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JORNAL DA ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA MAIO/JUNHO 2012 Ano 53 • nº 1378

Jornal da associação Médica Brasileira Maio/JUnHo 2012 ......defesa dos médicos e da assistência à saúde, hoje à frente da Diretoria de Gestão da Agência Nacional de Saúde

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Jornal da associação Médica Brasileira

Maio/JUnHo 2012Ano 53 • nº 1378

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O n o v o a b r i g o p a r a a C i ê n c i a e a I n o v a ç ã o

R u a V e r b o D i v i n o , 1 4 8 8 • 7 º a n d a r • 7 A • C h á c a r a S a n t o A n t ô n i o • S ã o P a u l o , S P • C E P 0 4 7 1 9 - 9 0 4 • P A B X ( 1 1 ) 5 1 8 0 3 4 9 9

w w w . i n t e r f a r m a . o r g . b r

Ética como princípio

Somos 43 empresas associadas

Juntas, temos 1.389 anos de presença no Brasil

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Pesquisa e Inovação como fatores de desenvolvimento

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Conteúdo

2Editorial

3Palavra do presidente

4Entrevista com André Longo

5Entrevista com Geraldo Motta

6Conselho de Defesa Profissional

8Conselho Deliberativo / Direto-ria Plena

10Projeto de Lei de Iniciativa

Popular

13Curso de Negociação / Nota Oficial

14Conselho Científico

16Mobilização Médica

18Saúde Suplementar

19Ensino Médico

20Gota a Gota

21CAP

22Seminário de Medicamentos Biológicos

24Fórum / Notas

25Associação Médica Mundial / Notas

26Viagem Cultural

27Agenda

28Câmaras / Notas

29III Fórum Nacional da CBHPM

30Especialidades / CNA

31Federadas / Notas

32Livros/Títulos

JORNAL DA ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA

MAIO/JUNHO 2012ANO 53 • Nº 1378

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DIRETORIAPREsIDEnTE Florentino de Araújo Cardoso FilhoPRImEIRO vIcE-PREsIDEnTE Jorge Carlos Machado CurisEgunDO vIcE-PREsIDEnTE Newton Monteiro de BarrosvIcE-PREsIDEnTEs

Lairson Vilar Rabelo; Antonio Fernando Carneiro; Carlos David A. Bichara; Sidneuma Ventura; Álvaro R. Barros Costa; Petrônio A. Gomes; José Luiz Weffort; Celso Ferreira Ramos Filho; José Fernando Macedo; Murillo R. Capella.

sEcRETáRIO-gERAl Aldemir Humberto Soares1º sEcRETáRIO Antonio Jorge Salomão1º TEsOuREIRO Luc Louis Maurice Weckx2º TEsOuREIRO José Luiz Bonamigo FilhoDIRETOREs AcADêmIcO Marcos Pereira de ÁvilaATEnDImEnTO AO AssOcIADO Guilherme B. Brandão PittacIEnTífIcO Edmund Chada BaracatcOmunIcAçõEs Jane Maria Cordeiro LemosculTuRAl Hélio Barroso dos ReisDAP Robson Freitas de MouraDEfEsA PROfIssIOnAl Jurandir Coan Turazzi EcOnOmIA méDIcA Roberto Queiroz GurgelmARkETIng José Carlos V. Collares FilhoPROTEçãO AO PAcIEnTE Rogério Toledo JúniorRElAçõEs InTERnAcIOnAIs Miguel Roberto JorgesAúDE PúblIcA Modesto A. de Oliveira JacobinoAssunTOs PARlAmEnTAREs José Luiz Dantas Mestrinho

www.amb.org.br

Associação Médica Mundial

DIRETORA REsPOnsávEl

Jane Maria Cordeiro lemosEDITOR REsPOnsávEl

Aldemir Humberto Soares; cOnsElhO EDITORIAl

Antonio Jorge Salomão; Luc Louis Maurice Weckx; José Luiz Bonamigo Filho; Edmund Chada Baracat; Florentino de Araújo Cardoso Filho.EDITOR ExEcuTIvO

César Teixeira (Mtb 12.315)cOlAbORAçãO

Natália Cesana, Helena FernandesDIAgRAmAçãO, EDITORAçãO E ARTE

Sollo ComunicaçãoDEPARTAmEnTO cOmERcIAl

Fone (11) 3178-6809/6801TIRAgEm

50.000 exemplaresPERIODIcIDADE

BimestralImPREssãO

DuograffIlIADO à AnATEcREDAçãO E ADmInIsTRAçãO

Rua São Carlos do Pinhal, 32401333-903 – São Paulo – SPTel. (11) 3178-6800Fax (11) 3178-6816E-mail: [email protected]

AssInATuRAAnual R$ 60,00; avulso R$ 10,00Fone (11) 3178-6800, ramal 130

EDITORIAL

2 MAIO/JUNHO 2012

Ações em prol dA sAúde

Jane Maria Cordeiro LemosDiretora de Comunicações

Os anúncios e opiniões publicados no JAMB são de inteira responsabilidade de seus anunciantes e autores. A AMB não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos.

A Associação Médica Brasileira por meio do JAMB, importante veículo de comunicação, chega até seus associados visando atualizá-los tanto em relação à diversidade de suas ações em defesa dos médicos e da saúde brasileira como ao abordar temas e iniciativas relevantes para toda a categoria e a população.

Conta com duas entrevistas: André Longo, médico pernambucano que se destacou pela sua atuação em defesa dos médicos e da assistência à saúde, hoje à frente da Diretoria de Gestão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que expõe sobre o papel da agência e propostas de trabalho neste grande desafio; e Geraldo Motta, presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), que apresenta o papel da entidade, integração com a AMB e contribuições.

Outras informações importantes são relativas ao trabalho desenvolvido pelas diversas Comissões como a de Honorários Médicos (CNHM), Assuntos Políticos (CAP), Mista de Especialidades (CME) e ações da própria diretoria da entidade. São publicadas notícias sobre eventos de educação continuada, como o seminário “Biológicos na Prática Médica: Cenário Atual e Perspectivas” e de defesa profissional como o “III Fórum Nacional da CBHPM.” Há ainda notícias sobre eventos de Sociedades de Especialidade e das

Federadas, assim como parcerias com benefícios para os associados. Na coluna Gota a Gota, informações de interesse para a área médica.

Destaque para a mobilização em prol do projeto de iniciativa popular por mais recursos para a saúde e sobre o Dia Nacional de Advertência aos Planos de Saúde, no dia 25 de abril, contra o abuso praticado pelas operadoras de saúde.

A Associação Médica Brasileira, através deste informativo oficial, demonstra as diversas ações desenvolvidas e enfatiza a relevância e o papel de cada médico nessa luta incessante pela melhoria da saúde à população.

Para concluir, um pensamento em consonância com nossa luta: “Um sonho sonhado sozinho é um sonho. Um sonho sonhado junto é realidade.” (Raul Seixas)

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Florentino CardosoPresidente da Associação Médica Brasileira

projetos coletivospALAvRA

DO pRESIDENTE

mais uma vez recebemos o JAmB, que nos possibilita atualização do dia-a-dia da AmB. Vivemos um momento de grandes atividades, relacionadas à essência do associativismo, quer seja às inerentes ao foco científico, político, social ou educativo.

o braço científico tem sido desenvolvido em estreita parceria com as sociedades de espe-cialidade, assim como temos procurado ampliar o leque de opções para que os médicos possam ter ensino continuado. Já há muito sabemos que experimentamos rápidos avanços no desenvolvimento de novas tecnologias, novos medicamentos etc. em muito breve a AmB estará colocando à disposição de todos um grande e de qualidade conteúdo científico, que possibilitará ao médico, através de acesso gratuito no nosso portal, atualização profissional.

o título de especialista tem sido ainda mais valorizado no mercado de trabalho, assim como cresce a importância do certificado de atualização profissional. A CNA está bem orga-nizada e a AmB fortalece a importância desse processo, que visa levar o melhor para nossos pacientes. Teremos no novo e mais abrangente conteúdo científico que ofereceremos no nosso site, cada vez mais opções de pontuação, facilitando a vida do médico, especialmente daqueles que têm maior dificuldade de ausentar-se da sua cidade.

Nossa atuação política tem sido cada vez maior, pois temos a imperiosa necessidade de estar atentos às arriscadas proposituras com que nos deparamos no cotidiano, oriundas do setor privado e especialmente do público, como a mp 568/12, em que o governo federal quer diminuir os salários dos médicos. Como pode isso acontecer, no momento em que todos nós buscamos aumentos salariais, porque sabidamente a remuneração dos médicos está aquém do que merecemos?

preocupa-nos também o ensino médico na graduação e pós-graduação. o governo fede-ral ainda não nos respondeu quantos médicos o país precisa e em que áreas do conhecimento. Verdadeiramente temos má distribuição de médicos, que não será corrigida se o governo não adotar políticas de estado na saúde pública, especialmente uma carreira de estado para os médicos em áreas de difícil acesso e provimento, com salários dignos e garantias trabalhis-tas. É possível interiorizar os médicos em ainda mais municípios, e certamente interiorizar a medicina em todos eles. Não aceitamos a revalidação automática de diplomas de médicos formados no exterior, nem a abertura desenfreada de escolas médicas. Jamais nos desviare-mos na defesa da qualidade da assistência e do ensino. Queremos qualidade, com aumento do acesso aos serviços de saúde para nossa população que depende do sUs.

Aumentamos o espaço de participação dos médicos, através das sociedades de especiali-dade e das federadas, com a criação do Conselho de defesa profissional, ampliando nossa luta e preparando-nos melhor para atuar na saúde pública e na saúde suplementar. seremos firmes na defesa da CBHpm como parâmetro mínimo na remuneração do trabalho médi-co, assim como buscaremos uma melhor solução para que os médicos que trabalham no sUs recebam seu “código 7”.

Juntos podemos melhorar nossa formação, nossa atuação, nossas conquistas. esta-remos em Fortaleza, são paulo e Brasília, durante o mês de agosto, realizando curso e conferência com o tema “o poder da negociação – como conseguir o efetivo ganha-ganha”, dados por renomado professor do INseAd, quando teremos oportunidade de adquirir maior competência em negociação, que faz parte do nosso cotidiano.

A AmB tem ampliado suas parcerias, possibilitando levar ao médico maiores e melho-res oportunidades. para citar algumas, temos com a TAm, com o Citibank e com o Itaú. Que possamos ainda mais ampliar a prestação de serviços aos médicos!

Caminhemos em busca de bons projetos coletivos, que tragam ganhos para todos, fazendo com que individualmente cada um seja beneficiado. esse é o caso do projeto de lei

de iniciativa popular que abraçamos, buscando colocar mais verbas da União no sUs. envolvamo-nos na vida associativa e ampliemos nossa partici-

pação na AmB, que será ainda mais pujante com nossa mobilização e contribuição com sugestões, críticas construtivas e ótimas ideias.

Vamos adiante, pois “o futuro promete e queremos chegar bem lá”.

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4 MAIO/ J U N H O 20124 MAIO/JUNHO 2012

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Cardiologista, formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco, foi presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) e diretor da Federação Nacional dos Médicos (Fenam). De 2008 a 2011, exerceu a presidência do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe). Aos 40 anos, o pernambucano André Longo assume agora um novo desafio na carreira: a diretoria de Gestão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Ele falou ao Jamb sobre esse desafio.

O senhor sempre atuou em defesa profissional da classe médica. Como é integrar a ANS agora?

André Longo – Fiquei honrado com o convite do ministro Alexandre padi-lha para compor a diretoria colegiada da ANs, ainda mais por ser o primei-ro diretor em 12 anos de existência da agência procedente das regiões Norte e Nordeste. Venho de longa jornada nas entidades médicas e sei que há expec-tativas deste setor, em especial dos médicos, para a valorização justa do seu trabalho, já que nas últimas déca-das os honorários não acompanharam na mesma medida o crescimento do setor. Com foco no interesse público e na sustentabilidade do setor, pretendo ajudar a facilitar o diálogo com os pres-tadores e promover entendimentos.

Qual será a sua atribuição na dire-toria da ANS?

André Longo – A diretoria de gestão foi remodelada e é responsável pelos meios necessários para que a agência possa cumprir sua missão institucional, desde a área administrativa-financeira e de pessoal ao planejamento e qualifica-ção institucional. responde ainda pelo programa de qualificação de operadoras e pelo Idss (Índice de desempenho da saúde suplementar), que tem mostrado anualmente como está o desempenho das operadoras em pontos essenciais como o econômico-financeiro, a estru-tura, a assistência e a satisfação dos beneficiários. destaque-se que as deci-sões mais relevantes da agência para o setor são tomadas pela diretoria cole-giada, que é composta pelos seus cinco diretores.

Hoje qual é o papel da ANS na relação médicos-operadoras?

André Longo – Acredito que a ANs precisa criar um ambiente

negocial melhor entre médicos e operadoras, aperfeiçoando a rN 71 de 2004, que trata da contratualização de prestadores, incorporando o conceito de hierarquização de procedimentos e avançando para um processo de nego-ciação coletiva, que a meu ver tende a dirimir conflitos e traz mais segurança para o setor. precisam ainda ser revis-tas outras questões importantes, como as relativas a glosas e descredencia-mentos imotivados.

O que a ANS deverá fazer em rela-ção à hierarquização da CBHPM?

André Longo – Considero a CBHpm, embora não seja perfeita, um dos melhores exemplos da capa-cidade produtiva das entidades médi-cas. participei em 2004 da luta pela sua implantação e acredito que seja um excelente ponto de partida para a discussão da hierarquização no âmbito da ANs. Iniciamos os traba-lhos da câmara técnica de hierarqui-zação com as representações do setor e esperamos que este trabalho possa ser concluído com êxito, com o esta-belecimento de um novo parâmetro para as negociações entre médicos e operadoras.

O que a ANS vai fazer para que os planos cumpram a cláusula de reajus-te anual com os médicos?

André Longo – o programa da ANs de monitoramento da contra-tualização identificou os problemas recorrentes com o descumprimento desta cláusula de reajuste e já está na pauta o estabelecimento de regras mais claras, especificamente para esta questão dos contratos, de forma a propiciar um melhor entendimento das partes envolvidas.

O que a ANS tem feito quando operadoras vinculam o pagamento

do honorário médico ao resultado do exame anatomopatológico (por exemplo, somente pagar apendicecto-mia após o resultado da biópsia)?

André Longo – este procedimen-to de vinculação de pagamento de um procedimento efetivamente reali-zado ao resultado de um determina-do exame anatomopatológico não é adequado e os casos devem ser denun-ciados à ANs, podendo resultar na aplicação de penalidades às operadoras caso comprovada a prática em procedi-mento que será instaurado.

Existe um canal de comunica-ção para os médicos mandarem reclamações sobre os serviços das operadoras?

André Longo – Há um espaço que pode ser acessado no www.ans.gov.br, na central de atendimentos da ANs, para atendimento a prestadores. lá é possível tirar dúvidas ou fazer reclamações.

Como o senhor avalia o mercado de saúde suplementar hoje no Brasil?

André Longo – os números do Brasil impressionam, pois o sUs além de ser o maior sistema universal de saúde do mundo, temos também o segundo maior mercado privado do mundo, atendendo hoje mais de 47 milhões de beneficiários na assistên-cia médica e mais de 16 milhões de beneficiários exclusivamente odon-tológicos. o grande desafio hoje é garantir acesso e qualidade dentro de uma necessária sustentabilidade em um cenário de crescente, e nem sempre consequente, incorporação de novas tecnologias, e um novo perfil demográfico com uma popula-ção cada vez maior de idosos, o que eleva sobremaneira a mobilização de recursos.

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ENTREvISTA

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O ortopedista carioca Geraldo Motta Filho assumiu a presidência da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) em janeiro deste ano, quando também completou 25 anos de trabalhos associativos. Fez residência no “Royal National Orthopaedic Hospital”, da Universidade de Londres. No Brasil, presidiu a regional do Rio de Janeiro da SBOT, o Comitê Brasileiro de Trauma Ortopédico, a Comissão de Educação Continuada, e atualmente é o diretor-geral do Instituto Nacional de Ortopedia e Traumatologia – INTO. Ele concedeu a seguinte entrevista ao Jamb.

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Quais serão suas metas princi-pais durante sua gestão?

Geraldo Motta – Nossas princi-pais metas são o apoio e incentivo às regionais e aos comitês de subes-pecialidades e uma atenção dire-ta ao associado através de novos projetos e atividades educacionais. Vamos nos dedicar aos assuntos que estão sendo mais solicitados pelos nossos associados. exemplo disso é o formato do nosso grande Congresso Brasileiro de ortopedia e Traumatologia (CBoT). Neste ano, vamos tornar o formato do CBoT em uma atividade mais atra-tiva, essencialmente interativo, com nova dinâmica dos temas livres, área de apresentação de vídeos de técnicas cirúrgicas, acompanhan-do a necessidade de atualização de todos. A defesa profissional também será bastante trabalhada. Através de exemplos bem-sucedi-dos de colegas ortopedistas, a sBoT está preparando um programa de palestras, a serem apresentadas em seu programa “online” de educa-ção continuada que irão levar esses exemplos para os outros estados brasileiros. os colegas que tive-ram êxito em suas ações poderão ensinar o melhor modelo a seguir, como obter melhores condições de trabalho e etc.

Quais as principais ações da SBOT previstas para 2012?

Geraldo Motta – Basicamente são: a mudança do formato do 44º

CBoT para deixá-lo mais atrativo aos ortopedistas; aulas “online” de defesa profissional; amplia-ção do espaço de participação do associado na discussão das ques-tões importantes para sua atuação profissional nos estados brasilei-ros; fórum de preceptores, que discutirá aspectos ligados à forma-ção dos nossos residentes ainda no primeiro semestre (junho), com o intuito de que os preceptores tenham mais tempo de multiplicar, no segundo semestre, o conheci-mento adquirido.

Qual é o número de associados da SBOT atualmente e quantas regionais existem no país?

Geraldo Motta – Atualmente a sBoT tem uma regional em cada estado do país. Ao todo, são 27 regionais e o total geral de sócios é de 11.834.

Quantos especialistas exis-tem hoje no Brasil? Esse número é suficiente para atender a nossa população?

Geraldo Motta – A sBoT não tem essa informação, pois o grupo de não membros que exer-cem a especialidade não é de nosso conhecimento.

A AMB desenvolve atualmen-te vários programas de Educação Médica Continuada, além de uma série de diretrizes clínicas. Há intenção da SBOT em participar de alguma forma desses projetos?

Geraldo Motta – estamos abertos para propostas da AmB. A sBoT já participou desses projetos e gostaria de continuar participan-do. A confecção de uma diretriz é de extrema importância para a orientação do nosso associado.

Florentino Cardoso, recém-eleito presidente da AMB, afir-mou que durante o seu mandato pretende atuar em sintonia com as Sociedades de Especialida-de visando o fortalecimento da classe médica brasileira. Como a SBOT pode contribuir com isso?

Geraldo Motta – Florenti-no Cardoso, na época candidato à presidência da AmB, visitou a sBoT. A nossa instituição também visa o fortalecimento da classe médica e está disposta a atuar em projetos de melhoria da atuação do médico tanto do ponto de vista de condições de trabalho, como em educação. estamos abertos a contribuir com a AmB nos proje-tos definidos como úteis à classe médica brasileira.

Gostaria de acrescentar algo?

Geraldo Motta – Como já disse em um editorial, “a consciência coletiva dos ortopedistas brasilei-ros fez da sBoT uma instituição respeitada e, reconhecidamente, uma das sociedades médicas mais atuantes na discussão das políti-cas de saúde no nosso país, da qual todos os ortopedistas brasileiros podem (e devem) se orgulhar”.

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primeira reunião do Conselho de defesa profissional da AmB

o Conselho de defesa profissional da AmB, instituído por decisão da nova diretoria e formado por diretores da área das sociedades de especialidade e federadas, reuniu-se pela primeira vez no dia 12 de abril, na sede da AmB, em são paulo. o encontro foi coordenado pelo diretor de defesa profissional da AmB, Jurandir Turazzi, e contou também com as presenças do presidente da AmB, Floren-tino Cardoso, e do secretário-geral, Aldemir soares.

“para esta nova gestão, criamos este Conselho, que deverá se reunir periodicamente, a exemplo do que já acontece com o Conselho Científico”, explicou Aldemir soares.

Na mensagem de boas-vindas, o presidente Florentino Cardoso falou sobre a importância do grupo.

“Um assunto que hoje é específico para uma região ou especialidade, amanhã pode interessar a todas. este Conselho pauta bem o trabalho da AmB, sempre pensar e trabalhar pelo coletivo, pois assim todos ganham individualmente.”

“A criação deste Conselho significa reunir forças. exis-tem muitas sociedades que são fortes nas negociações, mas perdem força por não ter a visão geral de como as outras estão trabalhando. Aqui nós vamos conversar de igual para igual, apresentando problemas e discutindo-os”, falou Turazzi.

o primeiro item da pauta foi a hierarquização do rol da ANs usando como referência a CBHpm. Turazzi expli-cou que a Agência Nacional de saúde suplementar (ANs) instalou no início deste ano uma câmara técnica sobre o tema e as entidades médicas, congregadas na Comissão de saúde suplementar (ComsU), enviaram um arrazoado ao órgão frisando a importância de que o valor da consulta médica seja a base da hierarquização do rol, assim como já ocorre com a CBHpm.

o documento entregue leva em consideração que a CBHpm foi hierarquizada, segundo metodologia proposta pela Fundação Instituto de pesquisas econômicas (FIpe), com base na complexidade, na necessidade de conhe-cimentos técnicos e científicos e no tempo despendido

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para a execução dos procedimentos médicos, e que desde o princípio as entidades médicas deixaram claro que a CBHpm não era uma tabela de honorários e sim um refe-rencial de procedimentos, respaldados eticamente e que deveriam ser oferecidos por todas as operadoras e planos de saúde. por isso, a AmB reafirma o posicionamento de que a hierarquização deveria ser adotada em toda a saúde suplementar.

outro assunto debatido foi a contratualização da saúde suplementar. da mesma forma que com a hierarquização, a ANs também criou um grupo específico sobre o tema e as entidades médicas enviaram suas considerações: possibili-dade de negociar com operadoras em nome de seus asso-ciados; obrigatoriedade de uma data-base anual e nacional para reajuste ou aditivos contratuais, com redefinição de valores contratos; critério de remuneração mínima será a CBHpm em vigência; índice de reajuste anual, quando não houver negociação, será o mesmo fixado pela ANs para seus usuários de planos de saúde; serviços prestados deve-rão ser pagos em até 30 dias após entrega do faturamen-to; atraso no pagamento acarretará pagamento de multa; glosas não serão admitidas para procedimentos constan-tes no rol da ANs ou que tenham sido autorizados previa-mente, bem como qualquer desconto indevido; glosas que forem feitas pela operadora deverão ser notificadas ao prestador pelo médico auditor, com explicação detalhada de cada caso; médicos poderão assinar contratos e prestar serviço tanto como pessoa jurídica como pessoa física, de acordo com vontade do profissional, estando proibida a obrigação de migrar de uma para outra situação; contratos

deverão estabelecer local de atendimento do profissional aos pacientes usuários da operadora; vedado o descreden-ciamento de médico, exceto por decisão motivada e justa. os diretores de defesa profissional puderam comentar, expor e debater problemas relativos às suas áreas e especi-ficidades regionais.

Ao final, Florentino Cardoso explicou e pediu apoio a todos os presentes ao projeto de iniciativa popular que propõe o investimento de pelo menos 10% da recei-ta corrente bruta da União na saúde pública. para que a proposta seja emplacada, é necessário conseguir 1,4 milhão de assinaturas.

Reunião contou também com a presença do presidente da AMB, Floren-tino Cardoso

A Comissão Nacional de Honorários Médicos esteve reunida no dia 13 de abril, na sede da AMB (foto), para avaliar as propostas de alteração à CBHPM encaminhadas por diversas sociedades de especialidade. Jurandir Turazzi, diretor de Defesa Profissional da AMB, comandou os trabalhos.

Todas as solicitações foram discutidas e os pare-ceres emitidos pelos integrantes do grupo serão encaminhados à Câmara Técnica da CBHPM para avaliação.

Esta foi a primeira reunião da CNHM durante a gestão da nova diretoria.

Comissão Nacional de Honorários Médicos

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deliberativo e plena reúnem-se durante a Hospitalar

Plena e Deliberativo juntos durante a Feira Hospitalar, em São Paulo

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O Sistema Único de Saúde foi a pauta única das reuniões do Conselho Deliberativo e Diretoria Plena da entidade, que aconteceram durante a

Feira Hospitalar, em São Paulo

em 23 de maio, o Conselho deliberativo e a diretoria plena da AmB reuniram-se durante a 19ª Feira+Fórum Hospitalar. A reunião teve como pauta o sistema único de saúde. os trabalhos foram abertos por Florentino Cardoso, presidente da AmB, que ressaltou a impor-tância das ações na Hospitalar 2012. “Nosso foco é o projeto de lei de iniciativa popular que defende mais verbas para a saúde pública. Além do estande, contra-tamos pessoas para circularem pelo espaço da Feira coletando assinaturas”.

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Cardoso falou da repercussão positiva da campanha e da necessidade de ressaltar para aqueles que ainda não participaram do movimento os três grandes problemas da saúde pública – gestão, desvio/corrupção e finan-ciamento. Também parabenizou as Federadas pelas demonstrações de engajamento com o projeto.

Cardoso também citou parcerias, como o convênio com a TAm para facilitar as viagens dos médicos. “são condições diferenciadas na compra de passagens aéreas nacionais e internacionais. Além da pesquisa por voos,

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é possível reservar e efetivar a compra em até 48 horas, com o assento garantido e valor de tarifa inalterado. Até quatro passageiros adultos (acima de 12 anos), além do médico titular, podem utilizar o benefício na mesma reserva”. ele citou ainda as parcerias com o Itaú para aquisição de planos de previdência privada e com o Citi-bank para abertura de contas.

outro tópico foram as conversas com operadoras de planos de saúde em virtude de projetos de interesse comum. “desde que exista respeito aos aspectos éticos, manteremos o diálogo com todos. Não há dinheiro no mundo que nos fará sair do caminho da retidão”.

Cardoso informou que entre 16 e 19 de outubro de 2013, Fortaleza (Ce) sediará a Assembleia Geral da WmA. “É um momento muito significativo porque o José luiz Gomes do Amaral, ex-presidente da AmB, encerra-rá o ciclo de atividades no Conselho da WmA. A organi-zação será nossa, por isso queremos ouvir sugestões para construirmos juntos esse evento”, disse Cardoso.

Um dos temas que mais gerou debates calorosos foi a medida provisória 568/2012 que trata de alterações em planos de carreira, tabelas salariais e gratificações para dezenas de categorias em diversos órgãos públicos. exclusivamente no caso dos médicos essa medida terá impacto negativo. “sem nenhum debate prévio com as entidades da classe médica, no meio do texto, nos artigos de 42 a 47, as tabelas salariais de todos os médicos civis do serviço público federal foram reduzidas em 50%”, explicou Jurandir Turazzi, diretor de defesa profissional.

Foi unânime a decisão pela redação de uma nota de repúdio à mp assim como de nota oficial da AmB a respeito do assunto (veja na pág.13).

Também foi discutida a Instrução Normativa 49 da Agência Nacional de saúde suplementar, que regula-menta a forma e a periodicidade de reajuste dos contra-tos de prestação de serviço entre médicos e operadoras de saúde. “essa instrução não contempla o desejo dos médicos. Nos próximos 180 dias, prazo máximo para adequação por parte das empresas, devemos mostrar nossa capacidade de organização. o contrato de cada profissional é individual, mas pode ser negociado cole-tivamente. Tanto a secretaria de direito econômico como o Conselho Administrativo de defesa econômica reconhecem a legitimidade das negociações feitas entre entidades médicas e operadoras”, finalizou o diretor de defesa profissional.

durante o encontro foi aberto espaço para Anibal Cruz, ex-presidente do Colégio médico da Bolívia, rela-tar a difícil situação dos médicos bolivianos. “evo mora-les propagou que os médicos representam perigo para

Projeto de Iniciativa Popular, um dos temas debatidos durante o encontro

Jurandir Turazzi, explanação sobre a resolução nº49, da ANS, e MP 568/12

Aníbal Cruz, do Colégio Médico da Bolívia

a comunidade, destituiu o papel de regulador ético e científico do Colégio, além de acabar com as fontes de financiamento. Houve uma ameaça de troca dos médicos por profissionais recém-formados vindos de Cuba. Foi declarada uma greve e o conflito se agravou”. Atualmen-te, a situação ainda é crítica embora a população apoie o movimento. A AmB já havia encaminhado carta mani-festando apoio aos médicos bolivianos.

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Estande da AMB: base para coleta de assinaturas ao projeto de lei

SAúDE púbLIcA

mais recursos para a saúde, o foco da AmB na Feira Hospitalar

Neste ano, o foco das atividades da Associação médi-ca Brasileira durante a 19ª Feira + Fórum Hospitalar 2012, que ocorreu no expo Center Norte, em são paulo, foi o projeto de lei de iniciativa popular que propõe inves-timento de no mínimo 10% da receita Corrente Bruta da União na saúde pública.

“o grupo Hospitalar é um dos apoiadores desse projeto, por isso aproveitamos a Feira como um bom momento para angariarmos assinaturas”, disse Florenti-no Cardoso, presidente da AmB.

o estande da AmB, localizado na rua N33, no pavi-lhão Vermelho, recebeu um grande número de visitantes. muitos para preencher e assinar o formulário em apoio do projeto de lei. promotores contratados pela AmB circularam pelos pavilhões com intuito de colher assina-turas. o visitante também pôde levar a folha de assinatu-ras para casa ou optar por fazer download na página da AmB (www.amb.org.br)

lançado em 3 de fevereiro de 2012, na sede da AmB, o projeto de lei de iniciativa popular altera a lei Comple-mentar nº 141/12, que regulamentou a emenda Consti-tucional 29. o texto do pl propõe que os recursos sejam aplicados em conta vinculada, mantida em instituição financeira oficial, sob responsabilidade do gestor de saúde.

liderado pela Associação médica Brasileira, ordem dos Advogados do Brasil, Academia Nacional de medici-na, o projeto tem apoio de importantes entidades médi-cas nacionais: Conselho Nacional de saúde; Associação paulista de medicina; Conselho Nacional dos secretários de saúde; Centro Brasileiro de estudos da saúde; Confe-deração Nacional dos Trabalhadores de saúde; Conselho Nacional de secretarias municipais de saúde; Associação Brasileira de pós-Graduação em saúde Coletiva; Federa-ção Brasileira dos Hospitais e Grupo Hospitalar.

“para que a mobilização tenha sucesso, precisamos coletar pelo menos 1,4 milhão de assinaturas (1% do eleito-rado nacional), distribuídos em pelo menos cinco estados (0,3% dos eleitores de cada um) e apresentar esse material à Câmara dos deputados. depois o pl seguirá a tramita-ção normal no Congresso”, explicou o presidente da AmB.

Cerimônia de abertura - em 22 de maio, Jorge Curi, 1º vice-presidente da AmB, participou da solenidade de abertura da Hospitalar. discursaram durante a cerimô-nia Waleska santos, presidente da Hospitalar; Geraldo Alckmin, governador do estado de são paulo; deputado darcísio perondi, presidente da Frente parlamentar da saúde; Giovanni Guido, secretário de saúde do Governo do estado de são paulo, Januário montone, secretário de saúde do município de são paulo; José Carlos Abrahão, presidente da Confederação Nacional de saúde; e Fran-co pallamolla, presidente da Associação Brasileira da Indústria médico-odontológica.

Casais uniformizados coletaram assinaturas para o projeto de lei durante a Feira Hospitalar

ValeskaSantos (esq.) assina formulário de apoio ao projeto de lei

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CNBB oficializa apoio ao projeto que prevê mais verbas para a saúde

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aprovou apoio ao projeto de lei de iniciativa popular que defende mais verbas para a saúde pública, durante Assem-bleia Geral realizada em Aparecida do Norte (sp), entre 18 e 26 de abril.

“A Assembleia votou por auxiliar a AmB e as outras entidades na coleta de assinaturas. Agora, daremos os encaminhamentos necessários para estruturar o recolhi-mento desse material”, disse dom raymundo damasceno, presidente da CNBB.

“o apoio da CNBB é muito valioso, pois a Igreja Católica está presente em todos os municípios brasilei-ros, tem enorme capilaridade e respeito da população. dessa forma, poderemos difundir ainda mais o projeto e ter maior engajamento. Também é importante para deixar ainda mais forte o lema da campanha da Frater-nidade 2012: Que a saúde se difunda sobre a terra ” (Cf. eclo, 38,8), destacou o presidente da AmB, Florentino Cardoso.

Movimento Saúde Rio Grande em busca de melhorias para o sistema de saúde do rio

Grande do sul, foi lançado no início de abril o “movimento saúde rio Grande – Um milhão de razões para Cumprir a lei”, que conta com o apoio da oAB/rs. o movimento busca assegurar a aplicação imediata de 12% por parte do estado em recursos destinados à saúde pública, ou seja, regulamenta a emenda Constitucional nº 29/2000.

o presidente da oAB/rs, Claudio lamachia, lembrou, ainda, da campanha nacional que vem sendo promovi-da pela AmB, oAB e Academia Nacional de medicina e demais entidades que integram a Frente Nacional por mais recursos para a saúde. A iniciativa defende o ante-projeto de lei de Iniciativa popular que busca alterar a lei Complementar 141/12 – que regulamentou a emenda Constitucional 29 (no que diz respeito ao subfinanciamen-to do sUs); – e tornar possível que 10% da receita bruta corrente da União passe a ser investido exclusivamente na saúde pública.

Ao longo dos meses de abril, maio e junho, integran-tes do movimento irão percorrer as cidades de pelotas, passo Fundo, Alegrete, santa rosa, Caxias do sul e santa maria. Além da oAB/rs integram a iniciativa: AmrI-Gs, Cremers, sImers, Federação das santas Casas; Famurs; sindisaúde; Abrasus; CrA/rs; Federação dos Hospitais do rio Grande do sul e Federação dos emprega-dos em estabelecimentos de saúde do rio Grande do sul.

ParanáNo paraná, por intermédio da Associação médica do

paraná, as entidades médicas locais fizeram acordo com o Coritiba, um dos mais populares da cidade de Curitiba, para que, durante os seus jogos na Copa do Brasil, fosse permitida a colocação de uma faixa chamando a atenção dos torcedores e órgãos de imprensa, e conclamando a adesão da população ao projeto de lei que defende mais recursos para a saúde (foto abaixo).

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Cresce o apoio ao projeto de iniciativa popular por mais recursos à saúde

SAúDE púbLIcA

mais de 70 entidades representativas de vários setores da sociedade já aderiram ao movimento nacional pela coleta de 1,5 milhão de assinaturas para levar à Câmara Federal um projeto de lei de Iniciativa popular que assegure o repas-se efetivo e integral de 10% das receitas correntes brutas da União para o sistema único de saúde (sUs). o movimen-to é encabeçado pela Associação médica Brasileira (AmB), ordem dos Advogados do Brasil e Academia Nacional de medicina.

Na tarde de 17 de abril, na sede da oAB, o projeto foi apresentado oficialmente em Brasília (dF). para o presi-dente nacional da oAB, ophir Cavalcante Júnior, a defesa do direito à saúde é uma luta de toda a sociedade brasileira e não apenas de segmentos ligados ao setor. segundo ele, o engajamento de diversas entidades no movimento é um exemplo de que boa parte da população não está satisfeita.

“A lei de Iniciativa popular passa a ser um recurso da população para pleitear de forma legítima dentro do Congresso Nacional a efetividade dos 10% para a saúde e, assim, garantir maior investimento e estrutura para o sUs”, enfatizou.

Na opinião do presidente da AmB, Florentino Cardo-so, a saúde pública enfrenta outras dificuldades como a má gestão e a corrupção, mas o financiamento é de extrema importância para mudança do cenário atual.

“A pressão da sociedade vai ser muito maior no Congres-so se contarmos com o maior número de assinaturas possí-veis. precisamos engajar todos neste processo”, disse.

para o vice-presidente do Conselho Federal de medi-cina (CFm), Aloísio Tibiriçá miranda, o projeto popular é um marco e a “última trincheira” para o setor: “por um lado o país tem um desfinanciamento no sUs e, por outro, a saúde suplementar é responsável por 55% dos gastos em saúde no Brasil”.

Já para a presidente do Conselho Nacional de secre-tários de saúde (Conass), Beatriz dobashi, o momento também é da população brasileira mostrar que deseja ir além do debate de financiamento.

“Aspectos como qualificação dos profissionais, orga-nização das redes, gestão de qualidade também devem ganhar espaço nessa discussão. Vamos discutir a saúde que temos e a que queremos”, ressaltou a representante do Conass.

o conselheiro nacional e representante da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), ronald Ferreira,

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avaliou o movimento como um momento histórico para o setor.

“A saúde ganha se agregando a essa iniciativa a oAB e a AmB. o sistema único de saúde foi objeto de iniciativa e pressão popular a partir do movimento de reforma sani-tária e agora o financiamento também pode se dar pela vontade popular”, frisou ronald Ferreira.

participaram também da cerimônia o presidente do Conselho Federal de engenharia e Agronomia (Confea), José Tadeu da silva; o conselheiro da oAB do distri-to Federal, Antônio marcus da silva; a presidente do Centro Brasileiro de estudos de saúde (Cebes), Ana Costa; entre outros participantes como os deputados federais: eleuses paiva (psd-sp), Jandira Feghali (pCdoB-rJ), André Zacharow (pmdB-pr) e luiz Henrique mandetta (dem-ms).

Participação

para que o projeto de lei de iniciativa popular resgate a emenda Constitucional 29 e chegue ao Congresso, será necessária a adesão mínima de 1% da população eleito-ral nacional mediante assinaturas, distribuídas por pelo menos cinco unidades federativas e no mínimo 0,3% dos eleitores em cada uma dessas unidades. segundo o Tribu-nal superior eleitoral, o número de eleitores do Brasil em julho de 2010 era de 135,8 milhões, o número mínimo de assinaturas para um projeto de iniciativa popular seria, portanto, 1,36 milhões. As assinaturas só valerão se forem acompanhadas de nome completo e legível, endereço e dados identificadores do título eleitoral. As listas deverão ser organizadas por município e por estado, território e distrito Federal.

Lançamento do projeto de lei de iniciativa popular em Brasília

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cuRSO INSEAD

AmB promove cursos sobre negociação

Associação médica Brasileira (AmB) vem a público, mais uma vez, contestar nova ação intencional do governo federal em desvalorizar a classe médica brasileira. repudiamos a medida provisória 568/2012, publicada no dia 11 de maio, que trata de alterações em planos de carreira, tabelas salariais e gratificações para dezenas de categorias em diversos órgãos públicos.

editada com a “boa intenção” de ajustar os salários dos servidores federais, apesar de garantir avanços nesse sentido a outras cate-gorias profissionais, particularmente para os médicos, é devastadora, pois reduz seus vencimentos em 50%, de acordo com o esta-belecido em seus artigos de 42 a 47.

o ministério do planejamento, orça-mento e Gestão alega a necessidade de equi-parar as tabelas dos médicos às dos demais profissionais de nível superior. Isso, na prática, significa transformar as atuais tabe-las de 20h para 40h, sem ajuste de vencimen-tos, reduzindo, portanto, os vencimentos à metade. A referida mp não extingue o regi-me de 20h, mas lhe atribui metade do valor da nova tabela de 40h, já reduzida à metade.

estima-se que tais medidas afetem 42 mil médicos ativos e inativos do ministério da saúde e outros cerca de 7 mil do minis-tério da educação, além de se estenderem ainda aos atuais aposentados e pensionistas. por isso, a AmB não aceitará passivamente mais este golpe em nossa categoria, insisten-temente subvalorizada pelo governo brasi-leiro, apesar da sua denotada importância no cenário da saúde nacional.

para não se enredar pelos caminhos jurí-dicos (embora já em análise por nós), a AmB pede a sensatez dos dirigentes governamen-tais e parlamentares no sentido de revo-gar essa medida, especialmente no que diz respeito à classe médica, por atingir a digni-dade e a honradez daqueles que, diariamen-te em seus postos de trabalho, muitas vezes em condições precárias, lutam por manter a saúde do povo brasileiro.

são paulo, 28 de maio de 2012Associação Médica Brasileira

NoTA oFICIAl CoNTrA A mp 568/12

proferido por Horácio Falcão, professor da escola de negó-cios Insead (European Institute of Business Administration), os eventos serão realizados em agosto, nos dias 13 e 14 (Fortaleza); 16 e 17 (são paulo) e 20 e 21 (Brasília).

“A AmB defende uma cultura de negociação ética, refletida na sua missão de simultaneamente defender a dignidade profis-sional dos médicos e a assistência de qualidade à saúde da popu-lação brasileira. A proposta é uma competência crítica para a AmB, Federadas, sociedades de especialidade, associados e demais profissionais da área da saúde em função do nível dos desafios”, explica Florentino Cardoso, presidente da AmB.

os principais objetivos do curso são desenvolver compe-tência de negociação por meio da metodologia diferenciada do poder da Negociação como vantagem competitiva sustentável para obter melhores resultados anuais; difundir o conceito de Ganha-Ganha; aprimorar a capacidade de desenvolver confian-ça e relacionamentos com instituições parceiras; melhorar a competência nas interações com negociadores.

Com formação tanto em direito Consuetudinário como em Civil, Falcão completou master em direito na Harvard law school com especialização em resolução alternativa de litígios e mBA na Insead, onde ministra principalmente Negocia-ção e Gestão Internacional. Antes de ser professor na Insead, ministrou aulas de Negociação no programa de Instrução para Advogados (pIl) na Harvard Law School e mediação na escola Fletcher de direito e diplomacia, Tufts University e no progra-ma de mediação de Harvard. Trabalhou na Cambridge Nego-tiation Strategies e no Harvard Negotiation Project, no Tribunal Internacional de Arbitragem em paris (França) e mediou confli-tos nos tribunais de massachusetts (eUA).

“por estar presente em todos os aspectos da vida do ser humano, a importância da negociação é indiscutível. o profes-sor Falcão é uma pessoa que vivenciou e trabalhou com os indi-víduos que formularam a teoria do Ganha-Ganha”, relata José Bonamigo, 2º tesoureiro da AmB, que já participou do curso ministrado por Falcão. mais Informações: [email protected] ou [email protected]

A AMB promove-rá o curso “Poder da Negociação – Como Conseguir o Efetivo Ganha-Ganha” Horácio Falcão

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Conselho avalia o andamento das principais ações da AmB

Conselho Científico reunido: Temas relevantes em debate

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Projeto Diretrizes, Certificado de Atualização Profissional, Comissão Nacional de Residência Médica e a entrega do Prêmio Liberato di Dio foram os temas em destaque na reunião do Conselho Científico.

SAúDE púbLIcAcIENTífIcO

o primeiro item da pauta da reunião realizada no dia 26 de abril, em são paulo, conduzida por Aldemir soares, secretário-geral, e edmund Baracat, diretor científico, foi apresentado por Wanderley Bernardo, coordenador do projeto diretrizes. ele atualizou a situação atual do programa, uma vez que novos representantes de socie-dades de especialidade estavam presentes. Atualmente, existem 125 diretrizes em elaboração, 52 novos temas. Já foram publicadas 480, sendo 400 da AmB e 80 em parce-ria com a ANs.

“As diretrizes são um instrumento de linguagem cien-tífica muito forte, que precisa ser homogênea. Não é possí-vel para uma mesma situação clínica o clínico falar para tratar clinicamente, o cirurgião falar para operar e o fisia-tra falar para reabilitar. o sistema de saúde espera que as especialidades falem a mesma coisa e com método. esta é a proposta, organizar. Cada sociedade individualmente precisa desencadear esse movimento”, explicou.

em relação à Comissão Nacional de Acreditação (CNA), os diretores da AmB reafirmaram que o sistema de pontos que atualiza o título de especialista e o certificado de área de atuação não acabou. A Comissão foi reorgani-zada e agora apenas a AmB e as sociedades de especialida-de é que conduzirão o processo.

para que o trabalho seja retomado e de forma satisfató-ria, Aldemir soares ressaltou mais uma vez a importância

de que as sociedades se empenhem em enviar as listas corretamente e dentro do prazo. ele informou também que dentro de alguns dias os representantes das especiali-dades médicas dentro da CNA serão convocados para uma reunião de esclarecimentos.

o último tema discutido foi em relação à emissão dos títulos de especialista e sua importância como referencial. Foi defendida a importância de que os médicos se qualifi-quem por meio das provas de título de especialista e certi-ficados de área de atuação, emitidos pela AmB em convê-nio com as sociedades de especialidade médica.

“Temos que continuar trabalhando firme no que já fazemos, ou seja, qualificando melhor o exame e os titula-dores, não só quem recebe o título. sabemos que é difícil, porque envolve recursos, mas é importante que os editais e a avaliação sejam bem feitos”, falou Aldemir soares.

Já no dia 24 de maio, em nova reunião do Conselho, José Bonamigo, representante da AmB na Comissão Nacional de residência médica, atualizou os representan-tes das sociedades de especialidade sobre as atividades da CNrm. do ponto de vista técnico, foi formalizada a cria-ção de banco público de avaliadores de programas de resi-dência por meio de edital publicado no início de maio. É importante que as sociedades de especialidade participem inscrevendo seus representantes.

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Bruno Caramelli, editor-chefe da revista da AmB, entregou o prêmio liberato di dio aos autores dos melhores artigos científicos publicados em 2010 no periódico. o primeiro lugar, dado a Vilma pinheiro Gawryszewski, responsável pelo artigo “A importância das quedas no mesmo nível entre idosos no estado de são paulo”, recebeu um cheque no valor de r$ 3 mil. Já o segundo lugar recebeu o valor de r$ 2 mil. os ganhadores foram sérgio Araújo martins Teixeira e stella regina Taquette, pelo artigo “A violência e atividade sexual desprotegida em adolescentes meno-res de 15 anos”. No segundo semestre haverá a entrega do prêmio para os melhores artigos publi-cados na rAmB em 2011.

prêmio liberato di dio

Bruno Caramelli com Marco Antonio de Moraes (esq.) e Sérgio Araújo Martins Teixeira

Editores científicosA comissão formada pelos editores de revistas científi-

cas das sociedades de especialidade, em reunião realizada na última quinta-feira, dia 24 de maio, discutiu o resultado da seleção feita pela CApes em apoiar alguns periódicos brasileiros através de suporte financeiro e/ou uma elevação do conceito QUAlIs no sistema de avaliação.

As revistas escolhidas foram: Acta Cirúrgica Brasileira e a revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (medicina 3) e Clinics e Brazilian Journal of medical and Biological research (medicina 1 e medicina 2). Foram discutidas as diferenças na forma como o apoio foi distribuído - algu-mas receberam apenas apoio financeiro e outras, apenas aumento na pontuação QUAlIs - e os diferentes critérios utilizados na seleção para cada área.

em vista disso, a comissão redigirá um documento externando sua preocupação com os possíveis desdobra-mentos de tal decisão, como distorções nos programas de pós-graduação e na próxima avaliação CApes.

“o objetivo é tentar, de maneira construtiva, modificar a política que a CApes vem exercendo nos últimos anos, que entendemos como sendo um círculo vicioso. Quere-mos um estímulo homogêneo para todas as revistas em forma de pontuação no Web Qualis, explicou Bruno Cara-melli, editor da revista da AmB.

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Médicos protestam novamente contraabusos praticados por operadoras

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No dia 25 de abril, em 12 estados, os médicos que aten-dem planos de saúde suspenderam a realização de consul-tas e outros procedimentos eletivos durante 24 horas, como novo meio de protesto e demonstração de insatisfação com o comportamento antiético das empresas que atuam no setor. muitos planos se recusam a negociar com os médicos a reposição das perdas acumuladas nos honorários pagos e o fim de sua interferência na relação entre o profissional e seu paciente, o que tem resultado em glosas e na não autori-zação de procedimentos prescritos e/ou solicitados.

o movimento foi coordenado nacionalmente pela Asso-ciação médica Brasileira (AmB), Conselho Federal de medi-cina (CFm) e Federação Nacional dos médicos (Fenam). A suspensão do atendimento médico eletivo pelos planos de saúde aconteceu no Acre, Bahia, espírito santo, maranhão, minas Gerais, pará, paraíba, pernambuco, piauí, rio Gran-de do Norte, rondônia e santa Catarina. em nove deles, o protesto teve duração de 24 horas, sendo que no piauí a paralisação estava prevista para durar 72 horas.

em outras unidades da Federação aconteceram atos públicos (assembleias, reuniões, audiências, caminhadas cívicas, coletivas à imprensa, etc.) como forma de chamar a

atenção da sociedade para os problemas que afetam a saúde suplementar no país. o atendimento dos casos de urgência e emergência não foi afetado. As consultas e procedimentos cancelados foram agendados oportunamente.

Histórico

A organização do dia Nacional de Advertência aos planos de saúde resulta da mobilização permanente dos médicos que ao longo de 12 meses convocaram três gran-des protestos: no ano passado, em 7 de abril e em 21 de setembro; e, em 2012, no dia 25. os médicos defendem que nos últimos 11 anos, os índices de inflação acumula-dos superaram os 119%. por outro lado, os reajustes dos planos somaram 150%, enquanto os honorários médicos não atingiram reajustes de 50% no período.

Na avaliação dos líderes do protesto, o quadro é grave. “reclamações contra as operadoras de saúde continuam com índice elevado. Isso demonstra que existem empresas que desrespeitam os prestadores e seus clientes. desejamos que haja sensibilidade para fazer o canal de negociação aber-to e cheguemos a um acordo em que todos estejam contem-plados”, disse Florentino Cardoso, presidente da AmB.

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Avenida Paulista, em São Paulo: médicos protestam contra operadoras de saúde

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Afora a negociação junto à ANs, nos estados, comis-sões especialmente criadas para tratar do tema foram orientadas a convocar as operadoras para discutir a pauta de reivindicações. A articulação nacional do movimen-to espera que esta etapa esteja concluída até julho com a confirmação de novos avanços para a categoria.

Instrução Normativa

Uma das reivindicações pleiteadas pelo movimento (veja as demais abaixo) já foi atendida: foi publicada na edição de 18 de maio, do diário oficial da União, a Ins-trução Normativa nº 49, da Agência Nacional de saúde suplementar, estabelecendo critérios para reajuste entre profissionais de saúde e operadoras e planos de saúde. A adaptação às essas novas regras tem prazo de 180 dias. A norma sinaliza quatro opções para o reajuste: índices de conhecimento público, porcentual pré-fixado, variação pecuniária ou uma fórmula de cálculo específica. A ado-ção de uma das quatro alternativas fica a critério de médi-cos e das operadoras. A instrução proíbe que reajuste seja condicionado à sinistralidade das operadoras.

Já o presidente da Fenam, Cid Carvalhaes, lembrou o estado de tensão que impera entre médicos e operadoras: “chegamos ao limite da tolerância e essa é a nossa resposta ao silêncio das operadoras”, disse, ao questionar a falta de empenho de algumas empresas em renegociar os aviltados honorários médicos.

“No lugar do diálogo e da negociação com os médicos, grande número de operadoras optam pela mercantilização da saúde, ressaltando seu descompromisso com a assistên-cia. diante desse quadro de equilíbrio ameaçado, concla-mamos o Governo Federal e o seu órgão regulador na área (Agência Nacional de saúde suplementar) para que atuem como reais mediadores nessa relação que diz respeito à saúde e à vida de mais de 46 milhões de brasileiros”, assi-nala o presidente do CFm, roberto luiz d’Avila.

Propostas

Além do descontentamento com relação à maneira como algumas empresas se comportam durante as nego-ciações, as entidades médicas nacionais – por meio da Comissão de saúde suplementar, composta por represen-tantes da AmB, CFm e Fenam – cobram também o estabe-lecimento de regras claras para a fixação de contratos entre as operadoras, ação que depende diretamente da interfe-rência da Agência Nacional de saúde suplementar (ANs), enquanto órgão de regulação.

por isso, no mesmo dia 25, as lideranças médicas nacio-nais participaram de audiência, na sede da ANs, no rio de Janeiro, quando entregaram as propostas da categoria para normatizar os critérios para contratação de profissionais pelas operadoras. os médicos querem que sejam estabe-lecidos pontos que assegurem aos prestadores de serviço reajustes anuais dos valores pagos, parâmetros para fixação de honorários e para o credenciamento/descredenciamento dos planos de saúde, entre outros pontos. A íntegra do docu-mento pode ser acessada no site da AmB (www.amb.org.br).

reIVINdICAções ApreseNTAdAs às AUTorIdAdes

o ministério da saúde, o ministério da Justiça e a Agência Nacional de saúde suplementar (ANs) receberam em 17 de abril comunicado formal da realização do protesto organizado pelos médicos contra as empresas que operam no setor da saúde suplementar no dia 25 de abril. Juntamente com o ofício enviado aos gabinetes, os médicos encaminharam a pauta de reivindicações do movimento:

Reajuste de honorários: recuperar as perdas financeiras dos últimos anos, de forma a contemplar também os procedimentos, e não apenas as consultas.

Contratos: inserção de critério de reajuste com índice ou conjunto de índices definido e periodicidade de no máximo 12 meses; Inserção de critérios de credenciamento, descredenciamento, glosas e outras situações que configurem interferência na autonomia do médico.

Hierarquização: inclusão da Classificação Brasileira Hierarquizada de procedimentos médicos (CBHpm) como referência para o processo de hierarquização a ser instituído por resolução Normativa da Agência Nacional de saúde suplementar (ANs). A partir de então, o percentual de reajuste será o mesmo para as consultas e todos os procedimentos, sem distorções na valoração.

Legislação: apoio aos projetos de lei sobre reajuste dos honorários médicos (pl 6964/10, que tramita na Câmara, e pl 380/00, que tramita no senado) e sobre a CBHpm como referência na saúde suplementar (plC 39/07, tramita no senado).

Lideranças médicas comandaram o protesto na Av. Paulista, em S. Paulo

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SAúDE SupLEmENTAR

Contratualização: entidades médicas entregam propostas à ANs

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ira de acordo com o presi-dente da Associação paulis-ta de medicina, Florisval meinão (foto), as entidades médicas nacionais – Asso-ciação médica Brasileira, Conselho Federal de medi-cina e Federação Nacional dos médicos – entregaram à Agência Nacional de saúde suplementar (ANs), no dia

1. Toda entidade médica legalmente constituída poderá negociar com as operadoras em nome de seus jurisdicionados, sem exclusão de uma pelas outras. 2. obrigatoriamente, haverá uma data-base anual nacional estabelecida para reajuste ou aditivos contratuais com redefini-ção dos valores dos serviços contratados, segundo os critérios estabelecidos na negociação coletiva anual entre a operadora e a representação dos prestadores. § 1º o critério de remuneração mínima terá como valor a CBHpm em vigor. § 2º o índice de reajuste anual, quando não houver negociação, será o mesmo fixado pela ANs para os usuários de planos de saúde. 3. os serviços prestados deverão ser efetivamente pagos em até 30 dias corridos da apresentação do faturamento no primeiro dia útil de cada mês e, no caso da entrega do envio do faturamento eletrônico o prazo é de 10 dias corridos para o pagamento. 4. o atraso no pagamento obrigará a operadora ao pagamento de multa e atualização monetária. 5. Não serão admitidas glosas de procedimentos médicos realizados que estejam no rol da ANs ou da operadora ou que tenham sido objeto de autorização prévia, bem como de qualquer desconto indevido. 6. As glosas que porventura forem feitas pela operadora, das quais caberá pedido de reconsideração, serão notificadas ao prestador em documento assinado pelo médico auditor, com explicação detalhada de cada caso, até o dia 15 do mês de apresentação do correspondente documento de cobrança, cabendo recurso em 10 dias pelo prestador. 7. os contratos serão firmados entre os prestadores médicos pF ou pJ. 8. os profissionais médicos poderão prestar seus serviços como pF ou pJ, de acordo com o profissional, vedado o constrangimento de migrar de uma para outra situação. 9. os contratos deverão estabelecer o local de atendimento do profissional aos pacientes usuários da operadora. 10. os pagamentos devidos ao prestador pela execução de serviços em unidades de saúde deverão ser efetuados diretamente ao profissional, pela operadora. excetuam-se os casos de médicos contratados diretamente pela Unidade. parágrafo único: o atendimento realizado das 19h às 7h durante a semana e em finais de semana e feriados, sem prejuízo do disposto no caput, serão remunerados com acréscimos de 30%. 11. Fica vedado o descredenciamento de médico de operadora, exceto por decisão motivada e justa, garantindo-se ao médico o direito de defesa no âmbito da operadora ou outro. § 1º No caso de descredenciamento, o médico será notificado com 90 dias de antecedência e, caso seja motivado por redimensionamento da rede, deverá ter o aval da ANs. § 2º A inobservância do caput implicará a reintegração no trabalho com todas as garantias e demais vantagens relativas ao período de afastamento, o qual será considerado como de efetiva prestação de serviços. 12. As partes se obrigam a respeitar e abrigar nos contratos, o Código de Ética médica e resoluções amparadas em lei, emanadas dos Conselhos de medicina. 13. o foro eleito no contrato deverá ser obrigatoriamente o do local da prestação do serviço médico. 14. A operadora fornecerá aos prestadores médicos o extrato mensal detalhado da prestação dos serviços, incluindo as glosas. 15. A operadora de plano de saúde disponibilizará um canal direto de comunicação do prestador médico com a coordena-ção médica da operadora.

proposTAs dAs eNTIdAdes mÉdICAs

13 de abril, as propostas da classe quanto às cláusulas obri-gatórias a serem inseridas nos contratos entre médicos e planos de saúde.

As principais são critério definido de reajuste a cada 12 meses e regras relativas a credenciamento, descredencia-mento e glosas. As entidades haviam feito consultas a suas bases cujas contribuições foram compiladas e sistematiza-das. A partir de agora, a ANs deve se posicionar para o cumprimento efetivo de sua resolução Normativa 71, de 2004, que versa sobre a contratualização. Confira abaixo as propostas na íntegra. Fonte: Apm

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ENSINO méDIcO

Após greve, campus da UFrJ-macaé será reestruturado

o Conselho Universitário da Universidade Federal do rio de Janeiro (UFrJ) aprovou em 10 de maio resolução que estabelece ações para a reestruturação do curso de medi-cina do campus de macaé. desde 2 de abril, os alunos da escola médica estavam em greve devido à falta de profes-sores qualificados, estrutura adequada de laboratórios e de campo de ensino prático. As atividades da graduação come-çaram no 2º semestre de 2009 como parte do programa de reestruturação e expansão da UFrJ, embasada nas dire-trizes do programa de Apoio a planos de reestruturação e expansão das Universidades Federais (reUNI).

“No começo do curso, já sentimos que o planejamen-to das instalações e as atividades não tinham sido muito cuidadosos. os prédios e os laboratórios estavam inacaba-dos. Também havia carência de professores médicos”, expli-cou Fillipe Teixeira, representante do Centro Acadêmico da UFrJ-macaé. segundo o estudante, a despeito dos insis-tentes pedidos de melhoria, as respostas foram lentas e não atendiam às demandas. “passamos por algumas dificulda-des como no laboratório de Anatomia, que tem um acervo muito limitado e não comporta peças formalizadas devido à estrutura da construção feita de aço e isopor”, disse o aluno.

Depois de quase 40 dias de greve, reivindicando estrutura no campus e professores mais bem qualificados, estudantes de medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro voltaram às aulas.

em 2011, a UFrJ firmou com o ministério público Federal um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para melhorias estruturais dos laboratórios e para a contratação de mais professores. “A Universidade não cumpriu o estabe-lecido e o problema se agravou porque as primeiras turmas iniciaram a parte prática do curso. A rede de saúde de macaé não comporta mais as demandas da faculdade”, relatou o representante. “Até agora não há programas de residência médica na cidade. eles já deveriam estar preparados tanto para dar suporte ao internato como para auxiliar os médi-cos a se fixarem no entorno da Universidade, completou.

segundo nota oficial divulgada pela a UFrJ, uma comis-são está trabalhando em convênios com hospitais da região. Também foram convocados professores para ministrar aulas de reposição, que serão consolidadas em um novo cronograma. os estudantes de medicina do campus UFrJ-macaé, a partir do 5º período, terão aulas de prática clíni-ca no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, no município do rio de Janeiro. o comunicado oficial escla-rece que essa determinação deverá ser observada até que as condições dos hospitais locais, em macaé, estejam adapta-das às necessidades do curso.

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gOTA A gOTA

� R A í z E S H I S T ó R I c A S D A m E D I c I N A O c I D E N T A L

Nesta obra, o autor, ray-mundo manno Vieira oferece ao leitor um lar-go panorama da evolução do cuidado com a saúde, mostrando a multiplicida-de e variedade de legados culturais que confluíram na formação do que hoje conhecemos por medicina. Fruto de grande pesquisa, o volume apresenta em se-

quência cronológica uma síntese dos pre-ceitos e práticas de diversos povos em sua luta por conhecer e combater as doenças. desde as remotas civilizações da meso-potâmia e do Nilo até a Helênica, berço da doutrina hipocrática; desde fenícios, persas, hebreus e etruscos até a euro-pa medieval e Islâmica, contemplam-se todas as etapas e facetas do processo que, na renascença e no século das luzes, ensejou a transformação das artes médi-cas numa ciência moderna.

� ATESTADO DIgITAL

desde o dia 2 de abril, os médicos do estado de são paulo têm acesso a uma ferramenta que emite atestados digitais para seus pacientes. segundo a Asso-ciação paulista de medicina (Apm), responsável pela novidade, além de promover economia de papel, as ver-sões digitais dos atestados médicos vão dificultar fraudes no sistema de saúde. para a Apm, o atestado vai diminuir o risco de os médicos serem vítimas de fraudadores, assegurará que os atesta-dos foram emitidos por médicos, mini-mizando afastamentos desnecessários de funcionários, e ajudará a evitar que doenças e afastamentos de emprega-dos sejam contestados ou considerados duvidosos. para emitir o atestado onli-ne, o médico deverá ter um documen-to eletrônico de identidade (e-CpF) e registrar as informações do paciente nos campos indicados no site da Apm. Cada atestado custará r$ 1 para o médico ou instituição em que trabalha. o custo para o paciente é zero.

� câNcER DE pRóSTATA

Um novo tratamento contra o câncer de próstata, que utiliza ondas sonoras de alta frequência, pode ser uma alternativa

viável à cirurgia e à radioterapia com me-nos riscos de causar incontinência uriná-ria e impotência. este é o resultado de um teste clínico, financiado pelo Conselho de pesquisas médicas britânico, em artigo publicado na revista “lancet oncology”. segundo o estudo, “os resultados demons-tram que 12 meses depois do tratamento, nenhum dos 41 homens do teste tiveram incontinência urinária e apenas um em dez teve ereção fraca, ambos efeitos cola-terais comuns do tratamento convencio-nal”, relatou o comunicado. “A maioria dos homens (95%) também ficou livre do câncer depois de um ano”, acrescentou. o procedimento é feito com anestesia geral e a maioria dos pacientes tem alta 24 horas depois, finaliza o comunicado. Um teste mais amplo será realizado com a finalida-de de determinar se o novo tratamento, já em uso em hospitais por vários anos, é tão eficaz quanto o padrão.

� ALzHEImER

A atividade física diária pode reduzir o risco de declínio cognitivo e de ter a doen-ça de Alzheimer mesmo em pessoas com mais de 80 anos de idade, segundo um novo estudo realizado por pesquisadores do Centro médico Universitário rush, em Chicago, nos estados Unidos. o estudo foi publicado na edição online da revista “Neurology”, o jornal da Academia Ame-ricana de Neurologia.para medir a quantidade de exercício diária que pode trazer tais benefícios, os pesquisadores pediram a 716 idosos sem demência, com idade média de 82 anos, para usar um dispositivo chamado actigráfico, que monitora a atividade pelo pulso, por dez dias. A pesquisa descobriu que as pessoas que não faziam mais do que 10% de ativida-de física recomendada tinham mais do que o dobro da probabilidade (2,3 vezes) de desenvolver Alzheimer comparado as pessoas que faziam mais exercícios, e ti-nham quase o triplo (2,8 vezes) de chance de desenvolver a doença do que as pessoas que faziam bastante atividade física.

� cORAçãO ARTIfIcIAL

o novo modelo de coração artificial desenvolvido no Brasil deve começar a ser testados em seres humanos dentro de dois meses. Cinco pacientes da fila de espera do Instituto dante pazzanese de Cardiologia, em são paulo, serão os

primeiros a receber o equipamento, que estabiliza a função cardiológica do do-ente e possibilita a sobrevida até o trans-plante do órgão. o aparelho é indicado para pacientes que não respondem mais ao tratamento clínico. No estado de são paulo, segundo dados da secretaria de saúde, 99 pacientes estão na fila de es-pera de transplante, 32 apenas na cidade de são paulo.

o coração artificial, que agrega alta tec-nologia e está sendo construído de for-ma quase artesanal em um laboratório especializado no dante pazzanese, de-verá custar de r$ 60 mil a r$ 100 mil. o aparelho foi desenvolvido com apoio do Hospital do Coração, do ministério da saúde, da Fundação de Amparo à pesqui-sa do estado de são paulo (Fapesp) e do Conselho Nacional de desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNpq).

� NOvO RELATOR

o projeto de lei 6964/10, que trata da con-tratualização entre médicos e planos de saúde, tem novo relator na Comissão de seguridade social e Família da Câmara: o deputado federal eleuses paiva(psd/sp), ex-presidente da Associação paulista de medicina e da Associação médica Bra-sileira. Há um ano esperava-se o relatório do deputado Arnaldo Faria de sá, agora substituído por eleuses paiva na relato-ria. pelo projeto, caso médicos e planos de saúde não cheguem a um acordo sobre o índice de reajuste, a Agência Nacional de saúde suplementar poderá intermediar negociação, arbitrando o índice.

� REvALIDA

por iniciativa do deputado eleuses paiva (psd/sp), a Câmara dos deputados rea-lizará, no dia 20 de junho, no Auditório Freitas Nobre, em Brasília, um seminário para debater o assunto. Além do revalida, também serão discutidos Carreira de es-tado e financiamento da saúde. Já o sena-dor paulo davim (pV/rN) apresentou o projeto de lei 138/12, que “Institui o exa-me Nacional de revalidação de diplomas médicos”, expedidos por universidades estrangeiras. o projeto está na Comissão de Assuntos sociais do senado e aguarda indicação de relator.

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cAp

No dia 23 de maio, na sede do CFm, em Brasília (dF), os membros da Comissão de Assuntos políticos (CAp) discu-tiram o teor e a tramitação da medida provisória 568/12, que trata das gratificações e adicionais dos servidores fede-rais, entre eles os médicos.

A mp foi apresentada em substituição ao pl 2203/11, também de autoria do poder executivo, que estava sendo avaliado pela Comissão de Trabalho, Administração e serviço público da Câmara, sob a relatoria do deputado Jovair Arantes (pTB/Go).

o assessor parlamentar Napoleão salles esclareceu que a medida provisória tem força de lei após sua publicação e que, pela primeira vez, tramitará em uma Comissão mista formada por 12 senadores e 12 deputados federais que avaliarão a relevância e a urgência da proposta.

Nos meses anteriores a CAp também esteve reuni-da e analisou novos projetos de lei apresentados pelos parlamentares. No dia 14 de março, os plC 123/12, plC 124/12 e pls 11/12, que dispõem sobre os valores míni-mos a serem aplicados, anualmente, pela União em ações e serviços públicos de saúde, receberam parecer favorá-vel e passaram a integrar a Agenda parlamentar da saúde responsável.

As entidades médicas consideraram os projetos rele-vantes porque, se aprovados, aportarão mais recursos para o sistema de saúde e oferecerão melhorias no atendimento à sociedade.

Já a peC 133/2012, que altera o art. 197 da Constituição Federal para proibir a terceirização e a privatização da mão de obra das ações e de serviços de saúde, também recebeu parecer favorável, pois a regulamentação da mão de obra da saúde é competência do poder público.

CAp reúne-se para avaliar novos projetos de lei de interesse da saúde

Já na reunião do dia 18 de abril, na sede da AmB, em são paulo, foi incluído na Agenda o plp 151/12, do deputa-do Jilmar Tatto, que institui o estatuto Nacional da micro-empresa e da empresa de pequeno porte, para acrescen-tar outras atividades às já passíveis de opção pelo simples Nacional. A CAp posicionou-se favoravelmente, pois dimi-nui a carga tributária sobre serviços médicos e de saúde.

Já o pl 3545/12, do deputado duarte Nogueira, que institui adicional de anuidade para as profissões regula-mentadas, permitindo que os profissionais atuem em âmbi-to nacional, também entrou para a Agenda, mas com pare-cer contrário, pois autoriza adicional de anuidade para o médico que trabalha em dois estados.

Você sabia?... que o pl 3511/12, do deputado romero rodrigues,

torna obrigatória a disponibilização de postos de aten-dimento médico em locais de realização de vestibulares, concursos públicos ou privados e demais eventos similares?

... que o pl 3530/12, do deputado Irajá Abreu, concede incentivo fiscal às empresas de médio e grande porte que alocarem recursos para a construção de centros de referên-cia na recuperação de dependentes químicos?

... que o pl 3650/12, da deputada manuela d’Ávila, pretende tipificar a obtenção de vantagem pelo encami-nhamento de procedimentos, pela comercialização de medicamentos, órteses, próteses ou implantes de qualquer natureza?

... que o pl 3673/12, do senador Humberto Costa, trata da interdição cautelar do estabelecimento envolvido na prática de infrações sanitárias relativas à falsificação de medicamen-tos, insumos farmacêuticos, cosméticos e correlatos?

Membros da CAP reunidos na sede do CFM, em Brasília

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bIOLógIcOS

A Associação médica Brasileira (AmB), em parce-ria com a Associação da Indústria Farmacêutica de pesquisa (Interfarma), realizou, no dia 20 de abril, em Fortaleza (Ce), o seminário “Biológicos na prática médica: Cenário Atual e perspectivas”.

A primeira parte do evento foi direcionada aos jornalistas. Florentino Cardoso, presidente da AmB; Theo van der loo, presidente do Conselho Gestor da Interfarma; Antônio Carlos pires, endocrinologista e professor da Faculdade de medicina de são José do rio preto, e Valderílio Azevedo, reumatologista e profes-sor da Universidade Federal do paraná, fizeram uma introdução ao tema, cada um na sua área atuação. os médicos falaram a respeito da falta de tradição brasi-leira em pesquisas, também elucidaram dúvidas relati-vas ao processo de fabricação e aos custos.

em seguida, o público foi recepcionado pelo presi-dente da AmB que, além das boas-vindas, falou sobre a

Fortaleza sedia seminário sobre medicamentos biológicos

importância do evento. “o foco é levar a boa informa-ção e o conhecimento sobre esse arsenal novo. A AmB e a Interfarma pretendem auxiliar o desenvolvimento do médico para melhorar a vida do paciente”.

Theo parabenizou a AmB pela iniciativa de abor-dar esse tema e destacou a importância das pesquisas e o impacto delas no cotidiano dos doentes. “o diagnós-tico melhorou. Hoje, somos capazes de tratar males que antes não tinham tratamento”.

A primeira mesa-redonda debateu a moderna biotecnologia e os biofármacos. José Bonamigo, hema-tologista e 2º tesoureiro da AmB, ministrou a palestra introdutória sobre medicamentos biológicos e bios-similares. “obtidos a partir de organismos vivos, os biológicos resultam em estruturas instáveis porque as moléculas são muito grandes. para entendê-los, não é possível olhar apenas a molécula pronta. Também não é passível a aplicação do conceito clássico de genérico”.

Evento em Fortaleza reuniu médicos e jornalistas

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Aldo Tonso, engenheiro químico e professor da Universidade de são paulo, explicou o processo de manufatura dos medicamentos. enfatizou a importân-cia de seguir corretamente todas as indicações, pois uma mudança de temperatura, de tempo ou mesmo de fornecedor de matéria-prima pode acarretar em um medicamento diferente daquele que os órgãos regu-latórios aprovaram. “o processo de produção inf lui diretamente no resultado. Um produto pode mudar apenas em função da etapa de purificação. por isso, é necessário definir e padronizar metodologias para assegurar a eficácia e segurança”, explicou.

o módulo foi finalizado com a apresentação de Valdair pinto, consultor em medicina Farmacêutica, sobre aspectos regulatórios. Além de explicar como funciona a legislação para esses fármacos nos estados Unidos e na europa, Valdair explicitou que os bioló-gicos sempre foram sujeitos a regimes regulatórios diferenciados. “No Brasil, a primeira regulamentação ocorreu em 1931 e, atualmente, a rdC 55 da Agência Nacional de Vigilância sanitária regulamenta o setor”.

segundo o consultor, os desafios na área são: proces-so de produção e métodos analíticos; instabilidade das macromoléculas; riscos de desnaturação, agregação, precipitação; condições especiais de formulação e arma-zenamento; potencial imunogênico e biossimilaridade. “Biossimilares não são genéricos. precisam de dossiê de manufatura, estudos pré-clínicos e clínicos”, disse.

Valdair enfatizou ainda a relevância da termino-logia. “Biossimilares são cópias de produtos inova-dores que foram autorizadas a partir de estudos de comparabilidade quanto qualidade, eficácia e segu-rança. produtos biológicos não-biossimilares são cópias de produtos inovadores que foram autorizadas sem o exercício da comparabilidade, e biossuperiores (Biobetters) são cópias de produtos inovadores, mas com modificações intencionais para conferir proprie-dades especiais”.

As duas mesas-redondas seguintes foram sobre o uso dos biológicos na prática médica. participaram: Gilberto schwartsmann, oncologista e professor da Universidade Federal do rio Grande do sul; Antônio pires, endocrinologista; Artur duarte, dermatologista e professor da Universidade de santo Amaro; Valde-rílio Azevedo, reumatologista; Fausto Feres, cardiolo-gista do Instituto dante pazzanese de Cardiologia de são paulo e Hélio Tedesco, nefrologista do Hospital do rim e Hipertensão da Unifesp. Após as apresentações, os participantes responderam e debateram as dúvidas da plateia. o evento foi encerrado com uma mensagem de agradecimento do presidente da AmB.

“As discussões levantadas durante o seminário foram muito úteis. espero que possamos compartilhar e aproveitar os ensinamentos”, falou Cardoso.

José Bonamigo

Florentino Cardoso

Mesa debateu “a moderna biotecnologia e os biofármacos”

“Biológicos na prática médica”, outro tema dos debates

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fóRum

evento debateu uso abusivo do álcool

dias 17 e 18 de agosto, no minascentro, em Belo Horizonte, o Instituto para práticas seguras no Uso de medi-

camentos realizará o IV Fórum Internacional sobre segurança do paciente – erros de medicação. o even-to é voltado para médicos, farmacêuticos, enfermeiros, gestores, acadêmicos, certificadores de instituições de saúde e representantes da indústria farmacêutica e terá convidados internacionais. dentre os temas previs-tos estão: segurança na utilização de anticoagulantes, opioides, anestésicos e outros medicamentos de alto risco; Abordagem humanística da segurança do pacien-te; prevenção de erros de medicação que ocorrem na transição do cuidado ao paciente; segurança no uso de medicamentos: presente e perspectivas para o futu-ro; Gestão da incorporação de tecnologias em saúde: foco em saúde, baseada em evidências e segurança do paciente; Cirurgia segura: aplicação e dificuldades enfrentadas; reconciliação de medicamentos; o impac-to das orientações de enfermagem em segurança do paciente; segurança da utilização de medicamentos na Atenção primária. Informações sobre o evento no site: www.ismp-brasil.org/forum2012

Na abertura, Florisval meinão, presidente da Apm, afirmou que é preciso haver uma mobilização da sociedade para que a postura em relação ao álcool mude, como ocor-reu com o cigarro.

“em são paulo, por exemplo, as pessoas não chegam mais em ambientes fechados e acendem um cigarro. É preciso o mesmo tipo de mudança de atitude quanto ao álcool e direção.”

A AmB participou dos debates da última mesa do dia, que abordou os aspectos sociais da questão, sendo composta pela assessora técnica do departamento Nacional de Trânsito (denatran), rita de Cássia Ferreira da Cunha; o presidente do Conselho regional de medicina do estado de são paulo (Cremesp), renato Azevedo Júnior; o 1º vice-presidente da AmB, Jorge Carlos machado Curi; Florisval meinão; maurí-cio Januzzi, presidente da Comissão de estudos do sistema Viário da oAB; rafael Baltresca, cuja mãe e irmã foram mortas em um acidente de trânsito causado por um moto-rista aparentemente embriagado e que desde então coleta assinaturas para um projeto de lei de iniciativa popular que aumente a pena para quem dirige embriagado, e oscar Filho, repórter do programa CQC, da TV Bandeirantes.

A Associação paulista de medicina (Apm) sediou, no dia 13 de abril, o Fórum sobre o Uso Abusivo de Álcool no Trân-sito, realizado em parceria com a ordem dos Advogados do Brasil – seção são paulo (oAB-sp). A AmB, por intermédio do seu 1º vice-presidente, Jorge Curi, participou do evento.

Fórum Internacional sobre segurança do paciente

Audiência Pública abordou interiorização da medicina

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para garantir a fixação do médico em regiões longínquas ou inóspitas é necessária a criação de uma carreira de estado aos moldes da magistratura. essa foi a conclusão dos debates da audiência pública promovi-da pelos senadores Vanessa Grazziotin (pCdoB-Am) e paulo davim (pV-rN) para debater o assunto. Na avaliação do 1º vice-presidente da AmB, Jorge Carlos machado Curi, representante da entidade no evento, a causa fundamental do problema de distribuição de médicos no Brasil está relacionada ao financiamento deficitário. para ele, “a participação do governo federal no financiamento da saúde pública deve aumentar no sentido de implementar assistência e sua gestão e valo-rizar recursos humanos, inclusive com a criação da Carreira de estado para o médico”. ele ressaltou ainda que a periferia de grandes metrópoles tem déficit de médicos, que não se fixam nos postos de trabalho por falta de condições.

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GERALdO FERREIRA ASSuME A PRESIdêNCIA dA FENAM

o potiguar, Geraldo Ferreira Filho, presidente do sindicato dos médicos do rio Grande do Norte, é o novo presidente eleito da Federação Nacional dos médicos (FeNAm). ele foi eleito por unanimida-de, em chapa única, no dia 26 de maio, durante o XI Congresso da FeNAm, que reuniu representan-tes dos 53 sindicatos médicos do país, na cidade de Natal. Geraldo substituirá Cid Carvalhaes, que assu-miu a entidade em 2010, e terá como vice-presidente otto Fernando Baptista; secretário-geral, João Batis-ta de medeiros; 1º secretário, José Tarcísio da Fonse-ca dias, e ainda 12 secretarias, 10 diretorias, além do Conselho Fiscal e seis regionais. Comandará a enti-dade a partir de 1º de julho, no biênio 2012/2014.

Geraldo integrou o quadro associativo da AmB, onde foi diretor de marketing por duas gestões (2005/2011) e presidiu a Associação médica do rio Grande do Norte também por duas gestões (2002/2008).

em seu primeiro discurso, Geraldo Ferreira comprometeu-se à luta médica: “meu compromisso é com as causas médicas, que deverão ser levadas adiante pela administração de cada sindicato. Nossa diretoria está pronta, e como presidente dos médicos do Brasil, lutarei por eles em cada pedaço deste país”, afirmou.

ASSOcIAçãO méDIcA muNDIAL

Florentino Cardoso, presidente da AmB; miguel Jorge, dire-tor de relações Internacionais; e Nivio moreira, coordenador do Comitê Jovens médicos da AmB, estiveram em praga, república Checa, entre 26 e 28 de abril, quando participaram da reunião do Conselho da Associação médica mundial (WmA). os trabalhos foram conduzidos por José luiz Gomes do Amaral, presidente da WmA e ex-presidente da AmB.

entre os assuntos da pauta: revisão da declaração de Helsinki; doação de órgãos e tecidos; violência no setor de saúde por pacientes ou pessoas próximas a eles e implicações éticas de greves médicas.

“A AmB faz parte do grupo de trabalho que revisará a declara-ção de Helsinki, documento que completará 50 anos em 2014. para concluir esse processo até o próximo ano, foram programadas duas reuniões: uma no mês de junho em roterdã, Holanda, e outra em dezembro na Cidade do Cabo, África do sul. A Associação também participará do desenvolvimento de uma política para auxiliar a maximização do número de doadores de órgãos e tecidos, garan-tindo os mais altos padrões éticos”, explicou miguel Jorge.

o diretor de relações Internacionais relatou que alguns repre-sentantes de associações médicas nacionais narraram situações de violência contra médicos. muitas vezes, como na Turquia e na Bolí-via, estimuladas por governantes que atribuem a estes profissio-nais a responsabilidade pela ineficácia de suas políticas sanitárias. Também foi abordada a situação de constrangimento envolvendo a assistência prestada por médicos a vítimas de violência policial em países que estão vivenciando a revolta de suas populações contra regimes governamentais ditatoriais, como a síria e o Bahrein.

Jovens Médicos - durante a reunião, ocorreu o segundo encontro da Junior doctors Network, associação de médicos jovens ligada a WmA. o Brasil foi representado por Nivio morei-ra. Na pauta de discussões: estratégias para aproximar os médicos jovens e residentes das associações médicas nacionais e da WmA; formas de melhorar o aprendizado médico na residência; troca de experiências sobre início da carreira; elaboração de políticas voltadas para esse segmento.

“o Brasil apresentou a forma de organização dos médicos jovens na AmB e a área de atuação no mercado de trabalho, educa-ção médica continuada e pesquisa”, explicou Nivio moreira.

dIRETORIAS dE COMuNICAçõES E dE

MARkETING dISCuTEM ESTRATéGIASem 8 de maio, as diretorias de Comunicações e

de marketing reuniram-se na sede da AmB, em são paulo, para debater estratégias conjuntas de atuação. participaram Jane Cordeiro, diretora de Comunica-ções; José Collares, diretor de marketing; Aldemir soares, secretário-geral; Antônio salomão, 1º secre-tário; José Bonamigo, 2º Tesoureiro; Jorge Curi e Newton Barros, 1º e 2º vice-presidentes, respectiva-mente. Na pauta: ações no site e redes sociais, vídeo institucional, material para divulgação da AmB, parcerias, newsletter, estruturas para agilizar a divul-gação de posicionamentos da entidade, reforço da identidade visual e projeto gráfico do Jornal da AmB.

NOTAS

AmB na reunião do Conselho da Associação médica mundial

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CABINE INTERNA: A pArTIr de Us$ 979,00 1º pAssAGeIro (-25% desCoNTo )= Us$ 734,25 por pAssAGeIro CABINE EXTERNA COM VISTA PARA O MAR: A pArTIr de Us$ 1329,00 o 1º pAssAGeIro, Com o 2° pAssAGeIro Free!CABINE EXTERNA COM VARANdA: A pArTIr de Us$ 1409,00 o 1º pAssAGeIro, Com 2º pAssAGeIro Free!TAXAS dE SERVIçO: Us$ 63,00 - TAXAS PORTuÁRIAS: Us$ 200,00SEGuRO VIAGEM: Us$ 29,00 (opcional)CONdIçõES dE PAGAMENTO: 10% eNTrAdA e sAldo em 10 VeZes em CHeQUe oU CArTÃo - preços sUJeITos A AlTerAçÃo, de ACordo Com dIspoNIBIlIAde de CABINes e lUGAres. As promoções de 25% de desCoNTo e 2º VIAJANTe Free sÃo VÁlIdAs por Tempo deTermINAdo.OBS: NÃo esTÃo INClUÍdos Nos preços TrAslAdos ATÉ o porTo de sANTos, AssIm Como BeBIdAs e despesAs de CArÁTer pessoAl à Bordo.

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preços / reserVAs

segunda viagem cultural da AmB terá cruzeiro marítimo

A viagem cultural da AmB deste ano está prevista para o mês de novem-bro: será um cruzeiro marítimo de 7 noites pela América do sul com partida e chegada no porto de santos, e para-das nas cidades de punta del leste e montevidéu (Uruguai) e Buenos Aires (Argentina). Veja roteiro detalhado e preços nos quadros abaixo.

para o evento estão previstas palestras culturais cuja programação ainda está sendo definida pela diretoria cultural.

o navio escolhido é o msC magni-fica (foto), um dos cruzeiros luxuosos

mais modernos do mundo da msC Cruzeiros. Batizado em 2010, conta com 1.380 tripulantes e capacidade para receber 3.223 hóspedes. As opções de recreação contam com saunas e banhos turcos, academia de ginástica, salão de beleza, área para relaxamen-to e salas de massagem, solário, duas piscinas, pista de jogging, minigol-fe, boliche, bilhar, quadras de tênis e basquete. são 5 restaurantes, 17 bares, cyber café, teatro com 1.200 poltronas, cinema 4d, cassino e discoteca.

dia data Porto Chegada Partida1 dom / 25 nov santos .... 17h002 seg / 26 nov Navegando .... ....3 Ter / 27 nov punta del este 13h00 19h004 Qua / 28 nov Buenos Aires [pernoite] 09h00 ....5 Qui / 29 nov Buenos Aires .... 17h006 sex / 30 nov montevidéu 07h00 13h007 sáb / 01 dez Navegando .... ....8 dom / 02 dez santos 09h30 ....

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AgENDA

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Diretoria• 1 (SP) – Reunião entre a diretoria de Defesa Profissional e área

técnica da CBHPM – Jurandir Turazzi • 1 (RS) - Solenidade de posse da diretoria 2012/2013 do Conselho

Regional de Medicina do Rio Grande do Sul – Newton Barros• 6 (SP) – Reunião com representantes do Grupo Hospitalar –

Aldemir Soares, Florentino Cardoso e Jorge Curi• 7 (SP) – Reunião da diretoria Cultural – Florentino Cardoso e

Hélio Barroso• 7 (SP) – Solenidade de posse da Academia Nacional de Medicina

- Florentino Cardoso, Hélio Barroso, José Bonamigo, Jorge Curi e Rogério Toledo Jr

• 9 (SP) - Sessão solene de entrega do Título de Cidadão Hono-rário Riopretense a Eleuses Vieira de Paiva - Aldemir Soares, Florentino Cardoso, Luc Weckx, José Luiz Bonamigo, Jorge Curi

• 13 (SP) - Reunião com Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo – Florentino Cardoso, Jorge Curi e Luc Weckx

• 14 (DF) – Reunião da Comissão de Assuntos Políticos – José Luiz Mestrinho

• 15 (DF) – Reunião da Comissão de Ensino Médico – José Bonamigo

• 15 (SP) – Reunião do Conselho Científico – Aldemir Soares, Edmund Baracat e Florentino Cardoso

• 16 (DF) – Reunião da Comissão Pró-SUS – Roberto Gurgel• 16 (DF) – Reunião da Comissão Mista de Especialidade – Aldemir

Soares • 16 (DF) – Reunião da Diretoria Plena • 19 (ES) - Sessão Especial sobre as Doenças Crônicas – Hélio Barroso• 22 (SP) - Reunião da Comissão de Obesidade – Rogério Toledo Jr• 22 e 23 (ES) – Reunião da Comissão Nacional de Residência

Médica – José Bonamigo• 23 (AM) – Reunião do Conselho Deliberativo • 28 (DF) - 27ª Reunião Ordinária do Fórum Permanente Mercosul

para o Trabalho em Saúde – Aldemir Soares• 28, 29 e 30 (SC) - Fórum Ibero-Americano de Entidades Médicas

– Florentino Cardoso, José Bonamigo e Miguel Jorge• 30 (SP) – Reunião da Câmara Técnica de Implantes – Luc Weckx

Presidência• 2 (MG) - Seminário Intercooperativo: Remuneração Médica – participa-

ção na mesa-redonda sobre remuneração dentro da perspectiva do mercado

• 6 (DF) – Reunião no CADE• 6 (SP) – Reunião AMB e Hospitalar• 7 (SP) – Reunião com Unimed do Brasil• 7 (SP) – Solenidade comemoração dos 117º aniversário da Academia

Medicina de S. Paulo• 9 (SP) - Reunião com Waldemar do Amaral, representante da Socieda-

de Brasileira de Ultrassonografia, e Manoel Aparecido Gomes da Silva, representante do Colégio Brasileiro de Radiologia

• 9 ( SP) – Sessão solene em homenagem a Eleuses Paiva• 13 (SP) – Reunião com Dom Odilo Scherer, cardeal de S. Paulo• 14 (SP) - Reunião com Dom Raymundo Damasceno, presidente da

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil• 14 (SP) - Reunião com Kazuo Uemura e Ricardo Carvalhaes, represen-

tantes da Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo • 15 (SP) Reunião com Agência Nacional de Saúde Suplementar• 15 (SP) – Reunião com Paulo Azevedo, presidente da Soc. Bras.

Patologia Clinica/ Medicina Laboratorial• 20 (SP) – Reunião com Antonio Vaz Carneiro e Univadis• 20 (SP) - Reunião com Jadelson Andrade, presidente da Soc. Bras.

Cardiologia• 22 (DF) – Reunião da Câmara de Saúde Suplementar• 26 (SP) – Reunião com diretoria da Roche• 28 a 30 (SC) – Participação no V Foro Iberoamericano de Entidades

Médicas• 31 (RJ) – Palestra na Sociedade Médica do Estado do Rio de Janeiro

AbRIL

Diretoria• 4 (DF) - Reunião da Comissão para discussão de exercício e

publicidade das especialidades – Aldemir Soares• 8 (DF) - 36º Reunião da Câmara de Regulação do Trabalho em

Saúde – Roberto Gurgel• 9 (DF) - Audiência com Alexandre Padilha, ministro da Saúde –

Aldemir Soares, Florentino Cardoso, Luc Weckx e Modesto Jacobino• 10 (DF) - Cerimônia de posse de Eleonora Menicucci como ministra

da Secretaria de Políticas para as Mulheres – Luc Weckx• 12 (SP) - Reunião do Conselho de Defesa Profissional – Florentino

Cardoso e Jurandir Turazzi• 12 (SP) - Lançamento do PL de iniciativa popular na Câmara

Municipal de São Paulo – Florentino Cardoso, Jorge Curi e Jurandir Turazzi

• 13 (SP) - Reunião da Comissão Nacional de Honorários Médicos - Jurandir Turazzi

• 13 (DF) – Reunião para debater o projeto de iniciativa popular sobre a EC 29 com a CNB - Lairson Rabelo

• 13 (SP) - Fórum sobre o Uso Abusivo de Álcool no Trânsito – Jorge Curi• 14 (SP) - Assinatura do documento sobre a defesa das boas práticas

no relacionamento entre a indústria farmacêutica e a classe médica – Aldemir Soares

• 15 (DF) – Reunião da Comissão de Ensino Médico – José Bonamigo• 15 (SP) - Reunião do Conselho Consultivo do SP 2040 – Jorge Curi• 17 (DF) - Reunião da Comissão Mista de Especialidades – Aldemir Soares• 18 (SP) – Reunião da Comissão de Assuntos Políticos – Luc Weckx,

Jurandir Marcondes• 19 (SP) - Reunião da Comissão da Obesidade – Rogério Toledo Jr• 20 (CE) - Seminário Biológicos na Prática Médica: Cenário Atual e

Perspectivas – Florentino Cardoso, José Bonamigo e Luc Weckx• 23 (DF) - Reunião da Comissão Mista de Especialidades – Aldemir

Soares• 25 (SP) – Movimento de Mobilização dos Médicos – Jorge Curi• 25 (SP) – Curso Fundamentos de Resposta ao Desastre – Jorge Curi

e José Bonamigo• 25 e 26 (DF) – Reunião da Comissão Nacional de Residência Médica

– José Bonamigo• 26 (SP) – Reunião do Conselho Científico – Aldemir Soares e

Edmund Baracat • 26 a 28 (Praga, República Tcheca) – Reunião do Conselho da WMA

- Florentino Cardoso, Miguel Jorge e Nivio Moreira• 27 e 28 (DF) - Sessão Plenária de Suplentes do CFM– Aldemir Soares• 28 (RJ) - Reunião da Comissão de Saúde Suplementar da ANS –

Jorge Curi

Presidência• 3 (SP) - QualiHosp 2012 - “Qualidade e Segurança: Educação e

Prática no Século XXI”, participação na mesa-redonda: Educação para Qualidade

• 4 (SP) – Reunião com Secretário Estadual de Saúde, Giovanni Cerri• 4 (SP) – Reunião na Unimed do Brasil • 10 (SP) – Reunião no Instituo do Câncer do Estado de São Paulo• 11 (SP) – Reunião com Comissão Projeto Casa + Segura• 12 (SP) – Reunião do Conselho Defesa profissional da AMB• 12 (SP) – Lançamento do Projeto de Lei de Iniciativa popular na

Câmara Municipal de S.Paulo• 13 (MG) - Debate público sobre a recente regulamentação da EC29 e

a iniciativa da AMB de coletar assinaturas• 14 (AL) – Participação no 39º Congresso Soc. Bras. Cirurgia

Cardiovascular• 17 (DF) - Lançamento oficial do Movimento Nacional de Defesa da

Saúde Pública na sede da OAB do Distrito Federal• 20 (CE) – Participação no Seminário de Medicamentos Biológicos na

prática médica• 22 (AM) - Solenidade de Abertura do Congresso Médico Amazônico • 23 a 28 (Praga) – Reunião da Associação Médica Mundial

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2 8 MAIO/ J U N H O 2012

ImpLANTES

NOTAS

reunida na sede da AmB na manhã de 30 de março, a Câma-ra Técnica de Implantes recebeu o gerente-geral de Tecnologia de produtos para a saúde da Agência Nacional de Vigilância sanitária (Anvisa), Joselito pedrosa, que apre-sentou o andamento do novo progra-ma da agência de avaliação e monito-ramento de dispositivos médicos.

Nesta fase inicial, o projeto está focado apenas nos implantes orto-pédicos de joelho e quadril utiliza-dos nos serviços hospitalares do rio Grande do sul.

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Câmara debate sistema de monitoramento de implantes“Com esse programa, pretende-

mos qualificar o sistema de vigilância, pois vamos identificar os pontos críti-cos no sentido de reduzir o número de eventos adversos”, explicou pedrosa.

A cada nova demanda, a Anvisa criará câmaras técnicas que terão a participação de membros indica-dos pela CT de Implantes da AmB e pelas sociedades de especialidade. pedrosa aceitou ainda a proposta de luc Weckx, presidente da CT, de que estes grupos tenham um represen-tante fixo nomeado pela diretoria da AmB.

A seguir, luiz Carlos sobânia, que coordenou a reunião, falou sobre o registro Nacional de Artroplastia e o início da parceria com a Anvisa.

“o piloto deste projeto, por enquanto restrito a 14 serviços na cidade de Curitiba, está em fase de finalização. Hoje conseguimos saber qual produto foi utilizado, onde,

quando e em qual paciente. Com o apoio da Anvisa a ideia é que a neces-sidade do registro passe a ser obriga-tória”, finalizou.

Já na reunião do dia 4 de maio, as discussões foram em relação aos rumos do trabalho que será desenvol-vido ainda este ano. o consenso é que há a necessidade de que as deliberações sejam concretizadas e, em vista disso, será encaminhada uma carta proposta à Anvisa solicitando a criação de uma comissão técnica, formada por repre-sentantes da AmB e de cada socieda-de de especialidade. o objetivo é que este subgrupo auxilie na resolução dos problemas de registro e monitora-mento dos produtos. Caso haja uma resposta positiva por parte da Anvisa, será solicitado a cada sociedade que indique um representante e que a cada reunião da CTI seja apresentado um relatório do que foi tratado.

A Comissão mista de especialidades reuniu-se no dia 17 de abril para avaliar as solicitações de criação de novas especialidades e áreas de atuação e encaminhar os despa-chos. Aldemir soares, secretário-geral da AmB, represen-tou a entidade.

o presidente da Federação Brasileira de Gastroenterolo-gia, José Galvão Alves, também participou da reunião para falar sobre a especialidade e as áreas de atuação relacionadas.

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mista de especialidades

No dia 25 de maio, eduardo Braga, Cléber Costa e Wirlande da luz, integrantes do Conselho Fiscal, avalia-ram a documentação da AmB referente ao período de 01/10/11 a 31/03/12. Foram aprovados o relatório de ativi-dades da diretoria, com voto de louvor; da auditoria feito pela empresa Caaud Auditores Independentes; o balanço patrimonial e os comentários financeiros. participaram também, luc Weckx e José Bonamigo Filho, respectiva-mente 1º e 2º tesoureiros da AmB.

Conselho Fiscal aprova contas

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MAIO/JUNHO 2012 2 9

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AmB participa do III Fórum Nacional da CBHpm

em 11 de maio, Florentino Cardoso, presidente da AmB, e Jurandir Turazzi, diretor de defesa profissional, representaram a entidade durante o III Fórum Nacio-nal da CBHpm. o evento foi promovido pela Comissão de Honorários médicos de minas Gerais, composta por representantes da Associação médica (AmmG), sindicato dos médicos (sinmed-mG) e Conselho regional de medi-cina (Crm-mG), e ocorreu na sede da AmmG.

os debates sobre a implantação da CBpHm no sistema público e a remuneração no sistema privado chamaram atenção. “essas discussões são muito relevantes. Na esfera do sUs, há uma forte tendência de que gradativamente a CBHpm seja implantada. Na saúde privada, os médicos e a Agência Nacional de saúde suplementar sabem que a remuneração está muito defasada”, disse Cardoso.

“por mais que se discuta se o problema é de financia-mento ou de gestão, não é possível fazer uma boa gestão sem financiamento adequado. em relação ao sistema privado, é preciso que a Agência Nacional de saúde suple-mentar atenda as reivindicações relacionadas à contratu-alização; dê possibilidade de as entidades médicas repre-sentarem os profissionais nas negociações coletivas e fixe índice de reajuste anual”, relatou Turazzi.

outro ponto debatido foi a necessidade de adoção da CBHpm pela ANs como referencial hierarquizador do rol de procedimentos. “Também foi apresentada a situação da implantação da CBHpm nos estados. Nesse momento, observamos crescimento significativo, fato que auxilia nesse processo com a ANs”, finalizou o dire-tor de defesa profissional.

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3 0 MAIO/ J U N H O 2012

ESpEcIALIDADES

• UroloGIA

A sociedade Brasileira de Urologia lançou em maio, no Hotel everest, em Ipanema, a Campanha Nacional saúde do Homem. o evento foi realizado simultaneamente em todas as regionais, tendo como sede oficial a sBU do rio, com a intenção de esclarecer e mobilizar cada vez mais o público masculino em todo o país sobre a importância da prevenção e combate às doenças urológicas. de acor-do com dados da sBU regional rio, é alto o índice de homens que adiam a primeira consulta ao urologista. por isso, a campanha visa estimulá-los a consultarem os médi-cos, para realizar exames anualmente. o principal mote da campanha é que o urologista precisa se tornar o espe-cialista do homem, a exemplo da mulher que procura o ginecologista, regularmente.

• Dermatologia

No dia 5 de maio, hospitais e postos de saúde credenciados em todo o país atenderam a população gratuitamente, a fim de identificar e dar início ao tratamento da hanseníase, por meio da campanha lançada pela sociedade Brasileira de dermato-logia (sBd) contra a doença. segundo a organização mundial de saúde (oms), o Brasil é o segundo país com maior incidên-cia da doença, ficando atrás apenas da Índia. dos quase 230 mil casos novos detectados em todo o mundo, cerca de 35 mil foram registrados em nosso país. A incidência da doença está distribuída de forma irregular no Brasil, sendo mais presente nas regiões Norte, Centro-oeste e Nordeste.

• ortoPeDia

A sociedade Brasileira de ortopedia e Traumatologia (sBoT) apoia a iniciativa dos parlamentares para um projeto de lei que proíbe estudantes carregar mochilas muito pesadas. pelo projeto, que já foi aprovado pela Comissão de Constitui-ção e Justiça e de Cidadania da Câmara dos deputados, em caráter conclusivo, sem a necessidade de ir a plenário, e agora segue para o senado, a mochila deve ter no máximo 15% do peso corporal da criança. Há uma década, a sBoT vem promovendo campanhas e alerta aos pais e educadores para a importância de um peso compatível nas mochilas de crianças e adolescentes. A entidade alerta para a importância de um peso ainda menor nas mochilas. Nas campanhas promovidas pela entidade, três pontos sempre foram ressaltados: a) A criança não pode carregar na mochila mais do que 10% de seu peso; b) Nunca carregá-la com apenas uma das tiras passada pelos ombros, pois isso pode provocar escoliose; c) As tiras devem ser tensionadas para que a mochila fique bem junto ao corpo, e cinco centímetros acima da linha da cintura.

• rAdIoloGIA

este ano será eleita uma nova diretoria para o Colégio Brasileiro de radiologia e diagnóstico por Imagem (CBr) para o biênio 2012/2014 e, pela primeira vez, se houver mais de uma chapa concorrendo, todos os membros asso-ciados titulares da entidade em dia com suas obrigações estatutárias poderão votar à distância. A novidade se deve à alteração na forma de eleição prevista no novo estatuto social do CBr, aprovado na Assembleia Geral extraordi-nária, realizada no último dia 3 de setembro, durante a IX Jornada sul de radiologia, em Curitiba, paraná. para mais informações acesse www.cbr.org.br..

NOTA OfIcIAL

A despeito da publicação, no dia 9 de fevereiro de 2012, da resolução CFm nº 1.984/2012, revogando a resolução CFm nº 1.772/2005 que institui o Certifi-cado de Atualização profissional (CAp) para os porta-dores dos títulos de especialista e certificados de áreas de atuação e cria a Comissão Nacional de Acreditação (CNA), a Associação médica Brasileira informa que o processo será mantido, sem prejuízo aos envolvidos.

Com o auxílio de todas as sociedades de especia-lidade filiadas, a AmB será agora a única responsável por administrar a pontuação dos eventos científicos necessários para que o Certificado de Atualização profissional (CAp) seja emitido, garantindo assim que o médico especialista possui conhecimentos atuais sobre a prática médica.

A AmB informa ainda que as regras para a atua-lização continuam as mesmas: o médico portador de título de especialista ou certificado de área de atua-ção que acumular 100 pontos no período de 5 anos sequenciais receberá a atualização de seu documento por meio do CAp.

em relação ao cadastramento de eventos e a comprovação de participação dos médicos, os organi-zadores de eventos deverão continuar inscrevendo os mesmos no site www.cna-cap.org.br enviando as listas de participação dentro do tempo previsto.

entretanto, devido ao processo de reestrutura-ção interna da CNA, a AmB prorrogou a emissão dos primeiros CAps, programados para dezembro de 2011, para dezembro de 2012.

É importante salientar ainda que o título de espe-cialista ou certificado de área de atuação não perde seu valor. o médico inscrito no processo precisa apenas comprovar que se manteve atualizado após ser aprova-do nas provas de obtenção do documento.

A AmB entende que desta forma está garantindo o permanente aprendizado médico e a sua atualização científica, visando não só a valorização do profissional, mas o melhor atendimento à população.

são paulo, 14 de maio de 2012

ComIssÃo NACIoNAl de ACredITAçÃo - AmB

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MAIO/JUNHO 2012 3 1

AudIêNCIA SOBRE HONORÁRIOS

A Comissão de Trabalho, de Administração e serviço públi-co da Câmara promoveu, no dia 15 de maio, audiência públi-ca para obter esclarecimentos sobre os protestos realizados pelos médicos credenciados aos planos de saúde. o debate foi sugerido pelo deputado Augusto Coutinho (dem-pe). José luiz dantas mestrinho, diretor de Assuntos parlamen-tares, representou a AmB no evento. ele defendeu como solução para a questão a aprovação do pl 6964/10, atual-mente no senado, que prevê regras claras para o contrato de relação de trabalho com as operadoras, além de um índice de reajuste anual e critérios de credenciamento.

fEDERADAS

PERNAMBuCOem abril, em sua sede, como parte das come-morações dos seus 170 anos, a Associação médica de pernambuco outorgou a meda-lha de Honra maciel monteiro, fundador da entidade em 4 de abril de 1841, a profissio-nais que se destacaram pela atuação ética e

técnica ao longo de suas carreiras. os médicos agraciados este ano são Celeste Aida moura Chaves (psiquiatra), Itamar Belo dos santos (dermatologista) e luiz Carlos santos (Ginecolo-gista). Também foi entregue a estudantes das Faculdades de medicina de pernambuco o prêmio diva montenegro de Incen-tivo a pesquisa Científica, que receberam o conjunto do projeto diretrizes AmB/CFm, além de placa e certificado.

SERGIPEA sociedade médica de sergipe é uma das integrantes do grupo participe Aju, que tem o objetivo de apresentar propostas técnicas para o aprimoramento do plano diretor de Aracaju, subsidiando os vereadores da cidade para uma melhor discussão dos problemas

na Câmara. Fazem parte do grupo, além da somese, a ordem dos Advogados do Brasil-sergipe, o Conselho regional de engenharia e Arquitetura (CreA/se), o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), o Conselho regio-nal de Contabilidade, a Associação dos profissionais do ministé-rio público de sergipe, o Crm, a UFs, a Unit, a sociedade semear, entre outras entidades da sociedade civil organizada.

ESPÍRITO SANTOem reunião ocorrida no último dia 24 de abril, na sede da Unimed sul Capixaba, em Cachoeiro do Itapemirim, médicos da cida-de, juntamente ao presidente e ao tesoureiro da Ames, Carlos magno pretti dalapícola e Gustavo picallo, respectivamente, definiram que o próximo Congresso da entidade será

em Cachoeiro. o evento foi marcado para os dias 18, 19 e 20 de outubro. Também ficou definido que em 2013 o congresso será em linhares. outra novidade é a parceria com Unimed, que irá repassar mensalmente recursos para manutenção e custeio do Clube de Campo da entidade.

MINAS GERAISNo dia 24 de abril, o Conselho Científico da Asso-ciação médica de minas Gerais (AmmG) realizou a primeira edição do projeto “Terça Cultural”. o médico e ex-ministro da saúde, José Gomes Temporão, ministrou a palestra “Novos paradig-mas da saúde”. Nessa primeira edição, além do presidente da AmmG, lincoln lopes Ferreira, que abriu o evento, estiveram presentes os membros

da diretoria da entidade, os presidentes do Conselho regional de medicina e do sindicato dos médicos, João Batista Gomes soares e Cristiano Gonzaga da matta machado, respectivamente, além do presidente da Academia mineira de medicina, Geraldo Caldeira, o diretor de marketing da AmB, José Carlos Collares Filho, e também o secretário municipal de saúde de Belo Horizonte, marcelo Teixei-ra. os eventos do “Terça Cultural’ serão realizados mensalmente na AmmG, sempre às terças-feiras, com entrada gratuita. Informa-ções sobre a programação podem ser obtidas pelo telefone (31) 3247-1619 ou e-mail [email protected].

EDITAL DE cONvOcAçãOo secretário-geral da diretoria executiva do Clube médi-co, associação civil, sem finalidade lucrativa, com sede e foro na cidade de são paulo, na rua são Carlos do pinhal, nº 324, Bela Vista, Cep: 01333-903, inscrita no CNpJ sob o nº 60.530.938/0001-07- no uso de suas atribuições e prer-rogativas estatutárias, convoca a Associação médica Brasi-leira e as Associações médicas estaduais filiadas ao Clube médico, para que representadas pelos seus respectivos presidentes da gestão 2011-2014 compareçam à Assem-bleia Geral ordinária que será realizada no auditório da Associação paulista de medicina no próximo dia 15/06/12, iniciando-se às 15h30min em primeira convocação, com presença mínima de 1/3 (um terço) dos associados, ou às 16h00 em segunda convocação, com a presença de um quarto dos associados.

ORdEM dO dIA dA ASSEMBLEIA GERAL ORdINÁRIA

■ eleição dos membros da diretoria executiva e do Conselho Fiscal

são paulo, 8 de maio de 2012

dr. Aldemir Humberto Soaressecretário-geral do Clube médico

EDITAL

AMMGASSOCIAÇÃOMÉDICA DE

MINAS GERAIS

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3 2 MAIO/ J U N H O 2012

LIvROS TíTuLOS/ cERTIfIcADOS

Manual de córnea

William Trattler, Parag Majmudar, Jodi Luchs e Tracy Swar tzEditora Novo Conceito Saúde

A obra é uma referência com informações atualizadas referen-tes à córnea e à cirurgia refrativa e da córnea. Abrange doenças essenciais, achados clínicos e tratamento. Com uma estrutura de leitura que não prende o leitor a ordem dos capítulos, o manual possui muitas fotografias coloridas, pois os autores pretendem destacar casos das doenças mais relevantes.

clínica OrtOpédica da SBOt infecçõeS

Túlio Diniz (organizador)Grupo Editorial Nacional

A infecção em ortopedia e traumatologia afeta tanto o pacien-te e seus familiares como a equipe médica. por isso, a obra tem como objetivo auxiliar os profissionais de saúde a trans-formar o fracasso em sucesso. o livro, que tem 20 títulos escritos por 38 colaboradores, aponta soluções para o tema.

dOença inflaMatória inteStinal

Wilton Schmidt Cardozo e Carlos Walter SobradoEditora Manole

A obra tem como objetivo transmitir informações atuali-zadas sobre a doença inflamatória intestinal. Com enfoque nos consensos nacional e internacional, aborda os principais temas necessários ao conhecimento da retocolite ulcerativa e da doença de Crohn. A publicação também fornece conceitos que contribuirão para divulgar e padronizar o diagnóstico e o tratamento dessas enfermidades.

diStúrBiOS funciOnaiS dO aparelhO digeStivO

Federação Brasileira de Gastroenterologia

primeiro livro de uma série de oito livros monotemá-ticos que tem como objetivo auxiliar o gastroenterolo-gista a se atualizar. Na edição, foram publicados capí-tulos sobre: relação médico/paciente; classificação dos distúrbios funcionais do sistema digestório; síndrome do intestino irritável; diarreia funcional, constipação intestinal funcional; doenças funcionais do esôfago; síndrome da dor abdominal funcional.

BOgliOlO/ patOlOgia

Geraldo Brasileiro Filho (editor)Editora Guanabara Koogan

8ª edição

Com quatro décadas de existência, a obra sempre procu-rou fornecer aos leitores o conteúdo de patologia Geral e da patologia Humana de forma abrangente e atualizada. Além de abordar os aspectos morfológicos, que constituem a Anatomia patológica, não deixou de versar sobre os componentes etio-patogenéticos, fisiopatológicos e clínicos das doenças.

TÍTULOS DE ESPECIALISTA Patologia Clínica/Medicina Laboratorial – 3 de setembro – salvador (BA) – Inf.: (21) 3077-1400Endocrinologia e Metabologia – 7 de novembro (prova escrota) e 8 de novembro (prova prática) – Goiânia (Go) – Inf.: (21) 2579-0312 e www.sbme.org.br

Ginecologia e Obstetrícia – 18 e 19 de agosto – são paulo (sp) – Inf.: (21) 2487-6336

Cabeça e Pescoço – 5 de setembro – salvador (BA) – Inf.: (11) 3107-9529

Coloproctologia – 5 de setembro – Belo Horizonte (mG) – Inf.: (21) 2240-8927Radioterapia – 3 de junho (prova teórica) são paulo, rio de Janeiro, Brasília, pernambuco e paraná e 18 e 19 de agos-to (prova prática) – são paulo (sp) – Inf.: (11) 3372-4544 e www.cbr.org.br

Medicina de Tráfego – 24 de junho – Belo Horizonte (mG) – Tel: (11) 2137-2700Cirurgia Geral – 14 de julho (prova escrita) - rio de Ja-neiro, porto Alegre, Belo Horizonte, são paulo, Curitiba, Belém, recife, Fortaleza, Brasília, Vitória, manaus e sal-vador e 15 de setembro (prova oral) – rio de Janeiro (rJ) – Inf.: (21) 2138-0650 – www.cbc.org.br

Cardiologia – 14 de setembro (prova teórica) e 15 de setembro (prova Teórico-prática) – olinda (pe). Inf.: www.cardiol.br

Gastroenterologia – 7 de julho – são paulo (sp) – Inf.: (11) 3813-1610

Cirurgia digestiva – 6 de julho (prova teórica) – são paulo (sp)- Inf.: (11) 3289-0741

Pneumologia – 27 de novembro – Belo Horizonte (mG) Inf.: www.sbpt.org.br

Clínica Médica – são paulo (sp) (28/7); manaus (Am) e Goiânia (Go) (29/9); rio de Janeiro (rJ) (07/10); Belo Hori-zonte/porto Alegre (13/10); Camboriú (sC) (17/11) - Inf.: (11) 5572-2968 – [email protected]

Medicina Paliativa – de 10 de agosto a 10 de setembro - aná-lise curricular – Inf.: [email protected]

Medicina Intensiva – 07 de novembro - Fortaleza (Ce) – Inf.: (11) 5089-2642

CERTIFICADOS DE ÁREA DE ATUAÇÃO

Foniatria - de 15 a 17 de agosto - são paulo (sp) – Inf.: (11) 5052-1025

dor – 10 de agosto a 10 de setembro - análise curricular – Inf.: [email protected]

Citopatologia – 15 de agosto – recife (pe) – Inf.: (11) 2255-7502 – www.portalsbc.com.br

Neurofisiologia Clínica – 6 de junho (prova escrita) e 3 de agosto (prova oral) - Goiânia (Go) - Inf.: (11) 3815-0892

Endoscopia Respiratória – 27 de novembro – Belo Hori-zonte (mG) – Inf.: 0800-6166218 – site: www.sbpt.org.br

Endocrinologia Pediátrica – 13 de junho (prova prática) e 14 de junho (prova teórica) – são paulo (sp) – Inf.: (21) 2579-0312

Ergometria – 30 de junho – manaus (Am) e 13 de outubro – Brasília (dF) – Inf.: (21) 3478-2700Medicina Intensiva Pediátrica – 12 de junho (prova teóri-ca) e 17 de junho (prova prática) – são paulo (sp) – Inf.: (21) 2548-1999 – www.sbp.com.br Medicina de urgência – são paulo (sp) (28/7); manaus (Am); Goiânia (Go) (29/9) ; rio de Janeiro (rJ) (07/10); Belo Horizonte/porto Alegre (13/10); Camboriú (sC) (17/11) - Inf. (11) 5572-2968 – [email protected]

Ser huManO: O deSafiO!Albino Julio SciesleskiEditora Méritos

A obra é uma compilação de artigos e reflexões sobre o ser huma-no publicados por Albino sciesleski em diversos periódicos. o autor foi fundador e presidente, por três gestões, da Associação Brasileira de medicina de Tráfego em uma época que o Brasil era campeão mundial em acidentes de trânsito. o médico foi um dos pioneiros em campanhas para preservar vidas no tráfego.

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segunda-feira, 11 de junho de 2012 17:33:05

Page 36: Jornal da associação Médica Brasileira Maio/JUnHo 2012 ......defesa dos médicos e da assistência à saúde, hoje à frente da Diretoria de Gestão da Agência Nacional de Saúde