Jornal Regional de Itariri

www.redebrasilatual.com.br ItarIrI

nº 4 Abril de 2012

DistribuiçãoGratuita

Município festeja aniversário com festival de rock

Pág. 7

Parabéns

63 aninhos

Rendimento médio dos assalariados sobe em todo o País

Pág. 3

trabalhador

Mais dinheiro

contas Públicas

Cidade encontra-se no 551º lugar entre 629 municípios paulistas

Pág. 3

itariri está entre as Piores

Cidade teve nota 6,05 no Índice de Desempenho de Saúde

Pág. 6

radar

de Mal a pior

A sociedade brasileira quer liberdade de expressão para todos. Sem exceção

mídia

ela faz o que quer

FOLHA

2 Itariri

dia 08 (domingo) show: início do 2º Festival “Rock Rio do Azeite” – 2012

dia 09 (segunda) show: aniversário de Itariri08:00 – Hasteamento da Bandeira – Paço Municipal09:00 – Desfile cívico – em frente à Rodoviária10:30 – Sessão solene na Câmara Municipal de Itariri13:00 – Ciclismo: Início das inscrições13:30 – Início da competição

categorias Infantil – 7 a 10 anos Juvenil – 11 a 15 anos Adulto – 16 em diante15:00 – Corrida de pedestres15:00 – Início das inscrições15:30 – Início da competição

categorias: Infantil – 7 a 10 anos Juvenil – 11 a 15 anos Adulto – 16 anos em diante

Final do 2º Festival “Rock Rio do Azeite” – 2012

expediente rede Brasil atual – itariri editora Gráfica atitude ltda. – diretor de redação Paulo Salvador editor João de Barros redação Enio Lourenço revisão Malu Simões diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3241-0008Tiragem: 5 mil exemplares distribuição Gratuita

Leia on-line todas as edições do jornal Brasil Atual. Clique www.redebrasilatual.com.br/jornais e escolha a cidade. Críticas e sugestões jornalba@redebrasilatual.com.br

jornal on-line

editorial

Itariri faz 63 anos, mas ninguém lhe dá a idade que tem. Tra-ta-se de uma elegante senhora, muito hospitaleira, que dá aos filhos que tem o que ela possui de mais encantador: o seu solo, de onde brotam as sementes do nosso futuro. Parabéns a todos que transformam a nossa querida cidade num lugar de bem viver.

Nesta edição, o jornal Brasil Atual – Itariri, além, claro, de celebrar a festa, mostra como a televisão brasileira é um atentado à liberdade de expressão, um privilégio de meia dú-zia de donos da mídia, que tudo fazem para manter a situação do jeito que está. Passou da hora de o país criar um sistema democrático à altura de sua diversidade. Afinal, é ou não é um absurdo, por exemplo, a Rede Globo destinar 18 segun-dos do Jornal Nacional para falar numa passeata de 100 mil mulheres que foram a Brasília reivindicar a reforma agrária e gastar 127 segundos, no mesmo telejornal, para falar dos 20 mil produtores rurais – leia-se ruralistas – que foram pedir para desmatar além dos limites atuais?

Outro tema preocupante diz respeito à gestão das contas públicas. Itariri ficou num vergonhoso 551º lugar entre os 629 municípios paulistas em 2010, segundo um estudo feito no país pela Federação da Indústria do Rio de Janeiro. Levados em consideração os 5.266 municípios do Brasil, Itariri ficou numa medíocre 3.703ª posição. É isso. Boa leitura!

“Parabéns aos itaririenses pelos 63 anos da pequena e bela cidade paulista. Pequena pedra que se divide em inúmeras outras, simbolizando as conquistas obtidas ao longo dos anos, do esforço e da dedicação de cada um de seus cidadãos. Conquistas outras virão, pois as pedras são pequenas, mas são muitas e rolam para o futuro. Um abraço repleto de carinho e respeito”.

Luiz Claudio Marcolino, deputado estadual (PT/SP)

“Itariri completa em 9 de abril o 63 anos de emancipação política. Aproveito a data especial para externar meus parabéns a essa cidade amada, na qual fui privilegiada em nascer e crescer. Até os doze anos, fui criada num bairro da zona rural onde aproveitei as belezas naturais – subi em árvores, tomei banho e pesquei em rios e cachoeiras, colhi frutas no pé, fiz horta, empinei pipa, joguei gude, pulei corda, enfim, participei de brincadeiras que colaboraram para uma infância inesquecível. Falar de Ita-riri me deixa emocionada e feliz. Muito obrigada por tudo que você me proporcionou e proporciona.”

Rejane Silva – Itariri – SP

“Parabéns aos cidadãos de Itariri! Com orgulho vamos comemorar os 63 anos da cidade que nos acolhe. Precisamos dar valor a todos os cantos de Itariri e trabalhar para que ela se torne cada vez mais aconchegante. Devemos nos preocupar com sua infraestrutura e com o bem-estar de seus moradores e turistas. Com certeza, faremos de Itariri uma cidade melhor!”

Estanislau, Pança – Itariri – SP

“Saúdo os moradores de Itariri, essa cidade belíssima cravada na serra do Mar, entre o Vale do Ribeira e o litoral paulista. Como parlamentar petista, tenho o compromisso de ampliar o desenvolvi-mento sustentável dos municípios de São Paulo, em especial aqueles que, como Itariri, têm potencial para garantir aos seus moradores qualidade de vida, respeitando a natureza. Parabéns Itariri!”

Ricardo Berzoini, deputado federal (PT-SP)

vale o que vier

aniversário

a festa é nossa. Parabéns, itaririEla culmina com o 2º Festival de Rock Rio do Azeite

Um espectador

div

ulG

aç

ão

3Itariri

contas Públicas

itariri, entre as piores cidades na gestão das finançasCidade destaca-se negativamente: ocupa o 551º lugar entre mais de 600 municípios paulistas

O índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) apresentou le-vantamento elaborado pela Fe-deração da Indústria do Rio de Janeiro que retrata a avaliação das prefeituras de todo o país na gestão das contas públicas. O índice varia de 0 a 1 e, quanto mais próximo de zero, pior está a situação financeira do muni-cípio. Os dados são de 2010 e utiliza uma metodologia que

combina cinco fatores: receita própria (capacidade de arre-cadação), gastos com pessoal (grau de rigidez no orçamento), investimento (capacidade de in-vestir), custo da dívida (em lon-go prazo) e liquidez (alocação de resto a pagar sem cobertura).

Itariri alcançou média de 0,4537. Seu pior índice ficou com a receita própria, que che-gou a 0,2288. O melhor índice

veio na área de investimento, que obteve média de 0,6701. Para o ranking nacional brasi-leiro foram avaliadas 5.266 ci-dades e Itariri alcançou o 3.703º – a média nacional é de 0,5393. Na classificação do Estado de São Paulo, de 629 cidades ava-liadas, Itariri ficou em 551º lu-gar, entre os piores municípios do Estado de São Paulo no índi-ce de gestão fiscal.

trabalhador

rendimento médio aumentaEle chega a R$ 1.813,00 no Estado de São Paulo

O rendimento médio do trabalhador brasilei-ro atingiu em fevereiro R$ 1.699,70, o valor mais alto desde março de 2002, quando teve início a série histórica da Pesquisa Men-sal de Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geo- grafia e Estatística (IBGE). O levantamento revela que o poder de compra dos ocupa-dos – pessoas que trabalham com carteira assinada ou informalmente – aumentou 1,2% em comparação com janeiro e 4,4% em relação a fevereiro de 2011.

De acordo com o gerente da Coordenação de Traba-lho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, o resultado foi impulsionado pelo au-mento do salário mínimo, que passou de R$ 545 para R$ 622 no início do ano. A dispensa de trabalhadores temporários, geralmente no

início do ano, também contri-buiu para elevar a média dos rendimentos. “Esses traba-lhadores, em geral, ganham menos. Com a saída deles do mercado de trabalho, a média dos rendimentos subiu.”

O gerente do IBGE disse que a indústria e o comércio fo-ram os setores que sofreram os maiores impactos do aumento do salário mínimo. O docu-mento aponta que em fevereiro de 2012 São Paulo registrou o

maior rendimento médio (de R$ 1.813), seguido do Rio de Janeiro (R$ 1.805). Cinco das seis regiões metropolita-nas tiveram aumento no ren-dimento em fevereiro deste ano na comparação com fevereiro de 2011: Recife (6,7%), Salvador (18,6%), Belo Horizonte (7,0%), Rio de Janeiro (0,4%) e São Paulo (5,4%). Apenas Porto Alegre (-2,4%) apresentou diminuição.

conviteA igreja evangélica Bola de Neve convida a todos os seus fiéis e a população para a inauguração do seu templo a realizar-se no dia 14 de abril de 2012, às 20 h, na Rua Nossa Senhora do Monte Serrat, 134,

em frente à Prefeitura Municipal de Itariri.

trabalhador brasileiro: com mais dinheiro no bolso

classe c

com muito orgulhoEla já têm 103 milhões de pessoas

A classe C já é 54% da população brasileira, 103 mi-lhões de pessoas, um ponto percentual a mais do que em 2010, quando alcançava 101,6 milhões. A renda familiar mensal dela subiu de R$ 1.338 em 2010 para R$ 1.450,00 em 2011. Os dados são da pesqui-sa O Observador Brasil 2011. Realizada desde 2005, a pes-quisa mostra que 63,7 milhões

de brasileiros ascenderam socialmente no Brasil nos úl-timos sete anos. A classe C, a que mais cresceu entre 2010 e 2011, recebeu 2,7 milhões de pessoas. Para as classes A e B ascenderam 230 mil pessoas. Ao mesmo tempo, o estudo mostra redução das classes D e E, que passaram de 93 mi-lhões de pessoas em 2005 para 45,2 milhões em 2011.

Ma

ur

o r

aM

os

div

ulG

aç

ão

div

ulG

aç

ão

4 Itariri

mídia

Por uma televisão com todas as vozes e sotaques

a dona da bola, do jogo e, claro, da renda

No Brasil, a sociedade quer a ajuda de Dilma para avançar nesse projeto Por João Peres

Cem mil mulheres chegam a Brasília vindas de todas as partes do Brasil. São traba-lhadoras rurais, caminham durante dias e são recebidas pela presidenta da República para discutir reforma agrária. Em outro dia, 20 mil produto-res rurais ocupam a Esplanada dos Ministérios. Querem que o Congresso vote as mudan-ças na legislação florestal para poder desmatar além dos limi-tes atuais. A Marcha das Mar-garidas recebeu 18 segundos da edição de 17 de agosto de 2011 do Jornal Nacional. Já o churrasco da maior entidade ruralista, 127 segundos.

“Ninguém quer acabar com a Globo nem democratizar a Globo. Ela cumpre um papel político e cultural no Brasil” – diz Renata Mielli, da coorde-nação do Fórum Nacional pela Democratização da Comunica-ção (FNDC). Em outras pala-vras, cada empresa pode trans-mitir o que achar importante, mas as margaridas, as acácias, as violetas e todas as flores têm direito a uma emissora que as represente – e todo cidadão, o

No Brasil, as operadoras que transmitem as partidas controlam mais de 90% da base de assinantes, 11 mi-lhões de pessoas. No último Campeonato Brasileiro, a Globo, que tem o monopó-lio do setor, convenceu mais de 1 milhão deles a aderir ao “pague para ver”. O acesso

às partidas custou entre R$ 40 e R$ 60 ao mês.

Quando apresentou suas vantagens para a renovação do contrato com os clubes, a Globo lembrou que chega a 99,67% dos lares brasileiros. Uma situação que mataria de susto estudiosos da comuni-cação na França. Nenhuma

emissora daquela nação pode atingir mais de 20% da audiên-cia nacional – se passar disso, deve se livrar de canais até que volte aos níveis permitidos. Há restrições também à chamada propriedade cruzada, que é o controle por um mesmo grupo empresarial de veículos de rá-dio, TV, internet e impressos.

direito de buscar e encontrar uma cobertura diferente. “O objetivo é fortalecer um campo público de comunicação e dis-cutir regras transparentes para a concessão de canais.”

As estações de televisão ou de rádio que escolhemos todos os dias são um espaço público. Esse espaço é invisível, está no ar, mas é limitado, o que significa que não se pode abrir infinitas emissoras. Essa res-trição torna necessária a pre-

sença do Estado para regular e disciplinar a distribuição das concessões, feitas mediante leilões válidos para um deter-minado período. Na prática, é como se uma pessoa alugasse uma frequência.

Como qualquer contrato de aluguel, há direitos e deveres. Se descumpridos, implicam advertência, multa e até rom-pimento do vínculo. O Brasil, por enquanto, não discutiu es-sas regras. Há conceitos apre-

sentados pela Constituição a ser refinados para, caso o in-quilino desrespeite o acordo, o locatário – o povo brasileiro – poder solicitar de volta o imó-vel, ou melhor, a frequência.

O texto constitucional de 1988 diz que o setor não pode ser alvo de monopólio ou oli-gopólio, mas não estão defi-nidos quais são os parâmetros que configuram essa concentra-ção. Os veículos de rádio e TV devem dar preferência a con-teúdos educativos e culturais – porém, sem esmiuçar o que isso significa, a sociedade não tem como cobrar a aplicação.

“O discurso da censura é o discurso dos censores”, lamenta João Brant, do Coletivo Intervo-zes, atuante na batalha pela de-mocratização da comunicação. “A regulação precisa incidir sobre a questão do pluralismo e da democracia e garantir que as diferentes vozes e perspectivas fluam ao debate público.”

Assim ficou definido nas nações europeias e nos Estados Unidos, e é desse modo que deseja a Unesco, órgão das Na-ções Unidas para a educação e

a cultura. Toby Mendel, con-sultor internacional da entida-de, lembrou durante um semi-nário realizado em Brasília em 2010 que liberdade de expres-são não é só o direito de ouvir: é o direito de falar. O preceito é reafirmado pela Organiza-ção dos Estados Americanos (OEA), que enxerga a comuni-cação como um direito huma-no básico, a exemplo da saúde, da educação e da alimentação. Se há conselhos municipais, estaduais e nacionais para dis-cutir essas questões, por que a comunicação ficaria de fora?

A organização Transpa-rência Brasil encontrou 52 deputados e 18 senadores associados a empresas con-cessionárias de comunicação. A renovação das outorgas é atribuição dos parlamentares. A Constituição prevê que eles não participem de concessões de serviços públicos, para evi-tar que legislem em causa pró-pria. Em dezembro passado, o Intervozes e o PSOL ingres-saram com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para barrar essa situação.

da

nie

l a

uG

usT

o j

ún

ior

div

ulG

aç

ão

5Itariri

quatro redes dominam a tv: Globo, record, sbt e band

todos sentam à mesa para discutir. menos a Globo

No Brasil, segundo o proje-to Os Donos da Mídia, há 34 re-des de comunicação, mas mais da metade das emissoras está afiliada a quatro delas (Globo, SBT, Band e Record). O grupo Rede Bahia controla dez veícu-los de comunicação no Estado, entre os quais seis geradoras de TV e três rádios, que costumam retransmitir a programação da Globo. “Nós queremos nos ver na televisão. A televisão nes-te país é Sudeste, ela não é a cara de todo o povo brasileiro” – queixa-se Julieta Palmeira, médica e integrante do recém-criado Conselho Estadual de Comunicação da Bahia.

“Queremos incentivos à produção independente e à produção regional para que o povo possa se ver na televi-são.” Como as chamadas “ca-beças de rede” ficam no Su-deste, concentra-se aí 60% do faturamento em publicidade.

O então ministro da Se-cretaria de Comunicação Social do governo Lula, Franklin Martins, experiente jornalista com passagens por Globo e Bandeirantes, come-çou a elaborar um antepro-jeto para promover a demo-cratização da comunicação. O texto tomou como base os debates da conferência nacional e as experiências de diversos países de avan-çada democracia. O esboço de Franklin foi repassado ao ministério de Dilma Rousse-ff, mas ainda não andou.

A Bahia inaugurou em janeiro o primeiro conselho estadual de comunicação do

A distribuição da publi-cidade do governo brasileiro passou por um processo im-portante de desconcentração ao longo da última década. Em 2003, receberam recursos de campanhas federais 499 veí- culos em 182 municípios; em 2010, foram 8.094 veículos em 2.733 municípios – mas a maior fatia ainda fica com a televisão aberta.

Questionado pela repórter Lúcia Rodrigues, da Rádio Brasil Atual, sobre a lentidão na comparação com o país vi-zinho, o ex-ministro da Comu-nicação Social, Franklin Mar-tins, lançou uma hipótese: “O Brasil não caminha galopando, tirando as quatro patas do chão ao mesmo tempo como um po-tro argentino, que é muito rá-pido, mas às vezes corre para um lado e depois é obrigado a voltar porque não tinha criado um consenso. O Brasil é como

um elefante, para movimentar uma pata, precisa ter as outras três no chão”.

A metáfora, se não bate de frente, também não alivia para o ministro das Comu-nicações do governo Dilma, Paulo Bernardo – em cuja ga-veta hiberna o anteprojeto de regulação rascunhado há qua-se dois anos. De acordo com o Observatório do Direito à Comunicação, Paulo Bernar-do afirmou durante um semi-nário dias antes do carnaval que a revisão do projeto de marco regulatório já estaria concluída e que ele deverá ser objeto de consulta pública em breve. O ministro não mencio-nou prazos e ponderou que vai precisar conversar mais dentro do governo.

Em seu primeiro ano de gestão, Dilma quase não to-cou no assunto. Agora, o tema parece ter dado um sinal de

vida. Na mensagem do Execu-tivo ao Congresso Nacional, na abertura do ano legislativo de 2012, é citada a preten-são do governo de concluir o Regulamento do Serviço de Radiodifusão (de 1963). E também de “prosseguir com ações voltadas à atualização

do marco legal das comuni-cações eletrônicas”. Os brasi-leiros ávidos por um sistema mais democrático esperam, enfim, ter tocado o coração da presidenta. Sem a ajuda dela, o elefante segue adormecido, sufocando as vozes de quem ficou lá embaixo.

Brasil. Outros projetos do gê-nero surgiram em 2010, mas o apoio do governo de Jaques Wagner foi decisivo para que o colegiado baiano, fruto de

uma iniciativa de movimentos da sociedade, fosse instalado.

A ideia é discutir o fortaleci-mento da rede pública de televi-são e rádio, o papel das emisso-ras comunitárias e a distribuição de verbas publicitárias estadu-ais. “Isso traz desenvolvimento regional à medida que se apoia o produtor de conteúdo onde ele estiver” – diz Julieta Pal-meira, empossada no Conselho Estadual de Comunicação da Bahia em 10 de janeiro. Julieta, também do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, considera importante o fato de empresários, sociedade civil e governo terem se senta-do à mesma mesa para debater

o tema, apagando o preconcei-to em torno dos militantes. “O conselho tem caráter deliberati-vo, e isso ocorreu com a aceita-ção dos empresários, o que não é uma coisa menor.”

A Rede Globo foi a exce-ção. A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televi-são (Abert), representante dos maiores grupos midiáticos, que já havia se negado a participar da Conferência Nacional de Comunicação em 2009, tam-pouco quis integrar o grupo de trabalho que elaborou o projeto do conselho baiano. Em nota, a Abert manifestou considerar inconstitucional a iniciativa por acreditar tratar-se de uma prer-

rogativa da Federação, vetada aos estados. “A Constituição brasileira é clara ao garantir o exercício da liberdade de expressão e de imprensa, da manifestação do pensamen-to e de opinião, sem nenhum tipo de censura, licença ou controle”– acrescenta.

“Não pode haver temas interditados para o debate público” – rebate Renata Mielli, do FNDC. “Como vou controlar a Globo? Não tem como controlar. Mas te-nho como discutir critérios de distribuição de publici-dade oficial. Quando se fala sobre isso, esses veículos ficam enlouquecidos.”

Ma

rc

ell

o c

asa

l jr

/aBr

an

To

nio

cr

uz

/aBr

6 Itariri

Política

r a d a r Por Pança div

ulG

aç

ão

Filiação aprovadaO pré-candidato a prefeito de Itariri, Carlos Rocha Ribeiro (PSB), que recorreu da decisão da Justiça Eleitoral que o impe-dia de ser candidato, ganhou a causa e, a partir de agora, poderá

concorrer às eleições de 2012.

SaúdeO Ministério da Saúde divulgou o Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (IDSUS). Itariri teve a nota 6,05 só ganhando de duas cidades do Vale do Ribeira, Iguape e Jacu-

piranga. As cidades de Pedro de Toledo e Peruíbe tiveram notas maiores que a nossa, respectivamente 6,58 e 6,38.

Sessão SoleneNo dia 9 de abril, às 10h30, a Câmara Municipal de Itariri irá agra-ciar 13 cidadãos(ãs) com o título de cidadão itaririense. A hon-raria será outorgada aos seguintes cidadãos: Dr. Niemer Nunes

Junior, delegado seccional da Polícia Civil de Itanhaém; Eder Jairo Hortêncio, subtenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo; Dr. Haroldo Pereira Bar-celos, médico da Prefeitura Municipal de Itariri; Dr. Jesus Vagner Cruz, médico da Associação Cívica e Social de Itariri, Acisoita; Agápito Ferreira, ex-chefe da Estação Ferroviária de Itariri, aposentado; Luiz Carlos do Vale, pastor da Igre-ja Evangélica Assembleia de Deus Ministério Jardim Augusta, em Itariri; Wilson Roberto de Souza, pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular de Itariri; Enilson Inácio de Almeida, pastor da Igreja Evangélica Assembleia de Deus Ministério de Santos, em Itariri; Jayme Ferreira dos Santos, diácono da Igreja Congregação Cris-tã do Brasil, em Itariri; Silene Ribeiro da Motta, ex-funcionária pública municipal, aposentada; Jorge Kozo Gusken, ex-diretor esportivo da Colônia Nipo-Brasileira de Itariri; Valter Dionísio, professor de escola pública de Itariri; Mauricio Dal Poz Molina, gerente-geral da Guarda Patrimonial de São Paulo, filial Guarujá/SP.

Vai e vem dos partidosO Partido Popular Socialista (PPS), que estava sendo paque-rado por diversos partidos, está de casamento marcado com o grupo que apoia a professora Rejane Silva para prefeita e Pan-

ça para vice-prefeito, ficando assim a coligação: PP - PT - PV - PRTB - PPS.

Vai e vem dos partidos IIO Partido da República (PR), capitaneado na cidade pelo ex--vereador Airton França, o “Baiano”, está mudando de rumo: ele deverá sair da coligação PSDB - DEM e ir para a coligação

PSB - PMDB - PTB.

Vai e vem dos partidos IIIDo mesmo jeito, o atual vereador Luiz Antonio, o “Quinho”, fi-liado ao PDT, também está mudando de ares e saindo da coliga-ção PSDB – DEM e indo para a coligação PSB – PMDB – PTB.

Título eleitoralEstá chegando ao fim o prazo para a mudança de domicílio eleitoral. Todas as pessoas que residem em Itariri, mas tem o título em outra cidade devem fazer a transferência. A data limi-

te é dia 9 de maio.

Vai e vem dos partidos IVDiante do quadro atual, a coligação do atual prefeito Diname-rico Peroni (PSDB) fica muito fragilizada. Ela terá apenas dois partidos em sua base de apoio. E os pré-candidatos a vereador

já se mobilizam e não aceitam coligação com o DEM, já que em sua avaliação a coligação elegeria somente um vereador. E, claro, ninguém está disposto a ter uma boa votação e não se eleger.

Partido dos trabalhadores

reunião do diretório de itaririA discussão da coligação para ter um plano de governo

Em 24 de março, o Dire-tório do Partido dos Trabalha-dores de Itariri reuniu-se para discutir um esboço de plano de governo para ajudar nas dis-cussões que ocorrem sobre a coligação dos pré-candidatos a prefeito, Rejane Silva, e a vice-prefeito, Estanislau Fer-nando de Mattos, o “Pança”.

O assunto vem sendo dis-cutido entre os pré-candidatos a vereador e os partidos polí-ticos (PP - PT - PV - PRTB)que fazem parte da coligação. Depois disso, outros segmen-tos entrarão na discussão até que se chegue a um plano de governo ideal para poder ser cumprido.M

au

ro

ra

Mo

s

7Itariri

Parabéns

a história de itariri, a jovem cidade que faz 63 anosItariri ou as pedras que rolam em tupi. Mas há quem nos trate de Rolling Stones

Itariri nasceu no dia 24 de dezembro de 1948, resultado da campanha de emancipação realizada um ano antes por Francisco Ribeiro Botelho, Henrique Bojikian, Henrique Ferreira Monteiro, Francisco Benedito Barone, Osmar Fer-reira Fortuna, João Aristóteles de Andrade e Heicho Fukuti. A região, que se chamava Rio do Azeite, em 1880, teve seus primeiros moradores atraídos pelas terras férteis, fauna e belos rios. O local foi mar-cado definitivamente com a inauguração, em 1914, da es-trada de ferro Santos–Juquiá, e a partir da construção da es-tação formou-se a vila.

Em 1915, muitos imi-grantes japoneses vieram para a região, entre os quais a família de Guenshi Oshi-

meio ambiente

semana da água: crianças fazem caminhada ecológica

sem grana não dáForam desenvolvidas outras atividades nas escolas a fim de conscientizar os alunos

Como parte das comemora-ções do Dia Mundial da Água (22 de março), Itariri realizou a 2ª Semana da Água para mostrar a importância do uso racional da água. Houve uma caminhada ecológica com 66 crianças do 5º ano, além de professores, monitores e auto-ridades, que margeou os rios das Pedras e do Azeite. Duran-te o passeio educativo foram realizadas palestras sobre sus-tentabilidade por profissionais de diversas áreas.

A presidente do Conselho

vingar a 2ª Semana da Água, Soares comemorou o sucesso final: “ano passado não pude-mos fazer a atividade comple-ta da Semana da Água porque choveu, então apenas debate-mos nas salas de aula e dis-tribuímos o material, já este ano a semana teve muito êxi-to, apesar do pouco dinheiro para se trabalhar com o meio ambiente em Itariri”. Ao final da caminhada, um técnico da Sabesp realizou uma palestra a respeito da importância do tratamento da água.

ro. Na época, José Ferreira Franco comprou terras perto da estação ferroviária e sur-giram as primeiras casas do povoado. Em 1925, foi cons-truída a Capela de São Bene-dito, hoje patrimônio histórico do município. A escolha do padroeiro se deu em home-

nagem ao doador do terreno, Benedito Muniz. Atualmente, a padroeira da cidade é Nossa Senhora do Monte Serrat.

Para a educação dos mo-radores e desenvolvimento do vilarejo, em junho de 1936 é criada a primeira escola, o Gru-po Escolar de Itariri. A estação

ferroviária recebeu então o nome de Itariry e se tornou po-pular. Em 1938, sob administra-ção de Itanhaém e jurisdição de Santos, o núcleo é elevado à ca-tegoria de vila. Em 1945 a pri-meira tentativa de emancipação é frustrada devido aos impostos arrecadados serem baixos para

se considerar uma cidade. Há, então, a fundação da So-ciedade Amigos de Itariri, em 1948, embrião da emancipa-ção do município, alcançada em 24 de dezembro de 1948 com a aprovação da Lei nº 233, que elevou Itariri à cate-goria de município.

Em 1º de janeiro de 1949, o presidente da Câmara Mu-nicipal de Itanhaém, Octacílio Dantas, realiza sessão solene de instalação do município. Três meses depois, é feita a primeira eleição para escolha de prefeito e vereadores da ci-dade. O vitorioso foi José de Almeida Siqueira, primeiro prefeito de Itariri. Sua posse e a dos vereadores foi dia 9 de abril de 1949. Desde então, comemora-se o aniversário de Itariri nessa data.

Municipal de Meio Ambiente, Ana Maria Soares destacou que a semana foi importante para elevar a consciência eco-lógica dos estudantes. Com muitas dificuldades para fazer

O diretor de Meio Ambien-te de Itariri, Paulo Rodrigues Andrade, lembra a dificuldade de realizar atividades ligadas ao meio ambiente: falta di-nheiro “O orçamento é zero. Dependemos dos amigos – para o empréstimo de um car-ro, de um ônibus, contribuição financeira. E do engajamen-to de outros departamentos, como Turismo e Educação.”

O diretor destaca a atuação

do governo paulista como de-sestimulante nas políticas de meio ambiente em Itariri. “Ele não incentiva, está sempre ausente. O recurso é mínimo. Como no caso da construção do aterro sanitário, a CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) apa-receu aqui para nos autuar. Eles não aparecem para dar apoio aos projetos ambientais do Vale do Ribeira.”

div

ulG

aç

ão

Ma

ur

o r

aM

os

8 Itariri

foto síntese – cara do macaco

Ma

ur

o r

aM

os

Palavras cruzadasPalavras cruzadas

respostas

Palavras cruzadas

sudoku

As mensagens podem ser enviadas para jornalba@redebrasilatual.com.br ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

vale o que vier

horizontal – 1. Diz-se de pessoa que gosta de contar vantagens ou de mentir para se promover 2. Som, ruído; Impor silêncio 3. Traço ou caminho sem desvios ou curvas; Ordem dos Advogados 4. Clarear 5. Recobre o corpo das aves 6. Cidade da Hungria; Oitavo mês do ano 7. Cachorro; Três vezes; Ala de um exército 8. Segundo a psicanálise freudiana, um dos três componentes estruturais básicos da psique; Argola; (Abrev.) Cruzeiro 9. Veia do coração; Elemento químico de número atômico 53 10. Casas humildes.

vertical – 1. Incidente, aventura, fato imprevisto ou palpitante 2. Diz-se de motor em alta rotação 3. Que não dá espaço a contestações; Iniciais de Roberto Carlos 4. Aia; Registro escrito do que ocorreu em uma sessão 5. Antes de Cristo; Na retaguarda 6. Instrumento muito usado no campo; Indivíduo de pele escura 7. Primeira letra do alfabeto grego; Expressão de saudação; Instituto de Biociências 8. Contração do pronome te e do pronome a; Qualquer quadrúpede usado na alimentação humana; O colorido predominante em um corpo 9. Anel, argola; O tempo que vai do meio-dia até anoitecer 10. Que demonstra muita crueldade.

sudoku

476825139195347826823196754738451962564289317912673548257934681649518273381762495

4 6 8 5 1

8 3 1 9 5

7 4 1 2

5 7

9 6 3 8

5 3 4 6 1

1 7 2 4 5

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

Palavras cruzadas

PARlAPATAOECOCAlARRETAFOAIluMINARTPENAEERERDAgOSTOCAOTRIAzIDAROCRAORTAIODOSCASEBRES