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EDITORIAL Informativo Semanal Página 01 EDITORIAL FIQUE SABENDO Presidente da CNA defende conclusão da votação das emendas à Medida Provisória do Código Florestal Alimento sem imposto Página 03 NOTÍCIA DA CNA Página 04 Ano 13 - Nº 674 - 29/08 a 04/09/2012 PEQUENAS NOTAS AGRICULTURA COM MAIS CRÉDITO Informativo Semanal 16 anos Desoneração de alimentos ajudariam o PIB Comissão Especial retoma discussões sobre a MP do Código Florestal ESPAÇO DO AGROPACTO Resumo da reunião do dia 28/08/2012 Páginas 05 e 06 Página 04 Produtores rurais do Ceará lançam manisfesto para pedir Medida Provisória do Milho Alimento sem imposto EVENTOS Página 02 Diante da elevada carga tributária que pesa sobre os alimentos, a Federação das Indústrias do estado de São Paulo (Fiesp) preparou um estudo que sugere a desoneração dos produtores da cesta básica. Conforme a pesquisa, extinguir os impostos dessas mercadorias. Pelas contas da entidade, o incremento no Produto Interno Bruto (PIB) seria de R$ 10,9 bilhões e pelo menos 416 mil postos de trabalho seriam abertos. O argumento dos pesquisadores é de que, com a queda dos preços desses itens, o brasileiro poderia consumir mais e de maneira diversificada, sobretudo a população de baixa renda, o que impulsionaria a economia. O levantamento da Fiesp garante que uma carga menor de impostos levaria o país um novo circulo virtuoso de consumo. As famílias mais pobres, com ganhos inferiores a dois salários mínimos por mês, e que destinam 30% do rendimento à compra de alimentos, poderiam gastar uma fatia maior com educação, serviços e lazer. A FIESP sustenta que na condição de um dos grandes produtores mundiais de alimentos, os brasileiros não podem aceitar uma carga de impostos desproporcional sobre produtos essenciais. Por se tratar de um setor no qual a competição é acirrada, os produtores e a indústria repassarão, naturalmente, aos consumidores o beneficio da desoneração, sob pena da perda de mercado. Assim, a redução tributária beneficiaria toda a sociedade, pondera a entidade. Campeão em tributos O Brasil é dos países que mais tributam alimentos no mundo e o brasileiro não tem a menor noção dos impostos que estão embutidos em cada compra que faz. A carga média de impostos sobre alimentos nos Estados Unidos é de 0,7%; na Europa, 5% e aqui 17%. Na conta de luz, 64,60% da conta soa impostos, carne, arroz e feijão 17,7% segundo a Fiesp. Quem ganha até 1.000 reais por mês gasta 19,6% de sua renda com alimentação. De 1.000 reais a 2.000 reais, 15,8%. No outro extremo, que ganha mais de 32.000 reais por mês gasta apenas 4,1% de sua renda com alimentação. No Senado, aguarda votação do Projeto de Lei 3154/12 que prevê a desoneração total do PIS, COFINS e do IPI da cesta básica nacional. A proposta contemplaria produtos como açúcar, biscoitos, café, carne bovina, carne de frango, carne suína, margarina, óleo de soja, pães, arroz, feijão, macarrão, farinhas, leite, tomate, batata e banana. “As famílias mais pobres, com ganhos inferiores a dois salários mínimos por mês, e que destinam 30% do rendimento à compra de alimentos, poderiam gastar uma fatia maior com educação, serviços e lazer.” Boletim Informativo do Sistema FAEP, Ano XXVI/nº 1186

JORNAL AGROPACTO

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Principais notícias do Agronegócio - Período 29 de Agosto a 04 de Setembro

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EDITORIAL

Informativo Semanal

Página 01

EDITORIAL FIQUE SABENDO Presidente da CNA defende conclusão davotação das emendas à Medida Provisória doCódigo Florestal

Alimento sem imposto

Página 03

NOTÍCIA DA CNA

Página 04

Ano 13 - Nº 674 - 29/08 a 04/09/2012

PEQUENAS NOTAS

AGRICULTURA COM MAIS CRÉDITO

Informativo Semanal16 anos

Desoneração de alimentos ajudariam o PIB

Comissão Especial retoma discussõessobre a MP do Código Florestal

ESPAÇO DO AGROPACTOResumo da reunião do dia 28/08/2012

Páginas 05 e 06Página 04

Produtores rurais do Ceará lançammanisfesto para pedir Medida Provisóriado Milho

Alimento sem imposto

EVENTOS

Página 02

Diante da elevada carga tributária que pesasobre os alimentos, a Federação das Indústrias doestado de São Paulo (Fiesp) preparou um estudoque sugere a desoneração dos produtores da cestabásica. Conforme a pesquisa, extinguiros impostos dessas mercadorias. Pelascontas da entidade, o incremento noProduto Interno Bruto (PIB) seria deR$ 10,9 bilhões e pelo menos 416 milpostos de trabalho seriam abertos. Oargumento dos pesquisadores é deque, com a queda dos preços dessesitens, o brasileiro poderia consumir maise de maneira diversificada, sobretudoa população de baixa renda, o queimpulsionaria a economia.

O levantamento da Fiesp garanteque uma carga menor de impostoslevaria o país um novo circulo virtuosode consumo. As famílias mais pobres,com ganhos inferiores a dois saláriosmínimos por mês, e que destinam 30%do rendimento à compra de alimentos, poderiamgastar uma fatia maior com educação, serviços elazer.

A FIESP sustenta que na condição de um dosgrandes produtores mundiais de alimentos, osbrasileiros não podem aceitar uma carga deimpostos desproporcional sobre produtosessenciais. Por se tratar de um setor no qual a

competição é acirrada, os produtores e a indústriarepassarão, naturalmente, aos consumidores obeneficio da desoneração, sob pena da perda demercado. Assim, a redução tributária beneficiaria

toda a sociedade, pondera a entidade.

Campeão em tributosO Brasil é dos países que mais tributam

alimentos no mundo e o brasileiro não tema menor noção dos impostos que estãoembutidos em cada compra que faz. Acarga média de impostos sobre alimentosnos Estados Unidos é de 0,7%; na Europa,5% e aqui 17%.

Na conta de luz, 64,60% da conta soaimpostos, carne, arroz e feijão 17,7%segundo a Fiesp. Quem ganha até 1.000reais por mês gasta 19,6% de sua rendacom alimentação. De 1.000 reais a 2.000reais, 15,8%. No outro extremo, que ganhamais de 32.000 reais por mês gasta apenas4,1% de sua renda com alimentação.

No Senado, aguarda votação do Projeto deLei 3154/12 que prevê a desoneração total do PIS,COFINS e do IPI da cesta básica nacional. Aproposta contemplaria produtos como açúcar,biscoitos, café, carne bovina, carne de frango,carne suína, margarina, óleo de soja, pães, arroz,feijão, macarrão, farinhas, leite, tomate, batata ebanana.

“As famíliasmais pobres,com ganhos

inferiores a doissalários mínimospor mês, e quedestinam 30%

do rendimento àcompra dealimentos,

poderiam gastaruma fatia maiorcom educação,

serviços elazer.”

Boletim Informativo do Sistema FAEP, Ano XXVI/nº 1186

CONSULTAPara maiores esclarecimentos sobre as infor-mações aqui divulgadas, favor comunicar-secom a SECRETARIA EXECUTIVA DO PAC-TO DE COOPERAÇÃO DA AGROPECUÁRIACEARENSE.Endereço: Rua Edite Braga, 50 -Jardim América - 60.410-436 Fortaleza - CETelefones: (0xx85) 3535-8006 Fax: (0xx85) 3535-8001E-mail: [email protected]: www.agropacto-ce.org.br

Órgão de divulgação de assuntos deinteresse do Setor Agropecuário e do Pactode Cooperação da Agropecuária Cearense.

Coordenação e Elaboração: GerardoAngelim de Abuquerque - Chefe de Gabineteda FAECCoordenador Geral do Agropacto:FLÁVIO VIRIATO DE SABOYA NETO(Presidente da FAEC) Membros do Comitê Consultivo: Setor PúblicoEvandro Vasconcelos Holanda Júnior - EmbrapaCaprinos e OvinosJoão Hélio Torres D'Ávila - UFCJosé Alves Teixeira - BNBLucas Antonio de Sousa Leite - EmbrapaAgroindustria TropicalPaulo Almicar Proença Sucupira - BBRaimundo Reginaldo Braga Lobo - ADECE

Setor PrivadoAlderito Raimundo de Oliveira - CS da CajuculturaÁlvaro Carneiro Júnior - CS de LeiteCristiano Peixoto Maia - CS do CamarãoEdgar Gadelha Pereira Filho - CS da CarnaúbaEuvaldo Bringel Olinda - Instituto FrutalJoão Teixeira Júnior - CS da Fruticultura e UNIVALEPaulo Roque Selbach - CS. FloresVinícius Araújo de Carvalho - CS do MelCarlos Prado - Itaueira AgropecuáriaFrancisco Férrer Bezerra - FIECJoão Nicédio Alves Nogueira - OCB/CELuiz Prata Girão - BETÂNIAPaulo Jorge Mendes Leitão - SEBRAE-CE

Secretária:Teresa Lenice Nogueira da Gama MotaKamylla Costa De Andrade Editoração Digital:Brunno CarvalhoHelena Monte LimaTaquigrafia:Irlana GurgelPatrocínio:BANCO DO BRASIL S/ABANCO DO NORDESTE DO BRASIL S/ASEBRAE/CE

Nº 674

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PRODUTOR RURAL: Pague a Contribuição Sindical Rural em benefício da

manutenção do Sistema Sindical Rural

16 anos

Eventos

=> HORTIFRUTEC 2012Período: 13 a 15/09/2012Local: São Benedito – CE

=> Agropacto Itinerante em São Benedito-CEData: 13/09/2012 às 08h00min

=> All About Petshow 2012 –Exposição de Produtos e Serviços para o Mercado Pet e VeterinárioPeríodo: 12 a 15/09/2012Local: Centro de Eventos do Ceará

=> Feira do Empreendedor 2012Período: 24 a 27/09/2012Local: Centro de Eventos do Ceará

=> FRUTAL 2012Período: 25 a 27/09/2012Local: Centro de Eventos do Ceará

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Fique SabendoComissão Especial retoma discussões sobre a MP do

Código FlorestalA Comissão Especial Mista que analisa a Medida Provisória (MP) 571, que complementa o novo Código

Florestal, voltou a se reunir no dia 28 de agosto, para tentar concluir a votação dos destaques ao texto dosenador Luiz Henrique (PMDB-SC), relator da matéria

A Comissão Espec ia lMista que analisa a MedidaProv isór ia (MP) 571, quecomplementa o novo CódigoFloresta l, voltou a se reunirno d ia 28 de agosto , paratentar concluir a votação dosdes t aques a o text o dosena dor Lu i z Henr ique(PMDB-SC), re la to r damatér ia . Devem serdiscutidas 28 emendas, maso número de destaques podeser menor, já que senadorese deputados podem solicitara retirada de suas emendas.Con c lu ída a vo tação dosdestaques, a matéria precisa

ser aprovada nos plenários daCâmara e do Senado.

Os des taques à MP doCódigo F loresta l começaram aser d iscu t idos n a ComissãoEspec ia l Mis ta , no in íc io deago s to , logo a pós o recessoparlamentar. Na ocasião, foramvotados apenas c inco dos 35destaques em discussão . Umadas emendas exc lu i r ios nãoperenes do conceito de Área dePreservação Permanente (APP).

Depu tados e senadorestambém decidiram pela retiradado percentua l de propr iedadeonde seria adotada a prática dopousio, interrupção temporária

da at ividade agropecuár ia emdete rminada á rea do imóvelrural para recuperação do solo.O prazo de c inco anos pa raimplantação des ta técnica foimantido.

Foi acrescentado, também,o c onceit o de c réd ito deca rbono, que a té en tão nãohavia no texto-base do relator,que f icou def in ido como um“ t í tu lo de d ir e ito sobre bemin tangíve l e incorpó reotransacionável”. Em outras duasdecisões, os parlamentares dacomissão retiraram do texto oconceito de área abandonada emantiveram o de área úmida.

Assessoria de Comunicação CNA

Os produtores rurais do Cearálançaram, no dia 29 de agosto,um manifesto para pedir a ediçãode uma Medida Provisória (MP),que permita a aquisição de milho,sem licitação, para alimentar osrebanhos do Estado. Os animaisestão sofrendo com a falta docereal devido à pior seca que aregião Nordeste já enfrentou nosúltimos 30 anos, que frustrou90% da produção de milho doEstado. Segundo o presidente daFederação da Agricultura ePecuária do Estado do Ceará(FAEC), Flávio Saboya, embora oGoverno Federal tenha destinado400 mil toneladas para seremcomercializadas na regiãoNordeste, pelo Sistema VendaBalcão, o milho não estáchegando ao Ceará por umaquestão de logística. “Oscaminhoneiros estão preferindolevar o milho aos portos deSantos e de Paranaguá, porquepor lá eles têm a garantia deretornar com as carretascarregadas”, explicou Flávio.

Na avaliação do presidente daFAEC, com a edição da MP, seriapossível comprar o milho dasregiões produtoras localizadasnos Estados vizinhos do Ceará,como o oeste da Bahia e o sul doMaranhão e do Piauí. “A situação

Produtores rurais do Ceará lançam manifesto para pedirMedida Provisória do Milho

é de emergência, o milho chegariamais rápido”, justificou F lávioSaboya. Antes do início da estiagemhavia cerca de 10 mil produtorescadastrados junto à CompanhiaNacional de Abastecimento (Conab),para aquisição do cereal, peloSistema Venda Balcão. Atualmente,são mais de 34 mil produtorescadastrados, o que revela oagravamento da situação. Segundoestimativas da FAEC, a quantidadede milho que deveria chegar aoCeará para amenizar os problemasgira em torno de seis a sete miltoneladas por semana, “mas sóestão chegando de 1,5 mil a 2 miltonelada a cada 15 dias”, denunciaSaboya.

O Governo Federal chegou afazer leilões de contratação de fretespara levar o grão, proveniente doMato Grosso, Mato Grosso do Sul,Goiás e Paraná, aos Estadosnordestinos mais afetados pela faltado milho. Os embarques iniciaramem maio, mas tiveram uma drásticaredução no mês passado. O Governoalegou, entre outros motivos, aredução da oferta de caminhõespara dar continuidade ao serviçocontratado. Uma das causas dessaredução seria o in íc io doescoamento da produção da“safrinha” de milho no Mato Grosso.Segundo a Companhia Nacional de

Abastecimento (Conab), oscaminhoneiros optam por trajetosmais curtos, entre a lavoura e osarmazéns, porque dessa formaconseguiriam fazer mais viagenspor dia a preços mais atrativos.

Flávio Saboya, que é membrodo Conselho Deliberativo daSuperintendência de Desenvo-lvimento do Nordeste (Sudene),alertou sobre a possibilidade deagravamento da s ituação dosprodutores na última reunião doConselho, em 13 de julho.“Também apelou, em diversasaudiências anteriores com adireção nacional da Conab, parauma solução para o problema dodesabastecimento dos postos devenda e cobrou uma estruturacompatível para o atendimentoaos interessados nas aquisiçõesde milho”, afirmou o presidente daFAEC.

O manifesto contou com oapoio de 20 sindicatos rurais, dosDeputados Raimundo Gomes deMatos, Fernanda Pessoa eHermínio Resende, e de mais de1.500 produtores cearenses quejuntos, possuem um rebanho, deaproximadamente, 1,5 milhão deanimais entre bovinos, suínos,ovinos e caprinos. A situaçãoexige medidas emergenciais porparte do Governo Federal.

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Presidente da CNA defende conclusão da votação dasemendas à Medida Provisória do Código Florestal

Notícia CNA

Pequenas Notas

A presidente da Confederaçãoda Agricultura e Pecuária do Brasil(CNA), senadora Kát ia Abreu,defendeu a conclusão da votaçãodos destaques à Medida Provisória(MP) 571, que complementa oCódigo Florestal Brasileiro. “A quedada MP geraria insegurança jurídica,inclusive com impedimentos definanciamentos. Será um prejuízomuito grande para os produtores.O setor não vai aguentar”, alertou.

A senadora participa de reunião daComissão Especial Mista que analisaas emendas ao relatório do senadorLuiz Henrique (PMDB-SC) para otexto da MP.

Lembrou que a lei do novoCódigo Florestal e a MP não“resolvem 100% do problema”, mastrazem “ganhos extraordinários”.Entre os avanços, citou a questãodos rios intermitentes com doismetros de largura, que precisarãoser recompostos com cinco metrosde margem, de cada lado.“Preocupação é com aquelas brocas,que se enchem com a água dachuva, que não são rios e cursosd´água”, alertou a presidente daCNA. As brocas serão excluídas daexigência de recomposição, comoprevê uma das emendas que devemser votadas na Comissão EspecialMista que analisa a MP.

Neste momento, deputados esenadores buscam a unanimidade

em torno da proposta, pois oacordo requer que seja aprovadapelo conjunto da comissão. Aunanimidade é exigida paramudança do inciso que excluiurios intermitentes do conceito deÁrea de Preservação Permanente(APP). 

A senadora Kátia Abreualertou, ainda, que a MP “caduca”no dia 8 de outubro, se a votaçãonão for concluída.

“A MP está para ser vencida.Não temos o direito de desprezartodos os avanços que tivemos atéaqui”, af irmou. Segundo opresidente da comissão,deputado Bohn Gass (PT-RS), casonão seja aprovada no colegiadono dia 29 de agosto, a MP deveráperder a eficácia, pois não haverámais prazo para sua apreciaçãonas duas Casas do Congresso.

Assessoria de Comunicação da CNA - (61) 2109-1419www.canaldoprodutor.com.br

Plano Safra vai liberar R$ 960 mil para agricultoresO lançamento estadual do Plano Safra ocorreu na manhã no dia 20 de Agosto, em Morada Nova, no

Vale do Jaguaribe, num esforço de compensação do que deixou de chover neste ano, oficialmente deseca.Vários pacotes de ações estão sendo criados ou incrementados pelos governos estaduais e Federal,e a partir do ano que vem o Plano Safra 2012-2013 deverá beneficiar mais agricultores.Serão R$ 960 milhões para as linhas de custeio, investimento e comercialização do Programa Nacional deFortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Serão R$ 22 bilhões em todo o País. Ainda neste mês, umamissão do Banco Mundial chega ao Ceará para aprovação de um crédito de R$ 300 milhões para o ProjetoSão José III.

BeneficiáriosO incremento na liberação do Plano Safra é um alento para milhares de famílias de agricultores que,

neste ano, viram o plantio secar e o rebanho emagrecer. Além de representar um valor maior para obeneficiado, o Plano Safra a ser pago no ano que vem terá um cadastro maior no enquadramento dasrendas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. Ou seja, haverá mais beneficiáriosdo Pronaf e, assim, até o Plano Safra. Enquanto o Pronaf contemplava quem tinha renda de até R$ 110 mil,o valor sobe para quem obtém rendimento anual de até R$ 160 mil. “É uma forma de beneficiar os agricultoresque já contavam com uma estrutura um pouco melhor, mas que não estavam na cobertura do Programa”,afirmou o governador Cid Gomes.Para mais informações:Secretaria do Desenvolvimento Agrário do Ceará (SDA)Av. Bezerra de Menezes, 1820São Gerardo - Fortaleza/CETelefone: (85) 3101.8002

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Espaço Agropacto

RESUMO DA REUNIÃO DE 28 DE AGOSTO DE 2012TEMA

O SENAR E A CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDOANÍZIO DE CARVALHO JÚNIOR, Superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural –

SENAR/AR-CE

O Sr. Coordenador Flávio Saboyaabriu a reunião, agradecendo arecepção prestada ao Agropacto emItapipoca, coincidindo com aexposição agropecuária e passou apalavra ao Sr. Erildo Pontes, quedivulgou a 19ª edição da Frutal 2012,com o tema central: ExperiênciasExitosas no Semiárido, a realizar-sede 25 a 27 de setembro. Em seguida,fez uso da palavra, o palestrante, Dr.Aníz io de Carvalho Júnior, queapresentou o SENAR e a convivênciacom o Semiárido, fazendo umpequeno histórico do inic io dosistema S, a importância doAgronegócio Brasileiro, a evolução doSENAR, e o Programa Viver Bem noSemiárido. Disse que o Sistema Steve origem em 1942, durante oEstado Novo, em que houve a criaçãode movimento para financiar odesenvolvimento econômico e social,daí nascendo o SENAI, comcontribuições privadas. Em 1946, oCNC criou o SENAC e, após 30 anosde experiência privada, nos anos1970, governos militares criaram oSENAR público. Em 1971 foi criado oSENAR na CNA (Lei 8.315 dedezembro de 1991), a ConfederaçãoNacional do Transporte – CNT criou oSENAT e a OCB criou o SESCOOP.Forneceu números do Agronegócio:significa 1/3 do PIB, 37% dosempregos, 40% das exportações (0sprincipais produtos brasileiros são:café, açúcar e suco de laranja comoprimeiros no ranking mundial).Ressaltou que o mundo espera daprodução agrícola qualidade esustentabilidade e que o setoragropecuário possui uma diversidadede atividades e está inserido dentrode um contexto globalizado, em quea profissionalização torna-se cadavez mais exigida, portanto, se faznecessário acompanhar as

transformações tecnológicas, sociais,políticas, econômicas e trabalhistas,oportunizando aos trabalhadores umaelevada qualif icação, para suapermanência no mercado cada vezmais competitivo. As ações do ServiçoNacional de Aprendizagem Rural(SENAR), disse que devem ter comoprincípio básico o conhecimento darealidade e das necessidades regionais.Para isso, é preciso identificar a realdemanda da localidade para que seconsiga atender os anseios dapopulação rural. Missão: Desenvolverações de Formação Profissional Rural– FPR e atividades de Promoção Social– PS, voltadas às pessoas do meio rural,contribuindo para sua profiss io-nalização, sua integração na sociedade,melhoria da sua qualidade de vida epara o pleno exercício da cidadania. OSENAR no Brasil possui umaAdministração Central em Brasília e 27Administrações Regionais nos estadose no Distrito Federal. A FormaçãoProfissional Rural – FPR, conceituoucomo um processo educativo, nãoformal, participativo e sistematizadoque possibilita a aquis ição deconhecimentos, habilidades e atitudesvoltadas para os produtores etrabalhadores rurais que exercem ouirão exercer uma profissão no meiorural. O foco para a profissionalizaçãovoltada para o mercado de trabalho ea c lientela, o trabalhador(a) eprodutor(a) rural maior de 18 anos.Linhas de ação da FPR: pecuária,agricultura, extrativismo, silvicultura,agroindústria, atividade de apoioagrosilvopastoril e outros, realizandoum total de 53.340 turmas com 686.671participantes em 2011. As atividadesde Promoção Social desenvolvidas peloSENAR, têm caráter educativo,preventivo e de complementaridadecom Formação Profissional Rural, ofoco na busca de desenvolver aptidõespessoais e socia is e nãoprofissionalizante e a clientela, otrabalhador(a) e produtor(a) rural etodos os membros de suas famílias quersejam crianças, jovens e adultos, nasáreas de atividade de: educação,saúde, organização comunitária, entreoutros, totalizando 1.733 turmas com50.903 participantes em 2011.Juntamente com programa dedesenvolvimento de talentos humanose outros programas especiais, o SENAR

totalizou em 2011, 250.162 turmascom 6.115.460 participantes. Passoua discorrer sobre o sistema sindicalrural, composto pela CNA e o SENARe suas regionais e em seguidaapresentou os programas especiais,entre eles: Educação a Distância, oportal EaD SENAR é uma iniciativaque tem o intuito de contribuir coma formação e a profissionalizaçãodos produtores rurais oferecendocursos na modalidade à Distância;Útero é Vida, para promover açõesde sensibilização, conscientização emobilização, por meio de palestrasna área de saúde e principalmenterealizando exame preventivo ediagnóstico de câncer de colo doútero – Papanicolau, em mulheresem idade reprodutiva e,posteriormente, encaminhamentodos resultados; Sindicato Forte:estabelece estratégias dedesenvolvimento sindical, ajustadasàs novas exigências da produçãorural sustentável; ProgramaEmpreendedor Rural – PER, que temcomo objetivo principal estimular oempreendedorismo relacionado aoagronegócio, transformar o produtorem empreendedor para administrarsua propriedade com eficiência; aFaculdade Tecnológica CNA, comensino presencial e à distância; e oPrograma Viver Bem no Semiárido,que passou a detalhar. Entre aspremissas gerais: Foco nodesenvolvimento rural sustentável apartir da aplicação de tecnologias deconvivência com o semiárido,capazes de promover a melhoria dagestão, produtividade erentabilidade dos negócios rurais emsintonia com o meio ambiente;Enfoque proativo e preventivo aoinvés de reativo => convivência coma seca ao invés de combate à seca.O objetivo: Contribuir para odesenvolvimento rural sustentáveldo semiárido brasileiro, mediante adifusão e aplicação de tecnologiasadaptadas e de gestão eficaz para apromoção do aumento daprodutividade e da rentabilidade daeconomia rural, em sintonia com asnecessidades de sobrevivência einclusão social do homem e depreservação dos frágeis e escassosrecursos naturais da região. Algunsdecodificadores de solução para

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convivência no semiárido:Tecnologias Sociais para Captação eConservação da Água; Boas Práticaspara a Produção Agropecuária noSemiárido; Novos ProdutosAgropecuários Típicos do Semiárido;Promoção Social na área da Saúde,Alimentação, Qualidade de Vida eExploração de Alternativas deAlimentação a partir de ProdutosTípicos da Região; Investimentopúblico em obras de infraestrutura,Incentivo à Produção de ReservaEstratégica de Alimento, Produção eDistribuição de Palma Forrageira;Produção de outras alternativas deinsumo animal, Pesquisa eDesenvolvimento de novasvariedades de insumo Animal,Qualificação Gerencial paraProdutores Rurais do Semiárido, BoasPráticas de Produção agropecuária noSemiárido, Apoio à Captação deRecursos para Financiamento deInvestimentos em Produção,Incentivo à produção integrada viaAssociativismo e Cooperativismo.Difusão de tecnologias deconvivência com o semiárido:Consiste no esforço proativo econtínuo de identificação, seleção edisseminação de tecnologias eficazesde gestão e de convivência comsemiárido desenvolvidas porinstituições de ensino e de pesquisade reconhecida excelência, como oCentro de Pesquisa Agropecuária doTrópico Semiárido - CPATSA daEmbrapa. Estratégias Principais:Identificação, seleção e difusão detecnologias e boas práticas deconvivência com o semiárido; Seleçãode parceiros externos paradesenvolvimento de açõescooperadas de ensino e disseminaçãode tecnologia; Desenvolvimento,produção e disseminação de cartilhasde Boas Práticas de gestão econvivência com o semiárido;Realização de seminário regionalsobre tecnologias e boas práticas deconvivência com o semiárido paradisseminação de novas tecnologias ecasos empresariais de sucesso;Capacitação técnica de instrutores doSENAR em tecnologias de gestão econvivência com o semiárido porparceiros externos; CapacitaçãoTécnica em Tecnologias deConvivência com o Semiárido;Capacitação Técnica em PalmaForrageira e Outras Alternativas paraAlimentação Animal no Semiárido;Capacitação Técnica em Elaboraçãode Projetos para o Semiárido.Estratégias de intervenção sobre ocomportamento do homem:Compreende conjunto de açõesvoltadas à promoção, valorização eao desenvolvimento de uma novapostura e comportamento do homemdo semiárido diante dos desafios e

dif iculdades impostas pela suarealidade local. Visa contribuir para aadoção de uma nova postura pessoal,mais otimista, conf iante, eempreendedora, fac ilitando aconvivência com o semiárido econtribuindo para o seu sucesso edesenvolvimento sustentável. Esteobjetivo será perseguido e reforçadopor todas as grandes linhas de açãodo projeto, ajudando a criar umsistema de forças favorável àpromoção da mudança de cultura:difusão de tecnologia, capacitaçãotecnológica, consultoria, promoçãosocial. Finalizou agradecendo a atençãode todos e colocando-se à disposiçãopara qualquer esclarecimento.

DEBATES

O Sr. Coordenador Flávio Saboya fez aabertura dos debates dizendo datamanha importância do assunto parao Estado do Ceará e um grande desafioque todos têm que perseguir e vencer.Como novo insumo para consumo,disse que tomou conhecimento de umaindústria de biodiesel em Quixadá queproduz insumo industrial que eraexportado ou eliminado e estavaprovado que podia ser um grandealimento para ruminantes. Pensou emorganizar um seminário sobre açõescompetitivas na seca. No primeirobloco, o Sr. Zilval Fonteles falou de duasassociações de criadores tentando sefortalecer, na fase de criação deregimentos e c itou algumasexperiências com a palma forrageiraem Miraíma e pediu estímulo do SENARno sentido de fazer uma unidade compalma ou sorgo. O Sr. Jacó (Sebrae)comunicou que foi instituído novoescritório regional em Itapipoca, quefuncionaria articulando 13 municípios,e se uniu no desafio de usar o potencialcriativo, aliando as mudanças aoconhecimento. O Sr. Davi Farias,Secretário de Agricultura de Itapipocaagradeceu a presença de todos nomunic ípio, disse que assumiu aSecretaria há pouco tempo e destacoua concordância no sentido da força daexpressão: viver bem no semiárido.Disse que cada vez mais queriafortalecer elos e fazer acontecer e veraplicabilidade das tecnologiasdisponíveis. O Sr. Antonio Aguiar,presidente do Sindicato Rural deItapipoca disse que estava muito felizpor ter o evento Agropacto emItapipoca, sabendo que todas aspalestras eram registradas desde seusprimórdios. Disse que creditava napecuária e agricultura de Itapipoca deforma muito representativa na região,destacando as tecnologias disponíveispara o cajueiro, por exemplo. A Sra.Francisca Jeânia Rogério Gomes faloudo Agropacto como espaçomaravilhoso onde se podia discutir o

desenvolvimento, sentia falta daparceria mais próxima do SENAR naquestão do acompanhamento dotrabalho do BNB no campo. Falou daexistência de linha de crédito paraas secas, mas os projetos não têmuma preparação do produtor, apenasum município estava solicitando parapalma forrageira. Henrique Araújofalou da mandioca como a culturaforte e estratégia alimentar paraenfrentar os problemas da seca epara ações em viver bem nosemiárido. O Sr. Edilson de Castro(Instituto Agropólos) perguntou comoseria uma parceria do SENAR comas secretarias munic ipais deagricultura de todo o Estado doCeará, porque em, sua opinião,município forte tinha secretaria deagricultura forte. O Sr. EduardoQueiroz parabenizou pelo esforço demobilização do Sindicato Rural deItapipoca e refletiu sobre o projetode substituição de copas decajueiros, tendo apenas doisprodutores aderindo em Itapipoca.Informou que o presidente da FAECconseguiu com o Governo, opagamento de até 12 reais ao médioprodutor por planta substituída equestionou: o problema é a falta detecnologia ou o fato de que oempresário desacredita? O Sr. Helder(Jornal A Notícia) falou que aPrefeitura comprou um trator econstruiu mais de 70 açudes, sendono inverno mais de 30 e ainda tinhauma longa lista de açudes a seremconstruídos. O Sr. Anízio de Carvalhoprocedeu as respostas, entre elas:que o SENAR está aberto a todas asparcerias formais e informais, porémcom todas as prefeituras do Estado,não teria recursos disponíveis; queo SENAR não oferecia cursos, atendeàs demandas do produtor; que sentiaem Itapipoca o potencial para fazeruma parceria forte; que existia muitatecnologia e citou como exemplo otrabalho coletado e transformado emlivro pela professora Eunice Andrade:Proposta de Uso Adequado do CapitalNatural. Colocou-se à disposiçãoatravés de e-mail e telefone para dartodos esclarecimentos necessários. OSr. Coordenador Flávio Saboya disseque uma época o SENAR tinhaparceria maior com o BNB, mas emnível central havia uma estrutura quepermitia aquilo, chegando apromover 30% dos cursosdirecionados às solicitações do BNB,mas nada impedia que através docanal aberto pela Sra. Jeânia,voltasse a se fortalecer e até mesmoatravés do sindicato. Agradeceu maisuma vez a acolhida em Itapipoca,agradeceu a presença de todos epassou a palavra ao Sr. AntonioAguiar, que declarou encerrada areunião.