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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL APROVADA NOTA: 8,5 INCLUSÃO DAS CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN NO ENSINO REGULAR JOANIR DE ABREU [email protected] Orientador: Prof. Ilso Fernandes do Carmo ARIPUANÃ/2014

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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL

APROVADA

NOTA: 8,5

INCLUSÃO DAS CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN NO ENSINO REGULAR

JOANIR DE ABREU

[email protected]

Orientador: Prof. Ilso Fernandes do Carmo

ARIPUANÃ/2014

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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL

INCLUSÃO DAS CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN NO ENSINO REGULAR

JOANIR DE ABREU

Orientador: Prof. Ilso Fernandes do Carmo

“Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Especialização em Educação Especial.”

ARIPUANÃ/2014

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AGRADECIMENTOS

À minha família, em especial, ao meu esposo pela

sua presença amorosa em minha vida e o incentivo

constante, e os meus dois filhos que são as razões

da minha luta.

A todos os professores que me auxiliaram nesse

caminho longo que percorri e aos meus colegas que

estiveram comigo e participaram da minha

construção de conhecimento, trocando de

experiências e compartilhando novas ideias.

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RESUMO

A Síndrome de Down é uma alteração genética e atualmente se tornou uma

das síndromes mais conhecidas e divulgadas. Mas apesar dos avanços da

medicina, a sociedade brasileira ainda tem algum tipo preconceito em aceitar essa

alteração, que simplesmente causa algumas limitações em seus portadores, porem

se estimula-las acabam tendo uma qualidade de vida melhor.

Atualmente a maioria das crianças com síndrome de Down estão sendo

inclusas no ensino regular, atendendo o que prevê a Constituição Federal (1988)

que assegura esse direito aos alunos com Necessidades Educacionais Especiais no

ensino regular. Atendendo o que garante a lei o Centro de Educação Infantil

Albertina Felício dos Santos, iniciou esse trabalho voltado a inclusão desses alunos .

Tendo como princípio fazer uma inclusão de qualidade e estar proporcionando a

oportunidades para que eles se tornem cidadãos dependes e que sejam capazes de

terem sua emancipação social.

Baseado nesse princípio a instituição vem aos poucos capacitando seus

profissionais em suas formações continuadas. E com isso surgiu à curiosidade e o

interesse para conhecer e aprofundar mais os conhecimentos do que seria

realmente essa alteração genética. Para isso procurou-se fazer uma pesquisa

bibliográfica, para se uma base teórica concreta e também se realizou uma de

campo envolvendo os personagens envolvidos no desenvolvimento dessa criança ,

para assim, conhecer a realidade de vida da mesma.

A pesquisa de campo foi realizada por meio de observações e entrevistas

semiestruturadas e abertas, para perceber como é a rotina diária da criança e

como os profissionais estão se adequando a essa nova clientela que requer mais

atenção e dedicação. Já que, para haver uma inclusão que comtemple a

emancipação social dos alunos com Necessidades Educacionais Especiais e

necessário conhecer a realidade vivida por elas.

Palavras-chave: Síndrome de Down, inclusão, educação infantil.

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LISTA DE SIGLAS

APAE – Associação de Pais e Amigos do Excepcional

S.D. – Síndrome de Down

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SUMÁRIO

Introdução...................................................................................................................06

1 Síndrome de Down ...............................................................................................10

1.1 Breve histórico da Síndrome Down......................................................................10

1.2 Características Principais Da Criança Com Down...............................................11

2. A importância da família das crianças com Síndrome Down .........................13

2.1Família e a criança com Síndrome Down..............................................................13

2.2 Estimulação precoce da criança com Síndrome Down........................................16

3. Aprendizagem da criança com Síndrome Down ..............................................20

3.1 Aprendizagem e desenvolvimentos dessas crianças...........................................20

3.2 A importância do brincar no desenvolvimento da criança com S.D.....................21

4. Inclusão da criança com Síndrome Down.........................................................24

4.1Inclusão no Ensino Regular...................................................................................24

4.2 A inclusão da criança com S.D no ambiente escolar ..........................................26

5. Análise de Resultados.........................................................................................30

5.1 Análise e observaçaõ realizada no CEI Albertina Felicio dos Santos ................30

5.1.2 Analise da entrevista com a direção do CEI Albertina Felicio dos Santos........30

5.1.3 Analise da entrevista com professora do CEI Albertina Felicio dos Santos.....31

5.1.4 Analise da entrevista realizada com a mãe do aluno com S.D .......................32

Considerações Finais ...............................................................................................33

Referencia Bibliográfica..............................................................................................34

Anexos........................................................................................................................36

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INTRODUÇÃO

Em 1866, a síndrome de Down foi descrita pelo médico inglês John Langdon

Down, e somente em 1959, Jerôme Lejeune descobriu que a causa da síndrome era

genética. E a cada dia novos estudos surgem com propostas inovadoras sobre o

assunto.

No entanto, por muitos anos a criança Down era considerada como a

retardada e incapaz, existiam pessoas consideravam como mostro e filho do

demônio .

SCHWARTZNAN, afirma que:

Na cultura grega, especialmente na espartana, os indivíduos com deficiências não eram tolerados. A filosofia grega justificava tais atos cometidos contra os deficientes postulando que estas criaturas não eram humanas, mas um tipo de monstro pertencente a outras espécies. (...) Na Idade Média, os portadores de deficiências foram considerados como produto da união entre uma mulher e o Demônio. (1999, p. 3-4).

Mas Infelizmente, com os avanços da sociedade, ainda podemos encontrar

alguns conceitos maldosos sobre o Down, chegando a ser confundido com

deficiente mental. Não negamos que eles apresentam algumas limitações e até

mesmo precise de condições especiais para aprendizagem, mais enfatizamos, que

estes através de estimulações adequadas podem se desenvolver.

(SCHWARTZMAN. 1999).

No intuito de demonstrar que as crianças trissomia 21 são capazes de

conviver, aprender e socializar com outras crianças ditas “normais”, que o presente

estudo pretende-se elucidar o processo de inclusão do aluno com Síndrome de

Down, no ensino regular.

Com base no que foi exposto, propõe-se neste trabalho, verificar como está

acontecendo a inclusão das crianças com síndrome Down no centro de Educação

Infantil Albertina Felício dos santos, pois a criança deve ser analisada em sua

totalidade.

Tendo como objetivo geral a análise da forma como ocorre o processo de

inclusão e interação dos alunos com síndrome Down e, se estão integrados

socialmente no contexto escolar. Serão investigados problemas enfrentam por esse

profissional e como lida com o despreparo para atender essa clientela que necessita

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de conhecimento maior do professor. E como a instituição auxilia a família e

profissional nesse processo. Analisará a postura dos pais enfrente da inclusão de

seus filhos no ensino regular.

Para a pesquisa, foi realizado um estudo bibliográfico sobre Inclusão e

interação da criança com síndrome down na educação infantil. Após o recorte

literário partimos para a pesquisa de campo. Como instrumento, foi elaborado um

questionário escrito e aberto, após a coleta desses dados, foi realizada a análise do

mesmo, com base nos três seguimentos: professor, diretor/ coordenador e pais em

relação ao assunto abordado.

Essa pesquisa está dívida em cinco capítulos, onde o primeiro expõe o

histórico da Síndrome de Down, no segundo tratará da criança com trissomia 21 e

seu o convívio familiar e social,no terceiro apresenta o desenvolvimento cognitivo

e aprendizagem das mesmas, aponta também a importância do brincar no

desenvolvimento dessas crianças, bem como o desenvolvimento da linguagem para

que seja um meio facilitador da aprendizagem e no quarto mostra o paralelo entre a

educação do ensino regular comum e o ensino regular especial e a inclusão do

aluno com S.D. no ensino regular comum. Para finalizar o estudo, foi feita a análise

dos resultados que mostra os dados coletados no decorrer da execução desta

pesquisa, onde foi realizadas entrevistas com a direção escolar, a professora e a

mãe do aluno incluído.

TEMA: Educação Especial

DELIMITAÇÃO DO TEMA:

Inclusão das crianças com Síndrome de Down no ensino regular.

JUSTIFICATIVA

A educação inclusiva visa inserir as crianças com necessidades

educacionais especiais no ensino regular. E por isso será verificado se essa

inserção está contribuindo de maneira adequada para o desenvolvimento dessas

crianças.

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Já que, escola é um lugar de mudanças, portanto a inclusão de alunos com

Síndrome de Down pode ser um começo para novas transformações. Por isso, a

inclusão faz parte de um grande movimento pela melhoria do ensino. Tendo visto

essas melhorias, buscará- se analisar e observar como está ocorrendo à inclusão

dessa criança no ensino regular. Verificar-se-á como está sendo trabalhada a

socialização com essa criança e o que escola está proporcionando para que ocorra

uma aprendizagem igualitária.

FORMULAÇÃO DO PROBLEMA:

• O que a instituição está fazendo para receber a criança com Síndrome de

Down?

• Como está ocorrendo à socialização da criança com Síndrome de Down com

demais colegas?

• Qual é a preparação do professor para atender essa criança?

CONSTRUÇÃO DE HIPÓTESE:

• A comunidade escolar consegue perceber que para acontecer à inclusão da

criança com Síndrome de Down, necessita da colaboração de todos os

envolvidos no processo de ensino e aprendizagem.

• Será que a inclusão está acontecendo de maneira efetiva na escola ensino

regular.

DELIMITAÇÃO DA PESQUISA:

A pesquisa será realizada entre junho e dezembro de 2012. No Centro de

Educação Infantil Albertina Felício dos Santos.

OBJETIVO GERAL:

Verificar como a criança com Síndrome de Down está sendo aceita em sala

de aula e como é seu aprendizado.

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Conhecer o trabalho desenvolvido com essa criança.

• Investigar como está ocorrendo sua socialização.

• Verificar se o professor encontra-se preparado tanto emocionalmente, como

embasado em subsídios teóricos e práticos para auxiliar na aprendizagem

dessa criança.

METODOLOGIA

Para a conclusão dessa pesquisa será realizada levantamento bibliográfico

com pesquisa documental e bibliográfica, como também uma pesquisa de campo,

que observará a sala de aula que tem o aluno com síndrome Down e o Centro de

Educação Infantil Albertina Felício dos Santos para verificar se realmente está

acontecendo à socialização com essa criança. Realizar-se-á entrevistas com a

diretora, a professora e a mãe do aluno com Down.

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CAPÍTULO I

SÍNDROME DE DOWN

1.1 BREVE HISTÓRICO DA SÍNDROME DE DOWN

A Síndrome de Down pode acometer qualquer pessoa independente da

raça, etnia, credo ou religião. O risco de ter uma criança com trissomia 21 aumenta

com a idade materna. Por exemplo, se a mãe tem 30 anos o risco é de 1 em 1.000,

se ela tiver 40 anos, o risco é de 9 em 1.000. Na população em geral, a frequência

da síndrome de down é de 1 para cada 650 a 1.000 recém-nascido vivos e cerca de

85% dos casos ocorre em mães com menos de 35 anos de idade. (BIO, 2009).

WERNECK (1995, p. 58), ressalta que, a história da síndrome de Down no

mundo começa no por volta do século XIX. Nesse período, os deficientes mentais

eram vistos como um único grupo homogêneo, sendo todos tratados e medicados

identicamente, sem analisar as causas da deficiência.

Mas com passar dos anos, pesquisadores conseguiram fazer alguns

apontamentos sobre essa síndrome. E conseguiram descrever algumas das

características presentes em pessoas com Síndrome de Down. Entretanto, A

primeira descrição de uma criança com Síndrome de Down, foi dada por Jean

Esquirol em 1838. Porém, seu reconhecimento como uma manifestação clínica, foi

descrito por John Langdon Down, no ano de 1866, onde descreveu algumas dessas

características, conforme pontua PUESCHEL:

O cabelo não é preto, como é o cabelo de um verdadeiro mongol, mas é de cor castanha, liso e escasso. O rosto é achatado e largo. Os olhos posicionados em linha oblíqua. O nariz é pequeno. Estas crianças têm um poder considerável para a imitação. (PUESCHEL, 1998, p.48)

No entanto, devemos ressaltar que apesar descrição sobre essa alteração

genética é necessário haver um diagnóstico completo, sendo que esses sinais

podem estar presentes em pessoas ditas “normais”.

De acordo MILANI (2004), na década de 30, alguns médicos suspeitavam

que a síndrome pudesse ser o resultado de um problema cromossômico. Porém,

não tinha como comprovar a teoria. Isso só foi possível em 1956, quando os

métodos laboratoriais se tornaram acessíveis. Levando os cientistas a descobrirem

que, havia 46 cromossomos, em cada célula humana normal. Segundo

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SCHWARTZMAN (1999), foi e m 1959, o pediatra francês Jérome Lejeune constatou

que crianças com a síndrome possuíam três cópias do cromossomo 21, em vez de

duas.

A síndrome de Down, portanto, é “uma cromossomopatia, ou seja, uma

doença cujo quadro clínico global é explicado por um desequilíbrio na constituição

cromossômica (no caso, a presença de um cromossomo 21 extra), caracterizando,

assim, uma trissomia simples” (BRUNONI, 1999, p. 32). Esta síndrome também

pode ser caracterizada por uma translocação ou um mosaico (SCHWARTZMAN,

1999). Na translocação, o cromossomo 21 adicional está fundido a um outro

autossomo; a mais comum é aquela existente entre os cromossomos 14 e 21.

TRISTÃO e FEITOSA (1998) pontuam que, o quadro apresentado por essas

crianças pode ser mais complexo, uma vez que associado ao atraso no

desenvolvimento da linguagem, encontra-se também uma “... instabilidade na

produção vocal, organização gramatical pobre, fala funcional quando adquirida na

maioria dos casos” (TRISTÃO e FEITOSA, 1998, p.135). Mas, segundo estas

autoras, alguns indivíduos podem atingir altos níveis de linguagem. De acordo com

SCHWARTZMAN (1999), apesar destas dificuldades, “... a maioria dos indivíduos

faz uso funcional da linguagem e compreende as regras utilizadas nas

conversações” (p. 62).

ALVES diz que, “[...], a Síndrome de Down é classificada como uma

deficiência mental, a qual não pode preestabelecer o limite do indivíduo, mas existe

a grande possibilidade de desenvolvimento cognitivo”. (2007, p.38). O

desenvolvimento de uma criança com S.D poderia ser melhor se sua inserção no

contexto sociocultural fosse mais adequada. Para isso a família desempenha um

papel fundamental. Já que, nela que se constitui o primeiro universo de relações

sociais da criança, proporcionando um ambiente de crescimento e desenvolvimento

adequado e saudável.

1.2 CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DA CRIANÇA DOWN

A síndrome de Down é uma alteração genética ocorrida durante ou

imediatamente após a concepção. Sua caracterização se da pela presença a mais

do autossomo 21, sendo chamada de trissomia simples. E essa alteração que

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acompanha a síndrome leva “... à deficiência mental moderada ou leve, acrescida de

vários problemas de audição, formação do esqueleto e de coração" (KIRK &

GALLAGUER, 2002, p. 129).

Segundo SCHWARTZAN (1999), a Síndrome de Down é marcada por

muitas alterações associadas, que são observados em muitos casos. As principais

alterações orgânicas, que acompanham a síndrome são: cardiopatias prega palmar

única, baixa estatura, atresia duodenal, comprimento reduzido do fêmur e úmero,

bexiga pequena e hiperecongenica, ventriculomegalia cerebral, hidronefrose e

dismorfismo da face e ombros.

Outras alterações como braquicefalia, fissuras palpebrais, hipoplasia da

região mediana da face, diâmetro fronto-occipital reduzido, pescoço curto, língua

protusa e hipotônica e distância aumentada entre o primeiro, o segundo dedo dos

pés, crânio achatado, mais largo e comprido; narinas normalmente arrebitadas por

falta de desenvolvimentos dos ossos nasais; quinto dedo da mão muito curto

curvado para dentro e formado com apenas uma articulação; mãos curtas; ouvido

simplificado; lóbulo auricular aderente e coração anormal. (SCHWARTZMAN,1999).

Conforme alguns autores como, ALVES-MAZZOTTI (1994); SILVA e

KLEINHANS (2006); VOIVODIC (2008), esse atraso no desenvolvimento motor,

consequência da hipotonia muscular, vai interferir no desenvolvimento de certas

habilidades, mas não significa que as crianças com síndrome de Down não de

desenvolverão seu físico e cógnito, se trata, de reconhecer os limites e

possibilidades durante o desenvolvimento. Quando antes iniciada o processo de

estimulação, esta hipotonia poderá desaparecer e a interação com o mundo se

tornará mais eficiente. (CARDOSO, 2003).

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CAPÍTULO II

A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA DAS CRIANÇAS COM SINDROME DOWN

2.1 A FAMÍLIA E A CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN

Sabemos que a família é base, sustenta, e que fortalece as estruturas de

qualquer criança e por isso tem um papel muito importante na vida delas.

Durante a gravidez a família idealiza um filho perfeito, imagina diversas situações

futuras. E quando são informados que seu filhos não serão como imaginavam ,o

sentimento gerado é de uma frustação muito grande, uma vez que, essa síndrome

ainda não existe um tratamento específico. AMARAL pontua que:

Os sentimentos gerados pela ocorrência de uma criança com deficiência oscilam entre polaridade muito forte: amor e ódio, alegria e sofrimento; uma vez que as reações concomitantes oscilam entre aceitação e rejeição, euforia e depressão – para citar o que ocorre com mais frequência. (1995 p. 73).

No entanto, cada família tem uma reação, ao receber a criança a noticia que

seu filho tem Síndrome, muitas conseguem superar as dificuldades e as crises, e

outras não. VOIVODIC diz que,

Segundo alguns autores, existe um processo de luto adjacente, pela morte

das expectativas do filho imaginado, quando do nascimento de uma criança disfuncional, que envolve quatro fases. Na primeira fase, há um entorpecimento com o choque e descrença. Na segunda, aparece ansiedade e protesto, com manifestação de emoções fortes e desejo de recuperar a pessoa perdida. A terceira fase caracteriza-se pela desesperança com o reconhecimento da imutabilidade da perda. E finalmente a quarta fase traz uma recuperação, com gradativa aceitação da mudança. (2008, p.51)

Praticamente todas as famílias superam essa situação e procuram melhorar

as condições de vida de seu novo membro. Segundo CASARIN (1999), as famílias

diferem em sua reação diante do nascimento da criança com SD. Algumas passam

por um período de crise aguda, recuperando-se gradativamente. Outras têm mais

dificuldade e desenvolvem uma tristeza crônica.

Mas alguns permanecem em estado de luto. E por haver essa reação dos

pais em relação ao luto, organizou-se essa fase em cinco estágios segundo

DROTAR e COLABORADORES, (1975) e GATH (1985), apud CASARIN (1999):

1º Reação de choque. As primeiras imagens que os pais formam da criança são

baseadas nos significados anteriormente atribuídos à deficiência.

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2º Negação da síndrome. Os pais tentam acreditar num possível erro de diagnóstico,

associando traços da síndrome a traços familiares. Essa fase pode ajudar no

primeiro momento, levando os pais a tratar a criança de forma mais natural, mas

quando se prolonga, compromete o relacionamento com a criança real.

3º Reação emocional intensa. Nessa fase, a certeza do diagnóstico gera emoções e

sentimentos diversos: tristeza pela perda do bebê imaginado, raiva, ansiedade,

insegurança pelo desconhecido, impotência diante de uma situação insustentável.

4º Redução da ansiedade e da insegurança. As reações do bebê ajudam a

compreender melhor a situação, já que ele não é tão estranho e diferente quanto os

pais pensavam no início. Começa a existir uma possibilidade de ligação afetiva.

5º Reorganização da família com a inclusão da criança portadora de SD. Para

conseguirem reorganizar-se, os pais devem ressignificar à deficiência e encontrar

algumas respostas para suas dúvidas.

De acordo com PIANTINO; TUNES,

O nascimento de uma criança com Down não se pode ser visto como uma tragédia. Ao contrário, deve ser sentido com amor e agradecimento. Pessoas especiais são dadas apenas para pessoas especialmente capazes. [...]. (2001, p. 4).

Independentemente de ter deficiência ou não, em todas as etapas da vida de

uma criança é preciso ter laços afetivos da família, para ela se sentir acolhida,

amada e importante dentro do ambiente em que vive.

E essas famílias “especialmente capazes” devem ter sua sensibilidade

voltada a crianças devendo estimulas ao máximo para que possa se desenvolver

mental e motoramente. Encontrando formas diferentes para melhorar o

desenvolvimento seus filhos. VOIVODIC pontua que:

famílias que conseguem manter a ligação afetiva, estreita e positiva com a criança favorecem a aprendizagem, proporcionando condições de desenvolvimento e segurança para sua independência e autonomia. (2008, p.54).

A qualidade da interação pais-filhos produz efeitos importantes no

desenvolvimento das áreas cognitivas, linguísticas e socioemocionais da criança

com síndrome Down. Segundo RODRIGO & PALÁCIOS (1998), essa qualidade de

interação está mais claramente relacionada com o desenvolvimento da criança nos

primeiros anos do que as próprias características das crianças.

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Quando a família supera a sua decepção, passam a levar uma vida nova, e

reagindo frente aos obstáculos encontrados. Tornando-se a grande responsável pelo

desenvolvimento da criança, melhorando a qualidade de vida de seus filhos.

VOIVODIC (2008) comenta que as famílias que conseguem manter a ligação afetiva,

estreita e positiva com a criança favorecem a aprendizagem, proporcionando

condições de desenvolvimento e segurança para sua independência e autonomia.

Núcleo familiar devem ser os primeiros a romper as barreiras do preconceito,

para que, ao inserir a criança na comunidade possa auxiliá-los a romper esse

paradigmas, e levará assim à sociedade a se adequar às suas necessidades.

"A criança com S.D precisa de uma convivência saudável com seu grupo familiar,

pois só assim se desenvolverá e não se sentirá rejeitado", de acordo com

VOIVODIC, (2008, p.48).

Sendo assim, direta ou indiretamente, a família é a responsável pelo

desenvolvimento completo da criança, visto que é a interação da família com a

criança S.D. que irá desenvolvê-la principalmente nas áreas cognitivas, linguísticos e

sócios emocionais. As famílias ainda não se deram conta dessa responsabilidade,

até porque o desenvolvimento da criança com deficiência é diferente, requer mais

cuidados e atenção, e a família por sua vez enfrentará novos desafios.

De acordo com WERNECK (1995), se os pais lidam com o filho que tem

síndrome de Down com naturalidade, todos também o farão. Nada de tratá-lo como

se fosse muito fraco ou indefeso, fazendo exigências ou restrições especiais aos

outros irmãos em relação a ele. A família precisa ser a primeira a romper as

barreiras do preconceito, para que a comunidade possa aceitá-lo, e assim a

sociedade por sua vez além de aceitar irá se adequar às suas necessidades.

WERNECK diz ainda que, ”para as crianças é bem mais fácil lidar com o irmãozinho

que só parece ser um pouco diferente do que imaginavam.” (1995, p.122).

O desenvolvimento das crianças com deficiência mental não depende só do

grau em que são afetadas intelectualmente, pois numa visão mais sistêmicas

consideram-se vários fatores que interferem no desenvolvimento dos quais o

principal é o ambiente familiar. (Apud RODRIGO & PALÁCIOS, 1998).

A criança se desenvolverá de acordo com o meio em que vive, e cabe à

família estimulá-la, dar atenção, carinho, educar, e acima de tudo vê-la como um

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importante membro da família. A família deve ser orientada e motivada a colaborar e

participar do programa educacional, promovendo desta forma uma interação maior

com a criança. Também é fundamental que a família incentive a pratica de tudo que

a criança assimila.

De acordo com WERNECK (1995), toda criança, com ou sem retardo

mental, precisa de estímulos para aprender a se arrastar, engatinhar, sentar, andar,

falar. Só que os adultos, apesar de intuitivamente trabalharem nesse sentido, não se

dão conta do que fazem. A cada brincadeira nova, a cada ida ao circo ou parquinho

de diversões, a cada música que cantamos, a cada passeio, a cada atividade na

hora do banho ou durante a refeição, estamos estimulando-as e é de

responsabilidade da família, e das pessoas que estão próximas à criança, é notório

que a criança Down que não recebe uma estimulação adequada tem sua vida adulta

prejudicada.

Visto que se trata de uma sequência, a criança que não aprendeu a se

arrastar, não irá engatinhar de forma adequada, assim como não sentará e nem

andará corretamente. Uma criança que vive em um ambiente onde todos conversam

com ela, canta para ela, e que a estimule a balbuciar nos primeiros meses de vida,

com certeza esta terá maiores chances de desenvolver a fala nos primeiros anos de

vida.

2.2 ESTIMULAÇÃO PRECOCE DA CRIANÇA COM SÍNDROME DA DOWN

Segundo o MEC/UNESCO, Estimulação precoce é um

conjunto dinâmico de atividades e de recursos humanos e ambientais incentivadores que são destinados a propiciar à criança, nos seus primeiros anos de vida, experiências significativas para alcançar pleno desenvolvimento no seu processo evolutivo (1995, p.11).

A estimulação deve acontecer já nos primeiros dias de vida, visto que, esta é

a fase crucial para o desenvolvimento cerebral e motor. A estimulação é de

responsabilidade da família, e das pessoas que estão próximas à criança, e a

pessoa com Down que não recebe uma estimulação adequada tem sua vida adulta

prejudicada. Para VOIVODIC, “torna-se importante, desde os primeiros anos de vida

da criança com S.D, a estimulação que leve em conta seus diferentes modos e

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ritmos de aprendizagem, em função de suas necessidades especiais.” (2008, p. 46).

O trabalho da estimulação precoce deve ser estruturado de forma a prestar

atendimento sistemático à criança e à sua família. (BRANDÃO, 1991). Deve ser

realizado em duas sessões semanais, podendo iniciar com vinte minutos e chegar a

trinta ou quarenta minutos para crianças de até dois anos, quando atendida

individualmente, e de uma hora e quarenta minutos, se em grupo. Para crianças

acima de dois anos, o tempo poderá ser ampliado gradativamente, chegando a

quatro horas diárias. Nesse caso, o profissional deve alternar o conteúdo das

atividades, nas áreas do desenvolvimento global do ser humano, conforme a

categoria de defasagem da criança. Os grupos são constituídos com base na idade

de desenvolvimento, ou de acordo com a idade cronológica, respeitando-se as

características individuais da criança (MEC/UNESCO, 1995).

De acordo com VYGOTSKY (1988), desde o início do desenvolvimento da

criança, suas atividades adquirem um significado próprio dentro do contexto social

em que vive. Enfatiza a importância dos processos de aprendizado, que, segundo

ele, desde o nascimento, estão relacionados ao desenvolvimento da criança. O

desenvolvimento, em parte, é definido pelo processo de maturação do organismo,

mas é o aprendizado que possibilita o despertar de processos internos de

desenvolvimento, que ocorrem no contato direto do indivíduo com o ambiente que o

cerca.

As crianças com essa alteração levam mais tempo que as outras para

responder aos estímulos que lhe são oferecidos, por isso é necessário que elas

sejam estimuladas todos os dias, e mais vezes, porém é preciso ressaltar que estas

crianças precisam de acompanhamento especializado. Pois os exercícios que dão

certo para um bebê poderá não dar certo para o outro. Segundo BOWLBY (1997), a

ajuda especializada aos pais nos primeiros anos de vida de uma criança pode ser

extremamente importante para auxiliá-los a desenvolver as relações afetivas e

compreensivas que quase todos desejam com o bebê. A ajuda aos pais, quando

qualificada e oportuna, poderá ter efeito significativo se for realizada nos primeiros

anos de vida da criança, período crítico de seu desenvolvimento.

BERGER (1993), apud RODRIGO & PALÁCIOS (1998), propõe algumas

considerações sobre a função do profissional na mediação da família na tarefa de

educar seus filhos com atraso no desenvolvimento:

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• Ajudar a enfrentar a educação da criança depois de superado o choque inicial,

harmonizando as preferências e estilos educativos dos pais com um nível ótimo de

interação familiar.

• Motivar os pais a propiciar estimulação sensorial, motora e comunicativa precoce.

Isso é benéfico não só para a criança, mas também para os pais, porque é uma das

primeiras experiências de interação e pode ajudar a vencer suas incertezas e

inibições. Nessa interação é preciso tomar cuidado para que os pais não abusem de

reforços externos para estimular a criança, tornando-a dependente deles, nem usem

estimulação contínua, que atrapalha a interação natural.

• Ensinar aos pais a adotar uma atitude mais relaxada e recíproca. É necessário que

a diretividade que caracteriza a interação seja acompanhada de maior sensibilidade

e sincronização com as necessidades da criança. Por outro lado, é preciso que

modifiquem suas estratégias conforme a criança evolui. Os profissionais devem

ajudar a estabelecer interações positivas que sejam desfrutadas tanto pelos pais

quanto pelas crianças, para evitar que se convertam em situações de aprendizagem

estressantes e pouco agradáveis.

• Proporcionar boas orientações aos pais com respeito à interação com a criança;

para tanto, é necessário conhecer as crenças dos pais sobre seu papel. Se

acreditarem que seu papel é ensinar a criança, corrigirão seus erros e o uso

inadequado dos jogos, impedindo a criança de explorar ao seu gosto. Porém, se

crerem que seu papel é de mediador na aprendizagem, proporcionará à criança

oportunidades de experimentar, de cometer erros e de desfrutar do momento.

• Conhecer a organização e estruturação da vida cotidiana familiar. O objetivo do

profissional não é modificar radicalmente a rotina diária, mas conhecê-la e aproveitar

essa informação para introduzir novos elementos, ou adaptar os já utilizados, para

conseguir melhor organização. Deve ser levado em conta e respeitado o estilo

natural dos pais ao organizar suas atividades para favorecer o desenvolvimento de

seus filhos.

• Conscientizar as famílias para que vejam como um fato natural pedir ajuda aos

profissionais em sua interação com a criança com atraso no desenvolvimento. Essa

ajuda deve ocorrer não só nos primeiros momentos de adaptação à criança, mas

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também em outros momentos de seu desenvolvimento, pois as necessidades que

estas manifestam vão mudando com o passar do tempo.

Segundo GALVANI et al (2001), as famílias das crianças com SD que são

atendidas fortalecem- se a partir do momento que têm seus problemas

compartilhados, sentem-se ouvidas e apoiadas. Conscientizam-se de que há formas

de melhorar a qualidade de suas vidas e a de seus filhos, modificam posturas e

referenciais, transformam o relacionamento com seus filhos, estabelecem novas

formas de interação e, finalmente, conseguem identificar potenciais e capacidades

na criança, passando a incluí-la definitivamente no grupo primeiro – a família.

As características próprias de cada núcleo familiar devem ser respeitadas

para um bom termo no processo de orientação das famílias. D’ANTINO (1998, p.

35), coloca muito apropriadamente.

Acredita-se, porém, que quanto mais estruturada emocionalmente for à

família, com relações afetivas satisfatórias, convivências de trocas verdadeiras, e

quanto mais precocemente puder ser orientada, tanto maior será sua possibilidade

de reestruturação e redimensionamento de funções e papéis e, consequentemente,

de facilitação do processo de desenvolvimento de seu filho, na totalidade do Ser. O

desenvolvimento individual das crianças também é maciçamente influenciado por

sua família, pela escola, e pelo ambiente da comunidade. (SMITH; STRICK 2001).

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CAPÍTULO III

APRENDIZAGEM DA CRIANÇA COM SINDROME DE DOWN

3.1 APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DESSA CRIANÇA

A criança com síndrome de Down tem idade cronológica diferente de idade

funcional, desta forma, não devemos esperar uma resposta idêntica à resposta da

“normal", que não apresentam alterações de aprendizagem. Esta deficiência decorre

de lesões cerebrais e desajustes funcionais do sistema nervoso: SCHWARTZMAN

diz que:

O fato de a criança não ter desenvolvido uma habilidade ou demonstrar conduta imatura em determinada idade, comparativamente a outras com idêntica condição genética, não significa impedimento para adquiri-la mais tarde, pois é possível que madure lentamente. (1999, p. 246).

As crianças com Down apresentam algumas limitações, são mais lentas e

demoram mais tempo que as outras para atingir a maturidade e se desenvolver por

completo. Elas podem desenvolver inúmeras habilidades e têm um ótimo

desenvolvimento cognitivo, pois recebem estímulos desde o seu nascimento.

Por isso deve ser inserida no contexto escolar, pois assim a criança

receberá uma estimulação adequada para que possa desenvolver-se mais rápido.

Segundo VOIVODIC, “é necessário, porém romper com determinismo genético e

considerar que o desenvolvimento da pessoa com S.D. resulta não só de fatores

biológicos, mas também das importantes interações com o meio.” (2008, p. 46)

Na educação Infantil a criança estará interada no meio social, adquira

experiências de convivência com os demais integrantes da escola e por fim

desenvolverá a autonomia. Mas, para o desenvolvimento criança Down é

necessário à união dos profissionais em educação e dos pais para que juntos

possam trabalhar em prol do seu desenvolvimento tanto acadêmico com social.

VOIVODIC, pontua que,

Por mais que a escola e os profissionais se esforcem no sentido de promover o desenvolvimento da criança com SD, seus esforços serão bastante limitados se não for considerada, tanto em sua filosofia educacional quanto em sua prática de ação uma orientação aos pais. (2008, p. 57).

Portanto deve se desenvolver um trabalho orientativo com os pais de criança

Down, sendo que, hoje, apesar das várias informações acessíveis sobre essa

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síndrome, preconceito e o rótulo ainda estão presentes; entretanto, os estudos

comprovam que o portador da síndrome de Down pode se desenvolver como uma

pessoa considerada normal. Vera Barros de Oliveira (2008, p.19) reforça a ideia:

A aprendizagem seria, portanto criativa por natureza, descobrindo ou inventando novos meios de reorganizar a realidade, de readquirir o curso da ordem abalada, sem perder o caráter pessoal de seu timoneiro. Sua finalidade primeira seria a de conduzir ao conhecimento de si mesmo, do objeto e, principalmente, da relação sujeito-objeto. (2008, p.19).

A aprendizagem dessas crianças torna-se um processo complexo e

trabalhoso, pois muitas vezes elas demoram a adquirir e desenvolver a linguagem.

VOIVODIC (2008) pontua que, apesar das dificuldades encontradas na aquisição da

linguagem, as maiorias dos indivíduos com Síndrome de Down fazem uso funcional

da linguagem e compreendem as regras utilizadas na conversação.

Porém, essas habilidades comunicativas podem variar entre elas. Segundo

PUESCHEL (1999), algumas pesquisas apontam que a conversa do adulto com a

criança, que está no processo de aquisição da linguagem, deve ser mais simples,

porém curta e mais concreta. Isso acontece porque muitas vezes a criança, com

deficiência no processamento da linguagem, nem sempre compreende o que lhe é

dito. Sua resposta a algumas questões podem ser inapropriadas, ou ela pode não

ser capaz de seguir instruções de uma forma confiável.

O individuo com S.D deve ser integrada às atividades cotidianas concretas,

para assim desenvolver suas habilidades e potencialidades e

tornará o processo do desenvolvimento cognitivo e da aprendizagem rápido. ALVES

diz que, “[...], a Síndrome de Down é classificada como uma deficiência mental, a

qual não podemos preestabelecer o limite do indivíduo, mas existe a grande

possibilidade de desenvolvimento cognitivo.” (2007, p. 38).

Cada pessoa independentemente de ter ou não deficiência, possui uma

limitação aprendendo de maneira e ritmos diferentes. Para que possam ser

atendidas adequadamente, precisam que os professores se preocupem com o seu

bem estar, com a sua aprendizagem e com todo o seu desenvolvimento.

3.2 A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

COM SÍNDROME DE DOWN

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Para PIAGET (1971), o desenvolvimento da criança acontece através do

lúdico, ou seja, ela precisa brincar para crescer. Portando as crianças com Síndrome

Down precisa de atividades que as estimulem. As brincadeiras e os brinquedos

facilitam o desenvolvimento das mesmas. Segundo CANDIDO e MUNHOS (2005),

as crianças portadoras de S.D apresentam seus níveis de desenvolvimento mais

lento, quando comparados às ditas “normais”, cabe aos pais e educadores delas a

função de estimulá-las por meio de atividades lúdicas, visando prepara-las para a

aprendizagem de habilidades mais complexas.

Confirmando estas considerações, CRUZ (2006), revela que somente a

partir da década de 60, alguns profissionais passaram a utilizar o brincar e o

brinquedo como ferramenta de estimulação junto às crianças com necessidades

educacionais especiais. Ele, afirma que:

No mundo, o trabalho de estimulação com os brinquedos surgiu da necessidade da contribuição na estimulação de crianças com deficiência (Emmel, Oliveira e Malfitano, 2000). Na Suécia, em 1963, uma brinquedoteca realizava empréstimo de brinquedos com o objetivo de estimular e orientar famílias de crianças com necessidades especiais (Friedman, 1992). Atualmente, o brinquedo tem sido utilizado reconhecidamente como uma maneira de promoção do desenvolvimento para as crianças com e sem necessidades especiais. (CRUZ, 2006, p. 55).

Por meio das atividades lúdicas, a criança reproduz muitas situações

vividas em seu cotidiano. A ludicidade é um instrumento de estimulação prático,

utilizado em qualquer etapa do desenvolvimento infantil e para qualquer individuo.

Uma maneira de incentivar a aprendizagem, segundo SOLER (2009), é o uso de

brinquedos e jogos educativos, tornando a atividade prazerosa e interessante. O

ensino deve ser divertido e fazer parte da vida cotidiana, despertando assim o

interesse pelo aprender. A utilização de brincadeiras e de jogos é fundamental para

que a criança tenha uma participação proveitosa e prazerosa no trabalho de

estimulação.

VYGOSTSKY (1994) diz que a arte de brincar pode ajudar a criança

portadora de necessidades educativas especiais a desenvolver-se a comunicar-se

com os que a cercam e consigo mesmo. Ao brincar trazem para as suas

brincadeiras a realidade de seu cotidiano o que facilita muito, tanto o

desenvolvimento social quanto o motor, o que tornará mais independente.

O brincar além de ser essencial ao processo de ensino e aprendizagem,

também proporciona à criança com deficiência mental, vivências positivas por ser

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significativo, já que, ligado à satisfação e ao êxito, desperta sentimentos de

autoestima e autoconhecimento (IDE, 1997, p. 96, apud SAAD, 2003). Sendo que, é

na brincadeira que a criança poderá desenvolver e aprimorar seus aspectos afetivos,

motor, cognitivo e social.

Não devemos desta forma, privar a criança do direito de brincar, sendo a

brincadeira considerada possibilidade de expansão de seus avanços. Sobre isto,

CALDEIRA e OLIVER (2007, p. 98), apontam que:

As crianças com deficiência têm o direito de brincar, mas muitas vezes encontram dificuldades para exercer esse direito principalmente pelas mudanças sócio-culturais de nossa sociedade. Uma das dificuldades enfrentadas por todas as crianças, aquelas com e sem deficiência, é que as brincadeiras contemporâneas apresentam transformações que têm afetado as oportunidades de exercer essa atividade, a relação da criança com o contexto sociocultural, e o seu desenvolvimento social, físico, emocional e cognitivo. As crianças com deficiência enfrentam, ainda, as barreiras físicas e psicossociais que dificultam a circulação, acesso a diferentes instituições e a relação social.

A criança com Síndrome de Down, como qualquer outra está apta a

aprender ao nascer. Mas muitas vezes, precisa de intervenção e adaptação nas

atividades, visando oportunizar vivências lúdicas para que possa aprimorar e

desenvolver novas habilidades em seu desenvolvimento.

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CAPÍTULO IV

INCLUSÃO DA CRIANÇA COM SINDROME DOWN

4.1 INCLUSÃO NO ENSINO REGULAR

A inclusão no ensino regular de crianças com necessidades educacionais

especiais fundamenta-se na Constituição Federal de 1988, a qual garante a todos o

direito à igualdade (art. 5º). No seu artigo 205, ressalta o direito de todos à

educação, visando ao "pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o

exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho" (BRASIL, 2004). No artigo

206, inciso I, coloca como um dos princípios para o ensino a "igualdade de

condições de acesso e permanência na escola" (BRASIL, 2004).

Em conformidade com tal Constituição, o Congresso Nacional, por meio do

Decreto Legislativo nº 198, de 13 de junho de 2001, aprovou nova lei baseada no

disposto da Convenção de Guatemala, que trata da eliminação de todas as formas

de discriminação contra a pessoa portadora de deficiência e deixa clara a

impossibilidade de tratamento desigual aos deficientes (BRASIL, 2004).

Paralelamente a estes documentos, declarações internacionais, como a Declaração

Mundial sobre Educação para Todos e a Declaração de Salamanca, reforçam

movimentos em favor de uma educação inclusiva, afirmando uma situação de

igualdade de direitos entre os cidadãos (OLIVEIRA, 2004).

A Constituição não garante apenas o direito à educação, mas também o

atendimento educacional especializado, ou seja, atendimento das especificidades

dos alunos com deficiência, sem prejuízo da escolarização regular, já que o ensino

fundamental, cuja faixa etária vai dos seis aos 14 anos de idade, é uma etapa

considerada obrigatória pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

(LDBEN), em seus artigos 4° e 6°, e pela Constituição, artigo 208 (BRASIL, 2004).

O movimento inclusivo no contexto educacional é desafiador, pois exige

mudanças em vários aspectos a fim de superar as barreiras para a educação

inclusiva e alcançar a educação que contemple a diversidade da condição humana.

A inclusão requer muita reflexão e preparo do contexto escolar. Conforme

CARVALHO aponta:

Em síntese, há que examinar todas as variáveis do processo educativo

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escolar, envolvendo as pessoas da escola (educadores, gestores, alunos, apoio administrativo); o ambiente físico (em termos de acessibilidade), os recursos financeiros e materiais (origens, quantidades, periodicidade de recebimento, manutenção de equipamentos e instalações), os graus de participação da família e da comunidade (parcerias), a filosofia de educação adotada (se tradicional ou não), o projeto político pedagógico construído pela comunidade escolar (natureza do documento, autores, destinação), a prática pedagógica (se mais centrada no ensino ou na aprendizagem), os procedimentos de avaliação (formativa, somativa, formal, informal), dentre outros aspectos. (2003, p. 61).

Para compreender o aluno com Síndrome de Down e deve desenvolver uma

ação pedagógica que promova a sua inclusão escolar, antes de tudo é preciso

considerar as características específicas desta criança. SCHWARTZMAN (2003),

apresenta algumas características fundamentais das crianças com Síndrome de

Down a serem consideradas no processo de aprendizagem. O desenvolvimento

motor das crianças com S.D apresenta um atraso significativo que, segundo o autor,

vai interferir no desenvolvimento exploração do ambiente que a criança constrói seu

conhecimento do mundo, assim seu comportamento exploratório pode apresentar

comportamentos repetitivos e esteriotipados, sendo impulsivos e desorganizados,

dificultando um conhecimento consistente do ambiente e durando menos tempo

(SCHWARTZMAN, 2003).

MASINI (2000), apud VOIVODIC (2004, p.34), ainda adverte que é

necessário um preparo cuidadoso, em vários níveis e aspectos, para que ocorra a

inclusão, assinalando alguns fatores importantes para isso:

- Necessidade de que cada educador conheça seus próprios limites pessoais e de formação e saiba em que medida pode contribuir para a inclusão da criança deficiente.

- As condições e limites de cada escola sejam examinados. - As formas possíveis para que o processo de inclusão se realize em benefício da criança deficiente sejam analisadas.

- Os projetos educacionais se façam numa dialética teoria/prática, numa constante avaliação do que ocorre com a criança deficiente. MASINI (2000 apud VOIVODIC, 2004, p.34).

A cooperação do professor é uma das condições fundamentais para o

sucesso da inclusão da criança na escola regular (GRAAF, 2002). É ele quem vai

detectar no dia-a-dia quais ajustes podem e devem ser feitos no ambiente, é quem

vai colaborar na interação da criança com outros colegas, bem como criar situações

satisfatórias para a criança desenvolver uma boa convivência social (HOLDEN;

STEWART, 2002).

CORREIA (1999), ressalta que, são grandes as responsabilidades

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incumbidas ao professor do ensino regular. Espera-se que utilize estratégias e

desenvolva atividades de ensino individualizado junto da criança com

Necessidades Educacionais Especiais, mantenha um programa eficaz para o

resto do grupo e colabore na integração social da classe. Sem a formação

necessária para responder às necessidades educativas destes alunos.

CARVALHO (2003), diz que, diante dos desafios da inclusão, os professores

evoluem na sua maneira de fazer acontecer à aprendizagem nas suas aulas, pois a

presença de crianças com deficiência na sala de aula pode provocar, em seus

professores, mudanças metodológicas e organizativas, de modo a criar um ambiente

de aprendizagem mais rico para todos.

4.2 A INCLUSÃO DA CRIANÇA COM SÍNDROME DOWN NO AMBIENTE

ESCOLAR

A educação seja ela Comum ou Especial tem por objetivo preparar os

indivíduos para o futuro tornando-os eficientes, capazes, realizados, além de

proporcioná-los a autonomia.

Entende-se que a inclusão escolar exige a transformação da escola, visto

que defende a inserção no ensino regular de alunos com quaisquer déficits e

necessidades, cabendo às escolas se adaptarem às necessidades dos alunos, ou

seja, a inclusão acaba por exigir uma ruptura com o modelo tradicional de ensino.

(WERNECK, 1997). A noção de inclusão, por essa razão, não estabelece parâmetro

em relação a tipos particulares de deficiências.

No Brasil a história da educação das pessoas com deficiência não é a das

mais felizes, desde o início elas eram segregadas, ou eram atendidas

assistencialmente. SILVA diz que,

No Brasil, só no século XIX esses indivíduos começaram a ser objeto de alguma forma de ensino, ainda que claramente segregados, e só quase nos finais do século XX começaram a se “beneficiar” de uma educação com seus iguais nas escolas de ensino regular. [...]. (2006, p.9).

No decorrer da história podemos perceber que as pessoas com deficiência

eram excluídas, muitas eram consideradas possuídas por demônio, eram internadas

em sanatórios e tratados como loucos, exiladas ou presos em sítios ou em algum

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cômodo da casa. Portanto, a educação hoje tem um grande desafio, proporcionar a

todos os indivíduos com qualquer deficiência, a inserção na escola de ensino

regular.

E as escolas deveram reestruturar os sistemas de ensino adequando-os às

necessidades de cada aluno. A escola precisa começar a se programar para que a

inclusão ocorra, contemplando assim a capacidade de aprendizagem de pessoas

com deficiência. Para VOIVODIC (2007, p. 29) “fica evidente que não é apenas o

educando com ou sem deficiência que deve adaptar-se ao sistema de ensino, mas

também a escola tem o dever de atender as necessidades da criança”.

Segundo MENDES:

Para atender às necessidades educacionais de seus alunos, é preciso que a escola se modifique. Nesse momento caberá a ela atender a uma parcela social que até então esteve excluída de seus projetos e planos de trabalho, ainda que estivesse presente em suas dependências, seja na classe especial, na classe de recurso ou na classe comum. (MENDES apud, MANTOAN, 2003, 76).

Até pouco tempo atrás pessoas com deficiência não frequentava as aulas do

ensino regular, foi então que começaram a surgir às escolas especializadas para

atender as pessoas com deficiências.

Por algum tempo as escolas especiais ou centros educacionais específicos

eram espaços voltados para as crianças consideradas “não escolarizáveis”, ou seja,

aquelas que não tinham proveito em classes comuns, junto com outras crianças da

mesma idade, e estas saíram prejudicadas por estarem convivendo com crianças

que não rendiam. De acordo com VOIVODIC,

Idealmente as classes especiais tinham por objetivo conduzir os alunos com deficiência mental à mesma meta que a escola regular objetivava aos alunos considerados “normais”: assegurar sua plena capacitação, preparando – os para uma vida independente em sociedade, mediante a aquisição de conhecimento e habilidades. Portanto a escola regular, mas sua prática se dava através de meios diferentes, com outras técnicas, em instituições exclusivamente para crianças com atraso mental. Constituía um elemento essencial à homogeneidade dos alunos, e isso assegurava, na medida do possível, a semelhança de nível intelectual, mesmo com diferenças de idade cronológica. (2008, p. 59).

Somente com a reforma da Lei de Diretrizes e Bases em 1996, a inclusão

começa a ganhar novo êxito. Com a educação especial ganha a real efetivação,

dando o direito de toda e qualquer criança a frequentar escola de ensino regular. E

dando a obrigatória à escola se adequar às necessidades de cada aluno,

proporcionando-lhes uma educação de qualidade.

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A Declaração de Salamanca (BRASIL,1994), pontua que a educação é um

direito de todos e que cada indivíduo tem suas próprias características, interesses,

capacidades e necessidades de aprendizagem. E assegura que todos devem ter

oportunidade um nível de conhecimentos aceitável. Mas nem com surgimento de

novas leis que asseguram a educação a todos, não são suficientes para garantir as

pessoas com necessidades educacionais especiais o acesso à escola e à qualidade

de ensino, é necessário que a escola e a comunidade escolar, se preparem e se

capacitem para atender às necessidades dos alunos ali inseridos.

Faz-se necessário também um os profissionais bem preparados, e com

conhecimento para lidar com essa nova situação, auxiliando seus alunos na

resolução de problemas do cotidiano dentro âmbito escolar. De acordo com

BLASCOVI–ASSIS,

Quando falamos em um profissional bem preparado, queremos dizer que este deve ter conhecimentos gerais sobre o desenvolvimento e comportamento, [...], para poder intervir apenas quando necessário e de forma adequada, respeitando a liberdade que caracteriza a situação e cumprido seu papel de mediador em algumas ocasiões, sem resolver sozinho os problemas que possam surgir, mas sim em conjunto com o grupo para que possa haver, gradativamente, uma maior autonomia das crianças e dos jovens deficientes. (1997, p. 90)

É preciso, no entanto, evidenciar a comunidade escolar que cada aluno é

diferente, tem seu próprio ritmo de aprendizagem e que isto não o impedirá de

aprender, de assimilar, de compreender os conteúdos básicos oferecidos pela

escola. Sendo que o professor um dos grandes responsáveis pelo sucesso da

inclusão, já que é ele desenvolverá as ações que estarão ligadas diretamente ao

processo de inclusão. A escola é responsável também pela inclusão social, pois

ela obrigada a aceitar por meio de leis, crianças com deficiência.

VOIVODIC cita que,

A educação das pessoas com Síndrome de Down, desde o seu principio, deve objetivar sua autonomia individual na idade adulta. Para isso não é necessário um modelo de educação específico para essas pessoas, e sim um modelo educativo que respeite a diversidade cognitiva e cultural. É fundamental que os indivíduos integrantes do contexto social e cultural em que cada pessoa vive conhecem, compreendam e respeite a diferença. (2008, p.72).

As pessoas com S.D. precisam que respeitem as suas habilidades,

potencialidades e também de uma educação que desenvolva sua autonomia, para

que eles mesmos possam resolver e decidir o que quer em sua vida, contudo se faz

necessário que este respeito venha tanto da família a qual pertence quanto da

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sociedade.

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CAPÍTULO V

ANALISE DOS RESULTADOS

5.1 ANÁLISE OBSERVAÇÃO REALIZADO NO “CENTRO EDUCAÇÃO INFANTIL

ALBERTINA FELÍCIO DOS SANTOS”

De acordo com a pesquisa realizada por meio de observações e entrevistas

semi-estruturadas e abertas, no período de junho a dezembro do ano de 2012,

pode-se perceber que a inclusão está caminhando em passos de tartaruga, a

sociedade ainda tem um pouco de receio.

Entre diretores e professores, uma grande contradição no que diz respeito

ao preparo, destes para atender os alunos com Down, o Centro Educação Infantil

ainda não possue estruturas físicas adaptadas conforme o exigido por lei.

pois, estes alunos não têm um potencial de aprendizagem normal, precisando de

uma intervenção adequada com muito mais conhecimentos por parte dos

professores, e geralmente o conhecimento que trazem é muito superficial e limitado.

À socialização e interação destes alunos com o restante da comunidade

escolar, percebeu-se que as crianças da educação infantil não notou que coleguinha

é especial, não fazendo diferenciação em relação à criança com síndrome. Percebe-

se que muito se fala em Inclusão e muito pouco se tem feito para que realmente ela

aconteça. Sendo que os que mais lutam por essas inclusão são as pessoas que são

mais próximas as estas pessoas e que conhecem a luta destes para conviver em

uma sociedade preconceituosa.

5.1.2 ANÁLISE DA ENTREVISTA COM A DIREÇÃO DO “CENTRO EDUCAÇÃO

INFANTIL ALBERTINA FELÍCIO DOS SANTOS”

De acordo com a direção dessa instituição, para melhorar o atendimento do

aluno com Síndrome Down, a mesma tem tentado respeitar e acatando a lei vigente,

na qual diz respeito das salas de aulas com um número de alunos reduzidos para

melhorar a participação e a socialização.

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A gestão escolar ressalta ainda que o trabalho na unidade é desenvolvido

em parceria com a família, embora houver algumas limitações na qual a unidade

está se esforçando para que sejam eliminadas.

E afirma também que a comunidade escolar não teve nenhum receio em

aceitar a matrícula desse aluno, embora os profissionais não estarem preparados

ainda para inclusão, as adaptações para inclusão tenham acontecido de forma lento.

Pontua ainda, que a inclusão desse aluno na instituição escolar fez com que

promovessem formação continuada aos profissionais sobre esse tema, tentando

auxiliá-los para ocorrer a inclusão de maneira efetiva e significativa.

5.1.3 ANÁLISE DA ENTREVISTA COM A PROFESSORA REGENTE DO

“CENTRO EDUCAÇÃO INFANTIL ALBERTINA FELÍCIO DOS SANTOS”.

De acordo com a professora regente, a mesma acreditava estar não estar

preparada para realizar a inclusão de maneira efetiva, ressalta ainda lhe faltam

conhecimentos, falta também apoio pedagógico para auxiliar nas dificuldades que

ela encontra.

Ela diz que o aluno apresenta dificuldades para assimilar os conteúdos e as

regras e a aprendizagem é muito lenta. Para ampliar o desenvolvimento dessa

criança ela aposta no lúdico, pois ele se interessa pelas brincadeiras que são feitas,

acredita que assim ela consiga fazer com que ele se socialize e aprenda com as

demais crianças.

Para ela a inclusão na rede de ensino regular é injusta, pois muitas vezes

não conseguem oferecem subsídio aos alunos especial para se desenvolver de

maneira significante. A professora acredita que para promover a educação desse

aluno e preciso primeiramente proporcionar o direito à aprendizagem e não apenas

frequentar as aulas.

Segundo a professora, a maior dificuldade encontrada na Educação

Inclusiva é a gestão escolar pensar que professor esta preparado para assumir

desafio e não auxilia esse o profissional nesse processo, já que, o aluno necessita

de um atendimento diferenciado, acaba deixando o professor sentindo-se frustrado

por não atingir os objetivos propostos. ela ainda diz que a adaptação do mesmo na

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sala de aula foi boa, e que ele é assíduo, mas ainda não entende e não compreende

as regras. Gosta de fazer atividades que expressem sua coordenação motora.

5.1.4 ANALISE DA ENTREVISTA REALIZADA COM A MÃE DO ALUNO COM

SÍNDROME DOWN

De acordo com a mãe desse aluno, recebeu o dom de ser mãe aos vinte e

dois (22) anos de idade, sendo este seu primeiro filho e sua gravidez foi planejada.

Só descobriu que seu filho tinha Síndrome Dows, após dois (3) meses de nascida,

pois moro na cidade do interior e não tem pediatra no município, foi quando o levei a

um pediatra na capital, que o mesmo me disse que ele tinha down.

Segundo a mãe parece que o chão se abriu naquele instante, mas depois

procurei conhecer mais sobre essa síndrome e aos poucos fui me acostumando.

Em relação à estimulação de seu filho foi e é realizada pela APAE, pois lá é disposta

para meu filho dois profissionais que ajudarão a se desenvolver. A mãe pontua que

comunidade tem uma boa aceitação com relação ao seu filho, tratam-no bem por

onde quer que ela vá.

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CONSIDERAÇÃES FINAIS

Com esta pesquisa foi possível constatar que tanto a sociedade, como as

escolas ainda não estão totalmente preparadas para acolher e aceitar as pessoas

com Síndrome de Down, assim também como outras deficiências, e são poucas as

pessoas que fazem algo para amenizar essa situação, ou mesmo ao menos

conhecê-las profundamente.

Percebe-se que esse aluno com Síndrome down convivem mais com

aquelas que fazem parte de seu ciclo familiar, no centro de educação infantil

notou-se que os profissionais que são responsáveis pela a educação dele não estão

preparados para atendê-lo adequadamente conforme suas necessidades.

Em relação ao gestor escolar diz não ter receio em aceitar as matrículas,

mas tiveram medo enfrente a esse novo desafio, mas pode-se perceber que eles se

sentiram obrigado a matriculá-lo devido as leis que impõem. A instituição ainda está

tentando se adéqua aos poucos a nova realidade, pois para trabalhar com os

mesmos é preciso apoio e suporte.

Por fim, percebe que é necessário preparar mais os profissionais para

trabalhar com a inclusão, já que, a grande maioria se sente perdido e estão

procurando estudar mais para aprender como lidar com essa nova realidade.

Esses profissionais acreditam que esses alunos S.D tem capacidade de

evoluir, mas ainda estão descobrindo como fazer para que seu potencial aumente,

uma vez que incluiu um aluno é fácil, difícil é tratá-lo da mesma forma que trata os

demais, para assim ajudá-lo a não se excluir dentro da própria escola inclusiva.

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REFERÊNCIAS

ALVES, Fátima. Para entender a síndrome de Down. Rio de Janeiro: Wark, 2007. ALVES-MAZZOTTI, Alda Judith. Representações sociais: aspectos teóricos e aplicações à Educação. Brasília, ano 14, n.61, jan/mar. 1994. BIO, doenças cromossômicas. Disponível em: <www.ufv.br/dbg/BIO240/c07.htm>. Acesso em BLASCOVI-ASSIS, Silvana. Lazer e deficiência mental. O papel da família e da escola em uma proposta de educação pelo e para o lazer. . Campinas: Papirus, 1997. BRANDÃO, P. C. A. Polígrafos do curso de estimulação precoce do centro Lydia Coriat. Porto Alegre, jul./1991. CANDIDO G. Luciana e MUNHOZ G. Nilton. Analise de um programa para o desenvolvimento dos padrões fundamentais de movimento em crianças portadoras de síndrome de down. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 10, Nº 83, 2005. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd83/down.htm>. Acesso em CASARIN, S. Aspectos psicológicos da síndrome de Down. In: SCHWARTZMAN, J. S. Síndrome de Down. São Paulo: Mackenzie Memnon, 1999. KIRK, Samuel A. GALLAGHER, James. Educação da criança excepcional. São Paulo: Martins Fontes, 2002 MANTOAN, M. T. E. Inclusão Escolar: o que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003. (Coleção cotidiano escolar). MILANI, Denise. Down, síndrome de, como – onde – quando – porque. 3. ed. Cidade: Livro Pronto, 2004 PAULON, Simne Mainier. FREITAS, Lia Beatriz de Lucca. & PINHO, Gerson Smiech. Educação inclusiva, documento subsidiário à política de inclusão. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação, 2007. PIAGET, J. A formação do símbolo na criança, imitação, jogo, sonho, imagem e representação de jogo. São Paulo: Zanhar, 1971. PIANTINO, L Danezy; TUNES, Elizabeth. Cadê a Síndrome de DOWN que estava aqui: o gato comeu...: programa da Lurdinha. Campinas: Autores Associados, 2001. RODRIGO, M. J. & PALÁCIOS, J. Família y desarrolo humano. Madri: Alianza Editorial, 1998.

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SCHWARTZMAN, J. S. Síndrome de Down. São Paulo: Memnon, 2003. SCHWARTZMAN, José Salomão. Síndrome de Down. São Paulo: Mackenzie Memnon, 1999. SILVA, Fabiany de Cássia Tavares. Educação especial em debate, Caderno Informativo. Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. Campo Grande: Secretaria de Estado de Educação, 2006. SILVA, Maria de Fátima Minetto Caldeira; KLEINHANS, Andréia Cristina dos Santos. Processos cognitivos e plasticidade cerebral na Síndrome de Down. Rev. bras. educ. espec. Marília, v.12 n.1, jan./abr. 2006.

VOIVODIC, Maria A. M. A.; STORER, Márcia R. de Souza. O desenvolvimento cognitivo das crianças com síndrome de Down a luz das relações familiares. Revista Psicologia: Teoria e Prática. 2002. VOIVODIC, Maria Antonieta M. A. Inclusão Escolar de crianças com síndrome de Down. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2008. WERNECK, Claudia. Muito prazer eu existo. 4. ed. Rio de Janeiro: WVA, 1995. WERNECK, Claudia. Ninguém mais vai ser bonzinho na sociedade inclusiva. Rio de Janeiro:WVA,1997.

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ANEXOS

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ANEXO I

ENTREVISTA COM A DIRETORA

1- O que a escola tem feito para melhorar o atendimento ao aluno com

Síndrome Down?

2- Como a escola pretende definir a participação da família no processo da

inclusão?

3- A escola oferece suporte tanto ao professor (como orientação , cursos ,

materiais didáticos , e outros)?

4- No ato da matricula do aluno com Síndrome de Down , a escola teve medo

em aceitá-lo?

5- Por ter um aluno com SÍNDROME down a comunidade escolar buscou mais

informações sobre síndrome?

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ANEXO II

ENTREVISTA COM A PROFESSORA REGENTE

1- Você enquanto professora se sente preparada para assumir uma sala de aula

que tenha alunos com síndrome de down?

2- Como é trabalho psicomotor dessa criança?

3- Você acredita que a inclusão deste aluno na sala do ensino comum, seja

bom para ele?

4- Os outros alunos são receptivos em relação ao colega com síndrome de

down?

5- Qual a maior dificuldade encontrada na educação inclusiva?

6- Como é a adaptação deste aluno na sala de aula?

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ANEXO III

ENTREVISTA COM A MÃE DO ALUNO COM SÍNDROME DOWN

1- Com quantos anos teve seu filho especial?

2- Sua gravidez foi planejada ?

3- Quando e como você soube que seu filho tinha síndrome down?

4- Qual foi sua reação e de sua família ?

5- Você estimula seu filho ou este trabalho por terceiros?

6- Quanto a aceitação da sociedade, como seu filho é visto e tratado?

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AINDA PRECISA PROVIDENCIAR O QUE SOLICITO

ABAIXO:

CAPÍTULO III

Na página 20 você cita PIAGET (1971) e CANDIDO e MUNHOS (2005), e não

possui estes autores com obras destes anos em suas referências.

CAPÍTULO IV

Na página 26 você cita SCHWARTZMAN (2003) e não possui este autor com

obra deste ano em suas referências.

Na página 28 você cita MANTOAN (2003) e não possui este autor com obra

deste ano em suas referências.

Em suas referências coloquei alguns itens em vermelho para que você

providencie.

Numere o restante do trabalho, conforme feito em caixa de texto até o final de

seu primeiro capítulo.

Providencie o que solicito acima e envie o trabalho novamente para avaliação

final. Prof. Ilso.

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