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Economia deve melhorar em 2015 Informativo do Sindicato dos Administradores de SC - Ano XV - nº 94 - Dezembro 2014 jornal do saesc PÁGINA 7 Saesc plano de saúde para os administradores PÁGINA 3 Negociações foram duras em 2014 PÁGINA CENTRAL Fortaleça sua categoria: SINDICALIZE-SE No próximo ano governo deve centrar esforços na recuperação da indústria e dos índices de crescimento, com distribuição de renda ENVELOPAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT

Jornal do SAESC Nº94

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Jornal do Sindicato dos Administradores de Santa Catarina.

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Economia deve melhorar em 2015

Informativo do Sindicato dos Administradores de SC - Ano XV - nº 94 - Dezembro 2014

jornal dosaesc

PÁGINA 7

Saesc plano de saúde para os administradoresPÁGINA 3

Negociações foram duras em 2014PÁGINA CENTRAL

Fortaleça sua categoria:SINDICALIZE-SE

No próximo ano governo deve centrar esforços na recuperação da indústria e dos índices de

crescimento, com distribuição de renda

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EDITORIAL

Muito se falou que 2014 seria um ano atípico por conta da Copa do Mundo e das eleições. Mas, tirando os sete a um contra a Alemanha, até que foi um bom ano para os trabalhadores. Nesta edição trazemos uma análise do economista José Álvaro Cardoso que avalia que mesmo sob um crescimento pífio da economia, os trabalhadores tiveram um bom ano, com pleno emprego e, de forma geral, sem perda significativa do poder aquisitivo.

Talvez por ser um ano eleitoral, em 2014 o SAESC não enfrentou problemas de grande envergadura nas negociações, conseguindo manter os principais direitos dos administradores e os salários acompanhando a inflação, pelo menos. Também neste jornal trazemos uma análise do saldo das negociações empresa por empresa.

O que não se pode perder de vista é que os trabalhadores, os movimentos sociais e os sindicatos devem ser agentes das ações econômicas. Se abdicarmos de estar presente na cena política com nossa pressão, nossas bandeiras e reivindicações, estaremos simplesmente delegando, deixando de fazer nosso papel na estrutura democrática e republicana.

A ação unida e forte dos trabalhadores sempre foi decisiva para que as economias não cedessem unicamente à pressão forte do poder econômico. No Brasil o aumento da distribuição de renda – embora ainda incipiente – deve ser considerada como um fator favorável a intervenção dos trabalhadores. Há os que não suportam ver a riqueza distribuída, mas só assim viveremos num país melhor, mais justo, mais igualitário.

O SAESC deseja a todos um belo final de ano, com muita alegria e proximidade das pessoas que amamos e admiramos. Que 2015 seja para todos um período de realizações e felicidade. Que o Brasil cresça, que nossas esperanças se renovem e sejamos todos mais felizes.

Feliz Natal e Boas Festas.

Informativo do Sindicato dos Administradores de SC

Produção EditorialQuorum Comunicação

Jornalista ResponsávelGastão Cassel (DRT/RS 6166)

Projeto GráficoMarina Righetto

Reportagem e ediçãoGastão Cassel

IlustraçãoFrank Maia e banco de imagem

Diretor ResponsávelBenhour Romariz Filho

Contatos:e-mail: [email protected] fone: 48 3222-8080 site: www.saesc.org.brEndereço: Rua dos Ilhéus, 38 Salas 602 e 603 - CentroCEP 88010-560 Florianópolis - SC

Expectativas de um bom 2015

FELIZ 2015!

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Saesc faz convênio por plano de saúde para administradores

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Os administradores associados ao Saesc já podem aderir a um plano coletivo da Unimed sem nenhuma taxa de adesão. O convênio firmado com o Senge – Sindicato dos Engenheiros de Santa Catarina visa atender os profissionais que não são atendidos por planos empresariais.

Os valores de mensalidades são variáveis de acordo com idade dos usuários e coberturas contratadas, conforme a legislação da ANS – Agência Nacional de Saúde. Por ser um plano coletivo ele tem várias vantagens, inclusive de preço, com relação aos planos oferecidos no mercado.

Uma vantagem significativa é que os usuários serão atendidos diretamente pela equipe do Senge para questões administrativas. Mesmo que o profissional já tenha outro plano de saúde, ele poderá incluir seus familiares no plano, tais como pais, filhos, sogros, netos, genros ou noras.

Fortalecer o Sindicato é opção de cada umA filiação ao Saesc não é uma obrigação, mas uma questão de opção que depende da consciência individual do administrador e da sua vontade de fortalecer a sua representação profissional. São as contribuições dos administradores que mantêm o funcionamento do Sindicato, cuja missão é representar e defender os interesses da categoria administrativa ou juridicamente. As contribuições podem ser voluntárias ou definidas por lei compulsoriamente.

Voluntárias

As contribuições voluntárias são as mensalidades ou a anuidade, também chamadas de contribuições estatutárias. Seu valor é estabelecido por assembleia anualmente. A mensalidade é descontada em folha

de pagamento dos sindicalizados que trabalham em empresas com as quais o Saesc tem Acordo Coletivo. Já a anuidade é cobrada por meio de boleto bancário enviado por correio ao associado.

Compulsórias

A contribuição compulsória é o chamado Imposto Sindical ou contribuição sindical. É uma cobrança definida por lei desde a constituição e 1937. Este imposto tem caráter tributário e é devido por todos os trabalhadores – empregados, autônomos e profissionais liberais – e também pelos empregadores. Para o trabalhador empregado o valor do imposto corresponde a um dia de trabalho no mês de março. Os profissionais liberais (como os

administradores) têm a opção de pagar este imposto por meio de guia remetida em fevereiro pelo Correio.

A contribuição sindical não significa filiação ao Saesc. De acordo com a CLT sem esta guia quitada os profissionais não podem participar de licitações, inscrever-se nas prefeituras (como autônomo) ou comprovar tempo de serviço.

Confederativa

A Contribuição Confederativa é prevista no inciso IV do artigo 8º da Constituição Federal, cujo valor é definido pela Assembleia Geral do Sindicato e destina-se exclusivamente para órgãos representativos de cada categoria, repartida entre sindicato, federação e, quando houver, confederação.

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2014 foi marcado por negociações durasNEGOCIAÇÃO

A terefa de assegurar os direitos dos trabalhadores tem se mostrado cada vez mai difícil. Cada vez mais as empresas dificultam os processos e cometem desrespeitos que se agravam a cada ano. A mobilização e a unidde dos trabalhadores continua sendo a receita do sucesso.

Codesc e SanturAs negociações visando acordo coletivo dos trabalhadores da CODESC e SANTUR, empresas vinculadas ao Governo do Estado , que começaram em maio (data base) somente foram concretizadas em novembro, se arrastando por sete meses num total descaso com os trabalhadores.

SebraeNo Sebrae as negociações ocorreram dentro da data base, inclusive com ganho real no reajuste salarial. Também foi celebrado este ano, juntamente com o SINDASPI, a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho com o SESCON/FPOLIS.

CasanDepois de muita mobilização e paralisações junto com o Sintaema-SC, o Saesc, em conjunto com a Intersindical, negociou um bom Acordo Coletivo. Conquistas importantes como o acelerador de carreira de 3,331% e a descompactação salarial na atual escala do PCS, limitado o impacto a 10% do salário fixo, que resgatou parcialmente as distorções salariais existentes.Além do INPC de 5,81%, conquistamos o vale alimentação com reajuste de 13,33%; Abono de férias e Natal: 11,11%; Auxílio Creche e de necessidades especiais: 16,75%; Prêmio de conclusão por curso técnico e superior: 18%; Gratificação por acúmulo da função de motorista: 19,80%; Reembolso de aplicação de vacinas e Implementação do Vale Cultura. A Casan também fará alteração no PCS para considerar Titulações obtidas em anos anteriores a 1991, para empregados admitidos após a implantação do PCS em 1991.Todas as outras conquistas foram mantidas inclusive o pagamento das anuidades dos Conselhos Profissionais.

SCGÁSNo dia 20 de outubro os empregados da SCGÁS reunidos em Assembleia rejeitaram, por maioria absoluta, a contraproposta da empresa condicionando um pequeno avanço nas cláusulas de apoio educacional

para os empregados e dependentes pela vigência do ACT 2014/2015 por 02 (dois) anos. Buscando avanços para a materialização do ACT 2014/2015 a Intersindical esteve com o Presidente Cósme Polêse para comunicar oficialmente o resultado da Assembleia dos empregados, que rejeitou a proposta da empresa. Na oportunidade a Intersindical propôs a empresa implementar o vale farmácia e o vale rancho, bem como a manutenção da proposta da empresa referente à extensão do auxílio educação. A contraproposta apresentada pela Intersindical foi rejeitada pela Diretoria. Isto, sem sequer se dar ao trabalho de contrapropor outros benefícios como praxe em negociações coletivas.Os Sindicatos vão cumprir o seu papel, de fiscalizar e cobrar nos demais órgãos competentes um posicionamento da representatividade do Estado na administração da empresa e trabalhar na defesa dos benefícios dos empregados para evoluir para o ACT 2014/2015.

SCPARDepois das rodadas de negociação nos meses de maio, junho e julho, em 01/08 a empresa apresentou a proposta final na qual ofereceu apenas o reajuste pelo INPC nas cláusulas financeiras. Em Assembleia Geral Extraordinária realizada em 08/08 os empregados representados pelo Saesc, Senge e Sindalex, integrantes da Intersindical da SCPar, rejeitaram por maioria absoluta a proposta da empresa. A proposta da empresa não contemplava sequer as reivindicações sociais sem repercussão financeira bem como a implantação de plano de previdenciário junto a Fusesc.De volta a mesa de negociações a empresa evoluiu apenas no aumento no vale alimentação para R$ 28,00/ticket com 12% de reajuste.Mesmo sem avanço nas principais cláusulas da pauta de reivindicações a proposta foi aceita pela categoria em assembleia realizada em 19/09/2014.

ELETROBRAS/ELETROSULComo as entidades sindicais e as

empresas do Grupo Eletrobras celebraram em 2013 um ACT com vigência para 2 anos, as negociações deste ano foram centradas na discussão do novo texto que vai nortear a distribuição da Participação de Lucros e Resultados das empresas ligadas a Eletrobras. Independente da redação final do novo pacto da PLR – ainda em negociação –, o cenário continua adverso ao grupo depois que foram aceitas as condições onerosas estipuladas pelo Governo Federal para a renovação das Concessões, que impactaram negativamente nos balanços das empresas.Nos últimos dois anos o prejuízo alcançou cifras superiores a 13 bilhões de reais e em 2014 a situação não deve se alterar, com baixa geração de caixa dos segmentos de geração e transmissão, além de outra questão também preocupante, que é o problema de gestão do sistema deficitário do seu braço de distribuição.Aportes de recursos do Tesouro ou do BNDES ou ainda, uma nova decisão do governo a partir de 2015 pode significar outro momento para as empresas e empregados, que esperam ver revertido o estrago feito em 2012, com a edição da MP 579. TractebelCom data base em 1° de novembro, a pauta de reivindicações da Intersindical dos Profissionais de Nível Médio e Universitário (SAESC, SENGE, SINTEC, SINDECON e SINCÓPOLIS) continua centrando esforços em três frentes: Política Salarial, Política Previdenciária e Participação nos Lucros e Resultados.Informações extraoficiais dão conta que mesmo com as trapalhadas do Governo Federal que contaminaram o Setor, em especial as empresas do grupo Eletrobras e distribuidoras, a performance da empresa foi pouco afetada. Tudo porque a organização conta com um competente e dedicado grupo de colaboradores que afinados com diretores, têm mantido a empresa competitiva no mercado de energia, com forte expectativa de mais um balanço promissor para o exercício de

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2014 foi marcado por negociações durasNEGOCIAÇÃO

A terefa de assegurar os direitos dos trabalhadores tem se mostrado cada vez mai difícil. Cada vez mais as empresas dificultam os processos e cometem desrespeitos que se agravam a cada ano. A mobilização e a unidde dos trabalhadores continua sendo a receita do sucesso.

2014.Face este cenário, vamos novamente buscar junto aos gestores da empresa, retorno aos trabalhadores, em especial no que diz respeito à PLR, que entendemos ter espaço para avanços quanto ao montante a ser distribuído, fato que resulta numa motivação diferenciada para as equipes quando têm seu trabalho reconhecido.

 ONSO Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS tem importante função junto ao sistema elétrico interligado do País. Mesmo assim é submetido todos os anos a forte tensão no momento em que seu orçamento é analisado pela Agência Reguladora – ANEEL.Repetidos e diferentes cortes têm ocorridos com impacto direto na remuneração e motivação das equipes de trabalho. Além disso o empregado da organização é de difícil reposição, uma vez que desenvolve atividade muito específica e especializada, o que requer um determinado tempo de treinamento.Com data base em 1º de setembro, a negociação para o novo Acordo Coletivo transcorreu sem novidades, com correção do índice inflacionário e garantia de duas remunerações a título de Performance Organizacional, que depende diretamente do cumprimento de metas previamente acordadas.Do lado das Entidades Sindicais (SAESC, SINTEC, SENGE, SINCÓPOLIS e SINDECON), uma nova preocupação será levada para a próxima reunião de acompanhamento do Acordo. Diz respeito ao pico inflacionário ocorrido em setembro, que alcançou 0,57%. Se houver uma repetição em meses subsequentes, vai significar um desastre para o poder de compra do trabalhador.

AgriculturaNas empresas da agricultura, Epagri e Cidasc, as entidades sindicais estão divididas em 3 blocos: SAESC, Sintagri e Sintec, remanescentes da INTERSA; Sindaspi que atua sozinho; e outros sindicatos liderados pelo Seagro e Simvet. Cabe destacar que estes

dois últimos, são beneficiados pelo Salário Mínimo Profissional, reajustado anualmente, em janeiro, pelo Salário Mínimo Nacional, enquanto os demais costumeiramente reajustados apenas pelo INPC.A campanha salarial 2014/2015 teve início entre 12 a 28/02/2014 quando foram realizadas as assembleias para elaboração da Pauta de Reivindicações. No dia 14/03 essa Pauta foi protocolada na Secretaria da Agricultura, Secretaria da Fazenda, Secretaria da Administração, CPF e nas empresas.Após as costumeiras enrolações, por parte do Governo, foi nomeado o Airton Spies, secretário adjunto da Secretaria da Agricultura como negociador. As primeiras reuniões aconteceram apenas em 01/04, contando com a presença de todos os sindicatos que atuam na base da Agricultura, e no dia 15/04 uma audiência na SRTE (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego).Com o desenrolar das negociações, algumas reuniões aconteceram individualmente com os 3 blocos de sindicatos e outras, na qual eram apresentadas as propostas oficiais do Governo, contavam com a presença de todas as lideranças sindicais.Mais uma vez, o Plano de Cargos e Salários aparecia como nossa principal bandeira. Conforme previsto no ACT anterior, a Cidasc apresentou ao CPF uma Proposta de Revisão do PCS, o que não foi acompanhado pela Epagri, que alegara que a redação estaria a cargo do Consultor da Secretaria da Fazenda, Ricardo Moritz, que por sua vez, seguia diretrizes estabelecidas pela Consultoria da Roland Berger.Inviabilizada a implantação na Cidasc e sem uma proposta da Epagri, tentava-se a amarração de datas para apresentação aos sindicatos (que teriam um período de análise e manifestação), posteriormente seria dado conhecimento aos empregados, e por fim, uma data para sua efetiva implantação. Entretanto, divergências na redação, condicionantes de impacto financeiro e aprovação do CPF emperravam as negociações. Diante deste cenário, com a proposta

do ACT contendo apenas: o reajuste em R$ 1,00 no Vale Alimentação; extensão da garantia de emprego até 31/10/2015 e reajuste pelo INPC para algumas cláusulas financeiras; foram convocadas assembleias para o dia 18/07/2014, para análise da proposta apresentada, sendo aprovada por 66% dos empregados. Devemos aguardar os prazos estabelecidos no ACT para o PCS (janeiro e julho de 2015), acompanhar os encaminhamntos junto ao CPF e estarmos mobilizados no próximo início de ano.

CelescAssim como nos anos anteriores, a negociação de data base na Celesc em 2014 não foi fácil. As negociações começaram com a primeira rodada em 26 de agosto. Para chegar a proposta final, foi necessário realizar uma reunião ampliada em Lages no dia 23 de setembro com a participação de mais de 200 empregados(as) com a finalidade de apresentar o andamento das negociações, além de uma paralisação no dia 18 de setembro que atingiu todos os locais de trabalho no estado e forçou a diretoria a elevar a sua contraproposta final.Houve importantes avanços no ACT com destaque para:- Aumento salarial superior a inflação representando um ganho real que há muito tempo não tinha;- Auxílio alimentação com aumento significativo;- Licença paternidade de 10 para 15 dias;- Ampliação do horário flexível;- Melhorias no Auxílio Estudante.A Intercel, da qual o SAESC faz parte, realizou uma pesquisa com 800 trabalhadores(as) da Celesc para a avaliação da campanha de data base. Os resultados da negociação foram avaliados como bom e ótimo por ampla maioria. Portanto, além dos resultados terem sido expressivos, a categoria também avaliou de forma positiva.

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SINDICATO

Assembleia aprova orçamento e define valores das contribuições

A Assembleia Geral Ordinária realizada no dia cinco de dezembro aprovou o orçamento e as contribuições sindicais que vão vigorar em 2015. Com uma entidade financeiramente estável e preparada para realizar as funções sindicais – participações em negociações, assessoramentos jurídicos, deslocamentos, comunicação – de forma eficiente e ágil os trabalhadores só têm a ganhar.

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL (Imposto Sindical) será de R$ 110,00 para pagamento até 27/02/2015, sendo este mesmo valor aplicado para Contribuição Confederativa

ANUIDADE – será de R$ 230,00 com vencimento em 31/03/2015. Quem pagar antecipado terá desconto, conforme tabela indicativa no boleto bancário. Esta modalidade serve exclusivamente para profissional liberal não vinculado as Empresas onde o SAESC mantem negociações trabalhistas.

MENSALIDADE – será de 0,5% (meio por cento) do salário base do associado vinculado as Empresas onde o SAESC negocia Acordo Coletivo de Trabalho.

Os administradores associados ( mensalistas ou anualistas) que estiverem quite com o Sindicato até 31/01/2015; receberão a Guia de Contribuição Sindical quitada pelo SAESC, conforme já praticado nos anos anteriores.

RECEITAS

TRIBUTÁRIA R$ 128.000,00

SOCIAL R$ 87.000,00

PATRIMONIAL R$ 68.000,00

EXTRAORDINàRIA R$ 17.000,00

TOTAL R$ 300.000,00

DESPESAS

PESSOAL/TERCEIROS R$ 74.500,00

ADM/INTERSINDICAL R$ 82.500,00

COMUN. E DIVULGAÇÃO R$ 53.000,00

REPRESENTAÇÃO SINDICAL R$ 23.000,00

BANCÁRIAS R$ 13.000,00

CAPITAL/INVESTIMENTOS R$ 9.000,00

RESERVA FINANCEIRA P/ 2016 R$ 45.000,00

TOTAL R$ 300.000,00

Proposta Orçamentária para 2015

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CONJUNTURA

Economia deve melhorar em 2015, diz economista

Havia expectativas de que 2014 fosse um ano atípico por conta da Copa do Mundo e das eleições. Como foi o ano para a economia do país?

José Álvaro Cardoso – Foi um ano ruim para o crescimento. Devemos fechar o ano com meio por cento, talvez menos. Mas temos uma situação peculiar que é o pleno emprego. Mesmo com recessão técnica no primeiro semestre, não há um processo recessivo. Quem atravessou os anos 80 e 90 sabe o que é processo recessivo, recessão mesmo. O que temos é uma crise na indústria que é séria, mas pontual. Desde 2010 temos crescimento medíocre, média menor do que 2%.

Para os trabalhadores como foi o ano?

J.A.C. – Foi positivo, porque aumentou o emprego e as possibilidades de emprego. Dados oficiais mostram um elevado número de pessoas que pedem demissão, e isto é um sintoma típico e mercado positivo para geração de emprego. O trabalhador às vezes pode escolher outro emprego onde ganha mais, mesmo que pouco mais. E em 2014 continuou aumentando a renda dos trabalhadores, o que é muito significativo, especialmente quando há no mundo mais concentração de renda. Aqui está sendo o contrário. Na América do Sul está melhorando a renda dos trabalhadores, especialmente no

Brasil, que puxa isto, mas também na Argentina, Venezuela, Bolívia, Equador.

O que se pode esperar para 2015?

J. A. C. – Vai dar uma melhorada no crescimento, já há indicadores disto no mundo. A economia americana deu uma reagida. A Europa é difícil, tem o sexto ano de recessão de verdade. A China e os BRICs vão seguir crescendo, inclusive o Brasil.

Como vai ser aqui no Brasil? Podem vir medidas que, por exemplo, estimulem a indústria?

J.A.C.- Acho que sim. O governo está olhando com atenção para isto. Não existe país desenvolvido sem indústria, apesar de algumas teorias em contrário, que são contos da carochinha. A queda da indústria no PIB vem desde a década de 80. Em 2011 o governo Dilma já tomou algumas medidas bem fortes, como a desoneração da folha de pagamento. Mas não foram suficientes. É que desde 2008, quando houve a segunda maior crise do sistema capitalista, o cenário internacional se alterou, com acirramento da disputa por mercados. O que o Brasil quer todo mundo quer: exportar mais. Todos querem saldo comercial positivo.

O Brasil tem pouco a fazer nas circunstâncias internacionais?

J.A.C. – Tem o que fazer sim, mas

não podemos perder de vista este contexto internacional. Alguns analistas ignoram a questão internacional que é feita às vezes por má fé e as vezes por ignorância.

A inflação é um risco real?

J.A.C. – Sim, sempre é. Mais uma situação atípica. Geralmente a inflação cai naturalmente quando o crescimento arrefece. Aqui mesmo com crescimento insignificante a inflação continua relativamente alta. Mas há 11 anos está dentro da meta, portanto não está descontrolada. Mas é preciso reduzir.

A receita clássica para reduzir a inflação é menos salários e mais juros. Qual a alternativa a isto?

J.A.C. – Um conjunto de medidas. Especialmente no campo da oferta. Boa parte da inflação vem da parte de alimentos. Houve, e estão havendo, secas severas, as maiores dos últimos 80 anos, que diminuíram a oferta e aumentaram os preços. Juros é a última coisa que tem que mexer. Porque juros mais altos não ajudam a aumentar a oferta de tomates, por exemplo. Elevação de juros funciona quando a economia está aquecida, para as pessoas comprarem menos. Os juros só estão aumentando por pressão do sistema financeiro. Cada vez que aumenta 1% os juros os rentistas levam R$ 50 bilhões a mais. Isso dá duas vezes o custo anual do Bolsa Família.

Dizem que a economia brasileira está desacreditada. Mas há fábricas da BMW, Mercedes, JEEP, Chery, Honda sendo montadas ou ampliadas aqui. Isso não é dissonante?

J.A. C. – Imagina se estas multinacionais vão rasgar dinheiro... O descrédito do Brasil é uma fala política, não tem sentido. Continuamos sendo um grande mercado com possibilidades que não há em outras partes do mundo. O problema é quando estas empresas começarem a fazer remessa de lucros lá para fora, aí é ruim para nós.

José Álvaro Cardoso

José Álvaro Cardoso é Supervisor Técnico do

Dieese – Departamento Intersindical de

Economia e Estatística. O economista acredita

que, apesar do baixo crescimento da economia,

o ano 2014 foi bom para os trabalhadores,

especialmente por haver pleno emprego no Brasil.

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TENDÊNCIAS

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que funcionam como escritórios coletivos, com infraestrutura compartilhada. Costumam oferecer telefone com número específico para cada empresa, serviço de secretaria e recepção, além de salas de reuniões e outros equipamentos. Quem aluga tais espaço pode também usar o endereço como endereço fiscal uma solução para quem tem dificuldade de obter um alvará para trabalhar na própria casa.

A terceira modalidade alternativa são os coworkings. São semelhantes aos escritórios virtuais, mas o espaço de trabalho é coletivo, de forma que vários profissionais e empresas coexistem num mesmo ambiente. “É uma modalidade muito propícia para as start-ups, pois elas precisam de uma troca de informação e experiências intensas e estes ambientes propiciam esta sinergia”, avalia o analista do Sebrae.

SAESC disponibiliza espaço

Os administradores sindicalizados que quiserem seguir o exemplo de Rafael Pelachini podem utilizar o espaço físico do Sindicato para reuniões e trabalho eventual. O Saesc não cobra nenhuma taxa e disponibiliza, além do espaço no centro de Florianópolis, conexão de internet. Os interessados só precisam fazer contato com a entidade.

Os locais de trabalho já não são mais os mesmos. A cada dia mais empresas e profissionais revolucionam a forma de trabalhar e instalam seus escritórios em casa ou ambientes coletivos. A mudança de ambiente pode ser uma estratégia de recursos humanos ou forma de gestão que reduz investimento em estruturas e funcionários. Tudo sempre facilitado pelas novas tecnologias de comunicação e conectividades.

“Há três modalidades de novos espaços de trabalho que estão crescendo: os home-offices, os coworkings e os escritórios virtuais”, explica Joel Fernandes, analista do Sebrae de Santa Catarina. Para o consultor os profissionais e empresas devem fazer esta opção sempre com base na avaliação da natureza da sua atividade, da necessidade ou não de ter contato com clientes, por exemplo.

O home office é quando o

profissional trabalha na sua casa. “Nestes casos há exigência de disciplina e organização, e de controle de processos, quando se trata de uma equipe em trabalho remoto”, explica Fernandes.

A Quorum Comunicação, agência que presta serviços ao Saesc há dois anos optou por colocar sua equipe em trabalho remoto. “Não foi uma opção financeira, observamos que não era necessário ter a equipe reunida diariamente a custo de deslocamentos num trânsito caótico, pois nossa atividade não demanda a vinda dos clientes ao escritório”, relata Gastão Cassel, diretor da Quorum. Segundo ele os principais resultados foram a agilização dos processos e até um ganho na qualidade da produção. O fluxo de trabalho de profissionais localizados inclusive em outros estados é feito por um software de gestão e um ambiente virtual na “nuvem” da internet.

O administrador Rafael Pelachini presta consultoria nas áreas de planejamento, gestão e finanças desde 2008. Atualmente ele o seu sócio trabalham nas suas casas, mas ocupam a sala de reuniões do Saesc quando precisam reunir-se. “É um espaço que o Saesc nos oferece, e a todos os administradores”, conta Rafael. Aqui a gente sai do ambiente doméstico e tem a estrutura de internet.

Os escritórios virtuais são outra alternativa em voga. São espaços geralmente no centro das cidades

Profissionais e empresas

em novos ambientes e

processos de trabalho

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