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0 Decreto de 29 de dezembro de 1998 – D.O.U. de 30/12/98 JOÃO VANDELCI NOBRE BRASIL ÍNDICES ERGONÔMICOS DE UMA EMPRESA METALÚRGICA DE CANOAS CANOAS, 2007

JOÃO VANDELCI NOBRE BRASIL - Biblioteca Rede La Salle · RESUMO O modelo de produção industrial moderno tem como uma de suas premissas a melhoria dos processos e para alcançá-lo,

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Decreto de 29 de dezembro de 1998 – D.O.U. de 30/12/98

JOÃO VANDELCI NOBRE BRASIL

ÍNDICES ERGONÔMICOS DE UMA EMPRESA METALÚRGICA DE

CANOAS

CANOAS, 2007

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JOÃO VANDELCI NOBRE BRASIL

ÍNDICES ERGONÔMICOS DE UMA EMPRESA METALÚRGICA DE

CANOAS

Trabalho de conclusão do curso de EducaçãoFísica, do UNILASALLE – Centro UniversitárioLa Salle, como exigência parcial para obtençãodo grau de Licenciado em Educação Física, soborientação do Prof. Ms. Alexandre Luis daSilva Ritter.

CANOAS, 2007

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TERMO DE APROVAÇÃO

JOÃO VANDELCI NOBRE BRASIL

ÍNDICES ERGONÔMICOS DE UMA EMPRESA METALÚRGICA DE

CANOAS

Trabalho de conclusão aprovado como requisito parcial para a obtenção do grau deBacharel e Licenciado do curso de Educação Física do Centro Universitário La salle

– Unilasalle, pelo avaliador:

___________________________________________________________________

Prof. Ms. Alexandre Luis da Silva Ritter.

Unilasalle

Canoas, 2007.

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DEDICATÓRIA

Dedico esta conquista a toda a minha

família, em especial minha esposa Lecir

e meus filhos, Daniel e Lucas.

Obrigado pelo incentivo e carinho, e por

entenderem a minha ausência por este

longo período.

Amo vocês.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela vida, e a todas

aquelas pessoas que foram importantes

nesta conquista. A minha família, que é

a base de toda a minha existência, que

soube entender a minha ausência em

muitos momentos. Aos meus colegas e

amigos de aprendizado os quais

sofremos, brigamos e aprendemos

juntos a difícil arte de ser aluno,

buscando ser professor. Aos meus

colegas de empresa os quais me

auxiliaram na realização deste trabalho e

ao meu orientador Prof. Ms. Alexandre

Luis da Silva Ritter pela paciência e

auxilio.

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Não deixe que a saudade sufoque, que a

rotina acomode, que o medo impeça de

tentar.

Desconfie do destino e acredite em você.

Gaste mais horas realizando que sonhando,

fazendo que planejando, vivendo que

esperando, porque, embora quem quase

morre esteja vivo, mas quem quase vive já

morreu!!

(Luis Fernando Verísssimo)

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RESUMO

O modelo de produção industrial moderno tem como uma de suas premissas amelhoria dos processos e para alcançá-lo, é necessário que o posto de trabalhoesteja bem organizado e adequado ao trabalhador. Este trabalho tem como objetivoidentificar e mapear os riscos ergonômicos de alguns setores de uma empresametalúrgica do município de Canoas-RS e implementar modificações com o intuitode reduzir estes riscos. Participaram do estudo 74 trabalhadores e foramimplementadas modificações envolvendo 27 deles. Na situação inicial (pré-teste)foram encontrados índices mais elevados de risco ergonômico nas regiões do troncoe ombros e um índice geral médio de 9,19 (±2,24). Em seguida, mudanças foramimplantadas na tentativa de diminuir tais riscos, observou-se de forma estatísticauma diminuição significativa (<0,05) nos índices dos ombros, do tronco e geral. Alémdeles, como efeito colateral positivo, foi observada uma diminuição significativa dosíndices ergonômicos do pescoço e pernas. Conclui-se com este trabalho quepequenas modificações no processo produtivo, alicerçadas em uma observação dequalidade, podem auxiliar na melhoria das condições ergonômicas de uma empresa.

Palavras-chave: Risco ergonômico, índice ergonômico, processo produtivo

ABSTRACT

One of the most important premises applied in modern industrial production model isthe process improvement. To reach this goal, it is necessary that the work position iswell organized and fits to the worker. This work aims to identify ergonomics risks insome specific work places in a metallurgical industry in Canoas-RS and to performimprovements to decrease such risks. Took part in this work 74 participants, but only24 in the experimental group. In the initial condition (pre-test) it was found higherergonomic risk indexes in the trunk and shoulders and a general mean risk of 9,19(±2,24). After this initial observation, same changes were done in order to decreasethe risks, and then it was observed (post-test) a significant statistical decrease(<0,05) in trunk, shoulder, and general mean indexes. Besides, it was observed alsosignificant statistical decrease in ergonomics risks indexes in the neck and legsregions. We concluded in the end of this work, that small modifications in theproductive process, in the light of qualified observations, can help ergonomicconditions improvement in an industry like this.

Key-words: ergonomic risk, ergonomic index, productive process.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................9

1.1 Justificativa ......................................................................................................9

1.2 Problema ........................................................................................................10

1.3 Objetivos ........................................................................................................10

1.3.1 Objetivo geral ............................................................................................11

1.3.2 Objetivos específicos ................................................................................11

2 REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................12

2.1 Dados históricos............................................................................................12

2.2 Ergonomia ......................................................................................................14

2.3 Ergonomia e o posto de trabalho.................................................................17

2.4 Ergonomia no Brasil......................................................................................20

2.5 Projetos existentes........................................................................................22

3 METODOLOGIA ....................................................................................................24

3.1 Delimitação do estudo...................................................................................24

3.2 População.......................................................................................................26

3.2.1 Princípios Norteadores.............................................................................27

3.2.2 Missão.....................................................................................................27

3.2.3 Visão ........................................................................................................27

3.2.4 Diretrizes Principais..................................................................................27

3.3 Critérios para a seleção da amostra ............................................................28

3.4 Instrumentos de medida ...............................................................................29

3.4.1 Descrição dos instrumentos ......................................................................30

3.5 Procedimentos...............................................................................................31

3.6 Análise estatística .........................................................................................31

4 RESULTADOS.......................................................................................................32

4.1 Resultados do pré-teste ................................................................................32

4.2 Intervenção.....................................................................................................34

4.3 Resultados do pós-teste ...............................................................................36

5 ANÁLISE DOS RESULTADOS .............................................................................39

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5.1 Discussão dos resultados ............................................................................40

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................42

6.1 Análise geral do estudo ................................................................................42

6.2 Condições limitantes.....................................................................................42

6.3 Sugestões para estudos futuros ..................................................................43

REFERÊNCIAS.........................................................................................................44

APÊNDICE A - Avaliação rápida de Corpo Inteiro - REBA .......................................46

APÊNDICE B - Termo de consentimento livre e esclarecido ....................................52

APÊNDICE C - Tabela da coleta dos dados iniciais..................................................53

APÊNDICE D – Descrição das Intervenções ............................................................54

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Justificativa

A busca de um padrão de qualidade globalizado e processos de produção

cada vez mais arrojados, levam as pessoas a permanecerem por longos períodos

em posições incômodas frente a um posto de trabalho, desempenhando tarefas

repetitivas ou estáticas. No decorrer do tempo essas posições ocasionam

desconforto e fadiga, física e mental, tendo como conseqüência uma taxa mais

elevada de acidentes de trabalho envolvendo os aspectos osteomusculares. Faz-se

necessário um estudo mais detalhado dos postos de trabalho, procurando identificar

oportunidades de ajustes no processo produtivo que visem a melhoria da qualidade

de vida do trabalhador, durante o período de permanência na empresa. (ROSA;

PILATTE, 2006. p. 1)

O mercado por sua vez exige produtos com altos índices de qualidade,

produtividade, prazos reduzidos de entrega e que sejam fabricados seguindo

normas internacionais de segurança e de proteção ao meio ambiente. Com base

nestes preceitos as empresas procuram se adequar a estas normas para não

perderem mercado, seja para o concorrente interno ou para o externo, que de uma

forma bastante agressiva busca expandir os seus negócios. Este estudo busca

contribuir de uma forma bastante concreta dentro da empresa, com um

levantamento de dados posturais de alguns funcionários da fábrica, agindo

preventivamente para a solução de problemas ergonômicos.

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1.2 Problema

Mesmo diante de tantos programas de conscientização e envolvimento dos

funcionários nas questões de segurança e ergonomia no ambiente de trabalho,

seguidamente ocorrem acidentes envolvendo questões posturais ou a incorreta

utilização dos equipamentos. Na maioria das vezes não há um maior

comprometimento do próprio funcionário em relação ao seu corpo.

Há muito ouvia-se boatos de funcionários que se auto-mutilavam para

conseguir um afastamento do trabalho e um pecúlio. Hoje a mentalidade mudou

muito, acabou a época em que os funcionários não podiam participar das questões

relativas à segurança. Hoje todos são chamados a participar, dar sugestões, a

realizar melhorias e a se engajarem na busca de um ambiente mais seguro que

busque preservar a sua integridade física.

É crescente o número de desempregados em todo o país, sendo a procura

maior que a oferta às empresas conseguem fazer uma seleção minuciosa dos

pretensos candidatos a determinadas vagas. O processo de seleção além de exigir

uma maior qualificação profissional exige também que o candidato possua as mais

perfeitas condições físicas para o desempenho das suas funções. Neste sentido

aquele que possuir algum trauma, fica em desvantagem aos olhos do recrutador na

conquista do emprego. Observa-se então a relevância do assunto ergonomia para a

vida profissional, pois ajuda a garantir além saúde física, também a empregabilidade.

Portanto, como questão norteadora deste estudo, questiona-se:

“Alterações nos postos de trabalho podem diminuir significativamente o risco

ergonômico?”

1.3 Objetivos

Este trabalho teve por objetivo identificar e mapear os riscos ergonômicos de

alguns setores de uma empresa, através de uma metodologia de análise postural, e

realizar alterações específicas, afim de diminuir o nível dos riscos ergonômicos.

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1.3.1 Objetivo geral

Analisar os postos de trabalho para obter informações concretas que possam

justificar uma interferência ergonômica efetiva na busca de melhorias da saúde e

bem estar do trabalhador.

1.3.2 Objetivos específicos

a) Verificar o percentual de trabalhadores em situação de risco

b) Identificar a parte do corpo mais suscetível a um possível trauma

c) Mapear ergonomicamente os postos de trabalho de acordo com o grau de

risco

d) Propor alterações na dinâmica da ação

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Existem muitos trabalhos desenvolvidos nas empresas que visam à melhoria

do ambiente de trabalho principalmente no que tange aos aspectos ergonômicos.

Em muitos casos estes trabalhos estão sendo o diferencial para que uma empresa

seja exportadora ou não.

Neste sentido, será apresentado um estudo bibliográfico que mostrará a

evolução industrial ao longo dos anos, a disseminação e o papel da ergonomia e o

que ela representa dentro das empresas, para estarem em conformidade com a Lei.

Este capítulo será subdividido nas seguintes sessões: 2.1 Dados históricos;

2.2 Ergonomia; 2.3 Ergonomia e o posto de trabalho 2.4 Ergonomia no Brasil; 2.5

Projetos existentes

2.1 Dados históricos

Ao longo da história da humanidade o trabalho sempre existiu, mas foi a partir

do século XIX que começaram a aparecer as primeiras organizações. No início eram

poucas, predominando as pequenas oficinas, artesãos independentes, pequenas

escolas e profissionais autônomos que trabalhavam por conta própria, como

médicos e advogados.

Pouco antes da 1ª Revolução Industrial, ou também chamada de revolução do

carvão e do ferro, no período compreendido entre 1780 a 1860, o artesão era o

principal responsável em abastecer a sociedade com seus produtos fabricados em

sua pequena oficina de fundo de quintal, eram produtos confeccionados

manualmente e sob encomenda pois a matéria prima era escassa e o tempo de

fabricação era longo. Conseqüentemente o custo não era acessível a todos na

obtenção de determinados produtos. Com o aumento da demanda, a produção

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artesanal não conseguia mais atender a necessidade da sociedade. A primeira

Revolução Industrial trouxe profundas mudanças para a estrutura social e

econômica da época, principalmente com a invenção da máquina a vapor, pois com

sua aplicação na produção surgiu uma nova concepção de trabalho. (CHIAVENATO;

2000, p. 20)

Segundo Chiavenato, a 1ª Revolução Industrial, geradora de várias mudanças

na sociedade, apresenta 04 fazes distintas:

a) 1ª fase: Mecanização da indústria e da agricultura, com o aparecimento dos

teares mecânicos que diminuíram o trabalho e a força muscular do homem e

do animal;

b) 2ª fase: Aplicação da força motriz na Indústria, através das máquinas a

vapor, transformando as oficinas em fábricas;

c) 3ª fase: Desenvolvimento do sistema fabril, com o surgimento das primeiras

fábricas e o operário, em detrimento ao artesão e a atividade rural, havendo

um movimento muito forte de migração da área rural para a urbana, devido a

aproximação com as fábricas

d) 4ª fase: O crescimento dos transportes e das comunicações, através da

navegação, da locomotiva a vapor, juntamente com o telégrafo elétrico, o selo

postal e o telefone, vindo a acarretar um forte desenvolvimento econômico,

social e industrial.

A 2ª Revolução Industrial, entre 1780 a 1860, também conhecida com a

revolução do aço e da eletricidade, trouxe consigo características marcantes através

dos novos processos de fabricação industrial, tendo como principais pontos:

a) Substituição do ferro pelo aço;

b) Substituição do vapor pela eletricidade e derivados do petróleo como

fontes de energia;

c) Desenvolvimento de máquinas automáticas e de um trabalhador mais

especializado;

d) Domínio da indústria pela ciência;

e) Profundas transformações nos transportes e comunicações;

f) Capitalismo financeiro;

g) Expansão da indústria.

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Desta forma, e com a substituição do artesão pela máquina as fábricas

passaram a produzir mais, com rapidez e melhor qualidade possibilitando uma

redução nos custos de fabricação. (CHIAVENATO, 2000, p. 21)

Durante a 1ª e 2ª guerras mundiais a construção de instrumentos bélicos mais

complexos e sofisticados e em maior quantidade, passou a exigir do trabalhador

maior habilidade e rapidez no desempenho de suas funções, tudo isto aliado às

condições ambientais negativas provocadas pelas batalhas. Neste sentido tornou-se

urgente a necessidade de ações para a redução dos níveis de tensão provocada nos

trabalhadores.

Durante o pós guerra, surgiu um grupo de pesquisadores interessados a

formalizar um ramo da ciência que tinha como objetivo de estudo o ambiente laboral.

A partir daí a sociedade industrial se encarregou de difundir a ergonomia em todos o

mundo, promovendo melhorias nas condições de vida dos trabalhadores, tendo

como base de estudos as necessidades adquiridas durante as guerras. ( ROSA;

PILATTI apud LIDA,1998)

2.2 Ergonomia

A palavra Ergonomia deriva do grego Ergon [trabalho] e nomos [normas,

regras, leis], e pode ser definida como a ciência que estuda a adequação das

condições de trabalho às capacidades físicas dos trabalhadores. (GRANDJEAN,

1998, p. 07)

A Ergonomia, segundo a definição oficial da IEA – Associação Internacional

de Ergonomia, é disciplina científica que trata da compreensão das interações entre

os seres humanos e outros elementos de um sistema, é a profissão que aplica

teorias, princípios, dados e métodos à projetos que visam otimizar o bem estar

humano e a performance global dos sistemas (VIDAL, 2003, p. 15)

Com base nesta definição a ergonomia destina-se a adequação dos

processos produtivos de acordo com as características psicofisiológicas de cada

indivíduo, buscando uma interação harmônica entre homem e posto de trabalho.

É definida também como um conjunto dos conhecimentos científicos,

necessários, relacionados ao homem, para a concepção de máquinas,

equipamentos e dispositivos, que possam ser utilizados com o máximo de conforto,

segurança e confiabilidade. (WISNER apud AVANCINI; FERREIRA, 2003, p. 1)

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Neste sentido a ergonomia é uma tecnologia de transformação da realidade

laboral e esta transformação é indispensável para a adequação aos novos

processos de fabricação. Para tanto, faz-se necessário que as equipes de processo

e projeto tenham bem claras as responsabilidades normativa e contratual que

assumem quando das intervenções, sejam elas baseadas nas conformidades e

padrões referenciais ou por reivindicações do próprio funcionário.

Para Santos e Zamberlam (1992, p.142-150), a ergonomia deve ser

contemplada na fase inicial do projeto, definindo os itens básicos que devem ser

observados bem com a sua abrangência, tendo como base a Norma

Regulamentadora.

Durante a fase de desenvolvimento de determinado projeto devem ser

abordados os diversos aspectos inerentes ao processo, entre eles o ergonômico,

sob pena do projeto não revelar problemas que possam interferir na realização do

mesmo. O projetista deve ter conhecimentos, além de engenharia, também nas

áreas de ergonomia, psicologia e medicina do trabalho.

O termo ergonomia é bastante complexo e possui várias definições

dependendo do autor, mas estão ligadas a um escopo único, que leva em conta

diversos fatores: técnicos (equipamentos, programas, manutenção), humanos

(capacidades, limites físicos e mentais da pessoa), ambientais (iluminação, acústica,

ventilação e qualidade do ar) e os fatores sociais (organização, comunicações,

horários e tempo de trabalho). (VIDAL, 2003, p. 15)

Este trabalho estará abordando somente a parte Biomecânica da ergonomia,

através das interações entre o trabalho do homem e as condições necessárias para

exercê-lo, sob ponto de vista dos movimentos músculo-esquelético envolvidos.

Seguindo a abordagem de que a ergonomia é uma metodologia prática

destinada à resolução de problemas concretos, baseando-se em conhecimentos

pertencentes a várias disciplinas científicas, sendo estas disciplinas essencialmente

a antropologia física, a fisiologia, e uma parte importante da psicologia: psicologia

sensorial, perceptiva, motriz, e cognitiva.

Segundo (WISNER, 2004), há diversas abordagens possíveis para a ergonomia,

• De correção: modificando os elementos parciais do posto de trabalho:

dimensões, iluminação, ruído e temperatura;

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• De concepção: interfere amplamente no projeto do posto de trabalho, do

instrumento, da máquina ou do sistema de produção, organização do

trabalho e formação de pessoal;

• De conscientização: ensina ao colaborador a usufruir os benefícios de

seu posto de trabalho: boa postura, uso adequado do mobiliário, e

equipamentos, implantação de pausas, ginástica laboral;

• Física: busca adequar as exigências do trabalho aos limites e capacidades

do corpo, através do projeto de interferências adequadas para o

relacionamento físico homem x máquina. Preocupada com características

anatômicas, antropométricas, fisiológicas e biomecânicas do ser humano e

como elas se relacionam com as atividades físicas no ambiente físico;

• Cognitiva: relacionada com processos mentais na execução do trabalho,

tais como: percepção, memória, raciocínio, resposta motora. Afetando a

carga mental de trabalho, interação homem x computador, stress,

treinamento, qualificação, confiabilidade.

Para todos os casos o ergonomista deve abstrair os conhecimentos e olhar

para a atividade de trabalho como um todo, buscando compreendê-la e a partir

desta compreensão decompor as atividades em dimensões parciais, produzindo

suas análises e criando critérios para uma avaliação mais sistemática e eficaz do

ambiente de trabalho.

Normalmente há uma oposição direta entre produção e a saúde do

trabalhador, baseado nos sistemas de produção tradicionais, onde os volumes de

produção estão diretamente ligados à velocidade da execução das tarefas. Neste

caso poderá haver uma inversão de valores, quando a ergonomia for bem aplicada,

resultando em um efeito duplo, além da melhoria das condições de trabalho, irá

também melhorar a produtividade.(WISNER, 2004, p. 62)

Neste sentido, Santos e Zamberlan (1992, p. 26), comentam que a ergonomia

tem como finalidade conceber e/ou transformar o trabalho de maneira a manter a

integridade da saúde dos trabalhadores, a fim de atingir os objetivos econômicos.

Tendo em sua metodologia a compreensão das atividades realizadas em cada posto

de trabalho, considerando o contexto e a relação homem/trabalho.

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2.3 Ergonomia e o posto de trabalho

São vários os fatores que influenciam ergonomicamente os postos de

trabalho, muitos deles estão cobertos pela Lei. Mas há muitos que são específicos

de determinada operação, onde a implicação está além da abordagem biomecânica,

mas também fisiológica e psicológica. Estando estas relacionadas não somente a

seqüência padrão na realização do trabalho, mas também as características próprias

do indivíduo, sua estatura e amplitude de seus movimentos, juntamente com os

aspectos cognitivos inerentes de cada um.

Neste sentido Grandjean (1998, p. 39), comenta que uma das grandes

dificuldades de adaptação do local de trabalho as medidas das pessoas é devido a

grande variabilidade das medidas antropométricas do ser humano, entre os sexos e

raças. Sugere ainda que devemos utilizar em determinados locais, tendo como base,

somente os indivíduos mais altos ou baixos, pois se for utilizado pela média da

população corre-se o risco de haver de erros de até 50% no dimensionamento do

posto de trabalho.

Para Santos e Zamberlan (1992, p. 63), o ambiente de trabalho deve

promover a flexibilidade, a oportunidade do trabalhador poder exercer outras

funções além daquela a qual o mesmo está acostumado, evitando desta forma que

ele relaxe no desempenho de suas funções adquirindo posturas inadequadas,

favorecidas pela monotonia imposta pela mecanização dos movimentos que podem

conduzir a fadiga.

Para Grandjean (1998, p. 135), a palavra fadiga é utilizada para designar o

período durante a atividade diária, onde o trabalhador tem a sua produção

diminuída, juntamente com a falta de motivação para realizar a sua tarefa. A mesma

pode estar conceituada em fadiga muscular ou fadiga generalizada.

A fadiga muscular é compreendida por uma sensação dolorosa e localizada,

estando a mesma caracterizada pela exigência prolongada e repetitiva a nível

muscular. A generalizada manifesta-se pela sensação subjetiva de cansaço,

podendo ser provocada pelo cansaço físico, visual, mental ou até mesmo pela

monotonia do trabalho ou ambiente.

De acordo com Rosa e Pilatti (2006, p. 2), a preocupação com a saúde do

trabalhador não é algo novo, iniciou com a fundação da Comissão de Saúde dos

Trabalhadores na Indústria de Munições mais especificamente durante a 1ª guerra

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mundial. Esta comissão era formada por fisiologistas e psicólogos, devido aos riscos

físicos e psicológicos os quais eram submetidos os trabalhadores da época.

Para Taylor (1976, p. 65), o estudo da fadiga limita-se aos trabalhos que

atingem os limites da capacidade humana, considerados como um trabalho penoso,

onde o trabalhador realiza movimentos de extensão e flexão do braço, exercendo

uma força para empurrar ou puxar alguma coisa que ele segura com as mãos. Este

estudo mostra que, para cada um destes movimentos, o trabalhador só poderá ficar

sob o peso durante uma parte do dia. A medida que a carga se torna mais leve

aumenta a proporção de tempo que o trabalhador poderá conduzi-la. Chegando ao

equilíbrio reduz-se a fadiga.

Por todo o tempo em que o homem está sob o esforço de sustentar peso, os

tecidos dos seus músculos experimentam alterações portanto há a necessidade de

repetidos períodos de descanso para que o sangue possa fazer voltar esses tecidos

a sua situação normal.

De acordo com Grandjean (1998, p. 53), é recomendável a mudança de

postura durante a atividade laboral, alternando entre a posição em pé e sentada,

desta forma reduz-se a fadiga pela alternância de postura durante um trabalho

estático prolongado. Não que a postura sentada também não cause a fadiga de

acordo com o tempo de trabalho, mas o organismo é favorecido pela solicitação de

determinados grupos musculares quando realiza um movimento em favor de outros,

seja durante a posição em pé ou sentado.

Para Guimarães e Naveiro (2004, p. 65), os trabalhadores que executam

trabalhos manuais, freqüentemente desenvolvem sintomas de dor e desconforto

reduzindo a capacidade do trabalhador, aumentando as chances de afastá-lo do

trabalho. Comentam que estes sintomas surgem pelo excesso de fadiga nos

músculos, causados por movimentos excessivos, repetitivos ou sobre-carregados,

de forma estática ou dinamicamente realizados. Reforçam que este problema não é

isolado, está crescendo na indústria do mundo inteiro, indicando desta forma a

necessidade de utilização de métodos de avaliação prática no trabalho, que venham

a ser transformadas em respostas úteis para minimizar os riscos do trabalhador em

adquirir tais problemas de saúde.

Guimarães e Naveiro, consideram que a fadiga é um redutor da eficiência e

que o estudo dos movimentos baseia-se na anatomia e fisiologia humanas para

fazer tais afirmações, onde a fadiga predispõe o trabalhador a diminuição da

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produtividade; da qualidade do trabalho; perda de tempo; aumento da rotatividade

de pessoal; doenças; acidentes e a diminuição da capacidade de esforço.

Estes autores colocam também, que o estudo dos movimentos possuem três

finalidades:

a) Eliminar movimentos inúteis na execução de uma tarefa.

b) Executar os movimentos úteis com a maior economia de esforço e tempo.

c) Dar aos movimentos uma seriação apropriada a economia de movimentos.

Para reduzir a fadiga relativa ao uso do corpo humano e para melhorar o

arranjo material e o local de trabalho, as ferramentas e equipamentos devem ser

reestruturadas de acordo com as operações industriais, eliminando os movimentos

desnecessários e economizando energia e tempo. (CHIAVENATO, 2000, p.36)

De acordo com estudos realizados por Guimarães e Naveiro (2004, p. 72), foi

observado que o horário de maior rendimento dos trabalhadores está compreendido

entre as 7:00 e às 9:30h, tendo o pior rendimento logo após o almoço. Após às 15:h

o decréscimo da produtividade se torna normal pois com o passar das horas vai

aumentando a fadiga musculoesquelética sofrida pela realização do trabalho.

Santos e Zamberlan, (1992, p. 124), definem a fadiga como:

O termo fadiga pode ser definido como sendo a saturação de um organismodevido ao esforço, ou com a perda temporária da capacidade de resposta oureação devido a uma estimulação contínua. Pode ser caracterizada comoaguda, crônica ou induzida pela tarefa.

A fadiga aguda é caracterizada pelas atividades cansativas durante a

realização de um trabalho de curta duração, onde os primeiros efeitos estarão a

nível muscular, bastando um tempo de repouso para voltar a condição inicial, a

fadiga crônica é o resultado de fenômenos fisiológicos que são acumulados durante

o período de trabalho, podendo não ser reversíveis totalmente durante o período de

repouso, e a fadiga induzida pela tarefa é provisória, sendo produzida por atividades

específicas por um longo período, ocorre quando é realizada uma tarefa monótona,

mas que desaparece rapidamente através de uma mudança na atividade

desenvolvida.

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20

2.4 Ergonomia no Brasil

A ergonomia no Brasil começou a ser evocada na USP, nos anos 60 pelo

Prof. Sérgio Penna Khel, que encorajou Itiro Iida a desenvolver a primeira tese

brasileira em Ergonomia, a Ergonomia do Manejo. Também na USP Ribeirão Preto,

Paul Stephaneek introduzia o tema na Psicologia.

Nesta época, no Rio de Janeiro, o Prof. Alberto Mibielli de Carvalho

apresentava Ergonomia aos estudantes de Medicina das duas faculdades mais

importantes do Rio, a Nacional (UFRJ) e a ciencias Médicas (UEG, depois UERJ); O

Prof. Franco Seminério falava desta disciplina, com seu refinado estilo, aos

estudantes de Psicologia da UFRJ. O maior impulso se deu, no início dos anos 70,

com a vinda do Prof. Itiro Iida para o Programa de Engenharia de Produção, com

escala na ESDI/RJ. Além dos cursos de mestrado e graduação, Itiro organizou com

Collin Palmer um curso que deu origem ao primeiro livro editado em português.

A evolução do tema ergonomia no Brasil se deu a partir de 1960, com a

abordagem do tópico "O produto e o homem" por Ruy Leme e Sérgio Penna Kehl na

disciplina Projeto de Produto (Eng. Humana) na Politécnica da USP e com o tópico

"Introdução à Ergonomia" em 1967 no curso de Psicologia Industrial II, ministrado

por Paul Stephaneck, sendo sucedida a partir de 1973 nos cursos de Engenharia de

Segurança e Medicina do Trabalho da Fundacentro, tendo a ergonomia como uma

das disciplina.

A ergonomia teve um desenvolvimento maior a partir de 1974, com o evento

do 1o Seminário Brasileiro de Ergonomia, realizado no Rio de Janeiro, promovido

pela ABPA (Associação Brasileira de Psicologia Aplicada) e pelo Isop/FGV, e em

1983 com a fundação da ABERGO - Associação Brasileira de Ergonomia.

Somente em 1987 aconteceu 3o Seminário Brasileiro de Ergonomia e 1o

Congresso Latino-Americano de Ergonomia, no Brasil, mais especificamente em São

Paulo, promovido pela ABERGO/Fundacentro, vindo a preceder o IEA World

Conference 1995 - 3o Congresso Latino-Americano de Ergonomia e 7o Seminário

Brasileiro de Ergonomia, realizado em 1995 no Rio de Janeiro e promovido pela

ABERGO e pela International Ergonomics Association.

Em vista do crescente número de doenças ergonômicas adquiridas no

ambiente de trabalho, auxiliados pelos estudos realizados nas universidades

identificando possíveis melhorias no ambiente fabril, levou o governo a tomar

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21

medidas de contenção que viessem a melhorar os aspectos ergonômicos nos

diversos postos de trabalho.

A NR17, (Norma Regulamentadora do Ministério do trabalho), visa

estabelecer parâmetros que permitam adaptar as condições do trabalho às

características psicofisilógicas dos trabalhadores e a natureza do trabalho a ser

executado, para que eles possam desempenhar as suas funções com o máximo de

conforto e segurança, obtendo uma maior eficiência durante o seu desempenho.

(ROSA; PILATTI 2006, p. 2)

Para Santos e Zamberlan (1992, p. 35), o homem tem uma grande

capacidade de se adaptar as condições impostas pelo ambiente de trabalho, mas

pode sofrer sérias conseqüências se as condições solicitadas para desempenhar a

sua função estiverem além de suas capacidades ergonômicas causando danos

irreparáveis a sua saúde.

Quando a norma fala das condições de trabalho está incluindo todos os

aspectos relevantes às diversas categorias e tipos de trabalho, podendo estar

relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais realizadas de

forma manual e com peso suportado por um só trabalhador, de forma que o esforço

físico realizado pelo mesmo seja compatível com a sua capacidade de força , ao

imobiliário, aos equipamentos e as condições ambientais do posto de trabalho, para

que o funcionário possa realizar a sua função sem comprometer sua saúde ou

segurança. Em geral, a Lei aborda a organização do trabalho como um todo,

mostrando para o empregador a importância da avaliação de cada posto, onde o

funcionário realiza a sua função, de modo a garantir e adaptar estas condições às

características do funcionário, devendo o mesmo receber treinamento contínuo a

respeito dos métodos a serem utilizados, que venham proporcionar uma boa

postura, visualização da operação, evitando movimentos bruscos e repetitivos.

(ROSA; PILATTI apud NASCIMENTO; MORAES, 2000 )

Para Santos e Zamberlan, (1992, p. 32), a postura corresponde ao reflexo

imposto pela atividade laboral sendo influenciada pelas características

antropométricas do homem em seu posto de trabalho.

Em relação as condições ambientais, diante da natureza do trabalho a ser

executado, visando as condições de conforto do trabalhador de fábrica, a norma cita

a NBR10152 que prevê que o nível de ruído aceitável para efeito de conforto deverá

ser de até 65 dB e a curva de avaliação de ruído não-superior a 60 dB. Que a

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22

iluminação, natural ou artificial, geral ou suplementar seja adequada e apropriada a

natureza da atividade, estabelecidos na NBR 5413 (Norma Brasileira registrada no

IMETRO). Já a organização do trabalho, segundo esta mesma Norma deve levar em

consideração no mínimo as normas de produção, o modo de operação, o tempo, o

rítimo e o conteúdo das tarefas a serem executadas.

Grandjean (1998, p.45) considera:

Que estas normas representem então uma forma de compromisso éinevitável. Apesar disso, as normas são geralmente instrumentosresponsáveis e úteis, mesmo que às vezes só tenham sido experimentadasna prática de maneira insuficiente. Por isso, não é surpreendente, quandoocorre que as análises de campo ou experiências práticas não representemas soluções ótimas apontadas pelas normas vigentes.

2.5 Projetos existentes

Muitas empresas “principalmente as de grande porte” são as que mais atuam,

no sentido de buscar melhorias no ambiente de trabalho, devido ao custo elevado

em manter um programa funcionando por um longo período. É justificável que estas

empresas busquem cada vez mais o bem estar do funcionário, pois estarão

cumprindo Normas Internacionais de exportação de seus produtos, tornando-se

assim um desafio para as empresas menores que vislumbram entrar neste mercado

competitivo e ao mesmo tempo lucrativo.

Abaixo segue alguns programas existentes, que de uma forma direta ou

indireta buscam a melhoria do ambiente de trabalho. Todos estes programas

procuram envolver a empresa como um todo, na busca de soluções que visem o

bem estar do trabalhador.

- CIPA, Comissão Interna de Prevenção de Acidentes;

- ISO 14001, Norma Internacional de Proteção ao Meio Ambiente;

- ISSO 9001, Norma Internacional de qualidade;

- OHSAS 18001, Norma Internacional de Saúde e Bem-estar do Trabalhador;

- 6S, Programa de Organização e Limpeza;

- GINÁSTICA LABORAL, Programa de aquecimento e alongamento em preparação

para o trabalho;

- PROGRAMA IDÉIAS DA GENTE, programa de melhorias no ambiente de trabalho,

com premiação aos funcionários envolvidos.

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23

Estes são apenas alguns exemplos que mais recentemente estão sendo

implementados em diversas empresas da região. Existem também programas

específicos sobre ergonomia onde, num primeiro momento, os funcionários passam

por um período de treinamento, para entenderem como se dá o processo de

avaliação e implementação de melhorias em seus postos de trabalho. Isto, sem

dúvida, representa um passo a mais na conquista por um ambiente mais seguro

para se trabalhar.

Sabe-se que existem muitas resistências em assumir este tipo de programa,

seja pela empresa ou pelo funcionário, pois implica em mudanças muito grandes de

cultura e comportamentos, pois é necessário o envolvimento das pessoas na busca

de soluções comuns em benefício de todos. Isto nem sempre é bem aceito por

todos, pois há a necessidade de sair do comodismo e “colocar a mão na massa”

efetivamente.

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24

3 METODOLOGIA

Este trabalho de pesquisa é caracterizado como um estudo pré-experimental

e se utilizou de instrumentos de avaliação quantitativos. Abordou somente a parte

biomecânica da ergonomia, através das interações entre o trabalho do homem e as

condições necessárias para exercê-lo, sob ponto de vista dos movimentos

músculoesqueléticos envolvidos.

3.1 Delimitação do estudo

Este trabalho limitou-se a observar os postos de trabalho de apenas 04

setores de uma mesma área da empresa. Neste sentido não representará o todo

mas mostrará dados de uma amostra de aproximadamente 1/3 dos funcionários da

área, correspondendo a um turno de trabalho. Após o levantamento dos dados que

foi realizado através de fotos dos movimentos, sejam eles estáticos, dinâmicos,

repetitivos ou não, elas foram agrupadas de acordo com os postos de trabalho e por

participante, para que pudessem ser observadas de uma forma mais eficaz e tomar

as ações pertinentes à melhoria da postura de cada indivíduo.

A decisão de realizar o estudo nesta área foi tomada juntamente com a

gerência da empresa, que, após consultada para a verificação da possibilidade de

realização do processo de estudo e viabilidade da coleta de dados, considerou de

extrema importância para os setores envolvidos e para a empresa como um todo.

Comentou, após ouvir a conotação do projeto, que será um bom marketing trazendo

benefícios para cada setor. Será o início de um trabalho que poderá se estender

para toda a empresa, pois será algo a mais, independente dos trabalhos normais, no

tocante a segurança e aos aspectos posturais já desenvolvidos pelos mesmos,

argumentou ele.

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25

Durante reunião com a gerência de segurança da empresa para a

apresentação e apreciação do projeto como um todo, visto que abrangeria um

trabalho daquela área, o qual seria realizado em conjunto com a mesma, houve uma

boa receptividade na apresentação do projeto, isto abriu as portas para o

desenvolvimento e viabilização deste projeto.

Naquele momento ficou acertado que não iria ser divulgado o nome da

empresa, para que não fossem externados dados que só dizem respeito a mesma,

ou que pudessem ser utilizados de má fé por outrem.

As intervenções realizadas foram decididas juntamente com a chefia da área

envolvida, pois demandou recursos que não estavam diretamente relacionados no

plano de investimento anual da empresa. Desta maneira foram atacados

primeiramente aqueles problemas que demandavam poucos gastos e utilização de

mão-de-obra, para não haver baixa na produtividade da empresa, mas que tivessem

a finalidade de diminuir a gravidade dos riscos ergonômicos e os percentuais gerais

observados.

Durante cada observação, identificação e análise, e dos pressupostos riscos,

todos poderiam ser melhorados, mas foi trabalhado primeiro aqueles de maior

gravidade e que necessitavam de recursos pré-dispostos pela empresa.

Neste sentido Grandjean (1998, p. 45) comenta que para o dimensionar o

local de trabalho, em geral são levados em conta os aspectos antropométricos, o

comportamento do indivíduo e as questões relativas especificamente do posto de

trabalho, mas que as questões relativas ao custo-benefício são de extrema

importância para a viabilidade do projeto.

Para um melhor desenvolvimento e abordagem de todos os aspectos relativos

aos dados posturais, uma pessoa da área de segurança acompanhou todo o

processo, desde a observação junto aos funcionários até a análise final dos dados.

Os operadores e montadores foram peças fundamentais, pois dependeu deles a

veracidade dos dados observados, que através do auxílio ambos, deveriam

demonstrar naturalmente a execução de suas tarefas.

Um dos fundamentos deste trabalho foi diminuir os fatores de riscos que

produziam uma sobrecarga nos músculos, tendões e ligamentos, através de um

aumento de tensões quando a demanda corporal é aumentada, através de

atividades prolongadas ou intensificadas de acordo com as seguintes ocorrências:

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26

• aumento de peso manipulado ou elevado;

• uso de postura inadequada;

• velocidade do movimento;

• objeto manipulado escorregadio, necessitando aumento da força de pega,

vibração;

• em vez de utilizar pega total da mão, pinçar com os dedos ou utilizar

ferramentas com área de pega pequena para a necessidade;

• movimentos repetitivos;

• duração do esforço;

• freqüência;

• pressão de contato provocado por canto vivo;

3.2 População

Este trabalho foi realizado em uma empresa Multinacional de grande porte do

ramo metalúrgico, situada na cidade de Canoas – RS, responsável por uma parcela

significativa do desenvolvimento da cidade e arredores. Possui uma fábrica com 50

mil metros quadrados e aproximadamente 1100 funcionários de ambos os sexos

distribuídos em áreas administrativas e fábrica, sendo que na área produtiva

trabalham somente homens.

Esta empresa é líder de mercado em seu segmento e a maior empresa a

nível mundial. É também a maior exportadora brasileira em seu ramo de atividade,

sendo que 75% dos produtos fabricados na planta de Canoas são destinados ao

mercado externo.

A organização está presente no Brasil desde 1996 e conta com a maior Rede

de Revendedores da América Latina.

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27

3.2.1 Princípios Norteadores

A empresa tem uma estratégia de negócios bem definida, busca estar sempre

atualizada em seus projetos, com isso valorizando seus clientes, fornecedores e

funcionários.

3.2.2 Missão

A empresa é uma corporação publicamente focada na distribuição global de

equipamentos agrícolas e serviços a todos os clientes comprometidos com a

produção agrícola, tendo o objetivo de suprir o desenvolvimento e crescimento da

população e prover matéria prima para aplicações industriais.

3.2.3 Visão

A empresa pretende ser reconhecida como uma empresa líder mundial em:

- Marketing e distribuição de produtos e serviços que agreguem valor ao

cliente e acionistas;

- Prover empregos que reconheçam o valor individual de cada funcionário e

premiar pela performance;

- Trabalhar de maneira ética e como um cidadão da corporação em todas as

comunidades na qual a empresa atua.

3.2.4 Diretrizes Principais

- Gerar o lucro necessário ao desenvolvimento das atividades da empresa

e a remuneração dos seus acionistas.

- Satisfazer aos clientes, através da qualidade de produtos e serviços, com

custos e tecnologias adequadas.

- Desenvolver e valorizar os funcionários.

- Fortalecer e desenvolver a parceria com os revendedores e fornecedores.

- Assumir compromisso com a comunidade e com a preservação ambiental.

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28

3.3 Critérios para a seleção da amostra

Participaram do estudo 74 sujeitos de 04 setores produtivos da empresa, mas

apenas um turno de trabalho foi avaliado, todos homens com idade entre 25-50

anos, operadores de máquinas ou montadores de produção. Deste número, 27

sofreram intervenção no seu posto de trabalho e realizaram o pós-teste. A

intervenção ocorreu em determinados setores que apresentavam riscos

ergonômicos maiores a partir de uma avaliação inicial.

Quadro 1 – participantes do estudo por setor de trabalho

Fonte: Autoria própria, 2007.

Setor Pré-teste Intervenção e Pós-testePlacas 2 2E. Levante 3 0S. Freio 2 0E. Roda 5 3Diferencial 2 2Sino Leve 1 1Coroa US. 3 3Cilindro 2 1M.T. Reação 1 1M.T.C. Central 1 0Pino Gonso 4 4S.A.Central 4 2Eixo da TDP 4 1US. Tampa HIDR 4 0Sino Pesado 1 0P. Eng. Pesado 2 0M. Tampa Hid 4 0Espaçador 3 0Espaçador 3 0Saída Linha 2 2Saída Linha 2 2Trombeta 4 0Trombeta 4 0M.Redução L. 4 2M.Redução L. 4 2P.ENG. Leve 6 0P.ENG. Leve 6 0M.Trombeta 2 0M.Trombeta 2 0Flange Pinhão 1 0Flange Pinhão 1 0M. Rolete 1 0

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29

M. Rolete 1 0M. Coroa D. 1 0M. Eixo P. 3 1M. Eixo TDP 1 1M. Bomba H. 1 1

Total 74 27

3.4 Instrumentos de medida

Santos e Zamberlan, (1992, p. 27), comentam que uma das estratégias

utilizadas pela ergonomia para entender a complexidade do trabalho é dividir as

atividades em indicadores que posam ser observados, entre eles a postura,

exploração visual e o deslocamento. Desta forma e com a ajuda do trabalhador

consegue-se explicar a interação necessária a ser realizada em cada ambiente de

trabalho.

Relatam também que as técnicas utilizadas pela ergonomia para análise dos

postos de trabalho podem ser resumidas em objetivas ou diretas e subjetivas ou

indiretas. A objetiva ou direta está relacionada ao registro de um longo período de

observação, podendo ser registrada através de vídeo, pois facilita a compreensão e

tratamento dos dados. A subjetiva ou indireta, relaciona-se a percepção do

trabalhador, como ele sente que está realizando a sua atividade. Os registros são

realizados através de questionários, check-lits e de entrevistas, desta forma a coleta

de dados pode gerar distorções da situação real, mas fornecer dados que favoreçam

a análise inicial.

Para este trabalho foi escolhido o método de avaliação objetiva direta,

realizada através de foto. Desta forma o operador logo após a coleta de dados já

podia vislumbrar se as suas ações para realizar as suas tarefas estavam

ergonomicamente corretas ou não.

A escolha da metodologia a ser utilizada na avaliação deverá estar

intrinsicamente ligada ao tipo de trabalho realizado e a os problemas detectados,

pois em muitas empresas o planejamento do posto de trabalho, o produto e as

ferramentas, obrigam o trabalhador a adotar posturas desconfortáveis para realizar

as suas tarefas. (GUIMARÃES; NAVEIRO 2004, p. 65).

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3.4.1 Descrição dos instrumentos

Para a realização deste projeto, foi utilizado o método Rapid Entire Body

Assessment (REBA), como instrumento para a aferição dos dados. Esta

metodologia foi desenvolvida por Hignett e McAtamney (2000). É um sistema de

análise bem abrangente pois inclui fatores de cargas dinâmicos e estáticos na

interface homem-carga. É um novo conceito para a análise e manutenção da postura

das extremidades superiores. (Ver APÊNDICE A).

Este método tem por objetivo desenvolver um sistema de análise postural

sensível aos riscos músculo-esqueléticos em várias tarefas; para tanto divide o

corpo em segmentos para codificá-los individualmente, com referência aos planos de

movimentos, fornecendo um sistema de pontuação para cada atividade muscular

decorrente do esforço com ou sem carga, com posturas estáticas, dinâmicas e com

mudança rápida de posição. Inicialmente foi concebido para analisar os

trabalhadores da área da saúde mas pode ser aplicado a qualquer atividade laboral

(BORDIN, 2004, p. 34).

Segundo Guimarães e Naveiro (2004, p. 69), este método foi inicialmente

concebido para analisar os tipos de posturas forçadas, que costumam acontecer

entre trabalhadores da área da saúde e outras atividades do setor de serviços mas

que pode ser utilizado para qualquer atividade laboral.

Grandjean (1998, p. 18), afirma que o trabalho dinâmico é caracterizado pela

seqüência rítmica de contração e extensão do trabalho muscular e o trabalho

estático é um trabalho de manutenção da postura, caracterizado por um estado de

contração prolongado da musculatura.

Existe uma literatura bastante diversificada mostrando uma ampla gama de

métodos quantitativos de análise ergonômica, levando em conta os fatores de risco

aos quais estão submetidos os indivíduos, a escolha do método REBA se deu por

três motivos: pela facilidade da coleta de dados, por já haver desenvolvido um

trabalho utilizando esta metodologia, durante um curso realizado na empresa e por

entender que este método é de fácil compreensão e está adequado ao trabalho a

ser realizado.

Para a complementação deste trabalho, foi utilizada uma máquina fotográfica

digital de marca Sony – Modelo MVC-FD200 para captar os movimentos

biomecânicos do operador/montador nos diversos postos de trabalho, durante a

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realização das suas tarefas, e um computador com impressora para registrar

imprimir e formatar os dados coletados.

3.5 Procedimentos

O procedimento adotado para o desenvolvimento deste projeto se deu através

de três fases distintas. Primeiro foi realizada uma avaliação ergonômica inicial dos

postos de trabalho e logo após foi realizada uma intervenção propondo

modificações. E por fim foram analisados os resultados obtidos com as modificações

propostas, através de uma avaliação final.

Ao iniciar o trabalho, foi entregue para os trabalhadores um termo de

consentimento individual para eles assinarem, mostrando o compromisso assumido,

e o que será realizado com os dados coletados (Ver APÊNDICE B) No início das

observações foi explicado aos operadores que eles deveriam trabalhar normalmente

como se não estivessem sendo observados. Desta forma foram tiradas em média 15

fotografias de cada operador, buscando assim captar os movimentos reais dos

mesmos, na realização de suas tarefas.

3.6 Análise estatística

Por se tratar de dados em uma escala ordinal, foi utilizado teste T de Student

para amostras pareadas.

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4 RESULTADOS

A seção de resultados está subdividida em 3 momentos distintos: 4.1

apresenta os resultados do pré-teste que foi realizado com 74 participantes; em 4.2

será apresentada a descrição das modificações implementadas a partir deste

diagnóstico inicial em 27 participantes; e, por fim em 4.3, serão apresentados os

resultados dos pós-teste aplicado aos 27 participantes que sofreram intervenção.

4.1 Resultados do pré-teste

O gráfico representado na figura 01 abaixo mostra a média da pontuação de

risco por segmento corporal das 74 pessoas que foram analisadas na coleta de

dados iniciais (Ver APÊNDICE C)

Figura 01 – Média geral do risco ergonômico por segmento referente às condiçõesiniciaisFonte: Autoria própria, 2007.

Média geral do Risco Ergonômico

0

1

2

3

4

5

Tronco1 Pescoço1 Pernas1 Peso/Força1 Atividade1 Ombro1 Cotovelo1 Pulso1 Pega1

Segmento

Ris

co

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33

A coleta de dados realizada na primeira análise foi aplicada em 74 operários

se deu em torno de 04 meses de trabalho, no período compreendido entre agosto e

dezembro de 2006. No início foi realizada uma análise visual dos vários processos

existentes e foram anotados detalhes que poderiam se perder durante as

observações reais, pois o operador poderia mudar a sua maneira de trabalhar

intencionalmente ou por se sentir constrangido sendo observado em sua função.

Segundo Santos e Zamberlan, (1992, p. 26), quando a análise ergonômica é

bem realizada na empresa questionando os métodos tradicionais e envolvendo

todos os funcionários da organização dentro de suas características específicas, a

prática da atividade se torna algo habitual. Não há uma busca por culpados, mas um

trabalho conjunto que transforma as situações de riscos em propostas concretas

trazendo benefícios para todos, empresa e funcionário.

Antes de fazer a coleta dos dados que foram realizados através de

fotografias, foi conversado com os colegas e explicado o motivo pelo qual o trabalho

estava sendo realizado. A boa receptividade dos colegas foi devida a compreensão

de que o trabalho poderá trazer benefícios consideráveis para o melhor desempenho

de suas funções, diminuindo os riscos de acidentes decorrentes de movimentos

realizados, sem a observação dos aspectos ergonômicos.

De acordo com Santos e Zamberlan (1992, p. 27), as condições nas quais

são realizadas as atividades pelo trabalhador estão diretamente ligadas aos

resultados da produção, pois se o operador tem problemas físicos ou mentais no

trabalho, as suas competências ficam limitadas, podendo ser prolongadas também

para a sua vida social e econômica.

As fotos da figura 02 abaixo, mostram parte da seqüência de montagem de

um posto de trabalho, observados em uma situação inicial.

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Figura 02 – Seqüência de montagem de um posto de trabalho

Fonte: Autoria própria, 2007.

As fotos mostram claramente os pontos onde deveriam haver alguma

interferência, neste caso, a flexão e extensão da coluna.

Foram tiradas na primeira análise em torno de 1200 fotos do pessoal

envolvido. Este trabalho justificou a demora na análise e classificação de acordo

com a metodologia utilizada.

4.2 Intervenção

O grupo escolhido para a realização das intervenções foi aleatório, seguindo

apenas uma seqüência de realização dos trabalhos a partir das peças menores para

as maiores, devido ao fácil manuseio e construção das melhorias.

A escolha das melhorias que deveriam ser realizadas e onde seriam

implementadas inicialmente seguiu a ordem de gravidade de acordo com a

metodologia utilizada. Esta ordem ficou evidenciada na maioria dos casos através

das posturas inadequadas, identificadas com pontuação igual ou superior a três. Na

média de pontuações por segmento, os maiores problemas ficaram evidenciados no

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35

gráfico apresentado na figura 01, que foram de flexão do tronco com 3,99 pontos e a

flexão do braço com 3,21 pontos, também visualizado na figura 02.

Figura 03 – Média inicial do risco ergonômico por segmento do grupo que sofreu a

intervenção

Fonte: Autoria própria, 2007.

Com base nos dados obtidos e por decisão da empresa, as melhorias

realizadas tiveram um padrão semelhante de aplicação, praticamente todas elas

foram realizadas com a intenção de diminuir o ângulo de flexão e extensão do tronco

e braço (ombro). (Ver APÊNDICE D). Entre equipamentos e dispositivos, também

foram adquiridas, de acordo com a figura 03, em maior quantidade, embalagens de

transporte e acondicionamento, estando estas dispostas ao lado do operador para a

colocação e descarga de peças.

A quantidade de novas embalagens, adquiridas para cada posto de trabalho,

foram para um estoque de produção de 03 dias. Neste sentido foram

confeccionados em média, 20 embalagens para cada tipo de peça, somando um

total de 500 novas embalagens, com um custo aproximado de R$120.000,00.

Cada embalagem confeccionada seguiu as normas ergonômicas e de

segurança, adequando-se ao tipo de peça a ser transportada.

Média do Risco Ergonômico no Pré-teste do Grupo de Intervenção

0

1

2

3

4

5

Tronco1 Pescoço1 Pernas1 Peso/Força1 Atividade1 Ombro1 Cotovelo1 Pulso1 Pega1

Segmento

Ris

co

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36

Antes Depois

Figura 04 – Fotos de embalagens de acondicionamento e transporteFonte: Autoria própria, 2007

Definidas as mudanças propostas e o grupo que participaria da experiência,

os valores médios por segmento deste grupo estão apresentados na figura 03.

4.3 Resultados do pós-teste

Definido o grupo que participaria da experiência e realizado as mudanças

propostas, a figura 05 representa os resultados obtidos pelo grupo que sofreu

intervenção no seu posto de trabalho.

Figura 05 – Média do risco ergonômico por segmento no pós-teste

Fonte: Autoria própria, 2007.

Média do Risco Ergonômico no Pós-teste do Grupo de Intervenção

0

1

2

3

4

5

Tronco2 Pescoço2 Pernas2 Peso/Força2 Atividade2 Ombro2 Cotovelo2 Pulso2 Pega2

Segmento

Ris

co

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37

Na figura 06, é apresentada a variação entre o pré e o pós-teste do grupo de

intervenção, mostrando que houve diminuição estatísticamente significativa no pós-

teste, principalmente nos segmentos tronco e ombro.

Figura 06 – Comparativo das médias do risco ergonômico por segmentos

Fonte: Autoria própria, 2007.

Além da avaliação por segmento, que foi muito importante para a definição

das modificações implantadas, o REBA possui uma classificação final, tanto

numérica, como categórica sobre o risco ergonômico a que estão submetidos os

trabalhadores. Nas figuras 07 e 08 estão representados os dados do pré e pós-teste

do grupo que sofreu intervenção

Figura 07 – Comparativo das médias do valor total do REBA

Fonte: Autoria própria, 2007.

Comparativo Pré e Pós-teste do Grupo de Intervenção

0

1

2

3

4

5

Tron

co1

Tron

co2

Pes

coço

1

Pes

coço

2

Per

nas1

Per

nas2

Pes

o/Fo

rça1

Pes

o/Fo

rça2

Ativ

idad

e1

Ativ

idad

e2

Om

bro1

Om

bro2

Cot

ovel

o1

Cot

ovel

o2

Pul

so1

Pul

so2

Peg

a1

Peg

a2

Segmento

Ris

co

Comparativo Pré e Pós-teste do Grupo de Intervenção

0

1

2

3

4

5

Tro

nco1

Tro

nco2

Pes

coço

1

Pes

coço

2

Per

nas1

Per

nas2

Pes

o/F

orça

1

Pes

o/F

orça

2

Ativ

idad

e1

Ativ

idad

e2

Om

bro1

Om

bro2

Cot

ovel

o1

Cot

ovel

o2

Pul

so1

Pul

so2

Peg

a1

Peg

a2

Segmento

Ris

co

Variação do Índice Total REBA

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

Total1 Total2

Ris

co

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0%

20%

40%

60%

Baixo Médio Alto Muito Alto

Pré-testePós-teste

Figura 08 – Comparativo da classificação de risco ergonômico

Fonte: Autoria própria, 2007.

As fotos da figura 09 abaixo, mostram parte da seqüência de montagem

observados em uma situação final, após a intervenção, no mesmo posto de trabalho

observado na situação inicial de acordo com a figura 02

Figura 9 – Seqüência de montagem de um posto de trabalho, situação final

Fonte: Autoria própria, 2007.

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39

5 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Para verificar a influência das intervenções implementadas através de

melhorias no ambiente de trabalho, foi utilizado a metodologia Rapid Entire Body

Assessment (REBA) Com esta metodologia foi analisado biomecanicamente através

de fotos, os movimentos de flexão e extensão de diversos seguimentos, durante a

realização do trabalho, bem como a pega e o esforço físico empregado para realizar

determinada tarefa. Também foram identificados os pontos de maior risco

ergonômico para o operador, que deveriam ter prioridade nas intervenções. Desta

forma houve uma concordância com o trabalho realizado por Guimarães e Navieiro

(2004), que mesmo utilizando outra metodologia semelhante foi possível avaliar as

condições de trabalho que podem representar sobrecarga de algum segmento, e

determinar os pontos críticos que deveriam haver uma ação imediata no sentido de

minimizar os riscos ergonômicos.

A comparação dos resultados obtidos das avaliações mostrou que através

das intervenções realizadas houve uma melhora dos riscos ergonômicos, aos quais

estavam expostos os trabalhadores que participaram deste estudo, principalmente

nos seguimentos tronco e braço (ombro). Esta melhora ocorreu pela confecção de

embalagens mais altas para as peças, diminuindo e/ou evitando que o operador

necessite realizar uma ampla flexão do tronco e braço (ombro), para realizar sua

tarefa.

Estudo similar a este foi realizado por Bordin (2004), onde foram avaliados

dois operadores realizando a mesma função num processo de nutrição parenteral

em farmácia de manipulação. Os seguimentos que fizeram parte deste estudo foram:

pescoço, ombros, cotovelo, mãos e punhos. A metodologia utilizada não foi a

mesma, mas em todos os seguimentos, foram observados os ângulos de flexão e

extensão das determinadas articulações na realização da tarefa. Estes movimentos

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40

foram os mesmos observados neste trabalho e que devido as características

próprias forçaram a uma aplicação prática de melhorias que viessem a amenizar ou

acabar com os altos riscos ergonômicos. No estudo realizado por Bordin (2004),

intervenção realizada foi somente a automação de parte do sistema de produção,

fato este que melhorou alguns dos aspectos ergonômicos, porém outros pioraram,

principalmente os ângulos de flexão e extensão do pescoço (cervical)

Padula, Souza e Gil (2006), também realizaram um trabalho semelhante,

onde descreveram as variações nos movimentos de preensão, flexão, extensão,

desvios radial e ulnar do punho, empregados durante o manuseio de carga entre

diferentes alturas de superfícies. Neste estudo mostraram que a altura dos objetos

influenciava diretamente nas amplitudes articulares, não havendo porém alteração

nos movimentos quando foram alteradas somente as cargas manuseadas.

5.1 Discussão dos resultados

De acordo com a figura 04, durante a primeira análise (pré-teste), observou-

se uma tendência muito forte dos problemas estarem concentrados na região do

tronco e nos ombros, problemas estes que seriam a flexão do tronco superior a 60º

juntamente com inclinação do mesmo e também a flexão do braço (ombro) superior

ao ângulo de 90º, e um índice médio dos outros segmentos de 9,19 (±2,24).

Após a implementação das mudanças na tentativa de reduzir os riscos,

observou-se diminuição estatisticamente significativa (<0,05) nos índices dos

ombros, do tronco e geral. Além deles, como efeito colateral positivo, foi observada

uma diminuição estatisticamente significativa dos índices ergonômicos do pescoço e

pernas.

Em contra-partida os segmentos ante-braço e pulso, tiveram uma pontuação

muito baixa, ficando entre 01 e 02. Conforme quadro 02, não foram relevantes na

formatação dos dados.

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Quadro 02 - Pontuação referente ao risco ergonômico (parte do apêndice A)

Fonte: Hignett e McAtamney (2000)

Desta forma, foram escolhidos para realizar alguma interferência

principalmente os segmentos que receberam maior pontuação, aqueles que

contribuíram para aumentar os riscos ergonômicos em cada função.

As intervenções realizadas foram indicadas nos postos que tiveram as

maiores pontuações, isto é implicaram diretamente nos resultados finais do estudo.

A figura 08 mostra a redução significativa que aconteceu nos riscos alto e Muito alto,

vindo a aumentar os riscos Médio e baixo, que foi a finalidade deste trabalho, trazer

os riscos para índices aceitáveis ergonomicamente.

Na figura 06 representa de uma forma bastante ampla os ganhos obtidos

relatados neste trabalho, pois faz a comparação dos dados dentro grupo escolhido,

antes e depois da intervenção. Todos eles sofreram uma redução nos índices

mesmo que de uma forma indireta, pois a finalidade principal foi a redução dos

maiores riscos. Sendo assim, deixou claro que algumas ações são o suficiente para

grandes realizações no âmbito ergonômico.

Comparando as figuras nº 03 e 05, mostram claramente a situação antes e

depois da intervenção e também as melhorias que aconteceram no posto de

trabalho e quais os movimentos o montador precisa fazer para realizar a sua tarefa a

pós a introdução das melhorias. Desta forma mostrou a importância da parceria

entre empresa e funcionários, na busca de uma forma de trabalhar mais eficiente e

mais ergonômica.

Pontuação REBA Nível do Risco Ergonômico

1 Insignificante

2 – 3 Baixo

4 – 7 Médio

8 – 10 Alto

11 - 15 Muito Alto

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

6.1 Análise geral do estudo

Pela experiência adquirida ao longo destes 08 meses de envolvimento neste

estudo, acredito que este trabalho foi de extrema importância para a empresa como

um todo, pois ajudou a identificar pontos vulneráveis, que necessitavam de uma

ação urgente no sentido de buscar um maior conforto para seus funcionários.

Também ajudou a salientar as diversas melhorias que foram realizadas no

ambiente de trabalho, juntamente com a conscientização dos trabalhadores sobre a

importância das mesmas.

Outro fator importante observado durante a realização do estudo, através do

método utilizado, é que nem todas as melhorias garantem uma redução dos riscos

ergonômicos, por isso a necessidade de uma análise profunda do ambiente como

um todo, antes da realização das intervenções.

Mostrou também que mesmo com os diversos programas desenvolvidos pela

empresa e um trabalho intenso de conscientização e de utilização de uma postura

correta nos diversos postos de trabalho, há riscos que são inerentes da própria

função, nos quais o trabalhador não tem uma ação direta sobre o mesmo. Sendo

assim, se faz necessária a intervenção de um terceiro para que seja analisado o

posto de trabalho como um todo, verificando as condições mínimas necessárias para

que o operador possa realizar o seu trabalho com segurança e ergonomia.

6.2 Condições limitantes

Dentre as condições que limitaram este estudo, uma delas está relacionada

ao tempo destinado para a realização e coleta de dados durante o pré e pós-teste,

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43

pois esta tarefa foi realizada concomitantemente com o horário de trabalho,

aproveitando os pequenos momentos de folga para a realização do mesmo.

Outro aspecto bastante relevante foi o alto investimento realizado em um

curto período de tempo. Salientando que este investimento não estava ligado

diretamente a realização deste trabalho. A verba existia para ser colocada em

melhorias que viessem a garantir uma melhor produtividade, organização e

segurança no setor. Este estudo ajudou apenas a analisar previamente junto com o

setor envolvido e a segurança, o local e como deveriam ser implementadas as

melhorias.

Outra dificuldade encontrada foi a necessidade de uma escolha de tempo e

horário para coleta de dados que não viessem a atrapalhar a produção, seja através

da parada das máquinas para análise, assim como na efetivação das melhorias.

6.3 Sugestões para estudos futuros

Através dos resultados obtidos pelo presente trabalho, verificou-se que há a

necessidade de realização de mais estudos nesta área, entre eles estão:

- Avalia uma gama maior de funcionários, tendo em vista todos os riscos

ergonômicos,

- Sugerir um maior número de melhorias para a diminuição dos riscos

ergonômicos

- Envolver mais pessoas na realização do trabalho, buscando comprometer os

mesmos por um ambiente de trabalho mais seguro.

- Computar os dados e os ganhos com a realização das melhorias

- Fazer estudo comparativo em cada posto de trabalho, com diferentes

pessoas

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REFERÊNCIAS

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AVANCINI, Fabrício; FERREIRA, Flávio. Ergonomia e postura no trabalho. Rio deJaneiro: Virtual Científica. 2003.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 17 - Ergonomia (117.000-7)Disponível em: <www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_17.asp.> Acesso em:28 mar. 2007.

BORDIN, Lídia Helena Vitali. Avaliação ergonômica e melhorias das condiçõesde trabalho e do processo produtivo de nutrição parenteral total, em farmáciasde manipulação: um estudo de caso. 2004. 102 f. Dissertação (mestrado) -Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a teoria geral da administração. 2 ed. Rio deJaneiro: Campus. 2000.

HIGNETT, S; McATAMNEY, L. Rapid entire body assessment REBA. appliedergonomics. v. 31, p. 201-2005, april. 2000. Disponível em:<http://www.elsevier.com.> Acesso em: 15 ago. 2006.

GRANDJEAN, Etienne. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem.Tradução João Pedro Sten. Porto Alegre: Artes médicas. 1998.

GUIMARÃES, Carla Patricia; NAVEIRO, Ricardo Manfred. Revisão dos métodos deanálise ergonômica aplicadas ao estudo dos DOR em trabalhos de montagemmanual. Produto & Produção, São Paulo, v. 7. n. 1, p. 63 – 75, mar. 2004.Disponível em: <http://www6.ufrgs.br/seerpep/ojs/login.php.> Acesso em: 04 abr.2007.

PADULA, Rosimeire Simprini; SOUZA, VC; GIL, Coury H. J. C. Tipos de preensão emovimentos do punho durante atividade de manuseio de carga. Revista Brasileirade Fisioterapia, São Carlos, v.10 n.1, 2006. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php.> Acesso em:16 abr. 2007

ROSA, Marco Antônio Salles; PILATTI, Luiz Alberto. Qualidade de vida no trabalho ea legislação pertinente. Revista digital efdeportes.com. Buenos Aires, V. 10, n. 93,fev. 2006. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd57/postura.htm.> Acessoem: 05 mar. 2007.

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SANTOS, Valéria; ZAMBERLAN, Maria Cristina. Projeto ergonômico nas salas decontrole. São Paulo: Fundación Mapfre – Sucursal Brasil, 1992.

VIDAL, Mario César. Guia para análise ergonômica do trabalho (AET) naempresa. Rio de Janeiro: Virtual Científica, 2003.

WISNER, Alain. Textos escolhidos, Antropotecnologia. Tradução Adriananascimento, José Mário Carvão, Mário César Vidal. Rio de janeiro: Virtual Científica,2004.

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APÊNDICE A - Avaliação rápida de Corpo Inteiro - REBA

Escores para o tronco:

Movimento Escore Modificador

Na Vertical 10 - 20º flexão

0 - 20º extensão2

20 - 60º flexão> 20º extensão

3

> 60º flexão 4

+ 1girando ouflexionandolateralmente

Escores para o pescoço:

Movimento Escore Modificador

0 - 20º flexão 1

> 20º flexão ou> 20º extensão

2

+ 1girando ouflexionandolateralmente

Escores para as pernas:

Movimento Escore Modificador

Peso bilateral,andando ousentado

1

Pesounilateral,

agachando ouposturainstável

2

+ 1 se flexãode joelhos

entre 30 – 60º

+ 2 se flexãode joelhos >

60º

Escore para braços

Movimento Escore Modificador

20º extensão à20º flexão

1

> 20º extensão20 – 45º flexão

2

45 – 90º flexão 3> 90º flexão 4

+ 1 em abduçãoou rotação

+ 1 na elevaçãodo ombro

- 1 se apoiado ouauxiliado pela

gravidade

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Escore para antebraços

Movimento Escore Modificador

60 - 100º flexão 1

> 60º flexão ou< 100º flexão

2

Escore para pulsos

Movimento Escore Modificador

0 - 15º flexão ouextensão

1

> 15º flexão ou> 15º extensão

2

+ 1 se o pulsoestá desviadoou torcido

Considere uma tarefa crítica. Para cada tarefa determine os escores devido àsposturas.

• Escore do grupo A (tronco, pescoço, e pernas) , para o lado direito e ladoesquerdo.

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• Escore do grupo B (braço, antebraço e pulso), para o lado direito e ladoesquerdo.

Determine a pontuação do grupo A: escore da tabela A + a pontuação devida àcarga.

Carga / força

Carga Escore

< 5 kg 0

5 – 10 kg 1

> 10 kg 2

Choque ou rápida aplicação do força. + 1

Determine a pontuação do grupo B: escore da tabela B + a pontuação devido à pega(mão).

Carga / força

Pega Escore

Cabo bem adaptado, com acionamento da potência no meiomão.

0 – Boa

Pega aceitável, mas não ideal, ou realizado por outra parte docorpo.

1 – Fraca

Pega com a mão não aceitável mas não impossível. 2 – Ruim

Pega sem segurança para mãos, inaceitável através de outraspartes co corpo.

3 – inaceitável

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Determine o escore C = escore de A cruzando com escore de B

Determine o escore devido à atividade.

Escore por atividade:

+ 1 se uma ou mais partes do corpo estão estáticas, mantendo por não mais que 1minuto.

+ 1 se ações repetitivas de pequeno alcance até 4 vezes por minuto.

+ 1 a ação causa rápida mudança de postura com largo alcance e base instável.

Escore do REBA = escore C + escore da atividade.

Determine o risco com o escore REBA.

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Planilha de coleta de dados

Nome do Local: Sublocal: Descrição: Funcionário: Máquina: Data:

Grupo A Grupo B

Postura / Alcance Pontuação TotalPostura /Alcance Pontuação Esquerda Direita

Tronco Braço ( Ombros)

Flexão: 0 - 20ºEreto 1

Extensão: 0 - 20º1 Braços abduzidos e

girando: + 1Flexão: 0 - 20º Flexão: 20 - 45ºExtensão: 0 - 20º

2Extensão: > 20º

2

Flexão: 20 - 60ºExtensão: > 20º

3 Flexão: 45 - 90º 3

Levantados esuportando peso: +1

Flexão: > 60º 4

Girando ouflexionando

lateralmente:+1

Flexão: > 90º 4 Braços apoiados: -1

Pescoço Ante-braços ( Cotovelos)

Flexão: 0 - 20º 1 Flexão: 60 - 100º 1

Flexão: > 20º Flexão: < 60ºExtensão: > 20º

2

Girando ouflexionando

lateralmente:+1 Extensão: > 100º

2Nenhuma adaptação

Pernas Pulsos

Flexão: 0 - 15ºRotação bilateral;Caminhar , sentar 1

Joelhosflexionadosde 30 - 60º:

+1Extensão: 0 - 15º

1

Flexão: > 15ºPosição estáticaou unilateral 2

Joelhosflexionadosde > 60º: +2 Extensão: > 15º

2

Pulso girando : +1

Pontuação da tabela A Pontuação da Tabela B Peso / Força Pega

< 5 kg 0 Bom 05 - 10 kg 1 Regular 1>10 kg 2

Levante depeso: +1

Ruim 2Inaceitável 3

Nenhuma adaptação

Pontuação A Pontuação B Esquerda DireitaPontuação A (Tabela A +

Pontuação Peso/Força) Pontuação de B (Tabela B +

Pontuação da pega)

Atividade Pontuação C ( Tabela C )

Um ou mais partes do corpo estãoestáticas por mais de 1 minuto Pontuação da Atividade

Movimentos repetitivos de pequenoalcance, mais de 4 vezes por minuto

Mudanças bruscas de postura oubase instável

Pontuação da REBA ( PontuaçãoC + Pontuação da atividade)

Classificação do posto: Pontuação REBA Nível do Risco Ergonomico1 Insignificante

2 - 3 BaixoAvaliador: 4 - 7 Médio

8 - 10 Alto11 - 15 Muito Alto

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Tabela A TroncoPernas 1 2 3 4 5

1 1 2 2 3 42 2 3 4 5 63 3 4 5 6 7

Pescoço = 1

4 4 5 6 7 8

TroncoPernas 1 2 3 4 5

1 1 3 4 5 62 2 4 5 6 73 3 5 6 7 8

Pescoço = 2

4 4 6 7 8 9

TroncoPernas 1 2 3 4 5

1 3 4 5 6 72 3 5 6 7 83 5 6 7 8 9

Pescoço = 3

4 6 7 8 9 9

Tabela BBraço ( Ombros )

Pulso 1 2 3 4 5 61 1 1 3 4 6 72 2 2 4 5 7 8

Ante-Braço(Cotovelo) =

13 2 3 5 5 8 8

Braço ( Ombros )Pulso 1 2 3 4 5 6

1 1 2 4 5 7 82 2 3 5 6 8 9

Ante-Braço(Cotovelo) =

23 3 4 5 7 8 9

Tabela CPontuação A

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 121 1 1 2 3 4 6 7 8 9 10 11 122 1 2 3 4 4 6 7 8 9 10 11 123 1 2 3 4 4 6 7 8 9 10 11 124 2 3 3 4 5 7 8 9 10 11 11 125 3 4 4 5 6 8 9 10 10 11 12 126 3 4 5 6 7 8 9 10 10 11 12 127 4 5 6 7 8 9 9 10 11 11 12 128 5 6 7 8 8 9 10 10 11 12 12 129 6 6 7 8 9 10 10 10 11 12 12 12

10 7 7 8 9 9 10 11 11 12 12 12 1211 7 7 8 9 9 10 11 11 12 12 12 12

Pontuação B

12 7 8 8 9 9 10 11 11 12 12 12 12

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APÊNDICE B - Termo de consentimento livre e esclarecido

Eu....................................................................................................................,

fui informado (a) dos objetivos específicos desta pesquisa, de forma clara e

detalhada. Recebi informações específicas sobre cada procedimento adotado.

Todas as minhas dúvidas foram respondidas com clareza e sei que poderei solicitar

novos esclarecimentos sempre que

necessário. Estarei seguro (a) de que não serei identificado e que se manterá o

caráter confidencial das informações.

A acadêmica de Educação Física responsável por este estudo, certificou-me

de que as informações fornecidas, terão caráter confidencial, sendo utilizado

somente para fins científicos.

Declaro ainda que recebi cópia do presente Termo de Consentimento Livre e

Esclarecimento.

Assinatura do pesquisado (a):

_____________________________ Assinatura

______________________________ _______________________ Nome Data

Assinatura do pesquisador:

______________________________ _______________________ Assinatura Data

______________________________ Nome

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APÊNDICE C - Tabela da coleta dos dados iniciais

Identificação Análise Seguimento muscular - Pré-teste

Qtd Nome Célula Local 1ª Análise Tronco Pescoço Pernas Peso/Força Atividade Ombro Cotovelo Pulso Pega

PontuaçãoFinal

Riscoergonmico

1 Darlan Placas Posto 1 1 1 2 1 1 0 3 1 1 1 3 Baixo

2 Cristian Placas Posto 2 1 4 1 3 3 1 4 1 1 1 11 Muito Alto

3 Paulo E. Levante Posto 1 1 4 2 2 2 1 4 2 1 1 11 Muito Alto

4 Daniel E. Levante Posto 2 1 5 2 2 1 1 4 1 1 1 11 Muito Alto

5 Flávio E. Levante Posto 3 1 5 1 2 2 1 4 1 1 1 8 Alto

6 Jorge S. freio Posto 1 1 4 2 1 1 1 2 1 1 1 7 Médio

7 Eduardo S. freio Posto 2 1 5 2 1 1 1 3 1 1 1 9 Alto

8 Fernando E. Roda Posto 1 1 3 1 1 1 1 3 2 1 1 5 Médio

9 Aldemiro E. Roda Posto 2 1 4 1 1 2 1 5 2 1 1 9 Alto

10 Batista E. Roda Posto 3 1 4 2 1 1 1 3 1 1 1 8 Alto

11 Cristiano E. Roda Posto 4 1 4 2 1 1 1 3 1 1 1 8 Alto

12 Adroaldo E. Roda Posto 5 1 2 2 1 1 1 3 1 1 1 5 Méio

13 Marcos Diferencial Posto 1 1 4 2 1 1 1 2 1 1 0 7 Médio

14 Jeferson Diferencial Posto 2 1 4 2 2 1 3 5 1 1 0 11 Muito Alto

15 Oséias Sino leve Posto 1 1 4 2 1 2 1 3 1 1 2 10 Alto

16 Doralvo Coroa Us. Posto 1 1 5 2 1 2 1 4 1 1 1 11 Muito Alto

17 Rafael Coroa Us. Posto 2 1 4 2 1 2 2 3 1 1 3 10 Alto

18 Alcione Coroa Us. Posto 3 1 5 2 1 2 1 5 1 1 1 11 Muito Alto

19 Adenilson Cilíndro Posto 1 1 4 2 1 2 2 3 1 1 1 10 Alto

20 Adelino Cilíndro Posto 2 1 5 2 2 2 1 3 1 1 1 11 Muito Alto

21 Arlei M.T.Reação Posto 1 1 3 2 1 1 1 4 2 1 1 7 Médio

22 Luciano M.T. C. Central Posto 1 1 3 2 1 2 2 5 1 1 1 11 Muito Alto

23 Adilson Pino Gonso Posto 1 1 4 2 1 2 1 2 1 1 1 8 Alto

24 Alexandre Pino Gonso Posto 2 1 5 2 1 1 1 3 1 1 1 9 Alto

25 Giovani Pino Gonso Posto 3 1 5 2 2 1 1 4 1 1 1 10 Alto

26 Derli Pino Gonso Posto 4 1 5 2 1 1 1 4 1 1 1 10 Alto

27 Adilson S. A. Central Posto 1 1 4 1 1 2 1 2 2 1 1 5 Médio

28 Rafael S. A. Central Posto 2 1 4 2 1 3 1 4 1 1 1 11 Muito Alto

29 Lauredi S. A. Central Posto 3 1 3 1 1 2 1 3 2 1 0 5 Médio

30 Ricardo S. A. Central Posto 4 1 3 2 1 3 1 4 2 1 1 10 Alto

31 Adroaldo Eixo da TDP Posto 1 1 4 2 1 2 2 4 1 1 1 11 Muito Alto

32 Manasses Eixo da TDP Posto 2 1 4 2 1 1 2 2 1 1 1 8 Alto

33 Rafael Eixo da TDP Posto 3 1 5 2 2 1 1 4 2 1 1 11 Muito Alto

34 Gerson Eixo da TDP Posto 4 1 4 2 1 1 1 3 2 1 1 9 Alto

35 Alexsandro Us.Tampa Hidr Posto 1 1 5 2 1 2 2 2 1 1 1 10 Alto

36 Rafael Us.Tampa Hidr Posto 2 1 2 1 1 2 1 2 1 1 1 5 Médio

37 João V. Us.Tampa Hidr Posto 3 1 4 2 1 2 1 3 1 1 1 9 Alto

38 Jorge A. Us.Tampa Hidr Posto 4 1 5 2 2 2 2 3 1 1 1 12 Muito Alto

39 Miguel Sino Pesado Posto 1 1 5 2 1 2 1 3 1 1 1 10 Alto

40 Valdecir P.Eng.Pesado Posto 1 1 4 1 1 2 1 3 1 1 1 6 Médio

41 Joni P.Eng.Pesado Posto 2 1 5 2 1 2 1 3 1 1 1 10 Alto

42 Jeferson M.Tampa Hid. Posto 1 1 4 2 1 2 1 3 1 1 1 9 Alto

43 Ademar M.Tampa Hid. Posto 2 1 2 1 1 2 1 3 1 1 1 5 Médio

44 Edegar M.Tampa Hid. Posto 3 1 5 2 1 0 2 3 1 1 1 9 Alto

45 Waldemar M.Tampa Hid. Posto 4 1 2 1 1 2 2 3 1 1 1 6 Médio

46 Paulo Espaçador Posto 1 1 5 2 1 2 1 3 1 1 1 10 Alto

47 Ubiraci Espaçador Posto 2 1 4 2 1 2 1 3 1 1 1 9 Alto

48 Josivan Espaçador Posto 3 1 5 2 1 2 1 2 1 1 1 9 Alto

49 Jose L. Saída Linha Posto 1 1 5 2 3 3 1 3 1 1 2 13 Muito Alto

50 Dalvan Saída Linha Posto 2 1 5 2 3 3 1 3 1 1 2 13 Muito Alto

51 Jefferson Trombetas Posto 1 1 4 1 1 2 1 3 1 1 1 6 Médio

52 Dorismar Trombetas Posto 2 1 3 2 1 2 1 3 1 1 1 8 Alto

53 Alexandre Trombetas Posto 3 1 4 2 1 2 1 3 1 1 1 9 Alto

54 Anderson Trombetas Posto 4 1 2 1 1 2 1 3 1 1 1 5 Médio

55 Alexandre M. Redução L. Posto 1 1 4 2 1 1 1 3 1 1 1 8 Alto

56 Mauri M. Redução L. Posto 2 1 3 2 1 0 1 4 1 1 0 5 Médio

57 Marcos M. Redução L. Posto 3 1 5 2 1 2 1 3 1 1 1 10 Alto

58 Alessandro M. Redução L. Posto 4 1 4 1 2 2 1 3 1 1 1 9 Alto

59 Valdecir P. Eng. Leve Posto 1 1 4 2 1 2 1 3 1 1 1 9 Alto

60 Wagner P. Eng. Leve Posto 2 1 4 2 1 2 1 3 1 1 1 9 Alto

61 Alexandre P. Eng. Leve Posto 3 1 5 2 1 2 1 3 2 1 1 11 Muito Alto

62 Max P. Eng. Leve Posto 4 1 4 2 1 2 1 3 2 1 1 10 Alto

63 João P. Eng. Leve Posto 5 1 4 2 1 2 1 3 2 1 1 10 Alto

64 Paulo P. Eng. Leve Posto 6 1 4 3 1 2 2 3 2 1 1 12 Muito Alto

65 Nelso M. Trombeta Posto 1 1 3 1 2 0 1 3 1 1 1 5 Médio

66 Julio M. Trombeta Posto 2 1 3 2 2 0 1 3 1 1 1 6 Médio

67 Luis Flange Pinhão Posto 1 1 5 1 2 1 1 3 1 1 1 9 Alto

68 Luciano M. Roletes Posto 1 1 4 2 3 0 2 3 1 2 1 10 Alto

69 Joelson M. Coroa D. Posto 1 1 5 2 2 1 1 3 1 1 1 10 Alto

70 Paulo M. Eixo P. Posto 1 1 4 1 1 3 1 3 1 1 1 8 Alto

71 Lindomar M. Eixo P. Posto 2 1 4 2 1 3 1 3 1 1 2 11 Muito Alto

72 Cloves M. Eixo P. Posto 3 1 3 1 1 3 1 5 1 1 2 9 Alto

73 Fabiano R. M. Eixo TDP Posto 1 1 4 2 1 2 1 4 1 1 1 10 Alto

74 Paulo S. M. Bomba H. Posto 1 1 3 1 1 3 1 3 1 1 2 7 Médio

75

Totais 74 295 131 95 127 86 238 87 75 78

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APÊNDICE D – Descrição das Intervenções

Nº LocalCélula

QtdPessoas Problemas que influenciaram no cálculo Risco

Existente Pontos Melhorias realizadasRisco

Alcançado

Pontos

1 1 - Estrado para caixas MP muito alto2 - Flexão do ombro além de 90° (manipulador) Baixo 3 1 - Diminuido altura do estrado de m. prima

- Diminuido ângulo de flexão dos ombros Baixo 2

1 Usinagem dasplacas

1

1 - Flexão do tronco e do joelho para retirar ecolocar peças na caixa (embalagem baixa)2 - Dispositivo não está adequado a operação3 - Esforço físico no manuseio de peça

Muito alto 11

1 - Confeccionado embalagem mais alta- Diminuido a flexão do tronco- Eliminado flexão dos joelhos2 - Adequação do dispositivo de içamento- Diminuido ângulo de flexão dos ombros- Eliminado esforço físico

Médio 5

1

1 - Flexão do tronco para retirar e colocar peças nacaixa (embalagem baixa)2 - Esforço para empurrar embalagem pesada3 - Painel da máquina alta

Muito alto 11 Operador afastado para 2ª análise

1

1 - Flexão do tronco para retirar e colocar peças nacaixa (embalagem baixa)2 - Flexão do pescoço ao retirar e colocar peças nacaixa (embalagem baixa)

Muito alto 11 Não mudou Muito alto 112Usinagem do

Eixo dolevante

11 - Flexão do tronco para retirar peças da caixa(embalagem baixa)2 - Flexão do ombro além de 90° (Furadeira)

Alto 81 - Confeccionado embalagem para colocação de peçasprontas no final- Não alterou os aspectos ergonômicos

Alto 8

1 1 - Flexão do tronco para retirar peças da caixa(embalagem baixa) Médio 7 Não mudou Médio 7

3Usinagem doSuporte do

Freio

11 - Flexão do tronco para colocar e retirar peças dafuradeira2 - Flexão do ombro além de 90° (Furadeira)

Alto 91 - Confeccionado embalagem para colocação de peçasprontas no final- Não alterou os aspectos ergonômicos

Alto 9

11 - Flexão do tronco para retirar peças da caixa(embalagem baixa)2 - Flexão do ombro além de 90° (Máquina alta)

Médio 5 Não mudou Médio 5

11 - Flexão do tronco para retirar peças da caixa(embalagem baixa)2 - Flexão do ombro além de 90° (manipulador)

Alto 9

1 - Confeccionado embalagem mais alta para colocação depeças- Passou a ser utilizado dispositivo existente- Diminuido a flexão do tronco- Diminuido o esforço físico

Médio 4

11 - Flexão e inclinação do tronco para colocar peçasna caixa e máquina(embalagem baixa)2 - Flexão do ombro além de 45° com peso

Alto 81 - Confeccionado embalagem mais alta para colocação depeças- Diminuido a flexão do tronco

Médio 6

11 - Flexão e inclinação do tronco para colocar peçasna caixa e máquina(embalagem baixa)2 - Flexão do ombro além de 45° com peso

Alto 81 - Confeccionado embalagem mais adequada para colocaçãode peças- Diminuido a flexão do tronco

Médio 4

4 Usinagem doEixo da Roda

1 1 - Flexão do ombro além de 90° (trabalho commanipulador, furadeira e a botoeira da máquina) Médio 5 Não mudou Médio 5

5 Usinagem dodiferencial 1

1 - Flexão do tronco para retirar peças da caixa(embalagem baixa) em duas operações2 - Flexão do ombro além de 90° (manipulador)

Médio 7 Diminuiu a flexão do tronco em uma das operações, desta formaa melhoria não foi significativa no cálculo Médio 7

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1

1 - Flexão do tronco para retirar peças da caixa(embalagem baixa)2 - Flexão do ombro além de 90° (manipulador)3 - Esforço físico embalagem pesada

Muito alto 11

1 - Confeccionado embalagem mais alta para colocação depeças- Diminuido a flexão do tronco- Eliminado flexão dos joelhos- Eliminado inclinação do pescoço- Diminuido o esforço físico

Médio 5

11 - Flexão do tronco para retirar peças da caixa(embalagem baixa)2 - Flexão do ombro além de 90° (manipulador)

Médio 5

1 - Confeccionado embalagem mais alta para colocação depeças- Reduzido o ângulo de flexão do troncoMesmo com a melhoria não alterou o índice ergonômico

Médio 5

1

1 - Flexão do tronco para retirar peças da caixa(embalagem baixa)2 - Flexão do ombro além de 90° (manipulador)3 - Esforço físico no manuseio de peça

Muito alto 11

1 - Confeccionado embalagem mais alta para colocação depeças- Reduzido o ângulo de flexão do tronco- Reduzido o ângulo de flexão do Braço

Médio 7

11 - Flexão do tronco para retirar peças da caixa(embalagem baixa)2 - Flexão do ombro além de 90° (manipulador)

Médio 5 Não mudou Médio 5

6Usinagem daSemi-árvore

Central

1

1 - Hiperextenção do tronco para retirar peças dacaixa (embalagem baixa e pesada)2 - Flexão do Cotovelo além de 90°3 - Esforço físico no manuseio de peça

Alto 10 Não mudou Alto 10

7 Usinagem doSino Leve 1

1 - Flexão do tronco para retirar peças da caixa(embalagem baixa)2 - Flexão do ombro além de 90° (Furadeira)3 - Esforço físico no manuseio de peça

Alto 10

1 - Confeccionado embalagem mais alta para colocação depeças-Não alterou o índice ergonômico pois em outras posições nãoforam realizadas melhorias

Alto 10

1

1 - Flexão do tronco para retirar e colocar peças nacaixa e máquina(embalagem baixa)2 - Flexão do ombro além de 90° com peso3 - Esforço físico no manuseio de peça

Muito alto 11

1 - Confeccionado embalagem mais alta para colocação depeças- Reduzido o ângulo de flexão do tronco- Reduzido o ângulo de flexão do Braço

Alto 9

1

1 - Flexão do tronco para retirar e colocar peças nacaixa e máquina(embalagem baixa)2 - Flexão doombro além de 45° com peso3 - Esforço físico nomanuseio de peça

Alto 10

1 - Confeccionado embalagem mais alta para colocação depeças- Reduzido o ângulo de flexão do tronco- Reduzido oângulo de flexão do Braço- Reduzido o esforço físico com anova embalagem, com capacidade menor

Alto 98 Usinagem dascoroas

1

1 - Flexão do tronco para retirar e colocar peças nacaixa e máquina(embalagem baixa)2 - Flexão do ombro além de 45° com peso3 - Esforço físico no manuseio de peça

Muito alto 111 - Confeccionado embalagem mais alta para colocação depeças- Reduzido o ângulo de flexão do tronco

Alto 10

1

1 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na caixa e máquina2 - Flexão do ombro além de 45° com peso3 - Esforço físico no manuseio de peça

Muito alto 11 Não mudou Muito alto 11

1

1 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na caixa2 - Flexão do ombro além de 45° com peso3 - Esforço físico no manuseio de peça

Alto 8

1 - Confeccionado embalagem mais alta para colocação depeças- Reduzido o ângulo de flexão do tronco- Reduzido o esforço físico

Médio 4

1

1 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na caixa2 - Flexão do ombro além de 45° com peso3 - Esforço físico no manuseio de peça

Muito alto 11 Não mudou Muito alto 11

9 Usinagem doPTO

1

1 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na caixa2 - Flexão do ombro além de 45° com peso3 - Esforço físico no manuseio de peça

Alto 9 Não mudou Alto 9

1 1 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na caixa e máquina Alto 10 Não mudou

1 Consciderado a até 2 como uma boa pontuação paraeste tipo de trabalho Médio 5 Não mudou

10Usinagem

TampaHidráulica

11 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na caixa2 - Flexão do ombro além de 90°

Alto 9 Não mudou

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11 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na caixa2 - Flexão do ombro além de 90°

Muito Alto 12 Não mudou

11 UsinagemSino Pesado 1

1 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na caixa e máquina2 - Flexão do ombro além de 90°

Alto 10 Não mudou

11 - Flexão do tronco para retirar e colocar peças nacaixa e máquina2 - Flexão do ombro além de 90°

Médio 6 Não mudou

12

UsinagemPorta

engrenag.pesado

11 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na caixa e máquina2 - Flexão do ombro além de 90°

Alto 10 Não mudou

11 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na caixa e máquina2 - Flexão do ombro além de 90°

Alto 9 Não mudou

1 1 - Flexão do ombro além de 90° Médio 5 Não mudou

11 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na caixa e máquina2 - Flexão do ombro além de 90°

Alto 9 Não mudou

13Montagem

TampaHidráulica

1 1 - Flexão do ombro além de 90° Médio 6 Não mudou

1

1 - Flexão e inclinação do tronco para montar peçasna máquina2 - Flexão do ombro além de 90°3 - Pernas flexionadas além de 60°

Muito alto 131 - Confeccionado dispositivo para manuseio das peças- Reduzido o ângulo de flexão do tronco- Reduzido o esforço físico

Alto 9

14 MontagemSaída da linha

1

1 - Flexão e inclinação do tronco para montar peçasna máquina2 - Flexão do ombro além de 90°3 - Pernas flexionadas além de 60°

Muito alto 131 - Confeccionado dispositivo para manuseio das peças- Reduzido o ângulo de flexão do tronco- Reduzido o esforço físico

Alto 8

11 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças da caixa e máquina2 - Flexão do ombro além de 90°

Alto 10 Não mudou

11 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na caixa e máquina2 - Flexão do ombro além de 90°

Alto 9 Não mudou 15 Usinagemespaçador

1 1 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na caixa e máquina Alto 9 Não mudou

11 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na máquina e estrado2 - Flexão do ombro além de 90°

Médio 6 Não mudou

11 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na máquina e estrado2 - Flexão do ombro além de 90°

Alto 8 Não mudou

11 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na máquina e estrado2 - Flexão do ombro além de 90°

Alto 9 Não mudou

16 UsinagemTrombetas

1 1 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na máquina e estrado Médio 5 Não mudou

11 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na máquina e embalagem2 - Flexão do ombro além de 90°, na máquina

Alto 10 Não foi realizado melhrias no posto 01 Alto 10

17 UsinagemCilíndro

11 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na máquina e embalagem2 - Flexão do ombro além de 90°

Muito Alto 11

1 - Confeccionado embalagem adequada para colocação daspeças- Foi reduzido o ângulo de flexão do tronco- Reduzido o ângulo de flexão dos braços- Eliminado ângulo flexão do joelho

Médio 5

18Montagemcoroa no

diferencial1

1 - Flexão e inclinação do tronco e pescoço pararetirar e colocar peças na máquina e embalagem2 - Flexão do ombro além de 90°

Alto 10 Não mudou Alto 10

19MontagemTampa da

Reação1 1 - Flexão e inclinação do tronco ao pegar peças na

embalagem2 - Flexão do ombro além de 90° Médio 7 1 - Modificado altura da bancada de montagem2 - Modificadoaltura dos Gaveteiros Médio 5

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11 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na máquina e embalagem2 - Flexão do ombro além de 90°

Alto 8 Não mudou Alto 8

11 - Flexão e inclinação do tronco para movimentarpeças na máquina2 - Flexão do ombro além de 90°, movimentação

Médio 5 Não mudou Médio 5

11 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na máquina e embalagem2 - Flexão do ombro além de 90°, movimentação

Alto 101 - Confeccionado embalagem adequada para colocação daspeças- Foi reduzido o ângulo de flexão do tronco

Alto 8

20MontagemRedução

Final

11 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na máquina e embalagem2 - Flexão do ombro além de 90°, movimentação

Alto 9

1 - Confeccionado embalagem adequada para colocação daspeças- Foi reduzido o ângulo de flexão do tronco- Eliminado ângulo de flexão do joelho

Médio 5

21Montagem

CarcaçaCentral

11 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na máquina e embalagem2 - Flexão do ombro além de 90°, movimentação

Muito alto 11 Não mudou Muito alto 11

11 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na máquina e embalagem2 - Flexão do ombro além de 90°, movimentação

Alto 8 Não mudou

11 - Flexão e inclinação do tronco para colocar peçasnas máquinas2 - Flexão do ombro além de 90°, movimentação

Alto 9 Não mudou

11 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na máquina e embalagem2 - Flexão do ombro além de 90°, movimentação

Muito alto 11 Não mudou

11 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na máquina e embalagem2 - Flexão do ombro além de 90°, movimentação

Alto 10 Não mudou

11 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na máquina e embalagem2 - Flexão do ombro além de 90°, movimentação

Alto 10 Não mudou

22Usinagem

Portaengrenag.

11 - Flexão e inclinação do tronco para retirar ecolocar peças na máquina e embalagem2 - Flexão do ombro além de 90°, movimentação

Muito alto 12 Não mudou

1

1 - Flexão 0 e 20° e inclinação do tronco namontagem dos componentes2 - Flexão do ombro entre 45 e 90°, pegar peças nogaveteiro

Médio 5 Não mudou

23Montagem da

TrombetasLeves e média

1

1 - Flexão 0 e 20° e inclinação do tronco namontagem dos componentes2 - Flexão do ombro entre 45 e 90°, pegar peças nogaveteiro e movimentar componentes

Médio 6 Não mudou

24 Usinagem doFlange 1

1 - Flexão maior 60° e inclinação do tronco pararetirar peças da embalagem e colocar na máquina2 - Flexão do ombro além de 90°, na máquina

Alto 9 Não mudou

25 Montagemdos roletes 1

1 - Flexão entre 20 e 60° e inclinação do tronco 2 -Trabalho sentado com flexão dos joelhos2 - Flexão do ombro entre45 e 90°, na máquina

Alto 10 Não mudou

26 Usinagem doPino Gonzo 1 1 - Flexão maior 60° e inclinação do tronco para

retirar e colocar peças na embalagem Alto 8

1 - Confeccionado embalagem adequada para colocação depeças prontas somente na posição de descarga da peça ( poresta razão os dados não foram alterados)- Foi reduzido o ângulo de flexão do tronco- Reduzido o ângulo de flexão dos braços

Alto 8

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1

1 - Flexão maior 60° e inclinação do tronco pararetirar e colocar peças na embalagem2 - Flexão do ombro entre 20º e 45º, ao retirar ecolocar peças em ambalagem3 - Inclinação do pescoço devido a flexão do tronco

Alto 9

1 - Confeccionado embalagem adequada para colocação depeças- Reduzido o ângulo de flexão do tronco- Diminuido o ângulo de inclinação do pescoçoA Flexão e inclinação do ombro não alterou

Médio 4

1

1 - Flexão maior 60° e inclinação do tronco pararetirar e colocar peças na embalagem2 - Flexão do ombro entre 45º e 90°º, ao retirar ecolocar peças em ambalagem3 - Flexão do joelhos ao colocar peças naembalagem

Alto 8

1 - Confeccionado embalagem adequada para colocação depeças prontas- Foi reduzido o ângulo de flexão do tronco- Reduzido o ângulo de flexão dos braços- Reduzido a inclinação do pescoço- Eliminado a flexão do joelho

Médio 4

1

1 - Flexão maior 60° e inclinação do tronco pararetirar e colocar peças na embalagem2 - Flexão do ombro além de 90°, ao colocar peçasem ambalagem

Alto 10

1 - Confeccionado embalagem adequada para colocação depeças- Reduzido o ângulo de flexão do tronco- Eliminado embalagem muito alta

Médio 4

Montagem doEixo PTO 1

1 - Flexão entre20 e 60° e inclinação do tronco pararealizar a montagem2 - Flexão do ombro maior 90°, para realizar a tarefa

Alto 10 1 - Confeccionado dispositivo de montagem, eliminando oexistente Alto 10

1

1 - Flexão maior 60° e inclinação do tronco pararetirar e colocar peças na embalagem2 - Flexão do ombro além de 90°, ao colocar peçasem ambalagem

Alto 81 - Instalada apertadeira pneumática para torquearconjunto- Diminuido o esforço físico do operador

Médio 6

1

1 - Flexão entre20 e 60° e inclinação do tronco pararealizar a montagem2 - Utilização de força para realizar o trabalho3 - Flexão do ombro entre 45e 90°, para realizar atarefa

Muito alto 11 Não mudou Muito alto 11

Montagempesada

1

1 - Flexão entre 0 e 20° e inclinação do tronco pararealizar a montagem2 - Utilização de força pararealizar o trabalho3 - Flexão do ombro além de 90°,para realizar a montagem

Alto 9 Não mudou Alto 9

Montagem da

BombaHidráulica

1

1 - Flexão entre 0 e 20° e inclinação do tronco pararealizar a montagem2 - Utilização de força para realizar o trabalho3 - Flexão do ombro entre 20 e 45°, para realizar amontagem

Médio 7

1 - Confeccionado dispositivo para o manuiseio da peça- Reduzido o ângulo de flexão do tronco- Diminuido o esforço físico do operador- Reduzido o ângulo de flexão do ombro

Baixo 3

74