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POR ONDE VAI A ECONOMIA PORTUGUESA … E DE ONDE VEM

JOAQUIM AGUIAR 18 DE JUNHO DE 2013

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POR ONDE VAI A ECONOMIA PORTUGUESA…

1. Só pode ir para os espaços regionais e globais…2. Para uma Europa mais competitiva e menos

distributiva…3. Para uma integração global nos fluxos entre o

Ocidente e Oriente…

… E DE ONDE VEM:

4. De dispositivos de regulação “internos” destruidores do crescimento sustentável

5. De uma integração europeia divergente em salários e políticas orçamentais…

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As mudanças falhadas

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5

As mudanças falhadas

40 50 60 70 80 90 2000 10

ECONOMIA NACIONAL COM EXTENSÃO COLONIALINTEGRAÇÃO EUROPEIA

GLOBALIZAÇÃO COMPETITIVA

• MERCADO INTERNO E COLONIAL

• ESTRATÉGIA DO ATLÂNTICO SUL: A ESCALA QUE GERAVA O MODELO DE DESENVOLVIMENTO

• ORGANIZAÇÃO DE CAPITAIS E DE COMPETÊNCIAS PARA ESPECIALIZAÇÕES DIRIGIDAS AO MERCADO EXTERNO

• DOMÍNIO DO ESTADO SOBRE A ECONOMIA

• VALORIZAÇÃO DA ESTRATÉGIA DISTRIBUTIVA

• ALTERAÇÃO DA ESCALA ESTRATÉGICA

• FIXAÇÃO DA ESCALA EUROPEIA

• PRIVATIZAÇÕES: FORMAÇÃO DE ÁREAS DE INFLUÊNCIA EMPRESARIAL SEM ESTRATÉGIA DE MODERNIZAÇÃO

• PERDA DE COMPETITIVIDADE

• POLÍTICAS SOCIAIS SEM FINANCIAMENTO

• CRISE DA DÍVIDA

• CRISE DE ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA

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A escala dos espaços e a mutação da soberania

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A alteração da escala dos espaços

•ESPAÇO DELIMITADO POR FRONTEIRAS E DOTADO DE UMA CONDIÇÃO DE LEGITIMIDADE DO PODER POLÍTICO

•ESPAÇO DE CONTROLO DA MOBILIDADE DOS FACTORES

•ESPAÇO DE CONTROLO DO EFEITO DO TEMPO

•ALIANÇAS ENTRE ESTADOS

•ACORDOS MULTILATERAIS

•ESPAÇOS DE LIVRE CIRCULAÇÃO

•MOBILIDADE DOS FACTORES E DOS CENTROS DE DECISÃO

•CAPACIDADE COMPETITIVA, CONQUISTA DE QUOTAS DE MERCADO E CIRCULAÇÃO DE CAPITAIS

•ESTRUTURAS DE PODER SEM QUADROS INSTITUCIONAIS REGULADORES

ESTADO NACIONAL

BLOCOS REGIONAIS ESPAÇOS

GLOBAIS

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As novas cartografias – dos espaços para os fluxos

ESPAÇOS GLOBAIS

• FLUXOS

• CARTOGRAFIA “ATMOSFÉRICA” DE ATRACÇÃO E DE REPULSÃO

• DIFERENCIAÇÃO POR COMPETITIVIDADE E FUNCIONALIDADE

BLOCOS REGIONAIS

• MACRO-TERRITÓRIOS

• CARTOGRAFIA POLÍTICA E ECONÓMICA

• DIFERENCIAÇÃO POR ESPECIALIZAÇÕES

ESTADO NACIONAL

• TERRITÓRIO

• CARTOGRAFIA TRADICIONAL

• DIFERENCIAÇÃO POR CORES

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A harmonia das três esferas e a qualidade das funções de regulação

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O modelo das três esferas

DISPOSITIVOS DE REGULAÇÃO

CONDUÇÃO DA ESTRATÉGIA DE MODERNIZAÇÃO

VIABILIDADE COMPETITIVA DE EMPRESAS E SECTORES

VALORES E COMPORTAMENTOS DE MODERNIZAÇÃO

COMPARAÇÃO COM O EXTERIOR

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A distorção do modelo das três esferas

DISPOSITIVOS DE REGULAÇÃO

SUBORDINAÇÃO DA ESTRATÉGIA POLÍTICA ÀS PRESSÕES DAS REDES DE INTERESSES

A COMPARAÇÃO COM O EXTERIOR IMPLICA PERDA DE ATRACTIVIDADE

ISOLAMENTO DA ECONOMIA, REGRESSÃO E ACUMULAÇÃO DE DÉFICES

P

ES

PREFERÊNCIA POR RENDAS DISTRIBUTIVAS OBTIDAS POR PROTECÇÃO POLÍTICA S

REFÚGIO NOS SECTORES PROTEGIDOS DOS BENS NÃO TRANSACCIONÁVEIS

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Os campos de possibilidades: dos rendimentos crescentes aos rendimentos decrescentes

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Os campos de possibilidades

QUANTIDADES

TEMPO

CAMPO DE POSSIBILIDADES A

CAMPO DE POSSIBILIDADES B

• RISCO• DOMINAÇÃO• CAPITALIZAÇÃO • COMPETIÇÃO

• SEGURANÇA• PROTECÇÃO• EQUILÍBRIOS• DISTRIBUIÇÃO

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Os indicadores do ponto de viragem

• RISCO• DOMINAÇÃO• CAPITALIZAÇÃO • COMPETIÇÃO

• SEGURANÇA• PROTECÇÃO• EQUILÍBRIOS• DISTRIBUIÇÃO

QUANTIDADES

TEMPO

MUDANÇA DE PARADIGMA

• PERDA DE EFICÁCIA DOS DISPOSITIVOS DE CRESCIMENTO RÁPIDO

• ALTERAÇÃO DO PADRÃO DEMOGRÁFICO

• PASSAGEM DA CAPITALIZAÇÃO PARA O ENDIVIDAMENTO POR PERDA DE SUSTENTABILIDADE DOS SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

• RECURSO À FISCALIDADE EXTRACTIVA E GERAÇÃO DE ESPIRAIS RECESSIVAS

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Taxas de crescimento e a dobra do tempo

-2

0

2

4

6

8

10

1500-1820 1820-70 1870-1913 1913-50 1950-73 1973-2001 2001-13

TAXAS DE CRESCIMENTO ANUAL DO PIB 1500-2013

France

Germany

Italy

Netherland

United Kingdom

Portugal

Spain

USA

Ex USSR

China

India

Japan

ANGUS MADDISON, THE WORLD ECONOMY, A MILLENNIAL PERSPECTIVE, OECD, 2001

IMF, WORLD ECONOMIC OUTLOOK, APRIL, 2013

Bolt, J. and J. L. van Zanden (2013). The First Update of the Maddison Project; Re-Estimating Growth Before 1820. Maddison Project Working Paper 4.

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Produto interno bruto per capita 1890-2010

-5.000

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

1880 1900 1920 1940 1960 1980 2000 2020

GDP per capita

France

Germany

Italy

Holland/ Netherlands

England/GB/UK

Ireland

Portugal

Spain

USA

F. USSR

Argentina

Brazil

China

India

Japan

S. Korea

INDIA

BRAZIL

CHINA

F. USSR

Bolt, J. and J. L. van Zanden (2013). The First Update of the Maddison Project; Re-Estimating Growth Before 1820. Maddison Project Working Paper 4.

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Os fluxos, as assimetrias e a formação do espaço estratégico competitivo

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A dinâmica dos fluxos e a inovação financeira

OPORTUNIDADE DE PROJECÇÃO DE PODER PARA A CHINA

• EXCEDENTES DE BALANÇA COMERCIAL• POUPANÇA DOS PARTICULARES

NECESSIDADES DE FINANCIAMENTO DOS ESTADOS UNIDOS E DA EUROPA

• DÉFICES ORÇAMENTAIS• DÉFICES DE BALANÇA COMERCIAL• ENDIVIDAMENTO DAS EMPRESAS E DOS PARTICULARES

OCIDENTE ORIENTE

MERCADO PRODUTOS

DEVEDOR CREDOR

CAPITAIS

TÍTULOS DE DÍVIDA

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As assimetrias europeias: integrar ou fragmentar

• CONDICIONALIDADE DA AUSTERIDADE COMPETITIVA PARA ACESSO A FINANCIAMENTO

• IMPOSIÇÃO DA UNIÃO BANCÁRIA E FISCAL PARA CORRIGIR OS ERROS DE CONCEPÇÃO DA UNIÃO MONETÁRIA IMPERFEITA

• A CONDICIONALIDADE DA AUSTERIDADE COMPETITIVA É NECESSÁRIA PARA NEUTRALIZAR A DÍVIDA FUTURA

• SEM A UNIÃO BANCÁRIA E FISCAL HAVERÁ O COLAPSO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS SEM RECUPERAÇÃO DE COMPETITIVIDADE

EUROPA DISTRIBUTIVA

EUROPA COMPETITIVA

MERCADO PRODUTOS

DEVEDOR CREDOR

CAPITAIS

TÍTULOS DE DÍVIDA

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A integração europeia … se houver tempo

AUTORIDADE ORÇAMENTAL COMUM

HARMONIZAÇÃO FISCAL

CONVERGÊNCIA DOS CUSTOS UNITÁRIOS DO TRABALHO

AFECTAÇÃO RICARDIANA DOS RECURSOS

Títulos de dívida europeus e união de transferências

Constrangimentos aos movimentos especulativos de capitais

Limites nos défices e na dívida

Especializações no espaço económico europeu

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Os ecos do passado

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Ver o presente reflectindo sobre o que se viu no passado

SISTEMA POLÍTICO

SISTEMA ECONÓMICO

SISTEMA SOCIAL

A verdade é que estendemos cobardemente o colo ao jugo estranho, porque a nação estava degenerada. Onde quer que Filipe II encontrava uma resistência, acudia aí com ouro ou com promessas, e quase que tinha a certeza de superar a dificuldade: a questão estava, não na compra e venda, mas só no quanto do preço.

Alexandre Herculano, “Pouca luz em muitas trevas, 1579-1580” em Opúsculos IV, organização, introdução e notas de Jorge Custódio e José Manuel Garcia, Lisboa, Editorial Presença, 1985

A sociedade portuguesa parece um bando de escravos que, indiferentes, inertes e seminus, assistem a discussões do preço por que devem ser vendidos, pouco lhes importando ser propriedade deste ou daquele senhor, esperando apenas humildemente que lhes seja garantida a minguada subsistência.Augusto Fuschini, O Presente e o Futuro de Portugal, Lisboa, 1899, reedição por Fronteira do Caos, Lisboa, 2005.

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Em resumo:

POR ONDE VAI A ECONOMIA PORTUGUESA…

1. Só pode ir para os espaços regionais e globais…2. Para uma Europa mais competitiva e menos

distributiva…3. Para uma integração global nos fluxos entre o

Ocidente e Oriente…

… E DE ONDE VEM:

4. De dispositivos de regulação “internos” destruidores do crescimento sustentável

5. De uma integração europeia divergente em salários e políticas orçamentais…