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Ano XXI - nº 225 A P E S P Trabalhadores da Segurança - Irmãos de ofício jun/julho de 2014 Distribuição gratuita Construtores da Segurança Pessoas que devotaram sua vida ao serviço da sociedade SgtAugustoFerrazdaSilva Ptrº Completo Pág. 11 Cel Cairo Bueno de Camargo Líder classsista Pág. 13 Juiz Antônio Frederico Knoll Projeto Memória JME Pág. 05 Queremos que a história da segurança pública do Estado do Rio Grande do Sul, quando lida, pesquisada ou processada, paraqualquerfinalidade,tenhaareferência concretadetodososseusconstrutoresede todas as suas instituições policiais (BM, PC, Susepe, IGP e Detran). Ten Ubiratan Grás Borges Colaborador do jornal Pág. 09 Atençãoempresárioanunciante Está sendo utilizado indevidamente o nome Correio Brigadiano. Soliciteacredencialdaempresaenainsistência comunique,imediatamente, àpolícia(BMouPC). direção do abc/JCB Copa do Mundo de futebol - 2014, no Brasil Um grande evento e um grande aprendizado de nacionalidade e cidadania universal Pág - 15 Págs - 3 e 4 Ten Nolmiro Fortes de Oliveira Exemplo profissional Pág. 07 Almanaques históricos da Brigada Militar

JCB 225 Jun/Julho 2014

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Jornal ABC da Segurança Pública, também conhecido como Correio Brigadiano.Destinado como famílias dos integrantes de Órgãos da Segurança Pública BR / RS (SSP / RS) Brigada Militar, Polícia Civil, Susepe e IGP

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Page 1: JCB 225 Jun/Julho 2014

Ano XXI - nº 225 A P E S P Trabalhadores da Segurança - Irmãos de ofício jun/julho de 2014

Distribuição gratuita

Construtores da SegurançaPessoas que devotaram sua vida ao serviço

da sociedade

Sgt Augusto Ferraz da SilvaPtrº Completo

Pág. 11

Cel Cairo Bueno de CamargoLíder classsista

Pág. 13

Juiz Antônio Frederico KnollProjeto Memória JME

Pág. 05Queremos que a história da segurança pública do Estado do Rio Grande do Sul, quando lida, pesquisada ou processada, para qualquer finalidade, tenha a referência concreta de todos os seus construtores e de todas as suas instituições policiais (BM, PC, Susepe, IGP e Detran).

Ten Ubiratan Grás BorgesColaborador do jornal

Pág. 09

Atenção empresário anuncianteEstá sendo utilizado indevidamente o nome

Correio Brigadiano.Solicite a credencial da empresa e na insistência

comunique, imediatamente, à polícia (BM ou PC).direção do abc/JCB

Copa do Mundo de futebol - 2014, no BrasilUm grande evento e um grande aprendizado de nacionalidade e cidadania universal

Pág - 15

Págs - 3 e 4

Ten Nolmiro Fortes de Oliveira Exemplo profissional

Pág. 07

Almanaques históricosda Brigada Militar

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Correio Brigadiano pág 2 - Jun/Julho de 2014

Os artigos publicados com assinatura nesta página não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. As cartas devem ser remetidas para a coluna Mural do Leitor, com assinatura, identificação e endereço. A Redação do JCB fica na Rua Bispo Willian Thomas, 61, CEP.: 91.720-030, Porto Alegre/RS. Por razões de clareza ou espaço, as cartas poderão ser publicadas resumidamente.

Se Deus não guardar a cidade,

em vão vigiaa sentinela.

Salmo 137, v. 2M

ural

do

Leito

rO P I N I Ã O

Questões legais

PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – O PODER DE POLÍCIA: DÚVIDAS FREQUENTES ACERCA DO TEMA

PARTE 8

Marlene Inês Spaniol - Cap QOEM .”Bacharel em Ciências Jurídicas pela PUC/RS Mestre em Ciências Criminais pela PUC/RSDoutoranda em Ciências Sociais pela PUC/RSServindo no Departamento Administrativo DA/BM

O império da lei fora de risco (Viva a FIFA)

Presidente: Ten Claudio Medeiros BayerleVice-Presidente: Cel Délbio Ferreira Vieira Tesoureiro: Ten RR Luiz Antonio R. VelasquesSecretário: Maj RR Pércio Brasil Álvares

Endereço: Rua Bispo Willian Thomas, 61 - CEP: 91720-030 - Porto Alegre/RS

Utilidade Pública Estadual e Municipal

Distribuição gratuita para todos os servidores civis e militares, da ativa e inativos da BM, policiais da ativa e aposentados da Polícia Civil, servidores da Susepe, IGP, instituições municipais de segurança, vereadores, prefeitos e parlamentares.

Associação Pró-Editoração à Segurança Pública

Correio Brigadiano Editora Jornalística LtdaCNPJ: 05974805/0001-50

Telefones e Fax:(51) 3354-1495 (51) 8481-6459

Informações e arquivos JCB:(HIst.de Vida) www.abcdaseguranca.org.br

(Notícias) www.correiobrigadiano com.br(Notícias) [email protected](comercial) correiobrigadiano. [email protected]

(Adiminsitração) [email protected]

Jornal “abc da Segurança Pública”

Diretor: Vanderlei Martins Pinheiro – Ten Cel RRRegistro no CRE 1.056.506 INPI nºs 824468635 e 824466934

Administrativo: Franciele Rodrigues Lacerda Relações Institucionais: Cel Délbio Ferreira Vieira e Ten Valter Disnei (colaboradores) Comercial: Paulo Teixeira e equipe de vendedores (ver www.abcdadeseguranca.org.br) Atendimento e elabora anúncios: Janaina Bertoncello Secretária da redação e postagens web: Gislaine GuimarãesCirculação: Ten Jorge Ubirajara Barros (colaborador) Redação: TC Vanderlei Martins Pinheiro – MTb/RS nº 15.486Assessoria: TC e Jorn Paulo César Franquilin Pereira – MTb/RS nº 9751 (colaborador) Web Mídia/Redator: Sgt Rogério de Freitas Haselein (colaborador) Fotografia: Ten RR Enídio Pereira – Fotógrafo Jornalista MTE nº12368 e arquivos de OPMs E ACS da BM/RS e Arq da ACS PC/RS.

Tiragem: 15.000 exemplaresImpressão: Gráfica Grupo Sinos

Ano XX – nº 225 – Jun-Jul de 2014 – Correio Brigadiano: uma voz na Segurança Pública

Por três edições consecutivas, o editorial de nosso jornal abordou a existência de con-dutas administrativas do governo federal, de governos estaduais aliados e de prefeitos, que permitiam corroborar uma teoria da manipulação social, no interesse da construção de manifesta-ções populistas, geradas pelo descumprimento intencional das leis.

Nunca imginei que escreveria tais termos. Mas, sendo eles, a pura expessão da realidade, difícil seria excluí-los de comentários. Então os acolho. E contrariando, meus próprios prognósti-cos houve a inversão do processo vândalo, apar-entemente, específico para a realização da copa.

A FIFA exige um padrão contratual dos serviços que sejam conexos à realização do evento, copa do mundo, no país que aceite ser sede. Assim, a expressão padrão Fifa comu-mente empregada jocosa, ou maliciosamente, apesar de ser uma realidade imposta, se tornou um referencial concreto para as discussões da segurança que queremos e temos direito.

No contrato da Fifa não é tratada a questão da saúde, educação ou outras políticas sociais existentes no país sede, Além das exigências dos estádios e suas instalações no evento, a preocupação da Fifa é por mobilidade social. A exigência, sobre a política de mobilidade urbana ,

está direcionada para a chegada ao local dos jogos e, talvez, o grande legado real à toda sociedade. Na segurança pública tratada, também, em proto-colos voltados ao evento jogo, ao criar condições mínimas de sociabilidade, entre os que assistem.

Assim, ao expressar um sentimento sobre o que vivenciamos em Porto Alegre, por certo, estaremos, se não generalizando, mas abordando aspectos que, se não iguais, são semelhantes e deverão ter ocorrido nas demais onze Capitais, sedes do campeonato mundial de futebol ocorrido no Brasil.

Há o sentimento comum de: “Viva a Fifa, queremos Blatter para presidente”.

Qual a principal diferença entre Poder Disciplinar e Poder de Polícia? Enquanto no Poder de Polícia está em causa a “supremacia geral”; no Poder Disciplinar estará em causa o “Vínculo Especial”, ou seja, quando existam vínculos específicos travados entre o Poder Público e determinados sujeitos. Nesse sentido, estão fora do campo da polícia administrativa os atos que atingem os usuários de um serviço público, a ele admitidos, quando concernentes àquele especial relacionamento. Da mesma forma, excluem-se de seu campo, por igual razão, os relativos aos servidores públicos ou aos concessionários de serviço público.

O que é Poder de Polícia Originário e Delegado? Segundo o doutrinador Hely Lopes Meirelles, o poder é originário porque “nasce com a entidade que o exerce”, sendo “pleno no seu exercício e consectário”. O poder de polícia delegado, ainda conforme o referido autor, é aquele que provém dos agentes ou órgãos internos do Estado, através da transferência

legal, já mencionada alhures, é “limitado aos termos da delegação e se caracteriza por atos de execução.”

Desse modo, para que haja validade dessa delegação, se faz indispensável a edição de uma lei formal, originária da função regular do legislativo. Verifica-se que no poder de polícia delegado não se compreende a imposição de taxas, porque, o poder de tributar é intransferível da entidade estatal que o recebeu constitucio-nalmente. Ao particular pode ser atribuída a função de Polícia? O Supremo Tribunal Federal apreciando a questão (ADIN 1.717-DF) firmou entendimento de que as atividades típicas do Estado envolvendo também o poder de polícia e a punição não pode ser objeto de delegação a entidades privadas.

Qual o fundamento para o Poder de Polí-cia? O poder de polícia que a Administração exerce ao desempenhar seus cargos de polí-cia administrativa diz respeito à denominada “supremacia geral”, que não é senão a própria

supremacia das leis em geral, concretizadas através de atos da Administração.

Quais são as sanções aplicadas em razão do Poder de Polícia? As sanções são impostas ou fixadas em lei, posto que não podem ser instituídas por decreto ou outro ato sublegal, nem podem ter caráter perpétuo. São essencialmente os seguintes atos puni-tivos: a) multa; b) interdição; c) demolição; d) destruição; e) embargo (de obra).

A aplicação dessas penalidades não se legitimará se, em processo administrativo, não for dado ao infrator amplo direito de defesa e de contraditório, nos termos do art. 5º, LV, da Constituição Federal.

(Na próxima edição do JCB será dada sequência ao tema Poderes da Administração Pública: Poder Disciplinar x Poder de Polícia)

Outras colunas da Marlenehttp://www.abcdaseguranca.org.br/?cat=27

Outras Charges do Moreirahttp://www.abcdaseguranca.org.br/?cat=98

http://www.abcdaseguranca.org.br/?cat=9

O JORNAL É QUE AGRADECE AO OSMAR“Muito obrigado, mas fui aprovado no ultimo concurso graças as aulas que

frequentei no curso do correio brigadiano!Muito obrigado! [email protected]” Em 24 de junho de 2014 10:59, BD Correio Brigadiano<abcdaseguranca@

hotmail.com> recebeu:

Estão abertas as matrículas: Curso Preparatório CTSP, inicia 14/07Contatos pelo telefone: (51) 3354 1494 (51) 8481 6459Att, Gislaine Guimarães - Correio Brigadiano

AGRADECIMENTO AO CMT DE MARAUA direção do jornal vem agradecer, em nome do nosso colaborador, Anderson

Carvalho, a acolhida que recebeu nessa fração da Brigada Militar em janeiro de 2014, quando da estada do agenciador captando participações em propaganda para custeio do sistema noticioso do jornal.

Nosso procedimento atende não só ao pedido de Andersom. Nossos agradecimentos à pessoa de Capitão Jeferson Rodrigues e de toda a equipe de trabalho desse importante órgão policial militar.

Paulo Teixeira - Gerente do abc da segurança púlbica\Correio Brigadiano

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Correio Brigadiano pág 3 - Jun/Julho de 2014

E S P A Ç O

Segurança Pública na Copa

IBCM vai distribuirmais de quatro toneladas de alimentos

COPA 2014 no BrasilSegurança Pública gaúcha

Momentos signifcativos em Porto Alegre

As mais de quatro toneladas de alimentos arrecadadas pela IBCM na atividade em parceria com o Park Tupã, em maio, serão doadas a associados em vulnerabilidade social. Brigadianos interessados em receber as doações devem procurar a instituição para passar por uma avaliação da equipe de assistentes sociais.

No dia 17 do mês passado, quem levou três quilos de alimentos não perecíveis ganhou ingresso para se divertir em todos os brinquedos do parque. A ideia é beneficiar mais de 500 famílias com o que foi arrecadado.

Roupas que chegaram com a Campanha do Agasalho IBCM também farão parte dos kits que serão distribuídos. A campanha prossegue até o período de frio e quem quiser fazer doações deve procurar uma das unidades de atendimento da instituição.

Ajudar quem precisa faz parte do compromisso da direção com a responsabilidade social, da IBCM, que é reconhecida pela Assembleia Legislativa gaúcha por nove anos consecutivos.

O nome dele é Alaa, diplomata da Arábia Saudita e sempre quis vir ao Brasil. No centro/Poa, ao ver esta fila dupla de policiais, ele comentou comigo, estar familiarizado com rostos cobertos. Então, fiz o “selfie” e disse: “Quando alguma coisa não vale a pena ser dita, tire uma foto”. Juliana Cupini

Uma senhora, ao perceber que uma patrulha formada por PMs da Copa do Mundo, teriam parado em frente a sua residência, preparou e ofereceu um café enquanto trabalhavam

Como sempre posta, “em refrão”, um colega brigadiano, acerca do emprego do cavalo: “Sempre haverá uma cavalaria”.

A cavalaria necessita de uma retaguarda com profun-didade e tecnologicamente adequada.

Atuar como “Força de Dissuasão”, na verdadeira acep-ção do conceito de polícia de segurança.

A banda dos torcedores holandeses se integraram a Banda da Brigada Militar e tocaram a Aquarela do Brasil, juntos. E a população aplaudiu por muito tempo.

Estas imagens de uma integração na linguagem univer-sal da música está classificada como um dos Top da Copa. Seu vídeo corre o mundo, na Internet. E correrá por muito tempo.

Grupos de torcedores estrangeiros, sempre que po-diam, solicitavam para tirar fotos com policiais militares.

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Correio Brigadiano pág 4 - Jun/Julho de 2014 Segurança Pública na Copa

COPA 2014 no BrasilSegurança Pública gaúcha

Momentos signifcativos em Porto Alegre1ºTen Claudio Medeiros Bayerle 1º sgt Marcos Paulo Basto Silveira

http://www.abcdaseguranca.org.br/?cat=5 http://www.abcdaseguranca.org.br/?cat=5

Operadores de Segurança Pública trabalhando INTEGRADOS na Copa do Mundo 2014 BRASIL; Treinamento dos EFETI-VOS (Btl COPA e BEPE (Batalhão de Especial de Pronto Emprego) em treinamento do Auditório Araujo Viana ); BOMBEIROS da BRIGADA MILITAR integrados com a comunidade de torcedores; Gol Walk (caminho do gol) Borges de Medeiros tomada por TORCEDORES estrangeiros; BOE (Canil) BEPE em apoio ao Btl COPA no perímetro vermelho (área interna do Estádio

Beira-rio); Torcedores estrangeiros em amizade com os Policiais Militares (brigadianos); Grupo argentino foi acusado de furto em frente a hotel de Porto Alegre (Foto: Josmar Leite/RBS TV); Manifestantes são detidos após confronto com a polícia em protesto contra a Copa do Mundo, em Porto Alegre em 12/06/2014(Edgard Garrido/Reuters); Um link especial do jornal Correio do Povo com momentos, também, significativos: http://www.correiodopovo.com.br/blogs/fotocorreio/?tag=copa-do-mundo-2014

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Correio Brigadiano pág 5 - Jun/Julho de 2014

E S P A Ç O

História de vida JCB 225

Juiz Antônio Frederico KnollDepoimento ao Projeto Memória da JME-RS

Unidade Centro – Tr. Francisco Leonardo Truda, nº 40 Sala 23 Fone 51 3221 40033Unidade Menino Deus – Getúlio Vargas 1039 Fone 51 3233 4333

OUVIDORIA SICREDI 0800 646 2519

Sicredi chega ao Rio de Janeiro

O Sicredi amplia sua atuação nacional e chega ao Rio de Janeiro por meio da filiação da Cooperativa Unicred Rio. Em decorrência do processo de filiação ao Sicredi, ocorreu a desfiliação do Sistema Unicred, a reformulação do Estatuto Social e alteração do nome da cooperativa para Sicredi Rio.

Novo ponto de atendimento no PartenonEntre os meses de agosto e novembro, a Sicredi Mil irá inaugurar um ponto

de atendimento no Partenon, próximo aos quarteis da Av. Aparício Borges. O aten-dimento será efetuado por duas colaboradoras com todas as condições de operar com os produtos do Sicredi. Os pagamentos de valores em espécie, recebimento de contas e demais funcionalidades serão efetuadas por um caixa eletrônico.

Sem pacotes de serviços e a distribuição de sobras aos associados

Este ano a Sicredi Mil distribuiu 25% das sobras líquidas entre os seus asso-ciados, proporcionalmente ao uso de produtos e serviços ao longo de 2013. Compa-rando com outras instituições financeiras e somando o valor pago aos associados, além do fato da Cooperativa não cobrar pacotes de serviços ou mensalidades, é possível avaliar quanto ganha o associado da Sicredi Mil.

O Sistema Sicredi

Com mais de 2,5 milhões de associados e 1.270 pontos de atendimento, em 11 Estados do País (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Pará, Rondônia e Goiás), o Sicredi é organizado em um sistema com padrão operacional único, contando atualmente com 100 cooperativas de crédito filiadas, distribuídas em quatro Centrais Regionais – acionistas da Sicredi Participações S.A. - uma Confederação, uma Fundação e um Banco Cooperativo que controla uma Corretora de Seguros, uma Administradora de Cartões e uma Administradora de Consórcios.

Ainda não é associado(a)?

A Sicredi Mil está apta a atendê-lo em melhores condições que as instituições bancárias, visto que possuímos hoje os mesmos produtos e serviços, porém com juros e taxas reduzidos, além do atendimento de “Brigadiano para Brigadiano” e o “Jeito Sicredi de Ser”. Podem se associar na Sicredi Mil, integrantes da Brigada Militar do RS e seus familiares, bem como pessoas jurídicas sem fins lucrativos ou que sejam controladas por associados pessoas físicas.

Na entrevista concedida ao Projeto Memória em Antônio Frederico Knoll, Juiz de carreira, rememora o primeiro concurso para Juiz Auditor e nos fala da trajetória da Auditoria de Santa Maria, de sua rotina administrativa e processual. Ao mesmo tempo em que refere o prestígio contemporâneo usufruído pela Auditoria junto à comunidade santa-mariense, descreve como se dava, no passado, a difícil relação hierárquica com o Tribunal, tanto no que se refere a eventuais tentativas de inter-venção na jurisdição, quanto na dependência orçamentária e administrativa. Knoll também comenta a luta pela manutenção da jurisdição durante o regime militar, que desejava a sua extinção, assim como se refere à posterior campanha ideológica de Helio Bicudo contra a Justiça Militar. Em contrapartida, Knoll não deixa de mencionar os desacertos admin-istrativos internos que, no passado, teriam contribuído para prejudicar a imagem desta Justiça especializada, em face, mesmo, da própria Justiça Comum.

ENTREVISTADO: Sou natural de Passo Fundo, onde nasci em 16 de janeiro de 1929. Fiz o ginásio no Colégio Marista, depois, passei para o Colégio Metodista, onde fiz o científico. Por sempre exercer uma liderança estudantil, fui o orador da turma. Cursei a Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, de 1951 a 1955, depois, em Santa Maria, fiz pós-graduação em Filosofia.

Trabalhei em Santa Rosa, e sobre este período vou contar um detalhe muito interes-sante: cheguei, e um ou dois meses depois, o

Juiz Titular me chamou no seu gabinete e disse: “Knoll, já tenho todas as informações a teu respeito, já vi teu jeito de trabalhar, então, estou indo para Porto Alegre e virei aqui somente vinte ou quinze dias por mês”. As coisas foram andando, e ele passou a vir dez dias por mês; dali a pouco, passou para uma semana, depois três dias e por fim ele vinha em uma noite de ônibus e voltava na outra.

Assim, como Secretário, fiquei responsável por fazer os acertos, o Vogal do empregador de um lado, o Vogal dos empregados e o advogado do outro, e, como havia muitas reclamatórias, pois fazíamos toda a região, eu acertava de dez a doze reclamatórias por dia, e as que não conseguia deixava para o juiz, que as levava para Porto Alegre para elaborar a sentença e, depois, as trazia prontas. No fim, quando ele vinha uma noite ou outra – e com isso quero mostrar como eu era forte de espírito e um pouco audacioso, o que não deixei morrer muito – pedi uma conversa particular com ele.

Nós éramos, na Junta de Conciliação e Jul-gamento da Justiça do Trabalho, dez ou onze funcionários, então falei: “Doutor, o senhor está com o cargo garantido. Aqui, a metade, com exceção da minha pessoa, é contratada. O senhor está provando que, para a Junta, só eram necessários vinte dias, depois quinze, depois dez, e hoje se comenta que a Junta não é necessária, pois só funciona um dia no mês. Se fechar a Junta de Julgamento, como ficamos todos nós?” Esse Juiz foi Presidente do Tribunal Superior do Trabalho.

Continuação desta História de vida: http://www.abcdaseguranca.org.br/?p=5673

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Correio Brigadiano pág 6 - Jun/Julho de 2014 Escritores Policiais

Cel Itamar Castro Há um dia em que perdemos o “Gênero”

Nilton Moreira – Insp PCPsicoscópio

Ontem (10/06/2014) quando o Vice-presidente Michel Temer renovou a “parceria” do PMDB com o PT, um depu-tado aproximou-se e beijou o Deputado Mendes Ribeiro que estava sentado, presumo eu que seja por conta do tratamento contra o tumor no cérebro. Tão logo o beijo-queiro afastou-se ele, o Mendes ficou olhando-o de canto.

Nestes últimos oito meses por conta de tratamento oncológico, tenho me sentido um soviético, de tantos beijos que tenho ganho, na cabeça, no pescoço e nas bochechas, beijos do mesmo gênero. Da mesma forma o gênero oposto passou a cumprimentar-me com mais afeição e até parceiros que em situações normais se mostravam contrariados se houvesse um cumprimento mais espichado por parte de suas amadas agora ensaiam um sorriso não de piedade mas de compaixão e assim passei a me sentir sem gênero definido.

Recentemente os noticiários informaram que pessoas envolvidas em crimes estavam sendo submetidas ao detector de mentiras, um aparelho que segundo a ciência é possível saber se o indivíduo pelas reações que demonstra está ou não falando a verdade. Há controvérsias sobre a fidelidade da interpretação, pois o examinado pode expressar sintomas contrário à realidade, mas de qualquer forma é equipamento que visa contribuir na soma das provas investigatórias. Reportando-nos ao livro Nos Domínios da Mediunidade psicografado no ano de 1954 por Chico Xavier, vamos encontrar um capítulo que fala de equipamento que pode se dizer semelhante ao detector e que é chamado de Psicoscópio. Conforme capítulo no livro, este instrumento utilizado pelo plano espiritual, que foi apresentado guardado em pequena pasta, tinha como objetivo facilitar exames e estudos, sem a necessidade de acurada concentração mental. O minúsculo objeto aqui na Terra não pesaria senão algumas gramas. O benfeitor espiritual esclarece no livro através de Chico que se trata de um aparelho que se destina à auscultação da alma, com o poder de definir as vibrações e com capacidade para efetuar diversas observações em torno da matéria. Acrescentou o benfeitor que espera esteja, mais tarde, entre os homens. Funciona à base de eletricidade e magnetismo, utilizando-se de elementos radiantes, análogos na essência aos raios gama. É constituído por óculos de estudo, com recursos disponíveis para a microfotografia. Se o espectroscópio permite ao homem perquirir a natureza dos elementos químicos, localizados a enormes distâncias, através da onda luminosa que arrojam de si, com muito mais facilidade identificaremos os valores da individualidade

Outras colunas do Itamar: http://www.abcdaseguranca.org.br/?cat=138 Outras colunas do Nilton: http://www.abcdaseguranca.org.br/?cat=137 (continua nosite)

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Correio Brigadiano pág 7 - Jun/Julho de 2014 História de vida JCB 225

Ten Nolmiro Fortes de Oliveira e o dever cumpridoAos 31 anos de serviço: elogios sem nenhuma punição e um filho PM há oito anos na Corporação

Natural de Arroio dos Ratos, Nolmirio cresceu e se desenvolveu no seio de família, humildemente, com algumas dificuldades, onde não teve condições de estudar muito, estudando apenas o primário, onde se formou no 5º ano, com 12 anos de idade, não tendo condições financeiras de prosseguir nos estudos, tendo que trabalhar para ajudar no sustento da família;

Trabalhou em diversos empregos, entre eles: serviço de mato, construção civil, metalúrgica e outros mais;

Em 1980, conheceu a Madalena, onde casou-se em maio de 1981;

Do casamento, nasceram três abençoados e lindos filhos, onde hoje a família já aumentou, tendo nora, genro e dois netinhos;

Ingressou nas fileiras da Brigada Militar, no dia 01 de Outubro de 1983, no 5° BPM na cidade de Montenegro;

Após concluir o curso que teve a duração de aproxi-madamente 05 meses, foi destacado para servir na cidade de Butiá, onde trabalhou apenas 01 mês, sendo transferido para sua cidade natal, Arroio dos Ratos, onde serviu durante os 31 anos de efetivo serviço prestados a Brigada Militar e sua Comunidade;

Quando ingressou na corporação, era portador de apenas o 5º ano primário, sendo que resolveu voltar aos estudos, onde com a ajuda de DEUS, da família e de seus comandantes e pares, concluiu o antigo 1º grau (ensino fundamental) em 1986, o antigo 2º grau (ensino médio) em 1989 e a Faculdade em 1995, formando-se Professor e Bacharel em Geografia pela Ulbra em São Jerônimo, sendo que posteriormente também cursou 15 cadeiras do curso de Direito na UFRGS em Porto Alegre;

Ao longo dos 31 anos, trabalhou cedido algumas vezes em Charqueadas, Butiá, São Jerônimo, mas sempre pertencendo ao Pelotão de Arroio dos Ratos;

A partir de 1991, com o início da faculdade, começou a ser aproveitado no serviço administrativo da Brigada Militar, o que contribuiu muito para o crescimento intelectual e Profissional;

Ao longo dos anos, participou de diversos simpósios, seminários, cursos e tudo aquilo que contribuiu para o crescimento intelectual e consequentemente melhor des-empenho na BM;

Entre os diversos cursos, em 2002, participou do 3° Seminário Internacional – Polícia e Sociedade Democrática – O Estado de Direito e as Instituições Policiais, realizado pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul; em 2005, fez o Curso de Treinamento em Polícia Comunitária; em 2007, fez o PROERD (Programa Educacional de Resistência às

Drogas e a Violência); em 2008, Curso Violência, Criminali-dade e Prevenção, pela SENASP; em 2009, Curso Tópicos em Psicologia Relacionados à Segurança Pública e Defesa Civil, pela SENASP; em 2009, Curso de Redes de Proteção; Identificação; Acolhimento e Encaminhamento de Mulheres, Crianças, Adolescentes e Idosos vítimas de Violência, realizado pela ACADEPOL; em 2009, participou da VII con-ferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente; em 2009, fez o curso PROERD-PAIS, o que lhe trouxe uma excelente gratificação pessoal e profissional, pois com este trabalho pode ter a certeza de estar contribuindo com sua comunidade e com sua instituição, de forma muito eficaz, em se tratando de prevenção as Drogas, uma situação muito delicada e perigosa, onde formou até o final de 2013, 933 alunos; em 2010, participou do IV Seminário da Brigada Militar do Vale do Taquari, promovido pela UNIVATES; em 2014, participou do Seminário Regional de Trânsito, Encontros da Década de Ação pela Segurança no Trânsito, na Academia da Brigada Militar;

Também se especializou e realizou diversas palestras junto a comunidade de Arroio dos Ratos, sobre prevenção as Drogas, para crianças e adolescentes, palestra também aos Pais, palestra sobre trânsito, Palestra sobre Direitos e

Deveres das crianças e adolescentes, Palestra sobre a Lei Maria da Penha e outras mais;

Nos anos de 2006, 2009 e 2010, foi instrutor das maté-rias de Introdução a ciência do Direito, História da Brigada Militar e Segurança no Trabalho Policial, nos cursos de formação de soldado no 28° BPM em Charqueadas;

Ao longo destes anos, teve muitas conquistas na Brigada Militar, entre elas: medalha de bronze aos 10 anos de serviço, medalha de prata aos 20 anos e medalha de ouro aos 30 anos de efetivo serviço;

Também ao longo do 31 anos de serviço colecionou em sua ficha funcional, diversos elogios por bons serviços prestados e por diversas ocasiões foi escolhido Policial Militar destaque: em Agosto de 1992, Policial Militar Destaque do mês; em Novembro de 1999, Policial Militar Destaque do ano; em Novembro de 2005, Policial Militar Destaque do ano e em Novembro de 2007, Certificado de Reconhecimento e Serviços Prestados em Prol da Segurança Pública na Região Carbonífera;

GUINCHO

Continuação desta História de vida: http://www.abcdaseguranca.org.br/?p=5672

Page 8: JCB 225 Jun/Julho 2014

Correio Brigadiano pág 8 - Jun/Julho de 2014 Escritores Policiais

Achei lamentável a agressão física que sofreu, por pseudo-anarquistas, o coronel da PM de São Paulo. Além de apanhar muito, teve sua pistola furtada, ou melhor, roubada, porque a arma lhe foi tirada mediante agressão física com risco de vida. O oficial só foi salvo porque seu motorista, mesmo à paisana, foi em seu socorro. Lamento profundamente as depredações que estão ocor-rendo no patrimônio público, pago por mim, por você e por todo cidadão que trabalha e paga seus impostos. Há casos de pessoas que perdem quase tudo do local de trabalho, de onde tiram seu sustento e dos seus, por atos de vandalismo. Vi o caso, em um telejornal, de uma senhora de idade que teve sua banca destruída e suas mercadorias saqueadas por vagabundos mascarados que se dizem manifestantes. Há vários casos assim. Vergonhoso, lamentável.

Insp PC Luís QuaresmaViver em equilíbrio, o segredo da felicidade

A maioria do povo, que está marchando nas ruas das grandes cidades, prega a paz e querem viver a plena democracia. São contrários à violência e o vandalismo. Mal sabem os vândalos que as atitudes deles estão colocando nossa estabilidade e nosso sistema democrático em perigo. Talvez, essa seja a intensão deles, quem sabe.

Nós, cidadãos, sabemos que nosso país tem que mudar muito, em várias áreas essenciais e uma reforma política é necessária e urgente. Ir para as ruas e protestar pacificamente e consciente de nossa importância para o Brasil é de suma importância. E temos, ainda, o poder do voto, da decisão dos rumos do país em nossas mãos. Através da votação consciente daqueles políticos realmente comprometidos com todos nós, podemos assim, contribuir nas melhorias desejadas. Atualmente, o que se faz necessários é o poder público separar o joio do trigo e dar um basta nestes atos violentos que comprometem a democracia e a voz do povo nas ruas.

A Sociedade Recreativa e Beneficiente “ Os Desvalidos da Sorte” e Grêmio Esportivo “Os Miseráveis” / Apresentam o Samba-enredo deste ano, e de muitos anos e pedem passagem com o tema: / “ De um mar de amargura fez-se o esplendor da miséria” / Comissão de frente: / as prostitutas, bêbados e mendigos / Abre alas: / Cinicos, gigolôs e rufiões / Originalidade: / Intestinos à mostra, desemprego e cachaça / barriga d’agua, AIDS e homosexualismo / reprimido / Luxo: / fantasias de jornal imundo / farrapos de embalagens plásticas / lata d’agua na cabeça / pernas à mostra, feridas expostas / Alegoria e adereços: / andaime despencando, suicida jogando-se do alto do prédio / ai desempregado enforcado na cozinha / donas de casa juntando restos na feira

Ten João de Deus V. AlvesUma farda manchada de sangue

circo mágico de palhaços chorões / o passista estrela da noite / é o marginal na condicional da vida minguada / o ritmo forte do surdo na marcação / faz eco no peito de um coração espatifado / o público delira em pé na arquibancada / aplaude estes animais exóticos que desfilam no asfalto / o riso em dentes alvos, inconscientemente / alertam o passista para o leite e o pão que não tem na mesa / a cabrocha negra sustenta nas ancas magras, / o estandarte pesado da vida. / o livro aberto dos deboches e humilhações sofridas / a alegoria de plumas, é coisa pouca / diante as penas que carrega desde berço / o riso sobrepõe-se ao choro / o suor brota fácil entre sulcos do rosto e a maquiagem carregada

E agora: / temos o ponto alto na passarela / A bateria / couro de gato no tamborim / carne de gato na panela / o som da cuíca faz trocadilho com o estômago vazio / a favela desce em peso / o morro zomba da cidade / os pivetes fazem / malabarismos com bolsas recheadas / o enredo desenrola-se na verdadeira realidade fantástica / Canta o povo / a harmonia é mantida até estourar a primeira briga / e, o bloco dos desiludidos e excluídos segue em frente / - Pois, doutro jeito não conseguiria ir.

Fone: 55 3354.1992

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Correio Brigadiano pág 9 - Jun/Julho de 2014 História de vida JCB 225

Ubiratan Grás Borges 1ºTen RR, nasceu em Santo Ângelo/RS no dia 1º/11/1944. Filho de Antonio Correia Borges e Josefina Grás Borges, seu pai trabalhava como mestre de obras DAER, construção de pontes e sua mãe secretária do lar, é o irmão mais velho de seis irmãos, em ordem consecu-tiva Maria de Lourdes(falecida), Luiz Carlos(falecido), João Antonio, Maria Luiza e Paulo Ernesto.

Sua infância e pré-adolescência, dividida entre casa de seus avos maternos e casa dos pais, seu avô materno Ernesto Grás foi delegado de Policia nomeado na cidade de Santo Ângelo e posteriormente em Catuipe. Que em contato com policiais antigos, tanto da Brigada Militar(BM) como da Policia Civil(PC), lhe relataram que existia muito Inquérito Policial da época redigido por seu avô com escrita a mão.

Morava na beira de rio, brincava com qualquer criança e fazia pescaria, no mês de junho existiam as fogueiras de São João. Seus amigos da época que lembra são os primos.

Aos 14 anos de idade começou trabalhar em um estúdio de fotografia em Santo Ângelo, até a idade de ir para o exercito.

Freqüentou seu 1ºgrau na Escola Onofre Pires na cidade de Santo Ângelo/RS e seu 2ºgrau completou no Colégio Comercial Duque de Caxias na cidade de Ijuí/RS em 1972, nesta mesma época cursou em nível de ensino médio, o curso técnico de contabilidade, fez datilografia o que era obrigatório para quem quisesse fazer algum curso na BM e depois de adulto, com entrada da informática, todos os cursos básicos disponíveis da área.

Como na época o mercado de trabalho era escasso foi direcionado para a BM em 1963 a 1964, seu avô sempre foi seu guia e protetor, Maçom Grau 33, sua família satisfeita com sua escolha quando estava no exercito e quando fez curso de cabo e provido, direcionando-se para entrar na Brigada Militar .

No dia 13/05/1964 serviu em Santa Maria no 2ºBPM e depois no 7ºBPM em Rio Pardo.Nesta época o salário na BM estava atrasado a seis meses, foi uma difícil, a BM ainda não tinha assumido o policiamento preventivo ostensivo, mas não tinha muita noção da vida de Policia Militar, porém sempre foi muito disciplinado e com muita vontade de fazer a sua carreira

na BM. Lembra que ao incluir no antigo 2ºBPM, na época tinha os irmãos Machado, um era chamado de machadinho, que o posto era Major e o outro chamado de Machadão o qual seu avô teve estreita relação em Santo Ângelo.Sua primeira organização policial após formado foi no 2ºBPM, foi selecionado para fazer parte da companhia”Pedro e Paulo” e destacado na cidade de Ijuí/RS, em sua visão foram os primeiros a serem lançados no serviço de Policiamento de rua. Nuca serviu em sede de OPM e sim em subunidades, Pelotões e GPM, como Cmt de fração isolada.

Em 1970 fez o curso de formação na Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos da Brigada Militar(ESFAS), durante um ano. Neste ano recebeu a promoção de 3ºSgt, logo que chegou a Ijuí, indicado para comandar o GPM da cidade de Augusto Pestana, onde permaneceu por mais de onze anos.

No dia 27/03/1971 casou com Ioli Maria Martins Borges com quem tem quatro filhos, Roberto de 40 anos, Mauricio com 37 anos, Fabrício com 33 anos e Camila de 27 anos, ambos são formados. Roberto e Fabrício, tem formação em eletrotécnica e em administração de empresa, Mauricio so-mente tem eletrotécnica em nível médio e fez especialização em treinamento de pessoal e curso técnico em segurança do

trabalho, já sua filha Camila é formada em administração de empresas. Quando ingressou na faculdade de Licenciatura em Educação Física - UNICRUZ, na cidade de Cruz Alta/RS, distante aproximadamente 60km de Augusto Pestana, já estava casado com seus filhos pequenos, nesta época lecionou em escola particular pela manhã, a tarde fazia expediente na BM e a noite cursava a faculdade. Por ter uma vida corrida, muitas vezes deixou de passar momentos com seus filhos, para se dedicar aos estudos e atividades da BM, mas sua esposa sempre preencheu a lacuna dando uma boa educação e formação de caráter.

Em 1976 recebeu a promoção de 2ºSgt, ainda estava comandando o GPM de Augusto Pestana.

Em 1984 cursou seis meses no CAS. Recebeu a promoção de 1º Sgt , onde foi transferido para a cidade de Santa Rosa ocupando as funções de 1ºSgt e Subtenente.

Em 1988 como Subtenente, foi transferido para o 16ºBPM, unidade em formação e exerceu o cargo de apro-visionador, onde completou seu tempo de serviço e passou para a reserva.

Em 1989 recebeu a medalha de prata, da BM por 20 anos de serviço, pelos bons serviços prestados à comuni-dade gaúcha.

Os agradecimentos da di-reção do jornal Correio Brigadiano / abc da segurança pública ao tenente por sua prestimosa colaboração na circulação em Ijuí, na década passada.

1º Ten UBiratan Grás Borges e o dever cumpridoProf de Educ Física que formou todos seus filhos. Evoca o avô Delegado que realizava os IPs manuscritos

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Correio Brigadiano pág 10 - Jun/Julho de 2014 Escritores Policiais

Ten Everaldo CavalheiroA importância de um bom pai (1 parte)

Leio as notícias sobre a Copa que pululam nos jornais. Vejo que falta muito para que algumas pessoas entendam a diferença e a distância entre os limites dos direitos individuais e coletivos.

Claro que as manifestações pró e contra já trouxeram benefícios e isso chamamos de pilares da democracia ou seja a transformação social. A participação publica é primordial.

Torcer para o fracasso da Copa não é a melhor escolha de um nativo.Não se pode impedir que alguns curtam o Mundial por achar que não seria bom sediar a Copa aqui. Seria o mesmo de não concordar que

num ônibus não tenha lugar para sentarmos. É egoísmo contraditório e, portanto inaceitável.Esta Copa por pior que tenha sido planejada, como querem alguns críticos de carteirinha, que só olham o lado negativo das coisas, é um

evento do País, que nós mesmos queríamos ou não?Assim torcer contra o seu sucesso não é uma forma de validar a opinião contrária, é justificar violência contra o patrimônio público ou

mesmo privado.Tentar parar a Copa à força comprova o egoísmo que direciona o comportamento humano contemporâneo. Todos temos, de forma consci-

ente ou não, posições ideológicas, por mais ralas que possam ser, porém, elas podem se alterar no decorrer da vida. E como se alteram! Basta serem submetidas à realidade.

Quem quiser torcer bravamente, faça-o... É lindo! E quem quiser protestar que faça-o, mas sem agressões inúteis, dilapidando o patrimônio alheio.O que não é concebível é que se queira evitar que outros torçam para seu País, pois afinal uma Copa não é um evento comum, a última

foi a 64 anos e a próxima? Pelo menos temos que nos orgulhar dos belos 12 estádios que surpreendem o mundo.Claro que os problemas sociais existem e sempre vão existir, infelizmente, com ou sem a Copa.Lógico que se você gosta de futebol, vai me entender melhor, mas se não é chegado, vai me criticar de alguma forma, e isso é salutar, pois

seria horrível que não fôssemos criativos a ponto de não termos nossas próprias opiniões.E assim vamos vivendo, sorrindo e cantando, vezes outras, chorando...Mas tudo passa e como passa!Depois de um gol...gol e gol... Quem é que segura essa nação?

Ag Penit Mário MércioA Copa do Mundo

Foi pensando no incalculável valor que algumas coisas, supostamente tidas como insignificantes no passado acabam alcançando no presente, que me arrisquei a fazer alguns riscos nas linhas abaixo acerca de meu pai.

Compreendo que talvez até não se sinta muita falta desta figura, quando não se teve a oportunidade de conviver com um PAI DE VERDADE, mas a mim, que o tive sempre presente, nestes mais de quarenta anos, posso vos assegurar: - A figura de um pai é essencial na vida e é na meticulosa análise de seus erros e acertos, que encontramos uma das melhores REFERÊNCIAS, para aperfeiçoarmos nosso espírito.

(...)- Levantem, o café está pronto!Não são muitas as frases que ouvimos durante nossa vida e que ficam fixadas em nossa mente, guardadas como se fosse

um valioso tesouro...Existe uma frase que, para mim, possui o poder de um bálsamo, e que, até certo ponto, na prática, também produz reações

contraditórias no meu coração, pois em certas ocasiões, faz brotar lágrimas de meus olhos, e noutras vezes, não poucas, criou um indelével sorriso em minha alma.

Estas sensações me ocorrem nos momentos e nos lugares mais inusitados. Muitas vezes, visita-me à noite, enquanto tento dormir. Nestas horas, meu olhar se perde no infinito espaço compreendido entre minha cama e a parede do quarto. Ali existe uma teia de aranha que, assim como estas lembranças, reluta e aproveita-se de minha sensibilidade e ali permanece habitando solitariamente uma parede quase vazia. Quase branca, que se descortina à minha frente.

Voltamos à frase: - O café está pronto!Entendam, vejam, percebam (primeiro, que estes três verbos não tornam, necessariamente, redundante o exercício que

ora vos proponho) que o ‘segredo’ não está, pura e simplesmente, na imagem do café preto e quente, com seu aroma peculiar, servido num bule, numa xícara, numa mesa, numa casa, numa manhã de um dia chuvoso e singular.

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Correio Brigadiano pág 11 - Jun/Julho de 2014 História de vida JCB 225

2º Sgt da reserva da BM Augusto Ferraz da SilvaExemplo brigadiano para o Pol Ost de sua época. Um Ptrº completo, Golfinho e Pedro e Paulo

O endereço de sua História de vida é: http://www.abcdaseguranca.org.br/?p=5671

O Sgt Augusto Ferraz da Silva está, na primeira foto, como Pedro e Paulo de Cavalaria, ou seja, o desdobramento da modalidade Pedro e Paulo criada para a Capital, que se espalhou para o Interior. Na seguunda foto, ele está ao lado de uma Vtr da Cia PChq (atual 1º BOE), fazendo Policiamento de Praia, em 1977, na 7ª Operação Golfinho.

O Sgt Augusto Feraz da Silva nasceu em 27 de agosto de 1944, na cidade de Cruz Alta. Filho de Marcelino Thomaz da Silva, ferroviário e de Universina Ferraz, do lar. Uma família grande para o conceito de hoje, mas média para a época, com seis irmãos e uma irmã. Tendo sido o único a escolher a vida policial militar.

O Sgt Ferraz quando criança, na cidade de Santo Ângelo, cursou até o 4º ano primário, com 11 anos de idade (1955). Aos 12 anos seguiu com a família para Santa Cruz onde parou de estudar.

Prestou serviço militar em Santo Ângelo, de janeiro de 1963 até janeiro de 1966. Em 25 de abril, desse mesmo ano, incluiu na Brigada Militar, no 1º Regimento de Políca Rural Montada (1º RPMon), na cidade de Santa Maria.

Constituiu matrimônio com Wilma, de Santo Augusto, em julho de 1970, quando soldado da Brigada. E do casa-

mento tem os dois filhos: Cezar Augusto e o Dejair.Em janeiro de 1967 foi designado para servir na cidade

de Santo Ângelo, onde permaneceu por três anos. Em janeiro de 1970 foi transferido, por permuta, para o

3º Batalhão de Polícia Militar (3º BPM), à época, na cidade de São Leopoldo, mas já com destino previsto para prestar serviço de polciamento ostensivo, na cidade de Igrejinha.

Uma cidade boa onde construiu sua carreira e sua vida familiar. Na época, contava com 6 mil habitantes, em 1970 e, hoje, conta com 33 mil.

No ano de 1990 fez o Curso de Formação de Cabo (CFC) em Novo Hamburgo, já agora sede do 3º BPM, voltando para Igrejinha após a conclusão do Curso.

Nesta localidade permaneceu até 1992, quando foi transferido para a reserva. Seu último comandante nessa localidade foi o Tenente Runique.

Em 1992, ao deixar o serviço ativo, foi homenageado pela Câmara de Vereadores do município de Igrejinha e pelo Lions Club, pelos bons serviços prestados. Solenidade desenvolvida no dia 38 de julho, desse ano, no salão nobre da Câmara.

Em janeiro de 1993, o Sgt Ferrz integra-se ao Corpo de Voluntários Militares Inativos e volta a prestar serviços policiais à socieadade da sua cidade, na Patrulha Escolar. E como patrulheiro do CVMI para o serviço escolar permanece até o ano de 2005.

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Correio Brigadiano pág 12 - Jun/Julho de 2014 Escritores Policiais

Cel Afonso Camargo O discurso

Pois numa campanha política, nosso edil, de um palanque, discursou primorosamente para seus eleitores:

- Eu sou um índio bueno, trabalhador. Que digam os que me conhecem. Na minha família não tem vagabundo. Todos são trabalhadores. Vejam que enquanto eu estou na campanha pra vereador, minha mulher está lá na fazenda se VIRANDO com a peonada.

No mesmo discurso, prometeu fazer gestões para mudar a LEI DA GRAVIDADE sob a alegação de que já procurara em vários “Diários Oficiais” e nunca vira nada escrito sobre ela. Em consequência, disse:

- Essa deve de ser uma das tantas leis deste Brasil que nunca foi aplicada.

O rato pulou a máquina de lavar, rolou pelo azulejo, rastejou sob o fogão e, zás!, voou num salto mortal sobre a mesa. Agarrou o queijo e se mandou. Esperou o tradicional derrubar de vasos, vidro quebrando, porta caindo e gritos de “pega!, pega!”. Nada. Silêncio. Desconfiado, espiou pela fresta e viu Miminho, o gato xerife da casa, no sofá. Nem aí. Sem abalar o seu sono em berço esplêndido. Opa, tem algo errado, pensou, e decidiu tirar satisfação. Feriado felino, por acaso? O queijo estava envenenado? Qual a lógica?

- Lógica da impunidade - resmungomiou o gato, com desdém. Fica fréu, tu tá liberado.- Liberado? - Roube o queijo que quiser e quando quiser, não dá nada. Os donos que se danem. É a Nova Ordem. Da desordem.O rato ia argumentar, por que não avisaram antes? Tinha perdido um tempão brigando na escola, ameaçando professor e repetindo de ano (não pegou essa de

passar goela abaixo). Soubesse, tinha entrado no crime mais cedo. E sem dividir o butim. Ia reclamar, mas foi interrompido por um grupo de mosquitos da dengue que chegaram zunindo, furiosos.

- Ei, gato! Essa zoeira não tá legal!- Não tá? Ainda - miou outra vez Miminho, cabisbaixo, observando os insetos do alto dos seus mais de vinte anos de Polícia. Mas já vai estar. Os juristas do Senado

estão providenciando. Droga liberada de vez, tráfico sem dar flagrante, e por aí vai.- Quê? Ah, tá! Nós investimos em armas, gastamos horrores corrompendo meio mundo e ainda picamos mentes sem cessar, só pra manter em alta a febre do

consumismo. Tudo redondinho para ganhar um dinheiro fácil honestamente. Pô! Agora, até as moscas vão entrar no nosso negócio. Vão vender crack no sinal em vez de rapadura? Como ficam as nossas aplicações no Fundo Bandalheira? Que injustiça!

- Não é injustiça. É Justiça brasileira, conceito um pouco diferente. O crime sai da lei, melhora a estatística e deu. É o novo combate, que desiste da luta e se entrega de vez - miou Miminho, magoado. E dormiu. Que ele, o gato xerife, não tinha mais o que fazer por ali, com a Nova Ordem.

Os mosquitos da dengue voaram, debatendo-se. Agora, para negociar certos contágios, teriam que pagar licença, imposto, alvará, etc. Seria mais barato que corromper? Melhor botar na ponta do ferrão, quer dizer, do lápis. O rato levou o queijo, mas ficou se perguntando como ficaria aquela cantiga de roda, “Estava o rato no seu lugar, veio o gato lhe fazer mal”. Quem faria mal pra quem, na Nova Ordem? E se assaltassem a pobre da velha a fiar? Polícia na velha? Que confusão! Tinha pena da criançada de hoje, estava perdendo a graça.

Deu de ombros e foi comer o seu queijo, legitimamente roubado, no sol. Sem medo de ser feliz e debochado. Era a Nova Ordem, ué. Quem iria se meter?

Cap Oscar Bessi FilhoA nova ordem

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Correio Brigadiano pág 13 - Jun/Julho de 2014

De tradiacional familia brigadiana - Cel Cairo Bueno de CamargoEm defesa da carreira e política governamental foi marco definidor em diversas inciativas históricas

História de vida JCB 225

Cel Cairo Bueno Camargo – PM Refor-mado, nasceu 12 de Julho de 1944 na cidade de Bom Jesus/RS. Filho de Altino Borges de Camargo e Nair Bueno de Camargo, seu pai funcionário público estadual da Secretária da Saúde e sua mãe professora estadual. São seis irmãos, Odilon, Leonor e Beloni (filhos do primeiro casamento de seu pai), e Antonio, La-Haire e Cairo (filhos do segundo casamento de seu pai). Tem dois irmãos que pertencem a instituições policias o Odilon – Cel PM Juiz Militar e o Lan-Hire – Cel PM Reformado. Foram criados no interior do estado, em Bom Jesus, não tiveram um contato muito estreito com o Odilon, por ser mais velho, filho de outro casamento e residir em Porto Alegre. Seu dia à dia eram semelhante ao de qualquer família de classe média baixa do interior do estado.

Na sua infância as brincadeiras eram alternadas entre “batalhas” de arco e flechas e de fundas (atiradeiras) cuja munição eram

joás (pequenos frutos de espinheiros) sempre contra a gurizada residente da praça. Sempre foram considerados da “zona perigosa”. Seus parceiros eram vizinhos conhecidos como: Jóia e Chechê (dois irmãos) além de Juce, Galoçura, Teco, Alorino, Duda, Baginho e outros.

Em 1949 á 1956 frequentou o Grupo Es-colar Conde de Afonso Celso , repetiu algumas séries por ser muito novo, segundo sua mãe que era diretora do Grupo.

Em 1957 à 1960 estudou no Ginásio Nossa Senhora das Graças, dos padres capuchinhos, na cidade de Bom Jesus/RS, neste mesmo período fez o curso de datilografia.

Sua adolescência foi dentro da Brigada Militar, onde ingressou no dia 1º de Março de 1961, no Centro de Instrução Militar (hoje Academia de Policia Militar – APM) em Porto Alegre,com atividade alternadas, prontidões e serviços de guarda, com baile da reitoria e de debutantes.

Sua inserção no mercado de trabalho se deu diretamente na BM. Logo após concluir o antigo Ginásio, fez o exame de seleção para a Academia, aprovado iniciou então, sua carreira, como cadete da BM. Fez Curso de Adminis-tração Áudio Visual, Curso de Informações

e Contra Informações, Curso de Instrutor de Operações Especiais, CAO, CSPM todos pela BM. O único concurso público que participou foi pela Academia de Policia Militar da BM.

Sua maior influência foi seu pai, que embo-ra civil tinha adoração pela BM, provavelmente por ter participado de revoluções como Oficial dos “Corpos Provisórios” da BM – serviu como Capitão no 3º Corpo Provisório de Palmeira das Missões, o Batalhão “Pé no Chão” que participou da invasão de São Paulo – outra motivação foi saber que iria estudar de graça e ainda receber salário, o que se livraria de uma certa vergonha que tinha que era depender do dinheiro dos pais.

Fez o Curso de Formação no CIM de Porto Alegre, durante cinco anos, pois quebrou a perna no primeiro ano teve que repetir o novamente. Seu primeiro Comandante Cel Thomas Pereira Vasconcelos, naquele ano de 1961, ocorreu o movimento liderado pelo então Governador do estado Leonel Brizola, chamado “Legalidade”.

Após formado em 1965, sua primeira organização foi como Aspirante à Oficial, foi designado para servir no 3º BPM, conhecido na época pelo elevado número de Destaca-

mentos Policiais, embora sua sede fosse em Porto Alegre, onde hoje já instalado o 9º BPM. Em seguida, ainda como Aspirante, assumiu o comando do destacamento de Novo Hamburgo.

Dentro da organização era bastante dife-rente do aprendizado da Academia, até porque, naquela época pouco ou quase nada se mini-strava sobre policiamento, ainda estavam na fase da BM guerreira, essencialmente militar. O certo é que muito aprendeu em Novo Hamburgo, internamente com os praças antigos que tudo sabiam de policiamento, externamente com as autoridades municipais e com a comunidade que sempre prestigiavam a segurança pública. Serviu naquela cidade por duas vezes, na se-gunda como Comandante da 1ªCia do 3º BPM lá instalada, nessa oportunidade o batalhão estava sediado em São Leopoldo, nas antigas instalações de uma Unidade do Exército, e ali mesmo o estado iria construir a sede definitiva, entretanto, a Câmara de Vereadores relutava quanto ao ceder àquele local para futura obra. Com isso o Cel Cairo sugeriu ao prefeito de Novo Hamburgo, que já construía a sede da

1ª Cia, para que entrasse na pendenga ofer-ecendo a cidade para sediar o batalhão tentando aumentar a dimensão da obra custeada pelo município. Aceitou a sugestão e de imediato chamou ao seu gabinete os líderes da Câmara de Vereadores, conseguiu “carta branca” com eles e foi à Porto Alegre conquistando o Batal-hão para o seu município onde está até hoje. Por algum tempo depois, os vereadores de São Leopoldo ainda discutiam a mudança do batalhão para outro bairro, desconhecendo que já o haviam perdido. Essa decisão lhe causou algum transtorno com o Cmt do BPM da época, que deu parte ao Cmt geral, que por sua vez resolveu não lhe punir. Diz isso para comprovar o elevado senso comunitário dos habitantes de Novo Hamburgo, enquanto em São Leopoldo por meses discutiam o local para o Batalhão,

Continuação desta História de vida: http://www.abcdaseguranca.org.br/?p=5670

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Correio Brigadiano pág 14 - Jun/Julho de 2014 Escritores Policiais

COLUNA CAP MORAES

TECNOLOGIAS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO NA COPA

Cristiano Luís de Oliveira Moraes - Cap QOEMMestre em Ciências Criminais na PUC/RS

Especialista em Segurança Pública - UFRGS - 2007Instrutor de Tiro da Brigada Militar - 2009

Instr. de Operações Não-Letais -CONDOR Brasil - 2008Instrutor TASER - 2009

Serve na Corregedoria da Brigada MilitarE-mail: [email protected]

Cel Joaquim Moncks - O PoetinhaJM

Prezado leitor! Constato, invariavelmente, o vício original de “querer escrever somente Poesia”, existente na cabeça da maioria dos exercitadores da palavra, especialmente os escribas agregados a associações literárias. E

Prezados leitores, após algumas edições com publicação de legislação referente a com-pra de armas em calibre restrito, volto a falar com os senhores a respeito das Tecnologias de Menor Potencial Ofensivo – TMPO.

A Brigada Militar bem como as outras Policias Militares no Brasil adquiriram alguns equipamentos de Menor Potencial Ofensivo para o evento que ora ocorre em na capital gaúcha.

Tais equipamentos seguem esta tendên-cia mundial de proporcionar ao profissional de segurança pública alternativas não letais em obediência a escala do uso diferenciado e gradual da força.

Recebemos escudos balísticos, ca-pacetes anti-tumulto, EPIs anti-tumulto, espargidores de pimenta, lançadores .38 e 40 mm, granadas das mais diversas, munições de impacto controlado calibre 12 e dispositivos elétricos incapacitantes SPARK DSK 700,

popularmente conhecidas como armas de choque elétrico.

Tais equipamento permanecerão como em nossa polícia para emprego nas atividades pós evento copa do mundo, o que em muito nos auxiliará nas atividades de poli-ciamento ostensivo.

Gostaria também de divulgar aos leitores que tive a oportunidade de trabalhar como docente em dois cursos de Operações de Choque para oficiais do Brasil inteiro que ocorreram em nossa instituição.

O objetivo de tais cursos foi capaci-tar oficiais de nossa polícia e de outros Estados da Federação para, especialmente, trabalhar no evento Copa 2014.

Tivemos representantes de quase todos os Estados nas duas edições, sendo a troca de experiências fundamental para o nosso crescimento. Ressaltando que nossa instituição foi escolhida para sediar o referido

curso em função da excelência na atuação em nível nacional nas manifestações ocorridas no ano passado no país, sendo referência em operações de choque.

Como atirador e choqueano (servi seis anos no 1º BOE) gostaria de parabeni-zar o corpo docente das duas edições pela organização, coordenação e exemplo de profissionalismo demonstrados no decorrer dos cursos. Foi excelente!

Há uma mística nos BOEs, especialmente no 1º BOE, antigo Batalhão de Choque que diz: “ uma vez choqueano, sempre choqueano não importa onde esteja” não há como desentranhar de nossa alma, corpo e coração os ensinamentos e o profis-sionalismo destes guerreiros do elmo e do escudo.

Saudações aos atiradores e aos vanguardeiros - guerreiros do choque!!!!!!

CLOM

O OLHO ARGUTOSomente a “loucura” do artista permite a percepção daquilo que está além ou aquém do lugar

comum da vida. E, à ausência de outro qualificar-se para este sentir, o agente extrapola lucidez e temperamentos em ações nem sempre bem compreendidas. Aqueles que ficam nos parâmetros comuns não percebem além do que o conviver permite ou baliza. Lembram de Garcia Lorca frente às balas do franquismo? Ou das ações de Cristo ou Mahatma Ghandi e a sua não-violência?

– Do livro O CAPITAL DAS HORAS, 2014.http://www.recantodasletras.com.br/pensamentos/4867053

FRATERNO ANDEJAR

Agradeço o terno gesto de partilha, quanto à peça verbal. Fizeste com que o texto ganhasse pernas para andar mais longe. Vejo em teus poemas e prosas trazidos a público uma doçura pessoal para o desafio do enfrentamento da realidade, e que, por inúmeras vezes, me comove. Percebo-te tão entregue ao mundo do caos, que fica em mim a imagem do desterrado náufrago que nada tem que o possa salvar, a não ser os versos que não morrerão com ele. Essa denúncia incontida dos desesperados gritos do dolorido “EU”, a ponto de quase excluir o leitor por POS-SESSÃO do contexto vivido e criado. A intuitiva inquietação consome e prescinde daquele que chega para fruir a proposta contida no contextual. Neste, somente há lugar para o criador que se auto-confidencia, derramando-se. Pressinto, então, que necessitas de Confraternidade para poderes viver esta quadra turbulenta. Desejo saibas que estou contigo muito além do Ego – em êxtase. Não só pelo escrito, mas pela subjacente vida que podes redistribuir para além: o apelo no sentido de continuar na senda rumo à reconstrução pessoal. Quem disse que a Poesia não é a tábua que passa no mar, frente ao náufrago?

– Do livro O CAPITAL DAS HORAS, 2014. http://www.recantodasletras.com.br/mensagens/4864866

a afirmação vale para toda a América Latina, nos idiomas português e espanhol. No entanto, nem sempre o tema ou assunto se presta para uma construção em POESIA, de modo a que se possa chegar a um razoável POEMA, ainda mais quando o assunto ou a temática em dis-cussão é temporal e necessita de explicativos (como, que) e condicionais (caso, acaso, se). Por que o autor teima em escrever em versos o que é prosaico, portanto natural e correto que seja exposto em frases, em linguagem direta? No entanto, com a Poesia não é assim: não basta a palavra jogada nos versos. O aspecto formal não substitui a proposta de fundo, que é justamente o manancial poético e a genialidade que a forma materializa. Por que faço estas ilações? Simples: o que temos normalmente é o desconhecimento dos preceitos de técnica poética ou os referentes aos escaninhos da narrativa. Enfim e ao cabo, não sabe o criador as entranhas de seu ofício. Tenta-se – as mais

das vezes – apresentar como exemplar de Poética o que não é representativo desta cat-egoria literária. Que tal reescrever o texto como deveria ser, com um mínimo de conhecimento dos preceitos técnicos de cada modalidade? Caso o texto esteja apresentado em abordagem prosaica, vale dizer, com poucas figuras de linguagem, especialmente as METÁFORAS, constata-se o gênero PROSA. Nesta hipótese, deve-se apresentá-lo (quanto à forma) em frases, ou seja, lavradas de margem a margem, como todo o assunto verbal que não apresenta codificação mais profunda ou hermética. Creio que com este agir o autor chamará atenção para a sua criação e ocorrerá que a sua produção será consumida com maior prazer e gozo. Peço que não me entendas mal: aplico apenas algumas objeções analíticas aqui meramente expostas, longe de esgotar o elenco. O ingênuo intento é o de retribuir e concelebrar a nossa humana condição de pensadores. Nada além...

PALAVRA VIVA E SUAS VESTIMENTAS– Do livro O CAPITAL DAS HORAS, 2013/14.

http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/4842896

VIAJARSão as farsas e as fantasias que nos fazem escritores, capazes de darmos vida a elas como

se verdades fossem. E alguns leitores as consomem por necessidade de fuga e/ou para buscar um novo caminho para o real. Algumas delas são perfeitamente factíveis e se tornam míticas. A Arte é o porto das reais probabilidades. E o que seria da criatura humana sem a perfeitamente possível capacidade de viajar sem sair fisicamente do local onde estamos escrevendo ou lendo?

– Do livro O CAPITAL DAS HORAS, 2014.http://www.recantodasletras.com.br/pensamentos/4864238

Outras colunas do Monckshttp://www.abcdaseguranca.org.br/?cat=135

Outras colunas da Moraeshttp://www.abcdaseguranca.org.br/?cat=28

Page 15: JCB 225 Jun/Julho 2014

Correio Brigadiano pág 15 - Jun/Julho de 2014

Almanaque BM de 1926Um raridade que retrata sua época

Escritores Policiais

Ten José Luiz ZibettiFone: 54 3313 6077

Articulistas abc on-line do Correio Brigadiano

http://abcdaseguranca.org.br/abc/

José Luiz Zibetti - Ten PM de Passo Fundo

Questões de TrânsitoLauro Pedot – 1ºTen RR do 1º BRBM Consultor em Trânsito

DH do TC FranquilimPaulo Cézar Franquilim Pereira – TC QOEM

- Hexacampeonato [email protected] - No Facebook pelo nome

Cristo no combate às drogasJoel Vieira Lopes – Sgt PM CRPO Litoral

- O coraçã[email protected] - No Facebook pelo nome

História da BM - Pesquisas...Paulo Rogério Machado Porto Cel - Pesquisador- Os combates da revolução de [email protected] - No Facebook pelo nome

Arte de somar... - Parlamentos

Ordem e Justiça é LiberdadeJorge Bengochea – Cel - Escritor, Consultor e Blogueiro

- Falta efetivo na BM - Sobram voluntários da [email protected] - No Facebook pelo nome

- Doze razões para usar o farolbaixo ligado durante o [email protected] - http://lauropedot.blogspot.com

[email protected] - http://sistemadejusticacriminal.blogspot.com.br/

Colaboradores para a circulação do jornal, no Interior do Estado, por respectivos municípios ou regiões

Sgt Zingale BuenoFone: 51 3717 1100

Santa Cruz

Ten José Luiz ZibettiFone: 54 3313 6077

Passo Fundo

Ten Nelton José BusinFone: 54 9173 5419

Eagoa Vermelha

Ten Hélio Valdoir Fone:55 3028 4128

Santa Maria

Sgt Jorge Luis Ferrão54 3282 1611

Gramado e Canela

Ten Plínio BernardiFone:54 3231 1300

Vacaria

Sgt Abraão S. Souza Fone: 51 9929 3823

São Jerônimo e Região

O TransendentalNilton Moreira – Inspetor da PC/RS

- Meio [email protected]

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Outros texto do autor em: http://www.abcdaseguranca.org.br/?cat=137

Os almanaques são revistas centenárias e pertencem à cultura popular do Brasil. Como comprovação apresentamos, um recorte na tese de Margareth Brandini Park, como quesito à titulação de doutorado, pela Universidade Estadual de Campinas/SP, com o título “Histórias e leituras de Almanaques no Brasil”, defendida em 1988, conforme abaixo:

“ 3.1.1. Os almanaques. - 4 Almanaques do Laboratório Granado, sendo 2 do século passado, respectivamente, 1892 e 1893, um da década de 20 e um da década de 40. -18 exemplares do Almanaque Biotônico Fontoura editado pelo

Laboratório Fontoura Wyeth, de São Paulo (década de 20 a década de 80). -44 exemplares do Almanaque IZA editado pelo Laboratório Kraemer de Porto Alegre - Rio Grande do Sul. -Coleção completa do Almanaque Renascim Sadol (53 exemplares), do Laboratório Catarinense - Santa Catarina, do ano de 1946 a 1998.”

Os almanaques começaram a circular, no Brasil ainda no século XIX, mas foi no século seguinte, que atingiram o ápíce de utilidade como informativo popular cultural e como mídia de produtos. Foi grande a demanda de almanaques, principalmente, de laboratórios os quais eram bastantes disputados pela clientela, ou distribuídos nas casas. No Estado do Rio Grande do Sul, o almanaque mais popular foi o do jornal Correio do Povo.

As forças militares e outras instituições públicas, também, usavam o formato almanaque com finalidades específicas. Na Brigada Militar, os Almanaques de Oficiais e os Almanaques de Sub Ten e Sargentos, do século passado são uma excelente fonte para a história institucional da corporação. São excelentes ferramentas aos pesquisadores das universidades, quanto da própria instituição. Eles dimensionam um período, normalmente por ano, e consolidam todos agentes públicos em seu grau hierárquico e situação de antiguidade, bem como a legislação do período.

No século atual, com toda a facilidade de comunicação, podendo serem consolidados em almanaques virtuais, o que se nota, é o abandono pela Brigada Militar dessa prática, contrariando a prática dessa mesma espécie que é praticada na Espanha, nas instituições que lhe são correspondentes, com transparência à sociedade.

Os almanaques antigos existem, mas, estão nos museus e o acesso, por mais facilitado que o façam, esses órgãos, se torna dificultoso para os pesquisadores. O jornal abc da Segurança Pública vai universalizar esse acesso, publicando-os, na internet.

O jornal Correio Brigadiano tem uma coleção e, a antecipa, disponibilizando o mais antigo que dispõe, para que possa ser acessado por policiais, pesquisadores, acadêmicos e profissionais de história, antropologia, sociologia, psicologia, policiologia e outros campos do conhecimento que necessitem. Este é o primeiro outros 30 almanaques de Oficiais e de Sub ten e Sgts terão processamento para a publicação virtual e apresentados neste mesmo espaço.

NOVOS COLABORADORESCruz Alta - Paulo Proensi dos Santos

Pelotas - Adão Roberto Pinto Valente

Três Passos - Bento Antonio Bonn

http://issuu.com/brigadiano/docs

http://issuu.com/brigadiano/docs/almanaque_brigada_militar-1926

http://www.abcdaseguranca.org.br/?cat=11

http://issuu.com/correiobrigadiano/docs

Page 16: JCB 225 Jun/Julho 2014

Correio Brigadiano pág 16 - Jun/Julho de 2014

Edição 225 - Jun/Julho de 2014

Prezados Comandantes:Os agenciadores do jornal,

conforme está previsto em nossas nor-mas, sempre irão visitá-lo,

ao chegar na sua cidade, antes de contatos com clientes.

Isto consta em:

direção do abc/JCB

Pág - 15 Produtos culturais Correio Brigadiano

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