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EDITORIAL Informativo Semanal Páginas 01 e 02 EDITORIAL Ambientalismo Republicano Páginas 03 e 04 PEQUENAS NOTAS AGRICULTURA COM MAIS CRÉDITO Informativo Semanal 17 anos Presidente da CNA passa a integrar CONIT. Página 05 NOTÍCIA DA CNA CNA apresenta sugestão ao Plano Agropecuário. Páginas 05 e 06 Página 04 ESPAÇO DO AGROPACTO Resumo da runião do dia 09/04/2013 FIQUE SABENDO EVENTOS Página 02 Ano 17 - Nº 693 - 10 a 23/04/2013 Ambientalismo Republicano (*) Ministro dará ênfase no aumento da renda do trabalhdor do campo. Linhas de alfaces é desenvolvida para diferentes climas brasileiros. É grande equívoco separar produção agrícola do universo da preservação. A agricultura é uma das atividades ambientalmente mais sustentáveis. Não fosse assim, não se produziria mais trigo no Velho Mundo, passados milênios de safras consecutivas. A agricultura não é nem poderia ser uma atividade degradante, sob pena de, a médio prazo, pôr em risco a produção de alimentos para a população mundial. Como em qualquer ambiente, seja urbano ou rural, temos os que produzem com consciência e a minoria que lança mão de práticas reprováveis. Estes últimos devem ser educados e, em última instância, punidos. Mas é bom que se diga: no setor agrícola, são exceção, e não regra geral. O termo sustentabilidade é bom de marketing, está na moda, mas não tem referencial concreto em nosso universo mental. Trata-se de palavra criada para a ela atribuirmos um significado. Qual o significado válido? Difícil dizer, visto que o termo pode ser empregado em diversos ambientes, nas várias regiões dos cinco continentes. E a geografia é determinante. Uma atividade sustentável nos Emirados Árabes Unidos pode não o ser no pantanal brasileiro. É preciso ter conhecimento para bem usar o conceito. Se imaginamos, por exemplo, a produção de café no sul de Minas Gerais, não temos como a ela associar falta de sustentabilidade. O ambiente não está degradado, novas safras se repetem a cada ano e o turismo ecológico está no orçamento de boa parte dos municípios produtores, demonstrando que a beleza cênica e a qualidade ambiental não foram afetadas pela atividade agrícola. Fica claro, portanto, que os movimentos políticos que ostentam as bandeiras da agricultura e do ambiente não devem ser adversários. São mais produtivos o trabalho conjunto e o diálogo permanente na busca do fortalecimento do histórico de compatibilidade entre produção e preservação. Isso não é uma tese nem um discurso. É constatação da realidade histórica, que, felizmente, tem sido reconhecida. Técnicos ambientalistas do governo sentaram-se à mesa com técnicos da produção rural em 2012. Confesso que, até há bem pouco tempo, eu tinha receio de entrar no Ministério do Meio Ambiente. Mais do que não ser convidada, eu temia uma agressão física dos radicais que agora perderam espaço para o ambientalismo republicano. O ministério era uma extensão de ativistas radicais originários de diversas ONGs, todas comprometidas com o acirramento da irracional disputa entre ambientalismo e produção. Não havia técnicos ali, e sim ativistas empunhando bandeiras agressivas e falaciosas, numa verdadeira cruzada contra os produtores rurais. Agricultores e pecuaristas eram vendidos à opinião pública como vilões do ambiente no Brasil, e não como trabalhadores e empresários que produzem alimentos. Mas, para meu espanto, foi no Ministério do Meio Ambiente que realizamos uma reunião histórica em meados de novembro. Técnicos do governo sentaram-se para ouvir a CNA a convite da ministra, que queria saber o que pensam e querem os produtores rurais para o futuro e quais os gargalos que estrangulam o setor. “Eu temia agressão física no Meio Ambiente; os radiciais agora perderam espaço para o ambientalismo republicano”

Jornal Agropacto nº 693

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Informativo Agropacto, nº 693.

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Page 1: Jornal Agropacto nº 693

EDITORIAL

Informativo Semanal

Páginas 01 e 02

EDITORIAL Ambientalismo Republicano

Páginas 03 e 04

PEQUENAS NOTAS

AGRICULTURA COM MAIS CRÉDITO

Informativo Semanal17 anos

Presidente da CNA passa a integrarCONIT.

Página 05

NOTÍCIA DA CNA CNA apresenta sugestão ao PlanoAgropecuário.

Páginas 05 e 06

Página 04

ESPAÇO DO AGROPACTO

Resumo da runião do dia 09/04/2013

FIQUE SABENDO

EVENTOS

Página 02

Ano 17 - Nº 693 - 10 a 23/04/2013

Ambientalismo Republicano (*)

Ministro dará ênfase no aumento darenda do trabalhdor do campo.

Linhas de alfaces é desenvolvida paradiferentes c limas brasileiros.

É grande equívoco separar produção agrícola douniverso da preservação. A agricultura é uma dasatividades ambientalmente mais sustentáveis. Nãofosse assim, não se produziria mais trigo no VelhoMundo, passados milênios de safras consecutivas.

A agricultura não é nem poderia ser uma atividadedegradante, sob pena de, a médio prazo, pôr emrisco a produção de alimentos para a populaçãomundial.

Como em qualquer ambiente, seja urbano ourural, temos os que produzem com consciência e aminoria que lança mão de práticasreprováveis.

Estes últimos devem ser educados e, emúltima instância, punidos. Mas é bom quese diga: no setor agrícola, são exceção, enão regra geral.

O termo sustentabilidade é bom demarketing, está na moda, mas não temreferencial concreto em nosso universomental. Trata-se  de  palavra  criada  para  aela atribuirmos um significado.

Qual o significado válido? Difícil dizer,visto que o termo pode ser empregado emdiversos ambientes, nas várias regiões doscinco continentes. E a geografia é determinante. Umaatividade sustentável nos Emirados Árabes Unidospode não o ser no pantanal brasileiro.

É preciso ter conhecimento para bem usar oconceito. Se imaginamos, por exemplo, a produçãode café no sul de Minas Gerais, não temos como aela associar falta de sustentabilidade.

O ambiente não está degradado, novas safrasse repetem a cada ano e o turismo ecológico estáno orçamento de boa parte dos municípiosprodutores, demonstrando que a beleza cênica e aqualidade ambiental não foram afetadas pelaatividade agrícola.

Fica claro, portanto, que os movimentos políticosque ostentam as bandeiras da agricultura e doambiente não devem ser adversários. São maisprodutivos o trabalho conjunto e o diálogopermanente na busca do fortalecimento do históricode compatibilidade entre produção e preservação.

Isso não é uma tese nem um discurso. Éconstatação da realidade histórica, que, felizmente,tem sido reconhecida. Técnicos ambientalistas dogoverno sentaram-se à mesa com técnicos daprodução rural em 2012.

Confesso que, até há bem poucotempo, eu tinha receio de entrar noMinistério do Meio Ambiente. Mais do quenão ser convidada, eu temia umaagressão física dos radicais que agoraperderam espaço para o ambientalismorepublicano.

O ministério era uma extensão deativistas radicais originários de diversasONGs, todas comprometidas com oacirramento da irracional disputa entreambientalismo e produção.

Não havia técnicos ali, e sim ativistasempunhando bandeiras agressivas e

falaciosas, numa verdadeira cruzada contra osprodutores rurais.

Agricultores e pecuaristas eram vendidos àopinião pública como vilões do ambiente no Brasil, enão como trabalhadores e empresários queproduzem alimentos.

Mas, para meu espanto, foi no Ministério do MeioAmbiente que realizamos uma reunião histórica emmeados de novembro. Técnicos do governosentaram-se para ouvir a CNA a convite da ministra,que queria saber o que pensam e querem osprodutores rurais para o futuro e quais os gargalosque estrangulam o setor.

“Eu temiaagressão física noMeio Ambiente;

os radiciais agoraperderam espaço

para oambientalismorepublicano”

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CONSULTAPara maiores esclarecimentos sobre as in-formações aqui divulgadas, favor comunicar-se com a SECRETARIA EXECUTIVA DOPACTO DE COOPERAÇÃO DAAGROPECUÁRIA CEARENSE.Endereço: Rua Edite Braga, 50 -Jardim América - 60.410-436 Fortaleza - CETelefones: (0xx85) 3535-8006 Fax: (0xx85) 3535-8001E-mail: [email protected]: www.agropacto-ce.org.br

Nº 693

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PRODUTOR RURAL: Pague a Contribuição Sindical Rural em benefício da

manutenção do Sistema Sindical Rural

17 anos

Eventos

Hoje, já há o reconhecimento de que produção agrícola e preservaçãocaminham juntas. A sociedade que deseja a estabilidade da produçãode alimentos também cobra cuidado com o ambiente.

Para o produtor rural, esse respeito à natureza tem duplo significado.Além da manutenção de um espaço agradável, representa o cuidadocom seu bem maior: a terra, que, uma vez degradada, vai dilapidar seupatrimônio e comprometer a eficácia de seu plano de negócios.

Esse entendimento muito contribuirá para melhorar a imagem daagricultura nacional. E não apenas diante dos brasileiros como tambémaos olhos do mundo.

A coexistência entre produção e preservação confere tranquilidadeao campo, agrega valor à produção sustentável e não esvazia overdadeiro movimento ambientalista republicano, cuja vigilância, maisdo que útil, é fundamental a qualquer sociedade.

(*) Senadora KÁTIA ABREU, Presidente da CNA – Confederação daAgricultura e Pecuária do Brasil

Nome: VI Curso Teórico Prático de Formação de Amostradoresde SementesData: 29 e 30 de abril de 2013Local: Laboratório de Análise de Sementes da UniversidadeFederal de Lavras (UFLA) – Lavras-MGContato: fone/fax: (19) 3243-6472 –E-mail [email protected]

Nome: Curso sobre Alimentos e Alimentação de Frangos deCorte Data: 04 a 06 de maio de 2012Local: Viçosa – MGContato: telefone: (31) 3899-8300 ouE-mail: [email protected]

Nome: Curso sobre Alimentos e Alimentação de Frangos deCorte Data: 04 a 06 de maio de 2012Local: Viçosa – MGContato: telefone: (31) 3899-8300 ouE-mail: [email protected]

Nome: IX Núcleo Nacional das Entidades Integrantes do Sistema“S”Data: 15 a 17 de maio de 2013Local: Matsubara Hotel – São Paulo-SPContato: telefone (41) 3595-9999, fax (41) 3595-9998 eSite: www.jmleventos.com.br

Órgão de divulgação de assuntos deinteresse do Setor Agropecuário e do Pactode Cooperação da Agropecuária Cearense.

Coordenação e Elaboração: GerardoAngelim de Abuquerque - Chefe de Gabineteda FAECCoordenador Geral do Agropacto:FLÁVIO VIRIATO DE SABOYA NETO(Presidente da FAEC) Membros do Comitê Consultivo: Setor PúblicoEvandro Vasconcelos Holanda Júnior - EmbrapaCaprinos e OvinosLuis Antônio Maciel de Paula - UFCJosé Alves Teixeira - BNBLucas Antonio de Sousa Leite - EmbrapaAgroindustria TropicalTarcíscio Forster Gerotto - BBRaimundo Reginaldo Braga Lobo - ADECE

Setor PrivadoFrancisco José de Sousa - CS da CajuculturaÁlvaro Carneiro Júnior - CS de LeiteCristiano Peixoto Maia - CS do CamarãoAfro Moura Negrão Júnior - CS da CarnaúbaEuvaldo Bringel Olinda - Instituto Frutal e CS daFruticulturaCamilo Diógenes - CS da TilápiaJoão Teixeira Júnior - UNIVALEPaulo Roque Selbach - CS. FloresVinícius Araújo de Carvalho - CS do MelCarlos Prado - Itaueira AgropecuáriaJoão Nicédio Alves Nogueira - OCB/CELuiz Prata Girão - BETÂNIAPaulo Jorge Mendes Leitão - SEBRAE-CEFrancisco Ricardo Beltrão Saboia - FIEC

Secretária Executiva:Teresa Lenice Nogueira da Gama MotaSecretária de Apoio:Kamylla Costa de AndradeEditoração Digital:Brunno CarvalhoMaria Helena Monte LimaTaquigrafia:Irlana GurgelPatrocínio:BANCO DO BRASIL S/ABANCO DO NORDESTE DO BRASIL S/ASEBRAE/CE

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Fique Sabendo

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A presidente da Confederaçãoda Agricultura e Pecuária do Brasil(CNA), senadora Kátia Abreu, foinomeada pela presidente daRepública, Dilma Rousseff,conselheira do Conselho Nacionalde Integração de Políticas deTransporte (Conit), um órgão deassessoramento vinculado àPresidência da República que teráa responsabilidade de proporpolíticas nacionais de integraçãodos diferentes modos detransporte, seja de pessoas oude bens. A designação foipublicada no Diário Oficial daUnião (DOU) de 11 de abril de2013.

Participam do CONIT oitoministérios: Casa Civil daPresidência, Transportes,Fazenda, Planejamento,Agricultura, DesenvolvimentoIndústria e Comércio, Secretariasdos Portos e de Aviação Civil. Oórgão também é composto porseis representantes dasociedade civil, indicados pelapresidente da República. Além da

presidente da CNA, senadora KátiaAbreu, também foram nomeados opresidente da ConfederaçãoNacional da Indústria (CNI), RobsonBraga de Andrade; o presidente daConfederação Nacional dosTransportes (CNT), Clésio Andrade;o presidente da AssociaçãoBrasi leira da Infraestrutura eIndústrias de Base (Abdib), PauloGodoy; o presidente daConfederação Nacional dosTrabalhadores na Agricultura(Contag), Alberto Ercílio Broch; e opresidente da Central Única dosTrabalhadores (CUT), Vagner Freitasde Moraes.

A criação deste Conselhocoincide com a atual crise delogística e infraestrutura, queatinge especialmente o sistema deescoamento da produçãoagropecuária brasileira. Aineficiência do nosso sistemaportuário coloca o País em 130ºlugar no ranking de qualidade dosportos do Fórum Econômico Mundial.Para acompanhar a taxa decrescimento de demanda dosúltimos 10 anos, o sistema portuário

Presidente da CNA passa a integrar CONITbrasileiro precisa dobrar a suacapacidade, em sete anos, sobpena de enfrentar um apagãoportuário.

A aprovação da MedidaProvisória 595, em debate noCongresso, permit irá amodernização das atividades dosetor, abrindo o sistema aocapital privado, para que possainvestir na atividade portuária,assumindo riscos e aumentandoa capacidade de escoamento nospróximos sete anos. A presidenteda CNA defende a aprovação daMP como forma de garantircondições mais competitivas aosprodutos vendidos pelo Brasil noexterior.

O Ministro da Agricultura,Pecuária e Abastecimento – MAPA,Antônio Andrade, destacou queentre as prioridades da gestão àfrente da pasta estará o trabalhopara aumentar a renda dotrabalhador no campo e ofomento ao uso de tecnologiassustentáveis para os produtoresrurais que abastecem o mercadointerno. O anúncio foi feito durantea cerimônia de transferência decargo ocorrida no último dia 18 demarço.

Antônio Andrade ressaltouque dará ênfase no apoio à

Ministro dará ênfase no aumento da rendado trabalhador do campo

parcela de produtores rurais quenão tem acesso à mecanizaçãointensiva e cuja produção évoltada para o abastecimento domercado interno. “Cito, porexemplo, o setor lácteo. O leite éum importante segmento que fixao homem no campo”, afirmou.

Ele enfat izou também aatenção voltada ao uso de novastecnologias e normas quecontemplem premissas desustentabilidade, englobandoaspectos econômicos, sociais eambientais, para aumentar aprodução de al imentos, gerarempregos e receitas e, ao mesmotempo, preservar o meioambiente e os recursos naturais.

“Também é possível melhorara competitividade dos produtosagropecuários brasileiros na fasede comercial ização, processomuitas vezes comprometidodevido à dif iculdade deinfraestrutura de transporte e

armazenamento”, explicouAndrade.

Para desenvolver ações emprol do crescimento do setor, oministro aposta no apoio docooperativismo, da pesquisa, daassistência técnica, da defesaagropecuária e da vigilânciasanitária. “Indispensável tambéma dedicação e o trabalho de todaa equipe de gestores e técnicosdo Ministér io da Agricultura eórgãos vinculados, que sempreapresentaram um trabalho de altaqualidade e cujo empenho esperocontar”.

Antônio Andrade agradeceuainda ao seu antecessor, MendesRibeiro Filho. Segundo ele, “o bomdesempenho demonstrado pelasafra atual, que apresentourecorde de produção e conquistaeconômica e financeira para ohomem do campo, tenho certeza,foi a melhor recompensa deMendes”.

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Notícia da CNA

Fique Sabendo

Em razão de sua grandeextensão, o Brasil apresenta umavariação climát ica bastantegrande ao longo de seu território.Essa variação do clima brasileiroé responsável pela dificuldade deprodução de hortaliças de umamesma variedade em todo o país,principalmente a alface, que exigecuidados e clima específicos paraseu cultivo.

Por esta razão a TopseedPremium, linha de sementesprofissionais de alta tecnologiada Agristar do Brasil,desenvolveu para o mercadobrasileiro uma ampla linha desementes para cultivo de alfaces

capaz de atender todo o país. “Nossal inha de produtos possui adiversidade como principaldiferencial. Oferecemos ao mercadoos mais diferentes tipos de alface,que atendem as exigências de todasas regiões do país em qualquer épocado ano”, ressalta o Especialista emFolhosas e Brássicas da Agristar, SilvioNakagawa.

A linha possui cultivares de alfacesque atendem as necessidades domercado, com qualidade,produtividade e alta tecnologia, alémda resistência às principais doençasda cultura, o que garante maiorsegurança no campo e,consequentemente, melhoresresultados.

As alfaces Americana Maisah,Mimosa Imperial, Roxa Redstar eCrespa Malice são resistentes aomíldio, por exemplo. “Essa doençaoriginada pelo fungo Bremialactucaecausa muitos prejuízos aosprodutores da alface, principalmenteem regiões mais frias, como sul esudeste, entre os meses de abril esetembro. Os prejuízos aparecem nafase das mudas, onde as plantas são

mais suscetíveis ao ataque e ascondições mais favoráveis parao desenvolvimento da doença.Como as mudas possuem umaárea fol iar pequena, o danopode ser o atraso nodesenvolvimento da cultura. Ouso de cultivares resistentesevitam prejuízos ao produtor naqueda de qualidade eprodut ividade”, explicaNakagawa.

Atualmente encontramos nomercado nacional variedades dealface com folhas lisas e crespas.Existem ainda alfaces com folhasroxas ou bem recortadas ealfaces dos t ipos romana eamericana, que formam cabeçascom folhas crocantes eadocicadas. Entre as cultivaresde alface da linha TopseedPremium estão as crespas Malicee Camila, a lisa Regina 500, aamericana Teresa, a roxaRedstar, a mimosa Imperial,além das variedades da recém-lançada linha de especialidadescomposta por baby leafs e minialfaces.

Linha de alfaces é desenvolvida para diferentes climasbrasileiros

Depois de uma reunião quedurou mais de três horas na CasaCivil da Presidência da República,a presidente da Confederação daAgricultura e Pecuária do Brasil(CNA), Kátia Abreu, saiu otimistaquanto à possibil idade de oGoverno aceitar as sugestões queencaminhou ao Plano Agrícola ePecuário (PAP) 2013/2014.

Além da ministra GleisiHoffmann, também participaramdo encontro, os ministros da

Agricultura, Antônio Andrade, doDesenvolvimento Agrário, PepeVargas e o presidente da Embrapa,Maurício Antônio Lopes.

A vigência do Plano, redução dejuros para os financiamentos evolume de recursos para o segurorural estão entre os temasabordados pela presidente da CNA.

A presidente da CNA sugeriu queo próximo PAP tenha um prazo devigência intermediário, de 18 meses,ao contrário do que vigora hoje, deum ano, para permitir a preparaçãode um plano agrícola de quatro acinco anos em 2015.

“Desta forma, teríamos maiorsegurança para o planejamento daatividade, não só quanto ao custeio,mas principalmente dosinvestimentos na produção agrícola”,afirmou.

Para ela, um dos maisimportantes segmentos daeconomia, como a agropecuária,precisa ter segurança parainvestir com base em projeçõese planejamento, como jáacontece nos principais paísesprodutores mundiais.

Para a política de subsídio aoseguro rural, Kátia defendeu aalocação de R$ 850 milhões nasafra 2013/2014, aumentandosignificativamente os valores deR$ 400 milhões e de R$ 260milhões obt idos nas safrasanteriores.

Para ela, uma política efetivapara o seguro rural contribuirápara a redução dos juros dosfinanciamentos agrícolas, porqueo risco da atividade será menor.

CNA apresenta sugestão ao Plano Agropecuário

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Pequena NotasDesempenho do ovo em março de 2013: Pode não ser inédito, mas com certeza é raro o fato de oovo atravessar todo o período de Quaresma com absoluta estabilidade de mercado e sem qualqueralteração nos preços praticados. Pois em 2013 foi assim: as altas invariavelmente ocorridas nesse

período religioso desta vez não ocorreram e, com isso, o ovo encerrou março de 2013 com a mesmacotação alcançada cerca de 50 dias antes, ou seja, ainda no período pré-Quaresma, em pleno sábado deCarnaval. Mesmo assim, nada a lamentar: o período de estabilidade foi iniciado em um ponto favorável aoprodutor e se manteve enquanto os custos de produção sofriam redução. O resultado é o melhor preçonominal de todos os tempos, com valorizações de 2,90% e 36,53% sobre, respectivamente, o mês anteriore o mesmo mês do ano passado.

Embarques de frango recuaram 7,5% no trimestre inicial do ano: Mesmo tendo correspondido aomelhor resultado de 2013, as exportações de carne de frango de março passado ficaram 12% aquém

das alcançadas um ano atrás, em idêntico mês. Mas o resultado negativo – ressalte-se – não se deve a umretrocesso dos embarques (tanto que o volume do mês ficou muito próximo da média dos últimos 12meses – 320.388 toneladas) e, sim, ao excepcional resultado alcançado em março de 2012, mês em que seexportou o segundo maior volume de toda a história do setor. Por conta disso e ainda porque no primeiromês de 2013 também houve redução dos embarques, o volume acumulado no primeiro trimestre do ano,pouco superior a 900 mil toneladas, apresenta redução próxima de 7,5% - um volume que, por sua vez,sinaliza exportação anual da ordem de 3,6 milhões de toneladas, 8% a menos que em 2012. Normalmente,porém, o menor volume exportado é registrado no primeiro trimestre.

Austrália produziu mais carne bovina em fevereiro: Segundo dados divulgados pelo Meat and LivestockAustralia (MLA), a produção de carne do País atingiu 187,9 mil toneladas equivalente carcaça (tec) emfevereiro de 2013. Tal volume representa um incremento de 3,0% na comparação com o mesmo

período de 2012. O principal fator para o aumento na produção foi o maior abate registrado no período,que foi de 655,0 mil cabeças, 6,0% mais que em fevereiro do ano passado. O abate de fêmeas foi 7,0%maior em fevereiro último, o que causou queda de 2,0% no peso médio de carcaça, que ficou em 282,0kg/cabeça.

Preços ao produtor dos EUA têm maior queda em 10 meses: Os preços ao produtor norte-americanoregistraram a maior queda em dez meses em março, beneficiados pelo recuo dos custos da gasolina,mostrou um relatório do governo divulgado, dando apoio à opção do Federal Reserve, banco central

dos Estados Unidos, de manter sua política monetária muito acomodativa. O Departamento do Trabalhoinformou que o índice de preços ao produtor ajustado sazonalmente caiu 0,6 por cento no mês passado, amaior queda desde maio, depois de ter avançado 0,7 por cento em fevereiro.Economistas consultados pela Reuters esperavam que os preços recebidos pelas fazendas, fábricas erefinarias do país caíssem apenas 0,2 por cento.

Espaço do AgropactoReunião do dia 09 de abril de 2013

Tema: A Situação dos Recursos Hídricos no Ceará em 2013 e seu uso nas atividades de irrigaçãoPALESTRANTE: Francisco Rennys Aguiar Frota, Presidente da Companhia de Gestão de Recursos

Hídricos – COGERH

O Sr. Coordenador abriu a reunião,compôs a Mesa e disse da importância deconhecer a situação dos recursos hídricos doEstado do Ceará, de forma a trabalhar comtranquilidade até a próxima quadrainvernosa. Passou a palavra ao palestrante,que iniciou agradecendo ao Dr. Flávio Saboyao convite, em nome do Estado do Ceará. Otrabalho que a FAEC vem real izando,referenda a legitimidade dos pleitos que oGoverno do Estado envia ao GovernoFederal, inclusive elogiando o trabalho doComitê das Secas. Relembrou situações desaque que existiam quando o Estado doCeará era assolado por secas, ressaltandoque essas cenas não não mais se veem.

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Passou a relatar a situação detodas as bacias hidrográficas doEstado do Ceará, numa simulaçãode como chegarão ao final do anoe quais as restr ições porreservatório e por trechoperenizado para fazer asdemandas de produção. Porexemplo, A Bacia Metropolitana deFortaleza, a única que não teriarestrição seria o Sítios Novos, quefunciona para a indústria e para oPecém e, praticamente, não teriacomo liberar nenhum acesso àagricultura. Ressaltando não abrirpara novos usuários ao longo doCanal do Trabalhador; a Bacia doCuru e a Bacia do Litoral não têmcondição de liberar o uso; a Baciado Coreaú, algumas situações quepodem servir para um trabalho,como o solo ao longo doTucunduba para alguma produção.Chamou atenção para o fato deque ao final da quadra invernosa,poderia retornar com novasinformações, sobretudo sobre aregião sul e norte e jaguaribana.A Bacia do Acaraú, alguns açudescomo o Acaraumirim, o Taquara eo Ayres de Sousa podem ajudarna produção. A Bacia da Serra daIbiapaba no Jaburu não terárestrição e o Governador acaboude assinar termo de compromisso,que deve reforçar a utilização doLontras e o Jaburu I poderácontribuir, pois não tem restrição.A Bacia dos Sertões de Crateúsnão tem volume para ajudar noprocesso. A Bacia do Banabuiú,não tem nenhum reservatóriopara aumento de área produzida,em razão de sua interface com oEixão das Águas, mas não terárestrição, durante 2013 e 2014 emprodução. A Bacia do BaixoJaguaribe, o açude Santo Antoniode Russas não vai ter liberação. ABacia do Médio Jaguaribe, oCastanhão e o Joaquim Távorapodem contribuir. O Riacho doSangue tem restrição de 25%. ORiacho da Serra e Jenipapeiro, com50% de redução o restante nãoocorrerá liberação de ocorrersituação de seca. A Bacia do AltoJaguaribe, o Orós em confortoextremo e as águas do Truçupodem ser aproveitadas. A Bacia

do Salgado, destaca-se comogrande fronteira agrícola do Estadodo Ceará, sobretudo, se levar emconsideração a transposição daságuas do São Francisco. Os açudesPrazeres e Baldinho não têmrestrição, o Orós tem um volumeespecíf ico que já estava sendoutilizado e a restrição é em cima douso que já está tendo. Destacouque a situação do Curu é de muitocuidado, que estava contratandotécnicos para avaliar e,quinzenalmente, discutir qual oregime de irrigação que deve seraplicado. Agradeceu a atenção ecolocou-se à disposição paraesclarecimentos.

Debates

Por sol icitação do Sr.Coordenador Flávio Saboya, oauditório fez um minuto de silenciopelo falecimento do Sr. ClíntonSaboya Valente. Abriu os debates,dizendo do papel histórico do Bancodo Nordeste naquele momento emque era necessário agilizar o créditopara a produção de volumosos noEstado do Ceará. O Sr. DeputadoLula Morais forneceu informaçõesacerca de uma projeto seu, quesolicita redução do valor da energiapara o Estado do Ceará, em razãode uma Emenda à MedidaProvisória nº605. O SecretárioNelson Martins disse que com acontribuição da FAEC, do Agropactoe dos produtores, teriam-se açõesde produção de forragem, bemcomo para outras secas queporventura viessem, agradecendo,de público, ao conjunto dosprodutores e à FAEC pelo trabalhorealizado e pelo grande apoio doGovernador Cid Gomes. O Sr.Euvaldo Bringel convidou a todospara sexta-feira, às 9h na FIEC,participarem de reunião com o tema“segurança hídrica”. O Sr. EdilsonCastro (Inst ituto Agropólos)perguntou sobre a situação deItapipoca. O Sr. João Batista Pontefalou sobre a situação do Canal doTrabalhador e como poderia sermelhor aproveitado para aprodução. O Sr. Luiz Girão reportou-se à urgência de mobilização parafinalizar a transposição do Rio São

Francisco, entre outrasconsiderações. O Sr. JoãoTeixeira falou sobre a mudançade postura dos produtores emrelação à Cogerh e a importânciado apoio ao seu trabalho, nosentido da profissionalização daagricultura do Estado do Ceará.A Sra. Inah Abreu ressaltou oluta muito difícil do início daCogerh e a satisfação em veratualmente diversos usuários nairrigação discutindo sustenta-bil idade de seus negócios.Perguntou qual o custo emrelação à energia elétrica e comose iria bancá-la para bombearessa água no Cinturão dasÁguas. O Sr. José Sobrinhoperguntou sobre a situação doBanabuiú. O Sr. José MariaPimenta destacou a importânciadas instituições financeiras emcomeçarem a financiar o produtorde forragem. A Sra. JeâniaGomes respondeu que o BNBestá estudando e, em breve,teria linha de crédito para aprodução de forragem destinadaao pequeno, médio e grandeprodutor. O palestrante forneceudiversas respostas, entre elas:que a situação de Itapipoca vaiser trabalhada a liberação apartir do Mundaú para aGameleira; que o Canal doTrabalhador não tem condiçõespara suportar volumes altos deágua, devido às condiçõesemergenciais com as quais foiconstruído durante o GovernoCiro Gomes; que o apoio dosprodutores através, também,dos Comitês de Bacia, foi o quepossibilitou ao Estado do Cearáser a única Bacia que não vai terproblema de abastecimento noNordeste; que o custo deenergia significa mais de 20%.Final izando o debate, o Sr.Coordenador Flávio Saboyaanalisou que a seca poderiadeixar como resultados positivosa abertura do negócio deforragem para a comercializaçãoe a criação de reserva alimentaranimal estratégica. Agradeceu aparticipação de todos e encerroua reunião.