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Jornal Bom Amigo Edição nº 03 Julho de 2015 NOVA EDIÇÃO, NOVO MEIO DE COMUNICAÇÃO E INTERAÇÃO ENTRE OS COMPANHEIROS DE FÉ “DOBO” MISSÃO SUL AMERICANA DE BUDISMO SHIN ORDEM OTANI Estudo de Budismo Shin. O que representa para mim Av. do Cursino, 753 - Jardim da Saúde - 04133-000 - São Paulo-SP - Brasil Meu pai era policial. Ou seja, eu não nasci como herdeiro de um templo budista. Então, quando en- contrei a oportunidade de conhe- cer o budismo? Minha mãe era uma devota fer- vorosa de um ramo de budismo, dessas linhagens mais recentes. Ela buscava forças para poder sal- var a sua filha, ou seja, a vida da minha irmã que sofria de doença que a acometia de paralisia pro- gressiva; cujo mal, impediu-a de caminhar sozinha aos 10 anos. Em 1959, a Província de Mie onde residíamos foi devastada pelo tufão Ise Wan, cuja tragédia vi- timou mais de 6.000 pessoas. Minha irmã foi en- contrada afogada entre os sobreviventes do caos posterior a devastação, agonizou por mais dois dias e morreu deixando o sonho de se tornar mon- ja e desejando que alguém seguisse esse caminho. Ela tinha então 17 anos e eu, 10 anos. Fui me lembrar dessas palavras da minha irmã no colegial. Época de indecisão: qual profissão seguir; problemas existenciais: porque nasci, para que viver... Os meus pensamentos eram abstratos, filosófi- cos como a fala teatral do Hamlet: “Ser ou não ser! Eis a questão!” Penso que essa admiração escondia o desejo de me tornar ator. Ao lembrar o legado da minha irmã, decidi es- tudar o budismo, mesmo porque ali, esperava en- contrar as respostas para minhas dúvidas. Assim, após alguns percalços encontrei o Rev. Yutai Ike- da, reitor da Faculdade Doho (na época) durante o rito memorial de 7º ano da minha irmã, e sob sua orientação matriculei-me no Curso de Peda- gogia do Budismo dessa Faculda- de em Nagoya. Entretanto, o que me esperava ali foram mais dúvidas. A meto- dologia de ensino ali aplicada era muito tradicional absolutamente fora do contexto da minha reali- dade. Avaliando agora, certamen- te reconheço a importância dessa pedagogia. Mas, para mim, então um cidadão comum, jovem de 18 anos, era ininteligível e aos poucos fui me desinteressando frustrado e ciente que essa fora minha própria escolha. Estávamos vivendo a época da Guerra do Vietnã onde das instalações militares estabeleci- das na Ilha de Okinawa partiam aviões america- nos carregados de bombas. Milhares de mortes e vítimas da Guerra acontecendo e eu como se nada tivesse a ver, estudando o budismo.... - O budismo não discute o nascer, envelhecer, adoecer e morrer dos seres vivos? - O budismo serve só como consolo? - É importante encontrar consolo, mas isso não pode ser para ocultar, omitir a contradição, a inco- erência dos fatos que estão ocorrendo? - Como posso lidar com os acontecimentos das circunstâncias da minha vida? No meio dessa angústia, comecei a procurar conscientemente, o budismo que me ensinasse a li- dar com os acontecimentos ao meu redor. Foi nes- sa época também que tive a oportunidade de ler as “Notas sobre o Tratado da Terra Pura” (Jodo Ron Chu) do Bodhisattva T’an luan (Donran Daishi). E através desse texto, comecei a entender que não havia necessidade de procurar fora ou longe de minha vida, do contexto da minha vida, pois o

Jornal Bom Amigo - amida.org.br · Encontrei essa frase do pensador tcheco, autor do livro “A insustentável leveza do ser” Milan Kundera. Popularmente, consideramos a palavra

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Jornal Bom Amigo Edição nº 03Julho de 2015

NOVA EDIÇÃO, NOVO MEIO DE COMUNICAÇÃO E INTERAÇÃO ENTRE OS COMPANHEIROS DE FÉ “DOBO”MISSÃO SUL AMERICANA DE BUDISMO SHIN ORDEM OTANI

Estudo de Budismo Shin. O que representa para mim

Av. do Cursino, 753 - Jardim da Saúde - 04133-000 - São Paulo-SP - Brasil

Meu pai era policial. Ou seja, eu não nasci como herdeiro de um templo budista. Então, quando en-contrei a oportunidade de conhe-cer o budismo?

Minha mãe era uma devota fer-vorosa de um ramo de budismo, dessas linhagens mais recentes. Ela buscava forças para poder sal-var a sua filha, ou seja, a vida da minha irmã que sofria de doença que a acometia de paralisia pro-gressiva; cujo mal, impediu-a de caminhar sozinha aos 10 anos.

Em 1959, a Província de Mie onde residíamos foi devastada pelo tufão Ise Wan, cuja tragédia vi-timou mais de 6.000 pessoas. Minha irmã foi en-contrada afogada entre os sobreviventes do caos posterior a devastação, agonizou por mais dois dias e morreu deixando o sonho de se tornar mon-ja e desejando que alguém seguisse esse caminho. Ela tinha então 17 anos e eu, 10 anos.

Fui me lembrar dessas palavras da minha irmã no colegial. Época de indecisão: qual profissão seguir; problemas existenciais: porque nasci, para que viver...

Os meus pensamentos eram abstratos, filosófi-cos como a fala teatral do Hamlet:

“Ser ou não ser! Eis a questão!” Penso que essa admiração escondia o desejo de me tornar ator.

Ao lembrar o legado da minha irmã, decidi es-tudar o budismo, mesmo porque ali, esperava en-contrar as respostas para minhas dúvidas. Assim, após alguns percalços encontrei o Rev. Yutai Ike-da, reitor da Faculdade Doho (na época) durante o rito memorial de 7º ano da minha irmã, e sob sua orientação matriculei-me no Curso de Peda-

gogia do Budismo dessa Faculda-de em Nagoya.

Entretanto, o que me esperava ali foram mais dúvidas. A meto-dologia de ensino ali aplicada era muito tradicional absolutamente fora do contexto da minha reali-dade. Avaliando agora, certamen-te reconheço a importância dessa pedagogia. Mas, para mim, então um cidadão comum, jovem de 18 anos, era ininteligível e aos poucos fui me desinteressando frustrado e ciente que essa fora minha própria

escolha. Estávamos vivendo a época da Guerra do Vietnã onde das instalações militares estabeleci-das na Ilha de Okinawa partiam aviões america-nos carregados de bombas. Milhares de mortes e vítimas da Guerra acontecendo e eu como se nada tivesse a ver, estudando o budismo....

- O budismo não discute o nascer, envelhecer, adoecer e morrer dos seres vivos?

- O budismo serve só como consolo?- É importante encontrar consolo, mas isso não

pode ser para ocultar, omitir a contradição, a inco-erência dos fatos que estão ocorrendo?

- Como posso lidar com os acontecimentos das circunstâncias da minha vida?

No meio dessa angústia, comecei a procurar conscientemente, o budismo que me ensinasse a li-dar com os acontecimentos ao meu redor. Foi nes-sa época também que tive a oportunidade de ler as “Notas sobre o Tratado da Terra Pura” (Jodo Ron Chu) do Bodhisattva T’an luan (Donran Daishi).

E através desse texto, comecei a entender que não havia necessidade de procurar fora ou longe de minha vida, do contexto da minha vida, pois o

Minha caminhada no BudismoAs primeiras sementes do

Budismo foram plantadas em meu coração ainda na minha in-fância por minha avó, D. Joana. Um dia ela me mostrou uma xí-cara com uma imagem de uma japonesa de quimono e me disse que achava que um dia eu iria ser monja budista. Agora, meu primeiro encontro efetivo com o Budismo ocorreu no Rio de Ja-neiro, por volta de 1972, quan-

do comecei a freqüentar a So-ciedade Budista no Brasil onde principiei a estudar e a praticar a Tradição Budista Therava-da do Sudeste Asiático com o monge T. Anurudha, natural de Srilanka (Ceilão). Na mes-ma época pratiquei Yoga com o saudoso Prof. Hermógenes, recentemente falecido. A prática do Yoga me foi útil, pois facili-tou meu aprendizado da medi-

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GasshôBunsho ObataSuperintende da Missão Sul Americana de Budismo Shin Ordem OtaniProvincial do Templo Nambei Honganji Brasil Betsuin.Maio/2015.

budismo relacionado ao homem social encontra-va-se dentro dos ensinamentos do budismo Shin.

Hoje abordarei sobre essa questão a partir de dois pontos de vista: o primeiro ponto é a respei-to da letra com que se escreve o nome do Mes-tre Shinran. O 1º ideograma vem do Bodhisattva Vasubandhu (Tenjin ou Seshin Bosatsu) autor do “Tratado da Terra Pura”e o 2º ideograma do Bodhisattva T’an luan (Donran Daishi) autor da “Notas sobre o Tratado da Terra Pura”. Ambos são os patriarcas do Budismo da Terra Pura. Um da Índia, outro da China e o próprio nominado Shinran, japonês. Além de utilizar o seu próprio nome como exemplo de esclarecimento que trans-cende países e povos, a expressão Terra Pura indica o mundo onde eu e outros podemos viver juntos.

O 2º ponto de vista situa-se no encontro entre o Mestre Shinran e o Mestre Honen: a fundação do Budismo Shin (o budismo que toma a Terra Pura como o verdadeiro esteio).

A Terra Pura, o mundo de Voto Original do Buda Amida, representa a base fundamental de auto avaliação para nós que vivemos na Terra Impura, no mundo de apego ao “eu e minha conveniência”.

Recitar o Namu Amida Butsu simboliza declarar em voz alta que recebemos e aceitamos a mensagem do Buda da Terra Pura. Em qualquer lugar a qual-

quer hora ao recebermos esse sinal, devemos lembrar o nosso verdadeiro caráter aprisionado no mundo de egocentrismo. Analisando sob aspecto da doutrina, ao assumirmos que somos seres cheios de paixões mundanas é onde se abre o mundo do Nome Sagra-do. É o mundo onde lamentamos o eu egocêntrico, apegado só na minha vontade.

O mundo do Nome Sagrado não tem o propósi-to de transformar uma pessoa para melhor.

Além disso o Nome Sagrado nos ensina que vivemos no mundo de paixões incessantes, onde só criamos problemas. Todas essas questões estão elucidadas no “O Tratado de Lamentação das He-resias” (Tannisho). Nem esse texto é compreensí-vel se não avaliarmos juntos a conduta humana.

Concluindo, eu penso que o Budismo esclareci-do pelo Mestre Shinran é o budismo preocupado com a sociedade, budismo engajado.

Não sei por quanto tempo permanecerei aqui no Brasil mas, pretendo aprender e caminhar junto a todos, no Budismo Shin de atualidade nas terras brasileiras.

tação budista. Também comecei a ter contacto com o Budismo Japonês – escolas Zen, Shingon e Shinshû – graças às palestras do saudoso Dr. Murillo Nunes de Azevedo, pioneiro da difusão do Budismo entre os brasileiros, bem como do hoje meu esposo Reverendo Shaku Riman (Ri-cardo M. Gonçalves). Datam também dessa época meus pri-meiros contactos com o Higashi

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Honganji, principal-mente através de Ota-ni Sensei (Reverendo Chokyo Otani). Com meu casamento e trans-ferência para São Paulo, fui me familiarizando cada vez mais com o Budismo Japonês. Na época, meu esposo ain-da estava vinculado à Escola Shingon de Bu-dismo Esotérico em que fora iniciado no Japão em 1973, mas eu intuí que seu verdadeiro lu-gar seria o Higashi Honganji onde tinha muitos amigos e o estimulei a se integrar na Or-dem Otani, onde até hoje tenho acompanhado sua carreira. No Higashi Honganji encontrei um espaço favorável para progredir no estudo e prática do Budis-mo, tendo feito minha iniciação como devota leiga – kikyôshiki – no Japão em 1981 e, finalmente, minha ordenação como clériga – tokudo – em 1986. No Betsuin tive a oportunidade de me fami-liarizar com a cultura nipônica, aprendendo culinária, danças tí-picas e Ikebana. Graças a essas atividades, fiz grandes amizades

e me inseri plenamente na co-munidade. Hoje, minha atuação se dá mais no Instituto Shin Bu-dista de Estudos Missionários e nos cursos de Budismo Básico voltados para o público em ge-ral. Um ponto alto de minha tra-jetória budista foi uma viagem à Índia em 1984 onde, ao lado do Dr. Murillo e de Ricardo, repre-sentei o Brasil no I Congresso de Budismo e Culturas Nacio-nais, poucos dias antes do assas-sinato da Primeira Ministra do país, Sra. Indira Gandhi. Fina-lizando, devo dizer que tenho procurado dar um contributo à propagação do Budismo em

Reva. Yvonete Silva Gonçalves (Shakuni Joko)

minha região natal, o Nordeste, participando dos Encontros da Nova Consciência em Cam-pina Grande, Paraíba, a cidade onde nasci, e também atuando no Recife, onde Ricardo e eu encontramos um grande colaborador, Carlos Roberto de Oli-veira, amigo de nossa família, que recebeu o kikyôshiki no Bet-suin, durante a gestão do saudoso Reverendo

Urabe. Minhas derradeiras pa-lavras são gratidão para com o Buda Amida e o Patriarca Fun-dador Mestre Shinran que me abriram os olhos para o entendi-mento do verdadeiro significado da vida na condição humana e me proporcionaram a preciosa oportunidade de dar um peque-no contributo à obra de propa-gação do Budismo em minha querida Pátria, o Brasil,NAMU AMIDA BUTSU.Gasshõ!

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A respeito de Ignorância

Eu gosto do céu e do Sol.

“O homem que se considera conhecedor de tudo é propriamente um Ignorante” aa. Milan Kundera

Encontrei essa frase do pensador tcheco, autor do livro “A insustentável leveza do ser” Milan Kundera.

Popularmente, consideramos a palavra ignorante como aquele que não sabe a resposta, ou aquele que não entende. No entanto, aqui, está compreendido como sendo aquele que se acha sabedor e entendido para responder a qualquer assunto.

Será que não estamos baseando nosso relacionamento com as pessoas que convivemos, a partir de uma visão pré concebida? Por exemplo, pais e filho, marido e mulher, amigos, vizinhos, as ações e reações não acontecem de acordo com o protótipo já estabelecido?Desta forma, no instante em que estabelecemos

previamente esses conceitos, fechamos a porta de interação com os outros.Significa que o ser humano tem que compreender de fato, o quão é difícil a compreensão mútua. Ter uma consciência verdadeira dessa realidade, permite o surgimento de novos encontros.

Responder de acordo com a inteligência humana, pensando ter respostas para tudo baseado no seu próprio saber, ou na sabedoria que presume possuir, só traz como conseqüência a perca de pontos essenciais.

Isso, no budismo é ensinado como “mumyo” em japonês e “avidya” em pali. É a não percepção da unidade essencial e original; consciência e percepção relativa e limitada.

Revista DoboDezembro/2014Higashi Honganji de Kyoto

O céu vê a todos com igualdade e o Sol ilumina igualmente a todos . O céu e o Sol existem para todos, sem nenhuma discriminação e tem uma grande importância dentre as coisas relacionadas a nossa sobrevivência.Não importa em que país você se encontra: o céu está te vendo e os raios de Sol te acalentando. Mas, o céu e o Sol, também possuem várias expressões. Existem dias que só tem uma nuvem no céu...Os raios do Sol, estão bloqueados e nós nos sentimos melancólicos.Por sua vez, as nuvens também tem apresentações variadas: Cirruscumulus: brancas, forma de ondas, escamas de peixe;Cumulus: que parecem chumaços de algodão;Altocúmulus: nuvens brancas e cinzas, lembram lãs de ovelhas...Estas combinações entre as nuvens, o Sol e o céu muitas vezes, nos encantam.

Por isso eu gosto do céu e do Sol. Neste momento, parece que o céu e o Sol estão chorando.A chuva torrencial que não pára de cair, cabe perfeitamente na expressão: o céu está chorando. Talvez seja o grito de agonia do céu contra a poluição ambiental. Se o céu chora, logicamente o Sol não mostra o seu sorriso. De certo que a devastação do meio ambiente, está angustiando o céu e o Sol. Nós estamos diante de um problema muito grave. Se a existência do homem depende dos recursos e fenômenos da natureza, torna-se urgente pensarmos seriamente a respeito.

Matéria publicado na Revista Dobo 11/2014Faculdade Doho/Kyoto/JapãoDisciplina: Fotografia

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私にとっての真宗学 私の父親は警察官でした。寺院の出身ではありません。それでは私はどういうご縁で真宗仏教

に出遇ったのか。私の母親は熱心な仏教系の新宗教の信者でした。なぜ真宗門徒の家に生まれた母親が新興宗教の門を叩いたのか。それは自分の娘、つまり、私の姉の病気を治したかったからです。姉は重度の進行性の小児リュウマチでした。小学校五年生(10歳)から自分で歩行することができなくなりました。

母親はなんとかして助けたいということで、その力を宗教に求めました。しかし、それから七年(姉は十七歳)したころに、日本は戦後最大の台風と言われた「伊勢湾台風」(1959年)に襲われました。死者は六千人以上でした。その伊勢湾台風で私の姉は避難の途中で水に溺れ、翌日に心不全でなくなりました。

生きていたら仏教を勉強して尼僧になりたかった姉は死の寸前に、「私の代わりに仏教を勉強してくれる人ができたら自分は本当にうれしい」と遺言して命終えました。その姉の声を思い出したのは青春時代でした。

七歳上の姉の遺言を思い出したのは、高校生の時でした。そのころ私は自分の進路に悩んでいました。舞台俳優になりたかったのです。ハムレットに憧れていました。「生きるべきか、死ぬべきか、それが問題だ」というセリフを舞台で言いたかったのです。そのセリフと同じように、当時、抽象的な、哲学的な問いに悩んでいました。自分はなんのために生きているのか。生きるとはどういうことなのか。雲をつかむような問いでした。その時に閃(ひらめ)いたのが姉の遺言です。

もしかしたら、仏教が、そういう問いを私に教えてくれるかもしれない。そう考えて、仏教を勉強しようということになりました。まったく関係がなかったので、日本の首都である東京の大学を目指しました。禅宗の駒沢大学、その他には大正大学、立正大学等に入学案内を送ってもらいました。でもどうしていいかわかりません。ちょうどその折に、姉の七回忌の法事を母は勤めました。その時に、家に来て法座の席に着いたのが元同朋大学学長の「池田勇諦」先生でした。

先生に相談し進められて入ったのが名古屋にある同朋大学仏教学科です。これで仏教を勉強できると意気込みました。しかし現実は難解の一言です。特に同朋大学は伝統教学に定評があったので、その教学は時代社会の課題など無関係な知的世界でした。いまから考えれば、それはそれで、大事な教学です。でも十八歳の素人の私には全くわからなくて、せっかく、自分で選んで入学したのに興味を失っていきました。

ちょうどそのころベトナム戦争がアメリカの軍事介入で泥沼のような状態でした。沖縄から毎日戦略爆撃機がベトナムに飛んで多くの人たちを殺していました。日本人としての自分が問われる現実でした。ベトナム戦争は、結果的には何百万の戦争犠牲書を生み出しました。そういう時代社会の問題に答えることもなく、無関係に仏教を学ぶことに疑問を持ちました。

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仏教は人間の生老病死には無関係なのか。そうでないならば、仏教の存在とは心の癒しなのか。こころを癒すことも大事だけれども、それは現実の矛盾、不正、歪みを覆い隠す働きをするだけではないのか。この社会的現実にいかに答えていくのか。そういうことが問われているのではないかと考えるようになりました。それから、私は意識的にいまでいう「社会に関わる仏教」を求めるようになりました。このことについては時間がないのでお話ししません。

しかし、ある時期というか。曇鸞の「浄土論註」を読むなかで、私が外側の世界に「社会に関わる仏教」を求めなくても、自分が学ぶ真宗仏教こそが、文字通りの「社会に関わる仏教」だと気づいたのです。今日は二つの観点から、それについて問題提起します。

先ず一つ目は親鸞の自称についてです。親鸞の名前は、「浄土論」を買いた世親(天親)菩薩の「親」と、それを註釈した曇鸞大師の「鸞」により作られています。それはインド人の名と、中国人の名から日本人として存在している自分の名にしているのです。どちらも「浄土」を課題にした仏者です。従って、「浄土」(我も人も共に生きることのできる世界)を課題にした親鸞は、それをより具体的に、親鸞の自称において、その課題を明らかにしたのです。

親鸞の名そのものが、民族を超え、国籍を超えています。コスモポリタンというか、存在の世界性がその名前にあります。言葉を換えて言えば、民族の業を超えて民族の業を生きるということです。世界的視野に立って民族の業を果たすということです。まさに親鸞の存在そのものが「社界に関わる仏教」です。

二つ目は親鸞が法然上人との出遇いのなかで明らかにした「浄土真宗」という名の仏教についてです。「浄土真宗」とは「浄土を真実の宗とする」という意味です。 つまり、私たちにとっての「浄土」は阿弥陀の本願の世界として、「穢土」を生きる「我と我が世界」を根源的に批判する原理です。南無阿弥陀仏と念仏申すとは、この浄土からの仏のメッセージを声に出していただく印です。この印をいつでもどこでもいただき、「我と我が世界」の真実に身を据えることです。

それは教えから言えば、念仏の開く世界は、私は「煩悩具足の凡夫なり」の自覚です。それは自己中心的な自我の我執に痛むことです。決して立派な人間になることではないです。さらには、念仏は私の生きる世界が「火宅無常の世界」であることを教えます。いつでも問題だらけの世界を生み出していると自覚するのです。これはいずれも「歎異鈔」の言葉です。この教えもまた社会を抜きにして理解することができません。そういう意味で私は、親鸞聖人の仏教は「社会に関わる仏教」だと思います。だから、いまもこのブラジルの地で、いつまでいるかわかりませんが、この時代と社会の只中で、ブラジルにおける「浄土真宗」を学んでいきたいと思います。

尾畑文正

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私の仏教えの歩み 私の心に初めて仏教の種が蒔かれたのは、まだ幼かったときにジョアナお

ばあちゃんによってでした。ある日、彼女は日本女性の着物姿が描かれている茶碗を私にみせ、「将来おまえはきっと仏教の僧侶になると思う」といったのです。

そして1972年、私の仏教との実際の出会いがリオ・デ・ジャネイロで実現しました。それはスリランカ生まれの T. Anurudha 師について、東南アジアの Theravada 仏教の伝統をブラジル仏教団体で勉強し始めた頃でした。

同じ頃、最近亡くなられた懐かしい Hermógenes 先生についてヨガを習っていました。そのヨガが仏教的瞑想を習い始めていた私にとってとても役立ちました。また、ブラジル人のなかに仏教を普及させた先駆者ともいうべき懐かしい Murillo Nunes de Azevedo 先生の講演のお蔭と、私の夫であるRev. Shaku Riman (Ricardo M. Gonçalves)の導きで禅宗、真言宗、真宗などという日本仏教にも出会うことができました。 又、その頃、大谷先生(Rev.Chokyo Otani)を通して初めて東本願寺と関係するようになりました。結婚後、サンパウロに移住してからは、ますます日本仏教とのかかわりが深くなってきました。当時、私の夫は、1973年から日本で始めていた真言宗の勉強を続けていました。しかし、私は彼の本当の居るべき処は、友達も多くいる東本願寺大谷派ではないかといいました。そんなことで今日まで本願寺での勤めが続いています。 東本願寺に、仏教を学ぶ本当の場所を見つけることができ、1981年に日本に於いて帰敬式を受け、最終的に1986年得度を受け僧侶となりました。 別院では日本文化に親しむことができ料理、日本舞踊、生け花等を習得しました。そのお蔭で大勢の人たちとの友情がうまれ、日系人社会の中に溶け込むことができました。 現在、私の勉強は、真宗学と一般の人たち向けの仏教学です。今日までの仏教徒としての歩みのなかで、非常に貴重な大きな出来事としては、1984年、Dr.Murillo と夫 Ricardo と共にインドに赴き、「第一回仏教と国の文化」という集会にブラジル国を代表して参加したことでした。当国のインジラ・ガンジー首相が暗殺されるほんの少しまえのことでした。 私の願は、生まれ故郷があります東北のナタール地方に仏教を広めたいということです。いま私が誕生したパライーバ州カンピーナ・グランデの町で、Nova Consciência の集いに参加しています。また、夫 Ricardo と私は Recife で Carlos Roberto de Oliveira 氏という素晴らしい協力者と出会いました。今では私たち家族の親友であり、思い出深い浦部先生の代に別院で帰敬式を受けた人です。 最後に、人間として生きるいのちの真実に目覚めさせて下さった阿弥陀如来ならび宗祖親鸞聖人の御恩に対し、また愛するブラジルの国に少しでも仏教を広めることのできる素晴らしいチャンスを与えて下さった事に心より感謝申し上げます。 合掌 南無阿弥陀仏 Shaku ni Joko

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無明煩悩われらが身にみちて、 (一念多念文意) 真宗聖典p545

愚かということ 「人間の愚かさとは、何に対しても答えを持っているということだ」

(ミラン,クンデラ】

という言葉に出会いました。 一般的に愚かとは、答えを知らない、わかっていないと捉えていますが、そうではなく、 愚かというのは、何にでも答えをもってわかったことにしている、それを愚かだというのです。 例えば、子供や親、連れ合い、友人など、まわりの人のすべてにわたって、この人はこういう

人だと決めつけて答えを出してしまってはいないでしょうか。そうして決めつけた瞬間、 その人と出会っていく道は閉ざされていきます。 つまり、人間はお互いにわかり合うことの難しさを深く心にとどめることによってこそ、 あらたな出会いを生むのです。 人間の知恵で答えを出し、何に対してもわかったことにしてしまう時、私たちは大切な事を 見失ってしまう、このことを「無明」と教えられています。

東本願寺出版マガジン同朋 12月2014年より。

-------------------------------------------------------------------------------- 空と太陽の今

空と太陽が好きだ。 みんなを平等に見てくれているのが空で、みんなを平等に照らしてくれるのが太陽だ。 誰にでも平等な空と太陽は、私達が普通関わり合うものの中で、とても大きな存在だ。 空と太陽はどこの国に行っても、見守ってくれているし、光で優しく包み込んでくれる。 でも空と太陽にもさまざまな表情がある。 雲がひとつあるだけで、太陽の光が届かず気持ちがどんよりするときもある。 だが、雲もまた、さまざまな表情をする。うろこ雲、わた雲、ひつじ雲、、、。 この雲と太陽と空の調和は、時に僕たちを感動させてくれる。 だから、空と太陽が好きだ。 いま空と太陽は、泣いているように見える。多発している集中豪雨は、 空が泣いていると いう表現にピッタリな雨だ。 進む環境汚染に、空は悲痛な叫びをあげているのだろう。 勿論空が泣くと、太陽も笑顔を見せてくれない。 深刻な環境破壊が空と太陽を苦しめている。 いま、僕たちは、深刻な問題に直面している。 再び、自然と人間の共生について考えるべきだ。 同朋 2014 年 11 月、大谷大学写真部京都市より。

Comunicado Mensal do Templo - Julho/2015 別院べついん

だより ブラジルぶ ら じ る

別院べついん

南米なんべい

本願寺ほんがんじ

2015年ねん

7月号がつごう

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BOM AMIGO / Comunicado Mensal do Templo 同朋ど う ぼ う

新聞し ん ぶ ん

別院べ つ い ん

だより

Julho/2015/ 7月号がつごう

真宗しんしゅう

大谷派おおたには

ブラジルぶ ら じ る

別院べついん

南米なんべい

本願寺ほんがんじ

Associação Religiosa Nambei Honganji Brasil Betsuin ~つながりあういのちの発見はっけん

~ A descoberta da Vida que se inter-relaciona~

MENSAGEM DO DHARMA DESTE MÊS

O INFERNO

Chamamos inferno para indicar uma situação penosa e de sofrimento. Em japonês, o

inferno é “digoku”. Escreve-se utilizando dois ideogramas de origem chinesa que são 地

(“di”=terra, mundo) 獄 (“goku”=prisão, julgamento). Este último獄 pode ser decomposto em

três outros ideogramas. O que está no lado esquerdo 犭 representa a fera, besta ou animal

selvagem; o do lado direito犬 é cão, cachorro. Entre os dois há o ideograma言 cujo significado

é palavra ou o dizer. É dito que isto está mostrando uma cena em que a fera e o cachorro estão

tentando conversar, mas que não conseguem.

Apesar de vivermos a mesma vida, o ser humano vive sendo discriminado ou ignorado,

às vezes tendo o relacionamento interrompido ou forçado a experimentar a solidão mesmo

desejando a convivência. Não ter a companhia de alguém para compartilhar as alegrias e as

tristezas e não possuir um local para retornar com tranquilidade, isto é o inferno.

(Sawanaka)

地じ

獄ごく

「地じ

獄ごく

」というのは辛つら

く苦くる

しい状じょう

態たい

のことをいいます。その地じ

獄ごく

の「獄ごく

」という字じ

は、左ひだり

側がわ

がケけ

モも

ノの

ヘへ

ンん

で右みぎ

側がわ

が「犬いぬ

」という字じ

です。そして、その 間あいだ

に「言げん

」という字じ

が入はい

っていま

す。これは、ケけ

モも

ノの

と犬いぬ

が話はな

し合あ

おうとするのですができない姿すがた

を表あらわ

しているのだそうです。

同おな

じいのちを生い

きながら、人ひと

は差さ

別べつ

されたり無む

視し

されたり、関かん

係けい

性せい

を絶た

たれたりして、ともに

生い

きたいと願ねが

っても孤こ

立りつ

させられてしまい、ともに喜よろこ

び悲かな

しむ人ひと

もなく安あん

心しん

して帰かえ

れる場ば

所しょ

ないのが「地じ

獄ごく

」ということです。(沢さわ

中なか

ERRAMOS

A edição passada deste veículo saiu como sendo MAIO, quando o correto era JUNHO.

Ainda, na nota de falecimento do Sr. Seiichi Kamiguchi, onde constou “Residia em Nova

Esperança (PR)”, o correto é “Residia em Mauá da Serra (PR)”. Registramos aqui a correção e pedimos

desculpas pelas falhas.

訂てい

正せい

とお詫わ

先せん

月げつ

の『別べつ

院いん

だより』に、上かみ

口ぐち

誠せい

一いち

様さま

のご逝せい

去きょ

のお知し

らせでノの

ーヴヴ

ァぁ

・エえ

スす

ペぺ

ラら

ンん

サさ

市し

在ざい

住じゅう

とありましたが、これはマま

ウう

アあ

ー・ダだ

・セせ

ーラら

市し

在ざい

住じゅう

の間ま

違ちが

いですのでここに訂てい

正せい

しお詫わ

び申もう

し上あ

げます。

Comunicado Mensal do Templo - Julho/2015 別院べついん

だより ブラジルぶ ら じ る

別院べついん

南米なんべい

本願寺ほんがんじ

2015年ねん

7月号がつごう

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Programação do Templo de São Paulo

Todos os dias: 7h30(Ofício Matinal); 17h(Ofício Vespertino).

Todos os domingos: 10h30(Cerimônia Dominical em português).

Todos os meses, ofícios nos dias 6(da Associação Flor de Lótus), 13(Em Memória do Grão Mestre

Anterior) e 28(Em Memória do Fundador Mestre Shinran), todos às 13h, com

palestras em japonês.

06/07/15, segunda-feira, 9h(Reunião da Diretoria).

10/07/15, sexta-feira, 8h30(Trabalho Voluntário de Preparativos para “Obon” (homenagem aos

falecidos): polimentos, limpeza, lanternas votivas “tyôtin”, etc)

11/07/15, sábado, 14h(Ofício de “Obon”). Palestras em japonês e em português.

12/07/15, domingo, 10h(Ofício de “Obon” com destaque para o primeiro “Obon” -“Hatsubon”- dos

falecidos após o ofício do ano anterior). Palestras em japonês e em português.

12h(Almoço)

14h(Dança de “Obon” – “Bon-odori” - )

Haverá bazar das 9h até 17h.

25/07/15, sábado, 16h(Ofício Mensal com palestra em português).

別べつ

院いん

行ぎょう

事じ

予よ

定てい

毎まい

日にち

、午ご

前ぜん

7時じ

30分ぷん

(お朝あさ

事じ

)、午ご

後ご

5時じ

(お夕ゆう

事じ

)。

毎まい

週しゅう

日にち

曜よう

日び

、午ご

前ぜん

10時じ

30分ぷん

(ポぽ

語ご

日にち

曜よう

礼らい

拝はい

)。

毎まい

月つき

の定てい

例れい

は、 6むい

日か

(蓮はす

の会かい

)、13日にち

(前ぜん

御ご

門もん

首しゅ

命めい

日にち

)、28日にち

(宗しゅう

祖そ

親しん

鸞らん

聖しょう

人にん

御ご

命めい

日にち

)、全すべ

て午ご

後ご

1

時じ

、法ほう

話わ

は日にち

語ご

7月がつ

06日か

(月げつ

)、午ご

前ぜん

9時じ

(理り

事じ

会かい

)。

7月がつ

10日か

(金きん

)、午ご

前ぜん

8時じ

30分ぷん

(お盆ぼん

法ほう

要よう

準じゅん

備び

奉ほう

仕し

―お磨みが

き、掃そう

除じ

、提ちょう

灯ちん

吊つ

り等とう

)

7月がつ

11日にち

(土ど

)、午ご

後ご

2時じ

(お盆ぼん

法ほう

要よう

)、日にち

・ポぽ

語ご

法ほう

話わ

7月がつ

12日にち

(日にち

)、午ご

前ぜん

10時じ

(お盆ぼん

並なら

びに初はつ

盆ぼん

法ほう

要よう

)、日にち

・ポぽ

語ご

法ほう

話わ

午ご

前ぜん

12時じ

(昼ちゅう

食しょく

)

午ご

後ご

2時じ

(盆ぼん

踊おど

り)

バば

ザざ

ーが午ご

前ぜん

9時じ

より午ご

後ご

5時じ

まで開かい

催さい

されます。

7月がつ

25日にち

(土ど

)、午ご

後ご

4時じ

(ポぽ

語ご

定てい

例れい

法ほう

話わ

会かい

)。

Comunicado Mensal do Templo - Julho/2015 別院べついん

だより ブラジルぶ ら じ る

別院べついん

南米なんべい

本願寺ほんがんじ

2015年ねん

7月号がつごう

3

“BON-ODORI” (DANÇA DE “OBON”)

Dizem que Mokuren, um dos discípulos do Buda Shakyamuni, era dotado de poderes especiais.

Quando sua mãe faleceu, utilizando-se desses poderes, resolveu espiar o céu, para tentar encontrar

novamente com sua querida mãe que sempre o tratara com carinho. Para sua surpresa, não havia ninguém no

céu. Incrédulo, então arriscou espiar o inferno. Viu ali uma multidão sofrendo, todos pendurados de cabeça

para baixo. Estava também a mãe do Mokuren, sofrendo de sede e de fome assim como as demais pessoas.

Assustado, mais que depressa ele foi servir água e alimento à sua mãe, porém estes se transformavam em

fogo quando se aproximavam da boca. Perdido, foi pedir conselho para o Buda Shakyamuni a fim de saber

como poderia salvar sua mãe daquele sofrimento. O Buda, após ouvir todos os detalhes contados pelo seu

discípulo, aconselhou-o a oferecer refeições para toda a comunidade reunida ali naquela ocasião. Mokuren,

após seguir fielmente o conselho do Mestre, foi espiar o inferno, que estava vazio. Com certa desconfiança,

espiou em seguida o céu. Viu então uma multidão feliz e sorridente. É claro, sua mãe também estava ali no

meio. Dizem que, ao ver aquela cena, Mokuren saiu pulando e dançando, demonstrando toda sua alegria e

este acontecimento é tido como a origem do “Bon-odori” (Dança de “Obon”).

Mesmo um mundo que parece ser o inferno quando vistos pela visão egocêntrica, poderá ser visto

duma outra maneira se conseguirmos vê-lo através dos ensinamentos do Buda. Que bom seria se pudermos

perceber isso! Aguardamos a presença maciça nas celebrações de “Obon” (Ofícios em Homenagem aos

Falecidos) deste ano!

盆ぼん

おどり

お釈しゃ

迦か

様さま

のお弟で

子し

さんの一ひと

人り

、目もく

連れん

という方かた

は特とく

別べつ

な能のう

力りょく

を持も

っていたと伝つた

えられていま

す。その目もく

連れん

のお母かあ

さんが亡な

くなったとき、彼かれ

は優やさ

しかったおかあさんにもう一いち

度ど

会あ

いたいと思おも

って、持も

っている特とく

別べつ

な能のう

力りょく

を使つか

って極ごく

楽らく

を覗のぞ

いてみました。びっくりした事こと

に、極ごく

楽らく

には誰だれ

もいませんでした。まさかと思おも

いながら、今こん

度ど

は地じ

獄ごく

を覗のぞ

いてみることにしました。すると沢たく

山さん

の人ひと

々びと

が逆さか

さに吊つ

るされて苦くる

しんでいます。その中なか

に目もく

連れん

のお母かあ

さんもいて、他ほか

の人ひと

々びと

と同おな

じよ

うに、喉のど

を乾かわ

かし、お腹なか

を空す

かして苦くる

しんでいます。驚おどろ

いた目もく

連れん

はさっそくお水みず

と食た

べ物もの

をお

母かあ

さんに持も

っていきましたが、お母かあ

さんの口くち

元もと

で水みず

も食た

べ物もの

も火ひ

に変か

わってしまいます。困こま

った

目もく

連れん

は、どうしたらお母かあ

さんを苦くる

しみから救すく

えるのかを、お釈しゃ

迦か

様さま

に聞き

きにいきました。全すべ

ての

様よう

子す

を目もく

連れん

から聞き

かれたお釈しゃ

迦か

様さま

は、そのとき集あつ

まっていた沢たく

山さん

の人ひと

々びと

全ぜん

員いん

に目もく

連れん

がお食しょく

事じ

施ほどこ

せばよいと答こた

えられました。言い

われたとおりにした目もく

連れん

が、もう一いち

度ど

地じ

獄ごく

を覗のぞ

いて見み

ると、

そこは空から

っぽでした。もしやと思おも

いながら、極ごく

楽らく

を覗のぞ

いて見み

ると、こちらには沢たく

山さん

の人ひと

々びと

が幸しあわ

せそうにニに

コこ

ニに

コこ

していました。その中なか

には、勿もち

論ろん

、目もく

連れん

のおかあさんもおりました。それを見み

た目もく

連れん

はよろこびを表あらわ

して跳と

んで跳は

ねて踊おど

ったといわれています。これが、盆ぼん

おどりの由ゆ

来らい

とも言い

われます。

自じ

分ぶん

中ちゅう

心しん

の目め

で見み

ると地じ

獄ごく

に見み

える世せ

界かい

でも、仏ほとけ

様さま

の教おし

えを通とお

して見み

ると、また別べつ

の見み

方かた

ある事こと

に気き

付づ

けるといいですね。今こ

年とし

のお盆ぼん

にも多おお

くの方かた

々がた

のお参まい

りをお待ま

ちしております。

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CURSO DE LÍNGUA JAPONESA

INFANTIL da ESCOLA MAYURI

AV. DO CURSINO,753

TELEFONES: (011) 5061-4902 ou 5061-4766

INFORMAÇÕES com a Profa. ROSA ou LAURA

CERIMÔNIA DOMINICAL EM PORTUGUÊS: contamos com a sua presença!

AOS DOMINGOS NO TEMPLO DE SÃO PAULO (Av. do Cursino, 753) DAS 10h30 ÀS 11h30

Nesta ocasião, convidamos todas as famílias de

nossa comunidade bem como amigos e

simpatizantes a vir ouvir o Dharma de Buda em

português e começar a compreender como esses

ensinamentos milenares podem ser utilizados na

nossa vida diária, nos ajudando a compreender as

situações cotidianas.

A participação é livre! Compareça e venha dar seus

primeiros passos no entendimento da religião dos

seus antepassados ou em um novo caminho a seguir.

DOMINGOS DO MÊS DE JULHO/2015:

DIAS: 05, 19, e 26. (DIA 12: RITO DE “OBON”)

Templo Budista Higashi Honganji Associação Religiosa Nambei Honganji Brasil Betsuin Av. do Cursino,753 Jardim da Saúde São Paulo-SP CEP 04133-000 Site: www.amida.org.br E-mail: <honganji.br.@gmail.com> Twitter: <twitter@nambeihonganji> Tel: (11)5061-4902 ou 5061-4766 Fax: (11)5062-7370