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ANO 20 – Nº 233– dezembro de 2015 ALERTA O PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL É OBRIGATÓRIO E, ENTRE AS SANÇÕES, ESTÁ A COBRANÇA JUDICIAL Informativo Mansal da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará - FAEC ● Serviço Nacional de Aprendizagem Rural SENAR-AR/CE EDIÇÃO ESPECIAL Torres de Melo: o líder sindical rural cearense recebe o reconhecimento da sociedade e dos produtores Nova sede do Sistema Faec/Senar/ Sinrural homenageia ex-presidente Torres de Melo Informativo do Agropacto Informativo do Agropacto FAEC/SENAR/SINRURAL FAEC/SENAR/SINRURAL 1989 - Assume a Presidência da FAEC 2013 - Recebe a Medalha do Mérito Rural Prisco Bezerra 2014 - Homenageado com o Troféu Sereia de Ouro pelo SVM FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO

Informativo do Agropacto FAEC/SENAR/SINRURAL ANO 20 – …faec.org.br/novo/wp-content/uploads/2016/01/DEZEEMBRO-2015.pdf · entusiasmo, a tal ponto que, muitas vezes, mais parecia

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ANO 20 – Nº 233– dezembro de 2015

ALERTA → O PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL É OBRIGATÓRIO E, ENTRE AS SANÇÕES, ESTÁ A COBRANÇA JUDICIAL

Informativo Mansal da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará - FAEC ● Serviço Nacional de Aprendizagem Rural SENAR-AR/CE

EDIÇÃO ESPECIAL

Torres de Melo: o líder sindical rural cearense recebe o reconhecimento da sociedade e dos produtores

Nova sede do Sistema Faec/Senar/Sinrural homenageia ex-presidente Torres de Melo

Informativo do AgropactoInformativo do AgropactoFAEC/SENAR/SINRURALFAEC/SENAR/SINRURAL

1989 - Assume a Presidência da FAEC

2013 - Recebe a Medalhado Mérito Rural Prisco

Bezerra

2014 - Homenageado com o Troféu Sereia de

Ouro pelo SVM

FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO

PALAvRA do PREsidEnTE

FAEC Presidente Flávio Viriato de saboya neyto, 1º Vice–Presidente Paulo Helder de Alencar Braga, Vice–Presidente de AdministrAção e FinAnçAs carlos Bezerra Filho, conselHo FiscAl – eFetiVos Alexandre magnum leorne Pontes, Francisco Fausto nobre Fernandes, sebastião Almeida Araújo. suPlentes maria Zimar Pinheiro diógenes, Henrique matias de Paula neto, Francisco Helder lopes. cHeFe de GABinete Gerardo Angelim de Albuquerque. diretoriA reGionAl - mAciço de BAturité Francisco de Assis Vieira Filho, litorAl leste normando da silva soares, litorAl oeste João ossian dias, norte José Pinto de Albuquerque, iBiAPABA inácio de carvalho Parente, sertão centrAl José ernando de oliveira, BAixo JAGuAriBe luis mendes de sousa Andrade, médio JAGuAriBe expedito diógenes Filho, centro sul José Beserra modesto, sertão dos inHAmuns moacir Gomes de sousa, cAriri Francisco Fernandes Ferreira. sEnAR-AR/CE Presidente do conselHo AdministrAtiVo Flávio Viriato de saboya neto, suPerintendente Paulo Helder de Alencar Braga. inFoRmATivo FAEC/sEnAR-AR/CE JornAlistA resPonsáVel silvana Frota / mtB 432 (editora e redatora), estAGiário marcos Weydson (redação e diagramação), reVisão Anízio teixeira, editorAção eletrônicA Priscila Barroso, imPressão Pouchain ramos, tirAGem 2000 exemplares.

Av. eduardo Girão, 317 - Jardim América – Fortaleza/ce - ceP 60.410–442Fone (85)3535.8000 - Fax (85)3535.8001www.faec.org.br ● www.senarce.org.br

Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará ● Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - CE

O GUERREIRO TORRES DE MELO

Só quando assumi a FAEB - Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da

Bahia, no início de 2000, é que comecei a parti-cipar, de fato, da vida da CNA, como represen-tante titular, no seu conselho.

Amigo do então presidente, Antônio Ernes-to, dele recebi conselhos alertando-me de que eu devia ser extremamente cauteloso naquele meio, pois, segundo ele, no seu inesquecível linguajar mineiro, os companheiros represen-tantes das outras federações eram verdadeiras “cobras criadas".

Com tal advertência, eu, novato no sistema, comecei a participar das reuniões, procurando estar muito atento a meus novos companheiros, buscando observá-los, conhecê-los e entendê-los melhor.

Desde cedo, logo observei que no grupo existiam líderes, liderados e correntes bem distintas, devido principalmente ao grau de desenvolvimento e ao poder econômico da agropecuária regional de cada um dos representantes.

Um desses líderes que mais me chamou atenção foi exatamente Torres de Melo. Ele se mostrava possuidor de uma rica cultura, o que lhe garantia muita

facilidade de se expressar, exibindo a determinação de um verdadeiro líder. Torres de Melo comandava não só a defesa e reivindicações de sua própria federação, mas de toda a região nordeste, demonstrando uma capacidade e uma perseverança únicas.

Naquela época existia na CNA uma “Comissão do Nordeste", que tratava principalmente do endividamento dos produtores rurais da região, e era dirigida por Torres, dado seu profundo conhecimento do assunto.

Ao frequentar a referida comissão, comecei a discordar da maneira como eram discutidos e encaminhados os resultados das reuniões. Parecia que a comissão do nordeste não fazia parte da CNA, pela forma quase marginalizada como atuava, não sendo envolvida no todo da instituição.

Começaram aí minhas discordâncias e “brigas” com Torres de Melo, no bom sentido. Brigamos muito, diga-se de passagem.

Acho que começamos a nos entender apenas quando nos permitimos uma auto avaliação e, juntos, verificamos que os motivos de discórdia eram apenas decorrentes de diferentes interpretações ou formas de colocar as ideias. Mas sempre prevalecia, entre nós, a predominância de boas intenções, lisura na condução das propostas e, sobretudo, firmeza nas colocações dos conceitos.

Mas, mesmo assim, eu continuava a defender a extinção da referida comissão, baseado na premissa de que os problemas críticos do nordeste deveriam ser levados para o grande plenário do conselho da CNA e apreciados por todas as federações.

A comissão acabou sendo, logo depois, extinta, o que, no meu entender, foi bom para Torres e excelente para a CNA.

Com os expressivos aumentos, a cada ano, da safra brasileira e o consequente problema de escoamento da produção a se agravar a cada dia, a presidência da CNA resolveu criar uma comissão específica de logística e Torres foi nomeado seu presidente.

Ele debruçou-se no projeto com a costumeira dedicação e redobrado entusiasmo, a tal ponto que, muitas vezes, mais parecia um adolescente em ação, quando o escutávamos referir-se aos problemas da logística nacional.Tive, então, a possibilidade de conviver mais de perto com Torres e, embora não fizesse parte desta nova comissão, passei a conviver mais de perto com ele, como amigo e confidente, e buscava nele aconselhamentos nos momentos delicados em que eu mais precisava de experiência e sabedoria.Este é Torres de Melo, um grande amigo, que hoje faz muita falta à CNA e a mim, exatamente no momento em que estou presidindo a entidade.

João Martins da Silva Júnior Presidente da CNA

2 | União Rural - Informativo FAEC/SENAR

EXPEDIENTE

Mensagem do Presidente da CNA

Torres de Melo – O Destemido

Segundo Aurélio Buarque de Ho-

landa, destemido é ca-racterística de quem não tem temor, é intrépido, corajoso, denotando co-ragem e audácia.

Para mim, que co-nheci Torres de Melo no início dos anos 90 (noventa), não existe melhor definição para este cidadão que dedica todo o seu tempo profissional na defesa de seus semelhantes e das causas da pátria brasileira.

Quando em suas análises de temas palpitantes, emite seus pontos de vista sempre pautados pelos princípios da ética e da vontade de contribuir e de acertar.

Apesar de haver ultrapassado os oitenta anos de exis-tência, nas suas lutas diárias mostra-se como um menino vibrante de 20 anos.

Nos seus pronunciamentos e opiniões é direto, não medindo palavras na defesa das causas que, sistematica-mente, abraça, caracterizando-se sempre pela clareza e de forma ardorosa.

Seus contendedores o respeitam e o admiram pelos seus ideais e pela defesa honesta e direta que costuma usar nos seus embates, no dia a dia de sua vida profissional.

É por tudo isto e muito mais que passei a admirar, a res-peitar e defender este homem, que é uma parte significati-va e proveitosa da minha vida profissional.

Em nossas lides comuns tivemos embates, discordân-cias e união que o levaram para a minha vida profissional, como um homem admirável.

E foi no turbilhão das nossas discordâncias de opiniões, que resultou uma união de espírito e de respeito mútuo em prol da coletividade, com ênfase, na defesa da agropecuá-ria cearense.

Torres não é uma figura exponêncial só nossa, ele per-tence a todos os brasileiros de norte a sul, que durante mais de 20 anos, conviveram na CNA, seja na qualidade de Pre-sidente da FAEC ou como Diretor da nossa Confederação nos últimos anos, onde se impôs, destacou-se e defendeu causas legítimas nacionais, sempre com muito destemor.

Para mim, este é o Torres de Melo, cidadão brasileiro que todos nós que fazemos a FAEC amamos, no sentido mais puro desta palavra.

Flávio Viriato de Saboya Neto Presidente da FAEC

Flávio Viriato de Saboya NetoPresidente da FAEC

Dez de 2015 | 3

Torres de Melo: o líder sindical rural cearense

José Ramos Torres de Melo Filho, nas-ceu em Fortaleza-Ceará no dia 29 de

janeiro de 1931, quando vivia o Estado, mo-mentos de forte conturbação ocasionada pela revolução de 30.

É filho de José Ramos de Torres de Melo e Edith de Freitas Torres de Melo. Seu pai já falecido, foi comerciante, político e líder classista de grande prestígio na sociedade e foi, sem dúvida, a figura de maior expressão da Maçonaria Cearense, tendo exercido as funções de Grão Mestre Oriente Estadual do Ceará, por mais de três décadas. Pelo mesmo espaço de tempo foi, também, presidente do Asilo de Mendicidade do Ce-ará, atualmente denominado Lar Torres de Melo, em homenagem às qualidades filan-trópicas do grande líder.

Dona Edith, que faleceu com 101 anos de idade, foi um exemplo de fortaleza e amor a vida, sentimentos que transmitia a todos que a cercavam.

Cresceu no seio de família numerosa, muito comum naquela época, entre sete irmãos, Francisco Batista, Maria Stael, Artur, Lauro, Luciano, Marcelo e Wilson, dois dos quais, Luciano e Artur, já falecidos.

Iniciou seus estudos no Colégio Caste-lo Branco tendo, no entanto, concluído o curso ginasial no Colégio 7 de Setembro,

CEARÁ

cujo Diretor e Fundador, Dr. Edilson Brasil Soárez, exerceu marcante influência na sua formação.

Torres de Melo, homem que a partir de sua posse

na Presidência da Faec, em 1989, deu visibilidade e reconhecimento a esta representação sindical junto à sociedade. Flávio Saboya Presidente da Faec

Atividades MilitaresEm março de 1946, ingressou nas fileiras

do Exército Brasileiro, mediante vestibular, na Escola Preparatória de Fortaleza, onde concluiu o 2º Grau, transferindo-se para a Academia Militar das Agulhas Negras.

Em dezembro de 1951 é declarado As-pirante a Oficial do Exército, indo servir no 7º Batalhão de Engenharia de Combate, sediado em Campina Grande-Paraíba. Foi nessa cidade que veio a casar-se com Maria Acácia Figueiredo, com quem compartilha 58 anos de vida em comum e formou o lar

onde nasceram seus filhos: Vânia, Acácia Maria, José e Henrique.

No exército exerceu todas as funções inerentes aos diversos postos que alcançou na qualidade de oficial, das quais costuma ressaltar: a de instrutor do CPOR do Recife, por ter lhe permitido conviver com jovens universitários pernambucanos; as exerci-das no 1º Grupamento de Engenharia de Construção onde serviu no início de suas atividades, sob o comando do Cel. Rodrigo Otávio Jordão Ramos, ex Ministro da Via-ção e Obras Públicas, em Campina Grande, Natal e, por fim, em João Pessoa onde es-tabeleceu sua sede definitiva. No período compreendido entre 1955 e 1960 serviu, também, sempre nos sertões nordestinos, no 1º Batalhão de Engenharia de Constru-ção com sede em Caicó-RN e Batalhão de Serviços em Campina Grande.

Em 1958 foi oficial escolhido para, jun-tamente, com o Comandante do Grupamento

CASA DA AGRICULTURA JOSÉ RAMOS TORRES DE MELO FILHOA Casa da

Agricultura José Ramos Torres de Melo Filho, assim passa a chamar-se a nova sede da Fede-ração da Agricultura e Pecuária do Esta-do do Ceará- FAEC , que abriga ainda o Serviço Nacional de Aprendizagem Ru-ral- Senar-CE, braço direito da Federação na capacitação do produtor rural.

A homenagem acatada por unanimidade pelos membros da Diretoria Plena da Faec, composta pela diretoria executiva e pelas 11 vice-presi-dencias regionais, é um reconhecimento ao trabalho, dedicação e defesa intransi-gente do então presidente Torres de Melo às causas dos produtores rurais durante 21 anos, justifica o atual presidente Fla-vio Viriato de Saboya Neto. Fui vice-pre-sidente da gestão Torres de Melo durante

11 anos e superintendente do Senar-CE, acompanhei de perto, e posso citar como um dos exemplos, sua luta intransigente pela redução das dívidas rurais.,enfatizou Saboya.

O presidente Flavio Saboya faz questão de destacar, também, o apoio que rece-beu da então presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil- CNA e da ministra do MAPA - Ministério da Agri-

cultura, Pecuária e Abestecimento - senadora Kátia Abreu que ajudou financeiramente na construção da obra. Ele lembrou também, a gran-de colaboração que recebeu do seu atual primei-ro vice Presiden-te, Paulo Hélder Braga, que nos últimos meses as-sumiu completa-

mente a conclusão da obra. A nova sede ocupa uma área de 750

m2, na Rua Eduardo Girão, nº 317 no bair-ro Jardim América, em Fortaleza. Possui dois pavimentos, 48 salas, incluindo uma especial para os presidentes de Sindicatos Rurais, sala para os cursos do Senar, inclu-sive um laboratório de informática para o Programa de Ensino à Distância (EaD) com modernos computadores e um auditório com 156 lugares.

Dados BiográficosCoronel Afonso Augusto de Albuquerque Lima, ex Ministro do Interior e o Comandante do Batalhão de Caicó Ten. Cel. Correia Lima, para expor ao Presidente Juscelino Kubitschek e sua grande comitiva, nela presentes o Governador, Paulo Sarasate e o Ministro do Trabalho, Parsifal Barroso, ambos do Ceará, a difícil situação que atravessava o Nordeste, em consequência da grande seca que o assolava.

Em 1960 ingressou , mediante concurso, no Instituto Militar de Engenharia onde graduou-se em Engenharia Civil e Militar, em dezembro de 1963. Neste mesmo ano, na Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, fez o curso de Aperfeiçoamento de Engenharia Eco-nômica.

Em 1962, engajou-se com outros jovens ofi-ciais na corrente que combatia o Governo João Goulart, participando em reuniões, cada vez mais ostensivas, nas lutas das diversas Forças – Marinha – Aeronáutica e Exército.

O ápice do movimento de capitães e majo-res que culminou com a Revolução de 1964 foi a grande assembléia realizada no Clube Militar, em julho de 1963 onde, abertamente, foi prega-da a deposição do Governo.

Por sua participação, como orador, foi o Ca-pitão José Torres de Melo recolhido preso por 30 dias no Forte Rio Branco em Niterói – Estado do Rio, por ordem do Ministro da Guerra Jair Dantas Ribeiro.

Após a conclusão do Curso de Aperfeiçoa-mento de Oficiais feito, imediatamente, após ao do Instituto Militar de Engenharia, voltou o Capitão Torres de Melo, em agosto de 1964, ao Grupamento de Engenharia, desta vez para o 2º Batalhão de Engenharia em Teresina-Piauí, ten-do assumido, interinamente, ainda nesse posto, as funções de Comandante, posto privativo de Coronel, no período de 31 de agosto de 65 a 18 de janeiro de 66.

Em junho de 1966, já no posto de Major, a convite do Marechal Juarez Távora, Ministro da Viação e Obras Públicas, José Torres de Melo as-sumiu as funções de Assessor Chefe do Depar-tamento Nacional de Obras Contras as Secas-D-NOCS e, posteriormente, as de Diretor Adjunto tendo inclusive, respondido, interinamente,

pela Direção Geral do órgão. Atividades Civis

Temperamento inquieto, ao deixar, pre-maturamente a ativa do Exército alterna suas atividades na área privada com passagens pelo setor público e, seguindo as pegadas de seu pai, também, nas áreas filantrópica e classista.

Suas atividades empresariais foram no ramo da Construção Civil, onde atuou em 11 Es-tados da Federação, na Indústria de Cerâmica, na área Imobiliária, atividade, hoje, transferida para seus filhos e na área rural onde ainda atua.

Na área pública exerceu: No Governo César Cals, as funções de Presidente da Companhia de Habitação do Ceará e Companhia de Habitação de Fortaleza, no período de 13 de setembro a 13 dezembro de 1971, quando extinta, ambas, nas-ceu uma nova Cohab-CE da qual foi seu 1º Presi-dente até 24 de outubro de 1973. Sua passagem na COHAB ficou marcada pela renegociação dos débitos da empresa junto ao BNH, pondo termo ao estado de inadimplência crônica, permitindo a regularização dos Conjuntos Habitacionais do Interior do Estado. O Conjunto Ceará, projetado em sua administração, motivou seu pedido de exoneração das funções de presidente por não haverem a Prefeitura de Fortaleza e o Estado do Ceará aderido às exigências do BNH para sua construção; Em maio de 83 foi eleito Presidente da Companhia de Desenvolvimento de Roraima – CODESAIMA, função que ocupou até agosto de 1985. A Presidência da CODESAIMA pelo seu envolvimento, no setor primário, exerceu forte influência, nas futuras atividades classistas e empresariais do Engenheiro Torres de Melo; Re-presentando a Federação das Indústrias do Esta-do do Ceará, foi Conselheiro Titular do Conten-cioso Administrativo Fiscal do Estado do Ceará. Na área Sindical

Foi tesoureiro e, posteriormente, Presiden-te do Sindicato de Cal e Gesso, Olaria, Ladrilho Hidráulicos e Produtos Cerâmicos do Ceará; Membro da Comissão Agrária do Estado do Ceará, Vice-Presidente das Indústrias do Estado do Ceará, Vice-Presidente da FACIC – Federação das Associações do Comércio Indústria e Agri-cultura do Ceará.

TÚNEL DO TEMPO

1989É eleito pela 1ª vez Presidente da Faec

1995Cria o Agropacto

Foi Presidente da FAEC - Federação da Agri-cultura e Pecuária do Estado do Ceará, durante 7 mandatos (21 anos), Presidente do Conselho Deliberativo do SENAR, em cujo mandato, criou o Pacto de Cooperação da Agropecuária Cea-rense - AGROPACTO, em funcionamento há 20 anos e, posteriormente, o Seminário Nordesti-no de Pecuária- PECNordeste, o maior evento da pecuária nordestina, que tem contribuído significativamente para inovação, tecnificação e aumento da produtividade da pecuária regio-nal, já em sua 19ª Edição. Nosso biografado foi um dos Coordenadores do Pacto de Coopera-ção e emprestou sua vivência e experiência acu-mulada nos mais importantes Conselhos.

Assumui em 2010, a vice-presidência da CNA e a Diretoria de Infra Estrutura e Logís-tica durante o primeiro mandato da presi-dente da CNA, senadora Kátia Abreu.

• Conselho de Representantes da Confederação da Agricultura Pe-cuária do Brasil - CNA• Conselho Técnico Administrati-vo da EMATERCE;• Conselho Técnico Administrati-vo do DNOCS;• Conselho Deliberativo do SE-BRAE-CE;• Conselho Econômico e Social da Indústria Cearense - COPESIC;• Conselho de Administração da FUNCAP;• Conselho de Administração do Instituto Agropolos do Ceará;• Colégio de Vogais da Junta Comercial do Estado do Ceará - JUCEC;

Conselhos

Integrou os seguintes Conselhos

4 | União Rural - Informativo FAEC/SENAR

CEARÁ

Em 2014 o trabalho de responsabilidade so-cial realizado pela família Torres de Melo

foi reconhecido pelo Sistema Verdes Mares de Co-municação, que outorgou o Troféu Sereia de Ouro ao Presidente do Lar Torres de Melo, José Ramos Torres de Melo Filho.

Seu gosto pelo exercício dessas atividades, so-bretudo, aquelas voltadas para as pessoas idosas, nasceu quando, ainda criança, acompanhava seu pai em suas visitas ao Asilo de Mendicidade, nos fins de semana.

Com o falecimento de seu pai, em Novembro 1969, o Sr Antônio Ferreira Magalhães, Vice-Pre-sidente assumiu a Presidência da Instituição e, em seguida, convocou uma Assembleia Geral que elegeu o então Coronel Francisco Batista Torres de Melo, para substituí–lo.

Com a transferência, em 1972, do hoje Gene-ral Torres de Melo, para Brasília, o Major Torres de Melo assumiu pela primeira vez a Presidência do Asilo de Mendicidade do Ceará durante 15 anos nas décadas de 1970 à 1990.

Como a entidade já havia decidido voltar-se, exclusivamente, para o atendimento ao idoso. Aliou-se à Mariazinha, (Maria José de Carvalho Lima da Rocha Barroso), líder inconteste do grande movimento que resultou na criação da ACEPI- As-

sociação Cearense Pró Idosos, da qual foi Vice-Pre-sidente por seis anos. O Dr. Torres, sempre afirma: O Lar Torres de Melo que sucedeu o Asilo de Men-dicidade do Ceará, em 1979, deve à Mariazinha o início de sua longa caminhada para, em bases só-lidas e modernas, alcançar o estágio em que hoje se encontra.

Sucedendo, mais uma vez, o seu irmão mais velho, ao qual devota, além de uma fraterna amizade, grande admiração, voltou à Pre-sidência do Lar Torres de Melo, em setembro de 2011.

Teve grande alegria de retornar ao velho casa-rão, que orgulhoso ostentava sua bela fachada do início do século 20, reconstituída para a celebração do seu centenário. Outra grande alegria foi encon-

trar a Casa com um novo padrão de assistência à saúde, mercê do Convênio firmado com a UNI-FOR-Universidade de Fortaleza, que transformou a Instituição num grande Laboratório de Capacitação Vivencial.

Nesta nova fase, já octogenário compromete-se a manter os padrões éticos e morais, maior pa-trimônio da secular Instituição.

Acredita, ainda, poder realizar o sonho, que acalenta desde o seu 1º mandato. Transformar o Lar Torres de Melo num grande Centro de Refe-rência de atendimento ao idoso, construindo em terreno contíguo a sede atual, localizada no Centro de Fortaleza. Acomodando 200 Idosos, 01 Unidade de Acolhimento para 150 Idosos, 01 Espaço para Velório, 01 Centro de Referência de Geriatria e Gerontologia.

SEREIA DE OURO PELO TRABALHO SOCIAL NO LAR TORRES DE MELO

2009Após 21 anos deixa a Faec e assume a CNA

26/03/2009Assume a Vice-Presidên-

cia da CNA

1997Cria o Pecnordeste 2014

Recebe a Medalha do Mérito Rural Prisco Bezerra - concedi-da pela FAEC no Pecnordeste

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O homenageado e sua família

Carta de despedida da Faec

Fortaleza, 15 de dezembro de 2015

Prezado Flávio, Chegou o momento de afastar-me das lides sindicais, após um quarto de século a ela dedicado.Ao longo deste período, como é natural, fui possuído de to-dos os sentimentos, tive vitórias e sofri derrotas.As primeiras comemorei com cometimento, as últimas, mesmo as mais doloridas, não aplacaram o meu ânimo ou a disposição de continuar lutando.Vem do ginásio a lembrança, nunca esquecida, do acerto dos belos versos de Gonçalves Dias:- a vida é combate, que os fracos abate, que os fortes, os bra-vos só pode exaltar.Sempre procurei entre estes ficar e, se possível, cercado de guerreiros audazes e leais. Você é um deles.Receba e transmita a todos os guerreiros que tornaram a minha tarefa fácil, os meus agradecimentos fraternos.Não tenho como distinguir: Diretores – Presidentes de Sin-dicatos e funcionários, muitos dos quais ainda labutam na FAEC. É bom, muito bom, continuar amigo de vocês.Mudo apenas de campo de batalha. Se o amigo tiver tempo para assistir o CD que, a esta, estou anexando, compreen-derá que escolhi ajudar outros seres humanos a enfrentar, com dignidade, a batalha final – a finitude. Um bom Natal – Um feliz 2015 para você e todos os seus. Um forte abraço.

José Ramos Torres de Melo Filho, tem 84 anos, nasceu na cidade de Fortaleza em 1931. É ca-sado com Maria Acácia Figueiredo Torres de Melo há 59 anos, com quem teve quatro filhos: Vâ-nia Figueiredo Torres de Melo (advogada e empresária), Acácia Maria Figueiredo Torres de Melo Moura (enfermeira), José Ramos Torres de Melo Neto e Henrique Figueiredo Torres de Melo (em-presários), 8 netos.

Questionado sobre as realizações de sua vida, cita: "A construção de um família da qual me orgulho, a conciliação entre atividades empresariais, filantrópicas e de caráter público, além de liderar pessoas".

Dr. Torres de Melo ao lado da família

Prefeito Roberto Cláudio, Governador Cid Gomes, D. Yolanda Queiroz, Dr. Torres de Melo e os agraciados com o Troféu Sereia de Ouro

Homenageado pelo Sistema Verdes Mares com o Troféu Sereia de Ouro

Depoimentos

Não me lembro, ao certo, quan-do fui apresentado ao Torres

de Melo. Mas recordo que, técnico re-cém-contratado do Sebrae Ceará, mal tinha entrado na instituição e já ouvia falar dele como uma espécie de mito. Eram conhecidas a sua firmeza de ca-ráter, força e atuação enfática na defe-sa do agronegócio cearense - embora acumulasse atuação em setores como construção civil, cerâmica e setor imo-biliário.

Além disso, havia um lado filantrópico que impunha ainda mais res-peito: o trabalho benemérito no atendimento aos idosos da casa de aco-lhimento que levava o nome da família. Tudo isso, misturado a um bom humor desconcertante ajudaram, já naquela época, há mais de 20 anos, a popularizar a sua figura como referência dentre as lideranças empresariais do Estado.

Depois, com o tempo, as viagens, eventos e encontros reunindo Se-brae Ceará, Faec e Senar/CE, fizeram aumentar a nossa convivência e a minha admiração. Instalou-se, então, uma espécie de parceria entre este então jovem técnico, ávido por aprender com o mais experiente de todos e o homem cheio de lições de ética e integridade a dar.

Hoje, no nosso convívio conjunto, orgulham-me as muitas lutas tra-vadas lado a lado, os pensamentos e posturas coincidentes sobre os mais variados assuntos e uma amizade que cresceu no respeito, no testemunho de suas ações corajosas e intransigentes na defesa dos seus ideais, que me enriquecem a vida e a minha biografia.

Ao mestre, com gratidão

Sou bisneto, neto e filho de Produtor Rural e o último nessa atividade da minha famí-

lia. Com muito orgulho pude dá continuidade as atividades rurais sucedendo ao meu saudoso pais Carlos Jose Bezerra e foi, nesse contexto , que co-nheci o que considero, o Comandante do Sindica-lismo Rural Patronal no Ceará, o nosso estimável Dr. Torres de Melo, esse baluarte do nosso Siste-ma. Naquele momento, sentindo a necessidade de organizar os pequenos e médios produtores rurais de Ibaretama, município recém-emancipa-do, com predominância forte na agricultura de sequeiro e na pecuária , tive a oportunidade de conhecer Dr. Torres de Melo, que nos apoiou nes-

sa empreitada e em 27 de fevereiro de 1993, criamos o Sindicato dos Produtores Rurais de Ibaretama, que passou a fazer parte do Sistema Faec/Senar-Ce. Esta história que estou contando repetiu-se em vários Municípios do Ceará e hoje contamos com aproximada-mente, 54 unidades sindicais que integram a nossa Federação, fruto do apoio, da lideran-ça e do compromisso do nosso Comandante, que dedicou uma boa parte de sua vida ao fortalecimento e a defesa da atividades agrícolas, sempre incansável em suas posições e idéias, encontrava forças para lutar e defender os interesses dos Produtores Rurais nos vários fóruns e funções que participou e representou os interesses desta classe, que tem tido muito pouco reconhecimento pelas instâncias governamentais. Nesse momento em que a Faec completa exatamente seus 64 anos de existência e, em sua idade madura classista, consegue consolidar sua liderança como Entidade de representação de classe, através de suas unidades sindicais disseminadas pelo Estado, e do seu conselho diretor, junto à esfera governamental, mediante a participação nos diversos conselhos estaduais e entidades classistas coirmãs, reconhece que tudo isso aconteceu mercê do trabalho insistente e dedicado do Dr. Jose Ramos Torres de Melo Filho, que dedicou 21 anos de sua vida ao crescimento e ao fortalecimento do setor agropecuário do Estado do Ceará, e é com esse sentimento de gratidão e reconhecimento que em nome dos colegas presi-dentes dos sindicatos rurais do ceará saudamos o nosso distinto comandante.

Ao Comandante do Sindicalismo Rural Patronal do Ceará

José Ramos Torres de Melo Filho

Por maiores que sejam os pro-blemas enfrentados por uma

nação, como o Brasil enfrenta, hoje, sempre haverá uma grande chance de superá-los se entre seus cidadãos houver pessoas como Torres de Melo.

Pessoa que aprendi a respeitar há algumas décadas, como cidadão modelo, vai registrando sua marca na história do Ceará, do Nordeste e do Brasil.

Pelo exemplo, mostra a todos o que é dignidade! Íntegro, amigo, honesto, dedicado às causas que abraça, amando o próximo, valo-rizando a família, alia esses valores à sua inteligência para distribuir conhecimentos, orientações, incentivos às boas iniciativas, visando sempre ao bem comum.

Sou seu admirador e fã incondicional. A história se encarregará de sua valorização e da divulgação de seus exemplos, de forma que nossa sociedade se beneficie de sua trajetória, injetando nas novas gerações os valores positivos que se escassearam nos últimos tempos.

Sds

Carlos Bezerra Filho, Vice-Presidente Administrativo Financeiro e Presidente do Sindicato Rural de Ibaretama.

Carlos Prado, ex-presidente da Comissão de Fruticultura na CNA

6 | União Rural - Informativo FAEC/SENAR ESPECIAL Torres de Melo

Torres de Melo e o PECNORDESTE

Quando fui eleito primeiro vi-ce-presidente da Federação

da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará - FAEC em 2011, assumi a Coor-denação do Seminário Nordestino de Pecuária - PECNORDESTE, que se trans-formou nestes 19 (dezenove) anos, no maior evento de pecuária da Região Nor-deste, graças à visão e a coragem de em-preendimento do Dr. José Ramos Torres de Melo Filho quando resolveu criá-lo. Na sua criação o principal objetivo do

Pecnordeste é de fomentar todos os segmentos das cadeias produtivas da pecuária, com novas tecnologias, possibilitando aos produtores rurais novos conhecimentos e conseqüentemente melhorar o desempenho de suas atividades.

O Pecnordeste, em 2016 completará 20 anos de existências e conti-nua levando aos produtores rurais, através de cursos, palestras e oficinas as mais modernas tecnologias dos segmentos da agropecuária, tendo nesses dezenove anos, capacitado 79.800 produtores rurais e técnicos. Como Coordenador, criamos a PECLEITE uma exposição especializada de animais de raças leiteiras de caprinos e bovinos e a Galeria dos Garanhões uma exposição de equinos da raça Quarto de Milha, dando uma maior movimentação e sucesso ao evento.

O Seminário Nordestino de Pecuária com passar dos anos consolidou-se como o maior e mais importante evento da pecuária Nordestina e não poderíamos deixar de agradecer ao Dr. José Ramos Torres de Melo Filho por ter deixado esse significativo legado, que tem beneficiado os produ-tores do nosso Estado e do Nordeste.

PAULO HELDER DE ALENCAR BRAGA, Superintendente do SENAR-CE

ALCI PORTO, diretor técnico do Sebrae Ceará

Dez de 2015 | 7ESPECIAL Torres de Melo

CEARÁ Depoimentos

Destaque a Torres de Melo

Escrever algo sobre a personalidade do grande homem público, José Ramos Torres de Melo Filho, é um dos ofícios por demais prazeroso, mercê de suas invejáveis qualidades que o tornam um cidadão que muito representa, não só para seus queridos familiares, como para toda a sua plêiade de amigos, conquistada ao longo de algumas décadas de serviços prestados ao desenvolvimento do estado do Ceará, notadamente, ao setor agropecuário, atividade que exerceu com muita maestria, independente de ser um profissional técnico na respectiva área, suplantando a muitos que assim se julgam.

Torres de Melo é detentor de um excepcional cabedal de conhecimentos, nas mais diversas áreas de atuação. É o mentor intelectual da criação de algumas instituições de extraordinária importância para o desenvolvimento crescente do estado do Ceará e do seu setor agropecuário, a exemplo do Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearense – AGROPACTO, por sua única e lúcida iniciativa. O órgão foi fundado no dia 11 de setembro de 1995 que, pela competência peculiar de seu criador, foi o

A trajetória de vida do Torres de Melo está marcada por expressivas contribuições na atividade classista e na filantropia. De certo modo reproduz os passos do pai que exerceu importante liderança no comércio e na maçonaria. Em nome dessa instituição dirigiu por largo tempo o “Asilo de Mendicidade” mais tarde denominado “Lar Torres de Melo” em sua homenagem. Foi proprietário da loja “As Torres”, que ainda conheci com sua diversidade de produtos à venda, situada na rua Floriano Peixoto – Praça do Ferreira – em cujo prédio funcionou depois uma barbearia onde cortei o cabelo aos sábados pela manhã com o Chico Furtado, hábil com a tesoura e parcimonioso no falar o que muito me agradava. Pai de uma família numerosa viu três de seus filhos ingressarem no exército tendo um deles, o Batista, atingido o generalato. Torres, possivelmente inspirado no exemplo dos irmãos mais velhos abraçou a carreira militar que se mostrava promissora mais foi prematuramente interrompida talvez por seu temperamento inquieto não se coadunar com a rigidez da organização castrense. Durante o período em que esteve no exército graduou-se engenheiro pelo Instituto Militar de Engenharia tendo servido em unidades de engenharia sediadas no sertão nordestino sob a liderança de chefes militares mais tarde expoentes nacionais. Seguramente essa passagem pelo exército terá fornecido os fundamentos que o animaram a procurar horizontes mais amplos para realizar suas aspirações.

Na vida civil atuou como empresário na construção, na indústria cerâmica e por fim no

setor rural. Integrou diretorias de várias entidades de classe oportunidades para exercitar seu espírito associativista. Participou de conselhos de diversas instituições públicas e privadas contribuindo com sua experiência para seu melhor funcionamento.

No âmbito do governo presidiu a companhia da habitação do Ceará (COHAB/CE) e a Companhia de Desenvolvimento de Roraima (CODESAIMA) tendo a experiência no antigo território despertado seu interesse pelo setor primário foco de suas futuras ocupações empresariais e associativas. A frente da COHAB promoveu a fusão das duas empresas, a municipal de Fortaleza e a estadual, além de solucionar pendências financeiras com o Banco Nacional da Habitação (BNH) o que permitiu regularizar a situação dos conjuntos no interior do estado. Éramos então, ele, e eu na condição de Secretário de Sáude, membros da equipe do Governador Cesar Cals imbuídos de entusiasmo inovador e propósitos progressistas que caracterizaram aquele período de nossa história recente. Data dessa época nosso conhecimento convivência retomada com muita proximidade quando exerci os mandatos de Senador e Governador do Estado.

Sem desconsiderar a importância das demais funções desempenhadas por Torres de Melo julgo, na esfera classista, a presidência da Federação da Agricultura do Estado do Ceará (FAEC) e a posição que ocupou na Confederação Nacional da Agricultura (CNA), serem os marcos mais relevantes de seu percurso como empreendedor. Determinado e estudioso tornou-se o maior conhecedor do

intricado problema do endividamento rural numa peregrinação semanal à Brasília em busca de uma solução para a causa que abraçou de forma obstinada. Estive sempre ao seu lado nessa luta fiz de meu gabinete no Senado extensão de sua oficina de trabalho.

Presidente da FAEC deu à instituição protagonismo e relevância que nunca conhecera promovendo a integração dos variados segmentos em que o setor se divide e a integração com as agencias governamentais incumbidas de executar as ações planejadas para a agricultura e a pecuária. São exemplos bem sucedidos dessa diretriz que estabeleceu o AGROPACTO, como atividade continuada, e a PECNORDESTE como evento mobilizador. No governo tive em Torres de Melo um prestimoso colaborador portador de valiosas sugestões, parceiro na execução da política traçada para o setor. Tudo isso sem nomeação e salário.

Torres de Melo - O Serviço como Missão

seu Coordenador Geral, por 14 anos consecutivos, o qual, ainda, se encontra em pleno funcionamento e com destacado sucesso.

Uma outra iniciativa de sua lavra, foi a instituição do, hoje, grande evento, Seminário Nordestino de Pecuária – PECNORDESTE, cuja primeira edição ocorreu no Centro de Convenções de Fortaleza, no período de 4 a 6 de junho de 1997. Trata-se de um certame de caráter regional, cujos resultados alcançados pelas suas 18 edições, muito contribuíram para o incremento econômico da pecuária nordestina.

Adquiriu um amplo prédio para servir de sede das duas entidades que compõem o Sistema FAEC/SENAR, no qual foram realizadas as necessárias adap-tações para o pleno funcionamento das atividades das instituições, e que recebeu, imediatamente, o título de “Casa da Agricultura José Ramos Torres de Melo Filho”, cuja solenidade de inauguração deverá ocorrer ao longo de 2015.

É um cidadão de caráter forte, coração amo-roso, amigo de todos, atencioso para quantos são merecedores, portador de reconhecida honestidade, transmite momentos agradáveis a quaisquer interlo-cutores, expressa uma educação inigualável. Dispõe de uma tendência humanística, no que tange à fi-lantropia, é dotado de um verdadeiro amor pela hu-manidade, especialmente, aquela representada por pessoas idosas, a quem ele dedica todo o seu apreço, mediante a grande obra meritória do centenário Lar Torres de Melo, fundado por seu dileto pai, entidade em que já exerceu a sua presidência por alguns man-

datos. É uma das Casas Filantrópicas mais antigas do Ceará, cujos serviços prestados são, reconhe-cidamente, elogiáveis, onde abriga aqueles entes queridos que já se aproximam do crepúsculo de seu exitoso viver. Eu, particularmente, não conhecia o nosso homenageado que, por informações de ami-gos, formulou-me convite para exercer o cargo de chefe do seu Gabinete, quando presidente da Fede-ração da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará – FAEC, por nada menos do que 21 anos. Iniciei o exercício da função no dia 4 de abril de 1995, per-manecendo até 31 de dezembro de 2009, portanto, 15 anos de um honroso trabalho, atividades estas que as considero uma dádiva divina, pelo muito que aprendi e pelo elevado grau de confiabilidade mú-tua, responsabilidade, honestidade e, sobretudo, fraternidade.

Meu caro amigo Torres de Melo, esta homenagem que lhe é atribuída, representa um dever sagrado, de quantos os veneram, além de significar um preito de gratidão e respeito pela nossa convivência pacífica, registrada ao longo do tempo.

É com esta mensagem que expresso toda a minha admiração pela pessoa que você soube ser, é e será até o final de sua, ainda, longa vida e que Deus há de prolongar por muitos anos.Um abraço fiel de seu amigo Angelim.

Gerardo Angelim de Albuquerque,

Ex-Chefe de Gabinete da FAEC

Lúcio AlcântaraEx-Governador do Ceará

8 | União Rural - Informativo FAEC SENAR ESPECIAL Torres de Melo

Em dia com o AgropactoCRIAÇÃO DE ABELHAS É UMA ATIVIDADE RENTÁVEL NO SEMIÁRIDO, MAS FALTA AINDA ASSISTÊNCIA TÉCNICA

Apesar de não precisar de muita chuva, mas a falta dela também prejudica a criação de

abelhas e é o que vem acontecendo nos últimos quatro anos, quando a escassez de chuva se intensi-ficou no Estado. Hoje, o Ceará está na sexta posição na exportação de mel de abelha, mas já chegou a ser o segundo maior exportador do Brasil em 2009. A perda de enxames desde 2011 foi gigantesca, mas mesmo assim o Ceará está se garantindo no sexto lu-gar, o que significa que é uma atividade rentável no semiárido, desde que haja um pouquinho de chuva e assistência técnica ao produtor, foi o que afirmou o Presidente Câmara Setorial do Mel, José Everton Alves, dia primeiro de dezembro, na reunião do Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearense - Agropac-to, promovida pela Federação da Agricultura e Pecu-ária do Estado do Ceará - Faec, na cidade de Cascavel, onde ministrou palestra com o tema " Cadeia pro-dutiva do mel de abelha no Ceará. Segundo ele, Cau-caia, Aquiraz, Cascavel e Crato estão entre os quatro primeiros exportadores de mel no Ceará. O consumo per capita brasileiro é de 60 gramas/ano, representa uma colher de mel, muito pouco em outros países, como a Alemanha que são os maiores consumidores per capita, o consumo é de 2 mil gramas/ano.

Sobre a cadeia produtiva do mel o professor Everton Alves disse que está bem estruturada no Es-tado, com a atuação de diversos empreendedores, do programa compras governamentais desenvolvido pela Conab, no varejo onde é vendido nas redes de farmácias e supermercados, tem também bancos financiadores de empresas, a Secretaria Estadual do Desenvolvimento Agrário, as secretarias municipais, o associativismo, o cooperativismo, a assistência téc-nica através da EMATERCE e outros órgãos. No en-tanto, para avançar é preciso mais assistência técnica, é preciso explorar mais a internet até para a compra de abelhas rainhas selecionadas.

Conforme dados de pesquisa por ele apresen-tados os agricultores cearenses utilizam um pouco mais da metade da tecnologia de produção disponí-vel, o acesso à assistência técnica segundo ele ainda

é inexpressivo, sendo necessário aumentar a gestão do negócio. Conclusão: a atividade apícola é bastante rentável, mas depende tecnologicamente do manejo e de gestão.

ATIVIDADE APÍCOLA EM CASCAVEL A segunda palestra com o tema: Perspectivas da

atividade apícola na Agricultura familiar de Cascavel, foi ministrada pelo professor doutor Francisco Deo-clécio Guerra Paulino, coordenador do setor de abe-lhas, do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará que ministrou recentemente um curso para produtores em Cascavel. Conforme dis-se, o Município de Cascavel tem um potencial muito grande para produção de mel, pela suas peculiari-dades devido a florada do cajueiro, o que permite manter as colônias de abelhas, além disso tem uma planta chamada "Catanduva", que também produz florada para produção de mel de alta qualidade. O que tem que ser trabalhado aqui em Cascavel é o manejo, treinar os produtores para tornar uma ati-vidade rentável, disse o professor. Ele ressaltou tam-bém, que a produção do mel é um dos produtos im-portantes, mas a polinização das culturas é também muito importante, é preciso usar a abelha para fazer a formação dos frutos, portanto,a apicultura não é só a produção de mel, insistiu o palestrante. O pólen e a cera do mel de abelha são dois sub-produtos impor-tantes que podem ser produzidos em larga escala e

melhorar a renda do produtor. O professor ressaltou ainda, a importância do

calendário de produção de florada, a organização, a capacitação dos produtores para o sucesso do em-preendimento.

PRESENÇAS A reunião do Agropacto ocorreu na Casa da

Cultura de Cascavel, localizada na Avenida Chanceler Edson Queiroz, e foi coordenada pelo presidente da FAEC, Flávio Saboya contando com a presença de mais de 50 produtores, do superintendente do Se-nar-CE, Paulo Helder Braga, presidente do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Hélder Filho,Francisco Arari-pe Costa, secretário de Desenvolvimento Econômico de Cascavel, Paulo Jorge, gerente de Agronegócio do Sebrae-Ce e Carlos Paulino, articulador de agronegó-cio também do Sebrae-Ce, gerente do BB de Casca-vel , Cândido de Oliveira, gerente do BNB, Nelson de Sousa, Eliseu Lima de Sousa, gerente da Conab no Ceará, presidente do Sindicato Rural de Horizonte e Presidente da ASCAJU, Francisco José de Sousa, vice- presidente da ASCAJU, chefe do escritório da EMA-TERCE, Eduardo José Ferreira dos Santos, alunos da Escola Técnica de Cascavel, entre outras.

VISITA A REDE E-TEC EM CASCAVEL

O Senar-CE deu início no mês de agosto úl-timo na cidade de Cascavel a um Curso Técnico na modalidade de ensino à distância, pela Rede e-Tec no Senar Nacional, oferecendo 50 vagas para o curso de Técnico em Agronegócio. Para tanto, foi montado um laboratório de informá-tica com 25 computadores, para as aulas pre-senciais que se realizam todo sábado na sede do Sindicato Rural, situado no Centro da Cidade.

A cada quinze dias, os alunos participam de aulas práticas em campo. O curso terá uma

durabilidade de dois anos, e a vantagem é que não exige a presença do aluno todo dia na sala de aula, e prepara o produtor e técnicos para o mercado de trabalho, podendo trazer resulta-dos importantes na questão da organização e gestão da propriedade rural.

O Presidente da Faec, Flávio Saboya e o Su-perintendente do Senar-Ce, Paulo Hélder Braga acompanhado de alguns assessores estiveram em visita a sede do Polo de Cascavel, no último dia 1° de dezembro, que está funcionando num prédio cedido pela Prefeitura Municipal.

ENCERRAMENTO DO CURSO DO PRONATEC

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Senar-CE, encerrou no dia 1° de dezembro,

no município de Ibaretama, três turmas do Curso de bovinocultura através do PRONATEC, na localida-de de Várzea de Cima, Distrito de Pedra e Cal, com a presença do superintendente do SENAR-CE, Paulo Helder Braga, do presidente do Sindicato Rural e vice-presidente da Faec, Carlos Bezerra Filho. Na ocasião, os alunos fizeram uma homenagem ao instrutor Pe-dro Vanderlei No sábado, dia 28 de novembro, foram concluídas também duas turmas do PRONATEC do curso de ovinocultura, totalizando 50 alunos, even-to este que contou com a presença da prefeita de Ibaretma, Liria Queiroz, do presidente do Sindicato Rural de Ibaretama e vice-presidente da Faec, Carlos Bezerra Filho.

O Pronatec é um curso de 200 horas, aplicando a didática do Senar "Aprender a fazer, fazendo" pro-porcionando a estes jovens filhos de produtores a oportunidade de inserção no mercado de trabalho, ressaltou o superintende do Senar. O curso é reco-nhecido pelo Ministério da Educação e Cultura - Mec, que habilita a acessar o PRONAF Jovem junto aos agentes financeiros, com um crédito no valor inicial de R$ 15 mil para iniciar seu primeiro negócio, lem-brou o presidente do Sindicato de Ibaretama.

Secretário de Desenvolvimento de Cascavel Francisco Araripe recepcionou a Comitiva do Agropacto

Sup. do Senar-CE e equipe em visita a Rede e-Tec