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Pág - 6 Ano XX - nº 220 A P E S P Trabalhadores da Segurança - Irmãos de ofício Dezembro de 2013 Distribuição gratuita Militares Estaduais Brasileiros - Gendarme Brasil Existem gendarmes em mais de 64 países no mundo, afora os PMs e BMs do Brasil Programa de reconhecimento da atividade policial Construtores da Segurança Pessoas que devotaram sua vida ao serviço da sociedade Cap Valnei Tavares da Silva Escritor e advogado Pág 17 Ten Felipe Lopes Rodrigues Bombeiro com 90 anos Pág 19 Queremos que a história da segurança pública do Estado do Rio Grande do Sul, quando lida, pesquisada ou pro- cessada para qualquer finalidade, tenha a referência concreta de todos os seus construtores e de todas as suas instituiçõs policiais (BM, PC, Susepe, IGP e Detran). Atenção empresário anunciante Pessoas usam o nome do Correio Brigadiano para vender ou cobrar anúncios indevidos. Solicite a credencial da empresa e na insistência comunique imediatamente a polícia. (DP ou BM) direção do abc/JCB Pág - 21 O PT que não quer a Desmilitarização das PMs Brasileiras Existe! quem garante é o 1º Sgt Marcos Rogério Geremias Cel Júlio César Marobin - Coordenador Estadual de Policiamento Comunitário da SSP/RS Os resultados positivos chegaram Pág - 23 Nós e nossos irmãos gendarmes do mundo ST Alfredo Luiz Dalla Costa Pracinha da FEB Pág 7 Vanderlan Rodrigues Vieira Juiz Militar, Cel Pág 11 3º Sgt Abrão da Silva Souza Força Tarefa do Presídio Central Pág 13 TC Telmo Flores de Siqueira Agrônomo e Inventor Pág 9

JCB 220 Dez/2013

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Jornal ABC da Segurança Pública, também conhecido Como Correio Brigadiano.Destinado como familias dos integrantes de Órgãos da Segurança Pública BR / RS (SSP / RS) Brigada Militar, Polícia Civil, Susepe e IGP

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Pág - 6

Ano XX - nº 220 A P E S P Trabalhadores da Segurança - Irmãos de ofício Dezembro de 2013

Distribuição gratuita

Militares Estaduais Brasileiros - Gendarme BrasilExistem gendarmes em mais de 64 países no mundo, afora os PMs e BMs do Brasil

Programa de reconhecimento da atividade policialConstrutores da Segurança

Pessoas que devotaram sua vida ao serviço da sociedade

Cap Valnei Tavares da SilvaEscritor e advogado

Pág 17 Ten Felipe Lopes RodriguesBombeiro com 90 anos

Pág 19

Queremos que a história da segurança pública do

Estado do Rio Grande do Sul, quando lida, pesquisada ou pro-

cessada para qualquer finalidade, tenha a referência concreta

de todos os seus construtores e de todas as suas instituiçõs

policiais (BM, PC, Susepe, IGP e Detran).

Atenção empresário anunciantePessoas usam o nome do Correio Brigadiano

para vender ou cobrar anúncios indevidos.Solicite a credencial da empresa e na insistência

comunique imediatamente a polícia. (DP ou BM)direção do abc/JCB

Pág - 21

O PT que não quer a Desmilitarização das PMs Brasileiras

Existe! quem garante é o 1º Sgt Marcos Rogério Geremias

Cel Júlio César Marobin - Coordenador Estadual de Policiamento Comunitário

da SSP/RS

Os resultados positivoschegaram Pág - 23

Nós e nossos irmãos gendarmes do mundo

ST Alfredo Luiz Dalla CostaPracinha da FEB Pág 7

Vanderlan Rodrigues VieiraJuiz Militar, Cel

Pág 11 3º Sgt Abrão da Silva SouzaForça Tarefa do Presídio Central

Pág 13

TC Telmo Flores de SiqueiraAgrônomo e Inventor

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Correio Brigadiano pág 2 - Dezembro de 2013

Os artigos publicados com assinatura nesta página não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. As cartas devem ser remetidas para a coluna Mural do Leitor, com assinatura, identificação e endereço. A Redação do JCB fica na Rua Bispo Willian Thomas, 61, CEP.: 91.720-030, Porto Alegre/RS. Por razões de clareza ou espaço, as cartas poderão ser publicadas resumidamente.

Questões legais

Quem anda em sinceridade , anda

seguro; mas o que perverte os seus caminhos ficará

conhecido.Provérbio 10 v.9M

ural

do

Leito

rO P I N I Ã O

Presidente: Ten Claudio Medeiros BayerleVice-Presidente: Cel Délbio Ferreira Vieira Tesoureiro: Ten RR Luiz Antonio R. VelasquesSecretário: Maj RR Pércio Brasil Álvares

Endereço: Rua Bispo Willian Thomas, 61 - CEP: 91720-030 - Porto Alegre/RS

Utilidade Pública Estadual e Municipal

Distribuição gratuita para todos os servidores civis e militares, da ativa e inativos da BM, policiais da ativa e aposentados da Polícia Civil, servidores da Susepe, IGP, instituições municipais de segurança, vereadores, prefeitos e parlamentares.

Associação Pró-Editoração à Segurança Pública

Correio Brigadiano Editora Jornalística LtdaCNPJ: 05974805/0001-50

Telefones e Fax:(51) 3354-1495 (51) 8481-6459

Informações e arquivos JCB:(HIst.de Vida) www.abcdaseguranca.org.br

(Notícias) www.correiobrigadiano com.br(Notícias) [email protected]

(comercial) correiobrigadiano. [email protected](Adiminsitração) [email protected]

Jornal “abc da Segurança Pública”

Diretor: Vanderlei Martins Pinheiro – Ten Cel RRRegistro no CRE 1.056.506 INPI nºs 824468635 e 824466934

Administrativo: Franciele Rodrigues Lacerda Relações Institucionais: Cel Délbio Ferreira Vieira e Ten Valter Disnei (colaboradores) Comercial: Paulo Teixeira e equipe de vendedores (ver www.abcdadeseguranca.org.br) Atendimento e elabora anúncios: Janaina Bertoncello Secretária da redação e postagens web: Estagiária Gislaine GuimarãesCirculação: Ten Jorge Ubirajara de Barros (colaborador) Redação: TC Vanderlei Martins Pinheiro – MTb/RS nº 15.486Assessoria: TC e Jorn Paulo César Franquilin Pereira – MTb/RS nº 9751 (colaborador) Web Mídia/Redator: Sgt Rogério de Freitas Haselein (colaborador) Fotografia: Ten RR Enídio Pereira – Fotógrafo Jornalista MTE nº12368 e arquivos de OPMs E ACS da BM/RS e Arq da ACS PC/RS.

Tiragem: 15.000 exemplaresImpressão: Gráfica Correio do Povo

Ano XX – nº 220 – Dez de 2013 – Correio Brigadiano: uma voz na Segurança Pública

Artes praticadas por integrantes das instituições de segurança públicaA polícia é o povo em armas. Povo e socie-

dade são institutos da população estratificada. Tem o perfil descrito em sua constitucionalidade básica, organicidade funcional e social de todas atividades, não só as produtivas. A polícia como uma das atividades da sociedade, e principalmente, por ser uma atividade essen-cial de Estado, espelha um corte setorial da sociedade ou povo.

Os cortes setoriais tendem a refletir o todo do espectro universal que representam. Assim, a policia é representativa em seus quadros funcionais, da grande maioria de extratos classificáveis da população à que presta seus serviços.

Existe entre os policiais civis, policiais mili-tares, servidores da Susepe e do GP, homens e muheres, que se dedicam as mais variadas ativdades artísticas. Muitos exercem sua arte, quase que em segredo, numa reserva quase irrestrita. Temem a possibilidade de rejeitção ou suposta hipótese de incompatiblidade com a atividade. Na realidade os artistas de todas

as naturezas artísticas ou artesanais são como caramujos escondidos em suas carapaças.

Entender e relatar as pessoas e atividades artísticas de integrantes das instituições da se-gurança pública não é uma tarefa fácil. Estamos começando a ter acesso aos que escrevem contos, crônicas, ensaios e crítica. Estes estão mais visíveis e, alguns deste universo, já par-ticipam de nosso jornal. A literatura é o hall de entrada das artes. Mas, outras atividades, como produção e interpretação da arte musical, a pintura, desenho e escultura das artes plásticas, a produção, direção e representação na artes cênicas, são todas atividades existentes e devem ser consideradas.

É apartir da questão literária, que se prepara toda essa possibilidade de articulação dos demais ramos artísiticos cuja evolução ocorre, muito vagarosamente. Em dezembro de 2011 houve a renovação da linha editorial, adotando como base as “Histórias de Vidas” das pessoas vinculadas à segurança pública. Era o jornal 204.

Exatamente, um ano após, oito edições do abc/JCB nº 212, outro preceito editorial já se firmava como complementar às histórias de vida. Estava consolidado a publicação de contos, crônicas, ensaios e crítica literária por policiais para policiais.

Acidentalmente, descoberto quando as histórias de vida dos homens de letras, não lhes foram interessantes. O primeiro a declinar foi o Cel Moisés Menezes, aceitando ser pu-blicado, somente, seu perfi intelectual, ocorrido na edição nº 210 de novembro de 2012. Na edição seguinte, outro que não fez questão da história de vida e disponibilizou a publicação de seu texto “Pássaros de ocasião”, foi o Cel Joaquim Moncks.

Nessa edição (210), participaram outros oficiais, como o Cap Bessi Fº, que publica diariamente em Montenegro, e dominicalmente, no Correio do Povo. O conceito de reportagens Especiais, como editoria, se transformou em “Literatura”, até seu nome mais condizente: “Escritores Policiais”. Já temos dois PCss e um AP aposentado, além de muitos Soldados PM.

O primeiro efeito decorrente do poder hierárquico consiste no poder de comando que os agentes e órgãos superiores exercem sobre os seus subordinados, sendo que estes têm o dever de obediência para com aqueles, cabendo-lhes executar as tarefas em confor-midade com as determinações superiores. Se a desobediência for praticada, por exemplo, por militar (das forças armadas, polícia militar ou bombeiro militar), estará configurado o crime tipificado no artigo. 163 do Código Penal Militar, estando esta desobediência ao rol dos crimes contra a autoridade ou a disciplina militar, sendo que esta tipificação não encontra equivalente na legislação penal comum. Já o Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União expressa no artigo 116, IV, da Lei nº. 8.112/90, que o servidor público deve obedecer às ordens superiores, exceto as que forem manifestamente ilegais, ou seja, a respeito das quais existe a certeza de sua ilegalidade.

No que diz respeito a obediência a uma or-dem ilegal, esta poderá ter duas consequências, que dependerão do conhecimento do subordi-nado: 1) se ele conhece a ilicitude da ordem, será responsabilizado pelo ato ilícito juntamente com seu superior; e 2) se ele ignorava, ou não tinha certeza da ilicitude do ato, a responsabilidade é apenas de seu superior, uma vez que este

servidor agiu protegido pela excludente de cul-pabilidade conhecida por obediência hierárquica, prevista no artigo 22 do Código Penal Brasileiro.

O poder de fiscalização inclui questões de legalidade e de mérito, consistindo na verifica-ção, controle, vigilância, vistoria ou inspeção das atividades desempenhadas por agentes de plano hierárquico inferior para a verificação de sua conduta, sendo que este poder se estende não somente em relação às normas legais e regulamentares, mas também no que se refere às diretrizes fixadas por agentes superiores. Por-tanto, o objeto da fiscalização é bastante amplo.

Dentro dos poderes decorrentes do hierarquia está o poder de revisão, ou seja, os atos pratica-dos pelos subordinados podem ser revistos pelo superior hierárquico, de ofício ou a requerimento de algum interessado. Se for via requerimento de algum terceiro interessado, será utilizado o recurso hierárquico próprio, que não requer previsão legal, por ser decorrência do princípio constitucional da ampla defesa e do contraditório, previstos no artigo 5º da Magna Carta. Em se tratando de recurso hierárquico impróprio, que exige expressa determi-nação legal, ocorre situação diversa, ou seja, este é remetido à autoridade que não é hierarquicamente superior à recorrida.

O poder de delegação consiste na trans-ferência de atribuições, conferidas por lei, de

um órgão ou de um agente para outro órgão ou outro agente, dentro da administração pública, sendo que o ato de delegar é discricionário e precário, ou seja, o agente é livre para realizar a delegação, podendo revogá-la a qualquer momento, sendo que tanto a delegação quanto a sua revogação devem ser publicadas na imprensa oficial. A delegação de funções no âmbito interno da administração é feita , também, através do poder hierárquico. Em síntese, pode-se dizer que a delegação consiste na atribuição ao subordinado de competência para a prática de determinado ato de competência originária do agente superior.

No que se refere às decisões adotadas no exercício da delegação, estas devem mencionar expressamente essa circunstância e serão consid-eradas como editadas pelo delegado, deste fato depreende-se que a delegação não transfere ape-nas a execução, mas também a responsabilidade pelo ato que foi delegado. A delegação somente é proibida nos atos que são de competência exclusiva daquele órgão ou autoridade, naqueles que são de caráter normativo e nas decisões de recursos administrativos.

No âmbito federal, a Lei nº 9.784/99 esta-beleceu que a regra geral é pela possibilidade de delegação de parte da competência de um órgão a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados. (cont.)

PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PODERES DECORRENTESPODER HIERÁRQUICO – PARTE 3

Marlene Inês Spaniol - Cap QOEM Bacharel em Ciências Jurídicas pela PUC/RS Mestre em Ciências Criminais pela PUC/RSDoutoranda em Ciências Sociais pela PUC/RSÀ disposição da PGE

O agressor do PM EristonAos interessados após muitas buscas pela net eis que encontrei o que

parece ser o perfil do F.D.P ele bloqueou as fotos mas de cara parece ser o perfil de um legitimo rebelde existe também uma foto em que aparece o rosto encoberto com fotografias na frente, mas do nariz pra baixo é possível ver que se trata do individuo em questão! Pena não existirem dados como endereço, telefone… Espero que este f.d.p pague pelo que fez pq se fosse um PM por muito menos que isso teria ido parar no presidio do BOE

segue o perfil…https://www.facebook.com/[email protected] - Enviado em 30/10/2013 as 11:15

Seleção Interna ao CTSP e CBAHouve mais de dez comentários no Site do JCB on-line, buscando informações sobre quando

a Brigada Militar deverá lançar o Edital para a seleção aos CTSP e CBA, afora uma centena de tefonemas para a sede do jornal, buscando vagas para os Preparatórios que ali são ministrados.

A situação continua a mesma,já publicada, no JCB on-line, há meses atrás. A manifestação do comandante-geral da Brigada Militar, Cel Fábio Fernandes, naquela ocasião, foi a de existir a necessidade institucional, dessas providências, que eram embaraçadas pelas discussões do Plano de Carreira. Que se os presidentes das entidades o procurassem solicitando os Editais, não utilizando esse andamento na questão do Plano, ele atenderia.

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Correio Brigadiano pág 3 - Dezembro de 2013

E S P A Ç OL I T E R A T U R A

Livro: Formaçao PolicialAutor: o capitão Maurício Paraboni Detoni da Brigada Militar

A formação do profissional policial no Brasil tem sido precária e além disso, marcada pela predominância de formação autoritária e distanciada da sociedade. Em consequência, o desafio de qualificar o policial a fim de pos-sibilitar sua aproximação junto ao cidadão, bem como, a intenção de oferecer alguns subsídios pedagógicos para o desenvolvimento de um serviço de segurança pública de qualidade, são objetivos desta obra. Trata-se de uma tarefa árdua, mas que apresenta inúmeras alternativas. O presente estudo oferece à analise a proposição segundo a qual a formação policial pode ser desenvolvida numa perspectiva crítico-hermenêutica, alicerçada especialmente em Hans-Georg Gadamer. Considera-se que tal abordagem poderá ser um importante mecanismo de mudança na forma de agir do policial no trato com as pessoas e com a comu-

nidade. Para tanto, num primeiro momento, são trazidos aspectos históricos da constituição das instituições, demonstrando as raízes que deram origem ao modelo de formação desenvolvido em diferentes fases, mostrando de modo especial, como os embates internos e o período do regime militar, deixaram marcas indeléveis no tocante à formação do policial militar. Na segunda etapa do trabalho, analisam-se os currículos dos Cursos de Formação de Soldados dos últimos trinta e um anos da Brigada Militar verificando-se estruturas formativas centradas no uso da força, em que pese o cotidiano policial estar voltado para ações de manutenção da paz. Na última parte do livro, propõe-se a alteração do cenário atual pela formação do profis-sional valorizado por uma adequada formação acadêmica, rompendo com a ideia de educação instrumental, tendo como objetivo a formação de

um sujeito ético, esclarecido, crítico e autônomo, através de um espaço que propicie a compreen-são de valores como a tolerância, cooperação, solidariedade, humildade, respeito e justiça, seguido por período de estudos internos em centro específico para tal.

Maurício Paraboni Detoni - capitão da CNS da BM, Bacharel em Direito (UNISINOS), Especialista em Segurança Pública (PUCRS),

Especialista em Direito Público (URI), Mestre em Educação (UPF) e docente no curso de Direito da Universidade do Contestado. (contato: [email protected])

Livro: Amores dos Oficias de MilíciaAutor: o coronel e publicitário Bento Mathuzalém de Vasconcelos

Continuará só com circulação virtualA Folha da Classe em São Gabriel do Ten e jornalista Bergenthal

Gostaríamos de divulgar todas iniciativas culturais desenvolvidas por integrantes das instituições da segurança pública

A direção do jornal garante todo o espaço necessário para essa divulgação. Precisamos receber os materiais. Não necessariamente, que tenha a atualidade, em um primeiro momento. Registrar o ”Estado da Arte” da produção cultural literária e artística é fundamental para este momento de discussão do humanismo nas instituições. Temos convicção de que existe uma expressão literária e artísitca bastante sólida dos integrantes das instituições. Essa revelação pública interna, retratará a expressão do valor policial de delegados, agentes, de coronéis aos soldados, de agentes e monitores penitenciários.

Notícia produzida pelo próprio jornalista responsável técnico pelo veículo impresso, o tenente Luiz Carlos Bergenthal: “Quarta-feira, 3 de abril de 2013 - Esta é a despedida da Folha da Classe Impressa, com circulação em São Gabriel e toda a Fronteira Oeste do Estado. Infelizmente esta foi a última publicação de nosso Jornal Impresso. Faltou apoio, mas como somos insistentes e prometo continuar com o Jornal a Folha da Classe – Online, através do SITE www.folhadaclasse.com.br.”

“Manteremos a continuidade e agradeço aos colaboradores e colunistas que voluntari-amente escreviam para o Jornal. Pessoas não

interesseiras e com um comprometimento fora do comum. Ao longo de quatro anos trabalhei com a circulação do Jornal impresso; lutei em manifestações; coloquei documentação de minha associação em ordem; exerci meu cargo voluntariamente; e com o único propósito de continuar o lutador pela minha classe.”

“Saibam a quem interessar possa, nunca fui visitado para receber pelo menos um muito obrigado, sei que as classes têm a sina de serem cruéis com quem por elas luta, mas tenham a certeza, isto não me desestimulará. Continuo e leiam a Folha da Classe, agora: on-line no endereço: www.folhadaclasse.com.br.”

IBCMNove anos de responsabilidade social

reconhecida pelo parlamentoPelo 9º ano consecutivo a IBCM recebeu, em novembro, o reconhecimento da As-

sembleia Legislativa no Prêmio de Responsabilidade Social, organizado pelo parlamento gaúcho. A entrega foi em cerimônia no teatro Dante Barone.

O prêmio tem por objetivo incentivar o envolvimento em práticas de responsabi-lidade social, sem as quais, hoje, não é possível imaginar uma empresa ou entidade organizada na sociedade, lembrou o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Pedro Westphalen, em seu discurso. O presidente da IBCM, Daniel Lopes dos Santos, que esteve acompanhado do assessor João Batista Benitz na premiação, comentou que receber o certificado entregue pelo parlamento é resultado de um trabalho “desafiador e ao mesmo tempo gratificante porque envolve a instituição com a sociedade”.

Os relatórios de atividades sociais são avaliados por uma Comissão Mista formada por entidades da sociedade civil organizada e do governo. O grupo apura os investi-mentos das organizações inscritas em ações sociais e define os premiados. Foram 203 entidades inscritas, sendo que 168 ganharam certificados, 36 receberam medalhas e as onze com o melhor desempenho levarão o Troféu Destaque RS. Instituições de ensino, empresas privadas, administrações municipais, sociedades cooperativas, organizações governamentais e entidades sem fins lucrativos fazem parte dos agraciados.

Contando com a presença de mais de uma centena de colegas, amigos e parentes, o Cel Bento Mathuzalém de Vasconcelos fez o lançamento, no último dia 07 de novembro, do seu primeiro livro, Amores dos Oficiais de Milícia, em Cerimônia organizada pelo Comando da Academia de Polícia Militar.

A Solenidade, prestigiada pelo Gen Div Res Álvaro Calazans e pelos ex - Comandantes Gerais Eloi Castro Cajal e José Dilamar Vieira da Luz, além do Presidente da ASOF BM, TC José Riccardi Guimarães, contou com a de-scrição da obra, feita pelo Cel Alberto Afonso

Landa Camargo, a quem coube prefaciá-la com moderação e justiça, segundo o autor.

Foram prestadas homenagens a dez pessoas, que o incentivaram a publicar a obra, entre elas o Comandante da APM, TC Antônio Osmar da Silva, o Cel Vanderlei Pinheiro (Jornal Correio Brigadiano), o Publicitário Cesar Carlet, o TC José Pedro Ramires Monteiro e sua neta Natália Fontoura de Vasconcelos.

Logo após a cerimônia, seguiu-se a Sessão de Autógrafos, na sala da Sociedade Acadêmica do Curso de Formação de Oficiais – SACFO-, recentemente reativada.

Page 4: JCB 220 Dez/2013

Correio Brigadiano pág 4 - Dezembro de 2013

PALAVRA DO CHEFE DE POLÍCIA Ranolfo Vieira Junior – Delegado de Polícia Chefe da Polícia Civil RS

PC/RS realizou palestra sobre violência contra

mulher em Esteio

Polícia Civil gaúcha recebe homenagem na Câmara de

Vereadores em Bagé

Uma mediação de conflito escolar - em colégio, foi

realizada pela Polícia Civil

Acadepol realiza exame de domínio em língua estrangeira

Instituições de Segurança

Neste ano, no dia 03 de dezembro, a Polícia Civil Gaúcha completará 172 anos.

Dentre as comemorações alusivas ao seu aniversário, a Instituição está organi-zando o “II Seminário Estadual da Polícia Civil: discutindo o presente e projetando o futuro”.

Estamos a poucos meses do início da Copa do Mundo no Brasil e a Polícia Judiciária tem de estar preparada para atender ao grande número de turistas que irão transitar pelo Estado durante a realização dos jogos. O Seminário em apreço discutirá matérias de relevância e incentivará o crescimento institucional da Polícia Civil Gaúcha através do debate, capacitação e qualificação de seus servidores, ampliando conhecimentos na repressão qualificada aos homicídios e na utilização de ferramentas de investigação no combate à corrupção.

Ademais, o evento, idealizado pela Chefia da Polícia Civil em parceria com o Governo do Estado, ocorrerá na cidade de Bento Gonçalves/RS, paralelamente à Reunião Extraordinária do Conselho Nacional dos Chefes de Polícia – CONCPC, promovida pela Secretaria Nacio-nal de Segurança Pública – SENASP, que contará com a presença de todos os Chefes de Polícia Civis dos Estados do Brasil.

Em 25/11, em referência ao “Dia da Elimi-nação da Violência Contra a Mulher”, a Câmara Municipal de Bagé homenageou a Polícia Civil pelo qualificado trabalho realizado nesta área. A Polícia Civil foi representada pelo Delegado de Polícia Regional Jucelino Medeiros de Oliveira; pelo Delegado de Polícia Luis Eduardo Sandim Benites, que foi o criador do “Cartório da Mulher”, em Bagé, no ano de 1999, antes mesmo da “Lei Maria da Penha” e pela Delegada de Polícia Carem Adriana Silva do Nascimento, titular da Delegacia de Polícia do Primeiro Distrito, onde funciona o Cartório da Mulher.

Em 22/11, o delegado Adalberto Lima, Co-ordenador do Serviço de Prevenção e Educação (SPE), do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (DECA), esteve no Colégio Estadual Protásio Alves, na Av. Ipiranga, onde realizou mediação de conflito escolar. Esse trab-alho está previsto na Portaria nº 04/2013/DECA

A tarde, o Delegado palestrou para 150 alunos da Escola Estadual de Ensino Fun-damental Davi Canabarro, no bairro Rubem Berta, Território de Paz. A explanação fez parte da programação escolar sobre a Semana da Consciência Negra e Diversidades Brasileiras.

O Governador Tarso Genro autor izou, em 25/11 a convocação dos candidatos aprovados no Concurso Público para delegados de polícia nº 01/2009, homologado pelo edital nº 042/2010, publicado no Diário Oficial do Estado em 15 de julho de 2010.

Segundo delegado Fabio Motta Lopes, Di-

retor da Divisão de Ensino da Acadepol, o edital da convocação deve sair nos próximos dias e a previsão é de que o curso comece ainda este ano.

Os candidatos serão chamados para a realização de Curso de Forma-ção de Delegados de Polícia. Os 48 novos Del-egados formados, em junho, já estão trabalhando.

Governo autoriza convocação de novos Delegados da PC/RS

Em 20/11, o Chefe de Polícia, Delegado Ranolfo Vieira Júnior, esteve presente no evento realizado pela Associação de Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris) em que foi revelado os

vencedores do Prêmio Ajuris Direitos Humanos. A cerimônia ocorreu no auditório da Escola Superior da Magistratura (ESM), onde foram revelados os premiados na categoria “boas práticas e na categoria “monografias”.

A 3a. Delegacia de Polícia de Canoas par-ticipou do certame na categoria “boas práticas”, sendo que sua titular, delegada Sabrina Deffente, recebeu o certificado pelo bom trabalho realizado no projeto “transversalizando a paz”. Segundo a delegada, esse projeto consiste na criação de cartórios policiais direcionados aos grupos vulneráveis, incluindo a discriminação religiosa, homofóbica, racismo e deficientes físicos. Tam-bém estava presente a Diretora da Divisão de Assessoramento para Assuntos Institucionais (DAAI), delegada Eliete Matias Rodrigues.

A Divisão de Ensino da Acadepol realizou, nesta quinta-feira (21/11), provas de domínio au-ditivo, escrito e oral em Língua Estrangeira para servidores da Polícia Civil. As provas integram o Exame de Domínio em Língua Estrangeira, com proficiência em Língua Inglesa, Espanhola e Italiana. O objetivo é certificar, oficialmente, a proficiência em língua estrangeira escolhida pelos candidatos inscritos. Ao todo, 91 candi-datos, entre Delegados e Agentes, estiveram presentes para a realização das provas, que iniciaram às 8 horas.

Deste total, 43 candidatos realizaram provas em Língua Inglesa, 41 outros em Língua Espanhola e em Língua Italiana. Integraram o grupo de professores avaliadores das provas os seguintes nomes designados, oficialmente, pela Chefia da Polícia Civil: Miriam Freitas

Elias, Ana Paulo Araujo Unfer, Ayrton Martins Junior, Marina Chiele Guerra , Nara Rosane de Oliveira, Fernanda Parisotto Nedel, Carlos Alberto Sperotto, Rafael, Sauthier, Carlos Frederico Moura da Silva, Denise Regina Nagel , Eliane Godinho Bianchi Martini, José Joaquim Fernandes Trindade, Jane Mirian Rodrigues de Freitas, Marcos Rogério Ribeiro, Débora Prestes, Daniela Schreiber Fernandes e Anelise Avelar Friedrichs.

Cerimônia de Premiação Ajuris de Direitos Humanos

Em 25/11, delegada Marina Goltz, titular do Posto Policial Especializado no Atendimento à Mulher de Esteio, ministrou palestra no Conselho Municipal de Saúde na Fundação de Saúde São Camilo, em Esteio. O tema abordado foi “Violência contra a Mulher e Formas de Atuação do Estado”. A delegada Marina Goltz destacou a importância do acolhimento a es-ses tipos de vítimas, frisando a importância da discrição no atendimento.

Page 5: JCB 220 Dez/2013

Correio Brigadiano pág 5 - Dezembro de 2013

PUBLICOU O COMANDANTE

Fábio Duarte Fernandes - Coronel QOEMComandante Geral da Brigada Militar RS

Aluna do CT Pelotas 1ºlugar no JERGS representará a

BM nacionalmente

Chefe do EMBM recebe policiais militares de Brasília

- Distrito Federal -

2º CRB inaugura a Seção de Combate a Incêndio do

município de Estância Velha

Câmara de Porto Alegre celebra os 176 anos da BM

1º Seminário de Tecnologia da Informação e Comunicação BM

Instituições de Segurança

A Brigada Militar comemora 176 anos. Sua trajetória é intrínseca à própria história do Rio Grande do Sul, por ter sido criada durante a Guerra dos Farrapos. Ambos os fatos - a Revolução Farroupilha e a criação da Brigada Militar - são emblemáticos por seus desafios, bravura, e heroísmo.

A Corporação sofreu uma série de transformações e recebeu diversas denominações ao longo de sua existência: Força Policial, Corpo Policial, Guarda Cívica, Brigada Policial e, finalmente, Brigada Militar.

Uma das mais antigas, sólidas e respeitadas instituições do Estado, a Brigada Militar desempenhou e continua a ter papel prepon-derante nos acontecimentos políticos e sociais mais relevantes da história gaúcha e brasileira, como responsável pela ordem pública.

Prestando indispensáveis serviços à sociedade, ao longo do tempo também soube adequar-se às necessidades da evolução social. Hoje, é uma Instituição moderna e continua a ter destaque no cenário nacional, entre as demais Polícias Militares, enfrentando os desafios impostos pela complexidade do tema em que se traduz a segurança pública.

E um dos grandes desafios da atualidade é atuarmos como a polícia da sociedade democrática, a fim de garantir, cada vez mais, a democracia conquistada por esta Nação; garantir a manutenção dos direitos individuais e coletivos. Precisamos mostrar para a sociedade gaúcha que ela pode contar com uma polícia preparada tecnicamente, plenamente adequada ao seu tempo, próxima das comunidades onde atua e capaz de atender aos anseios da população.

A gama de atividades atendidas pela Corporação, a gestão executada pelos Comandos, a ação de cada homem e mulher que compõe esta Instituição, devem ser feitas com total transparência, capitaneando, cada vez, mais o respeito e a confiança daqueles a quem servimos.

Atualmente, o centro da segurança é o cidadão. Cada cidadão precisa e merece ter sua vida e seu patrimônio protegidos. Ele precisa se sentir seguro e livre no território onde habita, trabalha e transita. E a Brigada Militar, diante de sua capilaridade, reúne condições para auxiliar na construção de uma política de paz social. Assim, a Corporação se manterá na vanguarda da história, dando exemplos para o país e orgulhando a todos nós, seus integrantes, e a toda a sociedade gaúcha.

Parabéns à Brigada Militar. Parabéns à família brigadiana, homens e mulheres que mantêm esta Instituição adequada às necessidades do seu tempo, forte e visionária nos seus 176 anos de existência!

Mensagem do Comandante-Geral pelos 176 anos da Brigada Militar

4º BPM presta homenagem a policiais militares da região sul

A aluna Eduarda Kunde Koan, do 2º ano do Colégio Tiradentes, venceu com o primeiro lugar nos 400 metros rasos e segundo lugar nos 100 metros rasos, na categoria juvenil feminino dos Jogos Escolares do Rio Grande do Sul (JERGS), sagrando-se campeã no Estado e representará o estado a nível nacional na modalidade. O Colégio Tiradentes agradece a dedicação e o empenho da aluna Kunde neste feito histórico para a instituição

Em 21/11, no auditório do Quartel do Comando-Geral, em Porto Alegre, o chefe do Estado Maior (EMBM), coronel Alfeu de Freitas Moreira, recebeu alunos do Curso de Altos Estu-dos de Praças III-2013 da PMDF, chefiados pelo Cel Telir. Durante o encontro, o Cap Endrigo, do Departamento Administrativo (DA), palestrou sobre os PMs temporários e sobre o Corpo de Voluntários Militares Inativos (CVMI). Já o Maj Zílio e o Cap Alexander, ambos da Comissão de Avaliação e Mérito (CAM), falaram sobre o plano de carreira e a promoção de praças.

Em Estância Velha ocorreu no dia 19/11, a solenidade de inauguração da 5ª Seção de Combate a Incêndio do Corpo de Bombeiros. Presentes na solenidade o Comandante do Corpo de Bombeiros do Estado, Coronel Guido Pedroso de Melo, o Comandante do 2º Comando Regional de Bombeiros (2º CRB), TC Vitor Hugo Kanarzewski, o Comandante do Corpo de Bombeiros de Novo Hamburgo, Major Cleber Pereira, e o Comandante dos Bombeiros de Estância Velha, o 1º Sgt José Vanderlei Pioner.

Em19/11, em uma sessão es-pecial na Câmara de Vereadores de Pinheiro Machado, alusivo aos 176º a n i v e r s á r i o d a Br igada M i l i t a r (BM), o 4º Batalhão de Polícia Militar (4º BPM) do município prestou homenagens a policiais

militares de várias cidades da região sul.

O encont ro teve a ilustração de diversos vídeos e canções, sele-cionados pelo sar-

gento André Madruga, que integrou a comissão organizadora do evento.

Em 21/11, o Departamento de Informática (DI), comprometido com o aprimoramento do uso e do con-hecimento sobre as tecnologias de informação e de co-municação da BM, realizou o 1º Seminário de Tecnologia da Informa-ção e Comunicação da Brigada Militar. O encontro objetiva tratar de assuntos referentes à Perícia Digital Forense, Sistema Integrado de Segurança Pública, Rede Rádio e Comunicação, Sistemas Internos da Brigada Militar-SIGBM e Segu-rança de Rede de Dados, permitindo aos oficiais

uma atualização de conhecimento dos temas propostos. As palestras foram ministradas ao longo de todo o dia. Esti-veram presentes o diretor do DI, coronel Edar Borges Macha-do; o 1º ex-diretor do

DI, coronel da RR Francisco Roberto de Oliveira; o chefe do Centro de Produção da Informação (CPInfo), tenente-coronel Paulo Ricardo Quad-ros Remião; o chefe do Centro de Manutenção Tecnológica (CMTec), tenente-coronel Rogério Augusto Paese; o diretor de informática da Polícia Civil (PC), delegado Pedro de Oliveira Alvarez.

Na tarde de segunda-fe i ra (18/11), a Câ-mara Municipal de Porto Alegre realizou uma ho-menagem aos 176 anos de cria-ção da Brigada Militar.

Falando em nome da Mesa Diretora, o vereador Engenheiro Comassetto (PT) afirmou “que é dever de cidadania homenagear uma instituição tão nobre como a Brigada Militar (BM). A história nos ensina que a polícia sem-pre esteve presente quando o bem-estar da população esteve ameaçado, evitando crimes

e violações dos direitos da so-ciedade”, disse.

O vereador ressaltou a im-por tânc ia de pol í t icas que garantam d i -reitos a estes profissionais. “A

Brigada ainda precisa conquistar inúmeros de seus direitos, mas ela continua avançando e se consolidando. Nossa homenagem é para esta instituição forte, que se sacrifica, atua na segurança pública e nas relações humanas e institucionais sempre com a árdua missão de proteger os gaúchos”,

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Correio Brigadiano pág 6 - Dezembro de 2013

E S P A Ç O

Instituições de Segurança

Sicredi Mil RS Presente na Feira do livroA Sicredi Mil esteve presente na Feira do Livro de 2013, através de parceria firmada

com o 9º BPM em que patrocinamos os guarda sóis, instrumento empregados nos pedestais de observação para proteger de intempéries os policiais em serviço na feira, proporcionando maior visibilidade e ostensividade às ações daquela Unidade, enfatizando o caráter preventivo da presença policial na feira.

Guarda sol do 11º BPMO 11º BPM lançou projeto de revitalização do policiamento motorizado na sua área de

atuação na zona norte do Porto Alegre, aonde se destacam os Pontos Base das viaturas em cruzamentos estratégicos, propiciando maior visibilidade e enfatizando o aspecto preventivo do policiamento ostensivo. A sicredi Mil RS foi parceira deste projeto, patrocinando os guarda sóis de proteção aos policiais que assim, ficam abrigados de intempéries, especialmente do sol nestes meses de verão.

Equipe Sicredi Racing é tricampeã do Mercedes-Benz Grand Challenge

O piloto Márcio Campos, de 27 anos, conquistou o terceiro título consecutivo no Mercedes-Benz Grand Challenge para a equipe Sicredi Racing. A competição teve rodada dupla, disputada no sábado (02/11) e no domingo (03/11), no Autódromo Internacional de Tarumã, em Viamão (RS). Márcio venceu a sétima etapa e foi o sétimo colocado na oitava e última etapa da tem-porada de 2013.

Desde a estreia no Mercedes-Benz Grand Challenge, a equipe Sicredi Racing conta com o patrocínio das seguradoras parceiras da Corretora de Seguros, Icatu e Mapfre. Em 2011, a dupla João e Márcio Campos conquistou, por antecipação, o título do Mercedes-Benz Grand Challenge. Pai e filho subiram ao pódio em todas as etapas da competição. Em 2012, novamente, eles garantiram o segundo título consecutivo antes do término da temporada, com duas corridas de antecipação. Na temporada 2013, Márcio Campos assumiu como piloto único, enquanto João Campos assumiu a função de estrategista da equipe, com a bagagem de mais de três décadas no automobilismo.

Só existe polícia militar no Brasil?SMEs e a verdade revelada:

Gênero universal “Gendarme”; obrigado Cap Olavo PMDFPor relatar-nos 64 gendarmes desde o 1º mundo

Desde o momento em que o general Ernesto Geisel, penúltimo presidente militar, do período de exceção, assumiu a Presidência do Brasil, em 15 de março de 1974, teve início uma abertura política e amenização do rigor da dita-dura militar brasileira (transcrito da Wikipédia).

Ao mesmo tempo, as organizações milita-rares estaduais se tornavam alvo, principal, dos opositores ao regime, que não fustigavam os militares federais, mas conseguiam verbalizar tudo que interessavam, usando como instru-mento falar das PMs.

O presidente seguinte o general João Bap-tista Fiqueiredo, indicado por Geisel, “concorreu para presidente na eleição de 1978 pelo Aliança Renovadora Nacional (ARENA), na chapa com Aureliano Chaves para Vice-presidente. Seus adversários eram o General Euler Bentes Monteiro para presidente, com Paulo Brossard para vice-presidente, ambos do Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Foi eleito pelo Colégio eleitoral com 355 votos (61,1%), contra 226 dados a Monteiro (38,9%). Em sua posse, pronunciou a famosa frase em que dizia que faria “deste país uma democracia”.” (wikipédia)

Em que pese equívocos, mas muito mais que estes, as mentiras intencionais, já se esta-beleceram desde a metade do governo Geisel, em sistema de crítica. E o alvo foram as Pollcias Militares. Se buscarem na imprensa são quatro décadas de um crescente discurso de des-qualificação, intolerância e um amontoado de mentiras que as PMs brasileiras vêm sofrendo de intelectóides e radicais da esquerda.

A partir das discussões da constituinte em 1984, aprofundou-se, agora, com o pedido de extinção. A falta de uma ação de defesa insti-tucional, do ponto de vista nacional, onde ainda

não existiam, entiades aptas a essa defesa, corporificou-se, como verdade, uma série de mentiras tratadas pelo princípio goebeliano, de repertir-se até parecer verdade.

Hoje, os anarquistas assumem essa frente proposta pela esquerda brasileira. E a mídia ideologicamente contaminada em suas reda-ções se faz de desinformada, transformando-se em desinformante da sociedade, por ser partícipe do processo político de mudança mais extrema que lhe interessa. Tanto a PM, quanto os empresários de órgãos de mídia, sofrem o mesmo processo, que vem direto do sindicato dos jornalistas.

Com toda essa desinformação orquestrada os policiais militares brasileiros, como alvo, não estavam mais oferencendo resistência. Pas-saram a comportar-se como reféns. Sofreram e sofrem a ação de governantes estaduais interessados, no mesmo projeto revolucionário,

quer também, por aguns interesses intestinos das próprias organizações militares estaduais, estes por questões personalíssimas de vanta-gens pessoais.

Como a extinção estava tardando. Como para ela acontecer demanda uma mudança constitucional, os estrategistas destes inter-esses, nos últimos anos, buscaram a discussão de uma etapa intermediária. Etapa essa que obtivesse a conquista de apoios internos. E aí, todos falam e professam na desmilitarização como solução da humanização do serviço policial e de que esse erao modelo em todo o resto do mundo.

Chegamos a esse cúmulo. A montagem da “mentira” de que militares fazendo serviço policial era uma impropriedade, que ocorria unicamente no Brasil e que era um risquício do período da exceção de governos militares.

Outra informação, seguidamente veícu-lada, e por jornalistas bem preparados, por-tanto, se erram, o fazem com conhecimento de causa, e por interesses pessoais, está em dizer que sendo as polícias do mundo inteiro,

são organizações civis, e que são todas sin-dicalizadas. Sim, as policias civis dos demais paízes são sidicalizadas. mas existem mais de 60 (SESSENTA) organizaçãos militares de polícia, que não são sindicalizadas.

Por isso a importância do trabalho elab-orado pelo capitão, da PM do Distrito Federal (PMDF), Olavo de Freitas Mendonça, com a produção de textos no site:

http://blitzdigital.com.br/index.php/É indispensável aos PMs e BMs de todos

os níveis e Estados da federação brasileira visitarem os texto publicados nesse portal, sobre assuntos da visão nacional, da constitucionali-dade e atualidade internacioanal. O texto carro chefe que inspirou esta matéria foi: “Só existe polícia militar no Brasil?”

Esse material é importante. É o exemplo de que uma pesquisa simples, feita toda no Wikipédia, pode ser altamente informativa, es-clarecedora e incontestável. Peço a divulgação na Legião da Reserva da Brigada Militar, mas também em todas as outras forças militares. Encarecemos o esforço que se faça circular entre amigos civis. E principalmente, que essa pesquisa seja passada aos conhecidos amigos e parentes, que são simpatizantes da esquerda.

O texto que referimos foi publicado, em 04 outubro 2013, às 20:16, no portal antes referido - produzido pelo Cap PMDF Olavo Freitas Mendonça. A gratidão de todos os SMEs Brasileiros ao autor, por ter tão bem expressado, publicamente, nosso sentimento comum de perseguição política, que com nossas famílias somos vítimas. Conduta, essa, de um grupo de maus patriotas que atuam, faz mais de 28 anos, em forma permanente e intencional, direcionada a gerar conflito conceitual na mídia, no mundo acadêmico e, agora, até nas comunidades.

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Correio Brigadiano pág 7 - Dezembro de 2013

Pracinha da 2ª Grande Guerra e Sub Ten da BrigadaAlfredo Dalla Costa: chefe de família exemplar, pai do Cel Roney e sogro do TC Ribas, ambos da reserva

História de Vida JCB 220

Meu Pai e Eu - por Ronei Antônio Dalla Costa, Coronel da Brigada MilitarA figura de Pai é emblemática e, diria, indissociável da personalidade apresentada pelo filho. A

vida nos mostra, com muita clareza as consequências, normalmente nocivas, da ausência da figura paterna no universo sensorial daqueles que não tiveram o privilégio de poder, com orgulho, chamar Alfredo Luiz Dalla Costa de “MEU PAI”. Eu tive essa sorte, essa ventura, esse orgulho. Meu Pai, para mim, representou fonte de carinho, desvelo, proteção e reto proceder.

Meu Pai foi uma pessoa simples: Agricultor, ex-combatente da FEB, Carpinteiro, Praça da Brigada Militar e não tendo medo de repetir o lugar comum, “Meu porto seguro”. Sua simplicidade, honestidade e abnegação ao trabalho são as qualidades que mais nitidamente me vem à lembrança quando penso naquele que, não medindo esforços, propiciou-me sadia orientação e oportunidades de crescer na vida, pessoal e profissionalmente. Quando criança, olhos fixos e ouvidos atentos, suas histórias sobre sua participação na segunda guerra mundial, fascinavam meu universo carente de fantasias e figuras de heróis; e ele, nos episódios contados, era o herói que eu idealizava.

Mais tarde, já formado em Universidades e na vida de Oficial da Brigada Militar, carreira certa-mente inspirada nos seus exemplos, muitas vezes, com ele, retornei ao passado e, então, fruto das reminiscências de um velho lidador nos embates da VIDA, surpreendi-me a chorar baixinho, tributo justo e tardio a uma alma – singela, cândida, rude às vezes – sempre solidária e amorosa aos seus.

Meu Pai em essência é isso. Teria muito mais a dizer mas me pergunto: Um Pai precisa ser mais? Precisa ir além de ser um exemplo, um bom exemplo para seus filhos? Um grande abraço, meu velho e querido Pai!

A pesquisa e dados à publicação da “histórida de vida” do Sub Ten Alfredo Luiz Dalla Costa, nos foi apresentada por seu neto, o Major Vladmir Ribas. da Brigada Militar, atualmente, Comandante do 4º BPAF, em Santa Rosa. O Major Ribas, como é conhecido, usando o mesmo nome de guerra de seu pai, o Ten Cel Res Pedro de Mattos Ribas, este casado com filha do Sub Ten homengeado, a Adelir Ana Ribas. Uma família cujo laço familiar brigadiano ocorre por quatro integrantes, breve completará 70 anos.

Maj Ribas, autor da homenagem Cel Ronei Dalla Costa, filho do ST

Continuidade da história e depoimentosAo término da história da vida do ST

Alfredo Dalla Costa estão os depoimentos de seu genro, o TC Ribas, e também, do TC Pinheiro, diretor deste jornal, que serviu com o Sub Ten, no 11º BPM, em 1972, nas obras daquele batalhão.

Na volta da 2ª Guerra A data de 17 de setembro de 1945, dá

conta da chegada, do jovem Alfredo, de seu retorno ao Brasil. Na sua colônia no Distrito de São Marcos, deve ter levado mais uma semana. Quando chegava à propriedade com o saco de seus materiais, às costas, foi avistado, por um primo criança ainda pequena. Ao ser reconhe-cido, fez lhe sinal de ficasse quieto. Orientou que entrasse e comunicasse ser um mascate, querendo ser atendido. O menino de uns 6 ou 7 anos (ainda vivo), teve de insistir para que a Páscoa, mãe de Alfredo, fosse à frente da casa. Quando ela lá chegou e, reconheceu o filho, desmaiou...

Resumo biograáfico Alfredo Luiz Dalla Costa, filho de Ân-

gelo Dalla Costa e Páscoa Panno Dalla Costa, nasceu em 25 de março de 1920, no Distrito de São Marcos, no município de Santa Maria, RS. Cresceu trabalhando na colônia ajudando seus pais e irmãos, Guilherme, João, Aurora e Carmelina.

Serviu no Exército Brasileiro em duas oportunidades, a primeira no serviço militar no período de 02 de maio de 1939 a 06 de abril de 1940 e depois quando convocado por ocasião da 2ª Grande Guerra, de 11 de fevereiro de 1942

a 22 de agosto de 1945. Aos 24 anos viajou para a Europa, incorpo-

rado à tropa do 6º Regimento de Infantaria (6º RI) da Força Expedicionária Brasileira – FEB. Era comandante o Ten Cel Ibá Jobim Meireles. Seu embarque para a Itália ocorreu no 5º Es-calão, em 08 de fevereiro de 1945, chegando ao Porto de Nápoles no dia 22 de fevereiro de 1945. Em solo italiano participou de diversos combates. Após o término da guerra retornou ao Brasil, em 17 de setembro de 1945, junto com o 2º Escalão da FEB. Recebeu as seguintes con-decorações: Medalha de Campanha; Medalha Marechal Cordeiro de Farias; Medalha Marechal Falconiére e a Medalha de Jubileu de ouro da Vitória II Guerra Mundial da Associação FEB do Rio de Janeiro.

Em 22 de dezembro de 1945, 50 dias após seu retorno da Guerra, casa-se com Amélia Antonia Forgiarini, na localidade de São Marcos, em Santa Maria. Dessa relação nasceram três

filhos, Hildes Cecília (1946); Adelir Ana, nascida em 24 de novembro de 1947; e Ronei Antonio, em 09 de julho de 1951. Após o casamento o jovem casal fixou residência na propriedade de seu pai Ângelo, retornando ao Distrito de São Marco. Pressupõe-se que voltou a antiga rotina da família, buscando o sustento da terra, suplementados por algumas prestações de serviços aos vizinhos, no ofício de marceneiro. Trabalho esse que vai ser referência para que busque novos horizontes.

Em 09 de julho de 1954 incluiu com o Soldado na Brigada Militar, servindo no Serviço de Intendência, Quadro de Artífice, como mar-ceneiro, tendo sido promovido as graduações de Cabo PM Artf em 16 de janeiro de 1958, a 3º Sargento PM Artf em 28 de junho de 1963,

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Correio Brigadiano pág 8 - Dezembro de 2013

Cel Alberto Rosa RodriguesO enfermeiro

Ten Carlos DornellesSeu Marco Véio

Escritores Policiais

Mês de junho em Rio Grande. Inverno rigoroso. Frio tenebroso, daqueles frios de “renguear cusco” e, talvez por isto, grassava uma epidemia de gripe fora de série. Os enfermeiros do Batalhão, coitados, se desdobravam como podiam na aplicação de injeções nos gripados. Eles eram compenetrados, eficazes e competentes no atendimento das vítimas da epidemia. Todos sem exceção, quer dizer, com uma pequena exceçãosinha...

Entre os enfermeiros da Unidade, tinha um – que não me lembro do nome cujo apelido era Can Can. O homenzinho tinha uma habilidade no manuseio com o álcool que só vendo. Usava-o para injeções, para infusões, para massagens, para desdobrar produtos químicos e, nas horas vagas – que para ele duravam vinte e quatro – ele aproveitava para fazer um bom aperitivo.

Dizem que ele estava permanente fantasiado de gênio, ou seja, vivia sempre dentro da garrafa.

Pois aconteceu que um dia o soldado Leonel se viu acometido de forte gripe e como estava muito febril, foi consultar com o facultativo do Batalhão, Dr. Nilo Corrêa da

Fonseca e este, como já vinha fazendo com a totalidade da corporação, receitou-lhe umas injeções.

E lá se foi o Leonel, até o Posto Médico, a procura do enfermeiro para fazer a injeção. E quem ele encontra de enfermeiro de dia? O nosso velho cabo Can Can que, diga-se de passagem, já esta em “estado de graça”.

O enfermeiro pegou a injeção, preparou a seringa, molhou o algodão no álcool e se veiu em direção ao Leonel, que a estas alturas já se preparava para se despir. Quando o Can Can, muito zeloso pela saúde do próximo, meio que falando arrastado, disse:

- Pera aí rapaz, não precisa tirar a roupa que está muito frio!

E passou o algodão por cima da roupa e aplicou a injeção no braço do Leonel, COM CAPOTE E TUDO.(Do livro: Nos tempos do “Papo Roxo”)

O meu pai tinha um vizinho conhecido pelo nome de se “Marco Véio”. De fato, seu Marco já beirava os oitenta anos mas era alegre, prestativo, brincalhão que parecia bem mais jovem.

Certa feita meu pai acertou com seu Marco véio para irem juntos ao povo e meu pai me levou com a missão de desencilhar os cavalos de ambos. Em troca eu ganharia rapadura e pão cabrito.

NO dia combinado montamos a cavalo a saímos estrada a fora batendo estribo. Já tánhamos viajado umas três horas quando seu Macro Véio disse: “Vamos parar um pouquinho seu Marciliano, preciso tirar a água do joelho”. Paramos.

O seu Marco Véio apeou do cavalo, se afastou um pouco e urinou à sua moda. Deu volta arrumando as bombachas e passando a mão sobre a bexiga: “Báh! Seu Marciliano, como é bom urinar no que é da gente”. O meu pai admirado respondeu: “Ué, seu Marco Véio, não sabia que este campo fosse seu. E não é seu Marciliano, as “botas” é que são minhas”!...

Do livro: “O campeiro de Santiago”. O autor Ten Carlos Dornelles, recentemente, falecido. Nossa gratidão.

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Correio Brigadiano pág 9 - Dezembro de 2013

TC Telmo Flores de Siqueira - uma família de militaresUm engenheiro agrônomo, inquieto e sempre “zumbindo” em torno de criar - a verdadeira Vtr PQT

História de Vida JCB 220

Quando falamos da inquietude, própria do gênio inventivo, e do zumbido, próprio de alguém, que se mantém fiel a um propósito, científico ou tecnológico, e por ele, faz rotina repetitiva de toda sua vida, mais de 30 anos, vamos encontrar o Cel Telmo Flores de Siqueira - o “Mosquito”, cujo apelido familiar de infância, presente do irmão mais moço, o acompanha desde pequenino. E com ele chegou ao curso de oficiais e em toda sua carreira na BM. Alcunha que ainda, se mantém na intimidade de familiares, amigos e colegas, mesmo na reserva.

Ele recorda e acha engraçado a grande quantidade de apelidos que teve. Cita os que recorda, como: sapinho de enchente, pinguím, periquito. Um pidadista inveterado de trocadilhos, no aproveita-mento de ambiguidade de termos, coincidências de situações ou de questões matemáticas. É o piadista, com muita elegância e finesse, normalmente empulhador de suas vítimas. Também, as vezes, pela pressa na organização do trocadilhos ocorrem as pidadas “infames” e, ainda assim, “acha graça’.

O Ten Cel Telmo Flores de Siqueira nasceu em Montenegro, em 25 de julho de 1940. Filho de Mozart Noronha de Siqueira e de Cacilda Flores de Siquera, seu pai um capitão da reserva do Exército Brasileiro (QOA) e sua mãe do lar. Seu pai era viúvo e quando casou com sua mãe trouxe dois irmãos. Na família com o Telmo vieram mais duas irmãs e trê irmãos.

Telmo era o penúltimo de todo o grupo. O útlimo é o Edwar, também coronel da Brigada Militar, também na reserva. Mesmo não sendo o caçula o Telmo em razão de uma doença aos dois anos de idade, permanecendo sem caminhar até os quatro anos de idade, que os médicos não conseguiam diagnosticar.

Era muito franzino e se tornou em fatos o cargo de caçula da família. A direção do colégio não quis aceitá-lo, por ser muito pequeno e sem forças.

Um dos seus irmãos, do primeiro casa-mento do pai, o Jorge - chegou a estar no Curso de formação de Oficiais - CFO, e depois ficou como sargento da Brigada Militar. Seus irmãos: Célia, Jorge, Eni, Elcira (casada com oficial do Ex),Irani, Enio, (ele) Telmo e o verdadeiro caçula Edwar (Cel da reserva da BM).

Começou a estudar com oito para nove anos na antiga escola experimental Presidente Roosevelt, em Porto Alegre, onde iniciou seu curso primário, só frequentando o primeiro ano, pois seu pai fora transferido para o serviço de Subsistência do EB, trabalhava em Porto Alegre.. Em 1950, a família voltou para Monte-negro, seu pai era o chefe da Junta do Serviço Militar daquela cidade, quando frequentou o 2º ano. Em 1951 a transferência para Cachoeira do Sul, onde frrequentou o 3º e 4º anos do primário. Seu 5º ano foi em Montenegro, bem como todo o ginásio, que concluíu em 1957.

Não sabia o que queria fazer. Lá por fevereiro, o pai disse tê-lo escrito no exame para o Curso de Formação de Oficiais da Brigada Militar - CFO. Seu pai conversara com um Cel amigo seu e antecipara providências, ficando para o Telmo comparecer no Centro de Instrução Militar (CIM) atual Academia de Polícia Militar (APM) para assinar a papelada.

Passou no CFO e incluíu em 1º de março de 1958. Ali já estavam vários montenegrinos,

alguns, inclusive, que conheceu no ginásio, entre eles: o Cel Walmir de Oliveira Borba; o Cel Carlos Roberto da Rocha Xavier, um ano a fr-ente no ginásio; o Silvio Torres, colega de turma.

Por causalidade, dois desses rodaram, e ficaram então colegas de turma. Tentaram outros apelidos, mas “mosquito” era uma marca registrada. Havia a história de um capitão mosquito, que foi usado também como um apelido do Telmo.

Era seu hobby organização de livros e revistas e ser correspondente de revistas de fora do Brasil, participando, em colunas espe-cializadas daquela época, de relacionamento.Fóruns relacionais de leitores, como na Internet, de hoje, só por cartas. Ele, se correspondia com centenas de pessoas, se tornando bastante conhecido pela alcunha de “capitão mosquito”. Ele, ainda guarda algumas dessas correspondências.

O jovem inquieto conclui o CFO, em 18 de novembro de 1961. Foi classificado em Montenegro, tendo sido o 11º colocado, em uma turma de 48 Aspirantes a Oficiais. Em razão de sua classificação, consegue reverter a classificação em sua cidade natal, obtida pela interferência paterna, junto ao comando da BM. Vai enfim, servir no 2º BG, atual 2º BPM, em Rio Pardo, na época, sediado junto ao 1º RPMon, em Santa Maria. Em 21 de abril de 1962 é

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promovido a 2º Ten.Em Março de 64, passou no vestibular da

Universidade de Santa Maria, em Engenharia Agronômica. Durante a faculdade conheceu sua esposa, Tirza - que lá também, estudava. Em 1965 vai transferido para a Capital, 3º BPM. Seu curso superior em Agronomia, começa a sofrer alguns reveseses, por incompreensão, de superiores, sendo concluído, aos poucos, sete anos após. E é esse o período de incuba-ção para o aflorar seu gênio inventivo.

Há mais de 30 anos, o Cel Siqueira per-segue a construção do protótipo de uma viatura para qualquer terreno (Vtr PQT). O sonho da oficialidade da BM, na década de 70, por ele corporificado.

Seu projeto, já com registro no INPI, ainda requer apoio financeiro, que tem buscado em amigos e colegas. O sonho do veículo anfíbio começou ainda na escola, aos 15 anos de idade. Mas, ainda faltam em torno de 50 mil reais, para completar, a 1ª fase do protótipo.

Busca parceiros: [email protected]. br - Telefones: (51) 91043845 e 32732724. Para doações: c/c 39103718.0-9, agência 0075, Bco 041 - Banrisul.

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Correio Brigadiano pág 10 - Dezembro de 2013

Cel Itamar dos Santos CastroComplexo do Alemão e a tal favela da Rocinha

Ten Everaldo José C. PavãoSobre Formigas e Brigadianos

Escritores Policiais

O mês de outubro vai aos poucos findando. Os relâmpagos, que clareiam o horizonte, prenunciam que sem demora o temporal mostrará sua força. Nas copas dos pinheiros e cedros veem-se papagaios e tesourões disputando espaço entre si. As formigas aceleram a sua marcha disciplinada em direção ao labirinto subterrâneo, que fica no pé da escada do casarão e lá na lagoa, já se podem ver os zig-zagues das pequenas ondas, feitas pelos pesados pingos da chuva.

Na varanda da grande casa branca, há uma cadeira de balanço trêmula e impaciente. Sobre ela, vislumbra-se a silueta de um senhor aparentando setenta anos, fumando seu palheiro e defumando ausências, enquanto matuta o passado, acompanhado de suas reminiscências, suas cicatrizes, seus cabelos brancos, suas rugas, suas dores nas costas e um par de feridas que teimam em não sarar.

Sente saudade. Na cintura, não lhe pesa o bom e fiel revolver Schmidt Wesson 38. Olha para suas amigas árvores, que outrora foram os apoios para os balanços de seus filhos e hoje, balançam os filhos de seus netos.

Lembra com certa amargura que, diferente desses vegetais aparentemente inanimados, foi um ativo baluarte dos ideais de sua Corporação e que agora, no esvaziar da parte superior da ampulheta, mal consegue sustentar-se ereto sobre suas flácidas pernas.

Dentro de casa, por detrás da vidraça molhada da janela, o combatente observa as piruetas das folhas que caem. O aguaceiro enfim chega e fustiga as orquídeas de seu jardim. A jabuticabeira parece um potro novo, se extasiando com o primeiro banho.

O velho brigadiano então reflete: Assim também ocorre com todos nós - brigadianos. Encontramos pelo caminho muitas belas orquídeas, que nos enfeitiçam com seus encantos. Mas ante a aproximação de alguma nuvem car-regada, balançam e não resistem ao sopro do vento. Sua beleza é efêmera.

Unidade, paz, pacificação, Cabral, Beltrame, Amarildo, morro, complexo, alemão, rocinha, nada disso, não é Torre de Babel, nem sopa de letrinhas, ilusão talvez, já havia es-crito não há soluções inteiras e panelas de pressão devem ser aliviadas.

Bem que todos nós desejaríamos que contos de fadas acontecessem, mas coisas complexas não aceitam varinhas mágicas mais cedo ou mais tarde a panela expulsa a válvula.

No tal do Complexo do Alemão e na tal Favela da Ro-cinha, neste final de semana as Unidades Pacificadoras es-tiveram as voltas com traficantes, que provavelmente nunca saíram de lá, ou agora atingiram o nível máximo de pressão.

Talvez fosse melhor um projeto gigantesco de indústrias bem longe dali, dando empregos, escola, ruas, saneamento, etc,etc.

Os vinte bilhões das Olimpíadas dariam para construir

as casas tão sonhadas pelo menos para os moradores de uma das favelas.

Não dariam não, pois parece que tudo aqui no Brasil custa 100 % mais que em qualquer lugar.

Melhor mesmo é o engodo das pacificações.

Reportagem com a matéia completa:www.abcdaseguranca.org.br/Menu: L I T E R A T U R A

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Correio Brigadiano pág 11 - Dezembro de 2013

Vanderlan Rodrigues Vieira - Presidente atual do TME A origem familiar brigadiana do Cel Vanderlan, atual presidente do Tribunal Militar Estadual gaúcho

História de Vida JCB 220

O Cel João Vanderlan Rodrigues Vieira é natural de Passo Fundo e nasceu em 21 jun 1944, filho de Hermínio dos Santos Vieira e Rosalina Caieron Vieira.

O pai do Cel Vanderlan, o Hermínio nasceu em Passo Fundo, em 25 abr 1924. Foi soldado da Brigada em 1942 e 43. Um Reservista da Corporação, na época da 2ª Guerra Mundial, em que incorporavam diretamente na Institu-ição. Hermínio sentou praça no Regimento em Passo Fundo e foi destacado para Marcelino Ramos. Quando servia na Sede, gostava de lembrar por ter participado na Capital de um torneio de tiro de fuzil. Casou e teve que dar baixa. Avós paternos – Osório Vieira e Justimi-ana dos Santos. Ele natural de P Fundo e ela de Cruz Alta.

Mãe nascida em P Fundo em 28 out 1924. Pequena agricultora e afazeres domésticos, quando solteira com mais 5 irmãs e 2 irmãos ajudava o pai na “colônia”. Casada, afazeres domésticos, eram quatro filhos (dois casais). Avós maternos – Joaquim Caieron, natural de Málaga Espanha e Amélia Rodrigues, natural

de Santiago do Boqueirão. Nessa mesma época do pai, seu tio Ama-

dor Caieron, também, sentou praça na Brigada Militar, serviu na fronteira com Argentina, gos-tava de contar das ocorrências, onde segundo seus causos, “corria muita bala na fronteira” e muita pesca no rio Uruguai. Deu baixa quando servia num Batalhão da Praia de Belas, também com muitos “causos” dos serviços tirados no “Cadeião” do Gasômetro.

Sua infância de guri pobre e feliz começou em P Fundo, no Distrito de Capão Bonito onde nasci, mudando-se para Vacaria e indo residir no Passo do Socorro. Seu pai era Empreiteiro fornecia “pedras” para calçamento para a prefei-tura da cidade. Ali começou sua vida estudantil. Fui matriculado no único grupo escolar existente no Passo do Socorro. Sua primeira professora Dona Chiquinha exigia zelo extremo com sua cartilha de letras e o caderno de caligrafia. O Cel Vanderlan guarda na retina do tempo, este período mágico da vida, o uso incessante do mata-borrão tentando “consertar” o excesso de tinta escorrido da pena, a folha do caderno

parecia mais uma obra de arte abstrata. A casa da família distava de 3 a 4 km da escola, mo-rando no fundo do campo. A ida para escola era descalço, com os chinelos guardados na pasta para não molhar no orvalho da manhã. Ao meio dia, no retorno, passava no Armazém do Seu Zeca, para levar as encomendas solicitadas pela mãe. Tempos duros e agradáveis.

A conclusão do Primário, até a 4ª série mais um ano de Admissão foi no Colégio Padre Hefrem localizado na área central da cidade de Vacaria, com direito a foto e tudo mais. Nesse período ficou na casa do tio Amador, aquele que serviu na fronteira. Estudava pela manhã e a tarde trabalhava na fábrica de artefatos de cimento do tio. No fim da semana ganhava uns trocados para ir ao cinema e tomar um sorvete.

O ginasial foi no Colégio São Francisco dos Ir Maristas, com suas batinas pretas conduziam o Educandário tratado em disciplina espartana e competência. No currículo estudavam la-tim, inglês, francês, canto orfeônico, trabalhos manuais e demais disciplinas tradicionais. No último ano do ginásio cursou no Noturno, que era público e gratuito.

Concluído o Ginásio, o que fazer da vida?

Queria ser militar. Disseram-me que existia o Curso de Cadetes da Brigada Militar e que o Ten Danesi, Comandante do Destacamento da Brigada tinha todas as informações para a inscrição. Nas palavras do próprio Cel: “Corria o ano da graça de 1961, mês de Dezembro, munidos dos documentos necessários eu, o Adonis, o Osmar e o Juarezinho, pegamos o ônibus e partimos para o desconhecido, nin-guém conhecia a Capital. Desembarcamos na rodoviária antiga (Rua da Conceição esquina Av. Júlio de Castilhos) e a pé, pedindo informa-ções fomos até a Praça do Portão. tomamos o bonde Partenon até o fim da linha na Igreja São Jorge. A pé subimos a Aparício Borges, a partir do Regimento Bento Gonçalves até o CIM ( Centro de Instrução Militar ), como era denominada a atual Academia da BM, estava um rebuliço, todo aquele campo tomado pelos cavalarianos do Regimento, que em uniforme de gala participavam de um filme que tinha como atriz principal a gaúcha Carmen Maria Luca, eleita miss Mundo daquele ano. Para nós que estávamos chegando da Vacaria aquilo tudo era uma loucura. Bem nos inscrevemos, e enfrentamos a seleção, as provas, psicotécnico, exame médico, físico, Eu e o Adonis passamos. Em março apresentação dos bichos e veteranos

e uma semana na praia Lami, na zona Sul de Porto Alegre.”

Durante a inscrição para o CFO tem um fato que merece destaque, segundo o Cel Vanderlan, pela ingenuidade, pureza de espírito e compreensão das autoridades participantes. – Tinham que apresentar o documento de alistamento militar dispensando o serviço pois estávamos inscritos para a Brigada Militar. Teriam que ir no QG do III Ex, atual Comando Militar do Sul e falar com o Oficial Assis Brasil que era o encarregado. Chegaram na guarda daquele QG e dissemos que precisávamos de um documento importante e nos mandaram falar com o Comandante Assis Brasil. Veio um Sargento e os passou para um Oficial. Foram conduzidos de elevador até uma imensa sala, onde foi mandado aguardar. Começaram desconfiar, será que estariam no lugar certo? Nisto chegou outro Oficial e os conduziu a uma enorme sala sobriamente decorada, tapetes, telas, retratos, bandeiras e de um imponente gabinete um senhor simpático, sorridente,

Cel Vanderlan, com o Vice presidente Brandebur-ski e o ex-Sérgio de Brum. Crédito: EMANUEL DENAUI

/ ESPECIAL / CP

Cel Vanderlan, como então Cadete da Brigada Militar no início da Carreira Militar e na foto seguinte como Magis-trado Militar, presidente do Tribunal Militar do Estado do Rio Grande do Sul

Rua Paulo Dall’Óglio, 1067 - Sarandi/RSFone: (54) 3361.4004Dermatologia - Clínica - Cirúrgica e Estética

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Page 12: JCB 220 Dez/2013

Correio Brigadiano pág 12 - Dezembro de 2013

Inspetor Luis F. QuaresmaImpostos demais

Capitão Oscar Bessi FilhoA Liberdade em chamas

Escritores Policiais

A democracia não está em cheque. Nunca estará. A democracia é fundamental, é um requisito para o exercício da racionalidade. Ela é, e sempre será, a chave primeira para a liberdade humana. Ela terá relação direta com a consciência, com o respeito ao outro e com a essência de nossa humani-dade. A democracia não se ameaça com gestos de violência individual ou coletiva. Seja esta violência um preconceito, uma licitação fraudulenta, um hospital público que nega qualquer atendimento ou o tiro de um assaltante. A democracia é uma instituição invisível e ideal. Não é mutável, nem negociável. Ela é. Ou não é. E só pode ser plena, que democracia pela metade não é democracia, é engodo. É golpe.

O que está posto à prova é o quanto sabemos sobre o

que ela realmente significa. Afinal, o que é democracia? Como se faz democracia? Como a percebemos garantida? Ela pode se resumir à simples troca da turma que está no poder? Ela se sustenta ou se pleiteia com mortes, como no Egito? E a liberdade? Onde anda a liberdade, a verdadeira liberdade, aquela que não pisoteia vidas a guisa de se garantir por aí?

Pois esta liberdade está em chamas. E são as chamas de um atentado, de um terrorismo intenso e implacável, de uma condenação sem qualquer chance de defesa. A liberdade, a verdadeira, corre perigo de desaparecer por completo. Se é que algum dia apareceu. Ela está em chamas nas chamas da escola em Eldorado do Sul. Está em chamas nas chamas e no sangue a dar pinturas tétricas às ruas do Cairo. A liberdade desaparece no desaparecimento de Amarildo. No desaparecimento da dignidade de professores e policiais. No desaparecimento das verdades. No estímulo ao álcool, ao jeitinho, à música da mulher-coisa, à impunidade, ao dar de ombros. A liberdade queima na nossa ignorância confortável. A liberdade desaparece na nossa incapacidade de fazê-la aparecer.

Nós, brasileiros, vivemos para pagar impostos, sustentar uma máquina governamental cara, ociosa e dispendiosa. Temos políticos demais, gastos públicos desnecessários que de nada contribuem para uma vida melhor do povo. Estamos muito longe de serviços públicos essenciais eficientes e efetivos. Saúde, educação, segurança e infraestrutura abaixo do que pagamos todos os anos com o sacrifício com o qual passamos com essa tributação o que o governo de nós exige.

Segundo estudos, em dez anos os impostos pagos pela população ultrapassaram a inflação do período em 16%. Nossos suados ganhos foram corrompidos em muito. Quanto mais trabalhamos, mais impostos pagamos, sendo empresário ou mero consumidores. Em tudo que consumi-mos, uma parte vai para o governo. Se realmente o dinheiro pago revertesse para a população teríamos serviços públicos de primeiro mundo. Mas não, sustentamos políticos, gastos desnecessários, e por aí vai....É preciso uma revisão dessa carga tributária em benefício do povo, seja na diminuição ou em gastos onde realmente é necessário. Que esse dinheiro

seja usado conscientemente e em prol de toda a população em moradias, segurança, educação, saúde, infraestrutura e na qualidade de vida de todos nós.

http://www.luisfsquaresma.blogspot.com.br/

Page 13: JCB 220 Dez/2013

Correio Brigadiano pág 13 - Dezembro de 2013

3ºSgt com 23 anos de serviço mas um exemplo antecipadoUm jovem

História de Vida JCB 220

O Sargento da Brigada Militar Abrão da Silva Souza é filho de Lino Lima da Silva (pequeno agricultor de seu próprio sítio) e Octilina Toledo da Silva (do lar), nascido em 27/03/1966, na cidade de São Jeronimo, no Estado do Rio Grande do Sul. Cursou o ensino fundamental, na sua cidade natal até seus 12 anos na Escola Estadual Carlos Maximiliano, no turno da tarde, pois pela manhã, trabalhava no posto de combustível como balconista, para ajudar seus pais com as despesas de casa.

Na sua infância e juventude costumava se divertir jogando futebol com seus amigos nas horas vagas.

Aos 16 anos, resolveu mudar-se para Porto Alegre e melhorar sua qualidade de vida. Ficou hospedado na casa de sua irmã mais

velha, Santa Isabel da Silva Souza, enquanto procurava um emprego.

Concluí seu 2º grau na Escola Unificado. Após o término do 2º grau se especializou em cursos profissionalizantes, de leitura e interpre-tação de desenho, de mecânica industrial e de matrizeiro/ferramenteiro no Senai à noite. Os cursos foram financiados pela própria escola Senai, aonde prestava serviço em troca de seus estudos profissionalizantes em uma fábrica de talheres – Zivi Hércules no bairro Passo D’Areia, em Porto Alegre, sua função era de ferramenteiro durante quatro e oito meses. Foi após estes cursos mencionados acima que conseguiu emprego na Metalúrgica Wallig, no mesmo bairro, de seu antigo emprego. Manteve sua função de ferramenteiro e trabalhou durante

mais quatro anos nessa empresa. Em 1984 casou com Ângela Maria Neves,

com quem tem quatro filhos, William de 26 anos (metalúrgico), Andrius de 20 anos (também metalúrgico), Juliana de 24 anos (contadora) e Ricardo de 22 anos que pretende seguir a carreira do pai, esta servindo ao Exército, em General Câmara.

No ano de 1990, em 24 de janeiro, aos 24 anos de idade, decidiu entrar na Brigada Militar, na ESFECs. E o fez por vontade própria, era seu maior objetivo de vida ser policial militar. Estava assim realizando seu sonho.

Durou um ano o curso de soldado, na época era o Comandante o Tentente Minuse e o 3ºSgt. Guedes, no Corpo de Alunos da ESFECs.

Foi classificado para trabalha no Centro de Suprimento e Manutenção de Material Bélico – CSMMB na Avenida Praia de Belas, na ma-nutenção de viaturas, pois tinha especialização na área, aonde ficou dois anos.

Em 1993, pediu e ganhou a transferência para Charqueadas, no 28ºBPM. Atuou no poli-ciamento oxtensivo durante seis anos.

De 2001 à 2004, ficou a serviço no Ba-talhão Fazendário - BPF com o Cap Moiano.

Em 2005 foi transferido para o 31 BPM, em Guaíba, aonde prestou serviço cinco anos. Neste mesmo ano teve uma ocorrência marcante em sua vida, quando estava de folga do serviço indo para casa no centro de Porto Alegre, se deparou com um assaltante armado roubando um aposentado que saía do Banco do Brasil. O Sgt Abrão conseguiu recuperar o dinheiro, porém as pessoas que estavam nas ruas queriam linchar o assaltante, mas o Sd não permitiu. Sentiu-se cestroso pois as pes-soas queriam linchá-lo, também, pela proteção que deu ao assaltante. Ele expressa “Graças a Deus” por ter ocorrido tudo bem. Levou o bandido para delegacia. A ocorrência gerou uma sindicância, para estudo dos fatos, com vistas a aplicação, dos benefícios do ato de Bravura.

Exemplo de que é possível conciliar a coesão e crescimento familiar com a persistência em seus objetivos profissionais. O 3º Sargeto Abrão da Silva Souza pode servir de modelo à juventude brigadiana que entrará com o terceiro grau. A lista de elogios, nos seus 23 anos de carreira, somam em torno de 90 e foram planilhados para ficarem à disposição. Um exemplo de conduta, que oculta a mágoa, de não ter tido reconhecido seu ato de bravura, no processo institucional. Quem tem uma ficha como a dele, tem o direito de expressar seu ressentimento.

No entanto, ele não ganhou a promoção que esperava. Os louvores que acumulou pela car-reira e a cópia da sindicância, estão, em anexo, a esta reportagem

Em 2010 foi deslocado para o 2º Pelotão na Barra do Ribeiro e em promovido a 3º Sgt, nas cotas de antiguidade.

Em janeiro de 2013 começo a presta serviço no Presidio Central – FT (força tarefa).

À esquerda: com os filhos e esposa, no casa-mento do filho William; acima no Presidio Central - FT

Na Formatura de Soldado, junto com a esposa e o filho mais velho.

A ação cuja Sindicância para o Ato de Bravura, rendeu-lhe a medalha Estrela de Recohecimento - Bronze.

A direçao do jornal Correio Brigadiano / abc da segurança pública sente-se honrada por ter o 3º Sgt Abrão procurado nosso programa de reconhecimento da atividade policial. Ele é merecedor de todas honrarias do Estado por ser um dos Construtores da Segurança Pública gaúcha.

Reportagem com a história completa:www.abcdaseguranca.org.br/Menu: HISTÓRIA DE VIDA

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Page 14: JCB 220 Dez/2013

Correio Brigadiano pág 14 - Dezembro de 2013

Inspetor Richardson LuzEsposa Virtual

Sd Ubal, do Proerd PortãoVi alguém fazendo algo para melhorar o mundo

Escritores Policiais

Estou com um sentimento que ainda não identifiquei direito, não sei se é indignação, tristeza, sensação de impotência ou descaso. Enquanto algumas pessoas reclamam que a adminis-tração pública nada faz, a polícia é omissa, “os professores não fazem seu papel”, mas e VOCÊ O QUE ESTÁ FAZENDO PARA MUDAR O MUNDO? No filme Todo Poderoso II, ELE diz que o mundo se muda com uma atitude real de carinho de cada vez.

Ontem presenciei um fato ocorrido em uma escola de nossa cidade onde, notei que uma secretária ligava para pais informando que a matrícula do seu filho esgotaria o prazo hoje, me chamou a atenção, pois eu custei a acreditar nisso, mas tudo bem, o que vale é o empenho de alguns profissionais preocupados com seus alunos, ou seja, COM SEUS FILHOS. Após ela desligar o telefone eu disse para ela que eu achava o fim do mundo a escola ter que ligar para pais, mães, padrastos, madrastas, avós, enfim, os responsáveis para clamar que ven-ham até a escola para rematricular essas crianças.

Mas para minha surpresa maior ainda, ela me disse que essa seria a quinta tentativa, pois já havia mandado bilhetes para os pais, torpedos, usado às mídias sociais, falado em reunião

e agora a ligação telefônica. Mas em que mundo nós estamos, cadê a responsabilidade dos pais, será que só sabem cobrar de todo mundo, mas e sua parte, cada um tem sua responsabi-lidade dentro da sociedade, sua importância, mas temos que fazer isso da maneira certa, é muito fácil passar a responsabili-dade para os outros, mas cuidar do que é de sua competência, isso não, dá trabalho, cansa, não causa problemas.

Mas não termina por aí, eu indaguei para essa secretária, e sabem o que ela me disse, que muitas vezes era mal atendida, vou citar apenas um dos exemplos:

Depois de várias tentativas para uma mãe, o telefone não foi atendido, então foi feita a segunda tentativa para outro número, que era do padrasto, ele então atendeu de forma brusca e com um certo tom de rancor na sua voz perguntando o que era, a secretária então lhe disse que estava com problemas de falar com a mãe do aluno, ele por sua vez perguntou o que ele tinha a ver com a situação.

Sinceramente eu não sei onde vamos parar qual a solução para esse tipo de situação?

([email protected] - 51- 9887 9879)

Aquele seria um dia normal na vida do seu Orlandino, não fosse elechegar do serviço e não encontrar a dona Sônia, sua esposa, em casa.

- Sônia!...ô Sônia! Ué, cadê essa mulher? Depois de percorrer a casa toda umas três vezes, olhar

debaixo da cama, atrás das portas e até atrás do espelho do banheiro seu Orlandino desistiu de procurar.

- Hã. Sumiu. Onde é que se meteu essa mulher? Nunca saiu assim, vai ver teve que ir à farmácia, sei lá. Pensou consigo mesmo.

Decidiu ligar a TV do quarto pra ver as notícias. Qual não foi sua surpresa ao ver que sua mulher estava lá. Isso mesmo. Dona Sônia presa dentro do tubo de imagem.

- Dino, ai que bom que tu ligaste isso aqui, eu estou apavorada. Eu estava assistindo a novela das seis quando de repente: SWICHT! Ela me sugou aqui pra dentro. Dino me tira daqui, por favor.

- Meu bem fica calma, deixa eu pensar o que eu faço. Disse levantando-se do sofá.

- Não pensa Dino, me tira daqui.

- Se lembra ontem? estavas vendo aquele programa sobre feitiçaria...

- Sim, Dino e daí? Disse a mulher já perdendo a paciência.

- Eu queria uma frescurinha, sexo, lembra? - Isso não tem nada a ver, Dino, por favor, quem é que

vai cuidar da casa, da tua comidinha? - Mas não. Tu estavas assistindo aquele maldito

programa. Péssima hora em que decidi colocar esta TV aqui no quarto.

Enquanto falava, Orlandino já estava deitado na cama de sapato e tudo, e o que era pior. Ainda não tinha tomado Banho, algo impossível de ocorrer em outros tempos. Sônia não deixava.

- Dino, Tira esse sapato, a cama está com os lençóis

Reportagem com a matéia completa:www.abcdaseguranca.org.br/Menu: L I T E R A T U R A

Submenu: Conto / Crônica ou Ensaio

Page 15: JCB 220 Dez/2013

Correio Brigadiano pág 15 - Dezembro de 2013 Feliz Natal e Próspero 2014

Feliz Natal e

Próspero 2014são os votos do

Jornal:abc da segurança pública

Correio Brigadianoe Apesp - Associação

Venha! abc, JCB e Apespestão querendo publicar:

- Sua História de VidaRemeta-nos em acorfo com as orientações

prescritas em: http://www.abcdaseguranca.org.br/?page_id=1942

- Seu Conto ou CrônicaOs selecionados serão publicados em:

http://www.abcdaseguranca.org.br/?cat=109remeta para o email:

[email protected]

- Sua poesiaTodas poemas remetidos para o email

[email protected]ão publicados

Page 16: JCB 220 Dez/2013

Correio Brigadiano pág 16 - Dezembro de 2013

Ten João de Deus Alves“O Vernáculo” e “A Continência”

Cap Armando P. MendonçaEntretendo os filhos

Escritores Policiais

Pois é... tem duas estórias de Cb Véio, Graduação que respeito muito, visto ser filho de um, Cb João de Deus Almeida Alves (Feijão), e que hoje é nome de rua, aqui em Eldorado do Sul. Mas vamos ao causo, que é tarde e vem chuva. Estava eu de Adjunto no QCG, um dia após ser promovido a 1º Sgt, na Seção tomando chimarrão com o Sgt Valfrei, quando entrou um Cb véio da fronteira, procurando o Adjunto para carimbar a velha guia de trânsito (lembram?), se apresentou pro Sgt e me entregou a guia para preencher, preenchi ,carimbei e assinei, e inventei de “tuziar” o Cb, perguntando de onde ele era, o homem ficou uma fera, se dirigiu ao Valfrei e lascou: Sgt, o troço ta muito atirado aqui, “por acaso não ensinaram este recruta a chamar Cb de Senhor no curso dele, bateu continência e se foi a la cria.

Fiquei com cara de tacho e perguntei ao Valfrei, que eu fiz?. Ele me respondeu, olha tua gola ,negão, tu esqueceu de colocar as insígnias e as divisas no fardamento, e te considera no lucro do Cb veio, não ter te passado o laço.

Certa feita estava eu Seção, quando chegou um vet-erano da reserva, educadíssimo, pedindo para falar com

o Chefe da Seção, visto que éramos responsáveis pela elaboração do famoso ‘Boneco” ( ou seja o destino dos Oficias recém promovidos) e nem o Papa entrava na Seção sem ser anunciado. Ele me explicou a situação, seu filho era que mantinha a família, a mãe doente, e tinham transferido o dito Oficial para Cacimbinhas do Sul, e um coronel amigo dele o encaminhara ao QG para tentar reverter a situação. Após, comovido fui falar com o Chefe.

Bati na porta da Sala de reuniões e anunciei.:- Chefe está aí um Senhor que veio “de parte” do Coronel Fulano,etc....

O Homem ficou uma fera, gritou: - Cap me vai lá e vê quem é este “unha grande” que teve coragem de vir no QG da Brigada “dá parte” de um Coronel da BM”.

Depois dessa toda vez ,que vinha alguém falar com ele ,troquei o “de parte”, pelo indicado por,mandado por, ou veio por conta mesmo.

PS: Depois do mal entendido a situação foi resolvida, e o transferido em tela é hoje um do grandes amigos que tenho , cada vez que nos encontramos ,lembramos do episódio.

Quando eu ainda era um menino, fiquei doente, com ínguas e furúnculos no corpo. Para me alegrar, mamãe pegava minha mão, fazendo-me cócegas, e me perguntava:

- Cadê o toicinho que estava aqui?- O gato comeu!- Cadê o gato?- Está no mato!- Cadê o mato?- O fogo queimou!- Cadê o fogo?- A água apagou!- Cadê a água?- O boi bebeu!- Cadê o boi?- Está comendo trigo!- Cadê o trigo?

- A galinha comeu!- Cadê a galinha?- Está botando ovo!- Cadê o ovo?- O frade comeu!- Cadê o frade?! E fazia cócegas em minha barriga,

dizendo rapidamente:- Está por aqui... Está por ali... Repetidamente... Até me

fazer rir, e esquecer um pouco as dores.Ela acariciava todos os filhos, e contava que papai fora

sempre um homem honesto e trabalhador. Que ela cuidava dele com muita dedicação e carinho. Papai também lhe dava muito carinho, amor e respeito, demonstrando à mamãe um coração cheio de amor.

Ela, em muitos desses momentos, virava o rosto, para eu não ver as lágrimas de emoção e saudade, que caíam de seus olhos.

Do livro “Causos para crianças II”

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Correio Brigadiano pág 17 - Dezembro de 2013

Cap Valnei Tavares um idealista da profissão Policial MilitarOficial da Brigada Miltar (reserva), escritor e advogado estabelecido em Pelotas e Porto Alegre

História de Vida JCB 220

Nasceu no interior de Canguçu/RS, em 8 de agosto de1949, primeiro filho do pequeno agricultor e mãe professora rural. Seus pais Amaro e Nair (falecidos); e irmãos: Nilton (Juiz de Direito), Breno Antônio (Empresário), João Carlos (Jornalista) e Neiva Maria (Odontóloga). Foi alfabetizado e fez as quatro séries iniciais com a mãe; a escola funcionava na própria casa!

Escola Santo Antônio, mantida pelo Mu-nicípio de Canguçu. A mãe era a única profes-sora (e única servidora!)para as quatro séries iniciais e o pai cedia o prédio graciosamente. Havia ainda uma peculiaridade da cultura local: aproximadamente a metade dos 30/40 alunos (média) era de famílias alemãs que em casa só falavam a língua pomerana, ou seja, antes de serem alfabetizados, precisavam dominar um mínimo de português, o que levava geral-mente uns três a quatro meses! Não sei bem como, mas a mãe conseguia... Todos os irmãos fizemos as séries iniciais com ela e muita gente hoje com curso superior (inclusive oficial PM) também o fez.

Com limitações financeiras, os pais con-seguiram fazê-lo estudar até concluir o ginásio (atual 8ª série fundamental) na cidade de Pelo-tas. Foi no Seminário São Francisco de Paula que concluí o ginasial, ano de 1964 (no ano de 1965, por generosidade de uma tia querida,

ainda pude estudar mais um ano na cidade, fazendo a 1ª série do Científico no Colégio Pelotense, mas no final do ano tive de retornar ao interior, pela razão financeira já descrita).

Tendo parado de estudar aos 16 anos (por ter que dar a vez de estudar ao próximo irmão), retornou ao interior ajudando o pai na agricultura e a mãe a dar aulas. Foi nessa ocasião que – motivado pela presença de um posto policial rural de “Abas-largas” (fração de 1º RPMon, Santa Maria, que havia sido destacado para o interior de Canguçu ao final da década de 50) – decidiu tentar a carreira de Oficial da Brigada Militar.

Foi assim que, pouco depois de completar 17 anos (no final do ano de 1966), teve de encarar sozinho a desconhecida e (na época) longínqua Porto Alegre para inscrever-se no concurso de ingresso ao CFO, no velho CIM (hoje, Academia de Polícia Militar).

Incluiu na Brigada Miliar em 20 de fever-eiro de 1967, na então Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Quadros - EsFAQ, atual Academia de Polícia Militar (APM).

Cursou o CFO entre 1967 e 1970, sendo declarado Aspirante a Oficial em 21 de novem-bro deste último ano.

No exame de ingresso, com surpresa inclu-sive, tirou o 1º lugar, recebendo o Espadim Tira-

dentes (depois do período de bixo) das mãos do então Governador Walter Perachi de Barcellos. No decorrer do CFO, seu desempenho foi mais modesto: acha que ficou em 4º ou 5º lugar na classificação final geral, em 1970. Já no seu re-torno, a vida acadêmica Brigadiana, para cursar o Curso de Aperfeiçamento de Oficiais - CAO, quando capitão, em 1984, voltou a obter o 1º lugar, com a Medalha correspondente.

Designado para o 1º RPMon, em Santa Ma-ria, lá permaneceu por quase dez anos. Nesse ínterim, desempenhou funções operacionais e administrativas diversas, sendo promovido a 2º Tenente (29 de junho de 1971); a 1º Tenente (29 de junho de 1974); a Capitão (20 de setembro de 1977), foi instrutor dos Cursos de formação e aperfeiçoamento de Sargentos na Escola de Formação de Sargentos - ESFAS, em Santa Ma-ria. Cursou a faculdade de Química na UFSM. Comandou por seis meses o Esquadrão sediado

na cidade de Tupanciretã, com abrangência em mais seis municípios.

Foi em Santa Maria, também, que nasce-ram os filhos Fabrício e Fabíola, ambos atu-antes, também, hoje, na área do Direito.

Na virada do ano 1979 para 1980, foi transferido para Porto Alegre onde, após breve passagem pelo Estado Maior da BM (3ªSeção), foi nomeado Diretor da então incipiente Escola de 2º Grau da BM, atual Colégio Tiradentes.

Indagado respondeu o Cap Tavares que não foi um dos idealizadores do Colégio Tira-dentes, apenas, recebeu o encargo de dirigi-lo, quando ele foi idealizado. Pelo que sabe, o grande idealizador do Colégio Tiradentes foi o então Chefe do Estado Maior da BM, o ilustre

Cel Antônio Cláudio Barcellos de Abreu; creio que, se alguém tem mérito especial pelo que é hoje essa instituição, o crédito maior é do Cel Abreu.

Permaneceu na direção do Tiradentes de março de 1980 a meados de 1982; este funcio-nava em instalações da antiga ESFECS, mas vinculava-se administrativamente à APM. Nesta época, atuou também como instrutor no CFO.

Afastou-se do Tiradentes ao ser designado para a Casa Militar do Governo do Estado, na qual desempenhou por quase cinco anos funções na Coordenadoria Estadual de Defesa Civil. Nesse mesmo período em que atuou na Defesa Civil, cursou o Curso de aperfeiçoa-mento de Oficiais - CAO, atual CAAPM (1984) e prestou vestibular para Direito na UFRGS, em cujo curso ingressou em 1985.

Seu trabalho de conclusão do CAO foi sobre o “Capacete” usado na Brigada Mlitar,

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Page 18: JCB 220 Dez/2013

Correio Brigadiano pág 18 - Dezembro de 2013

AP Márcio Fuão MércioCriança velha

Cel Afonso Landa CamargoTroco

Escritores Policiais

Patriarca de tradicional família da Terrinha, faleceu meio que subitamente. No velório, toda a família reuniu-se entre choros e outras manifestações desusadas.

Onze filhos, todos eles bem encaminhados na vida, alguns eram abastados fazendeiros.

O patriarca era homem de muito dinheiro, um milionário como diziam na época. É muito apegado a bens materiais. Tanto, que apesar dos bancos já estarem em alta, ele ainda não se continha e guardava algum dinheirinho sob o colchão para senti-lo e assim, dormir mais tranquilo.

Foi em meio aos choros e lamentos, que a mulher do patriarca propôs aos filhos e aos netos já encaminhados na vida, que pusessem cada um dentro do caixão, mil cruzeiros. Na época ainda era um bom valor, com que se podia fazer alguma coisa extra. Prontamente, já imaginando a alegria do patriarca em ir para a última morada sobre um dinheirinho razoável, todos concordaram e começaram a desembolsar o valor sugerido. Só um dos filhos dele não se “coçava “, olhando tudo meio oitavado num canto da sala. Eu disse sala, porque naquela época os velórios eram feitos em casa.

Não havia essa história de capelas e outros luxos.Vai daí, que juntaram a barbaridade de quinze mil

cruzeiros entre dinheiro dos filhos e dos netos. Aquele que ainda não se “coçava” puxou do bolso da bombacha um talão de cheques, preencheu uma folha com o valor de dezesseis mil e colocou-a dentro do caixão, tirando, em seguida, os quinze em dinheiro como troco e ainda explicou:

- Vocês sabem que só uso cheque – e saiu da sala lambendo a ponta dos dedos para conferir o troco

Ainda em clima de homenagens as crianças, deparei-me com o temido espelho grande de meu quarto, e decidi, de repente, examinar-me com um pouco mais de atenção. Os cabelos ainda domina a cor preta e são fartos. Mas as linhas do rosto e do corpo não me são generosas. Elas me são devolvidas com graça grotesca do exagero. Não é difícil enxergar no espelho o que se pretende ver.

Os cantos dos olhos possuem as rugas que os meus mais de sessenta devem mesmo ter, caminhos flácidos que correm como rios grossos e afluentes em direções varias. Mas o brilho do olhar segue parecendo o mesmo de quando ganhara a primeira bicicleta para ir á aula. As orelhas ainda cobertas de cabelos meio-grisalhos já possuem um par de lóbulos mais crescidos. No nariz, parecendo maior e não tão reto, ainda não aparecem as marcas e manchas da idade. A barriga, essa sim é indomável. Apesar dos esforços na natação e caminhadas, ela se mantem altaneira e por que não dizer com “avantajada proeminência”? Mas, estando sozinho, volto aos sete aninhos e me vejo assim quando” cavoco” numa das narinas para afastar os cabelos que me

irritam. Na boca, já com lábios mais finos, surpreendo-me ao examiná-los e vejo na dentadura, algumas falhas cobertas, nem tanto, por um aparelho ortodôntico.

As mãos, essa heroína que está sempre presente no dia a dia, nada ainda de manchas necrosadas, e isso me dá uma sobrevida. Levanto os pés e dou um pulo, depois outro e mais outro e não me sinto cansado. Deito-me, flexiono o tronco várias vezes. Viro-me e faço dez apoios repetidos e esparramo-me no chão. Dou mais uns pulinhos e flexiono os braços e pernas como um guri levado e arteiro querendo voar. Olho para o espelho e mostro-lhe a língua. Mas ele continua ali a me desafiar. Fujo dele.

Saio para a rua e vejo, numa pracinha alguns moleques jogando bola. Pego a bola e chuto com força para o gol e ela entra generosa. Corro em volta da quadra, encontro uma barra e tento me erguer, uma, duas e nada mais... Mas sai satisfeito.

Em casa me arrumei e saí novamente. Fui numa loja e escolhi um presente para mim, afinal hoje é meu dia, ainda mereço.

D o l i v r o Política & Polícia da terrinha - con-tos humorísticos, Polost/Apesp 1995.

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Correio Brigadiano pág 19 - Dezembro de 2013

90 anos de idade: uma vida voltada aos Bombeiros e à BMTenente Felipe Lopes Rodrigues nascido em 1923; incluído na BM em 1944; e reserva em 1963

História de Vida JCB 220

O Ten Felipe Lopes Rodrigues nasceu em Gaurama, em 13/09/1923, mas passou a infância em Passo Fundo, onde fez o curso fundamental no COLÉGIO ELEMENTAR, hoje Escola Estadual Protasio Alves; depois disto foi trabalhar no armazém da família Sirostsky até atingir a idade para o serviço Militar. Apresentou-se no Regimento de Cavalaria de Passo Fundo, sendo transferido pra Porto Alegre em 1944, para o Quartel dos bombeiros na Júlio de Castilhos: era um casarão de madeira que ia da Av. Mauá até a Julio de Castilhos (atual cameló-dromo), o qual comportava duas subunidades, o Estado Maior e o Pelotão Extra. Trabalhou como telefonista, durante muito tempo e depois passou a ser o motorista do Caminhão nº 1.

Uns 20 anos depois, foi construído pelo Comandante, Cel. Tiziano Felipe de Leoni, o Quartel Central dos Bombeiros da Silva Só. Pelo fato de ter vindo do interior, morava no Quartel, onde trabalhava 24 hs e folgava 24. Foi motorista do Corpo de Bombeiros mas

enfrentava também os sinistros, juntamente com seus colegas, apagando incêndios e salvando pessoas. Naquela época, a estrutura do Corpo de Bombeiros era muito precária, não tinham máscaras e muito tempo depois é que passaram a usar as roupas de amianto, para enfrentarem o fogo. Nas horas de folga, tinha liberdade para passear, jogar, enfim, vida normal.

Suas promoções foram por merecimento; por três anos foi soldado, depois, promovido a cabo, depois 3º Sgt, 2 º Sgto, 1 º Sgt, Sub-te-nente e Tenente (Oficial), quando foi transferido para a reserva em 1963.

Começou a frequentar os jogos de futebol e os bailes do Clube Clemente Pinto em Canoas. Em 1947, em um baile, conheceu Leda Odila Di Giorgio, com a qual casou-se em 1949, começando então, nova fase em sua vida. Do casamento com D. Leda, vieram os filhos, José Carlos, Solange e Solani, os quais, lhe presentearam com 6 netos e até o momento, 6 bisnetos, com outros dois a caminho.

Muitas histórias marcantes, daquela época, ficaram na lembrança, tantos as boas como as más. Vejamos:

- Uma delas, foi quando o Hospital Beneficência Portuguesa pediu aos bombeiros, que levassem a luz, pois estava acontecendo um parto e, no exato momento, faltara a energia e a sala de partos estava às escuras. Pronta-mente, a guarnição se fez presente, iluminando a sala de partos o quê resultou no nascimento de uma menina chamada Tânia Andreolli. Como agradecimento ao fato, a mãe da menina convidou o Corpo de Bombeiros para serem padrinhos da menina, a qual, desde pequena passou a ser a “mascote” dos Bombeiros, fa-zendo parte de todos os eventos, devidamente fardada, nos desfiles militares.

- Outra vez, houve uma rebelião na Casa de Correção, perto da Usina do Gasômetro, a qual abrigava também os leprosos e outros doentes contagiosos. Os detentos colocaram fogo nos colchões e logo o fogo tomou conta de tudo. Foram três dias de muito esforço para conter as chamas e salvar vidas. Muitos amo-tinados e doentes morreram naquele incêndio. Os bombeiros tinham que caminhar por cima

do telhado, carregando as vítimas e, muitas delas iam se “desmanchando”, perdendo os pedaços... por causa da lepra e das queimadu-ras. Foram dias de muito sofrimento ver seres humanos naquele estado.

- Anos depois, ainda sob o comando do Cel. Tiziano que sabendo das precárias condições dos equipamentos, com o intuito de “forçar” uma posição das autoridades, resolveu fazer uma “simulação de incêndio” em frente ao Palácio Piratini, para o que, foram convidadas Autoridades, inclusive o Governador. Levaram os carros auto bombas, escadas e as manguei-ras em péssimo estado de conservação. O comandante então ordenou que os motoristas dessem pressão extra (7 atmosferas de pressão à bomba)...As mangueiras estouraram, dando um banho no Governador e demais autoridades convidadas.

Isto rendeu ao Cel. Tiziano, 10 dias de cadeia. Mas, passado o castigo, foi chamado pelo Governador e mandado para a Alemanha, onde foram compradas as Escadas Magirus, que até hoje ainda operam em algum quartel do Interior... Foram no Porto de Santos, o Cel. Geraldo Vanim, Sgt Otavilino. Sgt Pereira e o Ten Felipe retirar os Caminhões-escada Magirus e vieram rodando até Porto Alegre. Passou então o Ten. Felipe a “pilotar” o caminhão-escada, até sua tranfência para a reserva e,

hoje, já na reforma. Seu maior orgulho é ter sido o motorista do Caminhão n 1º e motorista do 1º Caminhão-escada (Magirus).

“Seus” caminhões podiam servir de espelho...pois chegava a ser nojento de tanto que lustrava, deixando-os brilhosos...assim como suas botinas...Tinha muito ciúme do “seu” caminhão, a ponto de negar ao próprio Comandante o empréstimo do mesmo.

Ainda que, com as péssimas condições dos equipamentos, dos baixos salários, da pe-riculosidade, de arriscar a própria vida em favor da comunidade, mesmo assim, se perguntarem ao Ten Felipe: qual o seu maior sonho? Voltar a ser bombeiro!!! Foi bombeiro por vocação. Foi lá que aprendeu os valores de integridade, solidar-iedade, disciplina e lealdade. ‘SERVIR, SERVIR, SEMPRE SERVIR” é o lema que carrega até hoje, aos 90 anos. ‘SOLDADO É SUPERIOR AO TEMPO”, É SUA FRASE REFERIDA.

Apesar das limitações devido à idade avançada, pela cegueira quase total , ainda, o assunto que mais gosta é tudo o que se refere aos BOMBEIROS...Até mais do que seu time, que outrora era muito mais importante...

Tentei fazer da melhor maneira possível. Não sei se ficou bom, pois meu Pai, não estava querendo cooperar muito. Às vezes ele lembra, outras não... segui mais ou menos o reoteiro da entrevista dada ao Jornal da ASOFBM. Se não ficou a contento, me avisem que tentarei fazer de outra maneira. (Solange – filha do Ten Felipe)

Os dados de localização da filha do Ten Felipe nos foi fornecida pela jornalista da Asofbm, Vanessa Pagliarini, bem como integramos ao corpo desta matéria, a repostagem porduziado por ela, por ocasião da homenagem pretadas pelos Bombeiros da BM ao Ten Felipe.

Reportagem com a história completa:www.abcdaseguranca.org.br/Menu: HISTÓRIA DE VIDA

Submenu: 1. Brigadianos

Page 20: JCB 220 Dez/2013

Correio Brigadiano pág 20 - Dezembro de 2013

Cel Moisés MenezesA BM e a região Central do Estado.

Escritores Policiais

Carlito Moraes

Depois da revolução de 93, os gaúchos não saíam de casa sem a espada na cintura. Essa situação durou até o princípio deste século.

Uma vez, num aparte de tropa na Estância Grande, trabalho violento, entre os muitos vizinhos que foram ajudar, estava Carlito Moraes, moço campeiraço e disposto, com a sua espada pendurada na cinta. Apartada a tropa, na arrancada, disparou um novilho e Carlito saiu com outro pra laçá-lo. O companheiro guampeou logo o

boi, que emperrou.O moço gaúcho tocava o novilho quebra-lhe a cola, mas ele continuava parado, e até a esposa corria-lhe pela picanha. Com a demora,

o patrão que era apurado e frenético, atropelou o cavalo direto onde estava o boi emperrado a ao chegar gritou logo:- O que faz com esta espadinha que não cutuca este boi!Carlito arrancou a espada da bainha, quadrou corpo e largou-a de corte contra os garrões do novilho, desgarronado e respondeu entonado:- Minha espada é para cortar e não para cutucar.Deu de rédea no pingo e saiu à galopito, rumo a sua estância.

AbraçoO tio Maneco era casado com a mais velha das irmãs de minha mãe, a tia Laura, verdadeiramente um tipo interessante e inesquecível. Eu

me lembro dele como criatura alegre, vivaz e até engraçado. Realmente, ele gostava de brincadeiras, de dizer e fazer graças!Muitos são os causos que se contam sobre ele ou, melhor dizendo, que foram protagonizados por ele. E, desses casos, se deduz seu

fabuloso senso de humor e imensa capacidade de fazer graça. Além disso, muito ouvi contar, foi exímio laçador e pealador inigualável, sendo também considerado como admirável campeiro.

Dele, dizia o tio Saro:-Em sua mocidade, o compadre Maneco pealava como ninguém. Fazia buraco numa saída de mangueira!Deixou família numerosa. Muitos são seus descendentes. Gente ordeira e laboriosa que ainda reside na comunidade de Tupanciretã, onde

desfrutam de estima, respeito e consideração.Tanto recebido à visita de um seu afilhado, depois de bem hospedá-lo com muita prosa e muito mate, já nas despedidas o tio Maneco

“rasgou um pala” com esta tirada:-Obrigado pela visita, Zózimo, volte sempre meu filho, este rancho sempre às ordens... Dá lembrança pros teus irmãos... Pra comadre e...

Zózimo... Dá um abraço no finado compadre, ouviu!?!?

O burroTendo comprado um velho “burro-chôro”, de incapacidade para a reprodução de mulas, quiçá por não ter sido enxertado em éguas;

resolveu o Afra vendê-lo para um fazendeiro que pretendia ansiosamente adquirir um burro-padre para suas éguas de manada.Ao ofertar o asno para o interessado, este lhe indagou:-É mesmo um jumento reprodutor, esse seu burro, seu Afra?-É burro e bem burro, isso eu garanto!Com a categórica afirmativa do vendedor, adquiriu-lhe o fazendeiro, o burro por boa plata.Passado algum tempo, como o animal não se importava com as éguas, o comprador começou a rondar o velhaco.Na primeira oportunidade, ao se reencontrarem, o lesado intimou o Afra:-O burro que o senhor me vendeu não presta. Fui logrado!O diabo do jumento não faz caso das éguas!!Ao que, com a maior cara de pau, o maroto redarguiu:-Eu, quando lhe vendi, afirmei que o burro era um burro e bem burro!... Não foi assim!?-Sim... E daí?... Não cobre as éguas?-Pôs... De fato... O burro é um burro tão burro que nem se importa com as fêmeas...Bota burrice nisso! Não restou para o fazendeiro senão confortar-se com a safadeza, visto que,

para o magarefe, o negócio estava feito e sem oportunidade de desfazer-se!

Todos estes contos do livro

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Correio Brigadiano pág 21 - Dezembro de 2013

Proposta nacional do Sgt Marcos Rogério Geremias Coordenador do Núcleo da Setorial de Segurança Pública do Partido dos Trabalhadores

Reportagem histórica

COLUNA CAP MORAES

Cristiano Luís de Oliveira Moraes - Cap QOEM Especialista em Segurança Pública - UFRGS - 2007

Instrutor de Tiro da Brigada Militar - 2009Instr. de Operações Não-Letais -CONDOR Brasil - 2008

Instrutor TASER - 2009Serve na Corregedoria da Brigada Militar

E-mail: [email protected]

Prezados leitores escrevo esta coluna diretamente da região serrana do Rio Grande do Sul, da cidade de Gramado onde aconteceu o segundo Open de Tiro Policial do Brasil do qual participei integrando a equipe de tiro da Brigada Militar na categoria production (nesta categoria somente podem ser utilizadas armas originais de fábrica sem customização alguma, são as pistolas Taurus PT 24/7 police utiliza-das no policiamento sem qualquer alteração) juntamente com o Cap Rieger, 1º Ten Branco e 2º Sgt Andrade.

Juntamente com este evento ocorreu um encontro Nacional de Instrutores de Tiro Policial e também um simpósio de Material Bélico, tudo com o intuito de estudar, aprimorar, padronizar e melhorar assuntos referentes à instrução de tiro as polícias do Brasil.

Participaram do evento repre-sentantes de 19 Estados Brasileiros, bem como expositores de armamento, munição, equipamentos e acessórios relacionados com a atividade policial proporcionando a interação dos policiais diretamente com fabricantes e fornecedores

A competição de tiro ocorreu no da 10 de outubro de 2013 transcorrendo durante todo o dia, que por sinal estava muito enso-larado e quente, ao final do período estávamos todos bastante cansados, todavia orgulhosos de nossa participação pois conquistamos o 1º Lugar por equipe não só na minha categoria bem como na categoria onde armas custom-izadas poderiam competir, essa outra equipe foi chefiada pelo Maj Keller, tendo também conquistado o 1º lugar.

Parabenizo a todos os policiais que participaram do evento, seja na organiza-ção ou propriamente como participantes, o evento foi excelente, mais uma vez Brigada Militar demonstrou todo o preparo técnico profissional de seus integrantes, o evento transcorreu conforme planejado.

Parabéns aos integrantes do Centro de Material Bélico.

Desejo a todos um excelente mês, com saudações de atirador, bons tiros a todos....

2º OPEN DE TIRO POLICIAL DO BRASIL

O que acontece com o “RS???” a Brigada Militar não quer ser Policia Militar. O entrave so-bre as políticas salariais da BM, está enraizado em uma tradição, do Estado do Rio Grande do Sul. Sempre foi mal paga. Não é de Hoje.

As alegações são muitas, já vem de outros governos: “os professores também vão querer”;

“os oficias mostram que podem conter os Pra-ças” (no de salário baixo); “fazem serviço que não há necessidade de especialização, como Policiamento de Futebol, Guarda de Presídio, apoio Fazendário e etc”.

Temos que focar em nossa atribuição con-stitucional (CF) e fazer, somente, o Policiamento Preventivo e/ou Ostensivo. Fazer o Serviço de guarda de presídio ou policiamento de jogos de futebol, isso não é serviço de POLICIAL e sim de guarda.

Quando falamos em aumentar salário do Militar Estadual, vem à mente do civis, principal-mente, a lembrança do “Soldado conscrito do Exército”, e consequentemente a comparação e conclusão: “não precisa de salário muito bom”.

Para mudar isso, devemos sim, caros colegas, brigadianos, atacar estes pontos:

1º Focar em nossa atividade constitucional (CF); 2º Deixar de fazer Serviço de Segurança

privada em Jogos de futebol;

3º Deixar de ser guarda em Presídios e Penitenciárias (a atividade pode ser privada);

4º Retirar a denominação “Soldado” e passar a se chamar simples de Policial Militar.

5º Parar de fazer Serviço de Segurança como os apoios às equipes de fiscalização fazendária e etc;

Solicitando mais definições no ser polícia da BM e sendo contra a desmilitarização, além de analisar os meios necessários à função policial, eis a essência de um discurso, há mais de dois anos, sendo apresentado, como proposta do Sgt Marcos Rogério Geremias, em in-stâncias do PT.

Foi apresentada em uma das plenárias de Segurança Publica, organizada pelo governo federal, sobre o tema, no Rio de Janeiro, e há poucos semanas no própiro partido em Porto Alegre.

N.R.O 1º Sgt PM Marcos Rogério Gere-

mias, da ativa, antes de ser brigadiano, chegou a ser 3º Sgt de tropa no Exér-cito Brasileiro. E a assinatura, como coordenador, está expressa no teor de sua proposição, como acima transcrita.

Centauro dos PampasSua história no brasão da BM

na próxima edição

O Centauro dos pampas é uma representação metafórica que buscou expressar a razão antropológica existencial no sentimento de identidade, presente, naquela época e ainda hoje, no imaginário popular sobre a participação de todos os gaúchos na Revolução Farroupilha (1835/45). Como aroma exalado a partir da literatura, do pós-revolução, decantada por Caldre Fião e Apolinário Porto Alegre, pode-se acrescentar a famosa expressão cunhada por José de Alencar em O Gaúcho, publicada em 1870, Centauro do Pampa, mas consolidado com essa finalidade de evocação rememorativa dos valores dos homens revolucionários, percebido no cinquentenário do maior evento bélico interno no Sul do Brasil (1885). Não existe uma razão burguesa como tentam alguns desmerecer, nesse sentimento, que consolidou e torna presente todos os sentires e identidade com o pago; ainda, propiciou que, em pouco de mais de meio século (1948), ou seja, a partir dos festejos do centenário em 1935, ocorresse maturada em 13 anos e fosse estruturada, a ideia de Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). E nele, o MTG - é onde hoje se lastreia a expressão cunhada pela primeira vez, em sua metáfora idealística de valores e princípios, dentro de uma concepção gráfica que é inteligível a qualquer rio-grandense: Centauro dos Pampas. “vento não os verga, a chuva não os atinge, míticos centauros desse pampa. – (Caldre Fião)

6º procurar obter direito ao ciclo completo de Policia, (valorizar a lei 9099, ja é um começo);

7º Desenvolver mais as ações no termo “preventivo” que vai além do SME fardado e ostensivo na Rua (aumentar a atividade inteligência);

8º Promover a integração à sociedade através de conselhos de segurança pública;

9º Diminuir a quantidade de Graduações e postos na BM;

10º Voltar mais a atividade administrativa para o público (hoje 80% trabalha para a própria BM e outros 20 para o público externo: SOP, BO-TC, Cartório de Transito);

11º Informatizar (hoje as atividades nos mi-cros computadores da corporação são usados, exclusivamente, como maquina de escrever). Implantar software voltados para atividade e integrados (isso evita retrabalho);

Mostrando que a BM pode ser melhor, sendo dinâmica e enxuta, não precisando de

muito aporte financeiro para executar sua atividade, e também o ME mais produtivo, JUSTIFICARÁ a sociedade a necessidade de valorizar a profissão, que hoje se indaga a possibilidade de extinção e fortemente na des-militarização como saída para sua eficácia, que SOU CONTRA por entender ser um equivoco. As medidas estão acima.

Marcos Rogerio GeremiasCoordenador Regional do Núcleo da

Setorial de Segurança Publica, do Partido dos Trabalhadores.

Page 22: JCB 220 Dez/2013

Correio Brigadiano pág 22 - Dezembro de 2013

Cel Joaquim MoncksO poetinhaJM

Escritores Policiais

Articulistas abc on-line do Correio BrigadianoArticulistas abc on-line do Correio Brigadiano

http://abcdaseguranca.org.br/abc/

DH do TC FranquilimPaulo Cézar Franquilim Pereira – TC QOEMAssessor de Direitos Humanos do Cmt-Geral

- Ficar para tomar café- A verdadeira comunhã[email protected] - No Facebook pelo nome

Cristo no combate às drogasJoel Vieira Lopes – Sd PM CRPO LitoralPastor e Missionário Evangélico

História da BM - Pesquisas...Paulo Rogério Machado Porto Cel - Pesquisador

José Luiz ZibettiTen PM de Passo Fundo

Arte de somar... - Parlamentos

Questões de TrânsitoCarlos Pedot – Sgt do 1º BRBMConsultor em Trânsito

- Ficar para tomar café- A verdadeira comunhã[email protected] - No Facebook pelo nome

- A revista Unidade

- No Facebook, busque pelo nome ou [email protected]

- Juventude X caras pintadas - vândalos

[email protected] - No Facebook pelo nome

- Acidentes e o estilo moderno de vida

[email protected] - http://lauropedot.blogspot.com

Ordem e Justiça é LiberdadeJorge Bengochea – Cel - Escritor, Consultor e Blogueiro

- Justiça Criminal e CAOS [email protected] - http://sistemadejusticacriminal.blogspot.

com.br/ - http://mazelasdojudiciario.blogspot.com/

O FÁCIL EM POESIAAcaso pretendas crescer em Poética, muito cuidado com o compara-

tivo, porque este exclui a Poesia, derramando o texto para a prosa poética, aquela urdidura textual que não contém a beleza da codificação: a voz do mistério. O cortejo da fácil popularidade e o sucesso no seu tempo (tipo Michel Teló e outros, na música popularesca atual) exclui, também, a descoberta da colmeia que fica escondida dentro do tronco, na floresta, onde está depositado o inesperado doce mel. Fazer clientela em Poesia – utilizando uma linguagem consumista – é como pretender, nas eleições do processo político, o voto do pessoal da periferia urbana e o dos mal aquinhoados de escolaridade, mesmo que dotados de farta intuição. A Poesia não tem este condão: o de abrir diálogo com os acostumados ao fácil. Creio que o poeta é o único artista que não tem a destinação de ser descoberto em sua época, em contemporaneidade corrente. Acaso isto ocorra, resta negada a etimologia grega do POETÉS: o profeta, o antevisor, o mago que está além de seu tempo de viver. E então o vate passa a ser meramente um homem ao qual a Poesia ainda não logrou descobrir, como quer Mario Quintana: é ela que nos descobre e não nós que a iluminamos. Perdão, mas eu desejo te ver “Poeta” (com P maiúsculo) e não meramente um exemplar cortejador da mídia eletrônica. Não vás com muita sede ao pote. Beberás água turva...

PATERNIDADE LITERÁRIAEm matéria de revisão de textos, entendo que tanto em Prosa quanto no Verso, a ação de “revisar” vai mais longe, sendo

possível até a copidescagem, sempre sob a supervisão e aceitação do aparente autor do texto. Até porque entendo que o au-tor – especialmente em Poesia – não é o “dono” do texto, e, sim, a criação resulta do exercício do alter ego criador, que reside dentro do autor, psiquicamente. Ao autor são reservados os efeitos dos direitos patrimoniais, visto a sua paternidade material, podendo, por ela, tornar efetiva a sobrevivência autoral. Porque, antes de tudo, a arte poética é o resultado materializado da gestão confraterna e solidária, dentro de si e no outro, que bem pode ser o parceiro escritor, funcionando, naquele momento, como revisor, como sói acontecer no associativismo poético. Sem o leitor não se estabelece o vínculo literário. Sem a abertura do egocentrismo, inexiste o poema como proposta...

O TRADUTOR E O REVISOR DE POEMAS“Hoje li numa revista que o revisor de poesia é mais poeta que todos os poetas, e eu concordo.”. Zeli Sandrini Lotin, via e-mail, em 28/10/2013.Concordo que a tradução de um poema – vale dizer, de um para outro idioma – é tarefa dificílima. Cada peça traduzida

é um novo legado poético que se acresce ao idioma do tradutor e pejado da visão estética deste. É necessário haver, no mínimo, similitude ou afinidade filosófica de concepção estética (e do mundo) entre autor e tradutor. Também acredito que não é qualquer pessoa que consegue ser um bom revisor de poemas – aquele que pouco foge da concepção original. Acresça-se que a rigor técnico, não há “revisor de poesia”, e, sim, revisor de poemas, porque Poesia e Poema não são sinônimos. A Poesia é gênero e arte literária, e como tal, intangível... Mesmo que passível de ser reconhecida enquanto estado ou clima propícios ao exsurgir do Mistério – que é a sua fonte – o que irá propiciar o nascimento do poema, que é a sua materialidade (tangível, portanto) enquanto gênesis. É sobre esta materialização (o traduzir do universo do autor através do poema) que o agente tradutor se debruça e recria. Cada novo poema é uma peça derivada, todavia possui o mesmo cordão umbilical...

INDAGAÇÃO E IMPOTÊNCIAO que fazer para conversarmos sobre o conteúdo do texto, se ele é apenas a voz do alter ego, e este (pobrezinho!)

perdeu a visão e a fala após a finalização da peça, quando nós já havíamos saído de seu alcance...

Todos os textos acima, fazem parte do livro em preparo: A FABRICAÇÃO DO REAL, 2013.http://www.recantodasletras.com.br/pensamentos/4544988

Colaboradores para a circulção do jornal, no Interior do Estado, por respectivos municípios

Ten José Luiz ZibettiEm Passo Fundo54 3313 6077

Ten Nelton José BusinEm Lagoa Vermelha54 9173 5419

Ten Hélio Valdoir Em Santa Maria55 3028 4128

Sgt Jose Luis FerrãoEm Gramado/Canela54 3282 1611

Ten Plínio BernardiPara Vacaria54 3231 1300

Sgt Zingale BuenoEm Santa Cruz51 3717 1100

Este espaço está esperando a sua participaçãoNos remeta seu artigo. Seja nosso articulista

[email protected]

Page 23: JCB 220 Dez/2013

S S P - R S

Ten Bayerle & Blog’s way...

Claudio Medeiros Bayerle – TenentePresidente da Apesp Tesoureiro da AbrilMembro da ICPAssociassão Internacional de Polícia

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Marco Civil na Internet

Cel da SSP/RS expõe atendimento às comunidadesOS RESULTADOS POSITIVOS DO PROGRAMA ESTADUAL DE POLICIAMENTO COMUNITÁRIO

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Correio Brigadiano pág 23 - Dezembro de 2013

O projeto de Lei nº 5403/2001, comu-mente denominado de MARCO CIVIL na INTERNET, (ou “Constituição da Internet”) objetiva estabelecer DIREITOS e DEVERES na utilização da INTERNET no BRASIL. A primeira fase do processo colaborativo para a construção de um Marco Regulatório da Internet no Brasil, surgida em 2009 através da Secretaria de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça em parceria com o Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas no Rio de Janeiro, propôs à sociedade eixos de discussão abrangendo as condições de uso da Internet em relação aos direitos e deveres de seus usuários, prestadores de serviços e provedores de conexão, e também o papel do

Poder Público com relação à Internet. Segundo o IBOPE há mais de 52

milhões de usuários ativos na internet, com o BRASIL ocupando o terceiro lugar no ranking de usuários, já em termos de tempo utilizado estamos em primeiríssimo lugar numa média de 43 horas/mês per Capita.

No que se concerne à Segu-rança Pública, o Marco Civil contribuirá com os Órgão/Instituições policiais na repressão a ilícitos cibernéticos, eis que estabelece regras claras relativas às informações de conexão e de acesso à Internet. Reiterando sempre que apenas a JUSTIÇA (via provocação da Auto-ridade Administrativa ou Policial) autorizará o acesso aos registros pessoais ou determinará aos provedores prazos de guardas de registros

de conexão superior ao prazo legal, sendo que o juiz poderá determinar medidas para resguardar a intimidade pessoal, tais como a decretação de segredo de justiça.

É certo que o Marco Civil estabelece principia a proteção da intimidade e dos dados pessoais, reconhecendo o direito à inviola-bilidade de suas comunicações e registros na Internet. Ademais, o Marco Civil proíbe que os responsáveis pela conexão guardem esse tipo de informação, e não obriga a que os sites o façam.

O Programa Estadual de Policiamento Comunitário teve o seu início em 14 de março de 2012, através da implantação do projeto-piloto no município de Caxias do Sul. Naquela ocasião começaram a operar na cidade onze núcleos de policiamento comunitário, sendo dez de caráter operacional e um núcleo de coordenação.

Apenas para recordar, um núcleo de policiamento comunitário compreende um perímetro geográfico onde residem e trabalham aproximadamente 10.000 pessoas e onde operam três ou quatro policiais militares, os quais também são moradores do local. Para cada núcleo o estado disponibiliza uma viatura nova e o material de uso individual de cada policial militar, como pistola, colete balístico, rádio-portátil, entre outros. Em razão desses re-cursos o trabalho começa e termina no local de

atuação, sem a necessidade do efetivo deslocar para o quartel para receber ou entregar material.

Ao longo desse um ano e meio foram reti-radas várias amostras dos indicadores de crimi-nalidade dos locais atingidos pelo Programa, a fim de medir a redução dos índices criminais,

Cel Júlio César MarobinCoordenador. Estadual de Pol. Com.

verificando-se que vários crimes reduziram (ver quadro ao lado), especialmente os crimes mais graves, relacionados à vida e ao patrimônio, como o homicídio e o roubo de toda espécie.

Os primeiros desafios foram vencidos, que eram o de iniciar o Programa, estabelecer uma parceria com o município para que fosse possível inserir o policial na mesma área de atuação e a mobilização da comunidade. O desafio que se apresenta agora é fazer com que o Programa seja estendido para os demais perí-metros da cidade (bairros) e assim fazer com que os resultados positivos sejam sentidos por toda a comunidade, expandir o Programa para outros municípios e principalmente consolidar no Estado do Rio Grande do Sul a política de policiamento comunitário.

Para que tudo seja possível é necessário, sobretudo, que os gestores locais da segurança pública compreendam o Programa, especial-mente quanto a sua potência em reduzir os

indicadores da violência e criminalidade.O quadro a seguir apresenta os municípios

que já contam o Programa e os municípios que estão prestes a receber o Programa e também

um quadro demonstrativo dos índices de criminalidade um ano e meio antes com-parativamente com o mesmo período após a execução do Programa.

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Correio Brigadiano pág 24 - Dezembro de 2013

Ed 220 - Dezembro de 2013

Prezados Comandantes: Nossos agenciadores, conforme está previsto em nossas normas, sempre irão visitá-lo, ao chegar na sua cidade, conforme consta em: www.abcadaseguranca.org.br/?page_id=20 Direção do abc/JCB

Publicou o Comandante da BM

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Mensagem pelos 176 anos da BM

Em 03 de dezembro, a Polícia Civil Gaúcha completará 172 anos

Coluna do Chefe da PC/RS

Pág - 5

Remeta

sua poe

sia para

publicar

mos