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Diretor: Hermínio Santos n Mensal n Ano III n N.º 40 n Dezembro de 2012 n 8 euros www.briefing.pt PUB “Sabemos que as marcas precisam de parceiros que sejam relevantes nas relações com elas e que lhes deem confiança nas decisões que têm de tomar. É essa forma de es- tar que trago: dar confiança aos anunciantes”. É assim que Bernar- do Rodo se apresenta como novo managing director da OMD Quatro jovens empreendedores deteta- ram uma oportunidade no mercado in- ternacional de arrendamento. O negócio acabaria por ser o vencedor da quarta edição do Prémio Nacional de Indústrias Criativas Super Bock/Serralves. Mais an- tigo do que o prémio é o Super Bock La- boratório Criativo, que vai na sua sétima edição Bernardo Rodo, managing director da OMD Dar confiança 06 14 Venham a nós os criativos Há muito por fazer no online Vítor Serpa diretor de A Bola Pág. 34

Jornal Briefing, 40

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Diretor: Hermínio Santos n Mensal n Ano III n N.º 40 n Dezembro de 2012 n 8 euros

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“Sabemos que as marcas precisam de parceiros que sejam relevantes nas relações com elas e que lhes deem confiança nas decisões que têm de tomar. É essa forma de es-tar que trago: dar confiança aos anunciantes”. É assim que Bernar-do Rodo se apresenta como novo managing director da OMD

Quatro jovens empreendedores deteta-ram uma oportunidade no mercado in-ternacional de arrendamento. O negócio acabaria por ser o vencedor da quarta edição do Prémio Nacional de Indústrias Criativas Super Bock/Serralves. Mais an-tigo do que o prémio é o Super Bock La-boratório Criativo, que vai na sua sétima edição

Bernardo Rodo, managing director da OMD

Dar confiança06 14 Venham a nós os criativos

Há muito por fazer no online

Vítor Serpadiretor de A Bola

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Dezembro de 2012 3www.briefing.pt

Destaques

ComuniCAção, DeSigne multiméDiA

Av. Marquês de Tomar, 44-71050-156 Lisboa Tel: 217 957 030

[email protected]

PRoDutoRA De AuDioViSuAiSRua Luis Simões, 14 | 2745-033 Queluz

Tel: 214 348 010www.comsom.tv

Distribuição por assinaturaPreço: 85€ (12 edições)[email protected]

Tiragem média mensal: 2.500 ex.Depósito legal: 21725

N.º registo ERC: 113427

PropriedadeEnzima Amarela - Edições, Lda

Av. Infante D. Henrique, 333H, 441800-282 LisboaTel. 218 504 060Fax: 210 435 935

[email protected]

impressão: TYPIA - Grupo MonterreinaÁrea Empresarial Andalucía

28320 Pinto Madrid - España

Diretor-geralJoão David Nunes

[email protected]

DiretorHermínio [email protected]

editora executivaFátima de Sousa

[email protected]

Diretora de marketingMaria Luís

Telf. 961 571 [email protected]

Rua Luz Soriano, 67-1º E Bairro Alto1200-246 Lisboa - PORTUGALwww.who.pt// [email protected]

RAmonDEmeloPHOTOGRAPHY

www.ramondemelo.com

1 > Entrar no número 23 da Travessa da Queimada, em Lisboa, é entrar na história. Do jornalis-mo, do desporto, do futebol, da literatura. É ali que funciona a instituição A Bola, uma história de sucesso. É parte da História mas não ficou agarrada a ela. Largou as amarras e procura respon-der com eficiência e criatividade aos desafios do digital. Investiu cinco milhões de euros, com capitais próprios, e criou um canal de televisão. Apostou forte na internet e é um dos sites de informação mais vistos em Portugal. No papel, respondeu à quebra de vendas que afeta o sector com a “descoberta” de Angola e, a partir de 2013, de Moçambique. Tudo isto resulta naquilo a que Vítor Serpa, diretor do jornal, chama o “centro de comunicação A Bola”. Numa altura em que os media agonizam em Portugal – uns por erros claros de estratégia em relação ao digital outros porque não fizeram as reestruturações no seu devido tempo – os projetos de A Bola são uma boa notícia.

2 > Folhear esta edição do Briefing é também uma boa notícia. Contrariando o ambiente que se vive em muitas publicações, o número de dezembro é um dos melhores em termos de publicida-de. Não podíamos terminar um ano difícil sem uma palavra de agradecimento aos anunciantes, desde os que anunciam nesta edição até aos que estiveram connosco noutras edições de 2012. Esta pujança acontece numa altura de afirmação do Briefing e de aumento da sua notoriedade. Desde há cerca de um mês que as visitas ao site dispararam, registando um crescimento da ordem dos 25 por cento. É com estas boas notícias que arrancamos para 2013, tendo como companhia os nossos leitores, anunciantes e também dois novos agregadores online da Enzima Amarela, a editora do Briefing. Um deles já está online, o Welcome, para o setor do turismo, e o outro, para a área da saúde, nasce em janeiro. Bom 2013.

Hermínio [email protected]

eDitoRiAlBons sinais para 2013

PRémioS

PASSeio PÚBliCo

A noite da Eficácia

Empreendedora Social

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Os Prémios à Eficácia da Comunicação em fotografias. Recordações de uma noite que consa-grou o Queijo Limiano, a Fuel, a Arena Media e de mais 26 casos de sucesso da publicidade em Portugal

“Uma causa é o que me move na vida”. Esta é uma das frases-chave de Maria do Carmo Mar-ques Pinto a nova diretora de Empreendedorismo e Economia Social da Santa Casa da Miseri-córdia de Lisboa. É a nova causa de uma europeísta convicta

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opinião

Pole Position

Adivinha-se que 2013 será o ano da reestruturação dos negócios de Media em Portugal. A erosão nas vendas, a quebra nos investimentos publicitários, as crescentes dificuldades no financiamento bancário leva-rão certamente a mudanças de propriedade, a fusões e verticalizações e, pontualmente, à cessação de alguns títulos. Neste contexto, o grupo Cofina parece ser o mais bem posicionado em duas “corridas” estraté-gicas. No ângulo da verticalização, o governo Passos Coelho – e, em particular, o seu “cérebro” político Miguel Relvas – elegeram-no como favorito para a privatização esquisita da RTP. No ângulo da capitaliza-ção, Paulo Fernandes surge como o empresário da Comunicação Social portuguesa que mais atenção consegue captar da parte de potenciais in-vestidores angolanos. Os dois dossiês são politicamente muito sensíveis e de desfecho imprevisível. Por isso, é arrojado prever se nos próximos meses iremos assistir à “refundação” de um grupo de Media que ficaria assim, num cenário otimista, emparelhado com a Impresa. Mas, já hoje sabemos que a Cofina conseguiu reunir as melhores condições para que a sorte corra a seu favor.

Já se tinha percebido que a oferta comer-cial do Aeroporto de Lisboa vinha a sofrer uma modernização profunda. Agora, com

a inauguração da Portfolio, ficámos a saber que essa mudança decorre sob o signo da

inteligência e sensibilidade. Luís Rodolfo somou às lojas existentes um novo espaço de altíssima qualidade. Cultura, Artesanato, Design, Moda, Sabores e Selection são os

domínios adotados sob a assinatura “Made of Portugal”. Made of em vez de Made in?

Sim, porque o racional do projeto é promover o que é fruto do talento, da tradição. Portugal

não é um local onde, é uma emoção que.

luís Rodolfo, diretor de Retalho da ANA Aeroportos

O jornalista está a viver, no sistema mediático e na opinião pública, o

combate da sua vida. Tem pela frente Alberto da Ponte, um gestor

experiente e focado na imagem que almeja fazer da RTP o trampolim

para uma nova fase da sua carreira profissional (ou política?). Apesar da

diferença de recursos envolvidos, o “homem só” Nuno Santos tem

conseguido reunir apoios relevantes e tem, sobretudo, contribuído para

“estragar” a agenda institucional do serviço público de TV e Rádio.

nuno Santos, ex-diretor de Informação da RTP

Paulo Fernandes, presidente da Cofina

À persistência e ao entusiasmo do líder da Multimedia Outdoors

Portugal se deve a realização em Lisboa de mais uma edição do Eurobest. Desta vez tivemos seminários com oradores mais

interessantes e iniciativas de formação com qualidade acrescida.

Vasco Perestrelo, sempre ambicioso, quer elevar a fasquia e diz esperar que, em 2013, naquela

que será a última edição, a indústria nacional da Publicidade aproveite

melhor o evento.

Vasco Perestrelo, CEO da MOP

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Briefing | é, desde outubro, ma-naging director da omD em Por-tugal. Que desafios lhe trazem estas novas funções?Bernando Rodo | Fico satisfeito por confiarem em mim, mas en-caro esta nomeação com muita naturalidade. O que eu trago do meu cunho pessoal é aquilo que, penso, faz as lideranças – é uma maneira de estar, de lidar com as pessoas, de perceber os negócios, de falar com os clientes. Penso que se vai começar a sentir mais com o passar do tempo e quando eu conseguir adaptar a estrutura a esta forma de estar que, no fundo, não é muito diferente daquilo que

Fátima de [email protected]

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Mais do que prescritores de meios

Assumiu em outubro a direção-geral da OMD, depois de um percurso de seis anos na agência de meios do Omincom Media Group em Portugal. Num contexto de contração dos orçamentos para a comunicação comercial e de depreciação de preços, Bernardo Rodo defende que a agência não pode ser um mero prescritor de meios: tem de ser – e é essa a marca que quer imprimir – um parceiro relevante para os anunciantes, ajudando-os a tomar as decisões que sejam melhores para o negócio e para as marcas

Bernardo Rodo, managing director da OMD

o grupo é – estou cá há seis anos, não sou propriamente protagonista de uma rutura com o passado.

Briefing | Apesar de não ser uma rutura, em que medida é que a mudança vai ser visível?BR | Primeiro, acredito que tenho uma capacidade para pensar mar-cas mais do que propriamente para prescrever media. Hoje sa-bemos que as marcas precisam de parceiros que sejam relevantes nas relações com elas e que lhes deem confiança nas decisões que têm de tomar. É essa forma de es-tar que trago: dar confiança aos anunciantes. Trago a preocupação

constante de ser um parceiro efe-tivamente relevante, de os ajudar a perceber muito bem como po-demos contribuir para o negócio e não sermos meros prestadores de serviços.Depois, trazendo o mindset digital para a equação certamente que vou conseguir ajudar a equipa da OMD a pensar de raiz como é que as marcas devem estar em todos os meios e não continuar a fazer a distinção – que deve ser extinta do nosso vocabulário – entre os meios tradicionais e os digitais.

Briefing | o que quer dizer quando afirma que não se limi-

ta a ser um prescritor de meios para as marcas?BR | Sou um prescritor de meios e vou continuar a ser, mas, quando digo que quero ser mais do que isso, não é tanto na ótica da oferta, mas no modo de contribuir efetiva-mente para que os anunciantes te-nham mais confiança nas decisões que têm de tomar. Quando há uma contração de inves-timento a tendência, quanto a mim errada, é haver um corte equitativo em todas as áreas da comunicação – publicidade, eventos, ativação de marca, digital… Ora, sabemos hoje que esta não é a melhor forma de readequar orçamentos. As marcas

Entrevista

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Mais do que prescritores de meios

“Sabemos que as marcas precisam de parceiros que sejam relevantes nas relações com elas e que lhes deem confiança nas decisões que têm de tomar. É essa forma de estar que trago: dar confiança aos anunciantes”

devem começar tendo o novo orçamento como base e depois perceber como deve ser feita a re-distribuição, escolhendo algumas formas de comunicação em detri-mento de outras. Não é decidir qual o melhor meio para a campanha A ou N, mas saber como reequacio-nar a comunicação partindo de um novo pressuposto que é um orça-mento que não permite estar onde já se esteve no passado. E esse é o novo papel das agências de meios. E porquê das agências de meios? Porque, historicamente, são muito fortes em research, em conheci-mento das marcas e do mercado. Sempre tiveram de trabalhar muito sobre bases de dados. Por exem-plo, consigo demonstrar com toda a evidência que as marcas que in-vestem em publicidade tradicional em momentos de crise crescem em quota de mercado, podem não crescer em valor, mas crescem em volume – temos estudos que o de-monstram.

Briefing | os orçamentos estão, de facto, em contração. mas é inevitável que as marcas cortem na comunicação comercial?BR | Não em todos os sectores. Há alguns que estão a cortar e isso faz com que a quebra no investimento seja generalizada. Mas mesmo nos sectores que estão a cortar nem todos os anunciantes o fazem. Claro que no acumulado dos últimos quatro anos, de uma maneira geral, todos cortaram de alguma maneira, mas não é verdade que todos os anunciantes em todos os sectores estejam a reduzir o investimento, inclusive há alguns que estão a aumentar. São aumentos pequenos – um esforço para segurar o que tiveram. Como é isso possível? Porque há um resultado efetivo do negócio. E porque pode ser estratégico para ganhar quota de mercado em volume e, quando o consumo retomar, recuperar valor. Mas também há sectores em que a quebra do consumo é tão acentuada que não há investimento que a consiga colmatar. Não é uma conta aritmética simples.

Briefing | A eficácia da comuni-cação é mais relevante do que nunca?

BR | Nunca foi tão relevante. Há menos margem para errar, além de que o contexto muda muito depressa. Temos de ter uma ca-pacidade muito grande para com-preender os hábitos de consumo, quase em tempo real, para apa-nhar as oportunidades de comu-nicação de facto diferenciadoras e colocar as marcas numa situa-ção de visibilidade que não teriam de outra forma. Por exemplo, os meios fazem ações especiais e, de repente, meios tradicionais têm propostas em plataformas interati-vas: temos de ver como aproveitar a interatividade, com que conteú-dos, se mais direcionados ou mais diversificados, com que métricas, se importam as vendas ou tem mais influência a notoriedade… São equações que fazemos em tempo real, a toda a hora.

Briefing | mas os anunciantes não continuam a querer o mes-mo?BR | Continuam a querer o mesmo e faz sentido que assim gera: con-tinuam a querer construir marcas, a conquistar o seu lugar na mente do consumidor, a lançar produtos. A atividade das marcas é a mesma e o ciclo de comunicação também se mantém. Talvez neste momento haja mais pressão sobre os resul-tados do que no passado. Se há algum reequilíbrio de objetivos é esse, mas a notoriedade continua a ser fundamental: sem ela não há vendas.

Briefing | Por sua vez, também os meios já não são o que eram…BR | Os media também são mar-cas e uma marca que comunica num meio associa-se a essa mar-ca que é o próprio meio. E, por isso, é muito importante que os meios sejam fortes. E como? Se tiverem conteúdos apelativos, se conseguirem trazer audiências in-teressadas e que atribuam valor a esses conteúdos – nesse contex-to, as marcas entram, numa lógica de que os meios são uma montra de comunicação, e há uma equa-ção positiva. Quando temos meios que, por circunstâncias do merca-do, começam a mostrar sinais de menos vitalidade começamos a ficar preocupados a vários níveis: pode haver eventualmente uma

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No atual contexto da comu-nicação comercial em Portu-gal, o que a OMD se propõe é ser um parceiro relevante e assegurar que proporcio-na aos anunciantes confian-ça para tomarem decisões. E, num ambiente de quebra generalizada, diz o mana-ging director que a agência está a “conseguir fazer duas coisas interessantes”: “Por um lado, estamos a recupe-rar parte dessa quebra com new business. Por outro, al-guns anunciantes, que não estão a seguir a tendência do mercado, compensam even-tuais contrações de outros”. Resultado: a OMD está a ga-nhar quota de mercado face às outras agências de meios.

A ganhar quota de mercado

omD

“O que eu trago do meu cunho pessoal é aquilo que, penso, faz as lideranças – é uma maneira de estar, de lidar com as pessoas, de perceber os negócios, de falar com os clientes”

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>>>deterioração dos conteúdos, au-diências menos fiéis e os próprios anunciantes, que estão também eles em situação de fragilidade, começar a retrair o investimento, o que vai enfraquecer mais o meio. Acontece também que começam a entrar outros anunciantes que, tradicionalmente, não teriam ca-pacidade para estar naquele meio, por exemplo para conviver num ambiente premium como o da te-levisão, o que cria um desequilíbrio muito grande entre marcas e con-teúdos.No caso da imprensa o fenómeno é mundial. E o digital pode ser uma saída, mas ainda ninguém sabe muito bem como é que o investi-mento publicitário em digital vai compensar a quebra no papel, o modelo de negócio ainda não está conseguido.

Briefing | mas o digital não é ain-da visto como um penso rápido, uma panaceia?BR | O que vemos é exatamente o que diz, medidas que não são de forma alguma estruturais, que são mascarar a oferta online com al-gum design, mas na verdade não é uma aposta na continuidade e longevidade do suporte. Os meios que têm bons conteúdos na veicu-lação tradicional fazem uma incur-são no online com a equipa B. Enquanto o papel tem uma relação muito rápida e direta entre a venda de publicidade e a circulação, no online é diferente, há um inventário muito grande – posso ter muitos utilizadores e não conseguir ven-der publicidade que pague o inves-timento. É verdade que estamos num momento de contração, mas os investimentos são isso mesmo – apostas no futuro. Os que come-çaram a percorrer esse caminho estão mais à frente: se o caminho for dar a algum lado eles chegam lá primeiro.

Briefing | e para as marcas o di-gital é mesmo incontornável?BR | No momento atual, não é fun-damental para todas as marcas, há marcas que sobrevivem sem uma presença no digital, mas, a médio prazo, sem dúvida que é funda-mental para todas. Porque agora há segmentos de negócio cujos consumidores já só estão no digi-

tal, os jovens por exemplo, mas – e isto é válido para todas as marcas – os consumidores do futuro só es-tarão no digital.Mas quando as marcas abordam o digital como mais um meio ou um meio meramente de perfor-mance, de cliques ou de vendas no site, estão a negligenciar o valor daquele meio. Porque, muito mais do que um gerador de cliques ou de tráfego para o site, devem ver o digital como um meio agrega-dor de todos os meios – é que o consumidor é interativo por exce-lência. Além disso, as marcas es-tão em imprensa, em televisão ou em rádio, mas qualquer um destes meios também existe online, pelo que as marcas têm de estar em to-das as plataformas onde os meios estão.

Briefing | não há só cortes no investimento publicitário, há também depreciação de preços. Que consequências tem esta conjugação?BR | Os meios têm espaço para vender e não têm anunciantes para ocupar esse espaço. A de-preciação do preço está asso-ciada à fragilidade dos próprios meios, que precisam de faturar. E permite que novos players entrem no mercado, encontrando espaço de comunicação que não teriam no passado.No caso da televisão, quando disse que é um meio premium, referia-me ao facto de ser um meio perante o qual normalmente esta-mos num contexto de recetivida-de, em casa, descontraídos, aptos a receber mensagens. Por outro lado, permite comunicar com uma riqueza visual e de conteúdos mui-to grandes. E, se a tendência é para as pessoas passarem cada vez mais tempo em casa, é nor-mal que a televisão consiga asse-gurar o seu lugar como elemento do convívio familiar. Sabemos hoje também que cerca de 40 por cen-to do que as pessoas estão a fazer nos tablets ou smartphones está relacionado com conteúdos tele-visivos. Além disso, existe um au-mento significativo de co-viewing, o que permite comunicar para pú-blicos-alvo diferentes em progra-mas que, tradicionalmente, não seriam eficazes para alguns deles.

“Quando há uma contração de investimento a tendência, quanto a mim errada, é haver um corte equitativo em todas as áreas da comunicação. Ora, sabemos hoje que esta não é a melhor forma de readequar orçamentos”

“Há menos margem para errar, além de que o contexto muda muito depressa. Temos de ter uma capacidade muito grande para compreender os hábitos de consumo, quase em tempo real, para apanhar as oportunidades de comunicação de facto diferenciadoras”

Entrevista

“Estou cá há seis anos, não sou propriamente protagonista de uma rutura com o passado”

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João Vilela aproveita a vida

Carro Audi Telemóvel iPhone Operador optimus PC/Portátil mac book air Aplicação favorita Run keeper Estação de rádio Smooth fm Canal de TV SiC notícias, Fuel tV Série de TV favorita CSi Jornal expresso Revista Surf Portugal, Visão, Wall Paper Site Surf line, kryptonproduction.com Caneta Space Pen Clube de futebol Benfica Cor laranja Água-de-colónia Aqua di gio Pasta de dentes Rembrendt Marca de roupa Prada, ermenegildo Zegna, Armani Marca de calçado uggs Camisas Armani Ténis Prada Jeans levis g Star Relógio iWC Banda preferida gosto de tanta coisa Livro uupanishads / hatta yoga pradipika Café (estabelecimento) garret estoril Esplanada le tremplim Courchevel 1850 Loja De pesca nas Azenhas do mar Praia Vale Figueira Restaurante Vila Joia, Confraria do Sushi, gulli Prato Perdiz frita, bacalhau cozido Cerveja Sagres Vinho Quinta da leda, Único, mochão tonel ¾ Tabaco Coiba, Partagas Melhor cidade para viver Vancoover Melhor destino para visitar itália, Canadá, escócia Hóbi Surf, Snowboard, Btt, Pesca Extravagância muitas Mantra/lema de vida A vida são dois dias

Uma mão-cheia de projetos. Assim se pode resumir o que João Vilela anda a fazer. Mas não se pense que são apenas projetos profissionais os que lhe ocupam o dia. Não são. O diretor-geral da Krypton compreendeu, já lá vão uns anos, que a vida não se esgota no campo profissional. Foi a morte de um grande amigo que o despertou para a necessidade de estabelecer uma rotina que lhe permita aproveitar todos os dias e tirar partido de todos os momentos, conciliando da melhor forma as diferentes faces da sua vida – pessoal, familiar, espiritual e profissional. A família é uma prioridade: “Considero que grande parte da minha felicidade está na própria casa. A família, para mim, é a harmonia, a razão de ser. Faço questão de tomar o pequeno-almoço e jantar todos os dias em família, levo sempre os meus filhos à escola, converso muito com eles e namoro muito a minha mulher”. O desporto é igualmente vital nesta nova etapa: “Aproveito todos os bocadinhos, as madrugadas, os finais de dia, as horas de almoço, os intervalos entre as reuniões ou para fazer surf, ou andar de bicicleta, ou pescar”. E a nível espiritual o Yoga é a sua filosofia de vida: é através do Yoga que “me aceito e apreendo a realidade, aprendi a ser mais humilde e a aceitar as minhas fraquezas, a ultrapassar as limitações, a dominar os impulsos”. Finalmente, a profissão: aqui tenta dar o máximo e tirar partido do tempo que lhe dedica – sem “reuniões com gente que diz a mesma coisa repetidamente só que de maneiras diferentes”… e sem deixar tarefas para o dia seguinte. E projetos? São negócio e “como o segredo é a alma do negócio”…

O que anda a fazer?

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12 Dezembro de 2012 www.briefing.pt

Portfolio de portugalidade

“Made of Portugal” é a assinatura da Portfolio, o mais recente espaço do Aeroporto de Lisboa vocacionado para promover o talento nacional. Mas é muito mais do que uma loja: é uma marca de portugalidade

“Promover o talento português nas suas várias vertentes” - este é o principal objetivo da nova marca Portfolio, criada no Aeroporto de Lisboa para dar a conhecer o que é português e o que de melhor se faz no País. Assim o garante Luís Rodolfo, diretor de Retalho da ANA Aeroportos, que esteve na origem da criação desta marca.O projeto demorou cerca de dois anos a ser de-senvolvido. Foi necessário definir um conceito, um nome, uma assinatura e uma imagem.Portfolio foi o nome escolhido. A lista de possi-bilidades era extensa, mas foi “amor à primei-ra”. A palavra Portfolio conseguia aliar numa sintonia perfeita a principal característica da marca – diversidade – e a referência a Portu-gal. A fórmula consistiu em juntar o “port”, de Portugal e de aeroporto, com “folio”, em que assenta o conceito da marca. No fundo, a Por-

tfolio pretende contemplar uma multiplicidade de produtos que espelhem a diversidade cul-tural do País. Juntamente com o nome surge a assinatura “Made of Portugal”. “Made of” e não “made in”, propositadamente, porque a lógica do projeto é promover o que é fruto do talento nacional, da tradição, o que é “feito de Portugal”. Não tem necessariamente que ser feito em território na-cional, mas sim com talento português. O coração de Viana, imagem da marca e um dos mais tradicionais emblemas portugueses, dá o toque final à Portfolio, juntando num mes-mo símbolo as cores da bandeira nacional e permitindo espelhar a “emoção e a alma” por-tuguesa. A Portfolio funciona como uma marca umbre-la de outras marcas nacionais, divulgando-as

junto de quem viaja. A seleção assentou em quatro pressupostos: qualidade, autenticidade, originalidade e inovação.Assim, disponibiliza produtos que vão da cul-tura ao artesanato, do design à moda, sem esquecer os tradicionais sabores portugueses. Contudo, cada marca mantém uma personali-dade própria, “respirando” livremente sob a al-çada da Portfolio, que funciona como um “selo de qualidade”, explica Luís Rodolfo.A marca junta o antigo e o moderno, tentando expressar a autenticidade, a originalidade, a criatividade e a inovação do que é feito pelos portugueses – como traduz a assinatura “Made of Portugal”. Apesar de recente, o objetivo é que a Portfolio se torne uma marca de portu-galidade contribuindo para divulgar o talento nacional.

Marca

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14 Dezembro de 2012 www.briefing.pt

Estabelecer um contacto privi-legiado entre senhorios e estu-dantes, principalmente para a comunidade estrangeira que vem estudar para o nosso país, é um dos objetivos do UniPlaces. Des-taca-se por ser uma plataforma digital inovadora e pioneira que disponibiliza, de forma rápida e eficiente, a mais alargada base de informação sobre casas e quartos de qualidade para arrendar a es-tudantes e visitantes, nas pro-ximidades do estabelecimento

Desde 2005 que as indústrias criativas são um must na política de responsabilidade social da Super Bock. Este ano foi distinguido um portal online de arrendamento universitário, o UniPlaces, promoveu-se um debate sobre empreendedorismo e o valor da criatividade nacional e realizou-se uma performance inédita de homenagem à cultura e língua portuguesa

Criativos ao palco

Responsabilidade Social

de ensino universitário que se vai frequentar.São milhares de estudantes que, anualmente, procuram alojamen-to em Portugal, por exemplo, no âmbito do programa Erasmus e outros semelhantes. Só em 2011, Portugal acolheu mais de 8 mil estudantes através daquele Pro-grama. Quatro jovens empreen-dedores detetaram esta oportu-nidade no mercado internacional de arrendamento. O negócio aca-baria por ser o vencedor da quar-

ta edição do Prémio Nacional de Indústrias Criativas Super Bock/Serralves Os responsáveis do projeto ven-cedor, além de receberem um prémio pecuniário no valor de 25 mil euros, entregue pela Unicer, e de verem o seu projeto de negó-cio desenvolvido, representaram Portugal no concurso mundial Creative Business Cup, na Dina-marca, onde foram distinguidos com o Prémio do Público. O Uniplaces foi escolhido es-

pontaneamente pela audiência presente, incluindo entidades ofi-ciais dinamarquesas ligadas ao sector das Indústrias Criativas, especialistas, investidores, res-tantes concorrentes, de um total de 19 projetos empreendedores de todo o mundo, e público em geral.De acordo com Joana Queiroz Ri-beiro, diretora de Pessoas e Co-municação da Unicer , este ano, o Prémio Nacional de Indústrias Criativas Super Bock / Serralves

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Dezembro de 2012 15www.briefing.pt

O Uniplaces foi escolhido espontaneamente pela audiência presente, incluindo entidades oficiais dinamarquesas ligadas ao sector das Industrias Criativas, especialistas, investidores, restantes concorrentes, de um total de 19 projetos empreendedores de todo o Mundo, e público em geral

recebeu 443 candidaturas, “o que supera o total de candidatu-ras recebidas nas três primeiras edições e demonstra o carácter empreendedor dos portugueses em desenvolver negócios em ter-ritório nacional, alguns com po-tencial de internacionalização”. O Prémio Nacional Indústrias Criativas Super Bock é promovi-do pela Unicer em parceria com a Fundação de Serralves, com o objetivo de apoiar e incentivar jo-vens empreendedores a transfor-mar as suas ideias em negócio. O modelo desta iniciativa, que reúne uma rede de parceiros ins-titucionais (ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários, BPI, ADI - Agência de Inovação, ESAD – Escola Superior de Artes e Design, Fundação da Juventu-de, IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, Brand New Box, Universidade Católica do Porto/Escola das Artes e Universidade do Porto), possibilita o financia-mento e a concretização de ou-tros projetos a concurso, para além do vencedor, desde que viáveis económica e financeira-mente.

O laboratório Nau NowMais antigo do que o prémio na-cional é o Super Bock Laborató-rio Criativo, que vai na sua séti-ma edição. Criado em 2005, este ano decorreu em Guimarães, no início de novembro, incluído na programação da Capital Euro-peia da Cultura, e ficou marcado por um debate sobre empreen-dedorismo e o valor da criativi-dade nacional moderado pelo humorista e apresentador Nilton.Subordinado ao tema Nau Now - e onde foi revelado o vencedor do Prémio Nacional de Indústrias Criativas Super Bock/Serralves – a iniciativa contou com a presen-ça dos nove finalistas do Prémio. Defenderam os seus projetos junto do público em geral e de um painel composto por Ricar-do Luz, empresário, fundador e presidente do Invicta Angels – Associação de Business Angels do Porto, Miguel Gonçalves, fun-dador da SparkAgency, e Odete

Patrício, diretora geral da Fun-dação de Serralves. No final do debate realizou-se uma performance inédita de homenagem à cultura e língua portuguesa, veículos de afirma-ção da nossa origem e identi-dade e da nossa diferenciação e especificidade. No âmbito do tema do Super Bock Laborató-rio Criativo, Luís Miguel Soares, curador e programador de todo o evento, desafiou a escritora e jornalista Filipa Leal e o maes-tro e compositor Rui Massena a criarem uma obra inédita de onde emergiram palavras, sons e um gesto coletivo em que o público presente foi convidado

ReSPonSABiliDADe SoCiAl

A Unicer é pioneira na promoção das indús-trias criativas em Portugal ao integrar o apoio a este sector na sua política de Responsabili-dade Social Corporativa, há quase uma década. Em 2005, nasceu o Unicer Laboratório Criativo, evento anual que retrata um momento da ativi-dade da empresa e onde se promovem inter-venções criativas interdisciplinares. Já em 2008, surgiu o Prémio Nacional Indústrias Criativas Super Bock/Serralves, em estreita parceria com

a Fundação de Serralves e dinamizado, em conjunto, com mais nove instituições de relevo nacional e que conferem solidez a um objetivo comum: o de sustentar a associação do mundo empresarial à comunidade criativa, incentivando jovens empreendedores a transformar as suas ideias em negócio. As quatro edições deste Pré-mio avaliaram cerca de 900 projetos e o número de candidaturas tem vindo a crescer significati-vamente de ano para ano.

A unicer e as indústrias criativas

a participar utilizando o som de um vasilhame. O Prémio Nacional Indústrias Criativas Super Bock/Serral-ves foi entregue pelo presiden-te executivo da Unicer, António Pires de Lima, que salientou a importância deste Prémio para a Unicer que contribui ativamente para a afirmação das Indústrias Criativas no panorama nacional: “O investimento neste prémio significa a aposta no empreen-dedorismo criativo, no convite às novas ideias e ao espirito empre-endedor dos portugueses como fonte de riqueza, de competitivi-dade e de desenvolvimento eco-nómico e social de um país”.

Joana Queiroz Ribeiro diretora de Pessoas e Comunicação da UNICER: o Prémio Nacional de Indústrias Criativas Super Bock / Serralves “demonstra o carácter empreendedor dos portugueses”

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16 Dezembro de 2012 www.briefing.pt

Comunicação

As suas raízes estão em 1835 mas em 2012 comemora 15 anos de presença em Portugal. Confusos? A explicação é simples: a AXA está efetivamente implantada no país desde o dia 1 de dezembro de 1997 mas na sua génese estão várias empresas seguradoras. É o caso, por exemplo, da Seguran-ça, (primeira companhia do gru-po Douro), cuja data de criação é 1835. Esta empresa foi mais tarde integrada na Companhia de Segu-ros Aliança Seguradora que pas-sou a fazer parte da Aliança UAP.

Solid as a rock poderia ser um bom resumo para este artigo, que retrata os 15 anos da AXA em Portugal. É que a solidez, assim como a proteção e a confiança, são valores-chave de uma “marca que marca 2012” e que foi pioneira em Portugal no naming a um estádio de futebol, o do Braga. Os próximos 15 anos serão de “procura e conquista de confiança”, diz Paulo Bracons, diretor de marketing e oferta

Cultura AXA que marcaFoi em 1997 que esta mudou de nome e imagem, depois da fusão entre a AXA e a UAP, em França, passando a chamar-se AXA Segu-ros Portugal.Para Paulo Bracons, diretor de Marketing e Oferta da segurado-ra, proteção e confiança “surgem como valores chave da nossa co-municação. Por isso, a mensagem sobre os 15 anos da marca é: 15 anos a construir uma cultura de confiança em Portugal”. Segundo o mesmo responsável há três ati-tudes core que integram o espírito

AXA: disponibilidade, dedicação e fiabilidade.Com 790 colaboradores e cerca de 700.000 clientes, a AXA Portugal representa 5 por cento do volume de negócios da Região Mediter-rânea e América Latina (Portugal, Espanha, Itália, Grécia, Turquia, Região do Golfo, Marrocos e Méxi-co) da qual faz parte (consolidação de resultados) que, por sua vez, contribui com 15 por cento para o volume de negócios do grupo AXA - presente em 57 países, com 163.000 colaboradores e distribui-

dores e 101 milhões de clientes.Sobre os marcos mais importan-tes dos últimos 15 anos, Paulo Bracons destaca o evento “AXA Portugal Vision” na FIL, no Parque das Nações, em 2002, o naming do estádio de Braga em 2007, o “Estádio AXA”, e a mudança de as-sinatura, em 2007, para “Redefini-mos / Standards”. “Quando rede-finimos algo é para melhor. Numa atividade de longo prazo, baseada na confiança dos nossos clientes, esforçamo-nos diariamente para a merecer”, afirma o responsável.

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Dezembro de 2012 17www.briefing.pt

nAming

DiSCuRSo DiReto

A aposta no Braga

“Força e diferenciação em Portugal”

A associação da AXA Portugal ao Sporting Clube de Braga, estabelecida em 2007, trou-xe como grande inovação o naming AXA ao estádio cons-truído para o EURO2004 pelo Arquiteto Souto Moura, Prémio Pritzer (“Nobel” da Arquitetura) em 2011. Explica a AXA: “Em alinhamento com a estratégia e os valores da AXA Portugal - profissionalismo, espírito de equipa, inovação, realismo e respeito pela palavra - esta par-ceria surgiu de uma forma na-tural. Pretendendo manter com o fenómeno desportivo, uma presença forte e próxima no mercado, foi a mais correta a escolha pela modalidade fute-

Briefing | o que é que foi deci-sivo na afirmação da marca em Portugal?Paulo Bracons | A visão, a solidez e os valores da marca AXA foram, sem dúvida alguma, essenciais para a afirmação da marca em Portugal. E, também não há qual-quer dúvida de que a afirmação da marca AXA, até então des-conhecida em Portugal, passou fortemente pelas pessoas, que aos diferentes níveis, têm ajuda-do na sua consolidação, desde clientes, distribuidores, colabora-dores e outros parceiros. Mesmo o público em geral tem ajudado à difusão e consolidação da marca como se comprovam os resul-tados de diferentes barómetros, internos e externos, em relação à notoriedade da marca. Hoje, somos uma marca com uma ele-vada notoriedade, em particular,

bol, por um dos desportos com maior capacidade de comuni-cação de marcas; e, mais con-cretamente, a escolha do Bra-ga, por ser equipa que, desde 2005, tem vindo a ter um cres-cente protagonismo e por estar localizada num ponto com forte concentração de agentes AXA e com forte potencial no seg-mento de PME”. A marca con-sidera que com esta parceria - presente no nome do estádio e também nas camisolas de jogo dos jogadores bem como nou-tros equipamentos - tem vindo a beneficiar de permanente ex-posição, muito associada ao crescente êxito desportivo do clube.

uma grande notoriedade espontâ-nea. Internamente, cada membro das diferentes equipas AXA con-segue identificar-se e divulgar cla-ramente a marca. Esta sugere-nos a criação de uma cultura comum (não esqueçamos que a empresa de 1997 era formada pela aliança de várias marcas e empresas). Por todas estas razões, muito rapida-mente a marca foi sendo reconhe-cida no mercado, em parte graças aos seus embaixadores (todos os seus colaboradores e agentes ex-clusivos). O orgulho de pertença ao grupo AXA, por um lado, e a estratégia internacional associada à marca, por outro, foram confe-rindo força e diferenciação à marca em Portugal. Um trunfo essencial. Hoje, a marca AXA reflete a nossa vontade de nos adaptarmos a um mundo em mutação constante e a redefinir o sentido do que fazemos.

Paulo Bracons, diretor de Marketing e Oferta da AXA Portugal, explica o que foi decisivo na afirmação da marca e quais as etapas mais importantes dos últimos 15 anos.

Briefing | Quais os marcos que considera mais importantes?PB | Olhar para trás, para estes 15 anos de marca AXA em Por-tugal, é olhar e perceber o que realmente constitui a solidez do nosso modelo de negócio. Nada mais, nada menos do que a missão da nossa empresa, os seus valores, a sua visão, ao fim ao cabo a sua estratégia. E são esses os marcos importantes da nossa história AXA. A principal preocupação da AXA foi, desde sempre, a satisfação do cliente, através da oferta de produtos de qualidade e de um serviço cui-dado e profissional que lhe per-mitissem viver com serenidade e confiança no futuro. Por isso, organizamos em 2000 o evento “AXA Portugal Vision” na FIL, no Parque das Nações, para dar a conhecer ao público o que era

a AXA, a sua cadeia de valo-res e o seu papel responsável na sociedade (económica e socialmente). Este é prova-velmente um dos momentos mais fortes destes 15 anos, que mais reconhecimento e orgulho transmitiram à AXA, aos seus Parceiros, clientes e colaboradores. Diria que outro grande marco, mais emocional, mais vibrante… foi o naming do estádio de Braga em 2007, o “Estádio AXA”. Finalmente, também em 2007, a mudança da nossa assinatura para “Re-definimos / Standards” foi um marco importante na história da marca. Quando redefinimos algo é para melhor. Numa ativi-dade de longo prazo, baseada na confiança dos nossos clien-tes, esforçamo-nos diariamen-te para a merecer.

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18 Dezembro de 2012 www.briefing.pt

Eficácia premiada

Foi a noite do Queijo Limiano, da Fuel, da Arena Media e de mais 26 casos de sucesso da publicidade em Portugal. Tudo aconteceu na noite de 15 de novembro numa iniciativa da APAN – Associação Portuguesa de Anunciantes e do Grupo Consultores: os Prémios à Eficácia. Homenagearam-se empresas, que viram a sua estratégia de comunicação comercial distinguida, mas também os criativos que souberam interpretar os desejos das marcas e as agências que lograram colocar as campanhas nos meios mais eficazes para passar a mensagem. Pinto Balsemão, fundador da Impresa, foi o homenageado da noite

Jet Marketing

João Manzarra

Entrega da placa de homenagem (Eduardo Branco com Francisco Pinto Balsemão, Chairman do grupo Impresa)

Paula Gomes (Diretora de Marketing da Bel Portugal) - campanha “Lançamento do Limiano de Vaca e Ovelha” - Grande Prémio Eficácia 2012, com João Carlos Oliveira, CEO da Y&R

Plateia

Francisco Pinto Balsemão (Chairman do grupo Impresa)

Equipa da Fuel – Agência Criativa do Ano – com Miguel Barros (CEO) a segurar o troféu

Eduardo Branco (Presidente da APAN)

Miguel Osório (Administrador de Marketing da Sonae MC e Presidente do Júri 2012)

Agência de Meios do Ano – com Fernanda Marantes (Diretora-Geral) a segurar o troféu

Ram

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elo

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20 Dezembro de 2012 www.briefing.pt

Marketing

Caça aos zombies em Lisboa? Sim, é possível num jogo online inspirado na série “The Walking Dead”. Este é apenas um dos exemplos de uma estratégia co-mum que os departamentos de marketing e comercial da Fox In-ternational Channels (FIC) come-çaram a desenvolver de uma for-ma mais intensa a partir de julho, mês em que Margarida Blattman entrou para a empresa. Com 20 anos de experiência de marketing, tem uma máxima: “Soluções mi-lagrosas não há. Há envolvimento e paixão e isso pode fazer a dife-rença”.Essa diferença notou-se na par-ceria inédita que a Moche, a Fox

Ram

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Parceria para o sucesso

Nos canais Fox comercial rima cada vez mais com marketing. Ou seja, há uma estratégia comum entre as duas áreas para fazer propostas que vão além da pura publicidade e do puro patrocínio. margarida Blattman, diretora de marketing, e Jorge Padinha, diretor comercial, explicaram ao Briefing como é que esta parceria está a funcionar e quer ter cada vez mais êxito

e a Universidade Nova de Lisboa fizeram, em outubro, para lançar o jogo que deu origem a uma ca-çada real pela cidade de Lisboa, com recurso a técnicas de ge-orreferenciação e mapeamento. Esta caçada foi possível através da tecnologia desenvolvida pelo ISEGI-NOVA, que pressupõe a utilização da câmara do telemó-vel para captar imagens 3D dos zombies de “The Walking Dead”.Os produtos da Fox – que in-cluem séries aclamadas mun-dialmente como a já referida “The Walking Dead” ou “Segu-rança Nacional” - ajudam a que esta estratégia tenha êxito. “Temos um canal que investe imenso no

seu produto e isso é a primeira parte desta história”, diz Marga-rida. Depois, é planear ações de marketing que possam ter uma vertente comercial integrada. Com isso consegue-se apoiar o lança-mento de uma série e divulgar a marca patrocinadora.Trata-se de “propostas que vão além da pura publicidade e puro patrocínio”, refere a responsável do departamento de marketing. Jorge Padinha adianta que “à me-dida que o comboio começa a andar e a fazer o seu percurso as coisas tornam-se mais sim-ples. As audiências e a notorie-dade tornam-se cada vez mais interessantes”. Os dois respon-

sáveis têm “visões muito próxi-mas” e há sempre uma “parceria entre o marketing e comercial”, acrescenta Padinha.Esta interligação cada vez maior entre as duas áreas potencia não só a marca Fox mas tam-bém as marcas que patrocinam as séries e os programas. Per-mite ainda concretizar uma das ideias-chave de Blattman e que aplica a qualquer empresa: de-senvolver soluções taylormade para os seus clientes. Por últi-mo, mas não menos importante, permite fazer crescer as marcas Fox de uma forma global e sus-tentada e fortalecer a ligação emocional a quem vê os canais.

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Dezembro de 2012 21www.briefing.pt

Medir o pulso a Portugal

Um painel de decisores que dá a sua opinião qualificada sobre diversos temas da atualidade portuguesa. Este é o bilhete de identidade do Think Tank, que reúne um conjunto de personalidades que todos os meses responderá aos desafios colocados pelo Briefing e pela Ipsos Apeme, que organizam esta iniciativa. O que se pretende é um olhar de vanguarda, um ponto de vista de referência, um diagnóstico preciso e um rumo eficaz.O Think Tank é o grande barómetro de atitudes e tendências

Diretor-Geral da RTP

Fernando SearaPresidente da CM Sintra

Sandra Vera-CruzSenior Consumer Insights Manager

EEMEA, Coca-Cola

Pedro CasquinhaExecutive director, Chief

Marketing Officer da ANF

luís Pereira SantosGlobal Marketing and

Portugal Sales Director da Sovena

Jorge Seguro Sanches, Membro

do SecretariadoNacional do PS

CEO da Havas Worldwide Portugal

Rui AlmeidaDirector Intelligence

& Research HAVAS MEDIA

Diretora de Marketingda Fidelidade Mundial

Paulo Campos CostaDiretor de Marca e

Comunicação da EDP

Diretora de Pessoase Comunicação da Unicer

Ana PortelaDiretora de

Comunicação da CP

CEO da OgilvyRui Dias AlvesCEO da Return On Ideas

Diretor de Marketing da Sonae MC

Catarina FernandesDiretora de Comunicação,

Marca e Resp. Corporativa da Sonae

Direção MarketingEstratégia & Business Devolopment da CIN

luís Paixão martinsAdministrador da LPM

CEO/OwnerProjeto Manhatan

mónica ChavesAdmnistradora da

Brandkey

Country Manager da WPP

tiago SigorelhoDiretor Estratégia Marca

Grupo PT

Secretária-Geral da APAN

John Alves, Diretor de Marketing e Comunicação

da McDonald’s

Rodrigo moitade Deus, CEO da

NextPower Comunicação

enrique Jimenez, administrador-delegado,

Tabaqueira, subsidiária da Philip Morris International

isabel RodriguesDiretora Marketing da Cofina (Área Jornais)

luís mergulhãoCEO do Omnicom Media

Group

nathalie BallanPartner da

Sair da Casca

miguel de Sá da Bandeira, Diretor de

Marketing da Citroen, SA

Pedro gonzalezDiretor Executivo da Mola Ativism

António Carriço Diretor de Comunicação

da Vodafone

Paulo PadrãoDiretor de Comunicação

do BES

António CostaDiretor do Diário

Económico

Anthony gibsonCEO da Publicis

Portugal

Vanessa da trindadeDiretora Geral da

Trendalert.me

Rui CalafateDiretor Geral

da Special One

miguel Horta e CostaVice-Presidente da

Havas Worldwide Portugal

Ana miranda Diretora Marketing

da Ibersol

Think Tank

UMA INICIATIVA:

&

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22 Dezembro de 2012 www.briefing.pt

mooD

Think Tank

FiCHA téCniCAmooD – Termómetro das atitudes que se vivem nos negócios em Portugal | Hot – Opinião qualificada sobre a inovação, relevância e eficácia de ações de comunicação/marketing com visibilidade mediática | tRenDS – Identificação de tendências com implicações no consumo e cuja pertinência pretendemos avaliar junto dos participantes do painel

A opinião dos membros do painel Think Tank é clara: 86 por cento está pessimista sobre o futuro do país. Esta opinião é reforçada quando se pergunta como é que estamos em relação ao mesmo período do ano passado. É que 73 por cento dos inquiridos afirma que estamos pior e 15 por cento que nos encontramos muito pior. A opinião do painel não surpreende se tivermos em linha de conta que 2013 está à porta e se advinha um ano ainda mais difícil do que 2012. A distribuição e o retalho continuam a ser, segundo o painel, o sector que mais terá oportunidade de afirmar a sua posição no próximo ano.

VoiCeS PeRSonAlCONSUMIDOR PERGUNTA MARCA RESPONDE

Alexandra teixeira, 43 anos, 2 filhos, residente em Famões

com necessidades especiais de mobilidade e estudantes. Para os clientes em geral, disponibiliza di-versas soluções que procuram ir de encontro às suas necessidades específicas de trabalho ou lazer. Alguns exemplos:- Preços especiais para grupos em todos os serviços, destacando viagens de ida e volta a 1 euro por pessoa em Lisboa e a 2 euros por pessoa no Porto.- Em algumas linhas, nomeada-mente Alentejo, Beira Baixa e Beira Alta, está disponível o pas-se mensal Flexipasse que permi-te a utilização indiscriminada dos comboios Intercidades e Regio-nais para maior flexibilidade de horários.- Bilhete Família - 50% de des-conto para famílias em serviços de Longo Curso e Comboios LisboaPara verificar o leque completo de soluções e respetivas condi-ções, pode contactar o número 808208208, site www.cp.pt ou pontos de venda nas estações.

COMO SE SENTE EM RELAÇÃO AO FUTURO DO PAÍS?

NA SUA OPINIÃO E CONSIDERANDO OS SEGUINTES AGENTES ECONÓMICOS E SOCIAIS, QUAIS AQUELES QUE TERÃO OPORTUNIDADE DE AFIRMAR A SUA POSIÇÃO NO PRÓXIMO ANO?

COMPARATIVAMENTE COM O MESMO PERÍODO DO ANO PASSADO (SETEMBRO), DIRIA QUE ESTAMOS...

Muito otimista Otimista Indiferente

Pessimista Muito Pessimista

MelhorMuito melhor (0%) Nem Pior,Nem Melhor

Pior Muito Pior

73%

15%

8%4%

A CLASSE MÉDIA EM ANGOLA NÃO É UM MITO, EXISTE MESMO

PESSIMISMO CONTINUA A DOMINAR

“Face ao contexto atual de crise económica e social, as promo-ções e descontos tem incidido sobretudo nas áreas de consu-mo, gostava de saber o que es-tão as empresas que fazem e distribuem produtos e serviços essenciais, como os transportes públicos ou a energia, a pensar fazer para ajudar os consumido-res? existem estratégias a pensar nas pessoas mais necessitadas?

R.: Ana Portela, diretora de comu-nicação da CPA CP – Comboios de Portugal é o maior operador de transporte em Portugal, realizando cerca de 1.500 comboios diários em todo o país. Pelo seu carater nacional, serve segmentos distintos da população, com necessidades específicas e diversificadas. Dado que presta um serviço público e social, alguns dos seus preços são determinados por legislação. Existem condições especiais para vários segmentos: crianças, cidadãos de 3.ª idade ou

3%

4%

7%

86%

37%

Distribuição e Retalho

Energia

Órgãos Comunicação Social

Administração Pública

Fabricantes Prod. Grande Consumo

ONG’S

Igreja

EducaçãoSaúde

7%7%

10%13%

3%10%

3%10%

0%

Sector Automóvel

Muito se tem falado nos media so-bre a classe alta Angolana, porém, constato, em Angola e em Por-tugal, sinais consistentes de um crescimento da classe média An-golana, compondo um segmento importante a que as marcas por-tuguesas e globais devem estar atentas. Os estudos que reali-zamos em Angola demonstram o poder que as marcas portuguesas têm na mente do consumidor an-golano, não só por estatuto pró-prio mas por contraste com uma menor capacidade produtiva do país. As nossas marcas são con-sumidas e desejadas, represen-tam qualidade e sofisticação. São marcas “sociabilizadoras”, na me-dida que se prestam a ser faladas e mostrada. Devemos por isso es-tar atentos à constituição e desen-volvimento desta nova procura; à semelhança do que aconteceu há uns anos em Portugal, a socieda-

de de consumo angolana está a crescer e a sofisticar-se. As nos-sas empresas têm agora oportuni-dade de ser companheiras neste processo evolutivo, tomando par-tido do cruzamento entre os dois mercados. Não se trata apenas de ir para Angola, ou de vender a An-golanos de passagem por Portu-gal, o que acontece no nosso país não é indiferente ao consumidor angolano e pode ser uma porta de entrada neste mercado. Defen-dendo que existem conteúdos de interesse transversal não posso deixar de reforçar a relevância de utilizar mensagens direcionadas e adaptadas ao consumidor ango-lano, no fundo de reconhecer as suas especificidades, como aliás tão bem têm feito algumas em-presas Portuguesas. Por outras palavras, acabou a era de Ango-la como país de escoamento de contentores!

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Dezembro de 2012 23www.briefing.pt

tRenDS

RECONHECIMENTO ENQUANTO TENDÊNCIA

IMPACTO NOS NEGÓCIOS

Reconhece o seguinte fenómeno como tendência? Avaliação positiva: (Muito provavelmente / De certeza) 47%Avaliação positiva: (Muito provavelmente / De certeza) 40%

De certeza que sim (0%)

Talvez

Muito provavelmente

Pouco provavelmente

De certeza que não (0%)

De certeza que sim

Talvez

Muito provavelmente

Pouco provavelmente

De certeza que não

IMPACTO NO MERCADO PORTUGUÊS

O showrooming designa a utilização das lojas como showrooms, que os consumidores visitam para en-contrar e selecionar bens e serviços, mas cujas com-pras efetuam não ali mas via web, normalmente a preços mais competitivos. Esta tendência, que agora dá os seus passos iniciais, prospetiva sedimentar-se à medida que o online cresce à custa dos canais tra-dicionais; crescimento que não é “apenas” sustenta-do no fator preço mas também em valores inerentes de conveniência – nomeadamente o poder comprar

sem limitações de local e de tempo. A Economist Intelligence Unit, no seu relatório Retail 2022, refere um mercado crescentemente virtual, que irá trans-formar a paisagem do retalho a nível global, onde as marcas terão de se adaptar e evoluir, previsivelmen-te para multicanais de venda, e as lojas para uma maior correlação entre as plataformas físicas e virtu-ais. O espaço loja existirá num futuro próximo? Sim, claro, mas decididamente não como o conhecemos atualmente.

Hot

AVALIAÇÃO MÉDIA

A FELICIDADE À MODA DA IKEA

SHOWROOMING

Assinada pela TBWA e produzida pela Garage a campanha da IKEA tinha como mote a felicidade. Segundo a empresa, “a essência da campanha assenta na ideia de que a felicidade é um sentimento simples que depende de cada um de nós, e da forma como encaramos as situações de vida”. Nesta campanha a IKEA defendeu que “a felicidade está nas pequenas coisas, dentro da nossa casa”. Com um total de oito spots diferentes, a campanha passou na SIC e na TVI. Esteve também presente em rádio, imprensa mensal, internet display, adwords e redes sociais da marca.

Todos os meses escolhemos uma

campanha acerca da qual gostaríamos de ter a sua opinião.

Como avalia esta campanha em termos

de inovação, relevância e eficácia? Utilize por

favor a seguinte escala de 1 a 7.

1

0

3

5

2

4

6

7

EFI

CIA

INO

VAÇ

ÃORE

LEV

ÂN

CIA

UMA INICIATIVA:

&

Sim

Ns/Nr

Não

37% 47%10%

53%

13%

7%

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30%

17%

30%

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Limiano e Terra Nostra. Quando se fala nestas duas marcas há algo que “mexe” com os portugueses que gostam de queijo. Remetem para recordações de infância, tra-dições de família. Atenta a todos estes detalhes a Bel Portugal, que pertence ao grupo Bel, terceiro operador de queijo a nível mundial e que em Portugal detém aque-las duas marcas, tem sempre em conta dois eixos fundamentais na comunicação destes produtos: a família e a afetividade. “Temos a grande felicidade de tra-balhar uma marca preferida pelas famílias portuguesas e de ter um produto muito apreciado pelos con-

Publicidade

Primeiro foram testados três conceitos de comunicação junto de consumidores. Depois, focada nos atributos do produto, a Y&R desenvolveu a ideia da campanha. O foco foi o fator “surpresa”. O resultado foi a conquista do Grande Prémio dos Prémios Eficácia 2012. Na origem de tudo esteve o mais recente membro da família dos queijos Limiano: o Amanteigado de Vaca e Ovelha. Paula gomes, diretora de Marketing da BEL Portugal, conta ao Briefing como tudo se passou

Como ficar de boca abertasumidores. Esta é a base de toda a comunicação, por isso mesmo é que a nossa comunicação é muito ponderada e objeto de uma análi-se crítica a todos os níveis”, refere Paula Gomes. Um dos pontos de partida são os estudos que a Bel desenvolve junto de consumidores de imagem da marca assim como os de pós-avaliação das campa-nhas. “Desta forma conseguimos compreender se a mensagem foi clara e conseguimos aferir os vá-rios atributos da marca”, afirma a mesma responsável.Com a campanha que ganhou o Grande Prémio Eficácia foi assim. O principal objetivo da campanha

era dar a conhecer o mais recen-te membro da família Limiano: o Amanteigado de Vaca e Ovelha. “Era essencial ganharmos noto-riedade com um produto de um novo segmento de mercado, prato nacional, e gerar no consumidor a vontade de experimentar”, diz a diretora de Marketing. Focada nos atributos do produto, a Y&R desenvolveu a ideia da campanha “Para ficar de boca aberta”. Diz Paula Gomes: “Trata-se de uma campanha que demonstra o quanto o Limiano é um queijo sur-preendente: é amanteigado, mas fácil de cortar; é artesanal mas também sofisticado; é um mimo

para mim e também para dar à família e aos amigos; é para todos os dias e também para os dias es-peciais. O foco foi o fator surpresa, para deixar os portugueses com vontade de experimentar”.O processo criativo partiu de um briefing desenvolvido pela Bel em parceria com o departamento es-tratégico da Y&R. Do briefing resul-taram três conceitos que formam testados junto do consumidor. Foi através do conceito que a Y&R de-senvolveu a ideia criativa e o claim “Para ficar de boca aberta”. Para este produto em específico, o ponto de partida foi ter em conta que o Limiano Amanteigado Vaca

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e Ovelha é um queijo versátil que se destina a ocasiões de consu-mo em família e com amigos. “No ano que atravessamos as famílias Portuguesas estão mais viradas para dentro, para consumo em casa, reuniões familiares, por isso tínhamos este ponto a nosso fa-vor”, afirma Paula Gomes. A marca procura comunicar cons-tantemente todas as inovações, tendo por base um fio condutor inerente à marca. Conta a res-ponsável de marketing que um exemplo disso é o mais recente lançamento de Limiano Amantei-gado Vaca e Ovelha Light. O novo Limiano com -50% gordura res-ponde à preferência das famílias portuguesas por queijos amantei-gados e simultaneamente à cres-cente preocupação com a saúde e o bem-estar. Uma vez mais todas as ações de comunicação foram pensa-das para deixar os portugueses de “Boca Aberta”, prontos para experimentar este novo queijo: amanteigado, mas fácil de cortar; artesanal mas ao mesmo tem-po moderno e sofisticado; para consumir em família; delicioso e muito mais leve com menos 50 por cento de gordura. A Bel é o terceiro operador de queijo a ní-vel Mundial. Em 2011, faturou 2,5 mil milhões de euros, tendo a Bel Portugal faturado 139 milhões. Em Portugal, a Bel tem as duas maiores marcas do mercado: Limiano e Terra Nostra, líderes no mercado de queijo e no seg-mento de flamengo, ambas com níveis de notoriedade próximos dos 100%. Trabalha também as marcas do portfólio internacional. A Vaca que Ri é a marca líder e a marca referência do seu seg-mento de mercado e encontra-se em crescimento. Por ano já são consumidos mais de 36 milhões de triângulos em Portugal. De uma forma global, no mercado de queijo, em termos de comunica-ção, a Bel é o maior player, com investimentos contínuos ao lon-go de mais de 10 anos nas suas principais marcas: Limiano, Terra Nostra, A Vaca que Ri. Em acu-mulado até Agosto deste ano, a Bel Portugal investiu 59 por cento do total do investimento publici-tário no mercado de queijo.

Publicidade

O principal objetivo da campanha era dar a conhecer o mais recente membro da família Limiano: o Amanteigado de Vaca e Ovelha. “Era essencial ganharmos notoriedade com um produto de um novo segmento de mercado, prato nacional, e gerar no consumidor a vontade de experimentar”, diz a diretora de Marketing

Briefing | Qual a abordagem que a Bel faz às redes so-ciais? Que tipo de iniciativas é que tem desenvolvido?Paula gomes | A BEL conta com uma presença significa-tiva no online, nomeadamente nas redes sociais, tornando os consumidores fiéis em embai-xadores. Proximidade e envol-vimento são as palavras-chave neste meio. Exemplo disso é a comunidade da marca A Vaca que ri que conta com quase 100.000 fãs. Limiano apresen-ta cerca de 60.000 fãs e Terra Nostra 50.000. As grandes

PRémio

eStRAtégiA

Primeiros passos na internacionalização

Briefing | o que significou para a Bel a conquista do grande Prémio dos Prémios eficácia 2012?Paula gomes | O Grande Pré-mio à Eficácia traz reconheci-mento pelo que construímos para a marca e traz-nos também prestígio a nível nacional e inter-

iniciativas no meio online estão alinhadas com as iniciativas que fazemos nos meios tradicionais, para serem potenciadas. A últi-ma iniciativa que fizemos foi os “Momentos Derretidos”, em que promovemos um sorteio das melhores fotografias tiradas em Família a utilizar o nosso queijo Limiano e a mini-raclette (brinde que oferecemos na compra do nosso produto).

Briefing | A Bel tem promovido o limiano nos outros mercados em que está presente? De que forma?

Pg | A nível global, a Bel está presente com o seu portefólio internacional em mais de 120 países. As nossas marcas lo-cais, nomeadamente Limiano, está a dar os primeiros passos na internacionalização. Temos o sonho de a tornar uma mar-ca global e estamos a trabalhar nesse sentido em dois eixos: o mercado da saudade, que faz cada vez mais sentido com o crescimento da emigração e em mercados de franco cresci-mento económico, começando por aqueles que falam a mes-ma língua.

nacional. Limiano faz parte da uma grande empresa internacio-nal e este prémio é o reconhe-cimento do nosso trabalho em Portugal. Dá-nos também mais credibilidade para continuarmos a investir em marcas Portugue-sas, na sua contínua inovação e na comunicação.

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Paula Gomes, diretora de Marketing da BEL Portugal

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28 Dezembro de 2012 www.briefing.pt

Passeio Público

A europeísta empreendedora

Europeísta e empreendedora. São dois atributos que assentam como uma segunda pele em maria do Carmo marques Pinto, a nova diretora de Empreendedorismo e Economia Social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Europeísta porque construiu praticamente toda a sua carreira ao serviço do projeto europeu, mas também, e sobretudo, porque acredita verdadeiramente na União Europeia. “É nossa”, “não há volta atrás”

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Foi a convite pessoal de Pedro Santana Lopes, atual provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lis-boa (SCML), que Maria do Carmo Marques Pinto assumiu a Direção de Empreendedorismo e Econo-mia Social da instituição. Incum-bência: imprimir uma nova dimen-são e dinâmica ao empreendedo-rismo social, no início de uma nova fase da vida do departamento, que começou por dar resposta a inicia-tivas das comunidades locais, atra-vés do microcrédito, mas ambicio-

na impulsionar projetos com maior impacto social, mais estruturados e com sustentabilidade.Esse foi o desafio que aceitou. “Sabe o que é que eu respondi quando o dr. Pedro Santana Lo-pes me perguntou o que é que eu percebia de empreendedorismo? Respondi-lhe que sou empreende-dora”. E o foi também o que disse aos colaboradores quando assu-miu o cargo: “Disse-lhes que não podemos pregar o empreendedo-rismo se não formos nós próprios

empreendedores”. E – sublinha Maria do Carmo – “ou se é ou não é”. Porque ideias há muitas, umas são boas, outras podem ser me-lhoradas, mas mais importante é encontrar um empreendedor que vá tornar uma ideia má numa ideia boa. É que um empreendedor, ao contrário de alguém que vive de-pendente de subsídios, “jamais falará de um problema, fala imedia-tamente de uma solução”. É esta atitude que procura, pois. Li-cenciada em Direito pela Universi-

dade Católica de Lisboa, frequen-tou uma pós-graduação em Direito Comunitário, pela mesma institui-ção, e possui um diploma em Altos Estudos Europeus, pelo Colégio da Europa, em Bruges. Porquê esta inclinação? A explicação é sim-ples: “Sou da geração da adesão [de Portugal à então Comunidade Económica Europeia]”. Fez – diz – “o percurso lógico para quem sai da faculdade naquela época”. Um percurso que a levou a uma permanência de dez anos em

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Com Dominique de Villepin, Antonio Vitorino, Josep Piqué, na Presidência do Conselho de Ministros da Bulgária

Com o Primeiro Ministro da Bulgária, Sergey Stanishev e o Comissário Europeu Sim Kallas

Bruxelas, como assessora jurídica da Secretaria-Geral do Conselho da União Europeia. “Fui apren-diz, aprendi muito do que sei no Conselho, que me deu uma visão transversal dos assuntos – fiscais, financeiros, cultura, social – e uma visão institucional da União”. Foi aí que aprendeu a gostar de po-lítica, das negociações, da arte do compromisso. Mas, ao fim de duas décadas e depois de já ter vivido duas presidências do mes-mo país, decidiu que estava na altura de mudar de vida. Até por-que não queria que os filhos - tinha dois então – crescessem em Bru-xelas. Desagrada-lhe o ambiente eurocrata, burocrata: “As pessoas perdem as raízes. Fica-se sem sí-tio para voltar e eu não queria não ter sítio para voltar”. Entre Lisboa e Barcelona – o marido é catalão – venceu a segunda, onde nasceu o terceiro filho.Não deixou, porém, os assuntos europeus. Trabalhou para o gover-no da Catalunha como secretária--geral do Patronat Catalunya-Món, o consórcio público para a promo-ção exterior da região, e, mais tar-de, fundou a sua própria empresa – o GEA (Barcelona European Con-sulting para Assuntos Internacio-nais e da União Europeia).Entre estas duas etapas, uma experiência única: assessora do primeiro-ministro da Bulgária. Foi durante uma viagem aos Estados Unidos, a convite do Departamen-to de Estado norte-americano e quando ainda colaborava com o governo catalão, que fez o contac-to que a levaria a Sofia: conheceu uma deputada búlgara, que, mais tarde, haveria de apelar aos seus conhecimentos europeus para ajudar o primeiro-ministro a lidar com o congelamento dos fundos europeus. Aquilo que deveria ser apenas uma assessoria pontual prolongou-se por um ano, a con-vite do primeiro-ministro, então Sergei Stanishev. “Tudo quanto se diga é pouco. É outro mundo”. Porquê? Maria do Carmo relata o insólito de um chefe de governo que não falava diretamente com o presidente da Comissão Europeia. “Nem queria acreditar. Ninguém do gabinete dele tinha ido alguma vez a Bruxelas, pelo que a minha mis-são era regularizar as relações com

“Nós somos a União Europeia. É o nosso espaço. Não há em deve haver volta atrás. Temos de encarar a União como nossa, não estamos a discutir o projeto de outros”

Maria do Carmo Belard-Kopke Marques Pinto de Dalmau. Este é o nome completo da direto-ra de Empreendedorismo e Economia Social da SCML. Um nome a espelhar a multi-culturalidade das suas origens. Comecemos pelo primeiro ape-lido: Belard-Kopke, uma “alian-ça” entre a herança espanhola e a alemã. O Belard chega-lhe por via de um trisavô espanhol e com uma estória acoplada:

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entre espanha e Alemanha

rezam os anais da família que, com negócios do café em São Tomé, esse antepassado viaja-va muito e num dos regressos a casa a mulher terá tido um caso extraconjugal, o que levou a mudar-se com os filhos para Lisboa; terá então abandonado o apelido original – Velarde – ou este terá sido corrompido pelos portugueses que não o saberiam pronunciar, não se sabe bem. O que se sabe é que casou com

uma portuguesa, da qual Ma-ria do Carmo é descendente.Já o Kopke é alemão, herdado da presença de antepassados de Hamburgo, cônsules da Liga Hanseática, que rumaram a Portugal nos idos de 1600, tendo-se estabelecido no Por-to e dedicado ao negócio do vinho com o mesmo nome. Da genealogia paterna ficou o Marques Pinto. E o Dalmau chega por via do casamento.

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Com Artur Mas, atual presidente da Catalunha

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30 Dezembro de 2012 www.briefing.pt

Passeio Público

o gabinete de Durão Barroso”. O governo acabou por cair, mas Durão Barroso acabou a prestar homenagem ao primeiro-ministro cessante no Parlamento Europeu.E se esta falta de comunicação entre os governos de Sofia e da União Europeia era inédita, menos não se pode dizer da experiência de viver na Bulgária: “É outra cultu-ra. Por um lado, são eslavos e têm uma influência oriental muito gran-de; por outro, receberam a herança do regime soviético, de que eram os mais ortodoxos e o que os tor-na muito fechados e malabaristas ao mesmo tempo”. Além de que é um país muito pobre: “Nunca tinha visto tanta pobreza, não nas ruas, mas dentro de casa. Há um atraso brutal e uma nova economia para-lela”.De Sofia, Maria do Carmo Mar-ques Pinto regressou a Barcelona. E entretanto a Lisboa. Apenas com o filho mais novo, de 12 anos. Os outros – de 23 e 21 – e o marido permaneceram na capital da Cata-lunha, mas diz Maria do Carmo a família é mais do que o local onde estão: “A cumplicidade é tão gran-de que é indiferente onde estamos. É claro que não podemos estar to-dos separados eternamente, mas eles compreendem perfeitamente.

Há uma grande solidariedade, ape-sar da distância”.Não foi o convite de Pedro Santana Lopes que a trouxe de regresso ao seu País. Veio sem uma ocupação definida “unicamente” para intervir, com “espírito de serviço”. Já tinha servido o governo da União, o da Catalunha e o da Bulgária, sentia que, agora, era o momento de ser-vir o seu. “Interessa-me o que faço, não o dinheiro pelo dinheiro”. Mas a frustração nublou a dedicação: “É impossível neste País. Ou se pertence a um partido e se é apa-drinhada dentro do partido ou não se tem hipótese. Compreendo que a confiança pessoal é indispensá-vel, mas não é incompatível com dar valor à experiencia. O cartão vale mais. É muito frustrante”, cri-tica, lamentando que os seus 25 anos de carreira na área europeia tenham assim sido desaproveita-dos.Não desistiu, porém, de intervir. Fá-lo numa plataforma de reflexão sobre o futuro de Portugal e da Eu-ropa, com uma convicção: “Nós somos a União Europeia. É o nos-so espaço. Não há em deve haver volta atrás. Temos de encarar a União como nossa, não estamos a discutir o projeto de outros”. É – sublinha – uma maneira de estar que não tem nada a ver com a per-da de raízes: “Não vou perder nun-ca a minha língua, nem a cultura, nem a nacionalidade. O que vou é dar mais oportunidades aos meus filhos, sem dúvida”.Não obstante acreditar no projeto europeu, não deixa de criticar a fal-ta de ambição: “O projeto europeu em si parece-me absolutamente lógico. É muito pior para nós ter-mos a senhora Merkl a mandar. Portugal é pequeno, pelo que nun-ca poderá ter um papel despropor-cionado em relação à dimensão. Mas temos de usar o smart power, todas as alavancas, todas as pos-sibilidades para defender os nos-sos interesses. Desde que Durão Barroso é presidente da Comissão que Portugal conta muito mais no mundo”.A Europa é, claramente, uma cau-sa para a nova diretora de Em-preendedorismo e Economia da SCML. Para usar as suas próprias palavras: “Uma causa é o que me move na vida”.

“Um empreendedor, ao contrário de alguém que vive dependente de subsídios, “jamais falará de um problema, fala imediatamente de uma solução”

“Neste País, ou se pertence a um partido e se é apadrinhada dentro do partido ou não se tem hipótese. Compreendo que a confiança pessoal é indispensável, mas não é incompatível com dar valor à experiencia. O cartão vale mais”

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32 Dezembro de 2012 www.briefing.pt

Epica Awards

James lanhamFundador e primeiro diretor do

Briefing. Foi membro do júri da edição de 2012 dos Epica Awards

maravilhoso exemplo de promoção americana é a campanha feita pela Leo Burnett Detroit para manter aberta a biblioteca de uma pequena vila no Estado de Michigan.De alguma maneira, a Leo Burnett soube que Troy, com uma população de 80 mil habitantes, estava em risco de fechar a sua biblioteca por falta de fundos. Um novo imposto foi proposto ao Municipio, de 0.7%, para resolver a situação. Infelizmente, o partido político conhecido como The Tea Party, começou uma campanha, base-ada no Voto “Não ao Imposto”. Na Leo Burnett, calculando uma oportunidade de brilhar, resol-veram associar-se à causa, dando uma volta de 180 graus, ao virar o debate público - que se concentrava apenas nos aumentos dos im-postos -, para o cerne da questão: os livros e a leitura. A solução foi a de exacerbar a opinião pública, previamente apática, com a organiza-ção de uma festa de uma “queima dos livros”, com bandas de música e tudo, a assinalar o suposto encerramento da biblioteca. Esta ideia enfureceu os cidadãos de Troy, que accorreram às páginas do Facebook e outros meios sociais para registar a sua indignação face a semelhante ideia. Após milhões de palavras e com a votação imminente, a Leo Burnett revelou a verdadeira natureza da campanha. Todo o alarido voltou e tudo começou de novo. A opinião pública mos-trou-se ainda mais violenta, desta vez em prol da continuação da biblioteca. A situação estava assim salva!

método de votação no epicaFalando de votos, o processo do Epica é curio-so. Cerca de 30 jornalistas, editores e diretores de revistas de marketing e publicidade, cada um de um país diferente, ocupam uma sala grande num hotel de Paris durante uma semana. “Ad fatigue”, proveniente da inspecção e da ava-liação de milhares de anúncios é um problema sério. No entanto, essas pessoas dedicadas têm como oficio ver, analisar e comentar a publicida-de. Todos os festivais são diferentes, mas Epica é único na medida em que o júri é composto por jornalistas e não por criativos, como noutros fes-tivais, que são chamados para se pronunciarem sobre o mérito do trabalho feito por agências de publicidade rivais.

Texto escrito de acordo com as regras do antigo acordo ortográfico

Nos bastidores dos Epica

O festival Epica-awards atribuirá os seus prémios anuais numa cerimónia a realizar em janeiro na capital da Eslovénia. As deliberações do júri internacional já foram concluídas. Aqui, James Lanham, um dos jurados deste ano dá-nos a sua perspectiva e destaca alguns momentos significativos.

Assim se vota no epicaPasso a descrever um dos meus vencedores fa-voritos. Uma voz-off fala directamente consigo, acentuando a mensagem (e fala com a persona-gem, que seguimos no écrã): “Nos Estados Uni-dos, com um confortável escritório, tudo na sua vida está a acontecer como deveria ser.” “You recycle, you cycle, you are a model citizen, you give to charity, you conserve water, you drive a Prius, you do yoga.” “Você recicla, anda de bici-cleta, você é um cidadão exemplar, doa para ca-ridade, poupa água, conduz um Prius, faz Yoga, mas, quem na realidade salva o planeta? “Um dia, você toma conhecimento da terrível deflo-restação na Nicaragua e decide fazer algo. Você sentirá fúria, culpa”. Até ao momento, a mensa-gem publicitária é bastante convencional mas a partir deste ponto, tudo muda com o narrador a dizer: o seguinte é o que voce não vai fazer!“Você despede-se do seu emprego, deixa a sua família e apanha um avião para a Nicaragua”.“Apanha uma camioneta até à a periferia da sel-va, atravessa lagos, rios e ribeiros, pede ao SIRI no seu iPhone para o levar até ao coração da flo-resta”. “Você encontra indígenas, passa provas de coragem incríveis, sofre dores insuportáveis, acabando por ganhar o respeito deles”.“Você torna-se o novo líder deles e organiza um confronto, que se torna bastante violento, com as multinacionais e seus respectivos operários, responsáveis pela deflorestação”. “Man! You are living the ultimate cliché gringo dream!” continua o narrador. Como ao estilo do “Avatar”, do “The Last Samurai” e de tantos outros filmes. Tudo isto, num estilo de comédia negra, deliciosa-mente hilariante, corre horrivelmente mal, como é óbvio. A voz-off continua: “This is what you will not do! ”What you will do (sabemos depois) é: Follow the frog (Seguir o sapo). Esta frase co-meça a fazer sentido, quando vimos o logo da Rainforest Alliance numa sucessão de pro-dutos e marcas. Este anúncio, produzido pela Wander para a Rainforest Alliance, foi escrito e realizado por Max Thomas que em breve surgirá, como actor, no programa “Catfish” a estrear na MTV.

A biblioteca da troyOutra acção que merecia o Grand Prix e é um

“Todos os fesTiVais são diferenTes, mas epica é único na medida em que o Júri é composTo por JornalisTas e não por criaTiVos”

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EntrevistaEntrevistaR

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A Bola é um centro de comunicação

Investiu cinco milhões de euros no projeto de televisão, criou mais 60 postos de trabalho e em 2013 vai chegar a Moçambique. No site terá em breve conteúdos premium e está muito atenta a tudo o que passa no online. Tudo isto faz parte de uma estratégia multiplataforma que se enquadra naquilo a que Vítor Serpa chama “o centro de comunicação A Bola”. Quase a fazer 70 anos, o título mantém-se independente de grupos editoriais

Herminío [email protected]

Briefing | Qual o balanço que faz de A Bola tV?Vítor Serpa | É um balanço po-sitivo. Temos tido várias reuniões com a PT e com as pessoas res-ponsáveis pela área de conteúdos do MEO e existe um feedback positivo. Estamos satisfeitos com aquilo que já conseguimos até agora. Percebemos que vai ser

um longo caminho, não é uma corrida de 100 metros, será uma maratona. Mas acho que aquilo que já se conseguiu dá para en-tender que o projeto faz sentido, que vale a pena apostar nele e que tem futuro.

Briefing | Porque é que decidi-ram lançar o canal de televisão?

VS | Trata-se de uma coisa que penso que é, de alguma forma, inovadora. Entendemos que, principalmente nos tempos que correm, onde a fúria tecnológica nos ultrapassa e onde sempre temos que ir a correr para po-dermos acompanhá-la, faz todo o sentido a existência de um centro de comunicação A Bola.

Esse centro tem várias platafor-mas. Não abdicamos do papel e achamos que continua a fazer todo o sentido e a haver gente que tem com o papel uma rela-ção de afetividade que não tem com qualquer outro meio, mas percebemos também que aqui-lo que é A Bola deve pertencer a um mundo moderno e inovador

Vítor Serpa, diretor de A Bola

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“Não abdicamos do papel e achamos que continua a fazer todo o sentido e a haver gente que tem com o papel uma relação de afetividade que não tem com qualquer outro meio, mas percebemos também que aquilo que é A Bola deve pertencer a um mundo moderno e inovador e por isso tem várias plataformas para se desenvolver”

“Devo dizer-lhe que é para nós de alguma maneira interessante considerar que o projeto online já gera lucros para a empresa - o que é também possível dentro do enquadramento que temos de que todos trabalham para tudo - mas temos a consciência de que a partir de agora temos de apostar nos conteúdos premium”

“Este jornal tem umas características muito especiais. É um jornal que tem

realmente um patrão, a Sociedade Vicra Desportiva – o engenheiro

Mário Arga e Lima detém a totalidade da empresa”

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e por isso tem várias plataformas para se desenvolver. Essas pla-taformas são o desenvolvimento e continuidade do papel. Com o site temos uma liderança efetiva mas continuamos todos à espe-ra de que se encontre um bom modelo de negócio para o online. Com a televisão quisemos juntar o conceito de imagem. Durante algum tempo tivemos um período de experimentação com a web tv e esta poderá eventualmente um dia regressar se por aí for o futuro. Mas nesta altura percebemos que o projeto que deveríamos abarcar seria um projeto conjunto uno, com um único diretor geral, que sou eu, e que funciona dentro dos parâmetros editoriais que foram traçados para A Bola.

Briefing | é possível imaginar que um dia A Bola tV venha, por exemplo, a transmitir jogos da liga dos Campeões?VS | Tudo é possível. Achamos que devemos primeiro claramente fortalecer a área da informação. Para nós a informação de despor-to na televisão tem sido sempre complementar até inclusivamente nos próprios canais de televisão. Os atuais canais desportivos de televisão têm precisamente um figurino que assenta em transmis-sões diretas e depois, em comple-mento, outras rubricas. Pretende-mos fazer o trajeto contrário: uma aposta na informação desportiva, criar a ideia de que A Bola é o ca-nal de excelência da informação no desporto e a partir daí ser verá para onde iremos.

Briefing | o site de A Bola é de acesso livre. A ideia é continuar assim ou entendem que o mo-delo de negócio terá de evoluir para conteúdos premium?VS | Nesta fase o modelo de ne-gócio terá que evoluir para con-teúdos premium. Devo dizer--lhe que é para nós de alguma maneira interessante conside-rar que o projeto online já gera lucros para a empresa - o que é também possível dentro do enquadramento que temos de que todos trabalham para tudo - mas temos a consciência de que a partir de agora temos de apostar nos conteúdos premium e deve-

mos de considerar que é uma área de investimento que nos interessa iniciar muito brevemente.

Briefing | Foi difícil mudar os há-bitos de trabalho da redação, do papel para o digital e televisão?VS | Não foi difícil. Primeiro porque temos uma redação muito jovem, segundo porque o conceito foi: A Bola fará tudo o que estiver ao seu alcance para prosseguir uma linha de defesa dos postos de trabalho. A televisão obrigou a um grande investimento que foi feito com capital próprio – foi da ordem dos cinco milhões nesta primeira fase e em que teremos também de contabilizar cerca de 60 novos postos de trabalho que foram criados. Num momento em que é quase normal assistir a “ondas” de despedimentos coleti-vos, temos a ideia de que deve-mos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para evitar esse flagelo. Isto foi muito bem enten-dido pela redação, que teve um comportamento verdadeiramente excecional. Eu diria que foi sim-plesmente exemplar não apenas ao nível do entendimento que as pessoas fizeram no sentido de poderem prestar colaboração, em diversas circunstâncias, quer para o site quer para a televisão, mas também na adaptação às no-vas circunstâncias. Elas próprias criaram condições para aprender algumas técnicas essenciais para poderem trabalhar em cada uma destas plataformas. Isso foi muito gratificante.

Briefing | Quantos trabalhado-res tem A Bola?VS | No total, já com a televisão, andará entre as 140 e as 150 pes-soas ligadas à redação.

Briefing | o jornal mantém-se independente de grupos edito-riais. é para continuar?VS | Penso que sim. Este jornal tem umas características muito especiais. É um jornal que tem re-almente um patrão, a Sociedade Vicra Desportiva – o engenheiro Mário Arga e Lima detém a totali-dade da empresa. O que acontece é que as várias áreas da empresa são próximas umas das outras e há uma interligação permanente.

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EntrevistaEntrevista

“Ninguém hoje poderá dizer que vive exclusivamente das vendas. As vendas continuam a ser absolutamente essenciais. A publicidade começa a ter uma importância decisiva nos resultados da empresa”

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Briefing | Como está a correr a operação de A Bola em Angola?VS | Muito bem. Luanda é a terceira cidade de vendas do jornal, depois de Lisboa e Porto. A impressão é local e tem 10 páginas locais, oito interiores e com a primeira e última também mo-dificadas. Neste momento é um jornal de refe-rência em Angola.

Briefing | esse modelo vai evoluir para outros países? VS | Vai evoluir certamente para outros países. Estamos em processo de finalização de algo de parecido em Moçambique, possivelmente no iní-cio de 2013.

Briefing | e A Bola tV também virá a ser difun-dida nesses países?

inteRnACionAliZAção

luanda é a terceira cidade em vendas

VS | Na televisão estamos a trabalhar para que dentro de relativamente pouco tempo tenhamos distribuição em África, nos EUA e na Europa.

Briefing | A Bola está a estudar o lançamento de novos produtos?VS | Não. Neste momento estamos basicamente a pensar consolidar o jornal, resistir o mais pos-sível à descida das vendas em papel, procurar criar condições para que a televisão se consoli-de e que seja um projeto evolutivo e também ter uma ideia de que há muito por fazer na área do online, além de que temos necessidade de, mui-to brevemente, olharmos de uma forma mais ati-va para o resto das redes sociais. A nossa ideia não é cada coisa por si, existindo realmente uma estratégia A Bola e depois é daqui que nascem as várias estratégias, consoante as plataformas.

Diariamente a direção do jornal pode encontrar-se rapidamente com o dono e com ele trocar algumas impressões. As coisas estão muito agilizadas e isso beneficia-nos bastante. Também existem contra indicações e uma delas é às vezes sermos vistos pe-los outros grupos um pouco como os Gauleses, que estamos aqui no meio dos Romanos e que te-mos uma personalidade especial, sendo vistos não propriamente como inimigos mas entendidos, às vezes, como umas figuras um pouco estranhas neste sistema global da comunicação. Às vezes as pessoas não nos entendem muito bem e também admito que temos dificuldades em estabele-cer alguma ponte. Muitas vezes é um pouco por instinto. Há quem diga que A Bola é sobranceira em relação aos outros mesmo até em relação à concorrência mais direta mas não é verdade. Por vezes é um instinto defesa de quem tem a capacidade de viver há quase 70 anos de uma forma que é di-ferente. A Bola de há 20 anos não é a de hoje, cresceu imenso quer na sua estrutura de comunicação quer no seu património.

Briefing | em tempos A Bola era conhecida por recusar publici-dade. esses tempos mudaram. Qual é o hoje o peso da publi-cidade nas receitas do jornal? é decisiva? VS | Ninguém hoje poderá di-zer que vive exclusivamente das vendas. As vendas continuam a ser absolutamente essenciais. A publicidade começa a ter uma im-portância decisiva nos resultados da empresa. A transformação de A Bola em relação à publicidade tem cerca de 20 anos. Assumi o cargo de diretor em 1992 – sou o diretor mais antigo na impren-sa portuguesa – e quando che-guei ao jornal para este lugar alterei as regras habituais. Tínha-mos anteriormente um chefe de redação, o Vítor Santos, que era o homem que dominava não apenas a área editorial mas tinha grande influência na área de gestão. Foi uma figura notável na história do jornalismo, um líder, que aprendi a admirar. O que entendi em 1992 foi que a melhor maneira de o

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FOISORTE DEPRINCIPIANTE ...

FUEL-A AGÊNCIA MAIS PREMIADANOS PRÉMIOS À EFICÁCIA. 2009

ELESFAZIAM PARTEDO JÚRI ...

FUEL-A AGÊNCIA MAIS PREMIADANOS PRÉMIOS À EFICÁCIA. 2011

QUALSERÁ A DESCULPA?

2013

PUDERA,COM AQUELESCLIENTESÉ FÁCIL ...

FUEL-A AGÊNCIA MAIS PREMIADANOS PRÉMIOS À EFICÁCIA. 2010

UMA COISA ÉSER EFICAZ,OUTRA É SERCRIATIVO ...

FUEL-AGÊNCIA CRIATIVA DO ANOE A MAIS PREMIADA DE 2012. 2012

Depois de ser a agência mais premiada nos últimos quatro anos,a Fuel foi eleita a agência criativa do ano, nos Prémios à Eficácia 2012.

Se quiser saber porquê, fale com o João. É que para o ano há mais.

[email protected]

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Fuel eficácia A.F.pdf 1 12/5/12 5:13 PM

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Briefing | entrou para o jornalis-mo em 1968. Como é que olha hoje para a profissão? Conti-nua a haver lugar para as ven-das em papel?VS | Acho que as vendas em papel vão continuar a diminuir e acho que todos nós devemos estar muito atentos à evolução do online, que pode começar a diminuir em detrimento das re-des sociais. Esse trajeto de di-minuição já começou em alguns países e provavelmente chegará a Portugal muito brevemente. Em relação ao jornalismo e na sua evolução desde os anos 60 até hoje penso que ele se afastou do seu primo literatura. O jorna-lismo hoje é uma expressão téc-nica de uma forma de comunicar que abandonou tudo aquilo que o ligava anteriormente à literatu-ra. Passámos a ter um jornalismo mais técnico – infelizmente, às vezes, mais tecnocrata – e o que nós temos vindo a assistir é que

JoRnAliSmo

muito atentos à evolução do online

há menos afetividade do leitor em relação ao jornalismo atual. À técnica de comunicação juntou--se uma técnica de marketing do próprio jornal. Ou seja, aquilo que aprendemos noutros tem-pos, onde o jornalista tinha que estar completamente afastado da área da publicidade e do ma-rketing, a partir de determinada altura esbateu-se completamen-te. Ninguém o diz hoje nas facul-dades mas acho que deviam ter a coragem de o dizer. Quando se está a fazer a primeira página estamos mais na área do marke-ting do que no jornalismo. Isto acontece e é incontornável. Eu gosto? Não. Acho que é inevitá-vel? Acho.

Briefing | estreou-se este ano na ficção este ano. é um ho-bby para continuar?VS | Já me tinha estreado na ficção, com dois livros publicados na D. Quixote, “Sa-

lão Portugal”, em 2008 e “Tanta gente em mim” (2010) e agora, pela primeira vez, publiquei, no Clube do Autor, o livro “O segredo dos pássaros”. É cada vez mais difícil continuar. Sou uma pessoa que dorme pouco e escreve depressa, é uma das vantagens que tenho, e escrever ficção é uma questão de sanidade mental. Parafraseando um amigo meu: quem ache que só percebe de desporto nem de des-porto percebe. É fundamental que as pessoas que estejam num cargo de importância – digo isto também a todos os jornalistas deste jornal – leiam muitos jornais, e que não sejam só desportivos, e livros, prin-cipalmente poesia, que é rica não apenas na palavra mas também na criatividade. É muito importante que os jornalistas hoje continuem a ler até para que, quando exercerem a sua técnica de comunicação, ela não seja tão árida e possa ainda estabelecer algumas ligações afe-tivas com os leitores.

“Acho que as vendas em papel vão continuar a diminuir e acho que todos nós devemos estar muito atentos à evolução do online, que pode começar a diminuir em detrimento das redes sociais”

admirar e de o respeitar não era copiá-lo. Havia gente nessa altura que entendia que o jornal deveria ter uma evolução na continuida-de. Eu entendi que era necessário mudar algumas coisas. Foi por isso que o jornal seguiu um ca-minho diferente, tendo passado a diário e alterado a sua forma de entender a publicidade. Eu era de uma formação e de uma geração diferente da de Vítor Santos e en-tendi que a relação tinha de ser outra, respeitando sempre certos princípios. Daí que nunca n’ A Bola tenha alguma vez admitido a publicação dos anúncios relax…Também encontrei uma adminis-tração recetiva a não ganhar esse dinheiro mas a perceber que era importante que o jornal mantives-se um determinado tipo de trajeto editorial e a esse trajeto editorial de jornal de referência se pudesse também adaptar uma publicidade de referência.

Briefing | está há mais de 30 anos ligado ao jornalismo, ao futebol, ao desporto em geral. Como é que olha hoje para um jogo de futebol? é mais difícil escrever uma crónica de um jogo?VS | Hoje é menos honesta pois ela tem muito de influência televi-siva. Se olharmos para a Europa, se virmos alguns jornais que são considerados de referência, veri-ficamos que já se escreve sobre futebol sem ir ao estádio. A Bola tem resistido, tanto quanto pode, a isso – também se tem nota-do, em jornais portugueses, que há cada vez menos jornalistas a acompanhar as equipas. Eu di-ria que hoje, quando um cronista que escreve uma crónica sobre futebol chega ao árbitro, é inevitá-vel que ela tenha perguntado pelo menos três ou quatro vezes deter-minado tipo de lance que ele teve dúvidas no estádio. Isto é muito desonesto para com os árbitros. Eles estão aqui numa posição ex-tremamente ingrata pois as pes-soas escrevem depois de terem analisado os lances. A solução não é que o jornalismo volte para trás mas sim que o futebol ande para a frente e que vá encontrar também ajuda tecnológica para algumas decisões dos árbitros.

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Marketing

de risco e a via emocional e sensorial de se-dução e auto-valorização. Diríamos que a este nível há uma espécie de regresso ao passado, com maior orientação para o produto. Meios que representam retorno comercial cla-ro e objetivo, e em que o efeito multiplicador é maior, são opções que têm mais potencial do que soluções “tradicionais”… A forma criativa, inusitada e acima de tudo securizante (para o consumidor) onde e como se comunica reve-la-se, hoje, crítica.Dispersão é a opção mais errada - e frequen-te - que se pode cometer. Nós, portugueses, acreditamos que “não se devem colocar to-dos os ovos no mesmo cesto”. Se por vezes é um princípio correto, porque reduz o risco de perda total, no caso da comunicação pode revelar-se desastroso. De facto, para cada meio, há um mínimo abaixo do qual (o seu Li-miar Absoluto) o impacto é NULO! E aí sim, é deitar dinheiro fora.Quanto maior o imediatismo entre a proposta de valor comunicada e a gratificação efetiva que o consumidor obtém maior a probabilida-de de sucesso do marketeer. Promoções em que “a nossa marca de sempre” nos oferece mais pelo mesmo preço são disso um bom exemplo. As marcas com maior equity sentem hoje o resultado do seu esforço e nas mais va-riadas indústrias...Ainda, as opções que representam menor perceção de risco no consumidor, as que de-monstram “good value for money” são as que revelam maior retorno, numa época de gene-ralizado sentimento de incerteza. O período que estamos a viver foi um cho-que! Inesperado pela intensidade que tomou, e pela distância do nosso imaginário, pois to-dos acreditávamos que a europa seria o nos-so porto seguro… Face a esta realidade, solu-ções pragmáticas, dirigidas para o atual mind set” do consumidor, suportadas nos ativos que a empresa tem hoje (prata da casa) e no que todos sabem fazer melhor, bem balizadas pela antecipação de cenários e pela relação custo-resultados, são as principais recomen-dações!

Paulo moura de mesquita

CEO da Brand Builders

Capitalizar as marcas na crise

O que nos parece razoável é que, num período de menor procura, haja uma preocupação de capitalizar nos ativos atuais e centrais da marca e ponderar bem investimentos cujo retorno virá mais tarde. Por vezes uma marca mais forte pode ser uma boa alavanca promocional para outras. E a sua boa articulação ser uma opção de marketing com elevado retorno para ambas

Períodos de turbulência e incerteza vão ser cada vez mais frequentes. E, para tal, o gestor tem de estar preparado para fazer boas op-ções de gestão nesses períodos. Dai a rele-vância atual e futura do tema.As fases recessivas dos ciclos económicos representam sempre incerteza incremental. Mas, perante esta realidade, uns veem opor-tunidades, outros vulnerabilidade. É sobre isto que vamos aqui discutir, sem esquecer que, para o debate fazer sentido, há uma variável crítica: liquidez! Porque no money no food…Aquilo a que recorrentemente assistimos é ao corte cego das rubricas de marketing. O que não deixa de ser “engraçado”, pois esta variável é a que assegura as vendas e ajuda a concretizar as oportunidades.Parece-nos inquestionável que, se a procura diminui, a nossa marca tem de estar mais pre-parada e revelar-se mais apelativa, por forma a ser mais competitiva e mais desejada. Caso contrário, será preterida. Ora então porquê esta – recorrente – opção, aparentemente pa-radoxal? Duas explicações ajudam a entender o paradoxo: ou o decisor não reconhece o mé-rito do esforço de marketing (operacional ou de investimento) ou não sabe descriminar as opções mais e menos adequadas em função da fase do ciclo (retorno efetivo). Em ambas, o esforço de marketing acaba por ser “visto” pelo decisor como um custo “supérfluo” e as-sim sendo, se “há menos dinheiro”, corta-se.Deixemos por agora o reconhecimento do mérito e centremo-nos na adequação, estru-turando-a a três níveis.O que nos parece razoável é que num período de menor procura haja uma preocupação de capitalizar nos ativos atuais e centrais da mar-ca e ponderar bem investimentos cujo retorno virá mais tarde. Por vezes uma marca mais forte pode ser uma boa alavanca promocional para outras. E a sua boa articulação ser uma opção de marketing com elevado retorno para ambas.A complexidade da comunicação nestes pe-ríodos é significativamente maior, no sentido em que deverá recorrer às duas vias de persu-asão. A via racional de justificação e redução

“soluções pragmáTicas, dirigidas para o aTual mind seT” do consumidor, suporTadas nos aTiVos que a empresa Tem hoJe (praTa da casa) e no que Todos sabem fazer melhor, bem balizadas pela anTecipação de cenários e pela relação cusTo-resulTados, são as principais recomendações”

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El Ojo: Uma mão cheia de prémios para a Leo Lisboa (com vídeo)

Happy Brands reforça equipa criativa

Vídeo de Marcelo ultrapassa o meio milhão de visualizações (com vídeo)

Portugalidade invade aeroporto de Lisboa

De Portugal, com amor, para Angela Merkel (com vídeo)

Joana Queiroz Ribeiro, a diretora de recursoshumanos mais admirada

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Eficácia: anunciantes e criativos juntos em noite de gala e humor

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O SITE DO BRIEfINg EM NOVEMBRO

RODRIgO SARAIVA, até agora di-retor de Comunicação Institucional e Public Affairs, é o novo mana-ging director da Parceiros de Comu-nicação, cabendo-lhe assim a dire-ção-geral da consultora, informou a empresa em comunicado. A direção da Parceiros de Comunicação pertencia anteriormente a Susana Monteiro.

PEDRO AzEDO é o novo diretor de Arte da Happy Brands. O criativo é o primeiro reforço de uma série de contratações que a agência pretende levar a cabo no curto prazo. Pedro Azedo é formado em Design no IADE, desempenhou funções de art director e de designer na agência Design 98 e mais recentemente na EuroRSCG, onde permaneceu quatro anos.

CÉSAR SILVA é o novo reforço da Wiz Interactive, onde acaba de assu-mir o cargo de diretor técnico, tendo como principais funções a coorde-nação da equipa de desenvolvi-mento e a gestão de parcerias tecnológi-cas. Assu-mindo também, de forma implícita, a direção das áreas de research e inovação.

PESSOAS

O Banco Espírito Santo (BES) renovou o contrato de patrocínio com Cristiano Ro-naldo. O novo acordo, válido até ao final de 2014, mantém a garantia da exclusividade na utilização da imagem do jogador no uni-verso das marcas portuguesas e no sector dos serviços financeiros em Espanha. Ao manter a associação a Ronaldo, atualmente a personalidade portuguesa mais valiosa em termos de imagem e com maior projeção in-ternacional, o BES continua a colher os re-

BeS renova com Cristiano Ronaldo até 2014

eurobest: três agências portuguesas premiadas

sultados de uma aposta visionária feita há nove anos. A relação remonta a setembro de 2003, altura em que o jogador ingres-sou no Manchester United, quando era “apenas” o mais jovem e promissor talen-to nacional a jogar no estrangeiro. Na al-tura, o BES estava a afirmar a sua ligação ao futebol, nomeadamente à Seleção Na-cional, enquanto veículo de comunicação e imagem, totalmente transversal a idades e géneros.

Foram três as agências portuguesas pre-miadas na 25ª edição do Eurobest: a MSTF Partners conquistou prata em Direct, a DraftFCB arrecadou três bronzes em Print e a TBWA também bronze em Outdoor.A prata conseguida pela Partners deveu-se ao projeto QR Code, para a Associação de Valorização do Chiado/Turismo de Portu-gal. Já os três prémios bronze da DraftFCB

prendem-se com a criatividade desen-volvida para a Universidade Nova de Lis-boa King Kong, Kill Bill e Titanic foram os trabalhos distinguidos. Quanto ao bronze da TBWA foi conquistado com o outdoor Angry Birds, criado para o jornal Público.O Eurobest realizou-se este ano pela se-gunda vez consecutiva em Lisboa. Em 2013 voltará.

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Contrariando a estratégia que tradicionalmente é adotada pela maioria das marcas e onde a co-municação publicitária procura estimular/incentivar o consumo natalício, este ano parece que nem o Natal consegue inverter as ten-dências de quebra de consumo e muito menos do decréscimo do investimento publicitário. aSe, por um lado, o consumidor vê reduzi-

AuDiÊnCiAS:natal em tempo de crise

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Ana mendes, diretora-geral da OMG Consulting

do o seu poder de compra (quer pela diminuição real do rendimento disponível das famílias, quer pela incerteza face a um futuro próxi-mo), verifica-se também, do lado das marcas, um refreamento nos investimentos, tendo os meses de outubro/novembro registado me-nos 14% de investimento publici-tário em TV.Isolando especificamente as cam-panhas de TV com associação direta à temática natalícia, esta quebra é ainda mais acentuada e com maior incidência no mês de Outubro, tanto em termos de vo-lume (-88%), como no número de marcas a comunicar, reforçando a ideia/expectativa de que tal adia-mento constitui uma estratégia de

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concentração do investimento no próprio mês de Natal.Acompanhando esta dinâmica, mesmo as marcas/categorias de produtos que tipicamente têm a maior fatia de vendas associada à época natalícia e que, por esse motivo, tendem a reforçar o seu esforço publicitário neste período, apelando ao consumo, se veem enredadas nesta teia conjuntural, exibindo igualmente fortes quebras no comparativo com igual período

do ano passado. A título de exemplo, destaque-se a indústria dos brinquedos, que reduz a sua presença publicitária em TV em 41%, os perfumes que apresentam uma quebra de cerca de 70% e até os chocolates, cujo prazer do consumo parecia ser à prova de qualquer crise (protótipo da indulgência barata) denunciam também o impacto da crise, nos investimentos (-28%) e quiçá no consumo…

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sua primeira estrela Michelin. No início de 2011 deixou o Tavares, abriu o seu Cantinho do Avillez (Rua dos Du-ques de Bragança 7), um contraste total com o que fa-zia no Tavares - no seu cantinho dedica-se à nobre arte do petisco, misturando tradições portuguesas com algumas inovações. Sala pequena, está sempre cheia. Enquanto alinhava os petiscos, preparava-se para no-vos voos, que chegaram com o Belcanto. O resto, já se sabe, é história - e desde que o Belcanto abriu, no início deste ano, conseguiu a proeza, de em tão pouco tempo, ter já ganho uma estrela Michelin - aliás a única nova estrela que Portugal conquistou na edição deste ano do Guia. Avillez não só é um grande chef, também utiliza bem o que estudou e é um bom comunicador - como se vê nas suas aparições em programas de tele-visão e até no seu site, um bom exemplo em qualquer área de atividade (www.joseavillez.pt).

A PRoVANo Belcanto existe um menu de almoço executivo que permite ter uma boa ideia do que por ali se passa e aguçar o apetite para uma deslocação ao jantar, mais calma. Começo por dizer que no couvert existe uma delícia viciante, meio inspirada na focaccia, meio inspi-rada nos caracóis de pastelaria - em vez de frutas leva pedaços de azeitona e em vez de ser doce é levemente salgado. De entrada provei uma cavala marinada e bra-seada, que foi uma revelação. Seguiu-se um bacalhau à braz, levíssimo, saboroso. A acompanhar esteve o belo vinho da casa (Avillez mantém uma parceria com a Quinta do Monte D’Oiro, onde chegou a trabalhar), e a lista é rica. Finalmente a sobremesa foi outra surpre-sa: um sorvete de tangerina, muito aromático, a revelar o sabor exuberante da fruta, com uma consistência e temperatura perfeitas.Avillez, que é indiscutivelmente um criativo na cozinha, mistura de forma natural produtos tradicionais prepa-rados de forma invulgar com revisitações de receitas bem portuguesas - de pézinhos de porco de coentrada até pombo à Convento de Alcântara, passando por ro-balo com algas e bivalves ou mesmo o tradicional Bife à Belcanto.É preciso marcar mesa - sobretudo desde esta estrela Michelin - o almoço poderá ficar por uns 40 a 50 euros por pessoa mas ao jantar espere um pouco mais.

manuel Falcão

director-geral da Nova Expressão

Um criativo na cozinhaPrimeiro, um bocadinho de história: o restaurante Bel-canto abriu em 1958, no Chiado, no Largo de S. Carlos. Ao almoço recebia uma clientela fiel de empresários e ilustres advogados (era o tempo em que as melhores firmas tinham sede na Baixa e os melhores juristas as-sentavam escritório perto da Boa Hora). Já mais para o fim da tarde evoluía para aquilo a que os ingleses cha-mam um “Gentleman’s club”, com um pequeno palco onde belas raparigas dançavam antes de fazerem com-panhia a alguns dos ilustres clientes. Mais à noite era o local de eleição das ceias após as récitas em S. Carlos, juntando artistas, melómanos e alguma boémia. Assim se manteve muitos anos, perdendo primeiro as meni-nas e, depois, a boémia. À hora de almoço lá dava um ar da sua graça, com empregados que datavam quase da fundação, com uma ementa previsível e conserva-dora. Em meados de 2009 Rosalina Machado e seu marido, Francisco Tavares Machado (ele próprio cliente regular do restaurante), adquirem o Belcanto - nessa altura já a passar dificuldades, decididos a salvá-lo. Fazem pequenas obras e reabrem-no em Setembro de 2009. Vinda da publicidade (dirigiu a Ogilvy durante muitos anos), Rosalina Machado usou a sua capaci-dade de comunicação para trazer uma nova clientela ao Belcanto, sem afugentar a antiga. Mas como ela própria reconhece, o negócio da restauração não era o seu passatempo favorito. Em meados de 2011 começa a circular a notícia que o Belcanto poderia estar à ven-da e o chef José Avillez, que tinha saído do Tavares há pouco tempo, candidata-se ao negócio, que acaba por fechar. Desta vez as obras são grandes - a arquitecta Ana Anahory e a decoradora Filipa Almeida encarrega-ram-se de manter o espírito mas não hesitaram em fa-zer grandes mudanças, da cozinha às salas, mantendo a imagem tradicional com toques contemporâneos, e melhorando muito o conforto e a iluminação.

o CHeFPassemos agora a José Avillez, o chef que começou por estudar Comunicação Empresarial (no ISCEM), antes de, no fim do curso, se apaixonar pela arte da cozinha. Trabalhou com Ferran Adrià, Alain Ducasse e Eric Frechon. Aluno atento, rapidamente evoluiu. Em 2008 foi convidado para chef executivo do restaurante Tavares onde, em pouco mais de um ano, ganhou a

Ana moura - DesfadoBAnDA SonoRA

O disco tem um bom título - é outra música para além do fado canóni-co. O produtor é um americano, Larry Klein, que gravou com Joni Mi-tchell, Herbie Hancock ou Madeleine Peyroux . Conseguiu evidenciar que, além de fadista, Ana Moura é sobretudo uma grande intérprete. Felizmente Ana Moura não encara o fado como uma coisa imóvel - experimenta novos arranjos, outros instrumentos, outros ritmos. Aqui pode encontrar surpresas como uma versão de “A Case Of You”, de

Joni Mitchell ou a heresia das palavras e do tempo rápido do tema título, “Des-fado”. Destaco ainda o “Havemos de Acordar” de Pedro Silva Martins, o “Fado Alado” de Pedro Abrunhosa, a musicalidade de “Como Nunca Mais” de Tó Zé Brito, ou a força de “Dream Of Fire” da própria Ana Moura.

BelcantoLargo de São Carlos, 10

Telefone 21 342 06 07Fecha ao domingo e segunda.

(tem sala para fumadores)

Restaurante

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Montra

Follow the Star by Pekan Com a quadra natalícia há espaço para mais brilho, mais luz e mais glamour. Estrelas e presentes são alguns dos ícones associados a esta altura do ano.

Para fazer jus a esta luminosidade tão característica da época, a Pekan criou duas joias inspiradas na estrela e o resultado são duas peças muito elegan-

tes em ouro e quartzo lemon, repletas de brilho e significado.

Para homens em movimentoA Longchamp enriqueceu a sua coleção masculina com uma matriz de novos produ-tos que vão do mais clássico a itens de ponta numa fusão de estilo e funcionalidade.Assim, a linha Baxi Cuir apresenta-se com peças em pelica flexível para o homem urbano e trendy. Já a coleção Baxinyl é dedicada a um viajante moderno, que procu-ra estilo e elegância quer em situação de negócios quer em lazer. Para os trendsetters a linha Kudu surge com uma aparência naturalmente desgasta-da e vintage. Uma opção mais clássica para viajantes regulares é a Boxford, em lona navy e guarnição em couro.

elie Saab, le Parfum“Quero ser simples e rico, realçar a luminosidade e a leveza e prometo o

excecional para todos os dias” – é assim que Elie Saab apresenta a sua nova fragância feminina. A marca transporta agora para o universo dos perfumes o ADN da Haute–Couture e do Prêt-a-Porter, que recebem de herança a gené-

tica da luz, da elegância e do sublime elevados ao expoente máximo.

Design de atração gravíticaInspirada pela lei da gravidade, a Boca do Lobo lança uma nova peça – Newton, uma mesa composta por esferas e semiesferas, interligadas entre si, que lhe conferem uma aparência requintada e gravítica.Em edição limitada, são três as versões distintas da mesa, cada uma com a sua par-ticularidade: Preto & Dourado, Dourado & Mirto, Preto & Nogueira. Ideal para oito a dez pessoas, que vão certamente surpreender-se ao contemplarem esta peça.

iPad 4g e iPad mini com a VodafoneOs clientes Vodafone já podem desfrutar das mais recentes inovações da Apple:

o iPad quarta geração e o iPad mini. Em preto e branco, o iPad quarta geração está disponível nas versões de 16GB, 32GB e 64GB. Com um ecrã Retina de 9,7

polegadas, um processador Apple A6X surpreendentemente rápido, uma nova câmara FaceTime HD e um desempenho Wi-Fi ainda mais rápido, está equipado

com o iOS6. Quanto ao iPad mini, está disponível nas cores preto/antracite e branco/prateado, com capacidades de 16GB, 32GB e 64GB.

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