8
Tal como José Maria Moya e Da- niela Silva nos in- fantis, os Cam- peonatos Nacio- nais de Cadetes consagraram ven- cedores com cur- rículo de cam- peões nos esca- lões anteriores. Mas tanto Frederico Silva como Patrícia Martins só fizeram jus ao estatuto de favori- tos após muita abnegação e perante adver- sários com um ténis mais ofensivo – Vasco Mensurado e Joana Valle-Costa. Campeonatono Jamorsem dinheiroecomdesfalques Nacional deSub-16 com campeõesda humildade O Estádio Nacional volta a ser, para a semana, palco do Campeonato Nacional Absoluto – que, à semelhança do ano passado, se apre- senta desfalcado da maior parte dos jogadores, sem prize-money e com alguns atletas forçados a jogar em virtude de protocolos com a Federa- ção Portuguesa de Ténis. A previsão. CARLOS RODRIGUES PRÓXIMA EDIÇÃO 17 de setembro Este número do Jornal do Ténis/Record faz parte integrante do n.º 11.468 de 3 de setembro de 2010 e não pode ser vendido separadamente Michelle Brito silenciada Frederico Gil cai perante o gigante Isner Michelle Brito silenciada Frederico Gil cai perante o gigante Isner FERNANDO CORREIA RUI OLIVEIRA

Jornal do Ténis - 3/09/2010

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Jornal do Ténis - 3/09/2010

Citation preview

Page 1: Jornal do Ténis - 3/09/2010

Tal como JoséMaria Moya e Da-niela Silva nos in-fantis, os Cam-peonatos Nacio-nais de Cadetesconsagraram ven-cedores com cur-rículo de cam-peões nos esca-lões anteriores.Mas tanto Frederico Silva como PatríciaMartins só fizeram jus ao estatuto de favori-tos após muita abnegação e perante adver-sários com um ténis mais ofensivo – VascoMensurado e Joana Valle-Costa.

CampeonatonoJamorsemdinheiroecomdesfalques

NacionaldeSub-16comcampeõesdahumildade

O Estádio Nacional voltaaser, paraasemana,palco do Campeonato Nacional Absoluto –que, àsemelhançado ano passado, seapre-sentadesfalcado damaiorpartedos jogadores,sem prize-money ecom algunsatletas forçadosajogarem virtudedeprotocoloscom aFedera-ção PortuguesadeTénis. Aprevisão.

CARL

OSRO

DRIG

UES

PRÓXIMAEDIÇÃO

17 de setembro

Este

núm

ero

doJo

rnal

doTé

nis/

Rec

ord

faz

parte

inte

gran

tedo

n.º1

1.46

8de

3de

sete

mbr

ode

2010

enã

opo

dese

rven

dido

sepa

rada

men

te

MichelleBritosilenciada

FredericoGilcaiperanteogigante

Isner

MichelleBritosilenciada

FredericoGilcaiperanteogigante

Isner

FERN

ANDO

CORR

EIA

RUIO

LIVE

IRA

Page 2: Jornal do Ténis - 3/09/2010

02 Sexta-feira, 3 de setembrode2010

TÉNISNATV

Talentosdesperdiçados

Match-point JOÃO LAGOS

CHICOTADA.Têm sido mui-to agitadas as últimas sema-nas do ténis português. Umrepresentante luso em “pri-me time” nos Estados Uni-dos, um controlo antidopingque espantou uma jogadoraem Corroios e, sobretudo,novidades no rumo técnicode alguns dos melhores te-nistas nacionais. Pedro Sou-sa abandonou o viveiro do

CETO para passar a ser trei-nado por Manuel Costa Ma-tos no âmbito da estruturamontada pelo seu pai no CIFe Rui Machado também dei-xou o núcleo de João Cunhae Silva para ficar à guardaexclusiva de alguém que, pe-los vistos, terá menos dispo-nibilidade para ser meucocomentador no Eurosport:Bernardo Mota, com quem

o algarvio já havia trabalha-do no Lagos Team aquandodo seu regresso a Portugal.E com a saída dos seus me-lhores parceiros de treino,fica a grande questão: comoé que Frederico Gil, que decerto modo sugava as ener-gias do grupo devido ao es-tatuto entretanto adquirido,irá reagir à perda das siner-gias de treino? �

LIVREARBÍTRIO

MIGUELSEABRA

Director: João Lagos. Director adjunto: Rui Oliveira. Editores: Miguel Seabra (JT) e Norberto Santos (Record). Redacção: Manuel Perez, Pedro Carvalho e Carlos Figueiredo.Fotografia: Fernando Correia (editor JT), Paulo César (editor Record) e Gianni Ciaccia. Departamento Gráfico Record: Eduardo de Sousa (director de arte), João Henrique,José Fonseca e Pedro Almeida (coordenadores gráficos), Cristiano Aguilar (editor Infografia) e Nuno Ferreira (coordenador digitalização).Redacção e Publicidade: Rua da Barruncheira, 6, 2790-034 Carnaxide Telefone: +351 21 303 49 00. Fax: +351 21 303 49 30. E-mail: [email protected]

A parábola das sortes diferentesdo aldeão que tropeça em algoque brilha numa estrada poei-renta, mas logo deita fora pen-

sando não ser mais do que uma pedra,enquanto o joalheiro que vem mais atrásreconhece de imediato um diamante porlapidar que transforma para sempre asua vida, é velha como o tempo masatual como nunca. Com tantos anos devida e quase todos eles vividos intensa-mente no mundo do ténis, vêm-me à me-mória os vários talentos nacionais queacabaram por não se confirmar e vingarno ranking mundial, o mais fiel de todosos barómetros. E das três uma: ou se tra-tou de falsos alarmes, ou falta de empe-nhamento dos próprios … ou incompe-tência de quem os orientou.

Quando recordo com amargura e enor-me frustração os vários “diamantes” quenão conheceram a luz do estrelato, cons-tato que, de facto, não é fácil juntar dia-mante e joelheiro. É mesmo quase obrado acaso. E diamante sem joelheiro/lapi-dador… não chega a reluzir. De vez emquando emerge um talento, por regra nas

“mãos” de alguém que, mesmo que lhereconheça especial qualidade, não tem ca-pacidade para o lapidar. É o processo nor-mal em qualquer sítio do Mundo, onde amassa crítica é trabalhada por centenas emilhares de técnicos, mas o problema éque os verdadeiros lapidadores são tão ra-ros quanto os talentos… e poucas as ve-zes em que estes lhes são confiados.

Porquê? A realidade é simples e dolo-rosamente cruel. Quem decide o caminhode tais talentos em tão tenra idade são ospais e/ou os técnicos que os acompa-nham. Ora, os técnicos em causa, sejaporque não conseguem reconhecer a suainabilidade para os levar ao estrelato (atéporque de ténis percebem eles!) seja por-que não conseguem prescindirda “boleia”que os poderá retirar também eles do ano-nimato, dificilmente os encaminham paraquem de direito. E os pais, ou são eles ospróprios técnicos e mais dificilmente pres-cindem da sua tutela técnica, ou não têmconhecimentos para reconhecer que obom professor que acompanhou o filho/ana escola não o poderá levar à licenciatu-ra, ou simplesmente não se conseguem li-

bertar da influência do professor de sem-pre e impor nova orientação técnica.

Quanto aos próprios jovens, infelizmen-te não têm conhecimentos para se aper-ceberem de que já estarão num processode estagnação, ou se percebem (ou des-confiam) não têm autoridade nem meiospara se impor, e quando têm voz ativa osmeses/anos de estagnação a que foram su-jeitos já lhe terão sido fatais.

O que fazer então para levar o diaman-te ao lapidador? Continuar a deixar aoacaso do destino, ou à sorte (rara) depais inteligentes e capazes de decidir nomomento certo? Ou criar formas de “na-cionalização” de tais talentos, retirando-os à tutela paternal e influência técnicavigente? Se as primeiras são soluções decontínua frustração, a segunda é utópi-ca em sociedades de direito! Contudo eno mínimo, a falta de recursos financei-ros não poderá ser impedimento dospais. Ou existe estrutura técnica nacio-nal especializada à altura, ou se for pre-ciso ir buscar o “melhor treinador doMundo”, serei o primeiro a contribuir fi-nanceiramente para tal desígnio. �

CARL

OSRO

DRIG

UES

Nota: a programação é fornecida pelos respectivos canais, pelo que quaisqueralterações de última hora são da inteira responsabilidade dos emissores.

EUROSPORT3/09 2:00h-7:30h US Open – 4º Dia

7:30h-8:00h Game, Set and Mats8:00h-14:30h US Open – 4º Dia14:30h-15:00h Game, Set and Mats16:45h-7:30h US Open – 5º Dia

4/09 7:30h-8:00h Game, Set and Mats8:30h-10:45h US Open – 5º Dia10:45h-11:15h Game, Set and Mats16:45h-7:30h US Open – 6º Dia

5/09 7:30h-8:00h Game, Set and Mats8:30h-10:15h US Open – 6º Dia10:15h-10:45h Game, Set and Mats17:00h-7:30h US Open – 7º Dia

6/09 7:30h-8:00h Game, Set and Mats8:00h-10:15h US Open – 7º Dia10:15h-10:45h Game, Set and Mats15:45h-16:15h Game, Set and Mats16:15h-7:30h US Open – 8º Dia

7/09 7:30h-8:00h Game, Set and Mats8:00h-11:15h US Open – 8º Dia11:15h-11:45h Game, Set and Mats16:45h-7:30h US Open – 9º Dia

8/09 7:30h-8:00h Game, Set and Mats12:15h-12:45h Game, Set and Mats16:45h-7:30h US Open – ¼ Final

9/09 7:30h-8:00h Game, Set and Mats10:30h-12:15h US Open – ¼ Final Femininos12:15h-12:45h Game, Set and Mats16:45h-4:00h US Open – ¼ Final Masculinos

10/09 7:30h-8:00h Game, Set and Mats10:30h-12:15h US Open – ¼ Final Masculinos12:15h-12:45h Game, Set and Mats16:45h-18:10h US Open – ¼ Final Masculinos18:10h-18:40h Game, Set and Mats18:45h-23:00h US Open – ½ Finais Femininas23:00h-23:30h Game, Set and Mats23:30h-0:30h US Open – ¼ Final Masculinos

11/09 7:30h-8:00h Game, Set and Mats10:00h-12:15h US Open – ½ Finais Femininas12:15h-12:45h Game, Set and Mats16:45h-23:00h US Open – ½ Finais Masculinas23:15h-0:45h US Open – ½ Finais Femininas

12/09 0:45h-2:30h US Open – Final Feminina7:30h-7:45h Game, Set and Mats20:00h-20:45h US Open – Final Feminina20:45h-21:00h Game, Set and Mats21:00h-0:30h US Open – Final Masculina0:30h-0:45h Game, Set and Mats

13/09 7:45h-8:30h US Open – Final Masculina13:30h-14:30h US Open – Final Masculina

6/09 21:30h-22:30h Resumo Vale do Lobo Grand Champions7/09 15:30h-16:30h Resumo Vale do Lobo Grand Champions8/09 21:00h-21:30h ATP World Tour Uncovered9/09 16:20h-16:50h ATP World Tour Uncovered

3/09 13:00h-14:00h Wimbledon – Filme Oficial 201014:00h-14:30h ATP World Tour Uncovered

4/09 14:50h-15:20h ATP World Tour Uncovered5/09 0:30h-1:30h Resumo Vale do Lobo Grand Champions

Page 3: Jornal do Ténis - 3/09/2010

03Sexta-feira, 3 de setembrode2010

CAMPEÕESCOMESEMPRIZEMONEYANO PRIZE MONEY LOCAL CAMPEÃO CAMPEÃ2000 € 25 000 Lisboa (Monsanto) Emanuel Couto Ana C. Nogueira2001 € 15 000 Estoril Nuno Marques Frederica Piedade2002 € 10 000 Estoril Bernardo Mota Frederica Piedade2003 Não houve Carcavelos Leonardo Tavares Neuza Silva2004 € 25 000 Porto Santo Frederico Gil Ana C. Nogueira2005 € 10 000 Évora Rui Machado Magali de Lattre2006 € 25 000 Estoril Frederico Gil Neuza Silva2007 € 25 000 Estoril Frederico Gil Neuza Silva2008 € 20 000 Estoril Rui Machado Neuza Silva2009 Não houve Carcavelos Gonçalo Pereira Maria J. Koehler2010 Não há Lisboa (Jamor) ? ?

MANUEL PEREZ

� A crise continua a viver paredesmeias com a Federação Portuguesade Ténis, ainda por cima quando arespetiva direção chamou a si o direi-to de considerar 2010 como “O Anodo Ténis”. Mas não deve ser à custados meritórios resultados desportivosde alguns (poucos) esforçados que sedeve escamotear o outro lado, nega-tivo, da nossa modalidade.

Mas essas são contas de outro ro-sário. Aqui o que está em causa é aantevisão ao 86.º Campeonato Na-cional Absoluto, cujo início estáagendado para segunda-feira. A pro-va rainha do calendário da FPT – adisputar-se no Jamor, pela primeira

vez neste novo milénio – não distri-bui qualquer prize money, pelo se-gundo ano consecutivo. Razão maisdo que suficiente para afastar asnossas figuras de proa.

Exceção?Convém sempre recordarque existe uma parceria entre a FPTe a School Eventos, que pôs este anoem marcha um circuito de 12 tor-neios. Apenas um deles não tem pré-mios monetários: o Campeonato Na-cional Absoluto. Logo aquele que,por incrível que pareça, deveria ser o“must” desse circuito. Principalmen-te se for tida em conta a existência deum ranking cuja edição final implicaa passagem pelo “Absoluto”, demodo a que três jogadores e outrasjogadoras possam aceder a um bónusno valor total de 7 mil euros.

Perante o descrédito criado em re-dor de um campeonato que terá ape-nas o condão de fazer entrar na his-tória os respetivos campeões, impor-ta recuperar a urgência da alteraçãoda data. Algo a que a própria FPTmostrou recetividade, durante a edi-ção de 2008, vendo com bons olhosuma antecipação para a véspera doEstoril Open (abril). O tempo passae o campeonato definha…

In & out.No Estádio Nacional, Ma-ria João Koehler e Magali de Lattreserão as únicas atletas presentes queintegram o núcleo dos(as) abrangi-dos(as) pelas Bolsas de Apoio à Alta

CampeonatoNacionalAbsoluto

TITULAR. Maria João Koehler, campeã em 2009, será protagonista

Pereira defende título de 2009

Acompetiçãoperdecréditofaceàausênciadas

principaisfiguras

REGRESSOÀSALADEVISITASDOTÉNISPORTUGUÊS…MASNOVAMENTESEMPRIZEMONEY

�Atendendo à rodagem no circui-to internacional e aos respetivosrankings, Gonçalo Pereira (824.ºATP) e Maria João Koehler (428.ªWTA) são sérios candidatos a repe-tir os títulos alcançados no ano pas-sado, em Carcavelos. O engenhei-ro mecânico e atleta do CETO ga-nhou enorme mediatismo após seter sagrado campeão aos 25 anos,impondo-se na final ao madeirenseMartim Trueva, que volta a partici-par no “Absoluto”.

Mas é do qualifying que pode sur-gir um perigoso outsider: Miguel Al-meida. Após ano e meio a recupe-rar de uma lesão no pulso esquer-do, o ex-campeão nacional de Sub-

12, 14 e 16 pediu um wild card paraa fase de qualificação, quando tinhatodo o direito de o fazer para o qua-dro principal, ainda por cima depoisde ter ganho, na semana passada, oOpen de Corroios – torneio com omais elevado prize money (€ 8.000)do calendário FPT – ao dominar nafinal Francisco Dias (inscrito noqualifying), medalha de bronze noúltimo Europeu de juniores.

Economista.Miguel Almeida expli-cou “não fazer grande sentido” so-licitar um convite para o quadroprincipal, considerando ser “impor-tante rodar em terra batida”, super-fície na qual não voltou a competir

oficialmente depois da lesão que searrastou de fevereiro de 2009 até aomês passado. Concluída a passagempelo “Absoluto” o segundo melhoraluno da história de quase oito dé-cadas do Colégio St. Julian’s (Car-cavelos) vai cursar Economia numauniversidade inglesa.

Para além de Maria João Koehler, aoutra grande candidata é Magali deLattre (406ª WTA). A luso-suíça foicampeã em 2005 e vice em 2004,atingindo sempre as meias-finais nasoutras presenças (2003, 2006, 2007e 2009), à exceção de 2008 quandofoi surpreendida logonaprimeira ron-da, por uma tal Maria João Koehler epor inesperados 6-3 e 6-0. �

GONÇALOPEREIRAEMARIAJOÃOKOEHLERPODEMBISAR,MASHÁOUTROSCANDIDATOS

CandidatoseoutsidersFALHOUANTIDOPING

RitaFreitasestásuspensa�Atual vice-cam-peã, Rita Freitasestá suspensa pre-ventivamente pelaFPT, depois denão ter compare-cido a um contro-lo antidoping, nopassado sábado,após as meias-fi-nais disputadas noOpen de Corroios. A lista de ins-critas para o Nacional Absoluto,divulgada na passada segunda-feira, não incorpora a ex-campeãnacional de Sub-14, 16 e 18, quetinha previsto atuar no estrangei-ro na mesma semana. �

Competição (BAAC). Neuza Silvajustificou a ausência com a lesão numjoelho e não sabe quando pode re-gressar à competição.

Os restantes elementos que com-põema listadaBAACnãoparticipamno Jamor. Ei-los: Frederico Gil, RuiMachado, João Sousa, Pedro Sousa,GastãoEliaseMichelleLarcherdeBri-to. Alguns explicaram atempadamen-

teas razõesda renúncia, tendosidoasmesmasaceitespelaFPT,podendoemalgumassituações sofrerumareduçãode 40 por cento no valor total daBAAC. Outros, pura e simplesmente,nãoofizeram,deixandodeusufruirdatotalidade do subsídio. Quem nãoconsta, até à presente data, da lista(provisória)publicadapelaFPTnoseusite é Leonardo Tavares. �

FERN

ANDO

CORR

EIA

FERN

ANDO

CORR

EIA

FERN

ANDO

CORR

EIA

FERN

ANDO

CORR

EIA

Page 4: Jornal do Ténis - 3/09/2010

04 Sexta-fei

�Ainda não foi desta que FredericoGil passou a primeira ronda deummGrand Slam – ao ser batido porJohn Isner (20º ATP), pelos parciais de6-4, 6-3, 6-4 ao cabo de duas horas.

Um par de “smashes” (ou, podemesmo dizer-se, penáltis!) falhados noprimeiro set, acabou por retirar alen-to a um arranque bem conseguido doportuguês. De facto, Gil entrou a acre-ditar que podia surpreender, muitoembora se deva dizer que da famosalesão no tornozelo do gigante da Ca-rolina do Norte nada se viu, pelo me-nos aparentemente: o opositor, quenunca teve como ponto forte a mobi-

lidade, mexeu-se o su-ficiente e tirou partidoda estatura através dapancada que o tem ce-lebrizado – o serviço.Dezanove ases e 92%de pontos ganhos noprimeiro saque ilus-tram a máquina de me-ter a bola em jogo emque se tornou. Para

além da potente direita, claro.

Estatura.“Ele mexeu-se muito bem etira partido da estatura, abrindo ângu-los a que não estamos habituados. Jáhavia defrontado o Ivo Karlovic, maso Isner é mais difícil porque a estraté-gia consiste em impedir trocas de bo-las longas, as respostas são fulminan-tes e, apesar de ter entrado com a in-

tenção de ser agressivo nas jogadas,para tal tem de haver trocas de bolase isso não aconteceu”, resumiu Gilapós o duelo entre David e Golias…com desfecho inverso ao da Bíblia.

No segundo set, Gil acusou animi-camente a perda – de forma um tan-to inglória – da partida inicial e nãoconseguiu alterar o rumo dos acon-tecimentos. No terceiro, retomou aconcentração e voltou a dar boa ré-plica. Foi sempre ganhando o seu ser-viço e evidenciou paciência, tentan-do desgastar o adversário, mas a ver-dade é que, devido aos impressionan-tes 2,06 m de altura, qualquer bolamais alta dava direito a um verdadei-ro “coice” por parte daquele que éconhecido por “tree” (árvore…).

Estatística.A média dos primeirosserviços de Isner atingiu os 200 km/h(170 km/h nas segundas bolas), tor-nando complicado responder de for-ma jogável – sobretudo porque os re-gistos não incluem o ângulo inverosí-mil dos saques disparados; a uma al-tura de três metros e meio (com a ex-tensão do braço, a raqueta e a impul-são!) nem o tremendo efeito que talalavanca proporciona.

Sem ter desfrutado de qualquerbreak point, Gil deu a réplica possívele tem razão para estar contente, poisnão podia ter feito mais num cenáriocompreensivelmente montado para fa-cilitar a passagem de Isner à ronda se-guinte do maiorevento tenístico do seupaís: o encontro realizou-se o mais tar-de possível para uma primeira elimi-natória, em prime time (as famosassessões nocturnas) e, claro, perante onacionalismo exacerbado do públicodo Louis Armstrong Stadium... ��

PortuguesesnoUSOpen

NONODESAIRECONSECUTIVOEMEVENTOSDOGRANDSLAMPERANTEUMA“TORRE”QUEAFINALNÃOV

“Árvore”norte-americanafoi

demasiadoaltaparaonúmero1nacional

ENVIADOS

RUI OLIVEIRA,ENVIADO ESPECIAL

A NOVA IORQUE

�O treinador português, AntónioVan Grichen, presença assídua nocircuito mundial, virou-se recente-mente para o “milagre” chinês – de-pois de ter deixado de trabalhar deforma consistente com ViktoriaAzarenka no final do ano passadoe após breves períodos com VeraZvonareva e Sorana Cirstea atéuma impeditiva lesão cervical o terobrigado a tratamento mais de doismeses em Portugal. Contratadocomo consultor da federação chi-nesa, tem estado a viver em Beijing,no Centro Olímpico, onde vemdesenvolvendo o seu trabalho em

prol de um desígnio nacional que éo de “fabricar” campeões de “olhosem bico”. Advinha-se uma tarefadifícil, não apenas pela morfologiadominante de uma raça onde acompleição física não é seguramen-te um dos seus principais atributos,mas também porque existem as ad-versidades normais de um ociden-tal naquelas paragens.

“As condições de trabalho são óti-mas, têm boas instalações e desta-caram um tradutor para estar nocorte comigo, o que facilita o con-tacto. Por outro lado, como o quenão falta é quantidade nas camadas

mais jovens, um trabalho sistemáti-co deverá resultar no aparecimentode potenciais bons jogadores, masa vida lá não é fácil: a alimentaçãoao fim de algum tempo torna-se di-fícil para um ocidental; o ar é mui-to poluído e basicamente ninguémfala inglês...” António Van Grichentem a possibilidade de renovar oacordo com as autoridades chine-sas que termina precisamente nes-te US Open, mas está a ponderaroutras hipóteses fora da China. Fi-cou a convicção de que, perante ascontingências, se puder irá optarpor outros projetos. �

ANTÓNIOVANGRICHENREGRESSOUAOCIRCUITOAPÓSLESÃOESOBOSIGNOCHINÊS

Van Grichen trabalha na China

Técnicoabertoaoutrosprojetos

RUIO

LIVE

IRA

RUIO

LIVE

IRA

LUTA. Gil ofereceuexcelente réplicano primeiro set frenteao número 20 do ATP

Gilfezopossív

Page 5: Jornal do Ténis - 3/09/2010

05ra, 3 de setembrode2010 PortuguesesnoUSOpen

VACILOU

RUIO

LIVE

IRA

�Após três triunfos na fase de quali-ficação, Michelle Brito não foi capazde se manter na senda das vitórias eacabou eliminada na primeira rondado quadro principal do US Open pelaindiana Sania Mirza – também elauma sobrevivente do qualifying, mascom um currículo bem melhor noWTA Tour – em dois pequenos sets(6-3, 6-2) e nos quais se revelou estra-nhamente conformada com o rumodos acontecimentos.

Acabou por ser uma prestação par-ticularmente pobre da portuguesa que,após o encontro, corroborando que ti-nha jogado muito mal, apenas encon-trou como justificação a opinião deque “perder acontece a todos, mesmoaos melhores do Mundo”!

Estagnação. A verdade é que, poraquilo que se pôde observar, Michelleenfrenta uma dificuldade muito maior,a da estagnação. E o facto de não de-fender os pontos relativos à passagemà segunda ronda na edição de 2009 vaifazê-la baixar um pouco mais no

ranking e atirá-la para o fim do top200, dificultando não só a sua entra-da em quadros principais até de even-tos menos cotados como também defases de qualificação.

No que diz respeito ao seu jogo pro-priamente dito, e para além do servi-ço, compartimento de jogo no qualtem trabalhado com alguns resultadospalpáveis, não se vislumbra qualquermelhoria substancial –ou, melhordito,não se nota um “safanão” para que asua carreira não entre num beco semsaída. É que frente a Sania Mirza, queaos 24 anos já tem alguma experiên-cia, mas cujo ranking acusa um mo-desto lugar 159 na tabela e que ulti-mamente tem dado mais que falar de-vido ao seu hipermediático (na Índia)casamento, Michelle não foi capaz devariar o jogo ou, inclusive, de tentarcontrariar aquilo que podemos rotu-lar de “caminhada para o abismo”.Para além da indiana apreciar particu-larmente jogar a um ritmo elevado.

Manutenção.“Está a ser um ano di-fícil para mim”, desabafou Michelle.“Ainda por cima, enquanto as minhasadversárias jogam 30 semanas porano, apenas posso jogar 16 torneios,

cerca de metade (nr: o WTA Tour, aoabrigo da sua política de proteção dejogadoras jovens, limita o número detorneios em que podem participar)”,sustentou a lusa, recusando liminar-mente qualquer alteração substancialno seu acompanhamento técnico –que continua a ser proporcionadopelo seu pai, António.

Assim sendo, diferente foi mesmoo facto de, durante todo o encontro,não ter soltado uma única vez o famo-so grito quando bate na bola. Como

nunca havíamos presenciado um jogode Michelle sem os rugidos que a tor-naram célebre no ténis, ensaiámos apergunta: “Hoje, nunca gritou, seráque está a fazer um esforço para aban-donar a imagem de marca?” A respos-ta foi imediata: “Nem dei por isso, foiseguramente uma reacção natural docorpo que hoje entendeu não soltar ohabitual rugido.” E acrescentou à im-prensa internacional: “São dias; nãovou mudar, vou gritar tão forte quan-to puder, ninguém me vai parar”. �

MUDA. Portuguesa despediu-se de Flushing Meadows sem gritarias

MICHELLEBRITOATUOU“SILENCIADA”ESEMCHAMAPERANTESANIAMIRZA

MichelleBritofalhoudefesadospontosde2009eficará àbeiradecairdotop200

� Mentor da passagemde Michelle Brito para asua Academia de Braden-ton quando tinha apenas9 anos, Nick Bollettierianalisou o encontro daportuguesa de modo su-cinto: “É impossível der-rotar uma adversáriacomo Sania Mirza baten-do todas as bolas de cha-pa.” À pergunta sobre oaconselhamento técnicoda jogadora, o passing-shot foi fulminante: “Como com-preenderá, sobre esse tema, não digouma palavra.” Para bom entendedor,

meia palavra basta... em-bora sejam de recordaras palavras do antigo mi-litar em Wimbledon,quando ao JT afirmou:“Michelle quis o pai”.

Mas o velho guru do té-nis mundial utilizou pala-vras, e nomes, numacom-paração interessante facea outras jogadoras quepassaram pela Academia:“A Michelle não é Shara-pova, não é Seles, não é

Serena. Quem ela me faz recordar éAnna Kournikova – porque é uma ra-pariga cheia de vida, tal como ela.” �

RECUSACOMPARAÇÕESCOMSHARAPOVA,SELESOUSERENA

Futuro continua incerto

RUIO

LIVE

IRA

OUTRAVEZAMESMAPERGUNTA

EoquefazeragoraMichelle?�Quando abordámos diretamen-te a jogadora sobre a eventualida-de de um acompanhamento técni-co diferente, goradas que foram ashipóteses de ter um treinador atempo inteiro, quer em Bradentonquer na academia parisiense de Pa-trick Mouratoglou onde, há preci-samente um ano, estava de contra-to assinado, Michelle foi clara:“Acho que o meu pai é um excelen-te treinador, ninguém me conhecemelhor do que ele, eu também nãosou fácil e ele tem capacidade parame aturar, vou continuar com ele”.

Este discurso não foi diferentedaquele que a jogadora vem repe-tindo incessantemente, recusandoliminarmente outras soluções. Noprograma de Michelle segue-seum torneio no Canadá e a partici-pação nalguns Challengers paratentar manter o ranking e, depois,férias na Florida ou na África doSul, antes do início da próximaépoca – na qual já poderá jogarsem restrições no que diz respei-to ao número de torneios.

Bicicleta.Fica assim para a histó-ria uma prestação no US Open de2010 que foi sobretudo razoávelnas qualificações – onde Michellebateu sucessivamente a checaPliskova por um duplo 6-4; a bie-lorrussa Yakimova por uma sur-preendente “bicicleta” (6-0, 6-0) ea russa Alexandra Panova em trêssets (2-6, 6-3, 6-3), antes de claudi-car frente a Sania Mirza no quadroprincipal. Notou-se um pouco maisde consistência no serviço… mas,de resto, nada mais do que as ma-leitas de sempre: um jogo monocór-dico, sem variações e sem qualqueresboço de imaginação, apenas umamáquina (desta feita mal regulada),de bater na bola.

Resta dizer que o moral, afinalum dos seus pontos fortes, pareceinabalável de certezas que mais nin-guém vislumbra – numa altura emque gostávamos mesmo era de ou-vir um grito de revolta ao atual es-tado de coisas... ��

RUIO

LIVE

IRA

GRUPO. Frederico esteve acompanhado em Nova Iorque peloseu técnico João Cunha e Silva e pelo preparador físico JoãoCarvalho. Um trio que se mantém sólido, sobretudo após o grupode trabalho baseado no CETO ter perdido recentemente RuiMachado, Pedro Sousa e Francisco Dias.

PODER DE FOGO.Serviço de Isner

desmantelouestratégia lusa

OveredictodeBollettieri

ível

RUIO

LIVE

IRA

RUIO

LIVE

IRA

Page 6: Jornal do Ténis - 3/09/2010

06 Sexta-feira, 3 de setembrode2010CampeonatoNacionaldeCadetes

Vasco Mensurado: que direita!

CARL

OSRO

DRIG

UES

MIGUEL SEABRA

�É uma máxima muitas vezes repeti-da, mas sabe-se que é mais fácil falardoqueconcretizar: “As finais sãoparaganhar.” A expressão foi dePatríciaMartins após a conquista de mais umtítulo de juvenis e é igualmente válidaparaFredericoSilva,quecomelasesa-groucampeãonacionaldecadetespelaprimeira vez – ambos tiveram de seagarrar ao encontro e aceitarhumilde-menteomelhorjogo(pelomenos,maisvistoso!)dosadversários,paranofinalfazerem valer a maior experiência.

As dificuldades de ambos decorre-ram em fases distintas. Patrícia estevea dois pontos da derrota logo no en-contro de abertura, num embate quejá se previa difícil diante de BeatrizCoelho e que foi ganho por 1-6, 7-5 e6-2 – e também teve de ser mais efi-caz do que espetacular na final face aJoana Valle-Costa, a quem bateu por6-4 e 6-3. Frederico sentiu enormesdificuldades no encontro decisivo, noqual também esteve a dois pontos do

desaire antes de ultrapassar VascoMensurado por 3-6, 7-6 (7/5) e 6-4ao cabo de… 3 h17 m de jogo!

Alívio.Outro paralelismo: PatríciaMartins não tem tido uma época fá-cil devido às transições técnicas noseu jogo, enquanto “Kiko” não teveum torneio fácil devido à transição darelva sintética do internacional júniorde Vila do Conde para a terra batidado Carcavelos Ténis. Ambos parece-ram aliviados por enriquecer o já re-levante currículo juvenil ao cabo deuma semana de sol abrasador.

“Foi uma semana que começoucomplicada, mas uma primeira rondapode virar tudo e, a partir daí, senti-me mais confiante”, desabafou Patrí-cia após o quinto título de campeã na-cional (quatroeminiciadose infantis).No derradeiro encontro esteve maissóbria e fisicamente disponível paraaguentar as acelerações de Valle-Cos-ta; após um jogo inaugural decididonas vantagens, descolou até aos 5-0 epermitiu a reação até aos 5-4; a partirdaí geriu o avanço com mestria.

Direitaça.Quanto a Frederico, tevemesmo de se “esfarrapar” para aguen-taro impactodadireitadeVascoMen-surado–possivelmenteamais impres-sionantepancadajuvenil lusa.Efoipre-cisamente na direita de esquerdino deKiko Silva que se decidiu o título.“Não estava com muita confiança nadireita devido à mudança de piso, tivede jogá-la de maneira mais spinada”,admitiu.Nofim,oascendentepsicoló-gicoea fibradecampeãodopupilodePedroFelnerprevaleceram–masVas-co Mensurado, atualmente integradonoCAR, impressionoupelaconvicçãotática com que jogou a final. �

CAMPEÕES.Abnegação

e concentraçãoforam cruciais

para Kiko Silvae Patrícia

Martins

Finaissãoparaganhar

“Kiko”ePatríciadobraramobstáctulos

eengordaramoscurrículosjuvenis

FAVORITOSCONFIRMARAMEXPECTATIVASMASAMUITOCUSTOFACEAOPOSITORESOFENSIVOS

� Patrícia Martins é uma jovem inte-ligenteesabeperfeitamenteoquequer–e, no final de 2009, tomou a decisãodedeixara suaequipa técnicade sem-prenoAceTeampara se juntaraPau-loLucasemSassoeiros,passandoaseracompanhadaporAllaAleksandrova.A ex-jogadora russa assume agora opapelde treinadorae temacompanha-do de perto a aposta da nova campeãnacional de cadetes numa evoluçãotécnica que lhe dê maior margem deprogressão. “Foinecessário recomeçardo início e reformular toda a base téc-nica tendo em conta uma margem deprogressãoamédioprazo”, comentouPauloLucas. “Nemsempreé fácilmu-

dar os fundamentos atendendo ao su-cesso que ela teve nos escalões ante-riores, mas o serviço já deixou de serum ponto fraco, melhorou o jogo depés e também deixou de se lesionarcom frequência”. A treinadora russacorroborou: “Ela temtrabalhadomui-to anível técnico e não só. Amelhoriada parte técnica é um processo evolu-tivo, que vai demorar algum tempo.Mas ela merece o título, esteve muitobem a nível mental e físico.” E, numaanálisegeralaoqueviunacompetição,afirmou:“Asportuguesassãomaismo-lesdoqueasrussas,maisdisciplinadas–maséumbelopaíscomboaspessoase é por isso que estou aqui”. �

INFLUÊNCIADELESTENONOVOENQUADRAMENTOTÉCNICO

TÉCNICOS. Lucas e Aleksandrova destacam mérito da campeã

Alla…quesefaztarde!

CARL

OSRO

DRIG

UES

FOTO

SCA

RLOS

RODR

IGUE

S

LOUREIROESCAPOUACASTIGO

Sangueamaisnaguelra� Causou alguma estupefação (emuitas críticas) o comportamentode Gonçalo Loureiro ao longo dasemana. Continua um rapaz afá-vel e simpático fora do corte, masem competição parece estar a per-der as estribeiras e deveria ter re-cebido sanções em vários casos,não fora a estranha complacênciada equipa de arbitragem –que de-via dar o exemplo aos restantes jo-gadores cortando com episódiosde mau comportamento. �

PARAAPRENDERMELHOR...

Umamedidapedagógica�É de louvar o trabalho desenvol-vido pelo Carcavelos Ténis, maisuma vez assumindo a organizaçãode vários campeonatos nacionais.Mas aqui fica uma sugestão: recru-tar nas escolas do clube tanto juí-zes de linha como apanha-bolaspelo menos para as finais de sin-gulares –uma medida que enobre-ceria a competição e que deveriaintegrar o caderno de encargos daFPT, para além de ser pedagógicapara os jovens aprendizes da mo-dalidade – que, por exemplo, po-deriam aprender a bater a direitacomo Vasco Mensurado! �

Page 7: Jornal do Ténis - 3/09/2010

07Sexta-feira, 3 de setembrode2010

PUBLICIDADE

Torneios InternacionaisdeJunioresJOVEMDASCALDASQUERMAIS

Objetivosforamrepensados�Com esta entrada antecipada notop 200 júnior, Frederico Silva(que terminou a época passada nosexto lugar do rankingeuropeu deSub-14) vai atacar alguns torneiosde nível mais alto do circuito Sub-18, se bem que no encerramentoda época participe no quadro deSub-16 do Orange Bowl e com le-gítimas aspirações para efetuarmais um bom desempenho. �

MEIAS-FINAISFORAMMETA

Osoutrosdestaques�Relativamen-te à prestaçãonacional nostrês torneios in-ternacionais dejuniores emsolo luso, desta-que para JoãoMonteiro, oportuense cam-peão de cadetes de 2009 (no pri-meiro ano do escalão Sub-18) quefoi semifinalista em Leiria e noPorto – enquanto Sofia Araújo foia nossa representante a ir maislonge nos quadros femininos, atin-gindo também as meias-finais naTaça Diogo Nápoles. �

MANUEL PEREZ

� Frederico Silva tem mesclado asua carreira com a participação emeventos de cadetes (Sub-16) e junio-res (Sub-18), mas é neste último es-calão que o esquerdino da Foz doArelho concentra as maiores aten-ções. E entrou, na semana passada,

no top 200 do ranking mundial,cumprindo, assim, um dos grandesobjetivos da temporada muito antesdo prazo, pois a validade podia esti-car até ao final do ano.

Atualmente, o atleta do Clube deTénis das Caldas da Rainha ocupa a198.ª posição, conseguida depois da“campanhapositiva”–comofezques-tão de enaltecero seu treinadorPedroFelner–nahabitual série de três inter-

nacionais juniores no verão em Portu-gal: Leiria, Foz do Douro (Porto) eVila do Conde. Nos outros únicos trêstorneios disputados anteriormenteeste ano, havia ganho um, perdidouma final e feito uns quartos-de-final.

Futuro.E Kiko Silva foi a grande fi-gura (nacional) dos três eventos esti-vais: em Leiria e Vila do Conde foivice-campeão, cedendo nos oitavos-de-final da Taça Diogo Nápoles. Paraalém dos desempenhos individuais,ainda conquistou o título de pares emLeiria, na companhia de Vasco Men-surado, com quem se sagrou cam-peão europeu de Sub-16.

Na sequência do triunfo no Nacio-nal de cadetes, Frederico Silva – quenão jogou o Nacional de juniores estasemana –descansou quatro dias e re-gressou ontem aos treinos, após setesemanas de intensa competição queincluíram também a presença na fi-nal de um dos maiores eventos inter-nacionais de Sub-16 (o Mondial Pa-ris Cadets) e nos quartos-de-final doEuropeu do mesmo escalão. �

ENTREGA.Na sua geração,“Kiko” é umexemplode dedicaçãoà modalidade

FREDERICOSILVAENTRANOTOP200MUNDIALITF

Cumprirmuitoantesdoprazo

Presençaemdoisescalõescontribui

paramaiorrodagemdoesquerdino

CARL

OSRO

DRIG

UES

CARL

OSRO

DRIG

UES

Page 8: Jornal do Ténis - 3/09/2010