Aos leitores

Concursos na PCR

Selees devem incluir

reas como segurana e

jurdica.k cidades/economia 6

Duas rvores esto

prestes a cair na

Lagoa Encantada.

Moradores pediram

ajuda Emlurb, mas

ningum apareceu.

Alex Alcantara, via

comuniQ k pgina 11

q esportes

Capotamento de uma Hilux

na BR-232, no Curado, deixa

trs mortos. k cidades 2

Governo aceitou deslocar

detentos de Pedrinhas para

presdios federais. k pgina 8

Deputado foi condenado no

processo do mensalo. Pedro

Corra ter destino definido hoje

em Pernambuco. k pgina 7

Custo ainda subiu mais que a

inflao, mas num ritmomenor

que o registrado anteriormente.

k cidades/economia 5

Srie mostra que, em vez de

dar a prometida autonomia,

ex-presidente ps servidores em

disponibilidade.k pginas 6 e 7

TERA-FEIRA

Capito da conquista da

Copa do Brasil assina hoje

contrato vlido por dois anos.

k cidades/esportes 9

As editorias de Cidades,

Economia e Esportes esto

em um nico caderno.

k voz do leitor

Maranho

vai transferir

presidirios

STF decreta

priso de Joo

Paulo Cunha

Preo de imvel

desacelera

no Recife

Sudene ficou

na promessa no

governo Collor

Severina Natalcia desapareceu

em dezembro, em Bezerros.

Corpo foi localizado carbonizado,

em gua Preta. k cidades 2

Emumdia, inscries no

Sisu j superam 1milho

Durval de volta

Ilha do Retiro

exemplardoassinante

Prefeitura est notificando quem fez reforma sem comunicar ao poder pblico. Reajuste em 2014

pode chegar a 30%. Fotos de satlite e Google Earthmapearam alteraes. k cidades/economia 5

Sistemade SeleoUnificada oferece 171.401 vagas em instituies pblicas de ensino superior. ResultadodoEnem

vai determinar preenchimento.Notas de corte serodivulgadas a partir de hoje, permitindo reopes. k capa dois

MarcosMichael/JCImagem

Tragdia

BobbyFabisak/JCImagem

TRADIO Queima da lapinha, ontem, no Centro do Recife, marcou fim do ciclo natalino. k cidades 3

Rodrigo Lbo/JC Imagem

OBRA SEM FIM Na orla olindense, servio se arrasta h trs anos. Vrios equipamentos esto quebrados e a ciclovia, inacabada.k cidades 4

Olinda usa oGoogle

para aumentar IPTU

Advogada foi

morta com 3

tiros na cabea

k Recife, 7 de janeiro de 2014 www.jconline.com.br -ano 95 - nmero 7 - R$ 1,80

Diretor SuperintendenteRodolfo Pereira Tourinho

DiretorEduardo Amorim de Lemos

Diretor de RedaoIvanildo SampaioDiretor Adjunto deRedaoLaurindo FerreiraEditora-ExecutivaMaria Luza Borges

Diretora ComercialRoseane GonalvesDiretora Administrativo FinanceiroLuciane SallasDiretor IndustrialSatyro GilDiretora de Mercado LeitorVernica Barros

DIRETORIA EXECUTIVA

B RASLIA No primei-ro dia de inscries, oSistema de SeleoUnificada (Sisu) 2014 j conta-bilizava, s 20h de ontem nohorrio de Braslia (19h do Re-cife), 1.158.561 candidatos ins-critos para disputar 171.401 va-gas em instituies pblicasde ensino superior, como uni-versidades e institutos. O n-mero quase o dobro do regis-trado no primeiro dia do pro-cesso seletivo do ano passado,593.453.No sistema, que seleciona ca-

louros com base apenas no de-sempenho no ExameNacionaldo EnsinoMdio (Enem), o es-tudante pode indicar at duasvagas de sua preferncia. Asinscries se encerram sexta-feira. O resultado da primeirachamada ser divulgado naprxima segunda.De acordo com balano par-

cial do Ministrio da Educa-o divulgado s 17h30 de on-

tem, quando j havia 1.058.715inscries, Minas Gerais(150.405), Rio de Janeiro(121.162) e So Paulo (82.253)eram os Estados com maiornmero de inscritos. A partirde hoje, oMECdivulgar a no-ta de corte de cada um dos4.723 cursos, o que permitirao estudante saber se ele estentre os candidatos potencial-mente aprovados. At o fim doprazo de inscries, o candida-to pode mudar suas opesquantas vezes desejarFaltando dois anos e meio

para o prazo dado pela Lei dasCotas, que prev a reserva de50%das vagas federais no ensi-no superior para estudantesde escola pblica at 2016, 61dos 94 institutos e universida-des federais participantes doSisu j atingiram essa meta.Na comparao com a edi-

o anterior do Sisu 2013, hou-ve crescimento das vagas ofer-tadas pela Lei deCotas emuni-

versidades federais de 30,9%para 41,7% das vagas. J em re-lao aos institutos federais, aporcentagem de vagas oferta-das no mbito da lei subiu de44,2%, no ano passado, paraos atuais 45,4%.Sancionada em 2012, a Lei

de Cotas exige que, em 2014,aomenos 25% das vagas de ca-da curso nas instituies fede-rais sejam ocupadas por alu-nos vindos de escola pblica -metade desse grupo deve terrenda familiar inferior a 1,5 sa-

lrio mnimo per capita. Almdisso, a proporo de negros eindgenas de cada Estado deveser respeitada.Na edio deste ano do Sisu,

participam ao todo 115 institui-es: so 54 universidades fe-derais, 40 institutos federais euma faculdade federal, almde 20 instituies estaduais.Desde 2010, houve crescimen-to de 125%no nmero de insti-tuies que optarampelo siste-ma unificado. Tambm houveaumento expressivo do totalde cursos participantes, quesaltou de 3.752, na edio ante-rior, para 4.723 este ano.Mais universidades esto

aderindo ao Sisu e ao Enem eos alunos tm mais opes,disse o ministro da Educao,AloizioMercadante, em coleti-va de imprensa na sede doMi-nistrio da Educao, ontem.Oministro tambm citou a de-mocratizao da Lei de Cotascomo outro avano.

MERCADONACIONALEngenho de Mdia Recife(81) 3126.8181So Paulo (11) 3854.9030Braslia (61) 3328.5683Rio de Janeiro (21) 2213.0904www.engenhodemidia.com.br

capa dois

Noticirio nacionalAgncia Estado (AE), Agncia Globo(AG), FolhapressNoticirio internacionalAgncia France Presse (AFP)Central de atendimento ao leitorGrande Recife: 3413.6100Interior e outros Estados:0800-081-5100Horrios6h30 s 18h30 - 2 a 6 feira6h30 s 11h30 - Sbados, domingose feriadose-mail: atendimento@jc.com.br

EndereoRua da Fundio, 257 - Santo AmaroRecife - PE CEP: 50.040.100Pabx: 3413.6110

Redao: 3413.6174 Fax: 3413.6430

Segundo oMEC,Estados do

Sudeste eram osque tinhammais

candidatos

VENDA AVULSA

PE..........Outros Estados

Dias teis..........R$ 1,80 ....R$ 4,80Domingos R$ 3,00 R$ 6,00ExemplaresAtrasados R$ 6,00 R$ 6,00

q cidades

Os exemplares do Jornal do Commercio de venda avulsa no socomercializados diretamente ao pblico.Neste caso, a venda feita por bancas de terceiros devidamente autorizadospelas prefeituras, agentes autnomos e representantes comerciaiscredenciados (pessoas jurdicas), que adquirem o jornal para revenda aopblico. As assinaturas, comentrega domiciliar, so vendidaspor representantes autnomos,empresas prestadoras de servio efuncionrios da Editora Jornal doCommercio.

Editores de Arte e Infografia:Bruno Falcone Stamford bfalcone@jc.comFabiana Martins fmartins@jc.com.brKarla Tenrio ktenorio@jc.com.brFale conosco: (81) 3413.6482

Editor da Capa:Otvio Toscanotoscano@jc.com.brFale conosco: (81)3413-6408

kPrmio JC Imagem vai paraDiegoNigro

tera-feira, 7/1/14

ASSINATURASGrande Recife .................Interior s/classificados

Diria anual R$ 719,40 ............................................R$ 691,00

Diria semestral R$ 359,70 ..........................................R$ 345,00

Fins de semana anual R$ 249,60 .........................................R$ 240,00

BobbyFa

bisak/JCIm

agem

kHoje no jconline

A pgina do JC na internet (jconline.com.br) vaiacompanhar a movimentao em torno da posse do novopresidente do Tribunal de Contas do Estado, s 17h.

Datas de peso para a tecnologia

kExpediente jornal do commercio

A fotografia Mergulho no absurdo, sobre os garotos que catavam lixo no Canal do Arruda, feita por Diego Nigro, foiescolhida pelos internautas curtidores da fanpage do Jornal do Commercio no Facebook como a melhor entre aspublicadas pela agncia JC Imagem no ano passado. O prmio foi entregue na tarde de ontem pelo diretor de Redao doJC, Ivanildo Sampaio. O trabalho de Nigro teve 55% dos votos.

Inscries no Sisu jpassam de 1milho

k rpidas

Um adolescente de 17 anosmorreu durante uma rebeliono Centro de AtendimentoSocioeducativo (Case) deCaruaru, Agrestepernambucano, na noite deontem. Jovens atearam fogoem colches dentro da unidadee renderam um agente. Otumulto foi controlado pelaPolciaMilitar. Batalho deChoque foi acionado para fazera revista. Em outubro, doisadolescentes fugiram daunidade aps serrarem asgrades de um dos alojamentos.

Sete quilos de cocana foramapreendidos e uma mulher foipresa ontem noite em BoaViagem, Zona Sul do Recife.Ana Paula Ramos da Silva, 27anos, veio de Cuiab, noMatoGrosso, de avio, h trs dias,para entregar a droga, que foiencontrada dentro da mquinade lavar do imvel. A mulherfoi presa em um apartamentolocalizado na Rua SargentoSalvino deMacedo e autuadaem flagrante por trfico deentorpecentes na Delegacia deBoa Viagem.

PRESIDENTEJoo Carlos Paes Mendona

LStreitho

rst/Divulgao

q caderno C

A notcia do cancelamento do Sistema de Incentivo Cultura (SIC) pela Prefeitura do Recife, no ltimo ms dedezembro, causou repercusso negativa no meio. k 2

q esportes

Velrio e sepultamento de Eusbio, maior dolo dahistria do futebol portugus, foram acompanhados pormais de 10 mil pessoas em Lisboa. k cidades/esportes 11

O Espao Cincia (foto),o Senac e o Parque DoisIrmos aproveitaram asfrias e montaram umaprogramao especial parareceber a crianada quebusca descobrir e aprendercoisas novas fora da escola.H cursos e atividades delazer para crianas eadolescentes. k 3

Aposse do novo presidente do TCE

kAmanh no JC

O caderno de Tecnologia vai trazer os aniversariantesdo ms no segmento. Destaque para os 20 anos do Yahooe os 30 anos do lanamento do primeiro Mac.

Um proprietrio deestabelecimento comercial dobairro da Boa Vista, na reacentral do Recife, foinotificado por propagandairregular e dever pagarmulta de at R$ 120 mil porter fixado placas em rvoresdas ruas Afonso Pena eBernardo Guimares. Apsdenncias, fiscais daSecretaria-Executiva deControle Urbano iniciaram aretirada da publicidadeontem tarde (foto). Aspropagandas indicavam alocalizao de uma loja desuplementos e produtos paraemagrecer. O dono da lojapode recorrer da multa.

DiegoNigro/JCIm

agem

kwww.jconline.com.br

Crticas ao cancelamento do SIC

Migue

lRiopa/AFP

Adespedida do dolo Eusbio

DiegoNigro/JCIm

agemAprendendo

fora da escola

Fale conosco:(81)3413.6174www.jconline.com.br

01h36 - 0,5m07h39 - 2,0m13h56 - 0,6m20h08 - 2,0m

02h41 - 0,6m08h43 - 1,9m15h08 - 0,7m21h17 - 1,9m

jc emminutos

EDUCAO At as 19h de ontem (horrio do Recife), sistema j contabilizava 1.158.561inscritos, quase o dobro do primeiro dia de 2013, quando o nmero final foi de 593.453

PCR retira propaganda irregular Rebelio deixaum adolescentemortonoAgreste

Mulher presacom sete quilosde cocana

2 jornal do commercio Recife I 7 de janeiro de 2014 I tera-feira

kMuita calma nessa hora

A adeso do PSDB base de Eduardo Campos tirou o

sossego de muita gente focada no Legislativo. Isso porque

o acordo feito entre Eduardo e Srgio Guerra prev que o

PSDB ingresse nos chapes que o Palcio monta para

disputar a Assembleia e a Cmara dos Deputados. Nos

dois casos, o PSB do governador colocar o seu plantel. As

demais siglas entram no rateio das vagas restantes. O caso

mais delicado o do chapo da Assembleia. Ele ter 98

vagas, cerca de 60 delas sero destinadas aos candidatos

homens. As outras ficam com as mulheres.

A primeira disputa ser passar no peneiro de cada

legenda. Mesmo aps as campanhas de filiao de 2012,

promovidas pelas siglas, s os nomes mais competitivos

tero chances. Quem passar enfrentar outra competio:

a de no virar cauda para o PSB. Neste contexto, o PSDB

corre o risco de no renovar nem os mandatos dos atuais

deputados. Por isso, um grupo do PSDB quer manter a

chapinha feita antes da adeso. Este problema, porm, no

enfrentado no chapo dos federais, que favorece Srgio.

Eduardo tambm quer impor o chapo para a

Assembleia para evitar os problemas que ocorrem com o

candidato a governador quando h chapinhas. No estar

aqui para apagar os incndios. O fato que Eduardo sai

em abril e as convenes ocorrem em junho. Neste meio

tempo, muita gua correr embaixo da ponte.

kAsmelhores de Ronaldo

kComa palavra, o leitor

Na priso, o

ex-ministro

Jos Dirceu

estuda Direito

Constitucional

Nem tudo so flores

Maismdicos Novo presidente

Ao sair da

liderana da

oposio,...

No se pode falar em hegemonia quando duas das

principais foras polticas, PT e PTB, estaro na oposio a

Eduardo Campos. O eleitor vota na pessoa e no nos partidos.

k Luiz Pereira

HliaScheppa/JCImagem

Multa de R$ 9,8mi a condenados

poltica

Editores

Ciro Carlos Rocha ciro@jc.com.br Mrcio

Didier didier@jc.com.br

Jos Accioly (interino) jaccioly@jc.com.br

Fale conosco: (81) 3413-6182

Twitter:@jc_politica

Depois de dois

meses como

interina,...

pinga-fogo

Sheila Borges

sborges@jc.com.br

twitter:@borges_sheila

telefone: (81) 3413.6340

Por incrvel que parea,

Elias Gomes abriu um

canal de dilogo com o

PTB para 2014. Reagiu ao

gesto de Srgio Guerra,

que antecipou a adeso

ao PSB. No se espantem

caso Elias suba no

palanque de Armando

Monteiro, partido que j

est na base dele em

Jaboato, como o PSB.

Elias guarda mgoas de

Eduardo pela derrota de

Betinho, no Cabo. Dias

desses, disse que votaria

em Fernando Bezerra

Coelho. Como assim?

STFmanda prender

Joo Paulo Cunha

B

RASLIA O presi-

dente do SupremoTri-

bunal Federal (STF),

ministro JoaquimBarbosa, re-

jeitou ontem recursos apre-

sentados pelo deputado Joo

Paulo Cunha (PT-SP) no pro-

cesso do mensalo e autori-

zou o cumprimento do acr-

do que determina sua priso,

que pode acontecer a qual-

quer momento. No entanto,

de acordo com a assessoria de

imprensa do petista, ele deve

se entregar na Superintendn-

cia da Polcia Federal em Bra-

slia hoje, s 12h.

Ex-presidente da Cmara,

Joo Paulo Cunha foi conde-

nado a 9 anos e 4meses de pri-

so em regime fechado pelos

crimes de lavagem de dinhei-

ro, corrupo passiva e pecula-

to. A deciso de Joaquim Bar-

bosa, porm, refere-se aos re-

cursos apresentados pela defe-

sa do petista sobre os crimes

de corrupo passiva e pecula-

to que, juntos, somam seis

anos e quatro meses de pri-

so, e para os quais no cabe

mais recurso.

Na deciso, o ministro ale-

ga que os embargos referen-

tes corrupo e peculato so

manifestamente incabveis e

protelatrios, tendo em vista

que, durante o julgamento

ocorrido no ano passado, o pe-

tista recebeu apenas dois vo-

tos favorveis no plenrio pa-

ra estes crimes. O nmerom-

nimo de votos favorveis exi-

gidos para umnovo julgamen-

to so quatro. Cumpre assina-

lar, ainda, que esta Corte tem

decidido que a utilizao abu-

siva do direito de recorrer,

como intuitomanifesto de im-

pedir o trnsito em julgado da

condenao, tem como

consequncia a execuo ime-

diata do julgado, diz Barbosa

em trecho da deciso.

Na parte final do documen-

to de cinco pginas, o presi-

dente do STF e relator do pro-

cesso do mensalo na Corte

sentencia: Determino, como

consequncia, a imediata

certificao do trnsito em jul-

gado quanto a essas condena-

es e o incio da execuo do

acrdo condenatrio.

Apesar da deciso de on-

tem, Cunha ainda dever ter o

direito a um novo julgamento,

ainda sem data prevista, sobre

o crime de lavagemde dinhei-

ro, que soma trs anos. So-

mente neste caso, ele recebeu

o nmero suficiente de votos

para ter direito a uma nova de-

ciso. Na ocasio em que o te-

ma foi julgado pelos minis-

tros, ele contou com cinco vo-

tos a favor e seis contrrios.

Com a deciso de ontem, o

petista o ltimo dos parla-

mentares, condenados no pro-

cesso domensalo, a ter o pedi-

do de priso decretado pelo

STF. Antes dele, o Supremo j

havia determinada a priso do

ex-presidente do PT Jos Ge-

noino, que cumpre priso em

regime domiciliar em Braslia

em decorrncia de problemas

cardacos. Alm de Genoino,

tambm esto presos o ex-de-

putado Valdemar Costa Neto

(PR-SP) e o deputado Pedro

Henry (PP-MT). Todos renun-

ciaram ao mandato logo aps

terem as prises decretadas.

Cunha, ao contrrio, sempre se

posicionou contra a renncia.

Destino de Corra definido hoje

Jumariana Oliveira

joliveira@jc.com.br

H dez dias cumprindo pe-

na no Centro de Operao e

Triagem Professor Everardo

Luna (Cotel), o ex-deputado

Pedro Corra, condenado a se-

te anos e dois meses de priso

no processo do mensalo, po-

der conhecer, hoje, o local on-

de cumprir o resto da sua sen-

tena. A data significativa, j

que hoje Corra completa

seus 66 anos. O juiz da 1 Vara

de Execues Penais, Luiz Ro-

cha, disse que dar a deciso

sobre a transferncia do ex-

parlamentar na tarde de hoje.

A mudana, no entanto, no

dever ser realizada de imedia-

to.

O juiz responsvel pela

transferncia disse que aps a

escolha do presdio necess-

rio organizar um esquema fsi-

co para concretizar a mudan-

a. Precisamos saber da dis-

ponibilidade de transporte,

um efetivo (de policiais) des-

locado para fazer a escolta.

No uma transferncia nu-

ma ambulncia, de um pre-

so, comentou o magistrado,

que no adiantou o local para

ondeCorra ser levado. O ex-

parlamentar est dividindo a

cela com mais um detento.

Ele est num local reservado

para presos concessionados. O

espao, atualmente, conta

com outros 25 presidirios.

A famlia prefere que ele

cumpra a pena no Centro de

Ressocializao do Agreste,

que fica localizado no munic-

pio de Canhotinho, pois consi-

dera a Penitenciria Agro-in-

dustrial So Joo, em Itamara-

c, um local perigoso. O primo

dele, o ex-vereador Clvis

Corra, disse em entrevista

rdio JC News, que a unidade

prisional de Canhotinho a

mais prxima de Brejo daMa-

dre de Deus, onde o ex-parla-

mentar possui uma residn-

cia. J tenho notcias de que

uma prefeitura prxima solici-

tou seu trabalho como mdi-

co, mas ainda no sei qual ,

disse o Clvis Corra, que de-

sembargador aposentado.

Pedro Corra est preso h

mais de umms ele se entre-

gou Polcia Federal em 5 de

dezembro -, depois que o pre-

sidente do Supremo Tribunal

Federal, JoaquimBarbosa, de-

terminou a sua priso. Inicial-

mente, a famlia analisou a hi-

ptese de pedir que Corra

fosse liberado para passar o

aniversrio em casa, j que o

detendo tem direito a passar

35 dias alternados fora da pri-

so. Porm, a soliticitao no

foi levada adiante.

Para preencher o quadro

de profissionais nos hospitais

regionais, o Estado autoriza

Antonio Figueira a contratar,

sem concurso, 40 mdicos

de vrias especialidades.

Este contrato pode ser

renovado por at seis anos.

Em entrevista ao JC,

Teresa Duere festejou o fato

de as Cmaras seguirem os

pareceres do TCE em relao

s contas dos prefeitos. Mas

os vereadores de gua Preta

fizeram o contrrio. Ser um

desafio para Valdecir Pascoal.

...Daniel Coelho perde uma cota

extra de 60% em cima da verba

de gabinete (R$ 76 mil) e o poder

de nomear mais 10 comissionados.

...Luciana Nobrega efetivada

na presidncia da EPTI no lugar de

Amaro Joo, do PT. Tem o apoio

de Joo Lyra e Isaltino Nascimento.

OPSB e a busca pela hegemonia

LucioBernardoJr./AgnciaCmara

BobbyFabisak/JCImagem

LOCAL Pedro Corra saber hoje onde cumprir resto da pena

www.jconline.com.br

k

PENA Cunha foi condenado a mais de nove anos de priso

JUSTIAMinistro Joaquim Barbosa rejeita recursos do deputado e determina a priso

do petista, que promete se entregar hoje, s 12h, na Superintendncia da PF em Braslia

BRASLIA AVara de Exe-

cues Penais do Distrito Fe-

deral determinou ontem a

intimao de cinco condena-

dos no processo do mensalo

a pagarem as multas devidas

pela condenao no caso. No

total, a Justia espera recupe-

rar R$ $ 9,8 milhes. Sero in-

timados os ex-deputados Jos

Genoino (PT-SP) e Valdemar

Costa Neto (PR-SP) e o opera-

dor do mensalo, o publicit-

rio Marcos Valrio, alm de

seus dois ex-scios Cristiano

Paz e RamonHollerbach.

Assim que forem notifica-

dos, os condenados tero dez

dias para fazer o depsito do

dinheiro na conta da Unio.

Se descumprirem o prazo, o

dbito ser inscrito no cadas-

tro da Dvida Ativa da Unio,

de acordo com a deciso da

VEP. As maiores multas so a

de Marcos Valrio e seus dois

scios, que devem pagar, em

mdia, R$ 2,7 milhes. J Ge-

noino deve aos cofres pbli-

cos R$ 468 mil e Valdemar

Costa Neto, R$ 1 milho.

Esta a primeira deciso da

Justia sobre o pagamento de

multa dos condenados no pro-

cesso do mensalo. Os demais

tambm tero que pagar mul-

tas que variam de R$ 28,6 mil

a R$ 2,7 milhes. No entanto,

a VEP ainda no decidiu so-

bre os demais casos.

ESTUDO

Enquanto aguarda deciso

da Vara de Execues Penais

do Distrito Federal sobre seu

pedido para trabalhar na bi-

blioteca do escritrio de advo-

cacia Jos Gerardo Grossi, o

ex-ministro Jos Dirceu (Casa

Civil) condenado a 7 anos e

11meses de priso por corrup-

o ativa no mensalo arru-

mou uma ocupao no Com-

plexo Penitencirio da Papu-

da.

Desde a semana passada,

ele divide seu tempo em duas

frentes: estuda Direito Consti-

tucional por correspondncia

e trabalha no setor de Manu-

teno do estabelecimento pe-

nal de Braslia. Dirceu advo-

gado e cumpre pena em regi-

me semiaberto, o que lhe con-

fere o direito ao trabalho ex-

terno. Em 19 de dezembro, a

defesa de Dirceu protocolou

na Vara de Execues Penais

(VEP) do Distrito Federal um

pedido de autorizao para o

ex-ministro trabalhar na ban-

ca de Jose Gerardo Grossi,

com salrio deR$ 2,1mil. A so-

licitao de Dirceu ainda no

foi examinada.

Recife I 7 de janeiro de 2014 I tera-feira jornal do commercio

3

kFrase

kArruda costura apoiar Roriz

Inicialmente cotado para permanecer no governo at

maro, o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB),

pode ser um dos primeiros a deixar o cargo na reforma

ministerial, que deve acontecer a partir do prximo dia 15

de janeiro. A presidente Dilma no quer pagar o pato pela

presepada do ministro, que virou alvo do PMDB aps

deixar de empenhar emendas de 18 parlamentares,

totalizando R$ 18 milhes. No Planalto, chegou informao

de que Ministrio das Cidades enviou as emendas Caixa

Econmica depois das 16h do dia 31 de dezembro. O PT e o

prprio PP reclamam que tambm saram prejudicados. O

ministrio estima que mais de R$ 60 milhes no foram

empenhados. Representante do PSDB na Comisso de

Oramento, Domingos Svio diz que a oposio teve

problemas na Sade, Agricultura e Cidades. Presidente do

PP, o senador Ciro Nogueira (PI) o mais cotado para

assumir o ministrio em lugar de Aguinaldo, que disputar

as eleies.

Os preparativos esto a todo vapor nas 12

sedes

Joseph Blatter (Fifa), se desmentindo

aps chamar o Brasil de o mais atrasado

das Copas

Bem cotado em pesquisas no Distrito Federal, o

ex-governador Jos Roberto Arruda (foto) continua

atuante nas negociaes para costurar seu futuro poltico.

Filiado ao Partido Republicano, do mensaleiro presidirio

Valdemar da Costa Neto, Arruda sondado pelos mais

influentes aspirantes rumo ao Palcio do Buriti. Desde

outubro, j se reuniu trs vezes com ex-governador

Joaquim Roriz (PRTB), a quem quer apoiar.

Ribeiro pode rodar estems

Eu sou a lenda

Transio legal s

com transparncia

Beatriz Albuquerque

Gabriela Lpez

politica@jc.com.br

O

presidente do PSDB

em Pernambuco, de-

putado federal Srgio

Guerra, tentar contornar o

mal-estar que se instalou no

partido como anncio repenti-

no da aliana com o PSB, do

governador Eduardo Campos,

reunindo a bancada tucana na

Assembleia Legislativa (Alepe)

na semana que vem.

A legenda vinha conversan-

do internamente sobre a coliga-

o, os parlamentares sabiam

das costuras com o PSB (e de-

ram suas opinies), mas acaba-

ram ficando sabendo do ann-

cio oficial pela imprensa, na se-

mana passada.

Internamente, o ingresso na

base socialista tido como

questo resolvida: a maioria

apoiou a aliana e respeitar a

posio independentemente da

minoria. O desconforto a ser

tratado na reunio a maneira

como se deu o anncio, sem co-

municar, no dia, as lideranas,

e pelas declaraes do presi-

dente estadual, que, em entre-

vista, classificou como conver-

sa de babaca afirmar que o

PSDB atuava no campo da opo-

sio no Estado.

Vamos desfazer qualquer

mal entendido e trabalhar a uni-

dade, resumiu Srgio Guerra

sobre a futura conversa.

A expectativa que fica co-

mo ser a atuao dos tucanos

independentes. Em entrevista

rdio JCNews ontem, o depu-

tado estadual Daniel Coelho

(PSDB), lder da oposio, dis-

se confiar que ser mantida a

postura de autonomia dentro

da sigla, mas no tem clareza

sobre como ser a atuao na

Assembleia Legislativa (Alepe)

este ano.

Segundo ele, no h deciso

tomada, por exemplo, sobre a

continuidade das fiscalizaes

de obras, servios e aes do go-

verno do Estado feitas com pe-

riodicidade pelo grupo oposi-

cionista - as blitzes, como os

parlamentares chamam. Caso

sejam retomadas este ano, as vi-

sitas sero realizadas com no-

vo formato, nas palavras dele,

ainda no acertado.

NaAlepe, quatro nomes orga-

nizavam as fiscalizaes: alm

do prprio Daniel, Betinho Go-

mes (PSDB), Terezinha Nunes

(PSDB) e Ramos (PMN).

Ainda de acordo com o lder

da oposio, a previso de

que as atividades da Articula-

o Metropolitana no deixem

de ser realizadas, pois a deci-

so da direo do partido diz

respeito apenas ao apoio ges-

to do PSB na esfera estadual.

Criada pelos deputados Daniel

Coelho, BetinhoGomes e Tere-

zinha Nunes, em conjunto com

a bancada de oposio na C-

mara do Recife, o grupo fiscali-

za o funcionamento dos servi-

os pblicos.

Daniel defendeu ainda que a

ferramenta "Opositmetro",

criada por Betinho Gomes, no

seja desativada devido alian-

a com os socialistas.

O deputado pretende perma-

necer na liderana da bancada

de oposio, mas poder dei-

xar o posto caso haja impedi-

mentos legais dentro do regi-

mento da Casa. Neste caso, a

funo poder ser assumida

por um deputado do PT ou do

PTB.O cenrio s deve se resol-

ver dentro de 30 dias, quando a

Alepe retornar do recesso.

cludiohumberto

Bruna Serra

bserra@jc.com.br

D

ados do Tribunal de

Contas do Estado

(TCE) apontam que

mais de 100 municpios per-

nambucanos sofreram, aps a

ltima eleio municipal

(2012), com os processos de

transio nas gestes munici-

pais. Descontinuidade no paga-

mento da folha, dos contratos

de prestao de servios com

empresas privadas e cortes de

pessoal so apenas alguns dos

problemas amargados pelas ci-

dades que esto na lista do

TCE. Diante dessa realidade, o

governo do Estado sancionou,

ontem, a Lei Complementar

N 1609/2013 para normatizar

os processos de transies ad-

ministrativas (governo esta-

dual e prefeituras) no Estado.

Amatria de autoria da de-

putada estadual Raquel Lyra

(PSB) e seus principais funda-

mentos esto baseados na ob-

servncia dos princpios de res-

ponsabilidade e transparncia

da gesto fiscal nas transies

de governo. O texto foi elabora-

do em parceria com a Corte do

Tribunal de Contas e garante o

compartilhamento de informa-

es especialmente sobre a sa-

de financeira do municpio e

do Estado, bem como a cartela

de investimentos e contratos

trabalhada durante a gesto an-

terior, a exemplo do Plano Plu-

rianual, da Lei deDiretrizes Or-

amentrias, da Lei Orament-

ria Anual.

A polmica fica no artigo IV,

em que os prefeitos so obriga-

dos a repassar aos sucessores

os saldos disponveis em caixa.

A nova lei detalha que saldos

so esses, especificados emTer-

mos de Ajustamento de Condu-

ta (TACs). So eles: saldos em

caixa; termos de conferncia

de saldos em bancos; concilia-

o bancria; relao de valo-

res pertencentes a terceiros; va-

lores confiados guarda da Te-

souraria; demonstrativos de

restos a pagar distinguindo em-

penhos liquidados/processa-

dos e no processados, bem co-

mo operaes de crdito por

antecipao de receitas.

Trata-se de uma lei que apri-

mora a democracia e resguarda

os gestores que entram e saem

de que suas administraes es-

to emordem. Fundamental pa-

ra que se tenham processos de

transio cada vez mais tran-

quilos e civilizados, destacou

o governador Eduardo Campos

(PSB).

Na mesa principal estavam o

procurador-geral de Justia,

Aguinaldo Fenelon, e o novo

presidente do Tribunal de Con-

tas, Valdeci Pascoal. A presen-

a de ambos se justifica porque

a lei d plenos Poderes para

que esses rgos possam acio-

nar judicialmente os prefeitos

que no seguirem os preceitos

da lei sancionada ontem. Ape-

sar do destaque, a Constituio

Federal j prev regras para a

transio na Lei Complemen-

tar Federal n 101, de 4 demaio

de 2000, e Lei Federal n

4.320, de 17 de maro de 1964.

www.jconline.com.br

Cludio Humberto, Teresa

Barros e Ana Paula Leito

claudiohumberto@odianet.com.br

twitter:@colunaCH

AndrDusek/EstadoContedo

Se o Brasil fizer a Copa

das Copas como Dilma

promete, teremos enfim

nossa Rainha de Copas, a

personagem autoritria, de

pavio curto e que

decapitava inimigos em

Alice no Pas das

Maravilhas.

No de ferro

ClemilsonCampos/JCImagem/15-9-2011

Guerra tenta amaciar bancada

ClemilsonCampos/JCImagem

poltica

O ano de 2014 no

comeou para a

presidente Dilma

Rousseff ontem, ainda de

ressaca da marolinha nas

praias da Bahia: ela no

tinha nenhum

compromisso na agenda

oficial.

Por outro lado

A influncia de Arruda na

gesto de Agnelo Queiroz

(PT) revela a afinidade: os

secretrios de Educao e

Comunicao so os

mesmos.

Aval

As prestaes de contas

do ex-governador Arruda

tambm receberam a

aprovao dos distritais da

Cmara Legislativa.

Ficha limpa

Arruda acabou absolvido

na condenao em

segunda instncia de

improbidade

administrativa sobre a

reforma do Ginsio Nilson

Nelson.

Osmistrios

Fez um ano no domingo

(5) o pedido dos muturios

da Bancoop 5 Vara

Criminal de So Paulo para

acesso aos dados da

Operao Porto Seguro,

que apura suposto

esquema beneficiando

ex-assessora Rose

Noronha e o irmo Edson,

na quitao de imveis na

cooperativa.

Feliz carro-novo

Antes de apagar as luzes

de 2013, os ministros do

Supremo Tribunal Federal

empenharam R$914,9 mil

para a compra de sete

carros Azera, da Hyundai,

segundo o Contas Abertas.

Cada luxo custa R$ 130,7

mil.

Ritmo de festa

O governador Cid Gomes

(PROS-CE) aproveitou o

esprito natalino para

comprar, dia 23 de

dezembro, um andar

inteiro com 18 salas e vagas

para veculos no Edifcio

Cameron, em Sobral, sua

terra natal. A proeza

custou mais de R$2

milhes e local ser usado

como sede do governo.

Parceria

O Brasil o maior

importador de sangue

humano de Cuba desde

2007, superando

Venezuela, Argentina,

Vietn, Ir e Rssia. A

exportao de plasma na

ilha comunista faturou US$

460 milhes nos ltimos 16

anos, revela ONG

www.archivoCuba.org, nos

EUA.

PSDB Daniel, com Guerra: dvida sobre atuao da bancada

ANNCIO O governador Eduardo Campos, com Raquel Lyra e Uchoa, na assinatura da lei

GESTES Governador Eduardo Campos sanciona projeto da deputada aliada Raquel

Lyra que impe regras mais rgidas para as transies administrativas no Estado

4

jornal do commercio Recife I 7 de janeiro de 2014 I tera-feira

k Presidente, o que o governo federal pretende fazer na

rea da educao neste ano de 2014? (*)

Presidente Dilma Neste ano que est comeando, vamos

melhorar e ampliar ainda mais os programas educacionais

que temos executado nos ltimos trs anos, da creche,

ps-graduao. J entregamos quase 1.300 creches e outras

3.100 esto em construo. Nossa meta encerrar o ano

com 6 mil creches contratadas em todo o Pas. Quando

todas essas creches estiverem prontas e atendendo as

nossas crianas, ns vamos avanar ainda mais no combate

s desigualdades em nosso pas. Porque na creche que a

criana recebe os estmulos necessrios para desenvolver a

sua capacidade de aprendizado para o resto da vida.

Tambm vamos continuar ampliando o Programa de Ensino

Integral, com o qual j estamos levando educao em dois

turnos para crianas e adolescentes de 49 mil escolas

pblicas do Brasil. Na maior parte dessas escolas, a maioria

dos alunos beneficiria do Programa Bolsa Famlia. Nosso

objetivo chegar, at o final de 2014, a 60 mil escolas com

ensino em tempo integral. Vamos continuar valorizando os

nossos professores, especialmente o professor alfabetizador.

Hoje, 300 mil professores alfabetizadores esto fazendo

cursos de dois anos para aperfeioar seus mtodos de

ensino e conhecer novas tcnicas. Estamos oferecendo

tambm cursos de formao para 400 mil professores do

Ensino Mdio, porque a transformao que queremos fazer

na educao abrange tambm o Ensino Mdio. E isso s

possvel com a melhoria na formao dos nossos professores

esses profissionais to dedicados, que so o alicerce da

educao em qualquer pas. O Enem, o Exame Nacional do

Ensino Mdio, tambm um instrumento para a reforma

deste nvel de ensino. A partir dele, vamos, em conjunto com

os governos estaduais, reorganizar os currculos para

aprimorar o Ensino Mdio.

Quanto ao ensino tcnico, vamos continuar investindo no

Pronatec, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Tcnico

e ao Emprego que, em pouco mais de dois anos, j realizou

5,5 milhes de matrculas nos cursos tcnicos ou de

qualificao profissional oferecidos de graa. J investimos

R$ 14 bilhes no Pronatec. preciso lembrar que o governo

federal estava proibido por lei de investir no ensino tcnico

federal, proibio que foi revogada no governo Lula. A partir

da, investimos e criamos 214 novas escolas tcnicas. Em

meu governo sero mais 208 novas escolas tcnicas

federais, implantadas predominantemente no interior do

Brasil, levando o ensino tcnico a todo o pas.No ensino

superior, vamos continuar fortalecendo os instrumentos de

democratizao que implantamos ou aperfeioamos neste

governo. Em dez anos, dobramos o nmero de matrculas

nas universidades federais, que agora somam mais de 1

milho. Isso s foi possvel graas ao nosso esforo para

expandir a Rede Federal de Ensino Superior no Brasil.

Ampliamos tambm as opes para os jovens que querem

entrar na universidade, como o Sisu o Sistema de Seleo

Unificada, que oferece vagas no ensino superior com base na

nota do Enem o ProUni e o Fies. Criamos tambm o

Cincia sem Fronteiras, que j concedeu 60 mil bolsas para

estudantes brasileiros cursarem um ano da sua faculdade ou

da ps-graduao nas melhores universidades do mundo.

Ns aumentamos os investimentos em educao a cada

ano do meu governo, mas vamos fazer muito mais com os

recursos dos royalties do petrleo e do Fundo Social. Isto

ser possvel porque, em 2013, tivemos uma vitria histrica

da educao brasileira, que foi a aprovao, no Congresso,

da lei que propusemos e que destina 75% dos royalties do

petrleo para investimentos em educao. Essa lei ainda

destina metade do Fundo Social do pr-sal, formado pelo

excedente em leo, para a educao. Sero bilhes de reais

para fazer mais creches, mais escolas em tempo integral,

para pagar melhores salrios e para qualificar os nossos

professores, para investir no ensino tcnico e na educao

superior. Enfim, para fazer muito mais pela educao das

nossas crianas e dos nossos jovens. Vou repetir algo que

sempre digo: a educao o nosso passaporte para o futuro.

(*) Esta pergunta, que precede a mensagem, foi formulada

pela Secretaria de Imprensa para melhor entendimento do

contedo.

Kennedy cogitou

ao contra Jango

Presidente veta

artigos da LDO

e afrouxa

controle sobre

custos de obras

Dilma Rousseff

conversacomapresidente@jc.com.br

k rpidas

S

O PAULO Uma gra-

vao feita 46 dias antes

do assassinato de John

Kennedy, em outubro de 1963,

mostra que o ento presidente

norte-americano cogitava se se-

ria adequado uma interveno

militar no Brasil, que para os

Estados Unidos vivia o risco de

se tornar uma nova Cuba.

Pouco mais de cinco meses

aps a conversa de JFK com o

embaixador americano no Pas,

Lincoln Gordon, o ento presi-

dente Joo Goulart foi deposto

por um golpe militar apoiado

pelos EUA.

A conversa foi revelada on-

tem pelo jornalista Elio Gaspari

no site Arquivos da Ditadura,

que marca o relanamento de

quatro obras sobre o regimemi-

litar pela Editora Intrnseca

as sries As Iluses Armadas,

com dois volumes, eO Sacerdo-

te e o Feiticeiro, com dois livros

publicados e um terceiro em

produo. O prximo 31 demar-

o marca os 50 anos da deposi-

o de Jango e incio do regime

militar, encerrado em 1985. Na

gravao, Kennedy interrompe

Gordon durante uma reunio

na Casa Branca e pergunta ao

embaixador: Voc v a situa-

o indo para onde deveria,

acha aconselhvel que faamos

uma interveno militar? Em

seguida, o embaixador respon-

de: Bem, essa a outra catego-

ria, que eu chamo de Contin-

gncia Perigosa Possivelmente

Requerendo uma Ao Rpida.

Esse o principal problema.

O sistema de gravao instala-

do porKennedy comeou a ope-

rar em 1962, coincidentemente

em uma conversa entre Kenne-

dy e Gordon. O embaixador re-

latava com frequncia a situa-

o poltica no Brasil. Os EUA

temiam que Jango pudesse se

transformar emumditador po-

pulista, como mostram grava-

es exibidas no filme O Dia

que Durou 21 Anos, recm-lan-

ado emDVD e Blu-Ray.

Em um dos dilogos do fil-

me, obtidos na mesma Bibliote-

ca Kennedy em queGaspari en-

controu a declarao de JFK di-

vulgada ontem, Gordon come-

a a dizer que Jango estaria en-

tregando o maldito Pas aos...

Quando interrompido pelo

presidente: Aos comunistas.

Em tempos de Guerra Fria,

os americanos no queriam

uma nova Cuba na Amrica

Latina. Tanto que os EUA de fa-

to forneceram apoio logstico

aos militares que conspiraram

contra Jango. O sucessor de

Kennedy, Lyndon Johnson, au-

torizou o envio de navios da

Marinha norte-americana para

prximo da costa brasileira. Co-

mo Jango no resistiu ao golpe,

as embarcaes da Operao

Brother Sam, revelada pelo jor-

nalista Marcos S Corra em

1976, no chegaram a atuar em

mares brasileiros.

Agncia Estado

B

RASLIA -Apresiden-

te Dilma Rousseff

abriu uma brecha pa-

ra afrouxar o controle sobre

custos de obras pblicas em

2014, ano emque tenta umno-

vomandato, e pretende acele-

rar a entrega dos servios an-

tes de ser impedida pela lei

eleitoral de participar de inau-

guraes, segundo reporta-

gem do jornal O Estado de S.

Paulo. A medida preocupa r-

gos de controle como o Tri-

bunal de Contas da Unio

(TCU) e tambm pode ser

contestada no Legislativo.

Ao sancionar a Lei de Dire-

trizes Oramentrias (LDO),

no dia 24, Dilma vetou artigos

que definiam tabelas oficiais,

mantidas pela Caixa Econmi-

ca Federal (CEF) e pelo De-

partamento Nacional de In-

fraestrutura de Transportes

(Dnit), como referncias de

preos para projetos de cons-

truo civil e rodovirios, res-

pectivamente. Essas regras fo-

ram transpostas para um de-

creto presidencial editado em

abril, que pode ser alterado

pelo Planalto a seu critrio,

sem autorizao do Legislati-

vo, e que s vale para o Execu-

tivo. a primeira vez em 14

anos que os parmetros de

precificao de obras pblicas

no constam da LDO.

Por se tratar de um veto, a

medida pode ser derrubada

pelo Congresso, em sesso

conjunta aps o recesso. Mas

isso considerado improv-

vel: preciso o apoio de 257

deputados e 41 senadores, em

votao aberta, e o governo

mantm amplamaioria na C-

mara e no Senado.

Com o veto na LDO, a regra

mantida pelo decreto, que

pode ser revogado a qualquer

momento pelo Executivo. As-

sim, o Planalto poderia insti-

tuir outros parmetros de cus-

to, livrar determinadas obras

das exigncias ou mesmo fi-

xar margens de tolerncia pa-

ra alm do mximo previsto

nas tabelas oficiais.

Desde 2000, a LDO prev

o SistemaNacional de Pesqui-

sa de Custos e ndices da

Construo Civil (Sinapi) -

gerido pela Caixa, com base

em preos pesquisados men-

salmente pelo IBGE nas 27

unidades da Federao - co-

mo tabela oficial de obras des-

se tipo. Para as rodovias, o

Dnit adota o Sistema de Cus-

tos Referenciais de Obras (Si-

cro), atualizado a cada dois

meses, em 24 Estados.

O uso das duas bases de da-

dos regra, salvo em situa-

es em que o gestor justifi-

que o motivo de se abrir a ex-

ceo. o caso de uma insta-

lao nuclear, por exemplo.

A flexibilizao dos parme-

tros de referncia tradicional-

mente previstos na LDO

um pleito antigo de grandes

empreiteiras.

O veto preocupa os rgos

de controle, que se baseiam

nos dois sistemas para apurar

desvios emau uso de dinheiro

pblico. Em 2013, o TCU

achou sobrepreo e superfatu-

ramento em 29% das obras

com verba federal que audi-

tou pormeio de seu programa

de fiscalizao. Nos quatro

anos anteriores, o porcentual

variou de 34% a 56%.

Para o presidente do TCU,

AugustoNardes, a deciso en-

fraquece os mecanismos de

fiscalizao e causa surpresa.

Surpreende, porque a presi-

dente tem tido um discurso

muito favorvel a que aconte-

a um controle por parte do

governo em relao a frau-

des, desvios e irregularida-

des. Com somente o decreto,

isso se fragiliza. como uma

portaria, que eu aprovo e, a

qualquer momento, posso

modificar.

Nardes acredita que a presi-

dente deve ter sido mal orien-

tada por sua equipe ao vetar

os artigos. O que preocupa

que o poder central tem de

dar exemplo aos Estados e

municpios, portanto tem de

ser firme nessa questo de

mostrar o caminho, disse.

Nardes vai conversar com os

presidentes daCmara,Henri-

que Eduardo Alves (PMDB-

RN), e do Senado, Renan Ca-

lheiros (PMDB-AL), sobre as

possibilidades de reverter o

quadro. Para ele, manter a

LDO como aprovada seria de-

monstrao de fora do Le-

gislativo.

www.jconline.com.br

Oministro da Sade,

Alexandre Padilha, disse

ontem que j se mudou para

So Paulo e deixou tudo

pronto para a sua sada do

cargo. Ele confirmou que

ainda em janeiro deixa a pasta

para se dedicar campanha.

Padilha lembrou que todos os

ministros que disputaro

eleies este ano j esto

orientados pela presidente

Dilma para deixar os cargos

este ms. A data, porm, ser

definida pela prpria

presidente. Estou preparado

(para deixar a pasta). J fiz a

mudana para So Paulo. J

trouxe as coisas que estavam

em Braslia, afirmou Padilha.

Com a presena de

representantes dos Poderes

Executivo, Legislativo e

Judicirio, ocorre hoje a

posse do novo presidente do

Tribunal de Contas do Estado

(TCE), Valdecir Pascoal. A

transmisso de cargo por

Teresa Duere foi no ltimo

dia 2, em cerimnia

protocolar. O evento est

marcado para as 17h, no

auditrio da sede do rgo, na

Boa Vista, rea central do

Recife. Em seguida, haver

coquetel em uma casa de

festas. Caber ao conselheiro

e titular da Vice-presidncia

do TCE, Carlos Porto, fazer o

discurso de saudao.

conversa com

a presidente

MuseuJFK

RISCO Kennedy temia que Brasil virasse uma nova Cuba

Foto/AFP

poltica

Pr-candidato,

Padilha semuda

para So Paulo

Valdecir assume

hoje o Tribunal

de Contas

HISTRIA Gravao revela que, 46 dias antes de ser assassinado, o ento presidente dos

EUA indagou se seria adequado uma interveno militar para derrubar Joo Goulart

DECISO Presidente Dilma surpreende rgos de controle

Dilma: brecha para os gastos

Recife I 7 de janeiro de 2014 I tera-feira jornal do commercio

5

Collor coloca

582 em casa e

esvazia Sudene

T

rs anos e meio antes da aber-

tura do processo de impeach-

ment, o primeiro de um presi-

dente brasileiro, em toda a Repblica

pedido aprovado em 29 de setembro

de 1992 pelo Congresso Nacional , o

ento governador de Alagoas, Fernan-

do Collor deMello oficializou a sua ca-

minhada rumo Presidncia do Brasil

com um discurso de despedida, na Su-

dene, no qual promete a redeno do

Nordeste e a adoo de novas prticas

polticas o Pas. Mais jovem presidente

da histria do Brasil, Collor renuncia

aomandato em29 de dezembro daque-

le ano, s vsperas da aprovao do

processo, para fugir da cassao e da

inelegibilidade, por acusaes de co-

mandar esquema de corrupo na Pre-

sidncia.

A ata da sesso de 28 de abril de

1989 e o texto original do discurso de

Collor na reunio do Conselho Delibe-

rativo da Sudene, partes do acervo do-

cumental da autarquia, registram a sua

ltima participao como conselheiro

e o passo oficial inicial para a candida-

tura e o projeto pessoal que levaria a

um dos mais traumticos e vergonho-

sos episdios da Repblica. No discur-

so, o governador Collor projeta umno-

vo tempo para o Pas e anuncia que, se

eleito presidente, a Superintendncia

deDesenvolvimento doNordeste reto-

maria as suas origens, sendo vinculada

diretamente Presidncia.

Um trecho do discurso revela a in-

teno e o compromisso claro do presi-

dencivel de resgatar a autonomia e a

fora de deciso idealizadas pelo eco-

nomista e primeiro superintendente,

Celso Furtado, e o presidente Jusceli-

no Kubitschek, em 1959, para a autar-

quia de planejamento e desenvolvi-

mento do Nordeste. Pretendo, no de-

correr desta luta, que iniciarei a partir

do prximo dia 14 de maio (1989, de-

pois de desincompatibilizar-se-se do

governo de Alagoas), como postulante

Presidncia da Repblica, pelo Parti-

do da ReconstruoNacional PRN), le-

var a bandeira do Nordeste, levar a

bandeira da Sudene, e assumir, desde

j, um compromisso de que ns fare-

mos comque a Sudene volte a se vincu-

lar diretamente Presidncia, sem a

intermediao de qualquer Minist-

rio, ressalta.

O trecho final do discurso de Collor

retoma o compromisso de fortaleci-

mento da Sudene, paralelamente a

umapoltica de valorizao de seus tc-

nicos e servidores. Obcecado pelo pro-

jeto de candidatura presidencial, o go-

vernador assegura uma autarquia forte

e a retomada do prestgio de seus qua-

dros tcnicos. Com esta instituio j

me sentia, e me sentirei eternamente

comprometido com os tcnicos desta

Casa, que sofreram tantas crticas in-

fundadas, e que eu aqui quero me soli-

darizar com todos. A esses tcnicos ho-

nestos que carregam este piano, que

mantm ainda acesa em seus coraes

a esperana de ver a Sudene retornar

aos seus ureos tempos, e ns havere-

mos de faz-lo, aos tcnicos desta insti-

tuio, os meus agradecimentos, por

estaremmantendo acesa esta esperan-

a, discursou repetidamente.

Vencedor das eleies, ao derrotar o

petista Luiz Incio Lula da Silva, no se-

gundo turno, o ex-governador de Ala-

goas assume e toma as primeirasmedi-

das na contramo do que tinha prome-

tido na campanha, como o confisco da

poupana, parte do plano de combate

inflao. Entre as decises, manda

582 servidores da Sudene para casa,

em disponibilidade, recebendo 50% do

salrio. revitalizando a nossa Sude-

ne, fazendo com que se torne um ins-

trumento de ponta do nosso desenvol-

vimento (...) que ns estaremos trilhan-

do ou iniciando o trilhamento do cami-

nho da nossa redeno, aponta a dire-

o.

No discurso de despedida da Sude-

ne, Collor que em manifestaes an-

teriores imprensa denunciava a a cor-

rupo nos rgos do poder pblico

tambm antev um quadro de bem-es-

tar social no futuro, a partir de novas

concepes e polticas de governo:

Ns queremos, sim, o bem-estar so-

cial. E s se consegue, s se alcana se

tivermos uma poltica econmica coe-

rente, uma poltica industrial, uma pol-

tica agrcola, polticas essas que se en-

trelacem dentro deste objetivo de cres-

cer, hoje, no mnimo, 7% ao ano (...)

Ns precisamos, rigorosamente, repen-

sar este Pas, exalta aos conselheiros.

Ufanista, Collor prev uma Regio

forte e livre da subalternidade na polti-

ca: O Nordeste no quer tratamento

de primo pobre da Federao. O Nor-

deste no aceita e no quer esmolas. O

Nordeste no mendiga (...). O Nordes-

te vai mostrar, nos prximos anos, que

uma Regio vivel, no momento em

que nos desprendermos dos grilhes

da subalternidade poltica, do cliente-

lismo poltico, do paternalismo e de to-

das as outras formas de opresses

(...).

www.jconline.com.br

poltica

www.jconline.com.br

No discurso para se

lanar ao Planalto,

Collor prega em

defesa do Nordeste

Foto:Arquivo/Sudene

CENA Paulo Souto,

superintendente, e o

governador Collor,

na sada para

disputar Presidncia

em 1989

Ayrton Maciel

amaciel@jc.com.br

Em 28 de abril de 1989, o governador de

Alagoas, Fernando Affonso Collor de

Mello, despede-se do Conselho da

Sudene. Alado ao Pas pela imagem de

Caador deMarajs, ao enfrentar os

altos salrios de desembargadores do

Estado, Collor anuncia sua candidatura

Presidncia do Pas. Promete Casa se

eleito resgatar a autonomia da Sudene,

que ficaria ligada a seu gabinete.

Empossado, pe 582 servidores em

disponibilidade, recebendo em casa

apenas 50% do salrio. A reportagem d

sequncia srieDossi Sudene.

6

jornal do commercio Recife I 7 de janeiro de 2014 I tera-feira Recife I 7 de janeiro de 2014 I tera-feira jornal do commercio

7

No vim prometer, vim fazer

poltica

www.jconline.com.br

poltica

Foto:Arquivo/Sudene

Gradualmente esvaziada pelo gover-

no federal desde os presidentes mili-

tares e sob a pecha constante de prti-

cas de corrupo, os anos 90 do sculo

passado caracterizam e so o marco da

fase final e mais profunda da decadn-

cia institucional da Sudene. As denn-

cias e casos de corrupo e desvios de

recursos pblicos crescem, esto com-

provados e o dinheiro que alimentava a

indstria da seca e o enriquecimento il-

cito no recuperado. O caos moral e a

ineficincia levariam sua extino em

2001, pelo presidente Fernando Henri-

que Cardoso (PSDB).

Em 26 de outubro de 1990, na 358

Reunio doConselho, o superintenden-

te Adauto Bezerra coronel e ex-gover-

nador do Cear sai em defesa da insti-

tuio, respondendo s crticas e acusa-

es feitas pelo ento governador elei-

to cearense, Ciro Gomes (PSDB) esti-

lo prprio do ex-tucano , em entrevis-

ta ao Correio Braziliense, Sudene e

aplicao dos recursos do Fundo de In-

vestimento no Nordeste (Finor). Li,

com surpresa e desapontamento (...)

(...) fez ele (Ciro) declaraes a um tem-

po inverdicas, injustas e injuriosas,

que exigem reparo e repdio. (...) as po-

siesmanifestas revelamumclaro des-

conhecimento da filosofia, da histria e

da sistemtica da administrao dos in-

centivos do Nordeste. Repetem jarges

muito em voga, hoje em dia, fazendo t-

bula rasa das reiteradas respostas, ofi-

ciais e tcnicas, j oferecidas s crticas

a essemecanismo de atrao de investi-

mentos privados para o Nordeste.

Para fazer contraponto a Ciro, Adau-

to Bezerra recorre a uma declarao

do governador em final de mandato e

padrinho poltico de Ciro, Tasso Jereis-

sati (PSDB), ao Dirio do Nordeste, de

Fortaleza: ... inaceitvel que sejam

atirados contra servidores pblicos

que, na Sudene, tm dedicado toda

uma vida de probidade e competncia

causa da Regio, assaques de compor-

tamento leviano, descriterioso e deso-

nesto. A superioridade moral desses

servidores, conquanto exija o reparo a

eles devido pelo governador eleito, no

os afastar do cumprimento da suas in-

delegveis tarefas em prol do desenvol-

vimento do Nordeste (...).

Quatro meses depois, na 362 Reu-

nio, em 22 de fevereiro de 1991, tam-

bm no governo Collor, o superinten-

dente Adauto Bezerra modera o entu-

siasmo com o Finor e a Sudene. E tem

que responder a Tasso Jereissati, que

se revelava frustrado com 11 meses de

administrao da Sudene, coincidente-

mente o tempo da gesto do coronel

Adauto. Esta a casa do Nordeste, on-

de quemdecide o Conselho (...) mui-

to fcil demolir, combater, mas cons-

truir poucos fazem; pedir fcil, mas

na hora de dar contribuio so poucos

os que querem trabalhar, revida Adau-

to Bezerra.

Foto:DanielBerinson/ArquivoJC

Corrupo e

decadncia

nos anos 90

Presidente da Repblica por uma fa-

talidade a morte do presidente eleito

pelo colgio eleitoral do Congresso Na-

cional, em 1985, Tancredo Neves

(PMDB) , o ex-governador do

Maranho e ex-senador Jos Sarney

(PMDB) preside a 298 Reunio do

Conselho da Sudene, em 24 demaio da-

quele ano, lendo um discurso emocio-

nado pela volta ao plenrio que ocupou

como conselheiro no regimemilitar, de

1966 a 1971.

Ento como presidente, no perodo

histrico da redemocratizao, a Nova

Repblica, Sarney promete apenas tra-

balho sem descanso nem hora pelas

mudanas e superao dos problemas

sociais e econmicos do Brasil. Traba-

lha-se no governo dia e noite. No exis-

tem mais descansos, no temos calen-

drios nem temos horas. Estamos bri-

gando a srio com a inflao, a voz do

povo respeitada e os direitos huma-

nos so sagrados. Nos falta uma presen-

a: TancredoNeves. Deixou ideias.Mi-

nhas deficincias sero supridas com

determinao e coragem. No vim aqui

para prometer, vim para fazer, diz.

Depois de lembrar suas origens, Sar-

ney repete os antecessores, dizendo

que a Regio ser prioridade. Assegu-

ro-lhes que aqui, no Nordeste, no ha-

ver corte de verbas. (...) fazer corte em

recursos do Nordeste seria o mesmo

que tirar o po da boca do cego. (...) A

Nova Repblica no s esperana. J

demonstrou que mudana. Restaura-

mos as eleies diretas, o voto do anal-

fabeto, as eleies nas capitais (...),

presta contas do comeo do mandato.

Sarney diz estar preparado para go-

vernar e assume o fortalecimento da

Sudene: Este, sem dvida, no um

tempo de promessas. um tempo de

trabalho e de realizaes. (...) Porque

no existe, neste Pas, povo mais sofri-

do. Por vezes, foi obrigado a dispersar-

se, fustigado pela fome (...) Serenidade

e pacincia de pernambucano recebi

da gloriosa lio deminhame, de Cor-

rentes (Agreste). ONordeste sobretu-

do um estado de esprito. omaior pro-

blema do Pas. Est na conscincia de

todos. (...) No venho aqui para repetir

a retrica dos convnios que tanto con-

denei. Venho para dar ordens de presi-

dente. E v-las obedecidas. O Nordeste

vai funcionar. O Nordeste vai ser Bra-

sil. A Sudene precisa reviver, concla-

mou. Ao final de cinco anos de gover-

no, no tinha domado a inflao nem a

corrupo, e serviu de lenha para o pro-

jeto de Collor.

MOMENTOS O discurso de Collor na Sudene, observado pelos tambm governadores Waldir Pires (BA), Tasso

Jereissati (CE) e Tarcsio Buriti (PB). Depois, j presidente: afastamento de servidores provoca protestos

6

jornal do commercio Recife I 7 de janeiro de 2014 I tera-feira Recife I 7 de janeiro de 2014 I tera-feira jornal do commercio

7

Luau naturista

kLei da oferta e da procura

kUmpingo deHistria

Ningum em Pernambuco tem mais dvida de que, no

dia 4 de fevereiro, Eduardo Campos passa o governo para

Joo Lyra Neto, 66 anos, para concorrer presidncia. O

vice de famlia de polticos. irmo do ex-ministro

Fernando Lyra.

Contra o racismo

O governo brasileiro

apoiou a proclamao da

dcada internacional dos

afrodescendentes, pela

ONU, de janeiro de 2015 at

2024.

100 anos deAbdias

A viva de Abdias do

Nascimento, a antroploga

Elisa Larkin Nascimento, criou

at um suplemento didtico

ilustrado para a oficina que

dar sobre a linha do tempo a

influncia cultural dos

africanos antes de sua

escravizao nas Amricas. A

aula, no dia 11, faz parte da

srie de eventos do

recm-inaugurado Centro

Cultural Jos Bonifcio, na

Gamboa, no Rio.

No veta!

Frei David, da ONG

Educafro, estava, ontem, em

assembleia permanente

fazendo gestes junto ao

governo Cabral. que depois

de amanh expira o prazo

para o governador sancionar

ou vetar o projeto de lei que

probe os clubes de exigirem

que babs entrem

uniformizadas em suas

dependncias.

Falta de pudor

Chega s livrarias, no

final do ms, o novo livro

de Domenico de Masi: O

futuro chegou. Vai sair pela

editora Casa da Palavra.

Nesta obra, o socilogo

italiano, autor do sucesso

O cio criativo, lanado h

dez anos, dedica umas 80

pginas ao Brasil.

Segue...

Em O futuro chegou,

Domenico diz que o PT

decepcionou seus eleitores

ao estreitar sem nenhum

pudor ideolgico cnicas

alianas com as foras

conservadoras. Faz

sentido.

Leandro Hassum

A Downtown Filmes, que

apesar do nome em ingls

s trabalha com filmes

nacionais, fechou 2013 em

3 no ranking das

distribuidoras. Atrs de

Walt Disney Intl e Fox Intl

e frente de Warner, Sony

e Paramount. A posio,

em parte, graas ao

sucesso de At que a sorte

nos separe 2, com Leandro

Hassum, que vendeu mais

de 1,6 milho de ingressos.

Ainda sobre mulheres

governantes e o fato,

lembrado aqui, de que a

primeira mulher a

comandar um Estado foi

Brites de Albuquerque, a

capitoa de Nova

Lusitnia (Pernambuco),

no sculo 16. A escritora

Ana Maria Machado, no

romance Canteiros de

Saturno, cita outras duas

capitanias hereditrias

tambm governadas por

mulheres na mesma

poca: Anna Pimentel, em

So Vicente, e Luisa

Grinaldi, no Esprito Santo.

O irmo de Fernando

O Brasil um importador

de mdicos. Nada contra.

Mas em condies normais a

Universidade Gama Filho, no

Rio, poderia formar at 400

mdicos por ano. S que a

instituio est no corredor da

morte sem que o Ministrio

da Educao faa nada.

Depois que

Anderson Silva voltou a

perder de Chris

Weidman, o preo do

boneco do lutador de

MMA passou de R$

75,90 para R$ 49,99,

na Rozenlndia, no Rio

Design Leblon.

Desconto de 34%.

k rpida

k

S

O LUS Horas de-

pois de ser anunciada a

morte da menina Ana

Clara Santos Sousa, 6 anos,

uma das cinco vtimas queima-

das num dos ataques a nibus

noMaranho, o governo do Es-

tado decidiu aceitar a ajuda fe-

deral e enviar os mandantes

dos atentados para presdios fe-

derais. Ao todo, 25 vagas foram

postas disposio do governo

do Maranho pelo Ministrio

da Justia. O governo estadual

ainda no decidiu quantos pre-

sos sero transferidos. O mais

provvel que os chefes das

faces envolvidas sejam envia-

dos penitenciria de Campo

Grande.

A onda de terror no

Maranho comeou depois

que a administrao estadual

ps a segurana do Complexo

Penitencirio de Pedrinhas sob

controle da Polcia Militar. Es-

cutas mostram que foi de l

que partiu a ordem para os

atentados.

tarde, uma onda de boatos

sobre novos ataques deixou o

trnsito em So Lus catico.

Pela manh, a PM prendeu

mais seis acusados dos ataques:

agora so 17 os detidos por cau-

sa dos atentados contra a pol-

cia e o transporte pblico. Para

prender o grupo, a polciamon-

tou uma operao na Vila Sar-

ney. Foi ali que aconteceu o ata-

que que deixou Ana Clara com

95% do corpo queimado. Se-

gundo a polcia, os bandidos es-

tavamescondidos em ummata-

gal. O bando teria organizado e

executado o crime. A verso da

polcia corroborada pelo fato

de um dos detidos apresentar

queimaduras pelo corpo.

Ao saber da morte de Ana

Clara, Dasico Rodrigues, 81, bi-

sav da menina, sofreu um in-

farto e tambmmorreu.Na sex-

ta-feira, a garota estava com a

me, Juliane Carvalho Santos,

22, e a irm, Lorane Beatriz

Santos, 1 ano e 5 meses, quan-

do bandidos entraram no ni-

bus, jogaram gasolina e atea-

ram fogo. Ontem noite, a go-

vernadora Roseana Sarney emi-

tiu nota lamentando o faleci-

mento. Quero externar minha

dor pela morte da menina Ana

Clara e transmitir a minha soli-

dariedade aos seus familiares.

Juliane, que at ontem noi-

te no havia sido informada da

morte da filha, teve 40%do cor-

po queimado. Lorane est com

queimaduras no brao esquer-

do e pernas, com 20% do corpo

afetado. As duas permaneciam

internadas.

Alm das trs, outros dois

adultos ficaram feridos no ata-

que: Abiancy Silva dos Santos,

35, e Mrcio Ronny da Cruz

Nunes, 37. Abiancy est interna-

da com queimaduras de segun-

do grau no brao direito e no

abdome. Nunes est numa uni-

dade de terapia intensiva

(UTI) em estado grave. Ele te-

ve 72% do corpo atingido ao

tentar salvar as crianas.

Ontem a polcia maranhense

montou uma grande operao

em So Lus, envolvendo 400

PMs e 150 policiais civis, para

tentar conter os atentados. Na

anlise da PM, a ao tambm

serviu para garantir a seguran-

a da circulao de nibus na

cidade. Nos trs ltimos dias, o

Sindicato dos Rodovirios do

Maranho, alegando falta de se-

gurana, impediu a circulao

de nibus das 18h s 6h.

CRTICAS

Tambm ontem, Roseana,

por meio de nota, acusou o

Conselho Nacional de Justia

(CNJ) de agravar a situao

nas unidades prisionais do Esta-

do e de tentar reduzir o crdito

das medidas determinadas pe-

lo governo. Foi o CNJ que de-

nunciou as violaes de direi-

tos humanos emPedrinhas, on-

de morreram 62 presos desde

2013.

Roseana encaminhou relat-

rio ao Ministrio Pblico sobre

as medidas tomadas nos lti-

mos anos para solucionar os

problemas do sistema car-

cerrio. O documento servir

de base para o procurador-ge-

ral da Repblica, Rodrigo Ja-

not, decidir se pede ao Supre-

mo Tribunal Federal (STF) in-

terveno federal no Estado.

Na nota em que ataca o CNJ,

o governo maranhense disse

que no compactua com inver-

dades levadas a pblico pelo

juiz DouglasMartins, do CNJ.

Para o governo, a denncia de

que mulheres estariam sendo

estupradas infundada. A Se-

cretaria de Justia e Adminis-

trao Penitenciria no rece-

beu at hoje nenhum relato de

estupro de mulheres ou irms

de apenados.

brasil

ancelmo gois

Editores:

Fabiane Cavalcanti fabiane@jc.com.br

Clvis Andrade csandrade@jc.com.br

Thiago Neuenschwander tncavalcante@jc.com.br

Fale conosco: (81) 3413-6184 e 3413-6519

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Bisav teve

infarto emorreu

aps notcia da

morte da garota

Meninamorre e

Estado aceita ajuda

Ancelmo Gois

agois@oglobo.com.br

pelo twitter:@ancelmocom

Reproduo/AG

Al, Mercadante!

AlexSilva/AE

OCemitrio do Ara, em So Paulo, sofreu na madrugada de

ontem omaior ataque de vandalismo desde sua fundao, em 1887.

Foram derrubadas e quebradas 21 esttuas de bronze e de mrmore

de Carrara para muitas, o restauro impossvel. Segundo

testemunhas, a ao foi feita por um grupo que de 25 a 30 pessoas,

que usava trajes punk e fugiu pulando as grades do porto

principal. A Guarda Civil Municipal (GCM) atendeu a um chamado

de funcionrios, que notarammovimentao intensa no lugar por

volta das 4h (3h no Recife). Ningum havia sido identificado at

ontem noite. No h cmeras no cemitrio. Ainda de acordo com

testemunhas, o grupo fez muito barulho entre as sepulturas

enquanto brincava de bate-bate com os carros eltricos usados

para transportar caixes. Dois veculos ficaram amassados.

RaolinMagalhes/ACrtica/AE/5-1-2014

www.jconline.com.br

DidaSampaio/AE/30-1-2009

MARANHO Aps confirmao da morte de Ana Clara Sousa, 6 anos, vtima de ataque

a nibus, governo de Roseana Sarney confirmou que enviar detentos a presdio federal

O Luau Naturista do

Abric, no Rio, ser das 8h

de sbado s 4h de

domingo. A organizao

avisa que os casais

hteros e gays esto

liberados para fazer sexo a

partir da meia-noite. Ah,

bom!

Reproduo/AG

Cemitrio alvo de vandalismo em

So Paulo: 21 esttuas so destrudas

AMAZONAS Policiais encontraram peas de Gol queimadas

Peas podem ser de

carro desaparecido

H

UMAIT (AM)

Em nota divulgada

ontem, a Polcia Fede-

ral afirmou que as peas de um

automvel queimado, encontra-

das na Reserva Tenharim Mar-

melos, na regio de Humait

(AM), so de um Volkswagen

Gol,modelo usado pelos trs ho-

mens que desapareceram na re-

gio no dia 16 de dezembro.

As peas foram enviadas para

a Volkswagen no fim de semana

para confirmar se so do Gol

preto do representante comer-

cial Luciano Ferreira Freire,

que deu carona ao professor

Stef Pinheiro de Souza e ao tc-

nico Aldeney Ribeiro Salvador.

A PF tambm afirmou que uma

caixa de remdios, que poderia

ser de uma das vtimas, foi en-

contrada no local.

De acordo com o delegado

Alexandre Alves, que comanda

as buscas, as peas tinham nu-

merao que permitiro mon-

tadora rastrear o carro. As infor-

maes que Alves aguarda pode-

ro confirmar se as peas eram

mesmo do Gol preto ocupado

pelo grupo, que desapareceu

quando trafegava no trecho da

Rodovia Transamaznica

(BR-230) que passa dentro da

rea indgena.

Um policial militar que tam-

bm viajava pela estrada disse

ter visto quando ndios arrasta-

vam um carro preto para den-

tro damata. O comandantemili-

tar da Amaznia, o general do

Exrcito EduardoDias da Costa

Villas Boas, se reuniu no domin-

go com os comandantes da for-

a-tarefa que procura os desapa-

recidos. Villas Boas foi at a ter-

ra indgena para um encontro

com os lderes dos ndios. At

ontem, no entanto, no havia no-

tcias sobre o resultado das reu-

nies.

GOVERNADORA Roseana Sarney criticou relatrio do CNJ

8

jornal do commercio Recife I 7 de janeiro de 2014 I tera-feira

Vo por onde

criana caiu

irregular

OProcon

informou ontem

quemultar a

Infraero por

acidente.

Menina seguia

internada

RIO DE JANEIRO Segundo o Crea-RJ, espao prximo a escada

rolante no aeroporto do Galeo no atende s normas da ABNT

k rpidas

www.jconline.com.br

AlfredoRisk/FuturaPress/AE

ME Natlia, que voltou a ser presa, compareceu a delegacia

O universitrio Pedro Igor

Silva das Neves, 19 anos,

motorista do carro atingido

h uma semana por cinco

tiros supostamente

disparados por policiais

militares, afirmou ontem, em

depoimento, que desrespeitou

a ordem de parar na Linha

Amarela, no Rio, porque ficou

commedo de que se tratasse

de uma falsa blitz. Polcia

Civil, o comando da Polcia

Militar afirmou que a blitz era

totalmente regular. Durante a

perseguio por cerca de 5

km, o estudante de cinema

Joo Pedro Cruz, 23, foi

atingido por um tiro de fuzil e

morreu.

A PolciaMilitar de So

Paulo afastou ontem dois

policiais rodovirios acusados

de agredir ummotociclista na

Zona Oeste da capital paulista.

O crime aconteceu na noite da

quarta-feira e foi registrado por

uma cmara de segurana. As

imagens foram exibidas sbado

pela TV Globo. O motociclista

teria chutado um radar na

Rodovia Raposo Tavares.

Flagrado pelos policiais, ele foi

que o perseguido, bateu em um

carro e caiu. Os PMs saram da

viatura e o agrediram com

chutes e socos antes de algemar

o rapaz. Mesmo imobilizada, a

vtima levou um chute na

cabea.

brasil

Padrasto de Joaquim

vai para Trememb

R

IBEIRO PRETO

(SP) O tcnico em in-

formtica Guilherme

Raymo Longo, 28 anos, acusa-

do de termatado o enteado Joa-

quimPonteMarques, 3, em no-

vembro, foi transferido ontem

para a Penitenciria de Tre-

memb (a 147 km de So Pau-

lo). No complexo penitencirio

j esto presos o casal Nardoni

Anna Carolina Jatob e Ale-

xandre Nardoni , condenados

pela morte da menina Isabella,

e Suzane Von Richthofen, con-

denada pela morte dos pais.

Ame de Joaquim, a psiclo-

ga Natlia Mingoni Ponte, 29,

que teve a priso preventiva de-

cretada pela Justia no sbado

a pedido da promotoria, est

na cadeia feminina de Franca

(SP). Ambos estiveram ontem

na Delegacia de Investigaes

Gerais (DIG) de Ribeiro Preto

(SP) para procedimentos ofi-

ciais.

Longo foi denunciado pelo

Ministrio Pblico por homic-

dio triplamente qualificado e

ocultao de cadver. Ele acu-

sado de ter matado Joaquim

com superdosagem de insulina

e depois ter jogado o corpo em

umcrrego perto da casa da fa-

mlia, em Ribeiro Preto.

O advogado de Longo, Ant-

nio Carlos de Oliveira, afirmou

que entrar com pedido de ha-

beas corpus para liber-lo sob

alegao de falta de provas. Ele

afirmou ainda que dever pe-

dir Justia que Longo fique

preso em Ribeiro.

J Natlia foi denunciada

por omisso. Ela ficou presa

temporariamente por um ms,

conseguiu habeas corpus, mas

voltou para a cadeia sbado.

NathanCastelo Branco, advoga-

do de Natlia, ajuizou novo pe-

dido de habeas corpus para

que ela responda a denncia

em liberdade.

R

IO O guarda-corpo

do qual a menina ar-

gentina Camila Pala-

cios, 3 anos, caiu no ltimo s-

bado, no Terminal 2 do Aero-

porto Internacional do

Galeo, no Rio, no obedece

s regras da Associao Brasi-

leira de Normas Tcnicas

(ABNT), segundo o Conselho

Regional de Engenharia e

Agronomia do Rio de Janeiro

(Crea-RJ). A distncia entre a

escada rolante e a estrutura

metlica do guarda-corpo

de 20 centmetros e deveria

ser, no mximo, de 11.

O Procon-RJ fez uma inspe-

o no aeroporto e vai multar

a Infraero por diversas irregu-

laridades o valor ainda ser

calculado e pode chegar a R$ 7

milhes. Se a norma da

ABNT, de agosto de 2001, ti-

vesse sido observada, provavel-

mente a menina no teria ca-

do, afirmou o presidente do

Crea-RJ, Agostinho Guerrei-

ro. Em outros pontos prxi-

mos a escadas rolantes, nossos

tcnicos verificaram vos ain-

da maiores. Novos acidentes

podero acontecer, alertou.

A Empresa Brasileira de In-

fraestrutura Aeroporturia

(Infraero) negou ontem, por

meio de nota, que haja desa-

cordo com as normas da

ABNT. poca de sua cons-

truo, na dcada de 1990, o

Terminal 2 seguiu todas as

normas vigentes. A Infraero

aguarda a finalizao dos lau-

dos tcnicos para realizar as

adequaes, informou a esta-

tal no texto.

QUEDA

O acidente foi por volta das

17h de sbado (16h no horrio

do Recife). A famlia voaria de

volta para a Argentina naque-

la noite, depois de passar o

fim de ano em Angra dos

Reis, no sul do Rio de Janeiro.

Camila caiu de uma altura de

7 metros quando brincava

com os dois irmos mais ve-

lhos, de 7 e 9 anos.

A criana teve traumatismo

craniano e de face e leso no

globo ocular esquerdo e conti-

nuava ontem noite internada

no Hospital Souza Aguiar, no

Centro doRio. Seu quadro es-

tvel e ainda inspira cuidados.

Ela est consciente e no h

previso de alta. O pai,Marce-

lo Palacios, contou, em entre-

vista ao jornal O Globo, que

achou que tivesse perdido a fi-

lha. Pela altura e todo aquele

sangue, cheguei a ver minha

filha morta. Ela fala, mexe os

ps e as mos, consegue se co-

municar. impressionante.

O delegado Luciano Coelho

disse que j foram ouvidas se-

te pessoas. Ele aguarda por

imagens do circuito de segu-

rana do aeroporto e o laudo

pericial.

Motorista diz ter

suspeitado de

falsa blitz no Rio

PMs afastados

por agresso a

motociclista

Recife I 7 de janeiro de 2014 I tera-feira jornal do commercio

9

Toro para que

Jos Genoino

se recupere e, no

mnimo, volte a

sorrir e leve a vida

de sempre

Jos Genoino

Fernando Dourado

irnico que So Paulo cida-

de que conta com o viaduto

Orestes Qurcia e o tnel

Adhemar de Barros talvez jamais ve-

nha a ter uma rua que evoque amem-

ria honrada do ex-deputado Jos Ge-

noino Guimares Neto. Pois, a essa al-

tura, poucos se lembram da guerrilha;

dos maus-tratos fsicos; da tortura psi-

colgica e dos calafrios damalria. Nin-

gum parece sequer saber que ele, a

suamaneira, perdoou os algozesmilita-

res num gesto altivo. De tudo, o mais

triste: apagaram de seu semblante o

sorriso fcil do corintiano que curtia

um banho de multido na porta do es-

tdio e que, mandato aps mandato,

simbolizou a diversidade da gente pau-

listana. Doravante, o ponto fundador

de sua biografia ser o papel que lhe

coube na pera-bufa do mensalo.

Ora, se ocioso especular sobre as cul-

pas ou os grandes ausentes do julga-

mento, se impe ressaltar que osminis-

tros do STF reconheceram-lhe ate-

nuantes. Genoino no ladro. Sidera-

do pelo trabalho e dedicado aomanda-

to, seu eleitor o de opinio. Asceta e

espartano, errou ao no querer ser en-

trave ao pragmatismo dos cardeais da

agremiao. Por algum tempo, galo-

pou a soberba e incorreu no que deve

ter lhe parecido umpecadilho de some-

nos diante das demandas da Realpoli-

tik. Foi assim que virou, injustamente,

o smbolo do obscurantismo que, por

um triz, no lacerou a jugular de Lula.

claro que imagino saber do que fa-

lo. Conheci-o em 2001, na casa de meu

ento sogro Fiszel Czeresnia , por

cujasmos ele foi apresentado comu-

nidade judaica de So Paulo. Foram

memorveis as festas de Pscoa que

passamos com o ento deputado e pe-

quena famlia: Rioco, os filhos e, mais

recentemente, os netinhos de pai anda-

luz. De cara, logo se selou a empatia es-

perada, apesar de meu alinhamento

com os adversrios tucanos. De qual-

quer sorte, a civilidade mostra o quo

insignificantes podem ser as diferen-

as ideolgicas quando cotejadas com

afinidades cidads. Para mim, ento,

ainda havia um vis extra de simpatia

que o bonificava. Meu pai, que abomi-

nava o PT, costumava dizer que s ha-

via umpoltico no partido que lhe pare-

cia um homem de valor, imune a dog-

matismos. E o apontava. claro que

Genoino e eu discordvamos sobre pro-

gramas sociais; poltica externa e, so-

bretudo, quanto aos sucessos da polti-

ca econmica que ele atribua, esperta-

mente, a Lula e no melhor conjun-

tura mundial em sculos. Mas de sua

boca ouvi elogios a adversrios, uma

atitude indita num clube notvel pelo

sectarismo cego. Derrotado na campa-

nha para governador, aceitou o encar-

go de presidir o partido. Sem vocao

administrativa, abriu-se a porta por on-

de se infiltrou a friagem letal dos avais

bancrios e dos emprstimos fictcios.

Essa quadra tem sido uma durssi-

ma provao para o cearense de Quixe-

ramobim, em So Paulo desde 1968.

Das primeiras vezes que conseguimos

lev-lo para almoar fora, aps as tor-

mentas, um frisson percorria o recinto.

No burburinho, alguns se cutucavam,

cochichavam, cruzavam os talheres ou

pediam a conta. Genoino comia cada

vezmenos, fumava cada vezmais e en-

velhecia a olhos vistos. O episdio dos

dlares escondidos na cueca do asses-

sor do irmo, tambm parlamentar, foi

a senha para a depresso. Nas vsperas

de Rosh Hashan do ano passado, pas-

sou bem por um cateterismo, e manti-

nha otimismomoderado quanto ao jul-

gamento.Mas depois disso, teve um s-

rio problema circulatrio em Ubatuba

e, no ntimo, pode ter torcido pelo pr-

prio fim. Assim so os homens de brio.

Afinal, veio a priso. No questiono a

sabedoria do STF nem omrito do pro-

cesso. Sinto-me amigo, e no claque.

Reconheo que, por estilo, eu prprio

poderia ter incorrido em erro similar.

Temos o cacoete enraizado de olhar o

geral e desprezar o especfico que a

morada do diabo. Toro para que Ge-

noino se recupere e venha a reencar-

nar Ibsen Pinheiro, outra vtima de cir-

cunstncia. Nomnimo, que volte a sor-

rir e leve a vida de sempre no sobradi-

nho do Butant o libelo de sua hom-

bridade entre os livros (que gostava

de ler) e os netos.

k Fernando Dourado consultor em

internacionalizao de empresas

A esperana, hoje

Enchentes no Sudeste

opinio JC

q Chargekmiguel

q editorial

A

perplexidade diante do imen-

so contraste inevitvel: de

um lado, quempercorre o Ser-

to nordestino escandaliza-se com a

recorrncia das condies trgicas de

sobrevivncia em decorrncia da estia-

gem que se repete com regularidade

fartamente documentada e cientifica-

mente antecipada; de outro lado, um

novo episdio de tragdias provocadas

por enchentes nos Estados de Minas

Gerais e Esprito Santo, com muitas

mortes e a pergunta que se repete in-

cansavelmente: no podiam os gover-

nantes adotar medidas preventivas

em ambos os casos e poupar a vida

das pessoas?

Aparentemente, tudo parece fatalida-

de. Estaramos perante foras naturais

incontrolveis e, portanto, das quais

no poderamos fugir. Essa seria a res-

posta mais confortvel com a qual os

poderes pblicos se isentariam de res-

ponsabilidade, mas no bem assim. O

caso fortuito ou de fora maior, como

est disposto no Cdigo Civil, se aplica

ao fato necessrio, cujos efeitos no

era possvel evitar ou impedir.

Pode-se considerar a seca noNordes-

te como um caso fortuito? Podem suas

consequncias ser tratadas como resul-

tado de fora maior, imprevisvel e im-

possvel de impedir? Est mais do que

provado que a resposta ser sempre

no. So fartas e de pleno domnio as

condies sociais e tcnicas para mini-

mizar e at eliminar os estragos da irre-

gularidade das chuvas que instala regu-

larmente o drama da seca.

No caso das enchentes, a resposta te-

ria que se deter em fatores realmente

acima da capacidade humana, como se

v em reas de umpas rico e cientifica-

mente bem dotado, como os Estados

Unidos, frequentemente assolado por

tufes, com um imenso custo humano

e econmico. Como, ento, distinguir a

tragdia de l e a de c?

O nosso drama tem conotaes espe-

ciais. possvel prever fortes chuvas?

. Pode-se estabelecer o tempo e as

condies em que um determinado rio

alcanar nveis de risco ou,mais, catas-

trficos? Pode-se. Ento, como expli-

car a reproduo de tragdias como es-

sas de Minas e Esprito Santo, este um

fato mais constrangedor ainda quando

se sabe que os investimentos previstos

no Oramento da Unio em obras de

conteno das enchentes deixaram de

ser aplicados em nome de uma entida-

de chamada supervit primrio.

A questo passa a ser vista sob a len-

te da responsabilidade. A quem atribui-

la? Quem vai repar-la? No fcil en-

contrar as respostas, principalmente

quando temos to intensamente arrai-

gado o sentimento de fatalidade, quan-

do a fora maior se sobrepe a princ-

pios elementares de administrao p-

blica e responsabilidade social. Contra

esse sentimento deve-se disseminar as

lies bsicas de cidadania, assim co-

mo se vem revelando nas mobilizaes

de massa e nas atitudes individuais ou

coletivas que cobram dos poderes p-

blicos mais que a declarao de solida-

riedade diante de tragdias que pode-

riam ter sido anunciadas e minimiza-

das.

ExaustodoVelhoChico

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Maris Menezes e Gauss Cordeiro

O

consumo de eletricidade

per capita no Brasil cresceu

nos ltimos 20 anos de 1500

para 2300 KWh/ano. Do total, 84%

de origem hidreltrica, 3,5% de gs,

4%debiomassa, 5%de carvo e leo e

somente, e 3%nuclear.Essaltima for-

maproduzidapelosdois reatoresAn-

gra 1 eAngra2, comcapacidadesdege-

rao de 630 e 1300 MW. Em termos

econmicos, o custo de gerao nu-

clear 60%maiorqueodageraohi-

droeltrica.

No incio de 2013, a Eletronuclear

propsconstruir duasnovasusinasnu-

cleares: uma entre Pernambuco e Ba-

hia, com capacidade de gerao de

6600 MW, e a outra no norte de Mi-

nas Gerais, com capacidade entre

4000 e 6000 MW, com previso de

operao para o ano de 2020. Amaior

parte das usinas nucleares americanas

foi construda nos anos 70. difcil es-

timar o