deixou-o sair. O pardal saltou para o parapeito da janela, e, olhando para a menina, inesperadamente cantou um bocadinho e esvoaçou em direção às árvores do campo. O pai e a mãe da menina nem sabiam o que pensar e dizer de toda aquela situação mas sentiam-se felizes com a atitude da filha.

O camponês confessou, pela primeira vez, que sempre se sentira arrependido por ter tirado a liberdade àquele pardal e, desde que o apanhara, jamais voltou a ter a felicidade da companhia dos pássaros que talvez se tenham sentido enganados por si. Após a chegada do pardal ao campo, aos poucos as sinfonias regressaram e o lavrador voltou a parar todos os dias a meio da manhã e da tarde e, com o pardal da filha ao ombro, louvava a Deus que tudo criara com amor e sabedoria. Admiravelmente, todos os dias de manhazinha e ao entardecer, o pardal ia à janela da menina, entrava na gaiola, comia algumas sementes e pedacinhos de frutos e fazia um pequeno concerto só para si.

Paulo Costa - (crónica disponível em http://www.imissio.net/; 15 de Janeiro de 2018)

Ana Patrícia

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Semana de 21 a 27 de Janeiro de 2018

@Pontifex_pt Papa Francisco

“ A realidade pode mudar, o homem pode mudar. Procurem ser vocês os primeiros a praticar o bem, a não se acostumarem com o mal e sim vencê-lo.”

agenda paroquial

dia hora Aviso

21-Dom

- 09:00 10:00 10:15 11:00

-

III Domingo T Comum – Ano B Missa, igreja Quinta do Picado Celebração, igreja Aradas Laudes, igreja matriz Missa, igreja matriz III Jornadas da Infância Missionária

22-Seg 21:30 Encontro Regional de assistentes do CNE

23-Ter 21:30 Ensaio Coro Adultos

24-Qua 21:30 Ensaio Coro Adultos

26-Sex 20:15 II Curso Alpha

27-Sáb

10:00 11:00 18:00 19:00 21:00

Ensaio Coro de Pais Ensaio Coro Infantil Oração de Vésperas Missa Vespertina I noite de oração de Taizé, no salão paroquial

28-Dom

- 09:00 10:00 10:15 11:00

IV Domingo T Comum – Ano B – Dia de Bênção Celebração, igreja Quinta do Picado Missa, igreja Aradas Laudes, igreja matriz Missa, igreja matriz

Liturgia da próxima semana IV Domingo T Comum – Ano B 1ª leitura Deut 18, 15-20 2ª leitura 1 Cor 7, 32-35

Salmo Se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os vossos corações

Evangelho Mc 1, 21-28