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O Tablado completa 60 anos sem festa Cacá Mourthé usa criatividade para manter a instituição que é referência no ensino de teatro e Patrimônio Cultural da cidade. (Páginas 4 e 5) Cachoeira dos Primatas A foto acima é obra de nosso Ilustre Morador, Marco Terranova, que tem no currículo um Prêmio Esso de Fotografia (Página 7) Vik Muniz no Parque Lage Artista plástico fez palestra de abertura do Circuito das Artes do Jardim Botânico 2011. (Página 3) jb f olhas setembro/outubro 2011 | ano 7 | nº42 distribuição gratuita em o informativo do jardim botânico

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Informativo do Jardim Botanico

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O Tablado completa 60 anos sem festaCacá Mourthé usa criatividade para manter a instituição que é referência

no ensino de teatro e Patrimônio Cultural da cidade. (Páginas 4 e 5)

Cachoeira dos Primatas A foto acima é obra de nosso Ilustre Morador, Marco Terranova,

que tem no currículo um Prêmio Esso de Fotografia (Página 7)

Vik Muniz no Parque Lage Artista plástico fez palestra de abertura do Circuito das Artes

do Jardim Botânico 2011. (Página 3)

jb folhassetembro/outubro 2011 | ano 7 | nº42 distribuição gratuita

emo informativo do jardim botânico

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ExpedienteO JB em Folhas é uma publicação bimestral, editadapelo Armazém Comunicação Projetos Jornalísticos Ltda.

www.armazemcomunica.com.br

Editora Responsável: Christina Martins (Mtb 15185 -RJ)

Redação: Betina Dowsley

Projeto Gráfico: Paulo Pelá - www.bolaoito.com.br

Revisão: Carla Paes Leme

Publicidade: Célia Medeiros - 9433-8321

Impressão: CMYK Gráfica - 2581-8406

Secretária de Redação: Sheila Gomes

Fotos da Capa: Chris Martins, Marco Terranova (cachoeira)

Tiragem: 5.000 exemplares

Telefone: 2294-4926

e-mail: [email protected]

site: www.jbemfolhas.inf.br

Editorial O Tablado, 60 anos de glamour

Caro Leitor,

Apesar de nunca ter morado no Jardim Botânico, Maria Clara Machado é a maior definição

do bairro. Foi aqui, dentro do Patronato da Gávea, que a maior autora brasileira de textos

infantis descobriu sua veia artística e fundou o Tablado, que agora em outubro comemora

60 anos de existência. Durante esse período - aproveitando o termo em moda – o espaço

bombou o teatro no Rio de Janeiro e a esquina da rua Lineu de Paula Machado, se tornan-

do uma referência. Nacional. Antigamente, no único dia de inscrição, milhares de pessoas

formavam uma fila na disputa por uma vaga no Tablado.

Ainda existe o glamour de estudar no Tablado, hoje sob o comando de Cacá Mourthé, e

é isso que mantém o curso e o ideal de Maria Clara Machado vivos. Mas como você po-

derá conferir em nossa matéria de capa, nas páginas 4 e 5, nem tudo são flores. Apesar

de toda a sua importância para o teatro e na formação de atores ao longo de todos esses

anos, o Tablado não tem conseguido verba para produzir seus espetáculos em nenhum

dos diversos editais oferecidos e não poderá comemorar à altura os seus 60 anos.

Se nos anos 50, o Tablado tornou o Jardim Botânico mais conhecido, hoje essa divulga-

ção se faz naturalmente. Qualquer coisa que aconteça na cidade, tem que marcar presen-

ça também no bairro. Foi o caso do Circuito Rio Show Gastronomia, que aportou na praça

da Igreja São José. Leia mais na coluna Folhas, na página 3.

E como outubro é o mês das crianças, a coluna JBF Indica, na página 6, é dedicada a

elas, com sugestões de cinema, leitura e lazer para a turma miúda.

Até novembro!

Christina Martins e Betina Dowsley

Distribuição:Bancas de jornais, galerias e prédios comer ciais do

Jardim Botânico, Bibi Sucos, Cavídeo, Jardim Botânico,

Parque Lage, Agência dos Correios da rua Jardim

Botânico. Display: Galeria da Rua Maria Angélica.

Telefones úteisBombeiros 193 / 3399-1234Cedae (água e esgoto) 195 / 0800 281195CEG (emergência) 0800 240197CET-Rio 2286- 8010Comlurb 2204-9999Defesa Civil 199 / 2576-5665Disque-Denúncia 2253-1177Disque-Luz (Iluminação urbana) 2535-5151Disque-Barulho e Patrulha Ambiental 2503-2795Guarda Municipal 153Light 0800 21019615ª DP 2332-2871Polícia Militar 190Subprefeitura da Zona Sul 2274-4049 / 2511-0501Vigilância Sanitária 2503-2280Tele-Dengue 3553-4025Tele-gripe 0800 2810 100Procon 151

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Dia sim, dia não, das 7h às 15h, Valdimir Pereira chama a atenção de pedestres e motoristas

que passam pela esquina das ruas Maria Angélica e Jardim Botânico. É comum ver o 2º Sargen-

to - lotado no 23º Batalhão da PM, do Leblon – dar bronca na turma que não respeita o sinal e

o cruzamento, que é recordista em atropelamentos no bairro. “O pedestre abusa e não respeita

as regras básicas”, explica. Quando acaba de falar, três estudantes atravessam na frente do carro

com o sinal aberto. É deixa para ele mandar o recado: “Sua mãe mandou você vir para a escola

e não para o Miguel Couto”. Para o policial, hoje não existe hora certa para trânsito intenso, mas

ele aponta a quarta como o dia mais movimentado, por conta da feira que acontece na Rua

Maria Eugênia, no Humaitá, e que obriga todos os carros a descerem pela Maria Angélica.

Cara do JB Sargento Pereira

Quem foi que teve a ideia de agendar a coleta seletiva da rua Jardim Botânico, lado ímpar, no mes-

mo horário da faixa reversível, quando só temos uma faixa da via para ir da Gávea ao Humaitá?

Toda quarta-feira, o trânsito para na altura da rua Maria Angélica. Sérgio Lifschitz

Para elogiar ou para reclamar, este aqui é o seu espaço. Mande a sua opinião para jbemfo [email protected].

FALA MORADOR

musical para escolher a música-tema, inédita, do

ponto turístico. As músicas selecionadas foram

apresentadas no final de agosto no Espaço Tom

Jobim, no Jardim Botânico, e “Redentor”, do DJ

MAM e Rodrigo Sha, venceu a disputa, concorren-

do com cerca de 2.000 músicas inscritas.

Novos endereços no bairroDesde o final de julho, os frequentadores do Jar-

dim Botânico têm uma nova opção de cafeteria.

O 7 do Tom serve café da manhã, lanches e re-

feições leves. e funciona diariamente, das 8h às

18h, ou até mais tarde em noites de espetáculo.

Acesso pela Rua Jardim Botânico, 1008. Também

no ramo gastronômico, foi aberto o Jojô na rua

Pacheco Leão, onde antes funcionava o Lavoura

Café. Já o bistrô dentro do casarão do Parque La-

ge agora chama-se D.R.I.

De olho na saída do bancoUma nova modalidade de assalto surgiu no bair-

ro nas últimas semanas. Assaltantes marcam

uma vítima no banco. Quando ela sai, eles a

seguem até outro estabelecimento, onde fazem

a limpa não apenas em quem estavam de olho,

mas também nas demais pessoas presentes.

Rio Show Gastronomia no JBA praça da igreja São José, na Lagoa, está fazendo

sucesso. Depois de acolher a feira orgânica, que

acontece semanalmente, o espaço recebeu, no

dia 20 de agosto, a Cozinha Show que integra a

programação do evento Rio Show Gastronomia,

promovida pelo jornal O Globo, e que pela primei-

ra vez aportou no bairro. No comando do cami-

nhão com vidro transparente que transporta uma

super cozinha (foto abaixo) estava a chef Teresa

Corção, que durante quatro horas conversou com

o público sobre dicas de culinária e ainda ensinou

a fazer tapioca com diferentes recheios.

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Caminho do Horto reabertoO Jardim Botânico do Rio de Janeiro reabriu ofi-

cialmente, em 9 de setembro, o Caminho do

Horto (foto), fazendo a ligação entre o arbore-

to do JBRJ com seu Horto Florestal e a Escola

Nacional de Botânica Tropical – ENBT. O cami-

nho passou por obras de melhoria, recebendo

o mesmo piso permeável e à prova de lama

utilizado nas aleias do Arboreto, facilitando o

trânsito a pé e possibilitando o tráfego dos car-

rinhos elétricos.

Novo sinal JBComeçou a funcionar no final de agosto um no-

vo sinal de trânsito na rua Jardim Botânico, em

frente à loja da Julio Bogoricin e ao novo prédio

da Rede Globo. A instalação do sinal foi solicita-

da pela AMAJB à CET-Rio, em função de vários

acidentes no local, alguns deles fatais.

Música para o CristoO Cristo Redentor do Corcovado do Rio de Janeiro

– uma das sete maravilhas do mundo moderno

– completará 80 anos em outubro. As comemo-

rações começaram com a inauguração de sua

nova iluminação e, em agosto, com um concurso

Folhas do Jardim

Vik Muniz no Parque LageO artista plástico Vik Muniz foi a grande sensação

da abertura do 15º Circuito de Artes do Jardim

Botânico. Muito simpático, Vik falou do início da

carreira, quando trabalhava com publicidade e co-

mo, aos poucos, foi seguindo o rumo da fotografia

e, posteriormente, das artes plásticas. Ele brincou

com a plateia e estimulou os interessados a não

desistir diante das dificuldades. Vik ainda mostrou

detalhes da produção do longa “Lixo Extraordiná-

rio”, indicado ao Oscar de melhor documentário

de 2011 que mudou a vida de alguns catadores

de lixo de Gramacho, que participaram do filme.

Organizado por Cattia Capistrano e Gabriella Civi-

tate, o Circuito de Artes recebeu esse ano cerca de

8 mil pessoas que visitaram ateliês, restaurantes

e participaram do Circuitinho para crianças.

Sebinho nas Canelas

Outubro é o mês do Sebinho nas Canelas. Além

de comemorar o Dia da Criança, público em po-

tencial do troca-troca de livros, o evento tam-

bém faz aniversário. Para comemorar seu séti-

mo ano de existência, o Sebinho ocupa a praça

Pio XI, no dia 8 de outubro, sábado, das 10h

às 13h, com uma programação variada. Para

começar, a turma da Dona Carochinha vai orga-

nizar uma oficina de customização de aventais

para brincadeiras, enquanto o IBEU participa

com uma contação de história especial para as

crianças. O importante é levar livros sem rasura

e em bom estado.

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O Tablado – Muitas Histórias Para ComemorarO ano de 2011 é muito especial para O Tabla-

do. Em outubro, o teatro completa 60 anos de

criação e, no mês de abril, Maria Clara Ma-

chado, sua fundadora, teria feito 90 anos de

idade. No entanto, este ano não vai ter festa.

Os administradores do teatro – Cacá Mourthé à

frente – não conseguiram nenhuma verba para

viabilizar sequer uma montagem teatral ou a

edição de um livro com os cartazes das peças,

entremeados pela história do teatro.

- Inscrevemos O Tablado em editais da Pe-

trobras, BNDES, Vale, mas não conseguimos

nada. Em Brasília, a Clara foi homenageada pe-

lo CCBB. Parece que carioca não tem memória

– lamenta Cacá, sobrinha e herdeira de Maria

Clara Machado.

Sem perder a ternura jamais, O Tablado vai

sobrevivendo como pode. Com uma equipe de

35 pessoas, o espaço se mantém exclusiva-

mente com as mensalidades de seus cursos e

a bilheteria de seus espetáculos, cujos preços

praticados estão bem abaixo de outros teatros

da cidade. A última montagem de “O cavalinho

azul”, em 2009, ainda ganhou uma tempora-

da no Shopping da Gávea, mas, mesmo assim,

não pagou todos seus custos.

- A gente adotou essa política de cobrar in-

gresso com preço em conta para possibilitar o

acesso ao teatro, mas está longe de cobrir to-

das as despesas – ressalva Cacá.

Os famosos Cadernos de Teatro – editados

sem custo pela equipe e pelos amigos do Ta-

blado, como Bernardo Jablonski, Guida Vianna

e Lionel Fischer – há três anos não conseguem

ser publicados por falta de financiamento pa-

ra a impressão. Mas graças ao patrocínio da

Petrobras, em 2006, o acervo teatral de Maria

Clara Machado pode ser consultado por qual-

quer pessoa no local, mediante agendamento.

Já cartas e outros documentos pessoais da au-

tora e diretora estão arquivados na Casa de Rui

Barbosa. Uma iniciativa criativa para arrecadar

fundos para revitalização da sala foi a campa-

nha “Amigos do Tablado”, que promoveu – nos

55 anos do teatro – a venda de cadeiras cati-

vas, que esgotaram rapidamente.

Desde sua fundação até hoje, O Tablado já

produziu 125 espetáculos, que juntos soma-

ram seis mil apresentações. A cada ano, cerca

de mil candidatos se inscrevem para participar

dos 23 cursos, que têm capacidade para 300

alunos. Apenas 10% deste número desistem

do curso ao longo do período. A grande maio-

ria completa os três anos consecutivos obri-

gatórios para obter o registro de ator junto ao

sindicato. Muitos seguem o curso por até cinco

anos e há os que não conseguem se desligar

completamente e, volta e meia, passam pe-

lo mágico endereço. O segredo deve estar no

ambiente acolhedor, na colocação da prática

em primeiro lugar e na dedicação e no envol-

vimento exigidos, seja na frequência às aulas,

seja no conhecimento da engrenagem teatral

como um todo. Bom exemplo disso é Júlia Ma-

ria, que nas aulas já demonstrava interesse pe-

la cenografia e acaba de ser contratada como

cenógrafa pela TV Record.

O Tablado, aliás, é reconhecido celeiro de artistas,

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e sempre tem um diretor de elenco ou outros

‘olheiros’ na plateia de seus espetáculos. Dali sa-

íram nomes como Louise Cardoso, José Lavigne,

Cláudia Abreu (foto acima), Maria Clara Gueiros,

Matheus Solano e, da nova safra de humoristas,

Marcelo Adnet, Fernando Caruso e Gregório Du-

vivier. Até mesmo a temida crítica de teatro do

jornal O Globo, Bárbara Heliodora estudou no

Tablado e passou por suas coxias nas peças

“Chapeuzinho Vermelho” (1956), “O embarque

de Noé” (1957) e “A bruxinha que era boa”

(1958). Também formado pelo Tablado, Pedro

Cardoso voltará a seu primeiro palco ainda em

setembro com a peça “One way”, que ficará em

cartaz até 15 de novembro, sempre aos sábados

e domingos, às 21h.

Tudo começou em 1949 com o voluntariado

de Maria Clara Machado, que foi ao Patronato da

Gávea com o objetivo de ajudar a cuidar da po-

pulação carente da região. As dirigentes da insti-

tuição logo perceberam que a jovem não levava

jeito para aplicar injeções, mas era ótima com as

crianças. As brincadeiras e jogos teatrais que ela

desenvolvia para entretê-las, hoje, a classifica-

riam de recreadora. O imóvel na Lineu de Paula

Machado, onde O Tablado funciona até hoje, foi

cedido à Maria Clara em 1951 e desde então abri-

ga cursos de teatro, escolinha infantil e a sala de

teatro, em si, com capacidade para 147 pessoas.

A veia artística de Maria Clara Machado é coi-

sa de família. Em 1962, depois de ter tido au-

las com sua meia-irmã, Aracy Mourthé (foto ao

lado) abriu a primeira turma de “Iniciação ar-

tística para crianças”, da qual participaram sua

filha Cacá e sete amigas. Desde então, Aracy

nunca mais parou.

- Adoro dar aula para adolescentes, eles têm

muita energia, garante a professora que se

mantém à frente de duas turmas por semana.

O sucesso de suas aulas está nos jogos que

promove. Um exemplo curioso é “O bonde”,

um tipo de dança das cadeiras. Quando Aracy

começou a dar aula, quem não conseguisse se

sentar tinha que contar uma história. “Hoje to-

do mundo fica em pé!”, diverte-se.

A trajetória de Cacá também não poderia ser

diferente. Ela frequenta O Tablado desde pe-

quena e, aos cinco anos, estreou no palco como

a caçula “Gretl”, de “A noviça rebelde”. Jovem

veterana, com apenas 18 anos, assumiu sua

primeira turma para adolescentes. Participou

de inúmeras peças como atriz e por 10 anos foi

assistente de direção de Maria Clara Machado,

com quem escreveu também algumas peças.

Outro que não fugiu à regra foi Pedro Mour-

thé Kosovski, filho de Cacá. Ele assistia a todas

as aulas. Começou com a Guida Vianna e, ape-

sar de não fazer questão de atuar, nunca mais

saiu de cena. Ele dá aula uma vez por semana

no Tablado e escreveu o musical “Outside”, so-

bre a vida de David Bowie, recentemente en-

cenada no Espaço Tom Jobim.

Desde 2002, com a saída de Eddy Resende

Nunes e João Sérgio Marinho Nunes, que par-

ticiparam da fundação do grupo, Cacá assumiu

a Diretoria Artística do Tablado e continua dan-

do aulas – duas por semana – para adultos. Ela

guarda na memória a imagem de uma Maria

Clara Machado brincalhona, que trabalhou até

os 79 anos, um ano antes de falecer. A maior

lição de seu convívio com a mestra foi aprender

a equilibrar liberdade com responsabilidade,

misturando disciplina com criatividade a fim de

preservar o espírito lúdico do teatro.

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Livro “Menina-Menina, Princesa de lama”

JBF INDICA ra do Jardim Botânico, Rosane é formada em

Letras, pela PUC-Rio, e em Música, pela Escola

da Madalena Tagliaferro. É fundadora do Letra

Falante, grupo de discussão de literatura infan-

til e juvenil.

Atividades para criançasA turma miúda também gosta de se exercitar – e

com charme! O sucesso para crianças a partir de

3 anos são as aulas de balé no Studio Mariana

Lobato e no Lunático Café & Cultura. O primeiro

oferece 50% de desconto na matrícula, enquan-

to no segundo é possível obter desconto de 90%

na matrícula e 50% na primeira mensalidade.

Filmes gratuitos para a garotadaUm sábado por mês, sempre às 16h, o Baukurs

Cultural, em Botafogo, promove o Kinder Kino,

cineclube infantil gratuito. Sob a coordenação

de Mônica Atalla, educadora com especializa-

ção em Psicopedagogia e em Arteterapia, as

Arrastão teatral? Ou será performance urba-

na? Para os alunos do Tablado é apenas mais

uma aula do professor Cico Caseira, que co-

manda a trupe pela rua Jardim Botânico nas

manhãs de sábado. Fantasiados, eles extra-

vasam sua veia artística e chamam a aten-

ção de quem passa, mostrando que a arte

está na rua, mais viva do que nunca.

Flagrante

sessões são seguidas de atividades lúdicas.

Os próximos filmes do Kinder Kino serão “O

Menino Maluquinho 2, a aventura” (dia 1º

de outubro) e “Os contos do coelho Peter”

(dia 5 de novembro). É bom reservar lugar

com antecedência, pois a sala comporta 30

pessoas e as crianças devem estar acompa-

nhadas de um adulto. Tel: 2530-4847.

Em seu terceiro livro, em “Menina- menina,

princesa de lama...”, Rosane Villela mistura

suas lembranças do rio Paraíba e do Rio de

Janeiro ao folclore brasileiro. As ilustrações

são da premiada Giselle Vargas. Morado-

O fotógrafo e jornalista Marco Terranova mora

há quatro anos e meio no Jardim Botânico. Mas

nem mesmo seu olhar treinado percebeu que

há muito tempo ele escolhe morar em torno

do Maciço da Tijuca (em bairros como Laran-

jeiras, Gávea e São Conrado), tema de seus

livros “Montanhas do Rio” e “Uma floresta na

metrópole” e local favorito para suas pedala-

das quase diárias.

A floresta está tão presente na vida de Terra-

nova que dizer que ela é seu pulmão é pouco.

Certo seria afirmar que é o próprio coração de

suas vidas pessoal e profissional. A mata é seu

quintal, seja para ler jornal na varanda de seu

apartamento ou para andar de bicicleta cerca de

40km até o Sumaré! O esforço físico o revigora e

dá ânimo para encarar o trânsito do bairro.

- Certamente, este é o maior problema do

Jardim Botânico. O ar caótico que o trânsito in-

tenso confere ao bairro não reflete o dia a dia

das pessoas que escolheram o bairro para mo-

rar, observa Marco.

Ciclista convicto, ele lamenta a falta de or-

dem urbana, mas sabe que este é um proble-

ma de toda grande cidade. “Pelo menos aqui

a gente ainda vê guardas que ajudam idosos a

atravessar a rua”, exemplifica. “Coisa de inte-

rior“, completa.

Fotógrafo da natureza, seus lugares favoritos

são a lagoa Rodrigo Freitas, as cachoeiras e os

parques Lage e Jardim Botânico para passeios e

programas culturais que eles oferecem. Seu ro-

teiro gastronômico aqui inclui o Nanquim, o Le

Pain du Lapin e o La Bicyclette. Outro tour que

ele sugere concentra-se nos estabelecimentos

comerciais da J.J. Seabra e baseia-se no trinômio

livraria-brechó-sorveteria.

Acostumado a ficar por trás das lentes, ele

não se conteve em sugerir ângulos para seu

retrato. A chuva que caiu repentinamente não

foi problema. Terranova confessa que adora o

cheiro de terra molhada e a luz durante e de-

pois da chuva:

- Um dia feliz para mim é um dia chuvoso.

Adoro fotografar a mata úmida, revela.

Natureza à parte, o instinto jornalístico sugere

outros temas em seu trabalho, como a exposi-

ção “Santa Marta dos anjos”, que fica em cartaz

até 22 de outubro, no Baukurs Cultural, em Bo-

tafogo. O foco desta mostra está nos retratos de

pessoas e nos detalhes arquitetônicos da comu-

nidade do morro Santa Marta, somados a uma

série de anjos que sugerem a morte de jovens

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por bala perdida antes da presença das UPPs

em parte das favelas da nossa cidade.

E já que o assunto é fotografia, não dá para

deixar de perguntar ao ganhador do Prêmio Es-

so de Fotografia (1999) qual o melhor ângulo do

bairro. Mesmo sem andar com a máquina a tira-

colo o tempo todo, Terranova não teve dúvidas:

- É incrível a vista do alto do Corcovado, de

onde a gente vê a pedra aos poucos ser substi-

tuída pela mata e logo abaixo as ruas que vão

surgindo por entre as árvores, indica o fotógrafo

que tem também a escalada como hobby.

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A Jardim Botânico Educação Infantil está recolhendo garrafas

com óleo de cozinha para reciclagem. Qualquer pessoa que

queira contribuir é só deixar os recipientes na creche, das 8h às

18h. O endereço é rua Visconde da Graça, 85 – tel: 2540-8799.

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PRÓXIMA EDIÇÃO: NOVEMBRO/DEZEMBRO 2011. RESERVE JÁ O SEU ESPAÇO: 2294-4926

O Tablado completa 60 anos sem festa