28
NOTICIÁRIO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA RECONHECIDA DE UTILIDADE PÚBLICA PELA LEI Nº 936 DE 15/09/1959 JORNAL BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA Nº 148 - NOV-DEZ - 2011/JAN - 2012 Um congresso para guardar no coração Programação científica abrangente e gran finale no Parque Lage aguardam participantes 2012: 90 ANOS DA SBO D urante os três dias do XVII Congresso In- ternacional, palestrantes (mais de 250 na- cionais e16 internacionais já confirmados) e par- ticipantes vão comemorar os 90 anos de funda- ção da Sociedade Brasileira de Oftalmologia com muita alegria e festa. Este é o compromisso do presidente Aderbal Alves Jr., cumprindo promessa feita no dia de sua posse, em 8 de janeiro de 2011, apostando na recu- peração econômica do Rio de Janeiro, sede da enti- dade, fundada em 6 de setembro de 1922. Com a grade científica quase pronta, abran- gendo praticamente todas as 15 subespecialidades da oftalmologia, e a confirmação da realização da festa de encerramento no Parque Lage, no pala- cete que pertenceu ao empresário Henrique Lage, construído na década de 1920, Aderbal Alves Jr. e as Comissões Organizadora e Científica do en- contro garantem: vai ser “um congresso para guar- dar no coração”. EDITORIAL, PÁGINAS 2 E 3 “Cirurgia vitreorretiniana”, tema do Relatório Anual Prof. João Alberto Holanda de Freitas, de Cam- pinas (SP), um dos associados da SBO que colaborou na re- forma do auditório em 2010, patrono de uma das poltronas, que leva seu nome, apresen- tou o Relatório Anual no dia 17 de novembro passado. Antes da apresentação, Aderbal Alves Jr. fez um balan- ço do primeiro ano de sua ges- tão à frente da Sociedade Brasi- leira de Oftalmologia, quando comemorou a entrada de novos sócios, principalmente residentes e re- cém-formados, uma das metas da dire- toria do biênio 2011-2012. “Cirurgia vitreorretiniana” tema Aderbal Alves Jr., prof. João Alberto Holanda de Freitas, Juliana Bohn Alves, Mário Motta, Gilberto dos Passos, Eduardo Morizot, Ricardo Japiassú, Marcus Safady, Rodrigo Pegado e Armando Crema após a apresentação do Relatório Anual, no auditório da sede da SBO Festival de Vídeos da ASCRS: dicas do presidente no I.Corner da conferência do prof. João Alberto Holanda de Freitas, está na Seção Bra- sil desta edição do Jornal Brasileiro de Oftalmologia. PÁGINAS 9 E 14 Em entrevista a Liliana Werner para o International Corner, William Fishkind, presidente do Festival de Vídeos da ASCRS, anuncia as novida- des para 2012, entre as quais destaca-se a participação de todos os congressistas na escolha do melhor vídeo do evento. O Festival já premiou vários brasi- leiros e William Fishkind fala sobre as qualidades que um vídeo científico deve ter, além de abordar seus estu- dos sobre a cirurgia de catarata com o femtosecond, uma de suas áreas de in- teresse e pesquisa. PÁGINA 15 Juízes do Festival de Vídeos da ASCRS, em San Diego, 2011: da esquerda para a direita: Kenneth Rosenthal, Spencer Thornton, William Fishkind, John Vukich (juiz principal), Mark Blecher, Nicole Fram, Thomas John, Liliana Werner e Amar Agarward (juiz internacional convidado) Durante o XVII Congresso Inter- nacional será lançado o livro “Socie- dade Brasileira de Oftalmologia- 90 anos de história”, de João Diniz, as- sessor da diretoria. Com farta docu- mentação e fotografias, muitas inédi- tas, resultado de uma pesquisa que o levou aos primórdios da prática oftalmológica no Brasil, João Diniz amplia o trabalho iniciado com a publicação de sua coluna Tempo e Memória no JBO. João Diniz lança livro sobre a SBO Estefan Radovicz Liliana Werner

JORNAL BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA - .: Portal da SBO ... · À direita, Gilberto dos Passos, ... zada em nível nacional, um mutirão des- ... rico Brasileiro, fundada pela cantora

  • Upload
    dohuong

  • View
    229

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

NOTICIÁRIO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA

RECONHECIDA DE UTILIDADE PÚBLICA PELA LEI Nº 936 DE 15/09/1959

JORNAL BRASILEIRO

DE OFTALMOLOGIANº 148 - NOV-DEZ - 2011/JAN - 2012

Um congresso para guardar no coraçãoProgramação científica abrangente e gran finale no Parque Lage aguardam participantes

2012: 90 ANOS DA SBO

Durante os três dias do XVII Congresso In-ternacional, palestrantes (mais de 250 na-

cionais e16 internacionais já confirmados) e par-ticipantes vão comemorar os 90 anos de funda-ção da Sociedade Brasileira de Oftalmologia commuita alegria e festa.

Este é o compromisso do presidente Aderbal

Alves Jr., cumprindo promessa feita no dia de suaposse, em 8 de janeiro de 2011, apostando na recu-peração econômica do Rio de Janeiro, sede da enti-dade, fundada em 6 de setembro de 1922.

Com a grade científica quase pronta, abran-gendo praticamente todas as 15 subespecialidadesda oftalmologia, e a confirmação da realização da

festa de encerramento no Parque Lage, no pala-cete que pertenceu ao empresário Henrique Lage,construído na década de 1920, Aderbal Alves Jr.e as Comissões Organizadora e Científica do en-contro garantem: vai ser “um congresso para guar-dar no coração”.

EDITORIAL, PÁGINAS 2 E 3

“Cirurgia vitreorretiniana”,tema do Relatório Anual

Prof. João AlbertoHolanda de Freitas, de Cam-pinas (SP), um dos associadosda SBO que colaborou na re-forma do auditório em 2010,patrono de uma das poltronas,que leva seu nome, apresen-tou o Relatório Anual no dia17 de novembro passado.

Antes da apresentação,Aderbal Alves Jr. fez um balan-ço do primeiro ano de sua ges-tão à frente da Sociedade Brasi-leira de Oftalmologia, quandocomemorou a entrada de novossócios, principalmente residentes e re-cém-formados, uma das metas da dire-toria do biênio 2011-2012.

“Cirurgia vitreorretiniana” tema

Aderbal Alves Jr., prof. João Alberto Holanda de Freitas,Juliana Bohn Alves, Mário Motta, Gilberto dos Passos,Eduardo Morizot, Ricardo Japiassú, Marcus Safady,Rodrigo Pegado e Armando Crema após a apresentaçãodo Relatório Anual, no auditório da sede da SBO

Festival de Vídeos da ASCRS:dicas do presidente no I.Corner

da conferência do prof. João AlbertoHolanda de Freitas, está na Seção Bra-sil desta edição do Jornal Brasileiro deOftalmologia. PÁGINAS 9 E 14

Em entrevista a Liliana Werner parao International Corner, WilliamFishkind, presidente do Festival deVídeos da ASCRS, anuncia as novida-des para 2012, entre as quais destaca-sea participação de todos os congressistasna escolha do melhor vídeo do evento.

O Festival já premiou vários brasi-leiros e William Fishkind fala sobreas qualidades que um vídeo científicodeve ter, além de abordar seus estu-dos sobre a cirurgia de catarata com ofemtosecond, uma de suas áreas de in-teresse e pesquisa. PÁGINA 15

Juízes do Festival de Vídeosda ASCRS, em San Diego,2011: da esquerda para a

direita: Kenneth Rosenthal,Spencer Thornton, William

Fishkind, John Vukich (juizprincipal), Mark Blecher, Nicole

Fram, Thomas John, LilianaWerner e Amar Agarward (juiz

internacional convidado)

Durante o XVII Congresso Inter-nacional será lançado o livro “Socie-dade Brasileira de Oftalmologia- 90anos de história”, de João Diniz, as-sessor da diretoria. Com farta docu-mentação e fotografias, muitas inédi-

tas, resultado de uma pesquisa que olevou aos primórdios da práticaoftalmológica no Brasil, João Dinizamplia o trabalho iniciado com apublicação de sua coluna Tempo eMemória no JBO.

João Dinizlança livro

sobre a SBO

Estefan Radovicz

Liliana Werner

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia

Aderbal Alves Jr.*

Mudança no estatuto da SBOpara reforçar perfil nacional

PÁGINA PÁGINA

2

O ano de 2012 será muito impor-tante para a SBO. Venho me empenhan-do para que seja renovador, quase revo-lucionário. Acredito que estamos em ummomento único tanto em relação à cida-de do Rio de Janeiro, nossa sede, quan-to à definição do papel e do espaço daSBO na oftalmologia brasileira atual.

São 90 anos de uma rica história deensino, defesa de classe, campanhas decunho social e importância econômicadentro da nossa especialidade. Todavia,os tempos mudaram e nós precisamosenxergar e nos adaptarmos à realidadeatual. Como inserir a SBO em um ca-lendário com as sociedades desubespecialidades, o CBO e os excep-cionais congressos universitários, queatraem e concentram grande parte dosinvestimentos da indústria?

Buscamos e temos nossas respostas,e elas virão em 2012. Propomos mu-danças estatutárias que reforçarão o per-fil nacional da SBO, como obrigação derodízio de estado para presidentes a se-guir da próxima gestão. Serão cinco vice-presidentes regionais, sem a obrigaçãode um vice do Rio, teremos um conse-lho consultivo com mais poder e umsecretario geral com função gerencial.

Outras medidas, também visandoa renovação vêm com o sócio-residen-te, ampliação do período de sócio aspi-rante e anuidades de baixo custo.Estamos alinhados, a atual diretoria enosso candidato à próxima gestão,Marcus Safady, em defender congres-sos gratuitos para os sócios em dia comas anuidades e congressos nacionais forada cidade-sede da SBO, Rio de Janei-ro, além de ampliar a presença da SBOpelo Brasil, seja com eventos ou comcursos via internet. Para tanto, aindaneste ano vamos inaugurar nosso sis-tema de vídeo-conferência, que nos per-mite reunião simultânea com 10 pes-soas e transmissão on-line para todo o

país, através de nosso site, das ativida-des educacionais da SBO.

Nosso congresso internacional,além de gratuito para os sócios, teráuma série de eventos comemorativos,como a divertida “Você é Show 2”, es-paço onde inúmeros oftalmolologistasmostram seus talentos musicais, e umafesta de gala, que será oferecida comconvites de valor subsidiado. Mas aten-ção, como haverá um número limitadode convites, recomendamos adquirí-losassim que forem disponibilizados.

Conseguimos também um ambi-ente de negócios diferente, um “FeirãoSBO”, onde um banco financiará com-pras a taxas interessantes, previamentenegociadas e divulgadas pelo site da So-ciedade e pelo Jornal Brasileiro de Of-talmologia (JBO).

O encontro dos ex-residentes e pós-graduandos no pré-congresso promete tra-zer um grande número de médicos queparticiparam dos nossos cursos e eventos.

Para marcar os 90 anos da SBO, 70anos da Revista Brasileira de Oftalmolo-gia (RBO), 25 anos do Jornal Brasileirode Oftalmologia (JBO), e 40 anos doPrêmio Varilux teremos também umPré- Congresso de Refração e lançaremosum livro com a história da SBO e daoftalmologia brasileira, escrito pelo nos-so querido, e embora garoto, testemu-nha de grande parte deste tempo, JoãoDiniz, lamentavelmente botafoguense.

O ano de 2012 promete... Pague aanuidade. Convença um amigo a se tor-nar sócio. É fácil, basta acessar nossoportal (www.sboportal.org.br). E venhaparticipar deste momento histórico noXVII Congresso Internacional da Soci-edade Brasileira de Oftalmologia, de 28a 30 de junho, no Royal Tulip Rio deJaneiro (ex-InterContinental Rio).

*Presidente da SBO

Como melhorar atuais índices de deficiênciavisual da população brasileira?

Dados do Censo do IBGE de 2010,recentemente divulgados, mostram que20% da população brasileira apresentamalgum tipo de problema visual. É a maiorpercentagem de deficiência física no país.

Na coluna Opinião, o vice-presidente

Marcus Safady analisa estes resultados eapresenta algumas soluções, enfatizandoque sempre é possível melhorar essa esta-tística, ressaltando a disposição da classeoftalmológica brasileira em “fazer a suaparte”. PÁGINA 5

X Congresso de Oftalmologia do HFSEtem I Mutirão Científico Assistencial

À direita, Gilberto dos Passos, chefe do Serviçode Oftalmologia do HFSE, com EduardoDamasceno, durante curso teórico

Inscritos tiveram aulas teóricas e práticas nosdias 10 e 11 de novembro, no próprio Serviçodo HFSE

O Hospital Federal dos Servidores doEstado (HSFE) promoveu, dentro da cam-panha “Viver-Porque Ver é Viver”, reali-zada em nível nacional, um mutirão des-tinado a examinar pacientes da 3ª idade edetectar a retinopatia diabética e degene-ração macular relacionada à idade (DRMI).

O I Mutirão Científico Assistencial;Transferência de Habilidade em Retina eSegmento Anterior, realizado durante oX Congresso de Oftalmologia do HFSE,

XVI Jornada do Hospital da Piedadehomenageia Yoshifumi Yamane

Gilberto dos Passos e Marcos Mattos, daSociedade Brasileira de Oftalmologia, quecolaborou no Mutirão

Em pé, Lucino Odorizzi, do Lions Clube do Riode Janeiro, entidade sempre presente nasiniciativas do HFSE

XVI Jornada Oftalmológicado Hospital Municipal da Pi-edade/Universidade Gama Fi-lho, realizada em colaboraçãocom a Sociedade Brasileira deOftalmologia, nos dias 18 e 19de novembro de 2011, reuniupalestrantes de Minas Gerais,Paraná, São Paulo e DistritoFederal, além do Rio de Janei-ro. Na ocasião foi prestada umahomenagem ao ex-presidenteda SBO, Yoshifumi Yamane,que também chefiou o Serviçode Oftalmologia do Hospital.Páginas 19 e 25

também ofereceu aos residentes de retina,curso teórico e prático de oftalmoscopiaindireta, angiografia, OCT, ultrassono-grafia, laser, injeções intraoculares e ci-rurgia (vitrectomia).

Os inscritos na opção segmento ante-rior tiveram aulas práticas de tomografiae microscopia especular corneana, práticaem anel estromal e cross link, cirurgiasao vivo de facectomia com implantes e ci-rurgia experimental com orientação.

Yoshifumi Yamane, quinto da esquerda para a direita, comGiovanni Colombini (chefe do Serviço de Oftalmologia doHospital Gaffrée e Guinle), Armando Crema, João Diniz,A. Duarte, Sérgio Meirelles e Riuitiro Yamane

Divulgação e Marcos Mattos

Divulgação

Confira ........................................... 2

Editorial .......................................... 2

XVII Congresso Internacional

da SBO .......................................... 3-4

Opinião .......................................... 5

Oft@lmonline ................................. 6

Fundo de Olho .............................. 6

Fique por Dentro da SBO ............. 9

Fecooeso ...................................... 10

Necrológio ..................................... 12

A Visão da Justiça ........................ 12

Conta-Gotas .................................. 13-19-21

Seção Brasil .................................. 14

International Corner ...................... 15

Tempo e Memória ......................... 16

X Congresso de Oftalmologia

do HFSE ........................................ 22

Uaderj ............................................ 24

Na Estante ..................................... 24

XVI Jornada da Piedade ............... 25

Centenário prof. Hilton Rocha ...... 25

Calendário de Eventos .................. 26

Olho Vivo ....................................... 26

Expediente ..................................... 26

3

Você não pode perder os 90 anos da SBO!Celebre conosco. Alie trabalho à diversão, cercado das belezas naturais e históricas da Cidade Maravilhosa

O Parque Henrique Lage é um par-que público da cidade do Rio de Janei-ro, localizado aos pés do Morro do Cor-covado, à Rua Jardim Botânico. Possuiuma área com mais de 52 hectares e foitombado pelo Instituto do PatrimônioHistórico e Artistico Nacional (Iphan),em 14 de junho de 1957, comopatrimônio histórico e cultural da cida-de do Rio de Janeiro. Lá funciona hojetambém a Escola de Artes Visuais doParque Lage.

Sede da festa dos 90 anos da Socieda-de Brasileira de Oftalmologia, o ParqueLage abriga uma das mais belas cons-truções do início do século XX, palcode magníficas festas e saraus musicais,organizados pela Sociedade do Teatro Lí-rico Brasileiro, fundada pela cantora lí-rica italiana Gabriella Bezanzoni Lage.

A construção original foi o Enge-nho de Açúcar Del Rei, que ficava às mar-gens da Lagoa Rodrigues de Freitas. Em

São 90 anos da Sociedade Brasileira deOftalmologia, a terceira mais antiga dasAméricas, e o XVII Congresso Interna-

cional, que se realiza de 28 a 30 de junho de2012, no Royal Tulip Rio de Janeiro (anti-go InterContinental) vai comemorar o even-to em grande estilo.

Além dos 90 anos da entidade, vamos brin-dar aos 70 anos da Revista Brasileira de Oftal-mologia, 25 do Jornal Brasileiro de Oftalmolo-gia e 40 anos do Prêmio Varilux. São as nossasmarcas, nosso legado, devidamente registradosno livro que será lançado na ocasião.

A história dos 90 anos da Sociedade Bra-sileira de Oftalmologia se confunde com ahistória da oftalmologia brasileira. O Rio deJaneiro, cidade-sede da SBO, vive um mo-mento muito especial. É a síntese do Brasilque está dando certo. E é para esta CidadeMaravilhosa, que as Comissões Organizadorae Científica do XVII Congresso Internacionalconvidam você, amigo, colaborador, parceiro.

As comemorações já começam na hora dainscrição: até 30 de março sócio, sócio aspi-rante ou sócio residente, em dia com a anui-dade, tem inscrição gratuita. É um presentepara todos que ajudaram e ajudam a cons-truir a entidade, fortalecendo a Casa do Of-talmologista Brasileiro.

No palacete do Parque Lage, a grande festa1809, a fazenda foi comprada e total-mente remodelada pelo paisagista inglêsJohn Tyndale, que imprimiu todo o ro-mantismo encontrado nos parques daInglaterra.

Na década de 1920, a chácara foi com-prada pelo armador Henrique Lage, queconstruiu a mansão para sua mulher, acantora lírica Gabriella Bezanzoni.

Projetada pelo arquiteto italiano Má-rio Vodrei, obedecendo à vontade e o es-tilo de Gabriella, o seu interior recebeumármores, azulejos e ladrilhos impor-tados da Itália e as pinturas decorativasdos seus salões são assinadas por Salva-dor Paylos Sabaté.

No centro do palacete, em estiloeclético, há um pátio com piscina e, emsua fachada, um pórtico bastante proe-minente. Os jardins foram concebidosgeometricamente, de acordo com agrandiosidade da mansão, de onde seavista o morro do Corcovado.

Na programação científica do encontro,cujo tema oficial é “O Olho na 3ª Idade”,praticamente todas as 15 subespecialidadesserão abordadas. Haverá debates sobre mer-cado de trabalho, oportunidades profissio-nais e de negócios no Fórum de Residência,SBO Jovem, e nos cursos da Sociedade Brasi-leira de Administração em Oftalmologia,entidade filiada à SBO, presente no XVIICongresso Internacional. No dia 27/6 have-rá o Pré-Congresso de Refração.

Na parte social prometemos surpreenderjá na sessão solene de abertura, que não serátão solene: a SBO faz 90 anos, mas tem cor-po, espírito e alma jovem. No segundo dia,a segunda edição do “Você é Show”. E noencerramento, dia 30 de junho, a cereja dobolo comemorativo: uma festa no Parque

Lage, perto do Jardim Botânico!Você não pode faltar! São mais de 250

palestrantes nacionais além da participa-ção de colegas sul-americanos e europeus.As Sociedades Argentina, Espanhola, Fran-cesa, Italiana e Portuguesa de Oftalmolo-gia (veja pg. 4) já confirmaram presença.Também deverá vir um representante daAlemanha.

Esperamos você e não deixe para se ins-crever na última hora. Garanta sua inscriçãogratuita!

Comissão Organizadora: AderbalAlves Jr., André Portes, Arlindo Portes,Eduardo Morizot, Gilberto dos Passos,Juliana Bohn Alves, Marco Antônio Alves,Marcus Safady, Oswaldo Moura Brasil,Ricardo de Almeida Neves, Ricardo Japiassú,Samuel Cukierman, Sérgio Fernandes, Sér-gio Meirelles.

Comissão Científica: Armando Crema,Eduardo Cunha, Fernando Trindade,Haroldo Vieira Moraes Jr., LeonGruenmacher, Luiz Carlos Portes, MárcioNehemy, Mário Luiz Ribeiro Monteiro,Mário Motta, Mário Nagao, Miguel ÂngeloPadilha, Newton Kara José, Patrícia Pachá,Renato Ambrósio Jr.,Rodrigo Pegado e Ta-deu Cvintal.

Um cenário paradisíaco, cercado pelas montanhas do Maciço do Corcovado, ao lado doJardim Botânico, que preservou um pouco da mata Atlântica em seu estado natural, esperaos participantes do XVII Congresso Internacional da SBO

Prainha, Recreio dos Bandeiran-tes/ Cristo Redentor (pedra funda-mental do monumento lançada em1922, estátua inaugurada em 1931)/Praia de Copacabana na década de1950 e hoje/ Fundação Oswaldo Cruz(prédio principal em estilo mouriscodata de 1900)/ Praia da Macumba,próxima à Prainha/ Pavilhão princi-pal da Exposição Internacional do Cen-tenário da Independência 1922 (anti-go Forte do Calabouço)/ PalaceteHenrique Lage (Parque Lage)/ Praiade Botafogo (1948)/ HotelCopacabana Palace (inaugurado em1923)/ Praia da Saudade (aterrada,hoje Iate Clube, na Urca)/ Surfistana praia da Barra da Tijuca

Recordar é viver, umapouco do Rio de onteme hoje nas fotos acima

Divulgação

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia4

O XVII Congresso Internacional da So-ciedade Brasileira de Oftalmologiadeve contar com pelo menos de 18 a

19 palestrantes internacionais, dos quais ape-nas os nomes dos representantes da Socieda-de Paraguaia de Oftalmologia ainda não es-tão confirmados. Também há previsão da par-ticipação de um oftalmologista alemão, in-dicado por Eberhart Zrenner, que por pro-blemas de agenda não poderá vir ao Rio emjunho.

- Teremos a presença de dois presidentesde Sociedades, Matteo Piovella e ManuelaCarmona, respectivamente, da italiana e daportuguesa, destaca Aderbal Alves Jr., presi-dente da SBO e da comissão organizadora,apontando ainda para a curva ascendente dapresença feminina: dos 16 convidados inter-nacionais confirmados, cinco são mulheres,fato raro há alguns anos!

Pela Sociedade Argentina de Oftalmolo-gia virão Amalia Ascarza, especialista emoculoplástica e vias lacrimais, e FernandoPellegrino, em infecções oculares.

Prof. José Manuel Benitez del Castillo,secretário geral da Sociedade Espanhola deOftalmologia, e David Díaz Valle abordarãotemas relativos à superfície ocular.

Claude Elmaleh, retinólogo, LaurenceDesjardins e Solange Milazzo, especialistas emoftalmopediatria, compõem a delegação fran-cesa, indicada pelo presidente da SociedadeFrancesa, Jean-François Korobelnik, a pedido

de Mário Nagao, da comissão científica.A Sociedade Italiana de Oftalmologia es-

tará representada pelo presidente MatteoPiovella (expert em catarata), o secretário ge-ral, Teresio Avitabile (retinólogo), mais trêscolegas: Dimitri Dementiev ( faco, lentesintraoculares e cirurgia refrativa), Luca Gualdi(cirurgia refrativa), Maurizio Uva (glaucoma).

Matteo Piovella e Dimitri Dementievtambém participaram do congresso interna-cional de 2010 da SBO. Autor do convite àSociedade Italiana, Miguel Ângelo Padilhadestacou a trajetória de Dimitri Dementiev,natural da Rússia, onde fez sua formação como prof. Svyastolav Fydorov, chegando a tra-balhar no seu instituto em Moscou. DimitriDementiev é um dos pioneiros em cirurgiarefrativa na Itália.

Manuela Carmona, que participou do XVCongresso Internacional da SBO, em 2008,volta agora como presidente da SociedadePortuguesa de Oftalmologia à frente de umadelegação com mais três colegas: Ivone Cravo,José Pedro Silva, secretário geral da entidade,e o ex-presidente (biênio 2003-2004) RuiProença, professor da Universidade deCoimbra. A presidente da Sociedade Portu-guesa é especialista em infecções oculares.Ivone Cravo, em neuro-oftalmologia, enquan-to José Pedro é expert em glaucoma/catarata/cirurgia refrativa. Rui Proença dedica-se prin-cipalmente a infecções e tumores oculares, alémde cirurgia da catarata.

Já confirmados 16 palestrantes internacionaisMaiores delegações são das Sociedades Italiana, Portuguesa e Francesa de Oftalmologia

Palestrantes internacionais: fotos de 15 conferencistas confirmados

Entrega do 40º Prêmio Variluxserá na abertura do CongressoRepetindo uma tradição

nos congressos da SociedadeBrasileira de Oftalmologia, nodia 28 de junho, durante a ses-são solene de abertura do XVIICongresso, haverá a entrega do40º Prêmio Varilux, a maiorpremiação da oftalmologiabrasileira, com a presença dadiretoria da Essilor.

Serão premiados Trabalhos de Expe-rimentação Científica em duas categori-as: “Prêmio Máster”, destinado a concor-rentes formados em medicina há 10 anosou mais; “Prêmio Sênior”, para concor-rentes formados há menos de 10 anos,inclusive para os coautores, quando of-talmologistas.

Para Trabalhos de Pesquisa Clínica:Refração, o “Prêmio Incentivo à PesquisaClínica” não tem limite de tempo de for-mado, mas obrigatoriamente o trabalhodeverá versar sobre assuntos na área darefração.

Concorrem às três catego-rias os trabalhos entregues até31 de dezembro de 2011. Ojulgamento é feito em apreci-ação separada pela comissão detrês oftalmologistas de dife-rentes estados do país, escolhi-dos pelo presidente da SBO.Em caso de empate, em qual-quer um dos prêmios, será fei-

to um segundo escrutínio entre os empa-tados. Persistindo o empate, caberá o prê-mio ao de menor idade.

O prêmio para o vencedor de cadauma das categorias consta de uma passa-gem aérea de classe executiva para Paris.Cada passagem será oferecida ao médicooftalmologista vencedor, devendo ser uti-lizado pelo próprio até dezembro de2013. Também terá oportunidade de vi-sitar um laboratório da Essilor em Paris.Os trabalhos poderão ser publicados pelaEssilor ou pela Revista Brasileira de Of-talmologia (RBO).

Manuela CarmonaPortugal

Ivone CravoPortugal

Rui PortoPortugal

José Pedro SilvaPortugal

Laurence DesjardinsFrança

Claude ElmalehFrança

Solange MilazzoFrança

Amalia AscarzaArgentina

Matteo PiovellaItália

Teresio AvitabileItália

Dimitri DementievItália

Maurizio UvaItália

Luca GualdiItália

José Manuel Benitezdel Castillo - Espanha

David Díaz ValleEspanha

5

Marcus Safady*

Censo 2010 revela que problema visualé a deficiência física mais prevalente no Brasil

Recentemente tivemos a divulgaçãodos resultados do Censo IBGE – 2010com uma informação que chama nos-sa atenção: quase 20% da populaçãoapresenta algum tipo de problema visu-al, entre leve, moderado e severo. É con-siderada a maior percentagem de defi-ciência física no país. Dentro deste to-tal, certamente existe um grande nume-ro de situações que poderiam ser re-vertidas por um exame oftalmológicocompleto e respectivo tratamento. Acorreção das ametropias e a catarataestão entre as causas mais comuns des-sas deficiências e poderiam sercorrigidas com uma politica de saúdeocular mais abrangente.

A primeira impressão que o resulta-do do censo pode induzir é a de que aassistência oftalmológica no Brasil não éeficaz. Entretanto, uma simples análisedos números atuais mostra que o pro-blema do elevado índice de deficientesvisuais em nosso país, não tem nenhu-ma relação com o trabalho do médicooftalmologista. Somos hoje perto de15.000 oftalmologistas. Se adotarmos as

orientações da OMS, quanto ao tempode duração de uma consulta médica, queé de 20 minutos, teríamos a capacidadefinal de 72 milhões de consultasoftalmológicas/ ano, com 20 dias de tra-balho/ mês. Esta capacidade permitiriaexaminar toda a população do país a cadatrês anos, o que sabemos é uma médiamais do que suficiente.

Porque então, este grande número dedeficientes visuais? Sabemos que hojequase 50 milhões de brasileiros têm aces-so a um plano de saúde privado. Restari-am 150 milhões de pessoas para o siste-ma público, que tem 5.700 oftalmologis-tas envolvidos no atendimento. Seguin-do os cálculos acima, a capacidade dosetor publico hoje seria de aproximada-mente 25 milhões de consultas/ ano, parauma necessidade de 50 milhões / ano.Entretanto, segundo dados do Ministerioda Saúde, em 2005 foram realizados so-mente 7,8 milhões de consultasoftalmológicas no SUS.

Onde esta o problema então? A res-posta a essa pergunta está na oferta deassistência oftalmológica na rede públi-

ca de saúde. Temos hoje, certamente,uma das melhores assistências públicasem oftalmologia nos serviços universi-tários, instalados por todo o Brasil. Alémdisso, temos os serviços conveniadoscom o SUS, que tambem prestam esteserviço em um nível de qualidade muitobom. O problema é simplesmentelogístico. A rede instalada não é capazde atender a toda população. Enquantoque mais de 90% dos 5.565 municípiosbrasileiros têm uma politica de saúde pró-pria com rede de assistência, menos de20% destes municípios têm assistênciaespecializada, entre elas a oftalmologia.Bastaria ao poder público municipal equi-par suas estruturas com material de exa-me oftalmológico e contratar médicosoftalmologistas para resolver rapidamen-te esse problema. Outra opção seria ocredenciamento de consultórios, clínicas,hospitais de oftalmologia, presentes emmais de 80% dos municípios brasileiros,para fazer frente a esta demanda.

Porém, esta seria uma opção maiscustosa para o governo, apesar de maiságil. Com um preço aproximado de

R$14,00 (quatorze reais) por consulta,cada milhão de pacientes atendidos ge-raria um custo de R$14.000.000(quatorze milhões de reais). Com a ca-pacidade de quase 10 milhões de con-sultas / ano no SUS, precisaríamos deum reforço de 20 milhões de consultas/ ano, para atingir toda a população de-pendente do SUS em cinco anos. Estamosfalando de um orçamento deR$280.000.000 (duzentos e oitenta mi-lhões) / ano. Certamente, equipar a redede saúde existente é bem menos custosopara o governo, mesmo acrescendo ovalor do salário do médico e os custosindiretos por essa nova estrutura.

Portanto, vemos que, seja qual for ocaminho escolhido, é possivel melhorarem muito o nível de assistênciaoftalmológica no país, e diminuir essaestatística preocupante de deficiência vi-sual. É necessário que o poder públicoanalise os resultados do censo e prepareuma estratégia para transformar a situção.A classe oftalmológica brasileira estapronta para fazer a sua parte.

*Vice-presidente da SBO

Novembro - Dezembro - 2011/Janeiro - 2012

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia6

Adoção do prontuário eletrônico ainda é polêmicoPatrícia Correa Mello Araújo*

A medicina passou por diversas transformações ao longo dos últimos anos.A maioria delas relacionada ao cres-

cente progresso tecnológico e à dissemina-ção de informação através da internet.

Numerosas e inegáveis são as vanta-gens do progresso tecnológico para o meiomédico. Porém, se não implantadas com pon-deração e respeito às questões éticas e legais,podem vir a afetar o equilíbrio da relaçãomédico-paciente, ameaçando questões comoa do sigilo, servindo apenas como um con-trole de custo, ao invés de melhorar a quali-dade do atendimento.

Os principais pontos da informatizaçãona área médica são

1- Os métodos terapêuticos e diagnósti-cos através de sistemas informatizados.

2- O uso da internet na pesquisa médica;medicina baseada em evidência.

3- O uso de computadores para o atendi-mento médico (prontuário eletrônico).

A questão relacionada ao prontuário ele-trônico é a mais polêmica, devido ao im-pacto direto que causa na relação com opaciente.

O uso do prontuário eletrônico, entre-tanto, tem alguns benefícios inegáveis, prin-cipalmente na postura do médico frente aouso da informática, tais como: armazenamentode fotos, filmes e exames; levantamento ágilde dados de seus pacientes pelo próprio mé-dico, comparando-os com dados estatísticos;prescrição com letras legíveis, e comotimização do tempo; pesquisa a sites eletrô-nicos, captura automática de dados; seguran-ça no armazenamento; flexibilidade delayout; integração com outros sistemas deinformação; e acesso simultâneo a várias par-tes do mundo.

Em contrapartida, as desvantagens são:investimento de hardware e software; treina-mento dos usuários; riscos de sabotagens; fa-lhas nos sistema de internet. Geralmente, oprontuário de papel é mais facilmente carre-gado, possui liberdade total de estilo e nãorequer treino.

Como o prontuário médico deve contertoda a história pregressa relacionada ao trata-mento realizado por profissional de saúde àqual se sujeitou uma pessoa (paciente), aobrigatoriedade da formulação de prontuá-rio para cada paciente traz consigo não só a

obrigação de documentação, mas também deinformações de todos os fatos evidenciadosdesde o diagnóstico, tratamento até a alta,preservando-se o sigilo de informação, ain-da que eletrônico.

Pode-se, assim, afirmar que, como regrabásica, a eficácia do relacionamento entremédicos, demais profissionais de saúde, e opaciente está no poder de informar, que deveperdurar por todo o tratamento e, porque nãodizer, por toda a vida, já que a informaçãoexpressa na relação pessoa/pessoa fica regis-trada e sob guarda profissional.

Como dispõem os artigos 69, 70 e 108do CEM (Código de Ética Médica), sob aResolução nº 1.331/89 do CFM (ConselhoFederal de Medicina), a guarda do prontuá-rio é por tempo indeterminado. Mas apósdez anos pode ser substituído por registrosresumidos, desde que se permita fornecimen-to de dados elucidativos ao interessado.

A Resolução CFM nº 1 1.639/2002,que aprova as “Normas Técnicas para o Uso deSistemas Informatizados para a Guarda e Ma-nuseio do Prontuário Médico”, dispõe sobre tempode guarda dos prontuários, estabelece critérios paracertificação dos sistemas de informação e dá ou-tras providências.

Ela ratifica o artigo 6º autorizando, no caso

de digitação dos prontuários, a eliminação dosuporte de papel dos mesmos, desde que aforma de armazenamento dos documentosdigitalizados obedeça à norma específica con-tida no anexo desta Resolução. Isso se faz apósanálise obrigatória da comissão permanentede avaliação de documentos da unidade mé-dico-hospitalar geradora do arquivo. A guar-da permanente do prontuário médico arqui-vado eletronicamente deve ser em meio ópticoou magnético e microfilmado.

A mesma Resolução determina que oprontuário médico eletrônico deve estar sub-metido à integralidade e integridade de in-formação, assinatura eletrônica, qualidade doserviço, comprovação de autenticidade,auditabilidade, disponibilidade de cópia desegurança, sistema de bancos de dados, pri-vacidade, confidencialidade e a guarda.

As vantagens da informatização são inú-meras, porém é necessário saber utiliza-las demaneira adequada. Acredita-se, assim, que oprontuário médico eletrônico está muito pró-ximo de se tornar vital no cotidiano daquelesque dele se utilizam. Hoje seu uso traz polêmi-ca, dúvidas e incertezas, mas certamente os mé-dicos em futuro próximo passarão a conviverconfortavelmente com todos esses recursos.*Membro da comissão de Internet da SBO

Informatização dos consultórios é quase total, apesar da resistência ao prontuário eletrônico

Um total de 29 alunos de diferentes cur-sos de MBA da Universidade Steinbeis daAlemanha visitaram a unidade da Zeiss emPetrópolis (RJ), dentro da política de trocade experiência, proporcionada pelo InstituteBusiness Development Brazil.

Fundada em 1998, a Universidade Steibeisé reconhecida mundialmente por qualificarprofissionais através do desenvolvimento deprojetos de pesquisa decorrentes de problemaspráticos e reais O prof. Nazem Nascimento, res-ponsável pela visita, destacou a oportunidadede saber mais sobre a estratégia da empresa econhecer sua linha de produção.

Alunos alemãesvisitam unidade da

Zeiss em Petrópolis (RJ)

Essilor descontinualente Varilux Comfort®

Orma® Xperio®

Em novembro passado, a Essilor suspen-deu a produção da lente Varilux ComfortOrma Xperio, sugerindo sua substituição pelaVarilux Comfort New Edition AirwearXperio, uma evolução do design, que possuimaterial superior, com índice de refração 1,59.

A linha Airwear é produzida empolicarbonato, ideal para armações solares porapresentar maior resistência a impacto, 100%de proteção UV, maior conforto e leveza.

Bausch+ Lomblança Besivancepara conjuntivite

Recente lançamento da Bausch + Lomb,Besivance é uma suspensão oftálmica debesifloxacino 0,6%, indicada para o tratamen-to de conjuntivite bacteriana. O produto pos-sui uso adulto e infantil (acima de 12 meses).

Divulgação

Divulgação

Funcionários, representantes da Zeiss, ealunos da Universidade Steinbeis da Alemanha,na fábrica petropolitana

9Novembro - Dezembro - 2011/Janeiro - 2012

SBO teve muito a comemorar em 2011Aderbal Alves Jr destaca principais realizações em assembleia ordinária de prestação de contas

Numa pes-quisa de qualida-de realizada re-centemente (de-zembro de 2011)com os alunos do1º ano do Cursode Pós-Gradua-ção da SociedadeBrasileira de Of-talmologia emparceria com a Universidade Estáciode Sá, observou-se que 90% dosalunos aprovam o curso, com a mai-oria absoluta considerando-o bom.94,5% afirmaram que o curso pro-porcionou complementação teórica àsua formação prática. E 78% o re-comendam para os residentes e es-pecialistas.

Esses dados demonstram de for-ma objetiva a importância do cursoe de sua parceria com os serviços deoftalmologia que possuam residên-cia e especialização, e se refletem nonúmero de alunos que o iniciam acada ano. A segunda turma teve odobro de alunos da primeira, envia-dos por mais de 10 serviços dife-rentes de ensino oftalmológico noRio de Janeiro. É esperado para aterceira turma, que se inicia em2012, um aumento de aproximada-mente 30 % em relação ao númeroatual de alunos.

No ano de 2011 promovemosuma série de palestras na maioria dasdisciplinas ministradas com convi-dados de todo o Brasil, o que semdúvida aumentou o diferencial docurso e a excelência da programação.Fica o nosso agradecimento aos pro-fessores: Mario Luiz RibeiroMonteiro, Frederico Castelo Moura,Carlos Alexandre Garcia, DanielKamlot, Gildo Fuji, Emerson Cas-tro, Susana Matayoshi, Carlos Sou-za Dias, entre outros.

Está programado para 18 de ja-neiro o I Conselho Acadêmico daDiretoria de Cursos com os coorde-nadores de disciplinas para discus-são e balanço do ano de 2011 e so-bre o estabelecimento de diretrizese metas para 2012. Dentre os as-suntos abordados um maior rigorpara o horário docente, a necessida-de de confecção de um material teó-rico didático para o acompanhamentosimultâneo das aulas por disciplinae programas de complementação prá-tica. O esforço da atual Diretoria deCursos é feito por meio de um pro-cesso contínuo de organização eestruturação de qualidade.

*Diretor de cursos da SBO

No dia 17 de novembro de 2011, noauditório da sede da Sociedade Brasileira deOftalmologia, em assembleia ordinária, cum-prindo norma estatutária, Aderbal Alves Jr.prestou contas do primeiro ano de sua ges-tão, iniciada em 8 de janeiro.

Otimista com os resultados do primeiroano do seu biênio, o presidente da Sociedadeagradeceu o empenho da diretoria, destacan-do o fato da entidade completar 90 anos em 6de setembro de 2012, “em pleno vigor”, cheiade projetos e com um aumento significativode associados, graças às campanhas promovi-das entre a nova geração de oftalmologistas.

- Toda sociedade precisa se revigorar con-tinuamente e é isto que estamos buscando nanossa gestão, procurando novos canais de re-lacionamento, aproveitando as oportunida-des oferecidas pelas redes sociais como oFacebook, mas sem nunca perder de vista ocontato “olho no olho” propiciado pelosnossos congressos.

Ao enumerar algumas realizações de2011 (a íntegra da prestação de contas estádisponível na seda da SBO), Aderbal AlvesJr. citou, entre os eventos técnico-científicos,sempre concorridos, os dois cursos de educa-ção médica continuada, 10 sessões extraordi-nárias, com a colaboração de Serviços de Of-talmologia, além do curso de pós-gradua-ção, que em 2011 teve a participação de 12convidados especiais.

A inauguração do consultório de lentesde contato para residentes,em parceria com a

Soblec, foi outra realização destacada porAderbal Alves Jr., que ainda listou na áreade aprimoramento científico, o VI Congres-so Nacional e a IV Jornada de Oftalmologiado Sul de Minas. A SBO participou do 117ºCongresso da Sociedade Francesa de Oftal-mologia e do 9º Congresso Internacional daSociedade Italiana de Oftalmologia.

Com o apoio do Lions e da Abrag-RJ, aSBO promoveu três campanhas de glaucoma,além de outras duas só com a Abrag-RJ. Par-ticipou também das atividades relacionadasao Dia Mundial do Diabetes, com a Socieda-de Brasileira de Diabetes - Regional Rio de

A partir de 2012, transmissão ao vivodas sessões extraordinárias da SBO

90% dos alunosaprovam cursode pós da SBO

Dentre os destaques de 2011, presidente daSBO ressalta o aumento de associados,principalmente jovens oftalmologistas

Ricardo de Almeida Neves (de óculos,segunda fila), chefe do Serviço de Oftalmologiado Hospital Pedro Ernesto (Uerj)

Luiz Regis-Pacheco (Uerj) apresenta o tema“Ceratoconjuntivite epidêmica-Quando usaros não corticóides”

Morizot Leite Filho, chefe do Serviço deOftalmologia da Policlínica de Botafogo, com opresidente Aderbal Alves Jr.

Jacqueline Coblentz (Hospital Gaffreé eGuinle) aborda “OCT em doenças maculares”na 7ª Sessão Extraordinária

Atualmente os vídeos das sessões extraor-dinárias da SBO estão disponíveis na área domédico do site da Sociedade (Seleção do Mês),mas a partir de março de 2012 haverá trans-missão ao vivo destes encontros.

Nos dias 24 de setembro e 29 de outu-bro de 2011, antecedendo a apresentação doRelatório Anual, foram realizadas a 6ª e 7ªSessão Extraordinária, com a colaboração dosServiços de Oftalmologia do Hospital PedroErnesto (Uerj), Hospital Antonio Pedro(UFF), Hospital Federal da Lagoa, Policlí-nica de Botafogo, Hospital Gaffrée e Guinle(Unirio), Hospital Universitário ClementinoFraga Filho (UFRJ) e Clínica de OlhosOctávio Moura Brasil.

Na 6ª Sessão Extraordinária foramempossados pelo presidente Aderbal AlvesJr. os novos associados: Categoria Aspirante-Miriam Ronai Tosta (Rio de Janeiro-RJ);Categoria Correspondente- Luiz HumbertoTeixeira Boro (Santos-SP), José Dante BaboniJunior (São José do Rio Preto-SP), Júlio Sér-gio Viegas (Camapuã-RS).

A apresentação científica da 6ª SessãoExtraordinária, com os Serviços de Oftal-mologia do Hospital Pedro Ernesto, Hos-pital Universitário Antonio Pedro, Hospi-tal Federal da Lagoa e Policlínica deBotafogo, esteve a cargo, respectivamente,de Luiz F. Regis-Pacheco, EduardoDamasceno, Bernardo Bicharra Pinto e Bru-no Abud. Os casos clínicos foram apresen-tados por Raquel Lukchal Frauches (Uerj),Julia Bicharra Barbosa (UFF), Nelson

Capellanes (Hospital Federal da Lagoa) eMildred Cunha Gois (Policlínica deBotafogo).

Carolina do Val (Clínica de OlhosOctávio Moura Brasil, Luiza Aguiar (Hos-pital Universitáro Clementino Fraga Filho)

e Jacqueline Coblentz (Hospital Gaffrée eGuinle) apresentaram os temas livres da 7ªSessão Extraordinária, cabendo os casos clí-nicos a Carolina Villela (Clínica de OlhosOctávio Moura Brasil) e Klicia Molina (Hos-pital Clementino Fraga Filho).

Prof. João Alberto Holanda de Freitas durante aapresentação do Relatório Anual 2011, sobrecirurgias vitreorretinianas

Janeiro, Sociedade Brasileira de Retina eVítreo, União das Associações de Diabéticosdo Estado do Rio de Janeiro, e Lions Clube.

Após a assembleia de prestação de con-tas, foi apresentado o Relatório Anual 2011da Sociedade Brasileira de Oftalmologia peloprof. João Alberto Holanda de Freitas, pro-fessor livre-docente titular de Oftalmologiada Faculdade de Ciências Médicas da Saúde(FCMS)-PUC-SP, que falou sobre cirurgiasvitreorretianas, mostrando a complexidadedelas A síntese de sua apresentação está naSeção Brasil e disponível no site da SBO/área do médico.

Fotos Marcos Mattos/ Marcelo Ambe

Fotos de Estefan Radovicz

Andre Portes*

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia10

Para orientação dos médicos que trabalham comconvênios e planos de saúde, gerente administrativoda Cooeso RJ, João Fernandes, divulgou a Resoluçãonº 259 da ANS publicada em 19 de dezembro de 2011.

RESOLUÇÃO NORMATIVA - RN Nº 259,DE 17 DE JUNHO DE 2011

Legislações - ANSSeg, 20 de Junho de 2011 00:00

RESOLUÇÃO NORMATIVA - RN Nº 259, DE 17 DEJUNHO DE 2011

Dispõe sobre a garantia de atendimento dosbeneficiários de plano privado de assistência à saúdee altera a Instrução Normativa - IN nº 23, de 1º de de-zembro de 2009, da Diretoria de Normas e Habilitaçãodos Produtos - DIPRO.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Saú-de Suplementar - ANS, em vista do que dispõe os incisosII, XXIV, XXVIII e XXXVII do art. 4º e o inciso II do art. 10,ambos da Lei nº 9.961, de 28 de janeiro de 2000; e aalínea "a" do inciso II do art.86 da Resolução Normativa- RN nº 197, de 16 de julho de 2009; em reunião realiza-da em 15 de junho de 2011 adota a seguinte Resolu-ção Normativa e eu, Diretor Presidente, determino asua publicação.

CAPÍTULO I

DA DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

Art. 1º Esta Resolução Normativa - RN dispõe so-bre a garantia de atendimento dos beneficiários de pla-no privado de assistência à saúde e altera a InstruçãoNormativa - IN nº 23, de 1º de dezembro de 2009, daDiretoria de Normas e Habilitação dos Produtos -DIPRO.

CAPÍTULO II

DAS GARANTIAS DE ATENDIMENTO AOBENEFICIÁRIO

Seção I

Dos Prazos Máximos Para Atendimento aobeneficiário

Art. 2º A operadora deverá garantir o acesso dobeneficiário aos serviços e procedimentos definidosno Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANSpara atendimento integral das coberturas previstas nosarts. 10, 10-A e 12 da Lei n° 9.656, de 3 de junho de1998, no município onde o beneficiário os demandar,desde que seja integrante da área geográfica deabrangência e da área de atuação do produto.

Art. 3º A operadora deverá garantir o atendimentointegral das coberturas referidas no art. 2º nos seguin-tes prazos:

I - consulta básica - pediatria, clínica médica, cirur-gia geral, ginecologia e obstetrícia: em até 7 (sete) diasúteis;

II - consulta nas demais especialidades médicas:em até 14 (quatorze) dias úteis;

III - consulta/sessão com fonoaudiólogo: em até 10(dez) dias úteis;

IV - consulta/sessão com nutricionista: em até 10(dez) dias úteis;

V - consulta/sessão com psicólogo: em até 10 (dez)dias úteis;

VI - consulta/sessão com terapeuta ocupacional: ematé 10 (dez) dias úteis;

VII - consulta/sessão com fisioterapeuta: em até 10(dez) dias úteis;

VIII - consulta e procedimentos realizados em con-sultório/clínica com cirurgião-dentista: em até 7 (sete)dias úteis;

IX - serviços de diagnóstico por laboratório de aná-lises clínicas em regime ambulatorial: em até 3 (três)dias úteis;

X - demais serviços de diagnóstico e terapia emregime ambulatorial: em até 10 (dez) dias úteis;

XI - procedimentos de alta complexidade - PAC: ematé 21 (vinte e um) dias úteis;

Mudanças no prazo de atendimento aos pacientesAgência Nacional de Saúde define novos prazos na Resolução nº 259, de 17 de junho de 2011

XII - atendimento em regime de hospital-dia: em até10 (dez) dias úteis;

XIII - atendimento em regime de internação eletiva:em até 21 (vinte e um) dias úteis; e

XIV - urgência e emergência: imediato.§ 1º Os prazos estabelecidos neste artigo são con-

tados a partir da data da demanda pelo serviço ou pro-cedimento até a sua efetiva realização.

§ 2º Para fins de cumprimento dos prazos estabele-cidos neste artigo, será considerado o acesso a qual-quer prestador da rede assistencial, habilitado para oatendimento no município onde o beneficiário o deman-dar e, não necessariamente, a um prestador específi-co escolhido pelo beneficiário.

§ 3º O prazo para consulta de retorno ficará a critériodo profissional responsável pelo atendimento.

§ 4º Os procedimentos de alta complexidade de quetrata o inciso XI são aqueles elencados no Rol de Pro-cedimentos e Eventos em Saúde da ANS, disponível noendereço eletrônico da ANS na internet.

§ 5º Os procedimentos de que tratam os incisos IX,X e XII e que se enquadram no Rol de Procedimentos eEventos em Saúde da ANS como procedimentos dealta complexidade, obedecerão ao prazo definido noitem XI.

Seção IIDa Garantia de Atendimento na Hipótese de Ausên-

cia ou Inexistência de Prestador no MunicípioPertencente à Área Geográfica de Abrangência e à

Área de Atuação do Produto

Subseção IDa Ausência ou Inexistência de Prestador

Credenciado no Município

Art. 4º Na hipótese de ausência ou inexistência deprestador credenciado, que ofereça o serviço ou proce-dimento demandado, no município pertencente à áreageográfica de abrangência e à área de atuação do pro-duto, a operadora deverá garantir o atendimento emprestador não credenciado no mesmo município.

§ 1º O pagamento do serviço ou procedimento serárealizado diretamente pela operadora ao prestador nãocredenciado, mediante acordo entre as partes.

§ 2º Na impossibilidade de acordo entre a operado-ra e o prestador não credenciado, a operadora deverágarantir o transporte do beneficiário até o prestadorcredenciado para o atendimento, independentementede sua localização, assim como seu retorno à localida-de de origem, respeitados os prazos fixados no art. 3º.

§ 3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º se aplicaao serviço de urgência e emergência, sem necessida-de de autorização prévia.

Subseção IIDa Ausência ou Inexistência de Prestador no Muni-

cípio, Credenciado ou NãoArt. 5º Na hipótese de ausência ou inexistência de

prestador, credenciado ou não, que ofereça o serviçoou procedimento demandado, no mesmo município enos municípios limítrofes a este, desde que pertencen-tes à área geográfica de abrangência e à área de atua-ção do produto, a operadora deverá garantir o transpor-te do beneficiário até o prestador credenciado para oatendimento, assim como seu retorno à localidade deorigem, respeitados os prazos fixados pelo art. 3º.

Parágrafo único. A operadora ficará desobrigada dotransporte a que se refere o caput caso exista prestadorcredenciado no mesmo município ou nos municípioslimítrofes.

Art. 6º Na hipótese de ausência ou inexistência deprestador, credenciado ou não, que ofereça o serviçode urgência e emergência demandado, no mesmomunicípio pertencente à área geográfica deabrangência e à área de atuação do produto, a opera-dora deverá garantir o transporte do beneficiário até oprestador credenciado para o atendimento, assim comoseu retorno à localidade de origem, respeitado o dis-posto no inciso XIV do art. 3º.

Parágrafo único. O disposto no caput prescinde deautorização prévia.

Subseção IIIDas Disposições Comuns Referentes à Ausência

ou Inexistência de Prestador no Município

Art. 7º A garantia de transporte prevista nos arts. 4º e5º não se aplica aos serviços ou procedimentos previs-tos no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde daANS que contenham diretrizes de utilização que deso-briguem a cobertura de remoção ou transporte.

Art. 8º A garantia de transporte prevista nos arts. 4º,5º e 6º estende-se ao acompanhante nos casos debeneficiários menores de 18 (dezoito) anos, maioresde 60 (sessenta) anos, pessoas portadoras de defici-ência e pessoas com necessidades especiais, estasmediante declaração médica.

Parágrafo único. A garantia de transporte previstano caput se aplica aos casos em que seja obrigatória acobertura de despesas do acompanhante, conformedisposto no Rol de Procedimentos e Eventos em Saú-de da ANS.

Art. 9º Se o beneficiário for obrigado a pagar os cus-tos do atendimento, na hipótese de descumprimentodo disposto nos arts. 4º, 5º ou 6º, a operadora deveráreembolsá-lo integralmente no prazo de até 30 (trinta)dias, contado da data da solicitação de reembolso, in-clusive as despesas com transporte.

Parágrafo único. Para os produtos que prevejam adisponibilidade de rede credenciada mais a opção poracesso a livre escolha de prestadores e não ocorrendoas hipóteses de que tratam os arts. 4º, 5º ou 6º, o reem-bolso será efetuado nos limites do estabelecido con-tratualmente, caso o beneficiário opte por atendimentoem estabelecimentos de saúde não participantes darede assistencial.

CAPÍTULO IIIDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 10 A autorização para realização do serviço ouprocedimento, quando necessária, deverá ocorrer deforma a viabilizar o cumprimento do disposto no art. 3º.

Art. 11. Respeitados os limites de cobertura contra-tada, aplicam-se as regras de garantia de atendimentodispostas nesta RN aos planos privados de assistên-cia à saúde celebrados antes da vigência da Lei nº9.656, de 3 de junho de 1998, salvo se neles houverprevisão contratual que disponha de forma diversa.

Art. 12. O descumprimento do disposto nesta RNsujeitará a operadora às sanções administrativas ca-bíveis previstas na regulamentação em vigor.

Art. 13. O inciso III do art. 2º; e o parágrafo único doart. 7º-A, ambos da Instrução Normativa - IN nº 23, de 1ºde dezembro de 2009, da Diretoria de Normas e Habi-litação dos Produtos - DIPRO, passam a vigorar comas seguintes redações:

"Art. 2º .............................................................................

I - .....................................................................................

II - .........................................................................................

III - O Planejamento Assistencial do Produto, confor-me artigo 7º-A e na forma do Anexo V da

presente Instrução Normativa, exceto para os pro-dutos que irão operar exclusivamente na modalidadede livre acesso a prestadores.

Parágrafo único. ................................................" (NR)

"Art. 7º-A. ..........................................................................

Parágrafo único. A operadora deverá informar o Ajus-te de Rede, que consiste na proporção mínima deprestadores de serviços e/ou leitos a ser mantida emrelação à quantidade de beneficiários do produto, vi-sando ao cumprimento dos prazos para atendimentofixados em Resolução Normativa específica editadapela ANS." (NR)

Art. 14. O anexo V da IN nº 23, de 1º de dezembro de2009, da DIPRO, passa a vigorar nos termos do anexodesta resolução.

Art. 15. Ficam revogados os §§ 1º ao 5º do art. 7º; eos incisos I e II do parágrafo único do art. 7º-A, todos daIN nº 23, de 1º de dezembro de 2009, da DIPRO.

Art. 16. Esta RN entra em vigor 90 (noventa) diasapós a data de sua publicação.

MAURICIO CESCHINDiretor-Presidente

11Maio - Junho - 2011

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia12

Humberto Sampaio (1930-2011)Mais um que se perde...

No túmulo de um amigo, umgrande orador alagoano, prof. Guedesde Miranda, proferiu estas palavras“amplia-se o deserto”.

Vimos desaparecer inexoravelmentenas curvas do tempo, cada um por suavez como que obedecendo a um chama-do, vários vultos da equipe inicial doHospital dos Servidores do Estado(HSE).

Imaginamos agora, HumbertoSampaio arrebatado de nosso convíviode maneira que nunca mais poderemosvê-lo. Arrebatado da vida e entregue aojulgamento da morte. A morte é assim.E injusta diante de sua vítima, que ain-da dispunha de vida para realizar tudode nobre no exercício da medicina,

Homenageando HumbertoSampaio lembramos o homem de cará-ter, o medico que jamais se desviou deseus rumos morais, um privilégio quea natureza concede, embora cobrandopesados e onerosos tributos.

Nascido em 15 de abril de 1930,natural da Bahia, sendo meu primopor parte da mãe alagoana, irmã demeu pai, Humberto Sampaio formou-se em 15 de dezembro de 1953 pelaFaculdade de Medicina da Universi-dade da Bahia. Selecionado para a Re-sidência no Serviço de Oftalmologiado HSE, sendo posteriormente efeti-vado por concurso público, lá perma-neceu até aposentadoria.

Frequentou o curso de pós-gra-duação da Sociedade Brasileira de Of-talmologia em 1955. Membro ti-tular em 28/10/ 54, foi agraciadocomo membro emérito, em14/1/1988.

Oftalmologista do antigo IAPI,participou com o prof Joviano deResende da fundação dos OculistasAssociados. Faleceu em 12 de agostode 2011, no Rio de Janeiro.

Resta-nos a esperança, a consolaçãode que os mortos não morrem, conti-nuam presentes em nós, não no fundodos seus túmulos ,mas dentro de nósmesmos, onde vivem as imagens desuas ações.

Aderbal de Albuquerque Alves

Desbravadores! Assim considero osmédicos, que há mais de 35 anos, op-taram em exercer suas profissões nointerior do Brasil. Os oftalmologistasmontavam seu consultório, tendo emsua bagagem, uma lâmpada de fenda eum oftalmoscópio para fazer seus di-agnósticos.

Assim éramos nós. Assim foi JamirLandares, que com dedicação, amor àprofissão e muito estudo, exerceu suaprofissão no interior de Minas Gerais,na bela Alfenas, às margens do lago deFurnas.

Intitulo Jamir Landarles de des-bravador pelas dificuldades que tinhade transpor, pois era muito comum otrabalho solitário, chamando toda res-

Jamir Landares Pereira ( 1945-2011)Morre um desbravador!

ponsabilidade para si, onde tudo po-dia faltar, menos conhecimento.Frequentador assíduo de nossas jor-nadas no Sul de Minas, questionava,perguntava, interpelava, sempre como intuito de melhorar seus conheci-mentos, compartilhando também comos colegas sua experiência acumuladaao longo dos anos.

Justamente, no ano em que nossaJornada Sul Mineira foi realizada emsua cidade, Alfenas, ele nos deixou. Mastenho absoluta certeza, que de ondeestiver estava torcendo pelo sucesso doevento, que sempre prestigiou.

Mansur Elias Ticly JuniorPresidente da Sociedade de

Oftalmologia do Sul de Minas

Código de Ética Médica:bandeira de médicos e pacientes

“(...) XX – a natureza personalíssima da atuação profissional do médico não caracteriza relação de consumo.”

Antonio Ferreira Couto Filho*

Esta assertiva corresponde ao inciso de nºXX,constante do Capítulo dos Princípios Funda-mentais do atual Código de Ética Médica, emerece toda a nossa atenção e obediência ao sinalindelével que o Conselho Federal de Medicinainseriu - com a coragem daqueles que conhecema essência da questão e reconhecem as gravesdistorções que o Poder Judiciário tem impingidoaos médicos brasileiros, desde o nascimento doCódigo de Defesa do Consumidor (Lei nº. 8078/90)-, promovendo a inclusão da relação médico-paciente como relação de consumo.

Passou em branco para muitos e pouco setem discutido a materia. Por nosso turno, comoestudiosos do assunto, já escrevíamos no anode 2001, no livro Responsabilidade Civil Mé-dica e Hospitalar - Editora Del Rey, um capí-tulo sobre a inadequação da aplicabilidadedo Código de Defesa do Consumidor na rela-ção médico-paciente, mas é pouco para o muitoque necessita ser analisado e debatido.

O passo que o CFM deu, sob a batuta doseu competente e laborioso presidente, Dr.Roberto d’Ávila, necessita da adesão dos de-mais atores do cenário nacional da saúde. Con-selhos regionais, associações médicas nacionaise/ou regionais, sociedades de especialidades,sindicatos, CNRM, Fenam, Ministério da Saú-de, Anvisa, Saúde Suplementar, enfim, todosos operadores da saúde, que devem se mobili-zar para gritar do Oiapoque ao Chuí que rela-ção médico-paciente não é relação de consumo,pois médicos e pacientes são pessoas e nessa con-

dição estão igualmente protegidos pelo maiordos princípios constitucionais, qual seja o dadignidade da pessoa humana (de ambos).

Inversão do ônus da prova, gratuidadede justiça facilitada e dano moral aviltadopara mais cabem na relação de consumo, aten-dendo ao abuso de poder econômico, mas setornam injustos e desmedidos na simples eprofícua relação médico-paciente.

A luta do bom combate exige médicoético e competente, de um lado, e, de outro,paciente ético e prudente.

Temos aqui uma bandeira que deveriaestar presente em todas as reuniões, jornadas,simpósios, fóruns de discussão ou congres-sos, já a partir de janeiro de 2012, que noImpério Romano, fonte inicial da nossa le-gislação, era dedicado a Janus (deus da mito-logia romana, cujo olhar perpassa o passadoe o futuro), uma vez que a pergunta de quan-to vale o médico, nos tempos atuais, passapor submetê-lo ao rigor jurídico que se lheexige, embora a Lei não diga expressamenteque relação médico-paciente é de consumo.

Cumprimentamos o Conselho Federal deMedicina, na pessoa do seu atual comandan-te, Dr. Roberto d’Ávila, e rogamos que a co-ragem ecoe e se faça repetir em todo territórionacional, visando resgatar a dignidade dequem se dedica a combater o inexorável, embusca de um estado de melhora.

*Antonio Ferreira Couto FilhoConsultor Jurídico da SBOHumberto Sampaio

13Novembro - Dezembro - 2011/Janeiro - 2012

Tendo como um dos pontos altos ahomenagem aos 100 anos do prof. Hil-ton Rocha, a IV Jornada de Oftalmologiado Sul de Minas, em conjunto com a So-ciedade Brasileira de Oftalmologia, tam-bém homenageou Roberto AbdallaMoura (MG), presença constante nos en-contros da entidade, e José Álvaro PereiraGomes (SP).

Realizada na Cidade Universitária deAlfenas, nos dias 28 e 29 de outubro, aIV Jornada foi presidida por Mansur EliasTicly Junior que no seu discurso de aber-tura lamentou a ausência de JamilLandares Pereira, que clinicava na cida-de, falecido no início de 2011. Tambémagradeceu o apoio da SBO, através do pre-

Aderbal Alves Jr., na abertura do encontro, tendoà sua direita Mansur Elias Ticly e Jorge PereiraDias; à esquerda, Adelino Moreira de Carvalho,Juliano Lopes Carvalho e Rogério Prado

Visão parcial dos participantes do primeirodia da IV Jornada de Oftalmologia do Sulde Minas, no Salão Azul da CidadeUniversitária de Alfenas

Jornada de Oftalmologia do Sul de Minashomenageia centenário do prof. Hilton Rocha

sidente Aderbal Alves Jr., e a Jorge Perei-ra Dias e Juliano Lopes Carvalho, respec-tivamente, vice-presidente e secretário/organizador da Jornada.

Catarata, glaucoma, refração e retina fo-ram os temas abordados, reunindopalestrantes de Minas Gerais (Ana RosaPimentel, Augusto Motta, Edmundo Soa-res, Elias Donato Neto, Felício A. Silva,Fernando Bernardes, Fernando Trindade,Hevila Rolim), do Rio de Janeiro (AderbalAlves Jr., Juliana Bohn Alves e Luiz CarlosPortes), e de São Paulo (José Álvaro PereiraGomes e Newton Kara José).

Após o encerramento, foi oferecidoum almoço de confraternização no Lagode Furnas.

Perry S. Binder, do Gavin HerbertDepartment of Ophthalmology, Universityof California, Irvine, apresentou a palestra“Current Anterior Segment Applications forthe Femtosecond Laser”, no dia 22 de no-vembro ultimo, no auditório da sede da So-ciedade Brasileira de Oftalmologia, no Riode Janeiro. O encontro reuniu especialistasdo segumento anterior de diversas institui-ções oficiais e particulares.

Coordenada por Luiz F. Regis-Pacheco eRicardo Lima de Almeida Neves, da Facul-dade de Ciências Médicas, disciplina de Of-talmologia, da Universidade do Estado doRio de Janeiro (Uerj), a Sessão Extraordiná-ria Conjunta com a Sociedade Brasileira deOftalmologia, teve como panelistas na mesa-redonda, que se seguiu à apresentação, o pró-prio palestrante, Ana Paula Bauer, José Gui-lherme Pecego e Celso Klejnberg.

Fã confesso do Rio de Janeiro, onde jáesteve antes e desta vez veio acompanhado de

Sessão Extraordinária Conjunta coordenadapor Regis-Pacheco reúne especialistas na SBO

sua esposa, Perry Binder encantou a todospela sua simpatia e a objetividade de suaapresentação, principalmente por apontar asinúmeras possibilidades do laser femto-se-gundo, como destacou Regis- Pacheco.

Regis-Pacheco aproveitou a estadia de PerryBinder (à direita) no Rio para discutir as atuaisaplicações do laser femtosecond

Universidade Estácio de Sá promoveação social no Complexo do Alemão

Alunos e professores dos cursos de Direito, Medicina, Enfermagem e Administra-ção da Universidade Estácio de Sá, que em dezembro inaugurou um espaço de atendi-mento no Complexo do Alemão, uma das comunidades pacificadas no Rio de Janeiro,participam no dia 14 de janeiro da ação social no local. Em pauta uma série de serviçosgratuitos, que vão da assistência jurídica a dicas de como se preparar para uma entrevis-ta, cursos livres à distância, além de medida da pressão arterial, orientação e prevençãode diversas doenças etc.

Fotos de Marcos Mattos

Marcelo Ambe

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia14

Conferencista do Relatório Anual de 2011 da Sociedade Brasi-leira de Oftalmologia, João Alberto Holanda de Freitas traçou umpainel dos avanços da vitrectomia desde os primórdios, no inícioda década de 1970, com as experiências de Robert Machemer, sem

esquecer do pioneirismo de P.Cibis, que 10 anos antes já aventavaa possibilidade de substituir o humor vítreo pelo óleo de silicone.

Abaixo, síntese da apresentação de João Alberto Holandade Freitas preparada especialmente para Seção Brasil do JBO:

Avanços da cirurgia vítreorretinianaA vítrectomia hoje transcende seus objetivos iniciais, a correção de patologias do segmento anterior

A cirurgia ví-treorretiniana é oprocedimento maiscomplexo a ser rea-lizado na cirurgiaocular. Necessita,além de pessoalmuito bem treina-do, adaptação cons-tante a novas e com-plexas tecnologias.

Foi no início da década de 1970 quesurgiu a possibilidade da realização dasprimeiras vitrectomias, através dopioneirismo de Robert Machemer. An-tes, na década de 1960, P. Cibis já fa-lava da possibilidade de substituir o hu-mor vítreo pelo óleo de silicone atravésde procedimento artesanal, o qual con-sistia em remover parta do corpo vítreoe injetar óleo de silicone com a finalida-de de corrigir descolamento da retinacomplexos. Entre nós, no início da dé-cada de 1980, nosso colega H.Suzuki(USP-SP), desenvolveu seu pró-prio vitreófago. Valendo-se de um mo-tor de autorama conseguia mover umsistema de cortes, tipo guilhotina, eassim realizava vitrectomia posteriorsalvando muitos olhos que estavam ir-remediavelmente perdidos.

Em 1978 tivemos a oportunidade deser treinados por Jay L. Federman (WillsEye Hospital –Filadélfia, Pensilvânia,EUA), pois ele havia desenvolvido suaprópria máquina – Regular SITE, quelogo depois evoluiu para o mini-SITEe, finalmente, para um modelo maiscomplexo e eficiente o SITE-TXR, quepassou a ser fabricado pela empresaIOLAB. Esta era uma máquina muitaeficiente, pois a sua bomba dia-fragmática possibilitava além davitrectomia, realizar a cirurgia extra-capsular da catarata que era técnica usa-da no momento.Mais adiante foi intro-duzido neste equipamento um módulode ultrassom para proceder àfacoemulsificação da catarata.

A vitrectomia, a principio, concebidapara corrigir patologias do segmentoposterior,destacando-se aí a retinopatia di-abética, pode ser utilizada para resolvermuitos problemas no segmento anterior.

Com relação ao segmento anterior, avitrectomia se destaca pela utilização emcomplicações na cirurgia da catarata,como restos de material cortical, perdavítrea cristalino subluxado etc. Outragrande indicação é na cirurgia da cata-rata congênita, toda ela realizada via pars

plicata. Nos traumas perfurantes, comrotura do cristalino, o vitreófago ajudamuito para corrigir as sequelas destestraumas. Portanto, em muitas destascomplicações, o cirurgião de segmentoanterior está apto a utilizar este impor-tantíssimo recurso.

Passando para o segmento posterior,sem dúvidas a maior indicação davitrectomia é corrigir as complicaçõesvítreorretinianas ocasionadas pelaretinopatia diabética proliferativa.,Antesestes olhos estavam condenados à ceguei-ra definitiva. Portanto, esta patologia foia maior beneficiada com a referidatecnologia. Neste tocante, poder utilizarsimultaneamente a endofotocoagulaçãomelhoraram demasiadamente nossos re-sultados.

Nos descolamentos da retina com-plicados, muitas das vezes sujeitos a vári-as reoperações, com o advento davitrectomia podemos oferecer um melhorprognóstico. Referimo-nos aosdescolamentos complicados com prolife-ração vitreorretiniana (PVR), rotura gi-gante etc. Aquelas técnicas complexasonde se empregava grandes implantes

epiesclerais, pneus etc, utilização davitrectomia possibilitou resultados me-lhores e menos mutilantes para o globoocular.

Nos processos inflamatórios, como auveíte, que leva complicações vítreor-retinianas, como formação de membranasdensas, a vitrectomia possibilita a remo-ção deste material devolvendo boa quali-dade visual.

A complicação mais temível na cirur-gia da catarata é sem dúvidas aendoftalmite. O tratamento de todo abs-cesso, se resume na sua drenagem, cultu-ra e antibióticoterapia. A vitrectomianestes olhos consiste numa punção paracultura e antibiograma, assim como a re-

moção de todo abscesso possibilitandomanter o olho muitas vezes com acuidadevisual útil.

Outra complicação muito temida nacirurgia da catarata, era a luxação para acavidade vítrea de restos nucleares, nú-cleo, córtex, lente intraocular. Avitrectomia veio contornar estas difíceisocorrências.

A patologia macular, antes intratável.Com vitrectomia bem indicada, pode- secorrigir membrana epirre tinianas, res-ponsáveis por pucker de mácula, e fecharburaco macular mediante a remoção damembrana limitante interna.

Na realização da vitrectomia, a quali-dade da iluminação é crítica. Atualmentenovas fontes de iluminação têm sido de-senvolvidas, assim com melhores fibrasópticas.

Novos corantes surgiram para auxili-ar a observação da estrutura vítrea e a su-perfície retiniana: triancinolona,indocianina verde, azul tripano e azul bri-lhante, ajudam bastante neste difícil pro-cedimento.

Importantes auxiliares na cirurgiavítreorretiniana, destacamos os gases:perfluorocarbono(PFC) líquido e gaso-so, indicado no manuseio de casos maiscomplexos. Também o óleo de silicone,com substituto vítreo é muita muitasvezes usado, naqueles casos mais pro-blemáticos.

Cada vez mais melhoram os micros-cópios permitindo um manuseio mais se-guro durante a microcirurgia endo-ocu-lar. Um dos maiores avanços foi a intro-dução de lente de visão panorâmica per-mitindo uma observação ampla, topográ-fica ,de toda cavidade vítrea e superfícieretiniana com muita facilidade. Antes, comas lentes condensadoras que usávamos,via-se apenas pequenas setores da retina,dificultando e tornando a cirurgia muitolonga e pouco precisa.

Por último, outro avanço mais recen-te, é a cirurgia sem sutura, empregandomaterial de 23 gauge, possibilitando ci-rurgia mais rápida e de pós- operatóriomenos desconfortável. Estes instrumen-tos são tão delicados, possibilitando ma-nuseio da superfície da retina, na remo-ção de tecido epirretiniano dispensandoaté o uso de complicado material: tesou-ras, pinças etc.

*Prof. livre-docente titular deOftalmologia da Faculdade

de Ciências Médicas da Saúde(FCMS)-PUC-SP

João Alberto

Holanda de Freitas*

Os novos corantes permitem melhor visualização da Membrana Limitante Interna (MLI)

Grande angular Incisão via "Pars Plicata"

Cápsula anterior aberta

Novidades no Festival de Vídeos de 2012 da ASCRSParticipantes do congresso, poderão indicar o melhor vídeo, anuncia William Fishkind, presidente do evento

15Novembro - Dezembro - 2011/Janeiro - 2012

Dr. William J.Fishkind, atual presidente do Festival de Vídeosda ASCRS, é um dos diretores do Fishkind, Bakewell, andMaltzman Eye Care and Surgery Center, em Tucson, Arizona(EUA). Ele também é professor de oftalmologia associado ao MoranEye Institute, da Universidade de Utah. Entre muitos outros in-teresses científicos, está também envolvido em diversos estudosiniciais sobre cirurgia de catarata com o “femtosecond laser”.

Liliana Werner teve o prazer de participar do Festival de Vídeosda ASCRS pela primeira vez como juíza em 2005, quando Dr.

Fishkind era juiz chefe. Desde 2009 ele é o presidente deste Fes-tival, trazendo a cada ano muitas inovações, graças a sua grandeexperiência como produtor de vídeos, uma vez que antes de inte-grar o júri da ASCRS, vários de seus vídeos científicos foram pre-miados em diversos congressos internacionais.

Foi com muita satisfação que ele respondeu prontamente àsnossas perguntas sobre as mudanças para a edição de 2012 doFestival, onde a participação de colegas do Brasil é sempre ex-pressiva.

Jornal Bra-sileiro de Oftal-mologia - What arethe features of theASCRS film festivalthat you like themost, and that ledyou to become thefestival chairman?

W i l l i a mFishkind-The FilmFestival at ASCRS

embodies the best effort at educational filmproduction by a wide-ranging group of in-dividuals with novel ideas, creativeness, andthe aspiration to share information throughthe video media. It is a delight for me tolead, and be taught by, an exceptional groupof insightful judges.

JBO- What is new for the ASCRS2012 video festival, in terms of judging,

film categories, award ceremony, etc?WF- New this year is the “People’s

Choice” Award. All participants at the meet-ing can view and vote for their choice for thebest videos of the Festival. Additionally therewill be a judges recommended list of videosconsiderd to be exceptional, however, notwinning an award.

JBO- What are the main points youbelieve a producer should keep in mindin order to produce an excellent scien-tific video?

WF-The ASCRS distributes the funda-mental criteria for design of a high qualityvideo. These include: originality, scientificcontent, applicability and educationalvalue, clarity, and cinematic and technicalexcellence. The effectiveness of a video ismore reliable if a producer is capable of in-tegrating these prototypical concepts intothe video.

JBO- What do you think about theoverall participation of Brazilian col-leagues in the festival?

WF- The ASCRS Film Festival has taken ona decidedly international flavor. Brazilian pro-ducers time and again win video awards at thisFilm Festival. The production quality, innova-tive theories, resourcefulness and creativity arecontinually top notch. I encourage Brazilian Pro-ducers to continue their fine work and keep onsubmitting their brilliant videos to the festival.

JBO- It seems that laser-assisted cata-ract surgery with the femtosecond laseris one of your research interests. Couldyou comment on the status and the fu-ture of this technology?

WF- There is a great deal of attention tothis new approach for cataract surgery. Notonly can the nucleus be fragmented with as-tonishing precision, but also a meticulouscapsulorhexis, incision, paracentesis, and LRI

can be concurrently performed. Even the treat-ment of presbyopia may be in sight with thislaser.The procedure is in its initial stages.Much work lies ahead to corroborate thesafety, consistency and accuracy of the pro-cess. I am delighted to be participating insome of the original research in this excitingnew modality for cataract surgery.

JBO- What are your favorite activi-ties/hobbies outside of work?

WF- I am an exercise nut. I endeavor towork out on a regular basis to preserve myhealth and well-being. I enjoy flying air-planes and do so, in my airplane,frequently.Finally I enjoy traveling to dis-cover the history, geography, and customs,of people and nations throughout our re-markable world.

*Diretor do Fishkind, Bakewell,and Maltzman Eye Care and

Surgery Center (Tucson, Arizona)

William J. Fishkind *

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia16

SBOTempo e Memória

João Diniz

Breve cronologia das publicações da SBO

Fontes: Livros de Atas da SBO, Revista Brasileira de Oftalmologia, Jornal Brasileiro de Oftalmologia, arquivos iconográficos da Sociedade Brasileira de Oftalmologia.

Anecessidade de publicar e divul-gar os trabalhos sobre oftalmo-logia fez com que fosse fundada

por Dr. Abreu Fialho (José Antonio) e porDr. Abreu Fialho Filho (Sylvio AbreuFialho) a revista Annaes de Oculistica doRio de Janeiro, sendo este primeiro nú-mero, impresso em 1929, orgão oficialda Sociedade Brasileira de Oftalmologia.O último número impresso foi em 1937.Infelizmente não temos mais nem o pri-meiro nem o último número.

Em 1932 surgiu na diretoria do prof.Abreu Fialho (José Antonio) o Boletimda Sociedade Brasileira de Oftalmologia,destinado a publicar as atas das sessões.No entanto, só foi publicado um núme-ro, o do ano de 1932.

Em 1942 surgiu a Revista Brasileirade Oftalmologia, fundada pelos Drs.Evaldo Campos, Jonas Arruda, LincolnCaire, e Oswaldo Barbosa. Durante mui-to anos foi enviada aos sócios da SociedadeBrasileira de Oftalmologia patrocinada

pelo antigo Laboratório Cissa (Cia. In-dustrial Delfos).

Em 24 de junho de 1964, o Dr.Evaldo Campos, proprietário da Revis-ta Brasileira de Oftalmologia fez doa-ção da mesma, para a Sociedade Brasi-leira de Oftalmologia através de escri-tura pública no cartório do 3O. Ofíciode Notas – Tabelião Penafiel. Era pre-sidente da Sociedade o Dr. MarcelloMartins Ferreira.

A Revista Brasileira de Oftalmologia

(RBO) completa este ano 70 anos de pu-blicação sem nenhuma interrupção.

Em maio de 1958, na diretoria do Dr.Pedro Moacyr de Aguiar, surgiu o Bole-tim da Sociedade Brasileira de Oftalmo-logia destinado a publicar as atividadescientíficas (programas de curso etc.) e ad-ministrativas da SBO.

Em junho de 1987, prof. FlávioRezende, então presidente da SBO fundouo Jornal Brasileiro de Oftalmologia (JBO)que vem sendo publicado há 25 anos.

Número 2 de 1933 de Annaes de Oculisticado Rio de Janeiro, editado de 1929 até oano de 1937

Boletim da Sociedade Brasileira deOftalmologia, criado em 1932 para publicar asatas das sessões da SBO

Primeiro número da Revista Brasileira deOftalmologia, publicado em 1942, quando aSBO completava 20 anos

Certidão pública datada de 24 de junho de1964, assinada por Dr. Evaldo Campos,doando a Revista à Sociedade

Primeiro número do Boletim da SociedadeBrasileira de Oftalmologia, datado de 1958, nagestão do Dr.Pedro Moacyr de Aguiar

Último número do Boletim da SociedadeBrasileira de Oftalmologia, a edição abril-maiode 1964

Primeiro número do Jornal Brasileiro deOftalmologia (JBO), criado pelo prof. FlávioRezende, datado de junho de 1987

Capa da edição de novembro-dezembro de2011 da Revista Brasileira de Oftalmologia,criada em 1942

19Novembro - Dezembro - 2011/Janeiro - 2012

Yoshifumi Yama-ne, ex-presidente daSociedade Brasileirade Oftalmologa e ex-chefe do Serviço deOftalmologia doHospital Municipalda Piedade, foi ho-menageado no dia 18de novembro passa-do, durante a XVIJornada Oftalmoló-gica do Hospital, re-alizada em colabora-ção com a SBO.

A solenidade con-tou com a presença cinco ex-presidentes daSBO: Aderbal Albuquerque Alves,Adalmir Morterá Dantas, Luiz Carlos Por-tes, Mário Motta e Oswaldo Moura Bra-sil, além de João Diniz, assessor da direto-ria da Sociedade, e inúmeros colegas da Uni-versidade Gama Filho, os três irmãos mé-dicos, Riuitiro, Eduardo e Hiro Yamane,sua filha, a oftalmologista Iris Yamane, aesposa, Conceição, e ex-residentes.

Antes de descerrar a placa comemora-tiva, Yoshifumi Yamane dedicou algumaspalavras ao trabalho de coordenador de re-sidência e do curso de especialização em

Hospital Municipal da Piedade homenageiaYoshifumi Yamane, ex-chefe do Serviço

Oftalmologia, destacando o fato dele terse mantido entre os primeiros lugaresdesde seu credenciamento, “graças aos es-forços dos médicos do staff e da qualidadeexcepcional dos médicos residentes com-prometidos com a qualidade e ética pro-fissional”.

Lembrou também sua gestão à frenteda Sociedade Brasileira de Oftalmologiano biênio 2005-2006, ressaltando que seobteve sucesso foi porque se apoiou nosombros de ilustres colegas da diretoria,que o auxiliaram, e dos funcionários, li-derados por João Diniz.

Yoshifumi Yamane com a esposa Conceição ea filha, Iris Yamane, “as duas mulheres de suavida”, como destacou no discurso

Adalmir Morterá Dantas, ex-presidente daSBO, professor emérito da UFRJ, fez questãode prestigiar o amigo

Yoshifumi Yamanecom Iris, à sua

esquerda, e grupode residentes do

Serviço doHospital Municipal

da Piedade

Oswaldo MouraBrasil e PauloNakamura, dadiretoria do Ibol,ladeiam YoshifumiYamane.À direita, ArmandoCrema

Sérgio Meirelles, que substituiu Yoshifumi Yamane, na chefia do Serviçode Oftalmologia do Hospital Municipal da Piedade, abre a sessão dehomenagem, no primeiro dia da XVII Jornada

Fotos Divulgação

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia20

21Novembro - Dezembro - 2011/Janeiro - 2012

Temas de Córnea Clínica e CórneaCirúrgica no Fórum do CBC

Organizado por Miguel Ângelo Padilha,diretor da Seção de Oftalmologia do Colé-gio Brasileiro de Cirurgiões, e coordenadorpor Ana Carolina Vieira, o II Fórum de Atu-alização em Oftalmologia/ 2011, com o apoioda SBO e da MAPOftalmo, abordou temassobre Córnea Clínica e Córnea Cirúrgica.Foram abordados ceratites infecciosas; olhoseco; uso de ciclosporinas, tacrolimis,mitomicina, com seus benefícios e riscos:ceratopróteses; transplante de córnea lamelaranterior; crosslinking, indicações, resultadose complicações; correções de presbiopia; ci-rurgia facorefrativa versus ceratorefrativa.

Os temas foram apresentados por Denisede Freitas, Paulo Schor, José Álvaro PereiraGomes, da Unifesp, e Ramón Ghanem, deJoiville (SC), além de Ana Carolina Vieira,Miguel Ângelo Padilha e Renata Rezende,do Rio de Janeiro. Atuaram como moderado-

res, Ana Paula Bauer, Arlindo Portes, MarianaPecego e Marco Antônio Alves (RJ). E comodiscutidores, Bruno Fontes, Frederico Pena,José Guilherme Pecego, Morizot Leite Filho,Paulo Polisuk e Renato Ambrósio Jr.(RJ).

Rafael May, André S. Jesus,Marcelo Ventura (patrono),Manuel Vilela, na formaturada 56ª turma do Curso Prof.Ivo Corrêa-Meyer, PortoAlegre (RS)

Paulo Schor, José Álvaro Pereira Gomes, AnaCarolina Vieira, Miguel Ângelo Padilha e DiogoLucena, no encerramento do II Fórum do CBC

Sociedade Brasileira de Diabetescria Departamento de Saúde Ocular

Balduíno Tschiedel é o novopresidente da Sociedade Brasileirade Diabetes (SBD). Ele tomou pos-se no dia 9 de janeiro, na sede daentidade, em São Paulo, e reafirmouque um dos seus objetivos é aproxi-mar mais a Sociedade Brasileira deDiabetes dos oftalmologistas.

Com este objetivo, criou o De-partamento de Saúde Ocular, coor-denado por Solange Travassos, presi-dente da União das Associações de Diabéticosdo Rio de Janeiro (Aduej), parceira da Socie-

Atividades do Lions culmina comfesta de Natal para 120 crianças

Sérgio Meirelles, tenente Tatiana Lima, então subcomandante da UPP-Cidade de Deus, ViceliDonati, no 2º Mutirão dos Lions na Saúde, em Vargem Pequena iniciativa que contou com o apoiode Sérgio Meirelles, chefe do Serviço de Oftalmologia do Hospital da Piedade.À direita, festa deNatal no campus Barra da Universidade Veiga de Almeida

dade Brasileira de Oftalmologia, tam-bém empossada no dia 9 de janeiro.Opresidente e ex-presidente da SBO,Aderbal Alves Jr. e Mário Motta, in-tegrarão o novo departamento

O novo presidente da SociedadeBrasileira de Diabetes, que já no diade sua posse se reuniu com os delega-dos regionais, coordenadores de depar-tamentos e a nova diretoria, anuncioutambém que pretende promover gran-

des parcerias para conscientizar a população dosriscos do diabetes.

Depois do 2º Mutirão dos Lions na Saúde,em Vargem Pequena, no dia 18/12/2011, oLions Sernambetiba, em parceria com os LionsJacarepaguá, Barra da Tijuca, Carioca,Guaratiba, São Cristóvão, Fundação ArmandoFajardo, e Universidade Veiga de Almeida,

promoveu a V Confraternização de Natal paraas crianças portadoras de glaucoma congênito,em tratamento no Hospital Municipal da Pie-dade. Realizada no campus Barra da Universi-dade Veiga de Almeida, a festa reuniu 120crianças, além dos médicos que cuidam delas.

Manoel Pedro Cordeiro Filho

Divulgação

Balduíno Tschiedel

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia22

Campanha “Viver-Porque Ver é Viver”Informação e diagnóstico sobre DMRI e retinopatia diabética no Hospital dos Servidores do Estado

Um total de 253 pessoas compa-receram ao Serviço de Oftalmo-logia do Hospital Federal dos

Servidores do Estado (HFSE) no dia 10de novembro de 2011 em resposta à cam-panha “Viver-Porque Ver é Viver”, umainiciativa que contou com o apoio da So-ciedade Brasileira de Oftalmologia(SBO), da Sociedade Brasileira de Retinae Vítreo (SBRV) e do Grupo Retina Bra-sil, além do Lions Clube. A campanha,promovida durante o X Congresso deOftalmologia do HFSE, teve o apoio daEssilor e da Novartis.

Destinada à população da 3ª idade, jáque foram realizados exames gratuitos dediagnóstico da retinopatia diabética empacientes com diabetes, e de degeneraçãomacular relacionada à idade (DMRI), acampanha no HFSE realizou 158 atendi-mentos. Foram detectados 8 casos graves(retonopatia diabética proliferativa comrisco de cegueira), que até então não con-seguiam atendimento.

Também foram feitas 30 aplicações delaser, 25 angiografias, 25 ultrassom, 25OCT, 8 injeções intravítreas de Lucentis,4 vitrectomias, 29 cirurgias de catarata,2 transplantes de córnea e colocação de 1anel intraestromal.

Durante toda a campanha “Viver- Por-que Ver é Viver”, realizada em nível naci-

Na triagem, o apoio de voluntários do LionsClube, que distribuíram cartilhas informativase preencheram fichas de pacientes

dimento de pacientes com prática deoftalmoscopia indireta, angiografia, OCT,ultrassonografia, laser, injeçõs intraocu-lares e cirurgia (vitrectomia).

Na opção Segmento Anterior: prática emtopografia e microscopia especular corneana,prática em anel estromal e cross link, cirur-gias ao vivo de facectomia com implantes ecirurgia experimental com orientação.

Depois da triagem, uma paciente tem suaretina examinada e digitalizada pelo residenteDemian Temponi

Aderbal Alves Jr., presidente da SBO e chefede Clínica do Serviço de Oftalmologia do HFSE,explica que campanha é só para 3ª idade

onal, com ampla divulgação através damídia, foram distribuídas cartilhas in-formativas sobre a importância da saú-de da visão em idosos.

Aderbal Alves Jr., presidente da Soci-edade Brasileira de Oftalmologia e chefede Clínica do Serviço de Oftalmologia doHSFE, destacou a importância da inicia-tiva lembrando o sucesso de outras cam-panhas de conscientização da população,como a do glaucoma.

- Hoje a população já está mais infor-mada sobre o glaucoma e consciente dosseus riscos. Com a campanha “Viver-Por-que Ver é Viver” e outras iniciativas dogênero, esperamos que os brasileiros aci-ma dos 65 anos saibam mais sobre a de-generação macular relacionada à idade(DMRI), uma das principais causas dacegueira na 3ª idade, quando nãodiagnosticada precocemente.

No Rio, “Viver-Porque Ver é Viver” fezparte do X Congresso de Oftalmologia doHSFE, que teve também o I Mutirão Ci-entífico Assistencial: Transferência de Ha-bilidades em Retina e Segmento Anterior,cujo público-alvo foi residentes e pós-graduandos em Oftalmologia.

Na opção Retina, os inscritos tiveramuma parte teórica em retinopatia diabéti-ca e degeneração macular relacionada à ida-de, e uma prática, compreendendo aten-

Fotos Divulgação e Marcos Mattos

Apoio de artistas portadores de diabetesajuda divulgar parceria Uaderj/ SBO

Com o apoio de artistas como a cantoraPaula Toller, destaque do anúncio para aGaleria Fórum Ipanema (RJ), dentro da cam-panha Natal Solidário, que saiu na ediçãodo dia 24 de dezembro último, na páginaCentral do caderno Ela, do jornal O Globo, oProjeto Oftalmologista Amigo do JovemDiabético, uma parceria da Aduerj com aSBO, ganha mais visibilidade.

A avaliação é da presidente da Aduerj(União das Associações de Diabéticos do Riode Janeiro), Solange Travassos, recém-empossada coordenadora do Departamentode Saúde Ocular da Sociedade Brasileira deDiabetes, e compartilhada pelo presidenteda Sociedade Brasileira de Oftalmologia,Aderbal Alves Jr., e Mário Motta. Os doisdevem integrar o Departamento de SaúdeOcular, criado em janeiro.

O Projeto Oftalmologista Amigo do Jo-vem Diabético prevê que cada oftalmologis-ta, associado à SBO e cadastrado pela Socie-dade, atenda gratuitamente dois pacientespor mês (crianças, adolescentes e adultos jo-vens, de baixa renda, portadores de DiabetesMellitus).

Os oftalmologistas interessados em par-ticipar da iniciativa podem se cadastrar pelaUader ou pela SBO. Maiores informações:Uaderj (telefax: (21) 2547-1577/ e-mail:[email protected].); SBO (tel: (210 3235-9220/ e-mail: [email protected]).

A partir de 2012, cada oftalmologistacadastrado receberá uma placa alusiva à suaparticipação no Projeto, que deverá ficar emlugar visível no consultório.

Emoções do coraçãoganha Prêmio Jabuti

Toda realização humanaé uma realização social

“O Mundo É Peque-no”, lançado pela EditoraAlmedina, é resultado dotrabalho de Miguel PereiraLopes e Miguel Pina, pes-quisador e professor univer-sitário, respectivamente,que mostram como toda arealização humana é umarealização social, ou seja,tudo que se conquista é fru-to dos contextos sociais aque o indivíduo pertence. Segundo os autores, asredes sociais do qual um indivíduo faz parte de-fine inúmeros traços do seu comportamento edos sucessos que alcançará ao longo da vida.

Lançado pela EditoraAtheneu, o livro“Coração...É Emoção”, docardiologista Elias Knobel,ganhou o Prêmio Jabuti2011 na categoria Psicolo-gia e Psicanálise. O livro,que teve a colaboração daspsicólogas Ana LuciaMartins da Silva e PaolaBruno de Araújo Andreoli,trata da influência dasemoções no coração. Na obra, cardiologistas, psi-cólogos, psiquiatras, fisiatras, enfermeiros,nutricionistas e biólogos mostram como nosso cor-po reage à tristeza, ao medo, à angústia, à ansie-dade, ao luto e até ao amor e a felicidade.

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia24

Campanha institucional Natal Solidário, com participação da cantora Paula Toller, ocupou apágina central do caderno Ela do jornal O Globo. À esquerda, logomarcas da Uaderj e da SBO

25Novembro - Dezembro - 2011/Janeiro - 2012

XVI Jornada da Piedade reúnepalestrantes do Rio, MG, PR, SP e DF

Academia Mineira de Medicina homenageia prof. Hilton Rocha

Glaucoma e Retina foram os temas daXVI Jornada Oftalmológica do HospitalMunicipal da Piedade/ UniversidadeGama Filho, realizada em colaboração coma Sociedade Brasileira de Oftalmologia nosdias 18 e 19 de novembro, respectivamen-te no Centro de Estudos do Hospital e nocampus Downtown da Universidade GamaFilho, na Barra da Tijuca (RJ).

A Universidade Federal do Rio de Ja-neiro (UFRJ), a Universidade FederalFluminense (UFF), a Universidade Fede-ral do Estado do Rio de Janeiro (Unirio),a Universidade do Estado do Rio de Ja-neiro, assim como diversos Serviços deOftalmologia e clínica, participaram doevento. Sérgio Meirelles, chefe do Serviçode Oftalmologia, Riuitiro Yamane,Ricardo Costa Silva e Yoshifumi Yamanecoordenaram as palestras.

A XVI Jornada contou também com apresença de palestrantes de Minas Gerais(Nassim Calixto, Ricardo Guedes, Sebas-tião Cronemberger, Vanessa Guedes),Paraná (Lisandro Sakata), São Paulo(Roberto Murad Vessani) e Distrito Fe-deral (Geraldo Magela).

Foram palestrantes também: AderbalAlves Jr. (presidente da SBO), André Por-tes, Adriano Martins, Adroaldo de AlencarCosta Filho, Ana Paula Gonçalves, Cláu-dia Amaral, Cristina Mathias, DiogoLucena, Eduardo Damasceno, Eduardo

Morizot, Eduardo Dip, Fernando Gafrée,Gilberto Brandão, Giovanni Colombini,Haroldo Vieira de Moraes Júnior,Jaqueline Provenzano, João PauloLomelino, Karina Nagao, Larissa Doi,Mara Fontes, Maria Vitória Moura Bra-sil, Mariana Corte Real, MarianaMeirelles, Marcelo Palis, Marcus Safady,Mário Motta, Maurício Pereira, OswaldoFerreira Moura Brasil, Oswaldo MouraBrasil, Raul Vianna, Renato Davi,Rodrigo Botelho, Ricardo Japiassú, TallyAjdelsztajn, Yang Fu Fang.

As comemorações pelocentenário de nascimentodo prof. Hilton Rocha, ce-lebrado por oftalmologis-tas de todo o Brasil emdiversos encontros, teveseu ponto alto no dia 13de dezembro, quando aAcademia Mineira de Me-dicina, do qual era mem-bro, promoveu Sessão So-lene, presidida porNicomedes Ferreira.

Embora tenha nasci-do em 23 de dezembro de2011, a escolha do dia 13de dezembro para a Ses-são Solene deve-se ao fatode ser o dia consagrado àSanta Luzia, protetorados olhos. Devoto da san-ta enquanto viveu, prof.Hilton Rocha fazia ques-tão de celebrar uma mis-sa em sua homenagem nesta data.

Ex-aluno do prof. Hilton Rocha, comquem conviveu durante praticamente todasua vida profissional, Nicomedes Ferreira,secretário geral da Academia Mineira deMedicina, coordenador das comemora-ções, que se estenderão pelo ano de 2012,foi o orador principal.

Além da Academia Mineira de Medi-cina, colaboraram para a realização da Ses-

são Solene , a Faculdade de Medicina daUFMG, a Associação Médica de Minas Ge-rais, o Centro de Memória da Medicinade Minas Gerais, e o oftalmologistaRicardo Neves Rocha, filho do professor,representando a família.

Na ocasião foi lançado o projeto dereativar o Memorial Hilton Rocha e a pos-sibilidade dele abrigar a sua biblioteca par-ticular, ainda com sua família.

Sob o telão com a imagem do prof. Hilton Rocha, a mesa daSessão Solene, vendo-se da esquerda para a direita: JairoCarvalhais (Academia Mineira de Medicina), Lincoln Ferreira(presidente da Associação Médica de Minas Gerais), GeraldoCaldeira (presidente da Academia Mineira de Medicina),Nicomedes Ferreira, Francisco Pena (diretor da Faculdade deMedicina da UFMG) e José Carlos Seruffo (diretor de grandeseventos da Academia Mineira de Medicina)

Haroldo Vieira de Moraes Júnior, professor deOftalmologia da UFRJ, durante suaapresentação na XVI Jornada da Piedade

Marcos Mattos Divulgação

26

Rua São Salvador, 107Laranjeiras

Rio de Janeiro - RJCEP 22231-170

Tel. (21) 3235-9220Fax (21) 2205-2240

[email protected]://www.sboportal.org.br

DIRETORIABiênio 2011-2012

PresidenteAderbal Alves Jr.

Vice-presidente RJMarcus Vinicius Abbud SafadyVice-presidentes regionais

Roberto Abdalla MouraLeon Grupenmacher

Osvaldo Travassos de MedeirosAlípio de Souza Neto

Secretário Geral:Gilberto dos Passos

1º Secretário:Armando Crema2º Secretário:

Marco Antônio AlvesTesoureiro:

Ricardo Miguel JapiassúDiretor de Cursos:

André PortesDiretor de Publicações:

Arlindo PortesDiretor de Biblioteca:

Renato Ambrósio Jr.Conselho Consultivo:

Aderbal de Albuquerque AlvesAcácio Muralha Neto

Mário Motta (RJ)Miguel Ângelo Padilha (RJ)Oswaldo Moura Brasil (RJ)

Sérgio Fernandes (RJ)Conselho Fiscal:

Efetivos:Eduardo Henrique Morizot Leite (RJ)Ricardo Lima de Almeida Neves (RJ)

Sérgio Meirelles (RJ)Suplentes:

Mário Nagao (RJ)Octávio Moura Brasil (RJ)

Sansão Kac (RJ)

Jornalista Responsável:Eleonora Monteiro - M.T. 12574

[email protected] Editorial:

Aderbal Alves Jr.Arlindo PortesEdna Almodin

Fernando TrindadeJuliana Bohn Alves

Marco Antonio AlvesMário Motta

Miguel PadilhaOswaldo Moura Brasil

Ricardo JapiassúJoão Diniz

Marcelo DinizEditoração Gráfica:

Sociedade Brasileira de OftalmologiaResponsável: Marco Antonio Pinto

DG 25341RJPublicidade:

Responsável: João DinizTel.: 3235-9220

E-mail: [email protected]@sboportal.org.br

Contato publicitário:

Westinghouse CarvalhoTel.: (11) 3726-6941 / 9274-0724

E-mail: [email protected]ção: Bimestral

Impressão: Gráfica Colorset

Os artigos assinados são de responsa-bilidade exclusiva de seus autores e seuconteúdo não representa, obrigatoria-mente, a opinião do JBO.A SBO não se responsabiliza nem en-dossa a qualidade dos serviços e pro-dutos anunciados nesta publicação.Qualquer reclamação deverá ser feitadiretamente ao fabricante ou aoprestador de serviços.É permitida a reprodução de artigos, des-de que citada a origem.

JBO

EXPEDIENTE

Sociedade Brasileirade Oftalmologia

JORNAL BRASILEIRODE OFTALMOLOGIA

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia

Para divulgar eventos científicos oftalmológicos no Jornal Brasileiro de Oftalmologia (JBO), envie as

informações para a SBO, na Rua São Salvador, 107 - Laranjeiras - Rio de Janeiro - RJ - CEP 22231-170 -

Tel. (21) 3235-9220 - Fax (21) 2205-2240 - e-mails: [email protected] - [email protected]

Veja o calendário completo no site da SBO

XVII Congresso Internacional daSociedade Brasileira de Oftalmologia

De 28 a 30 de junho de 2012,Royal Tulip Rio de Janeiro

Tema Oficial: O olho na 3ª Idade

Sites: www.sboportal.org.brwww.interevent.com.br

II Programa Internacionalde Oftalmologia com Ênfase

em Gestão de Saúde

De 19 a 19 de março de 2012, II Pro-grama Internacional de Oftalmologia comÊnfase em Gestão de Saúde, na Universi-dade de Tübingen, Alemanha.

Informações: Paulo Pfeil (21) 261-6110/9769-7097E-mail: [email protected]

37º Congresso da SociedadeBrasileira de Retina e Vítreo

De 12 a 14 de abril de 2012, 37º Con-gresso da Sociedade Brasileira de Retina eVítreo, no Windsor Barra Hotel, no Riode Janeiro.

www.interevent.com.bre-mail: [email protected]

XVIII Congresso Norte-Nordestede Oftalmologia

De 27 a 29 de abril de 2012, XVIII Con-gresso Norte-Nordeste de Oftalmologia,no Bahia Othon Palace Hotel, em Salva-dor, Bahia.Informações: (71) 3011-9797E-mail: [email protected]

118º Congresso da SociedadeFrancesa de Oftalmologia

De 27 a 30 de abril de 2012, 118º Congres-so da Sociedade Francesa de Oftalmologia,no Palais dês Congrès de Paris, França.www.sfo.asso.fre-mail: [email protected]

CXII Congresso Internacional deCatarata e Cirurgia Refrativa/

VIII Congresso Internacional deAdministração em Oftalmologia/

Congresso da Sociedade Brasileira deCirurgia plástica Ocular/

Congresso Internacional da SociedadeBrasileira de Enfermagem

em Oftalmologia

De 30 de maio a 2 de junho de 2012, noParque Anhembi, em São Paulo.Informações: (17) 3214-5900http://www.cataratarefrativa2012.com

A coluna Olho Vivo é exclusiva para os associadosda SBO. Para anunciar enviar o texto para a Soci-edade Brasileira de Oftalmologia ou pelo fax (21)2205-2240 ou e-mail: [email protected] [email protected]. A publicação é gra-tuita. Os anúncios devem ser concisos e cominformações precisas. A SBO não se responsabi-liza pelas informações divulgadas, que devem serconferidas pelas partes interessadas.

Contratação de médico oftalmolo-gista para Brasília - O Hospital Pacini,hospital especializado em oftalmologia,contrata para fazer parte do seu corpo clí-nico médicos(as) com residência em oftal-mologia concluída, para trabalharem emBrasília (DF). Os interessados deverãoenviar o currículo para o [email protected]

Roubo de microscópio especular-Roubado em 15/9/11 microscópio especu-lar marca Topcon da Policlínica Botafogo(RJ). Caso alguém esteja vendendo ou com-prando este tipo de aparelhoentrar em contato pelo [email protected] ou pelos telefones(21) 2543-1945/8823-5458. Já há notíci-as de 12 consultórios de onde também fo-ram roubados aparelhos. Pede-se aos res-ponsáveis por estas clínicas, caso tenhamfilmes ou fotos de câmara de segurança,que também entrem em contato.A infor-mação da delegacia policial onde foi feito oregistro B.O. também pode ajudar a de-tectar os responsáveis pelos roubos.