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Maio | 2013 Ano 7 | Edição 52 culturaourinhos.com.br 13 o Festival de Música Confira os detalhes da organização do FMO que neste ano homenageia Vinícius e Stravinsky. Ponto MIS Secretaria de Cultura faz parceria com o Museu da Imagem e do Som. 120 dias de nova gestão Veja o resumo do que aconteceu na cultura ourinhense nos 4 primeiros meses deste ano. Sérgio Nunes de artes cênicas 5 a Mostra Confira a programação com 10 espetáculos, 3 oficinas e dois shows musicais no Bar da Mostra. pág. 3 pág. 7 pág. 7 Impresso Especial 9912309180 CORREIOS Prefeitura de Ourinhos DR/SPI

Jornal Balaio Cultural Maio 2013

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Jornal da Secretaria de Cultura de Ourinhos SP 8 pgs.

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Maio | 2013

Ano 7 | Edição 52

culturaourinhos.com.br

13o Festival de Música Confira os detalhes da organização do FMO que neste ano homenageia Vinícius e Stravinsky.

Ponto MIS Secretaria de Cultura faz parceria com o Museu da Imagem e do Som.

120 dias de nova gestão Veja o resumo do que aconteceu na cultura ourinhense nos 4 primeiros meses deste ano.

Sérgio Nunesde artes cênicas

5a Mostra

Confira a programação com 10 espetáculos, 3 oficinas e dois shows

musicais no Bar da Mostra.

pág. 3

pág. 7

pág. 7

Impresso Especial

9912309180

COrreIOS

Prefeitura de Ourinhos

Dr/SPI

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2 Balaio Cultural

Expediente

redação

direção de arte

colaboração

distribuição

administração

periodicidadetiragem

Fernando CavezaliFranco FurlanTatiana Oliveira

Pedro Faber Fernandes

Jessé RibeiroKarina Mori Zimmermann

Fábio Augusto de OliveiraFernando H. Andrade VianaJoão Vitor Migliari

Julio César de Oliveira

Mensal5.000 exemplares

culturaourinhos.com.brSecretaria Municipal de Cultura

Rua Dom Pedro I, 394 | 14 [email protected]

Até o final do ano está prevista a inau-guração do CEU (Centro de Artes e Esportes Unificados), no bairro Recanto dos Pássaros. Entre os diversos ambientes, a Super Praça, como está sendo chamada, contará com auditório multiuso para 60 pessoas. Será mais um equipamento cultural para gestão compartilhada com a Secretaria Municipal de Cultura.

O secretário Fernando Cavezali foi incluído num grupo de 13 secretários de Cultura do interior de SP convidado para atuar como curador na Plataforma Proac 2013, mostra da Secretaria de Estado da Cultura que apresentará as mais recentes obras dos artistas e grupos do Estado con-templados pelo PROAC, em 2011 e 2012.

As inscrições para o processo seletivo da Escola Municipal de Música “Maestro Américo de Carvalho” previstas para o meio do ano, estarão abertas de 25 a 28 de junho. As provas serão realizadas dia 30 no Centro Cultural “Tom Jobim”.

O ator e diretor Antonio Abujamra, destaque da 5a Mostra Sergio Nunes de Artes Cênicas, não previa nenhuma atividade profissional para este semestre além de seus projetos em curso. O convite para atuar em Ourinhos, sua terra natal, no entanto, falou mais alto. Bom pra nós!

A Biblioteca Municipal “Tristão de Athaíde” ganhou nos últimos meses nova sinalização e novo espaço infantil.

A Secretaria Municipal de Cultura tem firmado algumas parcerias, uma delas com o Centro Cultural “Irmãos Quagliato”, envolvendo intercâmbio pedagógico e de apresentações. Outra parceria é com a ETEC “Jacinto Ferreira de Sá”, que mantém curso técnico em Regência Coral e vai emprestar diversos instrumentos musicais para uso no 13o Festival de Música de Ourinhos.

Super Praça

Plataforma ProAc

Escola de Música

O Abu é nosso

Entre Livros

Parcerias

O ano de 2013 apenas cumpriu seu primeiro terço, mas parece que muito mais tempo se passou. Na real, com novo governo municipal e nova gestão na Secretaria de Cultura, a sensação de tempo curto se deve às inúmeras atividades registradas nesses 4 meses em diversas ramificações desse todo chamado cultura (ver matéria na página 7).

O ritmo acelerado se explica também pela herança de projetos bem sucedidos das gestões anteriores e pela renovação de ideias comuns a novos gestores e equipe.

A cultura em Ourinhos, já faz tempo, é de dar inveja a muita cidade grande. Assumir essa pasta foi assumir responsabilidades enor-

mes com um público cada vez mais exigente e encarar desafios do muito que ainda precisa ser feito.

Oxigenação é a palavra de ordem, tanto para dar sobrevida ao que realmente vale a pena quanto para buscar novos olhares para o sentido antropológico da nossa cultura.

Como em qualquer planejamento que se preze, nossas metas são de curto, médio e longo prazo, considerando 4 anos de trabalho à frente. No curto prazo, garantir a qualidade e se possível aprimorar os projetos que já fazem parte da programação cultural da cidade. No médio prazo, incluir novos projetos e ampliar os atuais. No longo prazo, consolidar um trabalho de inclusão sócio-cultural que deixe sementes nos corações e mentes da nossa população mais distante dos equipamentos culturais que nos atendem.

Grandes resultados podem ser simples na sua construção. O que não pode ser pequena é nossa vontade política de, através da cultura, transformar seres humanos em cidadãos melhores, conscientes sobre a vida e o mundo.

Fernando CavezaliSecretário Municipal de Cultura

Um novo olhar para Um novo fazer

Editorial curtinhas

Vídeo: CangoteArtista: CéuÁlbum: VagarosaAno: 2009Link: http://www.youtube.com/watch?v=Erd4LpzHXtA

No dia 14 de junho, Ourinhos recebe mais uma edição do Circuito SESC de Artes. A programação é bastante variada, com espetácu-los musicais, circenses, de dança e teatro. O grande destaque será a apresentação da cantora Céu, um dos grandes nomes da nova geração da MPB, pela primeira vez em Ourinhos. O Circuito SESC de Artes tem início às 17h30, na Praça Melo Peixoto. Toda a programação é gratuita, inclusive a apresentação da Céu.

click

Assista

Traço Homenagem a Sérgio Nunes

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3Maio 2013

Festival de Música

13o Acima, Vinícius de Moraes, e à direita, Igor Stravinsky, os homenageados deste ano.

Em 2013, o Festival de Música de Ourinhos chega à sua 13ª edição. O evento, que nasceu em 2001, desde então foi se consolidando como um dos maiores – e melhores – festivais do gênero no País.

O evento vem sendo pensado e preparado pela Secretaria Municipal de Cultura desde janeiro deste ano. A data de realização será de 20 a 27 de Julho.

Um dos grandes diferenciais do Festival de Música de Ourinhos em comparação a seus asseme-lhados é a ênfase à educação musical. É verdade que a programação artística chama a atenção do grande público, mas o foco do Festival é o aprendizado e o aperfeiçoamento musical. Não é à toa que uma das maiores pre-o c u p a -

ções é a escolha de professores, reconhecidos no meio musical.

Todos os anos, Ourinhos recebe centenas de estudantes de música. São alunos da própria cidade, de todo o Estado de São Paulo, e também de estados mais distantes. Não é raro encontrarmos alunos estrangeiros, vindos de países como Estados Unidos, México e Chile.

A Secretaria Municipal de Cultura planeja novidades para este ano, objetivando a ampliação e o aprimoramento da qualidade do evento. Uma delas será a oferta de mais cursos na área de música erudita, sem prejuízo da música popular.

Essa dualidade entre erudito e popular já co-meça na escolha dos músicos homenageados:

Vinícius de Moraes e Igor Stravinsky. O poetinha, cujo centenário comemora-se em 2013, representa a música popular; o compositor russo, cuja Sagração da

Primavera, sua obra mais famosa, com-pleta um século neste ano, foi escolhido como homenageado da música erudita

no Festival.A escolha dos homenagea-

dos não é apenas uma decisão estética ou simbólica, embora também o seja. É parte de um trabalho de educação musical realiza-do nas escolas, em parceria

com a Secretaria Municipal de Educação. Ao longo do

primeiro semestre, tendo como

base um material preparado pela Secretaria de Cul-tura, as escolas de Ourinhos desenvolvem diversas atividades inspiradas nos músicos homenageados. Essas atividades são, muitas vezes, o primeiro contato de grande parte dos estudantes com a obra de grandes músicos que, talvez, eles não tivessem a oportunidade de conhecer de outra forma.

A comunicação gráfica do XIII Festival de Música foi concebida pelo designer gráfico Pedro Faber mas conta com uma ilustração especialmente concebida pelo artista plástico Jessé Ribeiro. Ela expõe a filosofia que a Secretaria adotou para esta edição do Festival: música erudita e popular no mesmo plano, ambas com a mesma importância, co-existindo não como vertentes rivais e sim como partes complementares de um mesmo todo.

Entre as novidades deste ano, está tambéma nomeação de um diretor artístico de renome na música nacional. Trata-se do violoncelista Antonio Lauro Del Claro, considerado um dos mais brilhan-tes músicos brasileiros da atualidade. Estudou na Europa, atuou em inúmeras grandes orquestras, foi professor de música na UNICAMP e diretor artístico do Encontro de Cordas da Fundação Carlos Gomes (Belém/PA) e do Encontro de Cordas de São Luís/MA. Del Claro, apesar de sua formação erudita, sempre transitou muito bem no campo da música popular, atuando em inúmeras gravações e shows de artistas consagrados.

O site do Festival, com todas as informações, incluindo casting de professores e programação artística, está disponível no endereço: festivalde-musicadeourinhos.com.br.

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4 Balaio Cultural

Em 2013, a Mostra Sérgio Nunes de Artes Cênicas chega a sua 5ª edição. A Mostra nasceu em 2009, ocupando um hiato deixado pelo fim do antigo Festival de Teatro Amador de Ourinhos que aconteceudesde o inicio dos anos 90 até 2003, ano em que o evento já foi chamado de Mostra de Teatro devido a mudança do formato competitivo para o de espetáculos convidados. O provocador dessa mudança foi o próprio Sergio Nunes, que à época, era o responsável pela área teatral do município. De 2004 a 2008, a Secretaria de Cultura não realizou a Mostra. Em 2008, perdemos Sergio Nunes, e,em 2009, atendendo aos seus pedi-dos, a Mostra de Teatro voltou a ser realizada, ganhando, merecidamente, o seu nome.

A Mostra de Artes Cênicas mantém o propósito de ser uma vitrine do que acontece no cenário nacional da dramaturgia. A cidade recebe espetáculos de todos os tipos, dos mais tradicionais aos mais vanguardistas.

Em 2013, a Mostra vem com mais força ainda. Pela primeira vez, com 10 espetáculos, sendo 11 apresentaçõesnum intervalo de 7 dias. Na programação, teatro adulto e infantil, em teatro italiano ou ao ar livre, drama e comé-dia. A curadoria é da atriz e diretora Karina Zimmermann.

Metade dos espetáculos têm entrada franca e os outros 5custam 6 reais (inteira) e 3 reais (meia). Uma novidade é o pacote de ingressos para 5 peças a 24 reais.

A Mostra oferece ainda 3 oficinas gra-tuitas, com os temas: “Jogos de Interação e Princípios de Treinamento do Ator”, com Ever-ton Bonfim; “Cenografia Teatral”, com Nilza Guerreiro;e “iluminação Cênica”, com Marlon Silva. Os dois últimos oficineiros iniciaram o gosto por essas áreas artísticas com Sergio Nunes.

Paralelamente, acontece o Bar da Mostra, com apresentações musicais especialmente con-vidadas: no sábado, 18,apresenta-se o Projeto Reinventar, com música brasileira. E na sexta, 24, Ed Vocal & Blues Rock de Velho trazem o melhor do blues.Os dois shows acontecem na Space Festas e Eventos, à Rua do Expedi-cionário, 1.145.

5ª MOSTrA

SérgIo NuNeS dE ArTES CêNICAS

Sérgio Nunes, homenageado na Mostra de Artes Cênicas, foi um dos mais importantes personagens da cultura ourinhense.Apesar de ter seu nome ligado mais intimamente ao Teatro, Sérgio atuou em todas as frentes: era artista plástico, carnavalesco, ativista, artista de circo, enfim, um autêntico agitador cultural.

Foi um dos fundadores do Soarte, grupo de teatro que se mantém em atividade até hoje (desde 1993) e que abrirá a Mostra deste ano. Sérgio dirigiu inúmeros espetáculos em Ourinhos, Assis e São Paulo.

Sérgio faleceu em 2008, aos 59 anos, deixando uma lacunaque dificilmente será preenchida. Seu brilho, inteligência, talento e vivacidade foram qualidades que inspiraram muitos artistas, além do legado de contribuição para as artes e a cultura em Ourinhos que a Mostra de Artes Cênicas deseja manter vivo ao homenageá-lo.

A programação da 5a Mostra Sérgio Nunes de Artes Cênicas está bem diversificada em estilos e propostas de dramaturgia. Os 10 espetáculos foram cuidadosamente selecionados com esse objetivo.

A Mostra tem início no sábado, 18 de maio, às 19h, no Núcleo de Arte Popular, com o grupo Soarte. O grupo, que existe desde 1993, atingiu a maioridade consolidado como a maior força em dramaturgia na cidade de Ourinhos. Para a abertura da 5ª Mostra Sérgio Nunes, o Soarte encenará o espetáculo Quanto Custa o Ferro?, texto escrito por Bertolt Brecht em 1939, que consiste numa alegoria para a ascensão do regime nazista na Europa. A apresentação marca também a reabertura do Núcleo de Arte Popular, concebido por Sérgio Nunes e que não recebida público há algum tempo.

Logo em seguida, ainda no sábado, às 21h, a Cia. do Latão, de São Paulo, leva ao Teatro Municipal Miguel Cury o espetáculo O Patrão Cordial. A peça versa sobre um proprietário de terras que tem dificuldade em manter sua posição de classe devido ao seu grande sentimentalismo e sua relação contraditória com os empregados de sua fazenda. O ponto de partida do texto é a obra Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Hollanda.

No domingo, às 21h, o Teatro Municipal recebe o espetáculo Cheiro de Carne, da Cia. Hecatombe, de São José do Rio Preto. A peça,

escrita por Homero Ferreira, parte de uma filosofia ousada e niilista: o homem não passa de um pedaço de carne. É sob essa ótica que o espetáculo aborda temas como o sensaciona-lismo e a sociedade contemporânea. Cheiro de Carne é uma comédia negra e sarcástica, onde o riso é extraído da ambiguidade e da dúvida.

Na segunda feira, 20, no Teatro Municipal, é a vez da peçaOrégano, também da Cia. Heca-tombe. O espetáculo é um drama onde os conflitos familiares dão a tônica da tensão dramática. Oré-gano é um dos espetáculos gratuitos da 5ª Mostra.

No dia 21, Ourinhos recebe o que promete ser um dos pontos altos da Mostra: Antônio Abujamra retorna à sua cidade natal, onde não se apresenta há mais de 15 anos, com o monólogoA Voz do Provocador. Criado, dirigido e encenado por Abujamra, é considerado por ele seu projeto mais pessoal.

Na quarta, 22, espetáculos em dose dupla: às 18h, na Praça Melo Peixoto, a Cia. do Feijão encena Reis de Fumaça, peça que mistura textos, danças, músicas e depoimentos ligados à cultura popular, desenvolvendo-se sobre dois movimen-tos: o íntimo, com contatos individuais entre atores e público; e o espetacular, com recriações livres. Trata-se, como se vê, de uma forma mais experimental e menos convencional de teatro. Demonstração da preocupação da curadoria da Mostra em trazer maior variedade de estilos.

Mais tarde, na quarta, às 21h, o Núcleo Experimental leva ao Teatro Miguel Cury a peça Universos. Com texto do dramaturgo inglês Nick Payne, o espetáculo narra a história de amor entre uma cientista e um apicultor. O que dá ao espetáculo um grande frescor e originalidade é o fato de que os encontros entre os persona-gens dão-se numa miríade de probabilidades, encontros, desencontros e reencontros, em infinitos desdobramentos através de cenas que se repetem em looping.

No dia 23, novamente uma dobradinha de espetáculos: em duas sessões, às 9h e 15h, a Vila Triolé Cultural, de Londrina, encena na Praça Melo Peixoto Qual a Graça de Lau-rinda?, espetáculo infantil que tenta incorporar a linguagem do desenho animado e do antigo cinema de comédia, de cineastas como Buster Keaton e Charlie Chaplin, ao universo do teatro. Na trama, uma dupla de palhaços se apaixona por Laurinda Graça, uma palhaça famosa, que eles só conhecem através de uma foto de jornal. Para conquistar o coração dessa amada imaginária, eles fazem de tudo. O espetáculo não tem diálogos, sendo calcado em mímica e interpretação, justamente como nos filmes de comédia do início do século XX.

Já à noite, às 21h, o Núcleo Experimen-tal volta ao palco do Teatro Miguel Cury com sua montagem de Cândida, de Bernard Shaw.

Escrita em 1894, a peça ameaça colocar em cena um adultério, a ser praticado por Cândida, a devotada esposa do reverendo Morell, pastor anglicano de ideologia socialista e integral-mente dedicado à sua causa político-religiosa. Ao conhecer o jovem Marchbanks, poeta e aristocrata, ela acaba por se encantar por ele. O embate entre esses homens conduz a história, e a peça tem um final surpreendente, quando Cândida dá provas de ser fiel – a si mesma.A natureza da fé religiosa, o embate Socialismo versus Capitalismo, a decadência da nobreza e a Londres da era vitoriana também estão pre-sentes na obra. Cândida e Universos são peças atualmente em cartaz na capital.

Finalmente, encerrando a 5ª Mostra Sérgio Nunes de Artes Cênicas, o Grupo Pia Fraus apresenta, dia 24, o espetáculo infantil Bichos do Brasil, cuja proposta é mostrar para o público infantil urbano, que pouco conhece os bichos do campo, a riqueza da fauna brasi-leira. Para isso, lança mão de recursos plásticos e coreografias que buscam recriar o ambiente da mata. Bichos do Brasilnão se baseia nas fábulas europeias, onde os animais são usados como metáforas para os vícios e virtudes humanos. Neste espetáculo, a ideia é abraçar as influên-cias dos mitos populares brasileiros, prestando atenção às influências que as mesmas exerceram na cultura popular.

PANOrAMA dA MOSTrA

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5Maio 2013

O ator, diretor e apresentador Antônio Abuja-mra, aos 80 anos, é um dos rostos mais conhecidos do Brasil. Não que ele persiga a fama com voracidade, nada disso. Abujamra é discreto com relação à sua vida pessoal e avesso a jornalistas. Contudo, é raro encontrar quem não o conheça. Seja da TV, onde já atuou em várias novelas, dando corpo a personagens marcantes como o bruxo Ravengar em Que Rei Sou Eu? (1989), ou, mais recentemente, apresentando o Provocações, seu talkshow semanal na TV Cultura, seja no cinema, onde participou de um bom punhado de filmes, sendo o mais recente Assalto ao Banco Central (2011).

Entretanto, é no Teatro - no Brasil ainda uma arte que carrega o estigma de elitizado, e, portanto, sem o mesmo alcance do cinema e, principalmente, da TV - que Abujamra se sente em casa. Foi no teatro amador, em Porto Alegre, que Abujamra iniciou sua vida artística. A partir daí, não parou mais. Atuando sobretudo como diretor, foi um dos mais importantes no cenário nacional dos anos 1960 e 70, tendo sido um dos primeiros a introduzir no teatro brasileiro os princípios e métodos de Bertolt Brecht e Roger Pianchon, entre outros.

Embora tenha atuado mais como diretor de teatro do que como ator, recentemente afirma ter redescoberto o prazer de atuar. A Voz do Provocador, espetáculo que será encenado de 21 de maio na 5ª Mostra Sérgio Nunes de Artes Cênicas, é um reflexo desse retorno às origens.

A Voz do Provocador é um monólogo, escrito, dirigido e protagonizado pelo próprio Abujamra.

Para o diretor, a peça é uma espécie de aula-espetá-culo, uma forma de o espectador movimentar sua cabeça, suas ideias e assim, provocar mudanças. Afinal, provocar, rigorosamente, significa instigar, estimular. Abujamra, neste sentido, é um provo-cador nato.

Trata-se de seu projeto mais pessoal, dando continuidade à sua busca pela compreensão do mundo. Durante o espetáculo, são exibidos trechos variados de vídeo, como a leitura do discurso de Cristovam Buarque sobre a internacionalização da Amazônia. Embora seja um apanhado de citações de outros artistas e pensadores, alguns desconhecidos, a escolha criteriosa dos textos concretiza sua visão de mundo. Segundo Abujamra, o teatro é um ato de amor, é a arte da utopia, fragmentos aparentemente dispersos que, no conjunto, dão uma ideia do que ele pensa sobre seu ofício.

Provavelmente, todos conheçam Abujamra. Mas, o que talvez muitos não saibam, é que ele é ourinhense. Embora tenha começado sua carreira já na distante Porto Alegre, foi a cidade de Ourinhos que viu nascer Antônio Abujamra, no ano de 1932, quando a cidade ainda era pouco mais que um vilarejo. Abujamra não se apresenta em sua cidade natal desde 1998, de forma que A Voz do Provocador é um reencontro entre a cidade de Ourinhos e um de seus filhos mais ilustres. E promete, por antecipação, ser um dos grandes momentos da 5ª Mostra Sérgio Nunes de Artes Cênicas.

Abujamra fará seu espetáculo também em memória de sua esposa, Cibelia Abujamra.

São três opções de oficinas nesta 5ª edição da Mostra Sérgio Nunes de Artes Cênicas. A oficina “Jogos de Interação e Princípios de Treinamento do Ator”, que será ministrada pelo ator e diretor Everton Bonfim, apresen-tará práticas de jogos dramáticos, jogos de integração, improvisação, noções de ritmo, expressão corporal e vocal, exercícios de criação individual e coletiva. Everton é Arte Educador em projetos sócio-artístico-pedagógicos em diversas entidades de Londrina. Concluiu a Especialização em Arte e Educação pelo Instituto de Estudos Avançados e Pós Graduação – ESAP, em 2012. Desde de 2006 trabalha como ator, diretor, produtor e oficineiro da Cia. Teatro de Garagem de Londrina.

Para quem gosta dos bastidores, a Mostra propõe duas oficinas de produção, uma focada em Cenografia Teatral, ministrada pela artista

DEstAquE: As provocAçõEs DE Antônio AbujAmrA

OfICINAS

Uma das características de Sérgio Nunes era proporcionar ambientes para criação cênica, como figurinos, cenários adereços, sempre reunindo muita gente em torno dessas oficinas.

plástica Nilza Guerreiro, e outra de Iluminação Cênica, pelo técnico em iluminação e sonoplasta Marlon William Silva.

A oficina de cenografia será fundamen-tada na prática de reutilização de materiais descartáveis, como papelão, jornais, revistas, isopores, etc., objetivando a elaboração de um cenário teatral. Os alunos trabalharão em parte da cenografia que está sendo montada para a peça “Orfeu da Conceição” (Vinícius de Moraes), que será apresentado no 13O Festival de Música de Ourinhos.

A oficina de iluminação trará uma intro-dução aos conceitos principais de iluminação, sua história, equipamentos, refletores, lâmpadas, projetos para iluminação cênica e procedimentos organizacionais.

Inscrições na Secretaria Municipal de Cultura, rua D. Pedro I, 394. Informações: 14 3302-3344.

A programação do primeiro dia da Mostra continua depois do teatro na Space Festas e Eventos, às 23h, à rua Expedicionário, 1.145, com a apresentação do Projeto Reinventar, uma banda formada em 2011, que reúne um grupo de amigos ourinhenses que se encontraram em Curitiba para tocar boa música brasileira, num repertório que vai de Gilberto Gil a Tim Maia, passando por composições do paulis-tano Itamar Assumpção, Lobão e Tom Zé, além de canções de autoria do grupo. O Bar da Mostra volta a oferecer apresentação musical no último dia do evento, dia 24 de maio, também às 23h, na Space, com a banda Ed Vocat & Blues Rock de Velho, de Assis. Eles apresentam composições autorais de letras refinadas e irreverentes. A entrada é gratuita.

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6 Balaio Cultural

Balaio indica

Literatura

Não Verás País Nenhum Rashomon Sunset MissionAutor: Ignácio de Loyola BrandãoAno: 1981

Título Original: RashomonDireção: Akira KurosawaRoteiro: Akira Kurosawa e Shi-nobu Hashimoto (baseado em contos de Ryuno-suke Akutagawa) Ano: 1950

Artista: Bohren & der Club of GoreAno: 2000

Cinema Música

O Socialismo Inglês de 1984 (George Orwell) era calcado em uma estrutura burocrática hiper rígida e eficiente, praticamente infalível com suas inúmeras câmeras de vigilância e departamentos destinados a monitorar –e punir- até mesmo pensamentos considerados subversivos. O Estado tinha, à disposição, um aparato de eficiência assustadora destinado a promover o esmagamento total e absoluto do espírito humano em prol do poder estatal, contra o qual não havia qualquer possibilidade de ação.

Em Não Verás País Nenhum, a situação é outra. Entram em cena as mazelas brasileiras: a ineficiência da máquina estatal, a obsolência dos equipamentos, a corrupção incorporada ao dia a dia da estrutura pública. Além disso, há uma crítica mordaz a famosa “cordialidade” do povo brasileiro. Se na Inglaterra de Orwell era absolutamente necessário que existisse um aparato fortíssimo de repressão para manter o povo sob controle, no Brasil de Não Verás essa necessidade não é tão latente. O povo entrega-se, voluntariamente, a um estado de lassidão.

Não Verás, embora seja uma obra de ficção política, encontra na Ditadura Militar, ainda vigente no país quando de sua publicação, grande parte do seu pano de fundo. Contudo, há outras críticas e observações mordazes da cultura nacional: o gosto pelas obras faraônicas inúteis, o consumismo incentivado pelo Estado, a passividade do povo brasileiro como um todo.

A ficção científica, quando de qualidade, tem a virtude de antecipar o futuro. Brandão, em seu Não Verás, talvez não tenha previsto nada, mas seu romance, mesmo com mais de 30 anos, permanece atual. O Estado continua incentivando o consumismo desenfreado; São Paulo – e as outras grandes cidades do Brasil – estão à beira de um colapso completo de seus sistemas viários; o governo federal continua gastando fortunas em elefantes brancos. Não Verás, portanto, deixa claro um fato desanimador: O Brasil pouco (nada?) mudou nos últimos 30 anos.

Rashomon parte de uma premissa aparentemente simples: no Japão feudal, um samurai que viajava com sua esposa é assassinado. Para solucionar o crime, a justiça reúne as pessoas que estiveram envolvidas no ocorrido: a esposa do samurai, o lenhador que encontrou o cadáver, um ladrão detido perto da cena do crime montado em um dos cavalos do samurai, e o próprio samurai, que se manifesta em espírito, através de um feiticeiro.

Rashomon é uma digressão sobre a natureza da verdade. Defende-se que a realidade pura e absoluta é inalcançável. Se o conhecimento dos fatos está sujeito à descrição de quem os viu, a verdade não passa de uma aspiração. A narração do filme endossa essa visão filosófica: nenhuma das versões narradas é escolhida como “a verdadeira”, o clímax do filme não apresenta ao espectador a satisfação confortável da revelação de como realmente se desenrolaram os acontecimentos investigados, todas as quatro versões são plausíveis e possíveis em igual medida.

Kurosawa, herdeiro japonês de cineastas como Griffith e Ford, compreendia que o cinema é espetáculo, é a arte do engano, e não um veículo para documentar o mundo em imagens, como queriam seus inventores e pioneiros. Se é assim na linguagem, por que os roteiros precisariam ser receptáculos de uma verdade absoluta? Ao deixar em aberto a conclusão de Rashomon, sem dar ao espectador um verdadeiro culpado, Kurosawa revoluciona o cinema.

Rashomon parece um filme modesto diante dos épicos monumentais que Kurosawa faria mais tarde, tais como Os Sete Samurais (1954) e Ran (1986). Essa impressão, contudo, se desfaz diante da complexidade temática, do apuro técnico e das atuações excepcionais. Trata-se do primeiro grande filme de Kurosawa que lhe colocaria no mapa no novo cinema japonês, ao lado de diretores como Kobayashi, Ozu e Mizoguchi.

Quando se pensa em jazz, imediatamente ocorrem imagens esfuziantes: as big bands de New Orleans, os bailes nas comunidades rurais americanas no início do século XX. Jazz automaticamente é associado à vibração, a uma musicalidade frenética e cheia de energia.

É preciso, portanto, esquecer tudo o que se sabe (ou se julga saber) antes de apreciar a contento o Bohren & der Club of Gore. Esse quarteto alemão, na ativa desde 1992, desconstrói de forma até brutal o conceito de jazz.

Ao invés dos tempos quebrados e do ritmo frenético, o Bohren pisa no freio e cria temas sombrios, melancólicos, mesmo arrastados dentro do que se espera do estilo. A princípio, é até difícil os fundamentos do jazz. nos climas desolados que a banda cria. Contudo, o que mais surpreende nesta banda é que esses fundamentos estão lá. O Bohren é uma banda do sub-gênero que se convencionou chamar noir jazz, mas, antes de ser noir, ele não deixa de ser jazz. Sunset Mission é o terceiro álbum da banda, e o primeiro depois da reformulação do conjunto em 1996, que trocou o guitarrista Reiner Henseleit pelo saxofonista Cristoph Closer. Desde então, a banda não conta mais com o som da guitarra. Assim, é de se esperar que os graves dêem a tônica do álbum, e é isso mesmo que acontece: o disco é conduzido pelo baixo preciso de Robin Rodenberg, que dá a atmosfera precisa ao som do Bohren.

É um disco repleto de imagens sombrias. Canções como Prowler, On Demon Wings e Darkstalker seriam trilha sonora perfeita para caminhadas noturnas em ruelas distantes, durante uma forte tempestade. Não é, portanto, um disco de jazz no sentido mais ortodoxo do termo. Contudo, a versão do Bohren para esse estilo musical merece atenção. Sunset Mission é um disco hipnótico com seus graves potentes, seu ritmo sorumbático e seu clima geral de filme noir.

Teatro, Dança, Artes Visuais, Canto Coral, Música Instru-mental, Literatura e Vídeo são as expressões artísticas que estão com inscrições abertas nesta fase municipal do programa Mapa Cultural Paulista. Em Ourinhos os artistas podem inscrever seus trabalhos na Secretaria Municipal de Cultura, rua Dom Pedro I, 394.

A Secretaria de Cultura de Ourinhos deve realizar até o dia 30 de junho eventos onde serão selecionadas as produções artísticas que representarão a cidade. Cada expressão será avaliada por 3 jurados. Serão selecionados artistas de 13 regiões admi-nistrativas do Governo do Estado para participar de atividades culturais distribuídas em quatro fases. Em todas elas os artistas que se destacam apresentam seus trabalhos, primeiro no município de origem, depois na região em que está inserido e, ao final, na fase estadual, apresentam-se na capital paulista. A quarta fase é de circulação da produção cultural pelo Estado de São Paulo.

Na categoria Artes Visuais podem ser inscritos trabalhos de Artes Plásticas, Desenho de Humor (cartum, caricatura ou charge) e Fotografia. Não serão aceitas montagens nos trabalhos fotográficos.

INSCRIçõES PARA o MAPA CuLtuRAL PAuLIStA CoNtINuAM ABERtAS

Os representantes da expressão Vídeo podem inscrever obras de animação, documentário e ficção. O Vídeo deverá ter obrigatoriamente, a duração mínima de 5 e máxima de 30 minutos, incluindo os créditos.

A modalidade Canto Coral está dividida em duas catego-rias, Coro Tradicional e Coro Cênico. Cada município poderá ser representado por dois corais, sendo um em cada categoria.

Na categoria Música Instrumental podem se inscrever músicos solistas e também conjunto instrumental. O objetivo é valorizar e estimular a expressão musical nos mais diversos estilos e gêneros. Fanfarras, bandas marciais, municipais ou similares não se enquadram nessa expressão.

Na expressão Dança serão aceitas inscrições nos segmentos Dança Clássica, Dança Contemporânea, Jazz, Popular, de Rua ou Sapateado. Os grupos deverão ser formados por no mínimo seis integrantes.

Na categoria Literatura podem se inscrever representantes nas categorias Poema, Conto e Crônica. Para a criação de poemas

não existem limites de linhas, porém devem ser apresentados em fonte Arial, tamanho 12. Os contos e crônicas deverão ter no máximo 5.000 caracteres, também em fonte Arial tamanho 12.

Na expressão Teatro poderão participar representantes das categorias Teatro Adulto, Teatro Infantil e Teatro de Rua.

O Mapa Cultural Paulista é um programa do governo do Estado de São Paulo realizado pela Organização Social Abaçaí Cultura e Arte. Em Ourinhos a atividade acontece em parceria com a Prefeitura através da Secretaria Municipal de Cultura. Criado em 1995, o programa tem como objetivo fomentar as produções culturais do interior, revelando valores em segmentos que não teriam acesso aos meios de comunicação e com pouca visibilidade no meio cultural.

Mais informações e o regulamento completo de todas as categorias no site:

http://mapaculturalpaulista.org.br

Page 7: Jornal Balaio Cultural Maio 2013

7Maio 2013

A Prefeitura Municipal iniciou em janeiro uma nova gestão, assumindo o cargo de prefeita de Ourinhos a psicóloga Belkis Gonçalves Santos Fernandes. Da mesma forma, a Secretaria Municipal de Cultura ganhou um novo secretá-rio, o jornalista, músico e publicitário Fernando Henrique Mella Ribeiro (Cavezali). De janeiro até abril, completaram-se 120 dias de trabalho dos novos gestores e, na área da Cultura, uma série de atividades foram realizadas.

Uma antiga reivindicação da comunidade foi atendida logo em fevereiro, com a realização do projeto Samba e Botequim – Especial de Carnaval. A partir desse evento, a Secretaria de Cultura lançou a proposta de organização ao longo de 2013 de blocos e escolas de samba, para que no próximo ano a programação de Carnaval possa contar com mais atrativos.

O Samba e Botequim, oriundo dos editais municipais de fomento à cultura, firmou uma parceria, proposta pela SMC, para que pudesse acontecer ao longo de todo este ano, a cada dois meses. Em abril, no Jardim Brilhante, foi reali-zado o primeiro evento depois do Carnaval. Já estão agendadas outras edições do projeto para os meses de junho, agosto, outubro e dezembro.

Pelo Circuito Cultural Paulista, dois espetáculos foram realizados. Um infantil, com

a peça teatral Inzoonia, e a apresentação que deu início às comemorações dos 50 anos da Dança em Ourinhos, com nada menos que a Cia. Bolshoi Brasil, de Joinvile/SC.

Duas óperas foram encenadas no Teatro Municipal “Miguel Cury”, La Boheme (Puc-cini), pelo projeto Ópera Curta da Secretaria de Estado da Cultura, e Bastien e Bastienne (Mozart), com a Orquestra Filarmônica da USP (Ribeirão Preto).

A Secretaria de Cultura estruturou um novo curso de teatro, ampliando o número de vagas e sediando as aulas no Centro Cultural “Tom Jobim”, onde já funcionam as Escolas Municipais de Bailado e Música. Ao todo, 142 alunos foram matriculados.

A 5a Mostra Sérgio Nunes de Artes Cênicas, que acontece neste mês de maio (ver matéria nesta edição), também foi ampliada, oferecendo 10 espetáculos, 11 apresentações e 3 oficinas, além do Bar da Mostra.

Outro destaque desse início de gestão foi a parceria firmada com o Ponto MIS, um projeto de extensão do Museu da Imagem e do Som, mantido pela Secretaria de Estado da Cultura. Através dela, foram realizadas uma oficina sobre o chamado Cinema Cru e exibições de filme no mês de maio.

Primeiros 4 meses da nova gestão levaram ao público samba no Car-naval, óperas, concertos, teatro, dança, oficinas culturais, cinema e circo.

Pela primeira vez, Ourinhos passa a fazer parte do programa Pontos MIS. Gerido pelo Governo do Estado através do Museu da Imagem e do Som, o Pontos MIS é um programa que visa estimular a produção e circulação do audiovisual em todo o Estado de São Paulo.

No dia 7 de maio, aconteceu, no Teatro Municipal Miguel Cury, o workshop Projeto dogma – Mais Próximo do Cinema Cru, com Leandro Watanabe. A proposta dessa oficina foi realizar filmes a partir de telefones celulares. Ainda em maio, foram exibidos os filmes TzubraTzuma e O Esca-fandro e a Borboleta, em três sessões: às 9h, 15h e 20h.

Além disso, estão abertas as inscrições para a residência Pontos MIS. Voltado para quem já produz filmes, mesmo que de forma amadora, o projeto contemplará dez pes-soas em todo o Estado para uma semana de cursos, palestras e workshops em São Paulo. As inscrições podem ser feitas no site pontosmis.org.br.

A inclusão de Ourinhos no programa Pontos MIS é uma das iniciativas da Sec-retaria Municipal de Cultura para fomentar o Cinema na cidade. Ao longo do ano, estão previstas mais ações, de forma a fortalecer tanto a produção quanto a circulação de audiovisual em Ourinhos.

OurinhOs recebe aTividades dOs POnTOs Mis

Na área de Cinema, foi promovido também o Festival do Minuto, que apresen-tou os 50 filmes premiados na última edição do concurso. No início de maio, a Secretaria promoveu ainda a apresentação de três filmes documentários curta metragens, premiados pela Lei Municipal de Fomento à Cultura, em 2012: A Banda do Seu Américo, Oleiros e Cartas de Ourinhos.

A SMC programou para o ano concertos da Orquestra Sinfônica Municipal de Ourinhos (OSIMO), sob a regência do maestro Jeferson Bento, com um deles já realizado, com a partici-pação do renomado violoncelista Antonio Lauro Del Claro. Na área da música erudita, a SMC realizou em parceria com o SESI/FIESP um concerto com a Filarmônica Bachiana do SESI, sob a regência do maestro João Carlos Martins.

Oficinas e workshops também foram rea-lizados, como a de Projetos Culturais, Desenho e Redação e a de Mediação de Leitura (contação de histórias).

A Secretaria de Cultura de Ourinhos mantém também suas oficinas regulares de Dança de Salão e Dança do Ventre. A galeria de artes do Teatro Municipal deu início a suas exposições. A primeira delas expôs quadros do pintor ourinhense Edilson Pedroso.

A Escola Municipal de Música “Maestro Américo de Carvalho” contratou novos profes-sores, a maior parte oriunda do Conservatório Carlos de Campos, de Tatuí. Também anunciou a abertura de processo seletivo de novos alunos para o meio do ano, além dos tradicionais rea-lizados em janeiro.

Projetos estaduais, como o Projeto Ademar Guerra (Teatro) e o Mapa Cultural Paulista, estão sendo divulgados e apoiados no âmbito municipal.

A Secretaria de Cultura também retomou a eleição de uma miss municipal para participar do concurso Miss São Paulo. A proposta é res-gatar essa tradição. Este ano, a escolha se deu em parceria com o concurso Rainha da FAPI, promovido pelo Sindicato Rural de Ourinhos com o apoio da SMC.

A Cultura, em 2013, também estará presente na 47a FAPI, o maior evento da cidade há quase meio século. Está programado para o dia 9 de junho (domingo), às 19h, a apresentação do Caminhão Trapézio, pelo Circuito Cultural Paulista.

Para junho, também está programado o Circuito Cultural SESC das Artes, em Ourinhos. No dia 14, vários espetáculos serão apresentados na praça Melo Peixoto, entre eles um show com a cantora Céu.

Samba & Botequim especial de carnaval. Audição para o novo curso de teatro.

Page 8: Jornal Balaio Cultural Maio 2013

8 Balaio Cultural

agenda MAIO 2013

eqUipamentos CUltUrais

16_qUi

25_sÁB

Cinema Pontos Mis

Stand up

Curta Tzubra Tzuma

Longa O escafandro e a Borboleta

Sessões 9h | 15h | 20h

Local Teatro Municipal Miguel Cury

Entrada Franca

A Vida é uma Comérdia

Elenco Carlos Denoni

Horário 21h

Local Teatro Municipal Miguel Cury

18_sÁB 19_dom 20_seg

24_seX21_ter

24_seX ofiCinas da mostra

22_qUa 23_qUi

5a Mostra Sérgio Nunes de Artes Cênicas

Quanto Custa o Ferro? Cheiro de Carne Orégano

Bichos do BrasilA Voz do Provocador Reis de Fumaça Qual a Graça de Laurinda?Universos Cândida

Grupo SoArte

Horário 19h

Local Núcleo de Arte Popular

Cia. Hecatombe

Horário 21h

Local Teatro Municipal Miguel Cury

Cia. Hecatombe

Horário 21h

Local Teatro Municipal Miguel Cury

Grupo Pia Fraus

Horário 21h

Local Teatro Municipal Miguel Cury

Antônio Abujamra

Horário 21h

Local Teatro Municipal Miguel Cury

Cia. do Feijão

Horário 18h

Local Praça Melo Peixoto

Vila Triolé Cultural

Horário 9h | 15h

Local Praça Melo Peixoto

Núcleo experimental

Horário 21h

Local Teatro Municipal Miguel Cury

Núcleo experimental

Horário 21h

Local Teatro Municipal Miguel Cury

Projeto reinventar

Horário 23h

Local Space Festas e eventos

Blues rock de Velho

Horário 23h

Local Space Festas e eventos

everton Bonfim

Vagas 60 (30 vagas por dia)

Data 18/05 das 14h às 18h

19/05 das 14h às 18h

Local Centro Cultural Tom Jobim

Inscrição Gratuita

Nilza Guerreiro

Vagas 20

Data 18/05 e 19/05, das 9h às 13h/ 14h às 18

20/05 das 14h às 18h

Local espaço Cultural Alternativo

Inscrição Gratuita

Marlon William Silva

Vagas 25

Data 22, 23 e 24/05, das 14h às 17h

Local Núcleo de Arte Popular

Cia. do Latão

Horário 21h

Local Teatro Municipal Miguel Cury

O Patrão Cordial Bar da Mostra

Bar da Mostra

Posto 1 Centro de Convivência Jornalista Benedicto da Silva eloy

14 3335-1966

Posto 2 rua 12 de Outubro, 357 - Vila Margarida

14 3326-4458

Acessa São Paulo

rua 13 de Maio, 300 - Vila Perino

14 3302-1800

Escola Municipal de Música Maestro Américo de Carvalho

14 3302-1802

Escola Municipal de Bailado

14 3302-1808

Centro Cultural Tom Jobim

rua Paulo Sá, 210 - Centro

14 3326-5095

Espaço Cultural Alternativo

Centro de Convivência Jornalista Benedicto da Silva eloy

14 3324-6244

Museu Municipal

Centro de Convivência Jornalista Benedicto da Silva eloy

Núcleo de Arte Popular

rua 9 de Julho, 496 - Centro

14 3302-1400

Teatro Municipal Miguel Cury

rua 12 de Outubro, 357 - Vila Margarida

14 3326-8582

Biblioteca Clarice Lispector

rua São Paulo, 149 - Centro

14 3326-4458

Biblioteca Tristão de Athayde

Centro de Convivência Jornalista Benedicto da Silva eloy

14 3326-3254

Casinha da Esquina

Centro de Convivência Jornalista Benedicto da Silva eloy

14 3326-3254

Casinha da Memória

Jogos de Interação e Princípios de Treinamento do Ator

Cenografia para Teatro Iluminação Cênica