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Ano XVI - nº 214 A P E S P Trabalhadores da Segurança - Irmãos de ofício abril de 2013 Pág - 5 Distribuição gratuita As cúpulas das duas maiores instituições da segurança pública do Estado do Rio Grande do sul Maria Caetana Pedroso Sociólaga da BM Pág 7 Vanda Telles de Castro Comissária da PC/RS Pág 13 Cel Antônio Cordoniz Juiz Militar aposentado Pág 9 Jorge Alberto Amaral Sgt - 12ºBPM Pág 15 Lélia Cardoso Hilgert Profª na APM Pág 11 Cel Gelson Vinadé Sgt CVMI 23º BPM Pág 17 Construtores da Segurança Pessoas que devotaram a vida ao serviço da sociedade riograndense O povo que não escrever sua história terá de revivê-la Queremos que a história da segurança pública do Estado do Rio Grande do Sul, quando lida, pesquisada ou processada para qualquer finalidade, tenha a referência concreta de todos os seus construtores e de todas as suas instituiçõs policiais (BM, PC, Susepe e IGP). Foto histórica reunindo as duas cúpulas, Polícia Civil e Brigada Militar, por ocaisão da visita do comandante- geral Cel Fábio Fernandes ao Chefe de Polícia, Delegado R anolfo Vieira Junior. Pág - 3 Os logos fundamentais da polícia preventiva brasileira A primeira coronel comandante Regional de uma capital brasileira CPC de BH Pág - 23

JCB 214 Abr/2013

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Jornal ABC da Segurança Pública, também conhecido Como Correio Brigadiano. Destinado aos integrantes de Órgãos da Segurança Pública BR / RS (SSP / RS) Brigada Militar, Polícia Civil, Susepe e IGP e familias.

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Page 1: JCB 214 Abr/2013

Ano XVI - nº 214 A P E S P Trabalhadores da Segurança - Irmãos de ofício abril de 2013

Pág - 5

Distribuição gratuita

As cúpulas das duas maiores instituições da segurança pública do Estado do Rio Grande do sul

Maria Caetana PedrosoSociólaga da BMPág 7

Vanda Telles de CastroComissária da PC/RS

Pág 13

Cel Antônio CordonizJuiz Militar aposentadoPág 9

Jorge Alberto AmaralSgt - 12ºBPM

Pág 15

Lélia Cardoso HilgertProfª na APMPág 11

Cel Gelson VinadéSgt CVMI 23º BPM

Pág 17

Construtores da SegurançaPessoas que devotaram a vida ao serviço

da sociedade riograndense

O povo que não escrever sua história terá de revivê-la

Queremos que a história da segurança pública do Estado do Rio Grande do Sul, quando lida, pesquisada ou processada para qualquer finalidade, tenha a referência concreta de todos os seus construtores e de todas as suas instituiçõs policiais (BM, PC, Susepe e IGP).

Foto histórica reunindo as duas cúpulas, Polícia Civil e Brigada Militar, por ocaisão da visita do comandante-geral Cel Fábio Fernandes ao Chefe de Polícia, Delegado R anolfo Vieira Junior.

Pág - 3

Os logos fundamentais da polícia preventiva brasileira

A primeira coronel comandante Regional de uma capital brasileira

CPC de BH Pág - 23

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Correio Brigadiano pág 2 - Abril de 2013

Os artigos publicados com assinatura nesta página não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. As cartas devem ser remetidas para a coluna Mural do Leitor, com assinatura, identificação e endereço. A Redação do JCB fica na Rua Bispo Willian Thomas, 61, CEP.: 91.720-030, Porto Alegre/RS. Por razões de clareza ou espaço, as cartas poderão ser publicadas resumidamente.

Questões legais

Quem anda em sinceridade , anda

seguro; mas o que perverte os seus caminhos ficará

conhecido.Provérbio 10 v.9M

ural

do

Leito

rO P I N I Ã O

Presidente: Ten Claudio Medeiros BayerleVice-Presidente: Cel Délbio F. Vieira Tesoureiro: Ten RR Luiz Antonio R. VelasquesSecretário: Maj RR Pércio Brasil Álvares

Endereço: Rua Bispo Willian Thomas, 61 - CEP: 91720-030 - Porto Alegre/RS

Utilidade Pública Estadual e Municipal

Distribuição gratuita para todos os servidores civis e militares, da ativa e inativos da BM, policiais da ativa e aposentados da Polícia Civil, servidores da Susepe, IGP, instituições municipais de segurança, vereadores, prefeitos e parlamentares.

Associação Pró-Editoração à Segurança Pública

Correio Brigadiano Editora Jornalística LtdaCNPJ: 05974805/0001-50

Telefones e Fax:(51) 3354-1495 (51) 8481-6459

Informações e arquivos JCB:(HIst.de Vida) www.abcdaseguranca.org.br

(Notícias) www.correiobrigadiano com.br(Notícias) [email protected]

(comercial) correiobrigadiano. [email protected](Adiminsitração) [email protected]

Jornal “abc da Segurança Pública”

Diretor: Vanderlei Martins Pinheiro – Ten Cel RRRegistro no CRE 1.056.506 INPI nºs 824468635 e 824466934

Ano XVIII – nº 214 – abril de 2013 – Correio Brigadiano: uma voz na Segurança Pública

Tiragem: 15.000 exemplaresImpressão: Gráfica Correio do Povo

Direção do JCB: Vanderlei Martins PinheiroAdministrativo: Franciele Rodrigues Lacerda Administrativo: Estagiário João Gabriel Amaral da Silva Redação: Estagiária Carla MottaRelações Institucionais: Cel Délbio Ferreira Vieira e Ten Valter DisneiComercial: Paulo Roberto Teixeira Auxiliar: Janaina Bertoncello Rama Redação: TC Vanderlei Martins Pinheiro – MTb/RS nº 15.486Circulação: Ten Ubirajara Barros (Colaborador)Colaboração: TC e Jorn Paulo César Franquilin Pereira – MTb/RS nº 9751Web Mídia/Redator: Sgt Rogério de Freitas HaseleinFotografia: arquivos das ACS da BM/RS, ADCS PC/RS, DPs e OPMs.

Continuando no tema abordado nas colunas anteriores, sobre as mudanças imple-mentadas nas Justiças Militares Estaduais (JME), com a entrada em vigor na Emenda Constitucional nº 45/04, tratar-se-á nesta edição sobre a jurisdição cível.

Não há como negar a mudança operada em relação às Justiças Militares, pois para ex-ercer o controle jurisdicional sobre as punições disciplinares, o que se fará através do processo e julgamento das ações judiciais contra atos disciplinares militares, a Justiça Militar passará a travar conhecimento com o processo cível, que até então, só acontecia com o julgamento dos mandados de segurança, pelos Tribunais.

Dentre os instrumentos de aplicação desta nova forma de atuação estão: o Código de Processo Civil, o Código Civil Brasileiro e toda a legislação administrativa e disciplinar aplicável à espécie de cada novo processo que

surgir, adotada pelos Estados e Distrito Federal.

Segundo Jorge César de Assis, as hipó-teses possíveis de jurisdição cível nas Justiças Militares Estaduais são inúmeras, podendo ir desde a simples anulação de uma punição disciplinar, passando pelo pedido de habeas corpus preventivo nas transgressões disci-plinares, até mesmo a reintegração de militar que, por exemplo, que foi excluído a bem da disciplina, punição administrativa prevista no Estatuto dos Militares das Forças Armadas e também nos similares nos Estados e Distrito Federal adotados pelas Polícias Militares e Bombeiros Militares.

Também as questões acerca do anda-mento dos processos administrativos de caráter disciplinar dos Conselhos de Justificação (para oficiais) e de Disciplina (para praças), quando estiverem sendo processados nos quartéis, até mesmo possíveis ações de indenização ao

serem reintegrados na Força, o que exigirá, por exemplo, cálculos e liquidação de sentença.

O advento da competência da jurisdição de natureza cível, nos processos de origem administrativa, afetos à aplicação das punições disciplinares militares foram uma grande inova-ção na esfera das Justiças Militares Estaduais com a entrada em vigor da EC 45/04, junta-mente com uma nova jurisdição penal para o Juiz de Direito (ex-Juiz Auditor) separada da jurisdição dos Conselhos de Justiça (Especiais e Permanentes).

Diante destas alterações os operadores da Justiça Militar, ou seja, Juízes, Advogados, Defensores Públicos e Membros do Ministério Público terão que se atualizar no campo do Direito Civil e Direito processual Civil, para uma adequada e eficiente prestação jurisdicional, à luz das mudanças advindas da Emenda Constitucional nº. 45, de dezembro de 2004.

CRIMES MILITARES – PARTE VII

MUDANÇAS IMPLEMENTADAS NA JME COM A EC Nº. 45/2004: A JURISDIÇÃO CÍVEL DA JUSTIÇA MILITAR

Marlene Inês Spaniol - Cap QOEM Mestre em Ciências Criminais pela PUC/RSDoutoranda em Ciências Sociais pela PUC/RS

(continua na próxima edição)

Nos Editoriais de três Edições anteriores começamos a discussão sobre a função vital da regularidade administrativa das corporações policiais.

Começamos pelas críticas ao absurdo de serem orientados a pleitear viaturas policiais em fóruns de orçamento participativo. Como também em serem festajados os recebimentos de viaturas compradas pelo poder público, como se fosse uma grande benesse às insituições. Ainda, dentro do aspecto crítico, buscamos mostrar e propor uma consciência de que existe a obrigação desse fornecimento, pelo governo. E na ausência de uma previsão legal - percentual de reposição ou renovação da frota, festeja-se qualquer cinco ou dez viaturas recebidas. Editorial do JCB 211.

Depois conceituamos as dificuldades dos administradores, no atual quadro burocrático, do poder de Estado, em conseguirem as melhores condições para se imporem na tarefa fim das instituições, na ausência dessa regularidade.

Inócua a Lei de Organização Básica (LOB), se não houver uma Lei de Organização Operacional (LOOp)

Inclusive que esta era uma meta do ex co-mandante geral, Sérgio de Abreu, que não conseguiu atingir. Inclusive a ausência desse tema nas questões dos cursos do CAAPM e CPGESP, tentado provar que a vontade política só aparece, quando instigada pela vontade ou necessidade, justificada e apresentada cooer-entemente com uma solução técnica. JCB 212.

Na edição seguinte ampliamos a discussão conceitual que iniciou circunscrita a efetivo e viaturas. Das complexidades para a criação de tabelas de cálculos dessa reposição, onde para o efetivo necessitará de cálculos atuariais e, nas viaturas de especificações ténicas de durabili-dade diferenciadas em atividades setorizadas. Mas a ampliação fica por conta que além de efetivo, viaturas, tais tabelas também devem, abranger o armamento, munição e equipamento de proteção individual, o combustivel (este o único ítem já relativamente organizado) e a complexidade dos equipamentos e serviços de suporte digital ao serviço policial.

Assim, planilhas de cotas em cinco grandes grupos de demandas, bem identificadas. 1) Efetivo, com as nuances masculino e feminino, diferenciados pelos tempos de serviço, mas considerados custos de formação e reciclagem; 2)Viaturas, com suas variações de locais de desgaste mais rápido, e outras, de bem maior durabilidade; 3) Armamento, munição e equi-pamento de proteção individual, este bem mais simples, mas muito volumoso; 4) Suporte digital, ainda incipiente; 5) Manutenção predial que per-mita nossos quartéis e delegacias, serem locais agradáveis para quem o tenha de frequentar.

Entendemos que um dispositivo legal pode regular todo esse fornecimento. Que esse preceito legal complementaria o que está instituído pela LOB. Assim, teríamos a Lei de Organização Operacional, para essa função. LOB e LOOp desonerariam muita perda de tempo dos comandos.

E, aí, vamos festejar o governante que cumpriu um ítem da cota legal.

Comissário de Polícia João Carlospublicou em Brigada Militar“Brigada Militar” a única PM do País que

continua com seu nome tradicional.

Sou neto, filho e sobrinho de oficial desta Corporação. Em 1968 cursei o CFS, na época EsfaQ, em em 1977, 2.º Sgt, prestei concurso na PC, hoje aposentado como Comissário de Polícia. Lembro da OPM, Cia P Choq, hoje BOE e em cada setembro recordo da fundação e em cada desfile do BOE, vibro como se ainda fosse da Corporação, mas de qualque forma, sou 2.º Sgt da reserva não remunerada. Lembranças....lembrança.

Vinculado afetivamente ao BOE e 2º Sgt RR

AÇÃO SOLIDÁRIA ! - O TENENTE CORONEL GODÓI, COMANDANTE DO POLICIAMENTO DA CAPITAL, ESTÁ DIVULGANDO UMA CAMPANHA, EM FAVOR DO SOLDADO ERISTON DO 9º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR;

DIA 7 DE ABRIL NO ESPAÇO DO “BRICK” DA REDENÇÃO, NO HORÁRIO DAS 0900 ÀS 1500HS, PARA VENDA PELA SEÇÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DO DEPARTAMENTO DE SAÚDE, NO BRECHÓ BENEFICIENTE, DE 350 (TREZENTOS E CINQUENTA) PEÇAS DE ROUPAS NOVAS, EM APOIO SOCIAL AO SOLDADO DO 9º BPM, BEM COMO A CONTINUIDADE DA ARRECADAÇAO ATRAVÉS DA C/C NA SICREDIMIL.

Na internet estão descritos outros dados, continuando a ser, uma das postagens mais compartimentada, até mesmo, fora dos círculos brigadianos.

O Correio Brigadiano foi quem revelou esse caso publicamente. Continuará a apoiar questões de buscas do direito do PM e, se restringirá, só a esse procedimento.

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Correio Brigadiano pág 3 - Abril de 2013 D E S T A Q U E

E S P A Ç O Do CNCG de PM e CBM Esperam-se atitudes pró ativas ao destino das instituições....

Devemos ser os senhores de nosso destino....

Aprovado por unanimidade balanço de 2012 Foi o melhor resultado financeiro em onze anos

Por unanimidade, associados IBCM com direito a voto presentes em assembleia geral ordinária aprovaram o parecer do Conselho Fiscal relativo ao balanço anual da instituição - exercício 2012. A reunião ocorreu na sexta-feira, 15 de março. No encontro, o consultor contábil Salézio Dagostin revelou números que mostraram o exercício 2012 como sendo o melhor dos últimos onze anos. Ele acrescentou que “a gestão financeira está também, a exemplo da gestão econômica, sob controle”.

“Isso é fruto de um modelo que implantamos baseado no profissionalismo da gestão e na qualidade do atendimento ao nosso associado”, disse o presidente da IBCM, Daniel Lopes dos Santos, para explicar o resultado positivo.

Foram deliberadas ainda as homologações dos relatórios anuais 2012 das atividades administrativas da instituição, dos conselhos Deliberativo e Fiscal.

A Mesa Diretora foi composta pelos presidentes da IBCM, Daniel; dos conselhos: De-liberativo, Ricardo Mauro Agra; Fiscal: Adelar de Moura Fão; o assessor jurídico Praxedes da Silva e o secretário Djeison Falavigna Silveira, além do consultor contábil Dagostin.

Fão parabenizou a diretoria executiva e os funcionários da instituição pelo trabalho que vem sendo realizado. “Atrás de nós tem 50 mil vidas que dependem do nosso trabalho. Vida longa à nossa IBCM!”, completou Agra.

A assembleia foi no Salão de Atos da instituição, na sede do bairro Menino Deus, na Capital. A primeira chamada ocorreu às 17h, sendo que a última foi às 17h30min, conforme o edital de convocação.

Vanderlei PinheiroHouve várias gerações operando a tran-

sição da Brigada Militar - Força Terreste, para a Brigada Militar - Força Policial. É verdade que houve muita resistência pelas incertezas de como se desenharia nosso futuro. Para aqueles que acompanharam os movimentos nacionais das PMs, se não por ter vivido, mas por ter pesquisado, referente as décadas de 50 a 60, principalmente, têm consciência da perda que a revolução impôs às instituições.

Esse mesma tipo de transição, também, ocorreu, de forma ajustada às culturas locais, a cada instituição e todos se igualavam em aspirações comuns.

Nosso grande adversário eram os nossos irmãos do Exército Brasileiro, que na época tin-ham, em nome da doutrina Segurança Interna, esta como seu dever total e exclusivo.

Se em 1934, com a Lei Padre Arruda Câmara, nos cortaram a artilharia leve, o que até na luz do tempo, era justo. Na lei Básica em março de 1964, ou Lei Ulisses Guimarães, previa uma estruturação de coordenação no Ministério da Justiça.

A lei que ganhamos no Congresso e ficou no espólico revolucionário, previa uma

Supervisão de Polícia Militar no Ministério da Justiça. Nos deram uma Inspetoria (IGPM) que era considerado um corredor para oficias e hoje é uma ave sem ninho. Não vejo os co-mandantes, de hoje, preparando esse resgate histórico e de direito. Não vejo meus colegas e amigos de farda, tão próximos aos próceres da esquerda, fazendo essa revelação histórica e cobrando essa aspiração que nos foi podada pela revolução.

O que os legisladores nos ofereceram na lei báscia era muito adiantado para os valores operacionais daquela época. E agora? Que

pensam nossos coronéis Brasil afora. Não será tempo de pensar nessa retomada.... Em 1954, já era pensado termos nosso generalato policial militar. Como ainda estamos encol-hidos. Não existe essa queixa, pois nós não aspiramos. Ou regredimos?

Não vou voltar a criticar a iletimidade do Conselho, ele tem de ter essa consciência e buscar sua legitimidade. Até porque foi a PM de São Paulo a motora de tudo que falei.

Estamos atrasados e é urgente colo-carmos um birô Militar Estadual (Polícia e Bombeiro) no Ministério da Justiça.

Logo do CNCG de PM e CBM Logo do Programa de Resistência às Drogas e à Violência - Proerd

Dois símbolos e duas magnitudesAcima e à esquerda está o logo do CNCG

de PM e CBM, representado como bem menor que o logo da direita, do Programa de Resistência às Drogas e à Violência - Proerd. Essa é uma representação simbólica para que compreendamos a necesidade de crescimento das instituições militares estaduais.

Existe uma relação muito íntima e impor-tante entre as duas instituições que os logos representam. E representação de proporciona-lidade talvez seja injusta ao crscimento anual do Proerd.

O mais importante e que deve ser consid-erado estrategicamente, está na normativa do

Ministério da Justiça que dá o Proerd, como uma função do Conselho nacional de Coman-dantes Gerais de Polícia Militar e de Corpos de Bombeiros Militares.

A gravidade dessa situação é, justamente, o Conselho não se articular para cumprir missão tão importante e estratégica para os militares estaduais. Talvez, seja essa a deixa mais im-portante, para que com o apoio das PMs e BMs tradicionais, se estruture a custo dos Estados, buscados pelos comandantes gerais, junto aos governadores, pessoal para passar à disposição e compor o quadro do Proerd Nacional, sob a coordenação do CNCG, dentro do Ministério

da Justiça. Estaremos trabalhando em prol das inciativas do governo federal, ocupando um espaço que nos é legítimo e, garanto que interessaria aos governos de Estado, indepen-dente, dos interesses partidários.

Talvez haja um pouco de sonho, mas com certeza fora desse caminho não existirá prestígio natural ao nosso conselho nacional. Já lhe foi dada a função, execute-a junto a quem lhe outorgou, antes que isto seja feito por outros interesses.

O logo do Proerd tem condições de tornar, muito grande, no seu trabalho nacional, o logo do CNCG de PM e CBM.

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Correio Brigadiano pág 4 - Abril de 2013 I N T E G R A Ç Ã O P O L I C I A L

PALAVRA DO CHEFE DE POLÍCIA

Ranolfo Vieira Junior – Delegado de Polícia Chefe da Polícia Civil RS

As entidades nacionais que representam a Segurança Pública nos Estados reunir-se-ão, conjuntamente, nos dias 25 e 26 de março, na cidade de Brasília. A reunião de trabalho contará com a participação do Conselho Nacional dos Comandantes-Gerais das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares (CNCG) e do Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil (CONCPC). O evento será organizado pela Secretaria Nacional da Segurança Pública – SENASP e abordará o tema: “Fortalecimento das Instituições de Segurança Pública e de Defesa Social”.

O Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil, presidido pelo signatário, tem como missão colaborar, direta e efetivamente, em todos os níveis, na formação das políticas de Segurança Pública no país. O CONCPC busca promover a compatibilização das ações das Polícias Civis do Brasil, com os preceitos estabelecidos na Constituição Federal e na Política Nacional de Segurança Pública.

E daí decorre a importância deste evento, haja vista o atual momento do Brasil, que recebe cada vez mais turistas e está prestes a sediar a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, colocando em pauta a segurança como uma das prioridades dos governos.

Ademais, a realização desta histórica reunião conjunta dos conselhos nacio-nais de órgãos da segurança pública oportunizará a integração entre os órgãos e o aprofundamento das discussões sobre os rumos da Segurança Pública no Brasil.

Uma histórica reunião das entidadesnacionais de segurança pública

Sargento do 6º BPM recebe homenagem, de São José do

Norte, em Rio Grande

Brigada Militar e o V Seminário de Segurança Contra Incêndio

Na data de 27 de março, no Hotel Embaixa-dor, em Porto Alegre, aconteceu o V Seminário de Segurança Contra Incêndio e Atendimento a Desastres. O evento apresentou sugestões e medidas técnico-científicas em prol da proteção contra incêndios, sendo de extrema importân-cia para a eficiência dos regulamentos e das ações das equipes de socorro em benefício da sociedade.

Estiveram presentes no evento, o secretário da Produção, Indústria e Comércio, Humberto Goulart, o coordenador da comissão especial de revisão e atualização da legislação de segurança, prevenção e proteção contra

incêndio no RS, Deputado Estadual Adão Villaverde, o vereador de Porto Alegre, Cássio Trogildo, o subcomandante-geral da BM, coro-nel Silanus Serenito de Oliveira Mello, o Chefe do Estado Maior da BM, coronel Alfeu Freitas Moreira, representando o Reitor da UFRGS, o diretor da escola de Engenharia, doutor Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, o Presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RS, engenheiro Luiz Alcides Capoani, o Presidente da Associação Sul Rio Grandense de Engenharia de Segurança, engenheiro Rogério Balbinot, e o comandante do 1º CRB, tenente-coronel Adriano Krukoski Ferreira.

Na tarde da segunda-feira, dia 25 de março, na cidade de Rio Grande, o sargento Cláudio Pereira Nunes, do 6º Batalhão de Polícia Militar, recebeu uma placa em hom-enagem aos relevantes serviços prestados à comunidade.

Participaram da homenagem ao sargento, o subcomandante da unidade, major Leonardo Nunes, o secretário de educação do município de São José do Norte, Paulo Rubilar Pereira, e as professoras Regina Samará e Moema Samará.

Na tarde de segunda-feira (25/3), no Quartel do Comando-geral, em visita ao Chefe do Estado Maior da Brigada Militar, coronel Alfeu Freitas Moreira, o Sr. Tabajara Ruas agradeceu o apoio da BM na produção do filme “Senhores da Guerra – Passo das Carretas”, e aproveitou a oportunidade para solicitar ajuda na segunda parte do longa-metragem.

A segunda parte, intitulada de “Senhores da Guerra – Passo da Cruz”, conta a história de um coronel da BM e prefeito de Santa Maria nos anos de 1923 e 1924. A Brigada Militar mais uma vez vai ajudar com cursos de equitação, es-grima, tiro e resgate dos fardamentos históricos.

Tabajara Ruas visita Chefe do Estado Maior e o Museu

da Brigada Militar

7º RPMon de Entre-Ijuís lança Op Volta às aulas em aula inaugural do Proerd

Na manhã de sexta-feira (22-03), a Brigada Militar de Entre-Ijuís realizou, nas dependências do CTG Passo do Ijuí, o lan-çamento da Operação Volta às Aulas e Aula Inaugural do PROERD 2013.

A solenidade contou com a presença de autoridades locais e regionais, professores, alunos e comunidade escolar. No evento, foi firmado o compromisso em auxiliar os alunos a reconhecerem as pressões diretas e indiretas que os influenciarão a experimentar drogas e a resistirem a elas. Também foi destacada a importância do acompanhamento dos jovens no combate a violência e a drogadição.

Aniversário da Creche tio Chico da Brigada Militar no

bairro Partenon

Marcelino Ramos recebe o Conselho Superior da Brigada Militar em sua 2ª reúnião

Na manhã de sexta-feira (22/3), em Porto Alegre, foi realizado a comemoração de ani-versário da Creche Tio Chico da Brigada Militar.

O Chefe do Estado Maior da BM, coronel Alfeu Freitas Moreira, visitou as dependências da escola.

Prestigiaram também o evento, o diretor do Departamento de Saúde, coronel Alexandre Keunecke de Oliveira, o chefe da seção de Assistência Social da BM, major Alexandre Gervásio Thomaz, a diretora da Escola, sargento Adriana e demais autoridades civis e militares.

Em Marcelino Ramos, Região Planalto, iniciou na tarde da terça-feira (19) e seguiu até o meio-dia da quarta-feira ( 20) a segunda reunião deste ano, do Conselho Superior da Brigada Militar. O órgão reúne os coronéis da Corporação com a finalidade de prestar asses-soramento ao Comando-Geral.

Foram apresentadas as ações realiza-das nos 50 dias do atual Comando-geral e no primeiro trimestre dos Comandos dos CRPOs. Também foram discutidas estratégias de gestão e de ostensividade, dos serviços prestados pela Brigada Militar à sociedade.

23ª Operação Simultânea em Áreas de FronteiraEm 22 de fevereiro foi lançada a 23º edição da operação, que mantém o objetivo de desencadear

operações policiais simultâneas na área de fronteira, nas diversas modalidades e processos de policiamento ostensivo, com órgãos de Segurança Pública da Região de Fronteira (RS), Polícia Militar do Estado de Santa Catarina, do Uruguai e da Argentina (Província de Missiones), objetivando coibir, principalmente: furto/roubo de veículos e/ou cargas; tráfico ilegal de drogas e substâncias que causem dependência física ou psíquica; tráfico ilegal de armas e munições; tráfico de pessoas; abigeato; furtos de máquinas, defensivos e implementos agrícolas; transporte de cargas perigosas ou com risco de contaminação por qualquer meio; agressões ao meio-ambiente; contrabando/descaminho e orientação a turistas de outros países.

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Correio Brigadiano pág 5 - Abril de 2013

BRIGADA MILITAR - ESPAÇO INSTITUICINAL

Produzido pela redação do JCB

I N T E G R A Ç Ã O P O L I C I A L

Entrevista concedida pelo Comandante-Geral da Brigada Militar, coronel Fábio Duarte Fernandes, ao jornal eletrônico Sul21, em 18 de março de 2013. Material produzido pelo

jornalista Samir Oliveira, com fotos de Ramiro Furquim.Fonte: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/02/novo-comandante--da-brigada-defende-uma-policia-para-a-

sociedade-democratica/

Reeditoremos o material e o postamos na FunPage Correio Brigadiano no Facebook re-duzindo para o tamanho book e com função de e-book em PDF com vistas a faciliar sua

circulação na Brigada Militar.

Nosso apoioA divulgação do pensamento institucional do comandante

auxilia a que seus escalões subordinados entendam sua fi-losofia de trabalho e consequente política de ação.

Esperamos que o presente material, posto a disposição, em todos os sites e páginas gerenciadas pelo abc da segurança

e Correio Brigadiano , auxiliem à mensagem do comando , mais rápida e facilmente, ser acessada por todos os integran-

tes da croporação.É a mais longa entrevista, na história recente da corporação,

concedida por um comandante-geral inciando seu comando.Como o próprio governador expôs quando da substituição do

comandante anterior, se antevê, na entrevista, do Cel Fábio, a definição de início de transição em conceitos de segurança

propostos pelo governo.Fica nosso sincero desejo que cada policial militar leia e en-

tenda o pensamento do comando.A redação

PC remete IPs de crimes eleitorais para a Justiça Eleitoral em Bom Jesus

PC participa do planejamento de conferência sobre drogas

Delegada de Lageado palestra para 500 pessoas

na cidade de Agudo

“Op Sr das Armas” prende dois e apreende diversas

armas e munições

Polícia Civil presente com ações sociais e eventos em

Territórios da Paz

Policiais civis visitam Centro Social Marista no

Rubem Berta

Polícia Civil realizou ação social de PáscoaO Centro Integrado no Atendimento à Criança e Adolescente, com sede no Departamento

Estadual da Criança e do Adolescente (DECA) da Polícia Civil recebeu, na tarde desta quarta-feira (27/03), mais de 80 crianças das Casas de Acolhimento Institucional de Grande Porte Pão dos Pobres, que atende crianças e adolescentes da Capital em situação de vulnerabilidade familiar e social, acompanhadas de agentes sociais.

A ação social contou também com a participação dos servidores e membros do Poder Judiciário e Ministério Público, e da sociedade civil que através de doações como lanches, chocolates, doces, brincadeiras e da tradicional participação do Coelho da Páscoa, alegrou as crianças da instituição.

Foi montado também um cinema nas dependências do departamento, e ficou à disposição das crianças os carros bugs da Divisão de Transporte e Manutenção da Polícia Civil.

O objetivo das ações sociais é a busca da aproximação da polícia civil com a sociedade, diante de sua responsabilidade legal e social nas ações que envolvem crianças e adolescentes.

Na terça-feira dia 26 de março, a Delegada Sônia Dall’Igna, Diretora da Divisão de Prevenção e educação - DIPE/DENARC conpareceu à sala de Reuniões da Secretaria da Saúde, no 5º andar no Centro Administrativo Fernando Ferrari - CAFF, reunindo-se com os demais membros do Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas - CONED, para realizar ações relativas ao planejamento da Confer-ência Estadual sobre Drogas, que deverá ocorrer no mês de junho.

O Coned/RS, órgão pertencente à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, é composto de representantes de várias Secretarias, inclusive a de Segurança, bem como vários órgãos públicos e privados que possuem relação direta ou indireta com as políticas públicas sobre drogas.

Com importante papel na sociedade gaúcha, o Coned reune seus Conselheiros uma vez por mês para o tratamento dos inúmeros assuntos relacionados às políticas relativas às drogas, construindo textos legais e retirando do Colegiado as sugestões e demais orientações relativas ao assunto, sendo importante apoiador do tema, junto ao Governo do Estado.

Nesta reunião de hoje, especificamente, a Del. Sônia uniu-se aos demais componentes do Conselho para estabelecer as primeiras diretrizes referentes à realização da Conferência Estadual, a realizar-se em junho, colaborando junto às Comissões que interagem na organização do evento.

Em 25 de março, dando continuidade às atividades desenvolvidas pelo Território da Paz - Rubem Berta, que busca a aproxi-mação com a comunidade, policiais da 18ª DP realizaram visita ao Centro Social Marista - CESMAR, localizado na Vila Timbaúva. Eles foram recebidos pelo vice-diretor da entidade, Sérgio Adolfo da Silveira, o qual relatou que o Centro possui Pólo de Tecnologia. Além disso, o CESMAR mantém convênios com prefeitura e governos Estadual e Federal. São 150 profis-sionais, entre professores, educadores sociais e colaboradores, para mais de 1.500 crianças.

Após trinta dias de investigações, policiais da 1ª e 2ª Delegacias de Polícia de Bento Gon-çalves, em cumprimento a Mandados de Busca e Apreensão, coordenadas pelos Delegado de Polícia Álvaro luiz Pacheco Becker, apreen-deram diversas armas de caça, revólveres e pistola, além de farta munição, inclusive de uso restrito calibre 44, em duas residências.

Participaram da Operação “Senhor da Armas”, oito agentes policiais, dois delegados de polícia sendo utilizadas quatro viaturas.

O Delegado Adalberto Lima, do Serviço de Prevenção e Educação do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (DECA) da Polícia Civil, esteve presente no dia 22/03, em evento noTerritório de Paz, na zona leste da Capital. evento ocorreu no Centro de Pro-teção da Criança e do Adolescente (CPCA), no Instituto São Francisco de Assis. Na ocasião também ocorreu a reinstalação da Central de Justiça comunitária e Justiça Restaurativa na Comunidade da Lomba do Pinheiro, onde estiveram presentes Juízes e Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado.

A Delegada Márcia Scherer, titular da DEAM de Lajeado, fez palestra para mais de 500 pessoas no município de Agudo, no sábado (16/3). O evento, promovido pelas administra-ções municipais e a Emater, aconteceu no CTG de Agudo e reuniu pessoas de quatro municípios da microregião.

A delegada disse que esta atividade de integração da Polícia Civil com a comunidade é extremamente importante tanto para a Insti-tuição quanto para as pessoas beneficiadas.

Na quinta-feira dia 28 de março, sete Inquéritos Policiais foram remetidos à Justiça Eleitoral pela Delegacia de Polícia (DP) de Bom Jesus. Fatos relacionados às últimas eleições naquela cidade resultaram na instauração de 10 Inquéritos Policiais.Três dos inquéritos referentes a Crimes Eleitorais já haviam sido remetidos anteriormente à Justiça pela DP de Bom Jesus, sendo um deles referente a uma prisão em flagrante. Estes três inquéritos resultaram no indiciamento de quatro pessoas pela prática do Crime de Corrupção Eleitoral. no Código Eleitoral.

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Correio Brigadiano pág 6 - Abril de 2013

E S P A Ç O TEPT é atividade de psicólogoNão há um capitão psicólogo no Quadro de Saúde BM

P O L Ê M I C A

“O verão há de vir. Mas só vem para aqueles que sabem esperar, tão sossegados como se tivessem na frente a eternidade”. (Rainer Maria Rilke)

O Sd PM Eriston continua lutando. Valente e combativo aguarda, com paciência, a chegada do verão em sua vida. Quando o visitei no hospital, fiquei impressionado. Naquele instante o meu egoísmo gritou: “meu Deus, poderia ser eu. Não suportaria isso”. No entanto, encarando-o, per-cebi sua força. Era como se houvesse um diálogo telepático entre nós. Eriston dizia: “aconteceu comigo por que sou forte o suficiente para suportar esta luta, embora tão desigual e tão injusta”. Emocionei-me. Ao invés de encontrar um derrotado, encontrei esperança, coragem e bravura. Lá estava ele, sozinho em um campo de batalha subjetivo, abstrato e penoso, porém sossegado, lutando por sua existência com dignidade.

Não pretendo deleitar-me com o oportunismo, apontando culpados. Prefiro convidar os leitores a uma profunda reflexão sobre o drama de nosso irmão. Eriston está soturno, porém com a alma de um infante, busca no seu horizonte um esperançoso amanhecer de verão com a garantia do exercício de seus direitos sociais fundamentais. Eriston não é digno de pena, mas de direitos e sua dignidade é superior ao Estado. É isso que nosso bravo soldado, em sua via-crúcis, nos ensina. Estamos acima do Estado, pois o princípio que fundamenta a República Federativa do Brasil é o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana.

Eriston não precisa de esmolas oriundas de uma inabilidade política ultraliberal em garantir direitos. Ele tem dignidade, portanto o Estado tem a obrigação de adequar-se para garantir-lhe uma existência plena de direitos sociais fundamentais, e isso é o que importa no momento. Louvo àqueles que participam ao lado de Eriston nessa difícil jornada, especialmente a sua mãe, Senhora Belquis. Todos estão em busca de um verão, que certamente ainda há de vir.

Ângelo Marcelo Curcio dos Santos - Soldado da Brigada Militar Bel em Direito – Chargista do JCB

O VERÃO DE ERISTONA maior parte das pessoas que passam

por uma experiência traumática conseguem sair dela sem desenvolver uma patologia. Embora experimentes reações desagradáveis após a experiência traumática como replays de memória, sensibilidade de reações emocionais, medos, problemas de sono, estas reações tendem a se acomodar com o passar dos dias e são consideradas até como normais após uma experiência traumática.

Entretanto, algo em torno de 15% da população irá desenvolver TEPT após quatro semanas do ocorrido. O TEPT é considerado como uma patologia da memória, é como se a pessoa ficasse prisioneira de sua memória traumática. Esta reação cognitiva é seguida de importantes reações neuroquímicas que abalam o funcionamento metabólico normal. A presença constante destes metabólicos em altas doses na corrente sanguínea, cortisol e adrenalina, por exemplo, são responsáveis por inibir a ação das células NK (natural killer) do sistema imunológico tornando o paciente pós-traumático altamente propenso ao desenvolvimentos de diversas patologias dentre elas neoplasias. É o caso dos bombeiros de New York que nos dias de hoje estão morrendo de câncer em índices bem mais elevados de outros bombeiros e bastante acima da população geral. Veja o cur-rículo de Renato Caminha, no box a esquerda.

Resposta do piscólogo Renato Caminha à consulta do JCB sobre o Sd Erinston

Do curríuclo Lattes de Renato Maiato Caminha - possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1991) e mestrado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1999). Atualmente é professor horista da Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Clínica Cognitivo Comportamental, atuando principalmente nos seguintes temas: violência doméstica, abuso sexual, maus-tratos, abusos infantis e sociobiologia. Atual Presidente da So-ciedade Brasileira de Terapias Cognitivas. Atual Presidente da Sociedade Brasileira de Terapias Cognitivas (gestão 2005-2007). Consultor sobre TEPT para as Forças Armadas Brasileiras.

Caso Sd Eriston A “Post-traumatic stress disorder” traduzida no português como “Transtorno de estresse pós-traumático” é conhecida, clinicamente, pela sigla TETP. Conhecimento hoje já bas-tante avançado, em que pese, uma série de limitações no seu controle como doença. O TEPT é considerado válido como diagnóstico, reconhecendo e legitimando a condição clínica, não necessariamente temporária, derivada es-sencialmente do trauma psicológico.

Como explicou o psicólogo Renato Caminha, com a perda das defesas orgânicas o indivíduo com TETP fica vulnerável às patolo-gias desenvolvidas ou até, pré existentes. Este é o caso do Soldado Erinston,

Por isso fica a indagação sobre a pre-ciptação diagnóstica da Direção de Saúde da Brigada Militar em garantir, a não existência de qualquer ligação, da dita símdrome que lhe diagnosticaram e o trauma por ele sofirdo.

Após relatado ao Mestre em Psicolgia Renato Caminha, especialista em TETP, o

quadro ocorrido com o Soldado Erinston,a pergunta dele dá rumo a questão. Ele quis saber o que disse sobre assunto o Oficial Psicólgo do quadro de médicos da Brigada Militar. É numa hora dessas, que quando se é vinculado à instituição, tem dificuldade da imparcialidade. A Brigada Militar não tem um oficial psicólogo previsto entre os 50 oficiais de saúde existentes. Além, dos médicos ou Quadro de Saúde tem farmaceuticos, veter-inários e enfermeiros. Mas não tem psicólogos.

Além de expor publicamente, a garantia de não vinculação da síndrome do PM, com o trauma por ele sofrido, a área da saúde brigadiana, na mesma tendência, elabora uma “Nota de Esclarecimento”, que é chancelada pelo comandante-geral da Brigada Militar, totalmente fora da melhor técnica e infringindo princípios, que se assninada pelo médico, poderia lhe acarretar transtornos.

Benevolência da comando não apurar essa grave infração de seu Cel Diretor de Saúde.

PM Curcio

O Título de Capitalização é garantido pela Icatu Capitalização S.A: 74.267.170/0001-73 e aprovado pelo processo SUSEP nº 15414.900130/2013-82. O valor dos sorteios é líquido de tributos incidentes. A aprovação dos Títulos de Capitalização pela SUSEP não implica, por parte da autarquia, em incentivo ou recomendação à sua aquisição, representando, exclusivamente, sua adequação às normas em vigor. Promoção válida para os associados das cooperativas de crédito participantes. Consulte regulamento completo da promoção em milhoesempremiossicredi.com.br ou nas cooperativas de crédito participantes. Produtos e serviços sujeitos à disponibilidade na sua cooperativa de crédito. Para informações sobre produtos e serviços e condições de contratação, dirija-se a uma de nossas unidades de atendimento. Imagens meramente ilustrativas apenas como sugestão de uso da premiação. Prêmios pagos em moeda corrente nacional. SAC Sicredi - 0800 724 7220 / Deficientes Auditivos ou de Fala - 0800 724 0525. Ouvidoria Sicredi - 0800 646 2519.

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Você pode comprar um carro, uma casa ou o que quiser.

O Presidente da Cooperativa, Sr. Rudy da Silva Martins iniciou os trabalhos, apresentando o número de Associados, Recursos Totais, Patrimônio Líquido e Sobras do Sicredi em nível nacional. Apresentou também os principais números da Cooperativa, fazendo um compara-tivo da evolução entre os anos de 2010, 2011 e 2012, destacando o número de Associados, Depósitos Totais, P.L.A. e Sobras, Recursos Totais e Operações de Crédito. Informou ainda que a Cooperativa registrou resultado positivo no valor de R$ 872.917,42 (oitocentos e setenta e dois mil, novecentos e dezessete reais e quarenta e dois centavos). A Assembleia, por unanimidade, manifestou–se no sentido de que, após as destinações estatutárias, as sobras remanescentes, no valor de R$ 351.501,18 (trezentos e cinquenta e um mil, quinhentos e um reais e dezoito centavos), serão transformadas em quotas-partes de Capital dos associados, para fins de suportar o nível de alavancagem e de investimentos necessários ao cumprimento dos objetivos da Cooperativa.

FOI ELEITO O NOVO CONSELHO FISCAL 2013-2015, composto pelos seguintes associa-dos: Leo Emar Silveira da Cunha, Alceu Bosi, Leandro Estabel Jung, Fabio Duarte Fernandes, Altair de Freitas Cunha e Adriana Costa.

Assembleia Geral Sicredi MilNo dia 19 de março do ano de dois mil e treze, às 10h na Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar - ASSTBM, localizada na Rua

Manoel Vitorino, n.º 220 – Salão de Festas – 2º andar, Bairro Partenon, Porto Alegre.

O agradecimento do jornal ao Comandante Geral da BM, por responder e acolher à crítica.

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Correio Brigadiano pág 7 - Abril de 2013

Ó R G Ã O S P O L I C I A I S

RESP Capital Área da Segurança Pública de Porto Alegre abc/JCB nº 206 de março de 2012

A socióloga-brigadiana Maria Caetana PedrosoBelo exemplo da série de brigadianos sem farda existentes na história da corporação

História de Vida

Resumo autobiográficoSou a última de sete filhos que João

Marcellino Pedroso e Maria Haydée Pedroso trouxeram ao mundo. Ele, topógrafo do DAER, ela do lar.

Nasci em 08/11/1950 em Porto Alegre. Minha infância transcorreu alegre numa pequena rua do bairro Partenon chamada de “Rua Fátima”. Meus irmãos nasceram em cidades do interior do Estado. Cursei o ensino básico na escola pública Apeles Porto Alegre, no mesmo bairro, naquela época localizada na Av. Bento Gonçalves. No antigo primário tinha preferência pelo canto e pela dança.

Na adolescência adorava dançar e partici-pava de muitas festas dançantes com concurso de danças. Também participei de festivais com grupos de música popular no antigo Araújo

Viana. Freqüentei o 2º grau no Colégio Cruzeiro do Sul no bairro Teresópolis no curso normal (hoje chamado magistério), especializando-me em educação pré-escolar na ASREP (As-sociação Gaúcha de Educação Pré-Primária), ingresso em 1971. Na universidade optei pelo curso de Ciências Sociais, bacharelado e licenciatura plena na UFRGS.

Em 1980 ingressei na Brigada Militar, já socióloga, mas para ser professora na Casa da Criança da BM, onde permaneci por dois anos, quando a chefia da Seção de Assistência Social me incluiu no quadro de técnicos da equipe. Na época a pré-escola estava subordinada ao Serviço Social da BM.

Lá vim a atuar na comunidade, auxiliando na criação de Associação de Bairro São Miguel na comunidade de Policiais Militares.

No pátio da SAS, funcionava um posto avançado da Unidade de Saúde São José do Murialdo, tendo eu sido destinada pela minha chefia para participar do treinamento supervisão

juntamente com a equipe do posto no Programa de Alcoolismo que na época estava em desen-volvimento. As equipes integradas trabalharam neste programa.

Foram criados grupos de aconselhamento aos portadores da doença (alcoolismo) e seus familiares.

Desse período é que surgiu meu interesse por esta questão na corporação. Daí em diante passei a estudar profundamente esta pro-blemática. Busquei então o curso de especia-lização lato sensu de Serviço Social de família na Universidade Luterana do Brasil (ULBRA).

Atuei então na pré-escola e no Programa de Alcoolismo na SAS. No ano de 1994 fui transferida para o Instituto de Pesquisas da Brigada Militar, recém criado (IPBM).

Entre outras atividades pertinentes àquele Instituto, decidi avançar pelos caminhos do alcoolismo, pois sabia da gravidade do problema na corporação, conforme experiência vivida na SAS. E em 1996 realizei o Projeto de Pesquisa

sobre Prevalência de Alcoolismo na BM.Em 1999 concluí o projeto, apresentando-

o aos Oficiais Médicos e Comandantes de Unidade. Fui também neste período buscar o curso de Terapeutas de família com duração de três anos e mais um ano de especialização em famílias com problemas de álcool e outras drogas.

Os dados da pesquisa reforçaram o meu desejo em trabalhar com estas questões, e assim permaneci até 2011 quando alcancei a aposentadoria por tempo de serviço.

Pude sempre contar com os Comandantes de Unidades e com a Justiça Militar do Estado que entenderam e apoiaram a minha proposta. Na retaguarda havia sempre médicos que acompanhavam clinicamente os policiais partici-pantes dos grupos de acordo suas respectivas especialidades.

Realizei palestras sobre o tema em todas as Unidades da capital e em algumas do interior durante todos esses anos.

As atividades se desenvolveram no IPBM, no DE, na DS e finalmente de volta a SAS, onde encerrei o Programa.

Penso ter deixado minha contribuição nessa passagem pela BM. Muitas famílias se reestruturaram, muitos policiais que antes eram excluídos retornaram à ativa recuperados, pois resgatados na sua condição de pais, profis-sionais e cidadãos.

Sou grata por ter sido entendida nesta tra-jetória e lembrada sempre com muita saudade das pessoas do Cel Jorge de Barros Guerra, o 1º incentivador Vanderlei Pinheiro, Jorge Luis Gregis e o Cel Marcelo Madeira Quadros.

Como lição de vida trago a consciência de ter realizado uma tarefa que embora polêmica, auxiliou muitas pessoas.

Reportagem com a história completa:www.abcdaseguranca.org.br/Menu: HISTÓRIA DE VIDA

Submenu: 2. Não Policiais

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Correio Brigadiano pág 8 - Abril de 2013

Cumpridor de ordensex-capitão Valnei Tavares da Silva, de Pelotas

L I T E R A T U R A

Setembrino Delfino sempre foi um brigadiano de boa cepa, mui considerado e estimado em Arroio Grande, em cujo destacamento PM serviu por longos anos, por último na graduação de Cabo.

Esperto e escolado pela vida, não se apertava em qualquer nó nem se assustava com pouca coisa.

Sempre encontrava uma saída ardilosa para seus eventuais apuros. Além disso, não perdia ocasião de preparar uma brincadeira para os amigos.

Certa feita, comandava o destacamento o Tenente Júlio Marinho, índio igualmente mui bueno, desses que não se acha em qualquer toceira.

O Setembrino, de férias, passava, com ar apressado, pela calçada oposta ao prédio do destacamento. Viu o Tenente na frente conversando com outros praças, fez a continência e seguiu andando quando o superior lhe grita:

- Ué, Setembrino, que pressa é essa? Vem cá um pouco me contá umas mentira.

Setembrino percebeu, num segundo, que não podia perder aquela deixa. Lembrou-se que o Tenente aguardava havia tempo a remessa de um empréstimo solicitado a Porto Alegre e, sem atravessar a rua, foi largando:

- Não posso Tenente. Vou indo no banco antes que ele feche, pois chegaram uns empréstimos que a turma pediu ao Montepio e tenho que pegar o meu.

O Tenente já nem prestou mais atenção ao Setembrino, tratou de acertar mais umas ordens com o Sargento auxiliar para poder em seguida ir também receber a gaita.

Evidentemente que, ao informar-se no banco, virou uma fera.Voltou ao destacamento e, esquecido do início do diálogo com

o Cabo, mandou chamar este em casa, cobrando-lhe energicamente como é que tu me faz uma brincadeira dessas, onde é que está o respeito e assim por diante.

Setembrino nem lhe bateu a passarinha:

- Tenente, eu sou muito cumpridor de or-dens. O Senhor me disse vem cá me contá umas mentira. Eu, que estava mesmo com pressa, resolvi lhe contar a mentira dali mesmo.

Bolsa bandidoCap Bessi, escritor brigadiano consagrado

Rápido

Quanto mais leio alguns juristas, mais fico nervoso. Eu disse alguns. É que a vida teórica é tão distante da vida prática, e de forma tão gritante, que não é preciso muito esforço para diagnosticar certos absurdos ditos por aí. Pior: transformados em leis ou decisões. Emolduradas asneiras. Como diz um amigo meu, líder comunitário de periferia, “diploma é bonito, ensina os caminhos, mas o cara tem que, pelo menos, saber como se enfia o pé num esgoto a céu aberto e o quanto dói uma bicheira”. Claro, nos limites da metáfora. Mas que muitos desconhecem as mil faces dos problemas que ousam resolver com receitas mágicas, ah, e como.

Nem vou falar de teóricos bem pagos pelo crime organizado - e não pensem nos líderes pobretões de pouco cérebro, armados numa favela do Rio, mas, sim, em senhores muito bem colocados e com a engrenagem das coisas sob seu controle. Tampouco vou citar os oportunistas, que fazem do sofrimento da periferia seu picadeiro ou a sua fonte de verbas públicas fáceis de embolsar. Falo da cultura dos equívocos. O pior câncer. Ela cria gerações de desinformados que se moldam num costume de ludibriar ao natural, achando que é apenas parte da sua sobrevivência.

Nos últimos cinco dias, participei de duas ações conjuntas com a Polícia Civil no Caí. Prendemos traficantes nas duas. Numa

delas, uma senhora comentou: “Graças a Deus, vai ganhar a bolsa preso”. Que é maior que o salário mínimo dela. E ela sabe como fazer, para ganhar. Está acostumada. Sua família toda sabe. Suas vizinhas sabem. Como sabem que ganham bem mais do que muitos professores por aí.

Talvez não seja bem esse o objetivo. Mas o auxílio, criado pelo governo federal lá nos anos 60 e que perdura até hoje, teve seu investimento mais que dobrado nos últimos quatro anos e gera a defesa ardorosa de vários juristas. Porém, revolta o operário. O professor. O policial. A família de uma vítima de assalto que não ganha qualquer amparo do estado e tem que se virar como pode, com a dor e com os prejuízos. Se a situação é caótica, pois não se admite mais um país onde se mata violentamente todos os dias, onde a impunidade é regra e a descrença na Justiça impera, no mínimo há que se rever posições. De olhar com critério e olhos de povo - afinal, sempre repito, é o povo que paga tudo isso com o seu suor, inclusive o ar-condicionado desses teóricos - e tomar algumas atitudes severas para salvar este país. Educação forte, Polícia forte, severidade penal. E fim de certas mamatas que estimulam a bandidagem de todos os níveis. Ora. Como está, não deu certo. E morre gente todo dia para provar isso. Até quando?

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Correio Brigadiano pág 9 - Abril de 2013

Cel Antônio Cordoniz de Oliveira Filho (entrevista do Pró-Memória JME/RS)Juiz Militar, chefe da Casa Militar do Goverandor Peracchi e ex comandante geral da Brigada Militar

História de Vida

As duas primeiras perguntas de uma longa entrevista de 18 páginas do ex-comandante geral e Juiz Militar aposentado, Cel Antônio Codorniz de Oliveira Filho, do Projeto Pró Memóira JME/RS.

Coronel, como foi o seu ingresso na Brigada Militar? Como foi a sua trajetória na força pública?

ENTREVISTADO: Ingressei na Brigada Militar no ano de 1957. Cursei do primário até a segunda série ginasial no Colégio Anchieta, ainda quando a sede era na Rua Duque de Caxias. Bem próximo, havia o Colégio Sévigné, que também era um colégio tradicional de Porto Alegre. No ano de 1952 a nossa família mudou-se da Travessa do Carmo, n.101 para a rua Lima e Silva, n. 898, esta mudança ocasionou a minha transferência para o Colégio Rosário,

mais próximo de minha nova residência. Lá terminei o curso ginasial. Meu pai era Oficial da Brigada Militar e meu avô, por parte de pai, era Oficial do Exército e meu avô por parte de mãe era oficial comissionado das tropas de Honório Lemos. Eu tinha, desde pequeno, uma tendência para a vida militar, gostava de andar fardado, haja vista que à época os colégios, tanto o Anchieta como o Rosário, usavam fardamento. A minha primeira idéia era, ao término do ginásio, ir para a Aeronáutica, porque gostava muito de avião. Formei-me no ano de 1954, no Colégio Rosário, e fiz exame para a Escola Preparatória de Cadetes do Ar, onde obtive aprovação. Porém, no final daquele ano, o meu pai faleceu. Em função de ter sido aprovado no exame fui para o Rio de Janeiro, onde fiz exame de saúde, todavia, sopesando o fato de ter ficado a minha mãe viúva e neces-sitando de que alguém a acompanhasse, desisti de ingressar na Academia da Aeronáutica. As minhas irmãs já eram casadas e não tinham condições de dar o apoio que minha mãe neces-sitava à época. Consegui, então uma bolsa de estudos para fazer o Curso Clássico, no Colégio Rosário. Fui até o 2º ano Clássico, quando por influência de parentes resolvi entrar para a Brigada Militar - sempre gostei da Brigada, evidentemente, até porque fui criado, utilizando uma hipérbole, dentro de seus quartéis. Ingres-

sei na corporação em janeiro de 1957, após ter sido aprovado em concurso público realizado no ano de 1956. Naquela época, o curso de oficiais tinha a duração de três anos, desta forma, minha turma deveria formar-se em 1959. Ocorre que, faltando um ano para o término do curso.

O Comando da Brigada Militar entendeu de estender o curso por mais um ano. Face a esta alteração o Curso de Formação de Oficiais da Brigada Militar passou a ter uma duração de quatro anos. Fui declarado aspirante à Oficial no dia 18.11.1960. Fui classificado no então 1º Batalhão de Guarda, chamado Batalhão de Ferro, situado na Praia de Belas, na Rua 17 de junho. Apresentei-me na Unidade em janeiro de 1961 e servi até meados do ano de 1965 quando fui transferido para o Corpo de Bombeiros, para fazer o curso de Oficial Bombeiro. Gize-se

que naquele tempo a Brigada Militar era uma organização tipicamente militar. Não se cogi-tava de policiamento, como missão principal. Existia, é bem verdade, um embrião de serviço de policiamento, ainda insipiente, na capital, que, há época, dava os seus primeiros passos nesse sentido , era o chamado Batalhão “ Pedro e Paulo “. À época, em diversos Municípios do Rio Grande do Sul, era praxe colocar o soldado da Brigada Militar à disposição do Delegado de Polícia, mas na Capital, com exceção do já mencionado Batalhão “ Pedro e Paulo “ eram somente tropas militares. Na própria Escola de Formação de Oficiais as disciplinas ditas militares eram ministradas por Oficiais do Exército. Do Batalhão de Guarda, fui transferido, em 1965, para o Corpo de Bombeiros, como já relatei anteriormente. Após o término do curso de Bombeiros fui designado para função de Subcomandante da Companhia de Manutenção de Bombeiros, unidade autônoma. O comando da unidade era exercido por oficial no posto de capitão. A Unidade era comandada pelo então capitão Carlos Ademar da Silveira. Na mesma data da minha promoção ao posto de capitão, no ano de 1966, o dito Capitão Ademar foi promovido ao posto de Major e, conse-quentemente, transferido para outra unidade. Na vaga do mencionado oficial fui designado para o comando da Cia de Manutenção de

Bombeiros. Lá permaneci até início do ano de 1967, quando o então Governador Walter Peracchi Barcellos, ao ver, no Almanaque da Brigada Militar, o nome Codorniz, convidou-me para ser seu Ajudante de Ordens. Ele era amigo de meu pai e tinha, inclusive, com ele servido em várias unidades da Corporação. Assim, durante os anos de 1967 e 1968, fui Ajudante de Ordens. Em 1968, houve um problema com a Casa Militar, não diretamente com o Governador, mas com o Chefe da Casa Civil, fato que levou toda a Casa Militar a pedir o afastamento da função. Com exceção do Chefe da Casa Militar, todos os demais pediram voluntariamente o afastamento.

Entrevista completa de 18 páginasMaterial cedido pelo Projeto Memória

da Justiça Militar do Estado do Rio Grande do Sul, aos historiadores Gunter Axt e Mara Rodrigues, em 31 de março de 2003, na sede do Tribunal Militar do Estado, a sua divulgação deverá manter os direitos auto-rais ao Projeto Memória da Justiça Militar do Rio Grande do Sul.

Reportagem com a história completa:www.abcdaseguranca.org.br/Menu: HISTÓRIA DE VIDA

Submenu: 1. Brigadianos

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Correio Brigadiano pág 10 - Abril de 2013

Cracão de Bola Conto do Cel Rosa

L I T E R A T U R A

Quando eu cheguei no C I M, para ingressar na Força, trazia na minha mala um material que deixou muito negro (e branco também) de olho em mim: um par de chuteiras, um par de tornozeleiras e um par de caneleiras. Era o meu fardamento de futebol.

Acontece que na minha vida de paisano, eu havia tentado jogar futebol nos juvenis do União dos Onze, localizado na Azenha, onde hoje se situa o Estádio Monumental do Olímpico, do Glorioso Tricolor gaúcho.

Como frisei acima, andei tentando jogar futebol, porque jogar mesmo eu nunca consegui, a bola sempre foi quadrada para mim. Sempre estive

abaixo do pior cabeça de bagre.Mas apesar desta ruindade toda, eu possuía

uma foto onde eu aparecia na posição de “Center Half” dos juvenis do União dos Onze, cujo treinador era o Lauro, o “Moreno”.

E quando a recrutada viu o material que eu possuía e mais a foto, ficaram deveras impressio-nados e assanhados, pois julgavam e acreditavam estar diante de um verdadeiro cracão da pelota. E eu, para não decepcioná-los, fui além das fronteiras da gabolice. Mas quem mais se impressionou, mas se impressionou mesmo, foi o aspirante Ivan, que além de gostar, era um exímio jogador de futebol, resultando daí que ele resolveu lançar um desafio aos recrutas da sede, ou seja, os que estavam no CIM (nós éramos os recrutas da Represa).

Durante uns dez dias, enquanto limpávamos a represa ou à noite no acampamento, o assunto era só o jogo e a confiança que depositavam em mim. Era fora de série. Na nossa turma tinham uns recrutas que sabiam tudo de futebol.

Até que chegou o dia da partida. Pinta de

jogador e fardamento eu tinha de sobra, agora jogo que era bom... nem em sonho.

Quinze minutos de jogo. A bola já havia passado por onde eu estava, várias vezes, e eu nem sabia que cor tinha a pelota. E o resultado era de dois a zero para o adversário eu nunca tinha ouvido tanto desaforo em tão pouco tempo, como o que eu ouvi dos meus companheiros de equipe.

E o aspirante Ivan? Santo Deus, o homem estava possesso comigo. Pediu para parar o jogo e me substituiu. E vermelho como um pimentão foi logo gritando comigo:

- Negro F D P, tu só tens pinta e não jogas nada. Tu deves jogar muito é pras tuas negras. Não sei onde é que eu estou que não te dou umas bolachas, para tu aprenderes a não ser tão mentiroso!

Eu fui saindo de fininho, com o rabo entre as pernas, porque a barra estava pesada pro meu lado. Todo mundo queria-me bater o brim.

Sorte minha é que eles viraram o jogo e gan-haram por 5 a 3.

Depois, eu fui “convidado” a sair, é claro...

Na turma de Sargentos de 1984, uma das melhores que já passou pela Escola de Formação de Sargentos, (como diz o ditado: se a farinha é pouca, meu pirão primeiro, tínhamos um colega,parceirão e camarada, mas quando ficava nervoso, gaguejava sem parar, e sibilava uma chiadeira só,recebendo por isso o apelido de “chaleira”.

Pois bem, estava o Chaleira de serviço nas funções de Sgt de Dia ao Corpo de Alunos,e conduzindo os detidos em forma para revista.

Ao fazer a apresentação ao Adjunto de Dia, este informou:

_ Apresentado, aluno. Recua um pouco a tua tropa, a fim de alinhar com os demais da Guarnição de serviço.

O Chaleira. Se embananou, esqueceu da voz de comando, começou a cacarejar, e num grito desesperado, determinou:

_ A-A-TEN-TEN-ÇÃO! SSS-SENTIDO! TRÊS PASSOS EM RÉ! MARCHE!

O chaleira Conto do Ten Alves

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Correio Brigadiano pág 11 - Abril de 2013 História de Vida

Homenagem do CEPGESP/98Chegado o ano de 1998, se apresentaram

na Academia de Polícia Militar os candidatos para frequentar o então Curso Superior de Policia Militar agora com cara nova, denominado “Curso Estraté-

gico de Política e Gestão em Segurança Pública”, ministrado em parte por Professores da UFRGS.

É importante ressaltar que o CEPGESP daquele ano estava sendo inovado na Brigada Mili-tar, com a participação de professores da UFRGS.

Nos primeiros contatos com os mais diferen-tes professores e disciplinas, havia um preconceito recíproco entre professores e alunos.

Ali estavam, frente a frente, estudiosos e intelectuais (alunos dos anos 70/80 que foram reprimidos pela BM nas manifestações estudantis) e de outro lado os “milicos” que os hostilizaram.

A Professora Lélia, como orientadora de todos os trabalhos de conclusão do CEPGESP foi inovadora na sua maneira de abordar o assunto.

Nas aulas preparatórias de como deveria ser a forma e o conteúdo dos trabalhos, trouxe a sua bagagem cultural de professora em outras institu-ições de ensino superior e soube, com maestria,

moldá-la à formação diferenciada que os seus novos alunos possuíam com uma cultura militar.

Os desafios que surgiram com esse novo enfoque de realizar trabalhos técnicos foram resolvidos passo a passo, tanto para o oficial ou grupo com dificuldade, como também, essa dificuldade, foi abordada com todos, qualificando o processo ensino-aprendizagem.

Com certeza, além dos diálogos e discussões francas entre todos os envolvidos e, a experiên-cia transmitida pela professora Leila, muito contribuíram para que um clima de cordialidade, franqueza e produtividade fossem materializados.

Salientamos o dinamismo e empolgação demonstrados na preparação, acompanhamento e conclusão dos trabalhos realizados pelos alu-nos por ocasião da participação do Curso no 5º Encontro Anual de Primavera do Departamento de Polícia de Nova Iorque (5th Annual Meeting of

Spring New York Police Department).Lembramos o fato pitoresco de que, quando

questionada em sala de aula, se possuía pas-saporte e visto americano, ela prontamente respondeu: Mas claro que tenho. Imagine, Eu uma pessoa viajada, conhecedora do mundo todo não iria ter um passaporte e um simples visto americano. Uma semana depois, questionada novamente, respondeu da mesma maneira.

Só que a turma foi clara: a senhora viaja com a gente. Tocou o horror.

Será sempre lembrada com carinho por todos os que conviveram com a nossa Mestra, pela sua generosidade, presteza, atenção e dedicação. Além de Mestra, foi nossa amiga.

Profª Lélia Cardoso Hilgert “Emérita Brigadiana” Turmas dos cursos de pós da BM (IPBM e APM 1991/1999) e homenagem da turma do CEPGESP/98

As fotos da esquerda para a direita (de 1 a 3), que ilustram, acima, está a Prof Lélia “ingressou” como COMENDADORA na “Ordem do Batalhão Turístico” Ano de 2006, na festa com a temática de Idade Média, no Jantar-Baile, razão pela qual tem um registro dela na entrada nunto a “Templários”. As duas seguintes: com seus três filhos e a última como o Cel Santos Roberto Rocha, então Diretor do IPBM - Instituto de Pesquisas da BM. No site há uma ignificativa foto dela, com seus colegas e parceiros, no trabalho junto à Brigada Militar, via IPBM. São os professoer Vilella, assistente do Prof Urbanos Ziles, Pró-Reitor de Pós Graduação da PUC, na época, e os professores Miriam e Roque que com ela atuaram por uma década (91/99)na BM.

Reportagem com a história completa:www.abcdaseguranca.org.br/Menu: HISTÓRIA DE VIDA

Submenu: 2. Não Policiais

Profª Lélia com o TC Frota,

Profª Lélia

Os filhos da professora Lélia Cardoso Hil-gert, Hamilton, Liliane e Elisiane, e familiares, elaboraram a história de vida dessa grande e fundamental colaboradora da Brigada Miliar, na transição institucional para o campo da pós-graduação acadêmica, que está publi-cada no site do abc.

Os alunos da turma do CEPGESP/98, penúlgima turma, das nove que ela trabalhou, desses cursos na Academia de Polícia Militar (APM), pulbicaram uma homenagem que abaixo transcremvemos, como introdução à sua História de Vida.

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Correio Brigadiano pág 12 - Abril de 2013

EL REY Conto do Cel Afonso

L I T E R A T U R A

Pois prás bandas de uma certa cidade da fronteira com o Uruguai, vive um Tenente chegado à carpeta. Sua fama chegou a tal ponto, que foi cognominado “Rei”. Além de ser bom goleiro de futebol-de-salão, sempre foi chegado também a pescarias, em especial no vizinho país irmão, onde, dizem, os rios são mais piscosos.

Foi numa dessas, que acompanhado de uns ami¬gos, precisou passar algumas terras

de uma fazenda de proprietário desconhecido para chegar até as barrancas do

Rio Negro.Durante todo o trajeto, não cansava de

dizer que era muito conhecido no Uruguai como “El Rey”, pelas suas façanhas no jogo.

Mas, quando atravessavam a dita fazenda, foram, inadvertidamente, abordados pelo capa-taz dela, o qual queria sabem quem dera per-missão para o grupo freqüentar a propriedade.

Um dos acompanhantes, apressadamente e por ter sido informado de que “EI Rey” era mui-to conhecido naquelas paragens, argumentou:

- Nosostros hemos venido de Brasil para una pescaria. También el Rey nos acompafia.

E o capataz já quase fazendo uma reverên-cia, respondeu:

- Si el Rey está aqui, entonces pueden ficar, pues mi jefe también sentirá honor com la presencia de su majestad.

A chuva cai mansamente e lava um pouco da poeira das janelas do ônibus linha Cruzeiro, atulhado de almas humanas. Maria aperta a campainha e dá ADEUS a sua amiga Judite, lhe desejando um ótimo fim de semana. São 17h32min de uma sexta-feira.

Embora tenha apenas cinquenta anos, Maria aparenta ter setenta.Maria, desde muito nova teve que lutar pela sobrevivência e hoje possui trinta e cinco anos de ‘carteira assinada’ na atividade de DOMÉSTICA. Ela aguarda ansiosa a aposentadoria. Ela desce do ônibus e

já nas escadas, dá um ultimo olhar para Judite, que conversa com outra comadre. Maria está muito preocupada com sua filha que, grávida de nove meses, sofre terrivelmente com as dores e feridas ‘em carne viva’, consequências do vírus HIV.

Maria nem se apercebe e se dirige neg-ligentemente para frente do ônibus, ao invés de se deslocar para a calçada e aguardar o momento certo para atravessar a rua. Dá o primeiro passo e o seu braço esquerdo é ar-rancado violentamente de seu corpo. Sem dó nem piedade! Naquele fatídico instante, passa um veículo Corsa Prata ao lado do ônibus, fugindo de uma viatura do 1º BPM, em alta velocidade e leva um dos braços da pobre senhora. Miserável, sem um dos braços, alei-jada... Agradecida a Deus por estar viva e futura ‘encostada do SUS’. Sobrevivente!

Neste momento uma criança nasce no sub-

úrbio da Capital Gaúcha. É verão e o calor de 35º associado à umidade baixa dos últimos dias, assustou até os lagartos que se aninharam por debaixo das madeiras envelhecidas da velha Serraria... Hoje desce do céu uma tênue garoa. O ano é 2013. O mês é Março. Dia primeiro. A criança nasce em casa. Parto ‘normal’. Na verdade nem casa e nem parto normal seriam termos adequados. Um amontoado de restos de madeiras misturadas a um sem número de retalhos de lona e um parto extremamente doloroso, anti-higiênico e arriscado. A mãe do menino está separada, desempregada, com fome, abandonada pelo mundo e para ajudar, a ‘desgraçada’ está em fase terminal. Nem sabe, a infeliz, que está bem mais próxima do

Sobrevivência urbanaConto do Ten Cavalheiro, com ambientação profissiional

Matéria completa em:www.abcdaseguranca.org.br/Menu: Reportagens Especiais Submenu: C O N T O

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Correio Brigadiano pág 13 - Abril de 2013

PC Vanda Telles de Castro de 60 anos e exemplar cidadãNão lembrada pelas feministas ou direitos humanos. A primeira policial gaúcha imolada em razão da função

História de Vida

A comissária de Polícia Vanda Telles de Castro é filha de Flor Telles, funcionário da antiga CRT e de Annie Laurie Petracek Telles, costureira. Nasceu em 13/08/1952, na cidade de Porto Alegre. Foi a primogênita do casal e tinha dois irmãos: Ernani e Silvio Telles.

Morou na rua Dr. Timóteo, mas passou a maior parte da sua infância na rua Alberto

Albertini, Parque São Sebastião, junto ao Jardim Lindóia. Estudou em escola católica (não lembra o nome, seu filho Pablo) e teve uma infância simples, sem luxos. Sua mãe “costurava para fora” e muitas vezes foi a responsável por confeccionar as roupas que a jovem utilizava nas festinhas no bairro.

No 2º grau, optou por estudar magistério e se qualificou para lecionar. Chegou a dar aula na rede estadual de ensino, entretanto após perceber que a carreira policial poderia ser mais proveitosa, fez concurso e ingressou na Polícia Civil.

Fez a academia de Polícia (Acadepol) em POA e que, ao entrar na Polícia, passou a fazer parte do Detran, que era, à época, da corporação policial civil gaúcha. Utilizou sua experiência como professora para desenvolver ações voltadas à educação no trânsito que eram organizadas com uma estrutura com cones e mini buggys. Através desse aparato mostravam

as placas de trânsito, seus significados, etc.. Inclusive a equipe levava essa estrutura para outras cidades onde também desenvolviam esse trabalho, dirigido às crianças nas escolas.

Casou em 1972 com Altair Castro e em 1976 nasceu o único filho Pablo. A relação não durou muito tempo e ela teve que batalhar muito para não deixar faltar nada em casa. Nos anos 80 seu ex-marido se mudou para o Rio de Janeiro e veio a falecer em 1989, isso a obrigou a assumir totalmente a responsabilidade pela criação do filho. Hoje Pablo tem 37 anos, é graduado em Publicidade e Propaganda (com a ajuda da mãe) e trabalha com Comunicação e Marketing Digital.

A comissária trabalhou em diversas delega-cias e departamentos, além do Detran, como: DINP, Tóxicos, Delitos de Trânsito, Decon, 12ª DP, Academia e 22ª DP.

Graduou-se em Pedagogia, curso que complementava sua formação inicial de

magistério.Tinha como hobby colaborar com a Es-

cola de Samba Vila Isabel, de Viamão. Tendo participado, em anos anteriores, até mesmo da diretoria da escola. De música, além do Samba, gostava muito de Roberto Carlos e outros do gêneros. Nunca foi muito chegada à esportes.

Trabalhou durante muitos anos fazendo parte da equipe do Delegado João Cândido Pasquali da Rosa. O filho da Comissária sugeriu que, inclusive, ele (o delegado) fosse entre-vistado, para dar mais detalhes da carreira de sua mãe à reportagem. Infelizmente, o delegado que se encontrava de férias, na Câmara de Vereadores da Capital, não pode ser localiizado.

Nas palavras do filho Pablo, três questões considera interessantes de relatar sobre Vanda:

1º - A comissária Vanda sempre foi uma guerreira, batalhadora, firme nos seus princípios éticos e morais. Buscava ajudar à todos que conviviam com ela, nas mais

diferentes situações, tomando para si própria a responsabilidade de auxiliar e resolver os problemas de todos... Inúmeros são os relatos do tipo “a Vanda nem me conhecia direito mas me ajudou quando eu precisei”... uma pessoa que realmente não media esforços para fazer o bem e buscar a justiça.

2º - Após se aposentar, não conseguiu ficar afastada das atiavidades de Segurança. Montou uma empresa de portaria e vigilância, com atuação na zona norte da cidade. Em outubro de 2010, a comissária Vanda virou vovó. Seu filho Pablo, juntamente com a esposa Fabiane, tiveram a Giovanna. Esse fato mudou muito a comissária, ela buscou reorganizar suas tarefas do dia-a-dia para se dedicar menos à empresa e sobrar tempo para a netinha.

A comissária da PC/RS, aposentada Vanda Teles de Castro, 60 anos, foi assas-sinada, em 1/3/2013, com dois tiros por três homens, que tentaram levar seu carro na rua Raphael Zippin, na zona Norte da Capital.

Por ser aposentada não recebeu honras de Policial e morreu igual a seus colegas homens na mesma situação. O inusitado é ter sido a primeira policial gaúcha a perecer, nessa situação e, não ter tido o reconhecimento merecido, pela sociedade, nem mesmo pelas mulheres.

Reportagem com a história completa: fotoswww.abcdaseguranca.org.br/Menu: HISTÓRIA DE VIDA

Submenu: 4. Polícia Civil

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Correio Brigadiano pág 14 - Abril de 2013 L I T E R A T U R A

Escritos e análises literáriasCel Joaquim Moncks - “o Poetinha”

Sobre o escreverEscrever é um ato compulsivo, uma conde-

nação. A Poesia é o que mais me impressiona na dimensão humana – a temática do espanto... Não consigo deixar de refletir e me atrever a tentar abrir alguma janela desse sótão de mistérios. Talvez – com esse sentir – minimize e transfigure o olhar através dos porões das triste-zas e maledicências do mundo real. Através do ato da escrita e a vivificação das ideias, encontro companheiros de viagem. Pode-se concluir que

se torna mais fácil suportar o reduto dos fatos e suas sequelas. Mourejar nestes quintais do mistério é trazer o futuro na algibeira...

– Do livro QUINTAIS DO MISTÉRIO, 2013.Meu ID sumiu. Escafedeu-se!

A pedido do meu tio Sigmund eu o mantinha preso, com grilões escravistas, no galpão de estância onde, dia e noite, era vigiado pelo Superego um taura mui valente destes que não se fresqueiam por nada. Se bem que ultimamente ele andava muito compenetrado em contos eróticos publicados no Recanto...

Até a elétrika, égüinha zaina que ficava amarrada junto ao barranco para as necessidades mais preementes do meu indomável ID, andou me reclamando que já não era mais tão “procurada” pelo distinto cavaleiro..

Quando perguntei ao Super o que acontecera ele me falou languidamente:- Mas bah, Tchê! Quando me dei conta o xirú já tinha se mandado à la cria. Só deu para

ver, mal e mal, ao longe, uma sombra lasciva correndo e gritando:- A mim, mulheres, a mim!!!

A face da vilanezaNo poema lírico ou no recadinho de amor,

a destinação da palavra é a de trazer, no bojo dos desejos de vir a ser, o olor da flor e o gosto amoroso do beijo e do abraço. Fora do Amor, o mundo só nos terá mostrado o seu lado vil de humanidades. É uma pena que poucos se dão conta do que ora se aborda. Parecem nunca en-tender a figura crística: “Perdoai-os, Pai, porque eles não sabem o que fazem.”. O humano ser nasce à busca de carinhos e atenções. E morre nesta mesma agonia...

– Do livro A URGÊNCIA ESSENCIAL, 2013.

A arte como propostaEm verdade, por mais que o texto artístico

proposto seja abrangente, nunca esgota o assunto, e sim, o amplia e dilata através de indagações e perquirições. Esta a principal função da obra de arte, enquanto elemento estético-intelectivo: instigar, solapar o que está posto, sedimentado, estagnado. A eventual criação subsequente depende de antíteses antepostas aos olhos e ouvidos do espectador. A isto, em Arte, denominamos o Novo...

– Do Livro QUINTAIS DO MISTÉRIO, 2012/13.

Anverso e reversoArte, em Poesia, é a própria criatura

humana enquanto mistério...– Do livro QUINTAIS DO MISTÉRIO,

2012/13.

VISITE EM: www.recantodasletras.com.br/

SocorroTen Bayerle

Socorro! Por favor, me ajudem!

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Correio Brigadiano pág 15 - Abril de 2013

Sgt Jorge Alberto Amaral para a glória de nossa históriaUm exemplo de família, de profissional e colega. Irmão de um capitão da ativa e filho de um Sub Ten RR

História de Vida

O sargento Jorge Alberto Amaral (3/6/1968-19/2/2013), nascido em Venâncio Aires, evidenciou-se por uma atuação exemplar na Brigada Militar de Caxias do Sul. Antes de seguir a função de policial, Amaral trabalhou no jornal Pioneiro.

Conforme o irmão Juliano Amaral, a família mudou-se para Caxias em 1973. Jorge honrou sua missão no policiamento inspirado na atuação de seu pai, Juvenil Amaral, que também integrou a Brigada.

Na foto (*), percebe-se Jorge Amaral fazendo uma declaração à imprensa durante ocor-rência policial no bairro Pio X, em dezembro de 2007. A trajetória de Amaral na Brigada Militar foi no período de 30 de março de 1990 a 19 de dezembro de 2012. Em fevereiro último, ele foi morto por assaltantes

À esquerda o Sgt Amaral, ao lado de seu irmão, o Cap Amaral, ambos do 12º BPM. O Cap refere a esta foto a expressão: “Tive a honra de ser seu instrutor.”

Patrono do CBFPM/2013 - 12º BPMO extinto Sgt Amaral foi escolhido pela turma do CBFPM, em curso no 12º BPM, para Patrono

da turma, na formatura que ocorrerá em 19 de abril próximo.

História de Vida do Sgt AmaralA história de vida do Sgt Amara, produzida a partir do formulário padrão do Correio Brigadiano,

por seu irmão o capitão Juliano Amaral está em anxso a esta reportagem.

Reportagem com a história completa:www.abcdaseguranca.org.br/Menu: HISTÓRIA DE VIDA

Submenu: 1. Brigadianos

(*) Foto citada

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Correio Brigadiano pág 16 - Abril de 2013

O MestreConto do Cel Airton Vinadé

L I T E R A T U R A

Lúcio era trombonista e integrava a Banda de Música do Batalhão. Todos, com exceção do novo mestre, o conheciam muito bem. Sabiam que ele era crente pelos quatro costados e nada o fazia faltar aos cultos de sua igreja.

Na sexta-feira santa, a banda tocaria numa cerimônia religiosa do município. No horário pre¬visto, a Banda forma sob as ordens do subtenente Setembrino, mestre da Banda. Feita a chamada foi constatada apenas uma

falta: a do soldado Lú¬cio.- Ele está na igreja - comentou um dos

músi¬cos que estava em forma.Segunda-feira pela manhã, logo após a

forma¬tura, Setembrino chama o soldado Lúcio e pergunta-lhe:

Por que tu não foi na tocata de sexta-feira?- Fui dispensado pelo Senhor!Como é que é? Eu não dispensei ninguém!Que história é essa?Lúcio apesar de tudo mantinha-se calmo e

com ares de compenetrado, respondeu:_ Fui dispensado pelo Senhor, meu Mestre!_ Essa não!!! Essa Banda só tem um

mestre que sou eu! E que me lembre não dispensei nin¬guém! Acho bom tu começar a se explicar direitinho!

Foi como eu disse senhor, - nisto olha devota¬mente para o céu - fui dispensado pelo Senhor, meu Mestre!

Ainda na época dos anos dourados, no Regimento Cel Lenolindo Landoaldo Veneroso, acantonado a sudeste da Antares do Érico Veríssimo e a noroeste da Vila Velha do Sérgio Jockymann, o encarregado de datilografar o Boletim Regimental era o praça Galvãozinho,diminutivo este que sempre o deixava meio cabreiro e a perquirir, pela inflexão da voz, se constituía um aceno carinhoso ou uma capitis diminutio.

Orgulhoso da missão que lhe fora cometida, dedicadíssimo, mas de escasso, volume psíquico, o praça velho, baixinho, feio e solteiro, considerava o Boletim: A Lei das Leis, Suprema Lex, ápice de todo o ordenamento jurídico, capaz de se sobrepor, na aval-iação de um fato histórico, à própria CRONOLOGIA, que, consabidamente, lhe é fundamental.

Empolgado no exercício da função, Galvãoz-inho sempre dava um jeito, de suprimir expressões dubitativas, promover atalhos, adicionar interjeições impertinentes e a consagrar discutíveis mo¬dismos da época dos anos sessenta, tais como: SMJ, alaúza,

a toque-de-caixa, fugar, bater as botas, escafeder-se, que comumen¬te passavam despercebidos pelo despercebido Comandante de então, um cavalariano fanático - com perdão da redundância - desses de “colar decalco” e distribuir flâmulas.

Mas ocorreu que certo dia Galvãozinho res-valou para uma perigosa expressão de forte cunho ideológico: “Reformas de Base”, o que lhe resultou em 21 dias de prisão.

De outra feita, recém-egresso-de um Cursilho da Cristandade, teve o topete de apor na 4ª parte do Boletim, em punição redigi¬da de próprio punho, pelo Comandante, a pacifista expressão: SHALON, do que lhe resultou mais 30 dias de cadeia. Escusado lembrar a velhos praças, mas lembramos: na caserna, 21 dias de xilindró configura punição mais grave do que a de 30 dias, por ser considerada aquela: CADEIA DE CORNETEIRO.

Padecíamos naquela época - e poucos se atreviam a avançar o sinal - a tirania de uma inviolável membrana: o HÍMEN (e sequer desconfiávamos

que a poluição sonora de hoje, acabaria - violan¬do homens e mulheres noutra membrana: o TÍM-PANO). Ainda por: cima, o praça nubente tinha de requerer permissão’ ao Co¬mandante, que baixava o requerimento ao Subcomandante, que o baixava ao Ajudante, para este informar se havia vaga para ca¬sados na Unidade.

Obtida a permissão, 15 dias antes do casa-mento, surgiu o im¬passe: a noiva não queria mais saber do Galvãozinho. Indignado e já febricitante pelos oito dias de GALA que ia perder, exacerba¬dos por ser virgem a noiva e também um convite ao pecado. Por¬tando o Boletim debaixo do braço, nosso praça dirigiu-se à casa da nubente e en-quadrou toda a família: “Agora não tem mais volta, como o Boletim já publicou, eu e a Rosiclete somos obriga¬dos a casar”.

Magna CartaConto do Cel Francisco Martins Pacheco

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Correio Brigadiano pág 17 - Abril de 2013

2º Sgt CVMI José Zingali Bueno, o “RP” no 23º BPM3ºRPMon, 13ºBPM, 2º Esqd Cruz Alta, Boa vista, 10º BPM, HBM/SM (recepcionista), Esfas (barbeiro),

2ºBPM Rio Pardo, destacado para Santa Cruz do Sul (1995) - Um símbolo na recepão do 23º BPM

História de Vida

Um gentleman não passa desapercebidoAo final do ano passado (2012) o Correio Brigadiano compareceu no 23º BPM, para o contato

e acerto de entrevista com a Sd Joana Frantz, rpincesa da Oktoberfest, para acertamos os dados para a narrativa de sua história de vida à família da segurança pública gaúcha. Era um dia de muita movimentação no OPM, com a visita do secretário de segurança pública do Estado. Inauguração da UPP/Harmonia e convivência, única com esse tipo de denominação, talvez até nacionalmente, única exceção.

A Sd jotana tendo de atuar no evento solicitou a possibilidade de transferir o compromisso dela com o jornal para a tarde, daquele dia. Houve alguma demora da comitiva para retorno do evento onde houve almoço das autoridades e ficou-se esperando a joana.

Estavam dois coronéis da reserva e a esposa de um deles, num dia muito quente, encostados no automóvel, na frente do quartel, com um dia muito quente. Deveria ser início do expediente da tarde, quando passa por eles, um sargento (veterano) que os cumprimenta a todos e dirige-se à entrada do quartel. Em seguida volta, lá de dentro e se dirige ao grupo, perguntando se aguardavam

alguém do OPM para oontatar ou se eram das comitivas que visitavam o batalhão.

Informado de que era com a Sd Joana e que ela voltaria após o almoço, ele convida a passar para a recepção do 23ºBPM, onde ficarim melhor acomdados e no ar condicionado.

Foi aceito o convite e as três pessoas para lá se dirigem tendo como cicerone o sargento. Falante, procurou entabular conversas, até perguntar de onde vinham e quem eram esses visitantes que procuravam a Sd Joana.

Só aí, ficou sabendo que eram dois oficiais superiores da Brigada Militar. A partir de então virou um encontro caserneiro com trocas de reminicências de situações comuns.

Ficou a certeza de que com um colab-orador, tão eficiente, não só a Sd Joana era merecedora da História de Vida. Um gentleman como o 2º Sgt José Zingali Bueno, não pode passar desapercebido.

Um currículo que lhe permitiu a assimilação intensa da complexidade institucional e o orgulho de ser brigadiano

2º Sgt José Zingali Bueno, nascido em 31.05.1950 no interior de Vacaria-RS. Filho de Glorocindo Pereira Bueno e Djanira Zingali Bueno, que possuíam um sítio do qual obtinham seus sustendo e criavam seus oito filhos. Jose saiu do interior quando tinha 12 anos de idade para estudar na cidade de Vacaria, onde con-cluiu a 2ª sério, na época, do ginásio e alguns anos mais tarde concluiu o Ensino Médio. Com 15 anos de idade iniciou a carreira de fotografo e laboratorista em fotos de acabamentos em preto e branco, encerrando a carreira aos 20 anos para iniciar um curso de barbeiro, do qual exerceu esporadicamente posterior, na carreira Policial Militar.

Em 1975, com 25 anos de idade, prestou exame de seleção para inclusão na Brigada

Militar em Passo Fundo no 3ºRPMON, porém pelo reduzido numero de aprovados (apenas quatro), iniciaram o curso em uma turma já em andamento, na cidade de Erechim no 13º RPMON, onde permaneceu exercendo Poli-ciamento Ostensivo após se formar, até 1977, quando foi destacado para Quatro Irmãos, na época distrito de Erechim.

Reportagem com a história completa:www.abcdaseguranca.org.br/Menu: HISTÓRIA DE VIDA

Submenu: 1. Brigadianos

O agradecimento da direção-do jornal abc da segurança / Cor-reio Brigadiano pela colaboração

em colher e redigir a história de vida do Sgt Zingale à Sd Joana

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Correio Brigadiano pág 18 - Abril de 2013

Parou... desceuConto do Cel Menezes

L I T E R A T U R A

O Moisés Silveira de Menezes, pesquisador, poeta, com-positor nativista, contador de causos (sempre dos outros) tem urnas pas¬sagens homéricas. Sempre foi distraído, daí talvez o apelido “Mosca” que granjeou na infância em Tupanciretã.

Achamos urna das boas distrações dele (entre tan-tas), quando freqüentava o Curso de Especialização em Bombeiros para Oficiais. O índio velho estava escalado de carancho (o oficial/aluno que deve sair junto com o oficial de

dia para aprender na prática os meandros da função) junto ao Oficial de Serviço. Lá pelo fim da tarde deu urna Chamada de Incêndio no bairro Bom Fim.

O Menezes ao ouvir a cigarra, mais do que depressa, embarcou na parte detrás da viatura, enquanto o Oficial de Serviço e outro carancho se acomodavam na cabine e se mandaram de sirene aberta para o local do incêndio.

Deixa estar que lá pelas tantas a viatura parou e o Moisés desceu apressado e começou a fazer urna varredura de 360 graus, olhando para um lado e outro, procurando urna fumacinha qualquer que denunciasse um incêndio.

Não achou nada e quando olhou novamente para onde deveria estar à viatura, esta, que apenas havia parado num sinal fechado, já ia longe.

Os transeuntes devem ter se divertido com aquela estra-nha cena; urna viatura de bombeiros de sirene aberta, a mil em direção ao incêndio e um Oficial atrapalhado, segurando capacete, correndo atrás. Foram uns bons 500 metros de corrida até conseguir alcançar a viatura

Durante um período da minha vida fui freqüentador de bares e botequins, aqueles locais onde as pessoas se reúnem num fim-de-tarde, momentos esses, quando em locais elegantes, apelidados de “happy hour”, o que nada mais é do que o aperitivo numa roda de conhecidos para relaxar as tensões do dia, antes de chegar em casa.

Esses locais são quase mágicos, têm uma aura diferente apesar de sua simplicidade. Na mesa do bar ficam angústias, desconfianças, descontentamentos funcionais e, quase sempre, se resolvem problemas macro, nesse caso soluções nacionais e internacionais para assuntos políticos e econômicos. Além disso, naqueles momentos de bar, como disse meu compadre João “Ba-rulho”: - “Eu tenho um amigo, que pode ser tu, que não conheço”. Mas o fundamental é que, à mesa do bar, não mal comparando, é quase um confessionário, por isso minha turma de bar, daquela época, tinha regras sérias a esse respeito. Tudo que se falava na mesa do bar ficava ali; nossos assuntos, opiniões, desabafos e o mais que fosse não poderia ser comentado com ninguém. Seu uso era estritamente pessoal como conhecimento, experiência ou ensinamentos de “malandragens” para nos prevenir de armadilhas de qualquer tipo. Mas a divulgação de um assunto, principalmente quando um parceiro emitia opinião sobre qualquer pessoa ausente e relacionada com o grupo ou alguns do grupo, era proibida. Quem

cometesse uma indiscrição de contar assunto, desse tipo, falado na mesa do bar, passava a ser isolado da turma, até decidir se afastar e procurar outra turma. Era tão séria a regra que apelidamos nossos bares de “igrejas”.

Tínhamos, durante a semana, as “igrejas” de acordo com o interesse de cada um. Na quarta era no bar do Joca, porque tinha televisão e passava os jogos de futebol, e como a turma era metade gremista e metade colorada, havia sempre a “flauta” após o término da rodada, e isso era o bom. Na sexta, no bar do Português, era o churrasco da semana. Assim outros dias também tinham seus atrativos. Na semana, eram várias “igrejas”, onde cada um “rezava” de acordo com sua necessidade.

Isso passou-se em Porto Alegre, e acredito que na maioria das cidades grandes aconteça também assim. Parece-me o reflexo da solidão que as macro-cidades impõem a seus habitantes que, muitas vezes, nem conhecem o vizinho que mora à frente de sua porta ou no mesmo andar que o seu. A dificuldade de conviver com amigos e parentes pela distância, exigüidade do tempo e outros fatores desumanizantes próprios de um grande conglomerado urbano.

Resta, então, procurar as “igrejas”, sentar nos confessionários da mesa do bar, tentando encontrar um amigo “que pode ser tu, que não conheço’

Conversa de barConto do Cel Anchieta

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Correio Brigadiano pág 19 - Abril de 2013

Mostra Fotográfica do “12º BPM: A força da comunidade”Apoio do Núcleo da Liga de Defesa Nacional e do Clube do Fotógrafo, ambos de Caxias do Sul

Reportagem Especial

A presente Mostra Fotográfica foi promovida pelo Núcleo da Liga da Defesa Nacional de Caxias do Sul, com apoio do 12º BPM e do Clube do Fotógrafo, tendo o seguinte tema: “12º BPM: A Força da Comunidade de Caxias do Sul”.

Entre os objetivos do concurso estão o de divulgar os diversos serviços prestados pelo 12º BPM à comunidade caxiense, demonstrando a relevância social do policiamento ostensivo prestado à comunidade ao longo dos 38 anos de sua existência.

Segundo o Regulamento do Concurso, as fotos deveriam expressar situações cotidianas e que envolvessem atividades do policiamento, atendimento de ocor-rências, patrulhamento, serviços prestados, atendimento ao fone 190, monitoramento das câmeras de vídeo-monitoramento, treinamentos, reuniões comunitárias, suas instalações físicas, aquartelamentos, viaturas, equipamentos, cerimônias e solenidades, emprego de cães e cavalos, tudo fruto do cotidiano do policial militar em seu dia-a-dia de serviço.

Pela decisão comissão organizadora, composta por integrantes do 12º BPM, do Núcleo da Liga da Defesa Nacional e profissionais com experiência em fotografia, foram escolhidas como vencedoras do concurso as seguintes fotografias:

Em 3º lugar: a fotografia ”Aproximando a Comunidade” de DELI TOMAZZONI.Em 2º lugar: a fotografia “Amor ao que Faz” de DENISE SCHWINGEL.Em 1º lugar: a fotografia “Observando” GISA FEDRIZZI.

Parte das fotografias que participaram do Concurso Fotográfico permanecerão em exposição itinerante em locais públicos e de grande movimentação de pessoas, procurando aproximar ainda mais a Corporação de sua comunidade.

Fotos pequenas: Maj Cmt 12ºBPM e brasão do OPM

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Correio Brigadiano pág 20 - Abril de 2013 Ó R G Ã O S P O L I C I A I S

E S P A Ç O

O MBM Seguro de Pessoas é o apoiador do grupo de ciclistas gaúchos “Adventure/MBM Se-guros”. Os atletas Fabiano Garcia, Daniel Oliveira, Marcelo Tentardini, Ricardo Machado, Rui Barbosa e Silvio Soares se reuniram em novembro de 2012.

Os integrantes, que são de Porto Alegre, Alvorada e Viamão, participam de campeonatos em várias cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e também no Uruguai. “Nosso próximo de-safio é no dia 24 de março, na Volta das Hortênsias, uma prova de speed (bikes de asfalto). Tem um percurso de 70 km a 120 km pela Serra Gaúcha, estaremos lá com quatro atletas”, comenta o atleta

MBM apoia equipe de ciclismoRui Barbosa.

No dia 7 de abril, o grupo participa de duas provas, uma na Zonal Sul da Capital, em 50 km de chão batido com subidas, e a outra, que se inicia na mesma data, tem duração de dois dias e ocorre próximo a Capão da Canoa, no Litoral gaúcho, totalizando 180 km. A equipe é filiada a dois campeonatos estaduais de ciclismo, da Fed-eração Gaúcha e o da Zona Sul de MTB (montain bike). Eles são disputados durante todo o ano e tem, em média, 10 etapas. “Já nos destacamos nas provas disputadas, liderando em duas categorias, na elite no Zona Sul e na master B da Federação”, destaca Barbosa.

“O MBM incentiva os atletas porque percebe no esporte um meio de preservar a saúde e a disciplina das pessoas. Acreditamos na dedicação da equipe, que tem demonstrado profissionalismo e determinação”, comenta o presidente do MBM, Guacir de Llano Bueno.

MBM promove treinamento para corretores em Passo Fundo

O MBM Seguro de Pessoas promoveu treinamento aos profissionais da Futtura Corretora de Seguros, no dia 6 de março, em Passo Fundo. O supervisor Marcos Cesar Klein de Oliveira repassou informações sobre os produtos da empresa e esclareceu dúvidas dos corretores participantes.

“Iniciativas como essa ajudam a difundir a cultura do seguro de vida, além de des-

pertar o interesse na venda dos produtos, possibilitam que os profissionais troquem informações. As pessoas se preocupam em contratar seguros da casa, do automóvel, dos bens materiais e, muitas vezes, esquecem de segurar o bem maior, a vida, gerando benefí-cios aos familiares. Há também produtos que o próprio segurado pode usufruir”, comenta o supervisor.

Nesse encontro, oito colaboradores da Futtura acompanharam o treinamento. A loja do MBM em Passo Fundo fica na rua Cel. Pelegrini, 618, no centro da cidade. O telefone é (54) 3045-3555 e o e-mail [email protected].

Colaboradora do MBM recebe apoio de colegas para formatura

A auxiliar administrativa Fabiana Ca-margo Soares, que é colaboradora do MBM Seguro de Pessoas desde e outubro de 2004, forma-se no curso de Administração de Empre-sas no dia 6 de abril. Ela foi beneficiada pelo

projeto de formação profissional da empresa, que desde junho de 2011 repassa bolsas de estudo de até 60% do valor da mensalidade para os colaboradores. Quem recebe o auxílio geralmente faz doações mensais em alimentos ou roupas que são entregues à instituição de caridade do Rio Grande do Sul. Neste mês, o grupo de colegas de trabalho resolveu contribuir com Fabiana na etapa final de qualificação e repassou valores para ajudá-la na cerimônia. “O projeto de formação é muito bacana, incentiva a capacitação e o apoio dos colegas foi muito importante”, comenta a auxiliar administrativa.

Rede de Colégios Tiradentes da BMRede modelo de escolas sob a administração da Brigada Militar

Buscamos na direção uma Manifestação do CT/Poa

sobre os vestibularesFoi nos informado que quanto o aproveita-

mento dos alunos no Vestibular ocorrido no último ano, no CT da Capital, teve o seguinte desmpenho:

Tivemos 133 formandos no ano de 2012, sendo que aproximadamente 99 passaram no vestibular 2013, quanto a reprovação é comum como em qualuer escola, se não houver dedi-cação reprova, dá uma média de 1 a 2 alunos por ano de reprovação.

No total de formandos 2012, uma média de 40 são dependentes de militares.

O colégio na sua história teve aproxima-damente 1720 formandos nesta trajetória, não temos como informar o número de ex alunos que incluíram na BM.

Teremos uma média de 155 formando em 2013, distribuidos em 5 turmas.

Informação remetida pela comunicação social da CT/Poa.

No dia 27 de março, 4ª feira, em uma construção entre a Direção e os alunos dos ter-ceiros anos, foi vivenciado no colégio, o Dia do Pijama. A proposta buscou criar um ambiente lúdico e interativo entre a comunidade escolar.

Em 26/03, os alunos do CT realizaram um evento de páscoa na Creche Anjos da Tinga, na Rua Natal Fagundes, nº 46 no Bairro Resting, com 40 alunos, com idades entre 05 meses e três anos.

Tal entidade foi escolhida para desenvolver o projeto de páscoa, em virtude de ser uma creche carente, pouco assistida.

Os alunos do CTBM-PA se mobilizaram, trazendo doações, foram arrecadas caixas de bombons, material de higiene, fraldas, leite, achocolatados, refrigerantes, alimentos em geral e material escolar para realização de atividades

Paty Ávila, via Face: Adorei a reunião! Mto esclarecida, principalmente p nós pais dos alunos dos primeiros anos. Espero que todos contribuam para melhorar cada vez mais este Colégio que é um exemplo em Educação.

Rozalvo Carvalho , via Face: só quem usou sabe da importancia de um combate ao fogo no incio do sinistro, para apagar de imediato.

Comissões de Formatura reuneidas pelaa Direção em 19 de março de 2013.

Turma 31=Alunas Luísa Moiano, Leticia Piasenski e Gabriela Raymundi;

Turma 32=Alunas Victória Trindade, Elóra Madeira e Fernanda Dias;

Turma 33=Alunas Luiza Manica e Natália;Turma 34=Alunos Juliana Souza Pinto,

Ramon Nobre e Hammer-Muller;Turma 35=Alunos Nikolle Aimee, Felipe

Graeff e Pedro Ozório.Colégio Tiradentes Brigada Militar Na opor-

tunidade foram tratados assuntos de interesse dos alunos, entre eles, formatura e atividades de entretenimento, visando integração da comunidade escolar.

Comissões de Formatura de terceiros anistas em reunião

com a direção CT/Poa

A visão de rede está em desenvolvimento. A maior visibilidade é do Colégio Tiradentes (CT) está em cada localidade onde foi instalado, e em comunidades que buscam o prestígio, dessa exceção, em conseguir o funcionamento de um CT local. São referências sempre e em

qualquer situação. Sua existência orgulha os brigadianos, mas principalmente, a sociedade que lutou e se vez ouvir pela preservação desse modelo universal de ensino. Vale a pena conhecer algumas das peculiaredades dessa vida acadêmica.

Um pouco da Festa 2013 do pijama uma atividade de interação diferenciada

A instrução de combate a incêndios para os alunos

preparando-os à comunidade

Reuniões de Pais e Mestres uma rotina à vida de todos nas atividades acadêmicas

Trabalhar aspectos de uma sociedade solidária está no processo pedagógico do CT

de pintura, alusiva a páscoa.Os alunos tornaram o evento mais emocio-

nante, pois vestiram fantasia de coelho e também levaram coelhinhos vivos, onde foi a sensação da criançada.Interagiram com as crianças, cantaram, fizeram pintura de rosto de coelhinho, arrumaram uma mesa enorme de lanche com bolos, sanduich-es, bolachinhas, chocolates e bastante guloseimas.

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Correio Brigadiano pág 21 - Abril de 2013

COLUNA CAP MORAES

Ó R G Ã O S P O L I C I A I S

Monitor Penitenciário LeiriaRetificação necessária à história deste Monitor Penitenciário

Prezados leitores em falarei aos senhores nesta edição a respeito do agente químico conhecido como “pimenta” tem esse nome pois inicialmente era extraído da própria pimenta , é conhecida como (oleoresin capsicum – capsaicina) e possui a silgla OC (referências as primeiras letras do nome)

A pimenta tem origem estimada desde 2000 AC, todavia foi introduzida com sucesso no ocidente no ano de 1494 por Cristóvão Colombo. Foi sintetizada com sucesso na década de trinta, mas foi realmente utilizada com sucesso pelos correios americanos desde o ano de 1961 contra ataques de cães aos carteiros, sendo realmente introduzido para ações de segmentos das forças de segurança em 1974 e, popularizado em 1976.

O OC é usado em larga escala por agen-tes federais nos Estados Unidos da América

desde 1989.Foi introduzido no Brasil pela empresa

CONDOR no ano de 1994.Este agente químico possui uma excelente

eficácia física e psicológica, surpreendendo de imediato aqueles que são submetidos aos seus efeitos, provocando fechamento involuntário dos olhos, forte lacrimejamento, fotofobia ou fotosensibilidade, sensação de sufocação e queimação, tonteira, corrimento nasal, grande reação emocional e desorientação.

Com o avanço tecnológico possuímos hoje este agente em forma de espargidor (spray), em forma de espuma e, ainda, em forma de gel.

Em se tratando de tecnologias de menor potencial ofensivo este agente químico é um dos mais utilizados no mundo pois incapacita tempo-rariamente o “suspeito” proporcionando a volta a normalidade do organismo em pouco tempo.

Por fim lembro a nossos leitores que para a utilização deste tipo de material o operador deve possuir habilitação específica, possuindo conhecimento pleno do material a ser em-pregado. Todo trabalho com agente químico pressupões cuidados pré e pós instrução, em especial àqueles relativos à descontaminação do produto.

Ainda ressalto que devem ser utilizados somente agentes químicos fornecidos pela cor-poração, pois estes são testados e aprovados para a atividade policial.

Com saudações de atirador, um excelente mês e bons tiros!!!!!!!!!!!!!

Cristiano Luís de Oliveira Moraes - Cap QOEM Especialista em Segurança Pública - UFRGS - 2007

Instrutor de Tiro da Brigada Militar - 2009Instr. de Operações Não-Letais -CONDOR Brasil - 2008

Instrutor TASER - 2009Serve na Corregedoria Geral da BM – POA

E-mail: [email protected]

Agente químico pimenta

Na edição nº 211, do jor-nal abc da Segurança / Correio Brigadiano, que circulou no mês de dezembro de 2012, quando da publicação da História de Vida do professor Leonardo Leiria da Ro-cha, houve três falhas de redação que gostaríamos de restaurar, para a verdade dos fatos.

1. não sou agente penitenciário, sou MONITOR PENITENCIÁRIO, somos apenas 62, em extinção2.Por favor meu nome de guerra, que prezo ao extremo, que bordei em bonés, camisas etc . é

‘LEIRIA’ E NÃO LEIRIassss como saiu e lamento muito na capa do belo jornal. (saiu página 9, quando a publicação está na página 27.

3.A matéria omitiu meu maior orgulho na susepe, que foi ter PROJETADO, CRIADO E FUNDADO O ‘GAES’ - GRUPO DE AÇÕES ESPECIAIS DA SUSEPE, aliás, já tentaram se apropriar de ta fato.

Espero que o fraterno amigo comprenda minhas colocações e possa promover uma justa retificação.Permaneço ao dispor. abrs Leiria. (Será devidamente retificado na versão online do abcdaseguranca)

Comando-Geral da Brigada visitou o Chefe da Polícia Civil, estiveram reunidos as cinco maiores atuoridades institucionais da Polícia Civil gaúcha e da Brigada Militar.

O Comando-Geral da Brigada Militar esteve na quarta-feira (27/03) no Palácio da Polícia em reunião com o chefe da Polícia Civil, Ranolfo Vieira Júnior, na intenção de aprofundar o processo de integração entre as duas instituições. Estiveram presentes o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Fábio Duarte Fernandes; o subcomandante-

geral coronel Silanus Serenito Mello; o chefe do Estado-Maior coronel Alfeu Freitas Moreira; e o subchefe de Polícia, Ênio Gomes de Oliveira.

Conforme o coronel Fábio, a Brigada Militar e a Polícia Civil estão desenvolvendo excelentes trabalhos, mas apesar dos esfor-ços e investimentos, a criminalidade continua fazendo vítimas. “Diante disso, precisamos, cada vez mais, afinar as relações e reafirmamos a postura da Corporação de ações conjuntas e inteligência integrada com a Polícia Civil”, disse o comandante-geral. (Nota da PM/5)

Reunião das cúpulas: BM e PC, as duas maiores instituições da segurança

PRF gaúcho tomba em Santa Catarina e volta para o “pago”

Morte do PRF Maurício Wojciechovki em Cunha Porã, oeste catarinenseEm 1º de abril, por volta das 19hs, no hospital de Cunha Porã/SC, oeste catarinense, ocorreu

o falecimento do PRF Maurício Wojciechovki, ..O PRF Maurício, 43 anos nasceu no dia 04/05/1969 em Mafra, era casado e tinha 3 filhos. Ele

ingressou na PRF no dia 08/01/2013, ou seja, há pouco mais de 2 meses e estava trabalhando na delegacia de Chapecó/SC, na Unidade Operacional de Maravilha.

Ele estava trabalhando na BR 158, em Cunha Porã/SC, e durante uma fiscalização foi atro-pelado por uma carreta.

O corpo foi levado para Mafra, onde ele foi enterrado. PRFs de todo o Estado compareceram ao funeral. Havia muita gente no enterro e todos lamentavam a morte prematura deste brilhante jovem.

Núcleo de Comunicação Social - Polícia Rodoviária Federal - Santa Catarina

O jornal pretende buscar junto aos familiares a história de vida deste valoroso PRF. O abc da segurança não quer a sociedade esqueça seus heróis. Por isso nossa preocupação em registrar todos os que constoem a segurança pública, principalmente, os que se imolam por ela.

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Correio Brigadiano pág 22 - Abril de 2013 Órgãos de Polícia

DH do TC Franquilim

Paulo Cézar Franquilim Pereira – TC QOEMAssessor de Direitos Humanos do Cmt-Geral

- Será que volto vivo para [email protected]

Cristo no combate às drogasJoel Vieira Lopes – Sd PM CRPO LitoralPastor e Missionário Evangélico

História da BM - PesquisasPaulo Rogério Machado Porto Cel - Pesquisador

José Luiz ZibettiTen PM de Passo Fundo

Arte da somar - Parlamentos ...

Questões de TrânsitoCarlos Pedot – Sgt do 1º BRBMConsultor em Trânsito

Articulistas abc on-line do Correio Brigadiano

http://abcdaseguranca.org.br/abc/

- Atire a prieira [email protected]

- Registros de hoje; histórias de amanhã[email protected]

- Desincompatibilização e filiação partidá[email protected]

- Que tipo de extintor de incêndio devo ter?

[email protected]

Policiamento interioranoCarlos Roberto Borges Romerinho – Sgt CVMI do 30º BRBM - Consultor

- O que vou contar para os meus [email protected]

T Ú N E L D O T E M P O - [email protected] “Intentona e Redentora” elos da mesma correnteB A T E & A S S O P R A - [email protected] Dois símbolos e duas magnitudes- CNCG de PM e CBM - Esperam-se atitudes pró ativas ao destino das instituições....

Articulistas Especiais JCB

Um grupo de 12 bombeiros da Polícia Nacional da Bolívia está no Rio Grande do Sul realizando treinamento na Escola de Bombeiros (EsBo) da Brigada Militar. Eles iniciaram as atividades na segunda-feira (11) e é a primeira vez que vêm ao Brasil com esta finalidade.

Nesta terça-feira (12), os bombeiros bolivianos foram recepcionados pelo comandante-geral da Brigada Militar, coronel Fábio Duarte Fernandes, em seu gabinete. A delegação é chefiada pelo tenente Aldo Vega Flores. Ele disse que ficou admirado com a complexidade da Corporação, devido aos vários tipos de policiamento, agradeceu a logística colocada à disposição para o treinamento e levará para seu país a experiência da Escola de Bombeiros do Rio Grande do Sul. Coronel Fábio, falando em espanhol, destacou a importância da troca de experiências e a intenção de estreitar relações com a polícia boliviana, a partir desta oportunidade.

Conforme o comandante da Esbo, major Rodrigo da Silva Dutra, a solicitação do treinamento foi feita pela Polícia Nacional da Bolívia, que adquiriu quatro caminhões de combate a incêndio de uma empresa gaúcha, situada em Santa Cruz do Sul, com vendas em todo o Brasil, América do Sul, América Central e África. “Como o Corpo de Bombeiros da Brigada Militar também utiliza caminhões e equipamentos deste fabricante, a polícia boliviana entendeu adequado contar com as nossas instruções para o manuseio de sua nova frota”, declarou major Rodrigo.

Os treinamentos acontecem na sede da EsBo, em Porto Alegre (Av. Silva Só, 300). O programa contempla a utilização de equipamentos de combate a incêndio, busca e salvamento, sistema de comando de incêndios e prevenção contra sinistros. O grupo também fará visita ao 5º Comando Regional de Bombeiros (5º CRB), em Caxias do Sul, e ao 6º CRB, em Santa Cruz do Sul.

Para o dia 18 de março, está previsto um treino de contenção de grandes incêndios com líquidos inflamáveis na área do Centro de Treinamento de Controle de Emergências do Pólo Petroquímico de Triunfo. A atividade prática envolverá o manuseio de mangueiras, proteção respiratória autônoma (uso de cilindros de ar) e salvamento em espaço confinado. A delegação permanece no Estado até o dia 22. (Gab Cmt - Jornalista Jussara Pelissoli (RMT 6108))

Brigada Militar treina grupo de bombeiros Bolivianos

CPC faz Operação Força tarefa para coibir furto e roubo de veiculos na zona norte

Fotos do Sgt Wilson da PM5Em 26/03 a Brigada Militar Comando de Policiamento da

Capital realiza Operação Força tarefa para coibir furto e roubo de veículos na zona norte de Porto Alegre. Foram montadas barreiras em determinados locais estratégicos, através dessa operação foram abordadas 1.600 pessoas e 840 veículos fiscalizados sendo carros, motos, ônibus, caminhões e taxis. A operação ocorreu das 17:30 ás 23:30 aonde foram aprendidas 12 pessoas por trafico de drogas e porte ilegal de arma, uma foragida e um procurado.

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Reportagem Especial

Ten Bayerle & Blog’s way...Claudio Medeiros Bayerle – TenentePresidente da Apesp Tesoureiro da AbrilMembro da ICPAssociassão Internacional de PolíciaBacharel em LetrasMestre em Teologia Sistemática

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Continuação dos blogs da útlima edição

Patrulheiros Rodoviários de Viamão promovem encontro O 1º Encontro ocorreu em 15 de março, no Galpão crioulo do GPRv da cidade e contou com autoridades

A Brigada Militar regulou através da NI Técnológica 009/2012 (BG 007/2013) procedimentos de criação, desenvolvimento, avaliação, implementação, publicação, atual-ização e manutenção de Sites e Mídias Sociais na Corporação.

Os SITES da Corporação, (hospedados no domínio “www.brigadamilitar.rs.gov.br/estrutura/”) massificam a comunica-ção visual e a identidade da Brigada Militar e são precedidos pelo site da BM (principal, gerenciado através do Comando-Geral) e os das diversas unidades operacionais e administrativas, além daqueles de programas institucionais, cujas responsabilidades cabem diretamente ao Comandante/Chefe de cada OPM, sendo de competência do DI o desen-volvimento, execução, manutenção, instrução, avaliação de projetos de criação, hospedagem e fiscalização dos sites da Brigada Militar e da Intranet, cabendo aos Departamentos e aos Comandos Intermediários a criação de páginas para a divulgação de informações, utilizando tecnologia baseada na plataforma

de desenvolvimento da Microsoft®, devendo apresentar navegabilidade e visibilidade padrão, contendo o Brasão de Armas do Estado e o Brasão de Armas da Brigada Militar, além do Brasão de Armas do OPM. Outrossim, as cores permitidas são o Bege-BM e suas tonalidades; Verde-BM e suas tonalidades; o Cinza-BM e suas tonalidades. Destarte, em todos os sites de OPM haverá um LINK de referência ao site da BM.

É considerada utilização indevida a publicação de campanhas político-partidárias; conteúdo pornográfico; propaganda comercial e conteúdos que violem os Diretos Humanos, bem como o lançamento de site sem aprovação pelo DI e hospedagem de site da Corporação fora do domínio BM.

Mídias sociais: O Comandante/Chefe de OPM

poderá criar conta de mídia social com o objetivo de complementar a integração proporcionada pelos sites da Corporação (links no site do respectivo OPM), entretanto, o nome da conta deve estar associado diretamente à pessoa do

Comandante do OPM, com o posto e o nome, mas não devendo utilizar o nome do OPM na composição do nome da conta, sendo ainda responsável direto pelos posicionamentos, manifestações, opiniões, divulgação de imagens, e tudo que for publicado sobre a Corporação, bem como fiel cumpridor dos termos de serviço do gerador.

Imperioso referenciar ainda que não é admitido aos militares estaduais e servi-dores civis da BM, bem como aos estudantes das escolas Tiradentes e aos estagiários na Corporação, a criação de contas com objetivos de se prestarem a funcionar semelhantes como site de OPM da Corporação, com nome igual ou que cause confusão a nome de órgão da Brigada Militar.

Organizado pelo 2º Sgt CVMI - ROQUE HÉLIO DE SOUZA GOMES, e pelo 2º Sgt CVMI - LUIS ANTONIO VIEIRA DE ANDRADE, ambos da turma de 1981, que ingressaram direto, na época Batalhão de Polícia Rodoviária, realizaram o encontro no Galpão da Amizade junto ao Grupo de Políciamento Rodoviário, no km 8 da ERS/040, em Viamão, no dia 15 de março 2013.

A iniciativa foi considerada muito positiva, pelos policiais rodoviários e elogiada pelos convidados, que compareceram. Não foi pos-sível entrar em contato, e convidar a todos deste período, mas esperamos que em março de 2014, já com uma data que será marcada, pos-samos reunir mais colegas para este encontro.

Os organizadores relatam a presença de autoridades e convidados: Presidente do CETRAN, Jaime Lobo da Silva Pereira, que ingressou, na época, Batalhão Rodoviário, em 1991; Chefe do EMBM, Cel Alfeu Freitas

A foto oficial do evento relata os participantes peresentes: De pé no fundo: Sgt-Julio, Sgt-Nascimento, Sgt-Jobim, Ten-Passos, Sgt-Araújo, Sgt-Humberto, Sgt-Argeu, Jaime, Sgt-Santana, Sgt-Daniel, Sgt-João Carlos, Ten-Godoy, Ten-Bota, Sgt-Isidoro, Ten-Larrossa. De pé no meio: Sgt-Junior, Sgt-Dilmar, Sgt-Sangoi, Sgt-Roberto, Sgt-Macedo, Sgt-Trindade, Sgt-Souza, Sgt-Andrade, Sgt-Mugica, Ten-Luiz Roberto, Ten-Rogério, Ten-Boulanger, Sgt-Norberto, Sgt-Barros, Ten-Foraster, Ten-Moacir, Sgt-Cardoso. Sentados: Cb-Ulisses, Ten-Tavares, Ten-Camargo, Sgt- Conceição, Sgt-Nelson, Maj Egon, Cel Freitas, Maj Cidade, Claudio, Ten-Filho, Sgt-Aquistapace, Maj Carpes. Ajoelhado: Sgt-Moacir, Sgt-Lopes, Ten-Dalni, Sgt-Marco Aurélio, Sgt-Oracilio, Sgt-Otaviano,Ten-Fagundes.

Moreira que ingressou em 1987; Cmt do 21º BPM, Maj Egon Marques Kvietinsk que ingres-sou em 1987; Cmt do 32º BPM, Marcelo Fraga Carpes ingressou em 1998; Maj Antonio Marcos Cidade Bevonezi que ingressou em 1987, e representando o Cmdo do 3º CRBM, Cap Clodemilton Silva Boeno – Resp/Cmdo 2ª Cia Viamão, em destaque especial o Sgt – Sergio Monteiro, um dos últimos remanecentes da antiga GUARDA RODOVIÁRIA DO DAER, hoje com 76 anos, que ingressou em 1957, alem dos outros convidados.

O próximo encontro em março de 2014.

A 1ª Comandande em CPCA Capital de Minas Gerais marca posição

Apesar de assegurar que as condições para homens e mulheres são iguais dentro da polícia, a coronel reconhece que a novidade gera expectativas, inclusive por parte dela. A oficial, que não dispensa o batom, a maquiagem nos olhos e um perfume importado, diz que se sente responsável por demonstrar que o fato de conseguir realizar um bom trabalho está exclu-sivamente ligado ao empenho e à dedicação. “Ser mulher não é o fator que vai determinar se aquele comando vai ser exitoso ou não”, pontua. Para garantir o êxito de sua atuação à frente do CPC, a coronel Cláudia Romualdo aposta em um comando próximo dos militares e também da população, acompanhando o dia a dia das ocorrências da cidade.

“Eu me considero uma pessoa extrema-mente visual. Para que eu possa solucionar um problema, eu gosto de ver o problema.

Então, eu gosto de ir à rua, porque na rua o aprendizado é insubstituível, na minha opinião. Na rua eu consigo, ao mesmo tempo, falar com o cidadão, ouvir dele as suas impressões, e, ao mesmo tempo, falar com o policial militar que está trabalhando na rua, ouvir dele as sugestões, as impressões”, explica.

Filha de uma professora aposentada e de um tenente-coronel da reserva, a comandante de Policiamento da Capital não demorou muito para se decidir pela carreira militar. Cláudia Romualdo nasceu na capital mineira, no dia 28 de fevereiro de 1968, em pleno sábado de carnaval. Ela conta que, durante o trabalho de parto no Hospital Felício Rocho, a mãe dela ouvia as marchinhas que embalavam os foliões na matinê Clube dos Oficiais da Polícia Militar, localizado no bairro Prado, na Região Oeste da cidade. Matéria completa no (G1 -Globo) e JCB.

Coronel Cláudia Romualdo

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Correio Brigadiano pág 24 - Abril de 2013

JCB 214 - abril de 2013

Cmt Geral se reúne com o Conselho Superior Comandante palestrou aos oficiais do CRPO

LIT

ER

AT

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Cumpridor de ordens e Bolsa bandido ....................... Pág 8

Cracão de Bola o Chaleira ......................................... Pág 10

El Rey e Sobrevivência urbana ............................. Pág 12

Análises literárias e Socorro ................................... Pág 14

O mestre e Magna Carta ................... ..................... Pág 16

Parou ... desceu e Conversa de bar ...................... Pág 18

Pág - 4

Coluna do Chefe da PC/RS

Uma histórica reunião das entidadesnacionais de segurança pública

Delegado Ranolfo Vieira Junior

Pág - 21