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Ano VI N o 3 Jan / Fev 2002 AMB realiza reunião histórica com a SBD Por ocasião dos 90 anos da SBD, a diretoria exe- cutiva da Associação Médica Brasileira esteve no Rio de Janeiro para um encontro inédito com a diretoria da So- ciedade e seus presiden- tes de regionais. Página 9 Isotretinoína já está sendo distribuída pelo SUS Secretarias de Saúde estão recebendo verba do MS para compra do medica - mento. Página 16 Presidentes de Regionais discutem no Rio de Janeiro os caminhos da SBD A integração da SBD e das Regionais foi o ponto prin- cipal da discussão entre as diretorias. Página 10 Anvisa vai regulamentar bronzeamento artificial A Agência Nacional de Vigilância Sanitária publi- cará em breve a regula- mentação do uso das câmaras de bronzeamen- to. A SBD colaborou na elaboração da Portaria. Página 11 30.174 A Sociedade Brasileira de Dermatologia divulga nesta edição os números da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele: dos 30.174 pacientes examinados no dia 24 de novembro, 8% apresentaram sinais da doença. Esta foi a Campanha com maior número de aten- dimentos realizada pela SBD. Segundo as estatís- ticas, 65% da população examinada afirmaram não se proteger do sol. 30.174 atendimentos Publicação oficial da Sociedade Brasileira de Dermatologia

Jornal da SBD -Nº 3 Janeiro / Fevereiro 2002

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Page 1: Jornal da SBD -Nº 3 Janeiro / Fevereiro 2002

Ano VI No 3Jan / Fev 2002

AMB realiza reuniãohistórica com a SBDPor ocasião dos 90 anosda SBD, a diretoria exe-cutiva da AssociaçãoMédica Brasileira esteveno Rio de Janeiro paraum encontro inéditocom a diretoria da So-ciedade e seus presiden-tes de regionais. Página 9

Isotretinoína já está sendodistribuída pelo SUSSecretarias de Saúde estãorecebendo verba do MSpara compra do medica-mento. Página 16

Presidentes de Re g i o n a i sdiscutem no Rio de Janeiroos caminhos da SBDA integração da SBD e dasRegionais foi o ponto prin-cipal da discussão entre asdiretorias. Página 10

Anvisa vai regulamentarbronzeamento artificialA Agência Nacional deVigilância Sanitária publi-cará em breve a regula-mentação do uso dascâmaras de bronzeamen-to. A SBD colaborou naelaboração da Portaria. Página 1 1

30.174ASociedade Brasileira de Dermatologia divulga

nesta edição os números da CampanhaNacional de Prevenção ao Câncer da Pele:

dos 30.174 pacientes examinados no dia 24 denovembro, 8% apresentaram sinais da doença.

Esta foi a Campanha com maior número de aten-dimentos realizada pela SBD. Segundo as estatís-ticas, 65% da população examinada afirmaramnão se proteger do sol.

30.174atendimentos

Publicação oficial da Sociedade Brasileira de Dermatologia

Page 2: Jornal da SBD -Nº 3 Janeiro / Fevereiro 2002

Jan / Fev 2002

JSBD m Ano VI N m 3 3

E X P E D I E N T E

N E S T A E D I Ç Ã O

8 Sociedade Brasileira de Dermatologia comemora 90 anos de ensino, pesquisa ededicação à especialidade

10 AMB reúne-se pela primeira vez na História com uma sociedade médica fora de sua sede

SBD promove encontro com Regionais para discutir ações no primeiro trimestre da gestão

11 Anvisa regulamentará uso de câmaras de bronzeamento artificial no País

14 Educação Médica Continuada será remodelada em 2002

15 Congresso Brasileiro espera receber 2,5 mil dermatologistas

16 Ministério da Saúde libera verba para as Secretarias Estaduais adquirirem a I s o t r e t i n o í n a

17 Uso da Talidomida no Brasil: Sociedade participa de grupo no MS que reavaliou as indicações terapêuticas da droga

DERMLIST - balanço de 5 anos promovendo o intercâmbio via e-mail entre dermatologistas

17 " Regra P6-P/5 para facilitar a prescrição da Isotretinoína”

18 A relação médico-paciente

19 Últimos lançamentos

20 Regionais

23 Departamentos

DIRETORIA 2001 - 2002

PresidenteFernando Augusto de Almeida (SP)

Vice-PresidenteMarcio Santos Rutowitsch (RJ)

Secretária-GeralMaria de Lourdes Viegas (RJ)

TesoureiraBeatriz Moritz Trope (RJ)

1o SecretárioPaulo Rowilson Cunha (SP)

2o SecretárioFrancisco Macedo Paschoal (SP)

Diretora de BibliotecaTania Ferreira Cestari (RS)

Presidente EleitoMarcio Santos Rutowitsch (RJ)

Diretor Geral e OperacionalMarco Antônio S. Abreu Rocha

Esta é uma publicação da Sociedade Brasileira de Dermatologia, dirigida aosseus associados e órgãos de imprensa.

EXPEDIENTEPublicação bimestral

Ano VI – nº 3 – Janeiro / fevereiro – 2002

Editor-chefeAlexandre Sittart

Editor assistente

Mario Cezar Pires

Jornalista responsável Tatiana Gentil - Reg. no 22.375

RedaçãoTatiana GentilSonilda Lima

Fernanda Albert

Conselho editorialFernando Augusto de Almeida (SP)

Marcio Santos Rutowitsch (RJ)Maria de Lourdes Viegas (RJ)

Beatriz Moritz Trope (RJ)Paulo Rowilson Cunha (SP)

Francisco Macedo Paschoal (SP)Tania Ferreira Cestari (RS)

Editoração eletrônicaNazareno N. de Souza

Tatiana Gentil

Contatos publicitáriosDepartamento de Publicações

da SBD

A equipe editorial do Jornal da SBD e aSociedade Brasileira de Dermatologia

não garantem nem endossam os produ-tos ou serviços anunciados, sendo as

propagandas de responsabilidade únicae exclusiva dos anunciantes. As maté-rias e textos assinados são de inteira

responsabilidade de seus autores.

Correspondência para a redação

Sociedade Brasileira de Dermatologia / Jornal da SBDAvenida Rio Branco, 39/18º andar

Rio de Janeiro – RJ - CEP: 20090-003E-mail: [email protected]

Assinatura anual: R$ 100,00Número avulso: R$ 20,00

5 Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele realizou maior número de atendimentos em três anos

Page 3: Jornal da SBD -Nº 3 Janeiro / Fevereiro 2002

4 JSBD m Ano VI N m 3

Reunião com osPresidentes das Regionais

Realizamos no dia 05 defevereiro, no Rio de Janeiro,reunião com os Presidentesdas Regionais, que comparece-ram à solenidade do Dia doDermatologista.

Foram discutidos os seguin-tes assuntos:

Explanação sobre a situação econômica da SBD

A Dr.ª Beatriz Trope, Te-soureira da SBD, assessoradapelo Diretor Geral Opera-cional, Marco Antônio Rocha,expôs brevemente um históri-co sobre o comportamento dasdespesas e receitas da SBD,desde 1996 até 2001.

Foi explicado quais os moti-vos estruturais que levaram aSBD a apresentar uma receitanegativa de aproximadamenteR$ 300 mil, e o que estavasendo feito para corrigir esserumo. Durante a reunião doConselho Deliberativo, emabril desse ano, em São Paulo,

será feita uma explicação maisdetalhada da situação.

Adiantamos que a SBD jácomeça a reencontrar seu equi-líbrio financeiro, com a adoçãode medidas de contenção, aemissão de normas financeirase administrativas, e a adoçãode um Plano de Ação queabrange todas suas atividades.

Educação MédicaContinuada

D r.ª Lia Cândida e Dr.Alberto Cardoso, Coordena-dores da EMC- D, relataram aprogramação da EducaçãoMédica do ano e informaramque as Jornadas via satéliteserão em número de 3, e trans-mitidas pela Conexão Médica,empresa de transmissão deeventos médicos, para pontosdeterminados em todo o país.

Todos os eventos terãotransmissão gratuita, e ossócios nesse 1º evento nãopagarão nada para assistir.

Foi sugerido pelo Dr. LúcioBakos, Presidente do Congres-so Brasileiro de Dermatologia,

a ser realizado em Po r t oAlegre, que se fizesse altera-ção no Estatuto da SBD, paraque não houvesse nenhumevento, não só de EducaçãoMédica Continuada, comoqualquer outro evento, 30 diasantes do Congresso.

Reunião com a AssociaçãoMédica Brasileira

Com a presença de toda suaDiretoria Executiva, a Asso-ciação Médica Brasileira reali-zou, pela primeira vez, umareunião com Sociedade deEspecialidade. Como parte dashomenagens aos 90 anos daSociedade Brasileira de Der-matologia, isto se deu no Diado Dermatologista, na reuniãoda SBD.

O Dr. Eleuses Pa i v a ,Presidente da AMB, discorreusobre os assuntos em pauta naagenda da Associação: o novorol de procedimentos médicos,a tabela da FIPE, que está sendomontada em conjunto com asSociedades de Especialidade, eos problemas políticos, institu-

cionais e corpo-rativos que afe-tam a classem é d i c a .

Enalteceu a SBD pelos seus90 anos, e ressaltou a partici-pação ativa que a Sociedadevem tendo nas discussões noâmbito da AMB.

As atividades da SBD, emespecial da sua Diretoria, vêmsendo desenvolvidas buscandouma maior integração entre osdiversos setores que compõemnossa Sociedade. Neste pri-meiro momento, algumas difi-culdades surgem, até que cadaum entenda seu novo papel,mas todos entendemos que opapel da SBD é qualificar seusócio, representá-lo digna-mente nos órgãos de classe enos fóruns de decisão, e, emúltima análise, dotá-lo decondições de exercer sua pro-fissão com qualidade e melho-rar a qualidade de vida dap o p u l a ç ã o .

Dr. Fernando AlmeidaPresidente da SBD

Cartas ao JSBD

Atividades da Diretoria

Pitangui, 18 de janeiro de 2002.

Foi com grande satisfação querecebi o jornal da SBD nesta semana,e com ele a notícia do ProjetoInca/SBD sobre Proteção Solar eCâncer da Pele. O momento é extre-mamente oportuno e gostaria de soli-citar a ajuda de vocês, não apenas

pelo envio domaterial, mas paraorientação em projetos de trabalhos(inclusive científicos)... Acho muitoadequado ao nosso momento (políti-co!) a realização deste trabalho.

Dra. Magda de Abreu FariaPitangui – MG.

À SBDComo médica recém formada (não

tão recém formada assim, tenho cincoanos de formada, três de residênciamédica e dois anos de estágio no exte-rior), gostaria de registrar aqui a minhaincompreensão com o que está acon-tecendo na saúde privada no Brasil.

Recém chegada a São Pa u l o ,estou tentando vencer na vida hones-

tamente. Abri meu consultório, masnão consigo me credenciar comnenhum convênio médico, poistodas as seguradoras estão fechadaspara o credenciamento na cidade deSão Paulo há 2 ou 3 anos.

Gostaria de deixar a minha resig-nação, pois se as seguradoras abrissemo credenciamento médico, não perde-riam um centavo se quer, pois, elas

não pagam salário para os médicos.Como a população está em cresci-

mento, e o número de segurados tam-bém e ninguém está deixando de ir aomédico por falta de vagas, pelo menosno setor da medicina privada, alguémestá absorvendo estes pacientes.Como as seguradoras estão fechadaspara o credenciamento, nós médicos,não credenciados, temos que traba-lhar para clínicas que já estão creden-ciadas, como autônomo, por umapercentagem do que elas recebemdas seguradoras. Ou seja, estas clíni-cas vêm crescendo, enquanto osmédicos ganham cada vez menos. Eas seguradoras, aquelas mesmas queestão fechadas para o credenciamen-

to, só tem a perder. Pois, além deterem que pagar a consulta em preçointegral para as clínicas, estão sendoservidas por médicos que só ganham ametade disso, e muitas vezes nemTítulo de Especialista tem. Ou quandoo paciente tem reembolso e vai aoconsultório de um médico que não écredenciado, muitas vezes a segura-dora tem de desenbolsar mais do quese o médico fosse credenciado. Achoque as seguradoras deveriam pararpara pensar um pouco qual o sentidode fechar o credenciamento para todaa cidade de São Pa u l o .

Dra. Paula R. P. PeresE-mail: [email protected]

ErrataNa última edição do Jornal da SBD (Ano VI Nº2), na matéria “Professor

Nelson Proença é homenageado pela AMB” a foto de ilustração é do ProfessorSebastião Sampaio.

Page 4: Jornal da SBD -Nº 3 Janeiro / Fevereiro 2002

Jan / Fev 2002

JSBD m Ano VI N m 3 5

Aúltima edição daCampanha Nacio-nal de Prevençãoao Câncer da Pele

atingiu número recorde deatendimentos desde suacriação. Segundo os dadosenviados pelas Regionaispara a Sociedade Brasi-leira de Dermatologia,foram atendidas 30.174pessoas no dia 24 denovembro de 2001. Hou-ve um crescimento de24% em relação à Cam-panha de 2000.

Há três anos, a Socie-dade Brasileira de Derma-tologia vem desenvolven-do esta Campanha, quefaz parte do ProgramaNacional de Controle doCâncer da Pele. Além doatendimento pontual, aSBD pretende desenvolveroutras ações com a finali-dade de despertar a cons-ciência na população dosriscos da exposição solar.

Recentemente, atravésde uma parceria com oInstituto Nacional doCâncer (Inca), a Sociedadecomeçou a cadastrar der-

matologistas voluntáriospara participar do ProgramaSaber Saúde, do Ministérioda Saúde. Até o fechamentodesta edição, mais de 300sócios da SBD inscreveram-se no Programa, que levaráa mais de 3.000 municípiosdo País informações sobrecâncer da pele.

E a próxima Campanha jáestá agendada. No dia 09 denovembro, mais de 130locais de atendimento esta-rão prontos para fazer doevento mais um sucesso.Para este ano, o coordena-dor da Campanha – Jaymede Oliveira Filho – deverárealizar algumas modifica-ções em sua estrutura. Paraisso, Dr. Jayme aguarda assugestões dos sócios e coor-denadores locais da Cam-panha sobre suas experiên-cias nos anos anteriores.

O estado com maiorafluxo aos locais de atendi-mento da Campanha foi SãoPaulo, onde 9.787 pessoasforam examinadas. Os nú-meros demonstram que asmulheres estão mais preocu-padas com a saúde da pele

Características n %

Sexo

Masculino 11270 37.4%

Feminino 18904 62.6%Total 30174 100.0%

Cor

Branca 18300 60.6%

Parda 9526 31.6%

Negra 2042 6.8%

Amarela 306 1.0%

Total 30174 100.0%

Fotoproteção atual

Exposição ao sol com proteção 7429 24.6%

Exposição ao sol sem proteção 19690 65.3%

Não se expõe ao sol 3055 10.1%

Total 30174 100.0%

História pregressa de Ca da Pele

Sim 1703 5.6%

Não 28471 94.4%

Total 30174 100.0%

História de Ca da Pele na Família

Sim 3903 12.9%

Não 26269 87.1%

Total 30172 100.0%

O que motivou o exame

TV 11218 35.0%

Rádio 4924 15.4%

Cartaz / Panfleto 4423 13.8%

Palestras 572 1.8%

Jornal 2426 7.6%

Amigos/ Vizinhos/ Família 5121 16.0%

Outros 3323 10.4%

Total 32007 100.0%

Nota: Os 30172 pacientes podiam citar mais que 1 motivo.

Programa Nacional de Controle do Câncer da PeleBrasil, Ano: 2001

Programa Nacional de Controle do Câncer da Pele - Brasil, Ano: 2001

Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pe l erealizou maior número de atendimentos em três anos

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6 JSBD m Ano VI N m 3

do que os homens. Daspessoas que procuraram oatendimento, 63% eramdo sexo feminino e 37% dosexo masculino. Das 6.164mulheres, 59,8%, ou seja,3.686, confirmaram que seexpõem ao sol sem ne-nhum tipo de proteção.Entre os 744 homens aten-didos pela Campanha,70,8% também se expõemao sol sem proteção. EmSão Paulo, 8,5% da popu-lação examinada apresen-taram câncer da pele. Estamédia se manteve em todoo País, conforme pode seperceber nos gráficos ilus-trativos, que demonstramque 8% da população exa-minada apresentaram ad o e n ç a .

No Rio de Janeiro, quemanteve a média de atendi-mento do ano anterior, das4.240 pessoas examinadas,60,6% são do sexo femini-no. As estatísticas nos doisestados são bem parecidas.No Rio, 62,9% – ou seja,2.666 pessoas – afirmamnão usar nenhum tipo deproteção contra os raiossolares. Os números de-monstram que é importantereforçar a necessidade dafotoproteção, principalmen-te para as pessoas de peleclara, que são as que maisprocuraram o atendimento.

No Estado do Rio, 67% dosatendidos eram brancos,seguidos por 22,8% de peleparda, 9,9% de pele negra e0,2% amarela.

Comparando os dadosde 2000 e 2001, notamosque o Estado do RioGrande do Norte foi o queapresentou o maior cresci -mento no número deatendimentos nos doisanos. Em 2000, apenas135 pessoas procurarampela Campanha. Já no anoseguinte, este número sal-tou para 1.085. Este suces-so deve-se principalmenteao apoio da mídia, já que85% das pessoas tomaramconhecimento da Cam-panha pela televisão.

A televisão certamenteé o veículo de maior apelojunto ao público. Em todoo País, 35% das pessoas sedisseram motivadas peloexame graças à TV. Emseguida, praticamente em-patados, vêm as informa-ções por amigos/vizi-nhos/família e pelo rádio,com 16% e 15,4% respec-tivamente. Cartazes e pan-fletos também tiveramuma boa penetração napopulação: 13,8% toma-ram conhecimento daCampanha através destemeio de divulgação.

O Acre, pela primeira

Diagnóstico Clínico n %

Carcinoma Basocelular 1852 6.0%

Carcinoma Espinocelular 316 1.0%

Melanoma Malígno 147 0.5%

Outros Ca (tumores malígnos) 213 0.7%

Outras Pré-Neoplasias 4300 13.9%

Outras Dermatoses 18400 59.7%

Ausência de Dermatoses 5600 18.2%Total 30828 100.0%

Nota: Os 30172 pacientes podiam ter mais que 1 diagnóstico.

Programa Nacional de Controle do Câncer da PeleBrasil, Ano: 2001

Programa Nacional de Controle do Câncer da Pele - Brasil, Ano: 2001

História pregressa de Ca da Pele

Sim x Não 6.62 5.92 7.41

História de Ca da Pele na Família

Sim x Não 1.93 1.74 2.14

Sexo

Masculino x Feminino 1.57 1.45 1.71

Cor

Branca x Não Branco 2.67 2.41 2.95

Não Pardo x Parda 2.15 1.94 2.39

Não Negra x Negra 4.51 3.30 6.17Não Amarela x amarela 1.98 1.13 3.45

Limite Superior

(*)MedidadeefeitoqueavaliaquantasvezesacaracteristicapotencializaaocorrênciadoCadePele.Porexemplo:AquelesquetêmhistóriapregressadeCadepeleaumentaem7vezesachancedeteroutroCadepeleemrelaçãoàquelesquenãotêmhistóriapregressadeCadepele.

CaracterísticasRisco(*) (95%)

Limite inferior

Programa Nacional de Controle do Câncer da Pele - Brasil, Ano: 2001

Câncer da Pele n %

Sim (cod. 1 a 5) 2422 8.0%

Não (cod. 6 a 12) 27752 92.0%Total 30174 100.0%

Programa Nacional de Controle do Câncer da PeleBrasil, Ano: 2001

Programa Nacional de Controle do Câncer da Pele - Brasil, Ano: 2001

n % n % n %

Branca 1922 10.5% 16378 89.5% 18300 100.0

Parda 446 4.7% 9080 95.3% 9526 100.0

Negra 41 2.0% 2001 98.0% 2042 100.0

Amarela 13 4.2% 293 95.8% 306 100.0

Total 2422 8.0% 27752 92.0% 30174 100.0

Distribuição dos Pacientes segundo Câncer da Pele e Cor

Brasil, Ano: 2001

Cor

Câncer da Pele

Sim Não Total

Distribuição dos Pacientes segundo Câncer da Pele e cor Brasil, Ano: 2001

n % n % n % n % n %

Exposição com proteção 5214 28.5% 1836 19.3% 279 13.7% 100 33% 7429 24.6%

Exposição sem proteção 11222 61.3% 6772 71.1% 1525 74.7% 171 55.9% 19690 65.3%

Não se expõe ao sol 1864 10.2% 918 9.6% 238 11.7% 35 11.4% 3055 10.1%

Total 18300 100% 9526 100% 2042 100% 306 100% 30174 100%

Teste Qui-quadrado: p-valor < 0,0001 (Altamente Significativo).

Distribuição dos Pacientes segundo Fotoproteção atual e Cor

Brasil, Ano: 2001

Fotoproteção AtualCor

Branca Parda TotalNegra Amarela

Distribuição dos Pacientes segundo Fotoproteção atual e sexo - Brasil, Ano: 2001

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JSBD m Ano VI N m 3 7

vez, aderiu à CampanhaNacional de Prevenção aoCâncer da Pele. Apesar denão haver uma regional noEstado, a Dra. ElisabethLima organizou todo oevento seguindo as orienta-ções da coordenaçãonacional. Mesmo sendo umestado pequeno, foramatendidas mais pessoas noAcre do que em estadoscomo Alagoas, Amazonas,Espírito Santo, Maranhão eMato Grosso do Sul. Aequipe montada no Acrerealizou 361 exames no dia24 de novembro, quandoforam detectados 19 casosde câncer da pele.

Além de São Paulo –que praticamente dobrouo número de atendimen-tos em relação ao anoanterior – a Campanhatambém teve grande evo-lução em Pernambuco ena Bahia. Os dermatologis-tas pernambucanos conse-guiram atrair 2.716 pes-soas em 2001, contra1.469 em 2000. Nesteestado, homens e mulhe-res compareceram pratica-mente na mesma propor-ção: 40,8% e 59,2% res-pectivamente. Ta m b é mhouve igualdade quanto àcor da pele examinadas:45,1% de pele branca e

Jan / Fev 2002

Sim Não Total %

AC 19 342 361 5.3

AL 22 312 334 6.6

AM 13 246 259 5.0

BA 78 1494 1572 5.0

CE 69 723 792 8.7

DF 98 1268 1366 7.2

ES 17 178 195 8.7

GO 114 1595 1709 6.7

MA 4 123 127 3.1

MG 115 1242 1357 8.5

MS 14 148 162 8.6

MT 29 395 424 6.8

PA 20 423 443 4.5

PB 55 512 567 9.7

PE 169 2547 2716 6.2

PR 98 907 1005 9.8

RJ 333 3922 4255 7.8

RN 174 911 1085 16.0

RS 151 1507 1658 9.1

SP 830 8957 9787 8.5

Total - Brasil 2422 27752 30174 8.0

Programa Nacional de Controle do Câncer da Pele

Brasil, Ano: 2001

Câncer de PeleEstados

Programa Nacional de Controle do Câncer da Pele - Brasil, Ano: 2001

n % n % n %

Masculino 1149 10.2% 10121 89.8% 11270 100.0

Feminino 1273 6.7% 17631 93.3% 18904 100.0

Total 2422 16.9% 27752 183.1% 30174 100.0

Teste Qui-quadrado: p-valor < 0,0001 (Altamente Significativo).

Distribuição dos Pacientes segundo Câncer da Pele e SexoBrasil, Ano: 2001

Sexo

Câncer da Pele

Sim Não Total

Distribuição dos Pacientes segundo Câncer da Pele e sexo - Brasil, Ano: 2001

n % n % n %

Exposição com proteção 2217 19.7% 5212 27.6% 7429 24.6%

Exposição sem proteção 8096 71.8% 11594 61.3% 19690 65.3%

Não se expõe ao sol 957 8.5% 2098 11.1% 3055 10.1%

Total 11270 100% 18904 100% 30174 100%

Teste Qui-quadrado: p-valor <0,0001 (Altamente Significativo).

Distribuição dos Pacientes segundo Fotoproteção atual e SexoBrasil, Ano: 2001

Fotoproteção Atual Masculino Feminino TotalSexo

Distribuição dos Pacientes segundo Fotoproteção atual e sexo - Brasil, Ano: 2001

47,8% de pele parda.Já na Bahia, o atendi-

mento saltou de 778 em2000 para 1.572 em2001. Os baianos, noentanto, são os que maisse protegem do sol,segundo os dados da SBD.Da população examinada,28,9% afirmaram se pro-teger dos raios solares. Ocurioso é que a Bahia éum dos três estados ondeas pessoas de pele pardacompareceram em maiornúmero do que as de pelebranca. De maneira geral,este ano a SBD conseguiumanter o mesmo padrãode qualidade e eficiência,mesmo com todas as difi-culdades estruturais exis-tentes na época do even-to. O curto prazo paraorganização e os poucosrecursos disponíveis difi-cultaram a execução daCampanha. No entanto,com o apoio de todos oscoordenadores regionais edos laboratórios Galder-ma, ICN, Janssen-C i l a g, LaRoche Po s a y, Medley,Schering Plough e Stiefel aSociedade Brasileira deDermatologia conseguiumais uma vez cumprir, umde seus mais nobres obje-tivos: promover iniciativasque podem, salvar vidas.

Page 7: Jornal da SBD -Nº 3 Janeiro / Fevereiro 2002

8 JSBD m AnoVI N m 3

logistas que participam daHistória da SociedadeBrasileira de Dermatologia.Além dele, todas as Regionaisda SBD – representadas porseus presidentes – e os ex-pre-sidentes da SBD Nacionalreceberam as homenagens daDiretoria.

O jantar oferecido pelaSBD foi realizado com opatrocínio dos quatro maioresparceiros em 2002: Janssen-Cilag, La Roche Posay, Sche-ring Plough e Stiefel. “A Dire-toria atual tem metas definidase criou um plano de ação querepresenta uma nova políticanacional, tendo como base avalorização da chancela e dosprodutos da SBD”, avaliou opresidente. A celebração dos90 anos é um dos produtos,que demonstra a importânciada tradição da SBD, atualmen-

Sociedade Brasileira de Dermatologia comemora 90 anos de ensino,pesquisa e dedicação à especialidade

A Associação MédicaBrasileira (AMB) celebrourecentemente 50 anos defundação com uma grandecomemoração em SãoPaulo. O presidente da So-ciedade Brasileira de Der-matologia, Dr. Fe r n a n d oAlmeida, recebeu a meda-lha comemorativa do cin-qüentenário da Associaçãopela dedicação e trabalho àfrente da SBD.

Presidente da SBD recebehomenagem no

cinqüentenário da AMB.

Prof. Antar Padilha representan -do os dermatologistas brasileiros

Os ex-presidentes(acima) foram home -

nageados pela Diretoriada SBD (ao lado)

de prevenção e vigilância doInstituto Nacional do Câncer(Inca) e o Dr. José AugustoPaulino, presidente da Aca-demia Nacional de Medicina.Todos foram homenageadospela Diretoria da SBD e,expressado pelo presidente Dr.Fernando Augusto de Almeida,receberam o reconhecimentopela atuação e parceria nos 90anos da instituição.

– O entusiasmo que sintoneste momento talvez seja omesmo que os ProfessoresFernando Terra, Eduardo Ra-bello e Werneck Machado sen-tiram por ocasião da fundaçãoda SBD, no dia 05 de fevereirode 1912. Nós humanos somosfinitos, porém, uma Sociedadeorganizada como a SBD perma-nece. Daí a importância históri-ca deste momento. A SBD temdesempenhado um papelmuito importante na medicinabrasileira e internacional –declarou Dr. Fernando em seud i s c u r s o .

Mas o grande homenagea-do da noite foi o ProfessorAntar Padilha Gonçalves, re-presentando todos os dermato-

No último dia 05 de feve-reiro, cerca de 150 der-matologistas participa-ram da celebração dos

90 anos da Sociedade Brasileirade Dermatologia, no JockeyClub Brasileiro, no Rio deJaneiro. Os maiores expoentesda Dermatologia brasileira parti-ciparam da solenidade e do jan-tar oferecido pela Diretoria.Dentre eles, ex-presidentes daSBD e presidentes de Regionais,coordenadores dos departamen-tos especializados e das comis-sões científicas e chefes dos ser-viços credenciados da SBD. Nodia 05 de fevereiro, também écomemorado o “Dia do Derma-t o l o g i s t a”, instituído no calendá-rio oficial da SBD desde o ano2 0 0 0 .

Para prestigiar o aniversárioda Sociedade, os dermatologis-tas receberam o Dr. EleusesPaiva, presidente da Asso-ciação Médica Brasileira, Dr.Ivano Marchesi, coordenador

te a segunda maior sociedadedermatológica no mundo, eúnica da especialidade reco-nhecida oficialmente pelaAssociação Médica Brasileira eConselho Federal de Medicina.

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JSBD m Ano VI N m 3 99 JSBD m Ano VI N m 2

que além de fazer parte da AMBé editor chefe do Jornal da SBD.

O presidente da AMB, Dr.Eleuses Paiva, pediu o apoio dosdermatologistas na mudança domodo de avaliação da residênciamédica, cujo responsável é oMinistério de Educação e Cultura(MEC). O problema, segundo aA M B, é que as residências são ava-liadas por médicos que não neces-sariamente trabalham na área doresidente. “Precisamos do apoiodas sociedades científicas para queesta avaliação seja feita pelos espe-cialistas na área, assim teremosuma fiscalização maior e com cer-teza irá melhorar a qualidade doprofissional”, afirma. De acordocom a proposta, as sociedades deespecialidade passariam a ser res-ponsáveis pela avaliação e fiscaliza-ção das residências médicas. AAMB também deseja unificar aprova de residência em todo o País.

A especialização é uma ten-dência na área de saúde, e vai deencontro ao projeto Médico deFamília, do Governo Federal. O1ºsecretário da SBD, Dr. Pa u l oCunha, acredita que “o projeto éótimo no papel, mas pouco práti-co”. A dificuldade do projeto,segundo os médicos, é que hojeem dia não existe médico gene-

dades científicas irão recebê-lapara análise e apontar os pontospositivos e negativos”, ressalta opresidente. Utilizou-se os crité-rios de pontuação para definir osvalores de cada procedimento,sendo valorizado o tempo, habi-lidade técnica, custos fixos, equi-pamento, risco e responsabilida-de. É importante lembrar que atabela não terá mais um únicovalor e será regionalizada.

O Dr. Eleuses Paiva tambémanunciou a readequação da AMBe Conselho Federal de Medicina(CFM) quanto à relação das espe-cialidades médicas reconhecidaspela Comissão Nacional deResidência Médica. Somente 48especialidades serão reconheci-das por estas entidades. Na Der-matologia, apenas a SociedadeBrasileira de Dermatologia éreconhecida oficialmente pelaAMB e CFM. As subespecialida-des como, por exemplo, cirurgiadermatológica, hansenologia,dermatologia pediátrica e outras,serão reconhecidas como depar-tamentos da especialidade. Parao secretário geral da AMB, Dr.Aldemir Soares, “a AMB nuncaesteve tão voltada para as socie-dades de especialidades comoagora”.

A revalidação do Título deEspecialista também foi um temadiscutido entre dermatologistas ea AMB. Segundo o presidente daAssociação, para revalidação doTítulo é necessário criar mecanis-mos de Educação Médica Conti-nuada para os médicos. Alémdisso, outro problema é haveruma uniformidade na avaliaçãoda residência médica. Para issofoi criada a Comissão Nacionalde Residência Médica, que dis-cutirá os caminhos a serem toma-dos no ensino. Esta Comissão éformada por um representantedo Ministério da Saúde, do MEC,do Inamps, da AMB, do CFM edos residentes.

Quanto às eleições que ocor-rerão este ano no Brasil, Dr.

AMB faz pela primeira vez na história uma reuniãocom uma sociedade médica fora de sua sede.

Dr. Fernando Almeida, Dr. Eleuses Paiva, Dr. Eduardo Vaz e Dr. LincolnFreire: encontro inédito no Dia do Dermatologista

Além de prestigiar os 90 anos da SociedadeBrasileira de Dermatologia, a Associação Médica

Brasileira promove uma reunião entre as diretoriase os presidentes das regionais da SBD.

No dia em que aSociedade Brasileira deDermatologia (SBD)completou 90 anos, foi

realizado o encontro inédito quereuniu a diretoria executiva daAssociação Médica Brasileira(AMB), a diretoria da SBD e ospresidentes das regionais. É a pri-meira vez também que aconteceuma reunião da AMB com umasociedade especializada fora dasede da Associação. O encontroque aconteceu no dia 5 de feve-reiro, no Hotel Excelsior, no Riode Janeiro, teve como discussãoo novo modelo de avaliação deresidência médica proposto pelaAMB, o projeto de unificação eatualização da tabela dos hono-rários médicos, o programaMédico de Família, a revalidaçãodo Título de Especialista e oProjeto Diretrizes.

Representando a AssociaçãoMédica Brasileira, estavam o Dr.Eleuses Paiva, presidente, o Dr.Lincoln Freire, vice-presidente, oD r. Aldemir Soares, secretáriogeral, o Dr. Amilcar Martins, 1ºsecretário, o Dr. Eduardo Va z ,secretário de defesa profissional eo Dr. Edmund Baracat, tesourei-ro. Além destes, o articulador doencontro, Dr. Alexandre Sittart,

ralista. E o que as instituiçõespodem fazer para ajudar oMédico de Família? A questãoserá analisada por ambas as enti-dades.

O que preocupa a AssociaçãoMédica Brasileira, e também aosdermatologistas, é o fato de quenas cidades mais pobres do Brasilnão existem médicos disponíveis.Mas, segundo o presidente daA M B, o projeto do Ministério daSaúde de interiorização daMedicina já evoluiu em 400municípios que estavam semmédicos. “Infelizmente algunsprefeitos não têm interesse emlevar o médico. Entendem que omédico indo para o municípiopassará a ter mais poder políticoque ele próprio”.

Isso fez o presidente lembrarda importância dos médicos emse dedicar a cargos de chefia paraa classe ter maior poder de deci-são e representação na políticabrasileira. Para o presidente daRegional Santa Catarina, Dr.Nilton Nasser, “ esta também éuma falha dos próprios médicos,que não querem assumir esta res-ponsabilidade”. Para ele, os pro-fissionais de saúde de outras áreastomam o poder dos médicos atra-vés dos cargos de chefia. Estaposição também foi reforçadapela Dra. Inês Alencar de Castro,presidente da Regional RioGrande do Sul, que questionou aocupação de cargos políticos porprofissionais não médicos.

Na reunião discutiu-se tam-bém a atualização da tabela dehonorários médicos. No Brasil,são utilizadas várias tabelas semnenhum padrão e desatualizadasno mercado. A AMB está elabo-rando junto com a Fu n d a ç ã oInstituto de Pesquisas Econô-micas (Fipe) um rol para cadaespecialidade. “Esta tabela já estasendo feita, e em breve, as socie-

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10 JSBD m Ano VI N m 3

colocou a necessidade de a SBDadotar uma postura de proteçãodestas regionais, que não estãoconseguindo negociar com oslaboratórios. Além do Pará, osEstados de Alagoas, Amazonas,Distrito Federal, Espírito Santo,Goiás, Mato Grosso, MinasGerais, Rio de Janeiro, RioGrande do Norte, Rio Grande doSul, Santa Catarina, São Paulo eSergipe foram representados porseus respectivos presidentes.

Os presidentes das regionaismostraram apoio à celebraçãodos 90 anos da SBD e a manei-ra como a atual Diretoria vemconduzindo as dificuldades daSociedade. O Dr. Ramon Blanco,presidente da Regional Rio deJaneiro, parabenizou a Diretoriapela atuação enérgica e enfati-zante à frente da SBD e con-cluiu: “90 anos de uma socieda-de devem ser comemorados,sim. Isso representa a nossaHistória.”

Eleuses defende a idéia de que aclasse médica deve dar apoio aum candidato para que isso sereverta em apoio parlamentaraos interesses médicos. Somentecom uma articulação política –como existe em diversas profis-sões – será possível defender efe-tivamente os interesses da medi-cina. Para tanto, a AMB montouuma comissão que irá formularum Projeto de Saúde com umaproposta para o candidato que sedispuser a lutar pelos interessesda classe.

Para encerrar, Dr. EleusesPaiva discorreu sobre o ProjetoDiretrizes da AMB, que contacom o apoio do CFM e do Mi-nistério da Saúde. O projeto con-siste em formular uma diretrizúnica sobre como tratar e diag-nosticar as 100 doenças mais fre-qüentes no País. Na Derma-tologia, o coordenador do De-partamento de Oncologia Cutâ-nea, Dr. Luis Fernando Tovo, jáelaborou as diretrizes sobre omelanoma. Além dele, a Dra. IdaDuarte e a Dra. Rosana Lazzariniformularam diretrizes sobreeczemas de contato, pelo De-partamento de Alergia Derma-tológica. A Associação MédicaBrasileira lançará em breve apublicação com todas as diretri-zes encaminhadas pelas socieda-des médicas.

SBD promove encontro com Regionais para discutir ações no primeiro trimestre da gestão

Tornar a Sociedade Bra-sileira de Dermatologiaauto-suficiente através de

produtos e anuidades. Esta é ameta apresentada pelo Dr. Fer-nando Almeida no encontro quereuniu 15 presidentes de regio-nais, no dia 05 de fevereiro, noRio de Janeiro. O presidente daSociedade também mostroucomo vem enfrentando a criseeconômica apresentada na últi-ma Reunião do Conselho Delib-erativo. Ele fez uma explanaçãodas ações nos primeiros mesesde gestão, quando reduziu em40% os gastos da SBD com cor-tes no orçamento e renegocia-ção de contratos inadimplentes.

Atendendo às reivindicaçõesdo Conselho Deliberativo, Dr.Fernando contratou uma empre-sa para auditar os relatórios daSBD desde 1996 até 2001. Oresultado, apresentado na reu-nião, é parte de um trabalhomais completo que terá continui-

dade nos próximos meses, eserá apresentado para todos osconselheiros da SBD.

O presidente falou tambémdas atividades junto ao Minis-tério da Saúde (MS), como areintegração da Sociedade napolítica de hanseníase e a indi-cação das Dras. Denise Steiner,Lia Castro, Ana Maria Pinheiro eDóris Hexsel para discutir asnormas de preenchimento cutâ-neo junto ao Ministério. A l é mdisso, mostrou os projetos emandamento da Sociedade, comoo “Programa Saber Saúde”,desenvolvido em conjunto com oInca, e o projeto “Adote um sor-riso” em parceria com a Fun-dação A b r i n q .

As regionais com menornúmero de sócios apresentaramsuas dificuldades em manterseus eventos, principalmente asque realizam eventos gratuitospara os sócios. No Pará, porexemplo, a Dra. Alena Mendes

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JSBD m Ano VI N m 3 11

maioria das vezes, poderá ser reali-zado por um médico não especia-lista, que não estará afeito à classifi-cação dos fototipos. No entanto,um impresso padronizado quecontivesse os fatores de risco tirariaqualquer subjetividade de interpre-tação”, avaliou Dr. Marcus Maia.

Outro ponto importante des-tacado pelo especialista é a neces-sidade de um alerta, no termo deconsentimento, de que os clientesnão estão livres do envelhecimen-to precoce, que independe dosfototipos. “Estes foram algunspontos que representaram a parti-cipação da SBD em São Pa u l o ,publicada em dezembro de2000”, encerrou o Dr. Maia.

Além da participação em SãoPaulo, em outubro de 1999 aS B D-Seção RS fez um pedido aoMinistério Público Federal pararegulamentação das câmaras debronzeamento artificial. OProcurador da República, Dr.Paulo Gilberto Cogo Leivas, ins-taurou um inquérito e convocoua Anvisa e a Agência Estadual deVigilância Sanitária para elabora-ção das Portarias. Segundo a pre-sidente da Regional, Dra. InêsAlencar de Castro, as últimasgestões da SBD-RS participaram

Anvisa regulamentará uso de câmarasde bronzeamento artificial no País

AAgência Nacional de Vi-gilância Sanitária (Anvisa)está atenta à proliferaçãodas câmaras de bronzea-

mento artificial. Preocupada como uso desordenado do equipa-mento por profissionais que pos-sam prejudicar inadvertidamentea saúde dos clientes, a Agênciaformulou uma Consulta Públicapara definir as regras que serãoadotadas em todo o País. ASociedade Brasileira de Derma-tologia encaminhará um pareceroficial com sugestões para preven-ção dos pacientes que pretendemse expor aos raios ultravioletas.

A proposta da Anvisa prevêque os estabelecimentos quefizerem bronzeamento artificialdeverão disponibilizar à autori-dade sanitária o cadastro comhistórico das consultas, termo deconsentimento e avaliação médi-ca dos clientes. Deverão tambémafixar em local visível ao públicoa licença de funcionamento con-cedida pelo órgão da vigilânciasanitária competente; disponibi-lizar as instruções de utilização

das câmaras, de acordo com anorma NBR IEC 60335-2-27;disponibilizar os laudos espectro-radiométricos elaborados naentrega do aparelho e a cadasubstituição das lâmpadas; tercomprovante de treinamentodos operadores dos equipamen-tos e os registros de eventosadversos ocorridos nas sessõesde bronzeamento.

Para o Dr. Marcus Maia –coordenador do Programa Na-cional de Prevenção ao Câncerda Pele da SBD – que represen-tou a SBD na elaboração da por-taria do Centro de Vi g i l â n c i aSanitária de São Paulo, “a obriga-toriedade da avaliação médica éo ponto mais importante no sen-tido de afastar da prática dobronzeamento as pessoas derisco para o câncer da pele”.

A SBD vai sugerir que sejaincluída na Regulamentação a obri-gatoriedade dos estabelecimentosde fornecer a especificação dosfatores de risco para câncer da pele.“Esta recomendação se prende aofato de que o exame médico, na

Dr. MarcusMaia coorde -

nador do P r o g r a m a

Nacional de Controle

do Câncer da Pele

Com 405 inscritos encerraram-se no dia 1º de fevereiro asinscrições para o Título de

Especialista em Dermatologia (TED).O Exame será realizado no dia 06 deabril, no Rio de Janeiro, e terá provaobjetiva com 80 perguntas teóricas,cinco casos clínicos para serem ana-lisados e avaliação sobre micologiamédica e histopatologia tegumentar.

– A procura pelo exame foimuito concorrida. A maioria das ins-crições, a exemplo dos anos ante-riores, foi feita na última semana –afirma Dr. Márcio Rutowisch, presi-dente da Comissão do TED.

Para Adriana Gonçalves Costa,formada pela Universidade Estadualdo Rio de Janeiro (UERJ) e cursan-

do o aperfeiçoamento no Hospitaldos Servidores do Estado do Rio deJaneiro, a expectativa da prova doTítulo de Especialista traz ansie-dade. “É uma avaliação onde seráverificado tudo o que foi aprendido,principalmente neste último ano.Existe uma exigência da sociedadeem relação ao desenvolvimento aca-dêmico do Título de Especialista” -comenta. Adriana está preparando-se para a prova desde março do anopassado e estuda com base no Rooke livros de referência.

Lívia Messias Lobo, tambémresidente do Hospital dos Servi-dores do Estado do Rio de Janeiro,considera que os dermatologistasque não têm o Título, de certa

forma, são excluídos do mercado,pois não podem ingressar numapós-graduação ou mestrado, ouainda se credenciar em determina-dos planos de saúde. “O Título éum reconhecimento do esforço detrabalho e estudos. É a prova finalde que a gente se dedicou”, avalia.Após a sua aprovação, Lívia pre-tende voltar para Salvador, suaterra natal, para cursar mestrado.

Atualmente a Associação MédicaBrasileira (AMB) está estudando arevalidação do Título de Especialistapara todas as especialidades médi-cas. Dr. Rutowitsch considera extre-mamente válida a iniciativa. “Tr a t a -se de um processo muito importante.A revalidação do Título de Especia-

lista para o colega que já o tem, pro-move uma atualização, seja na áreaespecífica de atuação do médico ounão. O que é importante definir sãoos mecanismos desta avaliação quepodem variar de análise da publica-ção de artigos científicos, reuniõescom residentes, participação emsimpósios, congressos, ou jornadase com o apoio da internet. V a m o saguardar as definições da AMB quedevem estar formuladas até o fimdeste ano“ - afirma.

O título para os dermatologistas foiinstituído no início da década de 60,por intermédio de convênio assinadocom a AMB. Entrou em vigor a partirde 1967, quando foi realizado o pri-meiro exame para sua obtenção.

de todo o processo, assim comoalguns peritos da UniversidadeFederal do Rio Grande do Sul.

- Foi consenso em nossas reu-niões que seria imprescindívelconstar nas portarias a proibiçãode bronzeamento artificial abaixodos 16 anos de idade, o laudoe s p e c t r o-radiométrico garantindoque as lâmpadas estejam emitin-do dentro da faixa do UVA e oslaudos a cada troca de lâmpadas,a avaliação médica, o registro doequipamento, a placa de adver-tência ao usuário e o alvará –informou Dra. Inês.

A Anvisa receberá todas assugestões dos médicos eórgãos competentes em até 60dias após a publicação daConsulta Pública. Em seguida,todas as propostas serão anali-sadas e a Regulamentaçãodeverá ser publicada até mea-dos deste ano.

Título de Especialista em Dermatologia: 405 candidatos participarão da prova em abril

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Calendário de Eventos - 2002

ABRIL

MAIO

JUNHO

SBD: EMC-D - Via SatéliteData: 08 - 06 - 2002

REG. BAHIA: Encontro dos Dermatologistas de Itacaré-BAData: 29 - 06 a 02 - 07 - 2002

REG. MINAS GERAIS: Curso Teórico Data: 15 - 06 - 2002

REG. PARÁ: II Simpósio de OncologiaData: 22 - 06 - 2002

RE G. RI OD E JA N E I R O: Congresso dos Ex-Alunos do Prof. AzulayData: 08 - 06 - 2002

REG. SÃO PAULO: 3ª RCOData: 04 - 06 - 2002

SBD: EMC-D - Cicatrizes e Pele - Via SatéliteData: 09 - 03 - 2002

REG. GOIÁS: XXVI Jornada Goiâna de DermatologiaData: 01 e 02 - 03 - 2002

REG. PARANÁ: I Jornada Paranaense de DermatologiaMaringá - PRData: 22 e 23 - 03 - 2002

REG. SANTA CATARINA: I Jornada Catarinense de DermatologiaData: 01 e 02 - 03 - 2002

REG. SÃO PAULO: 1ª RCOData: 05 - 03 - 2002

AGOSTO

SETEMBRO

MARÇO

12 JSBD m Ano VI N m 2

REG. CEARÁ: XXI Jornada Norte/Nordeste-EMC-DFortaleza-CEData: 29 a 31 - 05 - 2002

REG. ESPÍRITO SANTO: XVII Jornada CapixabaData: 23 a 25 - 05 - 2002

SBD: Reunião dos Presidentes de Regionais, Departamentos e Comissões.Porto Alegre-RSData: 19 - 09 - 2002Reunião do Conselho DeliberativoPorto Alegre-RSData: 20 - 09 - 2002

REG. PARAÍBA: I Jornada Paraibana de DermatologiaData: 17 e 18 - 05 - 2002

REG. RIO GRANDE Curso de DST e AIDSDO SUL: Data: 10 e 11 - 05 - 2002

REG. SÃO PAULO: 110ª Jornada Dermatológica Paulista Data: 25 - 05 - 2002

REG. SERGIPE: III Jornada de Dermatologia de Sergipe Data: 16 a 18 - 05 - 2002

SBD: XXXV Exame de Título de Especialista em Dermatologia Rio de Janeiro-RJData: 06 - 04 - 2002

EMC-D (DermaRio)Data: 13 - 04 - 2002

EMC-D (Jornada Sul Brasileira)Data: 18 - 04 - 2002

Reunião dos Serviços Credenciados da SBD - (SP)Data: 25 - 04 - 2002Reunião dos Presidentes de Regionais, Departamentos e Comissões - (SP)Data: 26 - 04 - 2002Reunião do Conselho deliberativo - (SP)Data: 27 - 04 - 2002

REG. ALAGOAS: Cursos de Atualização TerapêuticaData: 05 - 04 - 2002

REG. RIO DE JANEIRO: 1ª DERMARIO Data: 11 a 13 - 04 - 2002

REG. RIO GRANDE Curso de Dermatologia PediátricaDO SUL: Data: 05 e 06 - 04 - 2002

REG. SANTA CATARINA: XXI Jornada Sul Brasileira de Dermatologia - Blumenau - SCData: 18 a 20 - 04 - 2002

REG. SÃO PAULO: 2ª RCO Data: 02 - 04 - 2002

SBD: Dermatopatologia - Camboriú -SCData: 22 a 24 - 08 - 2002

REG. PARANÁ: II Jornada Paranaense de Dermatologia Curitiba - PRData: 16 e 17 - 08 - 2002

REG. SANTA CATARINA: II Jornada Internacional de Terapêutica DermatológicaBalneário Camboriú-SCData: 09 e 10 - 08 - 2002

REG. SÃO PAULO: 4ª RCOData: 06 - 08 - 2002111ª Jornada HCData: 17 - 08 - 2002

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JSBD m Ano VI N m 3 13

OUTUBRO

NOVEMBRO

INFORMAÇÕES

SBD: EMC-D (Radeco)Data: 18 - 10 - 2002

REG. ALAGOAS: IV Jornada Alagoana de Dermatologia PediátricaData: 25 e 26 - 10 - 2002

REG. MATO GROSSO RADECODO SUL : Data: 18 e 19 - 10 - 2002

REG. MINAS GERAIS: Jornada Mineira de DermatologiaData: 12 e 13 - 10 - 2002

REG. PARÁ: Reunião (Estomatologia)Data: 18 e 19 - 10 - 2002

REG. PARANÁ: III Jornada Paranaense de Dermatologia Paranaguá - PRData: 25 e 26 - 10 - 2002

REG. RIO GRANDE XXVII Jornada Gaúcha de DO SUL: Dermatologia - Porto Alegre-RS

Data: 19 - 10 - 2002REG. SÃO PAULO: 6ª RCO

Data: 01- 10 - 2002Jornada de Câncer da PeleData: 26 e 27 - 10 - 2002

SBD Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele Data: 09 - 11 - 2002

EMC-D (Radesp)Data: 30 - 11 - 2002

REG. BAHIA: X Jornada BahianaData: 22 a 24 - 11 - 2002

REG.GOIÁS: XXIX Jornada Goiana de DermatologiaData: 08 - 11 - 2002

REG. PARÁ: V Jornada Paraense de DermatologiaData: 21 a 23 - 11 - 2002

REG. PERNAMBUCO: X Jornada Pernambucana de Dermatologia Data: 22 a 24 - 11 - 2002

REG. SANTA CATARINA: IV Dermatologia do Terceiro Millenium - Itapema-SC Data: 29 e 30 - 11 - 2002

REG. SÃO PAULO: RADESP Data: 28 a 30 - 11 - 2002

Congresso Brasileiro de DermatologiaData: 21 a 25 - 09 - 2002Informações:Tel. (0xx) 51 3224-5521

REG. SÃO PAULO: Evento: 5ª RCOData: 14 - 09 - 2002

Jan / Fev 2002

m SBD-Pará (91) 249-7333

m SBD-Paraíba (83) 224-9065

m SBD-Paraná (41) 224-6467

m SBD-Pernambuco (81) 3222-0369

m SBD-Piauí (86) 222-1059

m SBD-Rio de Janeiro (21) 2263-4811

m SBD-Rio G. do Norte (84) 221-5568

m SBD-Rio Grande do Sul (51) 3339-1811

m SBD-Santa Catarina (48) 222-2288

m SBD-São Paulo (11) 3105-4933

m SBD-Sergipe (79) 224-2430

m SBD-Alagoas (82) 338-7959

m SBD-Amazonas (92) 233-4994

m SBD-Bahia (71) 237-7582

m SBD-Ceará (85) 261-9055

m SBD-Distrito Federal (61) 328-6320

m SBD-Espírito Santo (27) 3337-1577

m SBD-Fluminense (21) 2719-0411

m SBD-Goiás (62) 251-6826

m SBD-Maranhão (98) 227-1630

m SBD-Mato Grosso (65) 321-2196

m SBD-Mato Grosso do Sul (67) 421-5984

m SBD Minas Gerais (31) 3273-5788

Page 13: Jornal da SBD -Nº 3 Janeiro / Fevereiro 2002

Arevitalização do Progra-ma de Educação Médi-ca Continuada em Der-matologia (EMC- D ) é

um dos objetivos da Dr. LiaMiranda de Castro, que assu-miu o cargo de coordenadorado projeto em setembro doano passado, em conjuntocom o Dr. Alberto Cardoso.Para isso, estão desenvolven-do várias idéias inovadoras,como por exemplo, a deter-minação de que a EMC tenhaapenas três edições via satéli-te até o final de 2002. Outranovidade será a transmissãodo programa pela ConexãoMédica, que substituirá o ser-viço prestado anteriormentepela Embratel.

A Conexão Médica é umarede de Instituições médicasque inclui hospitais, clínicas euniversidades assinantes, ten-do como objetivo promover ointercâmbio e a difusão doconhecimento médico. A em-presa utiliza avançados meiosde telecomunicação, comoWebTV via satélite. Segundo aDra. Lia, este serviço cobre amaior parte das regiões, emvários hospitais referenciadose associações médicas. Oprincipal motivo desta opçãoé justificado pela redução decustos na transmissão da EMC.

A programação da EMCpara este ano já está fechada.O tema do primeiro evento,que acontecerá no dia 9 demarço, será Cicatrizes e aPele: tratamentos e curativosem suas várias indicações,coordenado pela Dra. DeniseSteiner, do Departamento deCosmiatria. No evento emseguida, marcado para 8 dejunho, a abordagem seráAtualização Terapêutica comCasos Clínico- Pa t o l ó g i c o s :

Diagnóstico e Conduta. Emagosto, no dia 17, o enfoqueda EMC será OncologiaCutânea.

Outra inovação é incluir naprogramação das grandes jor-nadas regionais, cursos deEMC - explica a Dr. Lia deCastro. Na Jornada Norte-Nordeste está sendo progra-mado para o dia 29 de maioum curso sobre DermatosesTropicais, coordenado pelosdoutores Sílvio Alencar eAlberto Cardoso. Na Der-maRio, em 11 de abril, serárealizado um curso sobreDermatologia Pe d i á t r i c a ,coordenado pela Dra. Ga-briela Lowy. Em São Paulo,para a Radesp, está sendoproposto um curso sobreLaser, que terá à frente o Dr.Roberto Matos. E na Radeco,o tema será Atualização eControvérsias no uso deRetinóides, ministrado pelaprópria coordenadora daEMC-D.

Além disso, outra propostada coordenação da EMC é aorganização, junto aos servi-ços credenciados de váriosestados, de cursos intensivoscom uma semana de duração,direcionados aos sócios efeti-vos. Com pontuação diferen-ciada nas áreas de dermatolo-gia pediátrica, cirurgia derma-tológica, oncologia, dermato-logia geral e dermatopatolo-gia. As datas e os números dasvagas serão divulgados assimque for regulamentada a pro-g r a m a ç ã o .

- Pretendemos que asmudanças na Educação Médi-ca Continuada ocorram con-forme as sugestões enviadaspelos associados. Queremosoferecer aos sócios das váriasregiões, nas grandes jornadas,

14 JSBD m Ano VI N m 3

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Educação Médica Continuada seráremodelada em 2002

Page 14: Jornal da SBD -Nº 3 Janeiro / Fevereiro 2002

Jan / Fev 2002

JSBD m Ano VI N m 3 15

temas por eles solicitados. Eainda visamos criar nos servi-ços credenciados a oportuni-dade de uma reciclagem maisabrangente, prática e específi-ca - conclui a Dr. Lia deCastro.

No ano do nonagésimo ani-versário da Sociedade Brasi-leira de Dermatologia (SBD)

as preparações para o 57o C o n-gresso Brasileiro de Dermatologia ,que ocorrerá de 21 a 25 de setem-bro, em Porto Alegre, Rio Grandedo Sul, prevêem que o evento seráum dos grandes destaques de2002. “Daremos continuidade à tra-dição de excelência dos congres-sos anteriores”, afirma Dr. LucioBakos, presidente da edição.

Na ocasião serão apresentadasaos congressistas diversas opçõespara aprimoramento do aprendiza-do com palestras apresentadas porprofissionais nacionais e estrangei-ros de maior experiência e qualifi-cação em seus respectivos cam-pos de atuação.

O evento envolverá 68 cursosPré-Congresso, sendo 50 práticose 18 teóricos, 28 Simpósios, 22Forum de Debates, 4 SessõesEspeciais e 6 Simpósios Satélites.“Estarão disponíveis para os parti-cipantes 128 atividades envolven-do os temas de maior interesse naatualidade”, adianta Dr. Bakos.

Entre os temas estão: câncercutâneo, manifestações cutâneasde doenças sistêmicas, dermato-ses auto-imunes, cirurgia derma-tológica, acne, psoríase, fotobiolo-gia e fotoproteção, doenças dosfâneros, de interesse sanitário edo trabalho. No evento também

estão pautadas discussões sobredermatologia estética e corretiva,dermatologia pediátrica e marke-ting da especialização.

A grande novidade na 57a edi-ção será a forma de realização daDermatologia Comunitária, utili-zando-se a Telemedicina.

A Comissão Social e Cultural,presidida pela Dra. Marlene LaksWeissbluth , está planejando o pro-grama social que visa oferecer acongressistas e acompanhantes aoportunidade de conhecer algumasdas numerosas atrações turísticas,folclóricas, históricas, culturais egastronômicas de Porto A l e g r e .“Esperamos que o evento sejamemorável”, ressalta Dr. Bakos.

O Congresso também estaráhomenageando dermatologistasgaúchos importantes na história daclasse médica por intermédio detrês prêmios que serão instituídos.O Prêmio Professor Clovis Boppserá para o melhor trabalho deinvestigação, o Prêmio ProfessorJosé Gerbase para o melhor pôs-ter de casos clínicos e oPrêmio Professor EnioCampos para o melhor pôs-ter de investigação. “Os tra-balhos classificados em 1o e2o lugares em cada catego-ria serão apresentados noúltimo dia do Congresso. Ovalor das premiações aindanão está definido”, explica a

Dra. Tânia Cestari, presidente daComissão Científica do evento.

Os organizadores do Con-gresso deste ano esperam rece-ber 2,5 mil congressistas. “A p a r-ticipação dos dermatologistastem sido ativa, por isso nos orgu-lhamos de pertencer à segundamaior sociedade dermatológicado mundo e esperamos contribuirpara ratificar, através de umaimagem qualificada, sua posiçãode destaque e tradição dentro daDermatologia internacional”, con-clui Dr. Bakos.

As inscrições para o evento jáestão abertas. Até o dia 20 demaio a taxa de inscrição para e s t u-dantes de medicina é de R$ 140 epara médicos que não sejamsócios da SBD, R$ 1.080 mil. P a r asócios, os preços são variados.Aspirantes pagam R$ 270, efetivosR$ 360 e sócios contribuintes R$ 720.Acompanhantes pagam R$ 180.Informações sobre a forma depagamento podem ser obtidaspelo telefone (51) 3311-2578.

Congresso Brasileiro espera receber 2,5 mil dermatologistas

D r. Lúcio Bakos, Dra. Inês Castro e DraTânia Cestari: dedicação ao Congresso

Educação MédicaContinuada Dermatologia

Pediátrica DermaRio -11 de abril de 2002Programa: 8.30h - 8.40h: IntroduçãoProfa. Gabriela Lowy 8.40h - 9.10h: Eczema: doeritema à liquenificação Prof. Heliomar Valle 9.10h - 9.20h: Discussão 9.20h - 9.50h: Dermatiteatópica: terapeutica tópica Profa. Gabriela Lowy 9.50h -10.00h: Discussão 10.00h -10.30h: AIDS: ma-nifestações dermatologicasna infância Profa. Norma Rubini 10.30h - 10.40h: Discussão 10.40h - 11.10h: Doença deKawasaki Profa. Aluce Ouricuri 11.10h - 11.20h: Discussão 11.20h - 11.50h: Hanse-níase na infância Prof. José Augusto Nery 11.50h - 12.00h: Discussão

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16 JSBD m Ano VI N m 3

OMinistério da Sa-úde disponib i l i z o uR $ 3 2 . 4 6 9 . 8 9 6 , 6 2mensais, durante

o último trimestre do anopassado, para as Secre-tarias Estaduais de Saúdeadquirirem os medicamen-tos considerados excep-cionais. Nesta lista, estáincluída a Isotretinoínaoral. As atribuições legais emecanismos de acesso dospacientes usuários do Sis-tema Único de Saúde(SUS) ao tratamento deacne nos casos mais gravese refratários, foram publi-cados em 19 de setembrode 2001, na portariaSAS/MS n.º 389, do Minis-tério da Saúde. Como ovalor é revisto trimestral-mente, para o início desseano, a verba mensal seráde R$32.481.264,00

No Rio de Janeiro, porexemplo, a primeira com-pra do medicamento estána fase de preparo paralicitação. De acordo com

a Coordenação da Secre-taria Estadual de Assis-tência Farmacêutica, oprocesso já foi encaminha-do para a SubsecretariaAdjunta de Administraçãoe Finança (SAAF), ondeserá elaborada a Instruçãode Processo. Nesta etapa,o Estado contata o labora-tório Roche, único fabri-cante da Isotretinoína,para estabelecer as nor-mas da licitação propria-mente dita.

No caso específico, ha-verá inexigibilidade de lici-tação. O processo finalserá feito direto com ofabricante, o que o tornamais rápido. A previsão éde que logo depois doCarnaval seja emitido oEmpenho, documento quedetermina que a quantida-de requerida será paga aolaboratório pelo Governodo Estado, e o processoesteja concluído. Me-diante este acerto, o labo-ratório entrega imediata-

De acordo com aSecretaria de Saúde Esta-dual de São Paulo o pro-cesso licitatório para acompra do medicamentoIsotetritinoína está em fasede desenvolvimento e de-verá ser concluído em doismeses. Estão sendo defini-dos também, os pólos dedistribuição do medica-mento, sob rígidos crité-rios, devido às restriçõesquanto ao uso da droga. Ovalor total disponibilizadopelo Ministério da Saúde,para o próximo trimestre,no estado de São Paulo, éde R$10.565.604,00.

Para saber sobre detalhesdos processos nos outrosestados basta acessar apágina do Ministério daSaúde: www. s a u d e . g o v. b r,ou solicitar informações nacentral do SUS, pelo telefo-ne 0800611997.

Ministério da Saúde libera verba para as Secretarias Estaduais adquirirem a Isotretinoína Secretarias serão responsáveis pela dis-tribuição aos pacientes do SUS

AAssessoria de Comunicação da SBD vem desenvolvendodesde dezembro um serviço de distribuição de clipping atodos os sócios da SBD via e-mail. O clipping é uma seleção

das matérias relacionadas à Dermatologia publicadas na imprensaleiga de todo o Brasil, incluindo jornais, revistas e veículos on-line.

O serviço está disponível somente aos associados com e-mailscadastrados na SBD. Os dermatologistas que não estão recebendoas mensagens deverão entrar em contato com a SBD para atuali-zação do cadastro.

Quando for interesse do sócio, a SBD poderá enviar algunscomunicados com assuntos relevantes para a instituição, além doslinks das matérias coletadas. Este serviço é fundamental para ava-liação do trabalho da imprensa e dos médicos que divulgam a espe-cialidade para o público leigo.

mente o medicamento àSecretaria de Saúde.

No Rio de Janeiro, ascompras serão feitas anual-mente, divididas em qua-tro cotas trimestrais, deacordo com um calendáriop r é -estabelecido. Os me-dicamentos são encami-nhados para o Almo-xarifado Central, em Nite-rói, e de lá redistribuídospara os pólos da Secretariade Saúde que atendem apacientes do SUS, mora-dores de todo o Estado.

O Rio de Janeiro dispõede R$70 milhões do orça-mento, para a compra dos72 medicamentos consi-derados Excepcionais. Fo-ram solicitados 36 milcomprimidos de Isotreti-noína, suficientes parauma cobertura de seismeses. Este número foiprojetado com base nocadastro, que inclui cercade 12 mil pacientes sujei-tos ao uso da droga, nobanco de dados da Se-cretaria Estadual. Estareserva poderá ser amplia-da de acordo com ademanda.

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OD E R M L I S T é um fó-rum eletrônico paraintercâmbio entre der-

matologistas, que neste anode 2002 entra no sexto anode atividades ininterruptas.

Certamente um dos pri-meiros do gênero no mundo,conta em seu quadro deassociados com a mais finacamada de dermatologistasdo Brasil e de muitos países.Aliás, apenas sócios daSBD podem ser inscritos,desde que pertençam àque-la agremiação em qualquercategoria. Os colegas inter-nacionais deverão pertencera organismos similares, sepossível com laços com aSBD, e deverão ser referen-dados por colegas já perten-centes ao nosso quadro.

Por muitos anos o envioda correspondência era diá-rio, mas no último ano con-cluímos que o envio três ve-zes por semana era o maisconveniente.

Através de nosso sistemade e-mail, podemos trocaridéias sobre casos clínicosexpostos inclusive com ima-gens digitais, trocar expe-riências, condutas, contamoscom sessões de informaçãocomo EM DIA, onde ocasio-nalmente são repassados aogrupo os mais recentes tra-balhos em dermatologia so-bre assuntos que por de-mais nos interessam na prá-tica diária, sessão ECOS DOCONGRESSO, onde releva-mos, concomitantementecom determinado congressoque esteja ocorrendo, "high-lights" do que está sendoapresentado etc. O sistemanão é automatizado, sofren-

do pois uma edição diária, oque constitui vantagem eminúmeros aspectos, como aeliminação de caracteres etrechos de réplica indeseja-dos, bem como permite oescaneamento antiviral pre-remessa. Não existe taxa deinscrição ou manutenção,sendo pois, um serviço gra-t u i t o .

Em junho de 1997, quan-do ainda éramos poucos par-ticipantes, foi realizado umpioneiro evento que envolveua SBD- Regional Ceará eparticipantes de nossos gru-pos. Esta foi, provavelmen-te, uma das primeiras reu-niões online em dermatolo-gia. Previamente comunica-dos, colegas do dermlist e dalista americana rxderm per-maneceram conosco conec-tados enquanto transcorria areunião da referida regional,tendo sido escolhidos 4 ca-sos clínicos apresentadosnaquela sessão mensal, paradiscussão eletrônica. A p e s a rdo número reduzido de parti-cipantes, condizente com aentão semi-embrionária in-ternet, os resultados forambem interessantes, do pontode vista de intercâmbio cien-tifico. Em 1998, o laboratórioJanssen Cilag publicou narevista DERMATO L O G I A oencontro virtual.

Recentemente, todo omaterial foi editado e publi-cado na rede, podendo servisualizado na íntegra, comdetalhes inclusive do desen-rolar da interação em seusprimeiros momentos, no site:h t t p : / / h p . v e n t o . c o m . b r / ~ g l e a l/reuniaoonline.html

Jan / Fev 2002

JSBD m AnoVI N m 3 17

ADra. Andréa Machado CoelhoRamos, representante daSociedade Brasileira de Derma-tologia, e o Dr. Gérson Oliveira

Penna que representa o HospitalUniversitário de Brasília/UnB, elabora-ram com revisão e orientação do Prof.Nelson Proença, o protocolo clínico ediretrizes terapêuticas do lupus erite-matoso e um estudo com sugestõespara estabelecer consenso científicoquanto às novas indicações terapêuticasdo uso da Talidomida.

Estes documentos foram encami-nhados ao Ministério da Saúde, acom-panhados de extensa bibliografia, emmarço do ano passado. O ProtocoloClínico e Diretrizes Terapêuticas dolupus eritematoso, do mieloma múlti-plo e da doença enxerto-versus-hospe-deiro, foi publicado pela Secretaria dePolíticas de Saúde: consulta públicaconjunta nº 1, de 19 de outubro de2001 no D.O.U. nº 202, de 22 deoutubro de 2001. A classe médicaaguarda a sua publicação definitiva.

O trabalho visou atender aoMinistro da Saúde (MS), que emPortaria Ministerial nº 1377, de 15 dedezembro de 2000, criou um grupo detrabalho para reavaliar a Portaria nº354, e estabelecer consenso científicoquanto às novas indicações terapêuticasdo uso da Talidomida. E ainda determi-nar protocolos clínicos e diretrizes tera-pêuticas para o uso da droga no lupuseritematoso, na doença enxerto- v e r s u s-hospedeiro e no mieloma múltiplo.

O grupo é coordenado pelaSecretaria de Políticas de Saúde, doMinistério da Saúde e é integrado porrepresentantes da Secretaria deAssistência à Saúde, Instituto Nacionaldo Câncer, Agência Nacional deVigilância Sanitária (Anvisa), SecretariaExecutiva, Conselho Nacional deSecretários Estaduais de Saúde,Sociedade Brasileira de Dermatologia,Sociedade Brasileira de Pe d i a t r i a ,Federação Brasileira das Sociedades deGinecologia e Obstetrícia (Febrasgo),

U n i v e r s i d a d ede Brasília/-UnB e entida-des represen-tativas dos por-tadores da sín-drome da Talidomida.

As propostas de alteração daPortaria nº 354, ampliando o númerode doenças e incluindo o uso daTalidomida também por mulheres emidade fértil, porém com cuidados suge-ridos pela Febrasgo, estão sendo anali-sadas pela Anvisa. Essas alteraçõesforam publicadas no último númerodos Anais Brasileiros de Dermatologia.

A Talidomida tem sido utilizada notratamento de várias doenças auto- i m u-nes e inflamatórias em todo o mundo.Sua ação sobre o sistema imunológicoinclui potente inibição do fator de necro-se tumoral TNF-α, redução da taxa delinfócitos CD4/CD8 e supressão dosmecanismos de fagocitose. Dentre osefeitos colaterais da droga, a teratogeni-cidade e a neuropatia periférica são fato-res que limitam muito o seu uso.

O uso da Talidomida no Brasil,atualmente, segue as normas daPortaria Ministerial nº 354/MS/SNVS,de 15 de agosto de 1997, que regula-menta a proibição do uso por mulheresem idade fértil (compreendida damenarca à menopausa) e autoriza o usoem apenas 3 programas governamen-tais de prevenção e controle de: (a)Hanseníase (reação hansênica, tipo eri-tema nodoso ou tipo II); (b) DST/AIDS(úlceras aftóides idiopáticas em pacien-tes portadores de HIV/AIDS); (c)Doenças crônico-degenerativas (lupuseritematoso, doença enxerto- v e r s u s-hospedeiro). A Resolução da DiretoriaColegiada da Agência Nacional deVigilância Sanitária: RDC nº 34 de 20de abril de 2000, regulamenta o uso daTalidomida nos casos de mieloma múl-tiplo refratário a quimioterapia.

GEORGE BARROS LEAL JR.

Uso da Talidomida no Brasil: Sociedadeparticipa de grupo no MS que reavaliou

as indicações terapêuticas da droga

DERMLIST - balanço de 5 anos promovendo o intercâmbio via e-mail entre dermatologistas

[email protected]

Dra. AndréaRamos

Page 17: Jornal da SBD -Nº 3 Janeiro / Fevereiro 2002

Inúmeras vezes, quandoconcluímos com alguns(umas) pacientes que échegado o momento de

utilizarmos a isotretinoína parao tratamento de sua acne,muitos deles imediatamenteperguntam quantas caixasterão de tomar (ou quanto gas-tarão). Parar para pegar a cal-culadora ou papel e canetapara fazer o cálculo de acordocom o peso do paciente, inter-rompe o ritmo da consulta, edá algum trabalho... Diantedesta dificuldade, chegamos aconclusão de que um simplescálculo pode ser bastante útil.Isto, obviamente, considerandoa isotretinoína padrão do mer-cado brasileiro, cuja apresen-tação é de 30 cps de 20 mg porcaixa, e utilizando-se comoregra geral o critério de estudoseuropeus que concluíram quea menor dose aconselhável,para um tratamento eficaz, éde no mínimo 120 mg/kg dosetotal para um período de trata-m e n t o .1 O cálculo ficouextremamente simplificado,u t i l i z a n d o-se a fórmula:

P6 ou P/5 ---> P x 6 ou P------

5

Explicando melhor, P é opeso do paciente. Multi-plicando-se o peso pelo fator6, obtemos o número total decápsulas de isotretinoína de 20mg a serem dadas no períodocombinado. Corresponden-temente, dividindo-se o pesopor 5 temos o número decaixas para o período. Ou seja,imaginemos um paciente de60 kg. Ao sermos questiona-dos, imediatamente podemosresponder:

60/5 = 12 caixas deisotretinoína 20mg ou

60x6= 360 cápsulas deisotretinoína 20 mg.

1. Layton AM, Cunliffe WJ.Guidelines for optimal use ofisotretinoin in acne. J Am Ac a dDermatol, 27 (6 Pt 2): S2-7 1992 Dec.

18 JSBD m AnoVI N m 3

" Regra P6-P/5 para facilitar a prescrição da Isotretinoina”

GEORGE BARROS LEAL JR.

[email protected]

A BIBLIOTECA SOLICITA OS SEGUINTES PERIÓDICOS PARACOMPLETAR O SEU ACERVO:

British Journal of Dermatology

1944; 56(1/2, 3/4, 5/6, 7/8, 9/10)

1945; 57(1/2, 3/4)

1948; 60(6, 7, 8, 12)

1949; 61(2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9)

1950; 62(1, 2, 3, 4, 10, 11, 12)

1951; 63(6, 10, 11, 12)

1955; 67(2, 8, 9)

1956; 68(1, 2, 3, 9)

1957; 69(1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12)

1958; 70(1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12)

1959; 71(1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12)

1960; 72(1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12)

1961; 73(1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12)

1962; 74(1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12)

1963; 75(1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12)

1964; 76(1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12)

1965; 77(1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12)

1966; 78(1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12)

1967; 79(1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12)

1969; 81(1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12)

1970, 82(1, 2, 3, 4, 5, 6)

1970; 83(1, 2, 3, 4, 5, 6)

1972; 87(3, 4, 5, 6)

1982; 106(1)

1982; 107(2)

1983; 108(2, 3)

1984; 110(3)

1985; 113(4)

1986; 115(5)

1988; 118(1, 2, 3, 4, 5, 6)

1988; 119(1, 3, 4, 5, 6)

1989; 120(2)

1990; 122(1, 2, 3, 4, 5, 6)

1990; 123(1, 2, 3, 4, 5, 6)

1992; 126(5, 6)

1992; 127(1, 2, 3, 4, 5, 6)

Cutis

1965; 1(1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9,

10, 11, 12)

1966; 2(1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9,

10, 11, 12)

1967; 3(1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11)

1968; 4(2, 5)

1969; 5(3, 11)

1974; 14(5, 6)

1975; 15(1, 2, 3, 4, 5, 6)

1975; 16(1, 2, 3, 4, 5, 6)

1976; 17(1, 5, 6)

1976; 18(1)

1983; 31(3)

1987; 40(4)

1989; 43(2, 3)

1989; 44(4, 5)

1990; 45(2, 3, 5)

1990; 46(2, 6)

1991; 47(3)

1992; 49(2, 4)

1992; 50(5)

1993; 51(6)

1993; 52(1, 2, 3, 4, 5, 6)

1994; 53(1, 2, 3, 4, 5, 6)

1996; 58(1, 3)

1997; 57(1, 2, 3)

1999; 63(4, 5, 6)

1999; 64(1, 2, 3, 4, 5, 6)

2000; 65(1, 6)

2000; 66(1, 2, 3, 4, 5, 6)

Dermatologic Clinics

1983; 1(1, 2, 3, 4)

1984; 2(1, 2, 3, 4)

Clinics in Dematology

1983; 1(1, 2, 3, 4)

1984; 2(1, 2, 3, 4)

1985. 3(1, 2, 3, 4)

1986; 4(1, 2, 3, 4)

1987; 5(1, 2, 3, 4)

1988; 6(1, 3, 4)

1989; 7(2)

1990; 8(3, 4)

1991; 9(1)

1992; 10(2, 3, 4)

1998; 16(3, 4, 5, 6)

2001; 19(3, 4)

Contact Dermatitis

1975; 1(3, 5)

1976; 2(1, 2, 5)

1977; 3(1, 2, 3, 4, 5, 6)

1978; 4(1, 2, 3, 4, 5, 6)

1979; 5(1, 2, 3, 4, 5, 6)

1980; 6(1, 2, 3, 4, 5, 6)

1981; 7(1, 2, 3, 4, 5, 6)

1982; 8(1, 2, 3, 4, 5, 6)

1983; 9(1, 2, 3, 4, 5, 6)

1984; 10(1, 2, 3, 4, 5, 6)

1984; 11(1, 2, 3, 4, 5, 6)

1985; 12(1, 2, 3, 4, 5, 6)

1985; 13(1, 2, 3, 4, 5, 6)

1995; 33(2)

1998; 38(4)

1989; 39(2)

1999; 41(2, 5, 6)

Page 18: Jornal da SBD -Nº 3 Janeiro / Fevereiro 2002

Jan / Fev 2002

JSBD m AnoVI N m 3 19

Ú L T I M O S L A N Ç A M E N T O S

Atlas Prático e Dificuldades noDiagnóstico

Autores: Bruno Pompeu Marques, LuizAlberto V. dos Santos e Roberto Focaccia

Editora Atheneu“Manifesto aqui minha

grata satisfação em ter sidoconvidado para prefaciar este Atlas de

DST– Guia Prático e Dificuldades no Diagnóstico, de autoria doexperiente especialista na área, Dr. Bruno Pompeu Marques.Este livro é o resultado de uma experiIência de 10 anos e cercade 15.000 consultas especializadas em DST e a coleta de maisde 2.000 fotos, de alta qualidade, das quais cerca de 700 foramreunidas neste magnífico Atlas. Esta obra sem dúvida irá auxiliarmédicos de outras especialidades a fazer o diagnóstico dedoenças sexualmente transmissíveis em seus pacientes. Quantoao autor, trata-se de um experiente venerologista com sólidabase em Clínica Médica, tendo trabalhado numa Unidade deReferência Nacional em DST, outrora credenciada pelo Minis-tério da Saúde, na cidade de Santos. E sempre auxiliado nodiagnóstico laboratorial com a imensa experiência do Dr. LuizAlberto Vieira dos Santos e do Professor Roberto Focaccia agoracolaboradores do livro.

Este Atlas de DST irá, certamente, preencher uma lacunanesse genero, no Brasil, a que me autoriza a indicá-lo a todosos profissionais de saúde interessados em DoençasSexualmente Transmissíveis.

Parabéns, também à Editora Atheneu por enriquecer, comesta obra, seu incomparável arsenal de livros médicos.”

Ricardo Veronesi

Nem só de Ciência se Faz a CuraAutor: Protásio L. da Luz

Editora Atheneu“Hoje o exercício da medicina difere

muito das práticas passadas. Os enormesavanços tecnológicos melhoraram drastica-

mente os meios diagnósticos eos tratamentos. Conceitos fundamen-

tais foram revistos; alguns inteiramente eliminados, substituídos.No entanto, o tema central da medicina permanece inalterado:a pessoa humana. Po d e-se dizer que novas técnicas podemmudar os meios com que trabalhamos, mas não mudam a almahumana. Alguns problemas persistem, outros novos apareceram.É preciso novo posicionamento. Tendo exercido medicina acadê-mica e prática por muitos anos, gostaria de dividir com os estu-dantes e colegas minha visão desta ciência/arte da qual tenhosempre me ocupado. Meu propósito não é discutir aspectos téc-nicos da medicina e sim analisar problemas da relação médi-co/paciente que influenciam o resultado final do tratamento bemcomo a carreira médica. Sou um entusiasta da medicina. Nãofaria outra coisa na vida. Há uma onda de descrédito na socieda-de sobre médicos e medicina. E um desencanto entre os própriosprofissionais. É uma fase, não um estado permanente. A medici-na, é de fato uma profissão gloriosa; não há nada mais nobre ecompensador do que ajudar o homem que sofre. A recuperaçãode um ser humano é uma obra quase divina, que nem os defei-tos do próprio ser humano podem empanar.

Vivenciei inúmeras situações nestes anos. Contanto queminhas experiências possam facilitar o caminho de algumjovem médico que também se preocupe em ser um bom pro-fissional. Isto seria para mim recompensa suficiente.”

São Paulo, outono de 2001

O autor

Como Ter Sucesso na Profissão Médica

Manual de SobrevivênciaAutor: Mário Novais

Editora Atheneu Cultura“A Medicina enfrenta um paradoxo

neste início de século XXI.Os recursos de diagnóstico, ter-

apêutica medicamentosa e Cirúrgica, astécnicas invasivas por miniincisões, a diferenciação das espe-cialidades e subespecialidades permitem não só precisão diag-nóstica mas tratamentos altamente eficazes, com sofrimentocada vez menor dos pacientes.

Por outro lado, grandes parcelas de população estão àmargem destes avanços sem possibilidade de acesso, comproblemas enormes para o atendimento mais simples.

Nesse contexto, o médico encontra-se transformado, emprofissional assalariado com vários enpregos, disvirtuandoos requisitos fundamentais da profissão, que são: o vínculo e aresponsabilidade.

No momento em que se busca mudar o modelo assistencialo livro do Dr. Mário Novais é oportuno, pois traz mensagem deotimismo para estudantes e médicos jovens em relação à profis-são e ao papel dela dentro da Sociedade. Tr a t a -se da posturaprofissional da escolha de especialidades, incluindo vários conh-ecimentos sobre administração da carreira sem deixar de lado abusca do equilíbrio da vida pessoal com vida profissional.

Estou certo de que o livro terá grande utilidade para opúblico a que se destina, estando o autor de parabéns pelaimportante iniciativa.”

Adib D. Jatene

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20 JSBD m AnoVI N m 3

Bahia

Jornada Baiana mantém o sucesso dos anos anteriores

Ao assumir a gestão daRegional do Distrito Federal, aDra. Raimunda Nonata RibeiroSampaio criou, como primeiramedida, o Conselho Auxiliar daDiretoria. Esse conselho é com-posto por doze membros, todosdermatologistas com mais de 30anos de profissão. São profis-sionais que já assumiram cargospolíticos ou presidiram aRegional. Entre os participantesestão o Dr. Iphis Campbell e asDras. Cleire Paniago, RosiclerAiza Alvarez e GladysCampbell.

A intenção da nova diretoriaé que o Conselho auxilie nasquestões políticas e participati-vas da Regional. "Estamos nacapital do Brasil, muito próxi-mos das tomadas de decisõespolíticas e tudo que puderfazermos para efetivar a partici-pação da Dermatologia nas dis-cussões nacionais só trará bene-fícios para a classe", analisa Dra.Raimunda.

Entre os objetivos da novagestão está a maior integraçãoentre a SBD-DF e a seção distri-tal da Sociedade Brasileira deCirurgia Dermatológica. "Alcan-çaremos maiores resultadospráticos se nos unirmos emtorno dos mesmos obje-tivos, que acabará benefi-ciando a todos", avalia anova gestora.

As discussões dasquestões referentes àRegional serão debatidaspelos membros da novadiretoria e do Conselho

Auxiliar todas as terceirast e r ç a s-feiras, de março adezembro. "As reuniões visarãosempre buscar soluções e alter-nativas de projetos quefavoreçam a Dermatologia",afirma Dra. Raimunda.

A maior integração entre aRegional e o Ministério daSaúde, pela proximidade físicadas sedes e pelo envolvimentode membros da SBD com oorgão do governo, também estána pauta da nova adminis-tração. Dra. Raimunda é con-sultora de leishmaniose tegu-mentar americana para aFundação Nacional de Saúde(Funasa), orgão do Ministério daSaúde, assim como muitosmembros têm relações políticasfavoráveis com a entidade. "ADermatologia será atuante nasdecisões políticas", prevê.

A nova gestora, que há 28anos é professora de Derma-tologia da Universidade deBrasília, já teve atuações naRegional como secretária etesoureira, mas esse é seuprimeiro ano à frente da enti-dade. O vice-presidente, Dr.Gilvan Alves, é seu grande alia-do para conseguir atingir todasas metas propostas.

Regionais

A IX Jornada Baiana deDermatologia, realizada pelaSociedade Brasileira de Der-matologia – Regional Bahia, de30 de novembro a 2 de dezem-bro do ano passado, reuniu maisde 100 dermatologistas. “Oevento foi um sucesso. Tr a-balhamos muito, mas foi recom-p e n s a d o r”, avalia Dra. ArienePaixão, presidente da Regional.

Participaram das palestras osdoutores Artur Antônio Duarte,Shirley Schnaider Borelli, SílvioMarques e Waltênio Va s c o n-celos, de São Paulo, Dr. GabrielTeixeira Gontijo, de MinasGerais e Dr. Heitor de SáGonçalves, do Ceará. Além des-tes, os baianos Antônio Lu i zPenna Costa, Ivonise Fo l l a d o r,Maria Thereza Pacheco, NeideFerraz, Newton Sales Gui-marães, Paulo Roberto LimaMachado e Vitória ReginaRego.

Foram debatidos temascomo “Ética médica”, “Medi-cina baseada em evidências”,“Aspectos psicogênicos doenvelhecimento”, “O que estáacontecendo nas colagenoses– Abordagem terapêutica” ,“Novos rumos da cirurgia der-matológica oncológica”, “Han-seníase: Avaliação crítica daPQT – Perspectivas/ Manejo ediagnóstico diferencial dasreações hansênicas/ Co-infec-ção viral e reação hansênica”,“Abordagem cirúrgica dahiperhidrose”, “Margens cirúr-gicas no melanoma cutâneoprimário”, “Síndrome ulcerosa– Abordagem sindrômica dasúlceras”, “Atualização terapêu-tica das micoses profundas” e“Rejuvenescimento cutâneo –Passo a passo”.

- O evento foi um sucessopela participação efetiva dosinscritos. Os profissionais tro-caram experiências e avalia-ram diversos mini-casos emini-comunicações. A sessãode discussões do programa“Qual o seu diagnóstico” teveampla colaboração dos partici-pantes – avalia Dr. Ariene.

O calendário deste ano estárepleto de eventos. A regionalpromoverá no dia 2 de março ocurso de Micologia Médica. Nosábado seguinte, dia 9, seráministrado o curso prático deInformática e Pele. Em maioserá realizado o curso práticode Dermatoscopia e, em junho,a reunião interdisciplinar, queabordará Colagenoses.

O Encontro Dermatológicode Itacaré será realizado de 29de junho a 2 de julho. A pro-gramação de eventos e progra-mas voltados para os dermato-logistas baianos é prioridadena gestão da Dr. Ariene.“Estamos sempre visando pro-porcionar a necessária atuali-zação científica aos dermato-logistas, envolvendo a bemsucedida experiência de abor-dagens interdisciplinares”,conclui.

Distrito Federal

Aproximação com a SBCD e MS é meta da atual gestão do DF

Dr. Gilvan Alves, vice-pres -idente, e a Dra. RaimundaSampaio, atual presidente

da SBD-DF

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Minas Gerais

Jan / Fev 2002

JSBD m AnoVI N m 3 21

cam experiências, conheci-mentos e conclusões sobreconsultas e tratamentos dis-pensados a diversas doenças.

- Todo ano realizamos umade nossas reuniões emPetrópolis. Na minha atualgestão quero estender asreuniões para uma cidade dosul, ainda não escolhida, e emCampos, no norte do Estado –afirma Dr. Trindade. Assim eleespera conseguir a partici-pação efetiva de todos osmédicos da regional.

Fluminense

Ao assumir pela terceira veza presidência da SociedadeBrasileira de Dermatologia -Regional Fluminense, queabrange todo o Estado do Riode Janeiro com exceção dacapital, o Dr. José Tr i n d a d eestá entusiasmado em pro-mover uma gestão que integretodos os profissionais da região.

Em reuniões dos sócios daSBD da região fluminense, quedesde a fundação em 1968 sãorealizadas no segundo sábadodo mês, os dermatologistas tro-

Regional Fluminense deverá ampliar suasatividades em cidades além de Niterói

A ampliação da rede deserviços credenciados à SBDpara a realização do Título deEspecialista em Dermatologia éoutro objetivo que Dr.Trindade pretende atingir.“Temos apenas uma unidadecredenciada, o HospitalUniversitário Antônio Pe d r o ,da Universidade Fe d e r a lFluminense. As exigências parao credenciamento são muitorígidas, mas estimularemos osprofissionais de outros hospi-tais da região para que con-sigam ajustes nas unidades epossam tornar-se aptas ao cre-denciamento”, explica.

A criação de mais distritaisno Estado é outra meta que Dr.Trindade pretende cumprirnesta gestão, que termina emdezembro de 2003. Atualmente

a regional possui distritais emCampos e em Volta Redonda,no Sul do Estado. “Q u e r e m o scriar outra na Região Serrana,que possivelmente será emPetrópolis, e mais uma naRegião dos Lagos”, antecipa.

Diretoria mineira pretende integrar dermatologistas do

interior nos eventos da Regional

A integração entre os derma-tologistas que atuam no interiorde Minas Gerais é o maior objeti-vo da nova gestão da SBD minei-ra. Desde que assumiu a presi-dência, em janeiro desde ano, aDra. Ana Cláudia Soares SimizoBenedito trabalha em prol daDermatologia no estado – com-promisso que assumiu até dezem-bro de 2003. "Faremos jornadaspelo interior visando a aproxima-ção dos profissionais que atuamna dermatologia com as açõesdesenvolvidas pela Regional", afir-ma Dra. Ana Cláudia.

Estão programadas para o pri-meiro ano de mandato da novadiretoria, palestras que têm comoobjetivo incentivar a participaçãodos sócios, não apenas em assun-tos ligados à Dermatologia, masde interesse geral. Na primeirareunião científica mensal, queocorreu em 16 de fevereiro, naAssociação Médica de MinasGerais, em Belo Horizonte, foidiscutido o tema "O Médico e a

S a ú d e " .A s s u n t o scomo éticae erro mé-dico esta-rão emp a u t a sf u t u r a s .

Cursos práticos em áreascomo cirurgia básica, criocirurgia,BLF (Basic Life Support) e radioe-letrocirurgia também serão minis-trados. "O objetivo desses cursosé atingir principalmente os profis-sionais recém formados", ressaltaDra. Ana Cláudia.

A regional, com 350 sócios,será prioridade nas ações daDra. Ana Cláudia, que tambémé preceptora da residência dedermatologia da Santa Casa deBelo Horizonte e foi secretáriada SBD de Minas Gerais na ges-tão anterior. Além dela, toda adiretoria se compromete a fazero máximo para atender aexpectativa de toda à classemédica mineira.

Dra. Ana Claudia eD r. Fernando

D r. Trindade, presidente da Flumi -nense, e o Dr. Marcio Rutowitsch

Mato Grosso do Sul

Campo Grande sediará a próxima Radeco

A organização da próximaReunião Anual dos Derma-tologistas do Centro-O e s t e(Radeco), que acontecerá emoutubro, em Campo Grande,está mobilizando a nova dire-toria, assumida em janeirodeste ano tendo, como presi-dente o Dr. Pedro LúcioZanúncio.

A última Radeco reuniu 80profissionais em Uberlândia,no final de novembro do anopassado. A previsão da novadiretoria é que o evento reúnaesse ano 200 participantes."Estamos nos empenhando empreparar um grande evento",afirma Zanúncio. Participarãoda Radeco dermatologistas doMato Grosso do Sul, MatoGrosso, Tocantins, Goiânia,Distrito Federal e Tr i â n g u l oMineiro.

- O objetivo da reunião épromover a atualização e dis-cussão de temas científicospertinentes a área e incentivar

a confraternização e troca deexperiências entre os profissio-nais da Dermatologia - resumeZanúncio.

O evento está programadopara os dias 17 e 18 de outu-bro, quinta e sexta-feira, noCentro de Convenções doHospital São Julião, em CampoGrande, quando serão aborda-dos os temas científicos. Nasexta-feira a tarde está progra-mado uma tarde turística emBonito, cidade que fica à 200quilômetros de CampoGrande.

No sábado haverá um jantarde confraternização para osparticipantes em Bonito. "Ofinal de semana pode ser pro-videncial para que os dermato-logistas conheçam e aprovei-tem as belezas naturais dacidade", ressalta Dr. Pe d r oLúcio. Maiores informaçõessobre a Radeco podem serobtidas pelo telefone (67) 421-5984.

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Pernambuco

Manutenção do calendário de eventos é a prioridade

da nova gestão de Pe r n a m b u c o

São Paulo

São Paulo desenvolverá projeto piloto daSBD para atendimento de crianças carentes

O início da nova gestão da SBD de Pe r n a m b u c o ,iniciada em janeiro deste ano, é marcado pela con-tinuidade do calendário de eventos da regional.Estão programados diversos cursos e palestras. ADra. Silvia da Costa Carvalho Rodrigues assumiu apresidência da entidade e ficará a frente do cargoaté dezembro de 2004.

No dia 16 de fevereiro foram ministrados os cur-sos de Anatomia Facial, pelo Dr. Francisco Levoci, ePe l l i n g, pela Dra. Luciana Scatone. As aulas foramdadas no Hospital Oswaldo Cruz, em Recife. Para opróximo mês estão programados novos cursos tendocomo temas histopatologia e micologia. Custarão R$75,00 cada. "Pretendemos organizar mais cursos epalestras voltadas ao aprendizado e atualização dosdermatologistas", afirma Dra. Silvia.

As reuniões dos 180 profissionais da área que atuamem Pernambuco e são sócios da Regional serão todasas últimas quartas-feiras de cada mês, sempre no MarHotel, em Boa Viagem.

Este ano serão realizadasseis reuniões científicas ordi-nárias, com professores con-vidados que apresentarãocasos clínicos de interesseespecífico para os profissio-nais da Dermatologia. Para odia 25 de maio está progra-mada a 110a J o r n a d aDermatológica Paulista, naEscola Paulista de Medicina,da Universidade Federal deSão Paulo. E a 111a ediçãoda Jornada acontece em 17de agosto, no Hospital dasClínicas da Universidade deSão Paulo.

- Nas jornadas a participa-ção dos dermatologistas éefetiva. As atividades científi-cas são de interesse de toda aclasse – analisa Dra. Lu c i aArruda. Cursos emergenciaistambém estão na pauta. Em9 de março será ministradoum curso que visa basica-mente treinar profissionaispara emergências cirúrgicas.A realização será em conjun-to com o Hospital SírioL i b a n ê s .

A Regional também estáprogramando para 26 deoutubro um curso voltadopara secretárias que aten-

dam em consultórios médi-cos. A Reunião dosDermatologistas do Estadode São Paulo (RADESP) seráde 28 a 30 de novembro.

Dra. Lucia Helena estáempenhada em contribuirpara ações sociais e incenti-var a participação efetiva dossócios paulistanos. Esse anoserá realizado no Estado oprojeto piloto firmado pelaSBD e a Associação Bra-sileira dos Fabricantes deBrinquedos (Abrinq) - Adoteum Sorriso - que visa, aexemplo do projeto desen-volvido com dentistas, pro-mover a doação da mão-de-obra dos dermatologistas àscrianças carentes. “Estamos

Dra. Lucia Arruda e Dra. Maria deLourdes Viegas no Rio de Janeiro

muito satisfeitos de desen-volver o projeto em SãoPaulo”, ressalta.

Ainda visando a participa-ção dos sócios em açõessociais será realizada a segun-da edição do Dermacamp,que promove um acampa-

mento para crianças comdoenças dermatológicas seve-ras. “Estamos empenhados emdesenvolver e colaborar emprojetos de cidadania em quea participação dos sócios sejae f e t i v a”, avalia Dra. Lu c i aHelena.

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Departamentos

Departamento de Cosmiatria convoca dermatologistas interessados para

participar de futuras atividadesA nova coordenadora do Departamento de Cosmiatria

da SBD, Dra. Denise Steiner, comunica aos sócios que esti-verem realizando estudos na área específica de cosmiatriae que tenham interesse em apresentações futuras, queentrem em contato pelo e-mail [email protected] ou [email protected] para intercâmbio de conhecimento,sugestões e críticas ao Departamento.

A Dra. Denise Steiner informa que reali-zará uma reunião no dia 20/03/02 das 20 às22h, na Rua Eng. Edgar Egidio de Souza,420 - Pacaembu - Sao Paulo – SP com todosos participantes e interessados nas ativida-des do Departamento.

Comunicado do Departamento deDermatologia Integrativa aos interessados

no assunto MENTE-PELE.O Departamento Dermatologia

Integrativa está buscando estabe-lecer contato com os sócios in-teressados em temas relacionadosà psiconeuroimunologia, tais co-mo psicodermatoses, psicofarma-cologia, relacionamento médico –paciente, e estresse, entre outros.Queremos conhecer o trabalho econtribuições dos colegas quepoderão vir a participar das ativi-dades do Departamento e dis-ponibilizar informações, comuni-cados e publicações relativas à

nossa área de interesse.Quem desejar poderá fazer

contato com o Departamento deDermatologia Integrativa atravésdo e-mail [email protected],se possível informando queexperiência tem, e os assuntospelos quais tenha interesse.Idéias, sugestões e críticas serãobem-vindos.

D r. Vitor M. C. Ferreira da SilvaCoordenador do Departamento de

Dermatologia Integrativa da SBD

Vida, paixão e morte de Lauro de Souza Lima (1903-1973)

Visitando o antigo Sanatório PadreBento, hoje transformado em Unidadehospitalar subordinada à Secretaria doEstado de São Paulo, tomei conheci-mento da vida fabulosa de um médico-apóstolo, paradigma de uma classe eque lá viveu, dando assistência médica ehumanitária a uma população de doen-tes que necessitavam de sua ajuda, comose fosse o verdadeiro Cristo curando oshansenesianos no Vale do Kidron.

Que adrnirável figura humana! Emlinguagem espírita este benemérito dobem - Lauro de Souza Lima reencarnouna Cidade de Campinas, a 6 de janeirode 1903, tendo uma infância feliz. Em1928 diplomava-se pela Faculdade Na-cional de Medicina, a famosa Escolada Prata Vermelha. Trabalhou com osaudoso Prof. Francisco Eduardo Rabelo(1905-1989), apaixonando-se pelaHansenologia, juntamente com seuirmão Moacyr. Defendeu sua tese dedoutoramento em 1928, com o título:

“o desvio do complemento com ostreptothrix de Deycke leproide desen-gordurado, na lepra”.

Vindo para São Paulo dedicou-seintegralmente ao estudo da hanseníase.Amilcar Del Chiaro Filho (1925) traçouo perfil deste apóstolo do bem, traba-lhando principalmente no antigo Sana-

tório Padre Bento, em Guarulhos.Padre Bento Dias Pacheco (l817-1911)nasceu na fidelíssima Itu, tornando-sefranciscano, tendo sido um grandeapóstolo da caridade. Um busto, emGopoúva, presta homenagem àqueleque se consagrou como o grandeamigo dos hansenianos, oferecendo-nos os mais belos exemplos de humil-dade e de desapego às grandezas ter-renas.

Abrahão Rotberg, este outro giganteno estudo da hansenologia, referiu- s enos ter recebido decisiva influência nopreparo de sua tese de doutoramento(Reação de Mitsuda-Hayashi) de Laurode Souza Lima, o mesmo ocorrendocom o Prof. Luiz Marino Bechelli.Diplomados em 1933 pela F a c u l d a d ede Medicina da USP, juntamente comJosé Mendonça de Barros, Luiz Baptistae João Baptista. Zocchi estagiaram noSanatório Padre Bento, com Lauro deSouza Lima, o primeiro a ensaiar entrenós a sulfonoterapia no tratamento dahanseníase. Morou no Sanatório, deonde raramente saia para assistir jogosdo Corinthians.

Assumiu a Diretoria do antigoDepartamento de Profilaxia da Lepra, em1952. Publicou centenas de trabalhossobre a especialidade da qual foi cultor

apaixonado. Jogava tênis. Gostava deluta de boxe. Belo no físico, homem dealma pura. O Sanatório Padre Bento eleassumiu sua direção a 7 de julho de1931, fazendo dele seu verdadeiro lar, amorada da filantropia. O Padre Bento tor-n o u -se centro de referência em matériade hanseníase. Médicos brasileiros eestrangeiros vinham aprender a especiali-dade com um médico verdadeiro quesabia aliar a ciência às aflições humanas.Tratava os doentes, principalmente ascrianças, com muito carinho. Pa r t i c i p o ude Congressos da especialidade, no Brasile no exterior.

Deixou o casamento, por duasvezes, para dedicar-se de corpo e almaàqueles que necessitavam de suaajuda. No amparo aos hansenianosninguém o excedeu. Inaugurou doispavilhões para crianças hansenianas.

É vasta a obra científica que ele dei-xou. Seus trabalhos podem ser encon-trados na monumental obra de LuizaKe f f e r-Índice Bibliográfico de Lepra.Departamento de Profilaxia da Lepra.São Paulo, 1946, em dois volumes.

Em Bauru, o "Instituto Lauro SouzaLima" cultua a memória do emérito han-senólogo, dirigido o referido Institutopor um dos seus discípulos, o eminentecolega Diltor V. A. Opromolla.

A hanseniase lepra, morféia, foi nopassado, doença estigmatizante. Cláu-dio de Souza (1876-1954), médico emembro da Academia Brasileira deLetras, em "Marcha de um bando deleprosos" (1953) em bela narrativa, con-tou-nos a história daqueles que, emcima dos cavalos estendiam o chapéu àesmola. Eram bandos tétricos de degre-dados, os pobres lazarentos. Havia,entre eles, a crença de que ficariamcurados se conseguissem passar o mal asete pessoas.

Eram figuras assombradas. Hoje,felizmente, tudo mudou graças ao adven-to da poliquímioterapia que possibilita ocontrole da infecção, principalmente emsuas formas iniciais.

A 19 de agosto de 1973, durante avisita de um sobrinho, no Hospital doServidor do Estado de São Paulo; eleretornou à Pátria espiritual, após cum-prir inteiro labor pelos seus hansenianos.Um de seus biógrafos referiu: ele foi oamor pleno, a luz meridiana, o diaman-te sem jaça. Em um mundo de trevas emque vivemos resurgiu a figura singulardeste verdadeiro Homo sapiens q u ehonrou e dignificou a espécie humana.Lauro de Souza Lima estará sempreentre nós, no vivo de sua presença.

PROF. CARLOS DA SILVA LACAZ

Professor emérito da Faculdade deMedicina da Universidade de São Paulo.

Fundador e Presidente de Honra da Sociedade Brasileira da História

da Medicina