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Jesus no Evangelho de Lucas
Seguimos o método da leitura orante a fim de nos treinarmos cada
vez mais neste caminho para uma leitura proveitosa da bíblia (às vezes a
gente faz leitura não proveitosa da bíblia!). Por isso, através deste método,
podemos ter uma experiência de descoberta de Jesus e, com a graça do
Espírito Santo, nos encantarmos cada vez mais por Ele.
Damos realce à primeira etapa (ou primeiro passo, degrau) do
método que é chamada, a leitura. Na verdade é mais que leitura. É estudo.
A leitura possibilita a compreensão do texto como o autor (Lucas) quis
transmitir a seus leitores. As outras etapas do método, como meditação,
oração e contemplação, serão, sobretudo, criação do grupo, com a
necessária iluminação do Espírito Santo, cuja presença não devemos
ignorar ou desprezar, mas acolher e priorizar.
Só Teófilo lê com proveito a bíblia.
Você é teófilo?
Lucas está escrevendo para Teófilo, como podemos ler em Lucas
1,3. Não se sabe se era uma pessoa ou um coletivo. Este Teófilo poderá ser
você. Teós é Deus e filos é amigo. Você certamente é, e se tornará mais
ainda, um grande amigo/a de Deus. Aliás, é Deus que está procurando
você para ser amigo/a. Você não está procurando dar oportunidade para
que Deus lhe fale? Marque um horário para Deus, seu amigo, para que Ele
lhe possa falar sem constrangimento de nenhum dos dois. Veja se pode. Ou
Deus não merece um horário? Nem que seja o último horáriozinho para
Ele! Dá uma chance, vai! E se você levar Deus a sério vai dispor para Ele
um horário diário de encontro entre vocês dois. A leitura orante é um bom
meio para isto!
Só para lembrar as etapas, ou passos, ou degraus, da leitura orante:
Primeiro passo é a leitura que é estudo do texto. É bom dar tempo e
ocupação para este passo. É muito importante entender bem o texto e isto
se faz no degrau da leitura.
Segundo passo é a meditação que é a descoberta da Palavra de Deus.
Esta descoberta só se dá com a ação do Espírito Santo. Coloque à
disposição do Espírito Santo a sua inteligência e sua liberdade.
Terceiro passo é a oração. A oração é entendida como um impulso
que brota da vida como resposta à Palavra de Deus. É uma conversa com
Deus a partir da Palavra Dele.
Quarto passo é a contemplação e é o resultado dos outros três passos.
É o desejo de continuar cultivando o método até que o amigo Deus seja
mais bem conhecido.
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Tem mais.
Lucas te convida a ser ministro da Palavra. Porém ministro que seja
um escravo. E agora? Lucas te convida para seres escravo. Escravo da
Palavra! É louco! Sim! Lucas é louco. Louco de amor por Jesus, como tu
vais ser! A maioria das traduções de Lc 1,2 escreve ministros da palavra,
traduzindo um vocábulo cujo primeiro significado é remador de galera
(navios de guerra ou de transporte antigos). Era um serviço de escravos. E
tu és convidado a te deixar guiar como aqueles escravos no fundo do navio
escutando o gongo que dava o ritmo ao seu trabalho. Lucas quer que
leiamos o evangelho como “remadores da barca”, no ritmo da Palavra de
Deus? SIM. Como estou conseguindo colocar a Palavra na minha vida de
cristão? Ela é ainda uma palavra moralizante? Ou é uma Palavra de vida,
de libertação de todas as amarras? Sou uma pessoa aberta, acolhedora da
Palavra ou já tenho meus esquemas formados e estes nem Deus muda?!
Entendamos bem Jesus de Nazaré, uma pessoa que fez o bem e
deixemos que nosso entusiasmo por Jesus de Nazaré, como o evangelho de
Lucas apresenta, nos reencante.
Comece pela leitura na bíblia dos textos indicados. Procure, por
conta própria ou do grupo, entender bem o texto. Quando não é possível,
apele pela ajuda que o presente livreto pretende oferecer. Não pare
enquanto não tiver contato com a Palavra de Deus.
1. Jesus, pessoa que reza. Lc 3,21; 5,16; 6,12; 9,18.28.29; 10,21; 11,1; 18,1; 19,46; 22,32.40-46;
23,34.46.
Primeiro Passo: Leitura (é estudo do texto). É muito importante ler os
textos na bíblia. Pela quantidade de vezes que ocorre a oração logo se
percebe que é um tema importante em Lucas
Lucas 3,21 – Batismo. O batismo de João Batista não é o batismo
dos seguidores de Jesus. É um batismo de conversão, de nova mentalidade,
de um novo modo de pensar. Agora Jesus também quer pensar um novo
povo de Israel, renovado pela força do Espírito Santo. Jesus reza e recebe
uma revelação. Nesta revelação Jesus é o Filho hoje gerado. Ele terá a
bênção de Deus nesta tarefa de renovação do povo de Deus. Será um povo
renovado pela força do Espírito
Lc 5,16 – O deserto pode ser o lugar das tentações, mas também é o
lugar do discernimento. Jesus em oração diante do Pai faz o discernimento
de sua missão. A maior necessidade do povo não são as curas físicas, mas a
renovação integral de todo o povo de Deus. Esta renovação passa pela
percepção que Deus está presente na história.
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Lc 6,12 - Escolha dos 12
Antes da escolha que aconteceu no amanhecer, Jesus havia passado a
noite em oração diante do Pai. O que ele rezou? Não tem como saber. O
que Lucas sugere? Há um número do Povo de Deus: o Doze. Jesus está
organizando o novo povo de Deus? Parece que sim. Os doze poderão ser
também o símbolo deste novo povo. Quem mais faz parte deste novo povo
de Deus? Tu, leitor/a também fazes parte do novo povo de Deus?
Lc 9,18 – Quem, dizem, que eu sou?
Em clima de oração Jesus faz uma avaliação de sua vida. É muito
interessante fazer uma avaliação em clima de oração. Jesus procurava
aplicar o discernimento da vontade do Pai para realizar esta vontade de
modo perfeito? Sim. O que Ele descobre pela avaliação? Ele é um Profeta?
Sim. Mais do que profeta! Mas qual é mesmo a identidade de Jesus de
Nazaré?
Lc 9,28 – Transfiguração.
Na oração o rosto de Jesus mudou. Deixou que o Pai o mudasse? A
mudança aconteceu em Jesus, símbolo do êxodo que irá acontecer em
Jerusalém? Ele é alguém especialmente iluminado por Deus. Entender
Jesus é entender também desta luz de Deus.
Lc 10,21 - Eu te louvo, Pai...
Um dos destaques que precisamos ressaltar é a oração de Jesus que
está em Lc 10,21s: Jesus, inundado de alegria no Espírito Santo, prorrompe
em louvores a Deus pelas atitudes que Este está tomando e que Jesus
constata. São as mesmas atitudes de Jesus. Aqui Lucas faz Jesus chamar a
Deus de Pai e faz Jesus reconhecer que este Pai é o Senhor do céu e da
terra. Este qualificativo não está em algum outro lugar no evangelho de
Lucas.
Aqui, onde Jesus reconhece os métodos de Deus, constata com
imensa satisfação que Deus revela os seus mistérios justamente aos mais
pequeninos. Quem serão estes? O vocábulo usado no grego deve ser
traduzido por ’crianças’. Podemos recordar que se possa tratar mais uma
vez de pessoas excluídas. Se for isso então, de fato, Deus não faz acepção
de pessoas. Quando o excluído é privilegiado por Deus é um Deus dos mais
pequeninos e não manipulado pelos poderosos. Deus nos conceda a mesma
sensibilidade de Jesus.
Observe-se que Lucas chama a atenção de seus leitores para a
presença do Espírito Santo. É no Espírito Santo que Jesus pode
compreender esta ação de Deus na história. O privilégio dos excluídos está
no fato de receberem a revelação dos mistérios de Deus. Nosso exercício
pastoral e nossa acolhida em comunidade, quando voltada aos mais
pequeninos se encherá de muita exultação como a de Jesus.
Lc 11,1 - Senhor, ensina - nos a orar... Os discípulos estão muito
impressionados com o modo de Jesus rezar e querem aprender. Não são
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fórmulas, são atitudes. Jesus reconhece Deus como papaizinho, e pede ”dá
a conhecer a todos quem tu és” (Lc 11,2).
Lc 18,1 - Orar sempre. Como se poderá fazer isto? Santo Agostinho se
pergunta e encontrou uma resposta. Ele diz que o que sempre está presente
são os desejos. Ele então manda os desejos orar. E assim ele estará orando
sempre.
Lc 19,46 - Minha casa é casa de oração. A melhor oração é escutar
Deus e não fazer Deus escutar nossas lamúrias e pedidos.
Lc 22,40-46 - Orai para não cairdes em tentação... A grande tentação
é a gente filho/a dispensar o Pai na sua tarefa de Pai. Nós, com muita
facilidade dispensamos Deus Pai porque nos consideramos, bem cedo,
adultos, donos do nosso nariz e não escutamos mais o Pai nos falar, nos
sugerir caminhos de verdadeira vida.
Lc 23,34.46 - Em tuas mãos entrego meu espírito. Está aí algo muito
difícil de fazer: Confiar ao Pai a vida que Ele nos deu. Jesus deu este
exemplo muito forte que não conseguimos imitar.
Como podemos constatar há dez momentos em Lucas sobre oração.
Mas há também parábolas como a da viúva diante de um juiz que não
respeita ninguém (Lc 18,2-5). Há ainda o amigo importuno pedindo pão
para o vizinho em hora pouco conveniente (Lc 11,5-8).
Jesus também recomendava aos discípulos rezar sempre sem nunca
desistir (Lc 18,1).
A oração ocupa um lugar muito importante no evangelho segundo Lucas.
Em momentos – chave, Jesus se encontra em oração, desde o primeiro
momento da unção (batismo) até o momento extremo da entrega voluntária
de sua vida ao Pai.
E se formos mais longe: o Jesus da cruz (hora culminante de sua
vida) em Lucas é um homem de oração. De que oração? Serão as fórmulas
que todo o bom israelita fazia todos os dias diversas vezes em diversas
horas do dia? Serão orações originais de Jesus que faz os discípulos
pedirem (Lc 11,1) que Ele os ensinasse a rezar? Rinaldo Fabris escreve:
“Os discípulos intuíram que a fonte secreta da lucidez de Jesus, de sua
força e de sua liberdade, devia ser procurada na sua capacidade de estar
diante de Deus numa relação única e singular”. Ou será um tipo de
relacionamento e posicionamento de Jesus diante do Pai? Estas são
algumas das perguntas que poderão surgir quando se trata de saber que
oração Jesus pronuncia quando vai rezar. A procura de um discernimento
não deverá ser descartada.
É hora de invocar o Espírito Santo para que Ele nos aponte Palavra
de Deus para nós hoje ao entrarmos no segundo passo:
2.Meditação é o segundo passo,ou degrau, ou etapa do método da
leitura orante. É a busca, pela ação do Espírito Santo, da Palavra viva de
Deus para nós hoje através do estudo de Lucas que acabamos de fazer. O
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que Deus nos diz? Deixemos que a Palavra nos interpele pelo texto de
Lucas que acabamos de analisar.
3.Oração é nossa resposta à Palavra que ouvimos através de Lucas.
Estamos assustados com a Palavra? Temos grande alegria? Temos
esperança suscitada pela Palavra? Temos arrependimento por algo que não
temos realizado?
4.Contemplação é o quarto passo da leitura orante. O que
procuramos realizar depois de termos escutado a Palavra de Deus? Estamos
motivados para alguma ação? Estamos ainda indiferentes? Temos medo?
Este Jesus rezador te atrai ou sentes repulsa ou indiferença por ele?
2. Jesus espalha alegria
Lc 1,14.28.47; 2,10; 5,17-26; 6,20-23; 7,36-50; 11,27-28; 13,10-17;
15,1-32
Leitura é estudo. Procuremos ler primeiro todos os textos indicados
e façamos muitas perguntas. Perguntemos também porque Lucas insiste na
alegria.
Os nascimentos de João e de Jesus são motivo e ocasião de muita
alegria para muita gente, isto é, não só para os mais próximos, mas também
para distantes como os pastores de Belém e para a vizinhança de Zacarias e
Isabel (1,14). O Anjo Gabriel já anuncia alegria (1,28). O cântico de Maria,
chamado Magnificat (1,47), é um cântico da alegria pela intervenção de
Deus na história. Os pastores são convidados a viver a alegria pelo
nascimento do salvador (2,10).
Aqui as pessoas convidadas para viverem a alegria se encontram em
situações embaraçosas como os pastores, que eram muito desconsiderados
na época. Muitos não gostavam deles e chamavam de invasores de
propriedades, ladrões, gente em quem não se pode confiar. A estes o anjo
aparece. Imaginemos sua desconfiança e depois sua alegria incontida.
Jesus fonte de alegria e felicidade dá a certeza da felicidade a pessoas
que não são felizes. A alegria está onde não se esperaria. Onde há
sofrimento, dor, carência e exclusão, poderá acontecer alegria. E vai
acontecer porque Deus vai se interessar. E quando Deus se interessa
acontecem coisas maravilhosas. A certeza de Jesus está acontecendo pela
presença do reino de Deus. Onde Deus reina a vida digna é realizada e o
novo sentido de viver irá acontecer cada vez mais.
As oportunidades que damos aos excluídos nos encherão sempre de
muita alegria. A alegria seja nossa grande característica em nossas
comunidades para que elas sejam o espelho de Jesus, pessoa alegre e que
provocava alegria à sua volta.
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O perdão é um dos grandes segredos da alegria que se espalha nas
pessoas que são libertadas da prisão do pecado. Esta alegria não está
restrita aos pecadores, mas gera uma espécie de comunhão entre a terra e os
que já participam da vida com Deus. Pensemos bem no sentido de tudo isso
em nossas vidas. E não deixemos passar nenhuma ocasião para espalhar
alegria à nossa volta. Mas não alegrias pequeninas, tão passageiras como se
vê no dia a dia de nossa vida. Quem sabe possamos superar os pequenos
momentos de alegria e alcançar as alegrias permanentes que nos vem de
Deus que sempre é fonte de alegria.Procuremos esta fonte inesgotável de
alegria.
Bem-aventurados são os pobres, os que têm fome, os que
choram, os odiados, rejeitados, insultados e proscritos por causa do Filho
do Homem. Um sentido profundo de viver e seguir Jesus é dado pelos
votos e constatações das bem aventuranças. Jesus está junto a estas pessoas
e isto é muito. Com Jesus pode-se fazer muita coisa e ter novas esperanças.
Acontece que pessoa que não parece ter futuro começa a ter futuro com
Jesus.
Acontecem maravilhas mesmo quando Jesus precisa se defender
dos inimigos. As respostas que Ele dá alegram as multidões e as enchem de
esperança. Assim é Jesus. As oportunidades que damos aos excluídos nos
encherão sempre de muita alegria. É aqui o momento de tratar deste dom
especial. São Paulo, em Gálatas 5,22, escreve que o segundo dos frutos do
Espírito é a alegria. De fato, podemos observar a explosão de alegria em
todos os personagens que ficaram ‘cheios’ do Espírito. Maria, Isabel,
Zacarias, Simeão, Jesus, etc.
O nosso tempo é marcado pela depressão. Há tristeza demais por aí.
Olhando para Jesus e seu modo de agir possamos reverter esta situação e
introduzir muita alegria em nosso mundo.
É hora de invocar o Espírito Santo para que Ele nos aponte Palavra
de Deus para nós hoje ao entrarmos no segundo passo:
2.Meditação é o segundo passo,ou degrau, ou etapa do método da
leitura orante. É a busca, pela ação do Espírito Santo, da Palavra viva de
Deus para nós hoje através do estudo de Lucas que acabamos de fazer. O
que Deus nos diz? Deixemos que a Palavra nos interpele pelo texto de
Lucas que acabamos de analisar.
3.Oração é nossa resposta à Palavra que ouvimos através de Lucas.
Estamos assustados com a Palavra? Temos grande alegria? Temos
esperança suscitada pela Palavra? Temos arrependimento por algo que não
temos realizado?
4.Contemplação é o quarto passo da leitura orante. O que
procuramos realizar depois de termos escutado a Palavra de Deus? Estamos
motivados para alguma ação? Estamos ainda indiferentes? Temos medo?
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Este Jesus alegre e da alegria te atrai ou sentes repulsa ou indiferença
por ele?
3. Jesus faz viver salvação
Lc 2,11; 7,1-10; 18,9-14; 19,9;
Leitura é estudo.
O vocábulo Jesus vem do hebraico e significa ‘aquele que salva’, o
salvador. Jesus constata a salvação acontecendo. A sua ação é salvadora. É
uma salvação de situações escravizadoras, oprimentes para uma vida de
alegria, paz, dignidade, liberdade. Aos pastores é anunciado um salvador
para hoje. E eles constatam esta salvação. Não é uma salvação muito longe
das mãos do povo. Está ao seu alcance. Está em Jesus, muito próximo.
O relato da preocupação do centurião (romano) pela vida do servo
nos mostra um Jesus salvador. A intercessão de judeus pelo pagão mostra
um Jesus não primariamente ocupado com as nações pagãs mas com o
povo de Israel. Jesus acolhe nova perspectiva de sua ação diante de tão
grande fé que ele encontra no centurião, um pagão. Acontece a vida do
servo. Assim acontece com quem se aproxima com fé de Jesus salvador.
Zaqueu é odiado pelo povo de Israel embora fizesse parte deste povo.
Ele se colocara a serviço dos romanos invasores e estava colaborando com
estes cobrando impostos do povo. Os publicanos eram odiados por que
estavam a serviço de um poder usurpador da autonomia de Israel e porque
roubavam, cobrando a mais do que lhes era devido. Isto acontecia com a
anuência do poder romano. Isto posto é bom a gente ver o texto sobre
Zaqueu.
Não era só o desejo de ver Jesus que faz com que Zaqueu, um rico
chefe de publicanos, corra à frente. Ele também teme a multidão que
poderia até linchá-lo. Até porque poderia subir num barranco ou pegar uma
cadeira. Não! Ele se põe no seguro: no alto de uma árvore. Há, pois, duas
razões porque Zaqueu sobe a uma árvore: porque era baixinho e porque
tinha medo da multidão. Certamente alguma pedrada sobraria para ele se
fosse se aproximar dela. É admirável, mais uma vez, a atitude de Jesus:
contra todos (Lc 19,7) se oferece para ir à casa deste chefe de publicanos.
Contra a opinião de todos Jesus toma esta iniciativa. É uma coragem fora
de série! Qualquer um de nós não teria esta ousadia. Se ele trata assim os
reconhecidamente ladrões então todos os pecadores poderão ter esperança
de acolhida da parte dele. Ele de fato é assim. Não tem portas fechadas e
coração mesquinho.
É ainda um publicano, tomado como exemplo de pessoa justificada
diante de Deus (porque diante dos homens o justificado é o fariseu!). Sua
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oração conduz à salvação. A oração do fariseu dispensa a salvação que
Deus oferece.
É hora de invocar o Espírito Santo para que Ele nos aponte Palavra
de Deus para nós hoje ao entrarmos no segundo passo:
2. Meditação é o segundo passo,ou degrau, ou etapa do método da
leitura orante. É a busca, pela ação do Espírito Santo, da Palavra viva de
Deus para nós hoje através do estudo de Lucas que acabamos de fazer. O
que Deus nos diz? Deixemos que a Palavra nos interpele pelo texto de
Lucas que acabamos de analisar.
3. Oração é nossa resposta à Palavra que ouvimos através de Lucas.
Estamos assustados com a Palavra? Temos grande alegria? Temos
esperança suscitada pela Palavra? Temos arrependimento por algo que não
temos realizado?
4. Contemplação é o quarto passo da leitura orante. O que
procuramos realizar depois de termos escutado a Palavra de Deus? Estamos
motivados para alguma ação? Estamos ainda indiferentes? Temos medo?
Este Jesus salvador te atrai ou sentes repulsa ou indiferença por ele?
4. Para Jesus você é muito importante. Lc 6,47-48; 13,10-13; 14,1-6
Leitura é estudo. Lemos sempre com muita atenção os textos para
tentar entender o que Lucas quis dizer aos seus leitores.
Jesus trata bem toda e qualquer pessoa que está à sua frente. Não importa
quem seja. Ele dá as necessárias orientações para que a pessoa entenda que
é importante para Jesus. Só ficar embasbacado, enternecido, entusiasmado
com as palavras de Jesus é claramente insuficiente. Se só ficar nisso a
pessoa mostra que não compreendeu Jesus. Agora. Se testar a verdade das
palavras de Jesus pela prática então sim poderá saber se a verdade está com
Jesus ou não. Nunca se ouviu dizer que Jesus tivesse mentido em alguma
coisa que ensinou. Quem põe em prática o que Jesus propõe vai
experimentar uma bela vida, segura, cheia de sentido e em grande paz.
Quem não põe em prática as palavras de Jesus fica inseguro, não tem paz,
não encontra sentido para sua vida. Vê só. Jesus se importa muito contigo.
Jesus toma a iniciativa de libertar uma mulher presa de doença que a
deixava toda encurvada. E faz isto em dia que na Lei da tradição judaica
não deveria fazer. Mas Jesus, mesmo tendo que passar por problemas com
o chefe da sinagoga, diz para a mulher já presa da doença há dezoito anos:
“Mulher, eis que estás liberta de tua enfermidade”. A mulher nada pedira.
Jesus é que se sente desafiado a ajudar e mostrar como a pessoa na sua
frente é importante para ele.
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Na casa de um dos chefes dos fariseus, muito rigorosos com o
cumprimento do sábado, Jesus não deixa de se sentir interpelado pela
pessoa que está à sua frente. E cura o hidrópico. Mas precisa se explicar. E
consegue pois ele pensa sempre nos outros e não em si mesmo e nos
próprios benefícios. Jesus é assim. Estás na frente dele? Ele te valoriza.
Podes estar certo disto.
Onde, na Igreja, Jesus pode colocar sua mão salvadora? Onde, na
Igreja, ele está proibido de colocar sua mão salvadora?
É hora de invocar o Espírito Santo para que Ele nos aponte Palavra
de Deus para nós hoje ao entrarmos no segundo passo:
2. Meditação é o segundo passo,ou degrau, ou etapa do método da
leitura orante. É a busca, pela ação do Espírito Santo, da Palavra viva de
Deus para nós hoje através do estudo de Lucas que acabamos de fazer. O
que Deus nos diz? Deixemos que a Palavra nos interpele pelo texto de
Lucas que acabamos de analisar.
3. Oração é nossa resposta à Palavra que ouvimos através de Lucas.
Estamos assustados com a Palavra? Temos grande alegria? Temos
esperança suscitada pela Palavra? Temos arrependimento por algo que não
temos realizado?
4. Contemplação é o quarto passo da leitura orante. O que
procuramos realizar depois de termos escutado a Palavra de Deus? Estamos
motivados para alguma ação? Estamos ainda indiferentes? Temos medo?
Este Jesus que te considera importante te atrai ou sentes repulsa ou
indiferença por ele?
5. Jesus se deixa guiar pelo Espírito Santo. Lc 1,35.41.67; 2,25-27; 3,22; 4,1.14.18; 10,21; 12,12;
Leitura é estudo. Olhemos com alegria como o Espírito Santo está
atuando na vida de Jesus. E o Espírito não tirou férias. Continua agindo e
pode transformar para melhor a tua vida.
São diversos relatos onde podemos constatar Jesus sendo guiado pelo
Espírito Santo:
O Espírito Santo: o protagonista. Ele age em todas as pessoas que se
deixam trabalhar por Ele. Assim são Zacarias, Isabel, João Batista, Maria,
Jesus, Simeão, a profetisa Ana e muitas outras pessoas. Sua ação produz
intensa alegria.
Em geral, os inícios apresentam novidade. Assim acontece nos
quatro inícios da obra de Lucas (Evangelho e Atos). Se trata do início da
vida de Jesus, do início de sua missão, do início da grande caminhada para
Jerusalém e do início dos seguidores do Caminho (que é Jesus). Todos os
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inícios, que são ação do Espírito Santo, (pois pode haver inícios que não
sejam ação do Espírito Santo), produzem intensa alegria. É uma alegria não
produzida pela pessoa ou circunstâncias, mas um impulso vindo da
constatação de fé da ação do Espírito Santo. Assim aconteceu com
Zacarias, Isabel, Maria, Simeão, o próprio Jesus, (cf Lc 10,21) e na
comunidade dos discípulos (At 2,46).
Espírito Santo e Maria: Maria é transformada. Não dá importância
aos boatos que se espalhariam com a ida dela até as montanhas da Judéia.
Adolescente prometida em casamento se preserva em casa. Não sai para a
rua e muito menos se põe a viajar para longe. Sua fama está seriamente
comprometida com esta “fugida” para Aîn Karin. Será que vai ser mais
uma mulher fácil? Maria, repleta do Espírito Santo ousa transpor os
limiares da má fama para seguir o que o Espírito sugere.
O Espírito dirige mulheres (que no contexto judaico não podem nem
ter acesso ao ensinamento da torah) e estas o acolhem com uma força
transformadora de suas vidas a ponto de eclipsarem por completo os
homens que fazem parte deste relato: Zacarias e José. Pode-se perceber a
ousadia, a coragem de tomar atitudes que possam ser comprometedoras
mas os personagens, como no caso de Maria, não dão muita importância.
Espírito Santo produz alegria em Isabel,Zacarias,Maria,Simeão,Jesus,etc.
Se você deixar Ele pode produzir muita alegria em você. É só se colocar a
serviço do Espírito Santo que está procurando colaboradores. Porque você
não se oferece? Responda com franqueza.
Espírito Santo conduz Jesus ao deserto para o discernimento: lá
acontece a luta entre Deus e o seu oponente, satanás. É o Espírito que
conduz Jesus para a missão.
Dois dons do Espírito são hoje um pouco esquecidos: a recepção e a
parresia (Atos 4,31; 5,32). A recepção: Ser capaz de acolher as novidades
que o Espírito Santo propõe também é obra dele. Por exemplo, quem na
Igreja do Brasil tem plena consciência de que a própria Igreja no Brasil está
gritando por salvação (“Senhor, salva-nos”) através das cinco urgências
que ela propôs nas atuais DGAE – Diretrizes?). A parresia: ter coragem de
falar. Muitos pensam mas não tem coragem de falar. O que está
acontecendo? Porque este medo? A presença do Espírito Santo se percebe
pela grande coragem manifestada pela pessoa.
Considerando que muitos cristãos entram e saem da celebração com
ar sombrio, podemos constatar que o Espírito Santo não teve muita
oportunidade para agir. Acontece que o Espírito Santo é alguém livre e age
dentro da liberdade de outro alguém, nós.
É hora de invocar o Espírito Santo para que Ele nos aponte Palavra
de Deus para nós hoje ao entrarmos no segundo passo:
2. Meditação é o segundo passo,ou degrau, ou etapa do método da
leitura orante. É a busca, pela ação do Espírito Santo, da Palavra viva de
11
Deus para nós hoje através do estudo de Lucas que acabamos de fazer. O
que Deus nos diz? Deixemos que a Palavra nos interpele pelo texto de
Lucas que acabamos de analisar.
3. Oração é nossa resposta à Palavra que ouvimos através de Lucas.
Estamos assustados com a Palavra? Temos grande alegria? Temos
esperança suscitada pela Palavra? Temos arrependimento por algo que não
temos realizado?
4. Contemplação é o quarto passo da leitura orante. O que
procuramos realizar depois de termos escutado a Palavra de Deus? Estamos
motivados para alguma ação? Estamos ainda indiferentes? Temos medo?
Este Jesus guiado pelo Espírito Santo te atrai ou sentes repulsa ou
indiferença por ele?
6. Jesus faz da vida uma grande liturgia Lucas 24,50-53.
Leitura é estudo. O texto pode nos tentar com um pré texto, que é a
ascensão. Leitura atenta, portanto! Melhor: estudo.
Vamos, antes de tudo, ler mais uma vez, com grande atenção, o que
Lucas escreveu.
Algumas informações: Betânia fica no outro lado do Monte das
Oliveiras, na estrada para Jericó. De lá não se vê mais Jerusalém. Jesus, que
não é da classe sacerdotal, dá a bênção como o sumo sacerdote Simeão (cf
Eclo 50). Como todos os sacerdotes no final de alguma liturgia no Templo.
Porém esta bênção não acontece mais à frente do templo de Jerusalém.
Acontece até fora da cidade que já fora cidade de Deus e que se tornou a
cidadela da oposição a Deus. Também não se dá após uma liturgia formal,
mas pelo dom da vida de Jesus na cruz. Jesus está concluindo a grande
liturgia de sua vida? Parece que sim. Só Ele pode fazer esta liturgia? Nós
também podemos celebrar a vida como uma liturgia? Certamente.
Zacarias, embora observador fiel da Lei, não era amigo íntimo e
conhecedor de Deus e até se tornou um oponente dele. Não pôde dar a
bênção, isto é, não pôde ser a extensão da graça de Deus para o povo que
estava fora do santuário esperando por ela. Jesus, amaldiçoado, morto
como criminoso e subversivo, se tornou um veículo da graça de Deus. Ele
dá a bênção longe do templo que em Lucas era símbolo da presença de
Deus no meio de seu povo. Quando deixamos que Deus esteja fortemente
presente em nossa vida, poderá acontecer uma bela liturgia de louvor a
Deus.
É hora de invocar o Espírito Santo para que Ele nos aponte Palavra
de Deus para nós hoje ao entrarmos no segundo passo:
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2. Meditação é o segundo passo,ou degrau, ou etapa do método da
leitura orante. É a busca, pela ação do Espírito Santo, da Palavra viva de
Deus para nós hoje através do estudo de Lucas que acabamos de fazer. O
que Deus nos diz? Deixemos que a Palavra nos interpele pelo texto de
Lucas que acabamos de analisar.
3. Oração é nossa resposta à Palavra que ouvimos através de Lucas.
Estamos assustados com a Palavra? Temos grande alegria? Temos
esperança suscitada pela Palavra? Temos arrependimento por algo que não
temos realizado?
4. Contemplação é o quarto passo da leitura orante. O que
procuramos realizar depois de termos escutado a Palavra de Deus? Estamos
motivados para alguma ação? Estamos ainda indiferentes? Temos medo?
Este Jesus liturgo te atrai ou sentes repulsa ou indiferença por ele?
7. Jesus privilegia os excluídos Lc 7,11-17. 36-50; 8,1-3; 9,51-56; 10,30-37. 38-42; 15,1; 17,11-19;
19,1-10
Leitura é estudo.
- Mulheres:
Discípulas: (Lc 8,1-3), a viúva de Naim (Lc 7,11-17), Marta e Maria (Lc
10,38-42), a pecadora pública (Lc 7,36-50), a viúva e o juiz (Lc 18,1-8), a
esmola da viúva (Lc 21,1-4), Isabel, Maria, mãe de Jesus
-Samaritanos:
O bom samaritano Lc 10,30-37, o leproso samaritano Lc 17,11-19, a visita
a uma aldeia samaritana Lc 9,51-56
-Publicanos:
Convida um para ser seu discípulo, publicano e fariseu no templo Lc 18,9-
14, o chefe dos publicanos, Zaqueu Lc 19,1-10. Lc 15,1: publicanos e
pecadores são os que ouvem Jesus.
-crianças, pobres, excluídos em geral.
Quanto aos samaritanos: “Ao Centro, como que dividindo a Judéia e
a Galiléia, está a odiada, herética e imunda Samaria, cujos habitantes são
descritos na Bíblia como “não povo” (Eclo 50,25-26)... São considerados
até mesmo idólatras pelo culto que prestam no monte Garizim, tido como
montanha sagrada, bem como a outras divindades” (Maggi, p 26).
“Alcunhar alguém de “samaritano”, é insulto dos piores. ‘Não dizíamos
nós, com razão, que és samaritano e tens um demônio?’ (Jo
8,48)”.(Maggi,p.28). O historiador Tácito nos dá notícia de comum
desprezo dos próprios governantes. Havia saques recíprocos, bandos de
ladrões lançados uma sobre a outra região, armação de ciladas e até o
confronto em combates era comum entre Judéia e Galiléia contra Samaria.
13
Nem se estranhe a reação dos discípulos Tiago e João pedindo a destruição
da aldeia samaritana pelo fogo.
Fazer passar um samaritano por próximo é o máximo do desaforo.
Além do mais se percebermos quais são os outros personagens que
aparecem no relato: o sacerdote e o levita. Dois que não foram capazes de
ser próximos. Apenas o samaritano é capaz de ser próximo. Os critérios de
Deus são decididamente diferentes dos nossos! Em outra passagem apenas
o samaritano leproso foi capaz de agradecer (Lc 17,11-19).
Os publicanos eram odiados por que estavam a serviço de um poder
usurpador da autonomia de Israel e porque roubavam, cobrando a mais do
que lhes era devido. Isto acontecia com a anuência do poder romano. Isto
posto é bom a gente ver novamente o texto sobre Zaqueu. Repitamos o que
vimos em outro dia. Não era só o desejo de ver Jesus que faz com que
Zaqueu, um rico chefe de publicanos, corra à frente. Ele também teme a
multidão que poderia até linchá-lo. Até porque poderia subir num barranco
ou pegar uma cadeira. Não! Ele se põe no seguro: no alto de uma árvore.
Há, pois, duas razões porque Zaqueu sobe a uma árvore: porque era
baixinho e porque tinha medo da multidão. Certamente alguma pedrada
sobraria para ele se fosse se aproximar dela. É admirável, mais uma vez, a
atitude de Jesus: contra todos (Lc 19,7) se oferece para ir à casa deste chefe
de publicanos. É uma coragem fora de série! Qualquer um de nós não teria
esta ousadia. Se ele trata assim os reconhecidamente ladrões então todos os
pecadores poderão ter esperança de acolhida da parte dele. É ainda um
publicano, tomado como exemplo de pessoa justificada diante de Deus
(porque diante dos homens o justificado é o fariseu!), que é apresentado
como sinal.
Crianças são para nós símbolos de ternura, carinho. Para outros
representam a confiança na bondade do Pai. Nos tempos de Jesus a criança
é equiparada ao escravo. Não tinha direitos. Se, em vez de deixarmos
escrito o vocábulo criança o substituírmos por “sem direito” então o sentido
da frase se torna bem mais desafiador (Lc 18,15-17). Se quisermos
considerar a atitude dos discípulos que querem impedir o acesso junto a
Jesus dos sem direito, teríamos ‘pano para manga’.
Se considerarmos a parábola do rico e do Lázaro, (Lc 16,19-31), nos
surpreendemos que quem tem nome nesta parábola não é o rico (como
normalmente costuma ser), mas o pobre. Deus subverte as coisas. O que
tem valor para o mundo para Deus não tem a mesma medida.
Por fim temos o belo relato de Lc 14,15-24. É a parábola do
banquete a ser oferecido para os pobres. Onde já se viu? Banquete para os
amigos e ricos. Isto sim. Banquete para pobre? Isto não! E Jesus
ousadamente convida a oferecer banquete para os pobres.
Típico é o relato do capítulo 7 contando a chegada de Jesus em Naim
de onde saía um enterro do filho único de uma viúva. Jesus vê e toma logo
14
a iniciativa: manda parar o enterro e devolve vivo o filho único da viúva.
Devolveu à viúva o seu arrimo, o seu sustento. Jesus é assim. Não deixa de
ajudar a quem necessita. A vida da viúva se tornou novamente tranquila.
Nem sempre os excluídos são pobres, são pessoas sem posses.
Podem ser pessoas rejeitadas, como eram os samaritanos. Jesus,
ousadamente, toma um samaritano como exemplo de vida para os que
desprezam e rejeitam o samaritano. Chamamos a parábola de “O bom
samaritano”, pois Jesus o toma como exemplo para o povo judeu.
A comunidade de Lucas, segundo alguns estudiosos, era formada por
pessoas abastadas. Por isso, a gratuidade da prática de Jesus deve ter
chamado muito a atenção. Como não deverá chamar a atenção de todos nós
o sofrimento presente na vida de tantas pessoas que precisariam de um
gesto de gratuidade de nossa parte! Nem sempre serão coisas de que as
pessoas mais necessitam. Muitas vezes precisam recuperar a fé na vida, a
esperança de ser gente. Por isso, muitas vezes a atenção, a conversa com o
pobre o valoriza e nem tanto a esmola que damos com tanta má vontade! É
preciso pensar um espaço dentro da comunidade para as pessoas se
sentirem gente. Quais serão as transformações necessárias para que isto
possa acontecer sempre mais?
É hora de invocar o Espírito Santo para que Ele nos aponte Palavra
de Deus para nós hoje ao entrarmos no segundo passo:
2. Meditação é o segundo passo,ou degrau, ou etapa do método da
leitura orante. É a busca, pela ação do Espírito Santo, da Palavra viva de
Deus para nós hoje através do estudo de Lucas que acabamos de fazer. O
que Deus nos diz? Deixemos que a Palavra nos interpele pelo texto de
Lucas que acabamos de analisar.
3. Oração é nossa resposta à Palavra que ouvimos através de Lucas.
Estamos assustados com a Palavra? Temos grande alegria? Temos
esperança suscitada pela Palavra? Temos arrependimento por algo que não
temos realizado?
4. Contemplação é o quarto passo da leitura orante. O que
procuramos realizar depois de termos escutado a Palavra de Deus? Estamos
motivados para alguma ação? Estamos ainda indiferentes? Temos medo?
Este Jesus que ama os excluídos te atrai ou sentes repulsa ou
indiferença por ele?
8.Jesus e o silêncio Lc 9,36; 18,39; 20,26.
Leitura é estudo.
15
Vamos ler com atenção o versículo dentro do texto sobre a
transfiguração: Lucas 9,36. Porque os discípulos guardaram silêncio?
Houve um silêncio em Atos 15,12. O silêncio se dá especialmente diante
das maravilhosas ações de Deus.
Este vocábulo (fazer silêncio) tem sua importância também no AT:
Ex 14,14 é típico. Diante do agir de Deus não há nada mais importante do
que parar e observar. É um silêncio de admiração e estupefação pela obra
de Deus dentro da história do povo. É muito importante dar-se conta da
obra de Deus na história. É o outro modo de Deus falar à humanidade. Os
acontecimentos na história. Estes não são necessariamente trágicos ou
espetaculares. Pelo contrário. São muitas vezes discretos, e, sobretudo,
salvadores.
Os comentários de Atos não dão importância ao fato de dar-se um
silêncio muito grande depois do discurso de Pedro no capítulo 15, no
chamado concílio de Jerusalém. É uma nota de Lucas, que, sabemos, dá
importância ao número três. De fato aparece em seu texto três vezes (Atos
12,17;15,12.13). Também no evangelho aparece três vezes (Lc 9,36; 18,39;
20,26). É surpreendente que esta nota do silêncio em Atos dos Apóstolos
capítulo 15 se dê ao final da palavra de Pedro. Isto posto, significaria que
durante o discurso de Pedro todos ainda estariam discutindo. Lucas não se
preocupa em relatar um acontecimento mas nos transmite uma teologia.
Então é bom estudarmos a palavra de Pedro para ver o que ele disse. O que
aconteceu na palavra de Pedro para que acontecesse silêncio? Foi
repreensão? Nenhuma notícia! Foi apenas uma nota marginal sem
importância? Não parece, pois o silêncio aqui ocupa um lugar central na
descrição do Concílio de Jerusalém. Depois do silêncio se dá a reviravolta e
Barnabé e Paulo puderam expor com tranquilidade o que estava
acontecendo na Igreja de Antioquia. De que silêncio se trata? Trata-se do
silêncio do povo de Deus diante da intervenção maravilhosa deste nos
acontecimentos do mundo? Parece que sim. Pois tanto Pedro falou desta
intervenção como Barnabé e Paulo vem confirmar como Deus está agindo
nos longínquos países pagãos. O verbo grego sigan (aparece só mais 4
vezes em Paulo Rm 16,25; I Cor 14,28.30.34).
No AT pela versão LXX (tradução para a língua grega) não aparece
muitas vezes (Ex 14,14; Jz 18,9; Esd 3,24; 4,12; To 6,1; 10,6.7; Sl 31,3;
38,2; 49,21; 82,1; 106,29; Ec 3,7; Sb 8,12; Sir(Eclo) 13,23; 20,7; Am 6,11;
Lm 3,49; I Mc 11,5). É um total de 19 vezes. É interessante observar que o
único profeta que usa o verbo seja Amós citado indiretamente no discurso
de Tiago em Atos 15,14. Este texto pode ser lido em conjunto com o texto
de Eclo 13,23. Mas também pode ser lido o texto de Ex 14,14, uma vez
que Atos é uma espécie de re - leitura do êxodo. Neste texto “É o Senhor
que combaterá por vós. De vossa parte não fareis nada!” mostra como há
16
um silêncio (aqui traduzido por ‘não fareis nada’) do povo diante da ação
de Javé que combate pelo povo escolhido.
Somos Igreja nos caminhos do mundo. É preciso parar de se agitar. É
muito importante ver, observar a ação de Deus no mundo. Deus está
agindo? Então vou parar para contemplar. Que rumo a ação de Deus está
tomando? Bento XVI pede que nós sejamos Igreja da escuta.
A Igreja chama a ação de Deus de “sinais dos tempos”. Quais serão
os sinais dos tempos que precisamos olhar com muita atenção para sermos
hoje colaboradores de Deus e não seus opositores?
É hora de invocar o Espírito Santo para que Ele nos aponte Palavra
de Deus para nós hoje ao entrarmos no segundo passo:
2. Meditação é o segundo passo,ou degrau, ou etapa do método da
leitura orante. É a busca, pela ação do Espírito Santo, da Palavra viva de
Deus para nós hoje através do estudo de Lucas que acabamos de fazer. O
que Deus nos diz? Deixemos que a Palavra nos interpele pelo texto de
Lucas que acabamos de analisar.
3. Oração é nossa resposta à Palavra que ouvimos através de Lucas.
Estamos assustados com a Palavra? Temos grande alegria? Temos
esperança suscitada pela Palavra? Temos arrependimento por algo que não
temos realizado?
4. Contemplação é o quarto passo da leitura orante. O que
procuramos realizar depois de termos escutado a Palavra de Deus? Estamos
motivados para alguma ação? Estamos ainda indiferentes? Temos medo?
Este Jesus do silêncio te atrai ou sentes repulsa ou indiferença por ele?
9. Jesus aposta no perdão Lc 5, 17-25; 7,48; 15,1-32
Leitura é estudo.
Em diversos momentos Lucas nos mostra um Jesus tomando a
iniciativa de dar o perdão. Estranho. Não precisa nem pedir. Ele dá o
perdão sem ser pedido? Sim. É muito bom sabermos que Jesus luta contra o
poder do pecado em nós. O resultado do pecado é ruim, triste. O perdão dá
alegria. Jesus deve ser uma pessoa da alegria porque oferece o perdão dos
pecados. Não quer ver ninguém triste. O pecado gera tristeza.
Jesus corre o risco de ser mandado embora pelo hospedeiro. Ele
defende a mulher que é pecadora. Ainda lhe garante que ela está pura, isto
é, sem pecado. O sinal que Jesus vê é o seu grande amor. Este amor Jesus
não encontrou no hospedeiro. Comparando os dois Jesus considera a
mulher pecadora melhor, mais digna que o hospedeiro. Isto provavelmente
o hospedeiro não poderia esperar. Passando para nós. Conseguiríamos
17
engolir uma opinião de Jesus considerando outros melhores do que nós?
Talvez não. Jesus investe muito no perdão.
As três parábolas do capítulo 15 mostram o inusitado. Com o perdão
há recuperação: da ovelha, da moeda e do filho. Os três relatos mostram a
ovelha perdida que foi procurada pelo pastor. Mostra a moeda perdida que
foi achada pela mulher e ainda o filho que voltou, não propriamente
arrependido, mas interesseiro pela vida dele. Mesmo assim foi plenamente
integrado na família pelo pai ao lhe dar o anel. Foi acontecendo alegria. O
cuidado pelo perdido é novo. Não estamos habituados a isto.
Nós apostamos mais no perdão ou mais na condenação? Que ganho
ou que perda temos com a condenação?
É hora de invocar o Espírito Santo para que Ele nos aponte Palavra
de Deus para nós hoje ao entrarmos no segundo passo:
2. Meditação é o segundo passo,ou degrau, ou etapa do método da
leitura orante. É a busca, pela ação do Espírito Santo, da Palavra viva de
Deus para nós hoje através do estudo de Lucas que acabamos de fazer. O
que Deus nos diz? Deixemos que a Palavra nos interpele pelo texto de
Lucas que acabamos de analisar.
3. Oração é nossa resposta à Palavra que ouvimos através de Lucas.
Estamos assustados com a Palavra? Temos grande alegria? Temos
esperança suscitada pela Palavra? Temos arrependimento por algo que não
temos realizado?
4. Contemplação é o quarto passo da leitura orante. O que
procuramos realizar depois de termos escutado a Palavra de Deus? Estamos
motivados para alguma ação? Estamos ainda indiferentes? Temos medo?
Este Jesus do perdão te atrai ou sentes repulsa ou indiferença por ele?
10. Jesus é a visita de Deus ao mundo. Lc 7,11-17
Leitura é estudo.
No tempo de Jesus o povo vivia mil e uma dificuldades advindas de
uma falsa propaganda da “paz romana”, que na verdade era apenas paz para
Roma. Para os povos subjugados era sofrimento, medo, escravidão e
empobrecimento progressivo para a maioria. Só Deus para mudar isto?
Pelo jeito, sim. A expectativa por um messias era muito grande. Jesus quer
mudar e faz a sua parte. Ele espalha a esperança, a certeza de que Deus está
agindo através dele.
Acontecem tantas coisas tão bonitas através de Jesus que a reação só
pode ser esta: Deus está visitando o seu povo. De fato podemos
acompanhar o relato que o evangelista nos apresenta. Percebendo a reação
do povo, pode-se perceber a compreensão profunda que o povo tem de
18
Jesus. Fazia muito tempo que não se via mais profeta em Israel. Agora sim.
Deus se lembrou de seu povo e enviou um grande profeta, Jesus. Não faz
muito tempo estava aí o João, o batizador. Ele insistia em criar um novo
povo pela conversão, isto é, mudança de mentalidade. Agora está aí outro
profeta, certamente enviado por Deus. Deus teve compaixão de seu povo e
o presenteia com dois profetas seguidos. Isto é um bom sinal.
Naim (agradável) é um lugarejo por onde Jesus estava passando.
Jesus toma a iniciativa de parar a procissão de enterro e entrega o arrimo, o
filho único, à viúva. As iniciativas de Jesus manifestam um entranhado
amor misericordioso por todas as pessoas, mesmo que sejam desconhecidas
como esta viúva de Naim. Para Jesus todo sofrimento é também dele. E faz
de tudo para acabar com o sofrimento. Deus é assim. Deus é da vida, da
alegria. Deus não quer o sofrimento de ninguém.
É hora de invocar o Espírito Santo para que Ele nos aponte Palavra
de Deus para nós hoje ao entrarmos no segundo passo:
2. Meditação é o segundo passo, ou degrau, ou etapa do método da
leitura orante. É a busca, pela ação do Espírito Santo, da Palavra viva de
Deus para nós hoje através do estudo de Lucas que acabamos de fazer. O
que Deus nos diz? Deixemos que a Palavra nos interpele pelo texto de
Lucas que acabamos de analisar.
3. Oração é nossa resposta à Palavra que ouvimos através de Lucas.
Estamos assustados com a Palavra? Temos grande alegria? Temos
esperança suscitada pela Palavra? Temos arrependimento por algo que não
temos realizado?
4. Contemplação é o quarto passo da leitura orante. O que
procuramos realizar depois de termos escutado a Palavra de Deus? Estamos
motivados para alguma ação? Estamos ainda indiferentes? Temos medo?
Este Jesus visita de Deus ao mundo te atrai ou sentes repulsa ou
indiferença por ele?
11. O segredo de Jesus se torna boa notícia Lc 4,16-30; 9,37-43; 9,48;
Leitura é estudo.
Em Nazaré, na sinagoga, Jesus, o filho de Maria, se levanta para ler
um texto da escritura do Antigo Testamento. Lhe deram o rolo enorme de
Isaías que tem 66 capítulos. Na época não havia a divisão em capítulos e
versículos que foram introduzidos na bíblia no século XIII e XVI,
respectivamente. Jesus demorou um pouco para chegar ao texto procurado,
o capítulo 61. Depois de ler o texto Jesus se revela: Hoje acontecem todas
estas coisas. Os olhos admirados dos nazaretanos passaram para olhares de
posse. Queriam se apossar de Jesus. Mas Jesus percebeu: nenhum profeta é
19
bem recebido na sua terra. Tudo isto de fato foi acontecendo por onde Jesus
ia passando. É sempre uma boa notícia.
Os discípulos, na ausência de Jesus, queriam curar o menino que o
pai aflito trouxera. Não conseguiram. Jesus curou a criança e a devolveu
sadia ao pai. Todos ficaram impressionados com Jesus. Jesus manifesta,
esta é a única vez, sua impaciência com a geração na qual está inserido.
Como é que não enxergam? É como nós, no século 21. Não percebemos.
Não enxergamos o segredo que Jesus é para nossa vida. E todos se
maravilharam com os acontecimentos que se davam por intervenção de
Jesus.
Este segredo de Jesus se torna cada vez mais boa notícia. Nossa sede
por vida bonita desvia o foco do nosso olhar. Precisamos fazer como Jesus.
Nós estamos voltados demais sobre nós mesmos enquanto Jesus está todo
voltado para os outros. Ele é a boa notícia em seu tempo. Ele é a boa
notícia para nós hoje. Nós também deveríamos ser boa notícia para todos os
outros.
É hora de invocar o Espírito Santo para que Ele nos aponte Palavra
de Deus para nós hoje ao entrarmos no segundo passo:
2. Meditação é o segundo passo,ou degrau, ou etapa do método da
leitura orante. É a busca, pela ação do Espírito Santo, da Palavra viva de
Deus para nós hoje através do estudo de Lucas que acabamos de fazer. O
que Deus nos diz? Deixemos que a Palavra nos interpele pelo texto de
Lucas que acabamos de analisar.
3. Oração é nossa resposta à Palavra que ouvimos através de Lucas.
Estamos assustados com a Palavra? Temos grande alegria? Temos
esperança suscitada pela Palavra? Temos arrependimento por algo que não
temos realizado?
4. Contemplação é o quarto passo da leitura orante. O que
procuramos realizar depois de termos escutado a Palavra de Deus? Estamos
motivados para alguma ação? Estamos ainda indiferentes? Temos medo?
Este Jesus cuja identidade é dar a boa notícia te atrai ou sentes repulsa
ou indiferença por ele?
12.Jesus valoriza o que não vale nada Lc 6,36; 12,24-28
Leitura é estudo.
Cada pessoa, cada coisa, cada acontecimento, por mais insignificante
que sejam para as pessoas, é importante para Jesus. O exercício da
misericórdia como a do Pai que dá significado a todas as criaturas é um
segredo de vida. Saber valorizar. O exercício da misericórdia possibilita
isto. Não acredite. Teste. Pratique para ver se é verdade. E você vai
20
descobrir cada coisa! Os grandes e poderosos chamam a atenção sobre si.
Mas não é assim com Jesus, que dá atenção ao pequenino. Isto impressiona
muito os discípulos, ainda muito marcados pelo esquema geral que existia:
os grandes e poderosos valem. Todos os outros não valem.
Corvo ou urubu são animais que não valem nada. Jesus chama a
atenção sobre eles. Os corvos e urubus, animais até feios e fedorentos são
cuidados por Deus. O próprio Deus, através da natureza, os alimenta, diz
Jesus. Jesus chama a atenção para as coisas mínimas. Nada passa
despercebido para o Pai. Nós precisamos nos reeducar para perceber as
coisas mínimas. Elas não tem importância para nós.
Dar prioridade à misericórdia em nossa vida nos vai qualificando
para ir percebendo o que parece não ter nenhum valor. Para Jesus não
existe nada que não tenha valor.
É hora de invocar o Espírito Santo para que Ele nos aponte Palavra
de Deus para nós hoje ao entrarmos no segundo passo:
2. Meditação é o segundo passo,ou degrau, ou etapa do método da
leitura orante. É a busca, pela ação do Espírito Santo, da Palavra viva de
Deus para nós hoje através do estudo de Lucas que acabamos de fazer. O
que Deus nos diz? Deixemos que a Palavra nos interpele pelo texto de
Lucas que acabamos de analisar.
3. Oração é nossa resposta à Palavra que ouvimos através de Lucas.
Estamos assustados com a Palavra? Temos grande alegria? Temos
esperança suscitada pela Palavra? Temos arrependimento por algo que não
temos realizado?
4. Contemplação é o quarto passo da leitura orante. O que
procuramos realizar depois de termos escutado a Palavra de Deus? Estamos
motivados para alguma ação? Estamos ainda indiferentes? Temos medo?
Este Jesus que valoriza as pequenas coisas te atrai ou sentes repulsa ou
indiferença por ele?
13. Para Jesus não é nem ontem, nem amanhã. É HOJE ! Lc 2,11; 3,22; 4,21; 5,26; 13,33; 19,9.
Leitura é estudo
Diversas vezes aparece no evangelho de Lucas um ‘hoje’. Isto é
significativo. Para Jesus o hoje é importante e não mais o ontem e nem
ainda o amanhã.
Depois do batismo Jesus se pôs em oração. Em oração ouve a voz lhe
garantir: a partir de hoje tens a tarefa de ser o filho muito amado que deve
renovar o povo de Deus. Jesus tem a suficiente sensibilidade para entender
a voz que vem do céu. Dali em diante é muito sensível aos projetos do
Espírito Santo que o conduz e educa.
21
Em Nazara (nome antigo para Nazaré) Jesus se levanta na sinagoga
em dia de sábado para fazer a leitura. Lhe deram o rolo do profeta Isaías.
Na época ainda não estava dividido em capítulos e versículos. Jesus foi
desenrolando até chegar ao capítulo 61. Leu o texto e depois sentou-se e
disse algo muito importante que os nazaretanos, pelo jeito, não entenderam.
Hoje se cumpriu o que acabais de ouvir. Esta frase não foi captada pelos
ouvintes que tinham muito barulho em si. Eles achavam que compreendiam
Jesus como artesão, filho de Maria. Jesus se revela para alegria de todos os
seus ouvintes, menos para os que achavam que o entendiam. É assim.
Precisamos estar abertos a Jesus que quer se revelar hoje em nossa vida.
Nós temos tal compreensão fechada de Jesus que muitas vezes não
aceitamos o que ele tem a dizer. O que ele tem a dizer sempre é uma bela
notícia para o hoje de nossa história. Muitos de nós vivem no passado.
Outros de nós vivem em função de um futuro. Mas a vida acontece no hoje.
Jesus também chama a nossa atenção para uma salvação que pode
acontecer hoje.
Jesus fica firme no seu projeto. Nenhuma intervenção, mesmo de um
Herodes poderoso o move hoje de realizar o que planejara. Jesus está nos
ensinando a viver intensamente o hoje que é a vida. A vida não está no
passado. A vida não está no futuro.
É hora de invocar o Espírito Santo para que Ele nos aponte Palavra
de Deus para nós hoje ao entrarmos no segundo passo:
2. Meditação é o segundo passo,ou degrau, ou etapa do método da
leitura orante. É a busca, pela ação do Espírito Santo, da Palavra viva de
Deus para nós hoje através do estudo de Lucas que acabamos de fazer. O
que Deus nos diz? Deixemos que a Palavra nos interpele pelo texto de
Lucas que acabamos de analisar.
3. Oração é nossa resposta à Palavra que ouvimos através de Lucas.
Estamos assustados com a Palavra? Temos grande alegria? Temos
esperança suscitada pela Palavra? Temos arrependimento por algo que não
temos realizado?
4. Contemplação é o quarto passo da leitura orante. O que
procuramos realizar depois de termos escutado a Palavra de Deus? Estamos
motivados para alguma ação? Estamos ainda indiferentes? Temos medo?
Este Jesus do hoje te atrai ou sentes repulsa ou indiferença por ele?
14. Jesus gosta de afirmar: “Tua fé te salvou!” Lc 7,50; 8,48; 17,19; 18,42;
Leitura é estudo. Note-se que salvador ou salvação não está em
Marcos e Mateus. O verbo salvar, entretanto, é frequente em todos os
evangelhos. Salvação não significa logo a salvação definitiva. Pode ser
22
também uma salvação já nesta vida. Salvar, salvador, salvação pode ser:
tornar a vida com mais sentido, com mais gosto.
Ser sujeito da própria história é muito difícil. Jesus sabe por
experiência. Ele está sendo pressionado: querem forçar para que ele mude
de comportamento. Jesus resiste e também dá os motivos porque não muda.
Mas isto não é fácil. Se para Jesus não foi fácil, imagina para as pessoas
para quem ele disse: “A tua fé te salvou”. Com esta frase Jesus aponta a fé
como protagonista, como sujeito.
Para a mulher pecadora na cidade, para a mulher que há doze anos
sofria nas mãos dos médicos, para um samaritano que tinha lepra e para um
cego que estava mendigando era especialmente difícil ser sujeitos da
própria história. Eles todos experimentavam no dia a dia a exclusão. Eles
não podiam ser sujeitos. Mas Jesus lhes garante: “A tua fé te salvou”.
Ser sujeito da própria história é um segredo que precisa ser
descoberto por todos. Jesus seguramente ajudará. Nós dependemos demais
da opinião dos outros e nos deixamos conduzir por estas opiniões. Seria
muito bom se usássemos nossa inteligência para ver o que realmente
querem dizer para nós.
É hora de invocar o Espírito Santo para que Ele nos aponte Palavra
de Deus para nós hoje ao entrarmos no segundo passo:
2. Meditação é o segundo passo,ou degrau, ou etapa do método da
leitura orante. É a busca, pela ação do Espírito Santo, da Palavra viva de
Deus para nós hoje através do estudo de Lucas que acabamos de fazer. O
que Deus nos diz? Deixemos que a Palavra nos interpele pelo texto de
Lucas que acabamos de analisar.
3. Oração é nossa resposta à Palavra que ouvimos através de Lucas.
Estamos assustados com a Palavra? Temos grande alegria? Temos
esperança suscitada pela Palavra? Temos arrependimento por algo que não
temos realizado?
4. Contemplação é o quarto passo da leitura orante. O que
procuramos realizar depois de termos escutado a Palavra de Deus? Estamos
motivados para alguma ação? Estamos ainda indiferentes? Temos medo?
Este Jesus da fé que salva te atrai ou sentes repulsa ou indiferença por
ele?
15. Jesus e as mulheres. Lc 7, 11-17. 36-50; 8,1-3; 10,38-42; 18,1-8; 21,1-4
Leitura é estudo.
A situação da mulher era acabrunhante. Hoje não podemos nem
Qsequer imaginar os sentimentos de um pai ver nascer uma filha e
não um filho: uma desgraça. Vejamos algumas afirmações de P
23
Alberto Maggi em seu livro: Nossa Senhora dos Heréticos. “Muitas
vezes, os pais de Maria ouviram repetir na sinagoga que, enquanto os
filhos masculinos são uma bênção divina, o nascimento de uma
menina é sempre sinal de um castigo. E ouviram também comentar o
versículo da Bíblia: “... E Iahweh em tudo havia abençoado a
Abraão”(Gn 24,1): “Que significa ‘em tudo’? Significa que não tinha
filha!” (Maggi,p.36). Os pais não conseguem esconder o seu
desapontamento pelo nascimento de uma menina. O pai está
agastado porque quem nasceu é um “não filho”, um “sêmen
perdido”! Precisa procriar de novo, e queira Deus que se trate
finalmente de um filho varão! “(Maggi, p 37). “Sem direitos civis,
consideradas mais como objetos do que como pessoas e sempre
associadas às duas outras categorias sub-humanas daquela época (os
escravos e as crianças), as mulheres, “seres fétidos”, não entram nos
nomes de pessoas pelas quais se agradece; são exoneradas de recitar
a grande prece hebraica do “shemah”(“Ouve”), de carregar
filactérias...”(Maggi, p.44-45).
Além da centralidade de Maria (e não de José!) no “evangelho da infância”,
o destaque dado a Isabel (e não Zacarias!), é notificada a presença de
discípulas entre os seguidores deste rabino Jesus (Lc 8,1-3).Um rabino que
se preze nem saúda a própria mulher se por acaso a fosse encontrar na rua
(cf. Maggi p 49). É um solene “nem te conheço”, ou melhor, não é nada e
por isso não precisa nem perceber sua presença. Veja-se algumas coisas da
própria bíblia: Ecl 7,28; 42,14.
O amor de Jesus pela mulher desprezada ainda se dá no relato da
viúva de Naim (Lc 7,11-17). Jesus, um desconhecido em Naim, faz o
enterro parar e devolve à viúva o filho vivo para que possa ser seu arrimo.
Jesus, não só não mostrou mal-estar que estava nítidamente presente
no fariseu que o convidara, mas até toma a defesa da mulher de má fama
que o estava acariciando. Jesus faz mais do que aceitar os carinhos. Liberta
a mulher. Torna a mulher uma pessoa livre e digna (Lc 7,36-50). Me
imagino no lugar de Jesus: mostraria meu mal-estar ao hospedeiro que
deveria tomar providências para expulsar uma inconveniente de perto de
mim?
É hora de invocar o Espírito Santo para que Ele nos aponte Palavra
de Deus para nós hoje ao entrarmos no segundo passo:
2. Meditação é o segundo passo,ou degrau, ou etapa do método da
leitura orante. É a busca, pela ação do Espírito Santo, da Palavra viva de
Deus para nós hoje através do estudo de Lucas que acabamos de fazer. O
que Deus nos diz? Deixemos que a Palavra nos interpele pelo texto de
Lucas que acabamos de analisar.
3. Oração é nossa resposta à Palavra que ouvimos através de Lucas.
Estamos assustados com a Palavra? Temos grande alegria? Temos
24
esperança suscitada pela Palavra? Temos arrependimento por algo que não
temos realizado?
4. Contemplação é o quarto passo da leitura orante. O que
procuramos realizar depois de termos escutado a Palavra de Deus? Estamos
motivados para alguma ação? Estamos ainda indiferentes? Temos medo?
Este Jesus dando importância às mulheres te atrai ou sentes repulsa ou
indiferença por ele?
16. Jesus ama a cidade de Jerusalém Lc 9,51; 13,22. 31-35; 17,11; 19,41-44; 21,20-28; Lc 24,47; cf.Atos
1,8
Leitura é estudo.
Jerusalém, cidadela da oposição a Deus. Não há dúvidas entre o povo
israelita de que Jerusalém fora escolhida por Deus. Aliás, embora Davi
tivesse interesses políticos na transformação de sua cidade como centro
religioso, Deus lhe concedeu esta graça. Jerusalém é a cidade santa. Jesus
também o reconhece. Mas esta graça é dada ao Davi, servo de Deus e não a
Davi, rei de Israel (cf. 2 Sm 6,14-16).
Jesus tem objetivos claros sobre sua vida: dirige-se resolutamente à
Jerusalém (Lc 9,51; 13,22; 17,11). O texto narrativo de Lc 9,51 até 19,28 é
construção própria de Lucas. Esta resolução está associada ao ‘dêi’ que
significa ‘é necessário’. Por quê? É uma necessidade de decisão do Pai? Na
experiência sobre o monte três discípulos ouviram falar do êxodo de Jesus.
Eram pessoas abalizadas, Moisés e Elias. Jesus não tem mais dúvida. A sua
grande experiência de êxodo vai ser não uma libertação do Egito, mas uma
libertação do que se chamava de cidade santa. A cidade santa tornou-se, na
verdade, um covil de ladrões. Sua tarefa é enfrentar o centro de poder.
Jesus quer transformar as pessoas do poder (político, econômico, religioso).
Não consegue. Pelo contrário, é eliminado.
Um profeta não morre fora de Jerusalém. Apesar de Jesus não ter
ilusões quanto à cidade de Jerusalém, pois ela mata os profetas, não deixa
de se sentir atraído por ela. É uma cidade especial? Não. Até é pior que as
outras cidades pois ela mata até profetas. Imaginem só!
Jesus chora sobre a cidade. Esta cidade já teve muitos sinais do amor
de Deus e mesmo assim não mudou de vida. Ainda acontecem os sinais do
amor de Deus para com esta cidade. Esta está tão ocupada com suas coisas
que não se dá conta que Deus está mostrando o seu amor por ela.
25
De Jerusalém sai o anúncio. Em primeiro lugar um anúncio para a
própria cidade. Jesus fez de tudo pela cidade que o matou. É dela que ainda
sai o anúncio para todos os povos do mundo.
É hora de invocar o Espírito Santo para que Ele nos aponte Palavra
de Deus para nós hoje ao entrarmos no segundo passo:
2. Meditação é o segundo passo,ou degrau, ou etapa do método da
leitura orante. É a busca, pela ação do Espírito Santo, da Palavra viva de
Deus para nós hoje através do estudo de Lucas que acabamos de fazer. O
que Deus nos diz? Deixemos que a Palavra nos interpele pelo texto de
Lucas que acabamos de analisar.
3. Oração é nossa resposta à Palavra que ouvimos através de Lucas.
Estamos assustados com a Palavra? Temos grande alegria? Temos
esperança suscitada pela Palavra? Temos arrependimento por algo que não
temos realizado?
4. Contemplação é o quarto passo da leitura orante. O que
procuramos realizar depois de termos escutado a Palavra de Deus? Estamos
motivados para alguma ação? Estamos ainda indiferentes? Temos medo?
Este Jesus que ama Jerusalém te atrai ou sentes repulsa ou indiferença
por ele?
17. Jesus diz: “Não temas!” Lc 1,13.30; 5,1-11; 8,50; 12,32;
Leitura é estudo. Leiamos com atenção os textos indicados e
façamos muitas perguntas para que os possamos compreender. A pergunta
ao texto ajuda muito.
Como se vê, pelo menos cinco vezes aparece no evangelho de Lucas
um convite para que a pessoa ou povo não tenha temor. É diferente que
medo? É dirigida a Zacarias, a Maria, a Pedro, ao chefe de sinagoga Jairo,
ao pequeno rebanho. Isto pode ter algum significado? Sim. Este temor trata
da experiência que as pessoas fazem quando Deus intervém em suas vidas.
É uma experiência do ”totalmente novo” que intervém em suas vidas. Deus
é totalmente diferente de nós. Ele é ‘muito mais’ amoroso que nós, Ele é
‘muito mais’ generoso que nós, Ele é ‘muito mais’ alegre que nós. E “os
muito mais” poderíamos multiplicar e não seríamos capazes de encontrar
tudo.
Há gente que fala do santo temor de Deus. É o respeito pelo
diferente. Não é medo, pois Deus é um Pai amorosíssimo. Ele não é Deus
para amedrontar alguém. Aliás, Ele não precisa usar este recurso. Zacarias
recebeu vários sinais e conseguiu aceitar e se libertou da mudez. Maria
logo aceitou e se declarou escrava do Senhor. Pedro percebeu a distância
que havia entre ele e Jesus e declarou: “Afasta-te de mim, pecador!” Jairo
26
acolheu Jesus e se deparou com a inusitada novidade de sua filha viver. O
pequeno rebanho que acolheu a realidade do reino pode se defrontar com
muitas incompreensões até da parte dos que deveriam compreender o reino
de Deus e ainda não foram captados por ele.
Parece um convite cinco vezes repetido no evangelho de Lucas para
que o temor dos mistérios de Deus não nos impeça de prosseguir no
caminho de seu descobrimento cada vez maior. Não devemos parar à porta
e desistir de entrar na intimidade de Deus. Afinal, é para isto que existimos.
É hora de invocar o Espírito Santo para que Ele nos aponte Palavra
de Deus para nós hoje ao entrarmos no segundo passo:
2. Meditação é o segundo passo,ou degrau, ou etapa do método da
leitura orante. É a busca, pela ação do Espírito Santo, da Palavra viva de
Deus para nós hoje através do estudo de Lucas que acabamos de fazer. O
que Deus nos diz? Deixemos que a Palavra nos interpele pelo texto de
Lucas que acabamos de analisar.
3. Oração é nossa resposta à Palavra que ouvimos através de Lucas.
Estamos assustados com a Palavra? Temos grande alegria? Temos
esperança suscitada pela Palavra? Temos arrependimento por algo que não
temos realizado?
4. Contemplação é o quarto passo da leitura orante. O que
procuramos realizar depois de termos escutado a Palavra de Deus? Estamos
motivados para alguma ação? Estamos ainda indiferentes? Temos medo?
Este Jesus que diz: “Não temas!” te atrai ou sentes repulsa ou
indiferença por ele?
18. Jesus a caminho de Jerusalém Lc 9,51; 13,22; 17,11.
Leitura é estudo. Vamos perguntar ao texto o que ele nos quer
transmitir.
Jesus escolheu a cidade de Jerusalém como sua cidade. Tem grande
amor por ela. Chega a chorar sobre ela. É para lá que se dirige. É nesta
cidade que quer realizar coisas bonitas? Parece que sim. Mas não alimenta
ilusões. A cidade de Jerusalém, de cidade de Deus passou a ser cidade de
oposição a Jesus. Jesus sabe disso. Mas não desiste de seu projeto sobre a
cidade de Jerusalém. Jesus, um artesão rural galileu, adota Jerusalém
cidade judaica. Nós temos naturalmente dificuldade de entender toda a
extensão desta opção de Jesus que era conhecido como artesão de Nazaré,
que é um lugarejo na Galiléia. Seria bom se olhássemos o mapa e
trouxéssemos para dentro da nossa compreensão de Jesus a frase do
Natanael: “Pode vir coisa boa de Nazaré?” Pôr-se a caminho é um desafio
27
que Jesus realizou conscientemente. Lucas mostra Jesus dormindo ao
relento muitas vezes.
“Jerusalém, Jerusalém. Se soubesses...”
É hora de invocar o Espírito Santo para que Ele nos aponte Palavra
de Deus para nós hoje ao entrarmos no segundo passo:
2. Meditação é o segundo passo,ou degrau, ou etapa do método da
leitura orante. É a busca, pela ação do Espírito Santo, da Palavra viva de
Deus para nós hoje através do estudo de Lucas que acabamos de fazer. O
que Deus nos diz? Deixemos que a Palavra nos interpele pelo texto de
Lucas que acabamos de analisar.
3. Oração é nossa resposta à Palavra que ouvimos através de Lucas.
Estamos assustados com a Palavra? Temos grande alegria? Temos
esperança suscitada pela Palavra? Temos arrependimento por algo que não
temos realizado?
4. Contemplação é o quarto passo da leitura orante. O que
procuramos realizar depois de termos escutado a Palavra de Deus? Estamos
motivados para alguma ação? Estamos ainda indiferentes? Temos medo?
Este Jesus a caminho de Jerusalém te atrai ou sentes repulsa ou
indiferença por ele?
19. Jesus a serviço do Reino Lc 4,43; 8,9-10; 10,8; 16,16; 17,20-21
Leitura é estudo.
Vamos nos treinando em fazer perguntas ao texto. Fazer perguntas é
um segredo que precisamos conhecer profundamente.
Há ainda outros textos de Lucas que falam do Reino de Deus. Este
tema está frequentemente presente na boca de Jesus e, portanto, também
em seu coração. Também Lucas mostra um Jesus apaixonado pelo reino.
Para explicar o que entende por reino de Deus Jesus usa contar
historietas chamadas parábolas. Jesus lembra o que os antigos chamavam
de reino ideal. O rei que está à frente de seu exército para expulsar um
exército invasor e é o primeiro a morrer por amor ao povo era a expressão
melhor para Jesus falar do reino de Deus. Agora Deus intervém e ajuda a
mudar a história sofrida do povo sob poderes diversos, o império romano,
Herodes Antipas e ideologia religiosa das elites sacerdotais.
Lucas quer mostrar que Jesus é o divisor da história que ele procura
mostrar em três períodos distintos. Até João a Lei e os Profetas, isto é o
Antigo Testamento. Desde Jesus é proclamado o reino de Deus: este é
segundo momento da História. É o período da visita de Deus ao mundo. O
terceiro momento da História é a vida do povo seguidor do Crucificado.
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É hora de invocar o Espírito Santo para que Ele nos aponte Palavra
de Deus para nós hoje ao entrarmos no segundo passo:
2. Meditação é o segundo passo,ou degrau, ou etapa do método da
leitura orante. É a busca, pela ação do Espírito Santo, da Palavra viva de
Deus para nós hoje através do estudo de Lucas que acabamos de fazer. O
que Deus nos diz? Deixemos que a Palavra nos interpele pelo texto de
Lucas que acabamos de analisar.
3. Oração é nossa resposta à Palavra que ouvimos através de Lucas.
Estamos assustados com a Palavra? Temos grande alegria? Temos
esperança suscitada pela Palavra? Temos arrependimento por algo que não
temos realizado?
4. Contemplação é o quarto passo da leitura orante. O que
procuramos realizar depois de termos escutado a Palavra de Deus? Estamos
motivados para alguma ação? Estamos ainda indiferentes? Temos medo?
Este Jesus servidor do reino te atrai ou sentes repulsa ou indiferença
por ele?
20. As aptidões do discípulo de Jesus Lc 9,57-62
Leitura é estudo. Façamos muitas perguntas ao texto.
São três relatos de ensinamento sobre o discípulo. Um ensinamento
através de historieta que pode ter sido inventada para poder ensinar. Muitas
vezes acontece assim.
O primeiro relato traz a comparação da raposa e dos pássaros. São
animais irrequietos. Mas param. Eles tem toca ou ninho. O Filho do
Homem não tem onde parar. Não significa desapego ou pobreza. Significa
que o Filho do Homem se encontra diante de uma tarefa muito urgente que
ele precisa fazer. Jesus procura repassar esta consciência da urgência para
os seus discípulos. O verdadeiro discípulo de Jesus tem consciência da
urgência da tarefa de Jesus.
O segundo relato narra Jesus dizendo que mortos podem enterrar
mortos. Há, portanto, duas espécies de morto. Há morto que anda por aí. E
há morto que está no caixão. O que está no caixão precisa ser enterrado. E
o morto que anda por aí pode fazer esta tarefa. Quem é o morto que anda
por aí? É todo aquele que ainda não foi captado pelo reino de Deus. Quem
foi captado pelo reino está muito vivo e precisa se dedicar ao reino de Deus
para fazer acontecer vida para mais gente. É uma prioridade. Imagine o
poder do discípulo de Jesus: dar possibilidade para pessoas que estão por aí
como mortas para que comecem a viver!
O terceiro relato descreve alguém que está lavrando. Quem não
cuidar bem da lavração poderá fazer serviço mal feito. Sobretudo se
29
alguém fica olhando para trás vai estragar o serviço. Se alguém quer se
apresentar para fazer no Reino de Deus um serviço mal feito Jesus vai lhe
dizer que não é apto. Para ser apto não é necessário ter grandes instruções
mas compreender bem o que é o reino de Deus e se sentir apaixonado por
ele.
Portanto, Jesus pede dos discípulos que tenham consciência da
urgência da tarefa, saibam ter prioridades e tenham competência. Três
qualidades muito importantes. Nossa tarefa terá que partir de um coração
aberto, generoso, dócil ao Espírito e corajoso para empreender a caminhada
de discípulo de Cristo. Significativamente este texto se encontra logo no
início da grande inserção de Lucas (Lc 9,51 a 19,28). E esta inserção
começa com a firme resolução de Jesus de ir para Jerusalém. Poderíamos
também lembrar o que vem em seguida: a missão dos 72 discípulos. O
discípulo de Jesus está disposto a ser estraçalhado pelos lobos como seria o
cordeiro? Deverá ser como tropa ligeira que vai ao encontro rapidamente
onde houver algum problema para o povo. Já pensaram!: se nós cristãos
(padres, religiosos, lideranças e demais) estivéssemos “treinados” a correr
sem muitas coisas que nos atrapalhassem o caminho ao encontro do povo
tão cheio de problemas. Estaríamos logo lá onde há algum! Apesar de seus
riscos pessoais o discípulo é sempre alguém portador de paz.
É hora de invocar o Espírito Santo para que Ele nos aponte Palavra
de Deus para nós hoje ao entrarmos no segundo passo:
2. Meditação é o segundo passo,ou degrau, ou etapa do método da
leitura orante. É a busca, pela ação do Espírito Santo, da Palavra viva de
Deus para nós hoje através do estudo de Lucas que acabamos de fazer. O
que Deus nos diz? Deixemos que a Palavra nos interpele pelo texto de
Lucas que acabamos de analisar.
3. Oração é nossa resposta à Palavra que ouvimos através de Lucas.
Estamos assustados com a Palavra? Temos grande alegria? Temos
esperança suscitada pela Palavra? Temos arrependimento por algo que não
temos realizado?
4. Contemplação é o quarto passo da leitura orante. O que
procuramos realizar depois de termos escutado a Palavra de Deus? Estamos
motivados para alguma ação? Estamos ainda indiferentes? Temos medo?
Este Jesus dos discípulos te atrai ou sentes repulsa ou indiferença por
ele?
21. Jesus pergunta: de que lado você está? Lc 9,49-50
Leitura é estudo.
30
João, apóstolo, achou que tinha feito algo muito bom ao impedir
alguém expulsar demônios em nome de Jesus. A razão da proibição: não
estava seguindo Jesus. Não o seguia fisicamente, é verdade. Mas ‘seguia’
Jesus na confiança que esta pessoa demonstrava. Estar do lado de Jesus não
significa segui-lo fisicamente.
Seguir fisicamente, mas estar longe de Jesus é não estar do lado de Jesus.
Se alguém segue Jesus apenas exteriormente e não se deixa transformar
espiritualmente, interiormente, ainda não está do lado de Jesus. Começa a
estar do lado de Jesus quem constantemente se pergunta o que Jesus faria, o
que pensaria em determinada circunstância, acontecimento.
Ser discípulo é um longo processo que não acontece por um passe de
mágica. É preciso muito esforço. É preciso compreender e deixar-se atrair
pela pessoa de Jesus de Nazaré.
Pode acontecer que pessoas sigam um Jesus de sua imaginação. Este Jesus
da imaginação só existe na imaginação. O Jesus verdadeiro a gente tem que
ir descobrindo pela leitura muito atenta dos evangelhos como estamos
tentando fazer com este livreto sobre Lucas.
É hora de invocar o Espírito Santo para que Ele nos aponte Palavra
de Deus para nós hoje ao entrarmos no segundo passo:
2. Meditação é o segundo passo,ou degrau, ou etapa do método da
leitura orante. É a busca, pela ação do Espírito Santo, da Palavra viva de
Deus para nós hoje através do estudo de Lucas que acabamos de fazer. O
que Deus nos diz? Deixemos que a Palavra nos interpele pelo texto de
Lucas que acabamos de analisar.
3. Oração é nossa resposta à Palavra que ouvimos através de Lucas.
Estamos assustados com a Palavra? Temos grande alegria? Temos
esperança suscitada pela Palavra? Temos arrependimento por algo que não
temos realizado?
4. Contemplação é o quarto passo da leitura orante. O que
procuramos realizar depois de termos escutado a Palavra de Deus? Estamos
motivados para alguma ação? Estamos ainda indiferentes? Temos medo?
Este Jesus da clareza e transparência te atrai ou sentes repulsa ou
indiferença por ele?
22. Jesus em casa, em espaço de intimidade. Lc 7,36-50; 10,38-42; 11,37-52; 14,1- 24; 19, 1-10; (22,14-38)
Leitura é estudo.
Das cinco vezes que Jesus entra em casa, três vezes é em casa de
fariseu,e sempre para alguma refeição, uma vez em casa de publicano e
31
uma vez em casa de Marta e Maria. Uma vez com os discípulos na
celebração da páscoa judaica, embora aqui não use o vocábulo casa.
Em todas as ocasiões acontece um ensinamento. Nas três vezes em
casa de fariseu o ensinamento se desenvolveu em clima de conflito. Jesus
precisou de toda a sua força para se posicionar com clareza e propor os
ensinamentos. Na casa do publicano reconhece a salvação acontecendo. Na
casa de Marta e Maria mostra para mulheres o melhor caminho de vida que
é escutar a Palavra de Deus. Nas sinagogas as mulheres não tinham direito
de participação ativa. Jesus na casa de Marta e Maria reconhece este
direito. Na celebração da Páscoa, embora não use a palavra casa se poderá
reconhecer o mesmo ambiente de casa. Também ali acontecem
ensinamentos. Em todas as vezes as situações são especiais. Os fariseus
resistem muito à sua palavra e não aceitam o seu ensinamento. Na casa do
publicano a abertura de Zaqueu à palavra de Jesus é grande embora
houvesse da parte de todos os que o acompanhavam uma opinião de que
Jesus nãodeveria entrar ali. Visitar e dar atenção às mulheres é único neste
profeta de Nazaré. Nenhum outro mestre (rabino) faz ou fez isto. Elas são
protagonistas para Jesus.
Embora Jesus fosse sempre hóspede, ele tinha a missão de patriarca.
Era dele a palavra de vida e de força para que todos pudessem prosseguir
no caminho.
É hora de invocar o Espírito Santo para que Ele nos aponte Palavra
de Deus para nós hoje ao entrarmos no segundo passo:
2. Meditação é o segundo passo,ou degrau, ou etapa do método da
leitura orante. É a busca, pela ação do Espírito Santo, da Palavra viva de
Deus para nós hoje através do estudo de Lucas que acabamos de fazer. O
que Deus nos diz? Deixemos que a Palavra nos interpele pelo texto de
Lucas que acabamos de analisar.
3. Oração é nossa resposta à Palavra que ouvimos através de Lucas.
Estamos assustados com a Palavra? Temos grande alegria? Temos
esperança suscitada pela Palavra? Temos arrependimento por algo que não
temos realizado?
4. Contemplação é o quarto passo da leitura orante. O que
procuramos realizar depois de termos escutado a Palavra de Deus? Estamos
motivados para alguma ação? Estamos ainda indiferentes? Temos medo?
Este Jesus acolhedor te atrai ou sentes repulsa ou indiferença por ele?
23. O evangelho na moldura do templo de Jerusalém.
Lc 1,5; 24,53.
32
Leitura é estudo. Olhemos para os textos e procuremos
compreender a montagem que Lucas fez do seu evangelho. É necessária
observação atenta.
É uma moldura literária. Está no início e está no fim. Como uma
moldura. Observemos.
A primeira ação acontece no templo de Jerusalém (cf. Lc 1,5ss). A
última ação igualmente (cf. Lc 24,53). O templo torna-se no evangelho de
Lucas a moldura do evangelho. O que será que Lucas propõe para nós nesta
moldura? Será que ele quer dizer alguma coisa? Sabe-se que o templo é
sinal da presença de Deus. Onde eu reconheço a presença de Deus? Será
no sacrário? Ou será igualmente nas pessoas que eu encontro no dia a dia
da vida? Onde Jesus gostaria que eu reconhecesse a presença dele? As
pessoas, no dizer de Santo Irineu, são a glória de Deus. Elas já são a glória
de Deus para mim? Há dois modos de estar no templo. Um modo
puramente ritual e outro bendizendo e louvando a Deus. Como acontecem
meus modos de presença no nosso templo? Serão parecidos com os ritos de
Zacarias, muito obediente e justo, cujo coração não aprendeu a ter
confiança em Deus ou o modo destes homens, a maioria pescadores da
Galiléia, que já compreenderam a ação de Deus na história e O louvam e
bendizem?
O sacerdote Zacarias não pode dar a bênção porque ficou mudo. Jesus,
que não é da classe sacerdotal, mas dá a bênção como o sumo sacerdote
Simeão (cf Eclo 50). Porém esta bênção não acontece mais à frente do
templo de Jerusalém. Acontece até fora da cidade que já fora cidade de
Deus e que se tornou a cidadela da oposição a Deus. Também não se dá
após uma liturgia formal mas pelo dom da vida de Jesus na cruz.
Zacarias, embora observador fiel da Lei não era amigo e conhecedor
de Deus e até se tornou um oponente dele. Não pôde dar a bênção, isto é,
não pôde ser a extensão da graça de Deus para o povo que estava fora do
santuário esperando por ela. Jesus, amaldiçoado, morto como criminoso e
subversivo, se tornou um veículo da graça de Deus.
As nossas celebrações (missas, batismos, casamentos, confissões,
bênçãos, etc) são pelo nosso próprio modo de ser amigos de Deus
celebrações que transmitem graça e bênção? Zacarias ficou mudo. Quantas
e quais situações da vida que nos encontra mudos? Não sabemos o que
dizer. Ou nossa palavra é uma palavra sem ressonâncias. Muito formal,
sem vida? Quais serão as causas da mudez. Há mudez física. Mas há
também mudez psicológica. Há mudez por causas políticas. Há mudez por
causa espiritual. Esta última mudez não deveríamos ter. É a mudez que
manipulou Deus dentro de seus esquemas. Não é o Deus da revelação.
Quantas vezes me encontro rejeitando a novidade de Deus? Se Deus não é
mais constante novidade para mim então cuidado! Jesus, pelo contrário, é
aquele que abençoa. Jesus é aquele que decidiu seguir os projetos de Deus.
33
Embora não tivesse a mesma vontade de Deus na hora mais complicada:
“Pai, se queres, afasta de mim este cálice; contudo não se faça minha
vontade mas a tua!”(Lc 22,42). A vontade de Deus é salvadora e se
manifesta na cruz. Lucas entendeu que o verdadeiro discípulo é aquele que
toma a sua cruz (a vontade salvadora de Deus se manifesta pelo sofrimento
de toda ordem cada dia (Lc 9,23). Enquanto nossa vontade não estiver
ancorada no Deus vivo e verdadeiro, manifestado em Jesus de Nazaré ainda
estaremos sujeitos à mudez e não conheceremos a salvação de Deus que
vem através do sofrimento,sobretudo o sofrimento de purificação. E não há
como escapar deste!
É hora de invocar o Espírito Santo para que Ele nos aponte Palavra
de Deus para nós hoje ao entrarmos no segundo passo:
2. Meditação é o segundo passo,ou degrau, ou etapa do método da
leitura orante. É a busca, pela ação do Espírito Santo, da Palavra viva de
Deus para nós hoje através do estudo de Lucas que acabamos de fazer. O
que Deus nos diz? Deixemos que a Palavra nos interpele pelo texto de
Lucas que acabamos de analisar.
3. Oração é nossa resposta à Palavra que ouvimos através de Lucas.
Estamos assustados com a Palavra? Temos grande alegria? Temos
esperança suscitada pela Palavra? Temos arrependimento por algo que não
temos realizado?
4. Contemplação é o quarto passo da leitura orante. O que
procuramos realizar depois de termos escutado a Palavra de Deus? Estamos
motivados para alguma ação? Estamos ainda indiferentes? Temos medo?
Este Jesus ligado ao templo te atrai ou sentes repulsa ou indiferença
por ele?
24. Jesus evangelista. Lc 4,16-30; 24,13-35
Leitura é estudo.
Dois relatos complementares: Jesus em Nazaré e Jesus com os
discípulos de Emaús. Em Nazaré ele diz: Hoje se cumpriu aos vossos
ouvidos essa passagem da Escritura (Lc 4,21). Mas à medida das palavras
de clareza de objetivos de Jesus foram se posicionando contra Jesus. Este
mostrava claramente que não retornara a Nazaré para aí estabelecer sua
morada. Estava de passagem por sua terra. As esperanças para Nazaré
progredir com este filho que migrara para outro lugar (Cafarnaum) e agora
voltara, se frustraram. Esta volta é de poucos dias, é curta! Não é possível
planejar o progresso material contando com a presença de Jesus. Este tem
outros projetos. Porque Lucas escreveu esta passagem? Certamente havia
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muitos evangelistas que se sentiam fracassados e não queriam sair de sua
terra.
Com os discípulos de Emaús foi diferente (Lc 24,13-35). Jesus
acompanha os discípulos decepcionados (talvez um casal) que voltam para
casa, carregados de frustração. No caminho Jesus faz sair de dentro deles a
frustração e faz uma releitura das escrituras. Esta releitura aquece
novamente o coração dos discípulos com um sentido de vida tão forte que
voltam à noite de Emaús para Jerusalém anunciando a notícia de Jesus
vivo. Eles novamente são capazes de abandonar a casa e ir ao encontro da
comunidade.
Emaús, segundo alguns, distante de Jerusalém uns 12 quilômetros
seria um lugar a noroeste de Jerusalém. O fato é que de noite os dois
discípulos voltam, no escuro caminhando agora mais do que duas horas
para chegar a Jerusalém e encontrar os discípulos depois da meia noite.
Nós, cristãos do século XXI, precisamos ser acordados pelo próprio
Jesus que vem ao nosso encontro com chaves de leitura como ele fez com
os discípulos, o casal de Emaús. Nós todos vamos começar a sonhar em
uma missão muito forte para os cristãos católicos cuja fé parece estar
adormecida.
É hora de invocar o Espírito Santo para que Ele nos aponte Palavra
de Deus para nós hoje ao entrarmos no segundo passo:
2. Meditação é o segundo passo,ou degrau, ou etapa do método da
leitura orante. É a busca, pela ação do Espírito Santo, da Palavra viva de
Deus para nós hoje através do estudo de Lucas que acabamos de fazer. O
que Deus nos diz? Deixemos que a Palavra nos interpele pelo texto de
Lucas que acabamos de analisar.
3. Oração é nossa resposta à Palavra que ouvimos através de Lucas.
Estamos assustados com a Palavra? Temos grande alegria? Temos
esperança suscitada pela Palavra? Temos arrependimento por algo que não
temos realizado?
4. Contemplação é o quarto passo da leitura orante. O que
procuramos realizar depois de termos escutado a Palavra de Deus? Estamos
motivados para alguma ação? Estamos ainda indiferentes? Temos medo?
Este Jesus evangelista te atrai ou sentes repulsa ou indiferença por ele?