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JORNAL DO SINDICATO DOS FUNCIONÁRIOS DA POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ANO XX – Nº 41 – AGOSTO/SETEMBRO/OUTUBRO 2015 — Rua Riachuelo nº 191-A - 2° andar - Centro - Rio - Tel.: 2507 -0757 JORNAL DO SINPOL Email: [email protected] Site: www.sinpol.org.br SINPOL – SUA TRINCHEIRA DE LUTAS O efetivo da Policia Civil é de apenas 10.500 policiais. Mais de cinco mil são os “miojos”, “pipo- cas” e aqueles que têm menos de 10 anos na carreira. O efetivo teria que ser mais de 23 mil policiais de acor- do com a lei 699/83. Os aposenta- dos são em torno de 3.500. O SIN- POL foi fundado durante as duas greves da categoria em 1993, por- tanto há mais de 20 anos. São pou- co mais de 1.400 os sindicalizados, dos quais mais da metade aposen- tados. Nos últimos cinco anos, o então governador Sergio Cabral, através da ex-chefe de Polícia Civil Mar- tha Rocha, deu força a alguns dissi- dentes do SINPOL a criar outro sin- dicato. E, mesmo sem ter registro no MTE, ainda permitiu o descon- to em folha das mensalidades. Ape- sar de ser notificado pela Justiça do Trabalho, o Estado continuou a descontar, o que enfraqueceu o po- der do Sindicato, mesmo tendo no- va diretoria. Jovens: vocês são a força do Sindicato Depois de muita discussão en- Formatura de jovens oficiais de cartório no Maracanãzinho O fundador, ex-presidente e atu- al diretor do SINPOL, comissário Fernando Bandeira, vem sendo per- seguido pela Chefia de Polícia des- de 2012, quando participou da greve de todos os policiais civis, militares e bombeiros e não traiu a categoria co- mo fez o suposto líder do outro sin- dicato. O traidor convocou a impren- sa, no segundo dia de greve – sábado 11 de fevereiro, uma semana antes do carnaval de 2012 – depois de ter sido chamado pela delegada Martha Ro- cha, então na chefia da Policia, no dia anterior. Mesmo com representantes dos PMs e Bombeiros discordando, ele disse que os policias civis esta- vam encerrando a greve. A entrevista foi na sede da Coligação, na Rua do Senado, onde estavam vários segu- ranças da empresa do inspetor Túlio, que impediram a diretoria do SIN- POL entrar para dizer que a greve só poderia ser encerrada na assembleia de domingo, 12 de fevereiro, em Co- pacabana. Todas as manifestações, passeatas, greves e negociações vito- riosas foram lideradas pelo SINPOL. Bandeira está sem receber seus vencimentos desde abril de 2013. Mesmo tendo trabalhado, assinado o ponto, recebido seus salários nos meses de dezembro de 2012, janei- ro, fevereiro e março de 2013, o dire- tor do Degaf, delegado Flávio Ama- ral, no dia 6 de abril de 2013, comu- nicou à Seplag que ele estava faltan- do desde 4 de dezembro de 2012 e que seus vencimentos tinham que ser suspensos. Houve várias denúncias anôni- mas – que todos sabem de quem par- te. Bandeira já prestou depoimento para 16 delegados da Coinpol. Só de- pois que recorreu à Justiça, passados mais de 2 anos, é que foi aberto in- quérito na CGU. SINPOL continua perseguido Painél do SINPOL: Reivindicações em frente à Chefia de Polícia tre os diretores e visitas às delega- cias, constatou-se que há necessi- dade de o SINPOL filiar esses po- liciais mais jovens para fortalecer a entidade. Mesmo sabendo que mui- tos deles, ao fazer curso na Acade- pol, ouviram de alguns instrutores críticas pejorativas ao Sindicato – por determinação da chefia – ainda assim, seria bom que viessem para o SINPOL. Há uma diretoria demo- crática que os receberá de braços abertos, disposta a ouvir as críticas, discordâncias e reclamações sobre os erros que possam ter ocorrido. É muito importante saber as suges- tões sobre mudanças na atuação do Sindicato. Associando-se, é de legí- timo direito que concorram às pró- ximas eleições. Todos esses policiais têm curso superior e sabem perfeitamente que só se muda uma instituição partici- pando dela. O ideal é não se inti- midarem e virem a colaborar para a união e fortalecimento da cate- goria. Desunidos, os policiais con- tinuarão a receber R$ 12 reais por refeição e R$ 100 reais de transpor- te por mês. Sem nenhuma possibi- lidade também de reduzir o parce- lamento da incorporação da Grati- ficação de Delegacia Legal. O SINPOL, desde a sua funda- ção, tem lutado por concursos pú- blicos para a PCERJ e também pela nomeação e posse dos aprovados e excedentes, por existirem vagas no quadro. O pequeno efetivo tem dei- xado as delegacias sem condições de fazer o seu papel primordial, que é a investigação. E sem a investiga- ção não há inquérito, nem o juiz po- de condenar os criminosos. Visita às DPs mostra insatisfação Página 3 Página 4 Página 5 Página 5 Lei Geral da polícia discutida no ES Niterói e todo estado: metade do efetivo Luta por nomeação dos novos policiais

JORNAL DO SINPOL - Sindicato dos Policiais Civis do Estado ... · carnaval de 2012 – depois de ter sido chamado pela delegada Martha Ro-cha, então na chefi a da Policia, no dia

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JORNAL DO SINDICATO DOS FUNCIONÁRIOS DA POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ANO XX – Nº 41 – AGOSTO/SETEMBRO/OUTUBRO 2015 — Rua Riachuelo nº 191-A - 2° andar - Centro - Rio - Tel.: 2507 -0757

JORNAL DO SINPOLEmail: [email protected] Site: www.sinpol.org.br

SINPOL – SUA TRINCHEIRA DE LUTASO efetivo da Policia Civil é de

apenas 10.500 policiais. Mais de cinco mil são os “miojos”, “pipo-cas” e aqueles que têm menos de 10 anos na carreira. O efetivo teria que ser mais de 23 mil policiais de acor-do com a lei 699/83. Os aposenta-dos são em torno de 3.500. O SIN-POL foi fundado durante as duas greves da categoria em 1993, por-tanto há mais de 20 anos. São pou-co mais de 1.400 os sindicalizados, dos quais mais da metade aposen-tados.

Nos últimos cinco anos, o então governador Sergio Cabral, através da ex-chefe de Polícia Civil Mar-tha Rocha, deu força a alguns dissi-dentes do SINPOL a criar outro sin-dicato. E, mesmo sem ter registro no MTE, ainda permitiu o descon-to em folha das mensalidades. Ape-sar de ser notifi cado pela Justiça do Trabalho, o Estado continuou a descontar, o que enfraqueceu o po-der do Sindicato, mesmo tendo no-va diretoria.

Jovens: vocês são a força do Sindicato

Depois de muita discussão en-

Formatura de jovens ofi ciais de cartório no Maracanãzinho

O fundador, ex-presidente e atu-al diretor do SINPOL, comissário Fernando Bandeira, vem sendo per-seguido pela Chefi a de Polícia des-de 2012, quando participou da greve de todos os policiais civis, militares e bombeiros e não traiu a categoria co-mo fez o suposto líder do outro sin-dicato. O traidor convocou a impren-sa, no segundo dia de greve – sábado 11 de fevereiro, uma semana antes do carnaval de 2012 – depois de ter sido chamado pela delegada Martha Ro-cha, então na chefi a da Policia, no dia anterior. Mesmo com representantes dos PMs e Bombeiros discordando, ele disse que os policias civis esta-vam encerrando a greve. A entrevista foi na sede da Coligação, na Rua do Senado, onde estavam vários segu-ranças da empresa do inspetor Túlio, que impediram a diretoria do SIN-POL entrar para dizer que a greve só poderia ser encerrada na assembleia

de domingo, 12 de fevereiro, em Co-pacabana. Todas as manifestações, passeatas, greves e negociações vito-riosas foram lideradas pelo SINPOL.

Bandeira está sem receber seus vencimentos desde abril de 2013. Mesmo tendo trabalhado, assinado o ponto, recebido seus salários nos meses de dezembro de 2012, janei-ro, fevereiro e março de 2013, o dire-tor do Degaf, delegado Flávio Ama-ral, no dia 6 de abril de 2013, comu-nicou à Seplag que ele estava faltan-do desde 4 de dezembro de 2012 e que seus vencimentos tinham que ser suspensos.

Houve várias denúncias anôni-mas – que todos sabem de quem par-te. Bandeira já prestou depoimento para 16 delegados da Coinpol. Só de-pois que recorreu à Justiça, passados mais de 2 anos, é que foi aberto in-quérito na CGU.

SINPOL continua perseguido

Painél do SINPOL: Reivindicações em frente à Chefi a de Polícia

tre os diretores e visitas às delega-cias, constatou-se que há necessi-dade de o SINPOL fi liar esses po-liciais mais jovens para fortalecer a entidade. Mesmo sabendo que mui-

tos deles, ao fazer curso na Acade-pol, ouviram de alguns instrutores críticas pejorativas ao Sindicato – por determinação da chefi a – ainda assim, seria bom que viessem para

o SINPOL. Há uma diretoria demo-crática que os receberá de braços abertos, disposta a ouvir as críticas, discordâncias e reclamações sobre os erros que possam ter ocorrido.

É muito importante saber as suges-tões sobre mudanças na atuação do Sindicato. Associando-se, é de legí-timo direito que concorram às pró-ximas eleições.

Todos esses policiais têm curso superior e sabem perfeitamente que só se muda uma instituição partici-pando dela. O ideal é não se inti-midarem e virem a colaborar para a união e fortalecimento da cate-goria. Desunidos, os policiais con-tinuarão a receber R$ 12 reais por refeição e R$ 100 reais de transpor-te por mês. Sem nenhuma possibi-lidade também de reduzir o parce-lamento da incorporação da Grati-fi cação de Delegacia Legal.

O SINPOL, desde a sua funda-ção, tem lutado por concursos pú-blicos para a PCERJ e também pela nomeação e posse dos aprovados e excedentes, por existirem vagas no quadro. O pequeno efetivo tem dei-xado as delegacias sem condições de fazer o seu papel primordial, que é a investigação. E sem a investiga-ção não há inquérito, nem o juiz po-de condenar os criminosos.

Visita às DPs mostra insatisfação

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Lei Geral da polícia discutida no ES

Niterói e todo estado: metade do efetivo

Luta por nomeação dos novos policiais

2 Agosto/Setembro/Outubro 2015JORNAL DO SINPOL

EDITORIAL

Policiais com AN3 e SINPOL para adquirir a segunda arma

Aron Nelly, diretor da empresa AN3 e vice-pre-sidente da Confederação de Tiro do Brasil, este-ve no Sindicato dia 2 de julho, para dar informa-ções sobre o comércio de armas, como adquiri-las, treinamento e manutenção. A empresa que dirige é especializada em importação e exportação de ma-terial controlado – armas, munição, equipamen-tos eletrônicos, entre outros – sendo cadastrada no Exército, que é a instituição que regula todo o se-tor. Já a Polícia Federal tem a delegação de suprir a demanda de porte de armas para os civis, empre-sas de segurança e até para militares. Segundo ele as pessoas que quiserem ter licença para porte de armas têm que se cadastrar e providenciar todos o documentos necessários que são muitos e sua em-presa fornece toda orientação.

São várias categorias que procuram armas: o colecionador, que tem que ser filiado a um clube; o atirador e o caçador que devem ir pelo menos duas vezes por semana, durante certo tempo, aos stan-ds de tiro.

A empresa AN3 além de treinar em stands, orientar os interessados na documentação necessá-

A 29ª Vara do Trabalho do Rio, proibiu o Sind-pol de funcionar em 3/5/2012. Seguindo a decisão da Justiça, o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, arquivou definitivamente o registro do Sindpol, publicando o ato no Diário Oficial da União de 12 de julho de 2013 – edição 133, pág. 198. Equivocadamente, o extinto Sindpol foi à Justiça Federal em Brasí-

O país passa por diversas crises, a econômica, a política e a de valores, com escândalos sucedendo-se um após outro. Depois do “mensalão”, que colocou na cadeia vários políticos, no momento, domina os no-ticiários a operação Lava Jato que enquadrou não só políticos, como donos ou executivos de empreiteiras, que também foram presos. Estes fatos levam o cida-dão comum a descrer nas instituições do país, como o Parlamento, cujos representantes não têm comporta-mento republicano. Este comportamento deveria estar pautado no respeito à coisa pública e não numa forma de auferir ganhos pessoais através de propinas.

Buscando exemplos no passado, acreditamos que a crise pode gerar soluções. Foi o que ocorreu com a de 1929 – de super produção do café – que mostrou que era preciso mudar o modelo agrário exportador vigente até então, pelo industrial, o que acabou ocor-rendo, dando condições para o Brasil se desenvolver por muitas décadas.

O que ocorre hoje é a necessidade de dar uma gui-nada no modelo econômico vigente, concentrador de renda, que deixa os pobres mais pobres e os ricos mais ricos e os bancos com lucros bilionários. Este mode-lo, baseado na exportação de commodities, já se exau-riu, principalmente neste momento em que o maior comprador de nossos produtos – a China – entra tam-bém em crise. Urge que se dê novo impulso às indús-trias do país, com medidas que revertam o processo de desindustrialização em curso.

Neste panorama, os trabalhadores são os mais pre-judicados pelos rigores do ajuste econômico. Em de-corrência, os sindicatos – que são os mais importantes instrumentos em defesa dos trabalhadores – têm que ser atuantes e organizá-los para fazer frente aos desa-fios colocados pelo cenário de crise. Quanto mais or-ganizadas e representativas as categorias, mais conse-guem auferir benefícios.

No que diz respeito aos policiais civis, que depen-dem dos governos, eles têm que participar mais do seu sindicato, fazer mobilizações para conseguir que suas reivindicações sejam atendidas, principalmente quan-do o governo do Estado passa por dificuldades, pen-sando inclusive em encaminhar a proposta orçamen-tária / 2016 com déficit, seguindo o padrão federal.

DIRETORIA EXECUTIVA 2014/2018

Crise econômica e a união dos policiais

Diretor da AN3 orienta Sindicato sobre armamento

SINDPOL DERROTADO NA 29ª VT, MTE E JUSTIÇA FEDERAL

Presidente – Leonardo Motta de Faria; vice-presidente – Álvaro Luiz; secretário adjunto – Camila Antunes de Azevedo Guedes; tesoureiro geral – Fernando Bandeira; tesoureiro adjunto – Geraldo Ferreira. Suplentes: Mário Castellano, Dayse Lourdes e Élcio Carneiro C.Júnior. Conselho Fiscal – Efetivos: Flávio Antônio Azedo do Amaral, Gilson Fernandes Franqueira e Jonathas Simples de Oliveira Júnior. Suplentes: Jorge Boaventura Ramos dos Santos, Venício Guerra e André Luigi Nunes Bazoli. Conselho de Ética e Disciplina: Renato Saldanha Alvarez, Natalício Ferreira de Araújo e Humberto Giudice Fittipaldi Filho. Suplentes: Sylvio Moreira da Silva, Gabriel Batista da Rosa e Carmelino Maranhão Rangel. Diretor Parlamentar: Edson Ramos (Edinho); e Diretor de Inativos: Ubirajara Bitencourt (Bira)

ria para cada modalidade – colecionador, atirador ou caçador – orienta ainda nos cuidados com a ma-nutenção das armas. Forma também turmas para fazer treinamento fora do país, principalmente pa-ra os que quiserem se aprimorar na defesa pessoal.

O SINPOL fez parceria com a empresa AN3 e já tem uma turma de 15 policiais que terão o apoio jurídico para saber como importar as armas que necessitarem. Mais informações, ligar para o SIN-POL e tratar com o vice-presidente Álvaro Luiz.

Luizinho, presidente do CM, entre Leonardo (E) e Bandeira

O Presidente do Sindicato, Leonardo Mot-ta e os diretores Fernando Bandeira e Álvaro Luiz, foram homenageados pelo Clube Munici-pal com moções de congratulação pelos serviços prestados à sociedade através do SINPOL, fun-dado em 1993. Na ocasião, o vereador Marcelo Piuí/PHS entregou ao presidente do Clube Mu-nicipal, Luiz Paredes, a medalha Pedro Ernesto – principal comenda da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro que é concedida às personali-dades que se destacaram na sociedade.

Clube Municipal homenageia dirigentes do SINPOL

lia – 15ª Vara Cível Federal do Distrito Federal – tentando derrubar a sentença da 29ª Vara do Tra-balho e a decisão do Ministério do Trabalho. O juiz Francisco Renato Codevila negou a liminar e julgou “extinto” o feito, sem resolução do mérito, não precisando o SINPOL de se manifestar. Esta decisão foi publicada no Diário Oficial da União dia 16 de abril de 2015.

Redação: Rua Riachuelo nº 191-A - 2º andar - Centro. CEP:20.230-010 – Tel.: (21) 2224-9571E-mail: [email protected] — Site: www.sinpol.org.br

Diretor Redação: Fernando Bandeira – Edição: Cláudio José - RG. MTE nº 31.381 - Redação: Bruno Maciel e Maria Helena - Estagiária: Gisele Martins – Fotos: Cláudio José e Bruno Maciel – Editoração e Arte Final: Fernando Teixeira

– Colaboração: Todos os Policiais Civis do RJ – Tiragem: 10 mil exemplares

Jornal do Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil do Estado do Rio de JaneiroJORNAL DO SINPOL

3Agosto/Setembro/Outubro2015 JORNAL DO SINPOL

(E) Delegados Gilbert Stivanello,Gisele Miranda, Villa Pouca, Chefe Veloso, presidente Leonardo Mota, delegada Liliane e

Fernando Bandeira

Sindicalistas de vários estados posam para foto

(E)Bandeira(RJ), Fialho(ES), Kiko(SP) Álvaro(RJ), Gayoso(BA) e Lucena(DF) mostram a Nota de Repúdio à Martha Rocha

SINPOL cobra à chefia reivindicações de 2014

Congresso no Espírito Santo debate Lei Geral da Polícia Civil

“O que for positivo pa-ra o policial civil estou den-tro”. Com essas palavras o chefe de Polícia Civil, Dr. Fernando Veloso, rece-beu diretores do Sindicato em seu gabinete no fim de maio. O SINPOL cobrou as reivindicações da categoria que são: elevação do tíque-te refeição de R$ 12 para R$ 61 p/dia e do vale transporte de R$ 100 para R$ 300 men-sais; reajuste anual da infla-ção; hospital seguro que re-ceba os policiais civis feri-dos e que se encontram em unidades públicas, entre ou-tros itens.

Representaram o SIN-POL, o presidente Leonardo Motta, o vice, Álvaro Luiz, os diretores Fernando Ban-

Policiais do Sudeste se reuni-ram em Guarapari, no Espírito Santo, entre os dias 6 e 8 de agos-to, participando do Congresso In-terestadual dos Trabalhadores Po-liciais Civis da Região Sudeste, promovido pela Confeipol – Su-deste, formada pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Compa-receram também sindicalistas do Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia e Ceará, num total de 50 dirigen-tes sindicais. Só da Feipol Sudeste foram 35 dirigentes.

Um dos principais temas de-

deira e Dayse Rocha. Pe-la chefia de polícia, o dele-gado Fernando Villa Pou-ca, chefe de gabinete, e os assessores, delegada Gise-le Miranda e delegado Gil-bert Stivanelo, e a delegada Liliane Lopes, recém em-possada na direção do novo Departamento de Recursos Humanos da PCERJ, além do delegado Fernando Ve-loso, que se juntou ao grupo após o início da reunião. O diretor Fernando Bandeira informou que as reivindica-ções são básicas, entretan-to imprescindíveis para os policiais civis, acrescentan-do que a mesma pauta com as mesmas explicações foi entregue ao secretário José Mariano Beltrame.

“Sem recursos, estamos apagando

incêndio”, diz VelosoO chefe de polícia re-

clamou que tem um quadro deficitário de apenas 10 mil policiais e a demanda só au-

batidos foi a Lei Geral da Polícia Civil – projeto nº 1949 de 2004 – que define a carreira dos agen-tes. Aprovada no Congresso, a Lei Geral poderá ser seguida por to-dos os estados da Federação, va-lorizando o policial civil. Lei de greve e aposentadoria especial também foram temas discutidos. A lei Geral da Polícia Civil segue em tramitação na Câmara dos De-putados, desde 2004. Representa-ram o SINPOL do Estado do Rio de Janeiro, os companheiros Álva-ro Luiz, vice-presidente e Fernan-do Bandeira, diretor.

menta. Em 2014 foram 836 mil ocorrências e em 2015 deve chegar a um milhão, disse Veloso ao jornal do SINPOL. Só a Polícia Ci-vil participou diretamente de 17 mil ações que resul-

taram em prisões e inquéri-tos policiais, número muito superior aos registros feitos entre 2011 e 2014. “Não te-mos verbas! Estamos apa-

gando incêndio e temos que investir em tecnologia da in-formação para oferecer um serviço de qualidade”, dis-parou Veloso.

SINPOL quer colaborarLeonardo Motta, disse que o SINPOL não foi só pe-

dir, mas colaborar com sugestões, abrindo diálogo com o comando da polícia para manter um canal permanente de comunicação com a categoria. Quanto ao tíquete, o pre-sidente lembrou que nas delegacias o preso transitório recebe diariamente R$ 60 – para café da manhã, almo-ço e jantar – enquanto o auxílio alimentação do agente – responsável pelo preso – é de apenas R$ 12 por 22 dias ao mês. O vale transporte de R$ 100 para o mês é irrisó-rio, disse o dirigente sindical.

“Portanto, o SINPOL está reivindicando R$ 61 p/dia para os policiais sendo 1 real a mais para simbolizar que o povo do Estado não pode tratar melhor o preso tran-sitório que os agentes da lei” defendeu o presidente do Sindicato.

Durante a realização do Congresso Interes-tadual, a Feipol Sudes-te aprovou por unani-midade Nota de Repú-dio à deputada estadual Martha Rocha, ex-che-fe da Polícia Civil RJ, e ao delegado Fernan-do Veloso, atual chefe da PCERJ, por fazerem permanente persegui-ção política ao comis-sário Fernando Bandei-

ra, fundador e atual dire-tor do SINPOL – Sindica-to dos Policiais Civis do

Estado do Rio de Janeiro e vice-presidente da Fei-pol Sudeste.

A nota lembra que em julho de 2013 a se-de do Sindicato foi inva-dida por nove policiais civis que prenderam, de forma arbitrária e ile-gal, sindicalistas da No-va Central Sindical que ali estavam para divul-gar o “Dia Nacional de Lutas”. Nenhum desses policiais foi até hoje pu-nido pela arbitrariedade cometida

Nota de Repúdio aprovada

4 Agosto/Setembro/Outubro 2015JORNAL DO SINPOL

Deu no Globo Niterói

Dirigentes do SINPOL conduzidos arbitrariamente Sindicalistas sendo presos pela viatura da DPMA

Efetivo pequeno, crimes em altaDelegacias de Niterói têm metade do efetivo necessário

Com esse título, a matéria, que teve co-laboração da assessoria de imprensa do Sin-pol, faz uma radiografia das delegacias de Niterói constatando que têm baixo efetivo o que prejudica as investigações, não le-vando à Justiça a maioria dos criminosos e infratores.

De acordo com levantamento feito pe-lo Sindicato, a “cidade sorriso” tem ape-nas cerca de 300 agentes em cinco delega-cias distritais, três especializadas, entre ou-tros órgãos da PCERJ. A matéria foi capa do Globo Niterói de 4 de julho último, as-sinada pelo repórter Paulo Roberto Araújo.

Na matéria, o Sindicato afirma que Ni-terói – ex-capital do Estado – tem em suas delegacias apenas metade do efetivo neces-sário para a Polícia Civil cumprir sua fun-ção de polícia judiciária, que é a investiga-ção dos crimes, principalmente de roubos e furtos, que não são apurados devidamente por falta de pessoal para investigar. Segun-do levantamento feito, a 81ª DP em Itaipu, tem 35 policiais, sete prestes a se aposen-tar. Entre os demais, sete são readaptados ao trabalho e só podem fazer serviços in-ternos. Do total do efetivo, 11 agentes são

No dia 4 de julho ocorreu a passagem do segun-do ano da invasão do SINPOL por um grupo de nove policiais civis, que quebrando a ordem legal, não só invadiu o Sindicato, como também deu voz de prisão a Sérgio Luiz, vice-presidente da Nova Central, seção Rio e mais três sindicalistas desta central, que lá estavam para mobilizar os dirigen-

mulheres, das quais cinco não vão às ruas porque estão acima dos 50 anos.

A 77ª DP em Icaraí tem 30 policiais; a 76ª DP no Centro, conta com 38 policiais, mas cinco estão de licença. A 79ª DP em Charitas tem efetivo de 17 policiais, sendo quatro prestes a se aposentar. A 78ª DP em Fonseca, que é a central de flagrantes, tem 38 agentes e seis delegados.

Procurada pelo O Globo, a Chefia de Po-lícia Civil afirmou que não pode divulgar o número de policiais que atuam em suas de-legacias, mas a subchefia administrativa in-formou que 79 peritos criminais estão pron-tos para serem distribuídos nas delegacias do Estado, inclusive as de Niterói. (Vale lembrar que nosso jornal é de distribuição interna, entregue apenas nas delegacias).

– Sem efetivo, os policiais são obriga-dos a se dedicar aos serviços burocráticos, ao atendimento no balcão. Sem policiais, as investigações não avançam. Como as dele-gacias não conseguem fazer um bom traba-lho investigativo, a Polícia Civil não con-segue convencer o juiz a manter o bandido preso – lamenta o presidente do SINPOL, inspetor Leonardo Motta.

Invasão do SINPOL – dois anos do arbítriotes sindicais para o Dia Nacional de Luta, marcado para 11 de julho de 2013.

O grupo de invasores liderado por Francisco Chao, da Delegacia de Meio Ambiente, além dos policiais, Eduardo Gouveia Lopes, Alessandre Florido, Alex de Souza Ferreira, Denílson Antonio Milianti, Fer-nando Taranta, Marta Malafaia, Rodrigo Amorim e Cosme Luis Correia, protagonizaram um triste es-petáculo de intimidação sem nenhum propósito, já que os sindicalistas lá estavam somente mobilizan-do para o evento de 11 de julho de 2013.

Interpelando os trabalhadores com a pergunta é policial? Como se a entidade pudesse receber ape-nas agentes da lei, brandindo ameaçadoramente al-gemas e ligando para a delegacia atrás de viaturas para conduzir os presos, este policial comandou um dos atos mais arbitrários que o SINPOL presenciou.

Ao que tudo indica a invasão foi determinada pela então chefe de Polícia, hoje deputada estadual, dele-gada Martha Rocha. O delegado de plantão da 5ª DP, Dr Bonfim, ao invés de registrar a ocorrência como prisão ilegal com dano moral e prender os policiais

invasores, classificou o evento como ato de atípico. Passados dois anos, apesar das denúncias do

Sindicato e registro na 5ª DP, este ato de violên-cia permanece impune. Dele existe um vídeo que mostra toda a arrogância dos invasores, estando ar-rolado no processo, e pode ser visto no site: www.sinpol.org.br

5Agosto/Setembro/Outubro2015 JORNAL DO SINPOL

Sinpol visita DPs

Álvaro, do Sinpol, mostra banheiro interditaado em DP

do Norte Fluminense

Falta piso na delegacia de Parati (167ª DP), aponta

Leonardo Motta

Policiais da 154 DP - Cordeiro - com a diretoria do Sinpol

Bancos de delegacia no noroeste Fluminense em péssimo estado IML de Campos precisando de reformas

Na gleria os oficiais de cartório, reivindicaram a posse

Com os policiais de Rio das Ostras, 128ª DP - (E) Leonardo, Álvaro e Geraldo

Falta de hospital revolta policiais

SINPOL cobra nomeação e posse de novos policiais, na ALERJ

Em visita a várias DPs da capital, Baixada Flu-minense e interior nos meses de abril a julho, o SIN-POL fez a distribuição do jornal e ouviu as reivin-dicações dos policiais. Questões como hospital pró-prio e plano de saúde com administração padrão do-minaram as reclamações dos agentes, além do au-xílio creche, vale combustível condizente com as distâncias dos policiais e seus lugares de trabalho e problemas no armamento dos policiais foram os temas mais pertinentes. O auxílio creche também foi assunto ventilado, devido ao grande número de mulheres policiais gestantes.

Revisão nas armasTambém reivindicaram que o Estado reveja seus

lotes de armas, PT. 380 e PT. 40, já que muitas apre-sentam problemas operacionais e até diferença no ano de fabricação, podendo assim colocar em ris-co a vida dos agentes. Um inspetor em estágio pro-batório, que preferiu não ser identificado, disse que a pistola PT. 40 da Taurus costuma travar em tiro

Cerca de 300 aprovados no concurso de ofi-ciais de cartório, de um total de 734, estiveram dia 18 de agosto na Alerj e cinco deles se reuni-ram com uma comissão de deputados para cobrar do governo uma data para a nomeação e posse de todo o grupo. No fim de agosto o secretário Bel-trame nomeou e empossou 100 novos oficiais de cartório. Na formatura dia 28 de julho, o secre-tário Beltrame, disse que por falta de recursos do Estado, a posse seria escalonada até janeiro de 2016. Entretanto, na reunião da comissão de candidatos com a comissão de parlamentares na Liderança do Governo, coordenada pelo deputa-do Edson Albertassi/PMDB, com a presença do

contínuo. Por isso ele e os policiais mais jovens su-gerem que lhes seja fornecida a pistola Glock. Se queixaram ainda que recebem do DFAE apenas 25 munições por ano, na base do troco. “Quando aca-ba temos que repor do próprio bolso, pois a buro-cracia para pegar novas munições é tanta que temos que comprar por nossa conta para não ficarmos des-protegidos”, disse um outro inspetor de uma dele-gacia da Zona Sul.

Delegacias sem água e teto caindoA maioria das delegacias da capital, Baixada e

interior foram visitadas. Nas delegacias do interior vários problemas foram detectados. Reboco do teto caindo, falta d’água nos bebedouros, falta de ar con-dicionado e banheiros mal conservados.

Foi verificado que além das más condições de tra-balho, as delegacias de cidades de grande área rural não possuem camionete ou outro veículo com tração nas quatro rodas, para se fazer intimação e investi-gação em fazendas ou sítios.

SINPOL, ficou estabelecido que a proposta mais viável seria convocar uma parte em setembro e a outra no início do próximo ano.

A sugestão da comissão de deputados forma-da ainda por Zaqueu Teixeira/ PT, Martha Ro-cha/PSD e Tia Ju/PRB, foi de levar uma solução ao governador Pezão até o fim de agosto. Antes da reunião da comissão, o SINPOL distribuiu o jornal da categoria nas galerias e um panfleto, apelando aos parlamentares que chamem todos os aprovados, diante do baixo efetivo da Polícia Civil, hoje em torno de 10.500 policiais, quando a Lei 699/83 – no governo Brizola – previa um contingente de 24 mil.

6 Agosto/Setembro/Outubro 2015JORNAL DO SINPOL

SINPOL consegue cela especial para investigadora

O presidente do SINPOL, Leonardo Motta, con-correu a deputado estadual nas últimas eleições. Se-gundo ele o processo eleitoral no Brasil é extrema-mente viciado, suspeitando de irregularidades que prejudicaram sua candidatura. Através de pesquisas no TRE constatou que recebeu votos em diversas zonas eleitorais.

De acordo com Leonardo os votos de amigos que votaram nele não apareceram em Duque de Caxias, São João de Meriti, Nova Iguaçu, Mesquita, Itaguai,

O SINPOL intercedeu no caso da investigado-ra Cristiane Ramos Neto, lotada na 29ª DP Madu-reira, presa em presídio comum em Bangu, ao lado de mulheres de diferentes facções criminosas, co-locando em risco sua integridade física. No presí-dio ela estava sem luz no turno da noite, sem visita de familiares, exposta a toda sorte de intimidações

O SINPOL compareceu à posse do vereador e investigador Ed-son Ramos – o Edinho, eleito pelo PMDB em 2014. O vice-presi-dente, Álvaro Luiz, representou o SINPOL na solenidade realiza-da na Câmara Municipal de Mangaratiba. Edinho tem 25 anos de polícia, é investigador de 1ª e foi nomeado pela Executiva do SIN-POL, diretor de Assuntos Parlamentares do Sindicato.

Foi aprovado na Câmara dos Deputados o PL 4330/2004 das Terceirizações que esten-de o trabalho terceirizado às atividades-fim das empresas o que será verdadeira tragé-dia para os trabalhadores. Os terceirizados recebem em média 30% menos, trabalham 30% mais, acidentam-se com mais freqüên-cia e podem ser quarteirizados, isto é, con-tratados pelo terceirizado. O PL encontra-se no Senado, renomeado como PLC 30/15, aguardando ser aprovado.

O SINPOL lamen-ta profundamente o falecimento do funcio-nário Jorge Tomé de Souza aos 47 anos, no dia 28 de julho. Trabalhou no Sindi-cato por 10 anos, com muita dedicação, dei-xando saudade.

(E) Comissário Pepe, Edinho e Álvaro

Urna Eletrônica permite fraude nas eleições

Nilópolis, Belfort Roxo, Magé, Petrópolis, Itabo-raí, Rio Bonito, Tanguá, São Gonçalo, Niteroi Ca-bo Frio, Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, Armação de Búzios, Arraial do Cabo e mesmo o seu voto em Maricá, não foi computado. Ele infor-ma que está recolhendo declarações voluntárias das pessoas que votaram nele e não tiveram seus votos apurados. Faz um apelo: se você é um des-ses, mande sua declaração para a Caixa Postal 174, Centro, Rio de Janeiro – RJ, CEP 20.010-274.

e constrangimentos. Os dirigentes do SINPOL, Le-onardo Motta e Álvaro Luiz, foram a Bangu e cons-tataram as péssimas condições do local. O SINPOL enviou expediente pedindo providências ao secretá-rio de Segurança Mariano Beltrame, que autorizou a transferência da policial para uma cela especial no presídio da PM, em Niterói.

SINPOL prestigia possede vereador policial

TERCEIRIZAÇÃO NO SERVIÇO PÚBLICO No serviço público, a terceirização

surgiu da necessidade de impedir o cresci-mento exagerado da máquina administrati-va permitindo que tarefas executivas fos-sem feitas por terceiros, mediante contrato, desde que existisse na área, empresas capa-citadas a realizar as tarefas. Os terceiriza-dos do setor público de modo geral são os contratados para os serviços de limpeza, vi-gilância e serviços temporários. Esses tra-balhadores são regidos pela Consolidação

das Leis do Trabalho, que não é regime ju-rídico adequado para atender às relações de trabalho dos servidores públicos..

O positivo na administração pública é que está sujeita ao controle externo dos Tribunais de Contas. Em reiteradas deci-sões, essas entidades vêm julgando irregu-lar a contratação de empresas para a pres-tação de serviços quando as tarefas a serem desenvolvidas já integram o elenco das atri-buições dos cargos permanentes.

7Agosto/Setembro/Outubro2015 JORNAL DO SINPOL

eram caçados por bandidos nas ruas. Mais de 20 foram assassinados quando identificados ou reagiam a possí-veis assaltos. Para alertar as autoridades sobre os bai-xos salários um grupo de policiais, com apoio de Ál-varo Luiz e do SINPOL, colocaram outdoors nas prin-cipais vias da cidade.

Hospital da Polícia funcionava, mas já estava numa pior

Em 1995, o hospital da Polícia Civil, na Praça Mauá, funcionava precariamente e recebia muitas reclamações. Baleados não conseguiam internação porque faltava es-paço físico, equipamentos médicos e material básico para os atendimentos mais graves. Cirurgias de emer-gência não eram mais feitas porque os médicos não ti-nham o material necessário. Um policial atingido com tiro na virilha teve que ser transferido para a rede pú-blica em consequência do hospital não oferecer as con-dições ideais de tratamento.

Na época, Álvaro Luiz trabalhava no setor de radio-logia do HPC e lutou para minimizar essas dificulda-des, com apoio de outros companheiros. Das duas má-quinas de Raios X, apenas uma funcionava. O proble-ma se agravou quando os policiais lotados no hospital foram transferidos por Hélio Luz, então chefe de po-lícia, para cobrir a falta de pessoal nas delegacias da Zona Norte. A imprensa noticiava todos esses proble-mas, notadamente os jornais O Dia, A Notícia, O Glo-bo e O Povo.

Comissão de policiais é recebida por parlamentares

Comissários comemoram seu dia na Alerj com a presença do SINPOL

O Dia do Comissário de Polícia foi comemorado em 30 de junho na ALERJ com a presença de vários comis-sários, convidados e autorida-des. O dia do comissário é 5 de julho, mês em que a ALERJ tem recesso e por isso a come-moração foi antecipada para 30 de junho. O presidente do SINPOL, Leonardo Motta e os diretores Fernando Bandei-ra, Jorge Boaventura, Álvaro Luiz e Daisy Lourdes presti-giaram o evento. Daisy, que

Uma comissão de policiais civis do SINPOL, in-tegrada pelo presidente Leonardo Motta, o vice Ál-varo Luiz, os diretores Geraldo Oliveira e Jorge Bo-aventura se reuniu em 14 de julho com os líderes do PMDB, deputados André Lazaroni e Edson Alber-tassi e do governo na Alerj, para discutir o reajuste do vale-refeição da categoria.

Os agentes recebem R$ 12 por dia e reivindicam que o tíquete refeição aumente para R$ 61. Alber-tassi vai se reunir com a secretária de Planejamento, Cláudia Uchôa, para discutir o impacto orçamentá-rio. “Não sei se será possível o reajuste, mas “tudo será discutido”, disse Lazaroni.

Somente após o levantamento que o SINPOL fez mostrando que o preso ganhava mais que os policiais civis, sendo matéria do Jornal Extra, dia 06/07/15, que deputados da ALERJ resolveram convocar uma comissão de policiais para dialogar com lideres do governo e pedir um reajuste na alimentação.

Álvaro Luiz, vice-presidente do SINPOL, lem-bra que o preso ganha atualmente R$ 20,00 por ali-mentação, totalizando R$ 60,00 por dia. “Nada mais justo que o Policial Civil ganhe no mínimo este va-lor” disse o sindicalista.

Na ocasião, foi entregue ofício ao deputado La-zaroni solicitando R$ 61/dia, cuja argumentação consta no final do ofício, que se segue:Na Alerj, (E) Bandeira, Franklin, Leonardo, Dayse e Álvaro

“... um cidadão preso em flagrante numa das de-legacias do estado terá como alimentação vinte re-ais no café da manhã, outros vinte de almoço e ou-tros vinte de jantar, somando R$ 60,00 (sessenta re-ais diários) e um policial civil somente ganha dos cofres públicos doze reais por apenas 21 e dois dias mensais...”

“Solicitei que os policiais deveriam receber R$ 61,00 por dia; assim, teríamos (nós policiais) um re-al a mais, se comparado com os presos”, disse o pre-sidente Leonardo Motta. Caso o governo não con-ceda o reajuste o SINPOL entrará com ação judicial para conseguir o aumento.

integra o coral da PCERJ, aju-dou a abrilhantar o ato solene. Foi entregue ao Comissário de Polícia Civil e ex-diretor do SINPOL, Franklin Berthold, a medalha Tiradentes, honraria concedida pela Alerj às pesso-as que prestam relevantes ser-viços à causa pública.

O SINPOL defende a transformação da classe de comissário em cargo, crian-do assim o Comissariado co-mo existia no antigo Estado da Guanabara.

PALHAÇO GANHA MAIS QUE POLICIALLuta do Sinpol é antiga na polícia

Álvaro Luiz (D),vice-presidente do Sinpol, conversa com o deputado, André Lazaroni

Álvaro Luiz, na greve de 2012 em Copacabana

Rosas para banhistas em IpanemaPara a causa ser simpática à sociedade, o vice-pre-

sidente, ao lado de outros colegas, distribuiu rosas às banhistas de Ipanema, invadindo, com colete e arma na cintura, as areias de uma das mais charmosas praias do Brasil.

Em 1998, os policiais enfrentavam a violência e

A atuação na Polícia Civil de nossos dirigentes sin-dicais vem de longa data. O vice-presidente, investi-gador Álvaro Luiz, desde a década de 90 vem lutan-do por melhores condições salariais e de trabalho pa-ra a categoria.

Em 1997, Álvaro denunciou que um palhaço de cir-co ganhava de duas a três vezes mais que um policial civil. Álvaro, que trabalhou como segurança de um cir-co, fala com propriedade: “o famoso palhaço Brigadei-ro ganha por semana o que eu ganhava por mês, como investigador, para defender a sociedade” – disse o poli-cial. O dono do circo, César Guimarães confirma: “não temos aqui sequer um artista que ganhe menos que o Álvaro.”– dizia o empresário a quem Álvaro protegia, juntamente com os demais integrantes do Circo Fies-ta, em São Gonçalo. Na época, os agentes protestaram na antiga sede da Segurança Pública, no Centro, hoje Chefia de Polícia Civil. A reivindicação, com o apoio do Sindicato, era de 100% sobre os salários.

Policiais de bolso vazioOutra campanha que teve o apoio do SINPOL e do

extinto Núcleo de Defesa dos Policiais foi a campanha, em 1997, com faixas espalhadas por várias delegacias “Adote um policial antes que um traficante o faça”. O objetivo da campanha era chamar atenção da popula-ção e das autoridades e mostrar as condições indignas a que estavam submetidos os policiais. Álvaro Luiz par-ticipou de todas as manifestações por melhores condi-

ções salariais e de trabalho. O ex-policial civil, Renato Ferraz, mostrou ao jornal O Dia um contracheque de apenas R$ 597 e divulgava, junto com Álvaro, a penú-ria da corporação para a população.

8 Agosto/Setembro/Outubro 2015JORNAL DO SINPOL

Associados e dependentes do SINPOL têm vários descontos. Para ter acesso basta pegar o encaminhamento no Sindicato à Rua Riachuelo, 191 – A, 2º andar, Centro.

IMP

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Tel.: 2224-9571

Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro

Convênios e Descontos

Colégio e Curso Tamandaré: Os filhos dos associados têm direito a 30% de desconto da 4ª série do ensino fundamental até o 3º ano do ensino médio. O mesmo abatimento para o curso pré-vestibular e preparatório para escolas militares, técnicas, CAP da UERJ e UFRJ. Válido para as unidades do Centro e do Méier

Academia do Concurso Público: Nos cursos prepara-tórios para concursos o desconto é de 20%. Mais informações no Tel: 2224-9571.

Faculdade e Colégio Simonsen: Vários cursos de 3º Grau com desconto entre 50% e 70% nas mensalidades

Oftalmologista: Exames oftalmológicos com 30% de des-conto são feitos no Centro do Rio e em Niterói.

Escritório Teodoro da Silva & Advogados As-sociados: oferece atendimento com desconto a ser negociado com o advogado. O referido escritório atua perante a Administra-ção Pública do Estado e na área criminal.

Atendimento dentário: Um consultório moderno para im-plantes e outros serviços com desconto de 30% está à disposição dos associados e dependentes

Desconto de 50% na ACM em várias atividades como natação, hidroginástica, voleibol, ginástica localizada, entre ou-tras.

Para associado do SINPOL desconto de 50% na ACM

MISSA LEMBRA SETE ANOS SEM LUDMILA FERNANDES

Assédio Moral no Serviço Público

Familiares e amigos da oficial de cartório policial, Lud-mila Maria Fernandes, morta por marginais em Piabetá, dia 4 de agosto de 2006, compareceram à missa de sete anos na Igreja Santa Rita, no Centro do Rio. Ludmila era associada ao SINPOL e trabalhava na 22ª DP - Penha. A policial tinha apenas 24 anos e estava grávida. O culto foi celebrado pelo padre Wagner Toledo, que é capelão do Corpo de Bombei-ros.

Padre Wagner conclamou os fiéis a pregarem a fé, a paz e a solidariedade com amor em Cristo para enfrentar as ad-versidades da vida. Também pediu aos católicos que “sejam santos, mesmo que bebam de outras fontes”.

A advogada Zoraide Vidal, mãe de Ludmila, e a filha Gláucia Vidal estavam na primeira fila. Pelo SINPOL, com-pareceram o presidente Leonardo Motta, o diretor Fernando Bandeira e o assessor de imprensa, Cláudio José.

(Violação da Dignida-de Humana)

O assédio moral é uma praga que deve ser com-batido. Infelizmente, a hu-milhação repetitiva e pro-longada tornou-se prática quase que considerada na-tural no serviço público: federal, estadual e muni-cipal.

A Lei nº 3921/2002, do Estado do Rio de Janei-ro, pioneira no tema, no art.2º, define assédio mo-ral como :

“Considera-se assédio moral no trabalho, para os fins do que trata a presen-te Lei, a exposição do fun-cionário, servidor ou em-pregado a situação humi-lhante ou constrangedora, ou qualquer ação, ou pa-lavra gesto, praticada de modo repetitivo e prolon-gado, durante o expedien-te do órgão ou entidade, e,

O Sindicato mantém convênio com a Associação Cristã de Moços do Brasil – ACM, na Rua da Lapa, nº 86. Os asso-ciados e dependentes poderão fazer aulas de ginástica, nata-ção, hidroginástica e praticar esportes de quadra. Dos 25 aos 34 anos ou acima dos 60, o pacote pleno é R$ 163 mensais e com o desconto chega a R$ 81,50. Já na faixa etária de 35 a 59 anos, a mensalidade é de R$ 199 e com desconto cai para R$ 99. Os jovens de 21 a 24 anos pagam R$ 120 e associado ao Sindicato R$ 60. Aqueles que quiserem fazer musculação pa-gam mais R$ 34. Os interessados podem pegar o encaminha-mento na Rua André Cavalcanti, nº 128 - Centro.

Famíliares, amigos e mães de vítimas da violência compareceram

Piscina olímpica- natação e hidroginastica

por agente, delegado, che-fe ou supervisor hierár-quico ou qualquer repre-sentante que, no exercício de suas funções, abusando da autoridade que lhe foi conferida, tenha por ob-jetivo ou efeito atingir a auto-estima e a autodeter-minação do subordinado, com danos ao ambiente de trabalho, aos serviços prestados ao público e ao próprio usuário, bem co-mo, obstaculizar a evolu-ção da carreira ou a esta-bilidade funcional do ser-vidor constrangido.

Um dos elementos es-senciais para a caracteri-zação do assédio moral no ambiente de trabalho é a reiteração da condu-ta ofensiva ou humilhan-te, uma vez que, sendo es-te fenômeno de natureza psicológica, não há de ser um ato esporádico capaz de trazer lesões psíquicas à vítima”.

Assim, um só ato, em regra, ficaria no caso de dano moral, se for o ca-so. Logo, nem todo dano à personalidade configura o assédio moral.

Ao nosso sentir con-ceituamos assédio moral como:

“ Toda conduta reite-rada dos agentes públi-cos, no âmbito da Admi-nistração, que deterioran-do o ambiente de trabalho e qualidade no serviço, viola a dignidade humana ou/e a integridade física e emocional dos servidores públicos. Assédio Moral no Serviço Público ( Vio-lação da Dignidade Hu-mana, FERRAZ, Renato Otávio da Gama, p.130.Saraiva.com. Amazon.com e Agbook.com)

Vale lembrar que a conduta não prescinde, para o molde legal, que haja violação da integri-dade física e emocional do servidor. Basta o elemento normativo “ conduta rei-terada”, viola a dignidade humana”.

Entre outras deteriora-ções das relações de traba-lho, destacamos a exigên-cia de tarefas com prazos impossíveis, a sobrecarga de trabalho, o desvio de função.

O assunto é muito re-levante. Está na ordem do dia. Urge medidas concre-tas para prevenir e com-bater os graves casos de Assédio Moral no serviço público- Violação da Dig-

nidade Humana e, após, o devido processo legal pu-nir o assediador; até com demissão, responsabili-zando o Estado- Admi-nistração, pela conduta ímproba, ilegal, imoral e inconstitucional, de seus agentes públicos.

Por isso, quebre o si-lêncio. Procure o seu sin-dicato! Denuncie!

RENATO FERRAZ é ex-policial civil, professor de Direito Constitucional e Administrativo da Escola de Administração Judiciária do TJRJ, é autor do Manu-al do Estatuto dos Servidores do Estado ( Como Estudar e Passar!), Assédio Moral no Serviço Público ( Violação da Dignidade Humana, Es-tatuto dos Servidores do Es-tado ( Como Estudar e Pas-sar!), Direito Constitucional (Como Estudar e Passar!), Direito Administrativo (Co-mo Estudar e Passar!), Qua-se Feliz.