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Informativo do Jardim BotIanico
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Quanto custa morar no Jardim Botânico?Boom do mercado imobiliário chega ao bairro e dificulta a vida de
quem quer mudar-se para cá ou não sair mais daqui. (Páginas 4 e 5)
Preservação da natureza em alta no JB sMoradores, por meio da AMA-JB ou não, tomam atitude contra
poda e maus-tratos às árvores do bairro. (Página 6)
s
Jardim Botânico é clássico rA jornalista Heloísa Fischer aprecia o silêncio e o verde
do bairro. (Página 7)
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jb folhasmarço/abr i l 2011 | ano 7 | n º39 d i s t r ibu i ção g ratu i ta
emo informativo do jardim botânico
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ExpedienteO JB em Folhas é uma publicação bimestral, editadapelo Armazém Comunicação Projetos Jornalísticos Ltda.
www.armazemcomunica.com.br
Editora Responsável: Christina Martins (Mtb 15185 -RJ)
Redação: Betina Dowsley
Projeto Gráfico: Paulo Pelá - www.bolaoito.com.br
Revisão: Carla Paes Leme
Publicidade: Célia Medeiros - 9311-9174
Impressão: CMYK Gráfica - 2581-8406
Secretária de Redação: Sheila Gomes
Fotos da Capa: Chris Martins (1. Rua residencial dentro do JBRJ;2. Casas no Grotão (JBRJ); 3. Terreno na rua Corcovado; 4. Terreno João Fortes), Google Maps (rep.)
Tiragem: 5.000 exemplares
Telefone: 2294-4926
e-mail: [email protected]
site: www.jbemfolhas.inf.br
Editorial Por um lugar à sombra do Jardim Botânico
Caro Leitor,
O boom imobiliário que vem ocorrendo em todo o Rio de Janeiro alcançou o Jardim Botânico e vem
atraindo cada vez mais gente para a região, seja para morar ou para trabalhar. Esse é o assunto
da nossa matéria de capa (páginas 4 e 5), que trata da expansão imobiliária e da eterna vigília
da AMA-JB e de alguns moradores para impedir construções desordenadas e fora da lei no bairro.
A matéria também aborda a questão do Jardim Botânico e as quase 600 casas construídas dentro
do terreno da União. Outrora cedidas como moradia para trabalhadores do parque, hoje muitas delas
são ocupadas e – expandidas – por pessoas que não têm nenhuma ligação com o antigo Horto Real.
Mas é preciso estar atento à outra invasão que acontece silenciosamente no morro em frente ao
Jardim Botânico. Ao olhar a encosta do Maciço da Tijuca, dá para notar o aumento do número de
mansões, que não deixa de ser uma ocupação irregular, só que de luxo.
E quem não tem Jardim Botânico se contenta com o Humaitá. É o caso da ilustre Heloísa Fischer,
que, apesar de enfeitiçada pelo Jardim Botânico, acabou comprando no bairro vizinho um aparta-
mento que cabia melhor em seu orçamento. Na página 7, você vai poder conhecer um pouco mais
essa jornalista e sua batalha para popularizar a música clássica.
Nesta edição, a preservação da natureza está mais em alta do que nunca. Na coluna Folhas do
Jardim (página 3), você vai saber um pouco mais sobre a parceria da AMA-JB com a Comlurb, a Fun-
dação Parques & Jardins e a Secretaria Municipal de Conservação para cuidar das árvores do bairro.
Em Cidadania (página 6), a história da moradora que há anos trava uma briga com um vizinho para
preservar a árvore em frente ao seu prédio.
E como precisamos unir os pensamentos e as ações para manter nosso bairro como a joia rara
da Zona Sul, começamos o ano com novidades. A partir dessa edição teremos a coluna “Fala mo-
rador!”, um espaço para nossos leitores escreverem sobre o que gostam ou não no bairro. Então,
ouvidos atentos e boca no trombone!
Até maio,
Christina Martins e Betina Dowsley
Distribuição:Bancas de jornais, galerias e prédios comer ciais do
Jardim Botânico, Bibi Sucos, Cavídeo, Jardim Botânico,
Parque Lage, Agência dos Correios da rua Jardim
Botânico. Display: Galeria da Rua Maria Angélica.
Telefones úteisBombeiros 193 / 3399-1234Cedae (água e esgoto) 195 / 0800 281195CEG (emergência) 0800 240197CET-Rio 2286- 8010Comlurb 2204-9999Defesa Civil 199 / 2576-5665Disque-Denúncia 2253-1177Disque-Luz (Iluminação urbana) 2535-5151Disque-Barulho e Patrulha Ambiental 2503-2795Guarda Municipal 153 Light 0800 21019615ª DP 2332-2871Polícia Militar 190Subprefeitura da Zona Sul 2274-4049 / 2511-0501Vigilância Sanitária 2503-2280 Tele-Dengue 3553-4025Tele-gripe 0800 2810 100Procon 151
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Professora de educação física e personal trainer
de natação no Clube Militar, Viviane Carvalho
mirou no que viu e acertou no que não viu.
Diante do interesse de alunos em aulas parti-
culares, ela montou um atendimento especial
com, no máximo, dois alunos por horário. “As
pessoas que me procuram são, em sua maioria,
profissionais que precisam de uma certa flexibi-
lidade de horário. Metade faz natação pensan-
do no condicionamento físico, enquanto a outra
metade está em busca de aprendizado mes-
mo”, explica. Neste segundo grupo incluem-se
pessoas com fobia de água e necessidades es-
peciais – como síndrome de down ou paralisia –, além de grupos da terceira idade. Não é
preciso ser sócio do clube para se inscrever, é só agendar diretamente com ela por telefone
(9276-0558) ou por e-mail [email protected].
Cara do JB Viviane Carvalho
Nesta primeira edição de 2011, abrimos um
novo canal de comunicação entre os leitores
e o informativo do JB: Fala Morador! Escreva
para jbemfo [email protected].
Com a palavra, Leonardo Aversa, fotógra-fo: “Eu adoro o La Bicyclette, ali em frente à Globo. Espetacular! Ruim é esse prédio comercial que a João Fortes vai construir onde era o posto de gasolina. Aquela área vai virar um inferno.”
FALA MORADOR!
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CLASSIFICADOS Aulas de piano professora formada na França,
com mais de 10 anos de experiência, especializa-
da em aulas para crianças a partir de 4 anos. Em
domicílio ou na rua Pacheco Leão. Béatrice: 2512-
1940 ou 8149-0070
cando tratamento ou remoção da espécie, de
acordo com o diagnóstico. A ideia é que, depois
do serviço pronto, o cuidado com as árvores
passe a ser responsabilidade de cada imóvel em
frente ao qual a árvore está situada.
Adubo orgânico é brinde!A partir de março, quem compra um muda de
plantas no Horto Florestal do Jardim Botânico
ganha um saquinho com adubo orgânico, produ-
zido pelo próprio parque, em sua miniusina de
compostagem.
Leilão de Artes no Parque LageA Associação de Amigos da Escola de Artes Vi-
suais do Parque Lage promove na quinta-feira,
dia 31 de março, às 19h, leilão com obras doa-
das por artistas plásticos em prol da Escola. As
obras poderão ser vistas de 28 a 30 deste mês,
das 10h às 21h, na sede da EAV. O leilão será
organizado pelo tradicional Evandro Carneiro. Na
ocasião, será lançado o projeto Artista Visitante,
com gravura inédita de Thereza Miranda, editada
nas Oficinas da Imagem Gráfica.
Primeiro Sebinho do AnoSerá dia 16 de abril, sábado, a partir das 10h,
na Praça Pio XI, o primeiro Sebinho do ano, que
vai homenagear o Dia Nacional do Livro Infan-
til. Além da troca de livros promovida pelo site
www.amigasdapracinha.com.br, o evento con-
tará com atividades recreativas dos grupos Tati-
bitati e Meleka de Jacaré.
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Sobe e desce comercialDepois de 15 anos no bairro, a loja de objetos
de decoração Illiá fechou as portas no início de
março. Pertinho dali, onde até recentemente
funcionou a loja de móveis Mazotti, vai surgir
um salão de beleza da rede Werner. A ótica
Styl’Optique acabou, mas ninguém vai ficar sem
enxergar. Em seu lugar já está funcionado a óti-
ca Carol. Foi anunciada a inauguração de uma
nova filial da academia A! Body Tech na rua Ma-
ria Angélica, entre o Bráz e o Frontera, mas só
em 2012! Já a produtora Câmera 2, que funciona
numa pequena casa na Visconde da Graça, está
expandindo seus domínios e acaba de alugar a
casa ao lado do antigo Fazendola.
Mais cultura no Jardim BotânicoEstá marcada para o dia 22 de março a abertura
de um novo espeço cultural no Jardim Botânico
do Rio de Janeiro. A inauguração do Galpão das
Artes será com uma exposição sobre a vegeta-
ção do Cerrado brasileiro.
SOS árvoresA poda indiscriminada de árvores no Jardim
Botânico está com os dias contados. A AMA-JB
estabeleceu parceria entre a Comlurb, a Funda-
ção Parques e Jardins e a Secretaria Municipal
de Conservação, com o objetivo de melhorar a
arborização do bairro a médio e longo prazo. A
primeira etapa foi mapear todas as árvores da
rua Benjamin Batista. Profissionais da empresa
Inverde avaliaram o estado de cada uma, indi-
Folhas do Jardim q
Bloco da Pracinha premia fantasias originaisO Bloco da Pracinha já conquistou espaço na
agenda momesca da garotada. A quarta edição
- que tradicionalmente “concentrou, mas não
saiu” no sábado antes do carnaval, dia 26/2 -
trouxe novidades, como a bateria As Meninas
do Nós, formada por jovens percussionistas do
grupo Nós do Morro, do Vidigal, que misturou
sambas e marchinhas, colocando pais e crianças
para dançar. Outra novidade foi a premiação de
fantasia original em quatro categorias: baby, me-
nina, menino e família (foto do clã Só Gomen-
soro). O evento contou com o apoio do comércio
do bairro, como IBEU, Mercado Afonso Celso, Bi-
bi Sucos, Belmonte, Bar Jóia, Sorvete Mil Frutas,
Baukurs Cultural, Studio Mariana Lobato, Jardim
Botânico Educação Infantil e Showbras (material
de construção). Os vencedores ganharam cami-
setas do bloco, livros infantis da editora Zahar,
vale-presente da Parceria Carioca e da Griffos,
além da coleção Disquinho, da Warner Music.
Juizado agora é na Gávea!
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Para alegria dos moradores e frequentadores
de Pracinha dos Jacarandás, desde o início de
fevereiro, o VI Juizado Especial Cível mudou
para o prédio do IASERJ, na Gávea (entre o
Planetário e a PUC), em prédio do governo do
Estado, sem custo de aluguel para o Tribunal de
Justiça. A vizinhança do antigo endereço agra-
dece, bem como funcionários da instituição e
os usuários de seus serviços, que agora contam
com um ambiente mais agradável e adaptado
ao atendimento do público.
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Mercado imobiliário em alta no JBSe até um grande chef se depara com dificulda-
des para encontrar um espaço no Jardim Botâni-
co, imagine um cidadão comum que se encanta
pelo bairro e o escolhe para morar? Em fevereiro,
além de circular em sua bicicleta pelo bairro, Oli-
vier Cozan (foto página ao lado) apelou à rede
de relacionamentos Facebook para achar um en-
dereço adequado ao novo restaurante que quer
abrir entre a Lagoa e o sovaco do Cristo. Olivier
esteve à frente do Allons Enfants por sete anos
(de 1994 a 2001) e agora quer voltar para a
região tanto para morar como para trabalhar: É
uma questão de qualidade de vida!, atesta.
Seguindo a tendência da Zona Sul do Rio, a va-
lorização imobiliária do Jardim Botânico aumen-
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tou muito de seis anos para cá e é assunto nas
rodas de amigos. A advogada especializada em
Direito Imobiliário Michelli Barros (foto página ao
lado) , que atua há 18 anos neste mercado e há
três com foco no Jardim Botânico, explica que a
demanda por imóveis no bairro é bem maior do
que a oferta. Os motivos pela grande procura são
os mesmos destacados por nossos ilustres mo-
radores: tranquilidade, bucolismo, proximidade
com o verde e clima de roça.
- O que acontece com mais frequência é o in-
teressado em vender só fechar o negócio depois
de ter encontrado um apartamento do seu gosto
para comprar, explica Michelli.
Foi exatamente isto que aconteceu com o
engenheiro Guido Gelli, que mora no Jardim
Botânico há 15 anos e trocou de imóvel recen-
temente, depois de passar quase dois anos pro-
curando um novo endereço capaz de acomodar
o crescimento de sua família: esposa, três filhas,
um cachorro, duas gatas e um peixe.
- A especulação imobiliária no Jardim Botâni-
co é um perigo. O bairro está saturado, observa.
Além da compra, venda e aluguel de imóveis
a preços astronômicos, a maior preocupação dos
atuais moradores daqui parece ser com a cons-
trução de novos imóveis. A crescente especula-
ção imobiliária vem atraindo grandes construto-
ras e projetos mirabolantes para cá, como o da
CHL, na rua Corcovado, que queria construir um
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condomínio com 30 apartamentos ali, divididos
em dois blocos de quatro andares. Como o des-
membramento do terreno de número 17 não foi
permitido, inviabilizando o segundo bloco, tudo
indica que o projeto perca o interesse.
Outra obra que antes mesmo de começar foi
alvo de manifestações contrárias à sua realiza-
ção é a do terreno onde ficava o posto Shell. Em
outubro de 2010, a João Fortes reuniu-se com a
AMA-JB e outros representantes da região para
apresentar o projeto de um prédio comercial,
com cinco andares e uma cobertura, dentro do
gabarito permitido na área de 14m de altura.
Daquela época até fevereiro deste ano, o edifício
saltou para 27m, numa curva de crescimento de
fazer inveja a qualquer garoto de 13 anos!
Para a corretora Michelli Barros, o futuro pré-
dio vai vender rápido, porque a região é carente
de espaços comerciais e o ponto é muito bom.
Nas palavras de Nelson Freitas, que acumula 35
anos de experiência e é o atual diretor regional
da Julio Bogoricin Imóveis, “A procura por imó-
veis no Jardim Botânico é semelhante ao que
aconteceu com o Leblon na década de 1980”. O
interesse maior, segundo o profissional, é pelos
apartamentos em prédios pequenos, sem ele-
vador e garagem, com condomínio em torno de
R$ 300: “Assim como as casas de vila, estes têm
venda imediata”, garante.
Atenta ao boom imobiliário do bairro, a AMA-
JB, na figura de seu presidente Alfredo Piragi-
be, tem mobilizado os moradores por meio de
abaixo-assinados e manifestações, a fim de ga-
nhar força para obrigar que os projetos perma-
neçam dentro da lei até a entrega do imóvel,
respeitando os aspectos naturais e urbanos do
Jardim Botânico.
- A AMA JB já está correndo atrás, pelas vias
legais, com uma solicitação para embargar o
recurso da João Fortes no INEPAC, mas precisa
da ajuda e apoio de seus moradores. Em breve,
faremos uma manifestação pacífica na frente do
terreno, anuncia Alfredo.
Neste contexto, até o Jardim Botânico do Rio de
Janeiro – patrimônio natural e histórico nacional –
entrou na berlinda com seus 19 núcleos habita-
cionais, que somam mais de 600 casas, em sua
maioria ilegais. Como exemplos, podemos citar
a comunidade conhecida por Grotão, localizada
atrás do Serpro, que tem 54 casas; a vila na saída
do parque, na rua Major Rubens Vaz e a área atrás
da delegacia com outras 23. Mas, sem dúvida, o
mais absurdo é a construção à margem da rua
Pacheco Leão, em frente ao restaurante Couve-
Flor, que, apesar de dentro do parque, tem acesso
independente e até numeração! (foto)
As primeiras casas construídas na area do Jar-
dim Botânico datam da época de sua criação.
Os funcionários eram autorizados a permanecer
ali devido às dificuldades de transporte, e aca-
bavam ficando, mesmo após deixar o emprego.
Os imóveis foram transmitidos a seus descen-
dentes e muitos deles foram vendidos ou am-
pliados. A ocupação desordenada e a formação
de comunidades tornaram-se problemas para a
administração do Jardim Botânico, que não tem
como fiscalizar construções e obras ilegais nos
seus 144 hectares, nem, muito menos, poder
para expulsar os atuais moradores. Sem dúvida,
trata-se de uma questão difícil de ser resolvida,
que ainda vai gerar muita polêmica.
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JBF InDICA CINEClUBE NA AICTV
Até o dia 27 de maio, a Academia Inter-
na cional de Cinema e TV exibe a mostra
Federico Fellini. As sessões, que acontecem
sempre às sextas-feiras, às 20h, são gratui-
tas e podem acolher até 60 pessoas. A AICTV
fica no rua Jardim Botânico, 601/sobrado.
A programação pode ser conferida no site
www.aictv.com.br
AlIMENTAÇÃO SAUDÁVEl
Depois de comandar por 12 anos o SPA
Ballnearium, Linda Lerner mudou seu foco
para a comida orgânica, com seu Buffet Vivo
& Orgânico. O negócio começou informal-
mente, com o delivery do Suco da Luz do
Sol, feito artesanalmente com pepino, maçã,
gengibre e clorofila. Atualmente, Linda tem
uma barraca na feira orgânica, que acontece
aos sábados, na Igreja São José, onde vende
a linha de biscoitos vivos Kraker, feitos de
semente de linhaça dourada germinada.
ROBERTO MAgAlHÃES EM PRETO E BRANCO
A dica para quem gosta de arte é a exposi-
ção “Roberto Magalhães: Preto/Branco”, que
estará em cartaz de 25 de março a 22 de
maio, na Escola de Artes Visuais do Parque
Lage. A mostra reúne 79 xilogravuras e 26
desenhos realizados por Roberto Magalhães
entre 1963 e 1965, pouco vistas pelo públi-
co. As xilogravuras foram impressas na ofici-
na de imagem gráfica da EAV, recentemente
reformada e equipada.
O Jardim Botânico é palco de um grande
desfile de fantasias no bloco Suvaco do Cris-
to, que sai no domingo anterior ao carnaval.
Nessa hora, o que vale é a criatividade, co-
mo a dos homens melancia, Buzz Lightyear
e a trupe de ETs..
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TUDO POR UMA ÁRVORE
A acácia amarela que fica em frente ao núme-
ro 12 da rua Benjamin Batista é o pivô de uma
polêmica há anos entre moradores do prédio.
De um lado,os que defendem a permanência da
árvore, como a designer de interiores Alessan-
dra Ortiz (foto). Do outro, vizinhos que querem
removê-la, alegando que ela está condenada. O
imbróglio terá mais um round no dia 10 de abril,
quando Alessandra promove um “Abraço à ár-
vore”. A manifestação já conta com mil assina-
turas e até uma marchinha, feita especialmente
para a ocasião. “Esta árvore se tornou um sím-
bolo da natureza urbana e farei tudo o que for
possível para preservá-la”, afirma Alessandra.
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Cidadania r
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Se quem é rei nunca perde a majestade, acre-
ditamos que alguns moradores ilustres também
sejam capazes de continuar interessantes a
nossos leitores mesmo depois de deixarem o
Jardim Botânico. É o caso da jornalista Heloísa
Fischer que se mudou para o Humaitá há um
ano diante da possibilidade de sair do aluguel.
Heloísa fundou em 1994 a revista VivaMú-
sica!, que mais tarde deu origem a um site e
um guia. Desde então, transformou-se numa
das maiores incentivadores da música clássica
no Brasil. Este ano, ela inovou mais uma vez
com a criação do bloco carnavalesco Feitiço do
Villa, que desfilou no Dia Nacional da Música
Clássica (5 de março), quando também se co-
memora o nascimento do compositor Heitor
Villa-Lobos. O bloco fez sucesso e mostrou que
o gênero ainda tem muito gás, mesmo em
pleno carnaval!
- Esperávamos um público em torno de 500
pessoas e acabamos recebendo o triplo. Além
disso, vários músicos apareceram na hora com
seus instrumentos para participar da festa. –
conta a jornalista.
O Feitiço do Vila passou, mas isso não signi-
fica sossego para Heloísa. Além do bloco e do
Instituto VivaMúsica!, ela ainda está à frente de
programas homônimos nas rádios CBN e MEC e
já cuida dos detalhes da segunda temporada do
projeto “Democlássicos”, que leva música clássi-
ca a casas noturnas de várias capitais brasileiras.
Como boa apreciadora de música, Heloísa
sente falta “de um certo silêncio” em seu novo
endereço, típico da proximidade com o mato,
mesmo estando a poucos metros do burburinho.
Mas ela vê muitas semelhanças entre o Jardim
Botânico e o Humaitá:
- Acho que eles têm uma alma parecida, tal-
vez porque partilhem a mesma face verde do
Corcovado. Ambos possuem um clima de tran-
quilidade, apesar de cortados de alto a baixo por
artérias de trânsito extremamente carregadas,
ruas que deveriam ser nomeadas avenidas co-
mo a Jardim Botânico e a Humaitá, com tantas
pistas, ônibus e tráfego! – pondera.
Mesmo não morando mais por aqui, a jorna-
lista continua frequentando lugares aonde antes
ia a pé, como o Bistrô 66 ou o Café do Lage, na
Escola de Artes Visuais do Parque Lage, seja pa-
ra reuniões de trabalho, com amigos ou “apenas
para estar comigo mesma e pensar na vida”.
Outro restaurante ao qual tem ido com frequên-
cia é o Lorenzo Bistrô, na rua Lopes Quintas, na
esquina com a Visconde de Carandaí.
Em sua opinião, nada no Rio é tão bonito
quanto o Cristo, no alto do Corcovado, visto da
subida da rua Maria Angélica. Para ela, o verde
que encontramos no bairro, que tem Jardim Bo-
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tânico e Parque Lage, é covardia com os demais
endereços nobres do Rio.
Assim como muitos moradores daqui que já
se manifestaram em reuniões e grupos na inter-
net, Heloísa gostaria de acrescentar pelo menos
um sinal de trânsito na Rua Jardim Botânico.
- Faz imensa falta um sinal entre a saída do
Rebouças e a Eurico Cruz. Muita gente já perdeu
a vida ou se machucou por falta de sinal naque-
le trecho. É uma barbaridade! – observa.
Mesmo sem perspectivas de nova mudança,
Heloísa garante que voltaria a morar no Jardim
Botânico a qualquer hora: “Foram apenas 30
meses de JB, mas o suficiente para eu perceber
que o bairro é o melhor lugar para se morar no
Rio de Janeiro, bem melhor que Leblon e Ipane-
ma!” Que os corretores não a ouçam!
Ilustre Morador q q
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PRÓXIMA EDIÇÃO: MAIO/JUNHO. RESERVE JÁ O SEU ESPAÇO: 2294-4926
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