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Director: Carlos Luis Figueira Propriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000 Jornal Mensal Ano 13 - Nº162 NOVEMBRO 2013 PREÇO: 0,85 EUROS Guadiana Baixo Baixo Guadiana JORNAL DO PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL DE 01132011 SNS/GSCS TAXA PAGA PORTUGAL CEM NORTE Protesto no Baixo Guadiana para melhor saúde e educação Em Outubro a população do Baixo Guadiana saiu à rua para se manifestar por duas ordens de razão, e agrupadas em idades bem distintas. Por um lado, os utentes, na sua maioria idosos, das extensões de saúde de Odeleite e Azinhal, freguesias do concelho de Castro Marim, e de Vaqueiros, freguesia do concelho de Alcoutim, expuseram o seu protesto contra o encerramento das respetivas extensões. Por outro lado, centenas de alunos da escola secundária de Vila Real de Santo António que têm aulas em con- tentores há três anos e até já almoçam à chuva; sentem-se impotentes perante as obras daquela escola que parecem não ter fim à vista. Redução de Rede Ecológica Nacional pode ir até 40% «Casa do Sal» avança na promoção deste «ouro branco» Centro de Medicina Física traz novas especialidades médicas

Jbg novembro 2013 (2)

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Edição de Novembro 2013. Em destaque as manifestações contra os cortes na saúde e pela conclusão das obras da secundária de Vila Real de Santo António. Os diversos órgãos autárquicos já tomaram posse, damos a conhecer caras e discursos. Crónicas, colunas de cultura, opinião, e muito mais num jornal que dura um mês inteiro.

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2013 | 1

Director: Carlos Luis FigueiraPropriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000

Jornal Mensal

Ano 13 - Nº162

NOVEMBRO 2013

PREÇO: 0,85 EUROS

GuadianaBaixoBaixo

Guadiana

JORNALDO

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADODE PLÁSTICO OU PAPELPODE ABRIR-SE PARAVERIFICAÇÃO POSTALDE 01132011 SNS/GSCS

TAXA PAGAPORTUGALCEM NORTE

Protesto no Baixo Guadiana para melhor saúde e educação

Em Outubro a população do Baixo Guadiana saiu à rua para se manifestar por duas ordens de razão, e agrupadas em idades bem distintas. Por um lado, os utentes, na sua maioria idosos, das extensões de saúde de Odeleite e Azinhal, freguesias do concelho de Castro Marim, e de Vaqueiros, freguesia do concelho de Alcoutim, expuseram o seu protesto contra o encerramento das respetivas extensões.Por outro lado, centenas de alunos da escola secundária de Vila Real de Santo António que têm aulas em con-tentores há três anos e até já almoçam à chuva; sentem-se impotentes perante as obras daquela escola que parecem não ter fim à vista.

Redução de Rede Ecológica Nacional pode ir até 40%

«Casa do Sal» avança na promoção deste «ouro branco»

Centro de Medicina Física traz novas especialidades médicas

2 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |NOVEMBRO 2013

JBGJornal do Baixo Guadiana

Editorial

Vox Pop

R: Nesta fase da vida não esperava estar a passar por uma situação destas. Há que lutar contra estes crimes contras as pessoas.Sou diabético e mensalmente tenho que me dirigir ao centro de saúde, pelo menos uma vez por mês. A consulta que tinha marcada para 23 de Outubro foi, por causa do encer-ramento, empurrada para 8 de Novembro. Antes os medicamentos prescritos eram entregues nas juntas de freguesia e agora nada disso está assegurado.

Nome: Francisco Piriquito Azinhal

Nome: Perpétua MartinsVaqueiros

Diretor:Carlos Luis Figueira

Sub-Diretor:Vítor Madeira

Chefe de Redação:Susana Helena de Sousa CPJ 9621

Redação:Antónia-Maria,Carlos Brito,Joana Germano,José CruzVictoria Cassinello

Colaboradores da Edição:Ana Lúcia GonçalvesEusébio CostaFernando PessanhaFrancisco AmaralGilda PereiraHumberto FernandesJoão ConceiçãoJoão RaimundoMaria Celeste SantosPedro PiresRui RosaTeresa Rita LopesAssociação AlcanceAssociação GUADIAssociação RodactivaCruz Vermelha Portuguesa VRSADECONEIPEurope Direct Algarve - CCDRAlge Associação Odiana

Departamento Comercial:[email protected]/[email protected]

Sede e Redação:Rua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21 8950-909Castro MarimTel: 281 531 171Fax: 281 531 080966 902 [email protected]

Propriedade:Associação OdianaRua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21,8950-909 CASTRO MARIMTel: 281 531 171Fax: 281 531 [email protected]

Pessoa Colectiva: 504 408 755

Direção Executiva:Associação Odiana

Design e Paginação:Rui Rosa

Impressão:Postal do Algarve, LdaRua Dr. Silvestre Falcão,nº 13 C8800-412 TAVIRATel: 281 320 900

Tiragem desta edição:3.000 exemplares

Registo no ICS: 123554

Depósito legal: 150617/00

JBG ONLINEhttp://issuu.com/jornalbaixoguadianaeFacebook

NIB: 00350 234 0000 586 353 080 Caixa Geral de Depósitos

Com a posse dos autarcas eleitos para os diversos órgãos resultantes das eleições de finais de Setembro, inicia-se um novo ciclo político no Baixo Guadiana. As mudan-ças introduzidas pelos resultados eleitorais que, embora de forma diferente, atingiram todos os con-celhos não deixará de contar no futuro dos próximos quatro anos, influenciando decisões, definindo comportamentos face a opções a tomar, no quadro de cada uma das maiorias eleitas para Câmaras e Assembleias Municipais.

Neste novo contexto é de assi-nalar a conjugação de propostas e pontos de vista que traduzem preocupações comuns ao conjunto dos agora eleitos, expressos nas intervenções da tomada de posse

que o JBG aqui no essencial pro-curou reproduzir. E nesse sentido sublinho a atenção que cada um, a seu modo, expressa acerca do desenvolvimento do território sus-tentado na riqueza e diversidade dos recursos endógenos que na sua diversidade cada um destes concelhos possui; na proposta de uma gestão assente na descen-tralização; na atenção que de um modo geral todos manifestam em colmatar lacunas existentes em infraestruturas que melhorem acessibilidades e garantam ao nível da rede de distribuição de água e tratamento de resíduos, a devo-lução às populações de melhor qualidade de vida e, finalmente, uma preocupação central com as pessoas através de uma politica de gestão assente na proximidade de eleitos com a população.

São todos justos objetivos e depositamos aqui a nossa con-fiança que cada um e todos, com redobradas energias e experiência feita, se baterão diariamente para

cumprir o que agora anunciam, numa convergência de propósi-tos do qual só beneficiará o Baixo Guadiana e as suas populações. Bem sei que os tempos que se atra-vessam são difíceis, que pouco se pode contar com ajudas internas quer externas, mas a vontade, a determinação, conta muito para ultrapassar barreiras, obstáculos, que se nos afiguravam impossíveis de dobrar.

A política de austeridade que os nossos credores nos impõem e os nossos governantes passiva-mente têm aceite, tem conduzido à tomada de medidas cegas que não têm em conta a realidade do País. O protesto das populações contra a extinção de unidades de atendimento e tratamento médico, no interior de Castro Marim e Alcoutim, protestos que contaram com o apoio e partici-pação directa dos Presidentes de Câmara e outros eleitos são, não só justos como indispensáveis, porque para além de reduzirem a

esperança e qualidade de vida a quem no final do seu percurso se sente agora mais isolado no seu desamparo, aceleram por sua vez o processo de desertificação que desde há décadas avança perante a indiferença de sucessivos governos que vêm o País pela janela dos seus gabinetes em Lisboa e não demons-tram sequer a vontade de com as autarquias existentes negociarem soluções com base na cooperação e ditadas pelo bom senso.

Pode acontecer que deste novo ciclo surja também um lufada de ar fresco que dê curso de forma sustentada, ao nível do Baixo Gua-diana e por parte de cada uma das autarquias que gere este território, uma politica de cooperação e par-tilha que potencie recursos, equi-pamentos, cultura, gastronomia, valores, suprindo, minimizando, pela cooperação, as dificuldades financeiras que cada um segura-mente vai enfrentar.

Carlos Luís Figueira

[email protected]

R: Nesta fase da vida tenho falta é de des-canso. O centro de saúde conheço desde que comecei a andar e agora no fim da vida tenho isto...

Nome: António Francisco Choça Queimada (Odeleite)

R: Construi casa há pouco tempo para ficar a residir por aqui. Perante os últimos aconteci-mentos e pela primeira vez pondero sair. Sou mãe de uma menina de seis anos com doença crónica e, por isso, com necessidade de recorrer frequentemente ao centro de saúde. Deveria ter havido um diálogo com as autarquias e população antes do encerramento. Estou na expectativa do acordo que possa surgir.

R: Estou triste e magoada com o encerra-mento das extensões de saúde e perante a anulação de serviços e qualidade de vida já penso duas vezes se o meu futuro deverá passar ou não pela terra que me viu nascer e crescer.

Nome: Helena Gato Vaqueiros

ABERTURA

Manifestou-se em Faro contra o encerramento das extensões de saúde de Odeleite, Azinhal e Vaqueiros. Porquê?

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2013 | 3

CRÓNICAS

Quando a Assembleia da República acaba de aprovar, na generalidade, o Orçamento do Estado (OE) para 2014, o mais duro e o mais difícil desde que Portugal perdeu a soberania financeira em 2011, mas essencial para evitar um segundo resgate, Mário Soares continua as ameaças, dizendo que o Presidente da República e o Governo têm que ser julgados quando saírem do poder e José Sócrates - que devia estar a ser julgado em tribunal pela gestão danosa dos seus governos, prossegue as tropelias para se reabilitar politicamente - gostaria de reflectir sobre a certidão de óbito que o Governo PSD/CDS-PP acaba de assinar para as Extensões de Saúde de Azinhal, Odeleite e Vaqueiros.

A morte anunciada das Extensões de

Azinhal e Odeleite do Centro de Saúde de Castro Marim começou em Setembro de 2010 quando, à socapa das autarquias locais (Assembleia Municipal, Câmara Municipal e Juntas de Freguesia), o Governo de José Sócrates, alcandorado na Administração Regional de Saúde do Algarve (ARS), quis encerrar estes servi-ços de saúde.

Tal decisão não foi por diante em vir-tude do veemente repúdio das populações directamente afectadas e das tomadas de posição dos autarcas - eu próprio em devido tempo denunciei aqui no Jornal do Baixo Guadiana o ataque ao Serviço Nacional de Saúde que o Governo do Partido Socialista perpetrava para o concelho.

Ancorado no cumprimento do Memo-rando de Entendimento assinado com a troika e a necessidade de operar cortes

na despesa do Estado, o actual Governo através da Administração Regional de Saúde, no dia 14 de Outubro, decretou a certidão de óbito das extensões de Azi-nhal e Odeleite do Centro de Saúde de Castro Marim e a extensão de Vaqueiros do Centro de Saúde de Alcoutim encer-rando-as, deixando para trás um rasto de empobrecimento e de desânimo no território do Baixo Guadiana.

Esta decisão do Governo de Pedro Passos Coelho é absolutamente abjecta e aprofunda o despovoamento e a deserti-ficação, aumentando despudoradamente as assimetrias entre o interior e o litoral da região algarvia.

Aquilo que a ARS/Algarve chamou de encerramento em fase experimen-tal no concelho de Castro Marim, é no mínimo absurdo. Senão vejamos: com o fecho das Extensões de Saúde de Azinhal

e Odeleite, mais de 1 milhar de utentes das duas freguesias do interior passou a entupir, literalmente, o Centro de Saúde de Castro Marim e a extensão de Altura, para a obtenção de uma consulta ou de um simples tratamento médico. Os doen-tes em causa, na sua maioria idosos, têm de percorrer dezenas de quilómetros e esperar horas a fio para serem atendidos, obrigando a que capacidade de resposta desta unidade de saúde na sede do conce-lho esteja no limite, com perda acentuada da qualidade dos serviços prestados.

Serão estes os serviços de maior quali-dade para as populações e para os utentes que são beneficiários do Serviço Nacio-nal de Saúde (SNS), que a ARS pretende transferir para a unidade de saúde de Castro Marim?

Haja paciência! É preciso dizer bem alto ao ministro Paulo Macedo, que está

a fazer um trabalho sério e competente na área da saúde, que a reorganização de serviços que está a ser realizada pela ARS/Algarve nos concelhos de Castro Marim e Alcoutim é errática e que as desvantagens são muito superiores aos benefícios para os utentes, que deste modo são bem mais mal servidos.

Do meu ponto de vista, as câmaras municipais e as juntas de freguesia têm aqui um papel importante a desempe-nhar. Por um lado, devem rejeitar limi-narmente a reorganização dos serviços proposta pela ARS. Por outro, devem exigir a reabertura das extensões de saúde entretanto encerradas, sem que para isso as autarquias tenham que afetar os seus escassos recursos financeiros para garantir os meios necessários, como seja os trans-portes e o pessoal administrativo, pois esta é uma responsabilidade do Governo e não das autarquias locais.

Vitor Madeira

Na sequência dos fogos que há anos lavraram na serra algarvia deixan-do-a num torresmo de desolação, assisti, na ocasião, a uma sessão de esclarecimento por parte dos res-ponsáveis pelos serviços de agri-cultura do Algarve, que não vem ao caso nomear. Estavam ali em missão de ajuda, para sugerir algumas medidas e apoios financeiros aos proprietá-rios dos terrenos de floresta ardi-dos, infelizmente sempre escassas e demoradas a chegar, quando se trata de socorrer populações sinis-

Vou contar uma estória que todos devem conhecer. Já me disseram, quando, noutra ocasião, a contei, que a sabiam não com um inglês mas com um escocês. O que vem a dar no mesmo. Também poderia ser com um judeu: muitas das estórias de avaren-tos são atribuídas aos judeus. Como aquela do Pai judeu que diz para o Filho: “Vai pedir ao vizinho que nos

como um dos principais obstácu-los à reflorestação e à tomada de medidas de defesa e recuperação das áreas ardidas. Não se notam grandes avanços na matéria até aos dias de hoje. O problema da desertificação humana no interior do país está em contínuo agravamento e as medidas que vemos tomar vão ao arrepio das necessidades de desenvolvimento, porque sacralizam a correção do deficit a “mata cavalos”. As opções tomadas, que o deviam corrigir, não fazem mais que agravar o desequi-líbrio nas contas. São os números que falam por si. As autarquias do Baixo-Guadiana, apesar das controvérsias e ritmos

fica à discrição de cada um.Era uma vez um inglês – perdão,

um homem! - que era muito forreta. Tinha um cavalo muito magro porque ele lhe dava pouco de comer. Um dia, quando lhe fizeram notar a magreza do pobre animal, ele retorquiu: “É que estou a ensiná-lo a deixar de comer. É muito mais económico ter cavalos que não comem. Vou fazer criação dessa raça e ficar rico.” Os outros disseram que não era possível, e então ele fez

a que possam ter trabalhado, rea-lizaram um válido investimento em infraestruturas, na melhoria do parque escolar, das cresces e jardins-de-infância, no intuito de fixar populações. Depois vieram as medidas da Troika e do Governo, que não se coíbem de prejudicar as zonas do interior e atiram a juven-tude, em quem se investiu na forma-ção com vista ao futuro, para fora das terras onde não há investimento que dê trabalho e, muito pior, para fora do País. Repartições públicas, finanças, correios, deslocalizações de escolas, tudo vale.Procuram levar-nos com falinhas mansas que parecem muito produ-tivas, geradas em laboratório de

uma aposta choruda em como ia con-seguir que o bicho vivesse sem comer. Apenas do ar. A partir daí, sempre com testemunhas, foi diminuindo, todos os dias, a já escassa ração, até que um dia não lhe deu nada a comer. No seguinte também não. Correu a chamar esses com quem tinha feito a aposta para cobrar a sua vitória mas quando entraram na cavalariça…o cavalo estava morto, no chão.

Qualquer semelhança com uma

engenharia social, tais como “mega agrupamentos escolares”, “econo-mia de escala”, “rendibilização dos recursos humanos”, “mobilidade”, “racionalização”, “privatização”. O resultado é a criação, se bem acei-tes, de elevados danos colaterais. Ditas por gente insensível que vive a bordo de prédios climatizados, se desloca em automóveis de luxo e navega em avião de primeira classe, são geradoras de danos colaterais fortes e de alto sofrimento humano. Não há alternativa, sentenciam. Quando nos disserem que não estão a ver como se faz melhor, prepare-mo-nos para responder: “deixa que eu faço!”. Vão ver como os proble-mas se resolvem mais depressa.

situação real, é pura coincidência.Mas, vendo bem, esta estória podia

ter tido outro desfecho. Em vez de aceitar as rações de miséria que o dono lhe começou a dar, cada vez mais escassas, o cavalo pensou: “Vou-me safar daqui enquanto tenho forças!” E, na vez seguinte em que o dono se aproximou com a ração ainda mais exígua, pregou-lhe um par de coices, partiu a corda que o prendia, e fugiu à desfilada pelos campos fora.

tradas.Recordo-me que o engenheiro anun-ciava a reposição de um bosque de azinheiras, quando um agricultor, homem já de provecta idade, lhe disse:— Essas azinheiras já não voltam a crescer como as outras cresceram!Com ar admirado e interrogativo, o engenheiro ficou à espera da expli-cação, até que perguntou:— Porque não, se a região e o clima são praticamente os mesmos?— Sim, mas não vão ter ninguém por perto, para as ver crescer!Nessa ocasião, como noutras, os res-ponsáveis identificavam a dispersão da propriedade rural e a ausência de registos fáceis de sistematizar

empreste o martelo” mas ele voltou a dizer que o vizinho não emprestava. O Pai insistiu: “Diz que é só por 10 minutos!” Mas o Filho regressou, de novo, com a recusa do vizinho. Então o Pai comentou e mandou: “Grandes-síssimo avarento! Tem medo que lhe gastem o martelo! Vai lá buscar o nosso à dispensa!”

Por isso, a nacionalidade do prota-gonista desta estória ( a menos que achem que o protagonista é o cavalo!)

Teresa Rita Lopes

José Cruz

O insubmisso

Governo assina a certidão de óbito das Extensões de Saúde de Azinhal, Odeleite e Vaqueiros

[email protected]

Desertificação humana

Fábula para os tempos que correm

* Os autores não escrevem ao abrigo do acordo ortográfico

4 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |NOVEMBRO 2013

Câmara distribui material didático pelas escolas e oferece viagens a melhores alunos

EB 2,3 de Castro Marim acolheu COMENIUS com Itália e Polónia

Projecto Juventude em Acção juntou mais de 40 jovens

Intercâmbio juntou jovens de La Baule e VRSA

EDUCAÇÃO

A Câmara Municipal de Castro Marim adquiriu material didático e de expediente para as escolas do 1º ciclo e do ensino pré-escolar, no valor de 2 mil euros. O mate-rial escolar integra centenas de marcadores para quadro, resmas de papel, cola canetas de feltro, esferográficas, lápis de carvão e de cores, cartolinas, vários tipos de papel (lustro, seda crepe,

No âmbito do programa COMENIUS, que visa reforçar a dimensão europeia da educação, o Agrupamento de Escolas de Castro Marim é parceiro do projeto «The books on the stage during the Euro-pean Scholl theatre festival», jun-tamente com uma escola polaca e uma escola italiana. Depois de um primeiro encontro que teve lugar entre 12 e 18 de Maio na cidade de Smardzewice, Polónia, foi a vez de Castro Marim receber os companheiros polacos e italianos, entre 12 e 18 de Outubro. O Agrupamento de Escolas de Castro Marim desenvolveu ativi-dades de conhecimento e cultura, sendo que toda a comunidade foi envolvida, bem como a Teatroteca (grupo de teatro escolar) e o Clube de Música. Um espaço de encontro “muito impor-

tante” que constitui “portas abertas para a Europa”, salientiou ao JBG José Nunes, diretor do agrupamento de escolas de Castro Marim, em decla-rações após a sessão de receção aos alunos e professores vindos de Itália e Polónia.

Parttilharam-se conhecimento e

cultura num conjunto de atividades que passaram por workshops, visitas culturais, encontros com escritores, teatro e momentos de convívio.

De referir que A próxima viagem deste COMENIUS será em Maio de 2014 à cidade de Pisticci no sul de Itália.

Monte Gordo recebeu entre 14 e 20 de Outubro o projeto «Digital INclusion – Projecto Juventude em Acção». Foram 42 jovens de seis países da União Europeia cujo grandes objetivos passaram pela cidadania Europeia, inclusão, par-

ticipação activa dos Jovens, com-promisso para um crescimento mais inclusivo. A faixa etária dos jovens incluiu-se dos 15 aos 25 anos. De referir que este intercâm-bio surge de uma candidatura da Associação «II ACTO» de VRSA.

Entre 8 e 15 de Outubro um con-junto de alunos de La Baule estive-ram em Vila Real de Santo António (VRSA) para um intercâmbio no âmbito da geminação de VRSA e La Baule. Professores e alunos vieram de terras francesas para partilhar língua, cultura e formação escolar no seio da Escola D. José I.

Foram dias intensos de muito trabalho, mas também de muitas emoções. Os alunos conviveram, descobriram pontos comuns, e que

manteiga, cenário, autocolante), tinteiros para impressoras, e des-tina-se a garantir a normalidade do arranque do novo ano letivo. “A medida surge para ajudar a col-matar as lacunas decorrentes das dificuldades financeiras existentes no tecido social castromarinense”, diz a autarquia em comunicado..

Melhores alunos viajam

a geminação evidencia, e também tiveram diversos momentos em lazer. Tal como disse ao JBG Cristina Felício, docente de francês e uma das responsáveis por este intercâm-bio “momentos como estes servem para um aumento do conhecimento dos alunos, numa abertura a outros países e cultura”.

La Baule e VRSA ficam assim cada vez mais perto, graças a estes pro-jetos que cumprem o objetivo da geminação.

até Málaga e BilbaoNo desenvolvimento de uma

pEntretanto, como vem sendo hábito, a Câmara Municipal de Castro Marim distinguiu, recen-temente, os melhores alunos da Escola EB/2,3 do concelho, dos anos letivos de 2011/2012 e 2012/2013, com viagens de estudo às cidades espanholas de Málaga e Bilbao.

A Câmara Municipal de Castro Marim distinguiu, recentemente, os melhores alunos da Escola EB/2,3 do concelho, dos anos letivos de 2011/2012 e 2012/2013 com viagens a Málaga e Bilbao

Intercâmbio teve lugar entre 8 e 15 de Outubro e juntou alunos dos dois países em momentos de formação e lazer

Geminação Castro Marim

Monte Gordo

Este projeto teve lugar no concelho de Vila Real de Santo António e decorreu de uma candidatura pela associação «II ACTO»

O Agrupamento de Escolas de Castro Marim desenvolveu atividades de conhecimento e cultura entre os jovens e docentes dos três países

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2013 | 5

Alcoutim verá diminuída em cerca de 40% a área de Reserva Ecológica

«Casa do Sal» poderá representar alavanca do produto em Castro Marim

LOCAL

A Câmara Municipal de Alcoutim acordou com a Comis-são de Coordenação e Desen-volvimento Regional do Algarve uma proposta de revisão da REN (Reserva Ecológica Nacional) do concelho, que prevê que a área que integra a REN passe dos atuais cerca de 50% para apenas menos de 10% do território municipal. Esta proposta surge na sequên-cia da mais recente legislação que define o regime jurídico da REN (Decreto-Lei nº 239/2012, de 2 de novembro) e as orientações estra-tégicas para a delimitação das áreas integradas na REN a nível municipal (Resolução do Conce-lho de Ministros nº 81/2012, de 3 de Outubro, retificada pela Decla-ração de Retificação nº 71/2012, de 30 de Novembro), que atribui à Câmara Municipal a competência

A Câmara Municipal de Castro Marim tem em conclusão a 2ª fase da obra da Casa do Sal de Castro Marim. Os trabalhos por administração direta, em curso, representam um investimento total de 383 mil euros e o prazo de execução é de 9 meses. A Casa do Sal vai ficar instalada no antigo Edifício da Balalaica, na vila de Castro Marim, cujo projeto contempla um espaço de merchandising associada ao sal de Castro Marim, o melhor sal do mundo, uma área de exposições e um espaço multimédia, que integrará uma rede de circuitos de visita à Reserva Natural do Sapal de Castro Marim/Vila Real de Santo António.

Ultrapassados obstáculos da obra

Recorde-se que a construção deste equipamento conheceu algumas vicissitudes que condicionaram o desenvolvimento da 1ª fase, e que se

Trata-se de uma iniciativa promovida pela Associação Terras do Baixo Guadiana (ATBG), com financiamento através do Plano de Aquisição de Competências e Animação [PACA], subprograma 3 – dinamização das zonas rurais do programa PRODER. A Associação de Defesa do património de Mértola (ADPM) é respon-sável por ministrar a formação, sendo entidade certificada para tal, e à Odiana, enquanto entidade parceira do território, cabe o apoio ao nível local na orga-nização e logística da formação, sendo que disponibiliza o espaço da sede para realização da formação. O curso de apicultura terá a duração de 50 horas e tem início previsto para dia 9 de Novembro, realizando-se às Sextas-feiras das 18h às 22h, e Sábados das 09h às 17h, nas instalações da Casa do Povo de Santo Estevão, em Tavira.O curso de castelhano (nível intermédio) e inglês (nível inicial) terão a duração de 25 horas, realizando-se em regime pós laboral, das 18h às 22h, nas instalações da Odiana, tendo início a 11 e 12 de Novembro, respetivamente.De salientar que a Formação de Educação de Adultos é uma estratégia do terri-tório para qualificação e valorização dos recursos humanos locais.Para mais informações contacte a Associação ODIANA em Castro Marim [281 531 171] e/ou ADPM em Mértola [286 610 000].

para elaborar a proposta de revisão da REN a nível munici-pal, ao passo que aquela que se encontra ainda em vigor foi elaborada pelo Ministério do Ambiente e do Ordena-mento do Ter-ritório, sediado em Lisboa.

“Com quase metade do seu território muni-cipal delimi-tado como área REN, Alcoutim tem perdido grandes, médios e pequenos investimentos públicos e privados, que trariam desen-

prenderam com a insolvência da empresa construtora, tendo levado o Município a fazer a tomada da posse administrativa da obra, afim de poder concretizar o projeto. Em comunicado a câmara municipal, frisa que “a construção da «Casa do Sal» de Castro Marim reveste-se de grande importância para a valorização do futuro da atividade sali-neira e da biodiversidade das salinas”. O anterior executivo, liderado por José Estevens levou a cabo o processo de cer-tificação deste produto agroalimentar, afirmando a marca «Castro Marim».

volvimento social e económico ao concelho. A REN, no enqua-dramento em que existe, foi uma grande responsável pela deser-

tificação e despovoamento que temos sofrido ao longo dos últi-mos anos”, diz a autarquia em comunicado.

50% do concelho de Alcoutim é Reserva Ecológica Nacional

A promoção e venda do sal são os maiores objetivos deste projeto

Na altura do acordo, em início de Outubro o então presidente da câmara, Francisco Amaral, alertava para o facto de a dimensão da Reserva Ecológica Nacional representar um forte obstáculo ao desenvolvimento económico do concelho.

Depois de uma primeira fase com diversos contratempos estará em fase final de obra de construção da «Casa do Sal» de Castro Marim. A promoção e venda do sal são os maiores objetivos deste projeto. A II edição do curso de iniciação à apicultura em

modo de produção Biológica começa já no dia 9 de Novembro nas instalações da Casa do Povo de Santo Estevão, em Tavira. Estão ainda previstos para iniciar dia 11 e 12 de Novembro, respetivamente, os cursos de castelhano e inglês nas instalações da Odiana.

Acordo entre autarquia e CCDR

Obras em vias de conclusão Formação de Educação de Adultos

Programa televisivo sobre Algarve passa pelo Baixo GuadianaO «Porto Canal» está a levar a cabo um conjunto de trans-missões televisivas que tem como grande objetivo promo-ver o Algarve como destino turístico. As atrações natu-rais, culturais, gastronómi-cas, festivas, religiosas estão na lista dos pontos-chave que esta série de programas está a focar, tendo já o concelho de Alcoutim estado em des-taque no passado dia 19 de Outubro.

Neste mês de Novembro Vila Real de Santo António estará em foco e em Dezem-bro é a vez de Castro Marim. Esta série que dá pelo nome «Destino Algarve» conta com o apoio logístico das câmaras municipais e os episódios são emitidos aos sábados, repe-tindo ao Domingo e Quarta-feira.

Surgem novas formações em apicultura e idomas

6 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |NOVEMBRO 2013

LOCAL | EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL * ESPANHA

por Antónia-Maria

El cultivo de la fresa en la región occidental de huelva

Nuestros animales…

“Pedaleando entre fronteras” …

El sector fresero de la provincia de Huelva, cuya producción supone el 94 por ciento del total nacional, ha comenzado la fase de plantación de la campaña 2013-2014, que a lo largo del mes de octubre generará alrededor de 5.000 puestos de tra-bajo que serán cubiertos con mano de obra local. Para esta campaña se estima una plantación de 350 millones de plantones.

Fuentes de la Asociación de Productores y Exportadores de la Fresa de Huelva han explicado que la plantación ha comenzado hace unos días en distintas fincas de la provincia, concretamente en las ubicadas en municipios de la costa

A finales de Octubre se organizó el Día de la Bicicleta en Ayamonte, bajo el lema ‘Pedaleando entre Fronteras’, ya que participan en esta actividad los tres municipios que conforman la Eurociudad del Guadiana (Ayamonte, Castro Marim y Vila Real de Santo Antonio).

Dentro del proyecto de la Eurociu-dad del Guadiana y como promoción de actividad física y hábitos saluda-bles, e incluido en el Plan local de Salud del Ayuntamiento de Ayamonte se celebró una jornada de fiesta, con multitud de actividades para todos los públicos, en la que participarán los ciu-dadanos de Ayamonte, Vila Real de Sto Antonio y Castro Marín.

En lo referente a las rutas ciclotu-ristas, se realizó un primer recorrido de media distancia organizado por el Club Ciclista de Ayamonte, con salida

“La Asociación Protectora de Anima-les de Ayamonte” APAPA, cumplió ya 14 años de vida. Fue fundada en el año 1999, por un pequeño grupo de personas sensibles al problema de los animales abandonados en esta región y, hasta el día de hoy, es la única que existe en los municipios del Bajo-Guadiana.

Se inició con un pequeño número de socios, y sin ayuda de las Adminis-traciones locales ni Ayuntamientos vecinos, aunque diariamente llegaban abandonos y situaciones extremas de todos ellos: Ayamonte, Villablanca, Isla Cristina, Lepe…

Los voluntarios atienden a los ani-males- perros y gatos-, acogidos en la Protectora, en su tiempo libre y, a veces, con muchas dificultades para desar-rollar su trabajo a favor de estos.

Si en los municipios fronterizos del país vecino, Portugal, el problema del abandono, se resuelve, parcialmente, con los “Refugios Municipales” y, los

como Lepe o Cartaya, las de menor superficie, a las que progresiva-mente se irá sumando el resto.

Se calcula que se plantaran alre-dedor de 350 millones de plan-tones, una cifra similar a la del año pasado, y aunque es pronto para conocer los datos de super-ficie plantada, se prevé que ronde cifras similares a la de la pasada campaña, unas 6.800 hectáreas.

Freshuelva cerró la campaña pasada con una producción de 274.800 toneladas y una factu-ración de 315,16 millones lo que supuso el 10 y el 20 por ciento menos que en la temporada ante-rior, respectivamente, debido fun-

desde el paseo de la Ribera y una distancia media de 30 kilómetros. Este primer recorrido terminó junto a los aparcamientos situados frente al muelle de embarque y desde ese mismo punto salió un segundo recorrido de 7 kms. que seguió por el carril bici. En este segundo recorrido participaron los vecinos de Villa Real de Santo Antonio y Castro

Marím. Todas estas actividades finalizaron en el paseo

de la Ribera, donde se celebró esa mañana la Gran Plaza de la Salud con multitud de actividades. Esta actividad se engloba en el Proyecto Turismo Activo Guadiana. Programa de cooperación transfronteriza España-Portugal 2007/13.

veterinarios de los mismos, castran y vacunan, a cargo del municipio los animales vagabundos, para evitar la superpoblación, y a precios económicos, cierto días de la semana a las mascotas, en nuestra región, los Ayuntamientos

de la Costa Occidental, no cuentan con lugar de recogida de animales, ni con veterinarios para estas tareas. Las castraciones y vacunaciones se hacen por los propietarios de sus mascotas, en clínicas particulares, a un precio elevadísimo para la mayoría de las personas. Esto favorece el abandono y más camadas de perros y gatos,

indeseadas.El final de los animales muertos por

atropellos, enfermedad…también es un problema

de salud pública sin resolver, al no disponer los Ayuntamientos de

cámaras fri-goríficas, ni incinerado-ras, los ani-males van directamente a la basura común, prác-tica prohibida hace años, en

la C.E.Los animales acogidos en APAPA,

tiene, actualmente, la suerte de contar con la ayuda de Asociaciones de Europa, en concreto de Holanda y Ale-mania que envían alimentos, menaje, medicamentos etc.., y, con la valiosa colaboración de jóvenes voluntarias de la U.E, especialmente Bélgica, que en

sus vacaciones de verano, no dudan en venir y realizar todas las tareas necesarias y convivir con ellos, dán-doles afecto y cariño. Todo un ejemplo para la mayoría nuestros jóvenes, aún, pocos sensibilizados con esta realidad: el maltrato animal y el abandono.

Las Asociaciones de Animales, también están en alerta por la apa-

rición de extranjeros sin escrúpulos, que ganándose la confianza de estas Asociaciones, se llevan los animales a otros países para ser vendidos de forma ilegal o fines más crueles.

Seprona, el Servicio de Protección de la Naturaleza, advierte que más del 70% de estos animales se encuentran en paraderos desconocidos.

damentalmente a las condiciones climatológicas de principios de año, ya que las lluvias y la hume-dad perjudicaron al fruto, por lo que el sector espera que este año se den las condiciones idóneas y la campaña tenga un mejor resul-tado.

El 80 por ciento de la mano de obra son mujeres de distintas cultu-ras, por eso, la empresa Agromartin ha celebrado con ellas el día Inter-nacional de las Mujeres Rurales, 15 de Octubre, con un almuerzo de convivencia, y obsequiada con un clavel para cada mujer, por el importante papel que desempeñan en el área de la agricultura.

La plantación ha comenzado hace unos días en distintas fincas de la provincia

“La Asociación Protectora de Animales de Ayamonte” APAPA, cumplió ya 14 años de vida

A finales de Octubre se organizó el Día de la Bicicleta en Ayamonte

Tú, si te mueres antes que yo, Platero,no irás en el carrillo del pregonero, a la marisma inmensa ni al barranco del camino…, como los otros pobres burros, los caballos y los perros que no tienen quien los quiera…

De “Platero y yo”

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2013 | 7

O galardão é atribuído por uma entidade nacional

»Golfinho» é uma lancha de madeira com mais de 20 anos

Castro Marim é «Autarquia Familiarmente Responsável 2013»

Campanha Solidária «Salvem o Golfinho»

ponsáveis, desde 2002, que radica no preenchimento de um inqué-rito, através do qual os municípios concorrentes indicam as medidas de apoio às famílias do seu conce-lho em 10 parâmetros de atuação: apoio à maternidade e paternidade; apoio às famílias com necessidades especiais; serviços básicos; educa-ção e formação; habitação e urba-nismo; transportes; saúde; cultura, desporto, lazer e tempo livre; coo-peração, relações institucionais e participação social.

explica a ADRIP em comunicado. Para ajudar esta causa pode visitar este link: http://www.indiegogo.com/pro-jects/help-the-golfinho

Sobre o «Museu Abertoda Ria» A pretensão de criar o Museu Aberto da Ria, nasce de uma proposta de Sofia Trincão nos anos 90 do séc. XX. É um projecto cujo objectivo principal consiste em “salvar” pequenas embar-cações da pesca artesanal. Obrigato-riamente, todos os velhos barcos com menos de vinte e cinco toneladas que recebam subsídio da CE para a moder-nização da frota de pesca, terão que ser abatidos pelo fogo na praia e com tais drásticas medidas desaparecem

diante dos nossos olhos pequenas jóias do património marítimo como por exemplo o Dori ou Douro, tipo de embarcação miúda que foi durante muito tempo usada na pesca à linha do bacalhau nos mares da Terra Nova e da Gronelândia. “Sendo verdade que a Direcção Geral de Pescas está aberta a doar estas embarcações para fins culturais, também é verdade que as mesmas terão que ser retiradas dos cinquenta metros do Domínio Público Marítimo perdendo a linha d`água, seu habi-tat natural. Debatemo-nos pois com o árduo trabalho de conseguir museali-zar estas embarcações não navegáveis dentro de água e poder assim chamar a tudo isto, o Museu Aberto da Ria”.

“Fruto de um conjunto de políticas de ação social que tem no seu horizonte o apoio e a inclusão das famílias em áreas tão diversas como a educação e a saúde, a Câmara Municipal de Castro Marim viu reconhecido o esforço do seu trabalho com a atribuição do galar-dão «Autarquia + Familiarmente Res-ponsável 2013»”. Esta é a primeira consideração que a câmara munici-pal de Castro Marim faz ao galardão atribuído. Trata-se de uma iniciativa de âmbito nacional do Observatório das Autarquias Familiarmente Res-

Hoje conhecida por “Golfinho” a lancha de madeira com mais de 20 anos e outrora usada na pesca de rede artesanal, é oriunda de Monte Gordo e representante da última geração destas embarcações. Destinada à demolição por motivo de construção de nova embarcação foi doada à ADRIP para fins culturais e está integrada no pro-jeto «Museu Aberto da Ria em Cacela Velha. Atualmente encontra-se num estado de extrema degradação neces-sitando de recuperação urgente. “A dificuldade de reabilitar velhos barcos tanto economicamente como tecnicamente leva a que todo este processo seja bastante lento. Para a recuperação do “Golfinho” em esta-leiro necessitamos de 5 mil euros”,

LOCAL

Este ano a autarquia de Castro Marim foi também galardoada com o distintivo de «Autarquia Familiarmente Responsável 2013». A iniciativa é do Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis.

Associação de Saúde Mental do Algarve adere aos percursos da Odiana A 23 de Outubro a Odiana e ASMAL – Associação de Saúde Mental do Algarve, uniram-se no pedestrianismo durante 7 km. Um passeio para promover a ati-vidade física e o apoio e aintegra-ção social da pessoa com saúde mental ou deficiência. O percurso foi o PR4 do concelho de Castro Marim, «Odeleite de perto e de longe». No total participaram oito utentes da ASMAL, aos quais se juntam a respetiva animadora sócio cultual e dois técnicos da Associação Odiana. Trata-se de uma iniciativa da Associação de

Saúde Mental no âmbito de um vasto programa de reabilitação psicossocial, nomeadamente os Fóruns Ocupacionais de Faro e Almancil. A proposta foi feita à Odiana que aceitou de imediato percorrer os trilhos de três per-cursos pedestres distintos. O segundo percurso pedestre que juntará estas entidades está mar-cado para Novembro, na locali-dade de Azinhal. Já no início do ano será a vez da localidade de Alta Mora, com ênfase na época das amendoeiras em flor.

Iniciativa contribui para a integração social da pessoa com saúde mental ou deficiência

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GRANDE PLANO

Tal como o JBG havia anunciado na edição de Outubro a Admi-nistração Regional de Saúde do Algarve (ARSA) tinha em vista encerrar extensões de saúde no Baixo Guadiana. A intenção passou das palavras aos atos e nos concelhos de Alcoutim e Castro Marim as portas fecharam-se a 14 de Outubro. As equipas cons-tituídas por médico, enfermeiro e administrativo que iam até à serra duas vezes por semana estão agora na Unidade de Saúde Fami-liar (USF) Guadiana, na extensão de Castro Marim, e na extensão de Martinlongo do centro de saúde de Alcoutim.

Agora são os utentes que se têm de deslocar até aqui, sendo que a revolta surge pelo aumento da distância para aceder aos cuida-dos básicos de saúde, sendo que a maioria desta população tem para lá dos 70 anos e é parca em trans-porte, quer próprio quer coletivo.Ir ao centro de saúde para muitos pode representar um dia inteiro fora de casa, já que pela zona da serra o autocarro sai de manhã e só regressa ao final do dia. E seguir de táxi pode custar muito caro, uma vez que há quem passe, assim, a estar até 50 quilómetros de distância dos cuidados médi-cos.

Solidariedade dos Autarcas

Esta é uma população “sem mobilidade, carenciada e doente”. Francisco Amaral, presidente da câmara de Castro Marim esteve em

Faro, à porta da ARSA e juntou-se na manifestação do passado dia 22 de Outubro. O autarca con-sidera que a ARSA tomou “uma medida unilateral e desumana”. O edil acusa as justificações de não serem “mais do que desculpas de mau pagador, não havendo razão substantiva para encerrar estas extensões”.

Também o presidente da câmara municipal de Alcoutim, Osvaldo Gonçalves, advoga que “a argumentação apresentada [pela Administração Regional de Saúde do Algarve] é comple-tamente falsa”, frisando que os responsáveis da saúde no Algarve “deveriam ter perguntado antes de fechar as extensões para saber se os autarcas estavam disponí-veis para colaborar numa solução bem diferente”. Na opinião deste autarca os fechos das extensões de saúde em causa “não foram mais do que um corte cego”.

Por seu turno os presidentes de junta presentes também no pro-testo avançaram ao JBG que vão bater o pé até ao fim para a rea-bertura das extensões de saúde. Valter Matias, de Odeleite, não ficou “nada convencido” com as justificações apresentadas pela ARSA, bem como Baltazar Mar-tins do Azinhal. Ambos mostra-ram-se disponíveis para chegar a um acordo para a reabertura daquelas extensões de saúde, o que pode passar, por exemplo, pelas autarquias assegurarem “o custo do transporte do médico até às extensões, bem como a limpeza daquelas unidades”.

ARSA justifica decisão

Por seu lado Manuel Madeira, vogal da ARSA justificou a deci-são do encerramento, dizendo que tal diretiva se prendia com diversos fatores. Desde logo estas extensões apresentavam “falha na rede eletrónica dos utentes”. Ou seja, os médicos nestas exten-sões tecnicamente não estavam a ter acesso ao histórico clínico dos doentes devido a sistemas informáticos obsoletos. Outra razão apresentada passa pela necessidade de “requalificação dos edifícios” onde funcionam as extensões em causa. Negando que resrições orçamentais estejam na base da decisão, Manuel Madeira sublinhou, ainda, aos jornalistas que a falta de médicos disponíveis para preencherem vagas no Agru-pamento de Centros de Saúde do Sotavento (ACES) contribuiu para aqueles encerramentos. “Têm sido abertos sucessivos concursos para o ACES cujos médicos não concor-rem. Existem défices de médicos na região”, explicou o vogal da ARSA.

Agora a ARSA, que sempre afir-mou que “esta não é uma decisão irrevogável”, quer sentar-se à mesa com os autarcas representantes das populações e chegar a um acordo em que todas as partes contribuam para reativar as extensões, mas, pelo que foi possível aferir, divi-dindo custos entre entidades.

Recorde-se que enquanto não houver decisão em contrário “todas estas pessoas vão passar a ser integradas na USF Guadiana e

População saiu à rua a reivindicar mais saúde e melhor educaçãoEm Outubro a população do Baixo Guadiana saiu à rua para se manifestar por duas ordens de razão, e agrupadas em idades bem distintas. Por um lado, os utentes, na sua maioria idosos, das extensões de saúde de Odeleite e Azinhal, freguesias do concelho de Castro Marim, e de Vaqueiros, freguesia do concelho de Alcoutim, expuseram o seu protesto contra o encerramento das respetivas extensões.Por outro lado, centenas de alunos da escola secundária de Vila Real de Santo António que têm aulas em contentores há três anos e até já almoçam à chuva, sentem-se impotentes perante as obras daquela escola que parecem não ter fim à vista.

Susana H. de Sousa

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2013 | 9

GRANDE PLANO

na extensão de Martinlongo. Com médico atribuído e consultas das 08h às 20h”, tal como garante a ARSA.

Ao que o JBG conseguiu apurar até à data de fecho de edição do JBG a reunião tri-partida entre autarquias, ACES e a ARSA ainda não tinha acontecido.

Abaixo-assinado reúne 1500 assinaturas

No total foram entregues perto de 1500 assinaturas entre as fre-guesias de Azinhal e Odeleite a contestar o fecho das extensões de saúde. Os utentes viram, assim, o seu desagrado em formato de abaixo-assinado ser entregue em mãos na ARSA. Agora aguardam decisões.

O receio de muitos utentes está patente no vox pop deste mês do JBG (ver pág. 2). A distância que aumenta, a falta de transportes que é evidente, a perda de quali-dade de vida, a insegurança, são manifestados por quem perde agora o acesso como até aqui à saúde. Isto, apesar da ARS garantir “um atendimento dentro da nor-malidade”.

Ao que o JBG conseguiu apurar desde que as extensões de saúde fecharam, nomeadamente em Castro Marim, muita tem sido a confusão instalada. Desde entupi-mento de serviços até à indicação de utentes para extensões fora dos concelhos a que pertencem “de modo a terem vaga no atendi-mento, “É o caos”, afiança fonte ouvida pelo JBG.

População saiu à rua a reivindicar mais saúde e melhor educação Obras na Secundária

«são intermináveis»

Aulas em contentores que metem água por todo o lado

Como o JBG havia anunciado, as aulas da escola secundária de VRSA começaram ainda em obras. Uma intervenção de requalificação que decorre há mais de três anos e que já sofreu cortes de orçamento e paragem de trabalhos. Pais, professores, alunos e pes-soal não docente está desesperado pelas delongas e preocupado porque a validade dos contentores, ou monoblocos, onde decorrem as aulas, nomeadamente, já passaram de validade, apresentado degradação.

Um dia antes da manifestação contra a demora das obras e a favor da entrega parcial dos blocos, houve jovens que almoçaram à chuva, na esplanada improvisada do refeitório que funciona num contentor daquela escola. “Lá dentro apenas podem comer 50 alunos de cada vez, numa população de 300 que almoçam diariamente na escola”. Cristina Sil-veira é diretora do agrupamento de escolas de Vila Real de Santo António e confirma as debilidades em que atualmente funciona a secundária, onde é leccionado também o 3.º ciclo e que acolhe jovens desde Alcoutim até VRSA. Uma das maiores reivindicações de pais, professores, direção e alunos é que a empresa «Parque Escolar» entregue os blocos de aulas que estão já finalizados. Os testemunhos das condições débeis em que a rotina escolar decorre são inúmeros e vão desde barulho ensurdecedor, devido aos trabalhos de construção civil, durante aulas, testes e exames, chuva dentro das salas de aulas improvisadas, contentores que já estão caducados e em franca deterioração e até uma redução de orçamento de verba para a obra que obrigou à anulação de “um anfiteatro previsto e que determinou a colocação de um piso de brita inapropriado para a prática desportiva em contexto escola”. Cristina Silveira não esconde “uma tremenda preocu-pação perante um conjunto de situações que não colocam verdadeiramente em risco os alunos, mas que não são, de todo, os adequados ao funcionamento da escola”.

Por sua vez Ernesto Ramos, presidente da associação de pais lembra que “há muito tempo que a associação tem desenvolvido contactos com a câmara, parque escolar, direção regional de educação para o término da obra e, desde logo, para a entrega da zona de aulas que está pronta a receber com as melhores condições os alunos, mas sem resultado efetivo”. Fernando Romão, também da direção da associação de pais recorda o corte que foi feito. “A grande questão é que o orçamento que era de 13 milhões foi reduzido a 1 milhão” lamenta este pai.

Autarquia ao lado da reivindicação

Também presente na manifestação esteve a autarquia, representada por Conceição Cabrita, responsável pelo pelouro da educação. A vereadora frisou que esta questão das obras da escola secundária é vista “sempre com muita preocupação”. A autarca recorda que face às dificuldades na prática desportiva a autarquia disponibilizou o pavilhão camarário, mas que “os pais, legitimamente, acabaram por considerar que não era uma alternativa segura pelo facto dos filhos terem de se deslocar a pé até lá por conta própria”.

O JBG tentou obter declarações da «Parque Escolar», mas sem sucesso.

10 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |NOVEMBRO 2013

SAÚDE

Além da população com mais de 65 anos, a autarquia alcouteneja vacinou também todos os diabéticos, cardíacos e asmáticos.

Programa Operacional de Coope-ração Transfronteiriço Espanha Portugal (POCTEP).

Grátis e para mulheres dos 18 aos 24 anos

O rastreio é grátis e dirigido às jovens entre os 18 e os 24 anos, inclusivamente para as que já tenham sido vacinadas contra o HPV. “O rastreio é fundamental para detetar alterações do colo do útero antes da manifestação de sintomas. O teste Papanicolau é a forma mais eficaz de rastreio, aju-dando a detetar células anormais antes de evoluírem para cancro”,

explica a Associação Oncológica do Algarve.

Para realizar as marcações para este rastreio estão disponíveis os seguintes contactos: 281541827 ou email: [email protected].

Apoio aos doentes oncológicos no Algarve

A Associação Oncológica do Algarve é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, sem fins lucrativos, de utilidade pública e com fins de saúde, que dá apoio a doentes oncológicos residentes no Algarve.

O rastreio é realizado nas instala-ções da Cruz Vermelha em Vila Real de Santo António, junto aos campos de ténis da cidade, na rua do Farol. Está a ter lugar desde o passado dia 14 de Outubro e acontecerá até Dezembro de 2013, todas as segun-das e terças-feiras entre as 14h30 e as 19h00. A iniciativa é da Asso-ciação Oncológica do Algarve em parceria com a Delegação da Cruz Vermelha de Vila Real de Santo António. O rastreio HPV mune-se de grande importância porque SE trata do vírus que pode provocar Cancro no Colo do útero. O ras-treio vai servir para um estudo/rastreio co-financiado através do

Decorreu em outubro, a campanha de vacinação gratuita contra a gripe para todos os alcoutenejos com mais de 65 anos. Além da população com mais de 65 anos, a autar-quia alcouteneja vacina também todos os diabéticos, cardíacos e asmáticos. Aliada a esta iniciativa, no concelho de Alcoutim regista-se uma diminuição da taxa de morbi-mortalidade relacionada com a gripe desde 1995.

De referir que a nível nacional iniciativa semelhante é levada a cabo apenas há um ano, mas em Alcoutim é promovida há 17 anos num contributo à medicina preventiva.

No início do mês de Outubro, e ainda em funções na autarquia alcouteneja, o edil Francisco Amaral congratulou-se com a medida do Governo, salientando que permitirá “diminuir o entupimento dos serviços de urgência nos meses frios, assim como contribuir para a defesa e redução dos custos com a saúde”.

A sala de reuniões do Centro de Saúde de VRSA recebeu a 11 de outubro a tertúlia «Apoio às mães que amamentam – Próximo, Con-tínuo e Oportuno», inserida na Semana Mundial do Aleitamento Materno.

Uma iniciativa para esclarecer, incentivar e apoiar o aleitamento materno. Foi organizada pelo Agrupamento de Centros de Saúde (Aces) Sotavento e pela Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) Santo António de Arenilha.

Desde o passado dia 14 de Outubro que o Baixo Guadiana tem disponível um rastreio gratuito ao HPV – vírus que pode provocar cancro no cólo do útero.

Mulheres entre 18 e 24 anos podem fazer rastreio gratuito do HPV em VRSA

Autarquia alcouteneja promoveu rastreio contra a gripe

Tertúlia deu apoio às mães que amamentam

Pelo quinto ano consecutivo

AVISOBOLSAS DE ESTUDO PARA O ENSINO SUPERIOR

ALUNOS DO CONCELHO DE ALCOUTIM

A Câmara Municipal de Alcoutim, no Ano Letivo de 2013/2014, atribui 30 Bolsas de Estudo, no valor de 100€ / Mês, durante dez meses, para o Ensino Supe-rior, de harmonia com a deliberação tomada pela Câmara Municipal na reunião de

28 de Outubro de 2013.

Local para entrega das candidaturas: Câmara Municipal de Alcoutim – Gabinete de Ação Social, Saúde e Educação

Rua do Município, nº 12 – 8970 - 066 ALCOUTIMPrazo para entrega das candidaturas:

04 a 15 de Novembro de 2013REQUISITOS PARA A CANDIDATURA:

a) Frequência de curso de nível superior.b) Residência no Concelho de Alcoutim.CONDIÇÕES DE CANDIDATURA:

A candidatura a bolseiro é feita mediante o preenchimento de Boletim fornecido pela Câmara Municipal, o qual deverá ser entregue na Câmara Municipal devidamente preenchido e conjunta-

mente com os seguintes documentos:

• Documentosdeidentificaçãodetodososelementosdoagregado familiar.• Atestadoderesidência,atestandoqueresidenoconcelhodeAlcoutim,hápelomenos

um ano.• Atestadocomprovativodoagregadofamiliar.• Certidãodematrícula,passadapeloEstabelecimentodeEnsino

Superior.• Certidãodeaproveitamentoescolardoanoanterior,comindicação

da média obtida.• Planocurricularondeseencontrainscrito.• DeclaraçãodoIRSdoanoanterior.

Alcoutim, 28 de Outubro de 2013

O Presidente da Câmara, Osvaldo dos Santos Gonçalves

Município de AlcoutimCâmara Municipal

- Gabinete de Ação Social, Saúde e Educação –

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2013 | 11

DESENVOLVIMENTO

João Pereira iniciou em Agosto uma atividade inédita no concelho de Vila Real de Santo António. A tarefa é árdua até porque, como diz o ditado, “todas as rosas têm espinhos”. O pro-jeto da sua vida está a dar-lhe muita satisfação pessoal, mas, simultanea-mente, muito trabalho e, por vezes, até lhe traz algum desânimo. Isto porque “querer implementar uma dinâmica nova, contra ventos e marés, não é fácil”. Este jovem empresário é um testemunho fidedigno de como “é difícil começar”.

O seu projeto tem como grande objetivo divulgar a cidade de Vila Real de Santo António como polo turístico atrativo. Este professor de história idealizou desde roteiros de visita pela cidade, criação de mascote que acopladas a inúmeros produtos de vestuário e utilitários podem ser algo diferenciador num novo merchandising em Vila Real de Santo António que começa assim a dar uns primeiros passos adaptados aos novos tempos.

Para a criação das mascotes ela-borou um concurso de ideias dire-cionado aos mais pequenos e daí surgiram a «Luzinha», o «Wadi» e

No total o investimento camarário ascende aos 400 mil euros e em exe-cução está um edifício multifuncional com dois pisos, distribuídos por uma área de 324 m2. Estará concluído, aproximadamente, em meados do próximo ano e trata-se de um polo incubador de empresas, pioneiro em Castro Marim. O grande objetivo é “incrementar o tecido económico local e potenciar o aparecimento de novas empresas no território do Baixo Gua-diana”, pode ler-se num comunicado de imprensa enviado pela câmara às redações.

O Pólo Incubador de Empresas de Castro Marim, que está a ser cons-truído no centro histórico da vila, “destina-se a apoiar a constituição de empresas que pretendam iniciar ou dar continuidade a uma atividade profis-sional, tendo como finalidade incen-tivar a iniciativa privada, em especial por parte dos jovens, proporcionando-lhes as condições favoráveis para um crescimento sustentado e com maiores

a «Camélia». “O primeiro inspirado no iluminismo de Vila Real de Santo António, o segundo no rio Guadiana e o terceiro no camaleão tão típico por aqui”, desvenda-nos, assim, João a inspiração criativa dos jovens que ganharam este concurso.

“Somos uma ideia que se tornou um projeto e, com ele, uma série de expectativas e vontades. Vontade de fazer bem, de receber melhor e de esclarecer e informar. Vontade de par-tilhar um tesouro bem nosso, único, irrepetível e que permanece, ainda, um pouco desconhecido. A história de Vila Real de Santo António tem pormenores fabulosos, uma origina-lidade e pioneirismo absolutamente fantásticos”. E é nesta súmula que João Pereira procura “criar um produto cultural - Vila Real de Santo António -, e aliar um conjunto de artigos e pro-dutos de merchandising com desenhos originais e exclusivos que representem essa mesma história e identidade”. Por aqui os artigos são exclusivos.

Roteiro ivrsa

Os Roteiros iVRSA dão uma perspec-tiva histórica, urbanística e patrimonial

probabilidades de sucesso no início de atividade”. A autarquia explica, ainda, que “a existência deste Pólo, dotado de autonomia funcional e orgânica, tem no seu horizonte de intervenção a promoção e consolidação de novas empresas, com projetos viáveis do ponto de vista técnico, económico e financeiro e geradoras de desenvol-vimento nas áreas social, económica e tecnológica na sub-região do Baixo Guadiana”.

da cidade de Vila Real de Santo Antó-nio. Há dois horários para os roteiros: de manhã, às 11 horas e, de tarde, às 18 horas.

Mapas

Os mapas da cidade incluem vouchers de desconto para os restau-rantes e bares pareceiros, tendo sido feito acordo com 11 estabelecimen-tos que oferecem descontos de 5% e 10%.

Os mapas são um instrumento de orientação que procuram através da diferenciação de áreas por cores, direc-cionar o turista ou visitante para os pontos de interesse e serviços utéis. Informação

Toda a informação prestada na IVRSA, desde sugestões de visita, informação sobre pontos de interesse turístico, cultural ou histórico são gratuitas. Apenas os artigos de mer-

chandising, as entradas para alguns serviços turísticos, os roteiros e o mapa são pagos). “Este projeto previu bas-tante informação que pode ser entre-gue gratuitamente e toda atenção no atendimento e toda a disponibilidade para satisfazer a curiosidade do turisya apenas custa um sorriso”, graceja João Pereira.

É possível conhecer o projeto em: http://ivrsaturismo.wix.com/ivrsa# e em https://www.face-book.com/#!/ivrsa.turismo.

Para este edifício vão-se deslocali-zar os serviços da empresa municipal Empresa Municipal – NovBaesuris.

Materiais autóctones

Os materiais utilizados na cons-trução do futuro polo incubador de empresas são característicos da região, bem como a cobertura, que respeita as técnicas milenares da arquitetura vernacular do Gharb-al-Andalus.

Posto privado aposta na informação turística em VRSA

Em 2014 Castro Marim vai ter polo incubador de empresas

Funciona num torreão do centro cultural António Aleixo e desde Agosto que pretende ser uma oferta turística e cultural diferenciadora em Vila Real de Santo António. «IVRSA» pretende catalizar a oferta turística da cidade pombalina e promovê-la na ambição de cativar mais turistas.

A iniciativa é municipal, mas tem como objetivo incentivar o investimento privado, nomeadamente, potenciar o aparecimento de empresas. A execução da obra terá a duração de 12 meses.

João Pereira tem pela frente o desafio de promover turismo e aumentar visitantes na cidade de VRSA

A iniciativa é da câmara municipal de Castro Marim

A iniciativa é da câmara municipal de Castro Marim

Está aberto Concurso Nacional de Doces de Fruta Tradicionais Portugueses Vai decorrer até 15 de Novembro o período de inscrição para o 2º Concurso Nacional de Doces de Fruta Tradicionais Portugueses, que decorrerá no dia 2 de Dezembro de 2013, no Centro Nacional de Exposições, em Santarém. As categorias de produtos admitidas a este concurso são as seguintes: Doces extra, extremes ou de mistura de frutos, Compotas, extremes ou de mis-tura de frutos, Geleias extra, extremes, Marmelada, Citrinadas, Cremes de sementes, Frutos secados, Frutos confitados, Frutos em calda, Conservas de fruta e, ainda, outros produtos doces, derivados de frutos e ou de produtos hortícolas, desde que tenham designações próprias e ou populares ou que tenham uma base tradicional, decorrente do uso de matérias-primas locais ou nacionais.

Mais informações estão disponíveis em: www. qualifica.pt e http://qualificavalorizatradicionais.blogspot.com/

12 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |NOVEMBRO 2013

DESENVOLVIMENTO

Maria Luísa Francisco veio para Alcoutim enquanto Investigadora tornando-se uma dinamizadora no concelho

Coordenadora do «Projeto Alcoutim» cria empresa e é eleita presidente da Associação Empresarial Turística do Baixo Guadiana

vidas algumas iniciativas. O apoio às artesãs das Bonecas de Juta de Martinlongo, de modo a revitalizar um interessante produto artesanal e aumentar a sua comercialização. Um concurso intitulado «Doce Típico d’Alcoutim» de modo a valorizar pro-dutos endógenos do concelho e criar

um doce de referência que valorize a doçaria alcouteneja e seja comer-cializado no concelho e fora dele. A revitalização do Núcleo Museológico de Santa Justa, na antiga Escola Pri-mária, foi uma atividade que procu-rou valorizar o património cultural imaterial de Alcoutim e ao longo de cinco sessões ajudou a reviver outros tempos. Houve a recriação de uma aula dos anos 50/60, uma sessão dedicada aos contos tradicio-nais, outra aos provérbios populares e uma aos jogos tradicionais. Uma outra atividade com algum impacto foi o Workshop sobre marketing e empreendedorismo em meio rural. Envolveu os desempregados do con-celho e especialistas de várias institui-ções desde IEFP, CCDR, Microcrédito, Universidade do Porto e ANJE. Este Workshop levou a que se realizasse posteriormente uma sessão sobre Microcrédito com os desempregados que tinham ideias de negócio para desenvolver. E ainda um Seminário sobre a importância da Ribeira do Vascão em parceria com o ICNF.

JBG: Que continuidade para o Projeto Alcoutim?

MLF: Espera-se que as atividades iniciadas durante o Projeto tenham continuidade, nomeadamente as questões relacionadas com o doce típico, que passam pela imagem do produto, embalagem, preço e estraté-gia de promoção. Que a Flôr d’Agulha em Martinlongo continue a comer-

cializar as Bonecas de Juta junto dos novos clientes angariados no litoral pela equipa do «Projeto Alcoutim». Que a população de Santa Justa con-tinue a frequentar o Núcleo Museoló-gico como espaço de encontro para a valorização das suas tradições e sabe-res, realizando por exemplo serões de poesia, tertúlias, etc. Seria bom que outras atividades que foram propos-tas no âmbito do projeto, e que por razões financeiras não conseguiram ter seguimento, viessem no futuro a realizar-se.

JBG:Resumidamente, qual o balanço final?

MLF: O balanço é positivo na medida em que houve um contributo sustentável. O que ficou poderá ter continuidade com impacto positivo, tornar-se um fator multiplicador e de desenvolvimento do tecido sócio-económico da região.

JBG: O que a levou a criar uma empresa no final do Pro-jeto?

MLF: Sabendo que havia a expec-tativa inicial que os jovens do Projeto pudessem criar empresas no concelho, o que não veio a acontecer, resolvi cor-

responder a essa expectativa e criar uma sociedade unipessoal para ajudar a dinamizar, ainda que muito modes-tamente, o concelho. A empresa é dedicada a eventos e serviços.

JBG- Imaginava que depois de quatro anos em Alcoutim se tornaria empresária, e neste concelho?

MLF - Não, não imaginava sequer que viria para Alcoutim, mas um dia quando dava aulas na Universidade do Algarve fui convidada para simul-taneamente integrar uma equipa de investigação em parceria com a Uni-versidade de Huelva, no âmbito do Projeto GIT III incluído na iniciativa INTERREG III: Estudo Sociológico Técnico sobre a Realidade Social na Andaluzia, Algarve e Alentejo. Fui a investigadora que ficou com a parte do Algarve e isso obrigou-me a muitas deslocações, durante vários meses, por este território do Baixo Guadiana. Deu muito trabalho, mas foi bom ver o resultado final num livro com o mesmo título da investigação.

De facto, gosto desta terra e destas gentes e com muito gosto procuro dar o meu contributo.

JBG- Ser a presidente da Asso-ciação Empresarial Turística do Baixo Guadiana «Uádi Ana» representa o quê para si?

MLF - Representa um desafio, embora já tenha tido desafios maio-res a nível associativo, nomeadamente quando fui presidente regional de uma Associação Internacional ligada à solidariedade social. A proposta da Associação Empresarial surgiu depois de já ter constituído a empresa e assim ganhou sentido. Foi o anterior presi-dente, Luís Costa, que me contactou para encabeçar uma lista para os órgãos sociais da Associação Uádiana. A existência desta Associação faz todo o sentido uma vez que procura tornar a região do Baixo Guadiana mais compe-titiva e, naturalmente, capaz de atrair mais investimento para cada um dos quatro concelhos que a compõem. Vou colocar ao serviço da Associação todos os meus conhecimentos para criar boas parcerias, dinamizar e divulgar a «Uádi Ana». Procurarei reforçar a ligação com os empresários espanhóis, desenvolver várias atividades de intercâmbio, por exemplo, os almoços transfronteiriços de empresários. Enquanto mulher com alguma visão empreendedora acre-dito que darei um contributo útil à Associação. Enquanto empresária, será ao contrário, vou ser eu a receber os conhecimentos de todos os outros associados, que, sem dúvida, têm mais experiência empresarial do que eu.

Jornal do Baixo Guadiana: O que mais a motivou quando lhe foi feito o convite para coorde-nar o Projeto?Maria Luísa Francisco: Foi pensar que o Projeto poderia contribuir para que mais jovens se fixassem na região, que fossem criados pequenos

negócios, pequenas empresas, dina-mizando uma das zonas mais deser-tificadas do Algarve.

Jornal do Baixo Guadiana: Em que moldes começou o projeto?

MLF: Ao contrário do «Projeto Querença», que antecedeu e inspirou este projeto, os recursos económicos foram escassos e isso criou algumas dificuldades. O Coordenador cientí-fico, Prof. Doutor António Covas da Universidade do Algarve, desde o início referiu que este era um Projeto de alto risco, por ser de “orçamento zero” e coincidir com uma altura de eleições. Apesar das dificuldades, o Projeto foi-se construindo e começou com um encontro com os empresá-rios dos concelhos mais próximos de Alcoutim, a fim de partilharem o seu testemunho de vida e estimularam os jovens para a iniciativa empresarial.

JBG: Quais foram as princi-pais atividades?

MLF: Um dos objetivos passou pela valorização dos recursos endógenos e culturais do concelho de Alcoutim, reaproveitando os recursos disponí-veis, nesse sentido foram desenvol-

O Projeto Alcoutim que teve início em Janeiro de 2013 terminou no passado dia 31 de Outubro, e teve como coordenador científico António Covas e como coordenadora executiva Maria Luísa Francisco. De acordo com a nota de imprensa lançada no início do projeto tratava-se de um projeto de empresarialização e dinamização do concelho de Alcoutim.«Projeto Alcoutim» teve a duração de nove meses e com as seguintes entidades parceiras: IEFP, Ualg, Município de Alcoutim e a Alcance, tendo procurado desenvolver vários eixos de ação em Alcoutim. A sua coordenadora executiva explica-nos a essência do projeto e dá-nos conta de como ela mesmo se torna empresária e é eleita para a presidência da Associação Empresarial Turística do Baixo Guadiana.

No passado mês de Outubro realizaram-se, em Alcoutim, as eleições para os órgãos sociais da Associação Empresarial Turística do Baixo Guadiana “Uádi Ana”, que pretende um novo dinamismo junto dos empresários da região e a projeção da Associação a nível nacional e transfronteiriço.Foram eleitos os seguintes órgãos sociais:

Direção•Presidente Executiva – Maria Luísa Francisco (Alcoutim)Vice-Presidente – Luís Guilhermino (Castro Marim)Secretário – Rogério Jacob (Alcoutim)Tesoureiro – Hélder Oliveira (Vila Real de Santo António)Diretor para o Turismo – João Rolha (Mértola)Vogal – José Constantino (Mértola)Vogal – Vítor Duarte (Alcoutim)

Conselho Fiscal•Presidente – Luís Costa (Vila Real de Santo António)Vogal – José Sousa (Alcoutim)Vogal – António Faustino (Alcoutim)

Assembleia Geral•Presidente – Ricardo Cipriano (Castro Marim)Secretário – António Constantino (Mértola)Vogal – Luís Borges (Alcoutim)

Associação Empresarial Turística do Baixo Guadiana elegeu nova Direção

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2013 | 13

TOMADA DE POSSE - AUTÁRQUICAS 2013

Órgãos autárquicos tomaram posseDurante o mês de Outubro os órgãos autárquicos dos concelhos de Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António tomaram posse. Assembleia Municipal, Câmara Municipal e Juntas de Freguesia preencheram-se para mais quatro anos de mandatos. Recorde-se que em Alcoutim o Partido Socialista saiu vencedor e em Castro Marim e Vila Real de Santo António o PSD manteve-se no poder, embora com a alteração do presi-dente de câmara no concelho castromarinense. Neste suplemento deixamos o essencial dos discursos das Tomadas de Posse, feitos pelos presidentes das câmaras, apresentando-os num contacto direto à população. Damos também a conhecer as equipas executivas, sendo que ao nível das câmaras municipais apresentamos as distribuições de pelouros. De referir que no município de Castro Marim o PS ganhou a Assembleia Municipal, mas divide a mesa de Assembleia com o PSD. “Um ato de gestão política a pensar na população e não nos partidos”, sublinhou o edil castromarinense Francisco Amaral, congratulando-se com o diálogo estabelecido a este nível.

Alcoutim Castro Marim VRSA

Luís Gomes (PSD) Presidente

Osvaldo Gonçalves (PS)Presidente

Francisco Amaral (PSD) - Presidente

São Cabrita (PSD)Vice - PresidentePelouros:•Educação e Juventude;•Eventos desportivos;•Clubes e Associativismo;•Ação Social;•Saúde;•Recursos Humanos;•Emprego;•Transportes;•Cultura (Biblioteca Municipal, Arquivo Histórico e Associações Culturais)•Gestão dos Espaços Públicos;

Paulo Paulino (PS) Vice - Presidente

Pelouros:• Obras Municipais;• Habitação e Urbanismo;• Equipamento e Instalações Municipais;• Ordenamento do Território e Siste-mas de Informação Geográfica;• Comunicação Social e Relações Públicas;• Cultura e Turismo;• Defesa do Consumidor;• Juventude, Desporto e Tempos Livres;• Parque Automóvel;• Planeamento Estratégico;• Património Histórico e Cultural, Arqueologia e Museologia;• Arquivo Histórico e Documental/Biblioteca Municipal;• Informática e Telecomunicações;• Gabinete de Apoio ao Investidor;• Comércio

Pelouros do Presidente de Câmara: Gabinete de Assessoria; Notariado Privativo; Segurança e Proteção Civil; Relações Internacionais; Freguesias; Recursos Humanos; Segurança e Higiene no Trabalho; Finanças; Tesouraria; Gestão de Atendimento ao Público; Atendimento Expediente Geral e Arquivo; Contabilidade, Gestão Financeira e Patrimonial; Apoios Comunitários e Desenvolvimento Local; Educação; Saúde e Ação Social; Fiscalização; Con-tencioso Administrativo e Jurídico.

Pelouros do Presidente de Câmara: Desenvolvimento Económico e Turismo, Gestão Autárquica e Financeira, Gestão Recursos Humanos, Habitação e Urbanismo, Obras Particulares, Educação Ação Social, Freguesias, Informação, Comunicação e Relações Públicas, Saúde, Cinegética, Pescas

Pelouros do Presidente de Câmara: Ordenamento do Território e Urbanismo; Património; Obras Municipais; Habitação; Planeamento e Desenvolvimento Económico; Atividades Económicas (turismo, comércio, agricultura, pesca); Finanças; Política Desportiva; Projetos na área do desporto e saúde; Política do Complexo Desportivo; Comunicação; Cultura (Centro Cultural António Aleixo, Núcleo do Património Material e Imaterial, Eventos Culturais); Informática.

Filomena Sintra (PSD) Vice - Presidente

Pelouros:Planeamento• Modernização Administra-• tiva e InformáticaObras Municipais• (Gestão de Projetos e • Empreitadas)Património, Museus, Biblio-• tecas e ArquivoCultura• Atividades de Lazer, Tempos • Livres, Juventude e Saberes TradicionaisDesenvolvimento Rural, • Florestas e AgriculturaDefesa do Consumidor•

João Sol Pereira (PSD) Vereador

Pelouros:•Gestão corrente do Urbanismo;•Ambiente;•Canil e Gatil Municipal;•Gestão de Espaço Público;•Mobilidade;•Assuntos Jurídicos;•Contratação Pública.

José Galrito (PS)Vereador

Pelouros:• Obras por Administração Direta;• Transportes;• Floresta, Agricultura e Pescas;• Ambiente;• Conselho Cinegético;• Energia;• Espaços Verdes;• Salubridade e Saneamento;• Abastecimento de Água;• Toponímia • Trânsito e Segurança Rodoviária;• Vias de Comunicação;• Mobilidade;• Mercados e Feiras;• Ocupação da Via Pública, Publicidade;• Venda Ambulante;• Taxas e Licenças;• Cemitérios;• Higiene e Limpeza;• Sanidade Alimentar e Animal

Nuno Pereira (PSD)Vereador

Pelouros:Proteção Civil• Toponímia• Ambiente e Serviços Urbanos• Meio Ambiente Higiene e • LimpezaServiço Médico-Veterinário• Parques e Jardins• Metrologia • Mercados e FeirasCemitérios• Edifícios e Equipamentos • MunicipaisArmazéns e Oficinas Municipais• Rede Viária Municipal,• Sinalização e Trânsito• Segurança• Eletrificação e Iluminação • PúblicaAbastecimento de Água, Sanea-• mento e SalubridadeTransportes• Parque Auto• Desporto• Animação Desportiva• Licenciamento de Provas• Equipamentos Desportivos•

João Rodrigues (PSD) Vereador

Pelouros:•Serviços Gerais;•Feiras;•Mercados e Venda Ambulante;•Trânsito e Sinalética;•Cemitérios;•Parque de Campismo;•Toponímia;•Proteção Civil

Carlos Barros (PSD) Pres. Assembleia Municipal

António Amorim (PS)Pres. Assembleia Municipal

José Domingos (PS) Pres. Assembleia Municipal

David Murta (PS)Vereador sem pelouros

José Carlos Pereira (PSD) Vereador sem pelouros

Carlos Nóbrega (PS) Vereador sem pelouros

Luís Romão (PSD)Presidente

João Simões (PS)Presidente

Daniel Neves (PS)Presidente

José Martins (PSD) Presidente

Nélia Mateus (PS)Presidente

VRSA

Alcoutim e Pereiro

Vaqueiros

Altura

Azinhal Monte Gordo

Giões

Martinlongo

Castro Marim

OdeleiteV. Nova de Cacela

Luís Salas (PS) Vereador sem pelouros

Dalila Barros (PSD)Vereador sem pelouros

Célia de Brito (PS) Vereadora sem pelouros

Manuel António (PSD)Presidente

Avelino Cardeira (PSD)Presidente

Aníbal Cardeira (PS) Presidente

Valter Matias (PSD)Presidente

Vitor Esteves (PS)Presidente

José Cruz (CDU) Vereador sem pelouros

José Guerreiro (PSD) Presidente

Juntas de Freguesia

Juntas de Freguesia Juntas de Freguesia

14 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |NOVEMBRO 2013

e colaboração; Uma palavra, em especial, para todos os presidentes de Junta sem excepção, a garantia de que independentemente das suas opções partidárias, serão considera-dos pelo novo executivo camarário, parceiros políticos da mais elevada importância.

Valorizar Juntas de Freguesias

Por isso, o compromisso que assu-mimos em valorizar e dignificar o papel dos presidentes de junta, é para ser cumprido.

A Câmara Municipal de Alcoutim apoiará económica, material e tec-nicamente as Juntas de Freguesia sempre que se mostre necessário ou sempre que, para isso, seja soli-citada.

Nós queremos mais responsabi-lidades na gestão das freguesias, e queremos resultados, como até hoje não se viram, mas temos a plena cons-ciência que não se pode exigir mais responsabilidade e mais resultados, a quem não tem poder nem meios financeiros nem apoio técnico.

Valorização dos recursos humanos

- A todas as entidades e autoridades, quero agradecer o trabalho realizado ao logo dos anos, e garantir que, no que depender da autarquia, recebe-rão o apoio económico, logístico e

É com orgulho, imensa humil-dade e com profundo sentido de missão que hoje tomo posse neste cargo, que muito

me honra, e para o qual fui eleito por sufrágio universal.

(...)

Desenvolvimento integrado e sustentável

- Em primeiro lugar, pretendemos implementar um modelo de desenvolvimento integrado e sustentável. As políticas avulsas não dão, nem nunca deram bons resultados.

- Esta matriz de desenvolvimento terá como principal vértice o inves-timento em áreas potenciadoras do desenvolvimento económico, social e cultural do Concelho. São áreas que nos merecem, sem dúvida, uma especial atenção: a saúde, a educação, o emprego e o património material e imaterial do nosso concelho.

- A saúde, porque se trata de, em nosso entender, um direito universal, e não um exclusivo das classes sociais abastadas;

- A educação, porque não há futuro próspero e duradouro, com povos incultos e incapazes de tomar decisões fundamentadas e assertivas;

- O emprego, porque, infelizmente, a falta dele é uma catástrofe social que prolifera na nossa sociedade e a qual, se não tivermos a inteligência de combater, será o infortúnio de muitas

famílias; - O património material e imaterial

do nosso Concelho, porque é nele que assenta grande parte da nossa riqueza cultural e que, ao mesmo tempo, serve de motor e agente turístico da região. Não esqueçamos que o Turismo, se bem organizado e divulgado, pode ser uma enorme mais valia para o desenvolvimento do Concelho.

Minhas caras amigas e meus caros amigos

Acreditamos, que com a operacio-nalização do nosso modelo desenvol-vimento, o Concelho de Alcoutim, se tornará um lugar onde todos terão vontade de se fixar e onde, para além da vontade, terão condições económicas, sociais e culturais, para o fazer.

Estímulo de parcerias

Permitam-me dizer-vos que tenho a plena convicção de que o segredo para o sucesso, seja do que for, está na qualidade das relações que estabe-lecemos com os nossos parceiros.

E é àqueles que já são, ou que queremos que sejam, nossos par-ceiros que eu dirijo, agora, a minha atenção:

- A todos os Alcoutenejos peço que façam parte desta equipa e partici-pem activamente nas decisões que irão marcar o futuro do Concelho;

- A todos os órgãos autárquicos peço independência, rigor, espírito de missão, capacidade de trabalho

humano, possível e necessário, de acordo com a natureza e objectivos dos vossos projectos;

- Aos recursos humanos desta casa, quero dizer-lhes que conto com o seu apoio, com o seu potencial e com a sua experiência. São eles que, todos os dias, constroem o “rosto” do nosso Concelho. São os “braços” que aco-lhem aqueles que nos visitam e são as “mãos” que amparam as necessidades da nossa gente, e as tentam suprimir. São eles o garante de uma assistên-cia permanente no fornecimento de bens e serviços; são eles os obreiros das engenharias financeiras tão necessá-rias a uma boa relação entre custos e oportunidades; são eles também que, obviamente, nos ajudam a construir os nossos sucessos.

Sei que do estímulo, sai o entu-siasmo e deste a produtividade. Por isso tudo farei para criar uma equipa produtiva e entusiasmada.

Para todos eles, o meu reconheci-mento e o meu compromisso com uma atenção futura na justa valorização e respectiva avaliação do desempenho de cada trabalhador desta casa.

Contem comigo para o reconheci-mento do vosso trabalho, não contem comigo para ser conivente em situa-ções de incúria, de laxismo e irrespon-sabilidade.

Espero honestamente e desejo sin-ceramente que esta mensagem chegue sem ruído a todos os seus destinatá-rios.

Proximidade com a população

Por último … dizer-vos queO presidente da Câmara de Alcou-

tim e os seus vereadores estarão per-manentemente no terreno, visitando as freguesias, ouvindo as populações, e os seus representantes, conhecendo os problemas no local, ouvindo opini-ões, aceitando ideias e sugestões, em suma, serão uma presença constante junto dos cidadãos que representam, afirmando desta forma, a desejada proximidade entre eleitos e eleitores

Nova atitude

Caros concidadãos,Esperem do novo executivo cama-

rário, uma nova forma de fazer polí-tica

Esperem uma nova atitude. Esperem uma política de proximidade com os cidadãos. Esperem um relacionamento regrado pelo diálogo com os represen-tantes das freguesias, com os deputa-dos municipais e com a oposição

Esperem um ambiente de liberdade e de democracia. Esperem a afirmação plena da cidadania

Esperem um Alcoutim COM TODOS E PARA TODOS!

Osvaldo Gonçalves

nota de redação: publicamos aqui o que a nível de

editoria consideramos essencial do discurso do presidente eleito

TOMADA DE POSSE - AUTÁRQUICAS 2013

Alcoutim

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2013 | 15

Antes de mais, as minhas felicitações aos autarcas recém empossados que com certeza irão desenvolver

um trabalho profícuo nos próximos quatro anos em prol de Castro Marim e dos Castro-Marinenses.

Valorização da história e cultura

Castro Marim vai continuar na senda dos sucessos fazendo jus à sua história, à sua cultura e ao seu passado recente.

O mundo, a Europa e o nosso país em particular, não estão bem. Este país passa por dificuldades até há poucos anos inimagináveis. O retrocesso das condições de vida dos portugueses, já há algum tempo que se faz sentir.

Este país, tal como outros, devido ao endividamento excessivo, ficou nas mãos da banca internacional, qual agiotas que, procurando lucro fácil, secundarizam por completo as condições da vida humana. E os Governos, atados muitas vezes, de pés e de mãos, com pouca sobera-nia, cumprem os desideratos e os ditames dessa banca internacional e daí os municípios portugueses, que alguns, já com as suas próprias finanças depauperadas (felizmente que não é o nosso caso), os municí-pios, dizia, vêm-se na obrigação de nos próximos anos canalizarem umas verbas substanciais do seu orçamento municipal para ajudar as famílias mais necessitadas e os grupos mais vulneráveis, como os idosos, as crian-ças, os desempregados e os doentes crónicos. É precisamente isso que iremos também fazer nos próximos tempos.

Apoio às empresas

Por outro lado, as empresas gerado-ras de riqueza e criação de emprego têm que ser acarinhadas pelos pode-res políticos vigentes, seja central, regional ou local. Os municípios não devem obstaculizar o investimento, mas antes pelo contrário, devem ser agentes facilitadores e apoiantes, logi-camente no âmbito do escrupuloso cumprimento da lei.

Por sua vez, os munícipes devem ver os seus licenciamentos de obras aprovados em tempo útil.

Defesa dos direitos básicos e promoção do turismo

O abastecimento de água às popu-lações, assim como o estado dos arru-amentos e a sua limpeza, devem ser uma preocupação primeira de todos nós. E não devemos descansar enquanto certas situações proble-máticas não forem resolvidas.

O turismo, a principal atividade económica da região, e do nosso concelho em particular, não se deve resumir aos meses de Julho e Agosto, mas sim, embora não sendo fácil, há que ter imaginação, vontade e meios para atrair turistas durante todo o ano.

A requalificação das frentes de mar eseus acessos são urgentes, assim como a requalificação da rua princi-pal de Altura e a EN 125, que requere uma intervenção profunda e urgente, visando a segurança e o bem estar das pessoas, e o embelezamento dos espaços circundantes. O ambiente, a educação, a cultura e a história de um povo, são pilares do desenvolvimento

de qualquer sociedade moderna e deverão ser devidamente tratados e apoiados como a requalificação do Castelo da vila de Castro Marim.

Salvaguardar acesso à saúde

A saúde, uma área já a sofrer graves cortes orçamentais que já se refletem nos piores cuidados prestados à popu-lação, como por exemplo, o aumento dos tempos de espera para consulta de especialidade para cirurgias e até de tratamentos oncológicos, como também o que está a acontecer com as extensões de saúde de Odeleite e Azinhal. Uma Câmara Municipal deve estar na primeira linha da defesa dos direitos básicos da população, como o direito à saúde. E tudo esta Câmara fará para melhorar os cuidados de saúde da nossa gente. A ação social deve ser ativa, isto é, deve ir ao encon-tro das famílias para constatar as suas dificuldades. Muitas vezes o algar-vio da serra, com a sua humildade e simplicidade que o caracteriza, sofre e não se queixa. Nem sempre as pessoas que mais se queixam são as que mais necessitam. Também na política social devemos tentar ser o mais justo possível.

Em termos clínicos, não encontro nada mais eficaz para prevenir e combater esses flagelos que destroem famílias, que são as dependências, seja do álcool, da nicotina, ou de outras drogas, do que a prática do desporto, muito desporto... Muitas vezes tentar tratar uma única toxi-codependência é mais caro e mais doloroso do que todo o dinheiro que o município invista nesta área. A prática do desporto também será

uma prioridade deste executivo.

Combate às assimetrias

Temos um país muito assimétrico onde o seu interior se despovoa e envelhece e o litoral se massifica. No nosso caso particular, as freguesias de Odeleite e Azinhal desde os anos 60 são varridas por duas ondas de deser-tificação. Uma na longitudinal, que vai de norte a sul do interior do país, e outra na horizontal que atravessa toda a serra algarvia de Alcoutim a Aljezur. Não é fácil qualquer município per si contra o monstro da desertificação. E as políticas nacionais desenvolvi-dos pelos sucessivos Governos ainda acentuam mais este fenómeno. Daí a importância de uma canalização redobrada de atenção para políticas locais que contribuam para tornar este concelho mais harmonioso.

Descentralização

Costumo dizer que sou um des-centralista convicto e praticante. As parcerias com as associações, com os clubes, com as IPSS’s e com as Juntas de Freguesia são essenciais para o desenvolvimento local. Temos que saber capitalizar a disponibilidade de quem está no terreno e que se dispõe a trabalhar para os outros de um modo muitas vezes voluntário.

Credibilizar a vida política

Permitam-me duas linhas para falar de mim. Fui autarca 20 anos em Alcoutim com o apoio expresso do povo soberano. Desenvolvi uma obra reconhecida nacionalmente da qual

muito me orgulho. Quero transportar para Castro Marim a minha maneira de ser e estar na vida e na política. Foi sempre apanágio da minha gestão ouvir as pessoas, procurar consensos e decidir com bom senso, envolvendo as pessoas. É com muito gosto e muita honra que irei desempenhar este cargo. Procurarei sempre honrar a confiança que a maioria dos castro-marinenses depositou em mim. Por exemplo, continuarei a fazer o que durante 20 anos fiz em Alcoutim. À porta do salão nobre serão expostos a declaração dos meus bens imóveis, dos meus rendimentos e do meu saldo bancário. Aprendi que na política, tão mais importante que ser, é pare-cer. Este é um pequeno e humilde contributo para tentar credibilizar a vida política que neste país está tão desacreditada, senão veja-se nestas últimas eleições a elevada taxa de abstenção, assim como os votos nulos e brancos.

4 anos de profícuo trabalho

Finalmente felicito os autarcas eleitos, agora empossados, desejando quatro anos de profícuo trabalho em prol dos nossos concidadãos. Castro Marim e os Castro-Marinenses são muito mais importantes do que even-tuais divergências político ideológicas que possam existir. Com certeza que vamos todos saber sempre destrinçar o que é realmente importante do que é acessório.

Francisco Amaral

nota de redação: publicamos aqui o que a nível de editoria con-

sideramos essencial do discurso do presidente eleito

TOMADA DE POSSE - AUTÁRQUICAS 2013

Castro Marim

16 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |NOVEMBRO 2013

TOMADA DE POSSE - AUTÁRQUICAS 2013

A população do concelho de Vila Real de Santo António confiou-nos mais um man-

dato para reger os destinos do município nos próximos quatro anos. Sentimo-nos honrados com a confiança em nós depositada e é numa verdadeira atitude de serviço e de compromisso que aceitamos esta missão.

Os vila-realenses – todos os vila-realenses, sem quaisquer dis-tinção de filiações partidárias, de condição ou de opções pessoais - todos os vila-realenses poderão contar com o nosso trabalho, o nosso esforço, o nosso saber, a nossa experiência, a nossa hones-tidade e competência. Daremos o nosso melhor ao serviço desta terra. Trabalhar com paixão e com dedicação será o nosso mote e as pessoas – como sempre – serão o centro de toda a nossa ação.

Anos intensos e com obra

Foram anos intensos e com uma obra que está à vista de todos. Ou melhor, uma parte dela está à vista de todos - porque é física e palpável -, outra, porque reali-zada mais ao serviço estrito das pessoas passará sem a visibili-dade que poderia ter. Contudo, basicamente, trabalhámos sempre com as pessoas no coração dos nossos projetos. Trabalhámos para as pessoas, pelas pessoas e com as pessoas. Neste sentido, pensamos ser inquestionável o salto de qualidade de vida que

se operou. Em alguns campos de intervenção, particularmente ao nível da ação social, fomos pio-neiros no país e o nosso conce-lho foi colocado, pelos melhores motivos, no mapa.

(...)A marca VILA REAL DE SANTO

ANTÓNIO adquiriu um valor inquestionável.

Através de vários meios, fomos divulgando as metas a que nos propomos para os próximos quatro anos que se desenham diante de nós.

Incremento de política de proximidade

Continuaremos o trabalho de proximidade com as pessoas. Não só na perspetiva de procu-rar saber melhor os seus anseios e preocupações, mas também de garantir uma opinião mais pró-xima da sua avaliação do desem-penho do executivo.

Faremos mais um esforço suple-mentar para melhorar a capaci-dade de resposta e qualidade de serviço da Câmara municipal e da Empresa Municipal aos cida-dãos.

Neste sentido, garantiremos níveis e formas de atendimento aos munícipes mais personaliza-das e melhoria na capacidade de resposta dos mesmos.

Manter e desenvolver as polí-ticas sociais

Nesta vertente do nosso pro-grama, ao êxito das políticas até agora seguidas, daremos o adequado seguimento sem nunca

perdermos de vista a evolução social que se for apresentando diante de nós. As políticas sociais ocuparão sempre a primeira linha da nossa ação.

Infraestruturas

Estamos neste momento a intervir na construção de siste-mas de saneamento em zonas onde ainda não eram servidas pelos sistemas municipais, como no interior da freguesia de Vila Nova de Cacela.

Neste âmbito, a remodelação da rede de água e de esgotos da zona sul da cidade de Vila Real de Santo António, que há mais 20 espera uma intervenção será adju-dicada nas próximas semanas.

Requalificação das frentes de praia

No seguimento do ótimo tra-balho que desenvolvemos nesta vertente, propomos-nos fechar o ciclo da requalificação das frentes de praia de Monte Gordo e Vila Real de Santo António.

Requalificação Urbana e do Património

Esta dimensão da política municipal exige uma atuação de continuidade. Neste seguimento, continuaremos a pôr em prática as políticas de património e valoriza-ção do centro histórico da cidade - apostando na sua musealização e notoriedade internacional.

Além disso, continuaremos o bom processo que tem vindo a ser desenvolvido ao nível da Requa-

lificação Urbana.

Descentralização de Competências

O sentido político da proxi-midade das pessoas leva a uma progressiva e equilibrada descen-tralização de competências. Nesta mesma linha, continuaremos com uma política de descentralização de meios e de competências para as Juntas de Freguesia.

Dinâmicas para a criação de emprego

Entre as grandes preocupações de quem gere as diversas dimen-sões da política está, em todos os níveis, a criação e a proteção do emprego para superar esse autên-tico flagelo e praga social que é o desemprego.

Com todas as nossas forças em quanto de nós depende, aposta-remos em dinâmicas que visem a criação de emprego e sua susten-tabilidade. Neste âmbito, o pro-grama Arranca continuará a ser desenvolvido e potenciado.

Projetos estruturantes

Continuaremos o estudo e a avaliação de vários projetos estru-turantes. Eles serão a condição e a possibilidade para desenvolver e promover a diversificação da base económica local.

Ao introduzir as palavras finais, não posso deixar de recordar a todos as dificuldades que juntos temos de enfrentar. Estamos

bem conscientes delas. Por isso, também, o esforço e o contributo de todos – insisto – de TODOS – é imensamente importante.

A conjuntura socioeconómica do nosso concelho, do país, da Europa e do mundo impõe condi-cionamentos variados que exigem e exigirão um esforço, um trabalho e uma dedicação verdadeiramente árduos. Da nossa parte, não nos pouparemos a esforços ou sacri-fícios pessoais. Esperamos que todos se juntem ao nosso empe-nho. O respeito democrático exige que saibamos respeitar as diversas e diferentes opções e propostas. Espero que se consiga criar um ambiente e condições de autêntica atitude construtiva.

Propomo-nos cultivar uma autêntica transparência e sabe-remos respeitar as críticas, feitas com lealdade e frontalidade. Mas esperamos também ideias e con-tributos que verdadeiramente promovam um município ainda melhor, com mais qualidade de vida, e que ofereça condições e oportunidades a todos os que vivem, escolheram viver, ou passam o seu tempo no concelho de Vila Real de Santo António.

Luís Gomes

nota de redação: publica-mos aqui o que a nível de editoria

consideramos essencial do discurso do presidente eleito

VRSA

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2013 | 17

DESENVOLVIMENTO

Entrada em vigor da Diretiva relativa aos direitos dos doen-tes em matéria de cuidados de saúde transfronteiriços

A partir de agora, a legislação da UE em vigor consagra os direitos dos cidadãos a receber tratamento médico noutro país da UE e obter posteriormente o seu reembolso.

Para os doentes, esta diretiva é sinónimo de maior escolha nos cui-dados de saúde, mais informação, reconhecimento mais fácil das pres-crições médicas além-fronteiras. A diretiva também representa uma boa nova para os sistemas de saúde euro-peus, melhorando a cooperação entre os Estados-Membros em matéria de interoperabilidade das ferramentas da «saúde em linha», de utilização da avaliação das tecnologias da saúde e de partilha de conhecimentos espe-cializados raros.

Para que os doentes possam bene-ficiar dos direitos garantidos pela legislação da UE, esta carece de transposição e aplicação adequadas. Durante o período de transposição, a Comissão prestou uam grande apoio aos Estados-Membros. Neste momento, insto os Estados-Membros a cumprirem as suas obrigações e a transporem plenamente esta dire-tiva. A Comissão vigiará de perto esta transposição, prestará assistên-cia e tomará as medidas adequadas sempre que necessário.

Declaração normalizada de IVA: Simplificar a vida das empresas e melhorar o cumpri-mento das obrigações fiscais

A Comissão propôs uma nova declaração normalizada de IVA, que pode reduzir em cerca de 15 mil milhões de euros por ano os custos para as empresas da UE. O objetivo desta iniciativa consiste em reduzir a burocracia para as empresas, facilitar o cumprimento das obrigações fis-cais e tornar mais eficientes as admi-nistrações fiscais em toda a União. Como tal, reflete plenamente o com-promisso da Comissão em favor de uma regulamentação inteligente e constitui uma das iniciativas previs-tas no recente programa REFIT desti-nado a simplificar as regras e reduzir os encargos administrativos para as empresas . A proposta de hoje prevê um conjunto uniforme de exigências a satisfazer pelas empresas aquando do preenchimento das suas declara-ções de IVA, independentemente do Estado-Membro em que o façam. A declaração normalizada de IVA – que substituirá as declarações de IVA nacionais – garantirá que se exijam às empresas as mesmas informações de base e no mesmo prazos em toda a UE. Dado que procedimentos mais simples são mais fáceis de respeitar e de aplicar, a proposta de hoje deverá igualmente contribuir para melhorar o cumprimento das obrigações do IVA e aumentar as receitas públicas.

«Perto daEuropa»

Centro de Informação Europe Direct do Algarve

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional - CCDR Algarve

Rua do Lethes nº 32, 8000-387 Farotel: (+351) 289 895 272 fax: (+351) 289 895 [email protected]

www.ccdr-alg.pt/europedirect

Centro de Medicina Física internacionaliza Complexo Desportivo e traz novas especialidades médicas para VRSA

O município de Vila Real de Santo António, através da empresa muni-cipal Sociedade de Gestão Urbana (VRSA SGU – EM), formalizou, com o Hospital Particular do Algarve, a 25 de Outubro, a assinatura do con-trato de exploração e gestão do futuro Centro Internacio-nal de Medicina Física e Reabilita-ção Luso-Cubano de VRSA.

O centro médico, que será inaugu-rado no início de 2014, ficará loca-lizado na nave do Complexo Despor-tivo de VRSA e dará apoio ao treino de alta competição e às centenas de estágios desporti-vos ali realizados, promovendo a rea-bilitação de atletas e a maximização da performance das equipas.

A estrutura dá seguimento aos acordos de cooperação já esta-belecidos - desde 2008 - entre os serviços de saúde da República de Cuba e o Município de VRSA, beneficiando ainda do know-how de médicos especialistas, terapeutas e profissionais nas áreas da medi-cina física e reabilitação.

Além da vertente desportiva, o equipamento terá a valência de centro médico, permitindo a oferta

de serviços e especialidades médicas até agora indisponíveis em VRSA e nos municípios do Leste algarvio.

Para Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de Vila Real de

Santo António, o centro médico “contribuirá definitivamente para o processo de internacionalização do Complexo Desportivo, hoje já procurado por atletas olímpicas de topo, oferecendo serviços médico-desportivos únicos no país e pionei-ros no contexto europeu”.

“Ao mesmo tempo, estamos a con-tribuir para a melhoria da saúde da população de VRSA e do Algarve,

que, de uma forma inovadora, passa a ter acesso a um número signi-ficativo de novas especialidades médicas e serviços inovadores”, continuou Luís Gomes.

A assinatura do contrato de explo-ração e gestão do futuro Centro Internacional de Medicina Física e Reabilitação de VRSA contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de VRSA e também presidente do Conselho de Administração da SGU, Luís Gomes; do Presidente do Conselho de Administração do Hospital Par-ticular do Algarve (HPA), João Sil-

vério Fernandes Bacalhau; do Vogal do Conselho de Administração do HPA, Artur Fernando Bacalhau; e da embaixadora de Cuba em Portugal, Johana Tablada de la Torre.

Serviços em dois pisos

O futuro espaço médico ficará repartido por dois pisos do Complexo Desportivo onde se incluem três gabi-netes de consultas, três salas de trata-mentos, medicina física e reabilitação, uma sala de raio-x, um gabinete de enfermagem, uma sala de observação e três gabinetes de consultas de espe-cialidade.

Beneficiará ainda de um serviço de atendimento perma-nente com médico, enfermeiro e auxi-liar de ação médica, resposta imediata de

raio-x, ecografia, análises clínicas, meios complementares de diagnós-tico e pequena cirurgia.

Terá uma vasta oferta de consul-tas externas como nutrição, pedia-tria, dermatologia, reumatologia, urologia, obstetrícia, clínica geral, otorrinolaringologia, psicologia, oftalmologia, reumatologia, entre outras especialidades.

Televisão inteligente

Todas as pessoas que fizeram uma assinatura das redes por cabo, com telefone, televisão e internet, têm em casa uma peça que dá pelo nome de router, em português algo como enca-minhador.

Como o próprio nome indica, esse router tem por função encaminhar os sinais que chegam do exterior, como no caso das descargas de ficheiros, ou partem para o exterior, no caso, por exemplo, de carregarmos uma fotografia para aplicações como o Flicker ou o Facebook.

Significa isto que podemos encami-

nhar, através do nosso router sinais recebidos da internet não apenas para o computador, onde trabalha-mos ou nos entremos, mas onde o monitor é de dimensões reduzidas, mas também para uma televisão, caso ela tenha possibilidade de se lhe ligar um cabo de rede.

Os fornecedores de programas de TV, resolveram esse problema colocando entre o router e a tele-visão um aparelho, a que chamam box. Através dele, correm os sinais dos conteúdos que nos vendem, mas não é possível dar acesso,

na nossa TV aos conteúdos que correm livres pela Internet, como um filme ou um concerto do nosso artista preferido, chegado através do youtube, por exemplo.

É aí que entra a televisão inteli-gente, a SMART TV, que veio subs-tituir as televisões tradicionais.

Muitas pessoas já têm em casa estas televisões, algumas até com possibilidade de visualizar conte-údos 3D, mas que não tiram ver-dadeiramente partido desta nova maravilha que a tecnologia colocou à nossa disposição.

Recomenda-se, portanto que vai adquirir uma nova TV procure optar por uma destas televisões, desde que já tenha um router e internet contratada pois a experi-ência é aliciante, uma maravilha dos tempos modernos.

Permite até, com a utilização de programas apropriados como o ALLSHARE, o PS3 Player, ou Splahspot, introduzir uma intera-tividade com o computador, dando nova vida a velhas máquinas que tínhamos arrumado a um canto da casa.

O centro médico, que será inaugurado no início de 2014, ficará localizado na nave do Complexo Desportivo de VRSA

José Cruz

Para 2014

18 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |NOVEMBRO 2013

DESENVOLVIMENTO

Indicadores acentuam redução geral na Mobilidade e Transportes na Região do AlgarveOs dados do 1º Trimestre de 2013 voltam a revelar uma quebra dos movimentos e dos fluxos de transporte na Região do Algarve. Com as exceções dos movimen-tos de passageiros no Aeroporto Internacional (A.I.) de Faro, de passageiros na Ria Formosa e de passageiros nas carreiras rodo-viárias internacionais (Lagos / Sevilha), os restantes fluxos apresentam quebras com maior ou menor significado. A informação foi avançada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDRAlg) que diz que “as quebras verifica-das assumem, em alguns meios de transporte, aspetos parti-cularmente preocupantes pois acrescentam mais um trimestre de retração a séries já longas de diminuições contínuas, como são os casos dos passageiros no sis-tema ferroviário regional; do TMD na A2 e na A22; e dos passageiros no transporte coletivo rodoviário

urbano e interurbano”.

Travessia no Guadiana baixa quase 30%

Estes indicadores mostram também que a carreira da tra-

vessia do Guadiana (Vila Real de Santo António - Ayamonte) transportou um total de 15.376 passageiros, resultando num decréscimo de 26,9% relativa-mente ao trimestre homólogo do ano anterior (2012).

Através deste documento ainda não é ainda possível obter informa-ção para os TMD no 1º trimestre de 2013 na Ponte Internacional do Guadiana, bem como para o troço da EN/ER125 (Odiáxere/Estombar e Tavira/Monte Gordo).

Os dados são do primeiro trimestre de 2013, e no Baixo Guadiana mostram quebra de cerca de 30% na via fluvial

Durou pouco a demissão em medicina da Universidade do Algarve

O reitor da Universidade do Algarve, João Guerreiro, ao ceder e mudar uma cláusula contestada pelos docentes para salvaguardar a autonomia pedagógica do Curso de Mestrado Integrado de Medi-cina da Universidade do Algarve (UAlg), fez com que a direção demissionária deste curso recon-siderasse e anulasse o pedido de demissão que tinha apresentado. O desacordo devia-se a uma cláu-sula de um protocolo celebrado com o hospital. Os alunos volta-ram à atividade letiva, que estava suspensa, tendo a universidade regressado à normalidade, depois de alguns dias de grande instabi-lidade durante o mês de Novem-bro.Foi reaberto o processo da menina raptada na Praia da Luz

As autoridades portuguesas rea-briram o processo que investiga o desaparecimento de Madeleine McCann, enquanto passava férias com a família na Praia de Luz, no Algarve, em Maio de 2007.O pedido de reabertura será resul-tado do trabalho de mais de ano e meio de reanálise do processo levado a cabo por uma equipa da PJ do Porto. Um grupo de quatro inspetores liderado pela coorde-nadora Helena Monteiro — que nunca haviam contactado com o inquérito, evitando, assim qualquer contaminação na apreciação — terá identificado testemunhas que nunca foram inquiridas enquanto o processo esteve a decorrer, até Julho de 2008.Câmara de Comércio Portu-gal-Holanda

No dia 17 de Novembro arran-caram no Algarve as atividades da Câmara de Comércio Portugal-Holanda (CCPH). A reunião inicial realizou-se no Hotel Sheraton, em Albufeira.

Foi tomada a decisão de aumen-tar a presença na região. A sessão contou com a participação do embaixador do Reino dos Países Baixos, Henk Soeters, o presidente da câmara municipal de Albufeira, Carlos Silva e Sousa e o presidente da Câmara de Comércio Portugal-Holanda, Eric van Leuven.

A câmara de comércio Portu-gal-Holanda estará em atividade regular no mês de dezembro, com pequenos-almoços temáticos, subordinados a temas focados no teor da inovação, abertos a um número limitado de participantes.

Foi disponibilizada a plataforma digital meethub para promover uma maneira simples de agendar reuniões prévias e virtuais de negó-cio, associando uma taxa especial anual para o ano de 2014.

NO ALGARVE

José Cruz

Luís Gomes foi ao Panamá preparar reunião dedicada à solidariedade internacional que vai ter lugar em VRSA em Junho de 2014

Reunião mundial de solidariedade internacional vai ter lugar em VRSA

dial do projeto serviu igualmente para organizar os preparativos para a IX reunião do Conselho Mundial José Martí de Solidariedade Inter-nacional, que terá lugar em junho de 2014, em Vila Real de Santo António.

É esperada em VRSA a presença de algumas das mais destacadas figuras da política e pensamento mundiais como como são os casos do teólogo brasileiro Frei Betto, do prémio Nobel da paz argen-tino, Adolfo Pérez Esquivel, do ex-diretor geral da Unesco, Federico Mayor Zaragoza, ou do ex-diretor do jornal «Le Monde Diplomati-que», Ignacio Ramonet.

Para Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, “a realização desta conferência em Portugal, particu-larmente em VRSA, constitui uma oportunidade única no aprofunda-mento dos laços de solidariedade entre os continentes europeu e

americano e representa um desafio na forma de observar e avaliar as diferentes correntes políticas e de pensamento mundiais”.

A VIII reunião do conselho mundial que decorreu no início de Outubro dá seguimento à III Conferência Internacional «Pelo equilíbrio do Mundo».

O evento foi organizado pela Ofi-cina [Instituto] do Programa Mar-tiano, fundado a 9 de abril de 1997, que tem como missão coordenar todos os eventos que se destinem a homenagear o influente pensador, poeta, político e filósofo cubano José Martí, nascido há 160 anos, a 28 de janeiro de 1853.

O presidente da Câmara Munici-pal de Vila Real de Santo António, Luís Gomes, integrou o Conselho Mundial do Projeto José Martí de Solidariedade Internacional, uma instituição prestigiada da qual fazem parte alguns dos mais influentes pensadores e figuras de relevo mundial.

A cerimónia teve lugar durante a VIII reunião do conselho mun-dial do projeto, que decorreu no início de Outubro esta semana, no Panamá. O evento integrou um conjunto de jornadas acadé-micas, organizadas em parceria com diversas universidades, e irá avaliar temas ligados à proteção e ética ambiental.

IX reunião do Conselho Mundial José Martí de Solidariedade Internacional em VRSA

A VIII reunião do conselho mun-

Em Junho de 2014 Vila Real de Santo António será palco de IX reunião do Conselho Mundial José Martí de Solidariedade Internacional. Para este encontro são esperadas figuras públicas da política e pensamento mundiais. Em inícios de Outubro Luís Gomes, presidente da câmara municipal pombalina integrou o Conselho Mundial do Projeto José Martí de Solidariedade Internacional.

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2013 | 19

CULTURA

Grazia Diaz promoveu um espetáculo e um workshop de iniciação ao tango argentino, a 19 e 20 de Outurbo, respetivamente

Vicente Cardoso projeta inúmeros eventos “onde todos têm lugar”

Janeiro acolhe festival de teatro em VRSA

Associação Cultural de Dança Espanhola apresentou «Tatuaje»

Galeria nasce da vontade de partilhar arte

De acordo com Pedro Santos, diretor artístico da companhia de teatro vilarealense «Fech’Ó Pano» o ano de 2013 “fortaleceu ideias, projetos e parcerias” e a “eurocidade representa uma boa plataforma para as sinergias também ao nível cultural que têm tudo para dar escala ao território e as entidades que o preenchem”.

A crise vai obrigar a um festival de teatro mais contido em termos de despesas, sendo que pode proporcionar também um pretexto “para mais e melhores parcerias”. O festival está a ser projetado para ter lugar na segunda semana de Janeiro do próximo ano e os espetáculos vão ter lugar nas sedes da eurocidade do Guadiana - Ayamonte, VRSA e Castro Marim. Deverão integrar este certame companhias nacionais e estrangeiras, nomeadamente de Espanha e Brasil.

«As peripécias do senhor Marquês» e «As Usadas» são duas peças da «Fech’Ó Pano» que deverão integrar o festival.

Recorde-se que esta companhia tem mantido uma aposta forte na formação de artes de palco, tanto nas suas instalações como nas escolas.

A Associação Cultural de Dança Espanhola apresentou a 19 de outubro no Centro Cultural António Aleixo, o espetáculo de dança «Tatuaje». A nova produção da companhia propôs uma união entre o tango argentino e o flamenco, numa alusão aos movimentos de migração registados entre a Argentina e Espanha.

Um espetáculo inspirado no ambiente e vivências dos portos marítimos, desde sempre um ponto de encontro de pessoas, culturas, sentimentos e paixões.

A produção contou com a participação especial de Carmen Iniesta, bailarina que fez parte do elenco do premiado docu-mentário «Flamenco», de Carlos Saura, e de João Alves, outro conceituado profissional do tango argentino.

A direção artística de «Tatuaje» está a cargo de Gracia Diaz e o corpo de baile integra os próprios alunos da academia de dança.

No dia 20 de outubro, teve igualmente lugar, no Centro Cultural António Aleixo, entre as 16h00 e as 19h00, um workshop de Tango Argentino conduzido por Carmen Iniesta e João Alves.

A galeria de Vicente Cardoso foi inaugurada a 17 de Outubro em Vila Real de Santo António numa cerimónia onde amigos e familiares se juntaram também em dia que é de aniversário do seu mentor. Soprar as velas de mais um ano de vida e dar um passo em mais um projeto é para Vicente C. “mais uma etapa ultrapassada”. Autor de diversas pinturas e inspirado por familiares artistas este autor fala-nos de um “diálogo íntimo e constante com a tela”. As suas obras falam por si e agora ganham destaque numa galeria, podemos dizer, de espírito comunitário, de partilha e altruísmo numa sociedade que este autor defende “deve ser de interação e constante diálogo construtivo”.

Aberta diariamente depois das 18h e ao fim de semana ao longo do dia, para além de ser um espaço de exposição e venda aqui será o lugar de trabalho de Vicente Cardoso que investe assim na expressão artística em VRSA.

Para esta galeria e para o tão emblemático Largo António Aleixo da cidade já se projetam inúmeros encontros de artistas. “São muitos os talentos do nosso concelho e arredores e pretendo que a minha galeria seja a de todos”, reforça este pintor.

A próxima edição do festival de teatro de Vila Real de Santo António terá lugar em Janeiro de 2014 e vai integrar a programação cultural da eurocidade Ayamonte-VRSA-Castro Marim.

Abriu recentemente uma galeria de arte no Largo António Aleixo, em Vila Real de Santo António. O seu proprietário tem como grande objetivo partilhar arte. A sua e a dos outros, que aqui ganham oportunidade de divulgar seus trabalhos.

Festival de teatro deverá integrar a programação da eurocidade Ayamonte - VRSA - Castro Marim

Lutgarda Guimarães de Caires – Nascida há 140 Anos

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

O presente mês de Novembro de 2013 assi-nala os 140 anos do nascimento de uma das mais ilustres figuras de Vila Real de Santo António: a poetisa Lutgarda Guima-rães de Caires. Ilustre? Sim, de facto… mas para quem? Já em 2007 – ano em que se reeditou Lutgarda Guimarães de Caires, Uma Algarvia Ilustre - escrevia o saudoso Prof. Doutor António Rosa Mendes: “é uma ilustre vila-realense; e é também uma ilus-tre desconhecida para os vila-realenses”. Lamentavelmente, parece que tal condição não mudou muito (para usar um eufe-mismo) desde 2007 até à actualidade; os seus conterrâneos desconhecem o legado cultural da supra citada, e a estátua que bem intencionadamente lhe presta home-nagem acabou por resumir-se a pano de fundo para duvidosas sessões fotográficas de teor facebookiano. Compete-nos, por-tanto, expor um pouco da sua vida e obra de maneira a assinalar a efeméride.

Lutgarda Guimarães de Caires nasceu em Vila Real de Santo António, em 13 de Novembro de 1873. Deixou o Algarve ainda jovem, passando a viver em Lisboa, onde veio a casar com o advogado João de Caires, um homem culto e aficionado de tertúlias e serões culturais. O falecimento de uma filha parece estar na origem da sua poesia melancólica e das regulares visitas às crianças enfermas no Hospital D. Maria Estefânia. Foi ela, aliás, a impulsionadora do Natal dos Hospitais, então designado Natal das Crianças dos Hospitais. A sua acção cívica passou pela denúncia das humilhantes condições em que viviam as mulheres nas cadeias portuguesas. Para além disso, reivindicou mais direitos para as mulheres, transformando-se numa pré-feminista, o que acaba por aproximá-la (com as devidas diferenças) de figuras como Maria Veleda, outra algarvia que se evidenciou no contexto do movimento feminista português. Lutgarda faleceu em 1935. Foi autora de vários livros, quer no domínio da prosa quer no domínio da poesia. Algumas destas obras, como “Som-bras e Cinzas”, “Pombas Feridas”, “Violetas” ou “Glycinias” podem ser consultadas na Biblioteca Vicente Campinas. Mas pergun-temo-nos: que tem sido feito no sentido de preservar a sua memória e o seu legado cultural? Em 1937, o seu nome foi dado a um largo, em Vila Real de Santo António. Em 1966 foi apresentado um busto junto ao rio Guadiana (actualmente desterrado para local menos visitado), e em 2005, foi erguida uma estátua de corpo inteiro, da autoria do escultor vila-realense Nuno Rufino. Porém, e ainda que todas estas iniciativas sejam louváveis, não nos deve-mos esquecer que as estátuas são mudas e que foi o uso da palavra que evidenciou Lutgarda. Já dizia o simbolista Camilo Pes-sanha, no seu poema Estátua: “cansei-me de tentar o teu segredo”. Talvez esteja na hora de desvendar o quase segredo que é obra de Lutgarda Guimarães de Caires, através de encontros literários ou de outras iniciativas que perpetuem o seu legado…

Fernando PessanhaHistoriador

20 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |NOVEMBRO 2013

CULTURA

Boas práticas e tópicos de inovação na gastronomia marcam tertúlia

Festa Entreculturas mostrou gastronomia, dança e música

POR CÁ ACONTECE A G E N D ACASTRO MARIM

Passeio Halloween – 2.ª ediçãoMacha-Passeio Familiar2 NovembroConcentração: 20h Pavilhão Municipal de Castro Marim

9 de NovembroS. Martinho em Odeleite(Magusto e Baile)16h

10 de NovembroS. Martinho (Magusto, BTT, Baile e artesanato)Alta Mora - 9h

VRSA

Exposição «Álvaro Cunhal Vida, pensamento e luta: exemplo que se projeta na atualidade e no futuro»Data: 4 a 9 de novembroHora: segunda a sexta-feira - 9h15 > 19h45sábado - 14h15 > 19h45Local: Biblioteca Municipal Vicente Campinas| VRSA

«Álvaro Cunhal: fotobiografia»Data: 7 de novembroHora: 18h00Local: Biblioteca Municipal Vicente Campinas| VRSA

«O carteiro de Fernando Pessoa» de Fernando Esteves PintoApresentação de José Carlos Barros, com a presença do editor Marcelo TeixeiraData: 9 de novembro Hora: 16h30Local: Biblioteca Municipal Vicente Campinas| VRSA

«Tertúlia no Baixo Guadiana»

Dinamizada pelo Jornal do Baixo GuadianaData: 15 de novembroHora: 17h30Local: Biblioteca Municipal Vicente Campinas| VRSA

«A Lei do Karma»Por Braham Kumaris - Associação para um mundo melhorData: 22 de novembroHora: 18h00Local: Biblioteca Municipal Vicente Campinas| VRSA

Exposição «Bichos. Quem nos observa da paisa-gem?»Ilustrações de Marta SantosData: até 30 de novembroHora: segunda a sexta-feira - 9h30 > 17h00Local: CIIPC | Antiga Escola Primária de Santa Rita

Oficina de ilustração (para crianças e jovens)Associada à Exposição “Bichos. Quem nos observa da paisagem?”, Ilustrações de Marta SantosData: 16 de novembroHora: 15h00 > 18h00 | 3,5 euros por participanteLocal: Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela | Antiga Escola Primária de Santa RitaInscrições e informações: CIIPC - Antiga Escola Primária de Santa Rita | 281952600 | [email protected] | www.ciipcacela.wordpress.com

Exposição «Paisajes en la Frontera»Diversos autoresData: 8 a 29 de novembroHorário: 9h30 > 12h30 | 14h00 > 16h45 Segunda a sexta-feiraLocal: Arquivo Histórico Municipal de Vila Real de Santo António| VRSA

Palestra «As Vozes de Lutegarda»Aula aberta no âmbito das comemorações do 140º aniversário de Lutgarda Guima-rães de CairesOrador: Fernando Pessanha Data: 13 de novembroHora: 15h30Local: Sala de Leitura - Piso 2 | Arquivo Histórico Municipal| VRSA

Open - 8º Prova BMW Padel Tour Data: 9 e 10 de Novembro

XXII Edição das X Milhas do GuadianaData: 10 de novembroHora: 11h00 > 13h00 ( hora portuguesa)Local: Complexo Desportivo de VRSA > Estádio Blas Infante

Visita Guiada - A Arquitetura Pombalina em VRSA, pelo Dr. Hugo CavacoData: 21 de novembroHora: 10h30Org.: Eurocidade

Concurso de Fado Solidário a favor do Centro de Apoio ao Sem Abrigo (CASA)Eliminatória de Vila Real de Santo AntónioData: 17 de novembroHora: 19h00Local: Escola Secundária de VRSA

Exposição de Tampas de Latas de Con-serva, da coleção do Sr. José Alexandre PiresData: até 31 de novembroLocal: Casa Grande | Ayamonte

ALCOUTIM

07 de novembroMercado de Vaqueiros Local: Vaqueiros Hora: 09h00

25 de novembroMercado do PereiroLocal: Pereiro (Feira Nova)Hora: 09h00

15 de novembro- Palavra Sexta à Noite - Concerto de Música Clássica Local: Casa dos Condes (Biblioteca Municipal de Alcoutim)Hora: 18h30

16 de novembro Tradicional Matança de Porco Local: Sede da Associação Grito d’Alegria (Giões)Hora: 10h00

Exposição “Bonecas da Flor d’Agulha”Local: Centro de Artes e Ofícios (Alcoutim)Hora: de segunda a sexta-feira, entre as 08h30 e as 16h30

De 04 a 31 de novembro Exposição “Montes e Montes” - De Isabel Ferreira (Cerâmicas de Alcoutim) - Local: Casa dos Condes (Biblioteca Municipal de Alcoutim)Hora: de segunda a sexta-feira, entre as 09h00 e as 17h30

03 de novembro Marcha- passeio de Martim LongoLocal: Partida junto à sede da Associação Inter-Vivos Hora: 10h00

Na tertúlia dedicada à gastronomia no Baixo Guadiana que o JBG em parceria com a bibloteca municipal Vicente Cam-pinas, em VRSA, promoveu no passado dia 25 de Outubro a qualidade dos produtos do Baixo Guadiana, o nível do seu aproveitamento, a inovação para a gastronomia foram tópicos abordados por reresentantes de entidades coletivas e empresários ligados à produção agrícola e gastronómica, àreas intimamente ligadas quando falamos de sabores autên-ticos. Uma tertúlia bastante rica em opiniões e testemunhos, fortalecendo a ideia da riqueza da produção autóctone do Baixo Guadiana, depositando esperança num futuro que poderá ser mais promissor quanto maior for o empenho pelo melhor aproveitamento da matéria-prima e adaptação ao mercado numa ótica de sobrevalorização da qualidade e sustentabilidade. Cooperativa Terras de Sal, Confraria do Atum, ANCCRAL, Associação de Geminação Castro Marim-Guèrande, Pastelaria A Prova, Coração da Cidade, Quinta da Fornalha, Projeto Alcoutim, Associação Empresarial «Úadi Ana» e Escola de Hotelaria e Turismo de VRSA composeram esta tertúlia que se mostrou bastante inspiradora para uma elevação da auto-estima do território rico em produtos e saber fazer únicos.

No âmbito da 3ª edição da Promoção da Interculturalidade a nível municipal, a Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa de Vila Real de Santo António, valência do Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes, em parceria com o Alto Comissa-riado para a Imigração e Diálogo Intercultural e a Autarquia de Vila Real de Santo António, com o apoio do FEINPT (Fundo Europeu para a Integração dos Nacionais de Países Terceiros), da Editora Guadiana e do Grupo Coração da Cidade, levou a efeito no dia 26 de outubro de 2013, na Praça Marquês de Pombal, a FESTA ENTRECULTURAS.Este evento contou com uma mostra de gastronomia, artesanato, música e dança tradicional da Ucrânia, Brasil, Cabo Verde, Moldávia, Roménia, Rússia, Senegal e Portugal.

A tertúlia dedicada à gastronomia teve lugar no passado dia 25 de Outubro na Biblioteca Municipal de VRSA A festa é promovida pelo Centro Local de Apoio ao Imigrante

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2013 | 21

Livro digital de Ângelo Cruz convida-nos a refletir sobre a essência humana

Algarve Representado no VII Salón del Libro Iberoamericano de Huelva

Ahmed Thairi apresentou dois últimos livros em VRSA

Já começou segunda edição da Aula José Saramago

CULTURA

O volume IV da História de Portugal de António Borges Coelho tem um interesse acrescido para as gentes do Baixo Guadiana. É que, neste volume, a história passa pelo nosso território. Veio na peugada do Rei D. Sebastião que visitava o Alentejo e o Algarve. Chegou a Castro Marim, depois de Cacela, visitou a barra do Guadiana. No dia seguinte subiu o rio num bergantim. Estan-ciou em Alcoutim. Sempre rio acima chegou a Mértola. Seguindo depois para Serpa por maus caminhos de terra.

Registe-se a observação do historiador: «O Algarve fronteiro ao Guadiana não apresentava a desertificação actual nem voltava as costas para o lado de Espanha: Alcoutim mobilizava 1 000 homens de armas, Mértola 1 800».

Intitulado «Na Esfera do Mundo», este IV Volume da obra de Borges Coelho abarca um período chave da história do nosso país e da his-tória nossa aventura pelos continentes e sobretudo pelos oceanos.

Começa, em 1500, com a largada do Tejo da esquadra de Pedro Alvares Cabral que vai «encon-trar» o Brasil e termina em 1580, com a entrada em território nacional de Filipe II de Espanha, no ano seguinte jurado rei de Portugal.

Trata em sínteses admiráveis:- o nascimento, o apogeu e o começo do declínio

do Estado da Índia, a conquista e a queda das praças do Norte de África, o avanço da coloni-zação do Brasil;

- o estabelecimento do «Santo Ofício» (a Inqui-sição) em Portugal (1531), a conversão forçada de judeus e mouros, os massacres de «cristão novos», o primeiro «auto de fé» em Lisboa e outros que se lhe seguiram;

- o reflexo das guerras religiosas na Europa, a influência dos ventos progressistas da Reforma, a liberdade ainda visível em Gil Vicente e no Can-cioneiro Geral, o sufoco que se acentua à medida que o século avança;

- a expansão fenomenal da economia do Reino ao transformar-se em Império, as riquezas fabulo-sas que chegam da costa de África (o ouro da Mina, os escravos), da Índia, do Brasil, as fragilidades resultantes do esbanjamento e da dependência do crédito externo (já então!).

Como sempre acontece na obra de Borges Coelho não só os reis e os heróis que contam, o povo está sempre presente. Na altura os portugue-ses eram cerca de um milhão, mas descobriram, contactaram, comerciaram, guerrearam e pilha-ram nas cinco partes do mundo, como se dizia.

António Borges Coelho diz melhor:«Do extremo ocidente da Europa, um pequeno

povo espano provocava mudanças qualitativas e quantitativas muito profundas à escala do Mundo:

na viagem, no pensar, na representação dos humanos, do planeta, da fauna e da flora, no espanto e na variedade das culturas, na extensão e na velocidade do comércio, nas indústrias do mar e da guerra, nos patamares da riqueza.»

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

História de Portugal

António Borges Coelho

L I V R O Spor Carlos Brito

Jornal do Baixo Guadiana: Porquê um e-book? E, já agora, costuma consumir e-books?

Ângelo Cruz: Para um escritor que dá os pri-meiros passos a facilidade de publicação através de meios digitais é uma vantagem que não pode ser desaproveitada e nesse sentido achei que seria o tempo e o momento de o fazer. Costumo ler e-books, a facilidade de armazenamento de trans-porte e o pouco espaço que ocupam são algumas das vantagens, também leio livros em papel que para além do facto de interagirem com sentidos como o tato e o olfato têm a grande vantagem de não ficar sem bateria.

JBG: Como decorreu a produção deste livro no que toca à disponibilidade e ideia criativa?

AC: A escrita foi sempre um elemento da minha personalidade, faz parte de quem eu sou. O prin-cipal motor para a publicação destes contos foi arrumar uma etapa dessa escrita. São os primei-ros contos com toda a propriedade que a pala-vra primeiros lhes confere, com as virtudes e os defeitos que marcarão para sempre o meu início na escrita.

JBG: Como nos descreve a essência do seu livro?

AC: São várias histórias de vários personagens, sem nenhuma relação entre si, como tantas histo-rias que existem ao nosso redor e desconhecemos. É um olhar para dentro das pessoas ao contrário do que fazemos normalmente nas nossas vidas onde a maior parte só as conhecemos na aparência.

JBG: Qual a sensação que fica de escre-ver um livro e publicá-lo?

AC: Vejo-o como uma semente que paira no ar e que deambula até se fixar na terra onde germinará e crescerá. O livro encontrará alguns espíritos onde se fixará e outros onde não terá qualquer hipó-tese de crescer. Mas o facto de saber que quando germina passa a fazer parte desse espírito, como acontece comigo em tantas leituras, é o objetivo final e, como pergunta pela sensação, acho que é a sensação suprema para quem escreve.

JBG: Como lida com a crítica?AC: Como uma inevitabilidade, da mesma

forma que o agricultor ou o pescador lidam com a meteorologia ou o estado do mar, quando está de feição trabalha-se quando está tempestuoso trabalha-se ainda mais.

JBG: Já tem mais livros na calha?AC: Sim, estou neste momento no processo

de escrita de uma história com mais fôlego, uma ficção passada nos nossos dias e que tentará tirar

também um retrato da nossa sociedade e dos nossos comportamentos enquanto indivíduos e enquanto grupo. Quem quiser acompanhar todas as novidades poderá visitar o sitio www.angeloc-cruz.com.

Os escritores Tiago Nené, Fernando Esteves Pinto e Fernando Pessanha foram os representantes do Algarve no VII Salón del Libro Iberoamericano de Huelva 2013. O evento, organizado pela Universidad Internacional de Andalucía e pela Fundación Caja Rural del Sur, decorreu entre 15 e 18 de Outubro e nele partici-param autores oriundos da Colômbia, México, Porto Rico, Espanha e Portugal. A representação do Algarve passou pela apresentação de alguma da obra poética de Tiago Nené, na Biblioteca Provincial de Huelva. Posteriormente foi a vez de o Centro Cultural Caja Rural del Sur receber a apresentação da editora 4Águas, pelo escritor e editor Fernando Esteves Pinto, que também referiu a publicação do seu novo trabalho, «O Carteiro de Fernando Pessoa», editado pelas Edições Parsifal. Para finalizar, foi assinalada a estreia de Fernando Pessanha na literatura de ficção, com a apresentação do livro «Encontros Improváveis».

No dia 18 de Outubro a Biblioteca Municipal Vicente Campinas, em Vila Real de Santo António, pelas 18h, acolheu a apresentação de dois livros da autoria do prof. Dr. Ahmed Tahiri: o primeiro número da colecção «Episodios inéditos de la historia de marruecos», com o título «El rif y la desaparecida ciudad de Nakur: desde los albores de la historia hasta las luces del islam», e «La civili-sation rifaine a travers l´histoire du maroc. L´historien des cités disparues». A vereadora Conceição Cabrita, em representação do município, lembrou a importância de se tornar mais acessível a cultura de cada povo, remetendo à sua história. Esta apresentação contou ainda com a presença dos convidados Fatima-Zahra Aitoutouhen Temsamani e Manuel F. Castelo Ramos.

No dia 14 de outubro decorreu na Biblioteca Provincial de Huelva a sessão inaugural da 2ª edição da Aula José Saramago, um clube de leitura singular, que assenta no debate e na reflexão da obra e do pensamento do Nobel português.Estiveram presentes na sessão inaugural os participantes da Aula de ambos os lados da fronteira, em representação da Biblioteca Municipal Vicente Campinas, Assunção Constantino e Mariana Rego, o diretor da Biblioteca Provincial de Huelva, António Goméz, bem como o dinamizador deste projeto, Diego J. Gonzalez e o Diretor de Conteúdos do Centro Andaluz de las Letras, Juan José Téllez.Recorde-se que este é um projeto de cooperação transfronteiriça que decorre em paralelo nos dois países e que, sem dúvida, con-tribuirá para o conhecimento mútuo. Um lugar de encontro em torno da obra de José Saramago, que pode ajudar a eliminar, não só as fronteiras físicas, se não o que é mais importante a ultrapassar as barreiras do coração, tal como ele ansiava.Pilar del Rio, presidenta da Fundação José Saramago não pode estar presente na sessão inaugural, mas teve a amabilidade de enviar algumas palavras de agradecimento pela iniciativa:

(Esq.ª para D.ta) Tiago Nené, Fernando Pessanha e Fernando Esteves Pinto

Ahmed Tahiri (à direita) colocou em livro parte do seu estudo sobre a história de Marrocos

«Indelével» é o nome do primeiro livro de Ângelo Cruz. Trata-se de um livro digital que surge para cumprir o início de uma nova etapa deste vilarealense que em carteira tem já mais

publicações em vista.

22 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |NOVEMBRO 2013

EDITAIS

Certifico para efeitos de publicação que, por escritura de Justificação Nota-rial, outorgada neste Cartório, em vinte e cinco de Julho de dois mil e treze, lavrada a folhas 68, do Livro de notas para escrituras diversas número 98, Marcolino Ferreira Vicente, titular do NIF 129794244, natural da freguesia de Caçarelhos, concelho de Vimioso, e mulher Isabel Teresa Alves Antão Vicente, titular do NIF 179307401, natural da freguesia de Genísio, concelho de Miranda do Douro, casados no regime da comunhão geral de bens, residentes na Avenida Rui Luís Gomes, número 11, 2º Direito, em Alfornelos, concelho de Amadora; justificaram serem donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios: UM) prédio urbano, destinado a habitação, com-posto por casa de um andar, com a superfície coberta de oitenta metros quadra-dos, situado na Rua do Cruzeiro, a confrontar a Norte com Joana Gomes, a Sul com Martinho da Silva, a Nascente com João Preto e a Poente com Rua, no lugar e freguesia de Caçarelhos, concelho de Vimioso, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Vimioso, achando-se o prédio inscrito na matriz da referida freguesia sob o artigo 555, com o valor patrimonial tributário de mil cento e noventa e um euros e dois cêntimos, ao que atribuem igual valor; Dois) prédio rústico, denominado Caleira, composto de cultura de trigo com a área de cento e cinquenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Ana Maria Ventura, a Sul com Caminho, a Nascente com Ana Maria Ventura e a Poente com Abel do Nas-cimento Falcão, no lugar e freguesia de Caçarelhos, concelho de Vimioso, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Vimioso, achando-se o prédio inscrito na matriz da referida freguesia sob o artigo 1900, com o valor patrimo-nial tributário de € 0,76, ao que atribuem o valor de cinco euros.

Que, os identificados prédios foram por eles adquiridos no ano de mil nove-centos e oitenta e cinco, em data que não conseguem agora precisar, por compra verbal que deles fizeram a Abel Augusto Vicente, solteiro maior, que todavia, não chegaram a formalizar a compra através da necessária escritura pública, nem podem vir agora os justificantes formalizá-la em virtude de não saberem do paradeiro do vendedor ou dos seus herdeiros.

Que se encontram na posse dos identificados prédios há mais de vinte anos, posse que sempre exerceram sem oposição de quem quer que seja e com o conhecimento de todas as pessoas, sendo por isso uma posse de boa fé, pública, pacífica e contínua e do consenso que os imóveis lhes pertencem, por praticarem todos os actos inerentes à qualidade de proprietários, pelo que os adquiriram por usucapião, não conseguindo reunir agora todos os demais interessados que lhes permita fazer a prova da aquisição pelos meios extrajudiciais normais

Está conforme o original. Alfragide, quinze de Abril de dois mil e onze. A Notária,

(Ana Filipa Marcelino de Losada Tomás)

Conta nº. 983

1 de Novembro de 2013

NOTARIADO PORTUGUÊSJOAQUIM AUGUSTO LUCAS DA SILVA

NOTÁRIO em TAVIRA

Nos termos do Artº. 100, n.º 1, do Código do Notariado, na redacção que lhe foi dada pelo Dec – Lei número 207/95, de 14 de Agosto, faço saber que no dia vinte e um de Outubro de dois mil e treze, de folhas noventa e nove a folhas cento e uma, do livro de notas para escrituras diversas número cento e sessenta e seis – A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, na qual:

IDALINA MARIA GOMES, NIF 121.268.810, divorciada, natural da freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, residente na Rua dos Cortes Reais, número 7, Moncarapacho, Olhão, declarou:

Que, com exclusão de outrem, é dona e legítima possuidora dos seguintes prédios rústicos, ambos sitos na freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, a saber:

a) Prédio composto por cultura arvense, sito em Fonte Velha, com a área de dois mil e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte com herdeiros de José João, do sul com Maria Bárbara P. Rodrigues, do nascente com Idalina Maria Gomes e do poente com herdeiros de Manuel António Pereira, inscrito na matriz sob o artigo 66 da secção 133, com o valor patrimonial tributável e igual ao atribuído de TRINTA EUROS E DOIS CÊNTIMOS, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim;

b) Prédio composto por cultura arvense, mato, alfarrobeiras, oliveiras e vinha, sito em Barranco da Guarda, com a área de dois mil setecentos e vinte metros quadrados, a confrontar do norte com José Manuel Fernando Pereira, do sul com José Leandro, do nascente com barranco e do poente com Albino João Pereira, inscrito na matriz sob o artigo 21 da secção 132, com o valor patrimonial tributável e igual ao atribuído de QUINHENTOS E CINQUENTA E DOIS EUROS E SESSENTA E OITO CÊNTIMOS, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim.

Que adquiriu os prédios por meio de partilha verbal e nunca reduzida a escritura pública, efectuada com os demais interessados, no ano de mil novecentos e sessenta e três, em data que não pode precisar, por óbito de seus pais, José Afonso Gomes e Isidra Maria, residentes que foram no dito sitio de Cabaços.

Que desde esse ano possui os prédios em nome próprio, usufruindo dos mesmos, cultivando a terra e colhendo os seus frutos, pagando contribuições e impostos devidos, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriu os prédios por usucapião.

Vai conforme o original.Tavira, em 21 de Outubro de 2013

A funcionária por delegação de poderes;

(Ana Margarida Silvestre Francisco – Inscrita na O.N. sob o n.º 87/1)Conta registada sob o nº. Factura nº.

1 de Novembro de 2013

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIMA CARGO DA NOTÁRIA

MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que, no dia quinze de Outubro de dois mil e treze, foi lavrada neste Cartório, de folhas cento e dezassete a folhas cento e dezoito verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número vinte e cinco - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram:

Artur Correia Gonçalves e mulher, Maria Custódia Leandro Lourenço, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Castro Marim, ela da freguesia de Odeleite, ambos do concelho de Castro Marim, residentes na Rua da Vista Real, n.º 8, em Monte Francisco, Castro Marim, contribuintes fiscais números 110 602 730 e 110 602 714.

Que declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio urbano localizado na Rua da Vista Real, número oito, em Monte Francisco, na freguesia e concelho de Castro Marim, composto por um edifício térreo com várias divisões, desti-nado a habitação, e logradouro, com a área total de trezentos e oitenta e dois metros quadrados, dos quais cento e trinta e nove metros quadrados são de área coberta, a confrontar a Norte com Rómulo Manuel Correia, a Sul com António João Correia, a Nascente com caminho e a Poente com barranco, não descrito na Conservatória do Registo Predial deste concelho, inscrito na respectiva matriz urbana sob o artigo 7956, que provém do artigo 2316, ambos daquela freguesia, com o valor patrimonial tributável e atribuído de sessenta mil trezentos e quarenta e um euros.

Que o referido prédio, ainda como terreno para construção, entrou na posse dos justificantes, já no estado de casados, por compra verbal, nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e setenta e três, feita a Desidério Correia da Silva e mulher, Ermínia Maria Nunes, casados que foram sob o regime da comunhão geral de bens, residentes que foram no Sítio do Monte Francisco, na freguesia e concelho de Castro Marim, actualmente já falecidos.

Que, posteriormente àquela aquisição, os justificantes procederam à construção naquela parcela de terreno do edifício atrás identifi-cado, e que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os justificantes na posse do referido prédio, usando-o como sua habitação própria permanente, pintando-o, reparando-o e cuidando da sua manutenção, usufruindo do seu logradouro, pagando contribuições e impostos, enfim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os justifi-cantes adquiriram o referido prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, títulos extrajudiciais normais capazes de provar o seu direito.

Está conforme o original. Castro Marim, aos 15 de Outubro de 2013.

A Colaboradora,(Ana Rita Guerreiro Rodrigues)

(Colaboradora inscrita sob o n.º 400/3, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 05.01.2012, no portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro)

Conta registada sob o n.º 82/10 Factura n.º 3836

1 de Novembro de 2013

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIMA CARGO DA NOTÁRIA

MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que, no dia vinte e um de Outubro de dois mil e treze, foi lavrada neste Cartório, de folhas cento e vinte e seis a folhas cento e vinte e oito do Livro de Notas para Escrituras Diversas número vinte e cinco - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram:

Carlos Martins Pereira e mulher, Maria Adelaide da Palma Rego Cavaco Pereira, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ele natural da freguesia de Azinhal, concelho de Castro Marim, ela natural da freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, residentes na Praceta dos Lusíadas, n.º 4, 1º direito, na localidade e freguesia do Lavradio, concelho do Barreiro, contribuintes fiscais números 109 737 997 e 153 305 100.

Que declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio rústico sito em Fonte da Velha, na freguesia de Azinhal, concelho de Castro Marim, composto por terra de cultura arvense e mato, a confrontar a Norte com Alfredo Gonçalves e barranco, Sul com António Luís Diamantino, a Nascente com José Francisco Gomes, e a Poente com Manuel Gomes Madeira, com a área total de três mil cento e sessenta metros quadrados, inscrito na matriz sob o artigo 78, da secção AC, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de IMT e de Imposto do Selo, de 29,21 euros, igual ao atribuído.

Que o referido prédio se encontra registado na Conservatória do Registo Predial de Castro Marim sob o número seiscentos e ses-senta e quatro, a favor de ANTÓNIA ROSA, conforme inscrição correspondente à AP. dois, de trinta e um de Maio de mil novecentos e noventa e um.

Que o referido prédio lhes pertence, por o terem adquirido por doação verbal, nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa e dois, já no estado de casados, feita pela referida Antónia Rosa, tia do justificante marido, que faleceu no estado de solteira, maior, com última residência habitual no Sítio do Piçarral, na freguesia de Azinhal, concelho de Castro Marim.

E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os justificantes na posse do referido prédio, cuidando da sua manutenção, pagando contribuições e impostos, arando suas terras, colhendo os seus frutos, enfim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os justificantes adquiriram o prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, títulos extrajudiciais normais capazes de provar o seu direito.

Está conforme o original. Castro Marim, aos 21 de Outubro de 2013.A Colaboradora,

(Ana Rita Guerreiro Rodrigues)(Colaboradora inscrita sob o n.º 400/3, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 05.01.2012, no

portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro)Conta registada sob o n.º 106/10 Factura n.º 3848

1 de Novembro de 2013

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIMA CARGO DA NOTÁRIA

MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia oito de Outubro de dois mil e treze foi lavrada neste Cartório, de folhas noventa e oito a folhas cem do Livro de Notas para Escrituras Diversas número vinte e cinco - A, uma escritura de justificação, na qual compareceu:

António Pereira Fernandes, solteiro, maior, natural da freguesia de Ode-leite, concelho de Castro Marim, onde reside, na Alta Mora, contribuinte fiscal número 105 325 856;

Que declarara ser dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios:

UM - Prédio rústico, sito em Cercadinhas, na freguesia de Odeleite, con-celho de Castro Marim, composto por mato, com a área de dois mil oitocen-tos e oitenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Herdeiros de Alberto Manuel Francisco, a Sul com Joaquim António, a Nascente com Manuel Fernan-des Pereira e a Poente com Manuel José Afonso Gonçalves, não descrito na Con-servatória do Registo Predial deste concelho, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 119, da secção EP, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto do Selo de 7,05 euros, igual ao atribuído;

DOIS - Prédio rústico, sito em Malaguinha, na freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, composto por terra de cultura arvense e amendoal, com a área de dois mil seiscentos e oitenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Manuel Custódio Pereira, a Sul com Felismina Maria Pereira, a Nascente com José Pereira e Manuel José Pereira e a Poente com José Pereira, não descrito na Conservatória do Registo Predial daquele concelho, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 580, da secção 123, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto do Selo de 38,67 euros, igual ao atribuído;

Que os referidos prédios entraram na posse do justificante por doação verbal e nunca reduzida a escrito, feita em dia e mês que não sabe precisar do ano de mil novecentos e setenta e seis, feita por seus pais, Manuel Fernandes e Isabel Teresa, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes que foram no Sítio dos Cabacinhos, Odeleite, Castro Marim, actualmente já falecidos.

E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, tem estado o justificante na posse do referido prédio, arando suas terras, colhendo seus frutos, cuidando da sua manutenção, pagando contribui-ções e impostos, enfim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por eles proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que o justificante adquiriu os referidos prédios por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, títulos extrajudi-ciais normais capazes de provar o seu direito.

Está conforme o original. Castro Marim, aos 08 de Outubro de 2013.

A Colaboradora,(Ana Rita Guerreiro Rodrigues)

(Colaboradora inscrita sob o n.º 400/3, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 05.01.2012, no portal da Ordem dos

Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro)

Conta registada sob o n.º 41/10Factura n.º 3818

1 de Novembro de 2013

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2013 | 23

OPINIÃO

Sobre (o não) esquecimento da Raia da Fome e do Medo

Eleições autárquicas, austeridade e políticas culturais

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIMA CARGO DA NOTÁRIA

MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que, no dia vinte e cinco de Outubro de dois mil e treze, foi lavrada neste Cartório, de folhas cento e cento e trinta e cinco a folhas cento e trinta e seis verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número vinte e cinco - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram:

Domingos Afonso Romeira e mulher, Francelina Joaquina Romeira, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Tavira (Santa Maria), concelho de Tavira, ela da freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, resi-dentes em Traviscosa, na freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, contribuintes fiscais números 166 551 775 e 166 551 767. Que declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio rústico sito em Traviscosa, na freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, composto por terra com amendoeiras e cultura arvense, com a área de trezentos e vinte metros quadrados, a confrontar a Norte e Poente com Domingos Afonso Romeira, a Sul com Manuel José Pereira Afonso e a Nascente com José Faustino, não descrito na Conserva-tória do Registo Predial daquele concelho, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 396, secção 123, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto do Selo, de trinta e oito euros e catorze cêntimos, igual ao atribuído. Que o referido prédio entrou na posse dos justificantes, já no estado de casados, por compra verbal, nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa e dois, feita a Américo Pereira, solteiro, maior, residente em Traviscosa, na referida freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim. E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os justificantes na posse do referido prédio, cuidando da sua manuten-ção, nele plantando e arando suas terras, colhendo os seus frutos, enfim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os justificantes adquiri-ram o referido prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito. Está conforme o original.

Castro Marim, aos 25 de Outubro de 2013.

A Colaboradora,_________________________________

(Ana Rita Guerreiro Rodrigues)(Colaboradora inscrita sob o n.º 400/3, conforme despacho de autorização da Notá-

ria Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 05.01.2012, no portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Porta-

ria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro)

Conta registada sob o n.º 116/10 Factura n.º 3856

1 de Novembro de 2013

As águas do Guadiana, que desde tempos imemoriais, teimam em correr, levando e trazendo consigo gentes e memórias, não calaram, quer na alternância da sua calma estival com a sua torrente barrenta de Invernia, o murmúrio de heróis anónimos. O Guadiana, mais que um rio, é a estória das suas gentes e de uma dura labuta de sobrevivência, contra a desdita e com a coragem nas margens do seu curso inexorável, caminhando para a foz da liberdade e felicidade sempre adiadas.

Neste tempo da Europa das fronteiras dissipadas, da lei da Finança e desse paradigma, tão a gosto da corrente de opinião dominante, da verdade ter que vestir um absoluto, lançando os povos, num paradoxo de estranheza da “abertura” representar dificuldades acrescidas. Aquelas com que os homens e mulheres do Guadiana, sempre se bateram. Por ora, nada de novo, excepto que o Guadiana, hoje, não marca uma fronteira a fogo, mas continua marcando a fronteira de fome e de medo num futuro, que se augura tão duro como aquele que obrigou centenas de homens e mulheres comuns, a dedicarem-se ao contrabando.

O contrabando que surgiu, como rebeldia à ancestral imposição de um poder central, distante das nossas vidas e sonhos, e em despótico confronto de interesses com as necessidades das gentes. A fronteira não foi, não é e não será nunca, um território fácil. A fronteira, pátria do pária homiziado de Castro Marim e de Arenilha; do pescador de xávega dos mares de Cacela; do camponês submisso à ditadura do lavrador, dono das poucas terras aráveis, no concelho de Alcoutim; ou do mineiro de São Domingos, todos invisíveis para um poder que desprezava, que ali, o exíguo rendimento que a terra, o mar ou a mina pela libertação do trabalho, davam, o que se trocava depois, al otro lado. A fronteira é a memória do peixe retirado à

boca dos filhos, para escondido no barco ser trocado, em Espanha, por legumes moles para o caldeiro de sopa, ou do trabalhador de costas vergadas pela dureza do oficio, que portando na mochila, a sobrevivência em café ou ovos, cruzava as torrentes e águas geladas do Chança e Guadiana, em Janeiro, procurando esquivar a miséria e, trazer o quinhão que permitisse apagar o olhar triste dos filhos nas cruzes da inanição. A fome nunca foi menor que o heroísmo, e o medo nunca maior que a necessidade.

Honra a quem desafiou a morte a cada salto, na esperança de Vida. Em sentido, pelos tombados pelas balas dos agentes da lei, tão miseráveis, quanto os contrabandistas. E um futuro, sem final feliz, para os desafiadores de um curso de água que rasga a terra e divide países, a não mais que uma centena de metros entre margens. A distância da felicidade ali tão perto, e na verdade a muitas léguas, ou outra distância não definida pelas mesuras dos homens, que viveram na pele as agruras.

Eles são o património, que não se pode perder e que forma o imaginário daqueles que temos o Guadiana como espelho da nossa essência. A dos “fronteiriços”….

João Tomás Rodrigues – Técnico Superior de Património Cultural, autor da tese monográfica “O Contrabando no Baixo Guadiana - a Raia, as Gentes e as Dimensões da Sobrevivência”

No passado dia 29 de Setembro, realizaram-se como todos sabemos, mais umas eleições autárquicas, das quais saiu um novo mapa político, com novos rostos e alguns projetos de continuidade. Se até à pouco tempo, os programas autárquicos postos em prática pelos responsáveis políticos eleitos, preocupavam-se com a construção de infraestruturas (muitas delas de grandes dimensões e sem ter em conta a realidade e a dimensão local), com o apoio aos agentes culturais e a aposta em “grandes eventos” culturais, a atual conjuntura económica e as limitações financeiras a que as autarquias estão sujeitas, sobretudo devido à chamada “Lei dos Compromissos”, veio mudar a realidade das políticas culturais para os próximos anos.

O maior desafio que num futuro próximo vai ser colocado aos autarcas eleitos, sobretudo na área cultural, é a arte de fazer bons projetos, que sejam de baixo custo e que sejam sustentáveis a longo

prazo, sendo assim, a estratégia para as políticas culturais, deve passar pela aposta numa atividade cultu-ral de proximidade com os cidadãos, pela divulgação dos artistas locais, pela conservação do património monumental, pela divulgação dos produtos típicos regionais e pelo trabalho em rede.

Colocar a cultura, num segundo plano das opções políticas, usando como pretexto a crise económica é um erro, que pode levar ao empobrecimento das populações, acabar com espaço para o desenvolvimento da criatividade, pode colocar em risco o desenvolvimento económico de uma região turística como o Algarve, sobretudo uma região como o Baixo Guadiana, que poucos recursos de sol e praia possui.

Com o que foi dito pede-se aos autarcas eleitos, exigência e rigor, face a um direito consagrado a todos os cidadãos, o direito ao acesso à cultura e às artes, e pede-se também que se aposte na cultura como atividade económica de combate à crise, tendo como base, o turismo, através do desenvolvimento de projetos sustentáveis e de qualidade.

Miguel Peres dos Santos - Gestor Cultural, Historiador http://www.facebook.com/miguelperesdosantos

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24 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |NOVEMBRO 2013

PATRIMÓNIO, PSICOLOGIA & POUPANÇA

Desde os alvores dos tempos, o Homem aprendeu a tirar partido dos recursos naturais que o rodeavam para suprir as suas necessidades mais elementares. Entre esses recursos conta-se a lã que, depois de manufacturada, servia para produzir peças que protegiam dos rigores climá-ticos e que, ao serem transaccionadas, podiam servir também para aumentar o rendimento doméstico. No Baixo Gua-diana, sobretudo na serra, onde se pratica a pastorícia de ovinos e caprinos, a lã foi um recurso valioso que deu origem à tecelagem artesanal, junto com os saberes, tecidos e modos de que hoje só os mais velhos podem contar. A produção artesanal de lã, desde o velo à tecelagem, envolvia uma série de procedimentos executados por mulheres, à excepção do cardador, que se deslocava de monte em monte, exercendo o seu ofício ao domicílio.

A transformação artesanal da lã em tecido passa por diversas fases. Na tos-quia, usualmente feita durante a Prima-vera, retira-se o velo, formado pela lã retirada de cada animal. Depois de lavada, seca e “carpiada”, para retirar os nós e

impurezas, a lã é cardada pelo cardador, que a desenriça com a ajuda das cardas – dois instrumentos com pegas e arames curtos e finos. Segue-se a fiação, onde a lã é transformada em fio com o auxílio do fuso. Era comum as mulheres executarem esta tarefa ao serão ou no dia-a-dia, pelas ruas da povoação, enquanto conviviam com as vizinhas. Enquanto seguravam com a mão esquerda a roca onde estava a pasta de lã, um pedacinho era puxado para o fuso que, na mão direita, rodava e transformava a lã em fio. Com a ajuda da dobadoura, enovelavam o fio da meada. Antes de seguir para o tear, a lã era final-mente urdida, ou seja, preparava-se o fio para ser lançado no tear.

Do manejo do fio e dos teares espalha-dos por toda a região, a tecedeira, por norma filha de outra tecedeira já que, por via feminina, o ofício podia atravessar gerações, tecia mantas e cobertores com motivos e cores partilhados, por regra, em toda a zona serrana do Baixo Gua-diana. Produziam-se igualmente borlas de lã para os alforges ou xailes para as mulheres, peças comuns pela utilização

quotidiana que tinham.As mantas de lã eram utilizadas para

trabalho no campo ou para agasalho doméstico. No primeiro caso, temos as mantas “premedeiras”, encorpadas, com listas horizontais, estreitas ou largas, em branco, castanho-escuro e beije – as cores naturais da lã. Como eram utilizadas para o trabalho no campo, tinham geralmente dois metros quadrados de área. Esta manta era a companheira indispensável do agri-cultor, pois protegia do frio e abrigava da chuva, numa época em que não se podia desperdiçar tempo e a lavra tinha de se fazer. Quando a água da chuva se acumulava, o lavrador sacudia-a com um movimento seco e muito característico.

Nas mantas de uso doméstico, a riqueza decorativa era maior: utilizavam-se figu-ras geométricas (quadrados, rectângu-los, losangos ou círculos) e “espigas”, de várias cores, como azul, verde e verme-lho. Por último, os cobertores, maiores que as mantas, menos espessos, e visual-mente mais pobres, sem barras vistosas e com desenhos mais simples e de maiores dimensões.

Do velo ao fio: o ciclo da Lã no Baixo Guadiana

RUBRICA DE PATRIMÓNIO

Pedro Pires Técnico de Património Cultural / Membro do CEPHA / UALg

Sem querer, de todo, exagerar no dis-curso lamechas, devemos defender ativa e efusivamente a postura inteligente dos educadores que, sendo mães (ou pais), percebem a responsabilidade e missão educativa permanente em acrescentar sempre algo mais, dando um “ar das suas graças”, nos projetos de vida dos seus filhos.

De facto, acredito que todos os pais coe-rentes, e não batoteiros com essa mesma definição de pais, desejariam possuir uma bola de cristal mágica que lhes transmitisse, vinte e quatro sob vinte e quatro horas, em canal aberto e em detalhe, tudo o que de menos simpático fosse acontecer na vida futura dos seus filhos.

Em seguida, mantendo a mesma coerência de pessoas equilibradas e mentalmente sãs, de certeza que ves-tiriam a capa de super-heróis, guar-dada no roupeiro do quarto e sempre bem escondida dos olhares curiosos dos filhos, voando em busca de soluções fan-tásticas que salvariam os filhos de todos os males. Claro que, na realidade, menos mágica e, quase sempre, mais dura e com-plexa, tal atuação protetora defensiva e permanente torna-se impossível e sufo-cante para todos os intervenientes neste filme e “negócio” familiar que define o

relacionamento afetivo e sentimental entre pais e filhos.

Contudo, torna-se importante realçar, a conveniência de serem teimosos (peço des-culpa, perseverantes) e insistirem, ao longo do tempo, no beijinho de “bons dias” ou o beijinho de despedida quando os deixam na escola, mesmo sendo estes já adolescentes, sabendo que certamente os vai brindar com um “olhar de soslaio” durante uns longos segundos. Convém também não esquecer o

telefonema ao meio-dia a indagar se o dia de trabalho corre bem, mesmo que, num desses telefonemas, se apercebam que interrom-peram uma reunião (pseudo)importante do seu filho.

Se, paralelamente à essência protecionista sempre presente no conceito de educadores “mães-galinhas”, encontrarmos outras duas principais essências como sãos as do Res-

peito e Dignidade pelos espaços de identidades únicas e diferentes dos seus filhos, acreditamos que os pais poderão “mimar” à vontade. Podemos, assim, concluir que, as crianças mimadas e que são amadas na infância, de certeza que, provavel-mente, estarão aptas a amar e educar com mais qualidade na fase de vida adulta e tornar-se-ão, também elas, pais com mais ferramentas e armas pacíficas para conquistarem territórios de afetos e cumplicidades dos seus filhos.

O Conceito de “Mãe-Galinha”

NEIP (Núcleo de Estudos e Intervenção Psicológica) –

Ana Ximenes, Catarina Cle-mente, Dorisa Peres, Fabrícia

Gonçalves, Patrícia Santos, Pedro Costa, Sílvia Cardoso. Colaboração: Dina Figueira,

Inês Morais

[email protected]/NEIP.vrsa

“É preciso saber olhar para os olhos de uma criança

para saber o que vai na alma”Torrente Ballester

Nesta edição quero deixar-vos uma sugestão para eliminar um problema do qual poucas pessoas se atrevem a falar e quem alguma vez sofreu esta situação nunca admite ter tido algum contato com a mesma.

Ora aqui vai!A pediculose, mais conhecida como

infestação por piolhos (a simples pala-vra já causa arrepios!), afeta muitas das nossas crianças e jovens em muitas das nossas escolas e instituições. Este para-sita não aparece de forma espontânea, a causa é puro contágio por alguém infetado!

Este problema, com o estigma social que comporta e com a dificuldade de o erradicar deve estar sempre presente na mente de educadores e pais.

Existem no mercado inúmeros pro-dutos, shampoos e loções, que tratam o problema quando este já aconteceu.

Estes produtos são bastante tóxicos, não permitindo o seu uso em crianças de forma continuada ou regular e têm um custo entre 15€ e 20€.

Normalmente o tratamento deve ter um intervalo de 15 dias. Isto leva a que muitas vezes o produto apenas destrua os parasitas vivos, ficando os seu ovos (lên-deas) agarrados ao cabelo propiciando a continuação da infestação.

Para um uso regular, como prevenção ou como tratamento, podemos confecio-nar uma loção caseira usando o versátil vinagre!

De acordo com o comprimento do cabelo (menos quantidade se o cabelo for curto, mais quantidade se o cabelo for comprido) aquece-se uma pequena quantidade de vinagre (a temperatura deve permitir a aplicação sem causar queimaduras!) ao qual podemos adi-cionar um pouco de condicionador.

Com um algodão aplica-se por todo o couro cabeludo e cabelo, massajando um pouco. Em seguida enrola-se uma toalha na cabeça e espera-se 2 horas.

Passado este tempo, utilizando um pente fino, próprio para esta tarefa (compra-se em farmácias), penteia-se o cabelo. Isto ajudará a retirar os para-sitas e os ovos.

De seguida lava-se normalmente com o shampoo habitual. Este procedimento pode repetir-se regularmente sem qual-quer efeito secundário para a saúde.

O vinagre, sendo um ácido (ácido acé-tico), asfixia os parasitas e os ovos liber-tam-se dos fios de cabelo, eliminando-se assim a hipótese de uma reinfestação.

Boa poupança e até à próxima edição.

Maria Celeste Santos

POUPANÇA CRIATIVA

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2013 | 25

PASSATEMPOS&LAZER

Tentada pelas vantagens do serviço Net+Voz que o vendedor da opera-dora de telecomunicações expôs ao telefone, Filomena Silva, 59 anos, aderiu ao serviço na mesma chamada, em Fevereiro de 2012. Mas as chamadas anunciadas como “ilimitadas” estavam a ser facturadas e o serviço de Internet era demasiado lento. Cerca de 4 meses depois, a consumidora pediu o cancelamento. Um mês após desactivar o serviço, Filomena recebeu uma factura de € 131,28 devido ao incumprimento do período de fidelização associado ao serviço Net+Voz. De imediato, a nossa leitora reclamou à operadora por telefone. Na chamada em que promoveu o tarifário, o funcionário da empresa não a tinha informado sobre esse período e Filomena não possuía qualquer documento que o comprovasse. Apesar de não existir um contrato assinado, a operadora considerava a consumidora informada das cláusulas, por estas estarem na publici-dade do produto, na Internet e nas caixas do equipamento. Filomena pediu a nossa ajuda.O contrato pode ser celebrado por telefone, quando o consumidor aceita a prestação do serviço. Mas o período de fidelização tem de ser comunicado. Sem a prova dessa comunicação, a operadora não podia cobrar a penalização pelo cancelamento antecipado do serviço. Cerca de 4 meses após o primeiro contacto, a empresa informou que “excep-cionalmente” tinha anulado a factura de 131,28 euros.Nos contratos com as operadoras de tarifas de televisão, Net e tele-fone, o período de fidelização não pode ser superior a 24 meses. Durante esse período, caso lhe proponham uma promoção ou upgrade no serviço, questione se, ao aceitar, estará a celebrar um novo con-trato e se fica sujeito a um novo período de fidelização. Em caso de conflito com a operadora, o nosso serviço pode ajudar.

Delegação Regional do Algarve

CONSULTÓRIO DO CONSUMIDOR / DECO

1. Argélia2. Egipto3. Senegal4. (Guiné) Bissau5. Eritreia6. Etiópia7. Líbia8. Marrocos9. Quénia10. Sudão11. Sudão (do) Sul

12. Tunísia13. Angola14. São Tomé e Príncipe15. Moçambique16. Cabo Verde17. Lesoto18. Suazilândia19. Namíbia20. Malawi

Quadratim - n.º113

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Jogo da Paciência n.º 119

É lamentável que os clubes portugueses tenham nas suas equipas, em qualquer modalidade, mas principalmente no futebol a jogar em campo só e apenas atletas estrangeiros e noutras vezes a maioria. É uma descaracterização desses clubes e das diversas modalidades em Portugal com des-taque no futebol. A continuar assim, qualquer dia não há jogadores para formar seleções lusas e muito menos guar-da-redes. Em vez de «olharem» para o português-distritais, locais, clubes de rua e não só, de qualquer faixa etária, pois espalhados pelo País há muitos futuros – Eusébios, Ronal-dos, Pauletas, Figos, Patrícios, em actividade em qualquer modalidade. Custam menos, são portugueses e motivam a dinamização dos praticantes nacionais, assim como as for-mações e os clubes reduzem despesas de deslocações e não só. Pelo caminho correcto do Quadratim vá ao encontro de – ESCOLHER SEMPRE PORTUGUÊS.

Soluções Jogo da Paciência - n.º118

A DECO INFORMA...

GUADI Centro de Animais Rua D. Pedro V, Nº 38 – 2º andar 8900 – 283

Vila Real de Santo António Contribuinte Nº 507 534 328

Contactos: 964773101 e [email protected]/

http://associacaoguadi.blogspot.comFACEBOOK

[email protected]

«Países de África»

Susana Correia jurista

“Ouvi falar do caso de uma consumidora que solicitou ajuda à DECO para a ajudar a resolver uma situação com uma operadora de telecomunicações. Penso que se tratava de uma situação relacionada com o período de fidelização. O que aconteceu e

como resolveram a situação?”

Para ajudas monetárias:NIB: 0035 0234 0000 6692 13002

Ponto de Recolha em Vila Real de Santo António - IVRSAMorada: Torreão Nascente, Centro Cultural António Aleixo, Rua 5 de Outubro, em Vila Real de Santo António.Horário: Todos os dias das: 10h-13h e das 15h-18h

Collection Point in Vila Real de Santo António - IVRSAAddress: Torreão Nascente, C.C. António Aleixo, Rua 5 de Outubro, em Vila Real de Santo António.Time: Everyday from: 10am-1pm and 3pm-6pm

PASSEIOS COM OS CÃES DO CANILTodos os sábados –Ponto de partida: 10:30 no Canil IntermunicipalMorada: Sítio dos Matos - Cerro do Enho – Junto à Algar – Castro-Ma-rimGPS 37° 14’ 24’’ N7° 30’ 11’’ W

WALK ANIMALSEvery Saturdays at 10:30 AM at the shelterAdress: Sítio dos Matos - Cerro do Enho – near Algar – Castro-MarimGPS 37° 14’ 24’’ N7° 30’ 11’’ W

26 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |NOVEMBRO 2013

Governante visitou as instalações das «Splash», em VRSA

Atualmente Ricardo Mestre encontra-se de férias em família

DESPORTO

No passado dia 22 de Outubro o Secretário de Estado do Desporto e Juventude, Emídio Guerreiro, visi-tou, em Vila Real de Santo António, a Associação Cultural e Recreativa «Ani-mashow», responsável pela dinamiza-ção da companhia de dança «Splash», e elogiou o trabalho desenvolvido pela coletividade ao longo dos últi-mos anos. A iniciativa integrou-se no Roteiro do Associativismo, um projeto que pretende distinguir as boas práti-cas e parcerias ao nível associativismo juvenil e que contemplou um périplo por diversas coletividades no Algarve. A visita no Baixo Guadiana foi acom-panhada pelo presidente da Câmara

Jornal Baixo Guadiana: Crise, Politica, Corrupção, são temas que te preocupam?

Ricardo Mestre: Estes são assun-tos delicados, mas no meu ponto de vista são assuntos que preocupam todos os portugueses, onde me incluo. A chave de tudo isto está numa boa gestão política; o que nos dias que correm não se vê muito.

JBG: Como vês a gestão dos concelhos do Baixo Guadiana a esse nível?

RM: Não estou muito por dentro da gestão política que tem vindo a ser feita, mas no meu ponto de vista como cida-dão penso que os recursos são limitados e na sua aplicação vê-se coisas boas e coisas menos boas. Nomeadamente no desporto e nos apoios dados pelos municípios.

JBG: No país temos visto muitos colegas teus de profissão que se têm dedicado à política, esse é um tema que te interessa ou não vês por aí o teu cami-nho?

RM: É um tema pelo qual tenho alguma curiosidade e um caminho que poderá fazer parte do meu futuro, caso apareçam projectos credíveis e em que possa canalizar os meus conhecimentos desportivos e a imagem que tenho em prol do desporto.

É uma pena a extinção da Euskaltel»

JBG: Como acompanhaste esta situação indefinida com a equipa Euskaltel?

RM: Este foi um assunto que nunca foi muito bem esclarecido e que na ver-dade é uma pena muito grande para o desporto e em particular para o ciclismo que esta operação não se tenha concretizado e que assim a equipa se extinga. Por outra parte é bom saber

Municipal de VRSA, Luís Gomes, e pelo diretor regional do Algarve do Instituto Português do Desporto e Juventude, Luís Romão. A companhia «Splash» efetuou uma demonstração do seu trabalho e enumerou as distin-ções e prémios já obtidos.

Algarve foi ponto de partida para um roteiro às associações Juvenis Locais

O Secretário de Estado do Desporto protagonizou a visita a algumas asso-ciações algarvias, com o objectivo de conhecer o trabalho desenvolvido

que desportistas como o Fernando Alonso, têm esta paixão pelo ciclismo e que em 2015 irá formar uma equipa profissional.

JBG: Na tua opinião a crise está a afetar o ciclismo?

RM: A crise está a afetar o desporto em geral e o ciclismo é um dos casos em que se nota mais por depender inteira-mente de apoios de patrocínios.

JBG: E qual o caminho que o ciclismo pode tomar para supe-rar a crise?

RM: Uma aposta maior nos meios de comunicação pode fazer toda a diferença de forma a criar mais provas, principalmente internacionais, e com isto atrair mais investimentos dos patro-cinadores.

Boa integração na Protour

JBG: Como foi a tua integra-ção na equipa e o que te marcou mais?

RM: A integração foi boa e fácil e o bom ambiente que se vivia na equipa era o ponto forte de motivação e de bem-estar.

JBG: Qual a diferença de passar a correr numa equipa Protour?

RM: Principalmente o ritmo de com-petição e o número de dias de provas que é mais exigente e nos obriga a fazer uma época muito regular e bem gerida de princípio ao fim [Janeiro a Outubro]. Enquanto em Portugal é de Fevereiro a Agosto e com muitas pausas prolongadas no meio.

JBG: Qual ou quais as provas que te deram mais prazer fazer?

RM: A Volta à Polónia pelo facto de me sentir bastante bem e a equipa estar a discutir a Geral. Outra foi definitiva-mente o Giro de Itália por ser uma das grandes provas do ciclismo mundial e

por estas instituições, quais os apoios previstos para 2014 e como os jovens podem aumentar os seus conhecimen-tos não formais nestas estruturas. No entanto, Emídio Guerreiro mostrou-se atento ao facto de o Algarve ser a região do País com o menor número de Associações juvenis, prometendo manter um diálogo constante com o diretor regional do IPDJ, Luís Romão. Por sua vez, Luís Romão lembrou que “o IPDJ tem a obrigação de fazer a divulgação e mostrar ao jovens as vantagens de se associarem”. O ins-tituto que dirige está “no terreno a divulgação e mostrar ao jovens as van-tagens de se associarem, no fundo a

com uma dureza incrível.JBG: Qual a sensação de saber

que irias ao Giro de Itália e como descreves a prova?

RM: A sensação foi de querer demonstrar que posso e tenho valor para estar com os melhores do mundo e ao mesmo tempo o cumprir de um sonho. Foi isso que me levou para as fugas; para mostrar que estávamos lá e ajudar a equipa sempre que me era solicitado.

JBG: Gostavas de ter estado presente na Volta a Portugal?

RM: Acho que até me fez bem, estar ausente e acompanhar esta prova da parte de fora, deu para ter outra noção.

2013 foi enriquecedor, mas deixa amargo de boca

JBG: Foi um bom ano ou achas que podia ter sido melhor?

RM: Foi um ano positivo e enrique-cedor, mas como qualquer ciclista ambi-cioso, fiquei com sensação que podia ter feito coisas bonitas o que me deixa um amargo de boca, nomeadamente no Giro de Itália. É que apenas soube que ia participar 15 dias antes o que não me permitiu preparar a prova e conhecer algumas etapas atempadamente.

JBG: Ponto alto e ponto baixo da época 2013?

RM: Ponto alto foi Volta a Polónia e as fugas no Giro de Itália. Ponto baixo foi o fim da equipa Euskaltel Euskadi, o que psicologicamente afecta bastante com toda a incerteza que isso causa.

JBG: Por onde passa o futuro do Ricardo Mestre?

RM: O futuro passará por regressar a Portugal.

JBG: Há propostas que possas avançar?

RM: Existem varias abordagens de diferentes equipas mas nada está 100%

plantar a semente, que já começa a germinar”.

garantido, porque ainda não houve uma formalização de contrato, mas posso revelar que a equipa da Efapel leva maior vantagem.

Vitória de Rui Costa orgulha portugueses

JBG: Como viveste a vitória do Rui Costa? O que pode isso trazer ao ciclismo português?

RM: Vivi com bastante alegria e que

Depois do Algarve o secretário de Estado seguiu para Alentejo e norte.

enche de orgulho todos os portugue-ses. É um feito histórico no ciclismo português e que nos trará bastantes benefícios dentro de portas e mesmo para a imagem que passamos para o estrangeiro.

JBG: Agora é tempo das mere-cidas ferias, como vão ser?

RM: Principalmente em casa a des-frutar da família, aproveitando a minha filhota e depois passar uns dias no norte do país, também em família.

Companhia «Splash» foi elogiada pelo Secretário de Estado do Desporto e Juventude

Ricardo Mestre faz balanço de época de ciclismoEste mês e com a época de ciclismo oficialmente encerrada em Portugal, o JBG sentou-se a mesa com Ricardo Mestre, em sua casa, para desfrutar de um óptimo jantar com a sua família e amigos mais chegados. Em jeito de tertúlia, o natural de Castro Marim respondeu às perguntas colocadas, pronunciando-se sobre os assuntos que marcam a actualidade, e abordando a experiência «Protour», onde correu na equipa histórica Euskaltel Euskadi.

Humberto Fernandes

Melhor Ciclista da actualidade: para mim Rui Costa.Desporto de eleição para além do ciclismo: Atletismo (praticar), ténis (acompanhar),Comida preferida: Peixe grelhadoBebida: Coca-Cola ou cervejinha fresquinha numa esplanada algures no Algarve em pleno verão. Companhia: Família e amigos,Lugar: Casa País: Portugal sem dúvida mas tenho curiosidade em conhecer a Grécia. Cidade: Tavira só porque Cortelha não é cidade (risos)Férias de eleição: México.Dia preferido do ano: dia de natalO que é um dia normal para o Ricardo Mestre? Acordar as 8am, bom pequeno almoço caseiro, levar a Lara (filha) ao Infan-tário as 9am, 2 a 5 horas de treino, almoçar (refeição ligeira), descansar, ir buscar a Lara a escolinha, desfrutar da filhota até a hora do jantar, jantar em família e ir dormir. JBG: Queres deixar algumas palavras para os leitores do JBG?RM: Quero deixar o meu obrigado ao JBG, aos seus leitores e a todos os amigos e apoiantes que me dão força para sair a treinar todos os dias. Para terminar queria deixar um abraço de melhoras para o Amaro Antunes (ciclista Cerâmica Flaminia) que teve uma acidente grave enquanto treinava-mos no passado mês e que ainda está em recuperação.

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | NOVEMBRO 2013 | 27

DESPORTO

O Mundialito de Futebol Infantil, tor-neio que este ano completou em Vila Real de Santo António a sua VII edição, foi distinguido com uma menção hon-rosa no âmbito do prémio «Welcome to Portugal».

O galardão foi atribuído pelo Grupo de Líderes Empresariais (LIDE Portu-gal), uma organização de empresários destinada a fortalecer a integração entre empresas, organizações e enti-dades privadas por meio de progra-mas de debates, fóruns de negócios e iniciativas de promoção.

A atribuição do distintivo tem em consideração a importância do Mun-dialito na promoção de Portugal e na sua escolha enquanto destino turístico, bem como a visibilidade mediática deste evento desportivo que, na edição de 2013, reuniu mais de 4.000 jovens atletas de 54 nacionalidades.

O Baixo Guadiana recebeu a 5 de outubro, a prova de longa distância «Triatlo Iberman» que, pela primeira vez, ligou Portugal e Espanha.

A competição de 226 Km, de dificuldade elevada, integra as modalidades de natação, ciclismo e corrida, tendo o limite de 1.000 participantes.

“Relativamente aos percursos, depois de nadarmos um pouco mais do que os definidos 3.8km, pegámos nas bicicleta em plena Isla Antilla e partimos em direcção a Redondela, Villablanca, S.Silvestre, Villa Nueva de Castillejos, Gra-nado, Pomarão, Mértola, Alcoutim, Laranjeiras, Guerreiros do Rio, Foz de Odeleite, Azinhal, Junqueira e Vila Real! Depois foi correr até ao sitio da partida, passado pela ponte internacional até Ayamonte, depois pelas “marismas” equivalente ao nosso sapal, até Pozo del Camino, novamente passámos na Redon-dela onde estava instalado mais um abastecimento com excelente animação, mas ainda faltavam

Há 13 campos de golfe portugueses entre os melhores da Europa para a prestigiada revista britânica “Golf World”. No total, seis campos algarvios estão entre os locais de sonho para a prática do golfe a nível europeu.

O primeiro campo algarvio a surgir no ranking é o Monte Rei Golf & Country Club (18ª posição), localizado em Vila Nova de Cacela, seguido de perto pelo Onyria Palmares Beach & Golf Resort, na Meia Praia, em Lagos (23º) e pelo San Lorenzo Golf Course, na Quinta do Lago (24º). Monte Rei, Onyria Palmares, San Lorenzo, Quinta do Lago Sul, Oceânico Faldo e Oceânico Old são os escolhidos da “Golf World”, cujo ranking, denominado “Top 100 courses in continental Europe 2014”, inclui ainda um campo de golfe em Porto Santo, na Madeira, e outros seis no continente.

Desidério Silva, presidente do Turismo do Algarve, garante que o reco-nhecimento da qualidade dos campos de golfe algarvios é uma forma de valorizar “o bom desempenho regional neste produto estratégico”, estimando “resultados positivos dos golfes algarvios” no final de 2013, que deverão andar na ordem de um milhão de voltas.

Aberto a toda a comunidade, um dos objetivos do centro é apoiar todos os praticantes regulares de marcha ou corrida que pretendam ser aconselhados de forma a tirar mais proveito do seu treino.

O centro presta acompanhamento técnico às segundas, quartas e sextas-feiras, entre as 18h30 e as 19h30. Pretende-se que o apoio seja feito em função de uma avaliação inicial, que permitirá direcionar o plano de treino de acordo com as características de cada praticante. O ponto de encontro está semanalmente marcado para a entrada da Nave Desportiva, no Com-plexo Desportivo de VRSA, sempre às 18h30. Os praticantes devem levar roupa desportiva confortável, sapatos cómodos para caminhar/correr e uma garrafa de água. Também é possível aos participantes equiparem-se no local.

O Centro de Marcha e Corrida de Vila Real de Santo António é orientado pela Divisão de Desporto e Saúde da autarquia de VRSA. Os treinos são coordenados por uma equipa de técnicos e seguem a filosofia do Programa Nacional de Marcha Corrida.

Para Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de VRSA, “o Mun-dialito é o exemplo de um evento bem sucedido que está ao serviço da comunidade, do turismo e da econo-mia local, tendo já sido responsável pela formação de alguns dos atletas das equipas principais do Sporting e do Ajax”.

A competição – organizada em parceria pela Escola Internacional de Futebol Ricardo Godoy e pela autarquia de VRSA – é atualmente responsável pela completa ocupação da oferta hoteleira de VRSA durante a semana da Páscoa, estimando-se que tenha um retorno financeiro na ordem dos 2 milhões de euros para a economia local.

O prémio «Welcome to Portugal» é atribuído pelo subcomité LIDE - Turismo e Gastronomia, em parce-

17km, os piores.... primeiro areia na zona do pinhal e depois, com condições ainda mais difíceis, na praia! Pelo meio passávamos na zona da meta em pleno “calça-dão”, com muita animação, mais ainda tínhamos 12km pela frente, 6km em cada sentido!!!”. É desta forma entusiasmante que Nelson

ria com a Organização Mundial do Turismo (OMT) e com o Turismo de Portugal, e visa distinguir iniciativas públicas e privadas com relevância turística em que se registe o envol-vimento das populações locais e se potencie a relação com os turistas.

Tem igualmente como objetivo a promoção do destino Portugal e da

Mestre nos descreve um pouco da prova. Este atleta dos Leões do Sul conseguiu o tempo de 11h40’24, enquanto que o seu colega David Costa, também do clube de São Bar-tolomeu do Sul, fez a prova com a marca de 12h19’56. O tempo médio da prova foi de 12h51, que contou com 608 participantes, entre eles

gastronomia portuguesa no sentido de os colocar na primeira linha das opções dos turistas e consumidores estrangeiros.

O prémio «Welcome to Portugal» foi entregue durante a II edição do Fórum Empresarial do Algarve, rea-lizado em Vilamoura entre os dias 4 e 6 de outubro de 2013.

6 mulheres.A competição conta com a cola-

boração das Federações de Triatlo de Espanha e de Portugal e integra atletas de países europeus. Pre-vê-se que, no próximo ano, VRSA seja a cidade anfitriã do «Triatlo Iberman».

Mundialito de Futebol distinguidocom o prémio «Welcome to Portugal»

Triatlo de longa distância une Portugal e Espanha

Monte Rei na lista dos 100 melhores campos de golfe da Europa

O Centro de Marcha e Corrida de VRSA já iniciou época desportiva

Futebolândia

E pronto a equipa «surpresa» do campeonato lá perdeu no «Dragão», frente ao Fute-bol Clube do Porto. Surpresa porque na época passada o Sporting estava longe do topo, estava mais perto do fundo e por incrível que pareça o Porto não necessitou de nenhum lance duvidoso para o conse-guir, nem do Pedro Proença, e consegue à oitava jornada ter cinco pontos de avanço sobre águias e leões; um mia mais baixinho e outro ainda anda com as unhas encravadas.Por sua vez, Bruno de Carvalho (o homem que não sabe quem é Rui Costa) que está a tirar o curso para ser igual a Pinto da Costa, teve que engolir as palavras que disse durante a semana que antecedeu o clássico e saiu do Estádio do «Dragão» com a cabeça igual á do “Bob Esponja”, grande e quadrada. (Mas não sei se é a “síndrome José Mourinho”, mas ultima-mente só oiço coisas extraor-dinárias, a última a de José Sócrates, ao referir que Passos Coelho - e passo a citar - “não tem decência”. Tenho a cer-teza que o disse sem pensar, e ter-se-á esquecido de algumas coisas em Paris… Demasiado croissant com “camembert”!)No “playoff” de apuramento para o Mundial de futebol no Brasil, Portugal vai defrontar a Suécia, esperamos todos que a equipa das «quinas» consiga ultrapassar os suecos, mas vejo a coisa muito complicada. Tão complicada como um agente da Polícia Judiciária dar um tiro, porque no orçamento de estado não constam munições. Já agora sempre podem com-prar pistolas de plástico ou umas fisgas, sempre eram mais uns milhões que poupavam, porque pedras e “calhaus” é o que há mais neste país. Por fim, o «Tobol» lidera a liga do Cazaquistão, nada que con-tribuía para a nossa felicidade, mas assim fazemos de conta que não ouvimos o primeiro-ministro dizer que Portugal não necessita de um segundo resgate financeiro.

O galardão foi atribuído pelo Grupo de Líderes Empresariais

Eusébio Costa, radialista e licenciado em ciências da comunicaçã[email protected]

O galardão foi atribuído pelo Grupo de Líderes Empresariais David Costa foi um dos representantes do Baixo Guadiana nesta prova. O atleta dos Leões do Sul participou com o colega Nelson Mestre

28 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |NOVEMBRO 2013

O frio e a chuva já nos brindaram numa época que é assim mesmo, apesar de ainda termos desfrutado em pleno Outubro de temperaturas elevadas que convidam ao passeio. Mas no que toca à chuva será bom lembrar quem tem de regar alguns canteiros ou plantas interiores que é económico e ambientamente sus-tentável aproveitar a àgua da chuva, que pode ser recolhida para algui-dares e garrafões, por exemplo, e depois utilizada quando fizer falta às plantas e flores lá de casa. Um gesto muda o mundo!

Um e-mail “surpreendente”. Foi assim que Cristina Ahrens e Carlos Barão, dinamizadores da Casa dos Condes de Alcoutim classificaram o primeiro contacto do fotógrafo plástico Marc Godès. O artista propôs passar uma semana em Alcoutim e em troca ofereceu 50 fotografias suas, bem como proporcionou conferên-cias nas escolas para falar do seu trabalho aos mais pequenos. Proposta aceite e levada a cabo entre 13 e 20 de Outubro. A iniciativa foi bastante elogiada a nível local e, coincidentemente, aconteceu por altura do assinalar dos 15 anos de vida da «Casa dos Condes», a biblioteca municipal local. A qualidade deste fotó-grafo ficou bem patente na exposição de fotografia «Livres en Vie» que teve lugar naquele espaço.A 15 de Outubro houve tempo para uma tertúlia com o autor que apresentou a sua obra e a sua técnica. Ao JBG Marc G. explicou que a realidade não o satisfaz e por isso o seu trabalho passa por “tornar real o sonho, o imaginário”. O projeto «Livres en Vie» mostra-nos um conjunto de imagens que celebrizam o livro e a interação com crianças, adultos e animais faz toda a diferença. Aqui não há fotomontagem, tudo é real. O autor conta com o apoio voluntarioso dos figurantes e por vezes para atingir a situação perfeita utiliza artistas de circo que corporizam personagens em situações mais arriscadas. “A fotografia representa apenas 5% do meu trabalho, e a ideia e sua execução os restantes 95%”. Daí M. Godès não se identificar como um fotógrafo, mas sim “um criador de um mundo imaginário”. O projeto «Livres en Vie» tem sete anos de existência e ao todo já protagonizou 70 exposições em todo o mundo. O autor diz que este projeto “cria o surrea-lismo” e assume-se como a execução da “poesia através da imagem”.

Cartoon ECOdica

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