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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE DESENHO INDUSTRIAL CURSO DE TECNOLOGIA EM DESIGN GRÁFICO JAQUELINE DOS SANTOS PRESTES FAÇA VOCÊ MESMO: CRIAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DE ILUMINAÇÃO COM MATERIAIS ALTERNATIVOS PARA A ATIVIDADE FOTOGRÁFICA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO CURITIBA 2018

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE DESENHO INDUSTRIAL

CURSO DE TECNOLOGIA EM DESIGN GRÁFICO

JAQUELINE DOS SANTOS PRESTES

FAÇA VOCÊ MESMO: CRIAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DE

ILUMINAÇÃO COM MATERIAIS ALTERNATIVOS PARA A ATIVIDADE

FOTOGRÁFICA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CURITIBA 2018

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JAQUELINE DOS SANTOS PRESTES

FAÇA VOCÊ MESMO: CRIAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DE

ILUMINAÇÃO COM MATERIAIS ALTERNATIVOS PARA A ATIVIDADE

FOTOGRÁFICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina Trabalho de Conclusão de Curso 2, como requisito parcial para obtenção do grau de Tecnólogo em Design Gráfico, do Curso Superior de Tecnologia em Design da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Curitiba. Orientador: Prof.ª MSc. Ana Cristina Munaro

CURITIBA 2018

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TERMO DE APROVAÇÃO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 090

Faça você mesmo: criação de equipamentos e acessórios de iluminação com materiais alternativos para a atividade fotográfica

por

Jaqueline Dos Santos Prestes – 1557041

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no dia 30 de novembro de 2018 comorequisito parcial para a obtenção do título de TECNÓLOGO EM DESIGN GRÁFICO,do Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico, do Departamento Acadêmicode Desenho Industrial, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. A aluna foiarguida pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo, que apósdeliberação, consideraram o trabalho aprovado.

Banca Examinadora: Profa. Eunice Liu (Dra.)Avaliadora IndicadaDADIN – UTFPR

Profa. Marina Moraes de Araujo (Esp.)Avaliadora ConvidadaDADIN – UTFPR

Profa. Ana Cristina Munaro (MSc.)OrientadoraDADIN – UTFPR

“A Folha de Aprovação assinada encontra-se na Coordenação do Curso”.

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁPR

Ministério da EducaçãoUniversidade Tecnológica Federal do ParanáCâmpus CuritibaDiretoria de Graduação e Educação ProfissionalDepartamento Acadêmico de Desenho Industrial

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RESUMO

PRESTES, Jaqueline dos Santos. FAÇA VOCÊ MESMO: CRIAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS PARA A ATIVIDADE FOTOGRÁFICA. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso – Tecnologia em Design Gráfico, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Curitiba, 2018. Este trabalho teve como objetivo produzir um manual de como fazer equipamentos e acessórios fotográficos voltados à iluminação utilizando-se de materiais alternativos e econômicos, servindo como material de apoio para iniciantes em fotografia. Sendo assim, foram realizadas pesquisas sobre técnicas e equipamentos, especialmente relacionados à iluminação. Primeiro, foi realizada uma pesquisa teórica sobre acessórios e equipamentos usados na iluminação fotográfica. Em seguida, pesquisou-se opções de como criar estes objetos de forma manual, de maneira simples e economicamente viável. Após, iniciou-se a fase de geração de alternativas do manual. Concluídas as definições referentes a layout e formato, deu-se a realização do projeto por meio de softwares como o CorelDraw, Illustrator e Photoshop. O resultado final do projeto é um manual com explicações gerais sobre cada equipamento proposto, acompanhado do passo-a-passo para a criação dos mesmos, incluindo o custo aproximado para a aquisição de cada lista de materiais. Palavras-chave: Design Instrucional. Fotografia. Iluminação fotográfica. Manual DIY. Faça você mesmo.

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ABSTRACT

PRESTES, Jaqueline dos Santos. DO IT YOURSELF: CREATION OF EQUIPMENT AND ACCESSORIES WITH ALTERNATIVE MATERIALS FOR THE PHOTO-GRAPHIC ACTIVITY. 2018. Course Completion Work - Technology in Graphic De-sign, Federal Technological University of Paraná. Curitiba, 2018. This work aimed to produce a manual on how to make equipment and photographic accessories focused on lighting using alternative and economical materials, serving as a support material for beginners in photography. Therefore, research was done on techniques and equipment, especially related to lighting. First, a theoretical research was carried out on accessories and equipment used in photographic lighting. Next, we looked at options for how to create these objects manually, in a simple and economi-cally viable way. Afterwards, the manual alternatives generation phase was started. Once the definitions regarding layout and format were completed, the project was ac-complished through software such as CorelDraw, Illustrator and Photoshop. The final result of the project is a manual with general explanations on each proposed equip-ment, accompanied by the step-by-step for the creation of the same, including the ap-proximate cost for the acquisition of each bill of materials. Keywords: Instructional Design. Photography. Photographic lighting. Manual DIY. Do it yourself.

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LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Luz branca e suas cores…………………………………..............................17

Figura 2 – Direções e ações da luz……………………………………...........................18

Figura 3 – Luz artificial................................................................................................19

Figura 4 – Luz natural..................................................................................................19

Figura 5 – Exemplo de luz dura………………………………………….........................19

Figura 6 – Exemplo de luz suave……………………………………….....................…..19

Figura 7 – Mini estúdio portátil....................................................................................22

Figura 8 - Foto tirada no Mini estudio …………………………………..........................22

Figura 9 - Difusores de flash…………………………………………………...................23

Figura 10 – Foto com Difusor de flash……………………………………………….......24

Figura 11 - Imagem do difusor Gridspot…………………………………………............24

Figura 12 - Foto tirada com e sem Gridspot………………………………………...........25

Figura 13 - Rebatedores e difusores……………………………………………..............26

Figura 14 – Fotos com e sem Rebatedor………………………………………..............26

Figura 15 – Softbox………………………………………………………………..............27

Figura 16 – Foto com e sem Softbox…………………………………………................27

Figura 17 – Exemplo de Ring Light……………………………………………….............28

Figura 18 – Imagem com e sem Ring Light…………………….……………….............28

Figura 19 - Gráfico com etapas do processo de criação do manual.............................32

Figura 20 - Imagem da direita sem iluminar atrás………………………........................36

Figura 21 - Sacola para suavizar a luz do flash……………………………...................36

Figura 22 - Gridspot feito de plástico polionda…………………………………..............37

Figura 23 - Gridspot feito de papelão…………………………………………….............37

Figura 24 - Carta de baralho usada como rebatedor………..………………….........…38

Figura 25 - Rebatedor feito com acetato………….………………………...........……...38

Figura 26 - Ring Light feito em madeira……………………………………….................38

Figura 27 - Ring Light feito em papelão………………………………………….............38

Figura 28 – Capa do manual DIY SPEAKERS MANUAL.............................................39

Figura 29 – Página interna DIY SPEAKERS MANUAL................................................40

Figura 30 – Página interna DIY SPEAKERS MANUAL................................................40

Figura 31 – Capa Guia Fotografia Pinhole..................................................................41

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Figura 32 – Página Sumário - Guia Fotografia Pinhole................................................41

Figura 33 – Página 08 - Guia Fotografia Pinhole.........................................................41

Figura 34 – Capa Manual de Como Iluminar..............................................................42

Figura 35 – Página 17 do Manual de Como Iluminar...................................................42

Figura 36 – Página 27 do Manual de Como Iluminar...................................................43

Figura 37 – Página 28 do Manual de Como Iluminar...................................................43

Figura 38 – Capa Use este Diário para Tirar Fotografias Incríveis...............................44

Figura 39 – Página 75 - Use este Diário para Tirar Fotografias Incríveis.....................44

Figura 40 – Página 99 - Use este Diário para Tirar Fotografias Incríveis.....................45

Figura 41 – Página 34 e 35 - Use este Diário para Tirar Fotografias Incríveis.............45

Figura 42 – Materiais para fotografar objetos translúcidos………………………..........48

Figura 43 – Passo 1: fotografando objetos translúcidos………………………..............48

Figura 44 – Passo 2: fotografando objetos translúcidos…………………………..........49

Figura 45 – Passo 3: fotografando objetos translúcidos…………………………..........49

Figura 46 – Passo 4: fotografando objetos translúcidos………………………..............49

Figura 47 – Passo 5: fotografando objetos translúcidos………………………..............50

Figura 48 - Foto com o molde refletor atrás……………………………………...............50

Figura 49 - Foto sem o molde refletor atrás………………………………………...........50

Figura 50 - Materiais para lightbox……………………………………………….............51

Figura 51 – Passo 1: lightbox……………………………………………...................…..51

Figura 53 – Passo 2: lightbox………………………………....................……………….52

Figura 54 – Passo 3: lightbox…………………………………………………..................52

Figura 55- Foto sem a lightbox. ……………………………….......................................53

Figura 56- Foto sem a lightbox. ……………………………….......................................53

Figura 57 – Materiais para difusor de flash…………………….................................…53

Figura 58 – Passo 1: difusor de flash…………………………………............................54

Figura 59 – Passo 2: difusor de flash……………………………………........................54

Figura 60 – Passo 3: difusor de flash……………………………………….....................54

Figura 61 – Passo 4: difusor de flash……………………………………….................…55

Figura 62 – Passo 5: difusor de flash………………………………………….................55

Figura 63 – Passo 6: difusor de flash………………………………………….................55

Figura 64 – Passo 7: difusor de flash………………………………………….................56

Figura 65 – Foto sem o difusor....................................................................................56

Figura 66 – Foto com o difusor....................................................................................56

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Figura 67 – Materiais para o ring light…………………………………………...........….57

Figura 68 – Passo 1: ring light………………………………………………….................57

Figura 69 – Passo 2: ring light……………………………………………………………..57

Figura 70 – Passo 3: ring light…………………………………………………….............58

Figura 71 – Imagem com uso de ring light……………………………………….............58

Figura 72 – Imagem sem uso de ring light……………………………………………......58

Figura 73- Materiais para softbox….......….......….......…......….......…........................59

Figura 74 - Passo 1: softbox….......…......….......…......…......…........….......…...........59

Figura 75 - Passo 2: softbox........….......…........…........….......…........…....................60

Figura 76 - Passo 3: softbox…........…......….......…......….......…......….......................60

Figura 77 - Passo 4: softbox….......…......….......…......…........…........….....................60

Figura 78 - Passo 5: softbox…........…........….......…........…........…........…................61

Figura 79 - Passo 6: softbox…........…........…...….......….......….......….......…...........61

Figura 80 - Passo 7: softbox…........…........…........….......…........…........…................61

Figura 81 - Foto sem o softbox…........….......….......…........…........…........….............62

Figura 82- Foto com o softbox…........…........…........…........…........….......................62

Figura 83 – Materiais para rebatedor de flash externo.................................................63

Figura 84 - Passo 1: rebatedor de flash externo………………………………...............63

Figura 85 – Molde rebatedor de flash………………………………...........................…63

Figura 86 –Passo 2: rebatedor de flash externo ……………………….........................64

Figura 87 – Passo 3: rebatedor de flash externo………………………….....................64

Figura 88 – Passo 4: rebatedor de flash externo.........................................................64

Figura 89 – Materiais para rebatedor de flash pop-up……………………………..........65

Figura 90 – Passo 1: rebatedor de flash pop-up………………………………...............65

Figura 91 – Molde Rebatedor de flash pop-up.............................................................65

Figura 92 – Passo 2: rebatedor de flash pop-up…………………………………...........66

Figura 93 – Passo 3: rebatedor de flash pop-up……………………………………........66

Figura 94 – Passo 4: rebatedor de flash pop-up……………………………………........66

Figura 95 – Passo 5: rebatedor de flash pop-up…………………………......................67

Figura 96 – Foto com o rebatedor................................................................................67

Figura 97 – Foto sem o rebatedor................................................................................67

Figura 98 – Materiais para gridspot…………………………………………………….....68

Figura 99 – Passo 1: gridspot……………………………………………….....................68

Figura 100 – Passo 2: gridspot…………………………………………………...............68

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Figura 101 – Passo 3: gridspot…………………………………………………...............69

Figura 102 – Passo 4: gridspot………….…………………………………………...........69

Figura 103 – Passo 5: gridspot…………….……………………………………..............69

Figura 104 – Foto sem o gridspot................................................................................70

Figura 105 – Foto com o gridspot................................................................................70

Figura 106 – Geração de Alternativas de Capa...........................................................71

Figura 107 – Geração de Alternativas de Páginas.......................................................71

Figura 108 – Opções de Formato do Manual..............................................................72

Figura 109 – Alternativas de Tipografias.....................................................................73

Figura 110 – Opção 1 – Paleta de Cores.....................................................................75

Figura 111- Opção 2 – Paleta de Cores.......................................................................75

Figura 112 - Opção 3 – Paleta de Cores......................................................................75

Figura 113 - Opção 4 – Paleta de Cores......................................................................75

Figura 114 - Opção 5 – Paleta de Cores......................................................................75

Figura 115 – Paleta de Cores escolhida......................................................................76

Figura 116 – Capa do Manual Faça Você Mesmo.......................................................76

Figura 117 – Página de Introdução.............................................................................77

Figura 118 – Página de Encerramento........................................................................77

Figura 119 – Página Lista de Materiais.......................................................................77

Figura 120 – Página 108 - Manual Faça Você Mesmo................................................78

Figura 121 – Página 07 – Manual Faça Você Mesmo..................................................78

Figura 122 – Página 08 – Manual Faça Você Mesmo..................................................78

Figura 123 – Opção1 – Capa Manual..........................................................................79

Figura 124 – Opção 2 – Capa Manual.........................................................................79

Figura 125 – Opção 1 – Páginas do Manual................................................................79

Figura 126 – Opção 2 – Páginas do Manual................................................................79

Figura 127 – Opção 3 – Páginas do Manual................................................................80

Figura 128 – Paleta Antiga..........................................................................................80

Figura 129 – Paleta Atual............................................................................................80

Figura 130 – Opções de Tipografia.............................................................................81

Figura 131 – Segunda Versão do Manual...................................................................82

Figura 132 – Teste do Manual com alunos de fotografia..............................................83

Figura 133 – Manual Versão Final...............................................................................84

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................…............11

1.2. PROBLEMA……………………………..…………………………………................12

1.3. OBJETIVO GERAL………………………………………………………..................13

1.4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS……..………………………………………................13

1.5. JUSTIFICATIVA……………………………………………………………….............13

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA………………………………………………..............16

2.1. A FOTOGRAFIA NA ATUALIDADE………………………………………................16

2.2. CARACTERISTICAS DA LUZ NA FOTOGRAFIA...…………………....................17

2.3 EQUIPAMENTOS FOTOGRÁFICOS DE ESTÚDIO..………………….............….20

2.3.1 Lightbox……………………………………………………………….......................21

2.3.2 Difusor de flash…………………………………………………………...................23

2.3.3 Difusor Gridspot…………………………………………………………..................24

2.3.4 Rebatedores para flash……………………………………………………………...25

2.3.5 Softbox…………………………………………….………………...........................26

2.3.6 Ring light………………………………………………………………………………27

2.4 “DIY” – Faça você mesmo………………………………………………....................29

3. METODOLOGIA…….……………….…………………………………………............31

3.1 ENTREVISTA COM FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS........................................32

3.2 COLETA DE DADOS: SELEÇÃO DE CONTEÚDO PARA O MANUAL……….......34

3.2.1 Objetos Translúcidos.........................................................................................35

3.2.2 Softbox...............................................................................................................36

3.2.3 Difusor................................................................................................................37

3.2.4 Rebatedor..........................................................................................................37

3.2.5 Ring Light...........................................................................................................38

3.3 ANALISE DE SIMILARES ....................................................................................39

3.3.1 DIY SPEAKERS MANUAL.................................................................................39

3.3.2 Guia Prático de Fotografia Pinhole.....................................................................40

3.3.3 MANUAL DE COMO ILUMINAR........................................................................42

3.3.4 Use Este Diário Se Quer Tirar Fotos Incríveis.....................................................44

3.4 MANUAL “FAÇA VOCÊ MESMO SEU EQUIPAMENTO FOTOGRÁFICO”...........46

3.4.1 CONTEÚDO DO MANUAL................................................................................47

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3.4.1.1 Fotografando objetos translúcidos…………………………………..............47

3.4.1.2. Lightbox………………….….……….….……………………….………............50

3.4.1.3. Difusor de flash……………………………………………….…………............53

3.4.1.4. Ring Light…….………………………….…………………………….……….…56

3.4.1.5. Softbox..........................................................................…………….............59

3.4.1.6. Rebatedor de flash…………........…………………………………….…......…62

3.4.1.7. Difusor gridspot…….…………………………….…….….……………...........68

3.5. GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS ……………………………………………...........71

3.5.1 Formato............................................................................................................72

3.5.2 Tipografia.........................................................................................................73

3.5.3 Paleta de Cores................................................................................................74

3.5.4 Design...............................................................................................................76

4 ALTERAÇÕES APÓS AVALIAÇÃO..............................................................................79

5 TESTES COM ALUNOS DE FOTOGRAFIA............................................................83

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................85

REFERÊNCIAS…….….….………………….….…….…….………………….….….......87

APÊNDICE A – Entrevista com fotógrafos..............................................................93

APÊNDICE B – Manual Completo............................................................................97

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1.INTRODUÇÃO

DIY, do inglês “Do it Yourself” (com tradução, faça você mesmo), é uma cultura

há muito tempo introduzida na sociedade. Caracterizada pela rejeição de uma cultura

popular mainstream, sofisticada e super produzida (VAZ; NUNES, 2015), propõe a

ideia de resolver determinados problemas por si mesmo, sem precisar pagar por uma

solução pronta. Sendo possível criar, desenvolver e adaptar produtos culturais para

fins específicos.

Dentre as diversas situações em que se pode improvisar, este Trabalho de

Conclusão de Curso pretende explorar a utilização da improvisação para um fim

específico, o ato de fotografar. Apesar de atualmente qualquer indivíduo poder

fotografar facilmente a partir de um smartphone, a utilização de equipamentos

fotográficos para ajustes como luz e contrastes, regulagens de abertura e exposição

à luz, bem como outros efeitos técnicos, faz diferença no resultado da fotografia

(MEDEIROS, 2017).

Há momentos fotográficos onde a luz é dada e o fotógrafo tem que aproveitar

ao máximo o que está disponível. Já no estúdio, o fotógrafo está no controle total da

iluminação. Conhecer as regras simples que a luz obedece e entender sobre suas

qualidades e composição ajuda o fotógrafo a trabalhar com a luz, em vez de estragá-

la com brilho, reflexos perdidos e detalhes de sombras ou cores sem saturação

(PRÄKEL, 2007).

Conforme Präkel (2007), a hora do dia determina não apenas a direção e o

ângulo da luz, mas também sua qualidade de cor. Para um fotógrafo de rua que

trabalha com a luz disponível, torna-se uma questão de extrair a luz que existe. Outros

fotógrafos complementarão a luz natural com flash, independentemente do tempo. É

o fotógrafo de estúdio que tem o maior controle, pois toda luz e cada sombra é sua

criação. O que se torna importante é desenvolver o olho de um fotógrafo para a luz -

para ver não apenas o assunto, mas para ver como o assunto está aceso. Segundo

Begleiter (2008), além dos tradicionais modificadores de luz, existem algumas

ferramentas avançadas que criam uma qualidade específica de luz - uma qualidade

que o fotógrafo pode achar desejável e que pode até moldar seu estilo de retrato.

No entanto, equipamentos fotográficos profissionais possuem certo custo que,

muitas vezes, não pode ser pago pelo indivíduo, principalmente no caso de iniciantes

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na atividade fotográfica ou estudantes que ainda estão aprendendo técnicas

fotográficas básicas. Sendo assim, a proposta deste estudo é criar um manual com

equipamentos e acessórios para iluminação fotográfica de baixo custo, para auxiliar

os iniciantes em fotografia a obter resultados mais satisfatórios.

Para o desenvolvimento deste trabalho apresenta-se, nas páginas seguintes,

as etapas para a criação do manual de apoio voltado para iniciantes na atividade de

fotografia. Tendo como objetivo contribuir para o aprimoramento do aprendizado do

aluno, proporcionando ao mesmo a oportunidade de melhorar suas técnicas

fotográficas utilizando-se de baixos recursos financeiros.

No próximo item, apresenta-se o problema de Design que será solucionado

por este estudo, sendo dividido em objetivo geral e específicos, justificativa e

metodologia de pesquisa. No segundo capítulo discorre-se a fundamentação teórica,

contendo as pesquisas sobre técnicas fotográficas, métodos de improvisação de

equipamentos. Por fim, o terceiro capítulo apresenta a metodologia do estudo, a coleta

de dados para o manual e o conteúdo selecionado e testado para compor o manual.

Bem como a geração de alternativas de tipografia, paleta de cores e layout do manual.

E as opções escolhidas.

1.2. PROBLEMA

Existem diversas técnicas e equipamentos fotográficos específicos, como a

utilização de iluminação artificial, difusores de luz, uso de perspectivas, entre outras,

que possibilitam a melhor exposição e composição do assunto fotografado. Além de

favorecer o cumprimento do objetivo do plano fotográfico, tornando o trabalho final

mais eficaz, profissional e, muitas vezes, mais artístico.

A utilização de equipamentos fotográficos é de grande importância para se

controlar ou adequar a qualidade da luz. Pois, por meio deles o fotógrafo pode criar

composições sem depender apenas dos efeitos da luz natural. Sendo possível

adequar a luz de acordo com suas expectativas, independente das intempéries e

condições climáticas.

No entanto, para quem deseja aprender a prática fotográfica e/ou para

fotógrafos iniciantes pode ser difícil adquirir equipamentos próprios para estes

trabalhos fotográficos devido ao alto custo. Um difusor de flash, por exemplo, pode

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custar até R$ 200, um softbox R$ 390 e uma ring light até R$ 9.990 (Google Shopping,

março/2018). Sendo assim é possível substituir alguns dos equipamentos e técnicas

por meio de materiais alternativos e garantir o mesmo efeito na imagem final. Dessa

forma, visando compilar algumas sugestões de equipamentos de improviso em um

material acessível aos iniciantes à fotografia, e de fácil entendimento, com o intuito de

explorar o conceito do “Faça você mesmo”, segue a proposta deste estudo.

1.3 OBJETIVO GERAL

Desenvolver um material de apoio com sugestões de como fazer e utilizar

equipamentos para a iluminação fotográfica a partir de materiais alternativos e de

baixo custo, proporcionando aos iniciantes em fotografia aprendizado e

aprimoramento da técnica fotográfica.

1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS — Pesquisar equipamentos e efeitos fotográficos voltados para a iluminação que

podem ser facilmente produzidos manualmente por meio de materiais alternativos e

econômicos;

— Eleger os equipamentos de iluminação fotográfica, para o uso por iniciantes e

aprendizes de fotografia, com base na facilidade de se produzir manualmente;

— Elaborar um manual com o conceito “Faça você mesmo”, a partir do conteúdo

selecionado dos equipamentos e efeitos alternativos de fotografia;

1.5 JUSTIFICATIVA

A prática da fotografia tem se estendido ao alcance de todos por meio de

avanços tecnológicos, iniciando-se com as câmeras Kodak em 1888 (NAME, 2005).

Compacta, leve e de fácil manuseio, a câmera Kodak tornava a antiga e complexa

fotografia acessível a mais pessoas. Pois, a função do fotografo foi facilitada para

atividades mais simples, como enquadrar a cena e apertar o botão.

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Para Name (2005), esta facilidade de acesso às câmeras fotográficas fez com

que qualquer pessoa pudesse produzir suas próprias imagens. No entanto, apesar da

evolução dos equipamentos tecnológicos, há diferenças entre a fotografia profissional

e amadora. Pode-se entender como fotografia amadora, algo único, incomparável,

pois está revestida de significados conferidos por quem nela está envolvido. A

fotografia profissional, seja jornalística ou publicitária, é produzida para gerar efeitos

comunicativos mais objetivos, socialmente significativos e, por isso, podem resultar

em menor vínculo emocional aos indivíduos (NAME, 2005).

Segundo Fabris (2007), construída ou tomada no calor da hora, a fotografia é

vista pela sociedade como a evidência do que aconteceu no momento em que o

operador voltou sua câmara para um determinado referente. Dessa forma, o caráter

testemunhal da fotografia, ainda tão prezado nesse momento em que as tecnologias

da informação apontam para uma desnaturalização crescente do real, parece fornecer

uma âncora a uma sociedade que não consegue romper de vez com a materialidade

do mundo. Assim, assume-se o sentido da visão como prioritário para se crer nos

acontecimentos da sociedade e, com isso, a imagem fotográfica assume grande poder.

Considerando fotografias em modo não automático, existem várias técnicas

responsáveis pela qualidade profissional de uma fotografia, que incluem, além de um

bom enquadramento, a questão da iluminação incidida no assunto e no ambiente, do

tempo de exposição, qualidade do sensor. Para conseguir tais efeitos é necessário

dispor de alguns equipamentos fotográficos que custam certo valor que, muitas vezes,

o iniciante em fotografia não dispõe. E, segundo Guran (2011), “uma fotografia malfeita

é como um texto mal escrito cujo sentido escapa ao leitor”. Em complemento, segundo

Präkel (2007), para os fotógrafos trabalharem com sucesso com a luz, eles precisam

entender sua composição e as regras básicas que seguem, bem como os efeitos que

os equipamentos causam na luz.

Assim sendo, criar um manual que auxilie os iniciantes em fotografia a

improvisar, substituir os efeitos de equipamentos profissionais por meio da construção

de artefatos a partir de materiais alternativos é de grande importância. Pois, além de

reduzir custos para o aspirante a fotografo, é um modo de reciclagem e

reaproveitamento de materiais. E a confecção dos equipamentos auxiliará no

aprendizado de fotografia. Pois é possível entender a importância de cada material

utilizado, quais seus efeitos na qualidade da luz e sua função.

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Existem vários sites e artigos, como, por exemplo, handmadeology

(http://www.handmadeology.com) e Fotographiko (fotographiko.com), que ensinam

alguns projetos DIY, além de fotógrafos que dão dicas de improvisação e de como

conseguir efeitos profissionais com materiais alternativos, como por exemplo, Brandon

Woelfel, por meio de seu perfil no Instagram. Porém, estas dicas e informações estão

dispersos na internet e exigem uma busca por tema.

Criar um material de apoio compilando estes conteúdos e organizando de uma

forma prática e de fácil assimilação por meio de linguagem adequada facilitará ao

interessado no assunto reproduzir vários equipamentos utilizando um único manual.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Nesta etapa do projeto apresentam-se os dados teóricos oriundos da literatura

da área e informações acerca da fotografia na atualidade. Bem como as

características da luz na fotografia e são exemplificados vários equipamentos

fotográficos de estúdio, que serão utilizados como base do manual proposto neste

trabalho.

2.1 A FOTOGRAFIA NA ATUALIDADE

Segundo Veiga (2012), em decorrência do desenvolvimento tecnológico, a

máquina fotográfica tornou-se um bem de consumo de relativa acessibilidade à

população. Cada vez mais acessível economicamente e com uma forma cada vez

mais compacta, a câmera fotográfica deixou de ser item exclusivo de profissionais da

área e está cada vez mais presente na rotina da sociedade.

Fotografias são onipresentes: coladas em álbuns, reproduzidas em jornais, expostas em vitrines, paredes de escritórios, afixadas contra muros sob formas de cartazes, impressas em livros, latas de conservas, camisetas. Que significam tais fotografias? (FLUSSER, 1985, p.22)

Para Fabris (2007), as fotografias podem ajudar a vencer uma guerra ou a

despertar a consciência crítica em relação a ela, porque a sociedade lhes confere o

status de registro da verdade, por acreditar que é a própria realidade que se imprime

na superfície da imagem. Esse poder da fotografia não se perdeu nem mesmo com a

transformação da representação visual a partir da década de 1980.

Embora os avanços tecnológicos na produção de imagens tenham facilitado

o trabalho dos fotógrafos e acelerado a divulgação das mesmas. Fotografar vai muito

além de simplesmente apertar o botão disparador da câmera digital. Atenção à

qualidade da imagem é necessária para que a fotografia consiga transmitir a

mensagem desejada. É preciso estar atento à questões como enquadramento, foco

e, principalmente, iluminação. Visto que “a luz, em termos de linguagem, é um valor

de composição fundamental para a fotografia. Assim como o pintor necessita lidar com

as tintas para compor sua obra, o fotógrafo precisa da luz para registrar a imagem

num plano” (LÜERSEN, 2007).

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2.2. CARACTERÍSTICAS DA LUZ NA FOTOGRAFIA

Segundo Ramalho (2004), a luz é uma onda de radiação eletromagnética, assim

como as ondas de rádio, infravermelho, entre outras. Apesar desta onda ser bem

ampla, apenas uma parte é visível ao olho humano. Dentro do espectro visível, a luz

se mostra como branca, mas, na verdade, é composta por várias cores que possuem

diferentes frequências. Usando um prisma é possível separar estas cores.

A luz é a faixa estreita de radiação eletromagnética à qual o olho humano é

sensível, sendo que não há limites exatos para a faixa de luz visível, pois os indivíduos

diferem. Conforme Präkel (2007), normalmente, os olhos humanos são receptivos a

uma faixa de comprimentos de onda de luz entre 400-700 nanômetros (nm) - um

nanômetro é um milionésimo de milímetro. Mas, há energia radiante acima e abaixo

dos limites do espectro visível: acima do violeta é descrito como ultravioleta, abaixo

do vermelho como infravermelho.

A luz tem três propriedades físicas que interessam ao fotógrafo: amplitude (ou

intensidade), o comprimento de onda ou frequência e o ângulo de vibração (ou

polarização). Em resumo, a intensidade pode ser pensada como o brilho da luz e a

frequência ou comprimento de onda determina sua cor; as mudanças na polarização

são quase imperceptíveis, mas esse fenômeno pode ser manipulado fotograficamente

com filtros polarizadores (PRÄKEL, 2007).

A Figura 1 mostra que a luz branca na verdade é composta de vermelho,

amarelo, verde, azul, anil e violeta.

Figura 1: Luz branca e suas cores.

Fonte: Ramalho (2004, p. 99)

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Quando se trata de fotografia é importante saber como a luz se comporta para

poder utilizá-la de forma correta e obter uma imagem de qualidade. Quando encontra

um objeto a luz pode ter várias ações e direções que variam dependendo das

características deste objeto (RAMALHO, 2004, p. 100).

Na Figura 2 pode-se ver que existem três comportamentos possíveis para a luz.

Os raios luminosos podem ser refletidos (no caso da cor branca), transmitidos ou

absorvidos pelo objeto em que incide.

A luz viaja em linhas retas, e é por isso que existem as sombras. Ela também é

refletida de um espelho ou superfície prateada no ângulo inverso ao qual ela incide.

O conhecimento desses fatos simples permite que os fotógrafos moldem a luz usando

cortadores e refletores. A luz também pode ser dobrada (refratada), o que significa

que pode-se projetar lentes para focar imagens (PRÄKEL, 2007). O comportamento

da luz também depende da superfície do objeto. Quando os raios incidentes refletem

a luz é possível que esta reflexão seja direta, se a superfície for lisa, ou difusa, se a

superfície for irregular (RAMALHO, 2004, p. 100).

Ao pensar em iluminação, nota-se maior referência à iluminação por meio da luz

natural, cuja direção dominante é de cima, ou ocasionalmente de lado, como por

exemplo, no pôr-do-sol. Iluminações vindas de outras direções podem produzir

reações agradáveis ou desagradáveis (ADAMS, 2005). Como por exemplo, a luz de

uma tempestade, pode dar um ar mais dramático a uma fotografia.

Existem dois tipos de luzes, a natural e artificial. A natural basicamente é a luz

do sol e a artificial pode ser subdividida em duas categorias: a luz contínua e o flash.

Segundo Adams (2005), a luz natural normalmente é empregada de modo analítico,

sendo utilizada da forma como se apresenta e ajustando o objeto a luz, para criar o

efeito desejado. No entanto, o fotógrafo não precisa limitar-se à luz solar. Por meio da

Figura 2: Direções e ações da luz.

Fonte: Ramalho (2004, p. 100)

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luz artificial, que pode ser pensada como um processo de síntese, é possível controlar

a quantidade, a qualidade e a direção de acordo com o efeito desejado.

Quanto à qualidade da luz, tem-se a luz dura e a luz difusa. Ao iluminar

artificialmente um objeto a ser fotografado pode-se usar uma luz dura, pontual,

diretamente direcionada para o objeto e a uma distância geralmente menor dele. Em

oposição, pode-se criar efeitos mais sutis ao se utilizar uma luz suave. É o que se

denomina qualidade da luz, isto é, trata-se do tipo de transição entre luz e sombra que

uma fonte de luz pode proporcionar. A transição pode ser suave e gradual, chamada

luz suave, ou brusca, com sombras bem definidas, chamada de luz dura (REGINA,

2009).

Observa-se nas Figuras 5 e 6 a diferença entre luz dura e luz suave, também

chamada de luz difusa. Na Figura 5, a luz dura permite traçar uma linha divisória entre

a parte iluminada e a sombreada. Já na Figura 6, não é possível traçar esta linha, pois

a transição entre luz e sombra é suave e gradual.

Figura 5: Exemplo de luz suave.

Fonte: Regina, 2009.

Figura 6: Exemplo de luz dura.

Fonte: Regina, 2009.

Figura 4: Luz natural.

Fonte: Veloso, 2017.

Figura 3: Luz artificial.

Fonte: Mennezes, 2018.

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De acordo com suas características, a luz tem diferentes usos. Por exemplo, a

iluminação suave é a opção mais utilizada para produzir retratos, pois diminui a

intensidade das sombras e define menor os contornos. Já a luz dura tende a destacar

imperfeições como rugas e manchas do sujeito. Segundo Valind (2014), para produzir

uma luz suave é necessário que a fonte de luz seja tão grande e próxima quanto

possível em relação ao assunto a ser fotografado. Pois a luz precisa espalhar-se

uniformemente em todos os lugares.

Ao fotografar em ambientes externos, o sol se torna a principal fonte de luz. Esta

fonte de luz aparentemente pequena e distante cria sombras muito duras, e é por isso

que poucos gostam de fotografar ao meio dia, porque a luz é difícil e implacável. Isso

ocorre porque as nuvens se tornam a nova fonte de luz, com o sol brilhando através

delas (VALIND, 2014).

Segundo Adams (2005), a luz refletida também pode ser usada como a

principal fonte, e oferece sombras suaves e modelagem suave de características que

podem ser bastante bonitas e, portanto, frequentemente usadas no retrato.

Para Hurter, Biver e Fuqua (2007), a iluminação fotográfica não é apenas uma

arte, mas também uma tecnologia, que pode ser aprendida por qualquer um. Basta

estar atento aos princípios da iluminação. Sendo muito importante para os fotógrafos

saber que recursos utilizar em termos de iluminação, para conseguir o efeito desejado,

prevendo como a luz se comportará em determinada situação. Nesse sentido, a

utilização de equipamentos fotográficos de iluminação assume grande importância.

2.3 EQUIPAMENTOS FOTOGRÁFICOS DE ESTÚDIO

A luz fotográfica é a luz que é gerada especificamente para fins de fotografia

- não é luz natural e não é luz produzida para outros fins (luzes de rua, por exemplo).

Segundo Präkel (2007), a "casa de luz fotográfica" é o estúdio, no qual a luz é dividida

em duas categorias principais: luz contínua e não contínua (flash). A luz contínua é a

mais fácil de trabalhar, pois você pode ver imediatamente o seu efeito, adicionando

ou retirando luzes e controlando as reflexões geradas. Entre as desvantagens da

iluminação contínua pode-se destacara sua baixa potência e o calor que produz.

O flash é a fonte de luz mais poderosa e compacta disponível (Präkel, 2007).

Mesmo minúsculos flashes de energia de bateria em câmeras compactas são capazes

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de iluminar um grupo de minúsculos flashes de energia de bateria em câmeras

compactas são capazes de iluminar um grupo de pessoas de tamanho razoável. A

fotografia com flash pode muitas vezes ter a "aparência de flash", com objetos brancos

em primeiro plano e fundos escuros; o uso de difusores ou o flash refletido nas

superfícies adjacentes ajuda a melhorar a qualidade da luz.

Para obter imagens de qualidade é importante dispor de equipamentos que

facilitam o trabalho do fotógrafo. Como por exemplo, um tripé, em caso de fotos que

exijam longa exposição, ou vários aparatos de iluminação, que proporcionam efeitos

diversos, tais como difundir, rebater ou refletir a luz. No entanto, adquirir todos estes

equipamentos pode requerer certo valor monetário que um fotógrafo iniciante pode

não dispor, tendo em vista já o valor despendido com a câmera fotográfica e as

objetivas.

Segundo Präkel (2007), a iluminação de estúdio não é apenas um capricho

ou fantasia, mas é usada para revelar ou, às vezes para esconder, as linhas, formas,

espaços, texturas, luzes e cores. Estes são os elementos formais da composição

fotográfica. É importante que o fotógrafo tenha alguma compreensão do que está

tentando alcançar com a iluminação antes de colocar uma luz sobre o assunto. O

controle que o fotógrafo tem sobre a luz no estúdio diz respeito não apenas à direção

e ao número de fontes de onde ele vem, mas à qualidade dessas fontes. A qualidade

é uma combinação de coisas, como a temperatura da cor e a qualidade das sombras

que cria; se é uma fonte difusa que lança sombras suaves ou uma fonte pontual que

lança sombras duras.

A iluminação é a base da fotografia, sendo assim, optou-se pela escolha de

projetos de acessórios fotográficos relacionados à iluminação. Lista-se abaixo alguns

aparatos, bem como sua função e demais informações a respeito de custos

financeiros.

2.3.1 Lightbox

A lightbox, ou caixa de luz, é utilizada para fotografar produtos pequenos como

joias, celulares, garrafas, entre outros. Ela é basicamente uma caixa com fundo infinito,

e que recebe luz das laterais e de cima. Pois, ao receber iluminação de vários ângulos,

elimina-se as sombras sob o objeto. Fazendo com que todos os seus detalhes sejam

captados pela câmera, bem como textura e volume. Também conhecidos como mini

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estúdios, podem ser encontrados na internet por preços que variam de R$ 80 a R$ 800,

segundo pesquisa no Google Shopping em março de 2018. São feitos de materiais

plásticos, com tamanhos que variam entre 23cm² e 60cm², e possuem luz de LED

acoplada. Alguns modelos mais caros, porém, são feitos em tecido translúcido e

acompanham iluminação e mini tripé. Na figura 7 temos um exemplo de lightbox que

pode ser adquirido pela internet.

Figura 8: Foto publicitária feita no mini estúdio.

Fonte: Thomasi, 2014.

O mini estúdio é muito usado para fotografia publicitária de pequenos produtos,

e pode ser uma ótima opção para empreendedores que possuam um e-commerce e

não querem gastar contratando fotógrafos profissionais, pois com as fotografias na

lightbox pode-se captar melhor os detalhes e características do produto, produzindo

imagens com maio qualidade e apelo comercial, como pode-se observar na Figura 8.

Além da economia, outra vantagem é a praticidade, pois seu tamanho é compacto e

pode ser transportado e utilizado em qualquer lugar.

Figura 7: Mini estúdio portátil.

Fonte: Grito, 2017.

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2.3.2 Difusor de flash

Para transformar uma luz dura em uma luz suave é necessário ampliar a fonte

de luz. Quanto maior a fonte mais suavidade entre luz e sobra. Quando a fonte é

pequena é necessário utilizar um acessório que espalhe a luz sobre o motivo que está

sendo fotografado. Por reduzir as sombras, este tipo de iluminação é indicado para

retratos em geral e em fotografias de produtos. É uma luz que revelará os detalhes do

que está sendo fotografado (HURTER, 2011). No caso de trabalhos ao ar livre, as

nuvens servem como material de difusão da luz irradiada do sol. No caso de luz

artificial, também há truques como difusores para flash.

Existem vários difusores disponíveis no mercado, cada um com sua

particularidade e preços variados. Em geral são fabricados em material plástico,

branco, translúcido e tem função de espalhar a luz, com sombras bem pouco definidas

e criando efeitos mais suaves. O valor médio deste acessório está entre R$18,00 e

R$200,00, de acordo com pesquisa no site Google Shopping realizada em março de

2018.

Na Figura 9, há um exemplo de difusor de flash (já acoplado no flash),

produzido em material plástico, com custo médio de R$ 30, segundo o Google

Shopping. Na Figura 10 pode-se observar que a imagem feita sem o uso do difusor

possui sombra mais definida. Já a figura feita com o uso do difusor possui sombra

mais suave.

Figura 9: Difusores de flash.

Fonte: Hurter (2011).

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Figura 10: Imagem da direita sem difusor e da esquerda com difusor.

Fonte: Delphim, 2016.

2.3.3 Difusor Gridspot

Gridspot, ou grade, também chamado de difusor colmeia, é um acessório

usado no flash para controlar a quantidade de luz. Com este equipamento é possível

concentrar a luz em um ponto específico, podendo assim dar ênfase a certo detalhe

da foto. O valor deste item varia entre R$ 25,90 e R$ 216, de acordo com pesquisa no

site Google Shopping no período de março de 2018.

Quando o flash dispara através da grade, a propagação dos raios de luz é

limitada. O efeito que se obtém é muito semelhante ao efeito alcançado por um outro

acessório de iluminação chamado snoot, mas a luz é mais controlada e realmente

atinge uma superfície pequena. Muitas vezes, a intenção em usar o gridspot é para

evitar o derramamento de luz quando a iluminação em volta ao assunto fotografado já

está configurada (DIY PHOTOGRAPHY, 2007). Na Figura 11 há um exemplo de

difusor gridspot para ser acoplado no flash da câmera fotográfica.

Figura 11: Imagem do difusor Gridspot.

Fonte: Hurter, 2011.

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Na Figura 12 pode-se observar o efeito do gridspot. Na imagem da esquerda

a luz incide sobre um ponto principal, deixando mais áreas sombreadas, ou seja, a

iluminação se concentra em um ponto principal, demonstrando o efeito do uso do

gridspot. Já na imagem da direita, cuja foto foi captada sem o uso do gridspot, a

iluminação está difundida de forma mais homogênea, não enfatizando nada em

especial.

Figura 12: Foto à direita sem gridspot; foto com gridspot.

Fonte: Mascarenhas, 2015.

Percebe-se, então, que o uso do gridspot se dá para iluminar partes

específicas do assunto fotografado, enfatizando partes da composição fotográfica em

detrimento de outras.

2.3.4 Rebatedores para flash

Para evitar que a luz do flash fique muito “estourada” (“Quando um

histograma mostra pixels nos extremos da escala de luminosidade, quer dizer que os

detalhes que existiam nessas áreas foram perdidos, e estas ficaram sem informação”

(CURTIN, 2007)), e assim preservar melhor as características do objeto que está

sendo fotografado, é importante não disparar o flash diretamente. Sendo assim, usa-

se superfícies brancas refletoras para direcionar a luz ao assunto (VALIND, 2014).

Essas superfícies refletoras podem ser um simples cartão branco acoplado ao flash,

ou mesmo uma parede branca no lado oposto ao objeto/sujeito, proporcionando uma

luz de preenchimento. O valor deste acessório varia entre R$ 14 e R$ 92, de acordo

com pesquisa no Google Shopping, no período de abril de 2018.

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Figura 14: Foto à direita sem o rebatedor; foto a esquerda com rebatedor.

Fonte: Escola Focus, 2004.

Na Figura 13, apresentam-se exemplos de rebatedores e difusores. Embora

variem quanto ao tamanho e formato, possuem a mesma função: transformar a luz

intensa do flash em luz suave sob o objeto. Na Figura 14 observamos a diferença

entre uma imagem feita com o uso do rebatedor e outra sem o uso. Na imagem sem

o uso do acessório há sombras mais definidas e a pele da modelo apresenta ao

mesmo tempo áreas claras e escuras. Já com o uso do rebatedor a imagem é mais

uniforme e sem contrastes bruscos entre luz e sombra.

2.3.5 Softbox

A softbox, como o nome em inglês diz, é uma caixa de luz que tem função de

suavizar a iluminação. Fornecem uma luz muito suave que imita a luz da janela

brilhante, mas não a luz do sol, gerando sombras suaves que minimizam a textura

Figura 13: Rebatedores e difusores.

Fonte: Hurter (2011).

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(PRÄKEL, 2007). A superfície frontal da caixa é coberta por um tecido translúcido. Os

lados são pretos no exterior e brancos no interior. A maioria é quadrada ou retangular

e variam em tamanho. O valor deste acessório varia entre R$ 178 e R$ 390, de acordo

com pesquisa no Google Shopping em abril de 2018.

Os softboxes são o meio ideal para colocar muita luz difusa em uma área

controlada e fornece um controle muito mais preciso sobre a luz do que os guarda-

chuvas. Algumas softboxes aceitam várias cabeças de flash para obter energia e

intensidade de iluminações adicionais (HURTER, 2011).

A Figura 15 traz um exemplo do uso da softbox em estúdio para fotografia

de modelos, nota-se que a dimensão alongada da softbox é para difundir a luz de

forma homogênea em todo o assunto fotografado.

Figura 16: à direita sem softbox; à esquerda com softbox.

Fonte: Clay, 2011.

Na Figura 16, nota-se uma iluminação mais dura, com contrastes bem

definidos entre luz e sombra. Além da luz sobre o rosto da modelo ressaltar marcas

de expressão. Com o uso da softbox, a modelo aparece mais iluminada, com

contrastes suaves entre luz e sombra e maior definição de detalhes da imagem.

2.3.6 Ring light

Inicialmente o ring light (anel de luz) foi projetado para criar um círculo de flashes

ao redor da lente para iluminar assuntos macrofotográficos. Porém, atualmente é

amplamente usado para retratos e trabalhos de moda. Pois, ilumina o rosto do

indivíduo sem deixar sombras (HURTER, 2011). O ring light é montado diretamente

Figura 15: Softbox.

Fonte: Hurter, 2011.

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no corpo da câmera usando o suporte do tripé. Sua lente passa pelo centro do flash.

O valor deste acessório varia entre R$ 149 e R$ 990, de acordo com pesquisa no

Google Shopping em abril de 2018.

Como pode ser visto na Figura 17 o ring light é um equipamento com luz

circular. É posicionado em volta da câmera, de modo que o objeto seja iluminado de

forma homogênea, sem o aparecimento de sombras.

Na Figura 18 se vê que a imagem sem o uso do ring light (a da esquerda)

tende a ser mais escura, com mais sobras sobre o rosto da modelo, menos detalhes

e cores pouco definidas. Já com o uso do ring light (imagem da direita) é possível

perceber melhor aspectos como a maquiagem da modelo. As sombras são suaves e

percebe-se no olho da modelo um círculo de luz, reflexo característico deste

equipamento de iluminação.

Figura 18:à direita sem ring light; à esquerda com ring light.

Fonte: Figueiredo, 2014.

Figura 17: Ring Light.

Fonte: Google Shop, 2018.

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Como é possível notar, equipamentos fotográficos são artigos que demandam

certo investimento. Embora, existem várias faixas de preço, adquirir todos os

equipamentos requer um bom montante financeiro inicial. A falta de equipamentos

para modificar a qualidade da luz é uma desvantagem para os fotógrafos, pois

prejudicam os efeitos pretendidos finais na fotografia. No entanto, com um pouco de

criatividade é possível superar este obstáculo.

Segundo Hurter, Biver e Fuqua (2007) é possível fazer um bom trabalho

fotográfico, mesmo não possuindo equipamentos próprios de iluminação. Caso o tema

não possa ser fotografado ao ar livre, a iluminação de uma janela pode ser a fonte de

luz. Ou então basta usar a imaginação por meio de ferramentas baratas como pano

branco, papel preto, folha de alumínio, que podem ser tão eficazes quanto

equipamentos profissionais.

2.4 “DIY” – Faça você mesmo

Para superar a questão da falta de recursos financeiros, é possível recorrer a

uma alternativa mais econômica e caseira conhecida como “DIY”, abreviação de “Do

it Yourself”, em português “Faça você mesmo”.

A cultura DIY é caracterizada pela rejeição de uma cultura popular mainstream,

sofisticada e super produzida. Ao propor a autonomia do “faça você mesmo” defende-

se a ideia que não é preciso superar problemas pagando alguém para resolvê-los. O

DIY afirma que você o próprio indivíduo pode criar, desenvolver e adaptar produtos

culturais, executando diferentes tarefas sem precisar da ajuda de um especialista.

Explorando o princípio que se você pode fazer algo com mais criatividade e identidade

do que se buscasse uma solução especializada e padronizada (VAZ; NUNES, 2015).

O DIY engloba uma série de atividades tanto como reparação e remodelagem

quanto como criação de seus próprios bens de consumo. Fazendo surgir uma visão

diferente da relação entre consumidores e produtos. Segundo Wolf e McQuitty (2013),

a motivação dos adeptos desta prática está relacionada principalmente em benefícios

econômicos, mas também pela falta de produtos que atendam às necessidades

específicas dos consumidores. Sendo que neste caso, objetos que foram projetados

para um fim, acabam sendo utilizados para sanar outras necessidades.

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A própria história da fotografia começa a partir da adaptação de um objeto antes

usado por pintores. A câmera obscura, muito utilizada por Leonardo Da Vinci, foi criada

em 1558, sendo constituída por uma caixa dotada de um orifício, deixando entrar luz

por um dos lados, e reproduzindo a imagem do lado oposto. Aos poucos esta invenção

foi sendo aperfeiçoada até o surgimento da primeira câmera fotográfica, na qual a

imagem reproduzida, que antes era decalcada pelo artista, passou a ser captada por

um material fotossensível (ENCICLOPÉDIA ITAÚ CULTURAL, 2017).

A câmera escura com material fotossensível também é chamada de pinhole, e é

um método alternativo de se produzir fotografias. Podendo ser criada por meio de

poucos materiais encontrados em casa, como, por exemplo, uma lata de leite. Além

da pinhole outros equipamentos e acessórios fotográficos também podem ser

produzidos de forma caseira com materiais alternativos. Como é a proposta desse

estudo com equipamentos voltados à iluminação fotográfica.

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3 METODOLOGIA

Iniciou-se este trabalho pela pesquisa de referências bibliográficas, por meio

de textos acadêmicos e científicos referentes ao tema fotografia, desde fundamentos

teóricos a conceitos técnicos. Em seguida, por meio de coleta de dados de fontes

secundárias, verificou-se a disponibilidade de projetos de equipamentos fotográficos

com materiais alternativos e de baixo custo. Na pesquisa, foram encontrados

disponíveis várias opções de equipamentos feitos com os mais diversos materiais.

Existem vários sites, entre eles Handmadeology (www.handmadeology.com),

Fotographiko (fotographiko.com) e Bored Panda (www.boredpanda.com), com dicas

de como criar seu próprio equipamento e também truques que podem melhorar as

fotos, por meio de diversos efeitos. Além disso, também é possível encontrar diversos

vídeos em canais da rede social de compartilhamento de vídeos YouTube

(www.youtube.com.br) ensinando passo-a-passo cada montagem.

Devido a imensa gama de opções, foram selecionados apenas projetos

voltados à iluminação fotográfica para serem primeiro executado pelo pesquisador e

depois testados, baseando-se no objetivo de desenvolver um manual que apresente

sugestões de fácil reprodução, com resultados efetivos e baixo custo financeiro para

principiantes na atividade fotográfica.

Dado que a iluminação é um fator preponderante e com várias nuances na

fotografia, os itens selecionados para compor o manual “Faça você mesmo” foram:

Suporte para iluminar objetos transparentes; Lightbox; Difusor de flash; SoftBox; Ring

Light; Lightbox embutido na câmera para fotografia macro; Rebatedores para flash e

Difusor gridspot. Todos esses equipamentos utilizam materiais simples e de baixo

custo para sua confecção, que o público-alvo poderá ter em casa ou adquirir por um

baixo valor monetário, como papelão, papel alumínio, sulfite, cano PVC, etc.

Após a fase teórica, que culminou com as escolhas dos equipamentos para a

composição do manual, iniciou-se a fase empírica, por meio da realização de

entrevistas com fotógrafos profissionais da área e pela execução dos projetos

selecionados, a fim de testar sua eficiência. Os projetos aprovados e realizados foram

fotografados passo-a-passo de modo a constituir um manual instrutivo e de fácil

replicabilidade.

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As entrevistas semi estruturadas realizadas com três fotógrafos profissionais

da cidade de Curitiba – PR tiveram como objetivo investigar a importância da

iluminação e de equipamentos de iluminação para a prática fotográfica, se há o uso

de equipamentos de iluminação de forma improvisada também entre profissionais de

fotografia. Além de abordar a relação entre as fotografias com equipamentos

profissionais e semiprofissionais versus as fotografias de smartphones.

Com as informações já estabelecidas iniciou-se o processo de metodologia

para o projeto gráfico do manual. Optou-se por um estilo de design com cores mais

neutras e menos rebuscado. Possibilitando destaque maior as características das

fotografias. Criou-se opções de layout para a capa e as páginas e selecionou-se as

opções mais pertinentes. Em seguida buscou-se cores e fontes apropriadas ao projeto.

Definidas as características visuais do projeto, criou-se o manual utilizando Photoshop

e Corel Drawn. Após a criação, o material foi submetido a avaliação de professores

da área de design e fotografia e corrigido de acordo com as orientações. Por último, o

manual foi testado com alunos de fotografia da UTFPR, Campus Curitiba, afim de

averiguar a compreensão do material por parte do público alvo. Sendo feitas novas

alterações de acordo com as observações dos alunos.

Pode-se observar na Figura 19 o esquema visual que ilustra as várias etapas

da criação do projeto deste manual.

Figura 19: Gráfico com etapas do processo de criação do manual.

Fonte: Autora, 2018.

3.1 ENTREVISTA COM FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS Para averiguar a relevância deste projeto realizou-se uma entrevista com alguns

fotógrafos que trabalham com fotografias de estúdio e para eventos, como casamento.

Pois, nestas modalidades, há maior uso de recursos e equipamentos de iluminação

artificial.

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Foram entrevistados três fotógrafos que trabalham com fotos de eventos e fotos

de estúdio. Ricardo Almeida, além de fotos jornalísticas, trabalha especialmente com

fotos sobre gastronomia. Sergio Silvestre, trabalha com fotos de moda e nu artístico.

Mario Ohashi realiza fotos de casamento e eventos. Os três atuam em Curitiba e

região, e utilizam truques e acessórios para melhorar a qualidade fotográfica.

Por meio deste questionário semi estruturado, que pode ser verificado no

apêndice deste trabalho, buscou-se entender qual a importância dos diversos

equipamentos de iluminação na atuação do profissional, bem como a utilização de

improvisações com materiais alternativos. Além de verificar como estes profissionais

enxergam o futuro da fotografia profissional diante do crescente desenvolvimento

tecnológico de smartphones proporcionando cada vez mais recursos fotográficos na

palma da mão.

Para Ricardo Almeida, o fotógrafo profissional precisa se aprimorar para

acompanhar a evolução tecnológica do mercado. Utilizando tanto flash como luz

contínua, ele busca valorizar o produto reduzindo custos de finalização da imagem

com o Photoshop. Além de utilizar vários truques na hora de fotografar. Almeida

aponta ainda o alto custo de equipamentos para estúdio. “Pode-se gastar em torno de

R$ 500.000,00 em equipamentos fotográficos de vários formatos e iluminação.”

Segundo Mario Ohashi, as evoluções tecnológicas dos smartphones não reduz

ou limita o trabalho do fotógrafo profissional.

O público amador pode hoje ter acesso aos mesmos equipamentos que os profissionais, mas o conhecimento e o olhar fotográfico é um processo que advém ao longo de uma caminhada de muitos anos. O esforço e o trabalho para ser fotógrafo hoje é tão complexo quanto era há algumas décadas atrás na fotografia analógica (MARIO OHASHI, 2018).

Ohashi utiliza Flash dedicado na câmera em TTL, fora da câmera em manual

com disparo remoto e LED portátil. E acredita que para criar boas imagens é

necessária uma luz bem posicionada. Por meio da manipulação da luz, Ohashi busca

criar um efeito único, capaz de ser identificar a foto como sendo de sua autoria.

Para Ohashi, “o que faz um fotógrafo não é o preço do equipamento”, mas a

qualidade do equipamento utilizado pode influenciar na qualidade da imagem, e o

custo desta qualidade pode girar em torno de R$ 6.000,00. No entanto, admite utilizar

truques e improvisos na hora de fotografar, para ele: “Fotógrafo = Traquitana. Acho

que todo fotógrafo faz algum tipo de gambiarra para conseguir boas fotos”.

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Sobre o futuro da fotografia profissional, Ohashi acredita que “é um mercado em

expansão, cada vez mais as pessoas consomem fotografia e contratam fotógrafos

profissionais”. Porém, o ponto negativo a esta expansão pode ser a desvalorização

do profissional devido ao fácil acesso a equipamentos fotográficos.

Para Sergio Silvestri, o fotógrafo pode utilizar equipamentos de acordo com suas

necessidades, sem necessariamente desembolsar altos valores. Para tanto, sempre

recorre a truques e materiais alternativos para improvisação na hora de trabalhar.

Além disso, Silvestri não vê nos smartphones nenhuma ameaça ao trabalho do

profissional que utiliza câmeras convencionais. Pois, segundo ele, “fisicamente, ainda

não tem como se colocar sensor full frame num celular. O celular interpola os pixels.

A imagem é boa pro celular e algumas mídias sociais.”

Por meio desta abordagem com entrevistas pode-se concluir que fotógrafos

profissionais, que utilizam equipamentos profissionais, também recorrem à improvisos

com materiais alternativos para captar uma imagem de qualidade. E embora, os

smartphones tenham ganhado cada vez mais recursos fotográficos, ainda não podem

substituir o trabalho de um profissional. Pois, além de seus recursos serem limitados

em relação aos equipamentos criados especificamente para fotografia, não podem

substituir o olhar fotográfico do profissional, adquirido através de suas experiências.

Uma grande quantidade de projetos DIY relacionados à fotografia pode ser

encontrada atualmente. Desde equipamentos e acessórios bem como técnicas

simples que podem criar efeitos fotográficos como bokeh, filtros e sombras. Dentre

estes, foram selecionados para este trabalho projetos de acessórios e equipamentos

relacionados à iluminação, por ser o foco central das regulagens da câmera fotográfica

permitir a abertura e exposição à luz desejada e pela possibilidade de garantir fotos

de qualidade com baixo custo. No capítulo seguinte descreve-se o conteúdo

selecionado para compor este manual.

3.2 COLETA DE DADOS: SELEÇÃO DE CONTEÚDO PARA O MANUAL

Nesse item são apresentados alguns dos dados analisados para a criação do

manual “Faça você mesmo”, comprovando-se a popularidade e a viabilidade de

tutoriais que asseguram a reprodutibilidade pelo público e a efetividade para a

atividade fotográfica. Será observado que soluções aparentemente simples e

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econômicas resultam em efeitos semelhantes aos equipamentos de iluminação

fotográficos profissionais.

O foco do manual está em soluções econômicas e possíveis de serem feitas

pelos próprios interessados na área para a iluminação da fotografia. Na sequência

descreve-se parte dos temas escolhidos para o Manual “Faça Você Mesmo”.

3.2.1 Objetos Translúcidos

Segundo Adams (2005), quando a luz atinge uma superfície pode ser

transmitida através dela, absorvida ou refletida. No caso de superfícies transparentes

ela é transmitida. Já no caso de superfícies translúcidas, como um acrílico branco ou

um papel de seda, a transmissão de luz tende a ser menor. Ao fotografar uma taça de

vinho, por exemplo, o fato do líquido ser translúcido e estar contido em um recipiente

transparente faz com que a cor do fundo em que se está fotografando interfira na cor

real do vinho.

Para Präkel (2007), translucidez significa passar luz. Ao contrário de um objeto

transparente que passa tanto pela energia da luz quanto por uma imagem coerente,

um objeto translúcido passa a energia da luz, mas fragmenta ou difunde a imagem. A

água transparente adquire uma aparência espumante e leitosa quando fotografada

com uma exposição maior que 1/4 segundo (s). O fluxo é aparente, mas os reflexos e

bolhas individuais se fundem em um borrão. O fumo e o vapor têm qualidades

semelhantes quando tratados com exposições longas e, mais do que a água, podem

parecer estar internamente acesos. Quando a luz brilha em um objeto translúcido -

uma pedra semipreciosa lapidada, por exemplo - os reflexos da superfície tendem a

desviar a atenção da luz que passa e se difunde dentro do objeto. Para enfatizar essa

qualidade no estúdio, é melhor direcionar a luz para o objeto e iluminar a superfície

separadamente.

Ao fotografar uma taça de vinho, por exemplo, o fato do líquido ser translúcido

e estar contido em um recipiente transparente faz com que a cor do fundo em que se

está fotografando interfira na cor real do vinho. Assim, para que essa interferência não

ocorra é necessário inserir luz onde não há para que a parte de trás da taça também

seja iluminada, como pode ser observado na Figura 19 Porém, segundo o site

Handmadeology (2011), é possível fazer um aparato para iluminar um elemento

translúcido utilizando poucos materiais.

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3.2.2 Softbox

Algumas questões relacionadas a iluminação fotográfica podem ser resolvidas

de forma simples. Como exemplo, a Figura 20 mostra que utilizar uma sacola plástica

branca em frente ao flash ajuda a suavizar a luz. E o resultado da utilização deste

simples material é uma grande diferença em relação a foto tirada apenas com a luz

do flash sem modificação. O flash sozinho deixa a imagem mais clara, com cores

distorcidas e sombras projetadas atrás do modelo. Porém, com o uso da sacola as

cores parecem mais quentes, as sombras suaves e um aspecto mais tridimensional.

Figura 20: Imagem da esquerda sem iluminar atrás.

Imagem da direita com iluminação atrás do objeto.

Fonte: Handmadeology (2011)

Figura 21: Sacola para suavizar a luz do flash.

Fonte: Greta J. (2018).

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3.2.3 Difusor

No entanto, se preferir um acessório que limite a passagem de luz, é possível

produzir um gridspot utilizando apenas papelão microondulado, ou criar versões um

pouco mais duráveis em plástico. Devido as microondulações do papelão é possível

fazer uma grade apenas recortando e colando pedaços de papelão que podem ser

fixados ao flash por meio de elástico (Figura 22). Outra opção é juntar pedaços de

plástico polionda (Figura 21). O efeito é o mesmo, o que varia é a durabilidade do

material.

Figura 23: Gridspot feito de papelão.

Fonte: Strobist.

3.2.4 Rebatedor

Rebatedores quando não estão disponíveis podem ser substituídos por uma

simples carta branca de baralho – PVC flexível - (Figura 23) que pode ser anexada ao

flash com um elástico. Ou podem ser criados utilizando plástico ou papel branco

(Figura 24) anexados ao flash. O importante no caso dos rebatedores é a superfície

ser branca, de modo a refletir a luz do flash incidida sobre ela.

Figura 22: Gridspot feito de plástico polionda.

Fonte: Tirosh (2007)

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3.2.5 Ring Light

Equipamentos um pouco mais complexos de executar como o ring light

também podem usar diferentes materiais, de acordo com a disponibilidade financeira

e a durabilidade desejada. O ring light é um equipamento muito utilizado para retratos,

fotos de produtos e para a produção de vídeos. Pois seu efeito é uma luz suave sem

sombras, capaz de evidenciar cores e detalhes (500PX). É possível produzi-lo

utilizando madeira e lâmpadas (Figura 25) ou, numa versão mais barata e menos

durável, com papelão e luzes pisca-pisca (Figura 26).

Concluída a seleção do conteúdo do manual, segue-se a etapa de análise de

similares. Para identificar as características de outros manuais que possam ser

aproveitadas para este projeto, levando em conta as características do público-alvo

definido. Bem como a mensagem que se deseja transmitir a este público.

Figura 25: Carta de baralho como rebatedor.

Fonte: Tirosh, 2007.

Figura 24: Rebatedor feito com acetato.

Fonte: Simxer, 2018

Figura 27: Ring Light feito em madeira.

Fonte: 500 px., 2018

.

Figura 26: Ring Light feito em papelão.

Fonte: Soares (2015).

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3.3 ANALISE DE SIMILARES

Algumas características devem ser observadas na elaboração deste manual: a

princípio a ideia era produzir um material em formato digital, pois propicia o alcance

de maior número de interessados e pode ser acessado de qualquer lugar a partir de

smartphones. No entanto, após análise de professores da área, optou-se por um

material físico para ser utilizado pelos professores de fotografia em sala de aula. O

layout precisa ser simples e agradável; é necessário a utilização de imagens que

facilitem a compreensão e a utilização de pouco texto, para tornar a leitura mais

interessante e dinâmica.

Para definir o layout do manual foram feitas análises de similares com alguns

manuais encontrados na internet. Muitos manuais de fotografia foram encontrados,

porém, para esta análise optou-se por usar manuais que abordem a técnica de passo-

a-passo do “Faça você mesmo”, independente do tema ser ou não fotografia.

3.3.1 DIY SPEAKERS MANUAL

O primeiro similar analisado é o DIY SPEAKERS MANUAL (2011), um manual

digital que ensina como fazer seu próprio alto-falante. A capa do livro possui layout

simples, usando apenas preto e branco e o desenho de uma placa com circuitos. O

minimalismo, utilizado tanto na capa como nas páginas, proporciona clareza no

entendimento e absorção das informações, e ao mesmo tempo o torna elegante.

Figura 28: Capa do Manual DIY Speakers Manual, 2011.

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As páginas internas apresentam imagens claras e de fácil leitura, acompanhadas

de textos simples e curtos. Porém, não há nenhum elemento que dê unidade ao

manual, bem como não há numeração nas páginas. Além da disposição das imagens

e suas respectivas descrições serem muito lineares, tornando o documento maçante.

Por outro lado, a inserção de setas e indicativos nas imagens facilita a compreensão

do passo-a-passo. A utilização de tipografia sem serifa facilita a leitura, além de

grandes áreas de respiro que tornam a leitura mais fluida e menos cansativa. Porém

a organização das imagens e textos no grid torna a leitura menos dinâmica e

interessante.

Figura 30: Páginas internas. Fonte: DIY

SPEAKERS MANUAL, 2011.

3.3.2 Guia Prático de Fotografia Pinhole O segundo similar analisado foi o Guia Prático de Fotografia Pinhole. Por se

tratar de um manual voltado para fotografia a utilização de uma imagem fotográfica

que abrange toda a capa torna-se interessante. Além de tipografia bem legível e

harmonia na escolha das cores em contraste com a imagem.

Figura 29: Páginas internas.

Fonte: DIY SPEAKERS MANUAL, 2011.

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Há unidade entre a capa e as demais páginas do arquivo por meio de elementos

como a barra horizontal utilizada na extremidade inferior da imagem, bem como a

fonte e as cores. O autor optou por utilizar cores diferentes para cada seção, no

entanto a unidade do projeto foi mantida na utilização da barra horizontal, na fonte e

na utilização de imagens que preenchem toda a página inicial de cada seção.

Neste guia há a utilização de textos muitos longos, o que se justifica devido ao

autor explicar tanto sobre a história da fotografia, quanto sobre como funciona a

fotografia. No entanto, no manual que será resultado deste projeto não será utilizado

textos extensos. Já a utilização de sketches para auxiliar na compreensão pode ser

muito útil para este manual.

Figura 31: Capa Guia Fotografia Pinhole.

Fonte: Soares, 2016.

Figura 33: Página Sumario - Guia

Fotografia Pinhole. Fonte: Soares, 2016.

Figura 32: Página 8 - Guia Fotografia

Pinhole. Fonte: Soares, 2016.

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3.3.3 MANUAL DE COMO ILUMINAR

O terceiro material analisado é o Manual de Como Iluminar (Rodrigues, 2017),

que traz informações sobre como produzir cada tipo de iluminação artificialmente: luz

frontal, luz lateral, luz dura, luz suave, low key, high key e contraluz. Além de descrever

os equipamentos que podem ser utilizados para iluminação fotográfica e suas funções.

Figura 34: Capa Manual de Como Iluminar.

Fonte: Rodrigues, 2017

Este manual utiliza cores neutras, branco e preto e tons de cinza, além de fontes

sem serifa e grande área de respiro em seu design, que pode ser classificado como

pertencente ao estilo minimalista escandinavo.

Figura 35: Página 17 do Manual de Como Iluminar.

Fonte: Rodrigues, 2017.

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A utilização de blocos de texto não muito extensos facilita a leitura e

entendimento por parte do leitor. Além de enriquecer o design do manual com a

utilização de molduras e ícones para cada equipamento citado no manual.

Figura 36: Página 27 do Manual de Como Iluminar.

Fonte: Rodrigues, 2017.

A utilização de ícones para demonstrar a utilização de cada equipamento (Figura

35) facilita o entendimento do leitor e ao mesmo tempo reduz a utilização de longos

textos explicativos. Valorizando o design e tornando seu conteúdo acessível e de fácil

compreensão.

Figura 37: Página 28 do Manual de Como Iluminar.

Fonte: Rodrigues, 2017.

Por meio da oposição entre branco e preto (Figura 36), a autora reforça a ideia

de sombra e luz, que é o tema do manual. Proporcionando uma boa solução de design

e enfatizando o conceito do material. Porém, como se trata de um material de

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fotografia, talvez os exemplos de cada tipo de iluminação pudessem ter maiores

dimensões. Facilitando ao leitor observar melhor os detalhes de cada exemplo.

3.3.4 Use Este Diário Se Quer Tirar Fotos Incríveis

A quarta opção analisada foi o livro intitulado “Use Este Diário Se Quer Tirar

Fotos Incríveis” (Carroll, 2015). Embora não utilize o método passo-a-passo, esta obra

destaca-se por sua criatividade e interação. A capa é minimalista, utilizando apenas

duas cores sólidas, junto a fontes sem serifas, facilitando a leitura.

A disposição das páginas internas é bem interessante, contrabalançando texto

em uma página e imagem na outra. Proporcionando equilíbrio e beleza ao layout.

Além, do visual limpo e minimalista presente nas páginas, destaca-se também a

utilização de texto na vertical como marcação do tema de cada capítulo.

Figura 38: Capa Use Este Diário para tirar fotos Incríveis.

Fonte: Carrol, 2015

Figura 39: Página 75 - Use Este Diário para tirar fotos Incríveis.

Fonte: Carrol, 2015.

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Porém, o fator mais interessante da obra está na utilização de recursos de

interação junto ao leitor. Como o próprio título se refere, este livro pretende não

apenas informar e auxiliar o aprendizado, como também servir como diário fotográfico.

Propõe-se ao leitor que anexe suas fotografias tiradas em relação a cada assunto de

que trata o livro, podendo assim acompanhar seu próprio progresso.

Avaliando os similares podemos elencar como pontos positivos a utilização de

textos curtos e objetivos. Bem como a utilização de recursos interativos e imagens

claras, sem poluição visual. Quanto aos pontos negativos, a utilização de cores muito

vibrantes ou pouca utilização de cores. Um dos exemplos também utilizou texto em

excesso.

Figura 40: Página 99 - Use Este Diário para tirar fotos Incríveis.

Fonte: Carrol, 2015

Figura 41: Página 34 e 35 - Use Este Diário para tirar fotos Incríveis.

Fonte: Carrol, 2015

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Após análise de similares optou-se pela utilização de estilo com cores mais

neutras, textos curtos, fontes básicas para os textos, porém, com fontes mais

rebuscadas para os títulos.

No capítulo seguinte apresenta-se o conteúdo do manual. Contendo o passo-

a-passo de cada projeto bem como sua função, os materiais necessários e o gasto

aproximado para criar o aparato. Foram selecionados para este manual os seguintes

projetos: fotografando objetos translúcidos; lightbox; softbox; ring light; rebatedor de

flash; difusor de flash e difusor gridspot.

3.4 MANUAL “FAÇA VOCÊ MESMO SEU EQUIPAMENTO FOTOGRÁFICO” Para que o manual proposto esteja adequado ao público-alvo é necessário

seguir alguns procedimentos metodológicos, como a definição de quem é o público-

alvo e qual o conceito do projeto. Bem como desenvolver etapas de análise de

similares, geração de alternativas, escolha de layout, tipografia, diagramação, etc.

Para a definição de público-alvo usou-se como base uma pesquisa feita por

Rodrigues (2017) acerca dos alunos de Bacharelado em Design e Tecnologia em

Design Gráfico da UTFPR. Pois, embora, este manual possa ser utilizado por qualquer

pessoa que deseje iniciar a atividade fotográfica, é necessário delimitar o público para

que a comunicação seja mais eficiente. E, portanto, a escolha deste público é

pertinente pelo fato dos alunos destes cursos tenham em sua grade curricular

disciplinas de fotografia.

Segundo Rodrigues (2017), cerca de 47% dos alunos tem idade entre 19 a 21

anos. Sendo a maioria do sexo feminino (70%). E 53% optaram pela versão E-book

como melhor alternativa para materiais didáticos complementares.

Segundo pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

(Villagelin, 2016), cerca de 70% dos jovens brasileiros possui como objetivos e

aspirações viajar, expandir fronteiras e conhecer novas culturas. Quanto ao consumo,

cerca de 90% julga importante ter principalmente, internet, notebook e celular.

Em seguida pode-se definir o conceito que o projeto deve seguir para ser

adequado ao público-alvo. Neste caso, o manual deve ser produzido em versão digital,

com linguagem formal, clara e objetiva, acrescida de layout criativo e agradável.

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Segue-se no capítulo seguinte a linguagem a ser utilizada para expressar o

conteúdo do manual. Linguagem informal para aproximar do público o conteúdo. Em

seguida, nas etapas posteriores, apresenta-se as etapas de análise de similares,

geração de alternativas, escolha de layout e tipografia, e, por fim, criação do manual

propriamente.

3.4.1 CONTEÚDO DO MANUAL

Ser um bom fotógrafo não é tarefa fácil, exige muita dedicação e empenho para

aprender as técnicas. Além disso, a utilização de uma boa câmera fotográfica e vários

equipamentos complementares como tripé, difusores, rebatedores, ring light, entre

outros, ajudam muito na qualidade e efetividade das imagens fotografadas.

Quem está começando seus estudos nesta área sabe que a falta de

equipamentos específicos faz falta na hora de produzir uma boa foto. E adquirir todos

os instrumentos necessários têm um custo alto. Mas, se, por acaso, estas informações

desanimarem o fotógrafo iniciante, pondo em xeque a realização da atividade

fotográfica, este manual traz uma proposta de auxiliar os estudantes e amantes desta

arte a superar estes obstáculos.

No manual há diversos projetos de equipamentos de iluminação para trabalhos

fotográficos com materiais alternativos. São vários passo-a-passo de como produzir

acessórios e equipamentos com materiais que você tem em casa.

Os equipamentos apresentados utilizam técnicas úteis e fáceis com materiais de

baixo custo. E já que fotografar é desenhar com a luz, os projetos são voltados para

a iluminação. Ao todo são oito projetos que auxiliarão o jovem fotógrafo nesta jornada

fotográfica sem pesar no seu bolso. Mãos à obra.

3.4.1.1 Fotografando Objetos Translúcidos

Fotografar produtos requer atenção ao tipo de material que se está fotografando.

No caso de objetos em vidro e acrílico, por exemplo, são materiais translúcidos. Ou

seja, é possível enxergar através deles e, por isso, a cor do fundo pode interferir na

cor do objeto.

Para fotografar objetos translúcidos como, por exemplo, uma taça de vinho, é

necessário que a parte de trás do objeto também seja iluminada, uma contraluz. Para

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resolver este problema e garantir que a imagem represente a cor certa do

líquido/conteúdo da embalagem translúcida, você vai precisar dos seguintes materiais:

• Caneta • Papelão • Régua • Fita adesiva • Cola • Estilete* • Papel colorido ou preto • Papel alumínio • Tesoura* Custo aproximado: R$ 10

*Este projeto necessita da utilização de objetos cortantes. Tenha cuidado ao manuseá-los.

Neste projeto o material de destaque é o papel-alumínio. Ele tem a função de

refletir a luz do flash e iluminar o objeto a ser fotografado. A utilização do papel-

alumínio atrás do objeto translúcido garantirá que a cor do líquido do recipiente não

seja alterada pela cor do fundo.

1) Corte duas abas laterais da caixa de

papelão, mantenha as outras duas abas,

conforme a Figura 1.

Figura 42: Materiais para fotografar objetos translúcidos.

Fonte: Autora, 2018

Figura 43: Passo 1: objetos translúcidos.

Fonte: Autora, 2018.

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49

2) Em uma das abas cole papel alumínio,

para refletir a luz no objeto. Na outra

lateral e na parte inferior, cole o papel que

servirá como fundo.

3) Usando como base o objeto que será

fotografado, faça o contorno em um

pedaço de papelão.

4) Recorte o papelão conforme marcado

pelo tamanho da figura e cole o papel

alumínio em uma das faces.

Figura 44: Passo 2: objetos translúcidos.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 45: Passo 3: objetos translúcidos.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 46: Passo 4: objetos translúcidos.

Fonte: Autora, 2018.

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5) Posicione o copo de modo que fique

afastada das laterais da caixa. E na parte de

trás do objeto coloque o molde feito em

papelão, fixado em um objeto menor que o

molde, ou algum outro material de apoio, e

que garanta a estabilidade do mesmo.

Pronto! Agora é só ajustar a exposição de

luz pretendida e fotografar.

Note a diferença nas Figuras 48 e 49, ambas foram tiradas no suporte de papelão

com uma das faces revestidas de papel-alumínio. No entanto, a Figura 48 foi realizada

sem o molde atrás, e por tanto a cor do fundo interferiu na cor do liquido. Já a foto

número 49 foi feita com o molde em alumínio refletido atrás do objeto. O que fez com

que o liquido permanecesse com sua cor original, sem interferências do fundo.

3.4.1.2. Lightbox

Para fotografias publicitárias é necessário a utilização de iluminação artificial

para controlar o efeito desejado da luz sobre o motivo a ser fotografado. Se o objeto

é de grande porte normalmente é montado uma estrutura em um estúdio. Porém, para

se fotografar pequenos objetos não é necessária uma grande estrutura. Basta uma

Figura 47: Passo 5: objetos translúcidos.

Fonte: Autora, 2018.

.

Figura 49: Foto sem o molde refletor atrás.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 48: Foto com o molde refletor

atrás. Fonte: Autora, 2018.

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lightbox, pois com este equipamento é possível controlar a incidência de luz sobre o

objeto e ainda definir um fundo adequado.

Trata-se de uma caixa com iluminação nas laterais e na parte superior,

garantindo uma luz suave e reduzindo sombras sob o objeto. Para construir sua

própria Lightbox você precisará dos seguintes materiais:

• Caixa de papelão • Fita adesiva • Régua • Estilete • Tesoura • Caneta • Papel branco translúcido

Custo aproximado: R$ 10

O papel branco atua como um difusor, alterando a qualidade da luz, ou seja, tem

a função de espalhar ou difundir a luz e garantir que todo o objeto seja iluminado de

forma mais homogênea.

1)Desenhe um quadrado ou retângulo

(depende do formato da caixa) em três

laterais da caixa e recorte.

Figura 52: Passo 1: lightbox.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 51: Materiais para lightbox.

Fonte: Autora, 2018.

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2) Recorte o papel branco e cole nas

laterais que foram recortadas. Cuidado

na hora de recortar para não se

machucar! Na parte interna da caixa cole

um papel branco que cubra o fundo e a

parte em que o objeto será apoiado, sem

dobrá-lo.

3) Cubra as laterais da caixa com E.V.A.,

melhorando a estética e a durabilidade do

seu mini estúdio. Após seguir os passos

sua caixa de luz estará pronta. Agora é só

posicionar o objeto a ser fotografado dentro

da caixa. Posicionar as luminárias ou outras

fontes de luz nas laterais e em cima da

caixa, e fotografar.

É importante lembrar que o objeto deve ficar afastado do fundo, para dar a

dimensão de fundo infinito. E estar atento para que o papel do fundo não esteja

amassado ou sujo, caso contrário, isto interferirá na qualidade da foto.

Como pode-se notar nas Figuras 55 e 56 há nítida diferença. Na Figura 55 não

foi utilizado a lightbox, e percebe-se a presença de sombras sobre o objeto. Além de

contrastes bem nítidos entre áreas de luz e sombra. Já na Figura 56, que foi

fotografada com a lightbox, as sombras são mais suaves. Tornando as cores mais

nítidas e com maior textura e volume. Também se nota a diferença nas cores dos

objetos em segundo plano.

Figura 53: Passo 2: lightbox.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 54: Passo 3: lightbox.

Fonte: Autora, 2018.

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3.4.1.3 Difusor de flash

O difusor é usado para espalhar a luz do flash transformando uma luz dura em

uma luz suave. A luz dura é aquela que possui mais contraste em relação à sombra.

Já a luz suave possui uma transição menos marcante em relação à sombra. Este

equipamento é muito usado para retratos e para fotografias publicitárias. É

basicamente um aparato branco translúcido colocado na frente da luz. Pode ser criado

de forma simples e fácil por meio de poucos materiais.

• Cola • Fita isolante • Tesoura • Lápis • Régua • Papel alumínio • Papelão • Papel branco • EVA preto Custo aproximado: R$ 10

Neste projeto utiliza-se o papel-alumínio, que refletirá a luz, e o papel branco que

difundirá a luz, difundindo de maneira proporcional sob o objeto.

Figura 55: Foto sem a lightbox.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 56: Foto com a lightbox.

Fonte: Autora, 2018

.

Figura 57: Materiais para difusor de flash.

Fonte: Autora, 2018.

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1) Primeiramente, com uma régua, tire

as medidas da parte superior do flash em

um pedaço de papelão, e em seguida

recorte as partes.

Dica: As medidas de um flash externo

padrão são, aproximadamente, 79,7mm

(largura) x 142,9mm (altura) x 124,5mm

(profundidade).

2) Recorte os pedaços de papelão e

cole papel-alumínio em uma das faces de

cada pedaço.

3) Cole EVA preto na outra face dos

pedaços de papelão.

Figura 58: Passo 1: difusor de flash.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 60: Passo 3: difusor de flash.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 59: Passo 2: difusor de flash.

Fonte: Autora, 2018.

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4) Encaixe as peças com a face de

papel alumínio voltada para dentro e fixe

com fita isolante nos cantos.

5) Recorte um pedaço de papel branco,

de tamanho suficiente para cobrir uma

das aberturas do aparato de papelão.

6) Fixe o pedaço de papel branco com

fita isolante, em uma das aberturas,

conforme a figura da etapa 6.

Figura 62: Passo 5: difusor de flash.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 63: Passo 6: difusor de flash.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 61: Passo 4: difusor de flash.

Fonte: Autora, 2018.

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7) Seu difusor está pronto! O papel

branco tem a função de alterar a

qualidade da luz: de luz dura para difusa.

Agora é só encaixá-lo no flash externo

da câmera fotográfica e começar os

clicks ;)

Pode-se observar na Figura 65, na qual não foi utilizado o difusor de flash, que

a luz ficou “estourada” em alguns pontos, com áreas muito claras, não favorecendo o

produto fotografado. Já na Figura 66 a iluminação ficou mais homogênea, as cores

ficaram mais próximas das cores reais e a sombra ficou mais suave, o produto teve

maior definição. Não há reflexo nos objetos e é possível observar melhor os detalhes.

3.4.1.4 Ring Light O ring light ou anel de luz é usado principalmente para retratos. Pois ilumina o

modelo de forma suave e sem deixar sombras muito definidas. Para criar um ring light

durável e barato será preciso os seguintes materiais:

Figura 65: Foto sem o difusor.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 64: Passo 7: difusor de flash.

Foto: Autora, 2018.

Figura 66: Foto com o difusor.

Fonte: Autora, 2018.

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• Círculo de MDF com aproximadamente 30cm de diâmetro

• Pincel

• Tinta branca para artesanato

• Fita de led branco frio com aproximadamente 3m Fonte de energia*

Custo aproximado: R$ 40

*Verifique a voltagem da fita de LED com a da sua casa (110v ou 220v).

1) Pinte o círculo de MDF de branco

usando tinta para artesanato. Não

precisa pintar dos dois lados. A tinta

recomendada é à base d'água, se

manchar é só lavar normalmente.

2) Cole a fita de LED sobre o círculo.

A fita já vem com cola. Mas, caso a

fixação não seja suficiente, utilize

cola quente.

Figura 67: Materiais para o ring light.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 68: Passo 1: ring light.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 69: Passo 2: ring light.

Fonte: Autora, 2018.

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3) Conecte o Ring Light na fonte

e na tomada, seu equipamento

está pronto para uso.

Pode-se perceber nas imagens das Figuras 71 e 72 a diferença entre uma foto

com a utilização do ring light e outra sem a utilização.

Na Figura 72, o uso do ring light proporcionou iluminação homogênea e com

riqueza de detalhes, com reflexos suaves e sem áreas sombreadas. Já na Figura 71,

foi utilizado apenas o flash. O que resultou em uma imagem com contrastes mais

evidentes entre luz e sombra, com perda de detalhes e reflexo em alguns pontos e

sombras escuras em outras áreas.

Figura 70: Passo 3: ring light.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 71: Imagem sem uso do ring light.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 72: Imagem com uso do ring light.

Fonte: Autora, 2018.

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3.4.1.5 Softbox A softbox é um equipamento que, assim como o difusor de flash, serve para

suavizar a luz e equilibrar a quantidade de sombras. A diferença é que não é usada

diretamente na câmera, mas sim em um tripé devido ao seu tamanho. Mas também é

possível produzir uma softbox em tamanhos menores, como por exemplo, do tamanho

de uma caixa de sapato. Para este projeto você vai precisar de:

• Papel EVA

• Caixa • Tesoura • Caneta • Papel branco • Fita adesiva • Lâmpada • 2 Fios elétricos flexíveis (cerca de 50cm de fio cada um) • Bocal de lâmpada (padrão) • Plug de tomada • Chave Philips Custo aproximado: R$ 25

1) Corte a tampa da caixa de sapatos.

Figura 74: Passo 1: softbox.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 73: Materiais para softbox.

Fonte: Autora, 2018

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2) Cole o EVA em todas as laterais da

caixa. Em seguida faça um orifício em

uma das laterais, por onde o bocal será

introduzido. O orifício deve ter a medida

do bocal e ficar no centro da lateral da

caixa.

3) Passe cada um dos fios por um dos

orifícios do bocal. Não existe ordem certa.

Basta passar qualquer um dos fios por

qualquer um dos orifícios. Em seguida,

prenda novamente com os parafusos que

vêm junto com o bocal.

Atenção: Tenha cuidado ao manusear equipamentos elétricos. Fique atento para a

voltagem do equipamento.

4) Abra o plug de tomada e insira as

outras extremidades dos fios. Cada ponta

deve ser inserida em um dos orifícios de

metal e presas novamente com o

parafuso.

Figura 75: Passo 2: softbox.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 76: Passo 3: softbox.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 77: Passo 4: softbox.

Fonte: Autora, 2018.

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5) Insira o bocal pelo orifício na caixa de

papelão. E em seguida coloque a

lâmpada no bocal. Você pode usar um

bocal que já vem com uma base.

6) Recorte um pedaço de papel branco

com tamanho suficiente para cobrir a

abertura da caixa. Uma caixa de sapato

tradicional tem aproximadamente 18cm x

30cm.

7) Cole o papel com cola ou fita adesiva.

Se desejar um acabamento melhor

substitua o papel por TNT branco. E use

velcro para fixá-lo na caixa. Isto facilitará

na hora de trocar a lâmpada.

Figura 78: Passo 5: softbox.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 79: Passo 6: softbox.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 80: Passo 7: softbox.

Fonte: Autora, 2018.

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Note que além de espalhar melhor a luz, diminuindo a intensidade das sombras,

a softbox ainda influencia na cor. Preservando cores reais. Como é possível observar

na Figura 82. Este efeito é obtido por meio da utilização do papel branco, que tem a

função de espalhar a luz por todo o objeto. Já na Figura 81, sem a utilização da softbox,

percebe-se maior contraste entre luz e sombra. Algumas partes ficaram muito

iluminadas, modificando a cor original do objeto.

3.4.1.6 Rebatedores para flash

Para evitar que a luz do flash fique com alta intensidade (estourada), e assim

preservar melhor as características do objeto que está sendo fotografado, é

importante não disparar o flash diretamente. Sendo assim, usa-se superfícies brancas

refletoras para direcionar a luz ao assunto. Essas superfícies refletoras podem ser um

simples cartão branco acoplado ao flash, ou mesmo uma parede branca no lado

oposto ao objeto/sujeito, proporcionando uma luz de preenchimento.

Dois exemplos de rebatedores serão efetuados neste projeto, um para flash

convencional e outro para flash pop-up. Ambos necessitam de poucos materiais e são

de fácil execução. Para o rebatedor de flash externo você vai precisar de:

Figura 81: Foto sem a softbox.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 82: Foto com a softbox.

Fonte: Autora, 2018.

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• EVA branco

• Tesoura

• Caneta

• Régua

• Fita adesiva

Custo aproximado: R$ 10

1) Faça um desenho no EVA conforme

figura do passo 1.

Figura 83: Materiais rebatedor flash externo.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 84: Passo 1 - Rebatedor flash externo.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 85: Molde rebatedor flash externo.

Fonte: Autora, 2018.

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2) Recorte a figura

3) Dobre as abas da parte superior para

baixo e fixe com fita adesiva, conforme

figura do passo 3.

4) Agora é só encaixar o rebatedor

no flash. Você pode usar fita adesiva ou

elástico para fixá-la

Figura 86: Passo 2: rebatedor flash externo.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 87: Passo 3: rebatedor flash externo.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 88: Passo 4: rebatedor flash externo.

Fonte: Autora, 2018

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Para o rebatedor de flash pop-up você precisará dos seguintes materiais:

• Papel EVA branco • Papel cartão • Régua • Cola • Tesoura • Lápis ou caneta • Fita adesiva • Papel alumínio Custo aproximado: R$ 10

1) Observando as medidas no molde da

figura abaixo. Desenhe e recorte a figura.

Figura 90: Passo 1: rebatedor de flash pop-up.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 89: Materiais rebatedor flash pop-up.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 91: Molde Rebatedor de flash pop-up.

Fonte: Autora, 2018.

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2) Cole EVA em uma das faces.

3) No retângulo menor da figura cole

papel alumínio na face com EVA

4) Una as pontas da figura com fita

adesiva, com a face preta para fora.

Figura 92: Passo 2: rebatedor de flash pop-up.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 93: Passo 3: rebatedor de flash pop-up.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 94: Passo 4: rebatedor de flash pop-up.

Fonte: Autora, 2018.

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5) Encaixe o rebatedor no flash,

conforme a figura do passo 5, e está

pronto para uso!

A superfície branca do EVA tem a propriedade de rebater a luz, propiciando que

ela volte para o objeto de maneira mais suave. No caso do rebatedor pop-up é

necessário utilizar o papel alumínio. Assim, a luz do flash incide sobre o papel alumínio,

que reflete a luz para o EVA branco, que se encarrega de rebater a luz suavemente

para objeto. Nas figuras 96 e 97 podemos observar a diferença entre uma imagem

produzida com a utilização do rebatedor e outra sem a utilização.

Na Figura 97 podemos perceber que o uso do rebatedor faz com que a luz seja

mais homogênea e preserva as características do objeto, como cor e textura. Além de

suavizar as áreas sombreadas. Já na Figura 96 algumas partes do objeto ficam mais

claras enquanto as áreas sombreadas são mais escuras e evidentes. Perde-se

detalhes do objeto e há alteração nas cores.

Figura 95: Passo 5: rebatedor de flash pop-up.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 96: Foto sem o rebatedor.

Fonte: Autora, 2018

.

Figura 97: Foto com o rebatedor.

Fonte: Autora, 2018

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3.4.1.7 Difusor gridspot

O gridspot é uma grade usada no flash para limitar a luz a um ponto específico

que se deseja. Para criar um gridspot caseiro é possível usar vários materiais

diferentes, como plástico polionda, papelão micro ondulado ou mesmo canudinhos.

Neste projeto usaremos os seguintes materiais:

• EVA preto • Canudinhos • Cola • Tesoura • Caneta • Régua Custo aproximado: R$ 10

1) Tire as medidas do flash externo e desenhe no papel EVA. As medidas de um flash externo padrão são aproximadamente: 79,7mm (Largura) x 142,9mm (Altura) x 124,5mm (Profundidade)

2) Recorte o EVA e faça vincos em suas

dobras. Para vincar você pode usar a

caneta, frisando a marca das dobras.

Figura 98: Materiais para gridspot.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 99: Passo 1: gridspot.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 100: Passo 2: gridspot.

Fonte: Autora, 2018.

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3) Recorte os canudinhos em pequenos

pedaços, de aproximadamente 2cm.

4) Cole os pedaços de canudos lado a

lado no EVA, até formar uma fileira de

aproximadamente 10 canudinhos. Em

seguida sobreponha novas fileiras de

canudos, formando em torno de 7

camadas.

5) Após preencher todo o espaço do

EVA com canudinhos cole todas as

laterais. Deixe secar e estará pronto.

Basta encaixar na parte superior do

flash e estará pronto para uso o gridspot.

Neste projeto, você pode substituir o EVA por papelão ou outro material de sua

preferência. E também é possível substituir os canudinhos por papelão ou plástico

Figura 101: Passo 3: gridspot.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 102: Passo 4: gridspot.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 103: Passo 5: gridspot.

Fonte: Autora, 2018.

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polionda. O efeito do gridspot se dá devido a segmentação do espaço por onde a luz

passará. Impedindo a luz de se espalhar pelo objeto e focando em um ponto específico.

Como pode-se observar na Figura 104, sem o uso do gridspot, a luz do flash

ilumina toda a área fotografada. Já na Figura 105, com o uso do gridspot, a luz é

segmentada e direcional. Iluminando algumas partes e deixando outras na sombra. É

um ótimo acessório para utilizar quando se quer chamar a atenção para um ponto

específico da imagem.

Encerramento

Este manual encerra aqui. Foram oito projetos pensados para você melhorar a

qualidade de suas fotos e ao mesmo tempo aprender a importância de cada

equipamento e acessório.

Buscamos também, mostrar como cada material utilizado interfere na qualidade

da foto. Mantendo foco na utilização de materiais baratos e de fácil acesso. O que

ajuda o meio ambiente quanto a reutilização de materiais recicláveis, como também o

seu bolso.

Esperamos que você tenha aproveitado essa experiência e esteja pronto para

realizar clicks incríveis que mostrem todo seu potencial. Afinal, quando se trata de

fotografia, o olhar fotográfico é o quesito mais importante. Agora é com você! Câmera

na mão e bons clicks!

Figura 104: Foto sem o gridspot.

Fonte: Autora, 2018

Figura 105: Foto com o gridspot.

Fonte: Autora, 2018

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3.5 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS

Após as delimitações do projeto e definições de público e estilo estético, chega-

se a fase de geração de alternativas. Foram criados esboços simulando diversos

modelos diferentes de design.

Inicialmente foram geradas alternativas para a capa do manual. Sendo definido

a partir destes layouts o design das páginas, para que assim o projeto como um todo

pudesse seguir uma única linha artística, ou seja, dar unidade visual ao projeto.

Sendo assim, foram esboçados dez tipos de capas e dez estilos de páginas. Na

Figura 106 apresentam-se as alternativas para a capa do manual. As sugestões de

capa também não levam em conta formato ou fontes utilizadas. Nesta etapa o objetivo

é apenas identificar estilos que podem ser utilizadas para o manual com base no

design minimalista escandinavo.

Na Figura número 107, observa-se as alternativas propostas para o estilo de

página. A princípio, não foi levado em conta o formato do arquivo, apenas a disposição

dos elementos na página. A maioria das opções sugere uma página mostrando o

passo-a-passo. Apenas a opção número 10 sugere um modelo de página para mostrar

a lista de materiais utilizados para cada projeto.

Figura 107:Geração de alternativas: Página.

Fonte: Autora, 2018. Figura 106: Geração de alternativas: Capa.

Fonte: Autora, 2018.

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Algumas opções sugerem utilização de elementos gráficos como as opções

1, 2, 5, 6 e 8. Já as opções 3 e 4 sugerem utilização de imagens fotográficas. E as

opções 7, 9 e 10 sugerem a utilização apenas de fontes.

Analisando as opções de estilos de página, optou-se pela utilização da sugestão

número 6. Pois os elementos são dispostos de maneira que proporciona uma leitura

fluida e minimalista. Com a inserção de dicas no canto inferior da página, é possível

manter o fluxo da leitura e criar um visual harmônico e geométrico.

Também foi escolhida a opção número 10 para a página de lista de materiais e

introdução ao projeto. Pois a utilização do título do projeto na vertical pode dar

destaque ao elemento e ao mesmo tempo criar um efeito harmônico ao manual.

Para a capa optou-se pela sugestão número 10. O trabalho com fontes de

tamanhos e orientações diferentes cria um efeito de destaque aos elementos, porém,

mantendo o estilo minimalista. Pois o interior do manual será repleto por imagens

fotográficas, sendo assim, sugere-se uma capa mais neutra.

3.5.1 Formato

A princípio o material elaborado seria em formato PDF para distribuição digital.

Posteriormente, no entanto, optou-se pela versão impressa, para ficar à disposição

dos alunos de fotografia da UTFPR. Sendo assim, foram elaboradas algumas opções

de formato para o manual.

Dentre as opções elaboradas optou-se pela sugestão número 3. Pois, decidiu-

se que o manual impresso ficará disponível para utilização dos alunos de fotografia

da UTFPR, Campus Curitiba. Sendo assim, esta opção permite que vários alunos

Figura 108: Opções de formato do Manual.

Fonte: Autora, 2018.

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possam utilizar o material ao mesmo tempo. Sendo que seu formato seria uma caixa

com cada projeto separado individualmente. O que facilitaria a utilização do manual

em sala de aula.

3.5.2 Tipografia Seguindo as etapas de criação do layout do manual, chega-se a fase de escolha

da tipografia a ser utilizada no projeto. A escolha da tipografia deve ser feita de forma

coerente e em concordância com a mensagem, o estilo e o público-alvo. Também é

necessário se atentar à qualidade dos caracteres quanto a leiturabilidade e a

legibilidade, proporcionando um material de qualidade.

Algumas alternativas foram testadas para a escolha da tipografia do manual,

como podemos observar a seguir.

Figura 109: Alternativas de tipografias.

Fonte: Autora, 2018.

Por meio da geração de alternativas de fontes para o manual optou-se pela

escolha de duas fontes diferentes para a capa, uma para o título e outra para o

subtítulo. Bem como uma terceira fonte para o corpo de texto do manual.

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74

Para o título da capa optou-se por uma fonte cursiva. Pois enfatiza a ideia da

proposta do manual: Faça você mesmo. Para o subtítulo, a opção que se melhor se

adequou à fonte cursiva foi a utilização de uma fonte sem serifa. Balanceando o peso

da espessura das fontes através da utilização de uma caixa preta, com a fonte branca.

E posicionando as fontes em posições diferentes. Título na horizontal e subtítulo na

vertical.

Sendo assim, a fonte escolhida para o título foi Adaline Script, e para o subtítulo

a fonte Lemon/Milk Light, da opção número 5. E para o corpo de texto a fonte escolhida

foi a Shruti. Segue a baixo o alfabeto de cada uma das fontes.

Adaline Script

Lemon/Milk Light

Shruti

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V X Y Z

A b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v x y z

1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 @ ! ? + -

3.5.3 Paleta de cores Quanto a paleta de cores a ser utilizada no projeto, buscou-se escolher cores

em tons pastéis. Desde o princípio cogitou-se a utilização do branco, preto, cinza e

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mais uma ou duas cores em tons pasteis. Sendo assim, algumas sugestões foram

testadas, como pode-se observar a seguir.

.

Figura 113: Opção 3 - paleta de cores.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 114: Opção 5 - paleta de cores.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 110: Opção 1 - paleta de cores.

Fonte: Autora, 2018. Figura 111: Opção 2 - paleta de cores.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 112: Opção 4 - paleta de cores.

Fonte: Autora, 2018.

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Dentre as sugestões acima, optou-se pela paleta utilizada na Figura 114. Pois,

além da utilização das cores branco e preto, a utilização do cinza e verde possibilitam

o destaque de determinadas informações. Porém, sem destacar-se demais do

contexto escandinavo que se pretende ao manual. Sendo assim, segue a baixo a

paleta de cores com suas respectivas características.

3.5.4 Design Definidas a tipografia e a paleta de cores, o próximo passo é distribuir os

elementos visuais e textuais de forma harmônica, dando corpo ao manual. Para a

capa (Figura 116) optou-se por usar apenas elementos textuais em preto e branco.

Balanceando o peso de cada tipografia com diferenças de orientações e cores.

Figura 116: Capa do Manual Faça Você Mesmo.

Fonte: Autora, 2018.

.

As páginas de introdução e encerramento do manual seguem o mesmo padrão.

Com elementos visuais e textuais. Bem como uso de todas as cores da paleta. Como

mostram as Figuras 117 e 118.

Figura 115: Paleta de cores escolhida.

Fonte: Autora, 2018.

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As páginas com a introdução ao equipamento e lista de materiais (Figura 119)

também possuem elementos textuais e visuais. Assim, como todas as cores da paleta

de cor escolhida. Optou-se pela utilização de ilustrações para mostrar os materiais

necessários para cada projeto. Para enfatizar o propósito do manual que é ensinar a

fazer equipamentos e acessórios com as próprias mãos.

Para as páginas do passo-a-passo utilizou-se os mesmos elementos e cores.

Assim como nas páginas de lista de materiais, o triângulo verde no canto inferior foi

usado como elemento para relatar dicas e alertas. E, no caso de páginas em que tais

dicas ou alertas não eram necessários, o triângulo foi mantido, para dar unidade ao

manual. Porém sua dimensão foi reduzida, de modo a não chamar tanta atenção do

leitor.

Figura 119: Lista de materiais.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 117: Página de Encerramento.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 118: Página de Introdução.

Fonte: Autora, 2018.

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Para a página do manual com o resultado da utilização de cada equipamento e

acessório (Figura 122) optou-se por um design ligeiramente diferente. Logo abaixo

das duas imagens com e sem a utilização do equipamento/acessório, uma caixa de

texto na cor bege tomou lugar do triângulo verde. Dentro dela inseriu-se informações

a respeito do efeito obtido pela utilização do equipamento/acessório.

Foram criadas duas versões para o manual. Uma com fotos do passo-à-passo e

outra apenas com ilustrações. Após submeter o material criado à análise de

professores especialistas nas áreas de fotografia e design, o passo seguinte foi

realizar as alterações solicitadas pelos profissionais da área.

Figura 122: Página 08 do manual.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 120: Página 20 do manual.

Fonte: Autora, 2018. Figura 121: Página 07 do manual.

Fonte: Autora, 2018.

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4 ALTERAÇÕES APÓS AVALIAÇÃO

Após análise de profissionais da área de design e fotografia, foram realizadas

diversas alterações no projeto original visando melhor qualidade do trabalho. Sendo a

primeira alteração em relação a diagramação. Buscando assim mais harmonia entre

os elementos visuais e textuais.

Para a versão final do manual foram criadas três opções de layout. Bem como

duas opções de capas. Num primeiro momento ateve-se apenas a disposição dos

elementos na página. Utilizando para tanto, fontes e cores aleatórias.

Figura 125: Opção1 - páginas do manual.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 126: Opção2 - páginas do manual.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 124: Opção1 - capa do manual.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 123: Opção2 - capa do manual.

Fonte: Autora, 2018.

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Dentre as alternativas optou-se pela versão 2 para capa e a versão 3 para o

layout de páginas. Na etapa seguinte, a paleta de cores foi alterada, buscando dar

mais ênfase ao contraste entre luz e sombra através da escolha da cor amarela,

combinado a cor preta que já fazia parte da paleta anterior. Bem como o branco e o

cinza.

Para a escolha da nova tipografia criou-se várias alternativas mesclando

diversas fontes, tanto para o título quanto para o subtítulo, que foi modificado para se

tornar mais simples e objetivo. Como os projetos do manual se referem a iluminação,

optou-se por alterá-lo para “Acessórios de Iluminação Fotográfica”.

Figura 128: Paleta atual.

Fonte: Autora, 2018. Figura 129: Paleta antiga.

Fonte: Autora, 2018.

Figura 127: Opção 3 - páginas do manual.

Fonte: Autora, 2018.

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Figura 130: Opções de tipografia.

Fonte: Autora, 2018.

Todas as alternativas visavam uma mescla de uma fonte manuscrita, para

enfatizar o caráter de algo produzido pelas as próprias mãos, e uma fonte reta ou com

serifa. Dentre as alternativas, optou-se pela fonte Gloss and Bloom para o título e a

fonte Quicksand Book para o subtítulo. Pois a junção de tais fontes tem mais harmonia

e representa melhor as características que se deseja para o manual: um meio termo

entre o sofisticado e o despojado. Sendo assim, a versão final do manual ficou da

seguinte forma:

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Concluída a segunda versão do manual, passou-se a etapa final de testar a

eficiência do material com o público-alvo.

Figura 131: Segunda versão do manual.

Fonte: Autora, 2018.

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5 TESTE COM ALUNOS DE FOTOGRAFIA

A última etapa deste projeto foi testar a eficiência do manual com o público-alvo.

Para isso foi realizado um Focus Group com cerca de 10 alunos de fotografia da

Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Curitiba (Figura).

Figura 132: Teste do manual com alunos de fotografia.

Fonte: Autora, 2018.

Cada aluno recebeu os materiais necessários para a realização de um projeto

do manual. Sendo instruídos a questionarem a autora sobre dúvidas e também marcar

no próprio manual quais questões não estavam esclarecidas suficientemente. Ao final

do teste, eles avaliaram a qualidade do manual e sugeriram melhorias. Sendo tal etapa

fundamental para garantir a qualidade do projeto.

Após o teste com os alunos, foram feitas novas alterações, tanto nas figuras

quanto nos textos do manual, de acordo com as observações dos alunos. Resultando

na versão final que pode ser observada na figura 133. Também é possível verificar a

versão final completa do manual, com todos os projetos, no apêndice B deste trabalho

de conclusão de curso.

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Figura 133: Manual versão final.

Fonte: Autora, 2018.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A questão mais importante quando se trata da qualidade do trabalho fotográfico

é o olhar do fotógrafo. E mesmo os equipamentos mais sofisticados não produzirão

um trabalho com excelência sem o conhecimento e a sensibilidade que um bom

fotógrafo precisa possuir. No entanto, equipamentos e acessórios podem melhorar a

qualidade da foto e ajudar na produção de um trabalho mais profissional.

Porém alguém que esteja iniciando na área fotográfica pode não possuir

recursos ou mesmo interesse para investir em equipamentos fotográficos logo no

início. Pois existem vários equipamentos e acessórios no mercado, cada um com uma

função específica, e com preços que podem pesar no bolso do fotografo iniciante.

A proposta da elaboração deste projeto foi mostrar aos interessados em

fotografia que é possível melhorar a qualidade fotográfica sem ter muito gasto

financeiro. Através da filosofia “Faça você mesmo” é possível criar vários objetos úteis

para nosso cotidiano com poucos recursos econômicos e reciclando e reutilizando

materiais alternativos.

Foram realizadas ao longo deste trabalho de conclusão diversas pesquisas

acerca da iluminação fotográfica, bem como acerca da filosofia “Do It Yourself”. Sendo

possível através deste compilado de ideias e pesquisas, selecionar projetos de

acessórios que melhorem a qualidade da iluminação fotográfica utilizando poucos

recursos.

Através de testes de aplicabilidade foi possível selecionar os projetos mais

interessantes e funcionais, dentre tantas opções disponíveis em sites especializados,

blogs e canais do YouTube. Tendo como tema principal a melhora na qualidade da luz,

que é a base da fotografia, e questão determinante em relação a qualidade da imagem.

A etapa de testar a eficiência do manual diretamente com alunos da disciplina de

fotografia da UTFPR Campus Curitiba foi fundamental para garantir a qualidade do

material, visto que é preciso entender o olhar do público-alvo para o projeto e ajustá-

lo para que de fato possa ser algo útil e utilizado por eles. Também foi possível, ao

longo deste trabalho, obter opinião de fotógrafos profissionais acerca do tema. Bem

como avaliação do material produzido por professores da área de fotografia e design.

Após a avaliação das professoras foi possível identificar diversos pontos em que

era possível aperfeiçoar o trabalho, melhorando sua qualidade e eficiência. A alteração

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na diagramação foi fundamental para obter um trabalho mais harmonioso. Assim como

alterações de tipografia e paletas de cores tornou o trabalho mais coeso.

Inicialmente o projeto previa a criação de um manual digital, devido a facilidade

de acesso ao material por meio da internet e de dispositivos móveis. Que

proporcionaria um alcance maior ao público alvo. Porém, após analise junto as

professoras optou-se por criar um material físico, que pudesse ser utilizado pelos

alunos em sala de aula. E assim surgiu a ideia de um formato mais dinâmico, que

permite que cada projeto possa ser desmembrado e utilizado separadamente.

Facilitando a utilização em sala de aula por todos os alunos ao mesmo tempo.

Embora etapas tenham sido subtraídas ao longo do desenvolvimento do trabalho.

Bem com diversas alterações no projeto final tenham sido necessárias, pode-se

concluir que este trabalho de conclusão cumpriu com seu objetivo geral, assim como

os objetivos específicos. Produzindo um material de qualidade, acessível e com

projetos que beneficiam os iniciantes em fotografia.

Este trabalho de conclusão também pode ser usado para pesquisas futuras

acerca de como melhorar a fotografia através da cultura “DIY”, pois está embasado

em diversos referenciais teóricos. Sendo possível inclusive criar outros manuais

abordando o tema e utilizando outros projetos fotográficos diferentes dos citados neste

trabalho.

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APÊNDICE A – Entrevista com fotógrafos

• Entrevista com Mário Ohashi

Qual o papel do fotografo atualmente diante das inovações tecnológicas nesta á

rea?

O papel do fotógrafo é o mesmo, independente da inovação tecnológica. O público

amador pode hoje ter acesso aos mesmos equipamentos que os profissionais, mas o

conhecimento e o olhar fotográfico é um processo que advém ao longo de uma

caminhada de muitos anos. O esforço e o trabalho para ser fotógrafo hoje é tão

complexo quanto era há algumas décadas atrás na fotografia analógica.

Qual a importância da iluminação na fotografia?

Para mim a iluminação é de fundamental importância na fotografia, se não houver uma

luz bem posicionada ou a luz do sol para trabalhar é muito complicado criar boas

imagens.

Que tipo de iluminação mais usa?

Sempre uso Flash dedicado na câmera em TTL, fora da câmera em manual com

disparo remoto, e tenho utilizado muito um LED portátil.

Qual objetivo deseja alcançar com a manipulação da luz?

Criar uma luz que só eu consiga criar, uma luz especial no ambiente, como se fosse

uma pintura, uma obra de arte. Tentando assim diferenciar a minha fotografia dos

demais, sejam amadores ou profissionais.

Quais equipamentos e acessórios de iluminação utiliza?

Tripé de iluminação, octabox 120cm godox e radioflash.

Qual a faixa de preço para equipamentos fotográficos necessários a um

fotografo profissional?

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O que faz um fotógrafo não é o preço do equipamento, mas eu acredito que um

equipamento bom, lentes boas, flashes e acessórios algo em torno de R$6000.

Utiliza algum truque ou materiais alternativos para improvisar na hora de

fotografar?

Fotógrafo = Traquitana. Acho que todo fotógrafo faz algum tipo de gambiarra para

conseguir boas fotos.

Como vê o futuro da fotografia? Quais as tendências para o mercado?

Acredito que é um mercado em expansão, cada vez mais as pessoas consomem

fotografia e contratam fotógrafos profissionais. Em contrapartida com a facilidade de

acesso a equipamentos fotográficos um número muito grande de fotógrafos amadores

tem iniciado, prostituindo assim o mercado de trabalho.

• Entrevista com Sérgio Silvestri

Qual o papel do fotografo atualmente diante das inovações tecnológicas nesta á

rea?

O papel do fotografo é continuar a ser fotografo independente das inovações tecnoló

gicas.

Qual a importância da iluminação na fotografia?

Sem iluminação não existe fotografia.

Que tipo de iluminação mais usa?

Uso a natural e artificial.

Qual objetivo deseja alcançar com a manipulação da luz?

A cada trabalho sempre um maior domínio.

Quais equipamentos e acessórios de iluminação utiliza?

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Utilizo câmera fotográfica, flash, rebatedor, tripé, radio-flash, lentes, pilhas

recarregaveis, filtros, para-sol, cartão de memória, leitor de cartão.

Qual a faixa de preço para equipamentos fotográficos necessários a um

fotografo profissional?

Não existe faixa de preço. Existe o que o profissional pode ou não comprar conforme

sua necessidade.

Utiliza algum truque ou materiais alternativos para improvisar na hora de

fotografar?

Sempre algum truque e/ou material alternativo.

Como vê o futuro da fotografia?

Vai continuar a existir independente da tecnologia.

Quais as tendências para o mercado?

As tendências variam de ano para ano, de pais para pais, manipulação do mercado

etc. Em 2017, empresas especializadas e a mídia impressa e digital no Brasil previam

para 2018 foto cabines, espelhos mágicos e drones.

Hoje em dia estão surgindo muitos celulares com vários recursos de câmera

proporcionando mais qualidade as fotografias. Como você vê isso? Interfere em

algo em relação ao trabalho dos profissionais? Mesmo com tantos recursos que

um celular pode ter, usar uma câmera profissional ainda é mais interessante?

Fisicamente, ainda não tem como se colocar sensor fullframe num celular. O celular

interpola os pixels. A imagem é boa pro celular e algumas mídias sociais. Celular não

é câmera profissional. O celular mal serve para o que foi concebido, que é permitir a

conexão com outros. Imagina funcionando como câmera. Daí as empresas ficam

empurrando um monte de acessórios como tripés, lentes, capas, tudo para

transformar teu celular que nunca vai nem funcionar direito numa câmera. Compre

uma câmera então.

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• Entrevista com Ricardo Almeida

Qual o papel do fotografo atualmente diante das inovações tecnológicas nesta

área?

Acompanhar e se aprimorar nessa nova evolução tecnológica.

Qual a importância da iluminação na fotografia?

Total importância. Com uma luz bem resolvida valorizamos o produto e reduzimos

custos de finalização com Photoshop.

Que tipo de iluminação mais usa?

Flashes.

Qual objetivo deseja alcançar com a manipulação da luz?

Valorização do produto, redução de custos.

Quais equipamentos e acessórios de iluminação utiliza?

Depende dos produtos a serem fotografados. Trabalho com três formatos: 35mm,

6x6cm e 9x12polegadas. Uso tanto flashes como luz contínua.

Qual a faixa de preço para equipamentos fotográficos necessários a um foto-

grafo profissional?

Em se falando de estúdio fotográfico pode-se gastar em torno de R$ 500.000,00 em

equipamentos fotográficos de vários formatos e iluminação.

Utiliza algum truque ou materiais alternativos para improvisar na hora de foto-

grafar?

Sim. Vários.

Como vê o futuro da fotografia? Quais as tendências para o mercado?

Acho que estamos em um momento muito delicado. As perspectivas não são das me-

lhores. Muito fôlego para sobreviver nesse novo mercado que ainda está querendo se

entender. Espero que possamos buscar novas formas de relação com o mercado.

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APÊNDICE B – MANUAL COMPLETO

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