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Jesus Cristo O Mestre da Evangelização 4º Trimestre de 2012 EBD ADCRUZ - Lição 4 - 28/10/2012 1

Jesus Cristo O Mestre da Evangelização 4º Trimestre de 2012 … · Foi desse modo que Barnabé agiu. A ação de Barnabé, hoje, indica que sua visão e sua sensibilidade eram

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QD 07 - Área Especial 01 Cruzeiro Velho - DF

(61) 3233-2527

Presidente: Pastor João Adair Ferreira Dirigente e Consultor Doutrinário: Pastor Argileu Martins da Silva Superintendente: Presbítero Jorge Luiz Rodrigues Barbosa

4º Trimestre de 2012

Lição 04

28 de Outubro de 2012

O progresso espiritual do Apóstolo Paulo

Texto Áureo

“Mas somente tinham ouvido dizer: Aquele que já nos perseguiu anuncia agora a fé que

antes destruía”.Gl 1.23

Verdade Aplicada

Cada cristão tem o dever de ajudar espiritualmente ao seu semelhante.

Objetivos da Lição

► Acompanhar, pelos registros de Atos, o desenvolvimento espiritual de Paulo;

► Apresentar o zelo evangelístico de Paulo;

► Conhecer a sua dificuldade de permanecer em Jerusalém.

Textos de Referência

At 9.20 E logo nas sinagogas pregava a Cristo, que este é o Filho de Deus. At 9.21 E todos os que o ouviam estavam atônitos, e diziam: Não é este o que em

Jerusalém perseguia os que invocavam este nome, e para isso veio aqui, para os

levar presos aos principais dos sacerdotes?

At 9.25 Tomando-o de noite os discípulos o desceram, dentro de um cesto, pelo

muro.

At 9.26 E, quando Saulo chegou a Jerusalém, procurava ajuntar-se aos discípulos, mas todos o temiam, não crendo que fosse discípulo.

At 9.27 Então Barnabé, tomando-o consigo, o trouxe aos apóstolos, e lhes contou

como no caminho ele vira ao Senhor e lhe falara, e como em Damasco falara

ousadamente no nome de Jesus. At 9.28 E andava com eles em Jerusalém, entrando e saindo,

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Barnabé um líder conciliador

"E, quando Saulo chegou a Jerusalém, procurava ajuntar-se aos discípulos, mas todos o temiam, não crendo que fosse discípulo. Então Barnabé. tomando-o consigo, o trouxe aos apóstolos, e lhes contou como no caminho ele vira ao Senhor e lhe falara, e como em Damasco falara ousadamente no nome de Jesus" (At 9.26,27)

"Daqui a cinco anos você estará bem próximo de ser a mesma pessoa que é hoje, exceto

por duas coisas; os livros que ler e as pessoas de quem se aproximar” - Charles Jones.

A vida é realmente cheia de surpresas, e o mais interessante é que nela não existem garantias absolutas. Não há planos à prova de fracassos, nem projeto que mereça

perfeita confiança. Não se consegue estabelecer as coisas de modo a eliminar todos os

riscos. O viver e o arriscar são inseparáveis, eles caminham sempre de mão dadas. Todos os que voam arriscam-se a quedas. Os que dirigem carros arriscam-se a colisões. Os que

correm, arriscam-se a cair. Os que caminham, arriscam-se a tropeçar. Todos quantos

vivem arriscam alguma coisa.

Felizmente, nem todos optam pela segurança, nem todos aceitam respeitar o medo.

Algumas pessoas venceram, a despeito dos riscos. Alguns atingiram a grandeza, a despeito da adversidade. Recusaram-se a dar ouvidos aos seus temores, porque nada do

que alguém disse ou fez conseguiu frustrá-los. É exatamente nesse contexto que

podemos incluir Barnabé e seu espírito conciliador.

Na época de Barnabé a palavra de um homem valia mais que qualquer documento em

nossos dias. A reputação e o caráter eram coisas muito sólidas. Ao apresentar Saulo e

integrá-lo entre os apóstolos, Barnabé estava colocando em jogo sua própria dignidade, ele se tornara o salvo conduto, o fiador de Saulo, a base da credibilidade daquele novo

homem.

Quando uma empresa conceituada almeja contratar um candidato, é comum submetê-lo

a exames admissionais de acordo com os padrões internos da empresa. O candidato

deverá prestar exames de saúde, passar por uma pesquisa de antecedentes criminais, SPC, SERASA, e qualquer outra coisa que possa comprometer sua idoneidade. Se nada

constar contra ele, o candidato ocupará a vaga que a empresa oferece.

No ministério, os critérios não são muito diferentes, podem ser até mais rígidos em

relação a novos obreiros, devido à oscilação e testemunho dos mais antigos. Sabemos

que um ministério não se constrói do dia para a noite, e que um líder responsável não

apresenta candidatos baseando-se apenas numa amizade, e sim na vida prática que eles apresentam. Um grande líder também não descarta um candidato com base em uma

vida pregressa. Ele ouve seu testemunho, o avalia e, se for o caso, integra-lhe ao

ministério. Foi desse modo que Barnabé agiu.

A ação de Barnabé, hoje, indica que sua visão e sua sensibilidade eram bem apuradas.

Mas, comparando-nos a ele, todos nós corremos riscos ao indicarmos alguém. Porque o presente, nós podemos analisar, mas em se tratando de futuro, isto está além de nossa

visão. Quem pode nos garantir que dará certo? Isto fica a critério de Deus e da

responsabilidade de cada um. Porém, isto não nos isenta de correr o risco de acreditar e apostar na vida de pessoas. Barnabé fez isso, e hoje sabemos que ele não falhou.

SAULO, O PERSEGUIDOR

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Você deve ter prestado atenção a essas palavras: “Andei a caça dos cristãos, perseguindo-os até a morte... Eu costumava pensar que deveria fazer muitas coisas terríveis contra os seguidores de Jesus; aprisionei muitos dos cristãos... E quando eram condenados à morte, dava o meu voto contra eles... Eu utilizava tortura para tentar fazer os cristãos por toda parte amaldiçoarem Cristo. Era contra eles com tal violência que persegui todos até em cidades distantes, em terras estrangeiras”. Já imaginou o que Saulo representava para a

comunidade apostólica? Já imaginou onde Barnabé estava colocando sua reputação?

Será que faríamos o mesmo hoje?

Saulo era um homem zeloso que fazia tudo em nome da religião. Ele pensava estar

fazendo um bem para a humanidade ao exterminar, sem dó, os seguidores de Jesus. O capítulo nove de Atos dos apóstolos apresenta Saulo sob um perfil arrasador.

Ele estava a ponto de perder o controle, sua raiva se intensificava cada vez mais, estava completamente cego em seu intento. Ele nutria em seu coração um ódio tão grande que

nem mesmo a distância o impedia. Ele estava disposto a ir a terras distantes para

capturá-los. Nenhum cristão daquele tempo ficaria tranquilo ao encontrar-se face a face

com Saulo.

Segundo o historiador Flávio Josefo, quando Saulo pediu cartas para ir a Damasco, uma

única razão havia em seu coração, seu esforço seria compensado pelo número de mortes que realizaria por lá. Damasco distava 160 quilômetros de Jerusalém, e Saulo tinha

acesso aos dados do censo, sabia quegrande número de judeus renegados haviam

buscado refúgio em Damasco. Sua estratégia era atacar em massa, capturá-los e levá-los ao tribunal. Mas, felizmente, Jesus interveio na história e frustrou a Saulo.

Fico pensando, se, porventura, Barnabé não tivesse entrado no caminho de Saulo, e se Barnabé fosse um desses crentes religiosos demais. Talvez ele voltasse a ser o que era,

ou jamais teria sido o que foi. É interessante notar como as pessoas agem com surpresa

e ceticismo quando pessoas de renome se convertem a Cristo. O nosso problema é que

confundimos conversão com maturidade. John Wesley disse: “um crente se faz em um minuto, um santo é trabalho para anos”.

Na verdade, gostaríamos que esses novos convertidos já estivessem transformados, antes mesmo de lhes dar nosso aval de cristão experientes. Infelizmente, é nessa hora que

esquecemos alguns detalhes de nosso miserável passado e do modo como a mesma

graça operou a nosso favor. Não existe pessoa que, por mais sincero, brilhante, ou submisso, se torne instantaneamente maduro. Este é um processo que dura uma vida

inteira.

O episódio da salvação é apenas a porta de entrada. O caminho da santidade é descoberto à medida que caminhamos, o que pode nos levar a ser mais ou

menos santos, o que dependerá muito daquilo de que nos abstemos para melhor servir.

Ninguém serve a Jesus Cristo sem que nada perca, todos devem perder alguma coisa. Afinal, quem não renuncia jamais se tornará um discípulo (Lc 14.25-27).

Muitas pessoas nasceram em berço evangélico, não sabem, por exemplo, o que é tirar a vida de alguém, e até se qualificam como modelo em sua vizinhança. Não são vulgares,

não sonegam impostos, não magoam a quem amam, nem saem por aí escandalizando os

outros. Todavia, estão muito longe de se encontrarem justos diante de Deus, e até que tenham entregado suas vidas a Jesus Cristo, ainda estão perdidos como Saulo na

estrada de Damasco.

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Seria importante lembrarmos que a mesma graça que salva alguém tremendamente limpo, também salva alguém tremendamente sujo, e que o sangue de Jesus é capaz de

purificar até mesmo aquilo que jamais pensamos ser limpo. Barnabé tinha isso em

mente quando resolveu ajudar a Saulo. Ele sabia que era fruto da misericórdia e graça divinas, era um homem de bem, totalmente oposto ao testemunho de Saulo, mas era

acima de tudo cheio do Espírito Santo, virtude que o capacitava a identificar a obra que

Jesus já havia começado.

Deus tem propósitos que dificilmente compreenderemos com olhares naturais. E isto não

é coisa nova para nós. Seus propósitos divinos revelam-se muitas vezes por meio de

conexões estabelecidas em nossas amizades, colegas de trabalho e parentes. Podendo nos tornar em grandes fontes de bênçãos e crescimento para eles, e eles para nós. Deus

sempre moverá as peças de encaixe que a nós se unirão para que seu projeto se

concretize.

Deus tinha Israel, mas precisava de Moisés para conduzi-los; Deus tinha Elias, mas

precisava de Eliseu para derrotar Jezabel; Deus deu sonhos a José, mas fez faraó sonhar para que José os realizasse. Deus se apresenta para Saulo, mas Barnabé aparece para

que ele se transforme em Paulo. Deus trabalha com pessoas e conta com elas.

Já tentou imaginar quantas pessoas trabalharam em sua vida para você se tornar o que é hoje? Quantas pessoas importantes trabalham nosso caráter ao longo da vida, não é?

Saiba que para cada Saulo que existir, Deus terá um Barnabé com quem contar. Isto

não é maravilhoso?

BARNABÉ, O CONCILIADOR

“O evangelho precisa de pontes de ligação que promovam e não de muros de separação que impeçam”.

Diante de Barnabé encontrava-se uma joia muito preciosa que precisava ser polida para que seu valor sobressaísse entre as demais. Aquilatar o valor da joia cabia somente a

Barnabé e a mais ninguém naquele momento. Ele deveria tomar uma grande decisão em

sua vida. Gosto muito da expressão usada por Lucas em Atos 9.27 que diz: “tomando-o consigo”. Esse termo no grego é “epilambanomai” e significa: “tomar posse de, apoderar-se de algo com as mãos”. De forma metafórica significa: “livrar, socorrer alguém do perigo”.

Saulo, na verdade, não corria perigo, contudo, não possuía ainda credibilidade entre os apóstolos do Senhor. Todavia, se naquele precioso momento, não fosse reconhecido

como um cristão converso, poderia representar uma grave perda para o cristianismo.

Lucas nos apresenta a visão que os discípulos tinham a seu respeito: “E, quando Saulo chegou a Jerusalém, procurava ajuntar-se aos discípulos, mas todos o temiam, não crendo que fosse discípulo” (At 9.26).

Naqueles dias, trabalhar com o reconhecimento da liderança apostólica era estar apto

para anunciar o evangelho. De certo, as notícias a respeito de Saulo já deveriam correr

entre os discípulos. De como testemunhava e como foi salvo num cesto pelos crentes de

Damasco, local onde encontrou o Senhor e foi visitado pelo intrépido Ananias (At 9. 10-16). Assim, Barnabé tomou-o pela mão e levou-o aos apóstolos, ele identificou o valor

daquele diamante bruto e o integrou. Aquele ato tornou possível o crescimento, a vida e

a longevidade de um ministério que principiava. Precisamos de pontes assim em nossos dias.

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A vida é um verdadeiro campo de batalhas. Nem sempre se ganha, nem sempre se perde, mas é preciso arriscar, é preciso tomar decisões. A função do medo é roubar nossa

coragem, é nos deixar trêmulos e tímidos. O medo deseja nos manipular com o

misterioso, nos insultar com o desconhecido. Devemos temer a morte, o fracasso, o amanhã é até o próprio Deus. O repertório do medo é muito vasto, seu objetivo é criar

almas covardes e sem alegria.

O medo não deseja que alcancemos a montanha, ele acredita que enquanto nos sacudir bastante tiraremos os olhos das alturas, partindo para uma vida monótona e vazia. Você

conhece algum medroso que se tornou herói? Todos nós temos que estar dispostos a

assumir riscos. Porém, os riscos não são bem vindos a pessoas extremamente racionais, que vivem com seus pés fincados no chão. O que diferencia um herói de um covarde é

somente a ação. Um age e outro não. Essa é a diferença.

Você acha que Barnabé não foi questionado em seu tempo? Claro que sim. Mas ele teve

coragem, deu a face para bater, acreditou que aquilo que fazia era o certo. Quando Saulo

foi a Jerusalém, os irmãos agiram com desconfiança, pois acreditavam ser Saulo um espião da fé cristã. Assim, por medo, se afastavam dele. Mas Barnabé sabia que ele precisava de uma oportunidade, que agora era um novo homem, capaz de arriscar

sua vida em prol do evangelho.

Barnabé era um homem de elevada estatura espiritual e de poderosa influência entre os

apóstolos do Senhor. Ele gozava de toda a consideração e respeito deles por causa da

sua sinceridade, generosidade e espontaneidade. Barnabé, porém, possuía algo que todo líder deve ter: “poder de decisão”. Líderes que não decidem servem para que? Se tudo se

devem perguntar, a quem lideram afinal?

Como é triste quando em nossos gabinetes perdemos horas com líderes que em tudo dependem de orientação. Barnabé sabia o que devia fazer na hora que devia fazer. Há

coisas sobre as quais nem precisamos consultar a Deus, elas já estão claras, é só agir.

Já se perguntou quando foi que Deus mandou Davi enfrentar Golias? Não há nada escrito, nenhuma ordem, Davi decidiu, foi lá e o derrubou. Este tipo de atitude é que

falta em muitos líderes hoje.

Bem antes de apresentar Saulo e introduzi-lo na comunidade apostólica, Barnabé ouviu

seu testemunho acerca de como o Senhor lhe havia aparecido. Ele não abusou de ser tão

espiritual ao ponto de apenas crer sem investigar (At 17.11). Barnabé também fez um relato, testemunhando de como em Damasco Saulo discursava ousadamente em nome

de Jesus. “Então Barnabé, tomando-o consigo, o trouxe aos apóstolos, e lhes contou como no caminho ele vira ao Senhor e lhe falara, e como em Damasco falara ousadamente no nome de Jesus” (At 9.27).

Outro fato importante é que não existem registros que afirmem que Barnabé pudesse ter

contato anterior ou já conhecesse Saulo. Mas é possível que já houvesse um contato

prévio entre eles, pelo fato de ambos terem morado em Jerusalém. É bem provável que os rumores acerca do novo Saulo já tivessem chegado a seu conhecimento. Embora

tenhamos tais suposições, o mais importante é saber que Deus levantou um Saulo e que

o utilizaria de alguma forma, e que Barnabé era a peça chave para que o plano divino através de “Saulo”, que mais tarde seria chamado de “Paulo”, se cumprisse.

AIMPORTÂNCIA DE BARNABÉ NA VIDA DE SAULO

Com Barnabé aprendemos a importância de se inquirir, investigar e dar oportunidade a

preciosas joias no Reino de Deus. Ele não tirou conclusões precipitadas, mas esclareceu

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aos demais amigos de ministério que Saulo agora era um deles e havia abraçado a mesma fé.

A princípio, Barnabé evitou Saulo, ele era um perseguidor, um matador por excelência. Mas agora, a história é outra. Saulo está do outro lado, tornou-se amigo e quer provar

seu valor arriscando a própria vida pela causa do evangelho, a ponto de fugir em um

cesto pelo muro da cidade. De tudo isso Barnabé tomou conhecimento.

Ainda que tenha evitado Saulo por uma questão de segurança, agora não havia mais o

que temer, Saulo estava testemunhando em favor de Cristo, e eles se tornaram irmãos.

Essa renovação pelos laços da fé fez de Barnabé uma peça chave na vida de Saulo e possibilitou a apresentação daquele que se tornaria o maior vulto do Novo Testamento,

após o Senhor Jesus.

Nossa vida é marcada pelas escolhas que fazemos. É claro que nem sempre a vontade de

Deus está totalmente clara, e com relação a isso podemos até nos equivocar. Mas

ninguém seguirá por muito tempo um líder temeroso e indeciso. A liderança de um homem é demonstrada por sua capacidade de tomar decisões, mesmo que os resultados

delas não sejam aparentes. Hoje sabemos o que aquela decisão tomada por Barnabé

provocou no cristianismo. Amados, até hoje Paulo tem influência na história.

Infelizmente, existe em nossos dias um comportamento destrutivo que atua tentando

atrapalhar, desconstruir e eliminar toda figura que se projete no cenário evangélico, seja

no círculo da congregação local, denominacional, ou política. Muitas vezes são até líderes que já ultrapassados e sem vigor para se renovar, não visualizam o reino, e sim seus

próprios ministérios. Amados, os ministérios passam e o evangelho sempre avançará. E

se não prepararmos o caminho, como serão as próximas gerações? Podemos ter certeza de que Barnabé sempre pensou no bem estar do reino, nunca em si mesmo.

Quando um líder possui uma elevada estatura espiritual e graça para discernir as coisas espirituais, entende também que cada estrela tem a sua própria dimensão e a glória que

Deus depositou sobre ela. Barnabé não somente facilitou o acesso de Saulo, mas

eliminou os bloqueios que havia em sua vida e possibilitou o seu crescimento.

Bem sabemos que há pessoas com chamado de Deus, desejosas de fazer a obra, mas,

como Saulo no início de sua carreira, eles estão precisando de alguém que lhes dê

oportunidades para que mostrem o seu valor. Mais adiante veremos como Saulo se tornou Paulo, o grande apóstolo dos gentios, que disseminou o evangelho em todas as

partes do Império Romano. Tudo isso foi fruto de uma apresentação inicial, comunhão

crescente de um homem que resolveu acreditar no outro. Será que já imaginamos o que seria um Saulo se não houvesse um Barnabé?

Quanto ao Novo Testamento, quase a metade é de autoria de Paulo, são treze cartas escritas por ele sob a inspiração do Espírito Santo. Essa correspondência pessoal

paulina tornou-se um legado doutrinário de grandioso valor, ao lado dos outros escritos

do Novo Testamento, e, que, juntos, se completam mutuamente. Com isso aprendemos

que nossos movimentos no Reino de Deus, sob a direção do Espírito Santo, podem atingir pessoas e gerações que jamais imaginamos. Barnabé deixou um legado e Paulo

escreveu uma história. Dá pra imaginar a importância de Barnabé na história?

Tudo o que fazemos reflete nos outros. É claro que poderemos reproduzir gestos como os

de Barnabé, que não tomarão jamais a mesma proporção histórica, entretanto, ele fez o

que precisava ser feito, e a nós compete fazer aquilo que nos cabe fazer, na certeza que

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no tempo devido colheremos o fruto de nossas decisões para o Reino. Ainda hoje podemos construir uma história que fique na memória eterna de Deus, lançando-nos em

sua vontade e sendo um arco para lançar outros que façam história também.

Todo cristão que anda por fé e todo o líder espiritual assumem riscos sob a orientação do

Senhor, como fez Barnabé. Se tivermos a oportunidade de fazer o bem e de prover o

crescimento pessoal e desenvolvimento espiritual de um irmão, façamos isso hoje.

Barnabé agarrou a Saulo, que se transformou numa personalidade tão vultuosa, que ultrapassou a ele próprio popularidade histórica. Não tenha medo de ser superado. A

descoberta de Barnabé somou para o Reino, não para si.

“Um dos mais elevados deveres humanos é o dever do encorajamento... É fácil rir dos ideais dos homens; é fácil despejar água fria no seu entusiasmo; é fácil desencorajar os outros. O mundo está cheio de desencorajadores. Vemos o dever de encorajar-nos uns aos outros. Muitas vezes uma palavra de reconhecimento, ou de agradecimento, ou de apreço, ou de ânimo tem mantido um homem de pé”. Bibliografia Pr Abner Ferreira

Saulo em Damasco e em Jerusalém At 9:19b-31

Vemos aqui como Paulo assumiu com toda seriedade sua nova vocação de um homem "salvo para servir". Mas o padrão para os Doze havia sido primeiro ficar com o Senhor

Jesus e, depois, ser enviado (Marcos 3:14), de modo que logo Paulo sentiu a necessidade

de estar a sós com o Senhor durante algum tempo (cp. Marcos 6:31). Quanto a este ponto, seus próprios escritos acrescentam vários pormenores à narrativa de Lucas.

9:19b-22 Sendo portador de uma comissão da parte do Sinédrio, Paulo deveria pregar nas sinagogas de Damasco, e foi isso mesmo que ele fez, utilizando as sinagogas como as

haveria de utilizar em suasviagens posteriores, como ponto de pregação evangelística (cp.

13:5; 14ss.; 14:1; 16:13; 17:ls., 10; 18:4, 19; 19:8; 28:17). A mensagem desse fariseu

pegou seus ouvintes de surpresa (v. 21), visto que ele pregava a respeito de Jesus, não contra Jesus, declarando ser este o Filho de Deus (v. 20). Para os ouvidos judaicos,

esta frase podia significar várias coisas, mas o mais importante nesse aspecto é que era o

título do rei (p.e., 2 Samuel 7:14; Salmo 2:2 e 89:27, 29) e, por extensão, o título do rei escatológico, o Messias (Enoque 105:2; 4 Esdras 7:28, 29; 13:32, 37, 52; 14:9). Era pelo

menos nesse sentido que Paulo chamava a Jesus de Filho de Deus (veja o v. 22), mas à

vista de sua recente experiência, é possível que Paulo não estivesse longe do uso cristão distintivo que revela a natureza divina de Jesus. Só Paulo emprega esse título em Atos

(13:33), não sendo mero acidente que tal título tenha tão grande importância nas suas

cartas (p.e., Romanos 8:3; Gálatas 4:4; Colossenses 1:15-20) e apareça em seu próprio relato de seu chamado para ser apóstolo (Romanos 1:1-4; Gálatas 1:16). Com respeito a isto

é também digno de nota que o verbo perseguia (v. 21, gr. porthein) não se encontra em

nenhuma outra passagem no Novo Testamento, exceto em Gálatas 1:13 e 23, com

referência à mesma questão mencionada neste versículo. Observe-se de novo a descrição dos cristãos como "os que invocavam este nome".

A referência no v. 22 não diz respeito à pregação de Paulo (como afirma GNB), mas ao próprio Paulo quese esforçava muito mais. Ele se interessava cada vez mais pela sua nova

vida (note-se o tempoimperfeito; cp. Salmo 84:7). Sua pregação e o efeito que exercia

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sobre os ouvintes estão descritos na última metade do versículo. O verbo grego (lit., "colocar juntos", "comparar") que ECA traduz por "provar", sugere que a pregação de Paulo

consistia principalmente de comparações que ele fazia entre o Antigo Testamento e os

eventos da vida de Jesus, a fim de comprovar ser ele o Messias. Isto sugere quePaulo estava familiarizado com a vida de Jesus. De modo algum é este fato algo que nos

surpreende. Até mesmo quando era um perseguidor da igreja, Paulo teria sabido muita

coisa a respeito do Senhor mediante controvérsias e inquéritos judiciais, se é que já não

tivesse agora informações de primeiríssima mão. E a partir de sua conversão, talvez Paulo tivesse estado sob a instrução de Ananias e outros.

9:23-25 Em Gálatas 1:17 Paulo diz que logo após sua conversão passou algum tempo na Arábia, e em 2 Coríntios 11:32s, ele nos dá mais alguns pormenores de sua estada em

Damasco. Juntando tudo isso,parece que após sua estada inicial em Damasco, Paulo foi

para a Arábia, o que talvez signifiqueNabatéia. É possível que ele tenha estado ali durante dois ou três anos (os judeus contavam o tempo de modo inclusivo, de modo que esses

"três anos" de Gálatas podem referir-se a um período ligeiramente superior a um ano

completo), talvez pregando, mas meditando em profundidade nas coisas em queacreditava, à luz de sua experiência de conversão. Por fim, retornou a Damasco, sendo

esse evento marcado talvez na narrativa de Lucas pelas palavras tendo passado muitos

dias (v. 23). Por esta altura, os judeus da cidade ter-se-iam recuperado da surpresa

gerada por sua conversão, e de maneira alguma tolerariam suas pregações a respeito de Jesus. Assim foi que planejaram matá-lo (cp. v. 29; 20:3, 19;23:21; 25:3; 2 Coríntios

11:26), e, de acordo com 2 Coríntios, conseguiram recrutar o "que governava sob o rei

Aretas" (NIV, governador) para que os ajudasse nessa tentativa.

Parece que por essa época Damasco caíra sob o poder dos nabateus. Seu rei, Aretas IV,

tinha estado em guerra contra seu genro, Herodes Antipas. Morrendo Tibério em 37 a.C, com a consequente retirada deVitélio, governador romano da Síria, cujo auxílio

havia sido prometido a Herodes, Aretas poderia ter avançado para o norte até Damasco.

Esta suposição baseia-se em parte na referência feita por Paulo, e comprova-se pelo fato de

não haver moedas imperiais de Damasco a partir dos últimos anos da década de 30 até 62 d.C. Em 62-63 d.C. começa a aparecer a imagem de Nero, o que nos sugere que a

cidade passara de novo ao domínio romano. Enquanto isso, por instigação dos judeus, o

governador colocou guardas às portas da cidade, mantendo vigilância contínua, dia e noite, para prender Paulo. Só nos resta imaginar as razões por que os nabateus se

envolveram. É possível que a pregação de Paulo na Nabatéiahouvesse suscitado tumultos

nas comunidades judaicas. Ou talvez os nabateus julgassem que lhes seria vantajoso cooperar com os judeus. Quem sabe Aretas queria ter no Sinédrio um

aliado? Seja como for, eles se envolveram, e a vida de Paulo passou a correr risco. Mas

Paulo não se viu desamparado. Certa noite "seus discípulos" (de Jesus) o desceram através de uma abertura no muro, e Paulo pôde escapar (v. 30; cp. Josué 2:15; 1 Samuel 19:12).

Parece que Paulo considerava esse incidente um ponto sombrio de sua carreira marcada

pelo sofrimento (2 Coríntios 11:30ss.).

9:26 Quando, por fim, Paulo retornou a Jerusalém (de acordo com Gálatas 1:18, três anos

depois de sua conversão), achou difícil ser aceito pela igreja. De modo particular ele

desejava ver Pedro (Gálatas 1:18), mas nem Pedro nem ninguém queria vê-lo (cp. v. 13). Teriam ouvido a respeito de sua conversão, mas a partir de então talvez houvessem

ouvido muito pouco, ou nada, a seu respeito. Não estavam muito seguros a respeito de

Paulo. Na verdade, não acreditavam que fosse discípulo, e é natural que tivessem medo dele. Paulo não portava cartas de recomendação (cp. 18:27).

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9:27 Finalmente foi Barnabé que, trazendo-o consigo, levou-o aos apóstolos. De que forma Paulo e Barnabé entraram em contato um com o outro, ou por que Barnabé agora se

dispôs a ajudá-lo, nós não o sabemos. Nenhuma base existe para supormos, como alguns

comentaristas fazem, que ambos foram colegas de estudo em Tarso. É possível que a explicação esteja simplesmente no tipo de pessoa que Barnabé era. Observe-se a

explicação que ele apresenta da conversão de Paulo. Suas palavras explicitam algo que só

estava implícito na narrativa anterior, isto é, que Paulo vira o Senhor [Jesus] (v. também

o v. 17). Observe-se também a ênfase sobre como em Damasco pregara ousadamente em nome de Jesus,salientando, talvez, que ele havia sido cheio do Espírito Santo, da mesma

forma que os demais discípulos. Este relato do encontro de Paulo com os apóstolos pode

apresentar divergências com a própria narrativa de Paulo em Gálatas l:18s., mas as diferenças são mais aparentes do que reais, e explicam-se pelo fato de os objetivos dos

dois escritores serem diferentes. Era importante para Lucas demonstrar que Paulo fora

aceito pelos apóstolos, enquanto que para Paulo, em Gálatas, era importante evidenciar sua independência deles. Portanto, Paulo esforça-se para salientar que dos Doze, ele só se

encontrou com Pedro. Tiago, irmão do Senhor, também estava presente. Gálatas informa-

nos que sua visita foi muito curta, de duas semanas no máximo.

9:28-30 Ganha a confiança de Pedro e de Tiago, Paulo passou a maior parte dessas duas

semanas "entrando e saindo com eles" (assim diz o grego), o que talvez signifique que

mantiveram várias reuniões em particular, nada tendo que ver com o ministério implícito em NIV. Paulo pregou em público, mas não ao ponto de tornar-se conhecido pessoalmente

das "igrejas da Judéia" (Gálatas 1:22). As aparições públicas de Paulo limitaram-se a

"disputas" com os (judeus) helenistas. Lucas emprega o mesmo termo para os debates dos "libertos" com Estevão (6:9), com a diferença que os papéis agora se invertem. Na

passagem anterior, os homens da sinagoga é que disputavam com Estevão; aqui, é Paulo

que disputa com eles. Mas seria a mesma sinagoga? É claro que não há modo de descobrirmos; porém, pelo menos é provável que Paulo os tenha selecionado pelo fato de

terem participado da morte de Estevão. O caso é que Paulo falou com ousadia, a quem

quer que ali estivesse, em nome do Senhor (v. 29); noutras palavras, a mensagem paulina centralizava-se no Jesus a quem Deus havia feito "Senhor e Cristo" (veja 2:36).

O resultado foi que os helenistas atentaram contra a vida de Paulo.

Quando os irmãos souberam disso, tomaram Paulo e acompanharam-no até Cesaréia, e o

enviaram a Tarso (v. 30). Que os demais sejam chamados de irmãos sublinha a unidade da igreja de que Paulo agora era membro. A Cesaréiadesta narrativa é a cidade portuária, o que

explica a expressão "levaram-no para baixo" (para a praia; não explícito em ECA). O

relato do próprio Paulo a respeito deste incidente, em 22:17-21, inclui umavisão que ele tivera no templo, na qual o Senhor lhe ordenou que fugisse de Jerusalém, pois ele o

enviaria a outro lugar. A seguir, desce um véu sobre a vida de Paulo, que só reaparece

no cenário dezanos depois (11:25ss.). A única coisa que sabemos é que durante esses anos ele pregou na "Síria e naCilícia" (Gálatas 1:21). Também teriam sido anos de estudos

(veja W. C. van Unnik, pp. 56ss., que sugere que seus estudos centralizaram-se na língua e

na cultura gregas).

9:31 Lucas encerra esta seção (e, num sentido mais amplo, encerra toda a narrativa

iniciada com a história de Estevão), com uma declaração breve a respeito do estado da

igreja. Agora elas tinham paz.Isto estava diretamente relacionado com a conversão de Paulo, mas havia outros fatores não mencionados por Lucas.

Agora o Sinédrio tinha de enfrentar questões bem mais sérias. Primeiro, havia ocorrido mudança de sumo sacerdote. Caifás havia sido deposto em 37 d.C, e em seu

lugar Vitélio tinha instalado de início aJônatas, e depois o próprio irmão

deste, Teófilo (37-41 d.C). Segundo, havia ocorrido mudança de imperador naquele

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mesmo ano; Calígula era agora o sucessor de Tibério. O novo imperador era muito menos simpático aos judeus do que Tibério havia sido (veja B. Reicke, p. 193), fato que logo se

tornou evidente. No verão de 38 d.C, Herodes Agripa I, a caminho do reino que lhe fora

concedido por Calígula, promoveu uma parada em Alexandria que incitou tumultos entre os judeus e os gregos dessa cidade. Tais rebeliões de fundo racial espalharam-se por

outras cidades. Os gregos de Jâmnia levantaram um altar ao imperador, mas os judeus o

derrubaram. Calígula interveio, ordenando que sua imagem fosse introduzida no templo

(39 d.C; veja Josefo, Antiguidades 18.261-268). Tal profanação só não ocorreu graças aos rogos de Herodes Agripa, mas enquanto Calígula reinou a ameaça ficou pairando sobre a

cabeça dos judeus. Calígula foi assassinado em 41 d.C.

Enquanto isso, as igrejas "cresciam" (as igrejas... eram... edificadas, v. 31). Este verbo em

geral refere-se ao crescimento espiritual, mas pode incluir o desenvolvimento de uma

estrutura organizacional na igreja. Ao mesmo tempo, elas cresciam em número (se multiplicavam) por causa de dois fatores: o temor do Senhor [Jesus] e o fortalecimento pelo

Espírito Santo. A palavra "edificadas" em ECA é, no grego, o substantivo paraklesis, que

pode significar várias coisas: "invocação", "consolação", ou "exortação". É provável que

aqui ela tenha este último significado, no sentido que a pregação da igreja (a exortação) tornava-se eficaz mediante o Espírito Santo. Deve-se notar que a palavra igreja está no

singular (ECA preferiu o plural), embora se refira a várias igrejas, ou várias comunidades

cristãs. Há apenas um "corpo" de Cristo, não importando quão longe estejam as igrejas locais, ou quão diferentes sejam. Aqui, pela primeira vez em Atos, temos uma referência à

presença de cristãos na Galiléia. Eles não foram mencionados antes, em parte por causa

do esquema de Lucas. Seja como for, "a Galiléia não exerceu um papel importante no desenvolvimento posterior do cristianismo primitivo" (Hengel, Acts, p. 76).

Bibliografia D. J. Williams

Fonte:

Site: EBD Areia Branca

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2 Timóteo 2

E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam

idôneos para também ensinarem os outros.

PARTICIPE DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL ASSEMBLEIA DE DEUS DO CRUZEIRO

E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros. (2Tm 2.2)