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P ALAVRA Folha Paroquial n.º 964 Abril / Maio 2018 www.diocese-aveiro.pt/paroquiaaradas [email protected] Domingo V Páscoa Ano B Parábola do Órgão de Tubos A que podemos comparar uma comunidade cristã? O Mestre Organeiro sonhou com um órgão de tubos. Pegou nos frutos da terra (minerais, vegetais e animais) e contruiu o Órgão. Dos minerais, vegetais e animais (peles e ossos), fez toda a caixa, foles, mecânica e tubos de vários tamanhos e feitios, distribuídos em famílias diversas, com características próprias. Por meio do sistema de vento (ventilador/ foleiro, foles, canais do ar, someiros e caixas do vento, com vávulas, acionadas pelas teclas dos manuais e pedal) e pela educação (intonação) da alma e da boca, deu fala a cada tubo, conforme a sua família/ registo; afinou todos os tubos por um único diapasão, de modo a que todos falassem harmonicamente, com temperamento próprio. Finalmente, pode ouvir-se em sinfonia, pela direcção livre do organista, ou por inspiração, ou pela leitura da partitura. Cada tubo é um de nós: irrepetível, de tamanho e talentos diferentes. Cada registo/ instrumento é uma família, um grupo paroquial, com seu carisma/ timbre, ao serviço da comunidade. O mestre organiero é Deus Pai. D'Ele apenas vemos a obra feita, a Ele não O vemos. O ventilador ou foleiro é o Filho. Ele sopra o Espírito Santo sobre cada um, produzindo a seu tempo, o seu fruto, conforme suas capacidades, em favor de todos. O vento, o Espírito Santo, sob a batuta do organista, sempre em sintonia com Cristo, o que preside à comunidade, fará que cada um (recebendo do Mesmo Espírito), pequeno ou grande, com seus dons, faça da comunidade cristã, uma família de famílias que vive na harmonia, produzindo bons frutos, boas obras, sendo, deste modo, protagonista da 'sinfonia da caridade', do canto novo à Santíssima Trindade. Quem tem ouvidos, oiça! P. Paulo Cruz

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P ALAVRA

Folha Paroquial n.º 964 – Abril / Maio 2018

www.diocese-aveiro.pt/paroquiaaradas

[email protected]

Domingo V Páscoa – Ano B

Parábola do Órgão de Tubos A que podemos comparar uma comunidade cristã? O Mestre Organeiro sonhou com um órgão de tubos. Pegou nos frutos da terra (minerais, vegetais e animais) e contruiu o Órgão. Dos minerais, vegetais e animais (peles e ossos), fez toda a caixa, foles, mecânica e tubos de vários tamanhos e feitios, distribuídos em famílias diversas, com características próprias. Por meio do sistema de vento (ventilador/ foleiro, foles, canais do ar, someiros e caixas do vento, com vávulas, acionadas pelas teclas dos manuais e pedal) e pela educação (intonação) da alma e da boca, deu fala a cada tubo, conforme a sua família/ registo; afinou todos os tubos por um único diapasão, de modo a que todos falassem harmonicamente, com temperamento próprio. Finalmente, pode ouvir-se em sinfonia, pela direcção livre do organista, ou por inspiração, ou pela leitura da partitura. Cada tubo é um de nós: irrepetível, de tamanho e talentos diferentes. Cada registo/ instrumento é uma família, um grupo paroquial, com seu carisma/ timbre, ao serviço da comunidade. O mestre organiero é Deus Pai. D'Ele apenas vemos a obra feita, a Ele não O vemos. O ventilador ou foleiro é o Filho. Ele sopra o Espírito Santo sobre cada um, produzindo a seu tempo, o seu fruto, conforme suas capacidades, em favor de todos. O vento, o Espírito Santo, sob a batuta do organista, sempre em sintonia com Cristo, o que preside à comunidade, fará que cada um (recebendo do Mesmo Espírito), pequeno ou grande, com seus dons, faça da comunidade cristã, uma família de famílias que vive na harmonia, produzindo bons frutos, boas obras, sendo, deste modo, protagonista da 'sinfonia da caridade', do canto novo à Santíssima Trindade. Quem tem ouvidos, oiça!

P. Paulo Cruz

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PERMANECER UNIDOS…

@Pontifex_pt Papa Francisco

“Vivemos na religião mais desigual do mundo.”

sal da terra…

Este 5º Domingo da Páscoa convida-nos a refletir sobre a nossa união a Cristo e diz-nos que só unidos a Cristo temos acesso à verdadeira vida. Assim sendo, conhecemos uma árvore pelo fruto que ela dá. Deste modo também é possível conhecer uma pessoa pelo fruto que ela apresenta. O Fruto não é uma produção particular do indivíduo, mas uma ação do Espírito Santo na vida daqueles que permanecem unidos com Cristo. As crianças aprenderão que para que o fruto seja comprovado é preciso preocupar-se primeiro com as raízes, é necessário permanecer unido com Cristo, pois sem Ele nada podemos fazer. Durante a nossa caminhada cristã aprendemos muito sobre o certo e errado. Muitas vezes nos obrigamos a fazer as coisas certas e queremos fazê-las pelas nossas próprias forças. Saber o certo não basta, ser autossuficiente também não chega. Somos como pecadores em potencial que produzem coisas boas por seus próprios méritos. Deus não nos chama para uma linha de produção de boas obras, mas para permanecer n`Ele. Ele não nos chama para suar a camisola e terminar o dia contando a quantidade de atividades e tarefas realizadas, mas para descansar n`Ele. Ele não nos chama para carregar fardos maiores do que podemos levar, mas para depositar n`Ele todas as nossas aflições, angústias e desejos. Em muitos momentos estamos preocupados com a ramagem das nossas árvores, com a quantidade de frutos que iremos produzir e de que tipo serão ou com o tamanho da sombra que a nossa ramagem fará. Nada disso é prioritário. Devemos preocuparmo-nos com as raízes e deixar que Deus se encarregue da ramagem. Aprofundemo-nos em Deus e o seu Espírito frutificará em nós e através de nós. A união íntima com Jesus é o convite para que vivamos uma espiritualidade voltada à oração, à escuta da vontade do Pai, ao conhecimento da Palavra de Deus, à reflexão e à meditação Sem a união perseverante com Jesus não é possível produzir frutos. Deus tem uma expectativa em relação à nossa fé. Ele quer que a nossa fé seja operante. Isto é, que ela seja um serviço efetivo em favor do Reino de Deus.

Ir. Conceição Sousa, fnsv

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O TEMPO QUE NÃO TEMOS

@Pontifex_pt Papa Francisco

“Não se pode viver sem os amigos, eles são importantes!”

ser mais sábio

Não há tempo. É a doença dos tempos modernos, a falta de tempo. Às vezes parece que não tenho tempo para dormir: vou só ali dormir como quem vai ao supermercado e já vem. É assim vezes de mais. E eu não gosto nada de ir dormir porque nunca quero ir-me embora do mundo. Uma parvoíce, eu sei. O meu avô dormia sempre depois do almoço: sentava-se na poltrona da sala e dormia 15 minutos e a minha avó ficava à espera para sair que ele acabasse de dormir e depois lá iam. Quinze minutos, no fundo, não é tempo nenhum. E ele precisava deles para enfrentar o resto do tempo que o dia ainda tinha. Naquela altura havia tempo. Mas não é falta de tempo aquilo que hoje temos, a doença dos tempos modernos é o desperdício de tempo: o nosso tempo gasta-se, perde-se, não rende. Nós tratamos o tempo como se ele fosse ilimitado, sem aproveitar cada minuto, deixamo-lo passar sem apanhar boleia. Um dos meus filhos quando chega do futebol vem ligado a uma corrente de adrenalina e não se cala. São 15 a 20 minutos a ouvi-lo. É sempre assim: interrompo uma das minhas séries que me dão a sensação de não estar a perder tempo e fico a ouvi-lo a contar histórias, a descrever estados de alma e a pensar alto sobre os projetos que tem como futuro presidente do Sporting. Vinte minutos é pouco tempo para tanta coisa que ganhamos os dois ali. Quando revejo o meu dia, aqueles minutos devem ser dos poucos que não perdi. Não há mãe que não diga que não tem tempo para estar com os filhos. É o fado das mães: ter tempo para ser mãe. Parece uma coisa parva, porque uma pessoa é mãe não está mãe. Mas o problema do tempo é o que se faz com ele, não é ele ser muito ou pouco porque nós nunca sabemos quando ele vai acabar. O que nós gostávamos mesmo era de ter tempo para tudo, assim como gostávamos de ter dinheiro para comprar tudo. Já viram a quantidade de tempo que se esbanja? Ou não havia programas de televisão miseráveis nem o Facebook seria uma empresa colossal. Antes a pesca. É que na pesca - aquela em que as pessoas ficam horas a ver se um fio se mexe e quando isso acontece pesca-se uma alga - o cérebro não para; coisa diferente é quando o cérebro se depara com um reality show, bloqueia. Não há nada mais luxuoso do que o tempo. É que o tempo não é tempo: é a vida a passar. São horas e minutos de vida. Devíamos dizer assim as horas: em minutos e segundos de vida. Para aproveitarmos melhor, raios.

Inês Teotónio Pereira

Daniela Simões

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Semana de 29 de Abril a 5 de Maio de 2018

@Pontifex_pt Papa Francisco

“ A realidade pode mudar, o homem pode mudar. Procurem ser vocês os primeiros a praticar o bem, a não se acostumarem com o mal e sim vencê-lo.”

agenda paroquial

Vimos por este meio, pedir a vossa ajuda aquando do preenchimento da vossa declaração de IRS (Modelo 3) assinalando Instituições Particulares de Solidariedade Social e colocando o Número de Identificação de Pessoa Coletiva 501 148 183. Dessa forma podem consignar 0,5% do IRS (Lei 16/2001 de 22 de junho art. 32 nº 6). Esta contribuição não acarreta qualquer encargo acrescido para os doadores que descontam IRS.

29-Dom

- - 09:00 10:00 10:00 11:00 -

Domingo V da Páscoa – B Encontro Regional AIW, em Aradas Celebração, igreja de Quinta do Picado Missa, igreja de Aradas Laudes, na igreja matriz Missa, na igreja matriz São Jorge/ CNE, em Ílhavo, Missa de Encerramento, às 15:30h com instituição de Fábio Freches ao Ministério de Leitor

01-Ter - -

21:30

S. José Operário Peregrinação Nacional de Acólitos a Fátima Ensaio Coro Adultos

02-Qua -

21:30 S. Atanásio, Bispo e Doutor da Igreja Ensaio Coro Adultos

03-Qui -

19:15 S. Filipe e S. Tiago, Apóstolos, Festa Missa, seguida de Adoração Eucarística

04-Sex 21:30 Ensaio Coros Paroquiais

05-Sáb 19:00 20:30 21:30

Missa Vespertina Vígilia/Preparação Promessas, igreja matriz Bênção e Concerto Inaugural - Novo Orgão de Tubos

06-Dom

- -

09:00 10:00 10:00 11:00

Domingo VI da Páscoa – B, Dia da Mãe Dia da Unidade Paroquial Missa, igreja de Quinta do Picado Celebração, igreja de Aradas Laudes, na igreja matriz Missa, na igreja matriz. Promessas/ Agrup. 1157

Liturgia da próxima semana Domingo VI da Páscoa – Ano B 1ª leitura Act 10, 25-26 2ª leitura 1 Jo 4, 7-10

Salmo O Senhor manifestou a salvação a todos os povos.

Evangelho Jo 15, 9-17